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18 de Março de 2015 Trabalhadores param a produção da P-58 Por mais segurança a categoria promoveu diversas mobilizações A pressão dos trabalhadores movada pelo Sindicato, durante todo mês de feve- reiro e mês de março, com a interrupção dos embarques em diferentes platafor- mas do Espírito Santo deu resultado: hoje (18/03) a Petrobras parou a produção de petróleo e gás da P-58. Na semana passada, a parr de uma solicitação do Sindipetro-ES e a Fup, a Agên- cia Nacional de Petróleo (ANP) esteve a bordo para fiscalizar as condições de segurança da embarcação. De acordo com os dirigentes sindicais, em novembro de 2013, o sindicato já havia enviado documento para a Petrobras, pedindo urgência na solução dos problemas que colocam em risco a segurança e a vida dos petroleiros. Neste mesmo mês, o coordenador geral do Sindicato, Paulo Rony e o diretor Davidson Lombas fizeram uma visita técnica no estaleiro de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, onde estava em construção a embarcação e lá pro- duziram um documento com a relação de pendências quanto a habitabilidade e condições de segurança que poderiam impedir a plataforma de navegar. No úlmo dia 05/03, o Sindicato enviou ocio para a ANP com a relação de 48 pendências que comprometem a segurança operacional dos trabalhadores da P-58, entre elas estão: as condições de insegurança dos guindastes ( desde a construção no estaleiro); falta de redundância e risco de queda das luminárias/holofotes; falta de iluminação adequada, para operações ao final do dia e noturnas; ocorrência de queda de um dos parafusos do Moitão; diversos vazamentos por toda a plataforma óleo, água e gás; vazamento de líquidos no vent do TEG: controle de nível, pressão e outros realizados de forma manual con- nuamente ( porválvulas de by-pass), gerando desgaste excessivo para os opera- dores; venlação e exaustão da praça de máquinas ineficiente. O diretor do Sindipetro-ES, Davidson Lomba, parcipou de duas reuniões da Co- missão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislava do ES, neste mês de março. Os deputados, a parr do acidente na Plataforma Cidade São Mateus, decidiram criar uma Comissão Específica para conhecer mais a fundo a realidade e os problemas enfrentados pelos trabalhadores embarcados. O diretor do Sindipetro-ES fez um relato sobre o acidente na FSPO e apresentou um cenário sobre as ocorrências de mortes e acidentes, a ausência de uma fiscalização mais efeva, principalmente nos contratos das plataformas afretadas pela Petrobras, e denunciou a terceirização das avidades fins da empresa. Enquanto não houver segurança não vai subir ninguém A tragédia com o navio-plataforma FSPO Cidade de São Mateus só fez crescer a insegurança e o nível de tensão entre os embarcados – foi a maior tragédia nos úlmos 14 anos. Foram dezenas de feridos, alguns deles com sequelas graves e nove mortos. Na visão da direção do Sindipetro-ES, o acidente poderia ter sido evitado, se de fato houve fiscalização efeva dos órgãos governamentais e a en- dade vesse acesso às ronas e condições de trabalho do navio. A tragédia na FSPO revela a bomba relógio a qual os trabalhadores do ramo e petróleo estão expostos, aqui no Estado do Espírito Santo, e também no Brasil. De acordo com números computados pela Federação Única dos Trabalhadores (FUP), a média de petroleiros mortos em ocorrências durante a jornada de são de 15 por ano, mais de um por mês. Desde 1995, foram registradas mais de 300 mortes em todo o Sistema Petrobras, sem incluir mulações e afastamentos. Queremos representar os trabalhadores da área A terceirização precariza as relações de trabalho e torna os trabalhadores vulne- ráveis. As empresas contratadas pela Petrobras escolhem os sindicatos que vão representar seus empregados à revelia, sindicados de fachadas que não têm pre- ocupação com a saúde e segurança desses trabalhadores e estão mais preocupa- dos em receber o dinheiro do imposto sindical. E o pior: o Sindipetro-ES se vê impedido de fazer a defesa dos companheiros. Queremos concurso público e o fim das terceirizações. Dessa forma, os trabalhadores estarão sujeitos à políca de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da Petrobras (SMS) e serão representados pelo Sindicato oficial e também pela Federação Única dos Petroleiros, a FUP. O que queremos é um basta! A riqueza do petróleo não pode ser a custa do sangue do trabalhador. Sindicato é ouvido na Comissão de Petróleo da Assembleia Legislativa do ES Unidos somos mais fortes Trabalhadores mobilizados no embarque de Vitória-ES Sindipetro/ES na Comissão de Petróleo da ALES

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18 de Março de 2015

Trabalhadores param a produção da P-58Por mais segurança a categoria promoveu diversas mobilizações

A pressão dos trabalhadores motivada pelo Sindicato, durante todo mês de feve-reiro e mês de março, com a interrupção dos embarques em diferentes platafor-mas do Espírito Santo deu resultado: hoje (18/03) a Petrobras parou a produção de petróleo e gás da P-58. Na semana passada, a partir de uma solicitação do Sindipetro-ES e a Fup, a Agên-cia Nacional de Petróleo (ANP) esteve a bordo para fiscalizar as condições de segurança da embarcação. De acordo com os dirigentes sindicais, em novembro de 2013, o sindicato já havia enviado documento para a Petrobras, pedindo urgência na solução dos problemas que colocam em risco a segurança e a vida dos petroleiros. Neste mesmo mês, o coordenador geral do Sindicato, Paulo Rony e o diretor Davidson Lombas fizeram uma visita técnica no estaleiro de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, onde estava em construção a embarcação e lá pro-duziram um documento com a relação de pendências quanto a habitabilidade e condições de segurança que poderiam impedir a plataforma de navegar.

No último dia 05/03, o Sindicato enviou ofício para a ANP com a relação de 48 pendências que comprometem a segurança operacional dos trabalhadores da P-58, entre elas estão: as condições de insegurança dos guindastes ( desde a construção no estaleiro); falta de redundância e risco de queda das luminárias/holofotes; falta de iluminação adequada, para operações ao final do dia e noturnas; ocorrência de queda de um dos parafusos do Moitão; diversos vazamentos por toda a plataforma óleo, água e gás; vazamento de líquidos no vent do TEG: controle de nível, pressão e outros realizados de forma manual con-tinuamente ( porválvulas de by-pass), gerando desgaste excessivo para os opera-dores; ventilação e exaustão da praça de máquinas ineficiente.

O diretor do Sindipetro-ES, Davidson Lomba, participou de duas reuniões da Co-missão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do ES, neste mês de março. Os deputados, a partir do acidente na Plataforma Cidade São Mateus, decidiram criar uma Comissão Específica para conhecer mais a fundo a realidade e os problemas enfrentados pelos trabalhadores embarcados. O diretor do Sindipetro-ES fez um relato sobre o acidente na FSPO e apresentou um cenário sobre as ocorrências de mortes e acidentes, a ausência de uma fiscalização mais efetiva, principalmente nos contratos das plataformas afretadas pela Petrobras, e denunciou a terceirização das atividades fins da empresa.

Enquanto não houver segurança não vai subir ninguém

A tragédia com o navio-plataforma FSPO Cidade de São Mateus só fez crescer a insegurança e o nível de tensão entre os embarcados – foi a maior tragédia nos últimos 14 anos. Foram dezenas de feridos, alguns deles com sequelas graves e nove mortos. Na visão da direção do Sindipetro-ES, o acidente poderia ter sido evitado, se de fato houve fiscalização efetiva dos órgãos governamentais e a enti-dade tivesse acesso às rotinas e condições de trabalho do navio.

A tragédia na FSPO revela a bomba relógio a qual os trabalhadores do ramo e petróleo estão expostos, aqui no Estado do Espírito Santo, e também no Brasil. De acordo com números computados pela Federação Única dos Trabalhadores (FUP), a média de petroleiros mortos em ocorrências durante a jornada de são de 15 por ano, mais de um por mês. Desde 1995, foram registradas mais de 300 mortes em todo o Sistema Petrobras, sem incluir mutilações e afastamentos.

Queremos representar os trabalhadores da área A terceirização precariza as relações de trabalho e torna os trabalhadores vulne-ráveis. As empresas contratadas pela Petrobras escolhem os sindicatos que vão representar seus empregados à revelia, sindicados de fachadas que não têm pre-ocupação com a saúde e segurança desses trabalhadores e estão mais preocupa-dos em receber o dinheiro do imposto sindical. E o pior: o Sindipetro-ES se vê impedido de fazer a defesa dos companheiros. Queremos concurso público e o fim das terceirizações. Dessa forma, os trabalhadores estarão sujeitos à política de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da Petrobras (SMS) e serão representados pelo Sindicato oficial e também pela Federação Única dos Petroleiros, a FUP.

O que queremos é um basta! A riqueza do petróleo não pode ser a custa do sangue do trabalhador.

Sindicato é ouvido na Comissão de Petróleo

da Assembleia Legislativa do ES

Unidos somos mais fortes

Trabalhadores mobilizados no embarque de Vitória-ES

Sindipetro/ES na Comissão de Petróleo da ALES