19-1015-Caracterizacao Fisica de Formulacao de Ceramicas Obtidas Apartir de Chamalote e Lama Vermelha

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    Mychellangelo dos Santos Soares Matricula: 06123002807Faculdade de Engenharia de Materiais UFPA/FEMAT

    [email protected]: (094) 8115-1488 ou 9191-4258Folha 17, Quadra 04, Lote especial. Nova Marab, CEP 68505080, Marab-Pa Fone: 2101 5900; Fax: 21015901 CGC

    34621748/0001- 23 CAMPUS II - UFPA

    CAMPUS UNIVERSITRIO DO SUL E SUDESTE DO PARDISCIPLINA: FORMULAO DE PRODUTOS CERMICOS

    DOCENTE: ELIAS FAGURY NETO

    FACULDADE DE ENGENHARIA DE MATERIAIS FEMAT

    MYCHELLANGELO DOS SANTOS SOARES 06123002807

    CARACTERIZAO FSICA DE FORMULAES CERMICAS

    OBTIDAS A PARTIR DE ARGILA, CHAMOTE E LAMA VERMELHA

    Marab-PAJunho-2009

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    CARACTERIZAO FSICA DE FORMULAES CERMICAS

    OBTIDAS A PARTIR DE CHAMOTE E LAMA VERMELHA

    1. OBJETIVO

    O objetivo deste trabalho estudar a potencialidade do uso de resduos

    industriais (lama vermelha) e resduos de construes civis (chamote) na elaborao

    de formulaes com argilas plsticas de queima vermelha para utilizao em

    indstrias cermicas tradicionais que sejam viveis do ponto de vista econmico e

    ambiental.

    2. INTRODUO

    Ao longo de sua existncia, o homem sempre utilizou os recursos naturais do

    planeta e gerou resduos com pouca ou nenhuma preocupao, j que os recursos

    eram abundantes e a natureza aceitava passivamente os despejos realizados. Com

    o crescimento da atividade industrial e conseqente gerao de maior quantidade de

    resduos e poluentes encontrar aplicaes para rejeitos industriais vem ganhando

    importncia na atual logstica das empresas.

    A indstria cermica como setor produtivo tem se destacado por ser um plo

    com viabilidade comprovada para a destinao de diversos tipos de subprodutos

    gerados por outros setores industriais, assim como subprodutos gerados pela

    prpria indstria cermica. A possibilidade para a incorporao de resduos

    industriais reside no fato de que, na prtica, as massas cermicas resultam da

    transformao de compostos argilominerais, como quartzo, feldspatos, calcrios,

    etc., as quais so compostas basicamente de xidos de alumnio, silcio ferro sdio,

    clcio entre outros, constituintes os quais esto presentes em quase todos os

    resduos industriais gerados [1].

    No desenvolvimento de um produto cermico, a etapa de formulao da massa

    cermica e os cuidados exigidos por cada etapa do processamento cermico so

    fundamentais para atender s exigncias de qualidade e baixo custo. A formulao

    dos materiais cermicos uma etapa onde se busca estabelecer quimicamente uma

    relao das matrias-primas para que determinadas fases possam ser obtidas [2].

    As ferramentas utilizadas para determinar os parmetros necessrios para

    formulaes de massas cermicas em geral so de natureza emprica, e so

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    trabalhadas a partir da anlise da composio qumica das matrias-primas e

    transformaes de fases que ocorrem durante o tratamento trmico, de modo a se

    obter as propores desejadas dos microconstituintes.

    3. REVISO BIBLIOGRFICA

    A seguir apresentada uma breve reviso da literatura definindo as

    propriedades relevantes dos refratrios, formulao, obteno da mulita e

    caracterizaes.

    3.1.Argila de Queima Vermelha

    D-se o nome de argila a matria-prima natural, terrosa, de granulometria fina(< 2 m) e que adquire plasticidade com gua. A matria-prima argila constituda

    de argilominerias, formados principalmente por silicatos de alumnio hidratados alm

    de silicatos de ferro e magnsio entre outros, minerais acessrios cristalinos ou

    amorfos (quartzo, mica muscovita, pirita, calcita, dolomita) e matria orgnica e sais

    solveis [3].

    As argilas possuem diversas aplicaes industriais, como na cermica,

    cimento, abrasivos, isolantes eltricos, trmicos, acsticos, siderurgia, tintas evernizes, produtos asflticos, defensivos agrcolas, lubrificantes, cosmticos,

    sabes, velas e sabonetes, ornamentao e outros.

    Os materiais cermicos comuns so os materiais de argila propriamente ditos

    ou cermica vermelha. So assim denominados porque seu principal componente

    a argila, a qual geralmente contm xido de ferro, elemento responsvel pela

    colorao avermelhada que caracterstica principal desse tipo de cermica. Dentre

    os matrias de argila destacam-se os porosos (tijolos, telhas, tijoleiras, etc.) e osvidrados ou gresificados (tijolos e telhas especiais, ladrilhos, etc.).

    3.2.Chamote

    A cadeia produtiva da construo civil est associada a grandes consumos de

    matrias-primas e energia, alm de ser uma das maiores geradoras de resduo,

    sendo responsvel por parcela significativa dos impactos ambientais a nvel global

    [4].

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    Todos os anos milhares de novas construes so realizadas, liberando no

    meio ambiente seus resduos, tais como: telharias, tijoleiras, restos de concreto, de

    cimento, etc. O chamote um resduo da indstria de cermica vermelha rico em

    SiO2, o seu teor de Al2O3 est em torno de 20 a 25%, tem elevado teor de FeO3 (7 a

    10%) responsvel pela colorao vermelha, ainda se observa em sua composio

    um teor mdio de alcalinos [5].

    Chamote a designao dada aos resduos slidos gerados durante o

    processamento de materiais cermicos, de um modo geral, restos de tijolos, telhas,

    e rebarbas do processo de produo e resultante de construes civis so assim

    denominados.

    A utilizao de chamote em cermica vermelha pode ter reflexos positivossobre todo o processo produtivo. O chamote por apresentar uma granulometria mais

    grosseira que a da argila pode melhorar o grau de empacotamento. Alm disso,

    devido morfologia das partculas, contribui significativamente para facilitar a etapa

    de secagem. Entretanto o teor de adio e a granulometria so fatores

    determinantes para a otimizao do processo [6].

    3.3.Lama Vermelha

    A lama vermelha um resduo insolvel da indstria de beneficiamento do

    alumnio, gerada a partir do refino da bauxita para produo de alumina (Al2O3)

    atravs do processo Bayer durante a etapa de clarificao, Figura 1.

    Figura 2: Fluxograma e Esquema do processo Bayer

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    Sendo normalmente disposta em lagoas projetadas especialmente para este

    fim, conforme ilustrado na Figura abaixo 2 [7].

    Essa Lama Vermelha, usualmente, um resduo inaproveitvel da indstria da

    alumina. Propor um destino mais nobre para este resduo constitui um grande

    desafio tecnolgico. Uma das possibilidades de aplicao direta deste material na

    mistura com argila, para a fabricao de produtos da indstria de cermica

    estrutural, para atender o mercado da construo civil.

    A Tabela 1 apresenta a composio mdia para a lama vermelha de uma

    maneira geral. Pode-se perceber que a lama vermelha apresenta um teor elevado

    de material fundente, tais como ferro e sdio o que possibilita sensivelmente a

    reduo da temperatura de sinterizao de cermicas contendo a mesma em sua

    formulao.

    Tabela 1: Composio mdia para a Lama VermelhaFe2O3 TiO2 CaO SiO2 Al2O3 Na2O V2O5 LOI Al2O3 g NaOH

    (g/l)Slidos

    47,8 5,00 1,60 19,9 26,4 10,2 0,20 8,67 4,00 5,90 67,7

    Figura 2: Lagoa de disposio de lama vermelha da Alumar

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    3.4.Caracterizaes Fsicas

    A seguir so apresentados os principais ensaios de caracterizao fsica

    de cermicas [8].

    Densidade aparente (Dap) [%]: o quociente do peso seco do material pelo

    volume aparente. Dado por:

    PsDap L

    Pu Pi

    (x100)

    Absoro de gua (AA) [%]: exprime a relao entre a massa de lquido

    absorvida pelo corpo-de-prova saturado de lquido e o peso do corpo de

    prova seco:

    Ps

    PsPuAA

    (x100)

    Porosidade aparente (PA): a relao entre o volume de poros abertos do

    corpo-de-prova e o volume aparente do mesmo:

    PiPu

    PsPuPA

    (x100)

    Retrao linear de queima (L) [%]: a relao entre o comprimento inicial

    do corpo-de-prova verde e o comprimento aps a queima:

    100% xLi

    LiiLiLq

    4. MATERIAIS E MTODOS

    Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizada como matria-prima argila

    proveniente da regio de Itupiranga, chamote de tijolo e lama vermelha. A argila foi

    caracterizada atravs de Difrao de raios-X e Anlise Termogravimtrica

    Diferencial.

    Ps = peso do corpo de prova secoPu = peso do corpo de prova midoPi = peso do corpo de prova imersoL = densidade do l uido usado

    Ps = peso do corpo de prova secoPu = peso do corpo de prova mido

    Ps = peso do corpo de prova secoPu = peso do corpo de prova midoPi = peso do corpo de prova imerso

    Li = comprimento, seco a 110o

    CLii = comprimento aps queima

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    A argila foi caracterizada atravs da anlise do difratograma de raios X, anlise

    termogravimtrica (TG) e anlise termogravimtrica diferencial (DTG).

    As anlises de difrao de raios-X foram realizadas em difratmetro de raios-X

    modelo XPert PRO MPD (PW 3040/60), da Panalytical, com Gonimetro

    PW3050/60 (Theta/Theta) e com tubo de raios X cermico de nodo de Cu (K1

    1,540598 ), modelo PW3373/00, foco fino longo, 2200W, 60kV. O detector

    utilizado do tipo RTMS, X'Celerator.

    A aquisio de dados foi feita com o software X'Pert Data Collector, verso

    2.1a, e o tratamento dos dados com o software XPert HighScore verso 2.1b,

    tambm da Panalytical. Todos os equipamentos e softwares pertencem ao

    Laboratrio de Raios X do Centro de Geocincias da Universidade Federal do Par.Foram utilizadas as seguintes condies de anlise: Tenso: 40 kV; Corrente: 40

    mA; Varredura: 4-75; Passo: 0,02/s; Tempo de Contagem: 20 s.

    A argila foi triturada com o auxlio de almofariz e pistilo e passada em peneira

    ABNT N 70, a lama vermelha e o chamote modo, foram adicionados em diferentes

    propores. A designao para cada composio est descrita na Tabela 2.

    Tabela 2: Designao Para as Formulaes

    Matrias-Primas (% em peso)

    DESIGNAO Argila Lama Vermelha Chamote

    Formulao I 100 - -

    Formulao II 55 40 5

    Formulao III 45 45 10

    Formulao IV 30 55 15

    Os corpos de prova, assim produzidos foram sinterizados nas temperaturas de850 C, 950 C e 1050 C, permanecendo por 2 horas na temperatura de patamar;

    em seguida foram avaliados quanto densidade aparente, porosidade aparente,

    absoro de gua e retrao linear de queima. As imagens dos corpos de prova

    aps sinterizao nas temperaturas em estudo esto apresentadas na Figura 3.

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    5. RESULTADOS E DISCUSSES

    A Figura 4 apresenta as curvas da anlise termogravimtrica (TG) e

    termogravimtrica diferencial (DTG) da argila Itupiranga. possvel verificar dois

    picos, um endotrmico e outro exotrmico. O pico endotrmico em torno de 500 C

    provavelmente est associado desidroxilao da caulinita, enquanto que o pico

    exotrmico est associado formao de mulita primria em tono de 942 C. Com

    base na curva DTG observa-se uma acentuada perda de massa entre 450 e 600 C,

    associada a desidroxilao da caulinita, em torno de 6,5%.

    I I I II II II III III III IV IV IV

    I I I II II II III III III IV IV IV

    I I I II II II III III III IV IV IV

    850 C

    950 C

    1050 C

    Figura 3: Aspectos fsicos dos corpos de prova aps sinterizao nastemperaturas de 850 C, 950 C e 1050 C

    Figura 4: TG (verde) e DTG

    (vermelha) da Argila Itupiranga.

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    Quando se trabalha a formulao de massas cermicas um fator importante a

    composio qumica da matria-prima, pois a proporo em que determinadas

    substncias esto presentes que ir propiciar a uma dada massa cermica

    caractersticas que permitam que a mesma seja utilizada para um dado processo.

    Atravs do difratograma apresentado na Figura 5 verifica-se que a argila Itupiranga

    apresenta como microconstituintes quartzo, caulinita, rutilo, mica e feldspato.

    A Tabela 3 apresenta os resultados obtidos durante a caracterizao fsica dos

    corpos de prova trabalhados nas temperaturas de 850 C e 950 C.

    Tabela 3: Caracterizaes Fsicas das Formulaes Trabalhadas versus Temperatura de

    Queima.

    De um modo geral, a porosidade aparente e a absoro de gua apresentam

    uma mesma configurao para as temperaturas em estudo. Maiores quantidades de

    lama vermelha e chamote na massa cermica levaram ao aumento da porosidade e

    dos nveis de absoro de gua em relao massa cermica sem a presena de

    resduo. Esse fato se deve a quantidade de slica elevada nos resduos. O aumentoda temperatura de queima resultou em menores ndices de absoro e porosidade.

    Formulaes PorosidadeAparente

    (%)

    Absoro degua (%)

    DensidadeAparente(g/cm3)

    RetraoLinear de

    Queima (%)

    850 C

    I 24,85 12,34 2,01 4,74II 38,84 21,96 1,77 2,88III 41,34 24,35 1,70 2,52IV 43,69 26,70 1,64 4,67

    950 C

    I 33,47 18,29 1,83 4,63II 18,06 8,47 2,13 14,54III 36,16 19,45 1,86 9,84IV 48,31 28,46 1,70 8,95

    Figura 5: Difratograma de raios X da argila Itupiranga.

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    Com o aumento da temperatura de queima h a formao da fase vtrea, que

    responsvel pelo fechamento dos poros, ocasionando a diminuio dos poros com o

    aumento da temperatura e, conseqente, a absoro de gua na pea menor.

    Os valores de absoro apresentados pelas formulaes I (0% resduo), II e III,

    sinterizadas a 850 C encontram-se dentro das normas especificadas para cermica

    vermelha (AA 25 %). Enquanto que a 950 C apenas a formulao sem adio de

    resduos e a III esto dentro das normas tcnicas com 18,29 e 19,45 % de absoro

    de gua, respectivamente [9].

    Os nveis de densificao aumentam com a temperatura, pois com o aumento

    da temperatura a argila vitrifica e endurece perdendo assim porosidade, o que

    conseqentemente, aumenta o nvel de densificao do material. A incorporao demaiores teores de lama vermelha e chamote levou a menores densidades valores de

    densidade aparente. Estudos revelam que maiores teores de chamote na massa

    cermica aumentam a temperatura de gresificao da pea, e conseqntemente,

    para se alcanar timos nveis de densificao necessrio maiores temperaturas

    de queima, ou menores teores de chamote [10].

    Com relao retrao linear, verifica-se um aumento com a temperatura. No

    incio do processo de secagem, as partculas de argila esto envolvidas e separadasumas das outras por uma fina pelcula de gua. Com o progresso da secagem e a

    remoo da gua, a separao entre as partculas diminui o que ocasiona a

    retrao. Em termos de produto necessrio que essa retrao seja mnima.

    A formulao II sinterizada a 950 C apresentou resultados que indicam que o

    material iniciou o processo de fuso, visto que, apresentou valores de porosidade e

    absoro mnimos, alm de excessiva retrao durante a queima.

    As amostras sinterizadas a 1050 C no forma caracterizadas fisicamente pelofato de que as mesmas fundiram indicando que teores de 40, 45 e 55 de lama

    vermelha uma quantidade excessiva para a temperatura de 1050 C.

    Sabe-se que a lama vermelha apresenta em sua composio em mdia 45%

    de Fe2O3, tornando a massa cermica suscetvel fuso em baixas temperaturas.

    medida que o teor de chamote foi aumentado o nvel de fuso da pea cermica

    diminuiu, pois o mesmo aumenta a temperatura de gresificao do material.

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    6. CONCLUSES

    As formulaes II e III sinterizadas a 850 C, segundo as caracterizaes

    fsicas encontram-se dentro dos valores especificados por SOUZA SANTOS

    para cermica vermelha blocos e telhas.

    Na temperatura de 950 C a formulao III (45 A, 45LV e 10C) est em

    conformidade com a norma nos requisitos absoro e densidade aparente.

    Entretanto, apresentou alto ndice de retrao durante o processo de queima,

    em torno de 9%.

    Em todas as temperaturas, as formulaes contendo lama vermelha e

    chamote na composio apresentaram ndices de porosidade acima do

    especificado pela norma. Esse ndices acima da especificaes, podem estar

    relacionados ao aparecimento de trincas nos corpos de prova aps a

    sinterizao, provavelmente associado diferenas de coeficientes de

    expanso trmica.

    Sinterizaes a 1050 C levou fuso das massas com resduos de lama

    vermelha e chamote na composio.

    7. REFERNCIAS

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