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1904 - José da Silva Picão - Através dos Campos

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Versão OCR - Esta obra, cuja reprodução é a da segunda edição, foi elaborada cerca de 40 anos antes desta data (1947). A sua primeira impressão foi saindo em folhetins de um jornal elvense, uma vez que o autor era de Santa Eulália, freguesia de Elvas. Depois, foi editado pela primeira vez entre 1903-1095 sob a responsabilidade de António José Torres de Carvalho. Rapidamente esta edição se esgotou, havendo a necessidade de se fazer esta segunda. A segunda edição contou com a participação de João Corrêa d Oliveira no Prefácio, de Domingos Lavadinho na Bio-Bibliografia do autor e de José Nunes Tierno da Silva (editor) na Introdução.

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J OSDA SILVA PI cAOAT RA VSDOSCAMPOSJOdt da .As lavouras pe quena s ocupam menos gente, como bastan t e maio r nasexcepcionalment egr an des, quesusten t adoisabeges, t rs guar da s, et c. Desdeopequeno l avrador - o cbarepe - de duas ou trs j untinhas e mei a dzia derezes, ataoagricul toropul entodeSOa60 arados emuitos enumerosos reba-nhosde t odas as espcies - h margem parah i ptese s t ovariadasedi versas,que paraocas opresen t e a proveito aque melhorr epresentaa culturaex ten si va.Omai ornm er odel avourasocupasemd vida menos f amliaqu eo refe-rido, mascomonasdeentreessama io ria noh, pelomen os, umaqueexecutetodas as prtica s esistemas das gr an de s ca sas so es t as quemeservemdeponto dereferncia, porque, repito, snelasqueseen contr amt odas as nume-tosas enti dades queconst it uemema bsolut oopessoal agrcolo-pecurio de umquadrocompl et o. A soutrasm enores, embora importantes, cadaqual restrin-Aesea determinadas es pecialidades, o que lhe reduz bastante o nmero deocupaes.SOLDADAS E SALRIOSHsol dadas deduas classes : uma e rrtigu, tradicional, exclusiva do s criadosde ano, de penso. Compreendeverba emreisevr ios acneAas ou avenas decobiado apreo com searas, po naera, l en ha, pegulheis, etc. O quetudo sedesignat ambmporadies, propinas, squidedes, forras, etc.Aoutrausan a, desol da daa dinheirosomente, restringe- sea uma quantiafixaem reis , e estmais emvoga para comos t emporeiros men sais. e algunse ano sempenso devulto.Os vencimentosemr ei s, aindase baseiamnumastantas moedasdeouro(valor antigo de4$800), unidade s deh muitoabolidas masqueparece eterni-zaremsepr -Ier manos aj us t es doscriados delavoura. Principalmentenosdeano. Nosdetempora daemesesj seconvencionapor mreis. E. n osde entreunseoutros, tambmsucede falar-seemlibras, costume quedever perder-sebrevement eporquenuncachegou aarreigar-se, nestaordemdecontratos.Assoldadas comsearase adiesvrias, soas preferidaspelos serviai s,- 57 -AT RAvt s DOS C AMPOSPESSOAL TRANSITRIODoisccrta-ramae r umranchode 20 a 40 mondadeira s ; uma ca maradadeceifeiros-ratinhos(30a40) comos seus respect ivos enri lheiredo res e tardo ;uma camaradade 12 a 20 tosqui adores degado langer o ; um gr upo de 2a 6gadanherosdef eno ; umoudoisroupeiros ; umlanarote ; doi sccr dceircs , u mmelanci eir aoumeloeiro ; umgua r da daei ra; u mse meador; umembel gador :dois valadeiros ; umr anch odemulhere s n oa panho da az eitona e da bolotajUm. assoutueiro " doi s elevoeir os , umperunzeiro, etc.Deste modofica enumerado o pessoal p ermanent e, transit rioe acident alde uma lavoura i mpo rtant e. Si mples en u meraoporque o maisquelher espeitavai largamenteccnsgnedo nasParticu laridades de cada ocupao> .As lavouras pe quena s ocupam menos gente, como bastan t e maio r nasexcepcionalment egr an des, quesusten t adoisabeges, t rs guar da s, et c. Desdeopequeno l avrador - o cbarepe - de duas ou trs j untinhas e mei a dzia derezes, ataoagricul toropul entodeSOa60 arados emuitos enumerosos reba-nhosde t odas as espcies - h margem parah i ptese s t ovariadasedi versas,que paraocas opresen t e a proveito aque melhorr epresentaa culturaex ten si va.Omai ornm er odel avourasocupasemd vida menos f amliaqu eo refe-rido, mascomonasdeentreessama io ria noh, pelomen os, umaqueexecutetodas as prtica s esistemas das gr an de s ca sas so es t as quemeservemdeponto dereferncia, porque, repito, snelasqueseen contr amt odas as nume-tosas enti dades queconst it uemema bsolut oopessoal agrcolo-pecurio de umquadrocompl et o. A soutrasm enores, embora importantes, cadaqual restrin-Aesea determinadas es pecialidades, o que lhe reduz bastante o nmero deocupaes.SOLDADAS E SALRIOSHsol dadas deduas classes : uma e rrtigu, tradicional, exclusiva do s criadosde ano, de penso. Compreendeverba emreisevr ios acneAas ou avenas decobiado apreo com searas, po naera, l en ha, pegulheis, etc. O quetudo sedesignat ambmporadies, propinas, squidedes, forras, etc.Aoutrausan a, desol da daa dinheirosomente, restringe- sea uma quantiafixaem reis , e estmais emvoga para comos t emporeiros men sais. e algunse ano sempenso devulto.Os vencimentosemr ei s, aindase baseiamnumastantas moedasdeouro(valor antigo de4$800), unidade s deh muitoabolidas masqueparece eterni-zaremsepr -Ier manos aj us t es doscriados delavoura. Principalmentenosdeano. Nosdetempora daemesesj seconvencionapor mreis. E. n osde entreunseoutros, tambmsucede falar-seemlibras, costume quedever perder-sebrevement eporquenuncachegou aarreigar-se, nestaordemdecontratos.Assoldadas comsearase adiesvrias, soas preferidaspelos serviai s,- 57 -ATR AvtS DOS CAMPOSembotasuj eitasacontingncias. M asnojososeconhecea sorte, dizemeles. EportantojoAsm, arriscando-se s eve ntualidade s. Senumano pe rderem, outrovir melhorque osi ndemnizeemcheio. D epoi s - ea qui quees t obusilis-nos anos t ort os, emque i ulgam sa i r -se mal por as searas mostraremmauaspecto, t r ata ma te mpo de melhorar a sua si tuao, pelo menos al guns. A por maroouabri l, aquelesa quemo caso se anutasrioequ en o t mcon-si der aesa s uar da r , a balama pretexto de qualquer coisa, ou se confiamnabenevoln cia do amo fazem- lh e chor adei r a pedindo lhes ga r a nta a searaemcert a quanti dade, umpouco inferiorproduo mediana. Oamo anui, seestimaocr a do, e tudosecon cili a, tantomelhorque sea colheita exced eaoconven-cionadoega rantido, oexcessorevert eparaoservial.Variam as eoldadas an uais e especialmente as dos governos. O s que a sarrancamma ior es, gan hamdeseisa dozemoedas, searadet rigoou de centeiodeseisadezalqueiresdesemeaduraededois aquatrodel egumes. Emais 40a90alq ueir esdep on a eira, lenha, forrade gua, etc. C ent ei o n a eiraouemsearas, emlugardetrigo, s seusa nafreguesiadeSan t a E ul lia. onde sen ocon cedemsearas de legumes. massi mdemelanciai s, cultura vul gar ssimanos tio.A s decereaissemeiam-se comsementefo rnecida pelolavrador. que ar eceben afuturacolh eita. Cultivam-se como 8Sdoamo e custadeste n a t orna docost umedarespecti valolha. realizando-sea semen t eir a e ceifan o meado dascorrespondentes pocas. malhaou debul haefectua- se n ofinal doperodo daseiras. Amondacorr epor conta dointeress ado, levada a efe itopor mulher es desuafamlia. ououtrasaquempaga.P ara as sear asdel egumesn ohtornas especiais. nemolavrador contraioutroscompromi ssos al mdeas lavrar , seme ar erecolher , quandoecomo lh ea praz. Ocost umedas sear asde tri goou decenteioest quase r estringido aosabeges. T eminconvenien tes paraol avrador mast amb ml h ea sseguravan t a-gens. Dos abeges queas ganhamh a esper ar mai or zeloe estabilidade doquesea sn ovencessem. sesrinh Oeloqueliga oservial ao amo. E este concedendo-lhaemsoldada associe-ossuasprosperidadesedesventuras.P or outrolado. cr-se comfundamentoque u masearade qualqu er criadojunt a na eira. emr iihero, arrumada do l avrador (comoseusa) torna-se umbomsegurocontraincndios. Emprimeiro lugar h dapartedopossuidor, epor inter esseprprio, maiorescautelas; emsegundoa malvadezdosincendi-rioshesi taedesist edos propsitosinfamescontrao lavrador quandosabe que.lanando-lhefogo seara, vai igualmentedesrr ulra docriado. que no odeia.r. ento. paranol azer mal aumpobredeixadesevinAar norico. S e deixapor que nemsemprelhesvemos escrpul os .DasoutrasacheAas, asquepersistemmai s. so Oponaeira, a lenha. etc. sr estantes, comofo r r as de guas. vacas, ctc., limitam-se a deter minadaslavouras antigas, ondeseconser va mpor respeitode tradio.- 58-ATRAVI!. S DOS CAMPOSEmresum o, quantomaior valorrepresentam as squidedes menor a verbaem dinheiro. E m cada emprego predomina determinada orrs, comofris areiem suaaltura.Outraadvertncia : as usanasa ludidasnocontendemcomosAansderos,cujas soldadasecostumesdivergemsensivelmente.P or est a eout ras1'8ZeS omitopor agora os vencimentos ecos t u mes detaiscriaturas. Adiversidade dasuaprofissod-lhesdirei t oa umart180prprio d eque oportunamentet rat arei.pocadoajuste Os cri ados d e ano, entrame enci mam pelo 5 . M a t eus( ~ 1 de setembro), fi mep rincpio doa no agrcolano concelhode E.lvas e parte dode A rronches . N adeCampo Mai or a 15 d e a gosto enoutrospelo . 5. M i guel.Como quer qu e s eja, queles de que s e pretende a continua o, o amofala-l hes, pe rg untando- l hes se ficam ou no. O consul ta do, se d es eja ficar,responde : - . S edasuavon tade, :6. co. E noquer endo, diz : - Nosenhor;c.omigonofaa conta,Peloqueol avr ador t ratadea comoda r a tempooutroqueosubstitua.Nocasode ocriadopedira umentodesoldadaouo amoreduo, a mbos seent endem oportunamente e decidem qualquer coise. A rebaixa de soldada,toma- aocriadocomosintoma de descontentamento ou enfado do l avrador enessaconvi con oa a ceita, despedindo-se. Queoshqueseresigname vofi cando. Massoosmenos.S oszor rasmat reiros.Notermode Elvasdapraxe os lavradores fa l aremouapal avraremoscriadospelasvsperasefeira de Barbacena(8d esetembro). S ea t entonadalhes diz, suben t ende- s e queos no quer. E. por conseguinte, os esquecidosprocur amnovoamo.A pra xe est a j no u sada por todos os lavradores. Algunsadoptaramosistemade no . fa la r em aos que os vms ervi n do. Mas para que saibamocostume, previnem-nosporumavezdequeosdespediro a tempoquandolhesno convenham.Aoscria dosantigos, que, porseus m erecimentos ouparticularafeio, seCOnservam n uma lavoura20 e 30 anos, a dquirin doforos devitalcios, olavradorno lhes fala, tocertoest da s ua permannciaededicao. Elesnemporsombras se consi de ra mdespedidos ou desfeiteados, antes tomamo silnciocomotestemunhodeconfia n a eamizade.Quaseseconsider a m pessoas de famlia comodireito edeverdea servi-rem atmor te. Existemal guns de permanncia t o a n t iga que, por assimdi zer, viram nascer ' osamos, tendo-lh e s ervi do os pai s eavs I Curiosacena.obser var umdesses velhot es qua n do os patres s e zanga m comeles. Entreoutro. arrazoados, sai-lh es os eg uinte :- Olbelmeuamo: quando vocemecnasceujeucestava . .. Temdeme 8guentar, indaquenoqueira.- 59-ATRAv t s DOS C AMPOSOupOIoutr a : - cOradeixe-sedecoisas . . . quemmecomeuacarneh-deroer -meosossos / ... E. oamo, ouve, cala - seer i pa taconsigo . ..Vo r at ean do essa s boa s cri at ur a s, modelos de probi dade e abnegao.credores de respeitosa est ima e ampar o. V o desaparecendo e infeli zmen te,quaseningumos substi tu i . O s n ovos a cu samuma tal i nstabilidadeeindife-renapelosamos. quepoucoscriamraizesemqualquercasa.* * *Comodi sse, so osamosouseus representant esqu emacomodamos cr iados.O squet me desejamconser ve r, eai nda os estranhosqueprecisama dquirir.Quant oaosquesaemde uma lavouraepensamservir nout ra, par a ondeningum lhesfalou, usa-se iremel es catade arranjo. oferecendo-se etra-l an do..se comOnovoamo. Masta n tol avradores como serviaisnosedi rigemlogodir ect amen teunsaosoutrosparaoefei t o doaj uste. Emdadas circunst n -eias onegciocar ecedesegredo para qualquer dos contrat an t es oupara os doi smesmo, jporqueol avrador suspeitade um colega comanlogospr opsitos,jporq ue oserv or eceia noobter olugar cubi adoedepois car t a mbmsema quele emqu ese emprega. C omo os ces de Borba . . . C oisa prov vel seOseuanti go amosouberqueprocurououtro.P or consequnci a, quandooco r remtai s d v i d a ~ e receios. servemdeinter-mediri os nos perliminares do ajuste os serviais de confiana que ncam'lcomoabego, mai oraldasmulas, etc. C omi ssi onados estes que sepelam por taisincumb n ci as . T od osa aceitam, procurando facilitar ou impedit o contrato.con-f ormeos sentimentos que nutrempelofut uro camarada. Oamo d- lhe o devidodescont oe fazoque lheparece.t dosbo ns costumes n enhuml avrador srio desafiar criados deconfian edeout r em paraos empregarn amesmaousemelhanteocupao. Oestilo mandaq ue sse falena mar pr pr ia a que m sesabe ou const a quesai. Antes enou tr ascircunstn ciasfei oed nas vi stas.Mas se n odecorrer doan oumlavrador precisa dealgu mpar a pr eench ervagaext raor di nr iaeparaisso selembrade umjeit osoacomodadopor foraemob riga odecategoriainferior, pede ao amo respectivo lhodispense. e s depoisda ced ncial h emandafalar. Oprocurado. se sabeon de ca em8Scoi sas(sercorts) noseajustadefinitivament esemterumaat en ocomoBrno antigo.Naregioelvense qu an doumservial se a justa efalanoa ssunto, di z: -Est ouacomodado. ( ou tretedo),N outrasvariamdetermo, exprimin do- seassim : - E st ouconcertado. Demaneiraqueacomodare concertar signji cam em dialect orural al entejano, oajustedoscriados comoslavradores... .. ..os anuais. seguem-seostemporeiros, Paraoefeit odasuaacomodao oanoagrcol a divide-seemtrst empor adas : a pr im ei r a - a dasementeiraouto-- 60-ATRAVS DOS C AMPOSnal - pri n cipia pelo S. Mateus (de 21 a Z;l de setembro) e li n aliza ai pel..SenhoradaConcei oou N a t al.;a segunda - a do alquei veesementeirasdetremeses - pri ncipiaimediat a men t e out rae t erminan ocabodemaio; a ter-ceirae ltima - a doverooudas eiras - va i desde o comeodejunhoat20de set embronoite.Atemporada doalqu eive u sa-se subdividi -la em duas pocas : a primeiradesde o comeoatfins de Ievererooumaro, qua ndomui t o ; asegunda todo-o perodotestan t e. Asub-di visot empor nico :fima diferenado preo pormensalidades - menos n a p ri meira pocaemaior n asegunda.Eisos preos correspondentesstrstempor adas por cada ganho ems:Sementeir a: - 4$800 a5$500 rei s. Alquei ve : - 3$600a4$000 r eis de deze m-bro afins defevereiroe4$500 a .5$000 r ei semmaro, abril e maio . Vero -cinco mil e quin h entosli se is mil r ei s.P r eos estes que se referema 8anhes rasos de mosei ra e noaos demaior esresponsabilidades, quevencemmaise emproporo com a im port n ci adoencargo.O ajusterealiza-sedias antesdatemporadaoujemprincipio. scontas-ou pagamentos finais, efectuam-senoprimeirodiaferiado subsequenteaofimdapoca, exceptonosquerespeitam doveroqueinvarivelmentetmlugarno dia 21de setembroounavspera noite. Assim como aos anuaisdepensocostuma falar o lavrador, os de temporada so apalavrados e justos pelosf*overnos respectivos (comprvia autor iza odoamo). D emaneiraque aos*anhes falaoabegoouosote, eaos carrei ros, omaioral dasmu las. Opreo ounoestipuladonoactodoajuste. n tigam ent et odos seacomodavamsempreo, sujeitando-se ao que 05 lavradores fizessem no fim. Hoje adoptam-seoutras normas mais racionais. Ou se a comodam apreo f ei to ou seconven ciona: P B ~ 9 . t e receber pelomaior que seabradeentreos daslavourasvizinhas.Par aoservial oajuste fixoe antecipado no passa de uma fico. S e depoissubir paraos companheirosdamesma lavouraou dosde outrasprximas, eleabalaouexigeoexcesso. E. noseestranhapor ser co r rente. Ocriado pobree no podeperder.Masse sedero inverso, isto, seo amoajustar por exemploa cinco milreis, e depois outros pagarema quatro, o dos cinco temdecumprira palavra.No sercoerentemascorrente. Eporisso tambmse noestranha. pro--psito: notando-se um dia em palestra de lavradores, esta faltadereciprocidade,umdos mais velhos, observou com esprito:- N s tratamos, mas eles oscriados)conversem.Portantoasfal as. delessovozesaovento I. . .Anuais e temporeiros, embora se ajustempor pocas fixas que embomdireito tinhamobrigaode cumprir e encimar, abalamquando queremporfuti lidades e caprichos, sematenesparacomos amos ouquemos representa.P or isso05 queassimsaemnotmdireito a receber a soldadavencida antesdod iadascontasgerais.Oschamados governos s par t emo an o por motivoforte, excepcional.- 61-ATRAvtS DOS CA MPOSPorseuturnotambmolavrador precisaescudar-seemrazesimperiosas'Parapeloanoadiantedespedir qualquer, semincorrer nas censurasgerai s. Masseema n daembora algumpaga-lheimediatamentesemaguardar pelocabodoanooudatemporada.Enqua nt oservemepeloaDO Iora, todos os criados obtmdo lavrador osabonos dequ eprecisam, correspondentes s soldadas. A lguns chegama estaradiantadoserarossoosquenopedemporconta.D osque vencerampOI inteiro, semabonosnemdias perdidos, diz-se queganhar ama sol da da direita. Sop oucos. Amaioria chapavencida ... chapaderretida. P orest a eout ras circunstnciasdefcil intuio, cadalavrador temoch a mado livrodos assentos, on de procedem inscriodoscriadosecorres-p ondent es soldada s. t endocada inscriocolunas prpri a s para a anotaodosabon os e di a s perdidos. Com este livro, tudo se explica ea clar anoa cto dascontes .* * * oaproximar- se oS. M ateus as parolices n asherda des e al deias versamprincipalmen tesobreamudan a ou con tinuaoda famlia anua l n as lavou rasdostio.Sobre tomoment os oepalpitanteassunto, fa nt a siam-secon jectur as, auge-rem-semexeeices, a volumam-se despeitos, p ropala m -se boa tos e inventam-sece.rapetes, tu do a prop sito de saidas e ent ra das do n umeroso pessoa l queentoencima.T odos os queser vemnocampo ( e at os estranhos) quer emsaber u n s dosout roseda oa cer vo depetas que voamde her dade emherdadenumt orveli-n hod ecomentrios. T a ntos e inven tae fantasiasobre este assunto, quepocaessa cham am-lh e o t empo dS 5 m entiras. 5 . M a t eus porta, trapacices scarradas.Masasmentirolas sm ed ramatao di a de conta s, emquetudose es cla-rece. G r an de dia ; com que i mpa cin cia se a guarda I A:finaI, cheae, . comodisse, a 21 des etembro.L ogoaonasce, dosol, osde ano, que saem, l argamas ocupaes de queimediatamen t et omamposse os que entramde novo. P ossea penas, q u eo diaconsagra- sesconta s.Dem an h cedo(senode vspera n oite), olavrador assentado banca,munidodolivr odosa ssentos e dafolhinha, faza s con t asaos cr ia dos, pagan doa ump orum, ma nei r a quevochegando. O sque p el ose ucomportamento ouservios es peciais m ere cem galar do, costu mam r eceber maior ou menorgor-geta, queseds egundoa ocu pao,omrit oe es impati a . Osgr a tifica dosusamdizer: - M euamot eve umolhamentocomigo.O a b e ~ o e o maioral das m ulas a ssistem r espect ivament e s dos seussubordinados paraesclareceremq uaisqu er d vidass obre adiantamentos e diasperdidos. Seassim. mesmosurgealguma ques e n o co n segueaclararresolve-segeralmenteafavor do servial para cor ta r atritos.- 62-ATRAvk:s DOS C AMPOSOsquesaemabem, quandorecebema soldada, dizemparo. olavrador :-Queiradeseulpar meuamo, s eonoservi sua vontade. O lavradorres-pond.e comojulgaapropositado. E seficacomsaudades dele, acrescenta: - Vaicom Deus . . . a portaficaaberta . Fee- Ib e perce ber quepod e volta en aprimeiraoportunidade.Outros cria dos re cebeme cumprimentam comas seguin t es pela vres e r-'Nosso Senhor lhedmui t op alader a ganh ar aospobres. Oupor este out romodo: - . Deusnosdsaude, meu a mo : a vocemec paraodST, ea mimparaO ganhar. E oamoredarg ue-I h e : - . O br igado. D eus te o ua>.Seal mdas soldadastmrecebi do doamo quaisquer favores importantesusammuito da seguinte frase: - cN05S0 Sen hor l he pague. que eunosoucapaz. - Ecomonocapaz, endossaa le t ra Divindade, :ficandoqu itecom oamo e deconscinciatran quil a para no mais se lembrar doobsquio. Inter-pretaochistosade umfalecidolavrado r qu e muitosfactos corroboram.N o obstante claroque agradasempretodaequalquer expressoder es-peit o e reconhecimento, porbanalqueseja. Os cri ados antigosnoseexi memao cumprimentodessesdeveres. O s novos j afinamnoutrodiapaso. Omaio rnmeroe$tnast in t as. parasemelhantesetiquetas. U lt imadas as cantas todos se vemcomOse u peclio. Mui tosvo1080pagarorolaosapateiroe os bicos quedevempelasvendase lojas. t umdiade pagament osecobranas emque odinheirogi raarodon asaldeiascomo emnenhumoutrodoano. AbenoadoS. Mateus I. . .tardeou nodiaseguintedemad rugada, a mos e criados t od osmarchampua a romaria efeiradoS.Mateus, emElvas. O s serviaisvocelebrar comfol guedose farneis omourejardeu man ointeiro. A li , nossubr biosdeE l vas,no Senhor daPiedadee no rocio doCalv rio, expande-seemgruposmulrccres,um povo trabalhador, n alegtima folgana d e h orasfullidias que lhe parecemminut os. Juntodoschurries e ou t ros ca rros t a padosque pejama te r rado.estendem-seos panos alvssimosecome-sefarta. emgruposdefamlias, comntimasatisfao. noi t er egressamaoslares, ea 23, demanh, i niciam- seaslidaselonovoanoagr cola, volta ndotodo s aoshbitos no:rmais.Os mooscomeaml ogoa pensa r na pnd egadoS. Mateusquevem.Sal ri os Regulam-se pelos seguintes, po r da e homem : D e 21de set embr oa 8de dezembro(sementeira)160a 220r eis. D e9dedezembroafimdefeveteit o(primeira poca do alqueive ) 120 a 140 reis. D e maroamai o,inclusive(segunda poca do a lqueve) 160a 200r ei s. D e j un hoa meados deagosto (eiras) 160 a280rete. D e meados de a gost o a20desetembro(palhas edesmoitas) 140 a 180 reis.Ojornal vence-se di amente, ma s est ipula-se e paga-se sseman asouqunaenas. O tr ato por quinzena de trabal ho seminterrupo do doming o- 63 -ATRAV t.S DOS CA MP OSintermedirio, usogeralduranteass emen t eir asetambm n otempo das eirasem algumaszonas. Norestodoanoajusta-se e paga-se no fimdassemanas eforne, fixapo r cada dia, pagandoo lavradorou oabego, seest e recebeudoamo. Como quer que sej a o a bego assi ste ao pagamento e, sendo preciso,informa dos diasquet emcadajor n alei ro . omesmo tempo. 80ent regar-lhesa [orrredespede-osl ogo, se05n oquer, Masse pel ocontTrioAin daos preci sa,troca impresse scom el es. para lhesconh ecer o prop sito. Cost umeir a banaldesi mplespalavriado. S depois, pelodiafo r a e tarde. nas t aber nas e pon tosde r euniodasal de ias, queebegfiesesot asfalama precei to gent ede queprecisam, abri ndo- lh esounoopreoporque h o-de sair.Notempodassementeirase D Odovero demorado oaj ust e. Otrabalha-dor, ou sse decide ltima da hora, aguardando maio r ofer ta, outrata-sesempreo, mascomacondiodereceberpe lomai s altoque sepagar. Amaio-r ianosai sempreofeitoe assimmesmoso aceitaquandovquenopodeobter mais.N o ve ro, e n a freguesia de Santa E ul li a, os salrios n o se dett.n.emantesdamanhdodi aseguint ea odafolga, napr aadaald ei a, on deaf amliasejun taadiscutir ocaso. Ali fazempr aa, ouvindoasofer tasdosgovernos.por ent re os come n t ri os de ocasio. Dura isto at s sete ouoitohor asdamanhemq ue sedecidemasairpara onde mel horlhesapr s. Otrabalho pr-ximo, a si mpat iapeloabego, e obomtrato emalimen ta oconstituemmoti-vos de preferncia.C h egados aos ser vios consideram-se just os, mas por qual quer nin ha r iaquebramocompromis so e part emasemana ou quinzena, abalando . surdi nasemse quer participaremao abego. O que s vezes motivatranstorno. Mascomousual poucose estranha, e tanto me nos porq u e os que saemhoj e' deumacasa, dia souseman as depoi svo ltam paral comigual semcerim6nia. E-comoasabaladassofrequentes emtodas, eosquedese rtamdeumas lavourasvologopara outras, subaritu ndo-se assimreci procamente, asvagasdepress asepreenchem. H a penas mutuao de caras, semvantagempara ningum.D e invernoacentua-sea estabilidade. n o se discutindopreos. Vai-se comotempo, queodo. ebibe - umaaveaira, magei sel a ehumilde, queembandosarribaent oaoAlentej o. Depois, dea bril emdiante, quan do vema rola ecanta ocuco, famlia pica-lhe a mosca n o parando em reme verde. Demansa que est ava passouabra va, t obrava, queaosadjuntosdos do mingosesegundas-feira sparaosajust esda semana. por vezes se lhech ama mtouradas.Foradeex presso, es t claro.AUMENTO DAS SOLDADAS E SALRIOSN oslt i mos anos epor efe i tododesen vol viment o da cultura cer ealf era,a ssoldadase salri os tma umen tado bastant e, s endode presumirque aindase elevemmais nosanosde boas colheitas.- 64-PESSO AL D A(E..cuhuru cmmadeiraLAVOURAde CapeI. c Silu)ATRAv tS DOS CAMPOSN ossalrios ondeasubidaseacentuaemmaior escala. S endocomosopagos emdinh eir o, decontado , apenas, adiferena parece maior doque n assoldadasa nuais comoutras avenas. N est as a subida r elat ivamentemen orem reis. Mas comoaodi nheiroseadiciona mforras de gner os, searas e pastos ,cujo va lor tambmse elevou, nodiminui ndo 8 S u nida d es que osr epr esen t am,os venci ment os r especri vos igualmente s e avolumara m, emboracontinuem repre-sentados po rr egal ias idn ti cas san teriorme nte gan has. Ummoiode tri go sempr eummoi odetri go, mas o seur endimento de h ojema ior queoutrora.Eo m esmosucede COma forradeumavaca. d eu ms gua, etc.Comassoldadas a dinh ei r os men te, aaltad-se emproporoidnticado sal rio. Emambos os casos grande, mximo nas semen t eiras ecol heitas,que seelevaa 40% a mai sdospreos antigos de pocas anlogas. Dein ver n otambmsen otaoa umentomas emescal a me nor-20a30 ,'0 seta nto.Olavrador sen sato n o se r evolta cont r aes tamelhoria devenciment os. P el ocontrri o, aceita o fac t o como j ust oe lgiconaact ua lidadeemque tudo valemaisque nos te mpospassados. Oque oagric ultor deploraa escassezdopes-soal para a s fa inas agr colas, que duplicaramou tri plicaramde intensida de,ganhandoemaperfei oament o.Deverosobretudo. seri a imposs vel t erminar as colhei t a sa t emposenofossemos ceifador es das Beiras - os ratinhos, que afluem aos milhares, e asdebulhadoras a va por. s debulh adoras generalizam-s e efaci litam-sedeanoparaano. eno obstante. emcadanovacolheitamaissenota a fal tade braos.e consequentementea subidadosalrio.PARTICULARIDADES DE CADA OCUPAOGuarda de herdades Entidade inconfund vel, essen ca l me nt etpica. Caradepo uco s amigos, emoldurada por su issa s fartas, r espei-tosas, aquadraremcomot od oda estettrrupossante e autoritria.Trazquasesempr emochilascos tasepor vezes cartucheira cintae cara-binaaoombro. Quea espingarda no a u sa const antemente, por lheparecerhast e espaventoso, revela dor de preocupaes de de fesa, que o mundopodec:1assincardereceioou cobardia. Pori ssooqueho me mpara mostrar oque'Podee vale, empunh a de preferncia umnodoso pau ferrado, distint iv oelo-quente do seufamosopoder io . V erdadeira var ade justia, mas dejustia sum-ria, temida comon enhumapelosrat oneiroselospov oados.Oguardade herdades t emcomo princi pal encargo a guar dariadassea ra s,pastagens e montados das her dades sua cont u, cu mprindo-lhe coibir osabusose invasesde todaa ordem, tantodos se rviai s e ga dos de seu amo,comodo dosvizinhos e est ranhos. I n cu mbe- lhe por conseguinte: vigiar comfrequncia dando voltas repeti das e t ro cada s. comint ervalos de obs er vaoatenta - espreita - n as melhores Bvistada.s (out eiros de largos horizontes).Repreenderos ganadeiros que a busampor si ou pel os gados qu epastoreiam.- 65-ATRAVltS DOS CAMPOSA companhar, at sairdaguardaria, qualquer r ebanh o alheioquevde passa-gemede ca nada, apressando-lhe a marcha para evitar logrodepastagens,comdem or a s ceviloaes echupistas. Participar 80amoas faltasdosge nedei.rosedeoutros quelheestejamincumbidos. Largarouguardar terraaosreban hoscomprviaconsultaeassentimentodolavrador. Noconsentirqueosmatei-roslevantemchamia, pl orno, ou8TreAotas deque secareapataoconsumoda casa, ou que representem valor considervel. Governar as mulheres damonda, da bolota eudeoutro servio, noincumbidoa encacregedoespecial.Fiscalizar as ceifas e gadanhas, sobretudo as ceifas, r epa r a n do na maneiraporquevai ocorte, 8 at ada, a enrilbeirao e o aproveitamento das espigas.Cont a r os fe ixesdefenonasgadanhasdeem pr eitada, para dar contaao lavra-d or dascarradasa pagar.Manter emt er mosdereciprocavantagema boa vizi-nhana estabelecidaentreseuamo e osvizinhos, peloquerespeitaaoslimitesdetolerncian a entradaepermannciadosgados deunsnas terrasdos outros.Efinalmente olhar por tudodeque oencarreguem, procedendo comcircuns-peco, probidadeefirmeza.Poucosreunemtodos os requisitos n ecess ri os paraobomdesempenho dolugar. Mas aquele querevela os mais essenciais jgozadaestimadosamos.I stodeguar das deh er da des ocupaoemquese observamfeitiosdiferen -tes, postoqueemtodospredomina anotadevalentiaesisudez.Algunspecamporbriges e autoritrios emexcesso, u lt ra pa ssan do os deveresda prudnciacomf utilidadesquechegama degener aremconfli tos graves.Masa par des t es,en contram-s e ig u almente m u i t os outros d e cri trio oposto, bemorientados,corajosose sensatos. S emalardearem pi mponicesd e estrondo, mas colocan do- senoseul ugar e a srio, r espeitam- nos maisqueos bosM.as petulantesecomi"ch osos. E aindas e v outro gnero, contraste dos doisreferidos. masnomenoscurioso. P er t en cem-I b. eaqueles em que osactos desmentemaspalavras. P nde-ga s, qu enov eml obos pequenos, que sfalamemf erir eesp ancar, mas quefogemsocasiescomoodiabodacr uz. S eporacaso, e contras ua vontade, s elhesdepa r a ensejoparademonstraremoquea paren t am, esquecemlogoa sbra-va tas e e- Iosmansoscomo borregos. E mgeral ta m bmolvidamosdeveres comi gual f acilidade. D o que resulta nocriaremraiz es na gu e rdar ie. M a l se den un-ciam, osamos pem-nos aofrescoparaqu eprocuremoutravida.Quea oc upaob astanteespinhosaea mais arriscada das doca mpon oresta dvi da . T odavi a n enhu ma h to a petitos a e invejada. Cubi a quesecompreende, d ecif r andooenigma.Ogu ar da deherdades, a p esar dos perigos ediosqueorodeiamedas r es-ponsabilidades constant es que sobresi pesa m, goza a omesmot empo de certaimportncia qu e o envai dece. Livr e do rigor dos traba l h os b raais, emque,geral men t e. se empr ega va an t es, p assa a viver de cor po d ireito. ea a u ferirgannciasdealtova l or, comon enhumoutro criado. O quej ustifi caoaf comqueoempregodisputadomals esus pei taavacatura.O l avradordequese presumecarecer d egu ar danovo, v-sea ssediadopor- 66-A TRAVt.S DOS CA MPOStodaacastade empen hos eoferecimentos, a p ontodese sentirper plexoeat-nitocoma preferncia. Por nmes colheouacei ta um, sabendodeantem oqueos preteridosficamdespei tadosequemsabesei ni migo sseus. P el o menosvin-garseo, motejandodaescolhaedoescolhidoemcorocomos quepo r h bitoe sistemase r egalamemr i dicularizaros guar da s naausncia, sej ameles quemfOI. Chamam. l hes impos tores, brut os, p regui osos, et c.E coment am-nosa ssi m:-cParecelhesquet morei n a bar r iga l. .. Barofesimpostores ... j sen olembramdoqueeram. . . Bomof ciomasnejaparamim . . . t enhobomcorpopararrabalhar . .. Estamos noC8S0 da r aposasuvas ...................... .. .. ...... ... . . .. .. ... ... ........ ..... ...... ..............A soldadado guardaconsisten unsvi n t ea trint ae seismil reis po r ano,30 a 40 alqueiresdet rigoou50de centei o, ospastosdeumaguaeos deumaburra, a resid ncia grat ui ta dele e da famlia nummonte pequeno dos docmodo e o usufruto de qualquer qu'in chcso t apadejooucurral6riocontguoparaaculturade umasbatatas, favas, couves , et c.Masoessencial afo rra da gua, que todos solicitam comoprinci pal obj ec-tivo das suas aspiraes. Umagua nas mos de um guar da umt esour o incal-culvel. Tratadaa ca pr ichon as melh or es pastagens e at nossolosde bol ota,essegua, que poucooun ada trabalha, 'Parequaset odos osanosumaexcelentecria muar, que rende80S14mesesn oventaacentoequarentamil r eis.As muaresdea nomais desenvolvidas quea parecem naafamada f eir a demaio de Vila Viosa, soporcertoas dos guardas. A as vendemel escrdn-riamente, se antesl has n oforamcomprar pr priagaardarfu,Na feira citada torna-se curi oso ouvi-los aos gr upos emaporfiasecon-frontossobreosmolos de cadaum.A burra serve-lhespara cmodo pe ssoal e rendimento das crias. pequeno,comparado comodagua, masaindavaleunsvinteatrintamil reis.Portanto, verba emdinheiro, crias eetc., etc., somamumacontinhabemboa, prpria a aguar o apetite dos est ranh os e fazer as delcias dos que aganham. Oquetem sorte coma gua, sai-se emmdia porcentoecinquentamil reis, e anoshque topa a duzentos e arriba. t questode cria. Sefa lha,se se aleija ou morrer eduz-seametadeou menos. Questo de sortetambm.Uma aventura, como eles dizem. E acr esce ntam: - Afort una de u mpobreestnotraseirode umaguavelha.Osguardasarriscamavidanoexacto cumpriment odosseusdeveres, massendofelizes, prudentesecautelosos, vencemtodos os atritos, e jun tamsufi-ciente peclio para vel hice descansada. Con h ecem- se muitos que comprampequenas propriedades.H pormquedistinguirentreAqueles que gan hamo que jdissee quesoevidentementeos guardastpicos, eoutros maishumildesdeguarda r iaspeque-nas oumal pagas, que s vencemquatrooucincomil reis mensa is. G uar dasde emanta s costas. no dizer picarescodopovinho. Comosedissessemr -r-- 67-ATRAvts DOS CAMPOSHomenssemeiranembeira, que s possuempauemanta. Unsvaldevinos,quenadatma perder.Noconcelho de Elvas todos os guardas de herdades possuemalvar deguardarural passado pela municipalidade, oquelhesdodireito deacoima-remportransgressodeposturas. Por esse facto gozamo privilgiodo portedearmas gratuito.As lavouras muito grandes, ou de herdades dispersas. sustentamdois etrs guardas.Abego(dEncarregado principal de t odos os servios desempenhados pelaganharia de que mandante e cabea. Ch avo da lavoura nodizerdeelgwnscampni os.P orqueolugar dealta responsabilidade, olavradorpreenche-ocompes-soacapazjexercitadanoofcio, ou meteumnovo, desembaraadoefiel, quetenhasentidoerevele ebomrisco. A experimentar,entende-se: sed, con-ti nua, e fazdeleumhomem; seno, despede-onofimdoano.Oabegosrecebeordensdo amo. queoconsideraseu imediatorepresen-tantenasfainasrespectivas.Trabalhaconjuntamente comos camaradas, come comeles. maspernoitaparteemcasa. prpria, comoreferi nadescriodosmontes.Notrabalhebraal o seulugar direita dagenteque dirige. mass vezescoloca-senomeioparadar saidaao servio comoseucorpoeodosoutros.Na lavoura toma a frente da piscole dianteira, escolhendo para si as duasmelhoresjuntasdebois.Emgeral noalardeiaexagerosdesuperioridade afrontasasobre08subor-dinados. Deles saiuecomeles labuta, dando-se aorespeit o massemgrandesreserveseatcom familiaridade.N estascircunstnciascompete-lhe:Governar edirigira lavoura prpriamentedita. as caves, acarretas, eiras,desmoitas, etc. Darashorasdee gerra, asdacomida easdasolta. Pra mesa,partirabois, distribuir asmerendasebradaraoalmooeceia nooutonoe noinverno.Intervir naa comodao. abonos epagasdo pessoal, pela. formaque enun-ciei nassoldadasesalrios. ebelhassimnoreparoe assentodos diasperdidos.Estimular Obriodos ganhes. animando-os notrabalho, captando-lhe assimpatias, dando-lhebonsexemplos. esendopreciso, arrumando-lheferroadasat empo. conforme ascrcunstncias. Numapalavra, saber lidar com8 ismlie,l evando-acomseita.Cumpr e-lhemais :Comaajudadocarpinteiroousporsi, proceder armao ouenganchedasenteichaduras, nasvsperas de se principiar a lavoura s Auas novas.h) b C..... po MaJor clllllll-.t-lhptindor. d'll ilo..., o 11 011111 1111 . lIdl 0'0cupfAtd r o 1111 cu:ro - 68-ATRAVS DOS CAMPOSmanhar as mesmas enteichaduras n o local da lavoura, su bst i t ui ndo aspeas partidasou gasta s, por out r as n ovasou concertadas, quedeprop sitohele. reserva. Talhar speiros, corneirasebrochas. do s cour osdestinados reno-vaodaspeiraAem, distribuindo anevecorreemepelagan haria. afimdecadaqual amaciar(surrar ) aspeasquelhet ocam.Encozer os Icrcados de madeira. 1080 q u e set iramdalenha. Preparar osmanAuaise encabar as enxadas. en xades e machados. lembrando a o amoaaquisiodesteseoutrosutenslios. T omaI sua con t aa guar dae conservaodaapeiragemeferramentas. Acudir coma ganhariae com prontido. sejaaquehora s for, a to do oin cn dioquesemanifestenash erdades docmodoounas dosvizinhos, aindaqueest ej amdemal comseuamo.Prestarigualmenteauxlioesocorro aoscriadosda casa quelhoreclamempor motivo de doena. desastre ou morte de pessoas. reses e cavalgaduras.Prover quantopossa socor rn ci as inespet'adas. mandandoparticipara o lavra-dor, se ocasotiverimportncia. E, en6 mdelegar n osora, bcieiroou ganho deano, qua isquer at ribuies a que n o possaatender equeel essaibamdesem-penhar. Como cria do dos que mais se evidenciam, os abeges sodiscutidospor todoopessoal. consoanteassimpatiasouantipatiasdecadaum.Eisumaamostra dessasapreciaes:Do quer eputamdesembaraadoeinteligente: - P ar a gover n ar piscoleseentender de terras. t emol ho e sentido.. . Nenhumlh es dmelhorsaida...sabe-lhe dasvoltase das quedas comoopri meiro . . . Eapurado ... neia comoalguns de mos gr an des queatrapalham, sempreceito ... E paracar r egar I. .. cadacarradacomo slms.ras! . . . direitas comofusos I. . . P oi s n u ma eira que seLhevo risco . .. Elee quaisquer dois gatos voltamumcalca doiron umassopro 1. . . Eentocomapnasunhas. fuma-lhe a venta apassar ummoi-to!. .. Liberal at ali II 1. . . Do sabedor. mas de fraco expediente : - cS ab e mas muitoatadinho ...Um coquinhasque seenfezapordcaquelapalha N o temfi gados paraacharias grandes . .. P oi s par a mandar. nunca se entende ... to depressamandacomo desmanda . .. Do incom pet ent e: - E l esa bel ser go vern o I. . . E. t al h s xser vi os. comopachsste Sempr e contra a direitura. .. a nunca encarrilhar. P aratudo sequer sorte N unca passou de ga nh o rel es e agora a man dar f ami l ha/. ..Valeu- lheopaleio .. . ea s imposturices . . . M asd eixem-no, qu eh -deperder aaceitao I... A contece que semel han t es j uizos sofre m contest ao dos que pensam Ocontrrio, disputasa caloradas. Mas ldizorifo: Cada cabea.cada sentena. . ... .. ..Vale de 150a170$000 r eis asoldada do ahego de uma lavoura grande.E emgeral, baseia-senoseguinte: cincoa dozemoedas, ousejam24 a .57$600- 69A TRAV :t S DOS CAMPOSr eis , duass ear as, umade 6a 8 alqueires de trigooucenteio emsemeadura eoutra de dois a quat ro alqueires d e trigo ribeiro ou legumes ; po naeiraentre 40a70 alqueires de trigoou centeio ; duas ou trs car r a das de l enha;umaou m ei a cabea n a vara; pastos para u ma. gua , vaca ou burra. Emalgunscon cel h os vizinhosdode E l vas. tambmvigor a a f orr adepastos parauma juntadenovilhos.Emcada l a voura divergemas adies dasoldada, devendo n otar-se quepor maior quesej a, n enh uma abr anget odos os porverrtosacima m encionados.O usogeral resume-seem dinheiro, seara, po naeira ele nha. T udomaisconstitui excepoer estodecostumes antigos ca dos emdes uso.S er escusador epetir qu e qua n t omai or o ganho emr eis, menosimpor-tant essoasforras esea ras, assi mcomos easachegas soavultadas, reduz- semuito a ve rbaa d.in heiro. Regra invarivel, sa bida, tanto para a soldadadeabego, comonasd eoutrosserviais.Sota osubstituto do ebegoe coadj uva-o emtudo quepossaesaiba. P or- - suavez o ebego t ambm odeve orientar nosservios quedesconhea.N ostrabalhos coloca-se n a ponta esquerda, e n a lavou ra governa uma daspscolas fren t eda po n t a Buiada.N ohave n do semeado r p rpri o, el equemsemei a eembelg8, ou s emeiasomente. Et ambmseincumbedegover n a rocorte das lenhas separa isso noh encar regadoextraordi nri o.D e ve ro, se as eiras so duas, ele encarrega-se de uma, afinal umaespciede v ce-abegocomasatribuies eresponsabilidades iner entes.Asoldadadosere pode-se computar em80a85$000r ei s, p r ovenien tes daverbaemdinheiroedoponaeira.Emg er a l ocargodes otaservededegrauparaebego, post o queon o s ej aparaos apoucadosqu e nuncatrepam arriba. etuel e que apanha achefatura naprpria casa onde serve, por ef eitode oamodespediro abegoa n t ig o, con t alogocom um inimigo no s euex- superior. Oqua l, despeitado, dizdele osegui n t e :Maroto. . . onzen ei r o . . . no descansou enquanto me n o arreben t ou / ...A lgumo errebenter ael e J. lO> Desabafos do estilo, tanto nocasopresent ecomo em outros semelhantes. Os criados de pen so despedidos pelos amosatribuems empre o despedimento a intrigas dos companheiros de gr a d uao.A rrebentam-nos, dizem.Boiei r o s Cos tuma m s er dois : maioral e a juda . O cu pam-s e na guar da r ia,apascen t aoet ra ta mentodosboi s en ovil h os detrabalhoquecom-pemaboiada, ea inda n osservios d aganharia, comoadiante expli car ei.Omaiorald sefngue-s edoa j uda por se r o princi pal res ponsvel naguar -dariadosboiseporgan harumpoucom ais. F oraistoos direitos ede veres dosdoi ssoanlogos. A ambosepors uaalt ura, conf ormea ocasio, compete-l hesdirigira lavou r an aausnciadoabegoedoso t a.- 70-ATRAVJ'. S DOS CAMPOSApesardeganadei ros, 8S suasreferncias t mmelhor oportunidadeentreos serviai sdalavoura, a que de r est o pertencemtambm. ecomquemestoem maior e mais fr eq uen t e convvio. O facto de guar darem reses bovinas etrabalharembraalmente, explica-sedaseguinteforma: apae centa o da boiada r equer apenas umhomemduranteodia. M ascomoem algumashoras da noiten09 mesesde out ubr oamarosoindispen-sveis doi s. ecomoa boiada trabalha geralmentede revezo, quer dizer ametadede manheametadedetarde. sendoporissonecessrioumhomempara cadarevezo, impe-sea existnciadedoisboieiros emcada lavoura. Enquantoumtrabalha, o outroguardaogado.O ajuda lavra como revezoda manh; o maioral comodatarde. SealavouradesinAelo (o mesmogadoemtodoodia), costumeque geralmenteseusaapenas pela sementeira do outono, e no emtoda parte - ou lavram09doisboieirostodoodia, sendoas reses tratadas noiteporoutroh omem, oueles pr6prios as tratam, revezando-se, comoauxlio de umrapaz - o palhei-reiro.Quandoalavouraest parada (interrompida) e opessoal seempr ega emoutrosservi os, anda-lhesempreagregadoumboieiro quetrabalhacomo qual -querganho. ssimnasemanaemqueomaioral vai paraa ganh aria oajudaguardaosbois, para de pois se inverteremos papeis, indoOajudaparaa maltae omaioral para Ogado.Aosboieiros compete: f ornecere pros chocalhos aogadoemharmoniacom osusos; fazeroca cha oaos bois comtesourassuasouemprestadas; dis-tribuir as j untas pel os ganhes, depois do abego, sota e eles guar dador esescolherempara si prprios t endo o abego a pr i ma zi a. Oaj uda reparte orevezoda manh e omai oral o datarde. pelo que a omaioral quecompetedistribuirosnovilhosde amansia pelosganhe.s quej ulga bo n s paraoensinoe adomao. Eletambm amansa um ou doi s emcadasemen t ei r a, escolhendo-osentre todos.Maior al eajuda, n a lavourae acarretas, cumpre-lhes fiscalizar Obo moumautratodosganhes para coma s j un tas, repreendendoabusos, e indicandoao amoe abeg oa convenincia dedespedir osquesejamsperos o umaldosose conservaros maci os e ge it osos. Cumpre-l hes enfimconcorreremqua ntopcs-semparaobompa ss adi odos bois, erguendo- os a mi udo napastagemepr eser-vando-osdeguas estagnadas.Aprofissodeboieiroa mais penosadasque seexercemnash erdades doAl ent ejo. Mr ment e n o outono e inver no, em que sofrem inclemncias eincmodos taisquemerecemd esenvol vi da exposio.E mprimeirol ugarnodispemde choas nemmalhadasqueos preservemdos temporais I E noastmpor quepr ecisamandar por diversos stios grandeparteda noite, trait eando os b oi s, ora na pastegemdo i nver nadoiroou dacoitada, orachegando-os palha, ou a o fe no, rama, ao alccer . etc. Cadacoisa, oupartedelas, a hora di ferent e es vezeseml ocai salgodistan ciados ;-71-A TR Av t s DOS CAMPOSn un s, com o gado pr eso por horas, n outros. so lta, con for me a poca, ocostume, os r ecursospascgoros, et c.P or conseguinte tendo de es tar deveJa a maior partedanoi te , enrou-pam-sequanto podem. o vest urio comumndi ccionamo clssico pelico, apelica, ossalesl anzudos. ot apa-cu e ai nda ocasacooucapot eaguedeirc deburel. Assimensnmerr edos, munidos do guar da-chuva ez u] (inovaorecent e)e do indispensvel cacheiro (cajado), passama noite de lerte, ex cepto nosi ntervalosdedescanso. O que medei adesde a socegB, ent radadanoit e, ats 10horas. eodamadr ug ada. No tempo resta nte, m a l dor mi t a mcabeceando,setomama s rioa t reitesgodosanimais.Na s horas d e des can so, dor memem qua lqu er abrigada de ocasio, on deacendemIume. , aorel ento. envoltos n a copa, esti cam-se, de formaqueosps, resguardados pelas botas ou sapatos de at anado, recebam o cal or dafogueira., nicomeiodeatenuaremo ri gor dofrio. Mas mesmoent o.. porvezes,inte rrompemorepou soparacuidaremdogado.s10 h oras levantam-no para repastar livremente n o pr p rio inverna-doiro. oupara och egarem palha, ao f en o, rama, etc.D ecor rido o tempo do repast o, costuma-se apa r tar o r evezo da manh.ao da te rde, para assi m em separado descansarem de n ovo. a hora damadorna.E nquantoogadonmedor no, oajuda pegan o competente tarrodecortia,peocacheiroa oom broevai aomonte b uscar a assordaparaeleeo maiora lalmoaremnomesmot arroali arrimadosa os bois.Noa ct odaapartao, sucedeemn oites escurastempes tuosas, f a l t a r um ououtroboi quesees capou ac ossadopelo temporal ouquepor 8u losof ugiuparamel horpastagemoupa raalgu ma f olh a.S eoext r a vi adoper t en ce ao r evezo da manh, pr es t es a irt ra ba l h ar , aoajudacompeteprocur- loetraz-lo imediatamente. D ada a hiptese, a missoconsidera-se espi n h osa, atenta a es curido da n oi te. Mas como se i mpe, oboieirop artea desem pe nh- la, esperendoauxl ionochocalhodo fu git ivo, cu jotoque conhece de l onge como os dos outros d as demais r eses. Semembargopragueja-seemaldiza ofici n a ea h oraemque a ege rrou.Pross eguindonassagas dobodio, aqui seata s ca, almca, adiantetropea,a col esbarra, masl segu edetrouxomOChO, caminhandoe es cut a n d o, es cutandosempre .. . O uveenfi mu mchocalho . . . Escut a . .. o del e, o do slmodioedoqueofezandar s ar an hes, aos baquinzios, al t as h ora sdanoite, escu r a comobre u I. .. - A h boi de um fil ho de curta / . . . j mospagas / . .. - exclamaoencolerizadohomem, apressandoopa ss o, atl obrigara r ezoOboi, ouvindoa quelevo z tosua con h eci da , levantaa cabea, e,instinti-vamente, pri ncipiaa caminhar emdirecos camosdos companheiros. Masoguardado r nolha perdoa. Comolembretedirige-lhenovase mais re tumbantesameaaspo r en t re cacheredes certeiras que alcanamofu gitivo; este, es cara-mentadoer eceoso, abrevia a marcha, submentendo-seemabsoluto.-12-PESSOAL DA LAVOURA(Escultl;Uu de Capei. c Si h.)ATRA VfS DOS CAMPOSSepor ventura no a parece a tez ou r es es perdidas, o infelizai udafi caaindadepior humor. no tanto pel o facto em si, como p elacircunstnci a dequeo malogro dosse us passos d esa cr edi t a-o bastante. Sabe queemchegandoaosaradossemumdos boisdo costume, assuas barbas fi camenvergonhadasdian te da gan haria. Mas tem de s e aguent a r , cu mpri n do- lh e substituir oa usenteporoutroqu e sobejeoupOI umdosdore vezoda t arde.Emta iscircunstncias o m aioral a guar de odiapare. emaclaran do, ir catadarezesrravt ada. comoigualment e farias endodoseur evezo. Encontran-do-a,temodireitodea conduzir lavourapara sea garrar8 0 arado e ser soltooboi quea substitui. I stotraduz u metnque paraocamaIada epor ta n t os emcasosimperiososouporpirre arecorre aesse extremo. Mas ser ecorre aumentaovexamedoajudaqueass imfi caexautorado. h)... .. . .. . . . . . . .. . . . . .. .. . . . .. . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . . .. . . . . . . . . .E nt ret ant oterminaam ed or n s , a proxi ma- se oalvorecer. t a hor ado aj udama rchar como revezo paraos arados, onde tmde chegar antes d e l u zi r amanh. Cedo sempre, chovaouno. Porcc n sequn cinei - l o apostos, de cacheiroempunho a reunir as reses. E pa t a as pr ema n da men t o, solta o clssicoassobio, sinal d e pa r tida, a que os bois obedecem. S ealgumseesquiva, l ogoocachei ro cai s obre ele. l embrando-lhe o dever. E partemt odos, h omens eanimais.Os pa cfi cos ruminantes caminhamdevagar, pausadamente, ao somdoschocalhos. s menges, os csmponil hos, a s s em-serras e os esquiles, todaaloia en6m, compemuma orquestraat raente, que osilncio dan oi t efaz ecoarao longepel os o ut ei ros eencostas. aalvoradado campo, h i nodo trabalhoque pormuitosmi nutos emudeceopiara gour entodas a vesn oturnas........... . . . .. . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . .. . . _ ' .Com o r ef erido, deixo r ela t ados os cos tumes dos boieiros n a poca dasement eiraoutonal. A lguns r epres enta md ev erespenosos queseagr a va mfre-quentement ecomosri gores das chuvas ou do fri o intenso, p rpriodasn oitesgrandes, de geadasdearrepiar .De dezembr oemdian t e, a chegada dos bois la vou r a menos cedo ; masos resta nt es deveres s ubsist emn aessnci a comes cassas va r iantes at pr ima vera.N as l a vouras de si ngelo ou d e r evezo em que os bois se t ratam mo,recolhi dos emca banas, a vi da de boi eiro i n comparavelmente menos incomo-dati va.Mas esse cost ume t o forado com u m n este canto do A l ent ej o, quepoucos ganadeir os l h egozamas vantagens. C omosesabe. preval ecea apascen -tao der egimemanadi o, qued emandasacrif ci oser esist nciasingul ar.Com efeito nenhuma ocupa o h n o campo t o espinhosa e ingrata.Todosserecusaria m a desempenh -las ea via dolorosadasn oitesasprrimas,- 73 -A TRAV :e S DOS CAMPOSemcuidados incessantes, s e prolongasse pelo anointeiro. Felizmente no seprolongaalmdemaro.A primavera eoestio, ga r antema os rsticos boi eiros algumas se manas deboavida , emque s edesf orramdo passado numrepouso tranquilo. D ediaprincipalmente, dormemhoraseh oras, dehan'gaparaoar, sombraagra dabilssimadeazinheirasra ma lhudas. Aparteoperododos aeaeretos, t mentouma temporada de descanso, l egt ima i ndemnizao de passa dossofrimentos.M er ecem-na bem, coitados... .. .. ... . . .. . . . . . . .. .. . .. . . . . . . ... . . . .. . . . .. ... .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . ...Soldadas: s endo a dinheiro r egulamen t r e 84 e 86$400 reis por ano ehomem, ousejaa moedaemeiapor ms. Outros ve n cemseis ou oit o moedas(28$800a38$400reis) e60a lqueires de trigooucenteio. Tendo nas ea r a e pona eira (costume quase banido) gan h am 14$400 reis, sear as de se i s a se t ealqueiresdesemeadurae40 alqueires d etrigoouum moi adecent eio. Nout roscasos f al t a as earaeop onaeira, mascada boieiro ve n ceo pegwlhe.lde umaj u ntadenovi lhos. C adaumcompradoi s bezerros de a no, que vende a os d oi sa n os, lucrando o. diferenadepreo.Oanhes S o os moos da lavoura propri am ente dita e d e outrosser vios,como cavas, a ca rretas, eiras. etc. Acomodam-se e ganham pela.for maep r eosquereferi nasSoldadas esal8.rios.A colectividadequeos agrupad enomina -se8anharia. Ou malta.Saidosdea judasd een t r egues dega do, ou de paquetes, por ve zesfig u ra mnaga n haria r apazesadoles centes de14a16a nos, seoserviod emolde o. t ai sprincipi antes. M asesses g a l u c b o ~ sse consideram gan hes. depois delavraremde efectivo toda a poca de umo. s ementei ra outonal. O s que alEmpassa mporse melhan te provadizemmui t ol ison geadcs : - Estea nojfizu mas emen-teira JI ... Comose dissessem : - Agor a simquesouge nte I . . . r ecebi a alter-nativadeAanho!. . . E n treosga n h es de umacasapodeh aver duas ca t egorias: os depensoeosrasos.D epensio porventurau mououtroan ual quese acomoda coma obri ga-od eemcertotempod estacar par atalou qual ser vio extraordinrio, ou parafazer de encarregado interino por impedimento ou abalada de qua lqu ergovernoefectivo.O srasos, oude m ozei ra, (I) temporeirosed edias, com pema quase t ota-lidade e, emr egra, sempreseocupa mDOSt raba l hosordinrios , so basordens evigilnciadoabegoedosota. S o a massa a n n i ma das centenas deindiv-duosqueses ustentamdasherdades. D elassaemt odos quepormritooufavorascend ema gover nosoucabeas, e nela rastejamsempremuitosoutrosmais- 7fj, -ATRAV t. S D OS CAMPOShumildese infeli zesqu e nuncal ogrammel hor posto. Ogan ho rasosimples-mentemquina de trabalho, para qu e 56 se exi ge robustez e umbo cadodecompreenso. Ganhapouco em relao 8 0 Squeomandam, mas n ose senteassoberbadopori ncumbncias dif ceis. Trabalhase o mandaremefiscalizar em :se odeixarem, como n o t enha brio excepcion al, mandrda gran de e semescrpulos.Dequalquermaneiraemlhedandoa solt e, s pensaemsi, sepensa.Oseuviver t ohumildeeIgnaroquelhen o consen t e cuidados. P ar aque, se est cnsciodequenunca passa de gan ho, sem esper ana de subir I. " E. assimadquireuma r udezade independnci a e desassombroquebastante se acentuaquandoopessoal escasseia. I sto pelo menosnos de ida de adulta, nafo ra davida, quese julgamvlidosparacumtudo. E steeum tudoq ue r dizer que s econsideramaptosa botarmo de todos 09 servios do campo, quesode UiOe costume.Fo ra das semen t ei r as outonais e das colheitas, em que tudo a code aocupar-sen asgan h ar i as, no r estante do ano a melhoriado pessoal deixaaslavourasparaservir dejorna. naslenhas ecavas.Maioral de mul a s Encarregadoprincipal das parel hasde muaresquetraba-lhamao ca r r o, ar a do e grade. Como empresader es pon-sabilidadei mportan te, escolhe-separ a elehomemprticodebest as, cavezado aarrearas, com tactoparadarsaidaaos serviosetinoparamandar. Tomandosuacontaosoutroscarreiras, destina-lhes otrabalho, fiscalizando-os no tra-tamentodogadoen omaisque est ejasob assuas vi stas.P elasua parte lida i gualmente comuma parelha - 8 melhor, namaioriados casos - colocando-senolugardafrent e.Compet e-lhe mais: d ea cordo comol avra dor , distribuira sparelhas peloscamaradas, demodoqueasunhas, geitc ea.rtciadecada um, corres pondemsaptides, instint os ea preodos ani maisquese lhes confiam. Alterar oempar-ceirament o das parelhas q uando as circunst nci as aconsel h em e comprvi aconsul taeapr ovao do amo. S er madrugador nahora deagar r aedes pa-chado nascaminh adas e nalavoura .R eparar non meroe i mpor t ncia dos cerreguio s dos gnerosque rrans-port apor si oupelosseus imedi at os, paradar contaexa ctaaoamo.Cuidar doarraoamentoeli mpezadogado, ebemassim deolevar e man-dar iraoferrador por ocasiodasfolgas e quando seja indispensvel. Fazer ocachaosparelhas (tosquiar-lhesopelo do pescoo), e lembraraolavrador aconveni n ciadatosquia durante os respectivas pocas ( pr ima ver a e o utono).Participar-lh e igualmente qualquer doena, manhaou aleijoqueaparea emumaou outramuar.Amansar asserrej.ras, educando-as compacincia, se nose incumbeaamansiaaoutro. Z elar peloasseiodaest rebaria epela conserva-o dos carros, ca.ngas emais utenslios - cabrestos, burnis, mantas, apeircs,barr igue iras, arreatas, etc. , etc.- 75-AT RAv t s DOS CAMPOSomaioral dasmulasga nh aanualmente umas oitoa dezmoedas, (38$ 400a 48$000 r eis), ummoio e oitenta a lquei r es de t ri go, sear a de t rs a q U 8b:Oal quei res ele legumes e uma ou duas carra dasdelenha, s en otodaa que pre-cisaparaseu consumo. G a nh andodinheirosomente. r egul aapor 80a90$000reis oumaissea penso grande, qu erodizer se t emmuitas parelhas e car-reiras a diri gir.Entreomaio ra l das mul as eo abegot orna-se frequentecertarivali dade,result antede am bos seremgover n os e n omandar umn o outro. O abegoapregoa queas pa r el has comemmuito e trabalhampouco ; omaioralfarta-sededi ze r, queas mulas andams empr eDum sa r il h o e soa r odilhadetodos . . .Ajuda do mai o r a l das mulas os ubstit utodo maioral paratodos os efei -tos. Como ele. t ra balhai gual men t ecomumaparelhaboa, cum peindo-Ib.ecoadj uva r os eu chefe ecamaradaemt udoquelheest ejaa oalcance. G an hauns72a78$000reisanu a is, ou menos emdinheiro ecoisade30a 40a lquei res de t rigo.G era l ment e, oaj udacostuma ea n dar coma pa rel ha que pucha a ocarro,decmodopessoal para ol a vra do r esuafamlia. E sta circust nci a, sepor u mladolhecer ceiaumpoucoas fol S8s d os domingos e o obriga a t rajar mel h orDas ocasiesdesai da s com os amos, po r outro, p roporci ona- Ib.e muit os maisdi as de buen e, desf orrando-se gra n de, com [a rtas comezainas in eren t es ocupao. Sai r comolavr ador es obr et udocoma lavradora, a vi si t arparentes,ou a r om aria s ecompras n aci da de, casopa rabater pal mas. Etantoassimqueoca rreirodeparelhaescolhidaparaessesactos sempre invej a dope loscompa-nheiros.S e por ven tura a missos e confi a aoutro que no seja oajudaou omai oral, mais se a grava o despeito. Sa bem p erfeitamente oque aquilo deixaparaquemgo sta detrabalharpou coecomer bem.Umap echincha , queo arvoradoemcochei r o procuraconservar, efaz en doa s vontades a os amos. Que como quemdiz ser bemmandado, dili gentee sobret udo e fe ioar -se a osm en inosda casa , entretendo-os coml r i a s efestas .Com tais r eq uisit os no perde a papinha de conduzir os amos e vriosadverrtici os, dequ erecebeboas es p rr ule a. Comoonoho-de invejaros com-p anheiros I Estaac umulaodeca rreirode trabalhoasrcola econdutor deca rropara cmodo pessoal , s se usa nas l a voura s pequenas enas mede.nes, N a sg randes, h ca rroecriadoprpri oparatransportedos l a vredores efamilia res.O ajudagan h a unss eten t aedois a se tenta eoitomil r eis anuai s, ou me-n os emdinheiroecoi sad e 20e 40a lq ueir es det rigo.Ca r reiros (1) E mbor a es t a denominaoeeiet omb emcomumsduas entidadesult imamente referidas, emprega-se con t u do de preferncia paraindicar osimedi at os a aqueles, 05carreirasrasos, queandame tra balhamcom(1) M.. J . I ~ ; , o ' , 11... chunmDoacODulhoadoCruo, Alter do Chio. O",lf OI.- 76-ATRA vtS D OS C AM POSparelhas sob a vigilncia e direco dos encarregados competent es. A unseoutrostambmse lhes chama al mocr eves .Cada simples car re iro gan haaproximadamente uns 58 a65$000 ris anuais.Todos, i n clui ndomaiora l eajude, untamos rodados do s res pectivos ca r ros,e todost ratameli mpa ma parelhacomque trabalham. Na pri ma ver a, t empoemque asbes tassesustentamaalcc erou verde, d urante a n oit e, es se t ra t a-ment o faz- se por escala entre t odos os carrei ros, fican do u mde plantoemcadanoite. E demanhcedo. a nt esdeagar r ar em, voceifar o ve rde de queprecisam.N o ms de maio, se as parelhas pa ssa m a s n oit es 8 prado, dormindoecomendoaoar livre no ca mpo, como por part es s e u sa a gora . os carreirospernoitam prximos, ficando um de pl a nto a guar d- las. Se isso se noincumbea gus r daespecial, oque de maiorcon ven in cia .O s ca rreiros e parelhas fol gamnos mesmos dias que os gan h e s, sal voquandosurgemafazeres u r gent es. inadiveis, imprevistos ou extraordinrios.P ar a semelhantes casos no h domingos nemdias santos .Emcom pensa opassamomais dotempo. repimpados nataleirados carroscomos ps noar.nodizer dos seus mulos gan h es, que assimos comentamvendo- os de t almodo. E se vodep . muitodirei t osefir mes, sobreos car ros vaeios, emdoidascorr imess, como usam{requentemente, os out ros qu e mourejamcom o seucorpo, mais lhes gabam o ofci o. Os ga bados vibram. en t oarreatadas t ezassobreasparelhasq ue dirigemea correr ia torna-se vert iginos a. para meis l hesrealaras peos pes equilibristas. P i mponices imprudentes, s vezes funestas Car pi nteiro s O cupam-senaconstruoeconcert o de ca r ros, aradosedemaisalfai aise gti col asdemadeira.Alm dos afazer es profissone s encarregam- se de outros estranhos depequenademora, comopor exemploamediodocer ea l parao moleiroreduzirafarinha, eoseu p eso&0 chegar domoinho. ( 1)O ut r or a os car pi ntei ros comiam mesadolav:rador. H oj e comem parte,alimentaoigual dos familiares do monte, melhor que a dos se r vi ai s docampo.N o veroal mdo almoo, jantar e ceia, merendam s quat ro ou cincohorasdat ar de.Nuns montes pernoitam de portas adentro eml eit o confortvel, ou trosdormemn acabana, emt ar i mbaprovida de colchode l .A sgr andeslavourasocu pamdoi s ca rpi nteiros emtodooano, as medianas,remedeiam-secomumefect ivo. eas pequen as servem-setambmcomumquetrabalhassemanas, alter nada mente, emduasou maiscasas.-77-ATRAvts DOS CAMPOSNa pocadoielqueio(d esbastea machadodasmadeirasa emp r ega r ) Ire-quentea a quisi oext raor di nri a de ofici al adias.O s carpintei r os a nuai s vencema soldadaa 100$000reis aproximadamen t e,e comi ds , cl aro. Just os 8 s eco como s por excepo sucede, gan h am uns180$000r eis po r anooumai s.P orumououtrosistema, set a mbmvencemtrigonaei raeforra de guaoudeburra, adiesdesuma vantagemque56 o bt mos mestres de co n fia n a,deaptides n otrias, - asoldadaa di nheiro, diminui basta nte, mas menos doequivalentetmpor t nci a dosporvenrcs.E tanto quese usa calcular o valord os pastos deuma guaentre18a 20$000rei s. eos de uma b urra a por 6 ou8$000rei s, qua n doesta ver ig u ad ovaleremambosmui t o m a is.O s quetrabalhamde jor nal, semo u co m permannci a fixa, vencem300a 340 r eis e co mi da , ou 500 a 6Soreis secos, conformea quadrad oanoeasneces sidades.O s carpinteiros gozam de certa considera o, j p or serem menos rudesq ue os homens docampoevestiremcomout r oass ei o, j pors edaremaresdea l gu m, su per io r ral miuda. C om o eofi ci e is de ofcio, nor eput a mfavoro trat ament o de mestres que t odos lhe d o. M estres carpinteiros. mas deobrag rossa.., de machadoeenxpara se noconfundiremcomos de obr a:6.na. NoconcelhodeC a mpoM ai or nemcarpinteiros de machadolhe chama m .C onhecem-nos por abeges, dando a o verdadeiroabego, on ome de epeiredor.Coz inheiro ssuasobri ga es d ivergemde u mas pa r a o utraslavou ras. Se o- l a vr a dor e sua famli a residenomonteocozinheiroacumul a asf u n es de ama ssador , sempre queom ovimento da cozinhae amassilho noexi-jamdoi s homens, umparacadamister. S e pormo amoresidefora daherdade,a a c odocriado, comousemauxlio de amassador, sensivelmentemaior emaishonrosa . Porquenestahiptesenose r es tringea fazere ssordaseolhasmastambmo encarregadodomonte, fiel e di spens ei r o d et u doq u enele seen cont radepor tas a d entro, ea i n danoexteri or. co mogalin has, bestasd ecarga,ceves, et c. ssim, a lmda cozinha e asseio das vasilhas, a viamant imentos, recebe af a rinhad omolei ro, entrega raes, cuidadasga lin h a s, dos porcos d ochiqueiro,da. besta. dealbarda. da conduo do l eit ed as ca bras e do Febrfcodo quei j o'respectivo. S epode. vai nas s egun das- feiras aos mercados de Elvas, a venderovos, galinhas, queijos, et c.N est es s ervios coadjuvadopor u mpaquete (rapazdem andados)ou peloamassador (haven do-o), ambos seus suboxdinados. E i gualmen t e o auxil iaasua prpr ia f a mlia, se r esi de comele no monte, como acontece emalgu ma slavouras, embora poucas.Olugar decozinhei rocoma permissodetera m ul h er e:6.lh05 consigonomo n t e, bastantecubi ad oefa zcomq ueoindivduoses u j eitea u ma sol dadapequen anaapar ncia, p ois qu en a r eali dadetor na-segrandepori n cl uir o sus--78-ATR Av tS DOS CAMPOStentodeduas ou t r spessoasmais, oquetra duzbenefcio valioso par a o ser-via.l eonusdev ultoparaoa mo. M as estep rej uzofi ca emparte compensadopeloass eio, ordemeimportn cia da criao de a ves, qu e s e D ota DOS m ont esonde vivem mulheres, incompar velm ente su perior dos s h abitados porhomens e rapazes .Comoquer que s eja. o cozi n h eiro ar vorado em chefe do mont e, j ulga-s ecomr azo creat ura bem cotada. e comot a l t oma certasuperioridadesobr eosqueorodeiam. Istoeo conceitoque el e merece a o amo. de sperta a inveja d acriadagemvulgar, que o malsina quanto pode. M as se lhes prepar a r bema comida. os aleives caemporterracoma defesa ca lor osa dossensatos ej usti-ceiros.Entre os cozi nheiros dos montes encontram-s e tipos curiosos, or iginais.U m conheci, rabuiento por sinal, que tinha pancada para a a strologi a. Almde con hecer e discutir a f u ndo a n omencl a tura popular das est relas, noquefalava todas as noites, - tambmse entret inha comas pr evises do tempo,dandosotaes a os parceirosdaes pecialidade. quil oeram elhorqueoBordad' gua. Pel oque dizi a, di spunhade auxiliares preciosos pa r aosse usvaticnios.Comopr incipais, apontavacert o galo preto, d e crista r omana, o velho burrode lanamento - o Br and o- e a Farrusca,s at orrafei a e aris ca, queseassa-nhavaporqualquer coisa. Assim, emo galo cantando efora de horas, duasnoites consecutivas, emoburroapa recendodeorelhamurcha, eagata s en oarredandoda chamin, d erabovolta dopara o lu me, - palpitava-Lhe mudanade tempo. E sea est es pr ennci osconiugadosr euniaoutros, como rabiarem-Iheos calos, bocej ar e d oerem-lhe 8S costel as - ecoi se como ponta de Oato-ent o, esta va sabi do, era chuva a c ntar os. Se no viesse nesse dia, viri adepois, ounooutroquartod alua. E acrescentava, corr oborando: -As purgasnoobramlogo . . . easl uasf azemenfetotrs dias ant es et rs aiasdepois . . . O utrohavi a combossa par a os ditos enfticos, se ntenci osos, que lhe davamforosde tribunoentreosganhesa quemimpi n giaasarengas. Probo, adouto-radoe parlador, er a igualmen t eforretaesovina. Depois de esta r doen te pertode trsanos, indoaoh ospital comoenfer momendigo, morreuemcas ade umaenteada, cobertodefarra pos, mas comvintelibras nobolso.P orltimoaludir ei a terceiro, veesefedcrdefama, q ueseentretinhaacan-tar o fado e a esgerrede, quandoosafazeres lhopermitiam......... ...... .. .. .. . . . . .. . . . .. . .. . .. . .. .. . . .. . . . . .... . .. .. .. . ... . .. . . .. .. . .Ent reosset via is docampo, ocozinheirodos mais difceis de encontraremt ermos. Noporqueten hade preparar igua rias finas, est claro, mas pormuito convir que esteja prova d e fiel e assea do, mrmente se a cumulaasfunes de encarregado do monte. P or consegui nte, embora seja fcil a sua&C{uisio, poucosreunemospredicados n ecessrios.Asol dadavariaconfor mea penso easvant agens inerent es. Os demuitosencargosede boare put ao, saem-se por 72 a 84$000 r ei s anuais. H -os que- 79-ATRAVI'.S DOS CAMPOSvencemsearadelegumes. obtendoporobsquiooutrade batatas ou favasa r redoresdo monte. dequeelesprprios cuidamnas horasvacantias.nosAmassador Estecargot ambemrequer indivduo probo. comassei o e prtica- doofcio. aqueodesempenhacomacerto. entra no nmero dosqueo amoparticularmenteapreciaedosquemaisprocuraconservar.aamassadorcumpre-lhe fazer tudo que diz r espei t oarmazenao e penei-raodafarinha eaoamassilho, tendio e cozimento dos marrocates(podecenteio) edasperrumas(podesmeaparaces).Estandoolavrador nomonte, tambmfabricaopobrancopara os amos,eoraloparaorestante pessoal caseiro, comocarpinteiros. criadas, etc.N opreparodasdifer entes var i edades de po. e sobretudo no dos marro-cat es, precisatera mxima cautela. abomfabrico impe-se tanto por convir alimentao dos serviais. comopara evitarqueel es os desperdicemeestra-guemde pr opsit o, oque geralmentepraticamqu ando lhes no agrada. Sabe-sequeemomarrocatesendoruim, os gs n hes s6lhecomema cdea. inutilizan-do-lheomiolo. de que chegama fazer bolas que espetamnos chavelhos dosbois, comoprotestode justoe insofridoressentimento.Naactualidaderarssima. semelhantemanifestao. Hojeexistemmelho-res amassadores e todos porfiamemmanipular com apuro. Oque isso noconseguedeixaolugar, se antesonodespedem.A soldada oscila entre 60 a 72$000 reis anuais, te ndo ou noseara delegumes eporventura uma cartada. del enha.Paquete ora pazdosmandados, que seocupa emir aviar encomendas slocalidadeseemconduzi r oleitedascabraspara Omonte,seO bardoficaperto. T ambmlhei nc umbeoacar retodaguo. paraos gastos caseiros. seissonofeitopor parelhademuares, emcarrode pipa g ran de, como geral-mentese usa .P ar a a grande maioria dos seusafazerestrataes er ve- sedeumaouduasbestasque trabalhamde albarda e carga, ou de tiro. emcarrinho de varais.Best iaAasdepoucovalor, quesevemnumafonacomasdiabrurasdo rapaze-lho. C om presunes deescalda e atrevido - burrooumuar quelhecaiasobaspernas, portanjoepaciente queseja, ele o despertar pendo-o ligeiroe sen-tido. Sobpenadeozurzir sempiedadesocultasdossu perior es. Soassim08paquet es. convivncia commuita gen t e torna-os l adinos emanhosos, per-dendoofeitiobroncodosrapazesde menos r oo.M andal et e portodos mandadoe esfrego de mui t os. por vezes se insurgecontraatutela"emaisse experimenta ocastigodeumsoco.N essa altura h-os to atrevidos, q c e no hesitam em responder coma frase de efeito, que por conceituoso, bastante conhecida. aseguinte:-eBatavontade} . . . masolhequeoschspturos crescem, eas azinheiras min-guam . . . o que, s vezes, lhecont estam: - Pois, sim . . . masenquanto OJ- 80-PE SS O A L D A L AVOU RA(E,culturas cm maddra de CapeI. c sn....)J O nquciro: 2 Mulher a. monJ.; J- Ceifdro ; 4-G.JanhciroATRAvt S DOS CAMPOSchsparros no crescem... 85 azinheiras que vogam . . . Ou por outra: -.Est bem .... m as ol ha que os choperros pr ecisam de crlJo !.. . E ento8p3.nhalmaiseste para te ires criando ... queaaz inheirapor oran omin-gua..li> E em seguida o h omem figurado por azi n hei ra , pespegan osupostochapano. umnovomurr o, que mais oenfurece.E st a rudeza de t reto e a modstia do emprego. faz com que o paquet epronto a bo rrea o l ugar. , aos IS anos, mal son h a combri os de homemaspira acar rei roougan h o, o quea6 n al consegue. met endoempenhoao a m ~ou 8 0 9 fi lhos. com quembrinca e melhor se en tende. S e o n opromovem,moscapela certa, bat endoasa s para ondel hecheir a coisamelhor.Opaquet e ganh a en t re 1$800a2$000r eismensai s. S endo muito n ovoe depou:oprsti mo, ven ce1$200a 1$.500r eis.Criadodos cavalos Tratador das ca val gaduras desela egar a nhes, a cumu-landoasvezesde picador, moo derecados edecompa-nhi a do amo, n asj ornadas distantes. a cavalo. Tambmemalgumascasas fazde ferrador, se temluzesdo of cio. Homemen6.rn, de vrias lidas. conhecidopor cri adograveentrea mai oriadopessoal camp ni o, que, seopretenderidi-cularizar oudeprimir, tambmlhechama ceveliste, corno que a confundi-lo eemparcei r - l ocomOIsn erote,Ant es emto das a s l avouras de gra n de moviment o, havia essa entidade.Hoj e, empo ucas ou n enhumas se encontracomoera h30an os. O sencargosin erent esve m-se agora des empenhados e divididos por vrias pess oas. Oensin odospo l dro sconfi a- se a umpi cador dedireitooudefact o; oferradordeprofis-soferraasbesta s, eot ra tador tra tadogado e faz de cocheirose hcaval ga-durasparaocarro de cmodo pessoa l. F or adisso, t endova gar, t ambmse ocupaemt ran smitir recados.Dequalque r modo, pel osistemaanti go oumoderno, coch eir ooucri ado decavalos, oservial esseganhaa entre4aS$ OOO reis mensais, se o servi o pouco. I st o. r e pito, nascasasdos lavradoresgran des, abastados. Nas dos pequ e-nos, nun ca ho uve, n em h, tal emprego.Osafazere s que l h e r es pei tam, e que nes tas circunstnciascost umamse rreduzi dssi mos, desempenham- se, melh or oupi or, e def ugida , comosdiferentescr iadosdomonte, oucomumdos carreiros. Dascavalgaduras chegaa en cerre-ger- seo lavra doro uos filhos, na fa lta, ausnci a ou impediment o do paque t e.Roupeiros So os homens q ue seacomodampelot empoque va i de mar o afinsde junh o, para. a queijeira do a la vo oue l eves de ovel has,istopa r aopreparo efahri codelactic niosdet al espcie.osro upeiroscumpre diriamen t e : irem, embestadeca rga, coadjuvar osalevoeircsnosdois o rdenhesdecadadia; por meio damesma be sta, pr eparadacomgolpelha ecntaros, conduzi r n ela o l eite, dos a pri scos par a a que ijeira ;execut ar comrigorosoasseioecaute la , Ot emper oefa bri codoque ijo, atabefe e- 81-ATRAvt S DOS CAMPOSrequenoes : chapotara chamiaefazer olume; lavar elimpar abarreleira, sin-ChOB, asadas, el guidarese mais utenslios; esfregar o t ach odo a t abefe; varrerel a va r a ca sa da queijei r aj conduzir oqueijo paraos cani os eccbugadores edar-lhesa s voltas elimpezasdequ eprecisem, arejando-os oun o, confor m e8Sci rcunst nci a s, et c. IS e oala v o ou nlaves reunemu ma s 600 ovelhas aproximadamente e oqueijosemoldapelotipo grande. que requer fabrico maisdemoradoecautel osoqu eos ou t ros pequ en os - os r oupeiroscos t uma ms er doi s.Fabricando-se queij o mudo, oumesmogrande. desdequea sovelhas n opassemde300, ba sta um.Para ;; cargoemqu es to. requerem-se homens que almdesabedores, sej amessencialmente esseados : que se l avem{requentes vezes por diaemudemderoupaamtudo. S assimconseguemat enuaro f tido queex ala m, pazefei to daocupao.Cheiro t o repelentee activo qu e de provocar vtimos aoses t r anhos.Umfedor pior que o das sentinas, prfncipelment e paro. quem n o gos ta dequeijo.D os quepreparamcomapurooclssi coq u eijo grande, di z-sequet m boamode massa. O q ue eles atribuem, uns, s suas aptides, out ros, sorte.Quando sobre o assunto falamcomolavrador, ob servam-lhe: - As orte :minhaj masaganncia sue.Se pel o con t r rioo queij o sa i inferior, nenhum roupeiro se con fes saculpado.tribuemoprecal eoaocalibre do ano, ou0. mauolbadodealgumque osquisderrotar!. .. O sr oupeirosdefamaganhamde sete asete mile quinhentosreis pormseumqueijogrande por todaa p oca .,J Leiteiro R a pa zquep ri ncipal mentese emprega, comumabesta, n otransportedol eitedas ca bras, para venda n o mercado devilaoucidade: Comestecarcterexclusivo, ocupaoq ues sev n oscentros delavouradistantesdobardodascabrasedapovoaoaquesedest in a oleite. Nos outr os prxi-mos , desnecessria semelhante entidade, que sesupreperfeitamente comopaquete. Ol eiteiropodegan h armil eoi to cen tos adoismil reispor ms.Per u nzeiro Rapazinhode10 a12anos. guar dado rdos persn os a rredore s domonte . P elaidadeenatur ezadocargo oma ishumilde det odosos serviais.De canaempunho. cumpresatisfeitoasuaobri ga o que, na mai o-r iados casos, degraupara paqueteou ajudadegen e.dero.G anha1$ 000a 1$200r ei s mensais.** *Hortelo Encarregado dosservios da h ort a ou quinta. anexa l a vou ro. I gual-ment eseincumbe de ir aos mercados di rios da s pov oaesprxi-masvender a h ortalia e frutas que sobejam dos gasto s da casa . Vai faz ervendas ou fazer pr a as, termos que i gual mente se empregampa ra Ofimmen cion ado. G an haaproximadament ecincomil r eis men sais.- 82ATRAvt S DOS CAMPOSSemeado r A comoda-seexpressamente paraa sementeira dos cer eai s, arazodeset eou oitomil r ei s pormsoumen osu mp ouco. se con segu eganharta mbmumasearinha detrs ou quatroalqueires desemeadura. comoalgunsobt m.Emcer tas casasevit a-s e aa comoda odecriadoprpr iopara semel ha n t eservio, por Ode sempenharo soteOuoutro criado anual. S ejaqu emf OI, quandoasjuntas na lavouras opoucas. o se mea dor embelg8es emei aalternadamente,evitandoades peaa deumercbel ador.Oque desembaraadoen o embelge, semei a von tade pata20a ~ O ara-dos, como at erras ej a limpo. eemsaz odedespacho .A pesar de haver bastantes campnios q ue se julgambons semeadores aexperi n ciademon st raescasseare mos que realmente oso. P or queofactodesaber repar t ir a sement e po r forma que nascena no r evele defeitos desementeira, habi li da de quepoucos possuem.J mostra ent endimentooqu e tema ce r teza nam oebomgol pedevi sta,subordinandoa es pa l hao s con di es do dia, da pocaeda t erra. Oque s eregulapo r esses preceitos essenciais, muitas vezes se ilude eengana, quan tomaisaquelesa qu emfal taopreci socrit ri o. verdade que s emearemtermosdeasea r a n a scer bemr ep artida, se mexager os debastaoura lo, naperfei odeseelogiar. t orna-secoisa ditt cultosa pelos muit os i ncon venie ntes qu ean ulamoutr anstornamos esforos do semeador, m esmoquandoaf alta n oder i va deimperciaouimprevidnci asua .Consequentemente, os semeador es defamasodisputados pel oslavradoresque, porfi a, procurama comod-los. N o paramenos, seatendermos altaimportnci adoseu pa pel.Embelgador ssimsei n ti t ula o h omemqueem belga para imediat a semen-t eira, medi anteo salrioou soldada deumgauho. Embelger ,signi6.cadi vidir a t erraemr ego spequenos. edes creveremfa choslarga secom-pridas, quesech ama mbel gas. Servemparan ortear o se meado r nadistribuioe espalh aoda semen t e. embelgao f eita coma jangada de ump equeno arado, movido porqualquer besta. Guia-s eouencurta-se segu n do aceidedeterraoua disposioque trazal a voura.Corta-ramas G an h eso utrabalhadoresem pr egados na limpeza das a zinheirasesobreiros. V ej a- se o pargrafo Cortes, do captul oMontados.Melancieira ou meloeiro Encarregadodagu ar daria. etratamentodo melan-cial ou meloal. senode a mbas si mul tn eamen te,quandoos doisestoreunidos, comose u sa bastante, pre do mi n an doopri meiros obreOseg undo .Dantes o m elancieiro ( Ta umvelhot e quase nv l.ido, de m ei a moedao u- 83-ATRAv t S DOS C AM P OStrs milreis pOI: m s. H oje, queos m el endais aumentaramimensode impor-t nciaeextenso - a sua gua r daria incumbe- se a h omem a p to, n o vi gor davida, qu evencecinco mil r ei s por ms e comedo ria s, desde que entraemabri lou mai o, a t 80 leva nt e fin al da fruto, a p ors etembrof ora a princ pi os deoutubro.Cumpre-lhe tambmo s egu i n te : proceder s sementeira s r espectivas, seantes esno realizou a ganhariaououtros ; ressemear as casa sfalidas; des-bastarasmelancieirasdeboanascena e transplantar a sa rredias even t ureira sparaondehajafaltas ; ancinharedesgeemeera t errapor oca sio dacavae 1080atrsdoscavadores; arrendar a ancinho os interval os abatidos por efeit odechuvadas seguidas de calor e vento, e bemassim8S casa s que sofrer emdomesmoinconveniente, servindo-sedosachoparaestasj raspar enxada a ervanascidadepoisdacava: cuidar daextino dosf orm gueiros, r omeira e ou trOSinsectosnocivos, queimandoeenterrandoa formi gaj n om esmo propsitocataramiudooceseemetodo, arrancando een terrandoa s f olha s e matasinvadidasdepi olhoedamela ; descastelar (I ) eca rregar omel o ; f a zerenfimtudoque aexperinciaaconselha para qu eo mela n cia l triunf e d as mil even t ualidade s aquees tsuj eit o.Emtodos os s er vios menci onados, o melanci eiro cost u ma ser coad juvadoporh omens oumulheres, emnmerocorrespon dente grandezadomelanci a l,e u rgncia d os ervi o.No emprego paro. descanso braal, pelo menos enquant o 8 f ormigaaperta. Depois, desdequea fru tacomea a desigualar, q uerodizer d esde que hmelanci asinchadasa distinguirem-sedel onge, aguilhoandooapetitedos tran-seuntes, sediminuemoucessamos cuida dos cul t ura is , surgemosdas colheitaseaumentao da fi scalizaoe guar da . A s col heitas ficamsob a s ua direco,embora comoauxiliodetant os homens con h ecedores q ua ntos sejam p r ecisosparasedespach arpelafres ca. A guar dar ia, tomadaa sri o, obri gaa v igil nciaconst an t ee at enta.Osm el ancieira s erguem nol ocal daobrigaoocompet ent ecboo, com seuscmbr e cbo ex t eri or, onde el e e a fa milia passa ma r esidir. Dura n te o dia , amulhereosfi lhos, so mbra da alpendrada, ol h a mp elo m elancial, a u xili adospel oi ndis pe nsvel cozi n ho. A omesmot empo, a mulher trat a ig ual men tedacomi daeda costura, enqu an to queos fil hos espojam-seeca briola mpelos arre-dores, al amhazando- s e de melan ci a far ta, se porventura jsecol he. E le, omarido, se os cuidados de cul tura o u de colhei ta o no ent ret m, dorme grande. l dentro doclxco, pa ranoite vigiar, mun idod ecarabinaea compa-nhadodo co. E steques etor n aogua rda pri n ci pal. O mela n ciei rapor viaderegraen a s h oras dem enosp eri go, coma espingardaoucomas a rma dilhas d ecepo, caa aslebres, raposas er estant ebi charia, que a p arecemnos ti o. atraidosp elagulodice. Masodanomai orqu emais lhe cumpreevit a r soos fu rtos dos(I ) C'P, r. di.-II1m .I.um.. . 0.....- 8" -ATRAVEs DOS CAMPOSbichosdedois ps. gente nova das ganharias estranhas, quesepelampor d enoite assaltaremimpunemente os melancieis, quandoa fruta escassei a eocalora lembra . . . Seomelancieiraosp ressente grita-lhes delargoeelesfogemj ma sse o apanhamdescuidado, fer ram-lheo co. quandom enos ojulga.Emvindoa abastana, cessamOs assaltos. fruta entoabunda tanto ed-se comtal franqueza , quen i n gu mpensaemfurt-la.Oada n he ir o s T oma m esta os homens q ue, de empreitada ou ajornal e comfe r ramentas suas, p rocede ma o cor t eouBadanh ados fenos. E mr egra n osaemda ga n hari a, mas s i mde en t re osqu e trabalhamcomojornaleirosnas herda des ef or a.Aoa proxi mar- sea poca, os q uepor S8 bedores ou vocaose afei oamsgadanhas, tratamdeseempregar a, paraoq uel argamquaisquer outrosservi-os. Prefernciaquesejustifica,porquenenhuml a bormais r end osose exerceno campo.T rabalhoviolentodecer to, quenemtodossabemexecut a r, m as t am-bmdere muneraosuperior B.out ros de esforosemelhante.Por conseguinte. compreende- seo interessecomqueocubiamos en tendi -dos, eosqueodesejamser, queparaofima quesepropemagremi e m-seaos4 e 6, dequeomais prticooudesembaraadosea rvoraemmeaageiro.Comantecedncia ounaocasio, o menege iroapalavracomoslavradoresos fenos que julga despachar coma sua gente. Emgeral, umgrupode 3a 4gadanheiros, n o podeservir bemmais dedoisl a vr adores. Masosdaga da n h aincumbem-sede qua n to se lhes facul te, importando- lhes pouco acabaremouno atempo. O s Iavrndores p orm, indagamdas for as dogr upoedas casasque j a justaram, e por i sso se r egulam. cont r a t a n do a queles que melhor opodemse rv ir.Afai na daga da n h a duraor dinria mente d esdevintee tan tosd emai oat Ensde junhoo u princpi os de julho. o mximo. Aslavour as de muitos f enosocupam 4 a6 gadanhei ros, n os 40 a 60 dias detempor ada ; ou t ra sd e m enos,basta-lhesdoisa trs emmetade d o tempo. e a lguma s u mou dois. a por oitoadezdias. E. atas hq ued enenhumcarecempor desnecessrios.As empreitadas ajustam-se a 300re.is e comidaouSoOr eissecos. por car-redede 60feixes que, enxutosarigor, pesam4a 6quilos.Este o sistema corrente. preferido pelos gadanheiros, que assim, e emfenos bemcriados e espessos. despacham100e mais feixes pordia ehomem.Nosralos, que ningumtoma de empreitada, usa-se o jornal de seiscentos asetecentos reis secos. De ordinrio, cada homem, no chega a cortar umacartada.psumou doi s diasde t ombado. eestandoenx u t o, o fenoen fei xa do.atadoe enrilheire dopelosprpriosgsdanheiros, shorasdan oit eeda madr u-gada dos diasquen t ese estios.Seestfresco, enfeixa-se a qualque r hora . E se chovea dia-s ea at ada at enxugar.- 85-A TRAVeS DOS C AMPOSEnrilheiradores Saem da ganharia ou acomodam-se expressamente, guran-radc-se-Ihes toda a t empora da dovero por cincooudeztostesmai,gpor ms, sobreoquevencemosganhesrasos.N es tes termos enceerege rc .-sed ecompletar ose rviodas ceifas, reunindo eenri lheirandoos molhos cei fados eat adospel os ceifedo res. C umpr e-lhest eremonecessriocuidadoano lh es esca par emos molhosocul tos en t reos bambu-r ais ea fa zeremboa en el heirec, de r ilheiros 8I8 odesefir mes, que Oventonoderrube.Onmer ode en ril hei rado resr egula- sepelaquan ti dadedos ceifeiros, esp-cieda searaesuas condiesdede senvolvimento. S6ex cepci onalmen t eseca re-cemmaisde dois. emuitasvezes basta u m, coadi uvadopelotardi o.Concludasasceifas, os en r il h ei radores gozam umdiadedescanso, i ndodepoisparao. ganh a raat finali zar ema t em porada.Tardo R a pa zouhomemqueembestaouca va lgadur aprovida de cangalhas,asadas e barris, transporta acomida e guo. pa rat odo o pesssal da ceifa.N osintervaloscoadjuvaosenrilheiradores. Gan haasoldadacorrespondenteidadeeaptides. Coi sade quatromil r eismensais ,e prcximadamerrte.S eosceifeirossop JUCOS, oen r il hei rador r espec tivoacumulaoenca r godetardooumentieiro, quetambmassimlhechamamemalgumaspartes.Molheiros R apazes j ta l udas, aj ustadosoa tempo radadove ropara daremmol hos a os carrei ras durant e o acarreto das searas, indo depoispara agan h ar ia, at aoS. Mateus.Ganha cada. um4$500. r eis por ms, o u po uco menos. Nosaca rretas desearasdi st ant esdaeira, di spense m-se semelhan tesauxiliares. C omoOmai adot emposegastanas caminhadas, soos p r pri os ca rrei rasque domolhos unsaos out ros.Guardadaeira Cost uma ser h omemjdecadent e, maisoumenosi ncapaz det ra balh osvi ol entos.O cupa-se apenas emguardar osrilheirose osmont es decer ea l debulhado. P arata ntodormededi a eveladenoite, n opr opsito de impedi r fu rtos e ou tro s actos de malvadez, comoi nc ndios, et c.Serveenquantose faz a debul h a e ve nceun s 3$600a. 4$500reismensais.segundoosseusmerecimentos e ar espon sabili dade.Queos hq uase invlidos,quega nlmmmenos.* * '!:Ceifeiros parte as ceifas depequena monta, desempenhadaspor mulheres dostio nas proxi midades das aldeias - os ceifeiros ou ceifadores daquasetotalidade das sea ras, so em gerEi1 homens daBeira , quedepropsi toarribamtodos os a nos a o A lentejo par a se ocuparemex clusiva mentena segados cer eais. Veia-se ocaptul oR.at inhos. q ue todolhedi zrespeit o.- 86 -ATRAvtS DOS C AMP OSTosqu iadores Hunspara at osquia de muareseoutroparaogadoIanigero.Os primeirossoes pa nhoisguit s nos que, aos gru pos dedois atrs, tosqui am,napr imavera e outono, 8Spa:relhasdemuares, aopreo de500reis cadauma. Os segundos, os tosquadores de l , emcamaradas deiSa 20indi vd uos, procedemdezonas dar egio, como E.lvas, Vila-BoimeBarbacena,al mde outros de longe, que vmanualmente da S erra daEstrelaeque porisso se lhes chama serranos. Todostos quiam por ajust esanlogos ousemelhan-tes. Emaperfei oamentosoosserranosquep assampor melhores.Desdeofimdeabril at meados de junho(pocaprpria), ostosquiadoresdemor amemcadacasa trs adez dia s, t osquiandoa 20 r eis por cabea. i n di sti n -tament e, oua 20reispelasadult ase a15pelosborregosdeambos os sexos.Ol avradornolhesdco mi damassimO caldoparaasso pasdo a lmoo. eaer vaou pe lha quea ss uas bestas consomem.Cada cama rada temo seu me nagei'ro, que no acto da tosquia ocupa-seexclus ivamen te emenrolar e atar os vel as. Nu diviso dos Lu cr os entranorateiocomo qualquer tosquiador, tendo a vantagemde comer por conta dolavrador, emcomumcomos pastores, e o receber umvelo emcada casa, ouesprtula deSOoa1$000r eis .Manageiro e t osquiador es, durant e o ser vi o, t odos se vest emde cal as,blusasesapatoso rdine.r asimcs, comoos que menosseestragampo r deite datosqui a. Osucoda l suja, emporca-lhestantoa r oupa,queose ua specto n otendal repul sivo e naus eabundo. M as a eles n o lhes causa nojo, t ohabitua dosesto. de s peito da imundcie quelhes escorre pe lofato, interessanteobser-var-Ihesa des trezanomanejar etenircade nciosodas t esouras sobre o l ombodasr eses. s quais, apernadas e silenciosas, denunciamn omei goolhar u macerta sa tisfao pelo alijamento do vel o. t ver-lhes a alegri a com que sesacodeme pul am. mal asdei xamemliberdade.N oaf dodespachoporvezesa tesoura golpeia os pacientesanimais, quesofrememsilncio Odescuidodotosqu-iador. D escuido vu lgarquese remedeiaimedia ta mente. cura ndoa fer id acomful gemdas chamins, de que se fazprviaaquiaio - M oreno ! - gr i ta o t osqui ador, vendo a r ez golpeada - L vamor eno, r espondeomaioral ouqu alquerincumbidode ministrar o p negropararemdiodasf er idas. E. imediatamenteo golpepulverizadocomo tradi-cionalmoreno. Seosgo lpes serepetememex cess iva notoriedade. omaioral elavrador re preendemos tosquiadores.Cordoei ros G ente da Galiza, q ue emgru pos de dois h omens eumrapaz,passam g ran de partedo ano, nosmontesdo Alentej oa fazeremcordas, redes, pri ses, etc., dejun a, ca beloou linho, emquantidadecorrespon-dentesnecessidades, como haja ex-istnca de materialcmabundncia, espe-cialmentej unaque, por ser de f cil e econ mica aquisi o, o que mais seempr egan est e gnerodefa brico.- 87-ATRA vtS D OS CAMPOSTodo o mat eIiaI necessrio pa r a a cor doar i a forn ecid o pel o lavrador.a cabelo proced e do que anual mente se cor ta das crinas e ca uda das guasmanadiasedodespon t edos rabadasdogadov cuum; a [ uno, daque se ceifanasribeiras do cmodo, ou da q ue se obtmgrtis epor paga, n as h erdadesprximas; olinho, po r compra emLisboa. P orto. etc .Os cordoeiro!trabalhamdeempreitada, vencemco midade8SDhoe deter -minada q uan ti a pOI cada obra que despach am. E sses feiti os epreos con stamda seg u i n te t abela:2$0001$000 200 a 240 80a 100 80 a 100 Soa o SO 80 a120 100a 120 15a 20 10 a 1S. Rs.Porcadaredemedianade linho. para carradasde ps l he .lf j UD8 cor da de ca cre ge r , decabel oou linho, de 24metrosd ecomprimento . cadacorda de carregar, dej un a, de 24 metrosde comprimento. t r avadeira,linho, l') 1 2 juna, l')>> XI rolodecorda ordinri a. paradiferentes a pli caes. comocaldeiros, cargas, et c., de 30me t ro sdecompri men toXI cada par dear r eat as, de li nho dzi a deprises, dej una, de;; metros decompri ment o . colar, d e linhoou cabel o. benge l et uVal adeiros G en t e da na.dia e outras t erras don orte que, de out ubr oajaneiro,aparecemn as lavouras do Alenteioparaa briremeli mparema ssanjas ou valas, deque precisamos t errenos baixos pant a nosos. a 6 m deseesgotaremdasguas queos inundamdeinverno.C omoferramentasusamdapestreitaecompridade quevmmunidos, ede uma enxada e p ingl esa , que o l avrador lhes for n ece. E mca da lavouraocupam- se. por algunsdiasoumeses. doisa qua t rovaladeiros, qu et r abalhamdeemprei tadaoua j ornal. o. secooua comida.N asre paraes elimpezas deseoi es j exist ent es, u sa-sede prefernci a oeiustea j ornal, deSOOD 6a 100r ei spo r cada, come-ando-se s onzeh oras da manhn o invernoe sdoze napri mavera .Otrabalhoe osmeiosdias der ec proco. vantagempa ramuitasdasservi-ais e paraosamos. Osa mos, a quemor din r ia men t e escasseiaopessoal, ut i-lizamporessaf orma osbr aosdasques detarde podeml argar as ocu paesdomsti ca s. E elas, asser viais, semprejuzodosarranjoscaseirosedo t rata-ment odos6.lhos, aprovei ta mash oras di s pon ve is, ga nh ando n oca mpo. C omavantagemigualment e apr ecivel de quese enfadammenos e despacha m maisrelativamente doque se trabalhass emt odoo dia. E.m geral as mul heres n osserviosdocampo, por dias completos, a aomeiodiada ta rde sentem-sefati -gadas e por consequ ncia emprega m t oda s as arti ma nhas par a se pouparemquan t opossam. M as comoopessoal pouco, emrelaonosse r vios e o t empomal chega para despacho oport uno, unsl a vr adores adop tamde prefe r ncia ocos tumedos diasinteiros, out ros o das t ardes a pe na s ealguns, osdoissimul-tneamen t e, destina ndo o dos me ios dias para aquelas mulheresque56 assimpode massalari ar-se.- 90AT RAVS DOS C AMP OSP orqualquer dos usos, q uer odiz er, paraostrabalhoscerca daspovoaes,8S dos ranch os saeme r egr essa mdiAri amente ssuas r esi dnci as, emmarchasap, dist ra das. empal estras[ocozas, a provocarem a s riza das juvenis da moci-dade foliana . D eman h, ida, e boqu in h a da n oite, nor egresso, omul h er iosai e en t ra n as aldei as entoando cantigas al egres ao som do pan d eiro e dascastanhoLas. Canti gas deamores. coma tona dil ha da moda .Paraasherdadesmaisa fast adas, osrs nchos contratam-se porquin zen as eaospreos de140a 220r ei s secos, h l o u80a 140 r ei s e comidadeganho. pordia emulhe r. T a mb msel hes f acultacasa par e pernoi tar eme t ra nsporte e mcarrosdemuaresparaa i da e r egresso. E m t ais condies, a mai oriadas con-tratadas sor apari gas solteiras, livres deafa zer es domsticos. emci r cunst n ciasde esta remausentesda fam li a. ondenenhumafalta faze m. E que faa m, v odamesmafo rma , desdeque por l t en ha mos n a morados.Ost rabalhosa diascomple tos. emqua l qc er pa rte, efect ua m- sedesol nadoasol posto. comin t errupo dah ora doalmooedadoj anta r ou merenda a omeiodi a. E st e inte r valodemoradua s h ora s no tempoda sesta, n osmese s demaioej unho. E. n esse mesmo t empo seno do meadodeabr il emdiant e. aocair dat arde, humdescanso de poucos minutos, a pretextode meren dar emsegundavez {t) umacdeadepoequei j o, lere nj as, etc .Asecoou porcomida. aosdiasinteiros ou a os mei os, pertodaspovoa esou distantes, os pre. osmximos acima r ef eri dos, s vi goramde a bril a junho.quandoassear ascarecemde muitamonda ese i mpemout ross ervios . E n tono h.mulheres que cheguem. S eotriplo h ouvesse, nolhe faltariatrabalho.N asceifas bastante melhor o sa l