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ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS NA ATIVIDADE DE
PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA
Ana Maria Taddei Cardoso de Barros1 1Acadêmico do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de
Lins - Unilins, Lins-SP, Brasil
2Prof. Msc. Celso Atienza (orientador), 3Prof. Msc. Bianca Di Luccia (orientadora),
Esp. 4Ana Elisa Alencar (orientadora) 2,3,4 Docentes do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de
Lins - Unilins, Lins-SP, Brasil.
[email protected]; [email protected]; [email protected]
Resumo
Este artigo visa apresentar, por meio da
aplicação de uma técnica de análise de
risco, um levantamento dos eventos
perigosos, das causas e das consequências
dos riscos que os trabalhadores de obras
em rodovias estão expostos, bem como
apresentar medidas de controle cabíveis
para o estudo de caso apresentado. Foi
realizado um levantamento fotográfico de
uma obra de recuperação de um trecho da
Rodovia Marechal Rondon, Km 462,
próximo ao município de Cafelândia.
Utilizou-se a técnica de Análise
Preliminar de Riscos (APR) para realizar
o estudo qualitativo e exploratório de cada
função inserida no processo de execução
das obras, a fim de diagnosticar riscos e
encontrar melhorias nas condições de
trabalho em cada posto, visando o bem
estar e a proteção à vida do trabalhador.
Palavras chaves – Análise preliminar de
risco; Pavimentação asfáltica; Segurança
do trabalho; Obras em rodovias.
Abstract
This paper presents, through the
application of a technique of risk analysis,
a survey of hazardous events, the causes
and consequences of hazards that workers
are exposed on highways works and
present measures of control applicable to
the study if displayed. A photographic
survey of the work of recovering a portion
of the Marechal Rondon highway, Km 462,
near the city of Cafelândia was performed.
We used the technique of Preliminary
Hazard Analysis (PHA) to conduct
qualitative and exploratory study of each
function inserted in the execution of the
work process in order to diagnose risks
and find improvements in working
conditions at each station, for the well
being and the protection of the worker's
life.
Keywords – Preliminary risk analysis;
Asphalt paving; Safety; Works on
highways.
1 Introdução
A Segurança do Trabalho é de grande
relevância nos setores da construção civil,
principalmente em obras rodoviárias
devido ao trânsito da via, tornando a pista
um espaço disputado entre os maquinários
que são necessários para o reparo, os
utilitários e caminhões em alta velocidade,
o deslocamento dos materiais e de
infraestrutura mínima para a obra, além de
homens para executar o trabalho no trecho.
Nesses casos, o recurso mais forte da
segurança do trabalho é a sinalização, que
se bem elaborada, contribui para o
conforto e segurança tanto dos usuários da
rodovia quanto dos trabalhadores de
trechos (Manual de Sinalização
Rodoviária, 2006).
Em geral, o maior problema do setor da
construção civil é a baixa qualificação da
mão de obra e a elevada rotatividade dos
trabalhadores, que somado ao reduzido
2
investimento por parte das empresas em
treinamento e desenvolvimento, tornam-se
os desencadeadores de problemas com
segurança no trabalho.
No setor rodoviário, a segurança do
trabalho tornou-se importante passando a
ser um fator prioritário, quer seja por
legislações, quer seja por obrigações
trabalhistas, mas principalmente pelo bem
estar e a proteção à vida do trabalhador
(BASTOS, 2009).
Medidas como instituir a cultura de
segurança e a comunicação do risco são
maneiras de inserir o trabalhador no
processo de trabalho. Muitos acidentes
originam-se da inobservância dos aspectos
que antecipam a falha do sistema, ou seja,
os riscos.
Segundo dados do Ministério da
Previdência (2012), cerca de 700 mil
casos de acidentes de trabalho são
registrados em média no Brasil todos os
anos, não sendo contabilizados os casos
não notificados oficialmente, resultando
em um gasto anual aproximado de R$ 70
bilhões.
Assim, nota-se que é de suma importância
o conhecimento sobre os riscos presentes
dentro de um sistema para que seja
possível a identificação e a correção dos
desvios antes que ocorra a sua falha,
reduzindo a probabilidade de erro humano.
Trata-se da responsabilidade mais
importante designada ao gerente de riscos,
pois através dela são identificadas perdas
potencias, ou seja, relacionadas às pessoas,
à propriedade e a grandes
responsabilidades da empresa.
Para tanto existem normas
regulamentadoras (NR) que norteiam os
profissionais no que diz respeito à
prevenção de riscos. A NR 9 estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e da
implementação do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
por parte dos empregadores e das
instituições que admitam trabalhadores
como empregados, visando com tal
iniciativa a preservação da saúde e da
integridade dos trabalhadores. Segundo
consta no item 9.1.5, da referida NR,
“consideram-se riscos ambientais os
agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que,
em função de sua natureza, concentração
ou intensidade e tempo de exposição, são
capazes de causar danos à saúde do
trabalhador”.
Por isso, em qualquer atividade é
necessário avaliar os riscos que os
trabalhadores estão expostos através da
análise da probabilidade e da
consequência. Essa análise pode ser
realizada através da aplicação de diversas
técnicas, específicas para cada situação e
que podem ser complementadas com
outras para obter maior eficiência.
Uma das técnicas mais utilizadas chama-
se Análise Preliminar de Riscos (APR)
que tem como finalidade a identificação
de perigo e a análises de riscos que
consiste em apontar eventos perigosos,
causas e consequências, além de fundar
medidas de controle. Geralmente, a
técnica é efetuada nas etapas preliminares
do projeto, mas que pode ser aplicada em
unidades já em operação, permitindo
nesse caso a realização de uma revisão
dos aspectos de segurança existentes
(OLIVEIRA, 2008).
O presente artigo tem como objetivo
aplicar a técnica de APR em cada função
do processo de execução das obras de
manutenção de um trecho da rodovia
Marechal Rondon, Km 462, a fim de
diagnosticar riscos e propor melhorias nas
condições de trabalho em cada posto,
atendendo à legislação e propondo
adequações para a segurança e o conforto
do trabalhador.
2 Referencial Teórico
2.1 Rodovias e a Segurança do
Trabalho
As vias rodoviárias são as mais utilizadas
no Brasil, alcançando 62,7% da
preferência nacional (ILOS, 2010).
Devido ao intenso fluxo, elas estão
sempre necessitadas de manutenções e
3
ampliações que são normalmente
realizadas por trechos.
Segundo Bernucci et al.(2010), os
pavimentos utilizados nas rodovias são
estruturas de múltiplas camadas que
precisam ser resistentes ao intemperismo
e às cargas dos veículos circulantes,
apresentar impermeabilidade,
flexibilidade, estabilidade, resistência ao
fogo, à derrapagem e a fissura térmica.
Para tal, existem normas
regulamentadoras para construção e
reforma, tanto no que diz respeito às
etapas da pavimentação quanto à
sinalização.
No estado de São Paulo, o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transporte
(DNIT) disponibiliza normas e manuais
para as obras em rodovias, assim como o
Departamento de Estradas de Rodagem
(DER) disponibiliza aos técnicos da área o
Manual de Sinalização Rodoviária, que
consta informações, conceitos e
descrições de técnicas para nortear a
elaboração da sinalização de forma
correta para cada caso, a fim de evitar
acidentes. Ambos se apresentam em
forma de legislações, fazendo parte
inclusive do CTB – Código de Trânsito
Brasileiro, instituído em forma de Lei nº
9.503, de 23 de Setembro de 1997.
Bastos (2009) elaborou um estudo de caso
a partir do levantamento dos aspectos
gerais da sinalização das obras em uma
rodovia de Uberlândia-MG, se baseando
nas exigências das NR e do CTB.
Analisando a segurança do trabalho, pode
concluir que, quando empregada, é
exposta de maneira tímida, deficiente e
incompleta. Outros estudos semelhantes
apontaram a fraca participação da gestão
de riscos, indicando que esse setor está
deficiente e necessitado de maior atenção
na área da construção civil.
2.2 Importância da identificação dos
riscos
Quando se fala em identificação de riscos
há três palavras que são fundamentais
para se garantir sucesso na implantação de
qualquer técnica: reconhecer, avaliar e
controlar.
Baccarini (2001) define a identificação de
risco de forma simples e direta como “o
processo de determinar o que pode
acontecer, porque e como”.
Sabe-se a importância do conhecimento
sobre os riscos presentes dentro de um
sistema, seja ele qual for, para que seja
possível a identificação e a correção dos
desvios antes que ocorra a sua falha,
reduzindo a probabilidade de erro humano
(MARTINS, 2006).
A partir do conceito de gestão de riscos,
Oliveira (2008) sintetizou na Figura 1 as
etapas necessárias à sua aplicação, bem
como a inserção da fase de controle de
riscos, que é a mais demorada e necessita
de frequente acompanhamento do
profissional.
Figura 1: Síntese das etapas da gestão de
riscos.
Fonte: MORANO, 2006.
4
De acordo com Kerzner (1998), a
primeira etapa para a identificação dos
riscos é a detecção das áreas potenciais de
risco, sendo que através da eficácia desta
identificação se obtém a eficiência na
gestão. A falha no gerenciamento de risco
ou a não aplicação das técnicas de gestão
resultam em acidentes, que afetam
diretamente o sistema, seja através de
danos à máquina e/ou ao trabalhador, ou
em prejuízos financeiros.
De uma forma geral, observa-se na
literatura que os autores consideram que
em qualquer atividade é necessário avaliar
os riscos que os trabalhadores estão
expostos através da análise da
probabilidade e da consequência. Essa
análise pode ser realizada através da
aplicação de diversas técnicas, como por
exemplo, HAZOP, check list, árvores de
causas, análise preliminar de riscos (APR),
que são específicas para cada situação e
que podem ser complementadas com
outras para obter maior eficiência.
2.3 Técnica de Análise Preliminar de
Risco
Oliveira (2008) define a Análise
Preliminar de Risco (APR) como uma
técnica de identificação de perigo e
análise de riscos que consiste em apontar
eventos perigosos, causas e consequências,
além de fundar medidas de controle.
Geralmente essa técnica é efetuada nas
etapas preliminares do projeto, mas que
pode ser aplicada em unidades já em
operação, permitindo nesse caso, a
realização de uma revisão dos aspectos de
segurança existentes (OLIVEIRA, 2008).
A APR é uma técnica bastante utilizada
devido ao seu baixo custo, mas é
importante ressaltar que sua eficiência
aumenta se for complementada com outra
técnica de análise mais detalhada como,
por exemplo, a Análise de Árvore de
Falha – FTA ou Análise de Modos de
Falhas e Efeitos – FMEA.
Para aplicar a técnica escolhida foram
elaboradas uma lista de verificação, um
levantamento fotográfico das condições
de trabalho de cada trabalhador, a
identificação das funções e posteriormente
dos respectivos perigos, um levantamento
dos equipamentos de proteção utilizados,
além da elaboração das possíveis medidas
de prevenção e melhorias do conforto e
bem estar do trabalhador.
3 Estudo de caso
3.1 A Empresa
O estudo foi realizado em uma empresa
do ramo da pavimentação asfáltica, que é
contratada para dar manutenção na
Rodovia Marechal Rondon, no trecho de
concessão de uma determinada empresa.
A obra acompanhada tratou-se da
execução de uma reforma no trecho
próximo ao município de Cafelândia-SP,
onde foi realizado a remoção do asfalto
danificado e todo o processo da formação
das camadas da nova cobertura asfáltica.
Os registros fotográficos foram realizados
no mês de fevereiro de 2014, com a obra
já na fase de aplicação da massa asfáltica.
3.2 Os trabalhadores e a jornada de
trabalho
Os trabalhadores são do sexo masculino,
com idade média de 33 anos e cumprem
uma jornada de trabalho de 8 horas diárias,
sendo realizado rodízio das funções, já
que cada equipe entra em ação em uma
determinada etapa das camadas, sendo as
funções específicas, com exceção dos
serventes.
3.3 Metodologia
Os riscos encontrados em cada função
foram colocados em quadros presentes no
Anexo A, apresentando os identificados,
o(s) agente(s) causador (es), a(s) fonte(s)
geradora(s), o(s) meio(s) de propagação,
tempo de exposição, a(s) consequência(s),
a frequência de ocorrência, os
equipamentos de proteção individual e
coletivo necessários para redução dos
riscos e as medidas necessárias para
5
melhorar as condições de trabalho em
cada posto.
Elaborados os quadros de APR de cada
função, fez-se a avaliação qualitativa dos
riscos com base nos resultados de
frequência e consequência da exposição
de acordo com a proposta de Cadella
(1999), conforme Quadros 6 e 7
disponíveis no Anexo B.
Os riscos encontrados foram classificados
em categorias conforme a sua gravidade,
variando de 0 (zero) para o risco
extremamente baixo; a 9 (nove) para o
extremamente elevado, segundo sugestão
de Cadella (1999), no Quadro 7
disponível no Anexo C. Os riscos que
alcançaram classificação igual ou superior
a 5 (cinco), foram entendidos como não
toleráveis, ou seja, há necessidade de
intervenção e da aplicação de medidas
de prevenção urgentes.
3.4 Apresentação e discussão dos
resultados
No levantamento realizado “in loco”
encontraram-se as seguintes atividades
realizadas por trabalhadores no trecho da
rodovia estudado: operador de rolo pneu
compactador, auxiliar do rolo pneu
compactador, operador de caminhão
espargidor de liga asfáltica, auxiliar de
caminhão espargidor de liga asfáltica e
serventes.
3.4.1 Operador de rolo pneu
compactador
O operador de rolo pneu compactador é
responsável pela compactação dos
materiais utilizados no subleito, sub-base,
base e agregados utilizados na
capa asfáltica. O ambiente de trabalho
desta função é a cabine do equipamento,
composta de assento, direção e uma
alavanca, possuindo, dependendo do
equipamento, uma cobertura. A Figura 2
ilustra este ambiente. O equipamento
produz 87,7 dB, expondo o trabalhador a
risco físico, por exemplo.
Figura 2 - Rolo pneu compactador.
Fonte: Registro da autora.
O Quadro 1 do Anexo A expõe os riscos
identificados na função de operador de
rolo pneu compactador, bem como sua a
categoria de risco. Dentre eles se destaca
o risco de vibração, proveniente, muitas
vezes, pelo desbalanceamento da
máquina. Segundo Estupinãn (2011), as
vibrações geradas por estas máquinas são
de baixa amplitude e o nível de pressão
sonora em muito dos casos pode ser o
suficiente para não ser capaz de identificar
as vibrações geradas pela presença de
defeitos, sendo necessário manutenções
preventivas e se necessário, corretivas.
O alto nível de decibéls emitido pelo
equipamento fez com que o nível de
pressão sonora se classifique como risco
elevado, pois poderá chegar a causar, com
o tempo, surdez ao operador. O
equipamento possui cobertura para
diminuir a exposição à radiação solar, que
se faz presente na maior parte da
execução do serviço. O operador usa
roupas de mangas compridas e chapéu
para minimizar a exposição, sendo o risco
classificado como médio, pois na ausência
dos EPI poderá causar doenças e pele
graves, como por exemplo, o câncer de
pele. A vibração provocada pelo
equipamento atinge o corpo do operador
por completo, podendo causar problemas
na coluna vertebral, sendo um risco
elevado
6
3.4.2 Auxiliar do rolo pneu
compactador
A função do auxiliar é manter os pneus
limpos, já que a massa asfáltica tende a
aderir à borracha do pneu, diminuindo sua
eficiência de compactação, além de poder
danifica-lo se não for removida enquanto
estiver quente. O auxiliar trabalha na
aplicação de óleo vegetal com a bomba
costal durante a operação do rolo
compactador, conforme ilustrado na
Figura 3. O Quadro 2 do Anexo A expõe
os riscos identificados na função avaliada.
Figura 3: Auxiliar executando sua tarefa.
Fonte: Registro da autora.
3.4.3 Operador do caminhão
espargidor
O caminhão espargidor é aquecido através
do queimador atomizado, com capacidade
de geração de calor de, aproximadamente,
200.000kcal/h. O sistema é alimentado
por um reservatório de óleo diesel, com
tanque de armazenagem de betume com
capacidade de 6.000 litros. O operador é
responsável pela aplicação do material
betuminoso utilizado na imprimação da
capa asfáltica, conforme Figura 4. O
equipamento produz 87,5 dB (informado
pelo fabricante) apresentando risco físico.
O Quadro 3 do Anexo A exibe os demais
riscos levantados para esta função.
Figura 3: Operador do caminhão
espargidor em operação.
Fonte: Registro da autora.
Nota-se na Figura 5 a quantidade de
vapores e de partículas suspensas devido à
elevada temperatura do material aplicado.
Figura 4: Operador trabalhando em cima
da máquina.
Fonte: Registro da autora.
O Quadro 4 (Anexo A) ilustra os riscos
observados para nesta função. Foi
levantado o risco químico de intoxicação
devido à inalação do vapor do ligante
betuminoso CM 30, que pode causar
náuseas e dor de cabeça.
7
Figura 5 - Calor proveniente da liga asfáltica.
Fonte: Registro da autora.
3.4.4 Operador de vibro acabadora
A mesa vibro acabadora tem a função
receber a carga de massa asfáltica do
caminhão de abastecimento e espalhar o
material através da mesa vibratória,
produzindo uma superfície lisa e
homogênea. O operador tem a função de
manter as chamas acessas para garantir a
temperatura ideal de aplicação da massa
asfáltica.
Figura 6 – Operador de vibro acabadora.
Fonte: Registro da autora.
Dentre os riscos levantados no Quadro 5
(Anexo A), o nível de pressão sonora
produzido pela máquina é de 84,7 dB,
valor informado pelo fabricante. Este
equipamento em particular possui o risco
de esmagamento devido a presença de
peças móveis e rotativas que podem
atingir o trabalhador se estas não forem
protegidas.
3.4.5 Serventes
O servente é o cargo que possui maior
número de trabalhadores. Eles têm como
função auxiliar no nivelamento do greide
da pista, limpar o local antes da aplicação
de material betuminoso, descarregar o
agregado do caminhão com o uso de pás e
fazer a correção manual do agregado
despejado. Como a função não possui
máquina, o servente não tem ambiente de
trabalho específico, ou seja, ele
permanece na pista durante a execução de
todos os serviços, auxiliando os
operadores e permanecendo exposto a
níveis de pressão sonora de 87,7 dB. A
jornada de trabalho é de 44 horas
semanais e os equipamentos manuseados
são: rastelos, vassouras, pás e carriolas.
Figura 7: Os serventes distribuindo e
nivelando os agregados.
Fonte: Registro da autora.
Observou-se que esta função está exposta
a riscos consideráveis preocupantes, pois
como o de atropelamento, visto que o
trabalhador permanece na pista em várias
etapas da obra, expostos ao tráfego dos
caminhões e carros; e ao risco químico
devido o contato com o produto
betuminoso, conforme Figura 9.
8
Figura 8: Caminhão trafegando ao lado
dos serventes que estão trabalhando no
trecho.
Fonte: Registro da autora.
4 Proposta de Intervenção
As propostas de intervenção estão
apontadas e descritas conforme
identificação dos riscos e são referentes a
mudanças de comportamento, medidas
administrativas como implantação de OS,
ficha de retirada de EPI e implantação de
treinamentos, visando eliminar os riscos e
proporcionar condições superiores de
trabalho em cada posto.
4.1 Sistema de Proteção Coletiva e
Equipamentos de Proteção Individual
É fundamental a implantação do trabalho
de conscientização e de treinamentos
quanto à importância do uso adequado dos
Equipamentos de Proteção Individual
(EPI), tanto para os engenheiros e
encarregados, quanto para os
trabalhadores em geral. O principal
exemplo de uso de EPI deve ser dado
pelos altos cargos, tendo assim autoridade
para realizar a cobrança nos demais
trabalhadores. A Figura 10 aponta este
tipo de falha na obra estudada. Se os
supervisores não tiverem consciência da
importância do uso não se lembrarão de
cobrar o mesmo dos trabalhadores.
Figura 9: Ausência do EPI por parte dos
carregados, como o colete sinalizador e
botina.
Fonte: Registro da autora.
O EPI se faz presente, mas muitas vezes
está sendo utilizado de forma incorreta,
como ilustrado na Figura 11, onde a
máscara não está na forma correta, ou seja,
com as tiras separadas pela orelha.
Figura 10: Máscara utilizada de forma
errada.
Fonte: Registro da autora.
A melhor opção como medida de
segurança que precisa ser inserida na
filosofia da empresa, treinada, adotada
pelos trabalhadores e fiscalizada é o uso
de Sistemas de Proteção Coletiva, pois ela
ajuda a garantir e salvaguardar a
integridade física dos trabalhadores das
obras. Segundo esse pressuposto, uma
sinalização para obras em rodovias deverá
9
advertir, com necessária antecedência, a
existência de obras ou situações de
emergência adiante, canalizar e ordenar o
fluxo de veículos junto à obra de modo a
evitar movimentos conflitantes, fornecer
informações corretas, claras e
padronizadas aos usuários da via através
de placas de sinalização. Essa medida foi
observada no trecho estudado, como
mostra a Figura 12 e 13.
Figura 12: Sinalização de velocidade
máxima permitida.
Fonte: Registro da autora.
Figura 13: Canalização do fluxo de
veículos utilizando Cones com iluminação
noturna.
Fonte: Registro da autora.
A avaliação mostrou que esse tipo de
atividade deixa o trabalhador exposto a
riscos físicos que necessitam de
minimização à exposição através do uso
de protetor auricular, óculos de proteção
contra raios ultravioletas, máscaras com
filtro para produtos químicos e poeiras,
luvas, botas, calça e camisa de manga
comprida, colete refletivo ou camisa com
refletivo.
4.2 Implantação de ficha de retirada de
Equipamento de Proteção Individual
(EPI)
Cabe ao empregador orientar e treinar o
trabalhador quanto ao uso adequado dos
Equipamentos de Proteção Individual,
além de ficar atento quanto à necessidade
de substituição do mesmo quando
danificado ou extraviado, bem como seu
prazo de validade, de acordo com a NR 6.
No presente estudo há necessidade de
intensificar essa verificação, pois há
registros do uso de equipamentos
danificados, conforme Figura 14.
Figura 11: EPI em péssimo estado de
conservação.
Fonte: Registro da autora.
Faz-se necessário implantar um Modelo
de Ficha de Retirada de EPI, conforme
previsto na NR 6, em seu item 6.6.1 que
regulamenta o sistema de registro de
entrega de EPI.
“6.6.1 Cabe ao empregador
quanto ao EPI:
h) registrar o seu fornecimento ao
trabalhador, podendo ser
adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico.”
Na ficha ficará registrado a data da
retirada para poder controlar a
periodicidade de substituição dos
equipamentos, através de um estudo de
10
vida útil de cada um, evitando assim o uso
de materiais desgastados. No Anexo D
está disponibilizado o modelo da Ficha.
Todos os equipamentos adquiridos
deverão possui o Certificado de
Aprovação (CA), conforme descrito na
norma.
4.3 Organização
É fundamental implantar uma organização
no canteiro de trabalho, pois atualmente
os equipamentos que por hora não estão
sendo utilizados permanecem jogados na
beirada da pista, muitas vezes contendo
produtos químicos, conforme Figura 15.
Figura 12: Equipamentos dispostos em
local inapropriado
Fonte: Registro da autora.
O regime de trabalho é em forma de
rodízio, ou seja, cada profissional atua em
uma determinada etapa do processo de
pavimentação. Exceto os serventes, todos
os trabalhadores possuem função
especifica, havendo a necessidade de
disponibilizar uma área de vivencia, com
cobertura e acentos, bem como local
apropriado para dispor os equipamentos
enquanto aguardam o momento de atuar,
deixando o ambiente mais organizado,
conforme Figuras 18.
Figura18: Exemplo de área de vivência ideal para
essa obra em trecho. Fonte: IBIMAC, 2012.
Nesta mesma área de descanso devem
permanecer alguns itens de EPI reservas e
kits de primeiros socorros.
A Figura 19 ilustra a situação atual do
local de descanso, onde os trabalhadores
ficam expostos ao sol intenso (risco físico)
e à picada de animais (risco ergonômico).
Figura 19: Trabalhadores em abrigo improvisado.
Fonte: Registro da autora.
Além da área de vivência com acesso ao
sanitário, é importante que a empresa
disponibilize refeitório móvel para seus
trabalhadores, proporcionando condições
de conforto, conforme Figura 20.
11
Figura 13: Exemplo de refeitório.
Fonte: AGISA Containers, 2013.
4.4 Treinamento para manuseio de
produtos químicos
Todos os trabalhadores envolvidos em
atividades que utilizam produtos químicos
deverão receber um curso sobre o uso de
Produtos Químicos, que aborde conteúdos
e práticas relativos às operações e aos
procedimentos referentes a produtos
químicos, o que inclui recebimento,
contato, armazenamento, transferência,
manuseio e descarte, com foco no
desenvolvimento da identificação, análise
e classificação dos riscos e práticas de
segurança, bem como inspeção e
utilização de equipamentos de proteção
individual (EPIs) e equipamentos de
proteção coletiva (EPCs), de acordo com
a NR 16.
A substância química utilizada na obra é o
asfalto diluído CM-30. O ligante
betuminoso é um líquido inflamável,
insolúvel na água e nocivo, que pode
causar dor de cabeça e náuseas por
inalação.
O caminhão que o armazena possui
identificação correta, conforme Figura 21.
Figura 21: Placa de identificação de substancia
perigosa para o meio ambiente. Fonte: Registro da
autora.
Outra medida é a verificação do estado de
conservação dessas placas, uma vez que
estas permanecem expostas ao sol e
podem desbotar. O Anexo E disponibiliza a Ficha de
Emergência, prevista na NR 23, para o
risco correspondente ao número da placa
da Figura 21.
4.5 Bateria de extintores e identificação
dos mesmos
Foi identificado o risco de incêndio na
função de , devido à ausência de proteção
do botijão de GLP contra a exposição
solar, conforme Figura 22, visto que na
presença de calor o gás se expande,
aumentando a pressão interna, fazendo
com que o botijão se rompa, causando
vazamento do gás. A proximidade com o
fogo é fator agravante do risco de
incêndio. Há necessidade de adequação
quanto às exigências da Norma
Regulamentadora n°23, que dispõe sobre
Proteção, Prevenção e Segurança contra
incêndio,
Figura 22: Perigos identificados no equipamento.
Fonte: Registro da autora.
É importante que haja verificação
sistemática quanto à data de validade da
mangueira e da certificação quanto a
inscrição NBR 8613. O botijão não deve
ser exposto à temperaturas superiores a
50°C, devendo ser colocado em local
12
arejado e coberto, longe do calor, para que
não fique exposto ao sol e a chuva.
A Figura 23 ilustra a presença de um
extintor, mas pode-se observar a ausência
de identificação do mesmo, com a classe
de fogo específica que combate.
Figura 23: Único extintor presente na obra.
Fonte: Registro da autora.
O extintor deverá ter 1 (uma) Ficha de
controle de inspeção (Anexo E), ser
inspecionado visualmente a cada mês,
examinando o seu aspecto externo, os
lacres, os manômetros quando o extintor
for do tipo pressurizado, verificando se o
bico e válvulas de alívio não estão
entupidos.
Em cumprimento à NR 23, é necessário
instalar placas de sinalização em cada
extintor, conforme os exemplos da Figura
24.
Figura 24: Sinalização de extintores e hidrantes.
4.6 Rotulação
Os recipientes para condicionamento de
produtos químicos estão inadequados
(garrafa PET) e sem rotulagem, segundo
Figura 25.
É necessário adequação e identificação do
produto para que qualquer pessoa que se
aproximar saiba do que se trata e quais
cuidados tomar, além da apresentação da
Ficha de Identificação de Segurança de
Produtos Químicos (FISPQ), dependendo
do produto. O Anexo D possui um
exemplo de FISPQ.
Figura 14: Perigos identificados na vibro
acabadora. Fonte: Registro da autora.
4.7 Inspeções anuais
Deverão ser efetuadas, sempre que
necessárias, inspeções em todos os postos
de trabalho, visando o controle da
exposição dos trabalhadores aos riscos e à
introdução ou modificação das medidas
para seu controle. Anualmente deverá ser
realizada uma avaliação da exposição dos
trabalhadores aos riscos ambientais.
4.8 Registros e divulgação de dados
Deverá ser mantido um histórico técnico e
administrativo do desenvolvimento do
PPRA, e este deverá permanecer
disponível para consulta dos trabalhadores.
13
4.9 Ordem de serviço (OS)
Introduzir OS nas funções de operador de
maquinas e equipamentos e nos serventes.
A NR 1 estabelece a obrigatoriedade ao
empregador de elaborar ordens de serviço
sobre segurança e saúde do Trabalho,
dando ciência sobre os riscos e os
procedimentos e equipamentos
necessários para sua prevenção e
segurança. No Anexo H e I encontram-se
os modelos de OS das funções de
operador de máquinas e serventes,
respectivamente.
5 Conclusão
O levantamento apresentou maiores
incidências nos riscos físicos,
principalmente na função de operador de
vibro acabadora, conforme Gráfico no
Anexo J.
Há necessidade de incluir a política de
prevenção de acidentes, treinando os
trabalhadores para o reconhecimento de
situações potencialmente perigosas antes
dos acidentes ou quase acidentes
ocorrerem, e efetuar o registros de ambos.
Todos os trabalhadores devem ter o
treinamento, habilidades e ferramentas
necessárias para executar corretamente as
funções, principalmente os postos que
trabalham com equipamentos de grande
porte, como as máquinas analisadas.
A empresa deverá investir em refeitórios
móveis e áreas de vivencia com sanitário
para proporcionar, além do conforto, a
segurança dos trabalhadores, evitando que
fiquem expostos à riscos no horário de
almoço e durante as pausas.
Outra importante medida é a verificação
das condições dos EPI e a implantação
das fichas de controle desses
equipamentos.
O risco de atropelamento foi observado
em todas as funções, sendo importante a
sinalização adequada para homens na
pista, obras e velocidade máxima
permitida nesses trechos.
6 Referências Bibliográficas
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canteiros móveis. Disponível em : <
http://www.agisacontainers.com.br/portfol
io/> . Acesso em 07 de Jun de 2014.
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Australian Style – Theory vs. Practice. In:
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Seminars & Symposium; 2001 Nov 1-10;
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Prevenção de Acidentes. São Paulo:
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de-ficha-de-inspecao-de.html> Acesso em
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de Risco na Pavimentação asfáltica tipo
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IBIMAQ, Soluções agrícolas. Áreas de
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com.br> . Acesso em 07 de jun de 2014.
14
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com.br/web/index.php?option=com_conte
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MANUAL DE SINALIZAÇÃO
RODOVIÁRIA. São Paulo: Departamento
de Estradas de Rodagem do Estado de São
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MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA. 2012.
Disponível em:< http://www.previdencia.
gov.br/estatsticas/>. Acessado em:
14/06/2012.
MORANO, C. A. R. et al. Aplicação das
técnicas de identificação de risco em
empreendimentos de E & P.
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NORMA REGULAMENTADORA -
NR9 - Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais. Disponível em: <http://www.
guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.ht
m>. Acesso em 15 fev de 2014.
NORMA REGULAMENTADORA –
NR6 –Equipamento de Proteção
Individual. Disponível em:
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legisl
acao/nr/nr6.htm>. Acesso em 19 fev de
2014.
NORMA REGULAMENTADORA –
NR16 –Atividade e Operações perigosas.
Disponível em: <http://www.guiatraba
lhista.com.br/legislacao/nr/nr16.htm>.
Acesso em 18 fev de 2014.
PETROBRAS. Ficha de Informação de
Segurança de Produto Químico. FISPQ.
2013. Disponível em: <http://www.br.com.
br/wps/wcm/connect/215f330043a7b1ef9
1839fecc2d0136c/fispq-asf-cm30.pdf >.
Acesso em 02 de Jun de 2014.
PETROBRAS. Ficha de Emergência
CM30. 2012. Disponível em: <
http://www.br.com.br/wps/wcm/connect/b
46e7d8043a7b19b90bf9fecc2d0136c/fe-
prodasf-paf-adp-cm-30.pdf> . Acesso em
02 de Jun de 2014.
SECONCI. Medicina e Segurança do
Trabalho. Rio de Janeiro, 2012. Disponível
em: < http://www.seconci-rio.com.br/new
/secoes/pagina/188/Ordens-de-Servico>.
Acesso em 03 de jun de 2014.
SEGURANÇA DO TRABAHO NWN.
Modelo de ficha de EPI.2012. Disponível
em:<http://segurancadotrabalhonwn.com/
modelo-de-ficha-de-epi/>. Acessa em 10
jun de 2014.
15
9. Anexos :
Anexo A – Quadros com as avaliações das funções através da técnica de APR. Em
destaque as categorias acima de 5 (cinco), ou seja, há necessidade de intervenção e da
aplicação de medidas de prevenção. Todas as funções foram enquadradas levando e
conta as horas de exposição ao risco e a categoria.
Quadro 1: Avaliação da função de operador de rolo pneu compactador.
N° de trabalhadores: 1
Risco Agente Fonte
geradora
Meio de
propagaç
ão
Tempo de
exposição
Consequê
cia
Frequênci
a
Categori
a do
risco
Físico
nível de
pressão sonora máquinas
execução
do serviço intermitente 5 4 6
vibração máquina ondas intermitente 7 3 6
temperatura sol raios
solares intermitente 6 4 7
Biológico Doenças e
exposição à
animais
insetos /
animais
peçonhentos
picada /
contato intermitente 7 1 3
Acidentado atropelamento veículo
distração/p
roblemas
mecânicos
intermitente 7 2 5
Ergonômico
movimentos
repetitivos
comando da
máquina
execução
do serviço intermitente 4 3 5
ergonomia direção da
máquina
execução
do serviço intermitente 3 2 3
16
Quadro 2: Análise Preliminar de Risco para a função de auxiliar de pneu rolo
compactador. Em destaque as categorias acima de 5 (cinco), ou seja, há necessidade de
intervenção e da aplicação de medidas de prevenção.
Fonte: Elaborado pela autora.
Quadro 2: Análise Preliminar de Risco para operador de caminhão espargidor de liga
asfáltica.
N° de trabalhadores: 2
Risco Agente Fonte
geradora
Meio de
propagação
Tempo de
exposição
Conse-
quêcia
Frequên
-cia
Categoria
do risco
Físico
nível de
pressão
sonora
máquinas execução do
serviço intermitente 5 4 6
temperatura sol raios solares intermitente 6 4 7
Biológico doenças e
exposição à
animais
insetos /
animais
peçonhento
s
picada /
contato intermitente 7 1 3
Acidentado atropelame
nto veículo
distração/probl
emas
mecânicos
intermitente 7 2 5
Ergonômico
movimento
s repetitivos
comando da
máquina
execução do
serviço intermitente 4 3 5
ergonomia direção da
máquina
execução do
serviço intermitente 3 2 3
N° de trabalhadores: 1
Risco Agente Fonte
geradora
Meio de
propagação
Tempo de
exposição
Consequên
cia
Frequên
cia
Categoria
do risco
Físico
nível de
pressão
sonora
motor do
espargidor
ondas
senoidal intermitente 5 4 6
queimadura fogo maçarico eventual 4 2 3
temperatura sol raios solares intermitente 7 3 7
Químico ligante
betuminoso CM -030 contato/ar eventual 6 4 7
Biológico contaminaç
ão de
doenças
insetos picada/contato intermitente 7 1 3
Acidentado
atropelame
nto veículo
distração/prob
lemas
mecânicos
intermitente 7 2 5
queda do
veículo veículo
execução do
serviço intermitente 4 2 3
17
Quadro 3: Análise Preliminar de Risco para operador da vibro acabadora.
Fonte: Elaborado pela autora.
Quadro 4: Análise Preliminar de Risco para os serventes
N° de trabalhadores: 10
Risco Agente Fonte
geradora
Meio de
propagação
Tempo de
exposição
Consequ
ência
Frequênci
a
Categori
a do
risco
Físico
nível de
pressão
sonora
máquinas onda senoidal contínuo 5 4 6
temperatur
a sol raios solares intermitente 7 3 7
Químico
produto
betuminos
o
CM -030/
RR-2C contato/ar eventual 6 4 7
aerodisper
sóides poeira ar intermitente 5 3 5
Biológico doenças e
exposição
à animais
insetos picada/contato intermitente 7 1 3
Acidentado Atropelam
ento veículos
distração/proble
mas mecanicos intermitente 7 2 5
N° de funcionários: 1
Risco Agente Fonte
geradora
Meio de
propagaçã
o
Tempo de
exposição
Consequên
cia
Frequênc
ia
Categoria
do risco
Físico
nível de
pressão
sonora
motor da
máquina
ondas
senoidal intermitente 5 4 6
queimadura fogo chama eventual 4 2 3
temperatur
a
sol raios solares intermitente 7 3 7
esmagamen
to máquina
Peças
móveis/
rotativas
intermitente 7 2 5
Químico
Exposição
a vapores
de
hidrocarbo
netos
Emulsão
asfálica ar eventual 6 4 7
GLP Botijão ar intermitente 7 2 5
Acidentado atropelame
nto veículo
distração/
problemas
mecânicos
intermitente 7 2 5
18
Anexo B - Categorias de consequência dos riscos.
Quadro 5: As categorias de consequência.
CATEGORIA DE
CONSEQUÊNCIA
QUALITATIVA
CARACTERÍSTICA
0 Desprezível Incômodos passageiros.
1 Muito leve Lesões de recuperação muito rápida.
2 Leve
Lesões que provocam sofrimentos
passageiros e não levam a incapacidade
para o trabalho ou atividades normais do
cotidiano.
3 Média baixa
Lesões que não resultam em danos
permanentes, mas provocam sofrimentos e
incapacidade temporária por perigoso
menor que uma semana.
4 Média
Lesões que não resultam em danos
permanentes, mas provocam sofrimentos
consideráveis e incapacidade temporária
por período maior que uma semana.
5 Média alta
Lesões que resultam em perdas
permanentes de funções, mas não afetam
de forma acentuada as funções essenciais a
uma vida normal.
6 Grave Lesões que incapacitam para o trabalho ou
outras atividades.
7 Muito grave Uma morte.
8 Extremamente
grave Algumas mortes.
9 Catastrófica Grande número de mortes.
Fonte: CADELLA, 1999.
19
Quadro 6: As categorias de frequência dos riscos.
CATEGORIA
DE
FREQUÊNCIA
QUALITATIVA CARACTERIZAÇÃO
0 Extremamente
baixa
Possível teoricamente, mas altamente improvável.
Não se espera que venha a ocorrer em qualquer
situação.
1 Muito Baixa
Não se espera que venha a ocorrer. Pode ocorrer
em situações muito especiais. Ações de redução
tornariam inviável a atividade.
2 Baixa Espera-se que possa ocorrer raramente no
exercício da atividade ou na vida útil da instalação.
3 Média Espera-se que venha a ocorrer com relativa
facilidade no exercício normal da atividade.
4 Alta Espera-se que venha a ocorrer com muita
facilidade no exercício normal da atividade.
Fonte: CADELLA, 1999.
Anexo C – Classificação das categorias dos riscos.
Quadro 7: Riscos resultantes de frequências e consequências.
CATEGORIAS
DE
FREQUÊNCIA
CATEGORIAS DE CONSEQUÊNCIA
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
CATEGORIAS DE RISCO
0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1
1 0 0 1 1 2 2 2 3 3 3
2 2 2 2 3 3 4 4 5 5 5
3 2 3 4 5 5 5 6 7 8 8
4 3 4 4 5 6 6 7 8 9 9
Fonte: CADELLA, 1999.
23
Anexo F - Modelo de FISPQ com exemplo da substancia CM 30, utilizada no estudo.
Fonte : Petrobras, 2013.
25
Anexo H: Ordem de Serviço para função de operador de máquinas e equipamentos.
Data de Emissão:
___/___/____
ORDEM DE SERVIÇO
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
Responsável pela apresentação da Ordem de Serviço: Ana Maria Taddei Cardoso de Barros
Função: Engenheira de Segurança do Trabalho Pela presente Ordem de serviço, objetivamos informar os trabalhadores que executam suas atividades laborais nesse setor, conforme estabelece a NR-1, item 1.7, sobre as condições de segurança e saúde às quais estão expostos, como medida preventiva e ,tendo como parâmetro os agentes físicos, químicos, e biológicos citados na NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Lei n.º 6514 de 22/12/1977,Portaria n.º 3214 de 08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI , NR-17 – Ergonomia , de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais.
Nome: Código: Setor: Função: Operador de Máquinas e
Equipamentos
Atividades Operação de máquinas e equipamentos para suspender, mover, posicionar, transportar e descarregar materiais.
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Necessários e/ou Utilizados
Colete refletivo tipo X; Bota de segurança; Uniforme Completo; Protetor Auricular tipo concha quando estiver em ambientes ruidosos; Óculos de Segurança;
Medidas Preventivas para os Riscos
Não transite pela obra sem colete e calçado de segurança; Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e
conservação; Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições,
inseguras encontradas, imediatamente; Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança na pista; Treinamento para execução das tarefas; Não execute nenhum tipo de tarefa ou exerça atividade para a qual não foi treinado,
autorizado e não está habilitado.
Inserir logo
da empresa
26
Orientações de Segurança do Trabalho
Não permita que outras pessoas operem a máquina para a qual foi designado; Vistorie a máquina ou equipamento, diariamente, antes de iniciar seu trabalho; Realize a manutenção preventiva recomendada pelo fabricante e a registre no Livro de
Inspeção; Até o término da jornada de trabalho: limpe sua máquina ou equipamento; desligue a máquina
ou equipamento e entregue a chave à Administração da Obra; Não fume quando operar a máquina ou equipamento; Paralise o serviço ao constatar qualquer irregularidade; Não ultrapasse os limites de peso e altura para o transporte de cargas e empilhamento das
mesmas; Obedeça as normas estabelecidas pela empresa, entre elas as placas de sinalização;
Recebi treinamento de segurança e saúde no trabalho, bem com todos os equipamentos de proteção individual para neutralizar a ação dos agentes nocivos presentes no meu ambiente de trabalho. Serei cobrado, pelo não cumprimento ao disposto nesta ordem de serviço, estando sujeito às penas de lei, que vão desde a advertência e suspensão até demissão por justa causa.
Lins , ____ de _______________ de ______
____________________________
Assinatura do Empregado
Fonte: SECONCI, 2012.
Anexo I: Ordem de serviço para a função de servente.
Data de
Emissão:
___/___/____
ORDEM DE SERVIÇO
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
Responsável pela apresentação da Ordem de Serviço: Ana Maria Taddei Cardoso de Barros
Função: Engenheira de Segurança do Trabalho
Pela presente Ordem de serviço, objetivamos informar os trabalhadores que executam suas atividades laborais nesse setor, conforme estabelece a NR-1, item 1.7, sobre as condições de segurança e saúde às quais estão expostos, como medida preventiva e ,tendo como parâmetro os agentes físicos, químicos, e biológicos citados na NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Lei n.º 6514 de 22/12/1977,Portaria n.º 3214 de 08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI , NR-17 – Ergonomia , de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais. Nome: Código:
Setor: Função: Servente
Inserir logo da
Empresa
27
Atividades
Executar tarefas auxiliares no canteiro de obras:transportar e / ou misturar materiais, arrumar, limpar obras, montar e desmontar armações, observando as ordens de serviço, para auxiliar nas tarefas de descarregamento de massa asfáltica e distribuição de agregado na pista. Pode auxiliar os operadores das máquinas pneu compactadora, caminhão espargidor e operador de mesa vibro acabadora. Manter as instalações do treicho limpas. Transporte manual de materiais.
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Necessários e/ou Utilizados
Bota de segurança; Bota de segurança de PVC em locais alagadiços ou execução de concretagem Uniforme Completo Protetor Auricular em ambientes ruidosos Luvas de Borracha ou PVC (contato com cimento ); Luvas de Vaqueta, raspa ou malha pigmentada (apicoamento, superfícies ásperas,
transporte e manuseio de materiais) Óculos de Segurança Respirador purificador de ar contra poeiras;
Medidas Preventivas para os Riscos
Não transite pela obra sem colete refletivo tipo X e calçado de segurança; Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua
guarda e conservação; Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as
condições, inseguras encontradas, imediatamente; Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu
pavimento; Treinamento para execução das tarefas; Corpo de proteção nas periferias das lajes e nos vãos das lajes e escadas; Não execute nenhum tipo de tarefa ou exerça atividade para a qual não foi
treinado, autorizado e não está habilitado.
Orientações de Segurança do Trabalho
Use corretamente o cinto de segurança o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança, para trabalhos realizados em andaimes suspensos mecânicos, para trabalhos em altura superior a 2,00 metros ou na periferia da obra;
Use roupa completa (calça e camisa), bota de borracha, luvas de borracha e óculos de segurança, nos trabalhos de lançamento e vibração do concreto quando for o caso;
Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e elétricas antes de usá-las; Não improvise extensões elétricas, e nem conserte equipamentos elétricos defeituosos.
Chame o eletricista; Não “fabrique” andaimes de madeira e masseiras e nem trabalhe em andaimes sem
guarda- corpo, rodapé e estrado com no mínimo 0,60 centímetros de largura. Avise o carpinteiro ou mestre de obras;
Use corretamente o cinto de segurança, ligado a um cabo de segurança, para os trabalhos realizados em altura superior a 2,00 m ou na periferia da obra;
Use óculos de segurança contra impactos e respingos para trabalhos em esmeril,
28
apicoamento, lixamento, pintura, fabricação e lançamentos de concreto; De acordo com a CLT artigo 198 é terminantemente proibido o transporte manual de
cargas acima de 60 Kg; Use protetor auricular, quando estiver auxiliando o carpinteiro nos trabalhos de serra
circular ou em outros trabalhos que exijam(martelete, compressor etc) ; Use luvas de raspa de couro para transporte de madeira, cimento, tubos e materiais
abrasivos; Use máscara contra poeiras em trabalhos que provoquem seu desprendimento.
Recebi treinamento de segurança e saúde no trabalho, bem com todos os equipamentos de proteção individual para neutralizar a ação dos agentes nocivos presentes no meu ambiente de trabalho. Serei cobrado, pelo não cumprimento ao disposto nesta ordem de serviço, estando sujeito às penas de lei, que vão desde a advertência e suspensão até demissão por justa causa.
Lins , ____ de _______________ de ______
____________________________
Assinatura do Empregado
Fonte: SECONCI, 2012.
Anexo J : Relação Risco X Função do levantamento realizado.
Fonte: Elaborado pela autora.
0
5
10
15
20
25
Auxiliar de rolopneu-
compactador
Operador decaminhaoEspargidor
Operador de rolopneu-
compactador
Operador deVibro-Acabador
Servente
Acidente
Biológico
Ergonômico
Físico
Químico