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TESHUVÁ Faça algo pequeno DINHEIRO EM XEQUE O Ajudante PERSONALIDADE Moise Safra z”l Histórias do Segundo Templo

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Av / Elul 5774 1

TESHUVÁFaça algo pequeno

DINHEIRO EM XEQUEO Ajudante

PERSONALIDADEMoise Safra z”l

Histórias do Segundo Templo

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UNITED

COLORS

OF

OR ISRAELCOLLEGE

Boguer 2001 Makom - S.P.

Boguer 1990 KETER - Emp

Boguer 1998 MAC Construtora

Boguer 1992 LEPAPIER

Boguer 2007 ELETRIKA - Imp.

Boguer 2011 Yeshiva University - N.Y. Boguer 1995 - AMBOPET

Aluno 2014 9º ano Ensino Fundamental

Boguer 1994 Um dos Rabinos da Monte Sinai

Boguer 2011 Yeshivá Guevoha - GV - ADM

Aluno 2014 3º ano Ensino Médio

Boguer 1991 PARNASSÁ - Emp

Boguer 1993Rosh Kolel Birkat Avraham

Boguer 2012 - Yeshiva Kol Torá GV- Economia

Boguer 2003 FOA Construções

Yeshivá de Cotia

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Av / Elul 5774 3

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4 Av / Elul 5774

Exija o Selo de Supervisão Rabínica

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Av / Elul 5774 5

Exija o Selo de Supervisão Rabínica

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6 Av / Elul 5774

S F&Shimoni & Fink

Law Offices

Assessoria Jurídica em Israel

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Falamos ingles, português e hebraicoFalamos ingles, português e hebraicoTel.: +972 543279018

Email: [email protected] House, 4 Weizmann Street

Tel Aviv 642329www.shimonifinklaw.com

Gershon Fink Adv.

Associated

São Paulo, Brazil

DR. CLAUDIO MAJOWKACRM-SP 86.368

R. Albuquerque Lins, 503 Cj. 51 l Higienópolis

Tel. (11) 3661-7998 l Tel/Fax: 3666-7075

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R. Emílio de Menezes, 76 - Cj. 52Higienópolis l Fone 2628-1439

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Av / Elul 5774 7

Editorial

O Povo de Israel está pas-sando por momentos

difíceis contra um inimigo cruel, desuma-no e sem sensibilidade de valorização pela vida humana. Não dão valor a suas pró-prias vidas e tampouco à dos demais seres humanos.

Essas qualidades extremamente negativas

nos levam a sugerir que a forte arma para com-

bater este teste é reforçarmos nossa sensibili-

dade de valorização por nossas vidas e pelas

vidas dos nossos semelhantes.

Para valorizarmos cada minuto de nossas

vidas e entendermos o propósito de nossas al-

mas terem sido enviadas a este mundo, leia

a matéria “O Mundo Vindouro”. E na matéria

“Relógio Roubado”, veja um lindo exemplo de

valorização pelos sentimentos do próximo.

Sobre a sensibilidade em relação às neces-

sidades do próximo, nossos sábios dizem que o

Segundo Templo foi destruído por causa do ódio

gratuito. E que, corrigindo esta falha, teremos

o mérito de ver a grande salvação Divina e a

reconstrução do Templo Sagrado. Leia as histó-

rias de Camtsa e Bar Camtsa, Nero, Vespasiano

e Tito na matéria “Histórias do Segundo Tem-

plo”. Leia também a impressionante matéria

“Uma Grande Família Entre Sirenes e Enter-

ros”, segundo a qual já estamos corrigindo esta

falha, demonstrando que a união e a solidarie-

dade vêm se revelando o lado mais bonito do

Povo de Israel.

Outra arma poderosa do Povo de Israel é

a confiança inabalável no Todo-Poderoso. Em

todas as épocas e guerras Ele cuidou de nosso

povo e manifestou claramente Sua Providência

Divina. Não será diferente neste momento. So-

bre esta especial virtude, leia a matéria “Man-

ter a Confiança”.

Esta “arma” é uma característica maravi-

lhosa e constante nos corações judaicos. Recen-

temente estão sendo divulgados vídeos emocio-

nantes de soldados poucos instantes antes de

partirem para o combate. Centenas de soldados

dançando alegremente e cantando sua confian-

ça em D’us, Que sempre cuida do Povo de Israel.

Ainda sobre a virtude de confiar em D’us,

outro vídeo tocante chegou ao Brasil. É o depoi-

mento de um soldado israelense que transmite

as seguintes mensagens ao público brasileiro:

“Caros Amigos,

“Meu nome é Alexandre. Sou um soldado

do Exército de Israel. Nasci no Rio de Janeiro.

Sirvo em Gatsal Guivati e neste momento minha

unidade está em Gaza.

“Nosso povo está passando por momentos

difíceis... Nossa principal força, e da Tsavá, não

são as armas, os tanques, os aviões. A principal

força está em cima, com o Todo-Poderoso. Ele

é o provedor de toda nossa força. Vocês podem

verificar nos fatos do dia a dia quantos mila-

gres vêm acontecendo nesta operação. Mais de

1.000 mísseis foram disparados contra Israel e

apenas 10% atingiram algum alvo. E até agora

sofremos – infelizmente – pouquíssimas baixas

devido a esses mísseis.

“Uma das histórias que mais impressiona

é a de uma jornalista da BBC que perguntou a

um terrorista: ‘Vocês já dispararam centenas

de mísseis, mas apenas 10% acertaram algum

lugar. Como isso funciona? Vocês não fazem

cálculos? Não direcionam seus mísseis?’. E o

terrorista respondeu imediatamente: ‘Claro

que nós direcionamos os mísseis para os alvos,

mas o D’us deles desvia os mísseis!’.

“Se até um terrorista do Hamas crê, claro

que nós vamos crer – e crer muito mais! Assim,

devemos reforçar nossa fé em D’us e procurar

cada vez mais cumprir Sua vontade!

“Que passemos somente por bons momen-

tos e tenhamos grande sucesso, com a ajuda

de D’us!”.

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8 Av / Elul 5774

27Educação “Um Verdadeiro Professor”.

Nesta EdiçãoNº 133

Capa:

Teshuvá Faça Algo Pequeno.Foto Rostislav Glinsky - Shutterstockc

Comemorando II, pág. 38.

55De Criança para Criança“Tenho Chance?”.Chayim Walder

Nossa GenteAcontecimentos que foram destaques na comunidade.

30Av / Elul 5774 1

TESHUVÁFaça algo pequeno

DINHEIRO EM XEQUEO Ajudante

PERSONALIDADEMoise Safra z”l

Histórias do Segundo Templo

A revista Nascente é um órgão bimestral de divulgação da

Congregação Mekor Haim.

Rua São Vicente de Paulo, 276 CEP 01229-010 - São Paulo - SP Tel.: 11 3822-1416 / 3660-0400

Fax: 11 3660-0404 e-mail: [email protected]

supervisão: Rabino Isaac Dichi

diretor de redação: Saul Menaged

colaboraram nesta edição: Ivo e Geni Koschland

e Silvia Boklis

projeto gráfico e editoração: Equipe Nascente

editora: Maguen Avraham

tiragem: 11.500 exemplares

O conteúdo dos anúncios e os conceitos emitidos nos artigos

assinados são de inteira responsa bilidade de seus autores, não representando,

necessariamente, a opinião da diretoria da Congregação Mekor Haim ou

de seus associados.

Os produtos e estabelecimentos casher anunciados não são de responsabilidade da Revista Nascente. Cabe aos leitores indagar

sobre a supervisão rabínica.

a Nascente contém termos sagrados. Por favor, trate-a com respeito.

Expediente

38Comemorando II “Faça Algo Pequeno”.Rabino Yissochor Frand

51Datas & DadosDatas e horários judaicos, parashiyot e haftarot para os meses de Av e Elul.

14Atualidades“Uma GrandeFamília Entre Sirenes e Enterros”.Beatriz Hartman

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Av / Elul 5774 9

34Truques eDicas“Bicarbonato de Sódio”.

20Comemorando I“Históriasdo segundo templo”.

47Leis e Costumes “Cadish”.Rabino I. Dichi

12Pensando Bem “Pensamentos.

42Visão Judaica “Mundo Vindouro”.

50Mussar“Manter a Confiança”.Rabino Zvi Miller

10Dinheiro em Xeque “O Ajudante”. A lei judaica sobre casos monetários polêmicos do dia a dia.

15Personalidade “Moise Safra z”l”.

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10 Av / Elul 5774

Dinheiro em Xeque

O AjudanteTodas as dúvidas e divergências monetárias de nossos dias podem ser encontradas em nossos livros sagrados!

Efráyim era um homem idoso com muitos

problemas de saúde.Efráyim tinha uma mágoa muito grande em

relação ao seu filho único, que não se preocupa-

va com ele e com suas necessidades. No entanto,

felizmente, Hashem fez com que Levi entrasse

em sua vida.

Levi era um rapaz muito bondoso, com um

grande coração. Durante três anos Levi se com-

portou como um verdadeiro filho para Efráyim,

cuidando dele dia e noite... Até o dia em que

Efráyim faleceu.

Quando o testamento de Efráyim foi lido,

todos tiveram uma grande surpresa! Efráyim ha-

via deixado toda a sua fortuna, estimada em um

milhão de dólares, para Levi, seu fiel ajudante.

Tão logo tomou conhecimento do testamen-

to, Yehudá, o filho do Efráyim, foi ao bêt din – o

tribunal judaico. Yehudá reivindicou a herança

para si.

A argumentação de Yehudá reclamando a

herança foi a seguinte:

Efráyim só deixou o dinheiro para Levi por-

que imaginava que seu filho não ligava para ele;

porque imaginava que Yehudá não se importava

com o seu bem estar. Efráyim também imagina-

va que Levi cuidava dele de forma totalmente

altruísta e desinteressada. Mas nada disso era

verdade...

Yehudá afirmou ao bêt din que, apesar de

Levi ter sido um ótimo ajudante para seu pai,

tratando-o com muito respeito e carinho, ele es-

tava recebendo por isso. Yehudá afirmou que

todo mês pagava, em segredo, um salário de mil

dólares para que Levi cuidasse de seu pai, sem

que Efráyim soubesse.

Yehudá se importava com o bem estar de seu

pai. Procurou um bom ajudante, pagava-lhe um

bom salário, e acompanhava a situação de seu

pai frequentemente.

Sendo assim, agora ele pede ao bêt din que

revogue o testamento que transferiu a herança

para Levi, já que ela foi dada de forma equivo-

cada.

Para quem o bêt din deve declarar a heran-

ça? Para Levi, o bom ajudante? Ou para Yehudá,

o filho que contratou o ajudante?

O veredicto

Primeiramente o bêt din deve investigar as

afirmações de Yehudá. Deve verificar se real-

mente são verdadeiras. Se ele contratou Levi

para cuidar de Efráyim.

Se for constatado que as afirmações de Yehu-

dá são verídicas, é plausível decretar que o filho

fique com a herança.

No Shulchan Aruch (Chôshen Mishpat 183,

3) consta o seguinte caso: Um indivíduo envia

alguém para lhe comprar algo e este alguém aca-

ba comprando para si mesmo com o dinheiro de

quem o enviou. Neste caso, a compra pertence a

quem enviou, e não ao enviado. O motivo disso

é que a intenção do vendedor é vender apenas

para o dono do dinheiro.

No nosso caso, também podemos dizer que o

testamento feito por Efráyim tinha a intenção de

transferir a herança para o “dono do dinheiro”.

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Av / Elul 5774 11

E a companhia de Levi foi proporciona-

da somente pelos mil dólares que seu

filho pagava todos os meses para ele.

Está escrito também no Shulchan

Aruch (Chôshen Mishpat 246, 1) que

sempre agimos de acordo com a inten-

ção do doador, mesmo que não tenha

sido explicitamente revelada por ele.

Vejamos o seguinte caso para elucidar

este princípio:

Um rapaz viaja para o exterior e,

depois de algum tempo, dizem ao seu

pai que ele morreu. O pai, imaginando

não ter mais filho, escreve um testa-

mento deixando todas as suas posses

para outra pessoa. O pai falece e a

herança é entregue para a outra pes-

soa. Então, certo dia o filho volta para

casa. A notícia do falecimento certa-

mente fora equivocada. Neste caso, o

testamento deixado pelo falecido pai

fica anulado. Se o pai soubesse que o

filho estava vivo, não teria dado todas

as suas posses para outra pessoa.

Aparentemente, nosso caso é simi-

lar. Efráyim, ao preparar seu testamen-

to, pensava que seu filho o abandonara.

Imaginava que Yehudá não se importa-

va com ele e não o ajudava. Mas poste-

riormente ficou constatado que Yehudá

o ajudava, pagando um salário para

Levi cuidar bem dele.

Sendo assim, caso os argumentos

de Yehudá sejam confirmados, toda a

herança deve ir para ele.

No entanto, o veredicto pode ser

diferente caso Levi tenha se oferecido

de livre e espontânea vontade para cui-

dar de Efráyim, sem receber nada em

troca. Neste caso, mesmo que o filho

quis gratificá-lo pagando a quantia de

mil dólares todos os meses, deve-se

verificar se Levi é uma pessoa rica, se

continuaria ajudando Efráyim mesmo

sem a ajuda do filho. Neste caso, toda

a herança ficaria com Levi.

Porém, se o bêt din constatar que

Levi só continuou a cuidar de Efráyim

devido ao salário que recebia do filho,

toda a herança deve ir para o filho.

Em resumo: se Levi serviu Efráyim

devido ao salário, a herança pertence

a Yehudá.

Do semanário “Guefilte-mail” ([email protected]).

Traduzido de aula ministrada pelo Rav Hagaon Yitschac Zilberstein Shelita

Os esclarecimentos dos casos estu-dados no Shulchan Aruch Chôshen Mishpat

são facilmente mal-entendidos. Qualquer detalhe omitido ou acrescentado pode

alterar a sentença para o outro extremo. Estas respostas não devem ser utilizadas na

prática sem o parecer de um rabino com grande experiência no assunto.

Dinheiro em Xeque

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12 Av / Elul 5774

PensamentosSe você não viu com seus olhos,

não abra a boca. Se você viu com seus olhos,

não pense que precisa abrir a boca.

É difícil manter a mente e a boca abertas ao mesmo tempo!

A voz do silêncio levanta-se acima de todas as outras. Rabi Yisrael Báal Shem Tov

Muitos amam a mentira, poucos amam a verdade; pois podemos amar a mentira de verdade,

mas não podemos amar a verdade de mentira. Rabi Yaacov Yitschac de Peshischa

Seu pensamento é seu, Sua palavra não é sua.

Um pensamento errado, um arrependimento e uma retificação levam três segundos;

uma palavra errada e um arrependimento levam dois segundos.

Pensando Bem

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Av / Elul 5774 13Aceitamos todos os buffets casher

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14 Av / Elul 5774

Atualidade

Uma Grande Família Entre Sirenes e Enterros

Falei hoje com meu filho – um soldado que está servindo o exército em

Gaza – e ele me disse que as boas novas são que ele não precisará comprar cuecas por alguns anos…

Nestes momentos difíceis, a união e a solidariedade

vêm se revelando o lado mais bonito do Povo de Israel.

Há alguns dias, alguém publicou que se procuravam

voluntários para acompanhar um soldado sem família

que foi ferido e estava internado no hospital. Em apenas

alguns minutos havia voluntários suficientes para levan-

tar o Globo Terrestre nos ombros!

Milhares de pessoas se organizam e tentam chegar o

mais próximo permitido dos campos de batalha, com o

objetivo de levar comida, sabonetes, cuecas e todo o tipo

de etceteras para os soldados.

Cada um tenta mimar os soldados a seu jeito – e

quanto mais, melhor. Uma família tratou de levar até eles

um carro pipa para que pudessem improvisar chuveiros

e tomassem banho no meio do deserto.

Um dos soldados que caiu em combate era cidadão

norte-americano e não tinha família aqui em Israel.

Bastou esse fato ser divulgado para que mais de 30 mil

pessoas, que nem o conheciam, se abarrotassem no ce-

mitério para prestar-lhe uma última homenagem.

Na porta de cada supermercado há um engradado

de metal. As pessoas que saem depositam, de forma vo-

luntária e anônima, um saco cheio de mantimentos para

serem entregues aos soldados.

Os hospitais para onde são levados os feridos estão

superlotados, não só de seus familiares, mas de pessoas

que vão visitar os feridos, rezar e até tocar violão ou

cantar para eles e com eles – para alegrá-los. Nas aveni-

das, manifestações espontâneas de milhares de pessoas

demonstram o orgulho que temos desses meninos que

arriscam a vida pelo Povo de Israel.

Outro dia assisti uma entrevista com um comandan-

te de uma das unidades do exército que, gentilmente,

tentava pedir para todos os presentes que diminuíssem

um pouco a entrega de guloseimas, bolos e doces, “pois

não queremos nos tornar um exército de diabéticos…”.

Existem muitas organizações que se preocupam em

prestar auxílio às famílias dos soldados que estão em

batalha. Fiquei sabendo de uma esposa de um soldado

que ligou para uma dessas organizações e pediu auxílio.

Quando a voluntária chegou, a esposa do soldado ficou

pasma ao saber que a própria voluntária tinha dois filhos

em combate – as duas sentaram juntas para dobrar a

roupa lavada e chorar juntas.

Agricultores do sul do país estão encontrando dificul-

dades para comercializar seus produtos. A cada vez que

toca a sirene, eles precisam sair correndo e têm 15 segun-

dos para chegar ao abrigo. Muitas pessoas se organizaram

para ajudar essas pessoas. Improvisaram pequenas feiras

para vender os produtos em muitas cidades do país. Além

disso, jovens voluntários estão ajudando na colheita, entre

uma sirene e outra, e entre um “bum” e outro. Caso os

frutos não sejam colhidos em tempo, tudo será perdido.

Há pouco tempo, divulgaram que uma unidade do

exército precisava de um gerador. Várias pessoas come-

çaram a disputar entre si quem teria o privilégio de fazer

essa doação.

As famílias que vivem em lugares próximo de Gaza

abrem suas casas para que os soldados possam tomar um

“banho de verdade” e lavam seus uniformes para ficarem

com “cheirinho de casa”.

Vivemos esses dias entre sirenes e enterros. Mas,

apesar da amarga dor de enterrar irmãos, nossa união

é algo inquebrantável. Nossa responsabilidade mútua e

amor gratuito estão inscritos no DNA de nossas almas e

é o que nos transforma de simples particulares em um

povo único – que verá grandes salvações justamente por

esse mérito.

Pelo mérito de poder ser chamado de “Uma Grande Família” o povo verá grandes salvações!

Beatriz Hartman

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Av / Elul 5774 15

Personalidade

Moise SafraA comunidade judaica perde seu grande patrono, o generoso filantropo Moise Safra.

Moise Safra foi um gran-de benemérito da

comunidade judaica em Israel, no Brasil e em inúmeras partes do mundo. Estava profundamente en-volvido nos mais diversos assuntos da comunidade judaica brasileira. Gastava uma grande parte de seu tempo, dedicação e fortuna doan-do recursos para a construção e restauração de sinagogas, centros comunitários, hospitais, escolas, universidades e para projetos nas áreas de educação, saúde e justiça

social. Foi o responsável pela ma-nutenção de centenas de estudio-sos da Torá em yeshivot e colelim em Israel e em muitos outros paí-ses do globo.

Moise Yacoub Safra nasceu em

Beirute em 1934 e faleceu no último

dia 14 de junho, aos 80 anos, em São

Paulo. Era casado com a Sra. Chella

Safra Cohen e deixa cinco filhos: Ja-

cob, Ezra, Edmond, Esther e Olga.

Moise era filho de Jacob Safra,

aquele que deu início à grande fama

e bom nome da família Safra na fi-

lantropia. Jacob Safra faleceu em São

Paulo em maio de 1963.

A família Safra tem uma longa tra-

dição no mundo das finanças globais.

Seu ponto de partida foi o Oriente

Médio. Ainda no século IXX, fundou

na cidade de Alepo, na Síria, o Safra

Frères & Cie. A casa financeira, ins-

talada numa secular rota comercial,

dedicava-se a fazer empréstimos, ope-

rações de câmbio e com metais pre-

ciosos. Em pouco tempo, a instituição

expandiu-se para outras localidades,

como Alexandria, Istambul e Beirute.

Em 1920, Jacob fundou o Jacob Safra

Maison de Banque, em Beirute, no

Líbano.

Após enfrentar revoltas antisse-

mitas em Beirute com a criação do

Estado de Israel, em 1948, a família

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16 Av / Elul 5774

Personalidade

decidiu que deixaria o país. Nos anos

50 Jacob mudou-se para o Brasil

acompanhado dos filhos. Três deles,

Edmond, Moise e Joseph participaram

da fundação do Banco Safra.

Moise Safra também fundou, em

1998, em São Paulo e Nova Iorque, a

M. Safra & Co, primeira empresa de

gestão de recursos totalmente inde-

pendente dos bancos da família. Ini-

cialmente, dedicou-se a gerir recursos

de parte da família, depois passou a

atuar também na gestão de recursos

de carteiras e fundos de investimentos

a terceiros. Desde 1999, seu prin-

cipal executivo é Ezra Moise Safra,

filho de Moise, mais conhecido como

Azuri Safra.

Chella Safra, viúva de Moise, é

uma mãe exemplar e dedicada à fa-

mília. É uma pessoa discreta, mas ex-

tremamente engajada em patrocinar o

bem-estar da comunidade judaica em

diversas partes do mundo. Conforme

publicado pela “Forbes Brasil”, foi

com o pai, que ajudava órfãos, que

Chella aprendeu as primeiras lições

da benemerência. Depois, ao lado do

marido, Moise, aprofundou-se ainda

mais nas tradições de sua família e de

seu povo.

Segundo David Feffer, presidente

do Conselho da Suzano Holding, “Moi-

se foi um grande pai, marido e avô,

além de líder familiar e comunitário,

que transmitiu bondade e ensinamen-

tos ao longo de sua vida. Uma grande

perda para todos nós”.

Lázaro de Mello Brandão, presi-

dente do conselho de administração

do Bradesco, afirmou: “Moise foi um

dos mais respeitados nomes do mun-

do das finanças nacional e interna-

cional. Acreditou e investiu no Brasil,

representando a melhor tradição do

Moise Safra colocando a mezuzá no prédio do Centro Comunitário Moise e Chella Safra na Congregação Mekor Haim em junho de 2012

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Av / Elul 5774 17

Personalidade

Na inauguração do novo Centro Comunitário Moise e Chella Safra na Congregação Mekor Haim

setor bancário brasileiro. Nós nos

conhecíamos de longa data e lamenta-

mos muito a sua perda”.

No final do mês de julho, Azuri

Safra recebeu a NasceNte em seu es-

critório para uma agradável conversa:

Nascente: Como era o relaciona-

mento do seu pai com você e com seus

irmãos?

Azuri Safra: Era excelente. Ele

sempre esteve muito próximo de todos

os filhos e filhas. Sempre dedicou mui-

to tempo para a família. Apesar de que

eu sou o único dos filhos que mora no

Brasil, ele sempre viajou muito. Além

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18 Av / Elul 5774

Personalidade

disso, falava com todos o dia inteiro.

Ele era o grande conselheiro de todos

nós. Sua experiência de vida, sabedo-

ria e calma não tinham preço! Sempre

o procurávamos pedindo conselhos.

Ele nunca impunha seu parecer à

força, mas com grande sensibilidade,

prudência e sensatez. Não gostava de

confrontos; valorizava os consensos.

Nascente: E quanto às amizades?

Azuri: Ele tinha muitos e bons

amigos. Sempre cultivou as amizades.

Amigos em vários círculos. Amigos

de infância que manteve até o final

da vida e amigos da colônia judaica.

Nunca esqueceu deles. E tinha outros

círculos de amizade no mundo dos ne-

gócios, no Brasil e no exterior. Tratava

os demais com grande respeito; e por

isso era muito querido entre todos. Os

amigos de negócios sempre respeita-

ram nossas tradições. Talvez ele foi

um grande “embaixador não oficial”

da comunidade judaica junto a essas

pessoas.

Nascente: Como era o relaciona-

mento dele com seus pais?

Azuri: Meu pai perdeu sua mãe

muito cedo; quando tinha apenas 6

ou 7 anos. Mas ele me contava que ela

era uma pessoa muito bondosa. Mui-

tas pessoas necessitadas pediam sua

ajuda em Beirute. Como ela não tinha

dinheiro em casa, ela dava roupas

de cama, pratarias e outros objetos.

Quando meu avô chegava em casa e

percebia a falta dos objetos, ele dizia

brincando: “Você quer distribuir nos-

sa prata? Então manda essas pessoas

para o escritório! (n.e.: Jacob Safra

fazia operações com metais preciosos

em Beirute).

Meu pai sempre falava de seu pai

com grande respeito. Até o final de

sua vida! Tamanha foi a boa influên-

cia que meu avô causou nele. E meu

avô faleceu há mais de 50 anos! Meu

pai usava muito expressões como:

“Meu falecido pai dizia isso... Dizia

aquilo.” Ele também falava: “Filho

de Jacob Safra não faz isso!”. O bom

exemplo do pai foi muito forte para

ele. A gente só valoriza essas coisas

quando já é mais velho... Ele também

foi um grande exemplo para mim,

para meus irmãos, irmãs e até para

meus filhos, que já entendem a bon-

dade dele.

Nascente: O que mais ele falava?

Azuri: Muitas vezes ele dizia o se-

guinte: “Nunca fazer é demais. Sempre

é de menos!”.

Nascente: Qual era a característi-

ca mais marcante de Moise Safra?

Azuri: Era fazer o bem aos de-

mais. E fazê-lo pessoalmente. Gos-

tava de envolver-se em cada causa,

de entender os problemas, as dificul-

dades. Gostava de visitar as institui-

ções necessitadas, verificar a melhor

forma de ajudar. Preocupava-se em

encontrar boas soluções, acompa-

nhava e torcia para que os projetos

fossem bem-sucedidos. Não era só

dar dinheiro! E ele não delegava essa

função para outras pessoas. Hoje,

nas grandes fundações, há comitês

que se ocupam de filantropia; mas na

prática eles ficam muito distante dos

necessitados.

Meu pai ajudava sempre partin-

do do pressuposto que as pessoas são

boas e que as causas são nobres. Aju-

dar o próximo lhe dava muito prazer.

Ele não encarava apenas como uma

obrigação ou algo que lhe reverteria

bênçãos e méritos. A filantropia pas-

sou a fazer parte de sua natureza, de

seu bem-estar.

Ele não gostava de ostentação.

Quando lhe diziam: “Por que você não

compra tal coisa?” Ele respondia: “En-

tre isso e dar para o pobre, prefiro dar

para o pobre”.

Nascente: Ele recebeu muitos tí-

tulos honorários...

Azuri: Não dá para imaginar os

títulos e placas que ele recebeu. Ele

gostava do título de honoris causa da

Yeshiva University de Nova Iorque,

do reconhecimento do Hospital Israe-

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Av / Elul 5774 19

lita Albert Einstein, da UTI Neonatal

Chella e Moise Safra do Hospital São

Paulo e muitos outros.

Mas ele dizia que todas as causas

são nobres, tanto os grandes proje-

tos com placas e nomes em prédios,

quanto a ajuda no dia a dia das pes-

soas – que ninguém fica sabendo

– como orfanatos na Zona Leste ou

instituições pelo Brasil que cuidam

de crianças deficientes. E até hoje

ninguém sabe das inúmeras comu-

nidades desprovidas que receberam

sua atenção.

Ele gostava, particularmente, de

construir muitas micvaot. Fazia mui-

tas mesmo – até em Shangai e em Mô-

naco! Minha mãe tem uma grande lista

dos lugares.

Nascente: Algum projeto recente,

em especial?

Azuri: Ele teve a satisfação de

inaugurar muitos projetos novos em

Israel no último ano: sinagogas, es-

colas, universidades, museus... Ele

falava: “Faz rápido que eu quero ver

isso pronto logo!”, e realmente ficaram

prontos.

Mas há um grande projeto pelo

qual ele estava muito orgulhoso e, in-

felizmente, não conseguiu ver concluí-

do. É o Moise Safra Community Center,

em Nova Iorque. Atualmente a maioria

da comunidade sefaradi de Nova Ior-

que mora no Brooklyn. Mas recente-

mente começou a existir uma procura

por Manhattan. E essas pessoas não

dispõem de um centro comunitário lá

para contribuir com a manutenção de

nossas tradições; há apenas sinagogas.

É um projeto que está unindo várias

famílias em Nova Iorque. Meu pai teve

muito orgulho dessa iniciativa. Agora

quem está coordenando o projeto são

meus irmãos Jacob e Edmond, com a

ajuda de outras pessoas.

Nascente: Alguma lembrança

marcante dos últimos dias?

Azuri: Até os últimos momentos

de sua vida, ele se preocupou com as

pessoas necessitadas. Duas ou três

semanas antes de falecer, no Shabat,

uma sexta-feira à noite, minha esposa

perguntou a ele se havia algo que ele

gostaria de fazer a mais em sua vida.

E ele respondeu: “Gostaria de ter aju-

dado mais as pessoas”.

Nascente: Se ele estivesse aqui

agora, o que ele pediria para escrever

sobre sua vida, como exemplo de con-

duta para seus filhos e netos?

(Pausa e emoção). Acho que ele

gostaria de dizer que foi um homem

que respeitou os demais, um homem

correto, que seguiu o caminho da ho-

nestidade, ajudou e gostou de ajudar o

próximo.

Personalidade

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20 Av / Elul 5774

Comemorando I

Histórias do Segundo TemploNo dia 17 do mês de tamuz ocorreram 5 trágicos acontecimentos ao povo judeu, entre os quais, o rompimento das muralhas de Jerusalém após o cerco efetuado pelos romanos à cidade. No dia 9 de av, outras cinco desgraças abateram o nosso povo, entre as quais, a destruição dos dois Templos Sagrados. Por isso, estas duas datas são recordadas até os nossos dias com grande pesar.Veja, a seguir, as circunstâncias que levaram à destruição do Segundo Templo.

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Av / Elul 5774 21

Comemorando I

Vários historiadores se preo-cuparam em descrever

os motivos da destruição do Segundo Tem-plo, bem como as características políticas e territoriais daquela circunstância. Alguns destes relatos datam até mesmo da própria época da destruição, como o livro “Yossi-fon”, escrito por Yossef ben Matityáhu. To-dos estes relatos tomam como referência os fatos que levaram à tragédia com uma visão basicamente material do acontecimento.

Nossos sábios, por outro lado, procuraram

as causas dos eventos nas falhas espirituais do

povo. Assim, apontando os motivos espirituais

da destruição, ensinam-nos a corrigir o nosso

futuro aprendendo com os erros do passado.

Além disso, a Guemará nos mostra, sutilmente,

a interferência e a Providência Divina mesmo

nos momentos de dor do povo judeu.

Nossos sábios disseram que o Segundo Tem-

plo foi destruído por causa de sin’at chinam, um

ódio gratuito, sem sentido. A Guemará (Guitin

55b) descreve como este grave pecado não so-

mente foi o motivo espiritual que levou D’us a

permitir a destruição do Bêt Hamicdash, mas

também como o Todo-Poderoso fez com que este

fosse, na prática, o motivo que acabou ocasio-

nando a invasão de Jerusalém e a destruição do

Templo.

Camtsa e Bar Camtsa

O Império Romano estava em seu auge. Os

romanos dominavam grande parte do mundo

e impunham a todas as nações conquistadas a

sua cultura pagã. Um dos domínios do Império

Romano era a Terra de Israel. Nesta época, Is-

rael era dirigida por um governante designado

pelos romanos.

Maquete do Segundo Templo

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22 Av / Elul 5774

Aconteceu, em certa oportunidade,

que um próspero judeu resolveu ofe-

recer uma grande festa na cidade de

Jerusalém. Na sua lista de convidados

estavam todos os sábios da cidade e

muitos amigos. Este homem possuía

um bom amigo chamado Camtsa e um

inimigo chamado Bar Camtsa. Quan-

do o homem ordenou que um de seus

empregados convidasse o seu amigo

Camtsa, este se equivocou e acabou

levando o convite para Bar Camtsa, o

inimigo.

Bar Camtsa ficou um tanto sur-

preso com o convite mas, apesar de

também manter em seu coração um

ódio profundo pelo anfitrião, resolveu

aceitar o convite, pensando que o ou-

tro desejava se desculpar. O anfitrião,

porém, ficou ainda mais surpreso ao

ver o inimigo Bar Camtsa em sua festa

e foi ter com ele:

– O que você faz em minha casa? –

perguntou o dono da casa. – Levante-se

e vá embora imediatamente!

– Eu achei que você tinha me convi-

dado para esta festa, mas agora perce-

bo que foi um engano – respondeu Bar

Camtsa. – Mas já que eu estou aqui, por

favor deixe-me ficar; não me envergo-

nhe e eu lhe pagarei todas as despesas

que eu der durante a festa, tudo o que

eu comer e beber.

– Não! – respondeu o anfitrião. – Vá

embora!

– Por favor! – pediu novamente Bar

Camtsa. – Não me envergonhe na fren-

te de todos e eu lhe pagarei até metade

de todas as despesas da festa.

Como o anfitrião continuou negan-

do o pedido do inimigo, Bar Camtsa,

muito envergonhado, ainda tentou fa-

zer uma última oferta:

– Deixe-me continuar aqui e eu

arcarei com todas as despesas desta

festa.

Mas o anfitrião permaneceu com

o seu ódio sem controle e, percebendo

que Bar Camtsa não sairia espontane-

amente, apanhou-o à força e jogou-o

para fora da casa.

Bar Camtsa, magoado e cheio de

rancor no coração, culpou os rabinos

presentes por sua vergonha: “Já que

eles assistiram a tudo e nada fizeram,

é porque concordaram e gostaram do

que aconteceu comigo. Eu me vingarei

de todos delatando-os ao imperador!”

Bar Camtsa foi até Roma e pediu

para ser recebido pelo César, alegando

que possuía uma informação importan-

tíssima para a segurança do império.

Quando o imperador o recebeu, Bar Ca-

mtsa lhe disse que os judeus estavam

preparando uma revolta contra Roma.

– Eu lhe darei uma prova – disse

Bar Camtsa – de que minhas palavras

são verdadeiras. Envie um animal para

que seja ofertado como sacrifício no

Templo de Jerusalém. Se os judeus se

negarem a sacrificá-lo, você saberá que

eles estão contra Roma.

O imperador concordou com a su-

gestão de Bar Camtsa e mandou um

animal para ser ofertado no Bêt Hami-

cdash. Pela lei judaica é permitido fazer

um corban que tenha sido oferecido por

um não judeu. No caminho, porém, Bar

Camtsa fez um corte na boca e no olho

do animal, inutilizando-o para o sacrifí-

cio. As leis que determinam quando um

animal é imperfeito para o sacrifício

eram diferentes entre os judeus e os ro-

manos. Para os romanos, um corte na

boca e no olho do animal era algo que

não o inutilizava como uma oferenda.

Assim, quando o animal enviado

pelo imperador romano chegou a Jeru-

salém, os sábios se viram num impas-

se. Alguns deles achavam que o animal

oferecido pelo imperador deveria ser

sacrificado, apesar de defeituoso, para

evitar a ira romana. Porém, um sábio

chamado Rabi Zecharyá ben Avkulas

sustentou a opinião de que isto faria

com que os judeus passassem a acre-

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Comemorando I

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Av / Elul 5774 23

ditar que pode-se sacrificar um animal

com defeitos. Os sábios acabaram con-

cordando com esta opinião e, por isso,

não aceitaram a oferenda.

Os sábios, então, cogitaram em ma-

tar Bar Camtsa, pois sabiam que ele os

denunciaria aos romanos e isso poderia

acarretar graves consequências para

todo o povo. Novamente Rabi Zecharyá

ben Avkulas interveio, alegando que,

se o matassem, todos pensariam que a

pena para quem traz um animal com

defeito para ser sacrificado é a morte.

Assim, os sábios permitiram que Bar

Camtsa fosse embora.

Quando Bar Camtsa voltou a Roma,

possuía o argumento que desejava e

conseguiu convencer o imperador de

que os judeus estavam realmente tra-

mando uma revolta. O imperador, en-

tão, enviou um de seus generais, Ne-

ron, para invadir a cidade e acabar com

a suposta rebelião.

Neron

Quando Neron se aproximou da

cidade, quis saber se a sua missão se-

ria levada a cabo com sucesso. Para

isso, lançou sorte, tentando descobrir

se conseguiria conquistar Jerusalém.

Primeiramente, Neron atirou fle-

chas para cima e em todas as direções.

As flechas sempre caíam apontando

para Jerusalém. Neron percebeu nisso

um sinal de que realmente Jerusalém

seria destruída. De qualquer forma,

ele não se contentou somente com este

sorteio e tentou novamente saber algo

sobre o futuro. Desta vez, Neron inter-

pelou uma criança judia que passava

pela rua e pediu-lhe que contasse algo

que estudara naquele dia. A criança lhe

disse que naquele dia havia estudado o

seguinte versículo do profeta Yechezkel

(25:14): “E realizarei Minha vingança

sobre Edom nas mãos de meu povo Yis-

rael”. Disso, Neron entendeu que um

dia D’us acabaria se vingando do mal

que Edom (o povo romano) havia feito

para Yisrael.

O oficial romano concluiu destas

duas previsões que realmente D’us

havia resolvido destruir Sua cidade,

Jerusalém; no entanto, quem a des-

truísse acabaria sendo castigado. Es-

tes eventos impressionaram o grande

general, causaram a sua renúncia do

exército e motivaram a sua conversão

ao judaísmo. Como recompensa pela

sua desistência em destruir Jerusalém,

a cidade sagrada, Neron teve o méri-

to de que um de seus descendentes se

tornaria um grande sábio do povo de

Israel: Rabi Meir Báal Hanês.

Um novo imperador

Quando o imperador romano to-

mou conhecimento de que Neron havia

desertado, enviou outro general, Ves-

pasiano, para tomar o seu lugar e con-

Comemorando I

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24 Av / Elul 5774

quistar Jerusalém. Vespasiano cercou

a cidade de Jerusalém, que era rodea-

da por altas muralhas, e impediu que

se trouxesse quaisquer mantimentos

para dentro dela, deixando-a assim to-

talmente isolada.

Naquela época, viviam na cidade

de Jerusalém três homens muito ricos:

Nacdimon ben Gurion, Ben Calba Sa-

vua e Ben Tsitsit Hakêsset. Estes três

homens se ofereceram para sustentar

a cidade durante os anos que durasse

o cerco. Um deles prometeu prover a

cidade inteira com trigo e cevada ar-

mazenados em seus silos. O segundo

se comprometeu a fornecer óleo, sal e

vinho. O terceiro garantiu toda a ma-

deira que fosse necessária para cozi-

nhar e para o aquecimento durante o

inverno. Os depósitos de mantimentos

destes homens eram tão grandes que

a cidade poderia aguentar o cerco por

vinte e um anos.

Existia, no entanto, uma parte do

povo que não pretendia permanecer

dentro da cidade de braços cruzados:

os “biryonim”. Eles pretendiam sair da

cidade e guerrear contra os romanos.

Os sábios de Jerusalém, porém, sabiam

que seria inútil guerrear contra um po-

deroso império como o romano e pre-

tendiam tentar fazer um acordo de paz.

Os biryonim, no entanto, recusaram-se

a acatar as palavras dos rabinos. Para

forçar a guerra e impedir que o cerco

continuasse por mais tempo, eles quei-

maram todos os depósitos de trigo e

cevada.

Uma grande fome tomou conta de

Jerusalém. Não havia mais comida e

ninguém conseguia sair ou entrar na

cidade. Os biryonim impediam a sa-

ída e os romanos, a entrada. Quan-

do os sábios viram que logo a cidade

acabaria sendo invadida, começaram

a pensar em uma maneira de salvar o

que fosse possível para evitar o exter-

mínio total.

Um dos chefes dos biryonim, Aba

Sicra, era sobrinho do grande sábio

Rabi Yochanan ben Zacay. Rabi Yo-

chanan tentou convencer o rapaz de

que o caminho da paz com os roma-

nos era a melhor solução. Então Aba

Sicra explicou ao sábio que não pode-

ria ajudar muito, pois não havia como

convencer os demais companheiros a

desistir da guerra. Quando Rabi Yo-

chanan percebeu que realmente não

havia mais chances de uma salvação

total por meio de um acordo com os

romanos, resolveu que o melhor seria

tentar salvar o que fosse possível antes

da invasão.

Assim, Rabi Yochanan ben Zacay

decidiu sair da cidade escondido para

conversar com o general romano. Para

isso, contou com um plano concebido

por seu sobrinho. Apesar do cerco, ne-

nhum morto era enterrado em Jeru-

salém e, por isso, era permitido sair

da cidade para enterrar uma pessoa

recém-falecida. Assim, Rabi Yochanan

se fingiu de morto, foi colocado num

caixão e levado por seus alunos e pelo

próprio Aba Sicra para fora da cidade.

Quando já haviam se distanciado dos

últimos guardas, Rabi Yochanan saiu

do caixão e dirigiu-se para o acampa-

mento romano onde se encontrava o

general Vespasiano.

Quando foi levado à presença do

general, Rabi Yochanan ben Zacay o

saudou dizendo:

– Que a paz esteja convosco, rei!

Que a paz esteja convosco, rei!

– Você deveria ser condenado à

morte por dois motivos – respondeu

Vespasiano, que era apenas um gene-

ral do exército romano. – Em primeiro

lugar, porque me chamando de rei você

ofende o verdadeiro rei e o império ro-

mano. Em segundo lugar, se é como

você diz, que eu sou o rei, por que você

me procurou somente agora?

– Na realidade, já chegou o tempo

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Comemorando I

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Av / Elul 5774 25

de você reinar – respondeu Rabi Yocha-

nan. – Eu digo isso porque está escrito

em nossa Torá que Yerushaláyim será

conquistada somente por um rei e não

por um homem comum. Quanto ao se-

gundo ponto, se eu não vim procurá-lo

até este momento não foi por vontade

própria, mas porque os biryonim não

deixam que ninguém saia da cidade.

Enquanto o general e o Rabi manti-

nham este diálogo, D’us, em Sua Provi-

dência, fez com que a previsão de Rabi

Yochanan fosse confirmada. Então, um

mensageiro chegou com a notícia:

– Ó grande Vespasiano! Nosso glo-

rioso César morreu há poucos dias e o

senado decidiu que você, Vespasiano,

será o novo rei.

O novo César ficou entusiasmado

com a notícia e surpreso com a grande

sabedoria do mestre judeu. Disse-lhe

então:

– Se eu permanecesse aqui, sábio

judeu, tentaria uma saída para o seu

problema e para o seu povo, diminuin-

do assim ao máximo os prejuízos. No

entanto, eu tenho que ir para Roma e

assumir os meus novos compromissos.

Outro homem virá para cá em meu lu-

gar e ele agirá como achar melhor. Po-

rém, como reconhecimento a você e à

sua sabedoria, peça agora o que quiser

e eu lhe darei.

Rabi Yochanan temeu pedir pelo

Templo e pela cidade de Jerusalém,

pois achou que se pedisse muito pode-

ria acabar sem nada. Assim, Rabi Yo-

chanan fez três pedidos mais simples:

– Dê-me a cidade de Yavne e seus

sábios. Preserve a família de príncipes

do sábio Raban Gamliel, que são des-

cendentes do Rei David. Envie médicos

que possam curar o sábio Rabi Tsadoc,

que durante 40 anos realizou jejuns

pela salvação de Jerusalém.

Os três pedidos de Rabi Yocha-

nan foram aceitos e, assim, o grande

sábio conseguiu salvar a semente do

povo por meio de suas bases: a Torá;

o reinado do Mashiach, que será um

dos descendentes do Rei David; e os

tsadikim.

O midrash conta que quando Rabi

Tsadoc foi levado à presença de Ves-

pasiano, Rabi Yochanan ben Zacay

também estava presente. Quando Rabi

Tsadoc entrou no recinto, Rabi Yocha-

nan se levantou em sinal de respeito

pelo grande sábio. Então Vespasiano

se surpreendeu e perguntou: “Será que

é para este velho fraco e repugnante

que você se levanta? Ao que respon-

deu Rabi Yochanan: “Eu lhe garanto,

Vespasiano, que se houvesse mais

uma pessoa como ele em Jerusalém,

você não conseguiria conquistá-la nem

mesmo com o dobro de soldados que

possui hoje.”

É interessante ressaltar aqui a Pro-

vidência Divina. O Todo-Poderoso fez

com que Rabi Yochanan se apresentas-

se ao César poucos instantes antes da

chegada da notícia de que Vespasiano

se tornaria o novo imperador. Se Rabi

Yochanan chegasse um pouco antes,

o mensageiro entraria com a notícia

somente depois da sua entrevista, sem

que Vespasiano pudesse se surpreen-

der com a sua sabedoria. Se Rabi Yo-

chanan chegasse um pouco depois, a

notícia já teria sido dada, o novo im-

perador estaria por demais ocupado

com os preparativos para a sua volta a

Roma e, provavelmente, nem receberia

o sábio.

A destruição do Templo

Com a volta de Vespasiano a Roma,

um novo general foi designado para li-

derar a conquista de Jerusalém. Seu

nome era Tito.

Tito era um general muito perver-

so. Ele negava que D’us podia interferir

nos assuntos terrenos, negava a Sua

presença na Terra. Para demonstrar

toda a sua aversão ao conceito de Di-

vindade, voltou-se contra tudo o que

era santo e puro. Tito invadiu o Bêt Ha-

micdash e violou o lugar mais santo do

mundo: pecou com uma mulher leviana

dentro do Côdesh Hacodashim.

Quando Tito rasgou com sua es-

pada a cortina que dividia o Côdesh

Hacodashim do outro recinto, chama-

do de Côdesh, D’us fez um milagre e

Paraneniza a Congregação pela divulgação dos valores

judaicos!

Comemorando I

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26 Av / Elul 5774

começou a escorrer sangue dos panos

rasgados. Quando viu isso, Tito se reju-

bilou achando que havia matado o D’us

dos judeus.

O malvado general pegou esta mes-

ma cortina e fez com ela uma trouxa,

na qual colocou os objetos sagrados do

Templo para ostentar na sua chegada

a Roma.

O livro “Nêfesh Hachayim”, do

grande rabino Rav Chayim de Volod-

jin, explica que o poder que uma pes-

soa possui para interferir nos mundos

superiores é diretamente proporcional

à grandeza da sua alma. Assim sendo,

o Rav Chayim diz que um pequeno pe-

cado de um judeu tem um efeito muito

mais devastador sobre os mundos su-

periores do que o ato vergonhoso do

perverso Tito. Isso porque a alma de

um simples yehudi é extremamente

elevada e está em permanente contato

com os mundos celestiais, enquanto a

alma de Tito, pelo seu grau rebaixado,

não possuía quase contato com estes

mundos.

O castigo de Tito

O castigo de Tito por sua perversi-

dade foi amargo.

Quando ele voltava para Roma em

seu navio, começou uma grande tem-

pestade que ameaçou afundar a embar-

cação. Assustado, Tito gritou: “Parece

que o D’us dos judeus só tem poder nas

águas. Afundou o Faraó egípcio e Sisrá

na água e, agora, tenta afogar também

a mim, novamente no mar. Se Ele é re-

almente forte, que espere que eu suba

em terra firme e lá trave comigo uma

guerra.”

Neste momento o mar se acalmou

e uma voz provinda do céu dirigiu-se

ao coração de Tito: “Perverso filho de

um perverso, filho do filho de Essav,

o Perverso. Eu possuo uma pequena

criatura: mosquito é o seu nome. Suba

na terra e guerreie contra ela.”

Logo que Tito subiu à terra, um pe-

queno mosquito entrou por seu nariz e

alojou-se em seu cérebro. Durante sete

anos a pequena criatura ficou bicando

o cérebro daquele homem e causando-

-lhe terríveis dores de cabeça. Nenhum

médico de Roma conseguiu diagnosti-

car ou curar as misteriosas dores de

cabeça do poderoso general.

Certa vez, quando Tito passava por

uma ferraria, ouviu o bater do marte-

lo na bigorna e, por um momento, o

mosquito parou de bicar. Tito pensou

então ter encontrado o remédio para

a sua terrível doença. Desde então,

todos os dias, ferreiros se revezavam,

batendo ininterruptamente com o

martelo numa bigorna para acalmar a

sua dor. Se o ferreiro era um gentio,

Tito lhe pagava quatro moedas. Po-

rém, se o ferreiro era judeu, não lhe

pagava nada, dizendo: “Já lhe basta

que você presencie o sofrimento de teu

inimigo!”.

Depois de trinta dias, no entanto,

o milagroso tratamento parou de fazer

efeito e o mosquito recomeçou a bicar o

cérebro de Tito apesar do barulho dos

martelos.

Após sete anos, as insuportáveis

dores de cabeça terminaram por levar

Tito à morte. Antes de morrer, Tito or-

denou que o seu corpo fosse cremado e

as suas cinzas jogadas sobre os mares,

para que, assim, o D’us dos judeus não

pudesse encontrá-lo e julgá-lo por suas

atitudes.

Depois da sua morte, os médicos

romanos resolveram abrir a sua ca-

beça para tentar decifrar a causa da

estranha doença. Quando a abriram,

encontraram um mosquito do tamanho

de um pequeno pássaro.

O sofrimento de Tito em vida não

impediu o seu castigo após a morte.

A Guemará conta que Unkelos, que

era filho da irmã de Tito, antes de se

converter ao judaísmo, trouxe a alma

de Tito à Terra por meio de feitiçaria

e perguntou-lhe qual era o seu castigo.

Tito respondeu que, da mesma forma

que ele havia tentado escapar do jul-

gamento celestial, assim o castigavam.

Todos os dias as suas cinzas eram jun-

tadas e era refeito o seu corpo. Depois,

ele era queimado novamente e suas

cinzas jogadas nos sete mares.

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Comemorando I

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Av / Elul 5774 27

Um Verdadeiro ProfessorVocê costuma repreender seus filhos ou alunos em público por atos errados? Então leia esta impressionante história verídica!

Há muito tempo atrás, na época em que o Gaon Rabi Yechiel Mordechay

Gordon zt”l era o rosh yeshivá de Lomze, um dos seus melhores alunos ficou noivo. Era um jovem com muitas qualidades, estudioso da Torá e temente a D’us. No dia do seu noivado, o jovem pediu permissão para falar ao público presente.

Primeiramente, o jovem agradeceu a D’us por

todo o bem que sempre lhe proporcionou. Depois

agradeceu a seus pais por todo carinho, incentivo

e investimento na sua educação. Depois agradeceu

ao rosh yeshivá e aos seus professores. Finalmen-

te, terminou com um agradecimento especial ao

seu professor do 2° ano primário.

Percebendo o espanto das pessoas presentes,

por ter agradecido com tanta ênfase justamente

ao professor do 2° ano primário, o jovem explicou

que, se não fosse pela sensibilidade deste profes-

sor, não teria chegado onde chegou. Então, contou

a seguinte história:

“Quando eu tinha uns sete anos e estava no 2°

ano primário, havia na nossa turma um garoto cuja

família era muito rica. Certo dia, o garoto levou para

a sala de aula um valioso relógio de pulso, que havia

recebido de seus pais como presente de aniversário.

Educação

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28 Av / Elul 5774

Os colegas ficaram com muita inveja já

que, naqueles dias, praticamente nenhu-

ma criança possuía um relógio de pulso.

“Na hora do recreio, o garoto saiu

da sala e esqueceu o relógio sobre a

mesa. Quando retornou, gritou espan-

tado: ‘Onde está o meu relógio!’.

“Era óbvio que um dos seus colegas

cobiçou o relógio e roubou-o.

“Um pequeno tumulto se formou.

Logo, o professor pediu para que todos

os alunos se levantassem e ficassem

parados ao lado de suas mesas com

os braços erguidos. De um em um ele

começou a revistar os bolsos e as mo-

chilas à procura do relógio.

“À medida em que minha vez de ser

revistado se aproximava, eu ia fican-

do cada vez mais apavorado, já que eu

era o ladrão... eu é que roubara aquele

relógio. O que seria de mim quando o

professor encontrasse o relógio no meu

bolso e toda a turma ficasse sabendo

que eu era o ladrão? Espalhariam a no-

vidade para toda a cidade! Seria uma

enorme vergonha para mim e toda a

minha família!

“A temida hora chegou. O professor

aproximou-se de mim e procurou na

minha mochila. Depois, colocou a mão

no meu bolso e... lá encontrou o valioso

relógio!

“A reação natural de alguém se-

ria anunciar em alto e bom som que

conseguiu finalmente encontrar o reló-

gio roubado. No entanto, ele não agiu

assim. Com grande sabedoria e bom

senso, ele deixou o relógio escorrer por

dentro da manga de seu paletó, sem

que ninguém percebesse.

“O professor continuou a ‘procu-

rar’ nos demais alunos e, ao final, dis-

se para todos: ‘Encontrei o relógio! No

entanto, gostaria que soubessem que

não foi nenhum de vocês que o roubou,

e sim o yêtser hará (a má inclinação)

que entrou num dos melhores alunos

da classe; e naquele instante o garoto

não pôde se sobrepor a ele. Porém, es-

tou certo que de hoje em diante, se o

yêtser hará vier incitá-lo novamente a

cometer um ato não correto, ele conse-

guirá vencê-lo!’.”

O noivo terminou de contar esta

história e acrescentou:

“Agora vocês entendem por que eu

sou tão grato a este professor. Se ele

não tivesse agido com daquela forma

tão maravilhosa, se tivesse dito naquele

instante que encontrara o relógio, eu

não saberia o que fazer de tanta ver-

gonha e humilhação... e sabe-se lá que

destino eu poderia tomar! Graças à ge-

nialidade daquele verdadeiro professor,

fui salvo de um grande vexame.

“Sendo assim, por esta razão eu

preciso agradecer-lhe do fundo do meu

coração e declarar que, devido à sua

atitude, pude continuar no caminho

correto e chegar onde cheguei.”

Guefilte-mail

Educação

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Av / Elul 5774 29

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Nossa GenteNascimentos• Mazal tov pelo berit milá para as famílias: R. Alexandre Guz, R. Ariel Wajnryt, R. Sanny Sonnenreich, Asher Mishali, Chaim Benzaken, Daniel Frischman, Daniel Gurt, Joe Cohen, Levi Itzchak Yom Tov e Jacques Dayan.• Mazal tov pelo nascimento da filhinha para as famílias: R. Chaim Dichi, Alexandre Yaacov Morgensztern, David Silva, Itschac Faour, Morris Khafif e Tsahi Levi.

No berit milá do filho de Asher Mishaly

No berit milá do filho de Levi Itzchak Yom Tov

Foto

: M

ujan

o

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31

Nossa Gente

No berit milá do filho do Jacques Dayan

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32 Av / Elul 5774

Nossa Gente

No siyum massêchet dos grupos que estudam com o Sr. Yaacov Kassab

• Mazal tov aos jovens benê mitsvá: Chaim Shmuel Pripas, Daniel Strimber, Gabriel Douek, Mauricio Tawil, Maurizio Khalifeh e Yehuda Grankiewicz.

Bar Mitsvá

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Av / Elul 5774 33

Nossa Gente

No berit milá do filho de Chaim Benzaken

Entrega do Shás aos jovens da kitá tet da Escola Maguen Avraham

Casamentos• Mazal tov pelos noivados para as famílias: Korik e Shulman (Eliezer e Aliza).• Mazal tov pelos casamentos para as famílias: Laniado e Khafif (Efraim e Debby), Hallak e Laniado (Alberto

e Ruth), Feldman e Cohen (Marcelo e Mali), Moscowitz e Michaan (Shmulik e Yael), Battat e Goldschmidt (David e Mijal), Twersky e Reichmann (Chaim Moishe e Liby), Lancry e Manobla (Avraham e Tamar), Calik e Harari (David e Rachel), Kierszenbaum e Hershler (Akiva e Shira), Carnevale e Didio (Ariel e Miriam),Berditchevski e Malu (Meir Daniel e Chana Rivka), Freeman e Halpern (Chanina e Deby), Guttman e Waldmann (Pinchas e Toiva), Kaszirer e Reichmann (David e Chany).

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34 Av / Elul 5774

Bicarbonato de SódioPouca gente sabe o quanto o bicarbonato de sódio comprado em farmácias e supermercados pode ser útil em casa. Ele é um item não tóxico, barato, versátil e um ótimo agente de limpeza. Veja a seguir algumas dicas dos benefícios do uso de bicarbonato de sódio sem qualquer contra indicação.

Banho de cães - Para deixar seu

cachorro cheirando melhor, polvilhe na

pele do animal um pouco de bicarbona-

to de sódio antes de escovar os fio, logo

após o banho.

Curar feridas de fungos em cães

- Aplique bicarbonato de sódio diluído

em um pouco de água com a ajuda de

um algodão três vezes por dia durante

nove dias.

Curar picadas e aliviar a coceira

- Faça uma pasta grossa de bicarbo-

nato de sódio com água e aplique so-

bre as picadas de insetos para reduzir

o inchaço e a coceira. O bicarbonato

é um composto alcalino que ajuda a

neutralizar o pH da pele, contendo a

inflamação e, consequentemente, ali-

viando a dor

Deixar carpete cheiroso - Se você

tem animais de estimação em casa – ou

Truques e Dicas

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Av / Elul 5774 35

pouca ventilação e luz natural – e o seu

carpete fica com cheiro ruim, coloque

o bicarbonato numa peneira grande e

pulverize. Deixe agir por dez minutos

e aspire. Não use vassoura, apenas o

aspirador, para evitar borrões brancos.

Repita conforme a necessidade.

Deixar panelas e assadeiras

brilhando - Nem precisa esfregar; é

só cobrir a região queimada com o bi-

carbonato, umedecer com água e dei-

xar agir por duas horas. A mancha sai

sem esforço e ainda deixa a superfície

brilhante. A técnica vale para vasilhas

de alumínio, inox, vidro e também pode

ser aplicada em torneiras.

Deixar tecidos claros de novo -

Com o tempo, panos de prato, roupas

de cama, colarinhos de camisas e rou-

pas brancas de algodão e linho aca-

bam ficando com um tom amarelado,

que não sai com lavagens simples e dá

uma impressão de peças malcuidadas.

Resolva o problema fervendo esses te-

cidos por 1 hora. Para cada litro de

água, acrescente 3 colheres de sopa

de bicarbonato de sódio e 1 colher de

sopa rasa de sal. Depois, enxágue bem

em água fria corrente e seque normal-

mente.

Desentupir ralos - Acabe com a

gordura que se acumula no encana-

mento da pia da cozinha e pode causar

entupimentos. Coloque no ralo men-

salmente 1/2 xícara de chá de bicar-

bonato, seguido de 1 xícara de chá de

vinagre. Espere a espuma da reação

química diminuir e então enxágue com

água quente.

Desinfetar um estofado depois de

derramar líquidos - Após limpar um

derramamento de líquido no sofá ou

cadeira com estofado e a área estiver

completamente seca, polvilhe um pou-

co de bicarbonato de sódio no local,

deixe agir por 15 minutos e passe o as-

pirador de pó para tirar o mau cheiro.

Higienizador multiuso - O bicar-

bonato de sódio é um bactericida e

pode ser empregado para lavar tábuas

de carne, cascas de frutas e legumes,

pias, cestos de lixo e fogões. Faça a se-

guinte receita: coloque 3 colheres de

sopa de bicarbonato de sódio mais 1/2

colher de sopa de hipoclorito de sódio

em 1 litro de água. Deixe de molho por

duas horas e depois enxágue.

Lavar lingeries brancas de nylon

Deixe de molho por dez minutos em 1

litro de água com um 1 colher de chá

de bicarbonato de sódio após a lava-

gem normal. Não enxágue e seque na

sombra.

Truques e Dicas

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36 Av / Elul 5774

Reserve o seu espaço na edição de

Rosh Hashaná

Informações: (11)3822-1416

[email protected]

Limpar bancadas de pias - Aplique

o bicarbonato de sódio com uma espon-

ja ou pano limpo úmido para limpar

as áreas de preparação de alimentos.

Isso fará com que bactérias não per-

maneçam no local e a região fique mais

limpa e sem manchas.

Limpar brinquedos do bebê - Dis-

solva quatro colheres de sopa de bicar-

bonato de sódio em um litro de água e

use a solução para limpar os brinque-

dos com uma esponja, enxaguando e

depois colocando ao sol.

Limpar cafeteira de aço inox - Es-

fregue bem com uma esponja molhada,

usando uma solução de bicarbonato de

sódio com água morna na proporção de

um para quatro.

Limpar cinzeiros - Polvilhe bicar-

bonato de sódio sobre a parte inferior

do cinzeiro para tirar o cheiro e deixe

lá enquanto é usado.

Limpar equipamento de pesca

Limpe toda a engrenagem do seu equi-

pamento de pesca, para ajudar a tirar

manchas e conservar, usando uma

solução de quatro colheres de sopa de

bicarbonato de sódio para um litro de

água.

Limpar esponjas de uso na limpe-

za - As esponjas usadas para limpar os

objetos de casa também precisam ser

lavadas. Para retirar o mal cheiro de

mofo, mergulhe as esponjas em qua-

tro colheres de sopa de bicarbonato de

sódio com um litro de água morna.

Limpar geladeira - Evite o chei-

ro característico e desagradável da

geladeira mantendo uma vasilha com

bicarbonato de sódio aberta em uma

das prateleiras, num cantinho. Ele ab-

sorve os odores durante três meses.

Após esse período, troque o produto.

Você também pode usar bicarbonato

de sódio num pano úmido para fina-

lizar a limpeza interna da geladeira e

do freezer, pois essa técnica tem efeito

bactericida.

Limpar micro-ondas - Use o bi-

carbonato de sódio com uma esponja

limpa e úmida para limpar o interior e

exterior do seu micro-ondas, além de

tirar manchas novas ou antigas.

Limpar panelas - Para ajudar a

tirar restinhos de alimentos que ficam

grudados nas panelas, use uma solução

feita com uma boa quantidade de bi-

carbonato de sódio com detergente e

água quente. Deixe descansar por 15

minutos antes de lavar.

Limpar pisos e azulejos de banhei-

ros - Para tirar manchas de gordura e

deixar seu azulejo mais limpo, coloque

meia xícara de bicarbonato em um bal-

de de água morna. Use uma esponja ou

um pano molhado para limpar. O piso

vai ficar limpo e sem manchas.

Limpar prata e deixar joias bo-

nitas e brilhantes - Faça uma pasta

usando três 3 partes de bicarbonato de

sódio para uma parte de água. Esfre-

gue a joia com bastante cuidado usan-

do a pasta com auxílio de uma flanela.

Esta dica também vale para objetos de

decoração e itens da cozinha que tam-

bém são de prata.

Limpar pratos com manchas - Use

duas colheres grandes de bicarbonato

de sódio com um pouco do seu deter-

gente comum para eliminar a gordura

e alimentos deixados nos pratos e ter

uma louça mais limpa.

Limpar superfícies de aço inox -

Aplique uma mistura feita com bicar-

bonato de sódio dissolvido com álcool

etílico (o álcool comum de cozinha), até

formar uma pasta, tipo pasta cristal.

Use um pano macio ou uma bucha de

nylon para passar na superfície. Faça-

o sempre de maneira suave, utilizando

passadas longas e uniformes no senti-

do do acabamento polido, caso houver.

Evite esfregar com movimentos cir-

culares. Depois enxágue com bastan-

te água, preferencialmente morna, e

seque com pano macio.

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Truques e Dicas

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Av / Elul 5774 37

Limpar tapetes mais profunda-

mente - Antes de usar o aspirador de

pó, jogue um pouco de bicarbonato de

sódio sobre o tapete para deixar sair

aquela sujeirinha que persiste em ficar

entre os fios do tapete.

Limpar vasilhas plásticas com

manchas - Esfregue os recipientes

plásticos com uma esponja com bi-

carbonato de sódio. Para as manchas

mais difíceis, deixe a vasilha de molho

com uma mistura de quatro colheres de

sopa de bicarbonato de sódio para uma

colher de água.

Manter o bom cheiro nos armári-

os e closets - Deixe uma caixa aberta

de bicarbonato de sódio em um canto

do seu armário para retirar maus chei-

ros, principalmente do bolor de mofo.

Tirar manchas de axilas das rou-

pas - Misture o bicarbonato de sódio

com peróxido de hidrogênio e deixe a

camisa ou camiseta de molho por vári-

as horas ou durante toda a noite, até

que a cor amarelada desapareça.

Tirar mal cheiro de latas de lixo

Esta receita vale para latas de lixo de

banheiro, cozinha e outras. Coloque um

pouco de bicarbonato de sódio antes de

lavar a lata de lixo e deixe descansar

por ao menos meia hora. Depois, é só

lavar com um copo de bicarbonato para

um litro de água. Antes de colocar o

saco de lixo, deixe um pouco de bicar-

bonato de sódio no fundo da lixeira.

Tirar mau cheiro de ralo de pia -

Polvilhe meia xícara de bicarbonato no

ralo e depois jogue água morna.

Tirar manchas de chá em bules -

Mergulhe seu bule manchado em um

balde com um quarto de xícara de bi-

carbonato de sódio e um litro de água

morna durante uma noite inteira antes

de lavar.

Tirar manchas de gasolina - O

forte cheiro de gasolina fica em roupa,

estofados e tapetes muito depois de se-

cos. Para tirar o cheiro ruim, despeje

um pouco de bicarbonato de sódio di-

retamente sobre a mancha e esfregue

com água.

Tirar manchas de óleo na ga-

ragem - Despeje um pouco de bicar-

bonato de sódio diretamente sobre a

mancha e esfregue com uma escova

molhada.

Tirar manchas de paredes e

móveis - Polvilhe um pouco de bicar-

bonato de sódio em uma esponja úmi-

da e passe diretamente nas paredes e

móveis para tirar manchas.

Tirar manchas de roupas - Na sua

máquina de lavar, coloque uma xíca-

ra de bicarbonato de sódio para uma

máquina cheia de roupas de até 6 qui-

los. As roupas ficarão sem mofo, sem

manchas e sem sujeira.

Tirar manchas de sangue - mer-

gulhe o tecido em uma mistura de

bicarbonato de sódio e peróxido de

hidrogênio e deixe de molho por vári-

as horas ou durante a noite. Teste o

produto em um tecido colorido antes

de aplicar.

Tirar mofo do banheiro - Limpe a

cortina de box e os azulejos do banhei-

ro com bicarbonato de sódio aplicado

em uma esponja molhada. O mofo sai

com facilidade e demora bem mais a

aparecer de novo – mesmo em casas

de praia, onde a umidade favorece o

problema. Funciona tão bem quanto os

caros produtos de limpeza específicos

para esse uso, com a vantagem de não

ter o mesmo cheiro forte e não custar

caro.

Tirar odor ruim dos pés - Abra

um desodorante spray (não aerossol)

e coloque dentro uma colher de chá de

bicarbonato de sódio. Use diretamente

nos pés e o mau cheiro desaparece.

Tirar odor ruim dos sapatos -

coloque uma camada de bicarbonato

de sódio dentro dos sapatos e deixe du-

rante a noite. Retire pela manhã e todo

o mau cheiro terá desaparecido.

Truques e Dicas

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38 Av / Elul 5774

Faça Algo PequenoEstamos nos aproximando do mês de elul, que antecede os yamim noraim – quando comemoramos Rosh Hashaná e Yom Kipur. É necessário entrarmos no espírito destes dias. Mas como fazemos isso?

Nossos ancestrais não neces-sitavam preparativos;

ao aproximar-se esta época do ano, eles sen-tiam na própria pele o temor desses dias.

Certa vez, na primeira noite que se recita as

selichot no mês de elul, as orações começariam

às quatro horas da madrugada. Às duas horas, o

rabino, que morava em cima da sinagoga, ouviu

um barulho e pensou que era um ladrão. Ele des-

ceu rapidamente, encontrou um judeu sentado

em um banco e indagou-o:

– O que você está fazendo aqui? Ainda faltam

duas horas para começar as selichot!

O judeu, que era um homem simples, res-

pondeu:

– Como é possível dormir num dia desses?!

Isso acontece também em nossos dias. Para

os judeus que vieram da Europa e do Oriente,

pessoas que conviveram com grandes sábios,

para eles não há problema em entrar no espírito

destes dias.

Mas até nós, se meditarmos no julgamento

celestial que ocorre em Rosh Hashaná e Yom

Kipur, podemos facilmente entrar neste clima.

No dia de Rosh Hashaná devemos nos cons-

cientizar de que somos como pobres que nada

têm. O comentarista Rashi explica que os judeus

que se sentem, no início do ano, desta forma,

como pessoas destituídas, e pedem a piedade do

Todo-Poderoso, terminarão o ano ricos.

Quando o Rabino Chayim Friedlander –

mashguíach da yeshivá de Ponevitch – estava

num hospital tratando do câncer que lhe afetava,

mandou para seus alunos uma carta mencionan-

do os conceitos acima, aprendidos da Guemará.

Nesta carta, escreveu também que teve a opor-

tunidade de sentir a bondade de Hashem, que

salva da morte e dá nova vida; que ele próprio

era um exemplo do que significa sentir-se “como

pobres”. As pessoas pensam que estão com saú-

de e que estão seguras, mas tudo não passa de

uma ilusão. Suas vidas estão pendentes por um

fio – “teluyim al belimá” – como consta nas ora-

ções de Rosh Hashaná.

Entramos no ano novo sem saber o que nos

espera. Tudo o que possuímos – posses, dinheiro,

família – não está garantido. Se temos nesse ano

não significa que continuaremos a ter no próxi-

mo! Todas as coisas acontecem exclusivamente

pela bondade de D’us. Nada é garantido. Pessoas

conscientes disto agem de forma diferente.

Qualquer indivíduo que já acompanhou um

parente ao hospital sabe que estes momentos

ficam marcados. Na sala de espera fica-se em

companhia de parentes de outras pessoas que

passarão por cirurgias. Alguns, que antes da

operação encontravam-se sentados normal-

mente, depois de uma hora começam a chorar.

Outros ficam num estado de choque tão grande,

que precisam ser amparados por amigos. Estas

pessoas ficam compenetradas porque sabem o

que está na “balança”. Estão cientes do perigo.

Comemorando II

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Av / Elul 5774 39

Elas têm pleno conhecimento do que

significa “ser pobre” e de que nada

está garantido. Mesmo a declaração

da enfermeira: “Tudo está correndo

bem” ou “Tudo está correndo muito

bem” faz muita diferença. Ela parece

nervosa ou serena? Nesta hora perce-

bemos que possuímos algo mais su-

blime no que se apoiar. Nós podemos

pegar um livro de “Tehilim” e proferir

suas sagradas palavras: “Bem-aventu-

rado o povo cujo D’us é o Senhor.” Nós

temos um D’us a Quem nos dirigir!

Este conceito, de como a condição

humana é frágil, foi o tema de um dis-

curso de teshuvá dos mais fortes que já

existiram, constituído de apenas nove

palavras. No século passado, uma co-

munidade americana tinha como ra-

bino um sábio da Lituânia capaz de

discursar horas e horas, mencionan-

do trechos de guemarot, sem mesmo

precisar olhar dentro delas – o Rabi-

no Yaacov Yossef. Era comum ele dar

uma palestra especial no Shabat dos

Dez Dias de Penitência – Shabat Teshu-

vá. Nesta oportunidade compareciam

pessoas de todos os pontos da cidade.

Certo ano, o rabino sofreu um

acidente vascular cerebral. Sua fala e

motricidade foram afetadas e o povo

estava ansioso em saber se ele poderia

falar no Shabat Teshuvá. Ele decidiu

que faria o discurso assim mesmo.

Uma grande multidão compareceu;

muitos passaram o Shabat em Man-

hattan somente para ouvi-lo. Nesta

oportunidade, entretanto, por causa

do derrame, ele permaneceria senta-

do em vez de ficar de pé e usaria uma

Guemará em vez de discursar de cor.

Finalmente chegou o grande mo-

mento. Ele se dirigiu lentamente ao

púlpito e iniciou o seu discurso: “A

Guemará diz...” e silenciou . Tentou ou-

tra vez: “A guemará diz...” e continuou

o silêncio. Uma terceira tentativa: “A

guemará diz...” e, novamente, silêncio.

Ele, então, começou a chorar e disse:

“Eu tinha preparado o discurso, mas

não consigo me lembrar qual era o

tema...”. E, chorando copiosamente,

terminou suas palavras: “Vejam, meus

amigos, como é frágil a existência hu-

mana. Hoje você está aqui e, amanhã,

quem sabe o que virá?”

Na realidade, nada temos. Depen-

demos exclusivamente de D’us.

Outra questão é: Quanto vale a

nossa teshuvá – a decisão de retornar

ao caminho correto?

A teshuvá contém dois fundamen-

tos básicos.

O primeiro é que nós, como seres

humanos, temos a capacidade de mu-

dar. Podemos melhorar de fato. Essa

é a essência na qual estão baseados

os Dez Dias de Teshuvá, entre Rosh

Hashaná e Yom Kipur.

O “Midrash Eliyáhu Zuta” diz:

“Por que foi dado um novo alento, um

verdadeiro presente Divino, para os

judeus nesses dias? Graças ao mérito

de Avraham Avínu no que diz respei-

to a dois aspectos da sua história: em

relação aos dez testes pelos quais ele

passou e foi bem sucedido e por ter

suplicado a D’us que salvasse toda a

população de Sedom caso lá existis-

sem ao menos 10 justos.”

Devemos aprender o caminho es-

piritual de Avraham, que foi subjugan-

do os testes Divinos e galgou um nível

espiritual após o outro.

Mas poderíamos pensar que isso

só funciona com os tsadikim. Quanto

a nós, simples mortais, o que podemos

fazer? Não temos capacidade de evo-

luir desta forma!

O segundo aspecto citado pelo mi-

drash, ou seja, o mérito de Avraham

ter se importado com os habitantes

de Sedom, responde a esta pergunta.

Avraham chegou a implorar a D’us

que salvasse toda a cidade caso exis-

Comemorando II

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40 Av / Elul 5774

tissem lá dez justos. Como ele teve a

audácia de argumentar com D’us para

salvar pessoas tão más, tão levianas?

Avraham acreditava que até estas pes-

soas poderiam melhorar sua condu-

ta. Se houvessem alguns justos, eles

poderiam influenciar toda a região.

D’us concordou com o seu argumento

e respondeu que, de fato, se existissem

os justos, a cidade não seria destruída.

Esse é o primeiro fundamento da

teshuvá: que você pode – e deve – mu-

dar, crescer!

O segundo é baseado na resiliên-

cia – o poder de recuperação. Os seres

humanos podem cair e levantar várias

vezes. O Rei Shelomô diz: “Sete vezes

cai o tsadic e se levanta.” O tsadic não

é uma pessoa que nunca pecou. Ele

pode ter pecado, mas soube levantar.

Essa é a mensagem que o Rav

Hutner certa vez escreveu para um

de seus alunos. O aluno se queixara

de seu estado espiritual, dizendo que

estava cansado e que não crescia mais

espiritualmente. O rabino respondeu:

“Não desanime! ‘Sete vezes cairá.’ Mas

é preciso lutar, cair e depois se levan-

tar. Pois só caindo é que se pode me-

lhorar. Perca algumas batalhas, mas

vença a guerra. É isso que disse o Rei

Shelomô.”

Nesta mesma carta, o Rav Hutner

menciona sobre os livros e biografias

existentes com histórias de tsadikim.

Felizmente, hoje nós podemos oferecer

aos nossos filhos biografias de tsadi-

kim, coisa que antigamente não havia.

Mas diz o Rav Hutner que estes livros

têm uma falha, um desserviço, pois

transmitem uma falsa imagem das

pessoas. Estes livros delineiam gran-

des homens como se fossem pessoas

fora da realidade do mundo, com se

fossem anjos que nunca erraram. Isso

não é real. Nossa reação ao ler isso é

de exclamar: “Ele não é normal!”, “Ele

é um ser extraterrestre!” Precisamos

estar cientes que eles eram humanos

e travaram suas batalhas, suas lutas,

seus desafios.

Quanto maior é a pessoa, maior é o

seu instinto negativo. Essa é a grande-

za – o tsadic cai, regride, mas levanta

e se torna uma pessoa melhor.

Rabi Levi Yitschac de Berditchev

disse que devemos aprender três coi-

sas de um bebê:

1. Quando acontece algo ao bebê,

ele chora para o seu pai.

2. Um bebê está sempre ocupado,

nunca está de mãos vazias.

3. Quando um bebê cai, ele logo

se levanta.

Se esta última capacidade é uma

condição do ser humano, então é a

marca registrada dos judeus em espe-

cial. Derrubam-nos constantemente;

mas o versículo diz “am seridê charev”

– uma nação de sobreviventes.

Consta na Guemará, no Tratado de

Berachot: “Quiseram inserir a passa-

gem da Torá relativa a Parashat Balac

para ser recitada no meio do Shemá

Yisrael.”

O que há de tão significativo nesta

porção? Nela consta o seguinte ver-

so que Bil’am disse quando profeti-

zou para o Povo de Israel (Bamidbar

23:24): “Hen am kelavi yacum vechaari

yitnassá – Eis um povo que como um

jovem leão levanta e como um leão se

ergue.” Bilam nos definiu precisamen-

te: somos como um leão que se levanta

vigorosamente. Diz o “Sefat Emet” que

este é exatamente o motivo pelo qual

queriam inserir esta passagem para

ser recitada no Shemá Yisrael, já que

é um grande louvor para o nosso povo.

O “Midrash Tanchumá” cita que

nós podemos estar “adormecidos nas

mitsvot”, mas levantamo-nos como o

leão. Essa qualidade é que nos man-

teve vivos centenas de anos no exílio.

Quantos povos queriam nos aniquilar

Comemorando II

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Av / Elul 5774 41

Leis e Costumes

e nós sempre nos levantamos energi-

camente!

Somos realmente uma nação que

renasce das cinzas. Todos os que pas-

saram pelo Holocausto sabem muito

bem o que significa isso. Após tudo o

que um ser humano passou nos horro-

res da guerra, ele ainda está rodando

por aí clamando, com orgulho, que é

um judeu. Essa é a base da teshuvá.

Se eles não se deram por vencidos, nós

também não podemos nos dar! Caímos

sim, mas precisamos levantar.

Todos os anos, na véspera de Yom

Kipur, admitimos que queremos nos

tornar melhores maridos, melhores

esposas. Mas não basta falar; façamos

algo concreto neste sentido! Mesmo

um pequeno passo. Que tal, por exem-

plo, resolver que quinta-feira à noite

ajudaremos a esposa a arrumar as

crianças antes de irem dormir? Faça

seu cônjuge se sentir melhor com algo

concreto, algo pequeno. Uma pequena

vitória, mas real! Cresçamos espiritu-

almente.

Lógico que nós gostaríamos de

nunca mais falar lashon hará – male-

dicência; mas isto é algo muito gran-

de. Então, escolha um dia por semana

para não falar mais lashon hará. Por

exemplo: Shabat. Assim, Shabat não

se falará dos outros. Imagine como

nossas sinagogas ficariam silenciosas!

Decida algo análogo em relação a con-

versas paralelas durante as orações.

Pode parecer estranho não conversar

apenas numa oração, mas isso se as-

semelha ao báal teshuvá que diz ao

rabino: “Eu estou começando a obser-

var as leis de cashrut em casa. No en-

tanto, nos negócios não consigo deixar

de almoçar com os clientes durante as

reuniões.”

O rabino certamente o orientará

a não deixar de seguir a cashrut em

casa. Ainda assim, recomendará que,

aos poucos, deixe de almoçar fora

mesmo nos negócios.

Sejamos mais cuidadosos com re-

lação à tsedacá. Será que realmente

estamos dando os 10% que temos obri-

gação? Dê tsedacá para as escolas,

mesmo que você já esteja pagando a

mensalidade integral.

Vencer, crescer, batalhar, este

deve ser nosso lema!

Também no estudo da Torá pode-

mos progredir passo a passo. Fixe um

horário para uma aula, mesmo que bre-

ve. Escolha um tema fácil, mas estude!

Esta é, enfim, a lição de teshuvá

que Avraham nos legou: o ser humano

pode e deve mudar!

Ketivá vachatimá tová!

Baseado em discurso do Rabino Yissachar Frand,

de Baltimore – EUA

Comemorando II

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42 Av / Elul 5774

O Mundo VindouroO que são o Mundo Vindouro, o Paraíso e o seu oposto, os dias da redenção e a ressurreição dos mortos?

Visão Judaica

A contínua existência da alma depois de abandonar o corpo é o que cha-

mamos “vida após a morte”.Esta existência acontece no Olam Habá, o

“Mundo Vindouro”, que é o mundo das almas

(“mundo” aqui não denota uma idéia de lugar).

No mundo das almas o espírito pode alcançar

um grau de devoção a D’us que não tem pos-

sibilidade de atingir enquanto está ligado ao

corpo.

Utilizamos a expressão “Mundo Vindouro”

como sinônimo do termo “mundo das almas”,

no qual a alma existe após a morte. Isto está

de acordo com a opinião de Rambam (Hilchot

Teshuvá, cap. 8). O Ramban (Sháar Haguemul,

cap 8-10) se opõe ao Rambam, mas reconhece

eventualmente que sua discrepância é somente

semântica, ou seja, que se manifesta com res-

peito ao significado das expressões, e não com

respeito à ideia em si.

Na realidade, o período em que a alma re-

side no corpo é de crucial importância, pois é

ele que determina o destino da alma no Mundo

Vindouro, que é eterno.

Este é todo o propósito de nossa vida neste

mundo. Por meio da misericórdia de D’us com

Suas criaturas, é-nos dada a oportunidade de

merecer Sua eterna benevolência por nossas

ações e livre arbítrio. D’us dá ao homem a ca-

pacidade para ser mau e o rodeia de tentações.

Quando o homem as supera, realiza ações usu-

fruindo de seu livre arbítrio e é recompensado

merecidamente. Isto é a imensurável impor-

tância de nossa vida neste mundo e levou nos-

sos sábios, de abençoada memória, a dizerem

que “uma hora de arrependimento (teshuvá)

e boas ações neste mundo é melhor que todo

o Mundo Vindouro” (Pirkê Avot, 4). Somente

neste mundo uma pessoa pode ganhar créditos

para beneficiarem-no na vida eterna – no Mun-

do Vindouro. Daí a advertência da Torá (Deva-

rim 4:15): “Cuidem muito de vossas almas”, e

por esta razão todos os preceitos – exceto três

– devem ser transgredidos quando a vida está

em risco.

Mas, apesar de toda a sua importância, este

mundo não é adequado para que a alma rece-

ba nele sua recompensa ou resida nele para

sempre. Analisando nossa condição nesta vida,

verificamos que não é possível D’us ter criado

o homem somente para ela.

Rabi Moshê Chayim Luzatto explica o se-

guinte:

“O que é a vida do homem neste mundo e

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Av / Elul 5774 43

quem é realmente feliz e está tranquilo

durante sua vida? Nossos anos aqui

se limitam a setenta, ou até oitenta, e

estão carregados de fadiga, iniquidade

e de toda a classe de angústias e do-

enças, sofrimentos e aflições, seguidos

da morte. É raro encontrar um entre

mil cuja vida está cheia de gozo e paz

verdadeira. E mesmo aquele que vive

cem anos, morre e desaparece deste

mundo.

“Além do mais, se o propósito da

Criação tivesse sido em função deste

mundo, não teria sido necessário pro-

ver o homem de uma alma tão vital

e exaltada... em especial porque ela

não encontra o bem-estar nos praze-

res materiais do mundo... Por conse-

quência, D’us seguramente não teria

dado existência a Suas criaturas com

uma finalidade que se contradiga com

a sua natureza (Messilat Yesharim,

cap. 1).”

Sendo assim, nossos sábios, de

abençoada memória, disseram: “Não

há recompensa neste mundo” e inter-

pretaram as palavras (Devarim 7:11)

“guarda os mandamentos, os estatutos

e os juízos que Eu te ordeno hoje para

que os cumpras” da seguinte maneira:

“Hoje (neste mundo) – para cumpri-

-los; e amanhã (no Mundo Vindouro)

para receber sua recompensa”.

Em seus Treze Princípios (prefácio

de “Chêlec”) Rambam também afirma,

em seu décimo terceiro princípio, que

os conceitos de recompensa e castigo

se referem ao Mundo Vindouro.

Vida no Mundo Vindouro

Não podemos sentir ou perceber

nossa recompensa no Mundo Vindouro.

Todos os comentaristas concor-

dam que nem a recompensa, nem o

castigo que nos esperam, são físicos.

Os fogos do Guehinam (n.e.: lugar para

onde vão as almas que precisam de

purificação) não são fogos no sentido

comum da palavra, pois “não possuem

uma forma real que possa ser perce-

bida, já que o fogo deste mundo não

incendeia a alma” (Ramban, Sháar

Haguemul, cap. 5).

Nossa existência neste mundo blo-

queia nosso entendimento dos verda-

deiros prazeres do espírito, conforme

explica o Rambam (comentários sobre

a mishná, Chêlec e Hilchot Teshuvá,

cap 8): “No mundo do espírito, que é

o Mundo Vindouro, nossas almas es-

tarão cheias de conhecimento do Cria-

dor... e este prazer é indivisível, inex-

plicável e incomparável. Como disse o

profeta (Tehilim 31:20): ‘Quão grande

é Teu bem, que tens guardado para os

que Te reverenciam’.”

Rambam também cita os nossos

sábios (Berachot 34b), dizendo: “To-

dos os profetas predisseram somente

os dias da Redenção, mas em rela-

ção ao Mundo Vindouro, (Yeshayáhu

64:3): ‘Isto que D’us tem preparado

Visão Judaica

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para a pessoa que O obedece, ninguém

o viu, nem mesmo os profetas, somen-

te o próprio D’us’”, e também: “Não há

comida, nem bebida, nem banho, nem

relações maritais no próximo mundo,

mas os justos estarão sentados osten-

tando coroas sobre suas cabeças e se

deliciarão com o esplendor da Presen-

ça Divina”.

Nesta última afirmação, “coroas

sobre suas cabeças” significa a vida

após a morte por meio da contínua

existência da realização intelectual de

uma pessoa. Rambam explica isto em

Hilchot Teshuvá: “Isto (estas coroas

são) um entendimento (dáat) que eles

(os justos) obtiveram, em virtude do

qual foi-lhes outorgada a vida no Mun-

do Vindouro.”

Disto fica claro que este entendi-

mento, a aderência da alma a D’us, é

o resultado direto dos atos de cada in-

divíduo neste mundo. Quanto mais ele

nutre a sua alma, mais assegura a sua

existência e iluminação. Quanto mais

preserva a pureza da sua alma e não

se deixa seduzir pelos pecados deste

mundo nem persegue bens materiais,

tanto mais se une a D’us. Portanto, a

recompensa no Mundo Vindouro não é

uma remuneração recebida em paga-

mento por seus atos, mas sim de fato,

cada indivíduo, ele mesmo, prepara e

cria seu próprio Mundo Vindouro.

A essência do Guehinam é a ter-

rível mágoa da alma por não poder

alcançar a D’us porque está indevi-

damente unida ao materialismo deste

mundo. Seus pecados não a habilitam

a alcançar a exaltação espiritual. O

Guehinam representa o pesar da alma

pela grande distância que a separa de

D’us e da mágoa por haver sido des-

prezada como consequência de seus

próprios atos.

Como poderia sentir-se uma pes-

soa que jogasse fora um pacote e,

posteriormente, descobrisse que con-

tinha diamantes valendo milhões?

Que angústia deve sentir uma pessoa

que perde a oportunidade de ganhar o

Prêmio Nobel? Quem pode descrever

o pesar de alguém que, por sua ne-

gligência, não conseguiu um remédio

que poderia ter salvado a vida de um

ente querido?

E estas são somente pobres apro-

ximações da terrível sensação de re-

morso que é o Guehinam. De fato, tra-

ta-se do “Mundo da Verdade”, e não

pode haver maior justiça que o próprio

pecado ser o castigo do pecador.

Rambam prossegue a sua inter-

pretação explicando que “o prazer do

esplendor da Divina Presença” signi-

fica que “as almas sentem prazer por

entenderem e perceberem a existência

de D’us e, como os anjos, por entende-

rem e perceberem a Sua realidade. O

bem maior e o objetivo final é incor-

porar-se a esta exaltada companhia e

ater-se neste nível. Nenhum outro bem

é análogo ou comparável a este”.

O conhecimento de D’us e a devo-

ção a Ele são os maiores e autênticos

prazeres, e nada se lhes pode compa-

rar. Todos os prazeres que conhecemos

são insignificantes em comparação a

eles. “Vivemos no mundo físico e, por-

tanto, podemos compreender somente

seus depreciáveis e efêmeros prazeres.

Mas o prazer espiritual é eterno. Ele

existe para sempre, não é efêmero e

não existe relação ou conexão alguma

entre estes dois prazeres” (Rambam,

cap. Chêlec).

Tudo o que temos dito pode ser

percebido somente por meio de um

processo de raciocínio intelectual. Nos-

sas mentes entendem que deve existir

um prazer excessivo de devoção por

D’us, mas não podemos senti-lo. Tal-

vez, contudo, possamos experimentar

uma diminuta insinuação de sentimen-

to do tipo “Mundo Vindouro”. Eis aqui

como se define o Shabat de uma forma

apropriada (Berachot 57:2): “Uma se-

xagésima parte do Mundo Vindouro”;

ou ainda (conforme o sidur): “Uma es-

pécie de Mundo Vindouro é o dia de

descanso”. O Shabat proporciona um

sentimento de alegria do espírito, de

exaltação da alma. Algo desta espécie

também pode ser experimentado por

uma pessoa que realiza um ato de ca-

Visão Judaica

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Av / Elul 5774 45

ridade, particularmente se isto acar-

retar esforço ou sacrifício. Se a pessoa

realiza uma ação importante, como

por exemplo salvar uma vida pondo

em risco a sua própria, seguramente

conhecerá um sentimento maravilhoso

desta espécie.

Toda pessoa passa por momentos

lindos. Em geral, estão ligados a fortes

emoções – um dia no qual recebe boas

notícias, livra-se de um perigo, realiza

um sonho muito desejado ou uma pro-

eza incomum.

Também a nação tem seus belos

momentos, nos quais cada elemento

sente prazer e tem a sensação de es-

tar flutuando no ar, como quando foi

libertado o Muro das Lamentações, em

Israel.

Ilustrações desta classe podem

nos dar uma leve idéia do que signi-

fica exaltação do espírito. Mas este

prazer não é nada comparado com os

prazeres do Mundo Vindouro. Isto foi

expresso com vivacidade pelo Rabino

Eliyáhu Desler no primeiro capítulo de

sua obra “Michtav Meeliyáhu”:

“Nossos sábios dizem (Pirkê Avot

5:22) que ‘uma hora de regozijo no

Mundo Vindouro é melhor que toda

a vida neste mundo’. Se pudéssemos

somar as horas dispersas e os minu-

tos de prazer e de regozijo de toda a

vida de uma pessoa, e conseguísse-

mos concentrá-las em um minuto... e

acrescentássemos todas as horas de

prazer experimentadas por todos os

amigos desta pessoa... e juntássemos

toda a felicidade experimentada por

todas as gerações dos homens desde o

começo da Criação até o final dos tem-

pos... então adquiriríamos um grau de

felicidade mundana seguramente im-

possível de ser superado”. Ainda as-

sim, ‘a satisfação do Mundo Vindouro’

a supera.”

O Mundo Vindouro não é simples-

mente a vida que conhecemos acresci-

da de mais prazeres; é uma experiên-

cia de uma classe totalmente distinta.

Tentar explicar estes conceitos é como

se tentássemos explicar a uma pessoa

cega e surda que poderia ver e ouvir

se seus sentidos não estivessem pre-

judicados. Que seria uma vida total-

mente diferente – não obscura nem si-

lenciosa, mas repleta de luz e música.

Portanto, não é de se espantar que o

judeu que ora regularmente, suplique

com fervor:

“Que seja a vontade do Todo-Pode-

roso, o Senhor de nossos patriarcas,

que observemos os Seus preceitos nes-

se mundo e seja-nos permitido viver,

ver e herdar benevolência e bendição

nos dias do Mashiach e a eternidade

do Mundo Vindouro.”

do livro “El Hamecorot” Publicado com autorização

Visão Judaica

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Av / Elul 5774 47

CadishQuais são os tipos de Cadish e suas leis.

Os quatro tipos de Cadish

Existem quatro tipos de Cadish que são re-

citados diariamente durante as orações nas si-

nagogas com a presença do minyan:

a) Chatsi Cadish - Recita-se apenas de Yit-

gadal até “daamiran bealma veimru amen”.

b) Cadish Yatom (Yehê Shelamá Rabá)

- Recita-se o Chatsi Cadish acrescido dos

parágrafos Yehê Shelamá Rabá e Ossê Shalom.

Este Cadish é recitado após a leitura de al-

guma passagem do Tanach (Torá, Neviim ou

Ketuvim) que contenha ao menos três versículos

c) Cadish Derabanan (Al Yisrael) - Reci-

ta-se o Chatsi Cadish acrescido dos parágrafo

Al Yisrael, Yehê Shelamá Rabá e Ossê Shalom.

Vide a tradução completa deste Cadish – que

contém os outros dois cadishim citados acima –

no final desta matéria.

Este Cadish é recitado após algum estudo

da Torá Oral (Torá Shebáal Pê). É costume reci-

tar antes deste Cadish o trecho Rabi Chananyá

Ben Acashyá Omer ou Taná Devê Eliyáhu. Por

isso, após o estudo de Mishná, dizemos Rabi Ch-

ananyá Ben Acashyá Omer antes de recitar o

Cadish Derabanan.

d) Cadish Titcabal (Cadish Shalem) - Reci-

ta-se o Chatsi Cadish acrescido dos parágrafos

Titcabal, Yehê Shelamá Rabá e Ossê Shalom.

O Cadish Titcabal deve ser recitado unica-

mente pelo chazan sempre que se termina uma

fase das orações.

Os avelim (enlutados) e os que estão na se-

mana do aniversário de falecimento de um pa-

rente devem recitar juntos o Cadish Yatom (Yehê

Shelamá Rabá) e o Cadish Derabanan (Al Yisra-

el). Este é o costume dos sefaradim.

Há sefaradim que costumam que os avelim

recitem também o Chatsi Cadish junto com o

chazan (oficiante que conduz as orações). Neste

caso, o chazan deverá pronunciá-lo com eles.

Cadish no 1º ano de falecimento

É de grande valor recitar Cadish em

memória dos falecidos. Os livros sagrados tra-

zem, em nome do grande cabalista Ari z”l, que

o motivo de se dizer Cadish após a morte de um

parente é para elevar sua alma.

Considera-se que o indivíduo que não reci-

ta o Cadish em memória de seus pais está de-

preciando-os. Sendo assim, não deverá perder

sequer um só Cadish.

É costume que, após o falecimento do pai ou

da mãe, nos onze primeiros meses, o filho recite

o Cadish na sinagoga com minyan, durante as

três orações diárias.

O costume sefaradi é que na primeira se-

mana do décimo segundo mês não se recita o

Cadish, recomeçando na segunda semana do

décimo segundo mês até o final deste, inclusi-

ve na data do falecimento do primeiro ano. A

Leis e Costumes

Rabino Isaac Dichi

NASCENTEEquipe especializada em diagramação, impressão e distribuição. Equipe especializada em diagramação, impressão e distribuição.

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48 Av / Elul 5774

partir desse momento, deverá recitá-lo

na época do aniversário do falecimen-

to a cada ano, conforme o calendário

judaico.

O costume ashkenazi é recitar o

Cadish apenas nos onze meses segu-

intes ao falecimento. Se, por exemplo,

a morte ocorreu em oito de cheshvan,

deve-se recitar o Cadish até Minchá

(inclusive) do dia sete de Tishri. Em

Arvit do dia oito de Tishri não deverá

mais recitá-lo. A partir desse momen-

to, deverá recitá-lo somente na data do

aniversário do falecimento (yortsait) a

cada ano (conforme o calendário judai-

co). Este exemplo se refere a um ano

de doze meses.

Cadish pelos outros parentes

Não somente pelos pais se recita

o Cadish, mas também pelos outros

parentes sobre os quais guardamos

as leis de avelut (irmão, irmã, esposa,

filho e filha).

Quem tiver pais vivos não deverá

dizer os cadishim que são ditos pelos

enlutados se seus pais se opuserem a

isso. Porém, os cadishim que fazem

parte das orações e são ditos pelo cha-

zan (oficiante), como o Chatsi Cadish e

o Cadish Titcabal ou Shalem, poderão

ser ditos por quem tiver seus pais vivos

sem que eles possam se opor.

No caso de o falecido não ter deixa-

do filhos que possam recitar o Cadish,

a família deverá incumbir alguém que

o faça. Neste caso será preferível re-

munerar o homem que estiver recitan-

do o Cadish.

Na data do falecimento a cada ano

Os sefaradim costumam começar

a recitar o Cadish a partir de Arvit do

Shabat (sexta-feira) que antecede a

data do aniversário do falecimento até

a oração de Minchá (inclusive) do dia

do aniversário do falecimento.

Se a data do aniversário do fale-

cimento coincidir com o Shabat, a le-

itura do Cadish terá início a partir de

Arvit do Shabat anterior até Minchá

do Shabat do yortsait.

O costume dos ashkenazim é sem-

pre recitar o Cadish somente no dia

do aniversário do falecimen to (yortsa-

it) nas três orações: Arvit, Shachrit e

Minchá.

Se alguém se esqueceu de recitar o

Cadish no dia do aniversário do faleci-

mento de seus pais, poderá fazê-lo em

qualquer outro dia.

Costuma-se visitar o túmulo dos

pais cada ano na data de aniversário

do falecimento – esta data é denomi-

nada “yortsait” (jahrzeit). Nesta opor-

tunidade recita-se os seguintes mizmo-

rim do Tehilim: 33, 15, 17, 72, 91, 104,

130 e os versículos referentes às letras

do nome do falecido no capítulo 119.

Posteriormente os sefaradim recitam a

Hashcavá (Hamerachem Al Col Beriyo-

tav) e Cadish. Os ashkenazim recitam

o El Malê Rachamim (uma prece em

sua memória) e Cadish.

Observação: Só é permitido recitar

o Cadish havendo dez homens maio-

res de treze anos (minyan) presentes

próximos ao túmulo. Caso contrário é

proibido recitá-lo.

Conduta ao recitar o Cadish

É necessário concentrar-se ao ou-

vir qualquer um dos cadishim e res-

ponder em voz alta, mas não mais alta

que a do pronunciante.

Deve-se tomar um cuidado excessi-

vo em não conversar durante o Cadish.

O Mishná Berurá cita três episódi-

os para demonstrar a gravidade de

quem conversa em momentos proibi-

dos:

a) Traz em nome de Massêchet

Dêrech Êrets que Rav Chamá viu

Leis e Costumes

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Av / Elul 5774 49

Eliyáhu Hanavi com milhares de ca-

melos carregados com “nervosismo e

fúria” para castigar aqueles que con-

versam durante os trechos proibidos.

b) O Sêfer Chassidim conta sobre

um chassid que viu no sonho um ou-

tro chassid com a fisionomia pálida.

O primeiro perguntou ao segundo por

que ele estava com o rosto pálido e este

respondeu que era porque conversava

enquanto o chazan recitava (na noite

de Shabat) Vaychulú, Bircat Meen She-

va e Cadish.

c) O livro Matê Moshê cita um mi-

drash sobre um sábio que apareceu

a seu aluno no sonho. O mestre tinha

uma mancha na testa e o aluno inda-

gou sobre o motivo da mancha. Então

o mestre respondeu que não se cuida-

va de não falar enquanto o chazan re-

citava Cadish.

O Mishná Berurá conclui que mes-

mo pensar em divrê Torá é proibido

durante o Cadish, pois é necessária

uma grande concentração ao respon-

der os amenim do Cadish. E para isso

não há diferença qual tipo de Cadish

está sendo recitado.

É costume que todos os avelim fa-

lem juntos o Cadish, simultaneamen-

te, na mesma velocidade, sem que

um se antecipe ao outro. Há, porém,

congregações que usam o sistema de

revezamento.

Quem recita o Cadish deve estar de

pé, com os pés juntos, em direção a Je-

rusalém (em S. Paulo, para o nordeste)

– normalmente o aron nas sinagogas

está nesta posição.

Ao chegar atrasado à sinagoga,

não sendo possível iniciar o Cadish

junto com os demais, não deverá pro-

nunciá-lo pela metade, mas sim aguar-

dar os próximos cadishim.

Caso tenham começado a recitar o

Cadish com a presença de dez pessoas

(vide cap. 17 par. 7) e durante o Cadish

alguns retiraram-se (o que não deveri-

am ter feito), caso restarem ao menos

seis pessoas, deve-se dar continuidade

à leitura do Cadish.

É costume que um jovem menor

de treze anos que tenha perdido o

pai ou a mãe recite o Cadish na si-

nagoga junto com o chazan ou junto

com outro adulto que esteja falando

o Cadish.

Da mesma forma que é proibido

passar na frente de alguém que esteja

rezando a Amidá, também é proibido

passar na frente de alguém que esteja

recitando o Cadish. Se houver neces-

sidade, poderá passar somente depois

de o pronunciante já ter recitado as

palavras “daamiran bealma veimru

amen”.

Ao responder o amen do Cadish

antes de yehê Shemêh rabá, deve-se

fazer uma pausa entre o amen e yehê

Shemêh rabá, pois o amen se refere ao

assunto anterior.

Para os sefaradim, que (confor-

me orientação do Ari z”l) respondem

yehê Shemêh rabá até “daamiran

bealma”: Caso o chazan já esteja pro-

nunciando as palavras “berich Hu” e

o indivíduo ainda não tiver termina-

do de recitar yehê Shemêh rabá até

daamiran bealma, não deverá res-

ponder amen.

Portanto, o chazan, ou a pessoa

que estiver recitando o Cadish, de-

verá dar um tempo antes de começar

a frase yehê Shemêh rabá, para que o

público consiga concluir até daamiran

bealma antes que ele diga berich Hu.

Assim todos poderão responder amen

quando ele chegar a berich Hu.

Quem recita o Cadish deve cur-

var um pouco a cabeça e o corpo nos

primeiros cinco trechos do Cadish an-

tes de cada amen do público, ou seja,

nas palavras: “Shemêh rabá”, “vica-

rev meshichêh”, “veimru amen”, “De-

cudshá berich Hu” e “veimru amen”.

Este é o costume dos sefaradim.

Tradução do Cadish

Exaltado e santificado seja o Seu

grande Nome (os demais respondem:

amen) no Universo que criou de acordo

com a Sua vontade. Que Ele estabeleça

Seu reinado, faça brotar Sua salvação

e aproxime o advento do Seu Mashia-

ch (amen) em vossas vidas e em vossos

dias e na vida de toda a Casa de Israel,

pronta e rapidamente em tempo próxi-

mo e dizei amen (amen).

Seja Seu Nome grandioso abençoa-

do para sempre e para a eternidade.

Seja abençoado, louvado, glorificado,

enaltecido, sublimado, honrado, ele-

vado e elogiado o Nome do Santo, ben-

dito é Ele (amen), acima de todas as

bênçãos, cânticos, louvores e consolos

que possam ser proferidos no Universo

e dizei amen (amen).

Aqui termina o Chatsi Cadish.

Sobre Israel, sobre nossos mestres,

sobre seus discípulos, sobre os discípu-

los de seus discípulos, que se dedicam

ao estudo da Torá sagrada, neste lugar

e em qualquer outro lugar, sobre nós,

eles e vós haja graça, favor (bondade)

e misericórdia, proporcionados pelo

Dono dos Céus e da Terra e dizei amen

(amen).

Que haja muita paz emanada dos

Céus, vidas, fartura, remição, conso-

lo, libertação, cura, redenção, perdão,

expiação, conforto e salvação para nós

e para todo o Seu povo de Israel e dizei

amen (amen).

Aquele que estabelece paz nas

Suas Alturas Celestiais, Ele, com Sua

misericórdia, estabeleça paz sobre nós

e sobre todo o Seu povo Israel e dizei

amen (amen).

Do livro “Vaani Tefilá”.Todas as fontes pesquisadas são citadas

na referida obra.Os interessados podem adquirir

gratuitamente um exemplar na secretaria da Congregação.

Leis e Costumes

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50 Av / Elul 5774

Mussar

Manter a ConfiançaSeu crescimento pessoal depende dos maravilhosos ensinamentos do mussar

O Rei David ensinou no Tehilim (40:5): “Feliz é a pessoa

que põe sua confiança no Todo-Poderoso e não se volta aos arrogantes ou desonestos”.

Certa vez, um homem rico encontrou um tra-

balhador desempregado que estava muito triste.

– Ouça – disse o homem rico. – Venha traba-

lhar comigo durante três meses e eu lhe pagarei

um bom salário!

– Muito obrigado, mas eu não posso fazer

isso – respondeu o homem desempregado. – Eu

tinha uma boa função na empresa de meu pa-

trão por vários anos. Ele me dispensou tempo-

rariamente, mas vai precisar de mim em poucas

semanas. Portanto, se eu lhe disser que tenho

outro emprego ou me apresentar a ele somente

depois que terminar de trabalhar para o senhor,

ele contratará outra pessoa e acabarei perdendo

esta oportunidade. Prefiro passar por alguns me-

ses difíceis a perder um emprego permanente!

Da mesma forma, D’us é o nosso Criador e

supre todas as nossas necessidades em todos

os dias de nossas vidas. Ocasionalmente, pode

ocorrer de Ele nos colocar em uma situação fi-

nanceira complicada. Durante esses tempos di-

fíceis, podemos ser tentados a nos envolver em

algum negócio que soa muito lucrativo, mas que

carece de integridade.

O homem desempregado da história acima

teve o discernimento de perceber que, se pe-

gasse um emprego temporário, perderia o per-

manente. Nós devemos raciocinar da mesma

forma. Se estivermos em uma posição financeira

apertada, é importante pensarmos com clareza.

Apesar da tensão da situação, seria contrapro-

ducente nos envolvermos em um negócio sus-

peito ou arriscado.

Nós temos um bom Patrão e devemos confiar

sempre em Seu apoio.

É melhor suportar os desafios de um período

difícil, e manter a integridade, do que entrar em

aventuras questionáveis.

Se mantivermos uma confiança inabalável

no Todo-Poderoso, Que é misericordioso e bon-

doso, Ele voltará a ter compaixão de nós. Ele

nos tirará deste teste difícil, voltando a prover

nossas necessidades com tranquilidade, como

diz o versículo: “Feliz é a pessoa que põe sua

confiança no Todo-Poderoso”.

Baseado no livro “Ahavat Chêssed”, do Chafets Chayim,

Rabi Yisrael Meir Kagan (Polônia, 1839-1933)

Rabino Zvi Miller

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Av / Elul 5774 51

Av 28 de Julho de 2014 a 26 de Agosto de 2014

5774

JEJUM - TISH’Á BEAVTerça-feira, dia 5 de agosto. Início: segunda, às 17h44m. Término: terça, às 18h16m.(Horários para a cidade de São Paulo).Nove de Av é o aniversário de 5 trágicos acontecimentos da história judaica:

• D’us decretou que os homens com mais de 20 e menos de 60 anos de idade não entrariam na Terra Prometida. Isso foi consequência de terem pecado no episódio dos espiões enviados à Terra de Israel no final do primeiro ano no deserto, após o Êxodo do Egito. Em vez de entrarem na Terra de Israel depois de um ano no deserto, levariam 40 anos. Nestes quarenta anos no deserto, todos os homens com mais de 20 e menos de 60 anos na oportunidade do pecado morreriam. As mortes ocorreriam somente em um dia a cada ano – no dia 9 de av.

• Foram destruídos os dois Templos Sagrados. O Primeiro Templo foi destruído pelos babilônios e o Segundo, pelos romanos.

• No ano de 134 da Era Comum, quando o Império Romano estava sob o domínio de Adriano, a grande cidade de Betar sucumbiu, último reduto de Bar Cochvá, e morreram dezenas de milhares de pessoas. Esta tragédia foi considerada igual à destruição do Templo.

• Tornus Rufus, o Malvado, passou o arado no local e ao redor do Templo, cumprindo assim a profecia (Yirmeyáhu 26:18 e Michá 3:12): “Tsiyon será lavrada como um campo”.

TU BEAVSegunda-feira, 11 de agosto.Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.

BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA

Início (em São Paulo, conforme costume sefaradi): Madrugada de domingo, dia 3 de agosto, a partir da 1h50m.

Final: Domingo, 10 de agosto, até as 20h12m (em São Paulo).

ROSH CHÔDESHSegunda-feira, 28 de julho.Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.Acrescenta-se Halel Bedilug em Shachrit. Acrescenta-se a oração de Mussaf.

Datas & Dados

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52 Av / Elul 5774

ROSH CHÔDESH Terça e quarta-feira, dias 26 e 27 de agosto.Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.Acrescenta-se Halel Bedilug em Shachrit. Acrescenta-se a oração de Mussaf.

SELICHOT – PRIMEIRO DIASefaradim: Quinta-feira, 28 de agosto.

Ashkenazim: domingo, 21 de setembro (no primeiro dia, costumam recitar selichot

a partir de chatsot, o meio da noite de sábado.

BIRCAT HALEVANÁ PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUAInício (conforme costume sefaradi): Segunda-feira, 1º de setembro, a partir de 18h26m (horário para São Paulo).Final: Manhã de terça-feira, dia 9 de setembro, até as 6h10m da manhã (horário para São Paulo).

Elul 27 de Agosto de 2014 a 24 de Setembro de 2014

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Datas & Dados

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Av / Elul 5774 53

HORÁRIO DE ACENDER AS VELAS DE SHABAT E YOM TOV EM SÃO PAULO01 de agosto - 17h24m08 de agosto - 17h27m15 de agosto - 17h30m22 de agosto - 17h32m29 de agosto - 17h35m05 de setembro - 17h37m

12 de setembro - 17h39m19 de setembro - 17h41m24 de setembro - 17h43m25 de setembro - a partir de 18h43m26 de setembro - 17h44m3 de outubro - 17h46m

PARASHAT HASHAVUA 02 de agosto - Parashat: Devarim Haftará: Chazon Yesha´yáhu09 de agosto - Parashat: Vaetchanan Haftará: Nachamu Nachamu Ami16 de agosto - Parashat: Êkev Haftará: Vatômer Tsiyon23 de agosto - Parashat: Reê Haftará: Aniyá Soará30 de agosto - Parashat: Shofetim Haftará: Anochi Anochi06 de setembro - Parashat: Ki Tetsê Haftará: Roni Acará13 de setembro - Parashat: Ki Tavô Haftará: Cúmi Ôri20 de setembro - Parashat: Nitsavim - Vayêlech Haftará: Sôs Assis Bashem27 de setembro - Parashat: Haazínu Haftará: Shuva Yisrael04 de outubro - Parashat: Acharê Mot (Yom Kipur) Haftará: Veamar Sôlu Sôlu11 de outubro - Parashat: Reê Atá Omer Elay (Chol Hamoed Sucot) Haftará: Vehayá Bayom Hahu

HORÁRIO DAS TEFILOT Shachrit - De segunda a sexta-feira - 20 min. antes do nascer do Sol (vatikim), 06h20m (Midrash Shelomô Khafif), 06h50m (Zechut Avot) e 07h15m (Ôhel Moshê). Aos sábados - 08h15m (principal), 08h20m (Zechut Avot), 08h40m (infanto-juvenil). e 08h45m (ashkenazim). Aos domingos e feriados - 20 min. antes do nascer do Sol, 07h30m e 08h30m.Minchá - De domingo a quinta - 15min. antes do pôr do sol.Arvit - De domingo a quinta - 10 min. após o pôr-do-sol e 19h00m.

02 de agosto - 17h00m09 de agosto - 17h00m16 de agosto - 17h05m23 de agosto - 17h05m30 de agosto - 17h10m06 de setembro - 17h10m13 de setembro - 17h15m20 de setembro - 17h15m27 de setembro - 17h20m

01 de agosto - 17h24m08 de agosto - 17h27m15 de agosto - 17h30m22 de agosto - 17h32m29 de agosto - 17h35m05 de setembro - 17h37m12 de setembro - 17h39m19 de setembro - 17h41m26 de setembro - 17h44m

MINCHÁ DE ÊREV SHABAT MINCHÁ DE SHABAT

Datas & Dados

Próximas Comemorações Judaicas1º dia de Rosh Hashaná (1/tishri/5775) .........25/set/14.........Quinta

2º dia de Rosh Hashaná (2/tishri/5775).........26/set/14 ...........Sexta

Jejum Tsom Guedalyá (4/tishri/5775).............28/set/14 .....Domingo

Yom Kipur (10/tishri/5775)...............................4/out/14........Sábado

1º dia de Sucot (15/tishri/5775).........................9/out/14.........Quinta

2º dia de Sucot (16/tishri/5775).....................10/out/14...........Sexta

Hoshaná Rabá (21/tishri/5775)......................15/out/14 ........Quarta

Shemini Atsêret (22/tishri/5775)....................16/out/14.........Quinta

Simchat Torá (23/tishri/5775).........................17/out/14...........Sexta

1º dia de Chanucá (25/kislev/5775)...............16/dez/14........Quinta

Jejum Assará Betevet (10/tevet/5775)............17/dez/14 ..........Sexta

Tu Bishvat (15/shevat/5775)...............................4/fev/15 .......Quarta

Jejum Taanit Ester (13/adar /5775)...................4/mar/15 ......Quarta

Purim (14/adar /5775) ......................................5/mar/15.......Quinta

Shushan Purim (15/adar /5775)........................6/mar/15 .........Sexta

1º dia Pêssach (15/nissan/5775).......................4/abr/15 ......Sábado

2º dia Pêssach (16/nissan/5775).......................5/abr/15....Domingo

7º dia Pêssach (21/nissan/5775).....................10/abr/15..........Sexta

8º dia Pêssach (22/nissan/5775).....................11/abr/15 ......Sábado

Lag Baômer (18/iyar/5775)...............................7/mai/15 .......Quinta

1º dia de Shavuot (6/sivan/5775)....................24/mai/15...Domingo

2º dia de Shavuot (7/sivan/5775)....................25/mai/15....Segunda

Jejum 17 de Tamuz (17/tamuz/5775)...................4/jul/15 .....Sábado

Jejum Tish’á Beav (10/av/5775)..........................26/jul/15...Domingo

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54 Av / Elul 5774

Datas & Dados

Tabela de Horários •Av / Elul 5774

São Paulo

Dia Zeman Tefilin

Nets Hachamá (nasc. Sol)

Alot Hashá-

charChatsot

Sof Zeman Keriat Shemá Sof Zeman Amidá Sof Zem. Mussaf Pêleg Haminchá Shekiá (pôr-

do-sol)

Minchá Guedolá de alot

a tsetdo nets à shekiá

de alot a tset

do nets à shekiá

de alot a tset (72m)

de alot a tset

do nets à shekiá

do nets à shekiá

de alot a tset

Sete

mb

ro

5:545:535:535:525:525:515:515:505:505:495:485:485:475:465:465:455:445:435:435:425:415:405:395:395:385:375:365:355:345:335:335:325:315:305:295:285:275:265:255:245:235:225:215:205:195:185:175:165:155:145:135:125:115:105:095:085:075:065:05

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Av / Elul 5774 55

De Criança Para Criança

“Tenho Chance?”Chayim Walder

Meu nome é Uzi.Sou um garoto forte! Todos têm medo de mim, porque eu sempre bato nos ou-

tros.Os adultos me perguntam por que eu bato tanto nos outros meninos, mas eu não

respondo, porque eles não me compreendem. E também porque eu mesmo não sei o motivo.

Ontem bati no Moshê.Moshê sempre foi um garoto preguiçoso e, de repente, ficou aplicado nos estudos.

Agora o professor o elogia a toda hora.No recreio, bati nele. Simplesmente fiquei com inveja dele. O professor me casti-

gou por causa disso, Moshê está de mal comigo e o resto dos garotos me odeiam faz tempo.

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56 Av / Elul 5774

Infantil

Vou muito mal nos estudos porque a maioria das vezes não entendo o que o pro-fessor ensina. Eu até que me esforço, mas não entendo.

O professor diz que eu não me esforço, mas não é verdade. Não consigo.Quem me dera ser como Avishay! Avishay entende tudo!Avishay é o melhor aluno da classe. Ele sempre responde às perguntas do profes-

sor que eu, às vezes, nem entendo.Avishay é um garoto silencioso. Ele nunca se orgulha de nada. Eu gosto dele, mas

ele nunca me dá atenção. Eu gostaria de me sentar ao seu lado e ser aplicado como ele. Eu gostaria que toda a classe gostasse de mim como gosta dele. Mas ninguém se importa comigo. Todos acham que eu quero ser um garoto mau. Todos acham que eu quero bater por bater...

Não é verdade!Eu quero ser amigo de todos. Eu quero que todos queiram ser meus amigos. Mas

isso nunca ocorrerá! Porque eles têm medo de mim.Quem me dera que alguém explicasse a eles que sou um garoto como todos os

demais, alguém que só está procurando uma chance de mudar.Gostaria tanto que brincassem comigo, que me visitassem em casa, que o profes-

sor me dissesse uma boa palavra, que meus pais me elogiassem!Mas ninguém brinca comigo, pois têm medo de apanhar de mim.O professor não me diz nada positivo, porque sempre faço coisas negativas. Meus

pais não têm por que me elogiar – eu só lhes trago problemas...Pareço forte e corajoso por fora, mas acho que sou um simples coitado.Às vezes, de noite, em silêncio, eu choro. Mas, durante o dia, ninguém me verá

chorando! Para que ninguém pense que estou chorando, eu também bato – para que pensem que sou forte.

Dê preferência a quem

colabora com a divulgação dos valores

judaicos

PRESTIGIEDê preferência

a quem colabora com a divulgação dos valores

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OS ANUNCIANTES DA

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Infantil

Mas a verdade – só eu e vocês sabemos.Pensei várias vezes em ir pedir desculpas a todos os amigos nos quais bati e pro-

meter que não repetirei meus atos. Mas sempre tive vergonha. Tenho medo que riam de mim.

Ontem o professor falou sobre fazer teshuvá.Ele disse que todo judeu, mesmo que tenha cometido pecados, pode aproveitar o

mês de elul para pedir perdão a D’us e àquele a quem prejudicou.O professor disse que D’us só perdoa os pecados cometidos contra outras pesso-

as depois de se pedir perdão a elas.Depois disso, o professor propôs que cada um pegasse a lista dos garotos da

classe e pedisse perdão a cada um. Ele disse que aquele que se recusa a perdoar, D’us também Se recusa a perdoá-lo.

Decidi aproveitar a oportunidade. Tomei coragem, aproximei-me de alguns alunos, os quais havia ferido no decorrer do ano, e pedi perdão.

Vocês ficarão surpresos, mas eles me perdoaram sem problemas! Um deles até me deu um tapinha no ombro e disse: “Eu sempre quis ser seu amigo, mas pensava que você não queria”.

Foi muito difícil dar este primeiro passo; mas depois que comecei, sinto-me muito bem.Amanhã pedirei perdão a todos os alunos da classe.O mês de elul é uma oportunidade para fazer teshuvá. Quero aproveitar esta

oportunidade!Vocês acham que eu tenho chance?

Tradução de Guila Koschland Wajnryt

Permissões exclusivas para a Nascente.

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