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Alberto Vieira Email: [email protected] [email protected] http://www.madeira-edu.pt/ceha/ Vieira, Alberto (1998), O Público e o Privado na História da Madeira, vol.II, Funchal, CEHA-Biblioteca Digital, disponível em: http://www.madeira-edu.pt/Portals/31/CEHA/bdigital/madeira-geral/1996- avieira-publicoprivado-II.pdf, data da visita: / / Rua dos Ferreiros, 165 9004-520 – Funchal Telef (+351291)214970 Fax (+351291)223002 REG I ÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA AL BE RTO V I EI R A VOL. II •

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Rua dos Ferreiros, 165

9004-520 – Funchal

Telef (+351291)214970

Fax (+351291)223002

Email: [email protected]

[email protected] http://www.madeira-edu.pt/ceha/

O Público e o Privado na História da Madeira

Alberto Vieira

COMO REFERENCIAR ESTE TEXTO: Vieira, Alberto (1998), O Público e o Privado na História da Madeira, vol.II, Funchal, CEHA-Biblioteca Digital, disponível em: http://www.madeira-edu.pt/Portals/31/CEHA/bdigital/madeira-geral/1996-avieira-publicoprivado-II.pdf, data da visita: / /

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AL B E R TO V I EI R A

o PÚBLICO E O PRIVADO

NA HISTÓRIA DA MADEIRA VOL. II

R EG I ÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

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o PÚBLICO E O PRIVADO NA

HISTÓRIA DA MADEIRA

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REGIÃO AUTÓNOMA DA MADElRA

o PÚBLICO E O PRIVADO NA

HISTÓRIA DA MADEIRA

VOI... II

Correspondência de João de Saldanha Albuquerque 1673- 1694

ALBERTO VIEIRA

SECRETARIA REGIONAL DO TURISMO E CULTURA CENTRO DE ESTUDOS DE HISTÓRIA DO ATLÂNTICO

FUNCHAL 1998

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TITULO O Púhlico 8 O Privado na História da Madeira VoL II, Correspondência de João de Saldanha Albuqucrqllc 16731694

1" Edição 1998

Calecçào Documentos N" 7

EDIÇÃO CENTRO DE ESTUDOS DE HISTÓRIA DO ATLÂNTICO SECRETARIA REGIONAL DO TURISMO E CULTURA

Rua dos Ferreiros, 165 - 9000 FUNCHAL Teler: (35191) 229635/Fux (35191) 230341

INTERNET: http://www.mflllinfo.pllorganis11los/ceha/ http:/ww\\'.nesos.net

EMAIL: cella(!üncsos.llCl

TIRAGEM 1000 exemplares

CAPA Cartas de João de Saldanha Albuquet·que

lMPREssAo O LIBERAL. Empre~a de Artes Oníficas, Lda.

Depósito Legal: 13089198

ISBN: 972-8263-09-0

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n\~TROI)Uç.ÁO

Com cste segundo volume damos continuidruJe ao projecto de edição dos docu­mcntus mais relevantes para a História da Madeira qlle temos eneonlrado nos Arquivos privados e oficiais. No primeiro volume reunimos as cartas de Diogo Fernandes Branco (1649-1652) c agora chegou a vez das de João de Saldanha Albuqllerquc ( 1673-1698), mercador, que foi. governador c Capitão General da ilha da Madeira de 1672-1676.

Tenha-se em alençuo que não 6 desproposito esta continuidade da publicação pois existem ligações dircdas ente os dois protagonistas que foram durante muito tempo parceiros no negócio com as praças e feitorias africanas, como o denunciam as car­tas. Aliús, Diogo Fernandes Bnlllco foi um par privilegiado das suas actividades COIl1-

en::jais com a Costa da Guiné: c o Brasil. Era nosso objectivo terminar por aqui esta obra Illas o aparecimento assíduo de

dOCllmentnção privada da mesma índole obriga-nos a repensar e a dar continuidadf' com o projecto, trazendo a publico a correspondéncill particular de mm·os mcrcau(r L

O presente copiador de cmins consta de 242 fólios apresenta inumeras fólios em hranco c dele nào constam os folias 50vn a 54 e l86v" a IS8v'\ ficando algumas car­las truncadas. O manuscrito foi encontrado por A. Basto em 1889 no extinto Conselho Ultramarino e pertence hoje ao Arquivo Histórico Ultramarino onde se aprcsenla com a cota: cod. 1 !62.

Estamos perante Lima personalidade singular que no excrckio da~ funções insti­tucionais trnta da administração das suas come11das e fazenda, dos seus negócios e correligionários. Deste modo ii mistura eom cartas de carácter privado e comercial deparamo-nos com outros oficiais, fi·uto t!m cada momento das suas funções como governador e capitão General da Madeim (1672-1676) e depois como govemador dc Mazagão (1693-98). As cartas aqui reunidas assinalam três momentos importantes da sua actividade:

1 (i73-1676: permanência no Funchal como Governador e Capitão General em que as cartas indicam uma preocupação com a actividade comercial de parceria com Diogo Fcmandes Branco;

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1677-87: na Junqueira, a sua casa passa a dcdit:ar-st: :1 administração das ~lIas fazendas, aos negócios com África e Bra~il ;

1893-95: Corno governador da praça de \1azagão parece qLle abandona a activi­dade comen.:iul, pois nào encontramos referências iI isso nas suas cartas, pam se dedicar em exclusivo a esse governo.

Note-se um hiato evidente nesta correspondência no período dc 1688 a 1692 e entre 1696 c 1691l, cuja causa ignoramos.

Jofi.o de Saldanha de Albuquerque é filho de Ayres dc Saldanha, comendador de Sevacheira e S. Martinho de Lagares que foi Mestre de Campo nas guerras de Restauração 1\0 Alentejo onde morreu na Batalha de Montijo. Sucedeu-lhe nos titu­los e privilégios este seu filho que em julho de 1672 foi nomeado Governador e capitão General da ilhfl da Madeira, cargo qlll;! lllanteve atê 1676, altura em que foi sub~titllído por Alexandre de Moura de Albuquerque.

Herdou de ~eu pai as comendas e demais bens que administrou directamente enquanto esteve no reino, ou deixou aos scus criados quando CHtl;!VC ausente na Madeira e Mnzagão. Em qualquer dos momentos é patente o empenho pela sua boa administração, como se podern verificar na insistente reclamação de noticia~ c de ori­entações pormenorizadas'.

A sua casa da hlllqucira era servida~'mais de 40 criados o que implicava ele~ vados encargos, quc somados às despesa~ pernamentes da Corte, o tornavam cada vez mais insolvente. Certamente que a sua ida para Mazagão com Governador pode ter a ver com csta situação.

Na Junqueira tinha horta e jardim. Na primeira plantou figueiras e batatas da Mndeira C no seglmdo surgemjunquilhos,jacintos e tulipas da Holanda. Este último rccanto paradisíaco compõe-se com a vinda de canários da Madeira'. As suas deslo­cações à corte fazifl!ll-SC num coche quc mandou comprar no norte da Europa.

O seu governo na ilha da Macieira foi marcado pelo pleito com o bispo D. Frey Gabriel de Almeida, por causa da prisão do deão Pedro Moreira. Isto valeu-lhe mna sindic[ll1cia feita em 1677' pelo deHcmbargador Manuel Dourado Som·eH. Ao ser subs­tihlído nas suas funções regressou à corte onde foi vedor da CnHa Real do concelho de Guerra, depois governador de Mazagào e presidente da cúmHra de Lisboa·'. Do sel1 governo na ilha rOLICO mais hú li assinalar. Apenas um pleito entre a vereação e o juiz de fora fi qm: a coroa apela à sua intervenção·.

A sua permanência na ilha deve ter contribuído pura cimentar o seu empenho pelos negócioH de Áfriea com o Brasil, chillnado a isso ccrtamente pela mão de Diogo Fernandes Branco, mIl dos mais promissores homem de negócios da praça do Funchal na segunda metade do sécuLo XViF. Aliás, após o seu regresso a Lisboa em 1677 este é o destinatário preferetlCial das suas cartas. São negócios em curso e novas op0l1unidades que o preocupam. A Madeira é um eixo fundamental desses negócios. A ilha estabelecia a ligação com as ilhas de Cabo Verde, S. Tomé c a Costa Africana e daí com o Brasil. No retorno smge de novo fi ilha, de~lil1o preferencial do açúcar pum o fabrico das conservas. Neste contexto as cartas têm COlhO destinatário prefe­rencial agentes e autorjdades da Madeira,. Rio de Janeiro, Pernambuco e Baia.

Também as informações lavradas nestas cartas testemunham o tmma das relações comerciais atlánticas. Aqui as ilhas continullm a evidenciar-se como eixos fl111da-

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ll1entai~ à manutenção desses circuitos. Assim são cartas que circulam desde o Brasil pelos Açores, Oll que aí se destinam directamente, tudo isto porque a Madeira, por via de África ou directa estava servida de utlla rede quase permanente de embarcaçõcs. Por aqui se demonstra que as ilhas não estavam isoladas e que o serviço de correio privado funcil1nava com alguma celeridade.

As infonnaçôes sobre a actividade comercial quase que só se resumem ao perío­do de est[mcia na Madeira, isto é os anos de 1673 a 1676. Neste período a sua inter­venção comercial consistia cm produtos da ilha - vinho e aguardente - e algumas manufacluras c peixe seco de importação que se trocavam no Brasil por açúcar e tabaco, sempre dn melhur qualidadc. Os pOlias preferenciais são: Pernambuco, Baia, Rio de Janeiro. A Europa do Norte, nomeadamente os portos de Bordéus, Amstenlão, Ruào c Londres. erel o destino preferencial do açúcar, conserva molhada c casca.

Das suas cartas transparece o movimcnlo comercial no mundo atlfmtico. O desu­sado movimento dos portos do Funchal e Lisboa é prcocupação dominante de todos. Diariamente e~preita-se pela presença de novas embarcações com cartas e noticias de amigos e agcntes e a oportunidade para o envio da pronta resposta. Este afã está pre­sente no quotidiano ribeirinho c de todos aqueles que dependem dele. As~im, nestc conjunto de çartas é possível constituir [) movimento dos pOlios do Funchal e Lisboa. Para o pcriodo de 1673 li 1676 esse rastreio incide no Funchal:

1673 1674 1675 1676 _. __ ... _ ... ._ ...... _- _._.

Permunbuco ..... 2 ... 1 .1 . ........... 3 Maranhão ....... 1 R. Janeiro ....... \ .. .1 .... .2 Baia ......... . . . .....•.•• . . . 1 Terceira ....•. 1 ..• 1 ......... 1 S. Miguel ......••. . . . . . . . . . . . . . I Lisboa .........•.......... . . .1 I-Iolamb .......... . . . . . ••. . •. . ..• ' .1 Ruão ............. . .I Londres .......... . .1

Neste período temos para os anos de 1674 a 1676 o registo de algumas car­regações feitas pelo próprio. Assim emburcou para u Baia de parceria com João Fmtado de Mendonça 90 pipas de vinho avaliadas em 1.774$765. Pernambuco ['ecebe em 1675 dez pipas de vinho e mais manufacturas europeias, nomeadumentl:: tecido~ de diversas qualidades. Já pam Cabo Verde enviou 4 pipas de vinho e 4 quar~ tolas de aguardente em que lima quarta pmie cm do governador desta ilha. A Europa do Norte é o destino de produtos derivado~ da cana sacarino. A Amesterdão, Ruão e Bordcos envia~se açúcar maseavac\o e conservas.

Note-se que 110 ambito das relações brasi.leiras fazem parte destacados mer­cadores locais. muitos madeirenses da rede de Diogo Fcrnandes Branco. De entre estes faz parte João Fernandes Vieira, libertador de Pernambuco'.

Des~le 1677 em Lisboa o nosso prot~gonista 111antem-s~ atento ~o movimento/ _ comercial do porto da Cidade, dando-nos mfornf desse movImento ate 1686' a.~

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1677 1(,78 167~ 1680 1682 16S6 Rio JHneiro . ...... 1

Pernambuco. ...... 1 .1 .1 Baia .. .2 Madeira ..... ... ..4 .2 .1 .3 .2 .1 Cabo Verde .. .. l Cachco ............. .1 Angola .. ............... . . .1 .1 S. Tomé .......... 2 .1 ... .1 Holanda ........... .... 3 .2 . 2

o ano de 1675 é assinalado como diJ1cil para os negócios na ilha. A falta de navios, a insistente afirmaçào c controle dos ingleses do comércio da illw não augu­ravmn bons momentos para os men::adorcs nacionai~. E disso se queixava o autor das cartas em 13 de Novembl'O. Na verdade este é um momento significativo de implan­tação dos ingleses na ilha que os levuní fi uma quase posição dc monopólio. A juntar n isto temos no ano imediato as preocupações com os corsário~, argelinos c france­ses. Deste modo todas as calaclas eram obrigatória~. li carga valiosa como o ouro e prata era distribuída por div~rsas embarcaçõcs, ou então entregue aos barcos ingle~ ses, considerados os mais seguros.

O sell rcgrcsso il wrte desde o r:unchal tardoli algum [empoo Tardou a chegar a fragata de gucrra que o havia de conduzir à sua casa. A sua saida ocorreu a 12 de Novembro de J 676 partiu do Funclwl, mas só em 10 de Joneiro de 1677 temos notí­cia da sua presença no reino'. E.~ta viagem foi algo atribulada pelo man tempo que os colheu najoJ'l1ada '''.

A partir de Iti93 sai do reino para outra missilo cm Mazagilo. A mai~ dificíl e espinhosa que: testclllunlwm as snas carIas. A defesa das praças africanas na segll1lda metade do século XVII é lima !nrel'a dil1eil. A manutenção da guarnição das praças torna-se cada vez mais problemâtic~ A~ preocupações com a manutenção e abaste­cimento da praça, o relacionamento dil1cil com os norte-africanos e os problemas com o resgate do~ cativos não foram tnrefa fácil para o governador, qlW o impedem de dedicar-se aos negócios. As praças parece quc estavam quase ao abandono. As l1mralhas necessitavam de repnl"O e as habitações da praça aguardavam por melhorias. A necessidade de materiais de construção e de pessoal especializado nesses serviços siío llma preocupação constante do govcl"llador, pois os degredados não intercs~am à praça.

De acordo com a memoria de 1693 é evidente a falta que se fazia ~entir na praça, em artefactos e pessoal especiaJizudolL. Da illla de S. Miguel para além dos cereaiH poderia embat'car-se aves, porcos, perdizes, coelhos e fmtas{lnranjas, limas e limões)':.

O Abastucimento da praça cm cercais dos Açores fazia-se pelos contratadores com os qw!i~ o governador tem lIm relacionamento dit1cW\. AJiús, (J fornecimento de ccrcni~ por estcs é deficiente e raraH vcze~ obcdece ao contrato e~t[Jbclecido com H

coroa. Esta permanente insegurança face às ameaças de mouros, a falta crónica e per-

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mancntc de ctreais, as deficientes condiçõcs de sobrevivência na prnça não facilitam li vida do governador na praça, que aguarda por noticias da sua substituic,:ão. Assim em Maio de 1694 referia 11 necessidade de encontrar um substituto pois refere que "nem saude nem passiensia tenho para estar nqui hum dia mais dos Ires annos ... "

Este conjunto de cartas que assinalam 111l11ll01l1ClltO importante da vida de João de Saldanha de Albuquerque, permitem reconstituir em simultánco a sua actividade como lncn:ador e governante. Ambas as actividades se confundem e podcmos dizer que se scrve da sua posição llll Corte dos COlltactos que detem com as demais autori~ dlldcs para actuar cm causa próprio. Mesmo assim nua teve o caminho aberto, pois teve algumas dificuldades no comércio em S. Tomé vendo um pataxo seu e de Diogo Fernades Branco confiscado pelo Governador Bernardo Call1po~ na ilha do Príncipe. O novo governador, Bernardim Freire, foi quem lhe remedeou o dano de~te sequcs-

~ tro, mediante sqwnça da coroa". O pataxo Nos~a Senhora da Encarnação e Santo António havia Hido fretado em 1676 de pmceria eom Diogo Fernandes Branco para conduzir à Guiné 18 pipllS de vinllll, ferro e fazendas para Martinho Fell1andes Crus. Esta última situação ocupml parte do scu tempo de permanência no reino, valcndo­se da sua presença na corte para o solucionar.

Um dos agpectos que mais se evidencia neste conjunto de cartas é o uso da sua condição de governador e do~ contactos institucionais COI11 os demais pares no mundo Atlàntico para recomendar alguns parceiros ou solicitar favores. Ne:ste con­texto temos inúmeras cartas aos gowmauores de Pernambuco, S. Tomé, Cachco".

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NOTAS

1. Recentemente encontramos numa Biblioteca Norte-Americana um manuscrito de um outro mercador. João Serrão de Oliveira (1646-1656). com actuaçao no mesmo circuito e espaços comerciais

2. Fols.120-121v' .152 3. Fols. 72, 91v j

, 94. 4. ARM. CMF, T. VII, 115. 25v-26. 23 de Janeiro de t677. Também transcrita neste copiador de

cartas a 11.58-58v". 5. H.H. de Noronha. Memorias Secl.-'lares e Eclesiaslicas para a História da Dioceses do

Funchal. Funchal, 1996, p.5S. 8. ARM. docum!:!ntos avulsos.caixa 2, n' .307, Lisboa 30 de Outubro de 1675; idem, ibidem,

cx~2, ni 308, Lisboa 29 de Julho de 1677. 7. Confronta-sea Introdução ao primeiro volume desta obra. S. Carta de 21 de Setembro de 1676. 11.42v'-43 9. FoI. 41v' 10. 101.56-56v" 11. FoI.178~ ·179

12. Fl.213v' 13. Veja-se carta ao contratador 0024 de outubro da 1693, fi. 186. 14 Carta de 15 de Janeiro de 1679. 11.86v-87. Temos o inventário do que constava no pataxo

na altura da apreensão{f1.160-161v"). 15. Fols. 32, 42, 51, 89, 132.

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COPIADOR DE CARTAS DE JOAÜ DE SALDANHA ALBUQUERQUE

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pÀmNA [~BI!ANCO

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Ao senhor Francisco Mendes de BaIrros em Pernambuco em 28 de Outubro de 1673 do Funchal

Senhor meu por varias vias tenho recebido carta de vo~sa merce e pIas que pude respondido a cllas e agardceendo flsim o cuidado que tem de todas minhas COLlzas e dado novas de sua salldc que ho o que mais estimo.

Vcyo o qlle vossa mcree dis sobre a asistenciu qw.: [as a lnncs Pereira e Luiza Nunes li que peço vossa merce não i'~'llte porque imporia asim e para que vossa mcrce se inteire da fal ta qlle la tem remeto esses vinte quartos de bacalhao com os quintais que dis a memoria induza dos quaes sera vossa merce servido inteirar a conta dos duzentos mil reis elo conde ela Ericeira porqllanto me escreve que dos sento e sil1-Cllcnta que lhe cOllcigney llO AlmoXllrifadD do Campo de Omique ouve f(Jlta de sil1-l:ocnta e setc mil reis por não cobrar ~1I na folha mais que cm noventa c tres que com os scm dCSél nlfandega ficuo faltando sete 111il reis para o inteirar que vossa l11ercc lhe ctira os arrecade clk todos os annos emquanto eu ca estiver, c para sati~fuzer as ou­tras obrigações que digo asiml1 o hira vossu mercc satisfazendo do que render o dito bacnlhao e se :J.lgum tcnpo ouver ú11tCl fiqtlC vossa Illerce adnvertido que não seya rezão pnra que a exprementll as peçmlH a quem tenho mandado asi~tir e com llvizo seu satsifarey a quantin que for a Domingos de Canpos l1esta/![l VO} terra com quem vossa l11cn:c tcm contas deu lambem e facilmcnte podemos encontrar qual continha.

A Pernambuco tenho mandado huma encomenda de bucalhao a entregar ao go­vernador e feito avizo que quando não haya navio em direÍlura par.:\ aqui mande ou leve e porcedido cm s1la companhia a essa cidnde a entregar a vossa merce e quando asim soceda vossa merce mandara dispor disto com o cuidado (ILl;':: costuma em tudo e me fara avim por qualquer via.

Nesta Oc.:H7.ião mando hUllHlletra de dcs mil reis a hllmn esmola de hUl11as freiras vossa l1lcree a ~atit:ifara mais deprcça q\le puder.

A Aires de Saldanha escrevo aynda a vossa merce na eobrança dus llh<ls tenças c quando seya Jleccs~ário se valera vossu merce de lhe para esse efeito, c por hora n1'í.u se me ofereçc mais veyn vossa mcn:e se ha alguma COtiza em que o sirvo que para tudo me tem boa vontade.

Ofereço a vossa mercc hum feícho de Casca que he a Cruela da lerra o qual dara n VOSSl1l1lercc o mc~tre Francisco Roiz Soeiro com mais os caixões de úutm que dis o conhecimento induzo em que lhe dey pagamento de outenta com condiçi:'ío de que se ni:'ío achaçe logo para efeito de satisfazer quem ma COlllpl"Hçe a cntregaçl: a vossl! mCl"ce que me faria merce de o satifazer de sua divida 1/[2].

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A Pera Celar de Menezes governador do Maranhão Funchal em 25 de Junho de 673

Senhor meu neste navi(l carrego treze pipas de vinho e quatro e mca de agou ardente dos quoais peço a vossa merce mande por hum criado ~eu convcrtellas em tabaco do mais fino e caeao. e algum cravo muis o menos que puder ser por este ge-11ero nào tem eu muita grande sabida e se o contrato do anil com:ente devertirce algum tão bem pode vir e perdoe vossa Jl1crce esta confiança para a que me der cauza 11 muita merce que sempre nos tá e nessa esp0ro tenha esta encomenda por mão de vossa merec muy bom Sllceço que vossa merce como irmão em armas sey hade tratar 111erito dos meus allDlentos,

O portador emil'egarn mais hum quarto de vinllO do melhor ela telTU pum a sua me7~1 de vossa merce que he a fmta da terra advertindo que o vinho e agoa ardente que he da carregação do melhor que vay no navio e se nestas partes ha couza do serviço de vos~a merce me hade achar muito pronto as suas ordens,

O portador desta segunda via he hum 1110~~l) que vay com algum negocio para essa terra como sabe a merce que vo~sa men.:c me fas pedia esta toda a que vossa merce lhes fizer a lcrey por muito grande porque vou mais entereçado em que me tenh~o por válido de vossa merce e para o mestre do navio faço a mesma recomen· elaçãoil[2v"J

Carta para o governador de Pernambuquo Funchal em 3 de Julho de 1673, Foi cegunda v/a em Agosto

Nesta oca7ião mando quinze quarto ele bacalhao cm que vem duzentas e sin· coenta e nove arrobas c hum arratel como constara do conhecimento e carregação junta a entregar a vossa senhoria por me dar confiança a merce que sempre me fez c,, o querer por esta via temha melhor suçesso esta minha mercançia pois S01110S tão des­graçados que em caindo pia blll'fa pra nilo podemos deyxar por hum criado seu reduzido a dinheiro em que me dizem não avera duvida porque o genero he bom e', remetermc o porcedido em tubaco fino e senão puder ser tudo cm tabaco cm asucar tambem do mais fino em hUIll" fragata que nesse porto deve cstar de Dom Gaspar de Saa que o mestre não pora duvida em li serrar pus lhe he mandado pella carta induza: em cazo que não csteya ahi li ditafi'ugata vossa senhoria tenha cm seu poder athe ave!' alguma que venha para este porto em dircitul'a ou a ilha Terceíra a entregar fi

Francisco Ribeiro da Costa e não vendo ocazião em direitura para m:huma destas partes e antes disso venhão render ah! me fara grade favor levalo cm sua companhia ri entregar a Francisco Mendes de Barros meu procurador,

O mestre entregara a ordem devassa senhoria para a su" meza quatro quartolas huma de malvazia outra de vinho branco e duas de vinho tinto que he a frut,l da-terra e a confiança do soldado sel'a desculpa,

Foi 2' via cm Agosto//[3]

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A João da Silva Souza governador do Rio de Janeiro. Funchal em 25 de Mayo de 673

Senhor meu de~pojs que chcgul!i a cstu ti,:rra tenho escrito duas a vossa senhoria Clln duas embarcaçois que daqui se oferecerão para essas partes, folgarei que asim ellas como esta aehe avossa senhoria eom li saude que lhe dezcyll em cOl11p<lnhia do senhor Pera Alves li quem beiyo as muns,

Ncsle navio mestre Francisço Monteiro tomo confiança de remeter as ditas do~ pipas de viuho e nove quartos de bilcalhao comD consta do conllecimento e car­regação induza pera que por mandado de vos~a senhoria scião vendidas nessa terra (.;om o melhor e0111odo que puder ser qLlulquer destes genero~ os TIli:1l1orcN, e de rnayur reputação que se acharão e () porcedido me fara vossa senhoria men:c remeter Cm aSlIcar fino no primóro navio que vier em dircituru a esta ilha.

Tão bem remelo a vossa senhoria hU!llll quartola de ma!vaLia e hum quarto de vinho branco ll1unto ellee1ente!l para a meza de vossa senhoria folgurey que ehege la a salvamento e ni.l.o Vlly mais cantidade porque sei tem daqui outros prczentes e que esa terra hc mais quente que cstn':1l10S aonde avia tunto amigo ú·unçes e se vossu se­nhoria nesta term tever negocio em que o sirv" bem sab;: do meu dezeyo que o heid", fl.tLer bom toda a ponlonlidnde e tlsim fico pronto as Slms ordes. ii [3;:"J

A Pero de Souza Pereira provedor da fazenda do Rio de Janeiro. Funcha.l em 25 de Mato de 673

Senhor llleu he tão ellnhecid<lll peçoa de vossa mcrce c II seu primor que me da confiança pnra que ma valha de vossa meree em esta ocaziiio cm que remeto neste navio mestre Frandseo Monteiro des pipas de vinho c nove quartos de bacalhao com çen1l1 c trinta e sineo arobns e eatnrLe livras, hum quarto de vinho e huma quarto!u de malv,lzi:1 pedindoJhc que cm iWLcnda tic João da Silva e Souza governador dessa capitania a qlU:.:m devo muitas amizades n qllcm por sua ordem seya vendido c~tu e se me faça remeça do porçcdidu eln asuear fino no primeiro navio que vier cm direilura a esta ilha e asim sendo l\uzente o dito governador aeham vossa metee na sua carln conheeimcnlO c carregaç50 pam poder cobrar a dita fazenda dandome primeiro que tudo llluita~ bons novas de slIa Sllllt1c e ocaziocs em que o poça servir desta~ partes que II hddc Fazer com hU111U vontade muito grande/i [4]

A Francisco Ribeiro da Costa em 24 de Mayo Funchal 673 para a il/18 Terceira

Recebi duas de vossa meree hU!1lll eom o mestre João Abrahào de 29 de Dezembro com O~ 20 lllOyOS de trigo e outra com o mestre Juão Gllilherme de 2i<. tk Fçvreiro, c estimei muito ver paçava vossa meree com saude que lhl.: dczeyo a qllal Deos lhe deixe lograr muitos anllOS e f'ko muy agmdeçido li meree que vossa merl'e me t:1S cm tudo e muito pronto para mostrar li vossa men;e este agmdccimcnto cm

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todas as [)(;aziois que me der de o "ervir O trigo hera 111UitO bom C01110 cOllZa de vossa 111erce e rico pronpto para na

primeira embarcação mandar a letra ii Antonio Coelho de Cravalho como vossa. mcrce ordena e mandando elk canegar alguns vinhos sc carregarão dos melhores que se acharem e se o dito tivera feito avizo cm algumaH embarcaçois que chegarão n esta terra lhe earregaçe algum vinho para algllma pane do brazil, que não foce a bahia não deixaria de ter grande conta porque vinhos estão acomodados, e não tem hido muÍlos navios este anno, porem não devia de ter avizo de vos&.'1 merce a tempo que mandaçe fazer esta diligencia.

Não veyo a que vossa meree dis fez sobre remeter outros vinte moyos ao navio João Guilherme: c suposto beijo a vossa merce aos maos por ella não se me dco muito que elle a nuo troxe~se porque senào tàzill grande avanço nelle e agora para o novo ainda que ll10slru haver muito nesta ilha parte daqui ii mcsma charrua por conta de alguns mercadores que a comprarão em que avizt::y fi vossa meree a eantidade que quero me carregue e querendo vos.:a meree xcarregar por sua contall [4 v"J a metolde levara ordem pam dar toda a paça que vossa I11crce lhe pedir.

A falta que vossa mcrces padecem de navios do norte temos tão bem cu porque ainda que eheg50 alguns ingleses he só fi carrgar v inhos sem trazerem fazendas algu­mas e de Olnnda não tem chegado de dous annos a esta pm1e nenhum que hera donde ordinHrinmente se provia esta lelTa c vai a haela a mil reis e o feno ainda mais que Ilesa (erra eom que se: fat·ia boa lllcrcansia cm hir daqui algum destes generos se l1utra couza ouver cm que possa servir 11 VO'lSH merce l11e achara com a vontade que lhe tenho dito.

Deos gomdc H VOSSll mel'ce,

Despob de ler escrito esta n vossa merce se tomou antro acordo na hida da ehRr­rua a essa terra e nsilll he ncseçaria que vossa merce avize se ha la caravclla para vir com o trigo novo por conta de vossa merce c Manuel Valcnte e minha como me dis porque quando não haya poderemoí-i fretar a que leva esta ou huma de duas mais que aqui se csperão adevertimlo que o trigo hade ser com mais comodidade que o paçuM do Imrque como o anno aqui he bom como trigo a vossa men::e não tera conta se asim não for.

Foi 2" via c avizo que hia praça de 33 1110ios em huma euravella para caiTegar em fi de Agosto de 673 II [5]

Carta para Fernando de Souza Coutinho governador de Pernambuco em o primeiro de Fevereiro 874 Funchal

Senhor meu duas recebi de vossa senhoria neste navio de Dom Gaspar de que fis singular estimação plD ser tão bem asim o dezeyo de novas suas e folgar tenha pas,. sado com saude e que cSLeja no fim desse trabalho, para que vcnha descansar m\lito sedo u patria, que Sel! tão bem amigo que clezeyo maior o seu eomado que a millh!f: eonvilliencia que tinha em tão bom comrcspondentc para as minhas mercunçias, lllaS para que de todo não perda esta cmquanto não tirão a vos~a senhoria dessa terra remeto nesta oenzião com o mestre Antonio GOJlçalvez Seixal doze qUfll1DS de bacélH

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limo, em que vão duzentas e OIlZC arrobas e des arnlteis neto, de que vossa senhoria dispow na forma que milhO!' lhe parcser a redução a tabaco e algum asucar tudo do mais fino que se achm e me fará favor vo~sa senhoriaremcter a porçedido, asim dcsta curregnção como da que tem recebido neste proprio navio que vaj com licença e quando seya caza se parta primeiro que ellc deixar tudo na mão de Manocl Vieira Leão para que faça c remeça na forma que tenho ditto a vossa senhoria 1/[5v"]

Carta para Pernambuquo a Manuel Vieira Leão Funchal o primeiro de Fevereiro 674

o eapitmn Domingos de Canpos me disse () favor que vo~sa merce me fas cm çe querer encarregar do negocio que eu tiver nessu cappitania o qual espero mereser no servisso ue vossa tncrce em toda a parte que l11e der ocazião de lhe obedecer e creyo experimentara vossa men.:e na minha diligencia a vontade com que lhe sea agardeci­do.

Ne~ta fragata remeto ao governador Ferniio de SOLlLU CoutinllO doze quartos cle bncalhao com auzencia a vossa merce, em cazo que helle sc haya !lido para o Reino cobrara vossa llleree a carta, e pia carregação e conecimenlo que vay con elJa esta eneomenda de que disporá na forma que eu apollto e ao dito Fernão de Souza Coutinho o escrevo, quc Ho<;cdenun parlir para o Reino primeiro que esta embarcação mande entregar a vossa ll1erec assim o proçedido deste bacalhao como o da venda de outro que la esta para vossa merce me fazer remessa por ella en tabaco e algum asu­ear tudo do mais fino que se achatO

foy 2" via em 26 de tnt1yo 674//[6]

26 de Maio de 674. a João Furtado de Mendonça Bairros (?)

Amigo e senhor meu despois da chegada da fragata d~ Aires de OrneJjH~ em quc recebi duas de vossa merce em companl1ia ,!e tres caixas d<: mmcar em que dis vinhão noventa c tres arrobas não torney a ter" outra bem scy que he plns poucas embarea­soes que vem aqui em dirciturH que da lllt:rce a que VOSS[l1l1erce me ±"as não heide eu dar nunca outra eouza nem lho mereço c despois disto chegou aqui arribada huma tlUO caravela quc partira do Rio de Janeiro que com a mesma couza tomou essc porto cm que tive larga noticia de saude de vossa merce que estimei muito e o farei por qualquer via quc tiver eHle gosto"

Nc~tu ocazião nào remeto bacalhao nchum pio não aver na telTa eapas de cmbar­cnr como podem dizer o mestre do navio por<:m para outubro tenho tenção remeter hum navio carregado só com esta fazenda em que hirão seisentos quintais de baca­Ihao por conta d~ hum mercador desta terra minha e de vossa merec conforme a ordem qllC me mandou em Illuna das suas e se em duvidar alguma cauza disto não querendo [lInto por sua conta püde avizrrr na fragata de Aircs de Omellas qtte crcio vira aqui conforme o que entendo seu /1 [6v"] dontJ~ nos prcneipios do dito mcs e qunndo nllo venha a tempo ~cmpre hiru a mcrcancül na forma que digu.

Nesta espero me mande VOHH<l ll1crce em asuear como hc lenho pedido o procedi-

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do do que la esta que a dita fragata hade vir tomar ahi alguma carga c a primeira para vossa merce com que seya esta que essa mesma ordem tem o mestre porque assim a vossa merce como a mim se nos vay acabando o tempo e não sey se presistiremos ante que se ofereça outra embarcassão em direitum aqui,

Com este mestre Manuel Alvares Seixas envio hum pacote e hum caixão de: hertanhas com as que dis a calTegLlação incluza que vossa meree podendo ser me fara redu:dr a asstlcar e remetello na mesma fi"agata de Aires de Ol11cJas e quandn não poça ser ou não poça a fragata que sera o mais serto me fara vossa merce favor man­dar reduzir a dita carregação a tabaco fino o qual me remetera com a forta a Lisboa' a entregar a Francisco Mendes de Barros e se puder ir na fragata de João Roiz de Figueira terei grande gosto e elle cr~yo que não duvidara pIa amizade que tem comi:­go e o mesmo fara em ficando algum asucar da conta primeira.

As cartas juntas para Pernambuco peço a vossa merce /1 [7] me faça remeter

Pernambuco. Carta para Manuel Vieira Tião Funcfla/26 de Mayo 674

As cartas induzas 11e copia da que escrevia a vossa mercc na fragata de D. Gaspar, de Saa e porque despois de partida tive noticia falecera o governador Fernão de Souüt Coutinho remeto a vo~sa merce procuração minha para cobrar da peçoa a quert;i ficarão encnrregados suas t:Ouzas o proçedido de quinze quru.1os de bacalhao em que: hião duzenta e cilH.:Oenla e nove arrobas e hum arratc1 de que pIo treslado de sua carta junta me fes avizo ficava entregue e sem o procl:dido desta cobrança como os de doze quartos de baea1hao que vossa mercc uevia receber de que trata a dita segunda via que remeto por ser falecido e se seguir li entregue a carregação de vossa merce espero me faça favor mandar em asuear e tubaco do mais fino na dita frota de D, Gaspar erri caza que abi se ache em falta em companhia da frota e entregar a Francisco Mendo de Barros em dito tabaco fino c eou!"Uma na cidade de Lisboa meu procuradorr;;, sendo nesario assim para a cobrança com remeça /1[70] algum favor se valara vos~a merce do governador D. Pedro de Almeida e João Fernandez Vieira a quem escrevl)i c enü:nelo que paI" me fazerem meree darão todo o que vossa meree lhe pedir

llha Terceira. Carta para FrancIsco Antonio da Costa. Funcha/20 de Mayo 674

E.'itando para dar u letra de sellÍo c vinte mi! reis na forma ql~e vossa merce avi" zou como tão bem a OLltra do porcedido dos vintouto moyos de trigo veyo ler Ignadéf Fernandez Pinto c me reprczentoll que na fragata S. Joseph trazia vossa mel·ce pr~9~· de duzelltas pipas de vinho e que elle senão achava mais qlle com sincocnta MJ:!il· efeito ele que c:urrcgar a mais e me pedia nào remetcçc as letras e da contia deIlas caf:.; regaçe alguns vinhos para que vossa merce se aprovcitaçe da praça e não tivessetãp grande prccla se me úbrigou a fazer boa a dita carcgação e resto que se me ficasse devendo de que ris avizo a Antolllo Coelho de Cravulho que assim o aprovou c reme-

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) a conta do que me resta vos~a merct.: ade ver sincoenta e [res mil e duzentos reis, me fara favor mandar nesta cmbart.:ação em trigo velho bom em falta para o novo o primeiro navio que vier /1 [8]

:arta para João da Silva de Souza. únchaf 27 de Junho de 674

Senhor meu pella fragata de Aires de Ornellas, e por todas as mais ocaziàes que ~ tem offel'ecido tenho sempre pcrcurado novas de vossa senhoria e sou Iam dis­raçado que ha mais poucas ocaziõcs em que mostre mas como por qualquer via sei ue vossa senhoria logra boa saude fica o meu sentimento menor. Estas me deu agora cappitam Jouo Requerente que fica nesta eaza com toda a meudeza de que fis

mnde estimação. Na dita fragata pedia vossa senhoria me remeteçe o proçedido do que la tinha

I':cebido do portador desta em aSLlcar fíno e quando não podesse vir tuoo nella vie8e I que fiea~sc na charrua de Manuel Valente que ahi deve ir de Angola G assim espero I tenha vossa senhoria já fcito como lhe lllCl"CSSO.

Nesta ocazião não remelta nada a vossa senhonflenhoria por não estar a telTa com ·ouza capax e só lhe peço mandado em que o sirva que para tudo me achara não lrompto. Deos goarde. II [8v"]

~arta para Francisco Mendes de Barros. =-uncha! 12 de Julho de 674

Senhor llleu suposto tenho respondido a de vossa mcrce ultima de 19 de Julho o ronurey li fazer agora pia incerteza da sua chegada, o folgarey ache a vossa merce :0111 a saude que lhe dezeyo a qual lhe conserve Deos por muitos mmos.

Estou de acordo em que vossa merce não faltara a Ignes Pereira e Luisa Nunes :om a proção de athe gora. Ao Conde da Iríceira na mesma forma com os scte mil ~eis em quanto VOS8a merce não saiba que 110 almoxarifildo de Ourique em que otlve 1 falta vagou por morte de algum dos meus prezedentcs alguma tcnça com que caiba 1 minha porque dessa corte fica. então com os sento e sincoenta lá e a falta dos sin~ :oe11ta para os auzentes se lhe darão ele tença da Alúmdega, e a demazia arrecadan'i vossa merce assim como sincoenta mil reis que se l11e ficarão a dever do anno de 672 ~01110 deixei a vossa merec encomendado na memoria que lhe ficou e ser lhe lw faci! pios encontros.

A casca que tinha em ser ct'eo que estava ja d.esfcita della como me dis do bacn­lhao de que espero a conta na primeira ocazião e a clla paso nesta llUm credito de sctenta mil reis que vossa merce me fanll11erce em podendo a parte quc tomou meu irmão me escreve mandava em azeite creo que asim o [ma na primeira ocazião depois de mayo.

A Francisco tenho mínhaprocuração quando se la não arrceade a divida em que me ficou algumas avizarey a vossa merce para diligencia que lhe tcnho pedido cm

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queem por seu erdciro ii [9]

Bahla. Carta para Luis Romão Sine!. Funchal 11 de Novembro de 674

Recebi carta dc vossa meree vinda na fragata de Aires de Orndas cm companhia da carregaçiío proçedida do bacalhao que tinha remetido a Joao Furtado de Mendonça tão pontual e ajustado como elle costuma ser em tudo, e vossa meree e quem agardeço o trabalho que nisto teve e espero mcrecerlho nas ocaziões que daqui por diante se me ofrerecerem de seu serviço pormctendo ser seu fiel comrespondentc de V l'vlcrce em toda a parte aondc me achar c nesta ocazião quem sera primeiro que mc leve esta nova comrespondcncia como seguinte.

Meu amigo Joào FurtadG me dis em hUi1la sua vinda na fragata que se não tenho remetido o bacalhao que lhe tinha dito pIas minhas cartas que lhe parecia mclhor mandar a importância deste genero em vinhos porque tinhão la conta e eu assim por não saber da sua obediencia e por me faltar alhe o prezente a embarcação que espe­rava da Terra Nova e com poucas esperanças de que tenha em comodo que poçamos ter o lucro conviniente pia grande fal ta que disem ha delle este all110.

Logo que me chegou a dieta carta J'retey este pataxo cm que mando a carregação induza de vinhos por conta de João Furtado minha e de outro mercador desta terra na forma da ordem que me não quis a faltar dclla ainda sendo tão ptXIlleno o navio toda debaixo da marca do dito A" a qual vossa merce sera servido reduzir asuear fino as duas partes o mais de praça que pocivel por que da terceira tenho paçado letra para mundar na primeira ocazião sobre o cappitão João Gomes Catanho a Antonio Alvares de Lima.

O dono do pataxo escreve a vossa merce//[9YO] a forma da seu aviamento e cu s6 peço a brevidade a voss.'1 merce para poder estara qui athe o prencipiD de julho que a tempo em que se aqui dão sahida ao~ asueares, e espero que em companhia do porçe­dido desta canegm.ão venha c das bt;rtanhas de que creo se tera vossa merce já des­tCito e quando nào seja assim vossa merce o faça o mais depreça que puder ainda que não h;lja ganaçia que sempre o tenho em não ter o cabedal empatado.

A carregação que digo a vossa mcrcc asima para prcncipio da nossa correspon­dem:ia são os tres caixões da minba marca quc vai conhecimento illCltlZ0 a qual tinha mandado vir de trigo da terra por minha conta para mandar a Guiné em hUl1l pataxo que esperava, e como l1ão teve efeito este meu intento por niío vir o dito patacho me t·ezolve a mandalla a esse estado aonde erco pias ft'equencia de navios que ha para Angola não faltara quem a queira comprar para navegar ao dito rejno ou outra qual­quer parte aonde tenhão conta os generos della espero eu prol1lcio da deligencia de VO!'i8a meree verme emteil'ado do custo que me lia fes e que nesta mesma embarcação mo mande reduzido li aSlIcar tãobern fino pIo major peço que vossa merce achar se lhe de por ella I.

Estes asucm'es quando o mestre diga que são neseçarios fechos para os trazer vossa merce os mandara fazer da medida que elle diser para melhor arrumação do pataxo.

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Advertido a vossa merce que o porçedido desta carregação e das bcrtanhas wnha GllIl1 di~tinção da lÍllS vinhos suposto traga tudo a mesma marca.

Vai a ccrtidi'íu de como esta fazenda foi despachada na alJimdega desta Gidade/i[IO]

Tão bem me pareceo fazer prezente a vossa merce qlle esta carregação que reme­to dos genel"Os capazes para Angola que impm1a como della consta 553$6400 rs me custou posta nesta ilha perto de quatrocentos mil réis com o intento de que já dcy conta a vossa merce TI quem peço que cm nenbum cam me deixe la ficar em ser estes gC:llCroS l: quando se lhe nào posa dar sahida eom avanço nem pio custo da dita car­regaçào rebatera vossa merce o que lhe parecer ( ... )atendcndo sempre a que a minha cOllveniencia hc vir neste mesmo navio e asim o espero de vossa merce e que me de muitas ocuziões dc seu serviço. ! j de Novembro (le 674 (Passe 8 folha 14) 211 [IOvU

]

Senhor meu sey estais de poçe das mais das cartas que por Cadis vo~ e~crevi este anilo com que conhecereis me não descuido de procurm novas vossas todas as vezes que se me ofereçem ocaziãu e ha muito tempo padeço a falta dellus com bem grande sentimento e clezejo de que sedu vcnhào me vcnhào us ele que paçais com a saude que vos dezejo.

A incluzn he a letra da vossa temça e que falta para scntü e vinte que ella impor­ta vereis pIo rol que com elle vai ser gasto com mais sincoenla mil reis que pagastes por mim a molher de gllro que vos faço bons e de que me mandareis reçibo o ele gama dos onze mil e quinhentos que lhe paguei por vos tãcibCm val as madeiras de castan­ho qllC de til se nil.o puderão achar tão compridas são de vinte que vào devedidas nas duas caravcl1aH por não caberem em huma comfrome dizem os conhecimentos dào bem os baeellos de malvaúa para o sacretario de estado a emtregar a elle por porta­dor serIa isto he o quc toca aos voços negocios agora vão aos meus.

Espero tenl18is feito diligencia por saber ~c esta ja vaga algl\lll~ tcnça no Canpo de Ourique para que a m111h[[ caiba e tenhais feilo por corrcnte a cobrança dclla tendo ii Igllma duvida na qlle tenho nessa alfandega me ficarão a dever sincoent,l )l1i I reis do anilo de mil e seiscentos e setenta e dois deixei emcolllendado a Francisco Mendes de Barros e fi vos tàobem pedi fizeses diligencia pIos cobrar e nem deJle nem de vos tive reposta sobn.! este partccular peço vos mos mandeis c quando se não tenhão cobrado fazei t1luito pIo cobrar antes que (} theztm::iro p,lçado acahe de dar as contas que depois sera lllUilo defkultoza n cobrança c se vos os quizcres u conla do rendi­mento da voça tcnça deste almo os podeis lomar e avizaime a rczulução da minha llplllÇão. Creo estarájájLlnta mediante a vossa diligencia II [11].

No que me dizeis de vos perguntarem se estarei aqui mais de três annos se vos fores parn Angola ou Bahia como ca me dizem só emtão estão por me não dara de estar l11ai~ algum anilo ma~ isto sem pedillo. Antonio esta muito bonito Deos o goarde e vos pede fi benção c eu que lhe mandeis dollS pares de mejas de ceda e seis de linhas brancas que não ca nehumas desta earta adewrtindo que para a sua idade ser grande porque tem grande corpo // [11v" em branco 1112]

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Conta do Senhor Ayres de Saldanha remetida em Novembro 674

Devo Da tença sento e vinte mil reis do ano de 673 ....... . que pagou por min El Garo alfaiate fnmecs ou sua ll101her

..' .. 120$000 ........ 50$000

....................................... "" ,170$000 Despendi Item ao cura João Ferreira por ordem sua ..... • ..... • ....... 25$000 Item ao gardião de São Bernardino pella dita ............... 8$ Item da Madeira que o dito mandou buscar .................... 14$400 Item de gasto athe bordo . . . . . . . . . . . . . . . .................. 2$600 Item de hum caixão e doces do anno pio que o dito pedia. . . .. . ... 7$600 a Matheus da Gama por ordem do dito ....................... 11$500

... ", ............. , .... , ... " ... " ............ 69$000 que devo...... . ................ 170$000 que despendi .. . .............. ' ... 69$100 que remeli em letra... . .. . ... . ...... , .... 100$900 mais que mandou dar de bordo ao escrivão da sua residcl1sia ' ...... 14$400 II [12vO em branco ii 13 em brancoJ!.J3v".em branco li 14J continua a carta de folhas 9

Esta he a 2" via da que foi no pataxo que espero em Des aver chegado a salvH­menta, e asim elle com esta achem a vossa merce com fi saude que lhe dezejo. Avizo a vos~a merce ao mesmo tenho feito a João Futado H Lisboa para que o tenha assim emtendic1o.

Torno 8 emcomelldar a vossa merce a brevidade do despacho do pataxo que espero aqui athe o fim de mayo que como me não falta mais que este anilo para o firr). do meu governo me he força dar sal1ida este Verão aos assucares, e agradecerei a vossa merce mais a fineza da brevidade que armais que obra nos meus parteculares.

Nesta ocazião com o mestre Bazilio Brito remeto des peças de Sarafina das cores' qtle me dizem terão la mais gasto os quais vossa morce será sel'vida mandar reduzi; a assuctlr fino e remetermo nesta mesma embarcação Oll em outra que se comprar p!q:! dono ddla dando cazo se venda esta conforme medir manda ordem <10 seu comres~ Jlondente advertindo isto se 1m de entender vindo ellEl este <lnno que vem porqU\} sendo alguma duvida me convem venha antes no pataxo: por cauza do pouco tempO: que heide estar aqui. Estas Sara finas não vão despachadas c faço este avizo a vossa mercc para que se çcgure la e as tire por modo com que poçamos poupar a limitação dos direitos e fico muito ao servisso de vossa merce para o que me ordenar. FlInchid· 17 de Desembro de 674.

Depois de ter fei to esta me paresseo mais conviniente o pedir a vossa merce mande vir o resuluto destas serafinas no pataxo porque esta fragata leva suas duvi­das na volta c: venha com clistinssào das carregasoins dos vinhos e das bretan­has./i[14v"]

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Capitulo da carta que foi a Antonio Valente em 12 de Fevereiro 675

Por rsta que vai para João diaz fogac,:a domo da caravela que e~te anno vejo de Cadix carregada por conta de seu pay mando entregar a vossa merce dez dobrõcs de aquatro e hum de a doiz que fazem pio valor dessa conta li nove mil e quatrocentos, 9R$700 que folguey saber pia dita que aqui chegou despoiz de ter feito esta vinha na mão do dito Fogaça de huma negra que lhe mandey vender a Cadix, que com o que lhe dey a vossa merce em oiro quando se foi daqui fasem perto de 150$ que não sey se lhe tocarão li vossa Il1crce tantos da partida, mas em vindo se ajustará li conta e quem dever pagará

Para João Diaz Fogaça

Por esta de vossa merce vejo ficar com saude que Deos lhe de por muitos annas para que cu sempre festeje esta boa nova,

Tambell1 vejo o que me diz sobre li venda du negra quejn ca agardeci a seu sobrin­ho o dinheiro da qual 4ue são des dobroes de fi quatro e UQUZ singelos mandara vossa mel'ce entregar fi ordem do senhor Antonio Valente de Sam Pedro, e com reçibo seu que vossa men::e remelera na primeira oca7Jão segura-para bem das CQntaz que tenho com o dito senhor ficará vossa merce descarregado e para o que VOSS,llllcrce quizer de mim me achará com boa vontade a quem Deus goarde muitos annos. Funchal 16 de Fevereiro 675 II [15J

Senhor capitão João Gomes Catanho, Senhor An1onio Alvaro Lima 15 de Novembro de 67434

Serve esta de primeira via de carta de credito para que em vrtllde delI:! vossu merce mande aseitar e a seo tempo pagar sincn dividas emportantes em quinhentos e noventu e hum mi! e qldnhentos e oilellta e outo l·eis que nestus cawvc1las passa sobre vossa merce o Diogo Fernandes Branco a qual contia mandara VOSHa I11crce ~enlar em conta de João Furdado de Mendonça por emcolltrO da carrcgas~ãll que lhe fis para n Baia com o mestre Pera Vas da Crus que por me ter escrito me vallesse de vossa men.:e ou dila contia o fasso e espero que ao tempo se paguem com toda a pontuuli­dade que Deos goarde a vossa me1'Cc. Funchal cra açima ii [I 5v"iIl 6v" cm bl1l11CO!i 17]

Conta para Francisco Mendes de Barros Funchal 10 de Fevereiro de 675

Recebi dLla~ de vossa merce huma de 6 de Janeiro e 25 cito que estimey muito por ver estava vossa merce .ia livre dos seus achaques de quc Ocos lhe de inteira mclhoria como eu dezcyo eu tàobem pedessin alguns, mas estouja pam o que vossa

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mCl"ee ordenar. Seja vossa mcrce servido contcnuar com as l1lezad~s conforme os meus avizos

paçados athe a Plimeira embarcação dt! letras cm que remeterey a que convier ou efeitos com que vossa merte va satisJazendo estas obrigações sem desembolço seu que ainda que vossa meree fizesse algum não hera muito nem eu o avia de deixar de satisfazer a seu tempu tom toda a pontualidade, e a Conde il Eriçeira na mesma forma que tenho avizado.

As contas me forão entregues ainda as não vi nem mundei lançar em livro por se offeresser esta ocazião pouco despoes de eu reçebcr as cartas c eu ter muito que cscrever para este Reino, em pasando este trabalho farey esta diligencia, e abonarey mais a vossa merce os de;; mil reis que me fes favor dar ao Padre prior dos calmeli~ tas descalços e lhe agradeço muito a pontonlidade com que lhos deu com D. Sancho de Bredca contenuarey a deligencia folgarey aprover este

Aires de Saldallha esfmo muito estar já despachado e espero aqui muy çedo. Vicente Ferreira Soares servirei com muito gosto em tudo o que me acupar, como

couza emcomendada de vossa merce para que lhes fiz este oferecimento e mostrey li

minha vontade qllC serl.l sempre fazer o que vossa 1l1erce me ordenar. Deos Goarde. li [17\'°]

RIo de Janeiro para Diogo Valente feita em 6 de Julho de 675

As dnaz que recebi de vo~sa merce pia ti'agatn de Aires de Omelas, e pia charrua forrio para mim da grande gosto, etc.

Com o mestre Domingos Fernandez Maeieirl1 remeto a vossa \TIere!! noventa c sete Vl.lrfIZ de holanda fina vossa merce me fara favor mal1dala reduzir a assucar fino que me remetera na volta da charrua ali na fragata que me dizem fas que creo que ainda aqui me achará quando não em minha auzcncia a seu pay, ali Diogo Fernandez Branco cm junto com elle muitas acasiôes de seu serviço, etc. II PS]

Para Francisco Ribeiro da Costa na ilha Terceira em 27 de Julho de 675

Recebi a de vos~a merce de 4 de Abril vinda por São Miguel com grande gosto por ver passa vossa l1lcrc:e C0111 boa saude que vossa merce logre como eu lhe sei dezcjnr como tam obrigadu.

Tambem recebi as dc 15 de Stclllcbro de que vossa merce f[Js nesta menção, e os oito 111ojos de grão que Deos foi servido trazer a salvamento e a conta que com elles vejo.

Neslc pataxo Nossa Senhora da Encarnação e Santo António que he meu e de Diogo Fernandez Bmnco remeto a vossa merce 262 quintais e meio de geço e snpos~ to não si'iopelo peço que VOSSflll1erCe me 1lomea na sua carla farão em todos por mala conta não querendo vossa merce metade pla altura do preço que hé a novecentos reis

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que a~ i1Tl () comprcy pagos os dinheiros SOIlit!nte e bem conheço foi caso porem vejo cm tempo que não av ;u hum quim:J l na terra e se esperava grande l1ov idad~ c m\lito ganho ndle mas dcspo is disto 11 novidade se tornou em nnda e me não pude desfazer de todo e este anilo vicn.i() :dgutnns embarcações antes de avizo de vossn merce remetidas 11 particulares dcslíl terrl co m que nào pude executar a ordem de vossa meree e só vejo hum depois porem vinha a quint11J de agua salgada que o na .... ;o fruia em amtidmle que IlÕO convinhl1 lomolo ncm por dOlL" reis por me d izer fari a danar os vinhos todos. Sirvnsse vossa meree de tomando ncl le ou não to mando p .. rl l! tnl:1n­dannef/ (18v" ] reduz ir a trigo, pIo preço que lhe parecer justo, 0 11 a conta dcl le man­dar logo carrcgm' (l trigo ql1e poderá importar pouco mais ou menos, porque a minha comviniençia hc m;o ter cs\~ gcncro emportado, e encomendo a vossa mel'Ce muho u brevidade POrt.l tlc me importa u chegada do pataxo para o mandar noutra plH'te e se o trigo estiver emcúJ\lodo lo: V(1s~a 1llC!'Ctz quizer munuar algum; moias mair. pode mas com condição que não hndc scr lL 1ctm csle anno porquc a fal la dI! carregações aras aver lla ter ru ddlns e niio quizcl'a u experimentara vossa mcrec na menor CUUZll.

Tmnbem ql.lcrendo vossn merce que o proçedido se carregue em vinhos par!) ~(:tI

filho na bahia se fará ii cfII'regucõo com a comodidade passiveI. Nesta ilhn hum COI11 L'~spondente de Ail'es de OrneI las de Vusconcellos hndc de

entregar a vossa l11t: l'ce sinco ou seis mojos de trigo os quais vossa merce me reme­tera mistico co m o meu entr(l o que vier peço fi vossa merce me compre sil1 cl1 l11ojos do melhor para o gasto de casa e mo remeta emsncado.

Torno a I.!ncomendar n vossn merce a brevidade no despncho deste navio porque leva urdem para que não se lhe earregtmdo no tempo da dimoru fretar a qllem lhe pllrcç~ cnviasse embora vejll V(1SSJ merce o que lhe ordena, etc.

Despois de tcr feito cs-la pan..>cco a Diogo Fernandez Brancu mui ... accrt.,do não hir o patllxo a esSa ilha pia brevidade com llue O comandante tornar e não pllucr f .. :lel' tanta demora com q ue njl1!'itillnos que o geço St:: remeta a vossa merce cm hum barco de São Miguel e eu peço a VOSSc"I meree que na primeira embarcaçiio ' Iue para aqlli .. ier que· mande carregara trigo sobre que al raz lhe lenho esctÍ lo /1 [ 19]

Carregaçoins de q ue ainda me nao vejo retomo 11[ 19v" cm bmllco 1/20)

Baltia ICi74 Custo da carl'cg:r\l;llo de 90 pipas de vinl1() para a Bahia cm o navio nm~a Scnhoro

da Encarm\l;:àu e SOIHO AlllOlli0, mestre Pero Voz da Cruz. vesinho desta illm da Madeira por conta do senhor lono Furtado de Mendonça huma 3" par1e e 2 . terças partes pI,] min!m consinada toda ao cnppitllo Luiz Romão sillu! com u murca de 1'01'a

Item por 75 p ipas de vinho comprndaz a diferentes pe%oaz <1195 " . . . 1425$ Item por 15 pipas os caldoz que v~o e m qual'tolnz <l 17$ .............. . 255$ Item por l<íO arcos de fero que se Iançartlo em 40 pipa ... II 4 arcoz cad a huma, e a 160 cada hum ........ .... . Item pür lanellf os dilas pregos para elles a 22 reis nrco .

.. 25$600

. .. 3$520 . ..... 5$9 10 Item por 394 arcos de pao q\le levun10 a 5 reis.

Item por carreto ti fl l'aça c 40 reis piPJ. ... , , . , , . . .......... 3$050

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Item por repartição de 50 quart-olaz a 20 reis ........ . Item por negro! que trabalharíio com as pipas e quartoz Item por carr~to a prasa a [3 reis quarto[a ..

.1$200

Itcm por pregos folhaz batoque! de 75 pipas e 60 quartolaz a 13 réis Uem por bHCO li bordo a 80 pipas a 25 quartola ..

..... 1$200 . .$780 .1$755 .7$500

toca a cada 3" i/[ 20v"J

591$588T~ ........ .

Dezembro de 674

. ........ 27$165 ... 1.774$765

Sahia. com o mestrc Basilio Pinto Muja vizinllO da ilha da Madeira na fragata S1\o Francisco Xavier consinadas ao cappitam Luiz Romão Sinel

Dez peçaz de serafina a 14$ em hum pacote = 14 .................... 140$

Bahia, com o mestre Mflllue[ Alvarcz Seixaz visinllo de Lisboa na nao Nossa Senhora do Rosario consinado a João Furtado al.lZcnte e Luiz Romão Sinel

Em llLlm pacote 27 peças de brelanha com 119 arma! que fazem varaz 145 a SOO rs .............. 72$500 Hum caixão e0111 111 peças com 538 annaz que fazem varas 656 a 400 réis ........... • ............... 262$00

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . ..•.... • .. • ...... 334$500 em 22 de Majo 674// [21]

Novembro 24 de 673 Cabo Verde. Com O meslre Antonio Diuiz em hum pataxo que foi a Cabo V~rde

entregar a Manuel Pereira, a saber. qU8tro qUlutoz eom 2 pipas de vinho fino ... . . ............ 32$ oito quartolas com 2 pipas de vinho dito .... . quatro quartoias de agoardente ....... . ........ . a parle do senhor governador .................. , ..... .

. .. .35$ ........ 26$

, .. 931$ e outro tanto o vigairo geral.

r"larallhão. Com o mestre Luiz Carneiro da carregação que se fez no pataxo Nossa Senhora de Penha de França toca ao senhor governador 3 pipaz d~ vinho e 7 quarto-laz de agoardente ............... , . . . . . . . ............ , . , ... 98$ /1[21\"']

674 Bordeoz. Em hUlll mrvio francez consinado em Bordeoz a João de la borda Laisne

marchanl quatro caixões de conserva com 16 anobas a 4$ a bordo.. . .... 64$

Amstcrdão. Em hum navio f1~1llenco cOllsillado a João Jacob hum caixa de mas-cavado com 25 arrobas c 1 fi a 1.$50U ................... 38$050

Amsterdão Na charrua .o:acrllficio de Abmhão de baixo da amrca de Diogo

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Fernandez Branco J caixaz de llll\seavacln c011186 arrobas e 16 a 1$50() ,112$450 Cadix. l-IUlll41 negra pnra vender com o mcstre da caravela

Amsterdão. os barriz de o Jllolllildo para a memoria dos livros de qllC Diogo Fernandez Brtllleo tem os eonhecimentoH. I/r 22]

675 Riu de .Janeiro, com [) mcstre Domingos Femandcz Macieim ela fragata São

Joseph e Sol doul"lldo "n varil~ de holanda cominnuas li Diogo Valente auzenlc no governador ·Mathinl dn Cunhu

Funchal. 18 de Outubro de 1675

ClllTcgaçtlO l:om () tlwnr de Dl:oS fcittt por mim .10:10 de Suldanhll governador e carpilam geral dn ilha da Madeira no 1),1vio Boa Fortulla mestre David Lebertol1 que parte pnru Amsterdi'íll eOllsinudn no ~enhor Mnnuel GOl11Ç~ da Silva 11llzenle n Fmllcisc(l Manuel Dia;.; Jorge: 1.:011111 de lbra)

p(ll" sinencntn ç 1111111 barril de molhado:.': de vinho e uthe 51 e: nclle<; pD~to çento e onsc nnobnz ç hltlna livra que Cll.stOll po~tn u bordo eadn arroba dOllZ mil e cem reis tudo importa dUzclltll~ c trinta c trez mil ç ccm reis ........... , ............ 2H3$1006//[ 22v"]

Funchal 18 de Outubro de 675

Amstcrdfiu. Curregul.{<1111I'Citl1 com () ÜtVOI" devil10 por mim Jofio de Snldanhu go­wl'nndor e eappiuul1l gemi desta ilhn pura A1l1~terd511 em o navio boavcntUI"H mc~trc David Laber\olll vizinho dç jaize eOllsilludn uo senhor Mal1uel Gllmes de SilVll, <llIzente (I Fmncisco Manllel Diuz Jorge çom <I de fOr<!

Por ctncoel1ta c hum buni! de cOl1serva Illulhada çom () numero e P(!~o sçguillle

n" I 2 arrobas OH 2 2 li 03 3 2 II 01 4 2 ,1 01 5 2 i1 ()CJ

" 2 n 02

7 2 u 07 H 2 n 01 ') 2n 04

lO 2 a ()6 I I - 2a 06 12- 2a 24 13 - 2 li 03 14- 2u 15- 2u 04

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16-17 -18 -19-20-21-22 -23· 24-25-26-27-

n~ 28 -29-30-3 1 -32-33 -34-35-36-37-38 -39 -40-4 1 -42-43-44 -45 -46-47 -48 -49 -50-5 1 -

2 a 2 a ln 2a 2 ,

2 " 20 2 , 2 , 2a 2, 2.

6Ua-30

2, 2, 2, 2 , 2 a 2, 2, 2 , 2 ~ 2 ii 2 , h 2 a 2. 2. 2 a 2 .. 20 2, la 2, 2 a 2 , 2 ,

51 a =" 4 60n ::; ) I II n"" 7

06 05 06 10 07 07 09 09 10 10 08 08

05 08 07 07 06 04

06 06 04 17 18 02 31 31 06 06

Por 1 11 arrobas e 7 livras de conserva Jll(llhada a 2$100 rs postll a bordo 233$355

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/iI 23 )

Outubro 675

RlIãu - POl' via de Richarlc para R1l50 sincucnla arrobas e J 7 livras que a 4$ rci~ importa 200$R75 cOl1Hinaua II Bcijnmitl Buselim ......... . . . . , .. ... 200$SOO

OutUbro 27 de 1675 Por vin dI.'! Diogo Fernandez Bnmco nolO SOl.lZtl.S pan! Am.~l c rd flO Item de seco cm K caixois - 3S llrro\}:ts n 4$ = 142$ Item cm 13 h:miz de molhado nlhe 13 - 36 arrobas lO li Vnl~ de con~r\'u lIlo1 h,ldn - neto - de mo lhada J5 n e 26 livros neto a 2$200 .... 8.0$575 J\a chnrrtm S:i o Juseph mestre JucI1b( ... ) Illovete vizinho de Londres consinada a

Si miio, c Luiz Ro iz de Sousa II [2N']

Funchal 6 de Novembro 675 annos

Ca rregação C0111 {) favor div illo fe ita pnru mim Joii~) de Sa ldanha governador c capit-111 m lp,:ncrallb ilh;) (ta Madeira pilm a capitania de 1\~rl1 <llnbuco lia p'ltnixo invoctldo Nt'SS;1 Senhor;] do Pilar mestre Estevão Gomes consignada ao senhor Diogo Lopes Caldd l~l :luzcnte :1 quem seus negocio..;. fi7.er com fi de fom ' .

[\elll por dez pipaz de vinho <lU\! fi zcnln de custo posta 11 bordo çada huma a vinte mil !"!!is . . .... . . .. . . .... ,. , , " , ,., , ,200$

Fardo n" I!em [lt,ll' sincuellla ]ll.!çaz de herhmha com 24H armas qllc fllZ\!111 vam O! 302 li 400

rc i.~ , , , . ' . , ..... , , , , , , . , .. , .' , , , , , . , ,.. .."" ,., .,. 120$XOO Item por dez peçns de Ilmrl ez fino com 34H varas a 500 rc is ", . .. ,. ,1 71$500

I'·:m.l{) ]l" 2 Itcm por qllatm Pl'l,"rlZ de hrim CUIll 14R VimlZ a 240 reis

Fardu n" 3 Itelll 1"\(11' humll p(!ça de Cslll1llcllhn prctl\ , . Item pm quatro peitas de eslull1cllhu pal'da

. , . , ......... 55$520

. . R$ROO

dc rnln fi lia elllll 240 varas li 450 l·eiS ......... ,.. . " ,." . .10R$ Item pm duas pCçl\S de SUl:ju de !{OJ1)(1 illldntL a 16$ reis. , . . , , , , . .. , .... 32$ [tem Pl l]' 111)Ze ll11'inz peçll~ dn di!.! sUI]e de Ruma li H 1 $ reis ...... 104$ [tem I'Klr duns peças dc cntnilal11 [ll"CIIl U .3$600 peça . ,.,. , .... . , .. , .. 7$200

Em h ll11l pncoll! n" 4 Jte111 pur dcz. CllV:!dus c meio tle Icrn:uu lina aCllslanhuda a 50 reis cIlVudo .5$250 H\! lIl JlP!' 1111ZC CUVl.lJ us c Illd u da di ta fcrmuulina

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e os maiz clara a 500 reis. . . . . . . . . ........... 5$750 [tem por oitenta covados e meio de fernandina preta a 600 reis ....... .48$300 Item por trez peças de gala acabellada fina pam vestidos de homem da moda a

6$500 reis peça... .... .......... . ........ 19$500 Item por huma peça de ceda cor de bispo com 37 covados a 700 reis .... 25$900 Item por huma peça de ceda verde e branco com 35 covados a 900 reis .. 31 $500 Item por outra peça com 52 cavados e de seda cm de ouro escura a 700 rCl~ . . Item por trez peças e meia de pano dusella com 361 varas a 200 réis vara ........ . Item por pano cm que vão estes gcncros empacados e maiz gastos alhe bordo ....... .

Maio 6 de 676

............. 36$750

.• . ••....... 72$200

........... 2$000

1056$4201/ [24]

Com o senhor Ayres de Saldanlm se embarcou o seguinte a entregar a eIle auzente a João Correa por conta e risquo do scnhor João de Saldanha.

Item 78 paroleiraz no navio Nossa Senhora de Be1em mestre Francisco Pereira de que se remete conhecimento

em hum pacotinho Item seis cavados e 3/1 de chamalote com prata Item huma peça de gala cor de ouro ltem 13 _ cavados de tabique apavonado ltem 30 3/2 de chamalote dita cor mais escura Item 19 covados de tafeta rajado encarnado Item 47 cavados _. do dito tafetá rajada cor honesta 1Iem huma peça de renda preta l:wga com 36 varas que custOtl cm Inglaterra a 2$ !tem 19 cavados de seda lavrada preta Item huma letra de risquo paçada pello cappitam de Bcngilla João Martinz de

Tavora de 71$400 reis Item bmna letra de 72$ réis que ade pagarem Amgola Fmncisco Pereira mestre e

capitam do navio Nossa Senhora de belcm c Santo Antonio.

Vendido e cobrado que seia remetera lhes o proçedido aos proclll"aclores do senhor Ayres de Saldanha a qualquer parte do Brazil que lhe parecer e ordenara aos ditos que dahi fação remeça u Lixboa ao dito senhor João de Saldanha atlZente a quem seus negocias fizer ou a Francisco Mendes de BruTOS e em outra qualquer parte aos procu­radores do dito Barros e dita trouxinlla vai em hmB barril do senhor Ajres de Saldanha.

De tudo para vossa merce como seu proprio pum o que lhe dou os poderes lleses­sarios. Funchal 8 de Mujo 676

importa esta carregação 312$850 fi [24v" em brancol125 em branco II 25v~ em branl

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eo//26]

Carta para Nicolao Rotifem morador em Londres Funchal 13 de agosto de 675

Pella de vossa meree vejo li rezão de quixa que tem minha que eu sinto muito sendo com tanta falsidade a informação que deu a vossa merce o seu comrespondente como consta da cretidão que mando ao embaixauor e informação de tudo o que paçou neste pm1ecular, por onde vossa merce conhecerá que siío differentes O~ meus pro­cedimentos, e poderão jmlifiear esta verdade os mais mercadores desta terra de quem vossa merce o queira saber c do pouco interesse com que cu obro em tudo será vossa merce a mesma informação e de que o heyde servir em tudo o que me ordenar, como H1ÇO n todos os que mc ocupão Oeos goarde li vos!:m mel·ce.

Ao embaixador vai quitação de como Jouo chato que fica satisfccto c por outra via mandarei outra. II [26v" em branco ii 27]

Carta para o embaixador de Londres Funchal 13 de agosto de 673

Senhor meu recebi a de V08sa senhorin de 17 de Mujo da qual fis fi estimação devida e a farej sempre que vossa senhoria me contenue este favor principalmente se as novas de sua salldc vierem acompanhadas com as oeaziões de o servir.

Nel1a vejo a rezão de queixa de Nicolao Palisfen e dos mais intereçado~ na car­regação que eu compl'ej do navio profeta Samuel !.Iue ~endo como elles tinhilo emten­dido não deixaviío de ter l11uita como eu agora com rezão fico tendo de que acuzar Ull11 fulçamentc e para que vos~a senhoria tenha en tendido ludo o que paçOll nesta matcria e em outras de que cn~o chcgarú la alguma queixa me fora lllen:e tomar por traballlo mandar ser () papel CllleUrI".O e juntamente a quitação do comn:spondente destes homens fica satisfeito na forma que declara o qual receberá a paga desta queixa nsim como rccebeo a da divida e bem neo da mel'ce quc vossa senhoria me fns, c a meu irmão nào duvidará de nada do que aqui vay alem dc que quis mandar nctidocs pura major conhecimcnlo da tàlcidade deste magil110 que he costumado a thzer sClllellwntes trapaças c cu muito pouco n fazer vcxm;õcs II ninguém quanto mais pcl!o meu entcrcçc que: 11c hel1l conheçido o pouco que tenho cm tudo c para o que fm de serviço de vos~a senhoria me nchara sempre llluito agrudeçido a esLa merce que me fes aqui c um toda a parte aonde me achar.

Ocos guarde a vossa senhmia II [27v" em branco II 28J

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Carla para Antonio Mendes de Barros Funchal 3 de Setembro de 675

Duas que tecebi devo reposta a vossa merte que nesta faço huma de 4 de mujo e outra de 7 de Agosto e agardesso a vossa merce o cuidado que tem de me dar novnH ~llas que sendo de que paça com saude as estimo sempre muito.

Vejo o que vossa merce me dis sobre o ter o Conde da lrisseira cobrado os sin­eoeuta mil reis que se me ficarão a dever do alma de 672 com que fico descançndo neste particular de que ate gora não tinha tido avizo. Pello que de Aires de Saldanha nesta ocasião v<:jo estar corrente o pagamento da minlm tellça de Campo de Ourique com que vossa meree poderá satisfaLer ao Conde da Trisseira, tendo clle cuidado de o cobrar para o qm: tem procuração minha qLle he o que fiquei com el!e athe o fim deste prezenle allno que este nosso conserto não creo poderá pacar adiante por as novas que tenho de que esta cOI1~ultado este govenlO, pam o que espeTO suce~sor alhe março {l mais tardar que no fim dl:ste dito anno se fica venssido a renda de Ires anllos de Campo de Ourique com a da alfandega dessa cidade desse fica VONsa merce com dinheiro bas tante para satisfazer. a5im esta obrigação como de Ignes Percira ('!) c Luiza Nunes e quando ell me engane con isto haja alguma fa!enssia I11nndan:i ou hirei satisfazer a vossa meree todo o dezembolço que tiver feito com toda a pontualidade c asim espero de vossa I1lcree a tenha não faltlldo a estas obrigações c a llgradissi­mento muito de tudo fiearll para seu tempo.

Aires Saldanha tenho minhas dllvidas a vir ca cst~ anno asimlhc escrevo por esta via ql!e se me ofereçc pelo algarve mas vindo tomarei delle a informação do quc digo asima e na ocnzlão de oitllbro escreverey mais claramente neste particular.

Escrevo a meu irmão Antonio de Sflldallha ~obre celto negocio CjLle me importa de seu averem de vos&<! merce pura effeito de ficar por fiudo!" de lltbe duzentos mil reis athe eu hir /,1 [28vn

] pesso a vossa mCl'ce lIão quero duvidar desta finnçfl a que cu satisfarey em chegando levandome Deos n salvamento e querendo clle quc mc SQCC­

da alguma desgracia sempre desviarey ordem com que vão as segundas e terceiras vias de leti'ng para vossa merce ser pago na mfio de Domingos de Cnmpos seu com­respondente.

foi 2;' vi~ cm 2H de outubro 675

Esta hé a 2" vin de humn que escrevi a vossa merce atam pOllCOS dias COI1l11

parece hoje que somos em 28 me quis aproveitar desta embarcação que se offerecco aqui acaso c com toda a pressa o portador que llclln dai hé hum françes residente nesta terra de muito bom procedimento e muito pontual nos seus pagamentos vai a esse com alguma mercancin fazer carga a esla setia que lhe vejo remetida paI' alio achar aqui asneares em comodos ClIlhe enculquey a passar de vossa merce para que convindo lhe possa fazer negocio com clle.

Também me: parecco fazer fi divertimento fi vossa meree que tive: aviso dn bahia de Luiz Romão Sine! fi quem aqui remeti hUl11as carregaçois de que cm seu poder lhe ficou muita parte nesta fhlta que lá deve ter chegndo n esse porto avia de remeter o pl'Oçedido dellas. creo que a mão de vossa merces que flsil1l lhe tinha feito Rvizo quando não deve de ser a de seu Gomrespondente João Gome~ Calanho c que vossa

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merce me fará favor Rabelo c cobrar com procuração que tem minha e sendo que terá el11aSlICar vossa merce se desfani del!e nesta ou em outra qualquer ocasião, para que eu me possa valer destes effeitos, hindo para essa corte que espero sera cedo entre­tanto veja vossa mcrce se ha em qlle o sirva que para tudo me tel11l11ui prestes. Oeos goarde a vossa meree. FundaI 28 de Outubro 675. //[29J

Carta para Francisco Ribeiro da Costa de 21 de Setembro 675

Escrevi a vossa merce lres vezes elc.

Nils que faço menção pedül ii vossa merce me milndasse trintn moios de tirgo na forma que lhe disse na que foi elllcorrer para do gesso que ja sey chegou a salva­mento e despois em hUl1la caravella que daqui partio em dereitura em que avião de vir sinco ensacados e dous de sevadu e lLgora por temer que iL caravela que levava a praça fosst:: com avizo da nao da lndia n Lisboa que Illl.: dissClll chegou a esse porto peSNO li vossa mcrt::e ascite for assim que offcn.:ccndossc embarcaçào paru esta ilha faça por tomar a dita praçll ou mai~ podt::ndo ~cr, e me remata o procedido do dito gt::sso, e no navio rranccz que leva esta que vai ao Faial carregar tenho l~ustado com o cappitam delle que não achando earga na dita ilha hirá a essa tomar tudo o que vossa merce lhe der, ainda que tenho desconfiança disso por ser tam pequeno que em qualquer parte poderá achar carga.

Tambem se me offerece dizer n vossa mercc que nesta illKl se exprill1cntaril falta de trigo de janeiro avante se vossa mcrce achar embarcação que fl·ete pOl" Sua conta e minha avcndo abundal1cia 11c11a teremos algum ganho Oll a ti"etarei cu com aviso de vossa mercc que achando li e a parte que tocar li vossa meree, e a quem dezem­bolçar para a minha se passará em letra llfl primeirfl ocasião en dereitura despois de chegado o dito trigo espero por avizo de vossa merce que Deos goarde ii [29vU

]

Carta para Ruam para Beijamin Ruselin em recomendação de sincoenta arrobas e 17 livras de casca que foi por via de Richarte.

Hcy çslimado a ocasião que se me offereee para que vossa merce me reconhessa por seu servidor e saiba que a minha vontade dczeja muito ocasião de o servir.

Em esta embarcaçào me hey enleressado com des caixões de consl::rva dI:: n~ tOO athl:: 110 em q11e vã.o 50 arrobas e 17 livras com companhia da carregação gl::ral que leva de Bedi111e, e Guilherme Bale, e espero que vossa lllcrce do proçedido tIe SlHt

venda me fassa favor remeter a Lisboa () que n::l1den.!l1l a pessoa li quem ordeno mandão !tir ademais que lhe toea segundo li !;u<! ordem etc. Funchal 5 de OUlubro 675 II [301

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Carta para Manuel Gomes de Silva em Amsterdão de 18 de Outubro 675

Senhor meu estimo muito esta ocasião para me poder afferecer ao serviço de vossa merce para o qual me achará sempre com muita vontade.

Com o mestre David Laberton remeto nesta ocasião sincocnta e hum barril de conserva molhada com as arrobas da carregação do qual vossa mel'ce me fará favor mandar vender pio mais alto preço que lhe t{lr po~sivel, e do procedido fazer elltre­ga a Francisco e Manuel Dias Jorge para pagamento de huma divida qlle lhe devo de que lhe estou pagando niso. e por esta resão peço a vossa merec seja o mais depreça que puder ser, e qlle me ordene nestas partes em que o possa servir para o que me achará sempre pronto.

A incluza para os ditos me fará vossa merce favor mandar entregar, e tambem11lo fará de remeter na Plimeira ocasião os dous livros que cUs a memoria e do custo delles ~e satisfará vossa meree e do resto fará elltrega a Francisco e Manuel Dias Jorge.

Deos goarde a vossa mercc .•

Carta para Francisco e Manuel Dias Jorge d8 18 de outubro 675

Devo muito a Diogo Fernandez Branco, pois por ~eu meio tenho ocasião de me offcrecer ao serviço de vossa meree para o qual me achará sempre com mllita von­lade.

Nesta ocasião com o me~tre David Labertom envio a Manuel Gomes da Silva sin­coenta e hum barill de conserva molhada com cento e onze arrobas II [30v~] e sete livras para que os venda e do procedido faça entrega a VOSHll merces, que fara por conta das letras que vossa merco sacou sobre mim em conta de Diogo Fernandez Branco, de que elle deve avizar a vossa meree, e não remeto a venda desta call'cgação a vossa merce porque me não quiserão largar praço senão com condição de !tir ao dito, e só do que renderem bade tirar o custo de dous livros que lhe mando pedir, e em hum navio que está para partir remeterá Diogo Fernandez, e eu maior carregação porque nos tem dado palavra de maior praça e escreverey mais largo a vossa merces a quem peço me dem muitas ocasiões de seu serviço.

He a 2' via da que remeti a vossa mew;: na ocasião que diz nesta vai a carregação induza da qual vossa l1lerce fará o que ordena Diogo Fernandez Branco nas suas car­tas que mais largamente escreve.

A di la vai a Simão c Luiz Roiz de Souza, pia mesma n::são que a outra foi a Manuel Gomes da Silva.

Suposto que Diogo Fernandez Franco digo a vossa meIce que a parte que mando nesta carregação e na passada dcspoiz de satisfeito vossa merce de dezembolço que Ces nas que nos mandou fi deixe estar na sua mão athé ordem minha tomcy outro acor­do o qual he pedir a vossa merce me faça compra de huma caleça ou coche de hum s6 asento que andão com dous cavalos com seus tres vidros cristalínos, 11llm diante e dous nas il1mrgas de vaqlleta negra de boa pregaria e bem pintado com o forro de den­tro da çeda que lhe parecer de mais dura, e se vossa mcrce duvidar na forma o por-

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lador que he hum cavalheiro que vai servirl! [31) a Flandres dará seu voto na forma que cá declaro, e não bastando o dinheiro que digo do de Diogo Fernandez Branco poderá vossa merce satisfazenne do resto_

A dita me há vossa merce de remeter a Lixboa fazendolhc por a seguro a entre· gar a Francisco Mendes de Barros e auzente a quem seus negocios fizer na ocasião que se offerecer primeiro pas~ando os gellos,

Encomendo a vossa 111erce que va mui bem emcamada pma que lhe não soçeda algum deza~tre em que se quebrem os vidros, e advirto que hão de vir lmnbem as guarnições para os cavalos ir mas da dita caleça e veja vossa merce se ha em que o sirva que pera tudo me terá mais pronpto as suas ordens.

Deos goarde a vossa merce. Funchal 28 de Outubro 675 Como adverti a vos~a mcrcc que será a mais forte que puder ser porque as suas

de Lixboa sào trabalhosas //[31 vD]

Carta para Diogo Lopez Caldeira morador em Pernambuco Funcha./10 de Novembro de 1675 anos

A seu irmão de vossu merce senhor Mm1l\el Lopez Caldeira sou muito afeisoado e asi111 li elle como fi vossa merce heide servir 110 que puder com grande vontade em toda a parte adonde me achar dando me para isso ocaziào

Neste pataixo remeto os generos declarados na carregação imcluza que (1 dito seu irmão de vossa meree via e aprovou serem de conta nessa capitania que vossa merce me mandara reduzir asueaI" do 111aiz fino que ouver e remeter logo no dito pataixo fazendo a venda pello estado da terra que a minha eonveniencia he vil'lne a pl"Ocedi­do aquj;

Creio que eHta rccomendaçãm deve fazer li vossa merce lambem o senhor Manuel Lopez Caldeha E eLl a faço ao governador Dom Pedro de Almeida favoreça li VOólsa meree no que se valer clelle por ser vossa mercc e seu irmüo pesoaz a quem dezejo bom sucesso em tudo e devo obrigaçoins

Em caza que vossa merce não possa acomodar todo o procedido que me tocar neste pataixo (para o que lhe pesso faça toda a deligencia) me remetera o resto a Lixboa no primeiro navio a entregar a Francisco Mendes de Barros meu procurador e veja vossa merce o que quer que faça de seu servisso ql1e todo o executarej com pontualidade.

Deo~ goardc a vossa merce Funchal 10 de Novembro de 675 allOS roi segunda via em 6 cle majo ele 767 II [32J

Carta para Pernãobuquo para João de Freitas Salvar

Senhor meu folgej 111uito da noticia que aqui me chegou de quc vossa merce fize­ra a sua jornada a salvamento sem susto que não he tam pouco neste tempo em que tanto 110S pl'esegucm moiros e muito maiz folgarej que vo~sa meree logre boa sallde nessa terra ele que lhe l:>esso novaz mais particulares

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Nesle navio remeto huma carregação de vinhos e fazenda sequa a Diogo Lopez Caldeira <luzente a vossa merce e não foi logo fi sua ordem de vossa merce por me pcdir o Provedor da fazenda que ti)] o que me largou a praça qLle fose tudo ao dito por nãl1 hir a muitas màos a mercansia mas ainda <l5im espero que vossa mero:: neste particular obre o que lhe mereço fazendo da sua parte para que tem e carregue neste navio todo o procedido da carregação quando não a maior parte e para a redução aeUa he qm: servira mais o putrosino de vossa men:e e a sua deligencia que esta hc a minha mayor cGl11veniel1cü, ainda que me falte a de vender as ftlzendas por mais alto;; pressas.

Eu ainda espero acharme aqui parte do veram que vem com que vossa mcrce me pode ainda manuar cm que o sirva nesta lerru c indome na cortte de Lixboa aonde me tem mrlis prompto &5 suaz ordem;

Deos goarc1e !I vossa merce Funchal 7 de Novembro 675 annos i,i 32v"

Carta para Lisboa de Francisco Mendez de Barros

As que tive de vo~sa merce de 7 de Maio e de 4 de Agosto tenho feito reposta por 2 viaz e a 3" lIe li induza folgarej que todas achem a vossa merce com a sflllde que lhe desejo que não sem pouca.

Vossa meree bem sabe os poucos navios que vierão este Hl1llO desse reino a car­regar de vinhos para o Brazil com que todos o que o tillhanlOs ficamos com ene quaize em sei' eSü por vh\ dos inglezes botnn10S algum fora a II'CtcO de fuzenda que lambem ainda esta em ser pello qlle ouve gcral talta fi vossa 111crce lmma carta por via de D(llllingo~ de Campos na forma yue vossa meTee verá e os cffeilos dc que se ade imtcirur sam os seguintes.

A Baia cnwiej em Maio do anl10 paçado lnl1na carregação de trezentos e Irinta e quatro mil c novesentos, e em dezembro do dito anno outra de sarafinas de sento e quarenta mil reis de que tive avizo despedido cm março deste prezente anno de Luiz Romão Sinel a quem foram estaz carregaçoills que faria rezão do procedido delJaz a Lixbon creio cu ~eril a mão de vossa merce como lhe tinha avizado quando não deve ser !I de seu eomrespondcllle João Gomez Catanho, e para que vaj a incluza e vo~sa meree eobmrÊl dellc por ella s(!ndo GaZQ que eslcião na HUfl mão estez effcitos tãobcm m.mdej para Ruiío de França sincoenln arrobaz e dezonte livraz c que o proçedidn dclle fosse para Lixboa em letra a mão de Jaquez Nicolao Françes para quem tambem vai carta do seu comrespondenle que aqui asiste para lanto qllC rec~ber (tendo Deos lcvado n salvamento o navio em que foi) fazer" fl vossa merce a enlregua porque tudo entcndo bastura para vossa merce se satisfazer da contia do dito Campos que sam seizccntos trinta e sineo mil quatrocentos e treze reis e qualldo aia faleneia em algtl­ma desta:z couzaz pC~~1J a vossa meree que avendo de mandar carregar alguns vinhos para a Brazil me venha a mim ordem quc não só esta quantia scnão toJa a mais que vossa merce quizer lhe mandarej fazer carregação pelo presso da terra e na bondade dos milhares a prova do mesmo Campos querendo vossa merce com que poul1ará El

comição, e a mim fará grande merce porque do que mandar carregar demaiz Follgar-

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ej de () achar na mijo de vns~a merce quando daqui por que espero seia sedo ~eglln­do as notieiaz que VOSSll merce me deu.

A ()landn manck:i me cOlllpra~'e hum hum coche de douz cavallo;; o qual hira a entrl!gar a VOSH<l merce que sOt,:edendo asim o mllndma meter em humu loge athe eu !lir ou n deixara estar mI alfandega estando bem acomodado,

Nesta DCll/,ião remeto a vossa mcrce hum fcixinho de dual. arrobaz de limào que he o que ha na terra e li mcreL: que vossa mcreL: me faz me da esta eomfiança veia vossa mcrce se ba qUL:lll o sirva que para tudo me tera com boa vontade

D(!ns goarde a vossa mcree, FUllchal 13 de Novembro 675

Advirlo II vossa l1lcn:c que tinha lambem mandado a Bllhill a mno do dito Sinel Ol!tra el\n'eg:l~'ÜO de vinhos llc que lhe ficou hum resto de que tambem dis t~1ria rezão este (oca :1 Diogo FerllilJ1dez Branco suposto foi em meu nome, () qual se lwde entre­gar a Nicolan Pedro por conta do dito Branco ii [33J

Carta para Francisco Ribeiro da Costa, 15 de Fevereiro 1676

Fa~i1 reposta uo que tive de vossa merce de sele de setembro athe desde outubro por ser este H primeira embarcassiio que daqui parte despoiz de li receber.

LI\) primeiro lugar estimo muito a~ nOVl\S que vem em da de sua saude logre vossa mere!.! selllpl'e como lhe eH dezejo.

Vejo () qm: vossa merce me dis sobre a dmenuissÊin qtlC levese o geço em qllC nào pnço ddxl\l' de crer ouve alguma wlhacaritl do~ mestres, porem eomo u eno foi o comrespondente de Diogo Fernandez Bmnco em Sam Miguel dos tcm dezculpa Oll

ao mcnos se111\o podem apanllur na dita velhacaria, e ficarey eu perdendo não só esta Illlta senihl a do exces~ivn pret,:o com qL!e o mand011 para essa terra e espanto me l1luito dL>:l'l' vo~~a lllcrce que não c11egoll li tempo sendo que chegou em Agosto untes de se C()1ll~san:m a~ vendi mm; c vi eu cm algumas cartas que Oitll hera mllO gent:ro, e quI.! se gastava muitu, pOl' Her tambem o vinho em maior c<!nlidade que o de ~dl.!n­ta, e quatro, e () mCS111(111lestrc me dis~e que cm Suo Miguel ii bordo lho compnwão com muito ,IV[\11(,:O para o I.!mbUl'curem para essa ilha, mas l'omo vossa l1lcrl.!e tem tlloto credito pllU! comigo deixarey de o dllr a tlldo o maiz pio dul' a estas SWIS curtll~,

As dUlIs pessas de ~nrga branca creio que vossa meree gC terll desfeito delllls, porque COJllO hc tam pouca cantidade não havcrn qucm as deixe de comprar entre as freiras c Ji'<ldes dessa ilha,

Sinto muito a carta ,k cl'edito que vossa merte mc mandou por vir cm tempo que nno pude remedear li falta que vossa lllCl'ee esprimentará em não dar comprimento do dito credito pIa grande que ouve de letras nesta ilha, e ter despendido as poucas que livl.! cm outras nbrig,lt,:t}e~ 1.:111 quI,) eslava empenhada a minha palavra, e lhe afirmo a vossa 111cn.:" ii l33v"J que ainda ülltOll ti lllgumll~ por aver tan pouca saca de vinhos q\le mL' l'icur:lo mais de cento e vinte pipllS em ser dc~pojs que se partirão as carave­las, e PI)!' isto avizL'y li VOSHH Illcrcc na de 27 de julho me não pasaçe lctrn porque a não tillha, c quando o avim de VOSSlI merce me vejo de que não lomassc praça por conta do dilo geço II tinha jn tomado como li vossa meree lhe eonsla lllui bem pellas

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minhas cRrtas e nessa fiara a uo l.J.igo que vossa merce me mandou que com o rendi­mento delle, e das duas peHsaz de sarga creio faltará pouco para vossa mercc ficar satif:feito de toda a nossa conta, e o que eu ficar devendo pode vossa merce mandRr ordem a quem se hade satisfazer, e quando eu tenha partido para o reino de que cstou ainda incerto lá o satisfarey a ordem de vossa merce.

No que loca ao fretar eu navio por minha conta, e de vossa merce não posso nesta ocasiào dar nenhuma certesa de que farey porque estou com a incerteza que digo da minha jornada que como há sete mezes que não vem embarcação do Reino ando mui emfadado, e inrezoluto do que devo fazer, mas nas caravelas que se esperão por todo este mes de que t'izel'ão obrigação quando partirão daqui eSCl'everey a vossa merce a minha detreminoção, e avendo de mandar fico advertido de que hirá credito de que tocar a minha parte.

Muito estimey que o senhor Pedro Ribeiro a quem beijo a mào chegasse a salva­mento e com saude Deos lha guarde dê e a vossa merce goarde como dejejo

Funchal. 15 de Fevereiro 676 li [34]

Carta para Manuel Gomes da Silva 6 de Março (7) 676

Recebi a de vossa merce de 29 de Novembro passado que estimey Illuito tanto pellas boas novas que vossa merce me da de sua saude, com o por ver comessada esta comrespondencia que ffillÍto dezejava e espero contenuar para que vos~a meree cm de 1l1uitus ocasioes em que eu o possa servil' o que farey sempre com toda a vontade

Vejo aver chegado a salvamento o patoxo de David Laberton e tenho por serIa se faria mui boa venda dos molhados que nelle fmão por hirem em tam boa ocasião, e li mão de vossa rm:rce que tonto sabe reputar as fazendas e tratar com a verdade que todos sabemos, e do tempo em que vossa rnerce entregar o proçedido a Francisco e Manuel Dias Jorge me fará vossa mel'CC favor avizl1r na primeira ocasião.

Nesta não mando couza alguma por nos não parecer mui segura por o mal' andar tam infestado destes piratas, porem para o verão em hum navio que manda vir MOlluel Valente e seu genrro o provedor da fazenda espero fazer huma carregação remetida a vossa merce de mais conta com avizo scu da que tem lá assim assucares de toda a sorte como de casca molhada e seca.

O Calupino me toi entregue, e agardeço a vossa merce muito o cuidado com que me fes merce a qual eu lhe saberey merecer nas ocasiões que me der de o servir para o que me achara muito pronto

Deos goarde o vossa merce. 1/

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Carta para Francisco e Manuel Dias Jorge de 6 de Fevereiro 676

Hé li 2" via da que remeti a vossa merce na ocasião que diz nesta vai a carregação incluza da qual vossa merces farão o que ordena Diogo Fernandes Bnmco nas suas cartas que mais largamente escrcveu a dita vai a Simão e Luiz Roiz de Souza pIa mesma razão qlle a outra foi fi Manuel Gomes da Silva.

Suposto que Diogo Fernandez diga a vossa merce que li parte que eu erdo nesta carregação e na passada despois de satisfazer vossa merces do dezembo.lço que se fez tl deixe estar na sua mão tomey outro acordo o qual he pedir a vossa mcrces me fação compra de huma caJeça ou coche de lmm so assento que andão com dois cavallos de seus trez vidros cristalinos, hum diante, e dous na ilhargas de vaqueta negra de boa pregaria, bem pintado com o forro de dentro de seda, etc e o mais que se contem na primeira via.

S01l1ü~ em 6 de Março de 676 Hé a copia da que escrevi fi vossa merce na charrua São Joseph, mestre Jacob

Movete, vezinho de Londrez da qual tivemos noticia fora tomada pcllo~ fi'ancesez, porem esperamos em deos não ser boa preza, porquanto a dita hera inglcza, e sendo perdida sempre vos&<! merces cobrarão o ( ... ) que nel1a tinha feilo Diogo Fernandez Branco para do procedido se fazer o que o dito ordena.

No navio de João Jacob cm que veio esta nova recebi a de vossa merces de sinco de Dezembro proximo passado de que fiz toda a estimação devida pias boas novas que vossa merees me dão de SlJa saude q11e Deos lhe conserve como dezejo.

Vejo como chegou o navio de Dmliel Labertoll a salvamento, e creio estarão vossa mcrces.ia embolçados do que no dito el11vicy a Manuel Gomes da Silva e a asim a este pel'cedido como do que foi no navio de Movete farão vossa merces e que avia Diogo Fernandez Branco que declara//[35] a vossa merces tudo o que veio por minha conta de junta da sua, e despois de se pagarem sobrando alguma cotiza como creio ma remeterão cm sargas negra~. ou milaneras de seda desj)ois de comprarem o que vai no rol incluzo em hum navio ql~e hade vir a Manuel Valente e a seu genro o prow­dor da fazenda, ou em outro que primeiro venha sendo ingles que sào mais seguros em rezão dos muitos piratas qlle infestão estes mare~, e por esta cauza não remeto neste navio couza alguma porem no do dito provedor espero fazer hUlHa grande car­regação visto determe neste governo mais do que cuidava.

Digo a vossa merces mandem o que cobrar o que lenham de cntmder não tendo comprado a caleçaa, porque com esta minha detença não llecesito ja della, e assim peço a vossa lllerces nào fação li dita compra posto que lhe tenho entregado a carta atraz e vejão vo~sa merees o que de~ta parte me ordenar que para tudo acharào em mim huma grande vontade de os servir.

Deos goanle a vossa merce. FUllchal 6 de Fevereiro 676 /![35v"]

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Carta para Francisco Ribeiro da Costa feita em 31 de Março 676

Recebi de vossa merel! vinda nesta mesma SllmaCfl com muito gosto de saber passa com boa sallde que Dcos lhe de a vossa mcrce como desejo.

Muito sinto eu qtlc vossa meree cuide desconfio eu da sua verdade e nalgum tempo que O dizer a vossa meTce que estranhava a falta de geços, e do preço do frete não 116 sem muita resão e vo~~a merec 111ui bem o entende, e eu que vossa merce não tinha culpa nisso, e lambem 00 duvidar de hir o geço a tempo foi fundado 110 que vejo nesta ilha, que como o se niio vcndima senão de meado de setembro por diante cuidey que alli hera o mesmo e qlle os hwradores o vinhão cmnpnw a hora que lhe hera ne­cessaria como aqui se custuma, porem nesta materia niio há mais que falar, e só dar a vossa merce os agardecimentos de se ter desfeito dclle, e das pessaz de sarga qUI! me dava cuidado o cstar vossa merce tanto tempo dezcDibolçado do trigo que 111e

mandou, que suposto perdi IJO geço o que vo~sa mercc ~abe, e nas duas peças de s..1.rga 5$200 do preço que aqui me custou huma COllza, e outra não faço cabedal disso a troco de que vossa mcrce fiqw:: satisfeito e para esse fim mal1dey logo chamar 19nacio Ft;rrcira Pinto, e lhe dis~e estava pronto para pagar fi letra como pagarey a ~eu tempo.

SUpclsto tivemos navio de Lisboa não tive ainda certeza de ter suçessor, com que não creio vimjá menos de outubro o mais breve, e ainda assim me não rezolvo a fre­tar navio athe não virem os de Angola, e outros mais, para (l Brasil nos quais espero dar sahida aos vinhos que tenho para que achando enbarcação me possa valer do crc­llilo que VOSSA merco 11[36] ordenava daqui tocar a minha parte, e assim na prirncira ocaziào avizarey vossa merce ou com efl'cilo ao fretamento; ou com atenção do que heyde fazer e poderá scrv:1 este avizo por São Miguel em huma pequena sumaca (]ue aqui chegou hoje, que creio hirá cá entretanto houve conza do SCll dinheiro de vossa meree mI! tera as SllllZ ordens a quem Deos goarde por oUlitos annos etc.

He a copia da quc e~ercvi a vossa merce na Sll1llaqull1f ingleza com que satisfaço a queixa que vossa meree faz l1(;sta sua de 2 de Maio com que me alegrei muito pla~ boas novas que vossa meTce me da de sua saudc que cu sempre estimo C01110 devo,

Na franceza he serto não escrevi a vossa mercc por cauza de partir vindo chegan­do a este porto doze navios de Lixboa em que cmtravão os de Amgola com meu primo Airez de Saldanha e afirmo a vossa meree que foi tanto o que tive que fazer nesses dias com o seu aviamento e eom u de hllma leva de 200 homens qLlc aqui Ie­vllntei para eJle levar que me não foj possível escrever.

Elle me troxe nova de que eu tinhaja sucessor que vira aqui paçado (l samjoão e com tal noticia me não hera conveniCllte o fi-etamento do navio e poupo a vontade que vossa merce me faz merce mostrar para me aproveitar della de Lixboa ou de outra qualquer parle para onde me mandarem, e em toda terra vossa merce a millha rnerce as suas ordens para o que o ouder servir.

Deos goarde a vossa meree muitos annos, Funchal 18 de Mujo de 676 unos ii [36v"J

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Carta para Francisco Mendes de Barros de 2 de Maio de 676

Recebi us de vossa merce de 3 de Fevereiro c 24 de Man,:o fazendo dclla~ a esti­maçiio que ~emprc fi~ por me certificarem logra boa saudc que Dcos lhu conserve.

Vejo como l1:JO haja duvida na cobrança dll tença do almoxarifado do Campo de Ourique. e estimo isto muito para que vossa merce se VCjli livre das perseguições do conde, e tenha nos sincoenta mil reis que lhe sobrào l1a tcnçll dessa alfandega com que llil' continuando as mezadns de 19nes Pereira a qua! lhe peço llUO falte athe no~ vermos que espero seja muito sedo.

A provizão da dita tcnça que vossa merce me pede ereio entreguey a meu irmno a quem VOSSl1 merce a pode mandar pedir para se registar nas merces como vossa mcrcc me dis suposto entendo ser desnessessaria esta diligeneia que he se riO que hade estar jl'l registada, e com pouca deligencia se poderá buscar para timr as ser­tidões que forem necessl1rias, c quonndo isto poça esperm por mim hirey fazer esta por escuzar l1101cstia a vossa merce.

Agardeço a vossa meree 111llito a vontade que l11o~tra para haver de afiançar os duzentos mil reis suposto que entendo pello que dizem os parcnte~ todos n50 serú necessúnll.

De Rwl0 tenho avim dc Beijmnin Buselin tem remetido ;fi Jl1como Nicollao em Lixbon por minha contn cento e quarenta, c nove mil e trezentos e setenta reis proçe­didos da l:lIsca que daqui lhe elllviei os quoaes vossa merce cobrará plns cal·tas que 111 tcm e asim. e ali mais tive avizoi! [37] d<1 8ahi<1 de Lui~ Romão Sinel de IS de Julho do anilo pnçado que tinha em sel! poder qU[1u'oscnlos e sescnta c sinco mil, novecentos e noventa ruis os quais hade remeter com avizo meu a vossa meTCC nas letras dc risco. e quando as nãD ache em tabaco fino, qm~ me dizem hc II que tcra mais conta nC~H<I corte hoje no.~ dou~ n,lvios de vos~a mcrce quc nqui vierào carregar dc vinhos, quando nflo poça ser na nall dos cornblli por ser o cappitão meu amigo, ~e quize!" Deo~ que chegue pdmciro do que eu a cs~a corte e es,imarej, pam que \lossa morce ~c cl11holçc do credito que passei a Domingos de Campos, c comigo. ou em qualquer cmbarellsHão para que baja remeterei a vista bem algumas letras, para qlle do primeiro que chegar seja VOl;sa ll1erce satisfeito visto () dito campos não querer tomar vinhos por dczaçeil; milrcis dcs lostões menos de que vendi mais de Rem pipllH. sendo llle rarcçc vossa lllcrcc lhe não nvia de estar mal a dila comprn.

O~ douH navios de VDSHfl Illcree lhe fiz dar o comado igu<llllOS navios cm que veio mell primo, c dar () aviamento neçessmio para que partào em sua companhia u quc nào deixarão de fazer ainda que cu para esse efeito faça dc (cr hUlll par de din~ os ditos de Angola, e surcssc vossa merce que todas as suas cou;;;n hcy de tratar como pl"Uprill~ sempre c servilo muito a Sllll slltisllu;no em tudo o que me ordenar.

DCOH goardc a vossn mcree. Funchal 2 de Mnjo de 676 Hude nllllctCI" n vossa merce mais Luiz Romão Sine! 74S 154 de nutra conta de

quc fnçn Il\lnbem avizo a vossa lllcrce nn mesma forma c1uc () Illai~ li [37v"]

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Carta de{ ... )de Maio de 1676 para a Bahia a Luiz Romão Sinel

Recebi as cartas de vossa merce de 27 de Março, 7 de Abril, e l8 ck .hllho do ano paçado das quais fiz grande estimação por entender dellas. Paçe vossa merce com boa saude.

Vejo o qllC vos~a mcrce me di" sobre ser lllao o tempo em que chegarão as noven­ta pipaz com o mestre pao Vaz da Cruz cotiza que parecia impasivel paiz por todas as rezoins foi remetido na milJlllr concyderação que puder ser, mas isto com estes gelleros de negocio que se expoem a estes sucessos quem o exercita e senâo fora mail: que esta não fora tanta a perda que eu esprimentei nesta ocazião porque alem de se venderem os vinhos com menor depreciaçfío do que se entendia se queixou o mestre que vossa merce sem rezam algmna o fizera fazer maiz demora do que leV<lYa por ordem he contra o que tanto emcomendd a vossa mercc, e que o obrigam vossa merce lambem a tomar as caixuz de Ajres de Ornellaz por menos tfez mil reis do que se lhe ofereçia, e rezultou de tudo isto padecer eu a perda que importou quantidade de asucar quc carregou o dito Ornellaz, e o n80 vir a tempo de lhe poder dar melhor suhida alem do que como hera reboten1o que sobrou da frota vicrão a maior parte das caixas com asuear de coatro e sineo ~ortes sendo so a primeira camada de asucar branco as mais hera algum tal que s6 para mol1wdos servia com que me enjeitarão muitas das que vendi um fim desgraçada esta jornada em tudo o que atribua a minha pouca fortuna, e grandes cuidados de vossa merce que devia emcomendar este nego­cio a que não teve muito cuidado della.

O avizo de vossa merce de!le tornar a mandar o pataixo ainda chegava a tempo de me poder aproveitar deste negocio com Diogo Fernandr:;z Brunco se nos não tivera soccdido tum mal no outro e 110S rezolvemos mandalo a Costa de Guine, e a espe­mmos cadu hora queira Deos traze110 a salvamenLo.

As contas todaz recebi e por ellas vejo ter menos huma mào para remeter nesta prezente frota do proçedido das bertanhas e serafinas quatro sentos e setenta e sinco mil novesentos e noventa reis os quaiz lhe peço a vossa meree me remeta a Lisboa a intregar a mim auzente a Francisco Mendez de Barros ou quem seus negocias fizer cm letra de risco na nao capitania em que vaj o cappitam Diogo Ramirez e quando não posa hir seia nestas duaz de 1/[38] Franciseo Mendes de Barros metade em cada hU111a e sendo cauzo que sen80 ache esta (couza que duvido) pesso a vossa mcrce me remta em tabaco fino nas ditas embarcaçoins com prcsedençia da capitania espero a pontualidade de vossa merce não deixe la ficar nada por me ser nesessario este din­heiro em Lixboa e para tudo o que eu naquellas partes prestar me tem vossa mace mais certo que como tenho ja Sllcessos me acharey na COlite athe Setembro e mais tardar.

Dcos goarde a vossa mcree muitos a111n05. Funchal. fi de majo 676. Os navios de Francisco Mendes que digo são S. Frutuoso e o em que foi Jose

Mendes de Thairos seo irmão para essa prassa. Esqueçeme dizer a vossa merce me hade remeter na mesma forma que o mais que digo asima 74$154 que tantos mais de 148$308 de carregação de vinhos que vossa merce vendeo conforme a sua conta do allno passado e fi outra metade toca a Diogo Fernandez Branco o qual escreve n vossa mcrcc o que eleve fazer dena.

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Carta de 3 de Majo de 676 para Llxboa a Manuel Domingez Pereira

Rccebi a de vossa merce de 24 de Janeiro e com ella o breve que agradeço muito a vossa merce pia deligencia com que neste particular obrou cm falta de Grigorio Gomez Henriquez que muito ~enti e logo diçe a Bento de Figeiredo estava prestes para pagar no genro que elle pediçe os qallrenta mil e quinhentos reis e ossim o fjz nesLa ocazião m<l11dando lho dar em bom hacalhao rello preço que elle ajustou como consta do recibo, e o agradcómcnto de de1igeneia fiqua para hir comigo que espero seia mui sedo se entretanto ouver couza em que sirva a vossa merce o farej com boa vontade a quem Ocos goarde. Funchal 3 de Majo 676,

Carta de 4 de majo de 676 para Pernambuco a Diogo Lopez Caldeira

Em 10 de novembro remetemos daqui o pataixo nosa senhora do Pilar mestre e~tevão Gomez c j1clla ilha Terceira tivcmo~ noticia chegar a salvamento queira Ocos seja assim e que ache H vossa merce coma saude que lhe dezejo que este sem pam mim o principalllcgocio do mcu intereçc e por horas esperamos chegue a esta ilha que a sua deligeneia de vossa Il1crce hc tam conhcsida ql1e nos t~'lZ e~tender que não avera descuido no que tanto se lhc emco111cndou porque he // [38 v"] serto que vindll dentro de hUl11l11cZ se fara muy bom negocio, no qlle escrevi no dito pataxo pedi li

vossa mercc como vera da copia que rcmeto sem cmbmgo de termos noticio da chegada do navio me remeteçe tudo o que pudece no dito, e qlle quando lhe ricaçe alguma eOLl7..a 1110 remeteC(~ fi Lisboa a mão de Francisco Mendes de Barros meu procurador e assim lho torno n pedir e que seja cm letra de risquo e quando não poça ser seja em tabaco fino que tem mais conta hoje. e qualquer destus COllzas espero busque Yo~sa I11crcc embarcaçuo mais ,'legun! que ouvcr nesta primcira frota c II Li;-:.bQU me e!;crcycra vossa lllcrce ti re~oluçí.\o di~to pura onde me partircy lIthe Setembro e la espero servir fi VOSHa meree em Ludo o que me mandar o qlli:: farei com grande vontade,

Deos goarde a VO~SIl mcree muitos annos. Funchal 4 de Maio 676

Carta de 5 de Majo de 676 para o Rio de Janeiro a Diogo Valente

Parte estc pataxo, c cu não quero deixar nclle de precurar novas de vossa meree as quais lhe peço muito el11carassidmnente e estimarei sejão de que passu com boa saude que Oeos lhe eonserve por muitos annOH,

No navio Sol dourado rcmcti n vossa meree noventa e sete varas de Holanda. e lhe pedia a vossa mcree me rcmctcçe aqui () proçedido e111 assucar fino na primeim embarcassão que para aqui vie~sc. c agora COI11 avizo dc que tenho succsor peço li

vo~sa men::e que não tendo na forma do primciro avizo 'l~1ÇO ülvor de buscar o pro­cedido das ditas cm letras de risco para Lixboa a enll·egar a min, llllzcntc a Francisco Mendes de Barros ou a quem seos negocioH fizel', porem udvirto a vos~a merce que hude ser com boa segurança que cm outra forma .untes quero venha pan\ aqui como

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lenh:\ pedido e vossa merçe reme Lido a Diogo Fernandez Branco a quem deixo proC\l­mçiio para () cobrnr em satisfação de li' [39J contas que wnho com clle ou ao senhor pnwurador da fazend[l a quem Ião bem deixo procuração quc emtc11do mio cstarei aqui tres IllCZCS segundo [IS noticias que tt:nll(l hcm Lixboa cspet"O li reposta e muitas ocaziõcs cm que poça servir a vossa meree que o farej cum toda n vonLade. Deos goarde li [3YvU j

Senhor Francisco Mendes de Baíros 8 de Maio

Serve de alem Pllnha (I ci'edito incluso que meu primo Aircs de Saldanha h~ remem a voss..'lll1erce de 11$ que nboll[lra na nossa conta que eu lhos tenho asim a~entado e na geral me alargo. Goarde a vossa 1l1crce ii [40]

Carta para o senhor Luiz de Saldanha da Gamaxo de 9 de Majo de 676

Carreguey as des pipas de vinho que vos me mandais vos carregue as qw:lCs com­pn:j do mais excelente que aefley e mandey eonssertar na forlllll que se costuma, panl aquc:lla~ partes e fizerão de custo o que vereis da conta junta, pella qual me cstaL~ It

dever 8R$1 00 despois de pagares, humR letra de 36.$ qne so!)['e VOSSll metee passo a pugar a ordem do cappitam Fram:isco de Albuquerque Tel!es a dous ntCscs visla n minha peço não falteis porque não padeça falta a minha palavra e quando lha possais atempar alguns dias antes o estimarey,

Os ditos outcnta e oito mil e cem reis do resto me fareis favor remeter em bom ascite a entregar a Diogo Fernandcz Branco, auzente llO provedor d:l tllzenda Rool Ambrosio Vieira de Andrnda e nesta forma vos será o pagamento mais suave nos prÍmeiros navÍos que de lá Vil!rl!111 que ainda que eu espero hir cedo scmpre me hé cotlvitliente cá este azeite para dar satisl:1çãu a estes homens e se tiveres alguma du .... i. da llll adição do que vos restej a dever do azeite que me tnatld[lstcz c1escontal1dol\ madeira sem a cauza não aGItar 8 conta qLll! vos tinha mandado com os emfados que agom me assistem no aviamento de Ayrez e de duzentos homens de hU111alevu qlle Ille tinha qt\a feito qlle vos afirmo que he tllnto o trabalho estes dias que apenaz lcnho tempo de dormir c assim que ~Cl1lprc estarei pia primcira conta se ouver o erro que di,gno deve de ser de pOllca cO:lsideruçuo segundo minha lembrança !11ns vossa mcrce Ilwndllr se la.

A minha tia e prima nào escrevo por esta mesma rezão e por c~perar cedo hir bej. Jarlhe as ahi a porta se entretnnto ouver cm que o sirva o farej com gmnde vontade.

Lembrovos fi deligencia da fragata de guerra que com todo o cuidado deveis SQ!icc itar tanto pe!la ill1pOrLancia do risquo que corro como pelo que vos mel'esso fico 11$ vossa~ ordens, Deos goarde. FIlllchal9 de Mttio 676 al1os./1 [40 v"]

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Carta de 18 de Majo de 670 para Agostinho Borjez de Sousa Cimbron provedor da fazenda da ilha Terceira

A de vossa merec de: 27 do paçado estimej muito por emtender lograva vossa mercc de ~auc\e de que deze:jo o qual vossa merce tenha sempre lllUj prefecta,

Bem crcio da merce que vossa merce me faz dará lodo o aviamento no navio da Costa de Guiné se ahy chegar porque lho mcresso a.%il11.

Ao licenciado Lourenço de Matos 1113lldej recado sobre e.;ta letra de 26$ rs que avia de paçar para minha tia li senhOl'a dOllna Viajante de Albuquerque de quem tambem tive avim sobre e~te partintlar eIJe me mandou para ocaziào creio não fal­tara, l' sendo (;ml1igo assim a lcvarey comigo que hirej na primeira ocaziilo que ~e oferecer porque e~pero susessor muito sedo que he Akxandrc de Moura que foi mestn: de eumpo do terço de Custello de Vide e daquclla!.-l partes me tera VO:-lsa merce mande a~ suaz horclen~ e espero me nãu falte com cllnz porque as hdde dar li exe­cução com toda a vontade.

Deos goarde a vossa meree InUitO!'lllnnos. Funchal. l!l de M,~i() de 667, ii [41]

Carta de 15 de Setembro de 676 para Diogo Lopes Caldeira a Pernambuquo

Suposto tenho e.~crito a vossa merce to(las llS vias que se otTereccrâo não quero perder esta ocaziàll se precurar IlOV<lS suas, as quais lhe peço Ille! remeta a Lixhou por estar c~perando por homs huma jj'agata de guerra em que ~ma dctrimino voltar, c se forem como eu dez~jo farei grande estimação dellas.

O pataxo Nossa Senhora do Pilar não he chegado athe u prcxente, e certo qut! nos deu a todos os intereçados grandissima perda a demora que vossa ll.1ercc deixou la fazer ao mestre que foi fundada em grande velllaqlwria do dito, p()rque ao certo que deixou feito com Manoel Valente. e ainda que linha!11os elllcndido isto hã muito tempo ~el1lrrc euidavamos, que vossa merce o fizesse partir no tempo que avizava­mos, ou lhe fize~se os porte~tos cO\lvinientes, não eonssentinuo a Slln cavilaç50 OLI nellu fui o mais prejudicado, que como estou para me pmtir, e com algulls empenhos neçcssitava do que vossa mcrcc me avia remeter, que espero ~cja a major parte do CJue la tem como lhe lenho pedido.

Tãobem espero me tenha vossa meree remetido a Lixblln o resto que lhe ricas.';!.;. quoando vossal1leree o não tenha feito o que não espero de seu primor lhe peço mo remela na primeira ocazião podendo ser em letra sera melhori/(4J VO] qummdo não no tabaquo que por duns vias lhe tenho dito a entregar a min auzente a Francisco Mendes de Rarros ou a quem seus negossios fizer.

Ao govemuclor que achar tem sahido para es~c: governo que não pouenl deixar de ser meu amigo, pois o são tOdOH os opozitores el11comendarcj a lJeçoa de vossu mcrce com todo () afecto, c em tudo o que vossa meree me ordeml1" daqllella~ purtes o servirey eom boa vontade a quem Deos gom'de muitos anIlaS.

Despois de ter feilo esta vi a earta que vossa meree escrcveo pla Terceira ao sen~ hor Manoel Lopes Caldeira que estimej muito por ver passava vossa lllet"ce com boa

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saude, e juntamente as vendas que vossa merce tem feito com reputação da fazenda que lhe foi que não esperaval1los menos desprimor de vossa merce ii [42].

Carla de 21 de Setembro 676 para João Fernandez Vieira

Senhor meu dcspois de ter escrito a vossa merce a induza adverti que hlUn pataxo que tenho maIKlado negacear a Costa de Glliné por minha conta e do capitam Diogo Femandes Branco com a tnrdança gllC nos fas poderá ter amdado a esse pOlto com alguma cauza a, remcdcarsse e nos pareceo aceItado pedir a Vossa SenhOlia queira mandar sobestabelecer a procuração que com esta 11le remetemos em pessoa que posta com cuidado por em alTecadação o que o dito patam levdl" e desfazers:\C ue tudo o quc ahi tiver conta rClne. tendonos a Lixboa o procedido em lelm ou no que puder ter maiz conta a entregar a mim auzente a Francisco Mendes de Bainos, c vindo algum ouro ou malfim se TCmeterá sem ser l-epartido nos navios mais seguros da frota na fonna que a Vossa Senhoria lhe pareçer mais aceltado porque a sua eleição deixamlOs a desposiçam de tudo que Sl'!mpre o que fizemos estará mais a conto e tambem avendo quem compre com comodidade o pataxo poderá Vossa SenllOria dar ordem pera que se venda remetendosse tambem o procedido nD torma sobre dita, advertindo nos res de custo a menos de dons rumos a hum conto e qui­nhentos mil reis, e despois com vellas amarras e outros materiais gastamos mais quinhen· tos mil reis, e despois COlTI vellas amarras e outros materiais gastamos mais quinhentos mil reis, e quando senão ache venda poderá Vossa Senhoria mruldaIlo carregar a frete ou com nosso proçec1ido não podendo eu hi1- em letras, e remetella em companhia H[ 42vO] da primeira frota que nhi vier, e da desIXJsição de Vossa Senhoria esperamos nesta materia os maiores acertos e convilliencias e deste trabalho que damos a Vossa Senhoria lhe peço per­dam que a merçe que me fas tem desculpado de lho dar, e o agardecimento desta porej no numero das mais que tenho recebido e servlrey a Vossa Senhoria cm tudo o que me ordenar com a vOllt<1dc qUI:: por vezes lhe tenho seneficicado a quem deos guarde. João de Saldanha = Diogo Femandez Bmllcol/[43]

Carta para o Rio de Janeiro para Diogo Valente do Quintai escrita em 24 de Setembro 676

Senhor meu tenho respondido as de vossa merce que recebi escreficadolhe o: gosto com que sempre recebo novas suas, e agora que se offerece esta oC3zião ainda, que hé por Pernambuco a não qnero perder, pedindo lhe mas contenue enviandomns a Lixboa para onde estou de pmtida nlllito alvorossado por esperar ver a vo~sa merce: la cedo.

Mandey daqui hum pataxo a Costa da Guiné hoje faz onze meses por conta c risco meu e de Diogo Fernal1(ies Branco, c porque nos tarda já, e poderá ser que com algu. ma necessidade va a ese porto acordamos fazer huma procuração a vossa merco para: poder cobrar tudo o que nelle vai, e fazer o que se segue.

Mandará vossa merce em chegando o pataxo tomar conta ao mestre, e mercador delle, que he Pero Vaz da Crus que mostrará a vossa merce a cscretura, carregação, e

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rcgiemnto que levou por onde vossa merce se devc governar, e mandará vender os ncgros, e sera qllt:: levar, c o atiro remeterá vo~sa meree em ser a Lixboa na primeira ri-ata que ahi for, re)lllrtindoo nos navios que mais seguros forem, por nào ariscarmos tudo junto, e asim muis o marfim, e o proçedido dos negros cm letras segul'llS, e quando as não hajn cm Hssuear fino , ou coirama, sendo sempre o qllC a vossa metee lhe parecer mai~ Clllwiniente em Lixboa ou letraz de risco em boas ditas; e uvendo quem compre o palaxo eom comodidade o poderá vossa merce vender adverti ndonos tem feito de custo sinco mil cruzados com todos os aparelhos que lhe metemos e despois disso nos nilo fcs mais que huma jornada a Bahia, e estf1, di~emos a vossa merce este preço porque daqui poderá entender o que podes~e dar por elle, c bem creio que ti dcligel1eia de Vossa Senhoria pam ter mais alguma reputação e do proçe­dido teni vossa mçrcç remeça nu mc~ma formu tudo a enlregar u mim, auzente a Francisco Mendo/'. de Barros, Oll quem seus negocias f izer e a merce que vossa meree ll1e fas 111e dli confiança li lhe dai' este /1 [43v"] tl'l1balho e em ludo {) que fOl" de serviço de vo~sa Illej"ce 1~1rei cu sempre por mostrar o mell agradeçimenlo, estando sempre mui pronpto cm qualquer pnrte Hondc assistir as ordens de vossa meree, A quem Deos gonrde etc,

Quando vossn merce não ache venda no pataxo poderá mandalo carregar a frete, ou com parte do nosso procedido que não poder hir em letraz, e mandalohá cm eOI11-panhia de primeira fruta, C]lle dahi vier, e se vossa merce puder avizar diante por qual­quer via que puder nos f1rá favor para podermos fm-:er seguro pareeelldono~. Não disemos a vossa lllcrce o preço do pntaxo por limitllçào, porque para venda delIe plD preço que enlender va!. João de Saldanha. Diogo Fernandes Branco II f44]

Bahia. Senhores Antonio Gonçalves Pinheiro e Manuel de Almeida Mar. Funchal. 24 de Setembro de 676

A tardança que nls hUIll jlataxo que mandamos a eo~ta de Guiné de que hé mestre Pcro Vaz da Cruz llOS J~s prezumir hiria por eau~a de algull1l1 necessidade buscar esse porlO da Bahia, pel10 que 1l0.'l prevenimos com a procuração junta que remetemos a vossa merees, para que chegando, qualquer de vossa rnerccs mande pella dita procu­ração tomar conta tlll dito mestre que hó tambem mcreadm da carregação que nellc foi e de tudo o que trouxer pedindo lhe para isso a eserdura carregação e regimento que daqui levou por onde vossa II1crecs se devcm governal', e todos os ncgroH que trOllxer se vendcriio, c a ~crn tendo há bom preço tambem e o liquido proçedido de hUllla, c ou tra cOllza remeterão vossn l11erees em letra seguI'[) para Lixboa apagar a min [luzente a Frnne1.':co Mendes de Barros, e o oiro, e marfim que vier, remeterão vossn merecs na ll1e~l1la especic que li rccebcl"ll1l1 para n dita cidade e com a mesma eon~illaç.iio com os nnvios mais SCgllro~ da frota: c avendo quem queira comprar o pataxll, o que nãu duvidamos pIo preslÍmo que tem para as viagens ele Angola, o venderão vossa Illerccs, jll1g<--lI1dosse bem adve l"iindo nos tcm feito de custo com ii nova amaração c velmlle que ul timamente lhe metemos mais de sinco mil erU7.adus o que não dizemos por lelJlitllt;iio de preço mns somente por darmos l1. vo~sa l11crees noticia de SCll cllslo c o proçedido dc1lc remetel'ilo vossa I11crces lUl confurmidade

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asima, e sendo cazo que não 11aja comprador o porão vossa merces a cnrga a frck para Lixboa na primeira ocazião de frota nào avel1do quem carregue em parte, ou cm Lodo o farao vossa merccs por nos".;! conta elo proçcdido dos negros 11 entregar na dita cidade na forma asima dita e nas mais partes a quem fizer os negocios de Diogo Fernandez Branco, e por todas /1 [44 v"] as vias no~ darão vossa merces avizo do que neste particular obrarem, pant mandar fazer O~ seguros que nos parecer no que ficamos certos,

Ocos gO<ll'dc a vossa Illcrccs muitos allllOS etc, João de Saldanha - Diogo Fernandez Branco ii [45J

Carta para Holanda para Manoel Gomes da Silva 9 de Outubro 676

Recebi as duas vias da de vossa meree de 22 de Junho de que foi grande esti­mação rellas boas novas que vossa Increr.: me dá de sua "aude, que eu sempre snbere)' estimar como mereça a obrigaç-ão que devo a boa vontade que me mostra.

Vi a cont<l dos sincoenta c hum barril d~ molhados, e beneficio que vossa mercc lhe mandou fazer por entender hião maltratados, e tlldo obmdo neste particular eslil feito, como por vossa mercc de que lhe dou os agard~cimentos, e saberey 1'ccoll1-pençar e~tc trabalho scrvindoo nas ocasiões que vossa merce me der de SCl! serviço.

Nc~ta nào remeto COllza alguma pella gralld~ falta ql1C ouve este anno aqui de asnear, e tambem por meter vindo successor ao governo e~tar de partidn pam Lixbou em huma fragata de guerra que espero me chegue por horas que S. A. goardc Dcos que foi servido ordenarme viesse buscar e se naquellas partes me for neçcssúl'io algu­ma couza dessa fare)' avizo a vossa mCl'ce que tmnbem mo fllrú lá se pO~~!1 mandar alguma couza que tenha conta advcl1indo que tenho alguns azeites que posso man­dar avclldo conveniencia e juntamente me 111and<ln\ dizer~) que lhe fOi" neçes~!\rio de lá que para tudo me terá muito <IS suas ordens,

Dco~ goarde a vossa ll1erc~ muito annos. Funchal 3 de Outubro 676. Foi 2" via cm 23 de outubro 676 com o mestre João Jacob Tenho algumas laral1jas da china que posso embarcar com comidacle llO dia da

partida por estar com huma quinta a bordo do rio vindo a Belem e Limlio //[45v"]

Carla para Holanda para Francisco Manuel Dias Jorge de 9 de Outubro BlB

Recebi todas as de VOHHa merce de 10 de Junho, e l) de hilho e me lllegl'ey muito das boas novas de sua saude que sempre sabcrcy festejar com a mesma igualdade todas as vezes que vossa morees forem servidos mandar mas com as ditas carias recc­bi tambem <IS nove pcssas de smje napas e calepillo~ que tudo veio muito prefeito, como caU7~1 ordenada por vos~a morees li quem fico mui agardecido pdlo cuidado com que tcm obrado hldo !l que lhe encomendey.

No que toca fl caleça mudey de parecer porqllllnto me avizou lllClI irmão de

4"

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Lixboa tinha lá comprado outra por minha conta com que não podia fazer dOtts gas~ tos porem chegando lá; pera onde estou de partida, por me ter ja chegado suçessor esperando por horas huma fragata de guerm em que S. A. que Oeos goarde me fas favor munda,. buscar, e achando que não hé de meu gosto li dita farey avim a vossa merces pera que me mandem fazer buma com toda a curiosidade (visto terem quem lha faça com ella) e vossa merces me farão favor tambem fazello na primeira ocazi­ào que se offerecer para aquella carIe do custo que me poderá fazer pouco mais, ou menos, e o que me terá mais conta em pagamenlo ddla para que eu possa prevenilo advertindo que tenho azeites com comodidade, e quando nào haja sabida segurm-ey o que vossa merces me aconselharem ser melhor.

As contas todas vi; e me parecem estarem feitas com a pontoalidade de que vossa merces costul11ào e logo fis lançar as nccessarias de acordo como vossa merces ordenarào para hirmos//[46] choarentes.

As garapas cstimey muito ver e para tudo o qu~ prestar do scrvi(,:o de vossa mcn:e na qual as partes mc não poupem porque o hey de fazer conta da avontade Dcos goarde a vossa merccs.

Foi a 2" via em 23 de outubro 676 com llcresentamcnto. Tambem tenho cantidade de laranjas da China que posso embarcar com comodidade a hora da partida porque estou em buma quinta a bordo do Rio junto a Belem e limào II [46vO]

Em Novembro de 675 passou o senhor João de Saldanha hum credito sobre Francisco Mendes de Banos de 635$431rs a pagar a Domingos de Campos e em 6 de Novembro de 676 fes a obrigação seguinte por duas vias.

Devo ao senbor cappilam Domingos de Canpos Soares seisCl:ntos e trinta, e sinco mil quoalrocentos trinta e hum reis que tanto.'; pagou por encontro meu a João chato que c da dita quantia lhe passey hum credito para a cidade de Lixboa o anno proxi­mo passado sobre o senhor Francisco Mendes de Barros ao qllOal aponley os effeitos donde avia de tirar este pagamento e por ter notissia não esta o dito credito satisfeito por falta de algumas remeças que llleus conrespondentes das palies do Brazil fizerão me obrigo levando Dcos a salvamento a dita cidade de Lixboa fazer abonar ao dito credito dando dentro cm tres mezes da minha chegada pagamento do que faltar ao dito senhlll" Francisco Mendes de Barros em dinheiro de contado abatendoce setenta, e dous mil reis que por esta conta recebeo o dito ~enbor cappitam Domingm de Canpos nesta ilha como consta da conta que tenho ~L1a para o dito senhor Francisco Mendes de Burros e deste theor lhe dey duas vi.as de que esta he a segunda qu.e não averú effeito estando pago pia primeira

FUllchal. 6 de Novembro 676/1 [47]

Memoria do que o senhor cappitam João Ribeiro me hade fazer favor fazer

do Item çobrar de Belchior Roiz Cal assa 48$500 que pagua em cada hum a11110 do

do: arrendamento das metlzas cio Parla Santo 'lHe lhe fes por dous annos que começarão em São João de 676, e honde acabar em outro tal dia de 678 para o que fica a escre-

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1m>! . .;: pl'.-..:ur'h:cio lI.: Lui._ P.:r.:i ra de Saa a qu.: pertence cada ljuílnlia. h..:m cubr;lr J.' \ I ~llhi<l':' Je ~knd(Jnç:l -l J 5900 T:õ dos dilim05 do puçado perten­

':':!Il.'~ .1 thta úlmemt •. que ~ lhe :rrr.:ml:mio pIo dilu tempo como cllnSlIl da eSCTC-1m:! 4u,: l:lHlhi>1Il fj~"í1 tl que lIlUu rC01cli:m ao duo Luis Pereirll d..: Sua auzente a seu ti llll' J,,~.·ph ... dI." SU!I73 Pcrdm cm lã lt:llI mino

Item 1r.V.':IlJ,. u~ .. os li sal\·aml.'nto u nwm.: !\oro \Ias <1.1 Lus cobrar del le 19$500 tj \)u;: me den'" de huma letra de risco 955011 c de empreslimo l OS rs p<1m o que rica ..: ~c ril" l" IelrJ .

Itcm L1. lbrJ.r o.k Gujlh~rme Bale 48S500 de humn leua que p"ssou a Luis Pereira d;: S;tJ J qUIIJI hjn p'1f{óf<lda Cd!ll 25 por ,'e"lItO no Il<Ivio do Pedroz!), que tàobcm ~ c(,brarJ.o pil!'J (l qUl' fica porlestado. pm c\lr:!. n~IJ bostante do dito Luís Pereira de SJJ. a quem pi!rtCnt::': a quantia .

..\ •. 1 dito ~enh(lr fica pf(Jcun!s~o para arrecíldll.T tudo o qUI: nesta ilh" achar me 1')I."a ;j~im do qUi." lhe fica e \"ai aqui declarado como pcHo fkar por declaror por o..'.qul!dmeIllo lm jn(}ran~sia.

Arre~"d ar.:l o usuquar que llW \'<:;'-'0 de Pernambllqllo peHo conhecimento que lhe fk;.J c f' \CndL'fa na lilfma que tem ajustadoi, [47\''') comigo.

Vindu II Ii'ugilla de Valente procurara pias minhus cullas, C tudo o que achar me n:nt pura cm arrccadaçii.ú e üsim fara rom qualquer ()Ulnl nado das partes em que lenho l"oOlcrssio e vendera tudo o que me tocar. c rellletera em letras de bOíl data.

It..cm também \cdllem todos esses moves que uhi ficam pIo que lhe derem pam l;Jm~Jn remeter tirando primeiro (l que lhe fi ca em rol aparte para ca paguar.

lt.;m vindo o p;.ltacho llt! Guin.! fica pecura~am ~\O capitam Diogo Fernandez Bamluo Is ic) ü\"enuo alguma faha na sua pessoa que Deo~ n~o permit'l fara vossa m~r.;,' n que a d k lhe fica em memoria puchando penas pallCis que lhe ricão u\(.'an l~'$:t este particular.

Mamoria do que fica para se vender

Item em mão de 1'. laria do Faial fanqueria cento c: outc:nta c oito anateis e mcjo {que deu a lar~am~nto Francisco de Arvellos a \ "Cnd~r) de velas de sebo íl preço d e WlJ rs.

Item hum qmrto de azeite que pos o ~:Hjento a vender com 19 arrobas e 2 canadas e meio cartilha.

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Item dous CllSt().~ de pipas de hum vinho que eS!aVHO no armazem lt~m ].I barris pam molhados. Item dous cascos de pipa que hj dar 1 ... lancel Valente ltem outros dous que hê dar Domingos de Canpos Item huma peça de serguilha Item dezasseis cm'ados de pano vermelho ordinario Ih,'m hum peça de c'lsteletc. It t:.'lll seis duzia~ e sinto pares de meias de homem Item dc~ pares de menino. [48] Ilem Jnl.\:! nm\"ados ml.'nos huma quarta de pano vermelho tinI)

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Item quarenta cavados de baeta preta de Bristol Item humas maos de papel pardo

outra memoria Item sds cadeiras lavradas Item mais seis com capas de couro c amarelo Item mais meia duzia de tanboretes de moscovia Item mais hum bal1quo de morcevia grande Item hum bofete com seu pllllO lavrado, irmão da cadeiras lavradas. [tem outro com hum pano de borcado bem cheio de nodous Item dous bofetes e mãos em que se pegava Item hum espelho de molduras negras Item lll\m bofete com seis gavetas de jacaranda grande Item outro de jacaranda com pcs lavrados Item huma cama de damasco emcarnado já Llzada Item quoatro tanborctes dobradissas Item huma mcza dobradiS.'la Item mai.'l des pares de meas oito de molher, e 2 de homem Item tres cavados de chamalote cor de carne 1/[ 48vO]

Rol do que tenho mandado despender

Item des mil r~ em fazemla a Antonio Nunez Ferreira de esmola a seu filho para sell resgatc que sendo morto como dizem não tendo ifcito o rc~gHtc cobrara dellc ou de jentil que foi fiador disso c dara para ajuda do~ rcsgativos.

!tcm hUll1as meias para Manoc\ Item ao sargento Antonio Simoes em fazenda de resto de sua conta oito mil e

quoatro sento e trinta e dous reis Item a de dar o dito senhor em fazenda a Domingos Pereira Call1acho dous mil e

cento e noventa reis de resto de sua conta Item dOlls barris de vagua, e hum quintal de bacalhao que mandei tomar

Gonçalves Amar 11[49]

Carta para Diogo Valente em 19 de Janeiro de 677 Rio de Janeiro

Senhor meu chegou li frota li salvamento depois de cu chegado alguns sinquo dias a esta COlic e cm nenhum dos navios della tivc carta de vossa mcrce prccurandoa cm todos COllza que senti muito porque os dc:..:cjo mui repetidas e me pezara mais senão soubera de João da Silva ficara vossa mcrce eom boa saude !]l1e Deos lhe de largos anllOH como de:..:cjo.

Se vossa merce não tem ja remetido o procedido das olundas que lhe Temeti da Madeira a dila ilha na fragata pesso u vossa merce me faça favor remetermo aqui no primeiro navio de liSenSf'.tl, que c1ella partir ou ua primeira [(>rta o que vossa merce

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achar mais seguro vindo em assuquar que quando seja em letra (;Q!110 tenho manda­do dizer a vossa meree no primeiro he milhor que os gastos da corte obrigão fi paçar por tudo aquilo, que os pode <tjudar, e por wnhecer a pontualidade de vossa merce lhe não cmcomendo mais este negocio.

Eu parti da ilha a 12 de Novembro e [) senhor Manuel Valente e mais senhore~ e senhoras ficarão com saudc que Ocos lha cunserve para gosto meu que ninguem com mais rezão lho pode dezejar pcllas obrigaçoes que lhe devo, e para o que eu prestar me tcruo scmpre muito alcmbrado dclla, c vossa merce me não tenha nesta corte osiozo no que lhe for nesessario que o dde servir como devo quanto o nào vejo nella entretanto. Gonrcle Deos a vos~a moree Illuitog anilas

Lixboa Junqueira j 9 de Jancil"O de 678 Ao Padr~ Paulo me de vossa ll10rce millcmbranças sou seu servidor Foi segunda via em 3 de Abril II [49vnJ

Carta para Mazagam ao senhor Christovão de Almada em 26 de Janeiro de 877

Senhor meu nesta mesma ocaziào escrevo a vossa Inerce ofercc~ndome no seu serviço nesta carta, e se pois tive luuna carta da Terceira cm que me pedem seja valia para com vossa lllcrce no negossio cm qu~ fala o memorial; e vou eu tão enteressa­do nclle pIo credito que se megue de me conhecerem por scu criado que lhe peço a vossa morte muito enearcssidamcntc favoressa este negocio em tudo o que puder porque alem de ser muito justo () favor que se pede asenta no sojeito toda a honra bem pIo scu pr{]~sidimcnto e cnlidacte de que tenho larga espirienssia e porque sei a merce que vossa mcn.:c me tàs nào emearesso mais este negossio em ql!e espero obre vossa mcree como lhe mcresso para tudo o que eu prestar me tem muito U~ suas ordens. Dcos goardc a vossa l1lerce muitos annos. Junqucira.

A mercc que se p~dc ao senhm Chri~tovào de Almeida he que falandolhe N1IDO Alves COlltinho sobre hum<ts inquirições que se vão tirm a essu praça de seu irmão Martim de Azevedo Coutinho lhe todo o favor que for justo advertindo ao ouvidor tire as tes t~mLtnhas eom toda a cautclla e lambem lhe ade falar 110 mesmo negocio o adail da dita praça Manuel de A;,:evedo COlltinho tio de seguinte para o mesmo favor II [50]

Para João Cardoso Pisarro governador de Cabo Verde

Senhor meo a carta qne vossa senhoria escreveo a Diogo Fernandez Branco ainda me apanhou na ilha e ~cgl\l"O a vossa senhoria que nua senti a demora pois foi ea11ZU

de me untissipnr nu llotissia de que vossa senhoria chegou a essa terra com bO(1 saw.1c guc Ocos lhe conserve nellll como dczejo.

Na dita curta vi o que vossa senhoria dis das bulafulas que estão em poder do provedor dos auzelltes, e defuntos de Cacheo pIo que me pareceu mandur a prOl:UTaSRão inc hlzn para que vossa senhoria se sirva de me tl18ndar fazer a cobransslI, e feita ma mande remeter m\ forma que a vossa senhoria lhe parecer mais con-

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vinienssia minha, e que com mai~ brividade me chegue e se lhe parecer e puder ser cm!regar asim isto como o reduzido da agoardente se esta (ja em estada) aa capitam João Roiz de Siqueira tocando esse porto (não sem mao que hc amigo e mostrava com mais segurança) principalmente se for cm pataeas, e o modo deixcho na cleis­são de vossa senhoria que da merce que me fas fio tera sempre o melhor para mim advertindo porem que só li metade do que cobrar ade ser o que se me ade remeter porque a outra parle toca ao conego Antonio Valente de Sampaio que despesa delJa como lhe pareceo.

Sobre o mesmo escrevo li Antonio de Bairros Bezerra a curta junta para que sendo ne~essario vossa senhoria a mande remeter e se eu nesta term prestar para servir 11

vossa senhoria ainda que me não acolha na conta de preto sou eu muito mais seu cap­tivo do que eUe decide servir cm tudo o que chegar a minha al~ada com u vontade quc vossa ~enhoria exprimentara sempre em min a quem Oeos goarde.

Pelo navio de Vossa Senhoria que meti e partira com fi nao da India escrcverey mub largo se de Cacheoll[50v"J puder vossa senhoria lllondar vir bum par de negri­tas bonitas me fara vossa senhoria favor mandannas no primeiro navio que se ofcre­cer para aqui, não achando muito boa venda aos castilhunos e sim mais dous negri­tos do proçedido de agoardentc ou os ella der. Viio tambem com a procurassão em que vaj me dilo Antonio do Bnirros Bezcrra o conhesimcnto de outo pipas de vinho e duas de agoardente para que vossa senhoria mande ver a conta que da esle prove­dor, c que esta gente não he mui liza nas que fas.

Deos goarde H vossa ll1erce Junqueira 25 de Março de 682 Foi segllllda via em 3 de Abril II [51J

Carta para Antonio de Bairros Bezerra, cappitam mar de Cacheo em 19 de Fevereiro de 682

Senhor l1leo COIU n notissia ue qW;! vossa merce chegava essa ter11l com sall(iL~ me alegrei muito porque lhe dezcjo mui prcfeita.

Por avizn que tive na ilha da Madeira de meo amigo a govcrnador João Cardozo Pis~arro soube como na mào do provedor de defuntos, e aU2enlcs dessa jurisdissão de vos~a mcn;ç estiio humas poucas de balafulas que me taeão para arret:adação da qUllllCS tenho dado procuração ao dito govemêldor c porque emtendo qlle ~cra neses­sario o nlvor de vossa lllerce para se lhe I'aç<l remeça a sua mão peço ii vossa I1lcree muito a Caça fazer e dar milhares contas do que clIstumào para dar os de seu ofissio c se eu nesta terra prestar para qualquer C[}UZU do serviço ele vossa morce me não poupe purque heide fazer tudo o que me ordenar c goarde vontade porque sei o mal de custumão ser feridos os governadores eomo cxprimcntado nele.

Nn pl'Oeum~sào que digo remeto ao govcrnador vai tiiobem vossa merce metido para poder tomar COl11tas a este homem e treslndo dos eonhessimcnlos de auto pipas de vinho, e duas ck agoardentc Jlara saiba a forma em que as ade ülzer tao bem pesso a vossa men::e que dcstu purte me toca que 110 li metade me compre hum par de negri­tas muito bonitas athe doze anHOS ou mais se mais der, e mus remeto ao dito gover­nadO!' pUnl mas mllndnl' como lhe pesso.

Foi segunda via CI11 3 de Abrill/[FI. 55v"]

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Carta para Olanda a Francisco e Manoel Dias Jorge, Lisboa 19 de Fevereiro de 677

Senhores meos depois que cheguei <l esta terra fis avizo fi vossa lUcrces para que sflbemdo estar euja aqui me dessem mui boas novas SUHS e ocaziões de os servir que atnba~ as eonzas saberei sempl·e estimar muito.

Nesta ocazião remeto a vossa lllcrees 45 rolos de tabaco fino do melhor qlle veio do Brazil nesta fi·úta que vossa 11l8rCeS me farno favor vender, e do procedido remc­terme huma goarda rapa mui bem feita de qualquel· pao que lbe parescr poça aparescr bem de valor de trinta mil reis pOllqUO mais ou mCl10S na mão do offissial não muito grnnde, e duas arrobas de polvara e mais fina que se achar quc he para a cassa de que sou muito coriozo se puder vir em livras divididas hldo em hum barril sera melhor no dito barril mandaraa vossa metce daus pares Je ocolos de vidro verde pnra vista de carente, e sin(;o até sincocnta ::U1110S" e o mais remeterão em letra de eanbio com a maior brevidade que possa ser porque asim da letra como do mais tenho lnuita necessidade remetido li vossa merce auzente a Francisco Melldes de Barros e vejão vossa merces o que me ordenão do seu serviço que para tudo me tem muito as Suas ordens //[56]

Carta para a Ifha da Madeira a Rixarte Piqueforte em 4 de Abril de 1677

Aqui chegamos posto que emfadados da viagem por ser larga, e de contmrio tempo suposto que com sande com que fico para o que destas partes se lhe oferese!" ii que não faltarei porque estou muito conhessido os favon;:s que devo a vossa merce nessa lerra.

A Jaques Nicolao busqllei, e lhe agradeçi a brevidade COlu que satisfcs os scnto, e sinquOl:nta mil reis de letra qlle vossa merec pasou e lambem lhe disse ques e ouvessc alguma COlJza do serviço de vossa merce nesta terra em que pudeçe a minha diligenssia obrar alguma couza mea cneomendaçe que avia Re dar muito boa conta della c asim o tenha vm;sa merce emtendido para que me avize me busque coando seja nessessario.

Sobre o eappitam João Ribeiro passo hum credito de duzentos mil reis a pagar em letra ou dinheiro a que vossa merce me fara t:wor asistir a conta do ,lsuquar em que ficamos ajustado, e o mnis que restar espero da sua pontualidade mo remeta m primeira ocazimn embora dito por me he muito nescsf\ario para os gastos des(a terra emcoanto ne11a assistir estou muito seIto como digo.

Deos Goarde a vossa meree /1 [56YO]

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Carta para o cappitam Domingos de Campos Soares na Ilha de Madeira em 4 de Abril de 677

Aqui chegamos com a1b'UlTI trabalho pello 111ao tempo que nos correo porem com ~;al\de pura o que VOS~I meree me ordenar folgarei li logre vossa merei! taobem boa com eu dczejo.

Nesta ocnzim11 vai o dczembmgndor Manoel Soares Dourado com alçada eu lhe encomendei muito a pessoa de vossa merce creio eu o farOl o que puder por favoreser a vossa meree em tudo o que se olereser porque como he muito honrrado e de bons 1'1'00-sidimentos com rezão deve estimar os que ~egLleIl1 o mesmo caminho

Francisco Mendes de Bairros nseilou o credito de que deve fazer avizo a vossa merce e asi mais o tlIm pora que em qlle valha de dULentos mil reis que pello credito emcluzo da ao cappitnm João Ribeiro na primeira ocazinm de lehll

Veja vossa merce Ne ncstas !l,lltes há algumas couzas em que o sirva para tudo me tera com muito boa vontade.

Oeos goardc vossa meree. Por este me ram vossa merce favor de dar a ordem do senhor cappitam Domingos de

Campos Soares duzentos mil reis cm letms o em dinheiro na primcirl:1 ocaziào que se ofer­escr della, c na geral me allu'go por isso o nào faço agora.

[)cos goarde a vo~sa meree muitos anilas Lixboa 9 de AbJil 677 II [57J

Carta para Diogo Lopes Caldeira a Pernambuquo o primeiro de Abril 677

Poucos dias d~pois de llver chegado a esta corte molestado da viagem em que gasta­mos hum mes com tempos bem regurozos recebi as cartas de vossa merec vindas na fi'ota, que me servirun de alivio por nelllls me dm' boas novas de sua saude queira OcOs que esta se lhe cOl\lilllll.~ por muitos anl10S como dezejo.

Os conhecimentos e carregassão do asucar recebi, e agradeço a vossa rnercc muito o f'flVor que me fes nesta remeça a que me eonfeçarcy scmpre obrigado e espero ma contenue mandandome o resto da minha conta na frota de CHt~ anno nos navios de mais segurança qLle nella vierem advertindo a vossa merecere\.: que () tabaco que me mandml hera muito mim, e não achey quem por elle 111e deçe nada C0111 quc foi forssozo mandalo llara hol"n­da aonde se perde metade do que custou quoando vossa merce me carregue este genero ou UHllCar estimarei seja o mais J-lno que ouver.

Athe gora Henào tem nomeado governador nem O'llvidor cm e~talldo despachados farey a diligencia 1J(:~cssari8 para quiser D. vossa merce no que se valer dellc e sendo que seja o governador que eu emtendo mandarão a eHsa praça que tem comigo algumas rezoens tcrá V()~Ha rncrce muilo Sl:rto este favor e em tudo o rnais procurarei obedecer n vossa mcrcc II [57v"e111 branco l/58]

Senhor, eu príncipe regente e governador destes Reinos e senhorios faço saber a vos DCLcmbargador Manuel Soarc~ DUlll1ldo que cu hey por bem e vos mando que tireis devassa do procedimento dI: João UMldllmar de lempo que scrvio de cappitam e gover­nador da ilhll de Madeira e facais as mois deligcllcias contcudas neste regimento que em

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todo ctl1l1prirey como neste se comlhem, e antes de começardes a dita rezidencin man­dareis l10leficnr ao dito João de Saldanha Oll seu prot:urador qtle vos ençine o seu regi­mento com que servia o dito cargo ou treslado dellc Olllcntico, e de todas as mais posizães que lhe tarão passados as quais tereis e perguntareis as testemunhas lleSeSSallas para se sabn se comprio enteiramellte o contelldo 110 regimento e provizões, t: tania que começardes a dita rezidenscia mnndarey Elpregoar na cidade do Funchal, e mais palco( ?) que ele governava de como aveis de devaçar dos prossedimentos do dito João de Saldanha pam que avendo algumas peçoas que delle se scntirem agravadas e o queirão demandnl" por qualquer cnzo que seja sivel ou crime o poça fazer dentro em tlinta dias, e na dita devassa preguntareis primeiramente os oft'icim::s de ju~tissa se minha fazenda e os da camara da dita cidade e alguns homens pllncipais da tem'!, e todas as mais peçoas que vos parecer que tenl0 rezão de saber como o dito João de Saldanha procedeo em meu serviço, e o que dit,:el'em alem de bem como de mal fareis escrever pIo vosso escrivão.

Perglll1tareis se o dito João de Saldanha gomxlou seu regimentos e todas as provizões que de fora delle lhe mandey paçar e se çe intrometeo nas eouzas de justissa que não tocavão seu offjcio e cargo.

Se eoncentio ou deu favor para que algum donatario t0111ase de minha jurisdição 0\1

OlJzaçC de mais da qLle por suas doações lhe em conssedido se com poder de seu oficio prendeu executou illjuriou algumas peçmls sem ter pam isso jurisdição Otl excedeo a que por min lhe foi dnda. //[58v"]

Se empedio as ju~tissas ordinarins e de minha fazenda fazerem seus ofl'issios por algum respeito nu intet'csse ou por favorecer pessoas de sua obligassão, e se intOnlleteu em seus olfissios, e se lhe fez o tratamento devido.

Se provco as servcnlias de offissios contra forma das minhas provizoens e das orde­nações ou por mais tempo do que elas lhes permitião Oll em pessoas indignas e inabeis por peitas ou ouh'os respeitos não guardando a forma das ditas provizoens.

Se teve tratos ou dltnttos ou fes estanque de mercadorias e mantimentos, e '!le disso se seguia perda a minlla fazenda ou ao povo.

Se COl11prio as sentenças ou percatorios dos offissio~ de justissa ou lho fora isso emped­ímentos contra a forma das ordenações de que ~e segLli operção as palies

Se proveo algum cargo de mc!issia contra fonna de seu regimento 01l111inhas provi­zoells ou cm pessoas indignas ou por perdas on dadiva e se removeo os providos sem cauza por adio vingança o outro respeito

Se eom peltesto de oeaziiío fingida de guerra ou rebate deu oprcção aos moradores obrigandon~ a vigias entruordinarias e se outros desobrigou das nes.<;essal'ias sospeitas 0,1

dadivas. Se metou em couza~ defczas contra as leis e penhol1ls fazendo corn isso vexas~ão ao

povo Se obrigou alguns oITicaics mecunicos ou trabalhadores a trabalhar e servir em suas

obras contra. suas vontades ou lhes pagando &eu trabalho ou menos do que lhe era devido. Se tratou com dinheiro ele minha fazcnda e o tomou para isso das mãos dos seus

offissiacs dessa do dinheiro aplicado li fortificação e gastou em sserviços Olltros fora do que e~ta aplicado por provizõcs minhas e se se aproveitou delle, e o ficou deven­do e pediD algu111s emrpestimos a moradores, e tirou do cofre dos orraos alfandego ou oulms peçoas do povo com poder de seu officio dizendo que hem paTa pagamen-

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to dos sollbdos, e se fez s(.lbre isso alguma mas Vl'XllçOeS ou scmjustissll ~e tomou mnntimcnlos ou outrm, coL\:t~as sem as pagar ou fiadas contra vontade de ~eus donos ou por me1lUS preçl) do qUi;"' valião aver obrigatlo a que lhe vendeçe outro e asil11 alguM l11<\S ülzendus contra suus vontades.

Se teve clllllel"Ssio eom enemigos e célllllrillS e th..: deu (lU v..:ndeo mantimentos ou comprou hlZClllllls llulhe deu Favores c ~\iLICla emt1"l1reIl1

Se r..:colhco conciliado se reco]hco preso que tem nlfamlega até la 8$ que não deram nos 1ll0veis athe 1 OS.!/ [59J

Carta para Ilha da Madeira ao cappitam Joào Ribeiro em 9 de Abril 977

Senhor I11Cll as minlws SlllldlldlJs, e (1 cmJlldn do tCIl1[1ll me foi muito eontrurio sempre e rigtll"OZLI me fizeriio chegtll' aqllÍ ulgllma eOllZ!.Illlolestado porcm sempre ao serviço de VllSSU merce e da SCllhora D. Fclipü II quem bcijo as mãos. e cstilllllrcy logrcm vossa Illen.:es a sUllde que lhe dez..:jo.

Logo que chcguey qlli~ fitzer (J requerimellto dos soldadoí! qm.", estmll cm Argel porem 1150 llle foi possivel falar a S. A. l1..:ste panieulnf cm seindo l\ 1ll1ll de lndia furey por i~so qtllJ <lgora ~elliio esse a requerimcnto qlle não tquc a esse jltlrtieular, e inda hontem me lemhrt1l1 que podia pedir a S. A. tre~ terços do que tem Illl gale parn fazer essa terça e crei<.l cu da ~W1 piedade o nuo negam nã(1o <lYl:ndo eouza cm eOIl M

trurio que () devirta uind<l que eu o não alcançc. l'arn lhe correr li sua prnça para ll.lUÜU do 81.:11 re~gl\le tenho l'alado tiOS menistl"Os

dn Illzendu IndoH me aehuo rezão, e tenho dilllUtdo fuzcl· a pitissiio pio cll1pedimenlo que tew nlll<.! gora II Comk de Vilar MlIyor de lllllis de Ires ll1c~es de gola e artetiea porquc corno clle tl:ll110l111ldn mais esla phxlnde a sua conla Iliio quis fazer o requeri­Lllt,)(lt(l ~\!l11 ellc I.!"lilr preZ\!\1lli "fora i1 H.lrey lllgo e Lenho por c\1:\I.i eml"nlivel II eOI1 M

seguil() lIsim que pode VOSSlI meree indo vagando algullllls pmçllS de Ler o provilllell M

to delllls ath..: ir esta ordem que HCl"ll na primeira o..:n:t.iiiil, e emtendo do bom llninltl do goy..:rnador niill duvidam !l elll1çentilo.

O mais requerimol11o que VllSS:1 l11erec apol1W I1cstU sml memoria todos o acham mui justo pnrelll duviuo Pllllcn;e cllllceguir.

Dos meos I1cgodos 050 falo :\ VOSS:I Il1cn::e porque 116 escuzado o fllzer lhe recumcnl!lj(,:uo de qile tem n ~eu cargo principalmente do que me toca porque eOI1-hesso muitn bem n ll1eree qil": Helllpre me fes, e só lhe digo que OCllÚiio paço sobre JllSlJv"] vos~t\ l11eree hum credito de dilzenül~ mil reis !l fllv()I' do eapil:nn Domingos de Campos cm t]ttC vosso merce m..: f"hm men::e dar inteiro eumprim..:nto do dinheiro que ficou na muo di.: Piquclbl·tl.": da l!(lll)Wl! que me ti.$ daslIcnr e () m:li~ se vossn merce puder [lUsar ldrn 11m ('adi~ ou por outm quolllqucr vin como o dito Piqul.!fortc ficou çom !lUÇO me 1111"<\ gmdc ÜIVOI· porque 11 ekle ll1i~lcl" pm nccessid:l!Jc pcrdza dcses tjuuutro tostões allte~ de Outllbro por sel"to intendo com que me acho I.!Spi.:l"ll que V(l~~a meree passar nisso o que lhe merCHSO.

() eaixão e Cl\rtlls parti D. Jo5n da Silvll cmtri.:guei :1\1 conde dn lriçeirn logo que {) ellllserlt::i lX11\11W vejo do l11ar <lI'ollümdo C(1(\ze meio comido clle se obrigou II 111<1n-

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dalo e com efeito nHUldou logo não ~ei se respondeo nesta ocazü1.o nesta octlzião porqu~ a min me nuo vejo repo~tu Simoiz emlregara hum caixuo pinho de laranja para a senhort\ D. Fdipa ~l' dczenr~ldar esta (eita.

Veja vossa men:c ~e a cm que sirv<l./i [60]

Carta para a ilha da Madeira ao capitam João Ribeiro em 13 de Abril de 677

Senhor cappitam dlOpois de ter escrito li vossa merce me lemhrou as duvidas que tive eom gama de l]lle largamente fà!ei a V(l~sa l11erce, c () govemador mais pessos, porl'1l1 como dlc tem linglla, e o que cu disse podem esqueger ponho por extenço as dUlls duvidas que tive, lO o que lhe respondi.

A primeim que pedia lhe pagaçe O~ direitos de ~erta partida que tomou vossa merce pio preço que tinha a.ill~tado Martinho da Silveira e Sovaire, a que eu respon­di os nào devia jX"lll]Ue os ditos direitos tinhào feitu o presgo qLIC nos lhe demos livres de direito~ ~ se gama lhos pagou como nfio duvido, não estou eu obrigudo pagllar o seu emgillH) diz~ndo lhe asomnva pio qm: ós outro~ lhe davào, c de que cUes me deriío hum csel"Íto jUl11do ljl1 cu 110 deixei H vossa mcrce eomtudo ~el1lpre lhe disse estaria pio que .illlga~e que se louvasse em peçoa que o entendesse, e foisse conhecida por de cI)lmeiellçia que eu me!ollvava no mesmo, e asil11 d()ll comissào a vossa merce c que lhe pague julgandose eonlm min 2" duvida que tcm o dito senhor sentado 10 pipas de viuho mais 110 seu livro que nZlo consta do llleo tal lIem na elJtrada nem na saída ql1e com cuidado se çelltllva c comtl.ldo lhe di~se me moslrussc clarc7U ql]C lha puglHlria II qm.' msotrOl( foi () dito .~e{] livro c hum mI de que lhe mandou htllTI seu feitor de Camara de Lobos a isto Lhe disse que o seu livro dizia que vierfio pata o l:Hstc1o I () pipas tnl dia sem dizeI' II quem, e cllltregm~n como lodos H mais ou coazi Iodas e que o rol do cazeiro fdtor não dis mais que cm lal dia como o do livro de Gama viern p'lnl pura a cidade 10 piras cmtregm,:::; em tal barco c não he prova isto l]\le ha~te pOl"{juc vir pnra a cdillde não hc para o Cnstcllo ~endo tanta ti gente pEIta quem villha vinho asill se o dito gama moslrnr mais alguma clareza que (I vença avizara logo n1l\S paguarei e com isto se não ofcresc mni~ que ficar as Huas ordens. //[60v"]

Carta para Olanda a Francisco Manuel Dias Jorge em 26 de Abril de 677

Re~cbi llllma de vossa mcn:es vinda pio estafeta, e nflO respondi logo pia geguinte por flndar ocupado cmllegossios que ncse~itavão da minhu asislencia mas agora que () tempo 111l: ,lu lugm niio ql/eru ddxilr de agradecer a VOSSll merces li cuidado eom que me dam novas suas, e sendo (:e que paH~elll com saude sào para a~ melhores e jhc peço me cOlltenue dnlldome oCllziôes de os servir que o cide fazer eom mui bon vontade .

.JfI vos~a lllerccs ten10 reçebido iJlgumas de coalrn cartas que tenho escrito depois

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que cheguei para que conhecão o meu cuidado não falta a minha obrigação. Com huma das ditas remeti corenta e sinco rolos de tabaco muito bom que me

tinha vindo da Baia, e lhe pedi algumas couzas que espero do seu cuidado me mande na primeira ocazião tudo e asim mais sem cavados de alguma couza de sem graça e barata para cobrir humas cadeiras dc campo a mais vistozo e alegre que vossa mer­ces aclmrern com as condições asima se for de cardaço ou com algmna mestura de Jam não cmpmtara II cor quc a vossa merces lhe parecer com tanto que seja agradav­cl queira Dcos ter chcgado a salvamento para ca segurarão vossa merccs o que vier para que asim o espere com mais descanço ainda que he huma limitação no mais que vossa merces dizem da laranja da China. mascavados, tabaco, e azeites (fico de acor­do para saber (como me eide governor desto ultima especia mandarei algum para o novo porque agora o não ha e avizarei do que me he llesessal"io entretanto me não fal­tem vossa merces com novas suas que lhe peço e juutamente com alguma dos pro­greços destos campanhas de letra de mito que asim serão mais verdadeiras que as gazetas e que damos ca pouco credito porque cada hum os fas como lhe esta milhor sem embargado diso não deixe de () mandar as que ouver que daqui as remetemos a partes donde 1101as pedem fico as ordens de vossa merce pessoa o que me ordene!/[fil]

Escrito que se mandou a Antonio de Oliveira com a conta abaich para remeter ao posto a Francisco Freitas Branco em 14 de Majo de 677.

Vai essa carta para emtrcgar a sua oje para li botar no cOJ·cio depois de a leres e fechares, e se lhe não tendes dado o escrito de Francisco Mendes he nesessario darl­ho da conta que vni abaicho abatendo porem o que vos for nesessario para feitio da parle que aveis de pedir a Francisco Mendes em dinheiro dizendo lhe o primeiro que, c desta conta farei avizo ao dezembargador ou só lhe faça. e min do qlle se fizer para se acentar na cota emente

Tinhão seis caixões que tomei de casquas pIa conta do pezo que me mandou Antonio de Freitas Branco 24 arrobas livre de tara que a rezão 3S900 como vendeo o mais tas .... . . . . . . . . . ... 72$000

fiquei-lhe devendo da nosa conta da ilha como leve no livro a fi. 23 usqucm 26 .... 112$596 t:15 tudo... .. .... .. ..... . ... 154$596 Abatendo do feitio da prata . . . . • . . . .. $ fiea dever . . . . . . . . ............. $ 1/[61v"]

Carta para o governador de Santo Thome Bernardim Freire

Senhor meu. Estimarei que vossa merce aja chegado a essa terra com prefeita saudc e que nella a logre sempre como 11lC dezcjo com que todos seus avizos teremos

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pnrlicular gosto ti\! que espero me de vossa rnerce mui repetidllz novaz Depo is de VOS~i1 mcrce partir tive u\'izo do meu palaxo em que lhe tcnha fa l­

[leio e~t<l1' ne ssu ilha ,Iv ill muitos tempos emb ilrgado por ordem de Julião de Campos e do Provedo r da j-,'azenda sem ju"t;1 cal.l7.a em ordem a que eu perdese tudo bem creio da ll1el"ce que vossa merce me fl.:s sempre que emtrando rHl seu governo acucliria li e~tll sem fedo e que li dilo pataxo tem feitt o viagt:m na forma da ordem que o mes.tre tinha porem porque nisto não ()lIVese alguma dcfeculdnde recorri II S. A , e foi servido mandarim.: pasar a prov izão para que o n;t\'io se dezelll bnrgasc logo e se lhe dese 1\ eauza que ouvem para se soere lar com tào grnllde prejlliz.o meu. espe ro que vossa nu..'rcc cm cazo que inda se ache o dito pilla:w u mande dar a execução favo rcsendo o mestre para q\le consigo viagem .10 Brnzil :HlJ\{h: lhe ordenava e que se responda a S. A. na verdade o fun­damento que O~IVC puni reter este navio porque espero cobrar de JulHio de Ct1mpm; lodl\ li \l~I'dll qUI: tive pois sem fundllmentc ma ocnziono\.1 pois he serto deve estar a carregação e navio consumido c como tenho tanto conllecilllCnLo dos favores Que VO!lS~' mcrce me faz nuo cmcaresso mais este negocio e so lhe posso que avendo algu ns nestn corta de ,~cu serviço me rara onrra que rer obre eu a lgllma cOllza lic ite:! pa ra que veja a minha vontade.

Ao ehiu I(i"C Jo~o Pires mans ino remeto a provizão e proc urasão pan'l que d isponha o que for nesesm'io ne ste pa rt icu la r e vossa merce me fara merce amparallo ncllc . c cm ca1',O q ue fa lte Q d ito chantre plJr a lgum cmpedimento mand:lr sobcs tabc lecl;!f fi procurasão que tum bem VIIi II vossa merec em peso que o tome a sua l:mH ~1 que sendo c:lcisào SUl! a I\ão posso eu esperar milhor,

Novns du c'lrlc LlUl1 <lou fi V(1ssa mcrce porque sei o fas o senhor Gomes Frcin:. Dcuz gounlc II vossa merce. Uxboa lO de Setembro l671 . II [62]

Pera o Chantre de Santo Thome João Plrez Mansino

Senhor meu, ,I cnrta de vOSSa merce de 6 de o utubro de 676 recebi avera hu m mes c rJc lln l'iz fi est inuu;:)o q ue d ev ia assi m por me dar novas suas que eu tanto dczcjilva C(lmO pcl1 u o nrnl que vossa m m·cc nellu me fa:!. fayoresendo COm l11n lO empenho n meu llcgoceo cuj a onbrigHl,;üo reconhecerei sempre a VOSSA merce prcclII'anao servillll cm tudo o que se ofcrcstll' desta parte para vossa merce veja nilo falta dl\ minh~l vIH1tadc de remunera r fi. vo~~a mcrce q\lC voss;,. merce me tem feito tantos favlll·cs ,

Com ri cl1cglldn dll govc1'11ador Bernan.lim Freire lenho esperamm SI;) remedeElse em p~rtc o dllno que me fcs o governadol' .!u liil.o de Campos socrestando c,<;~ t: paluxo e molestando ;lO mcSII'C com prizões e quc lem sígido sua viagem em que bem creio se empregaria muito :1 diligencia de vossa merec n coul deverei o que desla mercan­sia me vier :l môo; po rem coando assim nAo sllsederer remeto II vo~a merce provizão de S, A,qnc Ocos g~,nk para que se levante o Srlcresto e se lhe de a rezão que ouve pnnt se faze r ctlnl lilu gnmdc prejllizo meu ; vossa meree me fara favor em cazo que nU SI.! Bchll o dito putllxo tomar a Hill com1l este llegoceo fazendoo e.xpedir com os negros c mai.~ gCI1Cl"lJ que tiver a Bain II em.tl'egEu' tudo fi Antonio Gonsnlves Pinheiro

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1I11zente a Manuel de Almeida mar a quem tenho mandado ordem de que bude ü\zer sobre cste particll1ar e que o governador e provedor da fazenda dessa ilba dem a (;lillZa na forma da provizão que tiverão para me darem esta perda que espero cobrar de .JuliUo de Campos emtendendo por sua a culpa, e que nesta reposta venha decla­rado {) estrondo com que mandou prender o mestre a ilha do Prindpc com gente de guerra ofcresendose elle a pagar os direitos quc devia, e creio cu do g{)vemador Bernardim Freire(a quem escrevo) fara tudo o que vossa merce lhe apontar ser ncssessario nesta mntcria porque assim lho merese a milllla amizade e ao primor, e Cidalgin de vossa merce ficarei eu devendo todo o tom suseso deste negocc:o que deixo a sua desposisl'lo para Ildle obrar comta serto que em:tuma e de viver sempre muito lembrado de todos e~lcs favores que procurarei mercser em seu serviço Ocos gomde a vo~sa mercc etc. Lixboa I () de Setembro 677 //[62v"]

Carta para Angola para Sr. Aires de Saldanha feita em 3 de Dezembro 677

Primo senhor meu na frota em que veyo Francisco de Tavora que chegou ha quinze dias recebi quatro cartas vossas a que faço reposta agardecendovos primeiro o cuidado que tendes dc me: dar nossas vossas que voss sey bem merecer no gosto com que as recebo c a~im de justi(,:u me não deveis faltar todas as vezes que ouver ocazião porque ainda que me direis que a terra hé me11101· do que eá ile dis não dei­xais de cauzar cuidado a quem tanto vos ama como eu.

A viagem foi como eu esperava do vosso cuidado que este ordinariamente hé <1

maior parte da pl'Osperidade, eu aqlli cheguey C0111 bem emfadonha viagem em que gastei vinte e quatro dias despois de estar seis mezes na ilha esperando pella fragata que me fhi buscar porque o governador Alexandre de Moura foi COl1 navio de pasu

sagem para o Brasil, e chegou hum mes cm ponta desptlis do dia da vossa pnrtid8, esta impertinencia de demora, e vi8gcm me fcs parecer as fantasmas da sua perda todas de oum, como as suas molduras.

Beijo VOI> as mãos pIo cuidado que tivestes na cobrança das minhas letras de l'isco, na venda da fazenda na remeça apersado que nuo esperava eu menos de vossa pontualidadc. Ainda que não estou embolçado que como não 'vejo a frota de Per­l1l\mbuquo nào vejo eOllza algwna, vai Aires de Souza em Il"agata que a háde eom­boiar, e na sua deligcm:ia espero verme cedo senhor deste dinheiro que para os gas­tos da corte todo hé pouco como vos dizeis.

Com os vosos procurudroes tenho falado varia~ vezes e otferecedOllle para o que For neçcssario, sendo o p<lra alguma 1/[63] cOllza bcydc obrar nelln como vos enten­deres da minha vontade.

Ruy Telles me cOJ11onicoLi a earta que vos lhe csercvc~tes, c a eopia que vinha para S. A. sobre os baculamentos, alguma couza clella tira!":'! eu se pudera ser, princi­palmente hum paragrafo cm quc vos faJaveis muito no nosso proveito, e se o serviço estivera mais perto, e amanhã fora capaz de esperur não fora de parecer se dera e do mesmo hera Ruí Telles, e o secretario, pOTem rompendo por esta defeculdade ajusteis a esta hora com Ruy Telles se desse c tmtassc elle de que o conselho se informasse

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neste particular de Francisco de Tnvora, a quem fnley nisto muito particularmente esta prevenido e CQm boa vontade para aj1.1dal' este negocio muito a nossa satisfação.

Tambem fu lcy ao Duque que foi o principalmolOr dessa novidade, e o pus ele maneira com as rezões que lhl! dey que creio n1l0 ctezajudar:l aa sua palie no que puder c supo~IO que vos me não acaastes capaz de comonicar comigo este l1egocioj netn mandalo comollicur não avia de deixar de obrar nelle o que mais achasse nos convinha com o meu lraco entendimento.

A Antonio de SllhJanha lembrareyo qne me d izc i ~ ser posto que para me a mim fazerem familiar como ja eslOu feito foi necessario encomendar isso a outro deputa­do, porque elte '" não res, Item aindn fi StU irmào avendo mais de anno e meio que tem dado petilião.

Entrão a~ provas que ha llO terra despois que vós vos fostes. Fizeriio governador da Bahia Roque da Costa de Menezes com patente de mestre

de Call1jXl general do Dl'azil e hé o portador desta l'"ra via que vala hade remeter gov. ernador de pemolllbuquo Aires de Souza que partira cm janeiro do Rio de MOllllcl LDbo que hnde p:\l'tir em ordillario de Cabo Verde Manuel da Costa peço a pedido pelos naturu is da lerra por morrer nella em chegando João Cardoso Pissarro. sua mo­Iher, filhos, e Cfunsi todos os criado~ dentro de hum mes.

Do Mnranhi'to Ignaciu Coelho que tambem partirá em breves dias. Emviado para eastella fo i Duarte Ribeiro de Moeedo, e para// 163v"]. Vui com(".)

de( ... ) Jooo de Rox.ls para companheiro de que fa la de tallo, porque nesta p1.1\~;a

mandilo todos os rci~, e potentados dn Europa fazer j unta pam comcordancia de hUlIlll pux gera!. ailldH qUI;: se tem pouc~ esperunça dcll ll, porque E1Rci de França está cada ves mais podcl'Ozo e senhor da m~ior parte de Flnndl'cs de sorte que sustentn o seu exercito com II conlJ'ebuição daquelle pai s.

O Duque de Cndaval teve hum filho machu, c II molher prendeo. O Conde da Atalaia se reccbeo cam a fil ha do conde da Ribeira Grande, esi6

ainda muito valido. Diogo Soares fi lho do plUvcdor da alfandega está pua se receber mu ito cedo com

humll das cunhadml dc D. Francisco Mascarenhas. D. estev~o de Furo hé morto e deixou que cazasse fi filha com hum dos fil hos

segundos do Conde de VilIar Maior, e que ficnsse elle por tutor de sua fnzenda, e a molher com hum pao na mão que se metesse n~ Encarnação

D. João de Sousoria está com todo o govel'1lO de Cflstellfl, e II Rainha mnndfldn meler em lmm convento, ouve lá algumas revoltas, e prizões de validos da rainha, porem agora está tlldo qllÍeto, e os castelhanos com muit~s esperanças de que 1\

mudança de govcrno lhe de algum alivio 110 trabalho que padecem. Os ptU'cntes todos estão com saude e creio vos escreve tirando as parentas de

Carnide porque foi Ocos servido levar minha ti::a , sendo priora poucos meses des))ois do minha chegada, t minha irmã esta de sOTle que senão levanta de huma eama ha mais de seis meus creio que a pena da morte da tia a tcm posta naquellc estado de que temos poucas esperanças de a ver livre.

Meu primo Lui z de Saldanha e~iá oposto uo governo de Mazagão por pedir SllÇCII­

sor Christrwão dc Almada para acudir a sua caza que nos anda seu pay mor 11[64J rendo todos os dias.

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A senhora Dona Mürgarida está feita guarda maior e Ievt\ stla neta. para dama sem chapin~ hiào ll1uito cedo pUni ü pnço.

Estimey rnLtilu ns novas que me destes de Antonio de que tenho tunta sHude como elle tcd poueo cuidado disso para o qllC prestar fico as vossas ordens. Deus goarde. lixho[l 3 de Dezembro 677.

roi 2" via em 15 de Jatleiro ó7l-l com o governador Aires de Souza

Carta para Angola para João de Mesquita

Reccbi li dc vossa mercc de 1:1 dc Novl.'l1lbro do anno passado e com ella hum gasto IImitu gwnde de que vossa l11en;l.' chegasse eom boa s<1u,k e sempre q\le eu lenha n lIotiçin de que vossa m<.'rc<.' a logra (l 11l1lltiplkan::y a~ vcz<.'s que Vl1~~a meree ma dCI·, porque de vossa lllen:e de eu dezejar 1.'1l1 vossa Illerce todo o bom suçesso vou aqui muito interessado em que meu primo logrc lào boa I:ompanhia, qw: sey lhe serÍl () unico alivio nesse desterro de que elle nào dis tum ma!c. e creio deve: ser por esta elluzn. e espero em Deos que est~l seja a total de que elk suia dahi COlll os meHI11()S aplllllzoS. que vossa 1l1crl:e dis leve Frill\l:iscu de TavoJ"a. Nus saudades que vo~sa merce di~ tt;'l11 desta terra li1l' 11;\0 acho l1\uita I"CSilll, porque esta mui elllHldonha, e acho que toda li outra daqui fmu sel·ú muito mclhol· ainda que seja de llegro~, ainda a~silll ~e nellll ouver cm que sirva u Vlls~a Illen.:e me fará 11ludl\r de pureeer, porqLlc mo parecerá quundo II vontade que tenho de lhe obedecer.

Deos goanle a vossu 11I1:1"ee Lisboa 3 de Dezembru de 6771/[64v"J

Carta para a ilha de Madeira para o capitam João Ribeiro

Com Ioda H pret;a lllÇO eslas quatro regms a VOSSlI I\leree pnrqlle esta ii fragata em que vou desta cO!1loda para dai· li vella, e asim só digo a vossa Illeree que estime)! muito as novas que me deu de sua suude I\lll\avio IhmceH, e que senti n<'ln mas repe­tir por LlliH de Albuquerque porque me n<'ll1 trouxe carta SUlI nào ~ey li eaUI'H

Bem cuidei que pdu dito vieçe n rcsto de piqucfurt, que bem l1ecessario me Item porclll espero que vossa meree mo remeta IU\ jlrimeira ocellzitllll que se olTcreça.

No que loca aos mais negocioso em que vossa merce me Hill" Alltol1io de Oliveira d~lm resão delleH, que lhos dexll encomendados, e em CII vindo Imlarei de st;rvir a vossa meree em ludo II que lur necessario para l\ S(;!nllOnI D. Pllilippa hejo as màos n ella e a vossa llleree goarde Deos como dezejo Lixhlla 30 lk Julhu 677

A de sillla tinha tkixado escrita quando fui pmn a armada cuitlnlldo OLlVL'SSC

occaziüo de naviu pum essa ilha e como nàu ouve ~ervc de ll10strur ti vussa mcree me não descuido cm solecitar !lovas suas qUHndo posso. As que VOSSll Illen~e IlIC deu agora na SlIJlluqua recebi com grnnde gosto de qUI: Vt)SSUll\ercc <.' li senhum D. Philiptl logrem boa Haudc que cssas jl,lnl mim sào as Illilh()rc~ e l\ssil1llhe pe~~(I a vos~a meree senão descuide em mas dar

A !t;tra de setenta c nove mil reis foi aseitll COlll'H LluC eu nüo pudia duvidar, sendo

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passada pio flmigo Piqucfort, e a instancia de vossa mcrce e tambem espero que na primeira occaziüo se remeta alguma j~to que la aja porque os gastos não apertando muito com a bolça e com a perda do patacho de S. Thome, e a falta de frota de Pernambuco, e fi que teve o anno pasado no tabaco que me veyo, que quazi o perdi todo os fas mais servíveis.

No negocio dos soldados se fes o requerimento a S. A. medindo as praças para as mulheres emquanto não vinhão do cativeiro, e consultandoce o negocio a seu favor, rczolveo o dito senhor se uzaçc com elles o mesmo que com os soldados do Terço novo que farão captivos na piadade, que vem a ser irem correndo os soldos de sua fazenda athe virem de cativeiro e mandarlhe dar huma esmoJla pella mesa da con­dcncia para que tudo com as esmo;lls que as mulheres puderem tirar se ajuntar para o resgate, assim que faça vossa Incrcc com as mulheres tirem li quem puderem, c remetendoçe tudo junto com o que isto importar, ver se se podem tirar estes pobres de capüveiro.

Eu ainda não live reposta sua da carta que lhe escrevi sobre ajustarem o seu troco com algum dos turcos que ca estão se justarcm para fazer este negocio podem ser o acabe eu cá.

Resgate geral não o averá tão sedo, porem avendo crcyo irá hum irmào de Aires de Saldanha frade da Trindade que hê procurador dos captivos c fara tlldo o que oLiver lUl sua mão.

Agradeço a vossa merce muito a deligencia que fes sobre o não fazer qlleixa ao dczcmbargadür que ainda que não temia disso nenhum mal pelas informações que cá tem S. A. neste particular não dexo dc ficar meu obrigado ao bom zelia de vossa merce que eu niio podia ignorar de sua amizade em quando isto não pllre com a deli­geneia de vossa meree, os meus procuradores senão descull(65]darào e bem creio que me nào hande se degolar por esttl nem ainda dar o menos emfado por coma que foi tamla cOllza.

A letra de Lllis Ferreira fica aseita elle agradece a vossa mercc da sua parte o cuidado e eu pIa minha faço o mesmo, quc sou muito amigo desta gente

A falta dos navios portugueses para a saca dos vinhos, he a cauza do pouco valor que aqui tem o tabaco, que eu sei homem que perdeo doze mil cruzados na alfande­ga delle, o que Sllcedeo a qllazi todos os que o tiverâo em que alcansei a parte que já digo.

A carta que li vossa mercc me dis CSCl'eveo por Cadis no Francês se penIco com o dito navio que o matarão os turco~ a pique mas chegou a 2a via da rezidencia por Luis de Albuquerque que vco no inglez os gastos dcl1a he necessario que vossa mercc saiba quem os fes ja que lhe não pedirão nada pal1l ao menos lho agradecer na forma que puder.

No que: toca as caxas que vierão do Rio de Janeiro, parece que adevinharão o muito que avia de gastar a fragata do Rio de Janeiro parece que adevi.llhal·50 o muito que avia de gastar a fragata no caminllO para lhe carregar a mão no frctte isso niio tem remedia, vossa merce as tome na forma que dis que podem scrlhe: paçe alguma letra para que vossa merce de la alguns vinhos dessa conta cm janeiro, que espero vo~sa merce satisfaça como custmnão quando não tambem eRI-/ero de: sua pontuali­dade, mande na primeira occaziiio o importante, asim deste precedido, como do mais

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que OlIver pagandoçe primeiro <1 gama scnteneiandosse u S(!U favO!" u nossa duvidn, e cu estoll corrente em tudo o que vossa meree obmr neste particuJ<1r, e!Je bem sei se n~o hade dcsCllidar para tudo (l que fiL:er li seu ncgocio cm pegamento que o senhor governador e Bispo o conbeção porque me não terão por tüo dczarrczoado como elk me quer fazer.

Ao conde da Ericeira falei sobre u ordem para acorrer as patacns e rcnles neça ilhn li quem toca esta repartiçi'io ctiçcme a avia de rnandar ncsti( occazii1o, farei deligenda panl que nua deixe dc hir.

Tambem emlcndo irá ade se abaxurem os quarenta reis cm cada urobu de ns~tlqtlar no comboi quem não he nu alfêll1(h.~ga como vossa ll1ercc dis porque jó üllei lK1~ menistl"Os de junta do comercio e me diçeriio cstavào correntes neste pllrtieuJnr, diante delJes emeomendei esta diligencia a seu criado de Diogo Fernandez não ve se tem já feito papel corrente para isso, tratarei de 11 ~aber :ll1tes de nprtir a embllr­caçiio//[65v"]

Carta para Diogo Fernandez

Não poderei ser nesta tão largo como deve, em como J~dclll as eartn~ que tenho recebido dc vos~a I11crcc para lnglaternl lllllna, outm por navio th\llces, e n ultima por Luis de Albuqllcrque 11 que re~pllllllo com toda li brcvidulliJ por tar barco e~peral1-do por mim para hir para bordo da dila UilO Almada Santiago cm quc vou ao cslreito.

Pesame que vossa mercc padcee w:haqucs ddhe dCLl~ li melhoria que eu tlczejo em companhia de todos os dcscendentes dCÇll caLa.

Sinto a perda dos caxllis, porcm cmtemdo, que nem dc Anlonio de Olivcim ncm minha tili culpa que ellc jh~ o que podc, c cu tambem cllllrcgllllt!OIl1L.: n<lVlO os caxoi::; por cünta, e cá tirandoos cum <I ll1e~1llU livrcs dc todos os gasLos, que vns~lI llll!n.'c pIX]ia ül.zcr nclle~ de~dc sun casa Hill\.: o.~ ellllll:gar a ~Cll irmfio qlle j~to niio fom expremenlam vossa meree 111uiur a [lerda, e Hinda niio eHeapnriio pouco dc hir a Argel.

O palaxo emtendo o que pura mim fora milho\" penleee visto o seguro que llnlw feito, não me tem vos:m ll1cn::e ncl lc foi II resiio quc dei li 25 pm 100 de premio logo de contndo, e sem ordem vos~a meree bem sabc niio podill ·nlzer is to.

O não emcomcndar n vossa n1<.:n.:e li vcsit<l do dezcmburgndor, nem li:> dcligclll­cius necessarius. para a minha [·czidencin o ris muito adrcde pum I.jlle vns~a Illcn;c veja fio tanto dl\ sua amizade que me pureçe h6 cst:llsndn qualquer advertimento destes, a quem vossa merce tão penlUll"OZO que Gcdo se escandulizara tli~i-;o, Hci mui bem [) quanto lhe deve neste rllrticlllur que o tinha por m\li Se\"[(l Ulltes de mo dizer, ao senhor Bispo João de Bitnncllrl c Manuel Maçicl bem sabe vossa llIeree qlle L:om i~to e sem isto a minha vontlHle hade ser sempre a mesma.

As couzas de Mosabique tOll1l\l"l\o outro caminho muito dilcl"cnte do que se cuidou por varias Cllllzas eom que Ilõn pode ler Gf('eilo (l que vil" qm:r [[vcndo OCC<l­ziiio não me (Iescuidarey.

Da dCIl1l\zia ou resto qtW vossa meree dis tenho na minha mão de Luis ROllliio () sinal tera VOS~H merce ;wizo por Antonio de Oliveiru c Sall.

No negado de Simiio da Cunha Iliio fis ellUi'~1 alguma pum que mc pareceu c II

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Diugo de Mendonça, que o homem não avia de fazer nada, visto ser ltvizo do gover· naJm estar sel1a a letra ela quantia que quer \'ossa merce lhe fes a c~crito em apal­pando o eu hum dia, o achei bem duro neste particular.

Faça me vossa mcrce favor mandar fl sentença e denuciação que deu de mim a rapadura, ,

!:",sta carla llllimfl chegou seis dias antes da hida da armada dos quais três estive doente pIa qual causa não pude fazer nada, na proviz11.o que vossa merce pede, para as partilhar, e só me informei como avia de ser isto, disem me que sào neecssarios papeis que fação fee em que vencia a rezão que vossa men;e tem para se nã.o fazerem arte o juiz a quem toca,

A minha rezidem:ia se não vier ti 2" via eomo vossa 111erce pedio ll110 chegara ea, pIo de~astre que soeedeo fi outra, e com i~to não sou lllnis largo pIa pouca com que e~totl que se querem hil' os navios vindo com saude servirei li vossa mcrcc no que me mandm a quem Deos goarde llluitOH unnos, Lixboa 30 de Julho 97, //[(í(j].

A cart<l alras tinha deixado escrita quando fui para a armada cuidando ouvem occazião c eomo o nào ouve agora e com ella cstn reposlLl, que sem I () cartas que tenho recebido de vossa merce por varias vias, que todasjulltQ são chegadas as que tC111 c~crito, segundo se infere de bumas e de outras; porque tudo agradeço Ü VOS5a

mcrcc as boa~ novas que me da seja em o cuidado que nisso tem que eomo dc1le veio o conhecimento que vossa ll1en:c tem do alivio que me da com elle for maior li mính<l estimação afirmo lhe a vossa meree que as minhas sandadcs cada ves são maiol'cH de Loures e da mel'ce que VO~Sll mel'ce me fazia que estas juntas com a magoa que eu padeço os cti~gostos quc me dis são mui sensitivos, queira Deos estejão já remedia· dos, e asim espero que ausellcia de vossa mcn;c lhe tenha bu~eado o milhor camin­ho.

Vai a provizão da reformação que vos!>.:1- ]]lt!rcc pede ainda quc nu indo ouve algu­mas duvida~ para se conceder,

Saa avizara li vossa Inercc da rezulçuo que tem tomado na sua hida e !lO que toca a nao camvella que vo~sa merce dis cu m<.: nào atrevo a tomar parte assim porque não tenho com qllem como porque fiquo mui escaldado da no~sa desgraça e pois pera hnma informação que ha hum homem de hir fazer a pede11leira niío mando a vossa merce nvizo nesta occazião do custL) della, o que farei na primeira.

Antonio de Oliveira senào descuida da emcomenda de vossa merce e se hade remeter na l-ol'l11a de sua ordem Pero Vas da Crus chegou ao pano no navio cte Pernambuco com quem tem a beata não foi falça trouxe lIppellação das sentença~ que se derão de que estava o navio perdido, e fazenda toda que se mandou vender em praça e se meteo na fazenda n::al e Como chegou muito doente 1180 podt:: ainda vir pal'H :!sta cidade a dar informação do qUe tinha pasado que hé em Viana, que depois de lhe fazerem mentius injustiças, e prizois, e darem as sentenças digo que pnra clle poder escapar foi necessario darlhe ajuda o sHrgento maior de term,

Com os oito negros que vossa merce sabe dos qUHis se fizerão 237$995 reis tirfl" dos os gastos que João Fernandez Vieira tem na sua 11111.0 em o avizamos mandarão frota qlle hade vil' o anno que vem, que este por falta de comboi não veio, que cm Larenso partiril e buscalla em que vai o governlldor Aires de Souza e a dita nppcl-

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Jação chegou nas ferias em se acabando se deu a quem tocavo. pedimos vista em nome de Pera Vas da Cms, que hé o que he parte nesta demanda por convir asim pur conselho dos letrados, e se tem arezoado pelIo pagar, e ajulltado todos os papeis nc" cessarios, para bem da nossa cauza foi a provcdor da fazenda lambem cm vista, segureçe vo~sa lllcrcc que nesta eauza não hade tàltar deligencia porque ainda que eu não tenho muito genio para demandar neste empenhamento o dezejo de vingança que tenho do magano do governador e muito mais o ser vossa mercc parte llella, do que soceder irei avizando nas occaziones que se offercccrem, que me dizem que em janeiro Hverá Imma embarcação nel1a avizarei mais largo qlle ca cntào estará cá Pera Vas da Crus.

SCll irmão dc vossa 1llcrce me avizou que elle trazia alguma fnzenda eá lhe man­dei procuraçii.o minha para lhe embnrgnr que me mandou pedir não sei o que terá [66v"] passado sobre isto.

Nos tinhamos jú alclllmçdo provizão de S. A. para nos cmtregal'em o patacllo cuidando estnva só embargado, porem como este estava em outros termos não servio mais que para ajuntar aOH outros

Luis Romão Sinel nno esta na tcrra tcm lJ1C escrito para ver se veio ncsta frota o resto que nos devia que dle diçc esperava da reposta farei avizos a vo~sa mcrce e pagando o que lhe loca a vossa 111erce o tirei na minha mào athe SLm urdem, como pnrte~ me munda, c quando fw,:n nuscnçin ficarão a Domingos Lopes mover na mesma forma.

O Cardo~o foi a Argel como já lá se sabe não deixoll de ser perda p<ll"a os nego­cias do proVL:d.or porquc lhos faria com mais deligencia que qualquer outro.

Ao governador de Pernambuco farei cobre qLIC tomar a vossa mcrec por C0111-

re~pondeJ1te diseme que avia dc falar com Mnnucl Brito que hé a que O avia de ter aqui seu, e sobre quem ~e hão de paç<ll' as lctras temos lhe ambos tàlar, reslxllldeo que nessa pntça hera seu c011ll'esponuente o Brandão, mas como lhe eu diçe que este hoem enl velho, e que não avia de só !l1II', nem i.1lWrCr este tnlba!ho, ficnri'io comigo de que se repartiria ontre vossa \l1l"!rce e clle, c (jlle ulllbo~ lhc fariao li carregnçfto.

Falei no do Rio de Janeiro de Manuel Lobo diçcmc que avendo de tomar comres­pOl1dl"!nle nessa ílha ~eril\ vossa ll1erce para lho eu pedir e por Sl"!L" amigo de seu irmii.o de vossa moree creio o fara porque segundo o quc veio niJo hade pHs~ar ~em fazer grandc negocio naquelln t~rra, estc nao pode ser sem vinl10s dessa.

O de Cabo VOl'de c\is lambem que ainda se 1150 tem rezoluto a ter negocio nessa ilha qtl~ avendo de o ter terú com vo~sn merce para a que lhe dct'ci o seu nome; elle leva pl'octlração para arrecadar as 6 quartolns ele agourdcnle que estão nos defuntos, l' tlllZentes, e me tem custado bem o hllV0r eorrenll: 05 papeis para que a cobrança não tenhn duvido, pIa falta de dnrcsa, eobnmdosse isto, cm vindome a muo farei avizo a vossa merce para que disponha as que lhe toca o dilo governador partirá de janeiro athc Março,

D . .Iorgl"! hé serto estar cm Argel creio que hiriu neste llavio que vossa mercc dis tomaruo llhi Oeos o con~crve para qne nào úlça desvio que cu cuido de seu procedi­mento.

Esquesülme dil:er H vossa merce ql1e mando a Angola huma pl"Ocnração dus que me mundou sobestabelccida em Aires de Saldanha e outrn minha, pl\ru qLlC embargue

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alguns bens que la tem (1 governador de S. Tbome porque () ditu meu primo mi\ll­doume pedir q\le lá soube da velhae8l'ia que nos fes este homem, porquanto aqui não tem nenhum real, e só cm hoJandll pos tudo o que lem furtado, e parccia [\ todos 11iío tinha tençfio de por cá Heu pec, porem temo~ cmtemdido que O governador que o foi render le\'ou ordem para o mandar prezo, vindo e tendo nos sentença como confio, hade armar dk, para pcrda~ e damnos.

As contas de Pero VaH ~cnão carece V(1~sn meree em mandar aqui cá as tenho e farei pellas averiguar com elle, envindo, e de tudo o que suceder farei avim que por hora não posso ser mais largo fieo para servir a vossa mcrce no que: me mandar a quem Dco~ goarde muitos mmos. Líxboa 4 de Dezembro 677. /1 [67J

Carta para holanda para Francisco Manuel Dias Jorge esenta em 20 de Dezembro 677

A oceaziao de vossa morees não terem carta minha em reposta das quc me fiz­craolhvor escrever, foi a dc me em borcar na Armada que foi ao socorro de Oran, como avizou Francisco Mendes dc Barros, agma que estou nesta corte, não faItmci t:1l1 precurar novas de: S<lude de voss~ merces (qlle estimarei logrem) nem de servilo~ no que forem servidos mandarme desta parte.

A guarda roupa, e barril de polvora me foi cmtreguc (:01110 ta1l1be/ll o foi a letra de fi5()$ cruzados e estofa quc tudo eu obrado com muito primor de que fico agrade­cenJo as de vossa merces o trabalho que nisto tiverão.

A vinda do tabaco qlle vossa merecs fi7:erão, bem creill seria com todo o aserto c de1igcncla, pU['[I que esta fosse gozando o melhor preço com que n30 lenho neste par­ticular mais queixa que do tempo, e do genera, em que afirmo li \'tlSSa mcrces tive grande perda porque o rendimento qlle teve nesta praça acho foi o dezembolço que eu fis nesta de tl'c1es e direitos só morces em dinheiro de contado.

A conta de vossa mcrce~ fica psola de "corda IUl sua conformidade, e do resto me fará vossa morces meree mandar huma duzia de puas dc Fltia 11luito bom par,l varais de sega que não tinhmnos de vinte e hum palmo de comprido, e hum palmo de gro­sura, cmquadrado, para que depois \'arai~ caua pao.

Também peço a VOSSíI mcrce~ huma peça de holanda fina que he para hum amigo, e que tudo venha na primcil1l oeca:diio fazendo seguro, e da que tblt'lr para estn remeça ascrtada ii nossa conla pasara VOH.~a mercc letra sobre mim, a pugar II pessoa que lhe parecer a que logo darei satisfação scndOl11C apresentada.

O governador que foi de S. Thome, Julião de Campos Barreto me dcu uma perda considerável em hum navio que foi a costa da Guiné meu e do cappitam Diogo Fernandez Onll1eo, que perlendo aver delle em lmme necc;t<;ario que ,'ossa men.:e me faça favor saocr pllrque hé ahi seu comrespondcnte nessa praça e se remete alguma COlLl~a para este reino, e a quem vem e emtregllar.

E em caso qLIC este homem Hhi tenha cabedal ma tl\l'u Vt,s:;a mercc tambem avizo se pode ahi fazcrçc algum embargo pellas perda~ que tenho dito ii vossa lllcrce me deu, e se desta parle Ollverem que eu sirva a vos~a merce o farei com gr,mdc gosto Deo~ gO<lrde a VOSSll merec muitos armas Lixboa 20 de Dczembro 677 II [67v"J

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Copia da ordem que dei ao governador Alrez de Souza de Castro que foi para Pernambuco feita em 14 de Janeiro 678

Amigo o que vos tenho pedidll he que em chegando mandeis chamar Diogo Lopes Caldeira, que he meu comrcspondente nessn terra, e o advirtan prepare tudo o qLle lâ tem de resto de nossas coutas, para o embarcur em ilSSLlcar fino no navio de Diogo Ramires, a quem direis de minha parte o mande receber como lhe pedi diante d.: vos.:m vossa ca~;a, c çom dlcito lhe fareis fazer, porque não he rezão deixe lá nadn ao dito escrcico vos dcm os vinte mil reis para o que sabeis.

Tambem advirtireis Lionel Gomes me mande II procedido das licenças que lhe remeteo por minha conta Aires de Saldanha empregado cm assucar fino entregue ao Jl)(:SJl)O cappitam tirando 60$ que lhe manJo entregar lá, c o valor de hUllla negra que vos elle entregará que hé para Salvador Luis, e mI: fareis favor rcmeterma no navio que vos parecer fazendo declarar ao mestre, a quem se emregm no conhecimento, vem pur conta, e lisco do dito S<llvador Luiz o qual virá na carta que me fizeres favor escrever.

Primeiro que tudo vos pet,:o vos não esqueçais de me dar l1ova~ vossas, e manda­do em que vos sirva Ocos vos de tan bom sucesso c saude como dezejo para mim Lixboa 14 de Janeiro 671\

Ao capitão .!oão de Saldanha em nenhum caso cOllsint<lLs que estes homens car­reguem tabaco por minha conta //[68J

Carta feita para Leonel Gomes morador em Pernambuco em 14 de janeiro 678

Senhor meu respondi ao avizo que tive dc vossa merec cm bum navio que pal·tio cm companhia do governador da Bahia que qucrcni Deos ter levado a salvamcnto, e que <lssim aquelle como este em quc vai o governador achem n vo~,>a merce com muita saude.

Do dinheiro que vossa merce ja deve ter cobrado das letras que lhe passou meu primu Airez de Saldanha me fará vossa merce favor entregar sessenta mil reis fl quem lhe lllostmr huma letra minha, que passei sobre vos~a merce, que ~âo para se com­prar huma ncgr<l, a hum homem a quem devo aqui algumas obrigações, c assim tilmbem mo tUJ"á de cOlnpnmnc outra cle vinte annoz pouco mais ou menos, fi qual entreagrá ao govc1'11ador Aires de Souza, que a remeterá na forma que lhe tenho encomendado, espero que seja com o maior comodo que tor possível, c o demais virá cm assucar fino que se hude entregar a Diogo Ramirez puni que com sua ordem se meta IlO seu navio, ou no mais seguro qne vier na hota como Ihl! tenllO pedido, no preço dos assucarcs não falo, porque o sey os há vossa merce de tirar com toda a comodidade, visto ser eom o dinheiro 11<1 mâo, e se para a cobl·ança de~tc dinheiro for nccessario algum favor, pedindo a vossa mcrce no governador lho dará, como lhe

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mereçe ii minha amizade, e se eu prestar para servir a vossa meree nesta terra me tem muito as suas ordens

Deos goarde a vossa merec muitos annos Lixboa 14 de janeiro 678 A letra vai a pagar ao cappilam João da Silva auz(!nt(! a Domingos Roiz de

Andrade.

Foi 2" viu cm 10 ue Março 678 //[68vO]

Carta para Diogo Lopes Caldeira morador em Pernambuco feita em 14 de Janeiro 678

Senhor meu recebi a de vossa meree vinda em companhia da froto da BlIhia e folguey muito de ver que vossa merce passava com a saude que lhe dezejo a qual lhe conserve Ocos]Xlr muitos anos

Vejo a rezão que vossa meree me dú de não remeter na mesma ocasião o resto que lá fieOlI, e suposto me fes falta agardeço a vossa merce pello com que se há em min" has COlll:as, e espero que: com o mesmo me remeta na ocazião desta frota tudo o que lá está empregado em aSSllcar fino o qual se hade entregar as pessoas que a vossa rnerce lhe di~er o eappitam Diogo Ramires, a quem peço que quando mo não possa trnzer no seullavio o mande receber no que lhe parecer maiz scguro c se para effeito desta segurança ou da cobrança destes eftcito~ for nccessario al/:,'u11la ajuda do gover" nador lho advirta vossa merce que cl1c a dará lagua, como espero da nossa amizade, e parentesco.

Ao dito tenho p~dido favoreca a vossa merce em tudo o que a justiça der lugar, e ~ci certo o húdc fazer C0111 mui ta vontade.

Eu lhe encomendo me compre lá não sey que para o que vossa mercc me fará favor darlhe Vinte mil reis, que meterá na nossa conta e veja vossa men.:e se desta~ partes há em que o sirva que o farey com toda a vontade Dcos goarde a vossa merce muitos mmos. Lixboa \3 de Janeiro 678. Em nenhum caso quero tabaco, senão aS511" t.:ar fino como aHsÍlnn digo

Foi 2a via em 10 de Março 6711 /1 [69]

Memoria que dey ao governador Manuel da Costa Peçoa

Em hum pataxo que foi no anno de 673 para fi costa de que hera mestre Antonio Dilliz malldey huma encomenda com o conego Antonio Valente de Sam Pedro ~

entregar a Manllel Pereira que hia no dito pataxo, hum, e outro faleceo, e tivemos avim o ficara em Cacheu declarado o que nos tocaV<L par<l cobrança do que demos procuração ao cappitão mor, que foi, c agora vai 2" via para que vossa senlloria, pol' hum criado nos faça remeter cstc rdomo, ordenandolhe que havendo embarcação para a ilha da Madeira remeta cm sem ao dito concgo a arnetade que lhe toca em falta venha tudo a esta cidade a entregar a mino

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Tambem dey ao g(wernador João C'arduzo que DeoH tem hllIllas qllartolas de ~lgoardentl' cujo procedido e~tú em poder dos otl'iGiaes dos defuntos, e para li

eobr;lllça remeto mandado dejuHlifieação, e procuração que vossa senhoria mandará sobstabeh:!eer. Do que Isto importar me fará vossa senhuria merce ordenar se com­prem duns negritas de mhc 12 annos iguais, c bonita~, e () resto no que vossu senho­rin entender terú aqui mnis (;onta li entregar a mim auzente, a quem meu poder tiver.

Lixboa 24 de Abril 67fL li [69v"J

Carta do governador do Porto Santo Diogo de Betancurt Pestrello de 3 de Agosto

Avera 20 dius reeehi huma de vossa senhoria de 4 de Maio vinda por Cadiz de qw: f'is grande estimassam; ainda qlle não sejam as novas qlle me da I1cllu da ~UH sam\(: tam boas como eu dczaUaJva,

O Senhor Yiturillo de Yitumcor não se rezolve a ficar li ferias em Coimbra e assim veio para Lixboa para l:aL<l de tio COIll alguns cheqllc~ que no caminho o aportarnm em 11lll1l11 qllinta de hum seu amigo aonde levou Imll1as poucas de sangrias poremjú agora o vi aqui nc~ta CllLa awra 8 dias que se veio de~pidir de mim para partir para Coimbra em companhia de oUO fidalgo a Jll'Ovar em cotiza não sei sirva de tempo que apanha esta cmbarqunção em que re~ponda as cartns que lhe dei de vossa senhoria,

Nesta mesma oea~dào recebi JUllml carta de credito de 110$ que pas~olt Diogo de Campos pUf urdcm do senhor pndre Paulo Machado II qual assertei sem embargo de que jn tinha ~atisl'dta n maior parte da divida da pessoa sohre qtlem vinh!! efeito lhe cOll1sinassam cio resto porem por nào fazer csLC dinheiro falta ao sonhor Yituriano e por niio pagar ganhos do dinheiro que se tinha tomado com que creio ficara sati~feito pouco mais ou menos e primeiro gasto de que ~e manda a conta ao P,ldrt' Paulo Machauo agora novamente lhe mando fazer vistido de vemm como mais Ilt'~sec<\ri(l para elle por me paresser em re7,;lO as mezadns vão continuando bom sera venha din" heiro para otm antes que se acabe que tndo sem te janeiro, hl]a SL~ lhe ,kftl como me parecer reZllO c não como elle quel', que como he muito genertlLO gasta mais do que a mim me pareçe justo comformc a sme pocibilidade e de vossa senhoria sobre que tcnllO muitas germs COI11 dle e 1m poucos dias lhe escrevi hum e5crito muito a~pero de qlle elle esta semtidn, porem em eomo lhe tenho amor porque elle me u~e e por ellLlza de vossa senhoria sinto como proprios//[70] os seus caminhos ainda que lhe seguro ,1 vossa senhoria que nenhllm deste h~ cm malel'Ías que o dcshomrem antes coizas em que Illo~tn:: ti vir (\ ter hum grunde animo e o seu proscdimento cm Coinbru t'lmbem mostra não ude fU:ler memtiroza II opinião que tive senpre delJe porql\C me afirmam hc gentil estlldnnte e que estuda dcsmaziadnmente

A siensia que sege hc eanone~ por clllnsselho que la lho derão c não me purece mas asertado porque aphilzo fio que Iml prendeo lhe bnsta para saber argumentar cm formH até que as novas de seu filho de vossa senhoria agom omtram a~ minhas que siio bem mas,

Eu Senhor me acho hoje com o prezo desta caza para levar Deos pura si a meu irmão II senhor Luis de Saldnnha coiza que me tem magoado Illuito pia grande

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;lmILiI<k qu.: selllpre livemos o.: (lUr 1110: f icar em pane do ll.cra de aumentos em que caminhuva com óipmnsa dL· fazer hum .. grande furt una que I)OS~ segir promever a cedo eom as obri,gucois de uniro de minha ca7;n c com gnmdc quantidade de dividas qll~ satis:filzl!f a (Iue lenho dado cm Cümsinilssão mais de 4 mil cruzados da minha fazenda c me lído sõ as fendas para SUSlenl\) de mui~ de 40 criados com as mais dis­pez.l.s que fas a eorle. (' eu com islo implln!bililndo dI.! fazer o que de7.ejaV'd c om o senhor Viluriano porem sempre f;lfI,:i n quanto puder e os ter paJ1e na gloria que e de ler de () vcr hum gnmuc homcm

Deo~ lhe de vida a \'n~,;a mer.::e llluita :-úud..-: para o ver Junqueira 3 de Agosto 1678 i /[70v~1

Carla do capltam Domingos dos Santos Soarez de S de Agosto 1678

Por Cadis me chega huma de vossa mel"ce de 28 de Muio e como Iwlla vejo que vossa m!.: l"!.:e [laça com s4lude ü estimíl muito.

O creditu de 110$ mil reis para Vituriano de VcttlllCnr aseile suposto não deviajá llluilO A fanso t>,.kndes as lhe tinha fei to comSillll~!>Rm nos asucres que este anno me aviiio de vir do Rruzil ficam abonados rica a vo ssa merce na coma do d ito e eu muito [lor o st! \~ ir cm luJu qUI: cu prestar Ocos goorde o. vossn merce. Junque im 5 de Agosto 1678//[71]

C<lrta de Diogo Fernandez Branco de 5 de Agosto 1678

SL'Ilhor mco:t 15 de Julho recebi a de vossa merce vindu por Cadiz que foi para mim de grande estimação por me sertifi cur passn melhor dc!he Deos a vossa meree e n rudo deSs.1 a saude que lhe de7.ejo

Eu ~up(Jsto paço com ella he com tanHo desgosto por falecimento de meu irmão o ~Cllhor Luis de Saldanha que Deos foi servido levnr que não sei enc(tl'esser porque por nossa amizade foi sempre muito grande e fiqu~ j com muitos travalhos e encar­gos, e fora de esperança aos meus acrescentamentos qu e pelo caminho qlle seja estavam mais sertos e com intentos em que me pareee não podia deixar de fazer hU11lEl grande furtuna

Agora a b\l'lcaremos por (Jtms caminho~ aindl\ que nào tam se parte mais des­cam':<lda c menos arriscada folgare i comsigila por ter mais algum prestimo no serviço de vn~~. ITICI1CC.

Luis Romam he sçrto ser pOllca rezão mas niio podeix&r del1e esperar pela fTüta em que fico de acordo e quando faça Il. vc!haquuaria que vosso merce prezuma e clle tem tomado {1 comtmto J as sargt:s, c baClt.:ls e não 112. lide fultar o bronde page e eu o :' a]1c rrucc {) que não ludo sem nasecario, porque João Furtado quc me lem pedido de ~spcre he seu fiador de palavra o muis abonado pln sua verdnde, u Antonio Roiz Marques mandei dizer fomlam n minha coma pIa sntisfação, vindo a frota lid' ldc aem-

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do sem 1l1olestia nem duvida na verdade de vossa me!'ee. O m::gocio do patnxo se deteve por cu querer os entendese Antonio Telles Caldeira

porem não pode por ter ~id() procurador da coroa quando lhe foi a mão e dispoiz com li minha dcsgracia se deteve lllais alguns dias mas ainda asim de 40 nem o juiz João Sanpria de Vargas sem o servir hoje, hontem estive com elle como tenho leito muitas vezes e me prometeu de dentro em R dias o dar selltenssindo se esta embU["(]llação se detiver levut"a a nova e creia niio lera mc segLtndo o que se deixa ver ndle, e as imfor­mações que tem 100undo de VllS~H 111e1"(':C lambem me he bem nessessario esse pouco que la estam e cu tenho sempre:: (!screve (1 ao governador de S. Thomé que 11e 111llito mcu allligo remeta ii Pernambuco ,1 Ai[·cs de SOU7l1 o que for nisso, cmptega­do!/l7Iv"] clllllegros e [10 dito Aires a remessa no qlle al10S estiver melhor de esta despuçisam l1~O for boa vossa l11eree avize que quer se fnZH as jll"Opomns eomissocs.

Gonçalo Vas l11e manda i\gora dizer Antonio de Olivcria vai nestll oellzião como vossa metce vcm em hum escrito que vai na carla do vigado de S. Pedro. Ao Cünde de Vimioso falei segunda veH dis que le111 mandado ordcm de S. A. c que não quer fazer mllu exemplo em materia de seu emtereee nií(ll~\s llluitas pasilgensjú e111he não falara neste panieulnr se vossa l11erce n~o apertam ImntLl que o conheço ncstas m~lle­rias llluito bem por lmlo mais nfto hit melhlll" cavalheiro; se l\isto poso servir a vossa mel"ce de~tfl\sào bem sabe a minha vontade pilrn as suas eOll'las principalmente sendo t(ltl1b~m de seu primo de qUl:lll Sll gnllldc amigo.

As enrias toqllantc~ ii rem V<lS quc e~qtteseram a Antonio de Oliveira. No que toqua a Simiío de Cllllha verei se poco ver a carta que Ymsa me["(.:e dis

porem e1le hc muito ferrolhado. Tenho 110 tuvelll plantus que mandara vossn [m::rcc por( ... )e grande enntidadc de

ilorez estmvagnntes que levou cmtUIl1 hc () tempo Illilhm po~to nuo podem agora vir v()~sn merce scniío esqueça das rigeira~ mansinhas e ph\1\ta de batatas que agora tenho tão hoa lerra nesta quinta pOl" tudo que tiezejn não aja natiu que não tenha e (;nllles~o ]1\lJ11 PUllHlt"sinho que com pow.::os i\nno~ e~pc["{) 1110 rendera 4$ cruzlldo~ r}{)lIC~) llluis (lU menos i~[o a porta de Lixboa em hU111il quinta que jú rende perto de 3 vossa meroe posto lIjudu c dinheiro que o 1l1ai.~ 11110 Jhl[lI c vejn V(}s~U I1lcn.:e u que me ordena de seu serviço que por [L!do mt:: tem ilS suas onlens

A rem Vas t::mtrego hum quaixtio com hum pur de: dllziu~ de lnmpreils seea~ pari! vossa mC1"(:e prover estn vignrin (]tle ngora(.«) de tome vossa merce essc credito ao col1~go novo e()ll1scglli~sc que fllS pOllCO ell/.[) de mim quc saiba tenha hUlllll quinta melhor que a sua. II [72]

carta do Padre Paulo Machado de Govea de 3 de Agosto 1678

A de V()SSU Illerce vinda para endis recebi estimando muito tenha II silude que Ihc eu dczejl1 seja Hemprt:: [jH~il11

A eurW de ereditn de Domingos de C'mnpo'l so arcos aseite por eomodidade do senhor Vituriallo de Bitunellrt c pl"!m ver a Ile~sesidi!de cm que se llchavll suposto linha algumils rezoi~ por o não fn:r.cr e dn eonta imc1unl vcr~l vos~u mcre::c no que upli-

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CDU este dinh<:'irn he ne~sçl:ario que vossa lll<:'rcc Ih..: mande avi/os com a~ ll1ezada~ por qualquer via que for porque as que km vam no fim e he ncss<:'çario auvcrtir lj quem lhe~ der que ande so.:r 110 priJH:ipiu llo mes se jur~'Jl1 pia mesma pel.;o(l he nesseçariu ndvcrtirlhe onde com mais r.tmlualidadc e veja Hlssa tntn:e se ha com que o sirva quI.; para tudo me tem muiTO a~ Slla~ ordens,

Ocos goarde a vossa merec muitos ano~, Junqw:ira J d<:, Agosto de 1671\.:'/ [72v"]

1677. Novembro, Despesa que se tem feito com a senhor Vituriano de Bitancurt e Vasconcellos

Setembro. 29 12 covadus c meio de baela a 460 ...... , ..................... 5$180 de cardar ........... Sl20 2 covados e meio de pallu limosje parajubào c barretes ........... "+S600 4 eov:lctos de tafetta a 2))0 l"l'is . . . . . . . . . . . . . . ... 3S020 3 covados e Il1l:iu de fustam a 120 5420 fi cov:ldos d~ J"clroz . . . . • . . . ..... S 150 sorill para ü c:ubcçiio da cupa . . . . . . . . . ........ S020 J OUl.ias e meia de bowis $140 J tluzias de eazas . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . $175 tle iei tio do vestido e jubão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. iS [00 vestido deverão. . . . .... . . ..... . .•......... 15$825

167H, Julho 15 30 cavados de silicio a 300 reis . . . . . . . . , .. 9$000 J 2 covados de tareta por aroba e ealça de jnbflo a 280 ....... 3$640 9 cavados de vogmam negro para calçfto e jubem li 650 .. 5$850 2 cO\'ndos e meio de paniço a 200 rs . . . . .. .4$000 3 cavados de organdilha por entre terro dejuba a 120 ...... • . . .. $360 10 oitavos de retroz ........ . ................ • ....... $250 algibeiras dos calçois com aremcdo cabcçào . .. .... . .. . .$100 4 duzias de botois ,.. . . ... ....... . ... $140 cazas................. $175 aramur . . . . . . . . . . . ........... 5050 no feitio do vistido de lago ....... . . . . • . .. .. I S 1 00 Ao calção cjubào ........ . ... . . . . . ....... S800 47 varas de fitta e meio covado de olandelhe mais .. ..... . . . .. 2$400

. . . . . . . . . . . .40$090 6 tamboretes do 8rasi! li 1800 cada hum.. . .......... 10$800 hum buril . . . . . . . . . ........ .2$000

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52$890 i![73] VaI li lHuda <lIras. . . . . . .. .. . .. . . . . . . . .52$890 DeLembro. 15 dil1heiro que se tomou de ganhos a rezão de hum por 100 cada 11les em dito dia e

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mcs . .. ... .... .... .. . . . .. .... .. .... . . 50$000 gnnharam estes 50$ a IS de Deze mbro do anno pasado te 15 Julho deste prezenle

a rezão de 500 rds o mes. . ......... . .... . . ... ..... . . .. ..... . .3$500

1678, Janeiro. 22 dilo dia e mes mais 20$ mi l reis . . . . . . . . . . . . . ..... 20S000 ganharão os ditos 20$ de 22 de Juneiro a 22 de Jul ho .... 1$200 2 pares de meias de seda a 18000 rs . . . . . . . . . . . . . .. .. • .... .. .3$600 o chape . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1$500 soma salvo erro ............ .. ............. ....... .... .. J 32S690 abatida conta a soma do credito . . ..... . ....... . .... . ...... .

fÍ<.:a a dever . . . . . . . . . . ..... .. ... ... .. . Mais que dei cm dinheiro por conta do dito !l João da Silva de Sousa que Ine tinha

J'l!dido em C:oünbrn ... . ... ..... .. ... . .... . . . ... .. . ... ... 18$200 .... . .... . ... ............................. . ....... . .. 150$890

OUlubro 3 12 pratos de e~ lanho que pesarão 18 libras por prc(,:o de 240 .... . . . .4$320 huma bacia e hum gomLl do dito com 5 libras . . . . ... 1 $320 feitio ..... ..... ..... . ..... . .... ... . . . . . .. ...... 1$030 6 colheres, t: 6 garfoo de lalam a 80 re is a peça. .. . ... . .. • ...... 1 $960 4 varas de guarda napos a 240 a vam ......... . . ... ... ... . ...... S960 huma vara de tnoalhas e mesa a 4RO ...... ....... .. . . . . .... ..... S720 3 vams c hum!\ 1/6 de pano para toalhas de moas a 190 .. . ... .. $600 humas galhetns e saleiro .. .... . .. .. ... .... ... ... ... .... . ... . $700 hum candieiro ... . ............... .. ..... ........ . .. .. .... . $900 2 butc les ...... .. ............ . .. • . •. .. . . .. . .. •• .. • . ..... . 3$060 ,!ue lhe dei paro o caminho . .. .. . ... ..... . . . . • . ..• •. .. . .. .... 8S800

Dezembro 10 que lhe dei para pagar o primeiro quartel ...... . . . . . .. . .. .. ... l 741700 das casas .. . .... ..... . . . . . . .•. . •. . . .• .• . ........ 04$

pussa [l volta. 1/[73v"]

. • .. • . . .• .. • .. •• .. .• .... 178$700

1679, Abril 9 Viluriano Goes Va1;Concellos vai a lauda atms ... . .• .. . . ..... 178$700 por o dinheiro que lhe mnndei para as casas. . . . . . . . . . . . . . . . .4$000 por humas mei as correpevolln ..... .... . .... ... . , . .... ... .. ... 2$00 0 mais em dinheiro que dei ao dito quando veio rcquel'cr o benef icio de Curruche ...... .. . ,. .. .... . ..... 6$600 por huma eapa em ca"a de João de 8a.<;lo que se lhe deu q unlldo o an ilo passado

foi pam Coimbra qllC csqucscu as outras . . . . . .. . ............ 5$ mais que tomOl\ cm caza de João de Basto em varias coizns que se dec\arüo abaxo . . ..... .. .... . . ..... .... 1$630

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Outubro mais em dinheiro que lhe mandei em oitubro ..... 50.$000 mais que lhe malldei por hUIll criado de João de Silva ............... 221

1680 ~·laf(':o lJ mai~ que lhe dei em S. Jozeph de Ribamar ................ 30$ mais que dei ao correio que se foi buscar o percatorio a Coimbra .3$600 de Maio 26 mais que uei ao carHcri.:iro ................................. 8$800

Julho 6 mais que dci pam li comcdoria di.: Vitllriuno

.Julho 27 mais que dd para o letrado de Viluriano . mais que dd para o letrado

abatidos ........... .

... 11$200

. .............. ..... 04$ .4$00

.371$930 . , ....... 358$000

Em 9 de Setembro de 680 serrada ..... , . . . . , ....... 21$930 depois de sanada e~ta conta se aehou hum recibo de 8 de Janeiro de 679 dinheiro"

que lhe mandei li Coimbra que são. ....... . .................. .24$OOo,.h m:\is >lC deicholt de asselltar la vestido negro que ,w lhc dcu quando veio a nO\14

de morte de seu pui .... , . . . ........... 9$530

1/[76J recebi de hum credito ........ , ............ 110$ recebi por huma letra vil1da em oitobm de 679.... ...... . ... 100S o dinheiro de contado que entregou hum pHdl~e da eompunllia ..... 50$ muis de Imma letra. . . . . . . . . . . ..... , ..................... 90S:

....... . .............................. 350$ //[74v" a 76v" - em branco!.n7]

Carta de Hlronimo Nunes da Costa de 10 de Oitubro

Senhor meti a do primeil'o de Agosto que vossa meree me fes favor mandar'eü'f rcspost<t da que lhe escrevi em 27 de Junho recebi e com ella llulito gosto de que vossa merce logre muita saude que Deos lhe conserve por muitos anllOS,

Vejo a muita rcz<10 qtlC vo~~a 11lerce tem para fi queixa do mao termo de meu irmã que Deos tem que suposto leve nlguma desculpa na tardança pios muitos gastos que teve nesta jornada eomtudo pudera ler pago fi alguma coiza fi Yos~a 1l1crce que a pon­tualidade hc llluito nesseçaria neste mundo para li boa comn~sJlondencia principal-

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mente com pessoa ti quem devÍlI a obrigaçiio que vossa merce relata de que cu sem­pre serei agardecido, e folgara muito nesta oeaziiiu ter C0111 que satisfazer a vossa merce para conhecer o quanto estimo I.' na pC~StlLl c bua comrespondencia mas afir­mo a vossn merce que faço mais do que poço em usinar para pagamento destas divi­das mais de metade de minha fazenda com que me sera forçolu retiranne da cOIte alguns Ulll10S como detl'cl1lino, c esta he a rezão porque apenfls posso pagar a sell.'; procuradores o que llleu irmào deixou declarado, e elles podem informar a vossa meree a minha rezão e li [JOW;U obrigação que tinha de o fazere a perda que vossa merce tiver pagar faço de conta mn quebra como t~1zem todos os l111\i5 ainda do declamdo. O que seguro a vossa meree que a eonsinação hc serta e segura, e que quando eu neste meio telllpO lenha com que satisfazer ii vossa nwn::e seguro lhe o farei, cuido o mais que for do serviço de vossa meree me tcm muito as suas ordens. Deos goarde muitos annos. Jllllqucira 10 de Oitubro 1678

Captivo de vossa meree. i/[77v"]

Carta de Manuel Dias a Francisco Jorge de 1 O de Oitubro

Munto (!sümei as novas que vossa merees me dar suas em carta do primeiro de Agosto sejum sempre eomo eu dezejo.

Os navios que vossa tnerce me dis cstaviio parll partir cm que me mandão os varais, e algumas s..:mentes de plantas e flores não he chegado oje estrnnhamos esta falta porque ha muito veio avizo e que não aparece navio desas bflnda~ e so ontem chegarão huns 6 de Dinamarca com taboado e alcatrfllll (ambos generol bem nesscçario principalmente o taboado c asim nilo po~so dizer li vossa meree o que quero sem saber o que me manda como chegarem querendo Oeos logo avizarei entre­tanto me faça vossa mel'l:e da comodidade que terei em manclnf vil' dcslI p~lrle hUllS poueos de sentas de taboado ordinario e sem quintai~ de ferro para c\)lltínUUl' hU1l1a obra que me hc muito nesseçario acabar por ficar imperfeita nesta quint<l pOl'guc como tlvizo de vo~sa men.:e do valor serto que [a tem verei o que me convem, o ferro advirto que ade ser quadrado que la chmnam os ofieiaes vergn[hul11. Ao landa li não quer para o amigo que ma encomendou em que vejo que estez partcs sam mui mudavens 110 quI.' querem e por nisto niio quero com mais a vossa Illcrccs e só lhe peço muito em quando sirva.

Dczejo II vossu merces muitos unos. Junqudra 10 de Outubro 67g não sei se me efOqllcsse il1ais alguma couza a que responder que esta faço eomforme minha lcnbrança que acerca de V(l~sa mcrce a nãu poça aehar Ilesta m.:aziào ii [78 - em bran­co li 78v"J

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Carta para o capltam Joêo Ribeiro de 25 de Setembro

Chegou aqui este navio ingres arribado como dira tO ainda que patte logo não quis dixar de fazer esta a vossa merce para Ihc agradecer as !lovas que me da suas em huma de 13 de setembro vinda pios frades que vletão ao capitollo que estimei !l1ul\o por serem boas.

Fico serto que vossa merce fara tod<l a diligencia que lhe tenho emcomendado 110 toquanlc as madeiras que provavelmente vierão em companhia do governador aindfl que nào se tàla por h0111 cm socecos

Martim de Mcvira c Sovaire bem mostrão sua poca vergonba em dicerem sellllo lenbHl111 se era a fazenda livre por acompanhar sendome dado hum escrito jurado que lu lendo deixei a vossa mcrce quando buscalo entre os meus papeis que agom não pode ser que o mandol1!lo primeiro navio e juntamente clareza se sam 57$ ou 50$ o que se ade dar a gama 3inda que eu intendo que niio he mais que o que ficou em lem­brança a vossa merce porque oscrci da sua conta e na forma que vossa mercc lhe quer fazer a pagomento me parece rezão.

Ao procurador agradeço vossa merce a mcrce que fes elas caixas e lhe diga lhe n50 escrevo pIa pl'eça e a mesma rezão me fara favor dizer ao senhores Bispo e gov­ernador que niio ba coizu de novo por iço lho não digo e 30 vigarLo de S. Pedro que o seu papi!l csta corrente glle me não rezolvo a mandalo nesta embarquação a Diogo Fernandcz que ainda não recebi carta sua nesta ocaúao como de todos os lIllligos tirando vossa merce e o dito vigairo de 8. Pedro e governador que lho do por novus que saio a sentença a moço favor com todas as sireunstmlcias como as puderamos nos escrever mllndandonos as negão tudo e deixando ao escrito rezervado por cabral' perda se da nos de quem sel've a culpa que o noço amigo ainda nào chega que me cbegase logo arco com elle que esteja seguro que se ade fazer// [79} muito bem a dill~ gencia que veio a frota de Bahia que con ho segundo a Antonio Roiz Marques pagarcc\he o resto de Luiz Romão Sinc1 ~ sobre que lhe tenho escrito a João Furtado que ficou por sell fiador também vi o o prosr:dido dos negros de Pernambuco que la fara dellc o que 8113 Majestade tem ordenado por suas cartas.

No mais que vossa merce me diz fico de acordo e servirei a vossa merce em tudo como pede a minha flmizade pobre não me alargo mais.

Deos goarde :l vossa meree. Junqueira 25 de setembro 1678 Dos Valentes não teve ordem de vossa mercc lhe de muitos recados diga mais a

Domingos Fernandez que fica com toda a diligencia tratando de I1<wio que va a costa para na volta de 8. Thome no~ ~e ver aquella pouquidade cmpregnada cm negra a PCl1lambuco avendo governador que esse navio achando-o ade ir por essa ilha tomar agoardente em que Sua Merce em que se entereçcm primeiro c por avera a tempo cOll1oda a clareza em navio qlle parte para la ou 110 que la he as pazes de Castella com França estnm assinadasi/[79v"]

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Carta para o Senhor Aires de Saldanha governador de Angolla 8 de Dezembro 1678

l\'cstas frotas de Pernambuco c Haía recebi as cart:1S feil:ls em doze dc Julho 2 vias do anno ]lw.,'ado de ! ~ e 20 de Janeiro deste presellle anno de lot!,ls fis singular esti­mação eOlno podeis crer das reçois que: tenho de: me alegrar com vuça saudc que 0..1 mcu climll dese paiz fas mailll' a l1os~a estimação quando sabe:!11os que a rcccpeçào tendes vos sam!e.

"-la confiança que 1~leeiz de mim e da minha ,unizudc vos nào engilnaiz porque he serto nilo vendes quem vos ame maiz e quem acudil he1l11l1ais pronlid:1I11 aos vasos par­ticulures sendo nesseenrio porem llle u prezenle o não fis porquc quero governo nsegu­l'lI e:~ta bem ,Isserlu e assirn creio () sera ate II rim que <linda que as allsoi~ seram entre­pertauas mal as ve/es que pur inosL'lleb o malícia de quçm as use par<ll'mnollas seram r",itas como IK raãu e cum sam rim sempre n ve:rdade se vem a l'onhecer.

No negocio dos bnseuJament()~ IIlio nud 111ais porque Rui Tclle~ com quem seJ1lpt'e 1:lço nns vlI(,:as coizns como mc ordClluiH nuo 1"l)[' de pnn~cer que ~egl\im()S () camamill­ho que vos eu dnllL\ avi".ado.

A~ parvoises de Jn,ltl Curreia .'"-Illl bem conhecidas de todos que ja ningem tllS eazo del!as e assim rizeteis bem o nomeado com Cjue vos l)tIVes(e~ com elle e que esta em caza do l1uneio e l'I'c!\l se paçara ~l e:lstel!lls porque o seu ]l(:gocin esta bem partido e ~llpen1 que clle entendia que como t:hegnçe lhe avia de fazer merees plD que tinha obra­do que tal hc como isso.

A reme(,:1lS qtl!~ fizestes de l,l'OI1e! Gomes e ,I Joze M,lJlue! de que la tinheis mOlllm: l'iz~l'üO ellc~ n mim lUI forma que lhe cu tinha pidido ('m que nesta matl.!l'il\ nadn tenha mais que vos dizer e so agr<ldeservos li minha/i[XOjmero;, que me I'nreis mer~eido.

A minha tell!,'üo de vos ir sosetil!r se desvaneeeo c()m () lhlccimenlo de meu i['múo que Deo~ tem: de qne jú vos llvizt:Í qnc quando me não deixara esla !~Ilta de sua eUIll­]1:l\1hin por llIagoado por tantas rc(,:ois a sintir SI! por tirar II eSpCl111lça que não estava ma1 (Inldad:1 se nos viver scndo ngura o per1entlenle que !lOS parece a todos kvant nje Jeronimu L' Jnào de Silva e Souza ainda se não mande l'onsul1ur sl:ndo Jú ll:mpo nel1-

hum dc no7. J:tl!lJl](l~ nisso porque sei que 1endes paçutlo o.ie Irilvalho bom scm que VOI

aprovei1eis mais algulll telllpu uinda quI.! Sl.!jll a vi~la das saudades a e~la 1l:rru pllm quc eabei~ com os tl'llbalhos de paçus mais l~ sofrcr em)lerlenellçias que tudo hUlllllilo bem o que custn.

hlZeime CliVO!' de me l.rnLer pellll quinta Chamusca colllpanhia hum udereço por hUIllll coza de palha t:n11ltl o que mandastes U Vllsa irmã ade Sl~r huma alcalilll de () varas de COl11lxido e J de largo e 12 ulmolltdas c 2 panos de bufetes grandes c 2 pura han­quinha de cstrado e 2 negrt:le~ bem feitas de l2 <lnllOZ pouco maiz Olll11CIlOS fiundo de mim voz darei boa satisflC\;ão do cus(o que tudo fizer a(e qui de Antonio me n<1o dais novas ncnhumas nas cartas que digo asinw c nuo sei quc rezão llnhais para qllc CO\l­hesclldo o 111ui(o que lhe quem da,. mais agora c lhe da hum abrl1t;o da minha parte das lcrras volas \lào dou assim porque Rui Tellcs me diçc vo kH dcvia como porql\e Illl:

acho Iam cl11faduuo em alguns negocios em que me mctelfe ~Llce~ã(l dcsta cazu quc nGo lenho hum ora de I1Jcrcc.

ACI'esenlmb aos 7 de F,'evereil'O de [()77/i[XOv"]

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Carta de Bernardim Freire de Andrade. 11 de Dezembro 1878

Senhor meu de 18 de Agosto do anno pw;ado tive huma de vossa merce que me fas vir cm conhesimento de muitas coiza~ huma hc ver senão descuido vossa merce da lllerce que sempre me fcs mm cm que não mudou ne~le particular nem em otro algum a tinha pIo quc ouço de sell bom governo de que eu nLlmqua duviJl.!i c li mais prova para mi he conhcçer que S. Thomc he mais longe que a lndia poiH sendo esta de que faço mensão feita dias que digo li pouco mais de mes me chegou li mão e tendo eu escrito ja por tres vezes não sei se tera chegado alguma estimando que vossa merce paçe com s<H1de Ocos lha conserve ou a restituir a sua patria apczar do mao cl ima desse Paiz.

Ja dei a vossa merce conta do meu desgosto na falta de meu irmão que Oeos tem que Deos foi servido levar vai por 7 mezes lambem lha dei da sentença que se deu no mcu ph:ito dese navio li 111eo favor" mandado se me entregaçe tudo e ouvesse as pen.las e danos da peçoa que tive a culpa na velhaquaria que se me fes com que se seu antcsseçor de vos~ merec chegar eom vida o que duvidamos por algumas noti­cins que temos entenderei logo com ene quando não com ~ua fazenda e com a do sen­hor provedor dessa ilha que não he o menos culpado ncssa injustica quc llZOL! com o mestre do navio estes papeis mandarei percadas vias com procuras~am para {lue vossa merce mande por em arrecadação essa pouca que se achar e nessc tempo man­dnrei dizer a vossa merce o que ade dizer por desta fazenda que agora seu breve porque ainda com seu irmão de vossa merce fazendo diLigencia por mandai' hum pataxo em que escreverei largo se se eomseguir o efeito desta viage quando não llvizarei por onde puder e agorall[S1] só servira esta de uviso para que vossa merce mande ter mais algum cuidado paro que senão devirta as couzas que estam ainda em ser e se nesta terra ell prestar para servir a vossa merce não tem irmão parente e amigo que com mais vomtade clezeje servir. Deos goarde a vo~sa merce muitos annos.

Junqueira 1\ de Dezembro de 1678 II [81\,°]

Carta de Diogo Lopes Caldeira de 11 de Dezembro de 1678

A de vossa merce de 3 de JUlllO vinda na frola recebi eom gosto particular de saber vossa merce paça com boa saude que Deos lhe de sempre.

Aires de Souza he tum meo amigo que não ade faltar no que V()SM mcrce () obri­gar como lhe eu mereso.

A~ sele caxas de aSllcar ficam ja entregas em Alfandega bejo II vos~a merce a~ mãos pela pontualidade c euidado com que me fes merce de que eu sempre serei muito lembrado nas oeaziõcs cm que vossa mercc ouver mester mcu pouco prcstimo.

No que toquu o que ctice li vossa m8rce o governador sobre eu ir rcndermell primo a Angolla com esas espercncas estava porem S8 de~vancçeram com o falecimento de meu irmão que Oeos tcm eom que fica ne~la tcrraja de ascnto por tudo o que vossa

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lll~rce me quizer mandar de s~u scrviso Ocos goanJe vossa merec . .IunqLlcira 11 de dezembro 1678. /1[82J

Carta de João Fernandez Vieira de 11 de Dezembro 1678.

Porque vossa senhori" me fes lllcrcc lle~ta frotll me foi de grande alivio para fi

penna com que me achou no faleeimento de mel1 irmão que Deos tem foi Ocos servi­do levar e111 Maio pasado que cuidem das reçois de pal"entezeo tivemos scnpre entre nos tanta amizade que cada vez sinto mais as minhas saudades. que logo muito que vossa senhoria tenha a saude que lhe c1ezcjo que Oeos lhe comservc ~emprc.

Estimo muito qLle vossa senhoria ache cm Aires de SOlI~a aquela cOl11rc~ponden­cia quc cu lhe segurei e clle em vossa senhorin a mesma puni conservar C0111 anbos () meu credito c meu gosto neste particular quc ~era sempre que asima ute o cabo como espero da prudencia e bondade de unbos de ooiz.

A~ sete cnxas chegaram c salvamento c fis li entrega da conta e muito agradeci­do a vossa lllCl"Ce que vossa senhoria me fa~ de que eu ~empre saberei ser agradeci­do no que ncstus partes prestar para o servir para o que sempre me achar Illui pron­to.

Torno agradecer a vossa senhoria o bem que fas a Antonio Roiz de Freitas da Silva espero no seu bom procedimento servir8 li vossa senhoria como o dcve e dam inteira satisfação de si c li noticia que me dá dll~ coizas de Julião de Campoz dt;: qllem vivo Illuito queixozo da sem rezflO qll(: uzo eommigo, /1 [82v"J

Carta do Padre Paulo Machado de Gouvea, 24 Dezembro 1678

Recl:bi a de vossa lTlcrce de 24 de Novembro neste fmnces que agora se espera de feita me dizem parte a minha com que me fus fazer esta muito a prcça para dizer II vossa merec o como me admiro sc vui nesa terra perdendo de todo o credito da gente dclla terra c eu qlle qLteri8 por elle me vai vossa merce dczcngannndo com este suas costas porque eu não poco crer que contanto de~aroro faltam a vossa meree nesa terra adonde avendo nelle hum governador qlle con tanta vistoria obra que vossa mCl"ee lhe chegar fi razno esta queixa dezendolhc para que em e~te dinheiro sei ao ~erto que no mcsmo instante lhe ouvera de fazer pagar eu meu senhor enquanto cuidei que por falta enxurqunção se f'lltava a cIle fidalgo supria como podia porem agora que veio onde nadn este falte o faço acabar II vossa mercc de hum real mais não cde de dar a vossa 111cree que tem ri scu cuidtldo('!) cHta remeça dar conta n Ocos da perdição deste moso que cu ( ... ) cm que ade p<tslIrtanto que se lhe acabarem as meladas que ~1ío até o fim de Fevereiro cu lhe asisti no que dis o rol incluzo e porlhe nas faltas estou pagando hum de meio por 100 cada mes em que elle pagava plo remir e por não ter este o prezcnte com que ln ho fa%er este dinheiro pIa impocibilidade com que me acho pIos grandes ga~tos deste cazo com que fiquei as costas e duvido de mcu il"ma

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que Dcos tem que esta pag,llldo alem de 5 mil c1'Uzado:,; que dCLcmhokei pnm mapa corrente nos llOVOS dcspaclll1S c sell pu)' lX~ll1 sei () qw: ~entir csta Ihlw {!;I di ligcndn de vossa men:e porqm: conheço n suü pontualidllde VOSSlIll1CrCe fllÇ,1 \l que lhe pare­cer por couzas que tenho declarado o meu J(llgo mais tlo que I1K l:OnW1ll,

Oeos goarde a vossn merce //[íD.I muito, 1111110S JUIlqueim24 de Dezembrn lô]g lIO capilào João Ribeiro mando hUl11l1 carta de lTcdito pnn1 que V()S~I l11el'ce lhe page c que nelJe dczt:mbl1lçado vossa I1lcrce mc faz ["avol' dar lhe c mandnr como cu cn,

A ordem do sellhm capitão .foào Ribeiro me ['as \'OSS<I mcree ÜIVor dar (i8$70(l rs que lanto tenho dezembolçado por lIsistir ao scnlltl]" Vilurimw de Vascollccllo.'i como consta da conta que mandei na curtll II VOSSll lllen.:c e para que eu prestar me tem muito as suas ordens que vossa mCll;C Dcos gnarde, Junqucira 24 dc Dl"!zembm 167S ii [83v"J

Copia da carta de Diogo Fernandez Branco de 25 de Dezembro de 1678

Folgeí muito as novas que por csü"lhlllecs me da vo~sa ll1erec ~llU/. que he ~em­pre I) que cu dc:r.cjo a C!.'-'li tcrra mais qlte wt!o,

Pela mcrce que eu sempre e,~priJllcntci de VllS~il llIeree c()l1hc~'n muito bem me avia de acompanhar no meu sentimcnto; cu nc1lc ainda Jlmlcço as millhns saudades que a 111illha rezão lllas não dcid111nl acabm' l111n sedo porem como concelho de vossa men;c qlle CUl11l1i!O lhe mercço tratarei de buzcnl" II alivio que tanto cOl11vcm li minha caza,

['dia copia junta vcm \,(l~~ll men;c como tenho aCllzlIdo por 2 011 :\ vius de boa sentl'llç'a que livemü.~ pio moçu pki!!l c II de~pl1sisi1o da Jil/.cnda vistll V()~Stl merce llpnw'lla ii segcrei c nesta ncazião mando por 1. vias ordem 110 g:ovcrnador de S, Tholl1c deixo ntra a Antonio de Oliveitl1 que arremeta ii Vll~~ll I11crGC que a veja e a cmvio avendo ocazino com carta sua ao dito govemadm de S, Tlwlllc se qui/.cr da SUtl parte segir otro caminho,

Luis Romn Sincl sc esta cspcl"l\l1do por dl1l pm hlll"as cm vindo ~e Jhl"l\ <::olllll c se clara satis!"açi1o li Antonio Roiz Marques e cu deixo ordem PllfU isto (l Antonill de Oliveira porque me parto derois de 1Ill1enh~ pllrn SalvlIlcrra 00111 S, A, Hindo hojç me nvizoll Luis de Albuquerque parlin para ln al11cnhã c que ficava ja hlljC cnhl'aquildo com que muito apreço JllÇO csttls 4 regms som cmbrago de estar o<.:upad\l COI11 ()hra~ c trinta cLlizinh~L~ paru esta jornada ljUC hc este unno de 50 c mntos dias,

Com o Vimioso farei llindl) alguma ddigellda na fOl"l1w que vo~sa men.:c mandar J()lgo.rei aproveite ainda que ellc ncste pnrticular hc () qUl! tenho çcrtn c alcgnnl lhe lUlO [lude falm porqtlc esta cartn de Vl)S~n morce me dcrlUlll 2 dias llntllllldn cu 15 cm busca dcl\a sem achar noticia de quem ti ll"llzia e euid,lva seria pcrdidl.1 C01110 li que devia de vir por Cadis cn companhia dos rl'llde~ que ate llgora l11e mIo chegou e cu não creio que VIlSSU 111crçc deixnria dc eSC1"l'VCr e Ildal' () dito COlHO o J"cs ti rainha seu cstribeiro anda estes dins com llllldallças deHta quinta I1m'(j ii ddtldc c com () avia­mento 1/[84] de Su1vaterm tmnbcm em hUl1la lastima,

Beijo 11 vossa l11Ct'ÇC as mnos pia b,ltnlillkw se perdde ainda quç istll veio de .'iorl~

N2

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que senão poderá aproveitara parle porque a batatada devia ser muito frezca, c qucm a emeaxou vcrou huns cubos para buxo c outroz para sima de sorte que lUdo vinha entornado pIo caxão cheia de palha que tive grande magoa disso porque mo~tl'ava ser muito excelente e hc o doce porquc aqui me perlogem muitos e os albl'iqLloques lambem vinhiio humu lastima,

O eaxal1l das figeims chegou maltratado não sei se pagara alguma planta de batatas nào veio nele C01110 vossa merce diz, e pezam muito porque stava com grande aperto de arpas nilo sei C0l110 foi i~~o. Ao governador de Pernambuco tenho escrito o que vossa merce mordena e creio me fara a men.:e quc l.;l\Stuma se vossa meree o ocu­par.

Com Pem Vaz da CntZ se !lavem vossa merce como lhe parecer e!le mc e~crcvc agora peclI a vossa merce lho.:: tome a~ suas nmtas eu me pmeçe Cjue ~enão perde nada ni~o e fique CIl abel·to () que parecer, lambem me da () pawbelll da sentençn quc tive­mos a lloçn favor nuo sei como clk o sabe, e vossa I11crcc não tendo o avizado plus vias que digo,

O irmã aqui veio enm algum dinhciro dessa quc deviu furtar [lOS fnmcezes e indo para Viana C0111 selcsentos mi! \"\;is cm hum bati! por avi:w de hum tio seu a comprar pnrte c:m hum navio o robarão no caminho de que me diçcm c:ndoidcHco e honlc C11 mando com que e~ta mal padrada a eobllrnçu ou ti divida da;; pipa~ de vinho de Cabo Verdc e a divida do Jhulcez que vossa men.:e me dis, O memorial dos padres da com­panhia não apareçeo ea.

No que tnqua ao embaraço do dois mi! reis avizflrci na prcllleim ocuzi5.o que .lgom por eaUZl\ do que digo nlio o pOSO fazer nem falar eom Antonio de Oliveirn vossa meree veja cm que me //[X4v"J ordena de seu serviço que para llldo meteo muitos as suas ordt.:ns.

Ocos goard(' a VOSHU mcrce IllUilOH annos. Junqueira 25 de Dezembru j 678. Suposto digo a VOSStl morce uribu mando li copia dll t.:arta qucrcndon treslndnr do

cupiadm, nfio n achei nfill sei como foi c~te descuido que he serto que eu escrevi a YOSS::l merce por S. Miguel en hum navio ingrez que indo de~a ilha earregar aquella aribou aqui c em outrn ingrez que partio deste porto para ellc que depois de ter a vossa merce Illandado recado nn em'tn de João Ribeiro elle se deteve e eu escrevi estes dOl\s tais quais vossa I11crce guurdarei por seu irmü e01110 vossa merce diz.

Estas vias que digo não pllderão ir porem YLlSSl\ llleree cm janeiro v~o e no mesmo tempo via o que Antonio de Oliveira ade mnJld:lr com . .,·e carg<H':c nilo pudc comc!uir prezo algum para paços escrito a Antonio Ferreiru Marquez que não qucr dar maior que 950(. .. ) cu nüo quero mcnoz de 12$2()() com que anda hoje vor pera da jornada estive batalhando mio quis subir do vnllor pIo prct,:o nijo que vos deixo ordem que se o marques os quer pIos 12$20() lhos entregam cm Janeiro se avizal"á mas os vejo vossa meree dcscançado neste partículnr (jllllndo (1 M.arquc~ ja ~abc por avizo meu e do dito Garcc c de João Furtado a 28 lIITobnH isLo serto e vo~sa marcc com poda culpa veja v()~sa men.:e o que I11<liH l11e (mlCIll1 de seu servisú me (em I11UÍlIl as SW1S ordens.

Vai a copia do restante a r. K9 que 110 (l que Ül!tn nesta //(85]

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Copia da carta de João Ribeiro de Aragão de 25 de Dezembro 1678

Scnhor meu rcct!bi 2 de vossa merce huma de [3 de Sclembm vinda pios Ihldcs que vierilo a Cadis otnl por estt! rapaz frallcez e de ambas fis aql1cb estimação que seu amo de vossa meree me mercsc e como eu conheço l111dto bem não poço duvidar na C0111" panhia que me f<ll'ia naH minhas moles!ias de que ainda não e~lOl1 livre porque cada vez sinto mais li minha saudade e a tlllta de meu Irmão que Dcos tcm.

Vival11c vossa merce mil an110!'l pladiligencill da madeira que a tomam ca ter no priu" cipio do verão porque tenho tenção de pegnr na obra nestl.': tempo mas isto nde ser com comodidade de fretes. Veremos sc ~ai governador pmu que venha ese qlle la I.':sta em i-ra" gata para () que lhe ade fllzer deligenda.

No que tnqun ao pleito de gama vem VOS!'ll1llleree o que digo na copia junta o papel Cjlle nella digo nau pude buscar c agora multo menos que estou com o pc lIO estribo pam Salvatcna e ni'io te11ho lugar de me COÇLU' que como se llntccipon este anno a jornada a todos nos Hchou desprovidos

A letra p,Jra Lili" Pereim lhe mandei cllencl110 filho estão aqui por iço llão respol1~ dem a vossa 111erer.

As surdinhas que queria mandar li VDSSl.l mcrce e~te Ul1110 OllVe tam poucas que nem pam os negros de eaLll as fiz ainda porem por Huprir esta falta mundo o credito imcluso que vossa mercr~ cobranl cm dinheiro deste reverendo que mc parece tum ra\XJço como o coengo FnmeiHco de Souza e C01110 todos os deça se lhe quer mais fazendo gal,mte.

Diogo Vnlentc telll mllita razão nestes fretes e !l varioH que ganho que me deu nus olanc1as porque pl;l'di JOS mil reis dQ preço que me elllitl1\'!lO devia de hit armado comi" go em parte 11<1 perda que lh nnt[uclH tCl'l'll

E Aires de Souza e~erevi nesta ocazilio tl que VOH~a merce me dis SI.': ln se ofereeer ocnzião escrcva vossa 111crcc Imnb811l dizcndolhcl/[85v"] lhe pedi eu o fizeçe pura que se remeta este resto todo na frota que que vcm porquanto eu tinha parte nelJe como ja lhe escrevi.

Avcndo ocazifio pura ea me remeta vossa tllCl'ee hum qUHrto dc bom Sllt11agre bran" CD que temo~ ca grunde fal1a de!le I; eu tenho RtllH.lades da dcslla terra.

Bom foi cobrar os 19 mil e quinhcntLJ~ de Pero VllZ da Cruz das vellas de ~bo e do mais raça vos~a mel'ce como coiza SUll qllc eH nuo tenho que lhe dizer neste particular porque sei que ado Ülzer sempre o que l111.': e8tivcr milhO\'.

Senti muito uno me vir li pmntu de batata e RS demais de ([l.lC ~e encarregou Antonio COt'rea porque estoll com gnmde apetite de as por e com isto não [XJÇO scr mais lUl'go porque tenho mil CL)\Iza~ que nrler pum esta jornada

Dcos gOl1l'de a vossamCl'ce. JUllql.1cim 25 de Dezembro 167H. A Senhora Dona Philipu bcjo as mfios, vossa mercc me lhçn favor dar lhe as boas

festas da minha purle e a~ tenha vo~~a meJ'ce tambem como lho eu dezqjo. Somo~ om X tle Fevereiro a de sim!! he a copia ela que escrevi II vossa merce estando

pllm partir pm1l Sulvaterra e tt mundei por Luis de Albm]llcrque que lüi 110 frances fbl~ gan~i muito tenlm chegado (l ~alVa1l1elltn.

Na que escrevi a vossa mcrce em 23 de setembro puçado lhe dizia que Martim da Silvc:im e Sovaire me tinhãu dado o c~el'ito vil'l1do que cm 11 fuzcnda da duvida do

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gama livre para o comprador o CJual buscaria entre os meos papeis o que Fis agora c o não achei veja vossa mel·ce se esta entre os seos que eu tudo que falho deixei,e no que toca a ser SOl> ou 57$ acho que he tão pouca a diferem,:a que 111ai~ menos saria !Ornar a rever as comtas ao que he a contia da deferença [Lsim que deixo a despucisào de vossa merce o obrar o que lhe parecer neste particular.

A Aires de Souza tenho escrito mais lmgo o que vo"sa merce me manda como digo na copia atraz porem ainda llsim lhe escrevo esa (LUI.:: 111i; rClllcltnn vai a mais copia desta carta a 1". 89//[86J

Carla para Bernardim Freire governador de S. Thome escrita em 15 de Janeiro de 679

Da carta quc ultimamente escrevi n vossa merce Vl\y n copcn induza, e de1la vera vossa nwree não üllto cm delegensi!l~ ir nas Slln~, e~timnr as de que logre prcJcita saude com i.1 qual querení deos se recl111m vossa merce desta corte aonde o e~pcro ver com acresentmnentn, iglWis a SI;)U met"l;)c1mento quc li minha amizade lhe dezcja.

Remeto a vossa lllcn:e li sentença que alcllnsey IlO juizu da fazenda e coroa cm que se julgou scm este tCVC~HC li carregação que ahi ~t.! confiscou por Juliãu de Campos, e provedor da thzenda com perdas CI11 dunnos que ahi se lcquidariãu, c provizão de SA. pam Vl1HSn Illet"cc ti t:1zer eXcclltur, c tambem [lrocllnlçÜO de PIoro Vaz da Cruz em que se üu;u entrega li minha ordem loguo sl!nhor do navio e fazenda; c outra minha pura vossa mercc mc fazer mel·ec mandar sobstabulecer em hum criado seu que me fuça este negocio quc cllml'iauo na que tlH': fas punho a SU:I disposi~~ão, para nel1e obrar e que eu lhc mereço por seu n1l1igo c criado.

Mando lambcm o pnltcslo quc o mestrc!cH nos ()jTissilli~ tia af,,-enda para se cobrarem as perdas, e d[[nno~ cm qm: h0 a Pl·incipnl, nletll da que ouve na armação. e maiz fazenda quc ~e H!'rcmatou por Ol'deltl dll~ tl()mctltl()~ t"tlctOl'CS destu ob\':1 (1

p<ltaxo, que quando saio dll ilhn I1IC custou, e li Diogo Ferl1iIlKles Bntnco com todOH os t1latcriac~ Ilcccssurios sinco mil crtl,,"ndos, o qual COIl1 esta n::tl.)nç~o niiu vulcní hoje sinco to~LÕe~ CI11 ca"'(1 quc este.ia e111 lcr, c Indu estn [ll!nb h0 H quc He hade Ieqtlidar com umais de que vossa metee lerú bllstnnle itlfol"l1la",ü,l na I()["lna da dita sentença e pagar da fazcnda dOH ~{lb .. cditns, que Illerecião () recto enstigo maio]" plu sem I·ezão quc me ficarão.

Entreguc a pc~st)a quc Vlls~n mercc nomear pam esta eobrunça lIsim UII impor­lancia do que ~c vendeu que ficou cm depo:dlo, como du l]ue impOl"tnn.!!ll (IS ditas perdas, ordenar~111[H6v"J vus~a merce se carregue cm pcssns, e nos mai~ gcneroH dessa terra. que VllS~(\ merce entender nOH lerú melhor enntll no Brnzil no primeiro navio que se llf1CI"CCer a entregllr em Pernambuco a 111L'lI primo Aires de Sousa de Costro, Ullzente llO gellcrnl Joao FCl"Jl,lI1de~ Vidra.

Na Bníll a Domingus Martlns Pereirn, e Joseph Melllles dI.! Burros, c nos cllllhec­imelltos se declarará be a dita fat.enda de minha conta, da que foi li essa Wrra IlO nnvio Nossa Senhora da Enellrnaçãt1, c Santo Antonill, de que hl.!l"l1 mestre Pem VllS da Crus. vezinho dn ilha da Madcil"ll~ e que por não podl.!r fazcr viagem II dilo navio .~l! carrega no em que vossa ll1eree nrdellUr se I"lmwta, e OiÇO esta declaração, porque

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tenho fei to scglll'O desta faz~ndfl, e 116 nccC SSlIdo conste ser () que segure}'. Ao chante João Pires M:.msino escrevo dando lhe noticia deste negocio porque

obrol\ [} quc pode nelle a meu favor /la tempo de Julião de Campos. e entenua que se for neccs,ario pnru alguma cotiza o fará com grrmde gosto, ~illd<l que tendo eu o favor de vo~~ merce e juizo outro algum.

Peço a vossa mercc que faça porque vá esta tàzcnda toda a Pernambuco, e com. preme algllm par de negras até dose annos bem fe itas, as quais tendo effeito avizarâ vossa mercc a Aires dc Souza 12 que vilo pnra mas emvinr e quando haja embarcaçio em dereilul"cl folg'lrci me venhiio !lqui, e se ha em que o sifWl me tem muito 1\S suas ordens.

Deos goarde li vossa merce. Salvaterm 15 de J:meiro de 1679.

San bem alguns negros bons para a nnvnlha athe 15 almas Esta 11e a copia da que escrevj a vossa Lnel'ee a mandei ja por 3 para 2 vins ]lOI'Cj\le

lIão vila com elln os ]l tl )lcis que dis e por partirem os navios mais sedo do qlle ~e entendia mio eSlaWI algum somcllte fllço as ordens de ql\em queira Deos goarde. Junqucim 1 de Ablil 1679 //[87]

Carla para João Pires Mansino Chantre de S. Thome feita em 15 da Janeiro 679

Tenhu escrito II vossa merce muito veses, pOf' Ingh1terra, c Brasil, entendendo, que por estas viH~ tlycril! esperançu de chegl1rt:m ns cartas a essa terra, para o11Cle nilo há desta embnrca~à() hã tantos tempos, porem cm mi1111mnca ouve o menor descuido de precurar novas dn ... '\ude de voss..'1 mCl'ce, ngtlt'deyemlo lhc a merce que me fez no negocio do 11Illa)W <lo mestre Pera Vl1S da Crus. que o gO\'l!J'nador Julião de Campoz Barreto, c provedor da fazenda qucrião contro toda II fl.'ZàO comtlscar. porem quis deo:-; quc se eonheçesse a mi nha e se ju lgasse lõetn este li vcssc a carregaçâo; e p~assem os perdas, e danllOS que recebi ncllll. e no p:'llaxo que nhi se hàode liquidar, e l)agar da fazenda dos culpados qtle os cnuzí,rlio. em aglllõ1 espero eu se empenhe muito o favor de vossa merce, para CJue com tod.l a brevidade se entregue tudo, advertindo que s6 o pUhlXO, e compnreça aviado quando sahio da ilha me custou, e II Diogo Fernandes Franco sinco mil cl'l1zados alem das mais perdas dc fazenda de que vossa merce dar~ mui bOa informação pio qlle vio. e a dita sentença com provizão de SA pnra o governndoJ' fazer exeCl\tar, protesto. e procur:lçRn bastante cm que vo~sa meree vuy nomendo lhe remeto , c a vossa merce peço que no que o ocupilr (I ajude, e qU!\lldo tenha empedimento tome vossa mcrce esta cobranç;.i a sua conlà cnnscr­vandome na posse em que estou de me t:1zer mercc desde o principio dcst.c negocio

Cobrado que !iejo a!;Sim o que estiver em ser das arrematações que ahi !;c fizcriio da faze nda que lnmxe o p.'ltaxo, como o preço de ll t!. e o mêl is perdas qtlC se Icquidarem :lVizo fiO dito governador se remetu em pCSSllS, c m.lis II[R7v~) gcncros de conta a Pernambuco, e 8ahin as pessoas que lhe nomeio, como vm:~a merce wrá d~ carta que lhe escrevo, de qlle h1do faço avizo !l vossa merce para obrar o que costu­ma a meu faval', e no que vossa merce me ol'demu' de SCl1 serviço prcclIrarey mostrAr

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sou agardecido a elles. Ol;:US goarde li vossa lUerçe. Lixbüa 15 de Janeiro 1679 Por 2 vias. Y via em o primeiro de Abril I-lc a cupia da que tenho escrito a VOSS3 merce por vmias "ias que como todas silo

mm insertas não se perde a repetisào. Folgarei que vossu merce tenha paçaJo sempre com boa sllllde que niío piqllena di ta nessa terra

Os papeis tornar li ir ao governador el11 ameneia a vossa merce na furma que la vem se aca:lO isto soseda os perua qlU~ vossa 11lcn.:c continue a ll1erce que ate gora me ks neste particular na forma da ordem que vai ao dito governador e se vossa merce nesta terra tiver negocio em que lhe eu seja de pre.~til1lo segurese que ade ~ervir com boa vontade. Deos goardt: vossa meree muito. Junqueira, 28 de Setembro 1679

Por 3 vi<lS. ii [Hfl]

Carta para Domingos Martlnz Pereira e Joseph Mendes de Barroz feita em 12 de Janeiro 679

N.\ ilha de S. Thome tenho hum a pouca de fazenda proçedida de hum pataxo que ali Foi ter vindo da costa da Guiné. u qual urdc:no ao governador Bernardim Freire rCITlt:!a a essa praça a entregar a v()~sa meree em pes~az, c outros gt:neros que lhe pan:ccl'em maiz convinicntes para ella. Os negros qLle vierem mandarão vossa 111er­ces vender fazendu toda li dcligcncia; porque gozem bom preço, e o que nelles se rizer me cmviadlu cm letras seguras a esta cidade, e em minha auzencia aque meu poder tiver, c na falta das ditas letras se empregan't cm aS\lCllneZ finos eom a me!mm consignaçãu, t: sendo cazo que venha oiro. e marfim huma e outra couza me reme­tt:t'Jo vossa merees no mesm~ espessie no~ nnvios de eomboy, e nlío o sabendo nos de mai~ fmça que dahi partirem, porque quero se pret:ure no 'lue vossa mcrces man­darem toda II segurança de embarcação.

Da dita fazenda pertençe mewde ao cappilam Diogo Fernandez Branco morador IIU ilha da Madeira, o qual escrevendo a vossa men:es na dcsposiçiiu da sua parle seguiriío sua ordem, eomo tnmbem toda a que der em beneficio da minha,

Dcos goarde a vossn meree.

a t1 125 vai o restante desta por cartH que ojc escreveo em 23 de Março 1681

III","J

Pernambuco carta para o governador Aires de Souza escrita em 14 de janeiro 679

Esta s(J serve dt: aeompanhar a carta induza, c sentença sobre nquelle meu nego­cio de S. Thol1le, que me fareis tltvor avenuü ot:asifj(l para llquelln parte remeter ao g(lVernadOl' Be1'1lardim Frei rc a quem avizu rt:meta ° que ~e cobrar tClldo embarcação pH1'l\ essa cappitania a vossa ordl!lll.

Desta fazenda CJue vier pl!rtcllt:C' metade ao cnppitam Diogo Fernandez Branco

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morador na i1h<l da Madeira, em cam que clle mande dispor da sua parte se fara a entrega a qllcm clk ordenar, quando não me remetereis reduzido o que se fizer nos effeitos dessa terra a esta cidade, c não trato de sircunstancias, asim na venda dos llegros, como no que se hude remeter porque conheço sabeis muito bem eI11C0111811-

dar os vossos negados a quem não m:cessite destas adverteneias, e que neste meu seguirá o mesmo caminho a pessoa que valo fizer, se vierem alguJll~s negras peque­nas me remeterey duas, de athé doze annos, e algum negro, que vos pareça bom para o trabalho, e mandareis entregar hum bem feito a ordem de Lionel Gomez que toca a Antonio de Oliveira a quem ctle avim, e por outra via vos escrevo logo.

Oeos vos goarde. Salvaterra 14 de Janeiro 679

2" via em o primeiro de Abril com acrescntamento cm que jh~ passo 10 duzia de pranchas ( ... ) S. Thome em que fosse letra ou diga o qUI! pedei/[8lJ]

De João RibeIro de Frasão vem de Iras

remetera que não se p<::nle C bom sem vossa merce pondo aqui tudo que veio que ja se vai falando em consultar ese governo e como acabarem com as coizas de Ingalaterra quc hc o que agora se fas creio se consertara elle ade por por obra o que vossa merce me tem ordenado cm que tudo não pode aver duvida.

A letra de Luis Pereira esta aserta quando vossa merce poça lhe remetera a lelm e quando não darei a exeeusão a ordem que lhe eUe mandar que me parece quc lhc c~creva.

Da planta de batatatas (sic) não esqueça vossa merce me made me em via da Madeira achando comodidade qualldo 11UO vira com o governador os puas de casta~ nho bem podem ser de 15 ate 30 palmos com forma de achm'cm cn comodidade quando comprimento que tinha recuzado basta os que VO~Na mcrce tem comprado vai 2" via do credito c ve:ja Yo~sa merce acha em que o servia que para tLldo me tem muito as suas ordens. Junqueira 6 de Fevereiro 679

Este he a copia da que e~crevi em fevereiro folgarei chega(.:c c achase a VOSSI1

meree com saude e a senhora dona phelipa e que tenha muito boa~ festas com lhe e\.l dezejo. Hoje sabado daleluia me avizão plll'tem os navios que entendiamos todos irião em 10$ a sua e o tinh5.o diLO com que faço estas regras muito a carrein\ digamc vossa mercc a valente que a farei ao Marques apertada muito antes da 80111<111a santa e me pormeteo fazer aquilo logo não sci ~e o feg o Rocha deve de avizar que ficou comigo de a procurar a Manuel Leitão que cu não pude mais que pcdirlhe levase o papel ao Mar'ques com recado seu que lhe dei porque tenha 38im pcdido Iisença ao dito Marques se não vai que emfalivelmente ira 110 primeiro navio as batatas não csqueslio ao provedor c aos mais amigos que não poço escrever pia rezão que digo que me perdoem e vossa mc:rcc veja o que me ordena e de Abril ii [89voJ 89 de Diogo fernandez Branco

A inclu7.ahe a copia da que escrevi a vossa merce por Luis de Albl1querql1e que partia em hum navio frances que troxe os padres da companhia qlleira Deos veniln chegado a salvamento a achado a vossa merce com fi sallde que lhe dezejo e a toda

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esa caza logo vai a 2" via de sentença com proCllração c os mais papeis ncsecarioH que vossa merce vem e depois a vossa merce masara pondo lhe a sobescrilo li

Bernardim Freire de Andrade governador e capitam general da ilha de S. Thome c com otra copea pal"!1 Aires de Souza a remeter e com a carta que vai em hum navio cn direitura no maço da irmã do governador que cuido lambem tocara esa ilha.

Com o Vimioso tornei a falra e apertar defcndcse comdizer que não quer fazer mao exemplo para os otros rendciros ou ouvidores comtudo diseme que sempre avia de vir na (;Oll1veniencia do esperar na forma que vossa l11er(;e me escreveo ultima­mente e creio deve mandar ao dito cmbargador onk:m para is~o Illas não quer que se saiba.

FomoH, e viemos de Salvaterm c Luis Romão Sine! não ehegou e agora manda dizer que não pode vir senão por Março eom que foi ter 1.00111 Antonio Roiz Marques a darlhc esta rezão e juntamente dizer lhe que o não se lhe enlregar lambem o proce­dido do awear que mando João Fernandez Vieira he porque seLar garee não qm:r dar mais quc 50 por arroba II que niio he rezão que eu lhe queime estas fazendas que por ora estas consta pouca reputação que espero que o dito garce se comserle deste: comi­go em milhar preço porquanto lhe faço a eonveniencia de lhe dar asim este asuear que mc to(;a como otra partida que tambem me veio de Pernambuco em pagamento de huma divida que meu irmão que Deo;; tem lhe devia de 600S com que avia muitas duvidas em se embarcar e os que vossa meree logre desta conweniencia que lhe toqucm e quando não que ouvese que hahi estava aSllcar o requeria tomar que a vossa meree teríamos o preço//[90] porem eide com todo o bom termo me respondeo que e~pcraria com que nesta parte bem ver vossa merce quc não he menha culpa de não estar satizfcito este home elle tambem o ficou dc que vossa meree não tinha athc 250$ mil reis que cu lhe disse emprestarião estas 2 concinasois pouco mais ou menos porem que no maiH que fora isto se lhe resta ade ver.

No nuvio que vni em direiturn pnra S. Thome ade tocar esse porto vai MartinllO Fernündez da Cruz a buscar ventura la abirig\lara vossa merce o que me diz (l que lhe pedem os francezes de Sumalo que elle aqui niío tem com que pagar pio furto que lhe fizerão de que entendo ficou alguma coiza Hendo avim como se levem.

Pam o enbaraço do 50$ mil reis do ouvidor Jllão de Morais busquei as minhas contas e puchei pia memoria ao que achei e me lcnbra he quc apertando o dito ouvi­dor em novembro dc 675 comigo fize~c favo\' pagar 200$ mil reis que devia ao conde de Vimioso para remeter naquella ocazião que se oferecia embarcasão e eu falando a vossa merce l1eHte particular me respondeu que paçaria letra de 50$ mil reis que 110 o que tinha (;01UO paçou, e cu lhe di~c que para perfazer os 200$ daria eu 50$ como bom efeito dei na miio de Pedro Roibavc1 por conta de vossa merce a quem OH car­r(;guci e (l dito Rabavellllos carregou tambem a mim na conta que teve comigo pIos darem li DomingoH Pereira Camacho por conta do dito ouvidor, e o dito Cllmaello devia ter lembrança de que lhes devo.

O ollvidor que he o quc eu sei deserto segundo comece livro hc que os dei por conta de vossa merce em mão do dito Robavel e elle nunqua deve nada ao ouvidor porque delle eHte dinheiro para sua conta cu lhe escrevo nesta oeazirro esa carta que vossa mercc lhe emviara por ver noticias da para que i~to se aelnre.

2" via em primeiro de Abril

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clIjll1nho fi IrCSCI1\OS iill}() V"] Em célnm'ios n:lll Ihki li vossa mcrc~ porque entendi que 11<10 em ncseenrlú falax­

IIw li..: porque a minha corinsidade.i:J. senão entende mais que ate 2, 3 hons se VOSsa lHen:e mos pedir mandar e na L:azüln segum e~tim,d(lci e ~e vier () irmão do que ca lroxe muitrls milhas eu 1.'0111 as minhas ncupat,:oiz desgosto~ e algurlH cuidados dos meos particulares lliio tcnJlO gosto m.'1111Cmpü para buscar os paçaros que prometi a vossa l11en.:e nesta ocazi~o 1I1le m que tinha e outros me Illnrerfto tllIllhelll por falta de cuidado COlHO me restituiu algum deseanço o farei cntrdanto. Ficn ns ordens de vossa lllcrce por tudo () que pl"cstar.

Deos gour(k a Vl1SS~\ merce. Junqueira ti de ['ewreiro 1(17') Os qw: CII a mÍln dizer a vossn mercc que Mmlllel ua Costn Poeira que esta em

C'llbo Verde me avizou qlle aChOlllll1 Il1~O dus defuntos c auzentes só 452$104 porse, didos das IHI~~IS quat'lolas de lluguanlente ao qual esc]"cvo nesta ocaziiio (l que ade lüzer da l1linhu parle que me tOCil e que V()S~l mcrce lhc aviz<lrn dessa terra e que devo t:ller de slIa c qUlllldn nào rl'cl'ha :Iviz,o de vossa I11crce ma remeta no que lhc pal'ceer mclhor :IVl'lld() uensiüo

Esta hc H cupia da que esercvi em os navios qu<.'! purtião cm Fcverciro de então pam eil nUIl 1m nada de novo e eu j'~wo esta lIluito a preça que boje sahado de Aleluia mc nviz:lo purtctllllS navios lendo prill1eirn dito partiiiu cm II l1(lva de"tc mes que he LI 10 a Sil1111 ninda Ililll veio selar garee não sequer chegar copiar he que hl\~qllei por nlms vias quem COJl11W<It,:c e niin .whei SCIIÜO ao mCSll1n preço, lIe fOl"çu esperar ahi entll!go as pevides (!ç mellilo cx~del11e a este Illestre niiu ~ei quem hé e ['ico as ordens de vossa mcrcc ii qUl'Hl Dco~ gOllrde I de Abril l67 tJ

I)c vossa Illcree muitos ree:tdo~ iL(\~ mnigos e digalhe ti etlllZU de lhc não estl·CY·

e1" sco irmii.ia llqui o knlllS llindl\ qUl.! niio stgllt'O mas creio (1 eslm";\ ~() lhe mandei unlassas que vossa 11wree me dezia i!T'>lj

Copia da carta de Antonio de Barros Bezerra de 7 de Fevreiro 1679

A dc vos~\ 1llcn:c de J() de Mal"ço ]laçado reçehi e com ella gr,\llde gosto de que \'o~.';a merce paçe COl11 a saude que lhe dczcjn lles~n lena apezar de seu m<ln l!lima e du 1Il110 stlçesn dc muitos companheiros que vos~a lllcn;e !cvou '11H;: ell tenho sentido J11uho prüwipnlmcnle a morte de meu amigo Joilo Curdll:w Pozurrll que Dcns tem com 11 de SlIa l!lIza feH grande a Inslllllll !le~ta terra em que lambem () viio ~egindo muilos pmellltes, e 1I111igos entre os t]lU\is l(li Deos servido levar li moi irmilo o sen-11m Luiz de Sukkmhn cm maio pnçado que me deixou com (\ ~elltil1lelllll ql1C pede () sange ck hum parentesco talll cheglHl() e de hUJ1l11 amizade ttllll gt:andc que avia entre m!S.

Vcju 1\ que vussa merce nw di~ de adll\r Sll 67<) banrafulaz daH quais me loca a metade qlle COlll otro [llHICIl de dinlll.::iro que lhe :Ide remelC!":I vossa Inerel:! n gOVCf' n~](lor rv1:111\1el da Custa Peçol! me fim\ I'twllr comprar 2 negritas de lO !til! 121111l1OS as mais que achar porque são para serviço dl! ca/a e I1HlH remeta !lO dito governador ,I quem CHel'evo remeta a vossa lllCrl!C <l minha proeunl<,:ilo que tem ~ohstIlbc!ecida

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para fazer essa cobrança e a justificação do juiz da lndia e Mina que vossa meree pede tel1ho cu e o conego Antonio Vnlente ele Sampaio (a quem toca a otra metade) Remetido por 2 ou 3 vias que não pudera deixar de ser chegada alguma e quando seja caLO que não chcgaçcm nem ehega nesta oeaúão em que escrevo ao dito conego remeta otra que tcm na sua mão pode vossa merce por me fazer merce cobrar dando fiançn e que ir;] a dila seistificação(sic) e com avizo seu mandllrcll10s os papeis na lorma que vossa mcrcc os pedir e se nesta tena aja em que sirva ,I vossa mel'ce não ade ter quem com mai~ vontade hc obedeça.

Deos goarde a VOSHa merce muitos anos Junqueira 7 de Fevereiro \679 2" via em primeiro de Abril 1/[91v"]

Copea da carta de de Manuel da Costa Peçaa de 7 de Fevereiro 1679

Senhor meu agradeço a vo~sa I111!1·ce muito as novos que me da dR sua viagem que ainda que se ve tanlo~ naufrngios bom he contar delll!S qllerera Deos darlhe fi vossa merce nessa terra muita saude e muitos aumentos e que na volta a faça mais pros­pera.

Eu tenho paçado com bem desgostos que alem de sentir a saudade de vossa merce fieo sentindo li de meu irmão que fbi Ocos servido levar em Maio pnçado c como esto he Iam sem remedia e tanto lXlt Hentid,l pIas rezoiz que vossa mercc lhe são patentes hJZ(~l11 maior a magoa e eada ve7. c~ta se vai ileresentando com a falta de ami­gos e parentes em que este nnno tem sido cruel porque lleste janeiro enterramos Rui de Figueiredo e Rui Fernandez Joiio Alves Smm::H c hontelTI 1), Martinho da Ribeira com lasLim<l de toda esta terra que geralmente sentem a sua falta todos os que o con­hCÇÜll c asim creio o nm1 vossa merce pois linha delle mais conhecimentos que tudos t: !lO mesmo dia cmtenumoz tambem a monle!" de meu primo Henrique Correu.

Outras novas ai !la terra que a VOSsH l11en:c darão Os amigos que quer nesta cam o CllfllÇÜO magoado niío da seniío dor fLl11eslas.

No que loca 1\ esa rimitação que vo~a meree achOll na mão dos deJi.mtos e l1uzentcs mc l~\rn vossa merce fl1vor de t0111nra mctade de 245$104 com a metade de 079. Barafulas qlle tantas me avizOl.I l\ Antonio de Barros Bezerra estavam cm Cacheo tllmbcm me não dos oficiais de defuntos e uuzentes e tudo mandara ao dito Bezerra me compre 2 negrilas bonitas e as remeta a vossa mcrcc para que me faça meree remete1as nqui na primeira ocazião e quando não bastem para HH 2 neg1"Ílas o que digo se vossa 1l1erce ficar de mim o que custarem de mais o darei aqui a sua ordem u ql\em mandaI' c as alras a metade o que hc do procedido das quartoias dau­gardentell[92] tocar li Diogo Fernandeg Branco que avizl1nl a vossa metee o que quer que se faça desse grande cabedal c quando eJ1e não flvizc antes de se ofereser OC[\­

:dão para ca vossa mcrce me rcmetu no que lhe parecer molhar, e a metade da~ batc­t\llns fora ao arcediago da Sec do F\IllChul Antonio Valente de Sampaio que deve uvizar a vossa mel·cc o que se ade fazer aLI a vossa tllcree ou ao dito Bezerra eOll1 quem corre, e advirto que l1e lleseeario mandar vossa meree sobstubc\ecer a minha procurnçuo que tem o ellpiluo 1110r de Caehco pura eobrar as Batafulas que digo e com

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i:::.tú t~tlh() ll1uitn bem <:nfadadü a \I)~sa men;c d~ 411e Ih<: peçu ~~ vingt: d:mdornc mui\lJ em que () sirva nesta terra que Ilil ellllta (!.:: eülll que o !:u fizer pm obra suas ordens vcra nào cll1prq,r:t mal u t'mor que mc fa~,

Deo~ goarde li VO~~,i lllt'n::e muitos :UllllJ~ Junqueira 7 de Fe\ereim 1679 2 Vill em (1 primeiro de Abril.':' [92\"']

Para capitam Domingos de Canpos Soares 3 de Fevereiro 1679

PIa induza \'!:r:J vossa men::e a verdade de que lhe escrevi no navio fnmces que dmlUi parlio com Luis de Albuquerque que eu sentira muito não conheçer vossa merce a que ~empre lhe tratei nessa larma e bem excuzado tinha Francisco .~1endez de Bairros pola em dU\'ida quando desde: a primeira era que nqui cheguei evitamos fazer dk este avizo a \'OSS<l mcree nu forma que aqui vai por proeurão irntcndcr era ncseçario me desse li mim c3rta nesta forma avizou a vossa meree (;omo lhe pareceo so.:: segur<lvu maIs.

Peço a \'os~a Il1crCl: mi.: conheça nu sing:eleza com que lrato porque lho mereço a \ (lssa meTCC pur muito seu afeiçoado e me mande muito boas novas a ver muito em que sil"v50 que farei com grande vontade

Dcos gonrde n vo;;sa meree muitos :nmos. Junqueira 12 de Fevreiro 1670//[93]

Para Senhor cappitam Domingos de Campos Soares em 10 fevereiro 1679 que lhe mandou Francisco Mendes de Barroz

la nesllI ocazião tenho escrito a vossa merce e lhe digo como a duvida que deve e com o senhor 1050 de Saldanha que são 253$413 de vossa merce direito delles em minha comta e desobrigar au dito Francisco do credito que a vossa merce vejo deven­do de major com vin e como não serve de mais.

Ocos go:wde a vossa lU~rCe muitos annas de vossa merce //[93 .... "]

Carta para Francisco Manoel Dias Jorge feita em 3 de Abril 1679. Olanda

Senhores meos já pIo correio respondi a vossa merces as qucirão no uso criado em que lhe dczia chegarão os 4 varais porem que não erào de faia porque quem co­nhece esta madeira dis sfio de ulmo que h~ lll<l COiLU para este menester porem que os provarei e como me achur com elles avizareL

.A. caxinha veio eam 19 sobollas porem de mas sortes que erão huns jacintos e junquilhos cousa que ca ha llluitos; e as sementes de orteliça se acharão 2 papelinhos de quazi nada de semente que se samiou e não naseo, asim que me he forçado pedir a vossa merces agora me mandem, pera a entrada do inverno 50 sabo\las de boas tuli~ pns algumas dobradas que rnc dizem he e vierâo já aqui ao conde de Sabugal por seu cunhado de vossa mcrce. e a Diogo de tdendonça, c algumas píomas, e alglms pes de

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maternatheon que nâo conhesemos cú, muitos pio nome que se secarào os quinhào com os craveiros c se Ollvcr alguma coiza mais nova, e galante tmnbem, e all;U1llêlS sc1!adas de boas l:astas e cilHlor, que esta quinta he muito grande, c não se me \;c com quulqllcr couza, e por () t:usto destn coriozidadc mandarei nas primeiras embarcasois g ou 10 mi!heiros de larunjn no anno que vem e espero de vossa merce quc vossa rnerceH me fazem 1m: mllndem COUZE! que faça inwcja aos mais curiosos, e quando não tenha cu como me ~ussede agora.

lambem pedia a vossa merees hum regaIlo de hU1\la marta eom sua cabeça, e rabo, ou coi las, mui bonitn paJ'H huma parenta que tenho no paço, c que a dezeja, c que me mandasse fuzcr hU!l1a calcf!:l, de 2 cava!los muito ligeira e bonita de bom gosto porem mão de gnmde cu~to ade vir com 4 guarniçois e g rodaH; para isto vão 2 pipas de azeite, c se custar mais tlvizarào vossa 111en:cs pio estafetla para que se lhe mande neste genero, ou em asuenr.

TabeI1l vão pnra vossa mcrccs provarem ~illeo caixois de laranja da China que ~inda a que não hc tempo de se navegll1' se lu chegar alguma a não acharão ma, a qlle ngora hê que se emtllllln, cauzador del!a. No caxtio 5 vni alguma mais escolhida e não ser toda asim he por ser tam tarde e no dito caxii,o vào 2 azu[czll8 de hU111a sorte ([,le

111CO irmiio que DeOH tem trouxe de lá de que vossn mcrces 111C mandarão 40ü u mctade de huma desta li metade de outra para que sigão ea cm huma obnr que esta­va comessucla

Mais me pede hum amigo ll1CO vezinho que vossa mcrce~ infi,wlllen nu maneira induza do que pede para (1 que me andarão azeite neecs.sHl'io e~tc verão por minha II [94J via façam 111e vossa merccs fnvor fazella a5im rIo correio primeiro depois desta chegada.

Este mcstr·c me não llt!oLl em fruta da cilina nem aGtra, devia de ser por cu não eRtal" aqui 110 tempo que chegou se no tempo conveniente vierem alguns conhecidos aqui carregar vossa merees os emqullIlJinhem aqui que se lhe dara toda a que ouver com tl1uitaH mais l:oJ11odidades que 11aH otws pUrt1 ter llpanhandnsc nOH diaH da parti­dn aqui e111 buxo pnra ir mais fl'C~cn c quando H minha seja pouca a tem uqui meos parentes e (lmigo~ tambem boa.

O azeite de 2" e }" numero he alguma çouza melhores que (1 outro sendo que este hr muito bom, e com isto me mandem unN sempre lllUitO boas novas SU[lS e muitu em quc o sirva que para tudo me terão ell1111uito U~ suas ordens.

Oeos gomeie li VO~S!\ merces muitos nllHOS Junqueira 3 de Abril 1679 Tudo o que vossa merccs me mandarem uçHtas COllzns me fara o grande ][lVor

fazcr vil' em ~il11a de tudo, c que tiS cartas se dem aqui em BeJlem nos guardas da caza da saude quando vão a vizitar plll'H que çu o tire IIqui com COl11vcniencin cios navios sem a isto u<;orrerem risco os meslre~

Memoria de que se pede de Olanda e do custo que tara para o conde de Averras

4 figeims de ChUllbo todas sobre hum pe como as que para Purtugnl tem vindo ande vir suas, e su com hlU11l\ tl1l1ull\a na sentura lIS cams mOSSUH; e os sentidos del-

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o seginte 2 em aitão de ter nas mãos r,rco e scpla para o arcazão nos onbros para la se

dourarem, As outras 2 para descançarem sobre 2 ninhais e nas mãos terão pustura para terem huma hum sol e otra fi hlU e vira mais huma agia com as aZH~ abertas para voar, e a cara emclinada pam o ar e tamanho sera mais que o natural, eoah'o c11aves de bronze para tamques de meia manilha cada huma e 2 de manilha enteira com que são selZ.

Advirto que as 50 seboIlflS não ande ser dois que eustão a grandes pressas e 50 a gosto que farão vossa merees sera o que pos~ dar os 10 mílheiros de laranja/I[94vj

Carla a Gonçalo Aires de Souza 10 de Abril

Meu amigo jltl1estcs navios vos escrevo largo e asim esta so serve de capa ao con­hecimento induzo de esse mulato que vos entregara o mestre Malluel Guedes de Saa que me fareis favor mandar vender ahi pio qu~ mais derem que como vai segindo o que custUl11ava com meu irmào que Ocos tem em fugir todas as vezes que lhe da na cabeça me não atrevo a sofrellll. inda que as fugidas nllo são mais que para Lixboa e como tinha medo de tornar andava continuamente buscando padrinhos coiza que mais me molestava que a falta me resolvi aliviarmho(?) por me dizerem tem ahi prezo elle anda já muito bem a cavallo he muito fiel nll.o bebe e la sera mui bem porqlle nào pode fugir fal1l1eeis merce de me mandar do procedido 20 duzias de humas varas de parreira que dahi vem quanto mais delgadas milhar não importa que sejão muito compridas, o mais em asucar fino de fec110s no navio qlle vos pareção mais seguro e vede o que me ordenais de vaso serviso.

Deos goarde.Junqueira 10 de Abril 1679 Men~ão vos pedia conduzia de pranchas pum gcnellas e portas d~sta quinta de 15

palmos çaua huma e venhão mais duas duzias de 20 palmos para as portas da quinta se não tiver chegado o dinheiro de S, Thollle podereis mandar deste 11[95J

Carta para Francisco e Manoel Dias Jorge para Amslerdão escrita em 3 de Julho de 1679

Não he a distancia desta quinta a que tem a culpa de tardarem tanto as cartas que vossa meret:s me dizem receberão minhas e devia ser da peçoa a quem a remeti a Lixboa porem daqui em diante cu rem~diarei esta falta porql1e sinto aver coiza que me desvie o procurar novas de vos~a 111erees de que sempre faço muita estimação como ao prezente: pIas que me dão nesta de 22 de Maio que hontem recebi logrem vossa merces sempre a sande qlle lhe dezejo: espero que vossa merces mandem as flOl'es que dizem nos primeiros navios que de la me vem que ja he tempo de ascol­her.

Os varais creio serão o que vossa mel'ces dizem illda os nào tinha provado como o fizer aviz<lrci querendo mais.

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No que toca a Ii·uta vindo os ll1estres llqui se lhe fllra toda a convenll:neia. A /vlana me upre .... 'c dizer a vossa merces que custun aqui a 111l1i~ quando vem

hUlllu ll1o,;:da de oirll que servira dI! avizo para vwsa men;cs se regerem para o mais Cll~!O da cale.'i~n se enviara cslj·iando o tempo mais seis quartos de azeite da pane da und,;: he milhnt· que a!li se vin e (:on isto cnkm!emos sem de sobra plu quc temos visto do custo que fizen\ll algu!lllls que mandou seu cunhado de vossa mereci' e llut­IllS peçoas dessas partes e de Fnl11~·il St'll1 cmbnrgo de vossa merccs dizerem nu() aver furmllS para as fegeiras do amigo aspcru pio avizo do cnsto que lhe farão ~ pio C]l1e lhe 5aib~o V05SU mcn:es se aiuda pcr~istcm us f0l"l1111S das quc vier~(l pum o marquez da FOlllcria qlH.~ entendo ris seu dc Vt)SS,l mCl"(:l'S o ljue as enviou.

Fico avizadu do tcmpo C1l1 (jtll! ude ir a fruta para o custo das flores e estimarci tel1l1(1 c!legado ( ... )cortado com a quc li)i ... ·m bom esle dinheiro e ~e JK"St.\5 pm·les oliver em que sirva a vossa lllerccs Illi..' (em em gwndc vontade a quem Dcos go,lrdc tlluilOS :mnos. Junqueira J de Jlllllll ](i7lJ

ES(jllcciame dizer a vossa 111('1" .... ,' que n peçtla ljuc quer ii L:oktta descjn qu~ venha con doi~ cspilhillho~ ,\tl"aS L:UrVndtlSrl) do feitio du Piqwlil1ho que vai L:011 esta de pouco mais de hum palmo d .... colllprido e nWIlllS do di(u de largo e quc o forro ~e.ia de favel/i[95\""l

Ao Capitão Joâo Antonio 21 de Julho

Muito a r\.'(,:il raça esta jlll1" nw djzer~1ll aindi! ilg01"U parle hum navio proprin para () Portl) a kvur hllll1as cartas il hum navio que di" vni jW1"il essa terra i"nlgNei () apan­he ainda.

Vossa mcrce tem governmh!I".1 n nomiado para essa term como avizo ,10 quc ln esta ,'ell mIo )Jl"OpllS :til' gU1":I U l1l'gut:ill (k v()s~a J1Wn"C pam Illt' elle pedir ti substituisse 11LlllS dias ate '\l'eintar bUl1s papeis para cmtahular lmlll irmüll sen que quer lnval· C0111-sigo com I;ssa (ICllpn~~l\n; mIo mc m!c dC~L·lItlar e (l de vossa ll1elTeS por efeito pera la aparelhar tis .... ompra de htiJls ll1adJ()s (lO gowl"llmlol· que vai para Angolla eom condiçào que lhe llvia de dar p'lrte tio pu~al1lellt() ljue serüo perto de 200S cm vinhos l]u<llldo clle pa(,:ur que ~em e1l11nerce qucm e quandu o governador venha antes disso voss.\ IllCn;e va la disponho isso da l11uncim que se hade entreg<lr este vinho a Diogo h:"l·m\l1tkl Branco llll tempo cOllvlmientc e eUl'<I t~lrci () pagumento a vossa J11erce cu til! ~! sua ordem.

A cartl! que Vll~sa nwrcc e~"revcu por ('lltli;; em 15 de MltiO recebo eom agosto de scmprt' a protesto de Luis PCI·cira irú lll\ primeira m,\zifto cm dcn:itura e o i!vizar eu a vossa \\len:e cstllva nsGÍ(a a lclnl fuí p!ll" me IKIO avizmcrll do <lu ascile de mais de 6 meses pm;adn da entrega dL!\la fico fnzcndu deligelleia pio n:lvio por (1 gover­nadUl· vir nclle p(l(.k'm vir a l11adeim seniio se der eomo dezeju virn em l]lwlqucr que ~e fertar somando parte que f(l[" nesesariu para ljlle clle c () IJ()V() governudor que adc vir darào (oda ajuda por me Ihçerelll nlt!rcc c por 1l1tl empetlir vieru a plunta de batatas, c (l mais que tenhu cncO!llCnd,ldo depois CllW [I':\lC csk de V(lS~U mefec que digo de C"ldiz nàll pude vil·. //I.%J D. Juào da Silva por it!u nào lhe r"lei IlCS1c nt.:go~

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c io mas buscaloei e avizarei por qualquer via que ill,:har que posa ha cheg,u n carla advirlo a vossa meree por obra de Meserieordia ao pcrcuradol" do governador do porto santo que mande asislir a seo fi lho para tornar pam Coimbr .. no tempo que nilo tcm com que nem eu me acho amestndo de o socon-cr sem fa ltar a otm Obrigllcoiz mas pedirvos e por cauza do desgo~to que lhe fa zem e~tas filhas esta bem pouco tempo he a morte oj e não fora que a hLl1ll medico qu e lhe eu 111 ~lndei crdo c~cllznrn no outro mundo porque ln os outros lhe tinham I1lUlldado IXlr apostoll()~ fl cHbiceil'fl me fieajá de pé a quem em Lixboa em caze de seo tio e com iH[O me nuo posa l'Ognr mais senão pedir a vossa merce me de merce em que o sirvo a qucm Dcos gntlrd~, Junqueira 21 de Julhu 1679//(96vd

]

carta a Francisco e Manuel Dias Jorge em 31 de Julho de 679

PelJos que tcnh o escrito largo a vossa Illcrces sobre ,10SSOS purtícll lnrcs u51m só serve esta de avis.o t:1ll como o procurador dello. he jo livre Jono de Sui que foi meu criado aqui e nl:l ilha de Madeira Yfli li CS ('L SLHt Icrm iiC se vnler ele vossa merctls pnl'il. o favoressercm cm olguma cousa nmilo folgnrei o qjudem; c se elle vo1tt\ !' pllrn este posto lhe podem ell!regm' alglllllu c{)wm

Das florc!l. ql\e lhe tenho pedido vindo a tempo convillÍellte qUl\Iluo n1l0 sempre he necessario eSlej1io aqui peUru; primeira!! agoll que he fim de setembro t:lmbcm estimarei me trago hum barril de 3 ou 4 arrobas de munteiga da mllis cJ(ed clltc que se achar e algum pnr de peixes l..1mbcm dos milhores que ha porem muito n~scos que cá niio gostamos senno dos muito mulhes e () que vossa Illcrces quiserem de cú por paga irá ou melão o cu~to nas nossas contas e vejão o q\le me ordeniio de seu servi~.

HO que para tudo me tem muito as suas onh.:ns Dc()~ gOl1fdc C11\ dita 1/[97]

Carta para Frei Estevo do Rosario prior do mosteiro de S. Domingos de Santa rem em 15 de Agosto de 1679

Eslimei muito que V. P .... drc lenhll éI :iauue que lhe dczcjo que por dominieo II quem devemos os sca lclanhus tllnlus obrigaçois. c por quem hn ni'io sem pouca,

Nn (,.'Tun\'u que tive de meo jl111 ~O que Deos tem não tivc hum vintc m dc bens livrei'! como sabe mui to bem o Pc, Frei Thomns de S. Domingos com quc mt! lI iio fizese obrigaçül1 alguma d~ satisfazer as sun~ duvidus. eomtudo por deSll11ll:arl'cgtU' U alma SltU me obriguei u esta_ pcnç1ío dando todus nii min1u\H cmncndus cm ctmçimtsão a hum homem que se ()bl'igou a pagaJlos c no 1'01 que tir\hn para f:\ZCl' puga mento hia a divida de Vossos PrOCu\'lldrocs porem nno declrmlClll (\ contia por niio te!' Ilinda fc ito lmm co mserto que nvinmos de fazer {) dito Frei TIlOtn aS r.:omo procul1ldlll' dessa r.:,\za, e eu em quc vinha (I provincial Pllç.ado c (l prior d C&'IlI cu ... .a q ue Dcos levou Frei Antonio dos Re is e quundo não que esperaríamos ]lln senlcnça dox d(li ~ dc."cmh,a~ gadores do paço cm que nos tinhamos louvudo JOll o e nrneiro de Monais c João

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Ll\!lpt-Ca de Vargas e estando eu esperando por dia para c~te avistamento me escn::veo o dito prior paçado huma cm 29 de Julho do armo paçado por mão do dito Frei Thorna~ de S. Domingos em que me dis que não queria fazer cOlllserlo para cobrar o trem (porque o que façiamos avia de ser com asi mestnHH esperas dos oIros ilcre­dore~), e que queria fosc a cauza por diante, e como eu nau podia fugir de sua von­tade pio que tinhamos avi~tado porqw.! me prezo de verdadeiro fiquei e~I)l;\"[lI1do ate o dia de hoje porque mandasse os papeis para que se livc~sem o que lhe paressese nisto fico ainda aquanto Vosso Padre ache cOlllvinÍcncia cm que se large a cape1l3 pura que com o dinheiro da venda della ao trem rimão a vaxachão de sua duvida fiquundo eu com boa eomsiemçia desembaraçado asim desta divida como do e\11car­go anual da di ta eapc1la verei nissu ainda que com bem magoado meo coração de não ter C0111 quc sustentarem esta honra por niio pesllir bens livres alguns que lhe poea aplicar, de que me fara V Padre ÜlVor lIvizar para ver o que se deve fazer que em tudo quero estes as suas ordens e supor n minha eonviníencia as ~Llas terras. Deos goarde 11 V Padre. Junqueira 5 de Agosto 1679 //[97v"]

Comesa folha~ 86 Hc a copia da que escrevi li vossa mcn;e e tem ido por 2 vias agom que se ofer­

esse esta cm dircitura e mais segma querendo Deos ter no a mandar 3 via visto serem as eoizas do mar tam insertas principalmente as dessa terra Folgarei ache a vossa l1lerce com ti saude que lhe dezejo livres das rapozarin~ desse hOl1rrado bequam que não dcixao de molestar estas eoizas ainda que niio chegem a hOlll'rll.

Se vossa meree niio tem mandado para Pernamblleo esse pouco que esta me fara favor entregallo a Diogo Velho cupitmll de~te navio lUI forma que digo [LSil1111 que pI;] merce que me fas espero tagu tudo com gmnde cuidado e quando não Plldcr ~er tudo sem parte e o mais vira a Pernambuco aiuda que entendo do cuidado de vos~a merce que já la eslara tendo nvido oClIzião e não deixe VO~S<l mCl'ee de me avizar por todOR annos se emburgOll n I:'lzenda a Julíi'io de CUlllpOZ e n quatro e porque vias, e ~e ouver algum avizo que seja emportlllltc a eu eH cobrar perdas e dannos mo avizc VU~Sll l11eree tambem com a mnior brevidade qllC possa ser e pro que tudo acharem que na vontade ele ser estas ocnciois naO a devem dar ventagc no senhor Gomes l'reire porque nuo tem vossa lllerce quem mais o lime.

Ocos goarde a vossa meree tnllitO~ anl1OS, Jllnqlleira 28 de Setembro 1679 por 3 vias II [98]

Senhor meu a mercc qlll~ me fa~ o senhur lImltor Manuel Alves me da confiança para pidir 11 V{)H~a merce cm primeiro lugar t1ova~ RLIHS e logo queira dar o seu favor para que nessa tel'm cobrem meos procuJ'lldores (que são VOSHH IlllO!l'ce primeiro lugar o govcrnador em 2" Jacinto de Figueiredo cm 3" o Ch<1n1rc João Pires Mansimo cm 4" e eapilllm Diogo Velho) a fazenda do patuxo N" Srn. de Encarnaçiio c S.I-liel"OnÍlno que tanto scm rezlto o governador paçndo c provedor l\l1tesedente de VO~Hll merce ma fizerão confiscnr para o que Vllt li senlença que tive no juizo da coroa e fazenda ajun­tamento huma provisão de S. A. toda ii honra que VO~S<llllerCC ll1el'i,,;cr nestc partie­ular lhe saberci mostrar ntl~ oeazjoi~ que me der neste corte de seo scrviso pam o que sempre me achar as suas ordens.

Ocos goarde. Junqlleir1l2 dI.! Oitubro 1679//[98'1"]

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Carla para Francisco e Manuel Dias Jorge de 27 de Novembro 1679

Nào respondi a de vossa mcrcc, li qm~ veio com a~ contas por esperar fazellll depoi~ da vimda do navio S. João que pello avizo esperamos esta para partir por horas como se dilata tamto a ~W\ partida e muito mais a chegada porque ainda não foi pois ariboll a Galizfl ehegamJo os OIros todos não me pnrcseo ncsccario este avizo c lambem porque juntamente detreminuvu escrever em hml1 navio que daqui estava para partir para e.'i~a terra com laranja em que eu queria mHm1ar os des milheiros de laranja que eu tinha dilO a vossa merces ajuntamento o azeite que falta para ii conta da calessa porem nào me foi possiveI por alcançar praça para a ditas calTegaçois ficando presles pam ir na primeira que s.e ofereser e sirva de avizo.

O paçado recebi otra de vossa merces de 24 de Setembro que estimei pias boas novas qL.le me duo suas que sejão sempre como eu dezejo e como m.~lja vejo nilo tin­hão vossa mcn::es remetido as tlores que lhe tinha pedido fico com grande sentimen­to diso porque quando venhão e otra cmbarquaçiio já ~erá tào tarde que se pasào muitas e para que as que vierem escaparem vcnhào a tempo que não dell1 gasto pois os otro8 as tenlo primeiro c eorno neste pai~ não \'cm a e11lrada de oitubro eomo cu tinha mandado pedir a vossa merees logo se mIo logrão muito ainda asim espero que vossa mcrce as tcnhàa remt':lido e quando não sejão entenderei que vossa merces nãll tem muito gasto desta comrespondencia e buscarei quem a queira ter que he serto quc lhe ade satisfazer muito bem imda 8sim se nestas partes ouver em que sirva ii

vossa merce nde fazer com grande vontade a conta ním1a li nào pude ver creio niso como vos~ mercc( ... )//[99]

Carta para Aires de Soiza em 17 de Dezembro 1679

Amigo e senhor meu pios llflVios que vierão ao porto tive huma /losa e otra nesta thlta 12 de Agosto a qlle faço reposta e estimando muito que estejais.ia restituido u sauue que vos dizes Oeos vos la conserve em todo o tempo desse gowrno e vos traga com ella ao descanço da Vo~a caza.

la creio tereis enviado os papeis para S. Thome ou o mais serto tereis já recebido algumu coiza do que esla naqudla ilha porque mandei mais 2 ou 3 vias em direitura que se qualquer dellas chegasse ii salvamento nào duvido que para os primeiros navios Llue partircm pam esse porto tillhais.ià que mandar na forma do que vos tenho pedido e porquanto maiz sedo vicr sera mais convenientel:111 esa tivera mais para a ocaziào que vos direi llbucho.

Com Domingos Lopes me ii:m::is favor de as não descuidar para que tambem 080

faltem com que la tem do eapilam João Ribeiro porque jâ as disse me tocava partc. Manucl Gcd~s chegou e me entregou só 30 nm\s muito mas dizendo deitara todas

as minhas ao mar em Illm~ tempOl"ais que tiveriin e que aquellas qlle me dava dns suas

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com quc vejo nos fes verdadeiro no receio que vo~ tinham delle dc que eu mlo esta­va muito fora porque o conheço a muis tçmpo tambem entregou 20 eoisoeiras muito mas, e cristus e como nào trazia que //[99v"] marqua nem vos nem Lionel GomeH 1l1e remeterão conhesimellto dellas me foi forso:..-:o asdtalas como eIlc quis.

As cartas !la navio João da Silva em que vo~ tivestes tam grande perda que cu ta senti muito se salvarão c estou entrege delI as porem as coicoeira~ que me di~ Lionel Gomes vinhão nelle supo~to se salvarào todas me dis o mestre lhe mostre clareza dns que meterão que mas entregara porem como a Diogo Lioncl ponham descuitlo tam grande como não remeter conhc~i1l1ento conta nem ll1mqu311ào sei como mude haver neste particular ate qlle VOti remelais esta clareza nas primeiras embarqulIçois que dellll vierem e~pero que asim o façais COlll a pontualidade que em o mais e com a prontidão que vos mereso a minha amizade e com li mesma me tendes muito as vosas ordens e eu dele se ha com que vo~ sirva

Oeos goarde como clezejo. Junqueira 17 dezembro 1679.//[100]

Carta para o rendeiro João Antunes de Mattos de 9 de Dezembro 1678

Vai Manuel Borges criado meu a tomar posse desas COlllelldl\~ visto eu não poder ir dezej3ndo o muito e estando ja aplirelhado p3ra isso me sobreviveram alguns nego­cias que me f<lzem delatar e~la jornada por milhor tempo V{l~S[J merce o emclll11inhe ell tudo o que lhe for ncsecllrio porque clle não he muito versado negas eoiz'ls pHrn que abrevie dahi a jornada ao porto aonde t3mbem vai e na escolta que fh.er l':spe1'O vossa merce lhe entrege o dinheiro vensido do qLLartel deste Najal mCllOS o que montarem 2 pipas de azeite de pe de oliveira muito excelente para ga~tos de~ta caza aos quais ande vi,. nos quartos que la estam em eaza de Antonio Marques de B~rquinha mand<1-nJoos COl1lsertar nmit~) bem ,ldvertindo que :;ç tivcr pe~(Xl segul"U pode mandar por ella quando não com 3vizo seu no primeim correio mandarei peçoa que conduza este azeite e os muis quartos que sobrarem porque os pede seu dono c se destapão se ouver em que sirva a vossa merce me tem muito as ~uas ordens.

Junqueira 9 de dezembro 1678 mm recibo de Manuel Borges pode vossa mcrcc entregar o dinheiro que estiver vencido 1/[IOOv" em brunço] 11[IOl]

de Antonio Cardozo de Saa de 27 Dezembro

Pla carta que vossa mel·ce me esc!"Cvco 110 outro dia mandou dizer dos 4 alqueires de trigo que se lhe tinhão pago e so me mostrou este massa o recibo delJe~ c cuidan­do eu que era pago este nnno escrevi li vossa meree nn forma que vin que dlegnm que sei que he do anno pncado torno a dizer a vossa merce quc já lhe disse que nao !te rezão que page sem saber de que devo he nesesario que vo,,~a merce me mande dizer a clareza dizendo ao alc3ide e ponha em papel de qlle se devc isto com toda lllcudezil c eeml que autoridade ou por ordem de quem fllzer o embargo para saber n quem se

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adt: fazer o requerimento paru se averiguar $e devo ou se pocliu clle fazer este embar­go e vossa meree sempre teme sua divida segura porque quando eu não deve fazer com que lhe puga a vossa merce o alcaiode c a min o dezaforo com que fes o embar­go e quando eu deve farei com que lhe page a vossa merce o alcaide e a miu o desaforo com que fis o embargo e quando eu deva sempre pagaré!Í a vossa merce se averiguando que seguro o tem com a renda do ano que vem.

Visto não aver abi chixaros para o contia que pedia facame vossa llletee favor por me mandar seqller hum saquo delles e o mais mandara de afergois('!) quer velbos este que qUfI estão me bastão trigo 5 moias e 18 alqLleires que [l preso de 220 com o din­heiro que vossa merel) me tem dado e ade dar na forma do rol que vai com e~te fas contia do quartel de S. Miguel do natal com que vossa merce me fica fazendo favor de me adeentm este quartel e fica de minhas pcrseseçois e que tudo o que ca prestar me tem as suas ordens a quem Deos goarde. Junqueira 27 de Dezembro 1679!![lOlv" em branco ]i/[1 02]

Carta para o capitam João Ribeiro de 4 de Novembro de 1679

Recebi a de vossa tnerce do I de oulubro vindo no frances e quanto mais defeeul­tozas suo e rrar'dS [IS noticias que temos dessa terra são para o meu gosto de maior estimação as de vossa merce. estimo que logre boa saude e a Dona Philipa quem bejo as maos.

Na incluza vera vossa merce como lhe eu escrevi plo Porto em huma embat·­quüção que depois nào foi tambem para S. Miguel escrevi esta mesma noticia creio sera ja la chegada e no imgres em qlle faltou carta minha foi a rezuo estar TIas min-11as comendas que fui arendar por Cadis tive a de que vossa mercc tllS menção.

Fico servido no que Luis Pereira de Saa tem uzadü com vossa merce ainda me não acertei com clle por estar em Alenquer nem com o filho que fizerão COfego em Coimbra porem eu lhe porei as mãos e a boa vontade cmqtlilllto o não faço vossa mcrei: faça neste pm1icu lar o que lhe parecer que eu tambem me não e de meter mais com esta gente e qualquer dia deste se lhe ade mandar as suas letras, c fazer a 110ti­

ficasão que digo, Folgo de vossa merec estar ja livre do gama e faca por se livrar do Valente e de

todos os mais dessa ilha que ficando menos comersio com dles melhor. A madeira espeTO esteja eonduzida toda qlmndo baja de vir o govemador para qlle

em sua companhia venha Oll em fragaua de gerra ou em qualquer otra embarquação que a conduza,

O quarto de vinagre tenho recebido ao~ 2 clInhetes meu e de D. João da Silva que lho desemharquei e lho mandei logo porque bejo a vossa meTce as mãos e o que vossa merce deu ao desembargador esta bem dado ao escrivão me parece bem vossa meTee faça a que dis porque he bom se lhe agradeça fi sua corlezia.

Com João da Costa falarei sobre a embarqllação 1/[102yO] do madeira. Desses tra­pos que la ficarão pode vossa meree Cuzer leilão a pessa de castellete de baeta de Bristol picotilho de França se ainda estão em ser e vossa merce lhe não puder dar

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saida ate sua vinda que fora por i~so a [rara em Hua companhia que quem tem tanta familia como ell sempre lhe dara sai da,

Eu me nâo tenho descuidado no seu negocio de vossa rnerce, ainda Imutem a noite desde as 8 até perto das 10 estive falando com S. A. neste particular e me deu ordem fase dizer ao sacrctario da sua parte fizesc a carta hoje vou la para que se üu;a e a leve asinar se puder ser nesta embarquação quando não emfalivelmente ade hir com o governador que mandarão sem tempo serto asim que vossa lUerce esteja apar­elhado, e advertido de que a paga deste pequeno serviço quero que seja vir desem­barql1ur a esta caza aonde ade estar ate achar comodidade quando não queira huma que lhe porporei como nos justissimos(?) S.A, so duvidada em como avia de chamar a vossa merce sem ter logo posto que lhe dar eu lhe respondi que vossa merce não queria alguns mais que para seu dcsçunço por hora como ca vier tomara seu cargo.

Indo navio de gerrn levara ordem para a ~lIa comodidade de vos~a merce e tOlll(U"U eu se: ouvem oca:úão de VOS~H Incrcc avizar e o governador se qllCrião que não aven­do embarquação de gerra lhe busqllase aqui alguma acomodada e segura para que pagando entre todos os que quizesem vir e os que quizesem embarcasem fazenda nelle lhes achase com toda a comodidade e eu e o monleiro mor pagariamos a parte que nos tocase para nos conduzir a nosa madeira e cuido se nos fasilitara mais ou hUtnll ou otra couza ~e deredor o bispado de Miranda como entendemos e slllijitamos a este bispado.

D. João da Silva tambem honte o fui buscar !Ia chafaris da andaluz para que me ajudase no requerimento de vossa merce maiz //[103] no da fragata se fose nesesario porque he bem visto de S. A. e grande amigo do Silveira como vossa meree sabe e não ade deixar de fnzer muito que dezeja muito a vossa tnerce cu e he verdadeiro amigo e com isto não quero empadarmais a vossa merce senão pedirlhc me não falte com noticias suas emquanto esse que vejo destas bandas Deos goarde a vossa meree. Junqueira 4 de Novembro 1679.

Vai esta carta que tive nesta forte de Aires de Souza elle me diz que Diogo Lopes nno lhe foi poçivel mandar nesta ocazião mas que mandara na primeim cmfalivel.

Aos soldados que estão em Argel tenho apertado com S. A. para os mandar a res­gatar sem tomado isso a ~ua conta creio os mandara vir sedo vossa merce traga em sua companhia o que 3~ molheres tiverem tirado porque lhe podera ser neseçario para OH seo~ gastos das sahidas e otras miodezas e quando não seja lhe entregara vossa mercc aqui para que lho leve empregado no que lhe parecer por ~uus cnza~.

Vai a carta de S. A. ainda que dis logo em a resebcndo vossa merec a nâo mostre senão quando o sequeira vir para ir vensendo o soldo 6 meses o governador ira otra vIa.

Digame no Morim que lhe não IX)Ço responder achão que tive sao folgo esteja com saude que SI;! quer vai para minha eaza que o terei nelle com boa vontade com ocupm,:ão que se não devirta das suas devoçoes e querendo peço a vossa merce o traga em Slta companhia pcn.1endo lhe os gastos por minhas contas. //[103v"]

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Carta para Roque Acciaolli de Vasconsellos de 4 de Oi/lIbro do anno de 1679

Recebi 11 dc vossa mcrcc dc 2 de oituhl'o vinda na ü"agatinha françesa de que fiz grande estimação por ver que VO~5a merce ficava com a salldc ql1e lhe dezejo.

A letra de 100$ fico aseita para se pagar a seu tempo recebi os 50$ do Pc. Mallocl de Andrade os quais remeti ao senhor Vituriano de Vascol1sellos o qual ja estava em Coimbra que aqui o aviei C01110 pude pam que nào pcrdc~e o SCLI anno que com as faltuH de embarquaçois dessa terra corn a sua palavra ande vir a fazer ri perdcr este 1ll0S0 asim so vossa merce he tam bom pmente como eu o conhcHi sempre lhe ade f~zer favor e a min a merce o Ilão lhe faltar e0111 os 10$ que lhe vira a vossa merce cada mes c os 50$ 011 60$ para os gastos di vistidos, c de oulras w:zcs que lhe impos­~ivcl tira dos 10$ que lhe jeiro a vo~~a merce pIa te de fidalgo que ja devia mais de 70~ quando isto chegou por aqui pode: vossa ll1el'ce julgar o que lhe rica para acudir com tudo \l que puder em companhia do governador porque como se eomprão findo bem ~abem que custa dobrado e se elle tivera a tempo esta sua mczada escuzara deixar til: Coimbra aqui tem as feria~ gastado superior por sua morce 20$ em ida, c vinda, e vendendo la toda a caza que lhe eu tinha posto e nese~eturcm agora de faze!· otm de novo veja vossa merce o que fazem lIS faltas de~~es homens com que VOflsa

merces se desculpão e alem de tmlo 1/(104J isto teve aqui hllma (loensa em que est!i­va :1 morte e se lhe não mandara hum ftsiquo mel1 que be dos molhores desta terra cuido eslivonJ noutro mundo que j~ estava com m padres a cabeçeirn espero que vossa merce com n Slla prtldenein. supra l\hi a falta do senhor governador da Porto Santo para quando se ponha direita esta assistenein a vcuba em companhia dn goverw nador ludo o que puder ser c antes avendo ocazião e se nesta terra alguma COllZa do serviso de vossa merce me tem muito as suas ordens en tudo o qlle eu puder sorvillo que o fnrei com grande volltacle.

Deos gomele a vossa mCl'ce Junqueira 4 de Novcmbro J (i79 Faça me vossa merce favor mandar csta carta ao senhor govenmdo)" do Pmto

Santo porque n que lhe escrevo não pode ser tam larga elll rezüo de me c[i>:Cl'eln que esta ~L!maqLüllha parte com muita brevidude 1/[104\1"]

Carta para Diogo Fernandez Branco em 4 de Novembro de 1679

Recebi as de vossa merce vindas neste barco e no thllccS que tTOxe (l irmão do provedor e me alegrei muito de que vossa mcrce ficase com s[\lIde que sempre lhe dezejo e Dells lhe cOlllservc por largo~ annos.

Como vossa meree sabe a rezão porque não escrevi no frnnces que foi pOr S. Miguel não tenho que lhe repetir.

Seu irmão de VOSS<1merce a ql!e fica e cuido que deste ferro sera pura sempre ainda me não acintei eom dJe depois que chegarão estas carlns porque este barco me dizem parte eom tanta preça, e eu amcnhã tambem vou a hlll1lll jornada com que me acilo al'Úgado c(m obra e responderei brevemente as 2 que digo Doos leH: c tmga pero Vas com saLlde que se tornar para essa ilha vossa mcree para o que for rel.ão e eu aqui

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vindo G elk para ca, As contas ele Luis I{uma Sillc1 tUrllaral11se em nada e01110 vossa merce vem das

que fiz com l:lle quc com muito pouca vergonha me disse diante de João Furtado em ClIZ.l de quem SI! fizcrào as ditas contas que visto llj)Cltar cu com elle não queria poupar a eomisüo ti VOSStl mcrec I! asim lhe carregou eomo mais l<ugamen1e escreve a Antoniu de Oliveira G cu não quis aseitllr o resto sem ver () qllG vossa merec orde­na.

Ao Mmques lenho enlrcge o que tocava do~ asucres de Pernambuco elle me dizem lhe fim:r jeito mIo asi llinclll ele serto,

He serIa a 1l011lillsi'ío de .1050 da ('o,~ta de Britto he muito bom home aqui vem jan­tlil' muitas veles li minha caza e sempre lhe tenho encomendado li pcsoa de vossa mereci! [1051 creio qL1C t~\fil dcllc a estimnçüo qlle se d<!vc.

Os jasmins dobl'lldos ainda os nuo vi o mais nuo 11111nd<l visto vossa merce não qune!' e dnrme a esperança de que tiS vira lograr li esta terra queira Deos tocalo a vossa mçrcl: dll sua graça para iso que não tlim mal.

No que loca li eaneg,H,:ãl1 de ()im~ fico de acordo Ilisto que vossa mcree dis e guardo cslu carta pnra a seu tcmpo aver queira Deos trazcllo algulllll coiza a salva­mento agora amdnei 4 via por hum a li'agata de gemi que foi CI11 direitura pura la eom novo govcrnador chamado Judnto de Figueiredo l1luito bum home,

Do IlOSSO amigo ainda não as novas eajíi o espero com alvorosu que () lraga Gom muito dinheiro que cuido que lhe emOH tirar alguma cuiza se por as eoi:l..'ls u~ junta por llesecnrin ii minha pe\,'oa c bell1s tudo Gstnra a ol'lkm do senhor Antonio de Freitas e dI: vossa lllCrCl:,

No primeiro que vai pura Angolla tem CHcl'itll c csercve a vossa merce sobre o seu ncgodo ao que tem avisludll com Valente que n:lo pode deixar de ser e n80 poço dizer as rcmis nestll eu lambem lhe cdc mllnd:\I' dar la a O1'ch::m, c com aprovação de vossa I1lcn:c vinte pipas de vinho pouco mais ou mcnos por !Juns machos que aqui lhe C0111-pro,

Eslimnl'cl mtlito \]lle venha o mais depreça qtlC Plllier () caxão com:1 plHIl[~l da~·

hatatas, e a terra e modo I:Olll que sc cultiva as rigeira~ que me nilll ilmnde vossa meree porque das primGtms que me mandou est':'lo tres pe)!:llhl.~ l: muito bOllittns que me ba~tiio,

Nüo entenda vt1~~a merec que cstc senhor govel'l1udm de Angolln lhe ade fazer o que lhe fes () do Rio de Junciro ljue esta bem I'llrlil'icnuo, c eu não me de~cuithlJ'ei eLllll elle e com jSlll não poço ser mais largl1 pia rcnlo que digo veja se presto para alguma coiza quc me tem llluito as suas OI'dell,~ a qLli,::m Ocos gOllrde .Iunqlleim 4 de Novembro 1671.)

Vai essa curta que me vcio nqui de Ait'cS de Slli:.:a !llI05v"J

Carta para o arcediago de 5 de Novembro de 1679

Munta estimnçi\o foi da que vossa Illeree me eSCI'cveo no francc~ que tl'Oxe o dGscmhargador P0i' suber que vossa merce lograva boa saude livre ja da Slla surna.

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Suposto que eu por menos mal a t~nho Ilas mãos do que n nor do cH~tnnhcil'O; principalmente aos que ncll.as tOlllão Oeos todos os di!l~. Não se espante vo~sa mct'Ce da pregação qltC sempre asim ma OlIVio e ngora e CLI avim agora muitas vezes a Frei Antonio das Chagas.

O direi soube fazer melhor seu negocio grande em ~e por safo que Sl1 esse he o fazer ainda que entendo niio ade trazer muitos. O gtlvcl"nadl1l" qlle vai he muito b0111 home creio scol1o darão lllal com elle suposto que he gellte be de giguiiol.juill maior o bom modo acaba tudo

De Cabo Verde vierão aqui 2 navios e não veio coiza nlgumu HO me Illandou dizer o governador que dn minha parte tem embargo de não estarem cmbolç,ldo por estar aillda em facho me tinha cOll1pntdo bLl111H molequtl e que II não mandav:I por ndoescr hUlls dias antes de partir li c1l1barqLlução senão moreI' de dOl'nsa C0l110 Cllido emfalivelmente tommiio os l1loiro~ o navio cm que cIk vÍl::r mas jn me afio tomi'io a min de sobresalto que isso espera sempre depois que Hlllndei essa CI11COmCllt]:t.

Do que tive de vo~sa I11crce me não di~ nada sc mandar algLllllH çoiza como Vtl~sa merce dis lhe ordenou segirei esta sun ordem.

No que toca aos iülhmnentos rltlci por vcze~ tiO nwr4ucs c fiquundo comigo de que despncharia .l/[106J o papel seu onde lhe Mlllluel Leitão o ditll levou c nào quis despnchal' torneilhc n falar discl11e que lhe nuo levam ]1idilhc me desse !isenço pum dizer de Slla parte com Leitào lho levnssc no primcil'O din com sc deu e \cvllndolhe a não quis tmnbem deHpaehar faleilhe trcçeira ves respol1dc\lll1\! quc lie vcrdmk quc ln lhe levara o papel pOl'el1l que aqueJla l1luneira que nuo se cstendia <lO I'ilho repliquei­lhe que a todos os filhos de fidalgos ~e lhc não negnra. lllllllljUll o l~lI'o di~çme lJll~

estava eu cngflll!10n eu nijo quis teimar porque YOHS<1 men:e bem II Ct1l111eSSe que CI11

tomando o freio nos dentes não para com qtll.: me rcsolvi ti dizer [lO COllCgll Rocha fizese huma petição de vossa J1lcrec tenho 11 dado 'ln saemtnrio de estado a perto de dois meses, c qua;~i lodos os diu~ lha lembro pcrto de dois mc emtreteve çOll1di~.er que Ilndava COI11 bum negocio S. A. que não punha os olhos cm otro nlgulll élsim era porque o enzamento que He avistou da nOSSll InÜll1IU; e o negocio tle im{juicisão e de Imgalaterra só se tratavão sem otra Cl)i:w alguma agoru qUI: alj"oclmrilo me anda entretendo hum dia, e outro que li levara (ltras vezes que n leva e eom as mais entre­tinidas que vo~sa merce sabe agora o que vossa men.:e me dis que Ol'del1t\r n Frd Manoel fallc ii Sua Altezu lha darei pnn1llue a leve e () emelllllinhem se clIc ljulzcr que eu indu o não tenho visto depois que ea estou l11ais quc hum dia c:tn hum entel'"

, e agora qUllndo chegou a sLlmaquinba pllSllll por aqui hum dia de belll Ch\IVLl li ir li mio sem Cjuerer detersse hUlll ponto nem jantar.

Com João da Silva acabei a tomar este dinheiro em vinhos a seu pay e VOSSll .terce na forma que eIle e o cOl1ego devem escrever e n5tlllle t:\lstOU pOlll:O no Diogo

de Mendonça quc me ajudou n por sua disso porque cstava jus lamente e~l:lll1lIHleSLl­do do mas termo que sell pay de vossa merel::! contai' l:o!llelle e II[ I O(iv"j o dito Diogo de MCllldonsa nua enll110S os que menos "cntiamos ISO porquc ft)[llOH O~ que abonamos 11 seu puy de V(l.'l;;'l morce principal mdo qllC fui {l que lhe pedi i~t(} e segurolhc li vossa lllcrcc que se cu soubem llntes de 1'<1I',C1' cstll diligcllci!l li orLll:tll q\le me disse o Rocha vinha li frci Manuel )iUnI f1!lnr li S. A, soubl'c!1s cOllins do sLlscdi­do que n50 ouvem dcixar de fazer ir isto ao calxl e It!VlIr eIlc daqui li mdCI1l11CSCCllria

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por mo!l;slar a seu pai porque com Jisemça de vossa merce não vi coiza mais cruel nem mais sem rezão que querer llzar do mais vil gracaria merquanal contra a mais cavalhcira acçào que se podia fazer naquele particular vossa merce julgar isto sem paixão, e vcra se era rezão vender seu pay de vossa mcrce hum filho em Argel para acudir aquclle primo quando o lhe faltassem oIros meios que eu sei nào faltarião se o senhor MallLlel Valente quizese perder alguma coma mas disto nào ha mais que falar senão ter bons vinhos para disdizer eom a opinião que tcm aqui das suas care­gaeois eu tambem daqui tiro meu emteresc porque quando não seja mais que com­servar o credito de ~eu pay de vossa merce JX1nLuem cumprc acudi nào tão pouco alcm de que ficome o escandallo por me não ser 11U dita afim de peçoa nenhuma da ilha poiz ade que mais me fiava me Ül~ ao menos ficar conhe~ido por pouco prudente e não conheser as peçoa~ com quem lidei 4 annos inda <lsim pam tudo o que eu prestar de tão nese~ario de vossa merce em tera muito as suas ordens li qlH~l11 Deos goarde. Junquciru4 de Novembro 1679//[107]

Carta para Alexandre de Moura em 7 de Novembro 1679

Neste navio frances em que veio o desembargadOl" recebi 2 de vossa senhoria e como era grande falta que tinha dellas foi maior a minha estimação na sertcsa de que lograva a saude que lhe dezejo sempre vejo o que vossa senhoria me dis qUl' tem paçado neste negocio de ingreces e creio saira lambem della como de tudo o mais pOl"que eonheço muito bem o zdlo eom que vossa senhoria obra em tudo, e a ser zelia pecaria delles eu tenho por noticia que hum dia destes e de ser chamado para huma junta em que cuido se ade tratar deste negocio e de buma queixa que me dizem fazem os franceses tUl1lbem os tratamentos que se lhe 1"tlzem nessa terra segurasse vossa ~enhorin que não se ade alivim'o seu credito itl.mde eu poça Ser Ollvido e tel1ha!lJe se­gredo neste particular porque não quero chegem com a notiçia destes bcbados.

Por via da~ ilhas dos AHOI"es escrevi a vossa senhoria a eleição do seu suçesor c pdlo porto [l tinha feito a illlcluza que são as embllrquaçois que se ofereserão depois delle feito e sinto não ter chegado algullla para que vossa senhoria tivesse esta noti­cia primeiro pio meu cuidado que 011 sempre de {) servir em tudo o dito he João da Costa de Britto que entendo pmtira ato Março que vem e embarquação de gerra qne o que cu e cJle tcmos tlllado a S. A. outras VCZl$ as primeiras duas me respondeu que airnda não tinha vindo .1 armuda que não sabiu se vinha alguma fragaita capas de poder ir elle c11CgOU a quatro dias muito dcnefiquado dos temporais que teve e sem dois arates de biseoÍjo que I'oi InstitnoL;a coiza {1 ver eomo vierão ainda asim não qlli~ perder a ocazião de tiS não alcmbrllr isto a S. A. respOnde\ll11e que não vinl1ão capazes de tornar alem//[1 07v"] de quc estava já () tempo muito verde para ir a essas ilhas o que por estas duas reeois frt;tnvn c11e agora como fretou hum navio gcnovcs por 3 mil eruzados cada mes c comer para n gente e gLlarnissão de soldados que leva e seguro do navio pa1"l\ ir bll~CHl' urias de galiza hUl)lll das nuos de India.q\1e vinha na Ü"otn eom quinze navios mais qllC para la se de~garrarão com huma tromentta que aqui tivcrão \lU boca du barra eom a qual se perderão 2 hum em Pcnixe e outro na barra de Viana

lOS

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que por cuidados n<1.05 da Indill verin ~e podia dar ilinda que cu JilÚ;tlho muito isto porquanto s<: esta tl\7:endo 11ll1lllt gl'andc pervesàn para ll<lqUC Ile tempo irem oito rm~ gatas ll1enl\'illwz() muito guarnc~id a~; e apal'el had:ts ;1 husquar ,I [lUqUL' de Saboia que cra cazndo com a nossa infm1t:l. c qmndo niío pe7amo:; acabur isto que eu sentir muito cr~i() irá neste tempo o ditD sllsesor em ,tlglllll navio da J'on::a que Vil para n Brazil com que vossa senhoria esteja advertido por estar currcnte e se onn:r algulllll oCllzião para que vossa senhoria queira que Ihc cu frette ca algum navio estrangeiro de força para o que trilga avizeme creio lhe niio vira a <':llstar muito porque para ajuda de () pagar ereio avera muitos pm;ageiros (' )leill f:!ltara quem lhe me eu carge pagall~ do () que for rezão que esta era a l1linha ultim:1 tenção quando ulli estava com ilvizo de \'o~sa senhoria verei o que de t~lzer.

O monteiroMaior, e eu temos :ll1i muitta mad<.:ÍrH que cl)lllduzir njudariamos o que nos terão e {1 senhor bispo sahir provendn no hispndo de Ivfirnndn como emten­demos nào sem mao para reql.1eriemnto cu e de cntentar quantos caminhos puder e sejmesse vossa senhoria que se o nào eOllsegir que D não ade consegir otrem.

Faço advertido da queixa do desemhargadO!' pam se oliver ocaziiio fazer o que devo na nossa terra nào ha <.:Lli:nl (k novo de que dar conta mais que este cazamento que digo (' <.:urtes que sào e~tc mes algumas mortes em qUi: c:ntl'Ou hl!llla de minha plima//[ 101l] mulllc:r de Luis de: Sfildanha deix<lmlo o G()1ll 8 !"ilhas e a nos todos com IUllll grande desgosto porque alem de magoa e desemparu daquella caza perdemos hum" parenta muito para estimar por todas as rezois,

De lmglakrra as melhoras novas a morte do filho do Marques he serta de: Roma tambem estamos <.:Um esperalas dc as aver [mas queira Deus traze!lu. e guarde C1 vossa senhoria como dezejo, Junqueira 7 de nOl'cmbro 167':1 /illUNv"]

A Manuel da Costa Pessoa em 19 de Novembro de 679

Senhor mco a de vossa meree de 21 dI! Julho dI! 671.) reeebi <.:0111 aquelle gosto que pede lmma grande mnisade pois nella vejo fica vossa Illeree .ia livre dos seUR achaques quere Deos conservallo na saude que lhe desejo,

('onhess(l muito hem na (..,,!) qll<': vossa mercc me Fc;; sempre me acompanharia no men senlimenlo e ~t companhava no com que fie() na morle de minha prima li ~<;:n­hora Dona j\"lagdanela que penas suas muitas prendas era muito capas de lodo o estremo quando nào fora amigo de ver seu marido que a jJrlma nossa com H filho u mais velhu de lO,

Vejo o qm: vossa men:e me dis da eompra da negra e a causa que tcve para não vir o que senti porque me era necessaria c porque vierào estas naves a salvamento que não csperalo, se escapou me fnssa "Vossa mercc favor remetella !Ia primeira ocasii'lo, e se pagara vossa merce do mais ,que lhe custou no que esta em eacheo que são 679 bm'afullas e meia de que me fica a met~de e se sobrar para outra negrita piquenn e honita tiJlgarei ma cuvi!;', tamocm vossa merce e do que ficar devedor pagarei" quetn vossa meree mc ordenar e se prestar para o servir me tem vossa mcree as suns ordens c a vossa meree lhe pnresse que ti negrita quc digo se comprava com mais comodi-

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dade em Caeheo me fara aviso a Antonio de Barros Bes~era que na inclusa lhe digo o que VOSHa J1lcrcc verá 11[1(]l)]

A Antonio de Bairros Beserra em 19 de Novembro 1679

Senhor meo 2 navios vieri'io de~sa terra e como ndles nlto recebi carta de vossa merce fiCJllei com Cllidado avendo ocasião me livre vos~a mcrce dcllc dandome muila~ nuvas de SUil sauue que sempre as eide cstimar principalmente ~c a~ ae0111-

panllllf eom lleasiois de seo serviHso. Na ultima que eserevi li VOSHa llleree que já deve ter chegado, pois sei ris a mão

do governadur c me sllspendeo a que ju com ellus disia a vos~a merce me comprasse 2 negritas agllonl veja tem o dito governador ja huma se vossa lllerce a puder com­prar outra me rara ÜlVOI' e tl dito rara aviso a vossu merce na forma que de sell, os papeis que v()~sa meree me pedia ju os lerú na mão para n cobransa desse grande cabedal e se ncstll term Oliver em que sirva ii VOSSll 1l1crce me tera sempre llS suas ordens. 1/[ 109v"]

A Manuel Correia de Laserda em 19 de Novembro de 679

Senhor l11l.:tl 0J1l 2 el11barçn~soiH qlle aCJui chegarão dessa terrn me faltou carta de vossa merce nem scndolbe ea muito toda II Icmlmllllsll, estimarei não seju por falta de saude que me tem eom grande tudo os muitos aehaques que me dis o gvoenmdor ouve ahi cste~ 2 unos,

Ao dito eSCnlVO sobre meus parlieullal'cs e0111 uusensia a vos~a meree que espero sendo asilll que se nuo premita obrn vossa lllerce na slIa üllta o que lhe saberei servelles em [lldo que me ter ocasiuo de sco servi~so nesta terra

Oeos gonrdc. II[ 11 O]

De Francisco e Manuel Dias son em 25 de Dezembro 1679

Estn nfío serve ue mais que de avizo de como recebi !Ii; de vossa merees de 14 e 20 de AgO~lO li que não re~pondi ate (l prezente por esperar pIo navio S. João que não chegou nem noticia delle eom que se prel:Ullle sera pel'dido queira Dcos seja [alça esta nossa pre7;unsiio com {) quc mc pede este prcsente para quem vinh,! a calessa que escreva li vossa I11CI'l:e~ llvcndo serteza nesta rcrdi~ào se embol~em vossu merees dos (iOO nOl'ill~ que fcs de seglt1'l1 nella ate llvim de vossa mcrce peço que ade fazer delles poqullnto el!t: nesesita d,1 dita clllessll por sc <lChlll'Ce vossa ll1el-ce~ e eonlençols de fazer daqui huma jornada.

Daqui partiu hum navio pllra cssa parte c por mais deligellcias que fis pma embar-

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qual' nesta ades milhciros de !aranja de que fis avizo a vossa merces não pude a\lcr prasa o que suposto o senti naquelle tempo isto agora o nào sinto porque como vossa, merces se descuidarão nas nores em que cu estava com tanto gosto em que escuzadas;, as laranjas.

A conta ainda não tive tempo de aver nem de a arrancar como tiver as farei é,.. aVlzarei a vossa merces entretanto vejRo se ha em que o sirva. Ocos goarde 25 dê Dezembro 1679. ii [llOvU

]

Carta para o capitam João Ribeiro de Aragam de 1 de Abril i 680

Por 2 vias tenho escrito a vossa mcrcc lodas con tanta brevidade como vossa merce la veria e a rezão que el1 tinha para isto agora que eu tenho mais tempo supos'­to que ainda não muito descanço respondo as de vossa merce que tenho recebido por vmias vills agrndesendo lhe fi merc:-c que me fas em me elar provas suas que sempre as estimo muito logre vossa mcrc:c li sallde que lhe dezejo em companhia da Senhora D. Phelipa que não sera puuca.

Thenho escritu a Aires dc Soiza por todas ns vias que se ofereserão e sempre falando lhe nisto que vossa lIlcrce me aviza e creio que nesta frota que vem furn remeter a Diogo Caldeira o que la tem de vossa merce porque a~im mo escreve ou comnj(\ avizei D. Luis Pereira de Saa estamos se ris vo~~a merec em sua companhi<t,;, para o resto não madnando elle la cobrarlos por ~eos senhores que já lhe avizei. '

D. Luis Pereira de Saa estamos Sa fis vossa mercc cm sua companhia irara o resto nRo mandando elle la cobrirscr por seos partil:ulares que ja lhe avizei o fizesse que nem vossa merce nem eu nos llviamos meter mais com isto.

Estimo muito que cllcgasse a harqua a salvamento e a carla que mandei nella de S. A. ti vossa merce c guc vossa men::e se de com elIa por bem servido que he a maior paga que poço ter.

O navio ingres em que se embarcava a Madeira não devia de partir pois não chegou ate gora com que as imbrulhadas dos senhores dessa tem me vierào a dar na cabeça com mais gastos e <linda que sinto não ter vindo por otm parte folgarei porque vera segura em companhia de vossa merce.

Os vinhos que avizei fi vossa merce me ticesse perparados erão para fazer hum pagamento de huns machos que comprava a João da Silva de Soiza que nestf1 ocaziào vai como governador dessa ilha João da Costa de Britto porem este fidalgo despois de ter contratado isto comigo me disse avia mister dinheiro e que tinha la muito vinho com que me foi forçado da i!ha.l/[IIIJ hum escrito de Francisco Mendes de Bairros que se obrigava a pagarlllC a que dentro em serto tempo 200$ e 40$ que vossa mercc que importavão os duzentos machD~ e quen~ndo eu com esses vinhos satisfazer ao dito Bairros me disse os mandasse por minha conta e lisco ou AngoiJa ou a qualquer parte do Brazil a que achasse contta e que o pmçedido lhe mandaria se emtregar a se03 procuradores ou mandasse vir em efeitos para aqui (j como eu estou tão de nego­cio não me sei resolver o que farei neste caza que seja menos perda minha asim peçO a vossa meree me remder este negocio com que este home de quem me vali tenha sat~

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isfm"ão porque eu com os muitos empenhos que fis neste meu recebimento me acho com impoçibildiade de lhe poder satisfazer dentro cm hum anDO como fiquei com clle e para satisfação de vossa merce ade receber de João da Costa de Britto 100S dos Sitiflis que me comprou que fica comigo de os entregar a vossa ll1ercc enchegando de que lhe farei fazer escl;to que vira ainda com esta se eu puder valer se ha mais vossa mcrce dos particulares do governador do Porto SanIta li quem escrevo cmtregem o dinheiro que tiverem para seu filho que já me nvizarão tinhão vossa merce ser porque eu cu lhe vou dando e asistindo como meu, e agora com muito mais despeza porque esta prezo no limoeiro na caza do segredo carregado de ferros e muito ariscado a cortmem lhe a cabeça cm breves dias porque lhe fazem sumario da culpa em que dizem esta compreendido de morte de Pero Furtado por ser com U11lm defeza na metude da ora do dia como vossa mcrce la ouvira; porem eu ando trabalhando neste negocio de noite e de dia para ver se o poeo livrar desta penna e a seu pai que hc por quem a sinto mais que elle pias suas doidisses mercsia maiores castigos Deos o livre que não fas pequeno milagre vossa merce peça quc lhe delll dinheiro que puderem I/[!!lv"] que todo lhe ade ser neseçario.

Espero q1J(~ o govcrnador tenha feito cobrar a divida de ChTistovão Monis e que venha na primeira ocazião em letra para ~lllisfl\l.;ào deste homem a quem estou obri­gado.

Thenho falado varias vezes a S. A. que Ocos goarde sobre a imbarcasão e estes dias o tenho apertado muito porem respondeu o que vossa merce vera sanado gover­nador com que nem as minhas diligencias nem as de Francisco Barreto, e de D. Diogo da Silva me paresse valerão sem embargo de que cu ainda 0d0 fazer toda a dili­gencia p(lCivel porquantos caminhos puder excugitar, e quando de todo em todo nilo haja ordem ate meado de julho fico advertido para fazer na fonna da ordem de vossa Illen::c c segllIcsc que eide fazer neste particular todas as deligencias que fes em maior comvcnicncia sua e o navio ira na entrada de agosto que he o tempo que vossa men:e apontame fazer diligencia para que vem carregado de sal se antes deste tempo não tiver ütro avizo de vossa meree e se vossa meree tiver por onde o faza não deixe de uar ca ordem algum eomrespondentc ~CLl para que aseite com algum dillheiro adi­antado porque entendo não acharemos algum que ueixe de crer que lhe ascitão com parte do afretamento para seu aviamento e bem creio que vossa merce não ade perder neste negocio muito nem lhe ade sair COlll a jornada queira Deas seja a salvamento a tomar que isto fora ja muita despeza por ver a vossa merce descunçado nesta sua terra por hora não l1e mais do que avizei fico a ordem de vossa merce Dca.'; goal'de como dezcjo.I/[112]

Carta para Diogo de Bitancor de Perestrelo 2 de Abril 1680

Muntos tempos ha que não tinha carta de vossa senhoria c tomam agora ter otro~ tantos de falta de ocazião que não dar a vossa senhoria as nova~ que lhe dou de seu filho porem visto ,wer esta o nua quero deixar a VO&Sa senhoria sem ellteira noticia do qlle tem sllsedido depois das ultimas cm-tas que lhe tenho escrito.

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o senhor Viturillno me tinhu l1luitos desgostos por dar em estudar pouco, e indu agora soube que VOSSlI senhoria tiver a Hculpa em Ilw cOll1onicar delta seno pença. menta seu que dandoo pur efeito se por a andar cm cavalharia~ e jornadas compran_ do cavallos gastando o que não til1hu, e c~crcvcvndo me cartas muito fora do que lhe mel'et;SC o meu amO!' que lhe eu tenho e seguro lhe li vossa senhoria que não deve pouco a minhn pacicncia porque a hum filholl1eu não soü"em, e como as osiozidades sâo mais dos vicios as Sl1U~ o troxeri'io a verse hoje prezo no Limoeiro na caza do &c.

gredo pür lhe emputarcm a morte de Pedro Furtado de Mendoll5a que foi feita de asuada e cazo pençado na metnde da ora do din de hUJ1111 jendla Cl)111 huma cnrvina aonde o matarão como II IlllJll cão ~em comfiçào e o pior he que dizem esta o cazo provado porque dizem foi compllllheiro de hum filho de Christovão de Almada gov" ernador que e5tn hoje em Mnzllgfill que coizn dn SlIU honrrn li obrignrão a este exceço com mais mmidade que rezão de que [) príncipe e os mellistros estno tão escat\. delizados pio desprezo que sc fes a .ill~tiça que tcmo que nos suceda alguma desgra­cia poi~ mandou hum decreto de que vai l\ copin emcll1za que VO~S<l senhoria logo rompera porque se me dClI em segredo e com elle emtedetllo~ ~e lhe fas a CHII7",

sumaria o que não dão muito trabalho Ilr 112v"J sem cmbargo de que eu trabalho isto com todo o empellho e eom o mesmo elltão lodos os mellS amigos e parentes e pasma ter so hoas esperanças os hons juizes llollleados que para todUH achei bO[1 que darcolll que cuido emterterei este negocio que I1C o que nos importa meter tempo em meio para [) que iIe neseçario que vossa senhol'Ín me mande na primeira ocllzilio com todo o cuidado certidão da idade de que não comlc que tem lll<li~ de dcsaceis annos porque com csta pouca de meno~ idl1de he so 11 caminho que tenho para () livrar da pellll<l e eu tenho ja espnlhndo por toda li terra que clle tem a idade que digo c o tenho oito a()~ scos juizes e a S, A. a qucm pcdi liccnça pura andar no SCtl livramento dandolhc a~ n:zois que tinha para isto e suposto (1 ueh0i duro não me pode ncgar e advirto qlle esta scrtidão venha plns vins qW.'l ~c l1cl1nrel11 c pum II aver Llze VOS~\ senhoria C0l110 seu poder e como se,! juizo de t(.)d'l~ a~ trm;<Is qw,; pmlcr porqm: <I:iÍm lhe comvel11 clle na primeira comfição que se lhe fes comfeçotl paçava de 20 lInlltlS porem 110 111,lis andou eom valor e acordo e logo o !'is advertir com bom Ctl~tL) meu do que avia ~c '~sponder a segundas polz lhe comprl pessoa que pudessc la entrrlr e de~cuns~c vo~sa ~llhoria entendendo que lhe não ade tlm:!r cu tlllta n sua pessoa porque se ade Ob111f .Ido qLJanto poça aver pio livrar c e()m~olusse que quando seja muitu im para huma

comquista aonde por este meio podem vir a ser hum grande homcm nsim () c~Jl~ro em Oeos.

O modo com que o prellderi'io e as 1l1llÍS sircunslllneias deste ellZO as não poço dizer por papel o govcrnador quoC vai por essa 1/[ I 13] ilha e II que vai para Angolln com seu fillJO quc foi seu camurnd,1 dirão ludo o que ouve c como eu mandei logo hum proprio as vimte a buscar ron.:atorio para advocar OH lIutos ao HClI cOl11scrvudor da universidllde que entendelllllH llão llproveitlln1lllllS embaraçara muito que hc [) que quero por hora"

Sll tio Pllulo Freire me ajuda como pode ainda que: eu cuido lhe ll1en::sia el\e bem pouco lambem l1C Ile~(;!cmio lilzer vossa ~cnhorin se !lu: remeta algum cabedal que II ea tinha esta ga~to eOl11o vinl na conta e cu tão CXULlHto de cabedais pios muitos gns· tos que ris neste meu I"ecebimento de que jú dei conta li VllSHa senhoria que lhe afir·

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mo tim do qlli: me he muito n.:s.:sariu para lhe acudir purqlll: SI! muito se não obl"u nada n..:sta lerra nelll cm ~:cl1ldhanlcs Ill:gcx:ius c bem ~;ento 1[llar a vussa senhoria nlslo pmcm rlZlu pmk dl'ixnr \1<:k;; l'hepando a eslCs termos c sc~a he Illas alglll11<J COla cm que ~lrV~1 li \'USSl! senhoria me tem muito as SllilS urd~ns a ljllClll ]);;ns gU~lr(k. JUllqueria 19 de \1<11\,(1 16BO 1 U\''']

Para Diogo Fernandez Branco a 1 de Abril 1680

A de \'ussu 111..:n::c (I<; 14 de dezembro com ~lcn::sentmllel1l() Jl' 4 de Janeiro vinda n'l ~;et!a que despachou ln par;] Cadiz recehi. e ~inlo muito qm: vossa me!'..::e me ditm neJla passa indisposto porque lil.: dl'z.:jo muita ~aude e muito deseanço queira De:)s d<trlh<: a vussa Il1cn:e livrandoo d" todos os Illales C0l110 llececilll n ~U~I ea7<l.

Seu irm,lo de vossa muce estou muito eoneentc de o vcr .iii aqlli e espero qu<: VUSS~l l11erce tcnh" u gosto de o ver em lug(lrc~ maiorcs e muito comfornw ao Si,:lI mercsimenlll.

t. 0111 as Llividus se dil~llt'i(lll1uito lLlgn os dc'vedurcs que le1l1l'OllVertir!n o dinheiro que de\'<:1l1 C111 sangue uzào dllvida~ pUni nãu pagarem como il.'s Luis Romull Sinel eu nào tornei II falar nesta maleriu a Jo:'io Furtado porque dispois quc entre nu l'OI1-trato de meu e~lZall1enlo de que ja dci ('ontu a vossa mercc c no galanteio do pahll'io c depois no aparelho c ohrus das [ninhas cnzns seglll"o n VO,';Slllllcn:e qlle nào tive cra de meu porcm cspcro ainda l~lLer algumas diligencias com Joiio Furtado n ver se o poso convenccr. c l'lIegar ao que he l'eúio lJucllldu não mIo queil11 darei n seu irlll~ü de erdeiro ~IS mas contns e algumas canas que tenho da l'lIvilhã em que confeça n divida pam ver se II pode obrigai' por justiça tlll11bCl11 lhe darei esta ultima conta quc dlc dcu que me pare~:se desne~e~'ario manda lia vossa Il1c]'(;e foi a re71\O porque a nãll 11l11t1(loll A.monio dc Oliveira quando escre"CIl1!1S pela banqlla.

l\esla OlCtlZí.'iú VlllO governador Jo~o da Custa dc [janelo a quem pm veLes lenho encolll<:ndado li peçoa de VOS";l merce ICSpcro de eHe que flH;a diso a estimação que vossa 111I.:rce nK'J'esc,

Un earn:~gnçül\ de Gine ni\o ha noticias alg1l1l1~S na frola qlle <:u Illl'Spcru alguma coiz:I q\leinl Deus venha /,'11141 a salvamento que II desejo lunto por VOSSlllllerce COI11O por mim qlle como ncsecito lambem de todo () sncorro pIos muitos ga~l()s que foi lambem IlC,:la ncaziuo c tk lllGlI I'eeebimento que Foi Domingo gordo,

O gnvernador de Angolla tnmbçJll vai ,ia lhe mio mandu entregar ns pipas de vinho de ([II': fis avim a vossa merce porque 10lH..:i com dk olm a~ord(l,

() navio ingl't:s núo \,çio eu ni\o sei ca li rez;ln sn sei quanto (1 sC'nti por ml1r da minha madeira que vinha emharcnda nelle e por II mns da plantH dns batatas que a dez".!o muito,

Agradeço li vossa meree muilO os mimos lJue me 1ll:lndUVll ndk c (l cuidado qUt~ tem de me: fazei' muilo,

De Cabo Venk nu; nwndou o governadm' hum r(!cibo de hUlll FUlIlciseo Pereira procurador de vossa lllcm: daqudla ilha de 22S052 que era a mc\aue do pmscdido da q\lartola de auglllmlcnle vai fi conta do asucre qlle mandOlI Joilo Fernandez Vieira

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por ondt! vossa mercc vera fi parte que lhe cabe que se entregou a Antonio Raiz Marques por ora não ha mais de que avizar Deos goarde a vossa mcrce Junqueira 2 de Abril 1680 1/[114vO]

Carta para Aires de Soiza em 2 de Abril 1680

Amigo e senhor meu cm huns navios que daqui partirão a dias atras vos escrevi mui breve por andar tão ocupado com coizas pertcnsentcs ao mcu recebimento que apennas vos pude fazer aquel1a~ 4 regras agora qlle j á tenho acabado con este nego­cio vos peço mui particular novas vn~as e folgarei muito sejão como sempre as deze­jo porque só E1siln estareis livre de touas a~ queixas que vos molestarão nesse pais.

No que toca aos meos particulmcR que vos lenho escrito se me não oferessa Ilada de novo, e espero que me façais o que vos mcreso c que nesta frota que Vell1l11C venha a de1l1h:ia do mulato advirtindo que do que me avizastes me l11!lndastes o anilo paca~ do me não foi entregue mais que 20 pnmchas ou mas quc me entregou o Gedes e como não venha conhesimento de <lIguem nem ellas lrazião mas oje desdeu me as que lhe paresell prares e outro que deli em Penixe suposto que salvo todas as que troxe me respondeu quando lhas mandei pedir que lhe mostrase o eonhesil11cnto e como eu (1 não tinha ficou tudo no ar asim que he neseeado mandar mas e o modo de poder obrigar a estes homcs a me darem o que se lhe entregou as varas e me entre­gou o guedes 30 muito mas chegandome servisos mas dava das SLHIS porque as min~ has quinhentas em no 110m as deitou ao mar com o tempo sube desta parte da ver~ dade e João da Silva me entrejou as 30 que trazia pIo seu conhesimenlo de tudo o que recebi agora vos peço me remelais a demazia como digo em 2 fexos de asucar que tragam ate 20 arrobas pouco mais ou menos c o mai~ em covoeiras e varas na forma que vos tenho dito nas atrazadns ou na que fi vos vos pareser sera milhor II[llSJ.

Na f:01Zenda de Guine espero em Deos estcjllis já cntrege e que na ocaziiio desta frota me remetais alguma coiza para ajuda dos Jl1uito~ gastos que foi nesta ocazião vede se ha alguma coiza em que vos sirva que para Ílldo me tereis muito as vosas ordens Ocos goarde. Junqueira 2 de Abril 1680 11[115voJ

Carta para o capitão João Ribefro escrita em 23 de Maio de 680

Hontem sOllbe partia este nilvio para essa ilha e no mesmo instante fui a caza de Jaques Godofrey <l buscar este cappitam para ver se podia ajustar com elle o freta­mento que vossa merce me tem emcolllendado, pon!1TI como são franceses, sempre vendem as suas couzas mais, e não quis dois mil cruzados, que lhe cheguei EI prol11e­ller dentro no navio, honde fui hoje e por não exceder li ordem, e clle hir a essa ilha em direitura lhe não quis dar mais, supposto que cntendo que he () melhor ques e podia achar, para o intento, por bem concertado, de armais, c o mais neçesario p1ll1l a defença de qualquer ineolltro desa lei e asim aconselho li vossa lllerce que por mais

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um ou lluzcn(os mil reis não deix ... d ... vir ncllc c creio qu~ vi ndo o governador aos pIIs<úciros Cjue alli cndcndo qllC c~ t l\!n plll'l\ vir não penJcn\ l1luito vi~to el1e hir com tem,:iío de rllzcr viagem as TC1'ecil1ls que virú no proprioa ]llWlll que v()~sa merce que­ria para achar Jtou"ga de c:t~el1 do muis qlle ti Monlcin,l MoI' !11<1ndu ordem para que Se lhe carregue 11 sua I1mddm, e com n minha viru baslUl1tcllll.:nte aborrctndo c como a ludo isto vossa me!'Cc lhe 11llde pOf ,I preço [loderÍl suh ir muit,l conveniente o desta \'iagem, e eu já não tmfO de ()turo, sem novo fl vizo de vossa mcrcc porem para qne es.te cllppilam não ponha o bnms\) na garg:mla ti vns:>u mCl\:C Ihc tenho dito que btllna vc~ que não quis ajllstar c(lmig(l, que fico paro fretar oUlro n vossa mercc niio dando sua A, fi rragala de guerm ;dhe sctcmbro como hc dito comigo, pura com isto o enfio ar mai!> na cxorbitancin 1.10 prc!>Síl. c hislO espalhara v()S.~' nlcrcc pcllu terra e (l dirá IlSilll ao governador c C\lIllO C:-Ita n~o serve de mais pella brevidade com qlle parle, me nuo ulargo, c me remClto il qlle tenho a vossa metee e,~crito, c fico C0111 muito nlvorllço pura ver ii vos~a mel'cc mui lo sedo nesta CUZl1 , c se f::ntl'ctanto se oOereçer alguma COULa de seu serviç,), lIqui me tem vossa merc\) muito as suas ordens a quem deos gonrdt.: //[! j (, J

Carta para o governador do POrlo Santo de 23 de Maio de 680

Por esta gvocmador lJ lle f(, j duqui escrevi !argumente u vossa senhoria, ;t.~im paru sabei' de sua saudc, com,) .llIll dll lhc nolicias das CllU"~lS de ~u filho , c porque agora pUftc este navio (inda '1111.' cnJll hl'cvidadl:: depois de chega!' n minha lIoticia) nâo quero deixar de dar noticia n VOSSB ~cnhmiu de como e!lu csln J1(,) ll1eSll1(l e~!udo, sem se dm bum passo no SCl\ liVrlUl1cn\,) porquanto (,) corregedm d(J crimc da corte seu j'liz rei· tatol' cs\ú ~uspemo por hum,\ prizllm que tos cm hum criado do NlIIlcio, c de Olltro a quem passou, hc meu lImigo c detem elite negocio, c bem ncccs'lrio foi isto porque c!'tc cU Yl.llhcim cslil \lc 1'1,11'1\:, que cada d ia da nova causa aos meus desgostos, c seus riscos, e foi li proxima. que :dntindo o fovor que lhe fazi .. o cureereiro por mcu respeito, lhe pedio litX:l1çn pa11l se hi .. quint."l feiro de CJtdocnç.lS( .. .'!)c foi com tnl c.Ieszuzo que andou correndo igrejas e falando com todu li (lcs!>oa eOllhecida de sorte que o esehUlldalo fui nos ollvidtlS de S, A, por queixa de varia$ 11CStlll5 de que nasceo mu.ndar huma ordem se rccolhccelll quantos prc:r.os lIviu eom muito aperto, c(Jm que não só fcs l11u1 n lodos, sl!não muito ao Netl negocio e ll~O ndm ilte concdho algum que culhc de pello qllul me \te l'orçozn pedir li vossa senhoria que na ocuzião da vinda do governador Alexandre de Moiru !lI(: mundç ordcm 11 pc~SOil que lhe hade ussistir, que cu me não <lll'CVO a Il1nis que usistindtllhc ao tocantll no seu HVrllmento que he O lnuis que pnssn fazer por servir ti vos...'>ll senhorin c SI: outro C()U:1.l1 ouver em <1llC o pos.~n faze r parn ludo me te ll1 t<iCnlpre certo as suas ordens cleJ/[l16v"].

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Diogo Fernandes Branco de 23 de Maio 1680

Senhor meu recebi a ele vossa merce ele 14 de dezembro passado e depois pOl'

eadis otra copia da dita com acresentamento de 17 de Janeiro e de todas faço sem­pre aquella estimasão que devo li merce que vos~a merce sempre me fes e lhe respon­do agam con toda fi brevedade pIo pedir asim a com que parte este navio depois de eu saber a sua segtlllda.

A segunda que digo recebi re~pondi en companhia do gvoernador e pürque enten­do não avcra dtlvida ter se chegado não repito o que dizia 11 vossa mercc e só respon­do ao acresentamento.

O ingres como estava carregado (. .. 1) sempre resiei o su~~ellO que teve como coiza sua sinto que vossa merce livese o trabalho que me dis, e de novo lhe agradesso a boa vontade com que me faz favor.

A planta de batatas so lle o que sinto porem espero qLle nesta ocazião venha muito bem encomendada ao capitam João Ribeiro que creio vira ne~tc navio e o capitam dcllc que já me conhese e he muito bom homem.

Vi a carta do governador de S. TholllC e estimo muito as novas que nos da espero cm Deos que algum dia nos ade favorescr a útrtuna eUl1ão me duvidarei ele escrever avendo ocaziào juntamente o farei a bC!ja vossa merce lambem o deve fazer para que lhe remetam a sua parte COlllO melhor lhe parcser que eu ílogarei que V08~a mcrce S~ embolse com brevidade do que lhe dera e por hora não posso ser mais largo. DCllS

goarde a vossa meree, Se ouver já alguma pera da nova faça me favor de me remeler huma dllzia de

caboz são os que me bastão e algum peseginho de conserva para ca se secar digo cu teer milhor e digo 8 reais o como se seca e tomara a reseita de como se fas e a da batatada e dos olho~ de sidra!![117] digame vossa ll1erce a Antonio Correa me mande as sementes que lhe tenho encomendado e algum caxão de vinho figos os mais que puder e de (.,?) alguJll e diga me vossa merce CQl1lclidu com este governador e a tem e aos amigos que mais queixas que não lhe escrevi me desculpe que não pnde!![117v"]

Carta para João Antunes o Boga em 12 Novembro 1680

Eu já est8va com cuidado de não ver novas vasas quando me chegou esta vosn escrito me livrou delle.

Espero que tinhais deitado o lagar e pelo que ca houve entendo que o de fromi­gais sera ja augoa tambem por não perdermos essa meia maquia que este antl{) não se pode perder nad8 porque nem sabeis o estado em que estou com as perdas que tive, c asim vos ordeno que façais esperar tudo quanto puder ser os donos dazci te na fite HC Ocos da 3uga, e so quando llão possa ser menos farei o que tendes ordenado.

O :uudantamento dos celrigos esta bem feito espero pella pitissão dos moradorc~, e sertidões dos escl'ivais que ahi ouver e dos vigairos em como este lagar he llluito necessario a comenda que os dois não podem dm vazão azeitona dos olivais que se

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tem posto de novo c que fica de hum anllO para ü outro 110 desa feira com qlle os donos tem muita perda, e asim maiR me he muito llccessario otra servid30 que justi­fique e mesmo aquelle soma em que meu irl1130 Antonio Francisco comesou o lagar a comprarão os frades pam com isso cHtrovarem a fabrica deste negocio isto logo com João Antunes e comerá que o mais de prelt<l que puder ser a por parte segura remeti //[Il!l] vfio 6 moias de sevac1a porquanto não fica mai" ainda eile a tiro da boca das minhas bestas por mil desses homens se um pudes!;: mandanne algum dinheiro ou ouver quem a queira alguma eom a sentença na mão muito folgarei porque estou eu grande necessidade qllUndo não ficara para pagarem pm o novo e lhe aveis de fazer fazerlhe eNcritos llmito seguros aos quem fi dcses e se achares que não tem por onde pagar algum he necessnrio que de fiador por mais ~egurallSsa, e a direito que hoje levando a 200 flCjt\i e que tomarão e~tes muito que não faltaria quem me desse mais daqllj a hUllS poucos de dias de plarovm isto por aver de vezes como Hvcis de dar porque fiudo pn]'esia rezão otro preço vão lambem 2 quartos e lnmm pipa para vir vinho que remetereis o l1lHO~ depreça que puder ser ser dizendo a Manud da Costa que o ade vir aqui deuter na praia que asim o digo ao seu arais do barco c se ouver algumas l:apnndunts folgarei que mas mandes hwn eorliço dellas bem empalhado e rapinaldos que outra fruta nào quero se ouver tambem nozes baratas quero hum par de alqlleires Deos vos goardc //[1 18v"]

Carta para Manuel da Costa Paçoa em 18 Dezembro 1680

Recebi a de vos~a mereç de 10 de Julho e suposto que me dis passa com achaques a estimei muito c fblgarei t:stCjll vossa 1llcree.iá livre de todas as lllolestias porque o vejo aqui muito sedo se ncazo vossa mcrce c V!.l par das mãos desse bispo que he a mais cruel gerra que podia ler eOl11o cu csprimentei com otro tal antesessor lkste na ilha da Madeirn e.~pcr(J do bom modo de vossa meL'ce e da slta lJltrde:nda tenha tatU

hoa vitoria como ell tive pois o cntentei dentro em 6 mezes depois de me escumullgar. Sinto muito que 11 negra 1110rrese porque hera muito necessarill que com o nosso

eSlado que tomei de que ja dei conta fi vossa mcrce ~empre são necessmias estas peças, e minha mo lhel' estava com bom apetite espcramlo estotra que vossa mercc dis lambem dcvialevnr o mesmo caminho que suposto que vossa mel'ee dis e remete o mestre dis 11111 nilo cntregarilo c asim o mostra o eonhesimcnto porque não falle mais que nos tres negros que chegarão em tal estado de fome e sede que depois de os ver mais de dois mcses em caza comendo sllstansias me morrerão os 2 maiores eom que estas minhas encomendas cl tudo farão desgraçadas.

A conta que vossa l11crce di~ tambem remete não veio devia de ficar la por des­cuido com que não sei o que de avizar ao eonego Antonio Valente de Sampaio se para la ouver alguma cmbarsào vossa meree lhe remetem hUl1m via e a outra a min quan­do 1/[ I 19] poder, c se a negra esta cm iso tambem folgarei muito venha que avendo tempo sera boa e vt:ja vossa merce se desta pOl'testa em que eu poça servir que para ludo me tera mui pronto. Deos goarde. Junqueira 18 de Dezembro 1680 11[1l9v~]

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escrito da quita que se deu ao rendeiro das alencases e alcadarla mar de Solre

Por este por mim feito e asinado digo eu Jolio de Saldanha qlle cu quito Manuel de Alvcllos Ribeiro meu rendeiro da comenda das alcncases e alcadaria moI' dc Soire sento e sincoentll mil reis por aver respeito fi perda que tive () anilo pll~ado de 6ílO da dita comenda e pera verdade lhe dou csta hoje na 111inl1a quinla da JUllCjueil·a ClU 19 de fevereiro de 1681

Não se lhe quitou mais de 50$ mil reis suposto se lhe deu este escritu i/r 120]

Para o vlgarlo de S. Martinho de Lagares em 20 de Fevreiro 1681

Senhor meu muito tempo ha que não tenho carta dc vossa merce mas como !lei pasa com saude asim por alguns homens, que aqui trazem gado dessaH partes, a lluem scnpre o pergunto, como pcllo padre Amtonio de Motte he lllenOH a penna que [enho des~a falta; vossa mercc mande muito particulares tomando esse trabalho por Conta de alguma penitenci<1 da coresma sc a ocupassão dcJla lhe ueo logar.

Da carta que vossa meree escreveu ao dito Mota que veio pello portador desta soube como vossa meree satisfes os boi.'l logo plD lhe bejo as mãos c tambem pias lillgOHS que erão tão cxcellentes que erão neçessarias ter eu otraH tantas para as saber eneareser.

Digame vossa merec se lhe chegou huma carta em que lhe dizia n tempo ntl""il~

sobre o llrendamento da comenda que quem mais desse era mais amigo, e o que (em feito neste particular porque suposto que lhe eu falava em alguns que aqui me man­darão falar se entendia so para que vossa meree tiveHse entendido a gente que a que­ria, e não para que vossa mCI-ce a deixe de a dll1' da sUa milo, a quem vossü rllCrCe lhe parecer milhar e mais seguro nos pagmnentos porque bl: sl:rln que este sempre s(:m o que mais me eonvcnha c !lsim n1l0 tenho que dizer fi vossa I1lcrce mais neste par­ticular que o meterlhc todo o jogo na mào que vossa I1lcrcc o guvernara como lhe parcser//[120] e so a direito que quero doze arobas de prl:zunto de pitlll1ssns que não gastarei menos cm minha eaza e que destes ande vir sei~ pnra ii Pascoa c seis para o S. João e IOU Viuas de estopa e 5 ali 7 o de palo de linho a metade mais fino que >e achar e outra alllitade ate preço de 160,24 gwm!anapos ordinlll"Ío8 c()m 2 toalhas Í1111às de 3 varas ao menos de compridas e vam e meia de largo l: no corcgimellto dar por tudo e por 2 bois cada al11lO vindos pi!! pascoa ficando livres os 400$ mil reis pma gajurelles sem tudo grande como vossa meree for o que ellstlltTla e eu aseitHrei ludo n que vossa merce fizer como custll!nu.

Pella copia junta vera vossa 11lerce como lhe tenho jú escrito con toda <L miudeza e clareza que vossa 111trCe me pede nesta sua de IS de Fevreiro que me chegou agora neste correio [laeado a 21 de Março que cu esti mci pellas boas novas que vossa merce me de de sua melhoria que quizera llão padecer achaque llenlmll1 c tal11be111 queira ou bornara ~llber como ~c detem tanto ou perdem cstas cartas que tem mais pl:rigo que

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as q\l~ vão a Indiu c asim me tinha resoluto li dexal1as registudas c a mandar 2 ou 3 vias como agora faço neste particular da comellda me parese não tenho l1lai~ que dizer a vossa men;e e só qlle me mande uvizo do quc tem obrado e tendo at-endado como cuido lhe peço me faça vir logo os pnpcis junto~ que digo a restante desta vai a 1'.126//[121]

Carta para 8ernardim Gonçalves de Moura em 22 de Fevereiro de 1681

Senhor meu ate gora não eserevi fl vossa llleree sobre o arendamento da minha comenda da savacheira porque ficarei primeiro esperar por hum criado meu que la tinha arecandiJt1do alguns clInalms de azeite que la ouve agora que he chegado a noti­~ia quc eu esperava avim a vossa mcl'CC que IXlcle escrever a seu pai que lhe (liga o ultimo preço porque quer tomul' U comellda para que VOSsa l11cree aj liste comigo dan­dome mais do que aqui já He me oferesse que são 350$ cm dinheiro e dllHS pipas de ilzeite postas 'lqui ttll"<.l as pitunças de thlta c galinhas; porem eu niio quiz dl::ferir a isto que he o mesmo porque clIa dava a Jo50Antl1l1e~ de M[lttos porque a dita comen­da ercseu e sera mais arendado vinho passante de duas pipas, e ao diante sera mais purquem já os moradores ddlc a pagarem ela finta ursurpado este disimo usim que com o <lvizo que vossa mercc de la tiver ajustaremm; e se 1S0 nào tmlmei ele outra cotiza, e adese advertir quc vossa i11erce ade dur o dinheiro que queria dar ao :Vleirelles mlientudo de dois HllnO~ arendando por sci~ c ~e acazo venser a demanda que trago pura fazer o lagar tambemll[12Iv"] se ade asistir com dinlH~iro por elle c então Sl.' poclerú dar menos ao Meirelles e depoiz de feita a aeresentnra a renda aque­Ue rendimento que se entenda qtle elle poder,l ter úilo he o que por meudo vossa merl.'e pode avizar m:sle l.'orrdo e a mim se ha alguma l:Ouza em que o sirva para que mdo me tem muito mais pronto as suas onlçns.

Deos goarde a VllSSll merce . ./unqueira 22 de f .... :verciro 1681 11[122]

Carta para Antonio Luis da Rocha sineiro sobre arrematasão das fazendas da ilha Terceira em 22 de Fevereiro 1681

Meu amigo Martim de azevedo Coutinho e Bernardo Cordeiro de Espinoza nu: escreve S;lO os tempos atraz da ilha Terceira sobre hUl11as rendas que aqui querem lomar e me dizem que vossa meree ade ser o que.as ade aremalal' e ser fiador dellas ~ mandando cu dizer isto a vossa meree pello eapllitall1 Francisco Borges Leal hon­tem me di,g.'le que vossa meree duvidnva em querer fazer c~ta amizade e estes homens e como o tempo he chegado pois se ande arematar terça feira as dittas rendas he nessecllrio que vossa merCl! me avize logo (I que eu tlevo obrur neste particular porque ade ser com forme a seu intento de vossa merce e para tambcrn poder avizar na primeira ocazião.

A ilba espero pela rej1(lsta. Deos gourcle a vossa merce. Junqueira 22 de Fevreiru 1(j81// [122v" em branco] II [123]

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Carta para D. ROdrigo da Costa de 23 de Março de 681

Depois de vossa merce tcr cscripto homem faley com D. Duarte c como soube deUe, que totalmente S. A. não tinha negado a licença, a só não deferido ao requeri­mento, nos pareceo, que se lhe tornassc a ül\ar, c duvidando o Maltes em ü fazer por dizer senão atrevia a falar mais neste particular, com que me eu rezolvi a ser a qUem fallase e o fis, Dizendo: que Da Anna de Almeida me mandava sabera reposta l1(l

tocante a licença, que tinha pedido para sel! sobrinho clle me respondeo que como Duarte lhe nào {abra mais que huma ves elJtelldeo que era muchcharia porem que lhe diçesse eu que queixa era a que vos tinheis sua para pedirdes dessa licença:

Eu lhe dice que as rezoins que eu sabia só crEio o~ muitos gastos que vos la tinheis e a queix8 de vos não fazerem geral das gualioins; ao que respondeo que essa queix8 de gcral das gmllioins não erajnsta pois \'0:-; sabieis quando fosteis de quá, e que se se fes Antonio de Mello qlle eu alleguei por exemplo, a fes Luis de Mendonça sem ordem como outras muitas cotIzas se fazem em negar a confirmação, pel"guntandome logo se conwindo muito ao seu serviço ficareis vos lá mab algum tempo. Se o falieis ao que respondi que pdlu qlle vos me dizeis, e porque eu entendia de vos qualquer conveniencia do seu serviço; não só ficarieis lá, mas vos deitaríeis no mar mas que era rezão S. A. conhecesse essa vossa vontade dnndonos os ( ... ?) para a poderes por em execuçõo, u isto dice que elle devia a Fr8IlCisco de Tuvira, a quem eomvinha aos vossos particulares asim para a 1iccn~a quando fosse tempo, como por o mais 11[123v"J porque por falta de minha diligencia não se perca alguma nossn convenien­eia. Vou logo buscar Francisco de Tavora para que elle saiba de S. A. 11 SlJa tençãD neste particular ç só do que rezultur, puder saber indu alguma cotiza de que avizar, o ülrei e não obrei mai~ nem de outra sorte nesta ll1ateria, porque não tenho ordem vossa nem sei o qUi; vos estú lá milhar.

He nece~Hrio que vossa merce me avizeis mui particularmente de tudo o que qui­zeros que eu vos sirva, asim nesta matcria como nas mais que forem de vosso serviço; advertindo que vos heidc servir milhor com mais vontade que todos, e avds de C011-

hecer, que no vos~o irmão me hade levar venlajel11, em solicitar os V05S0S nego" cios.//[J24 e 124v" em branco] II [125J

a carta que esta a [ 8(-; Por e~ta copia vem vossa merce que me não venha descuidado de o avizar do que

avia de fazer de~ta fazenda que lhe remeteu Bernurdim [-'reire, a quem tinha manda­do elle ordem, que eUe dco tão prontamentc a execusào como vossa mercc me di, nesta 8Uft de IOde Dezembro que eu recebi. com grande gosto de saber vossa merce pasa C0111 saudc alem desta nova que me da que ja dava esta tazenda por perdid~; agOl"a so se me ofen;:sa primeira que tudo agradeser a vossa merce o cuidado, e pedir­lhe que parte desa fazenda que me toco tllcame merce remeter logo o procedido della em letra como aponta, e .'lO o ouro se ainda c~t,1 em seu peço me mande os dois mar· CDS e meio como me loca asim como veio; entreges a peçoa que vossa merce enten­der dara milhar conta e no que toca aos dois moleques m<lndeme vossa merce o mais

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bem f~i[a, ~ o outro veja se mc pode trocar por hU11lH ncgl'inha bem fecta athe 12 arlllOS e se custar mais alguma eouzn do que emportflf a venda do moleque ponha vossa merce e da parte de Diogo Fernnndez fara vossa merce e no ql1C toca aos cabos e vella~ s(!do fara vossa merce no mai~ que derem para remeter na mesma forma e se Jestas partes oLIver cm que sirva a vo~sa merce o farei com grande vontade Ocos goarcle a vos~a meree. Junqueira 22 de Março 1681

A carta de que l~lÇo ll1ellHão asima foi feita por vossa meree e padre Jozeph Mendes de Bairroz bem podcl'a ser qllQ elle tenha alguma das vias //[125v" em bran­co]

que ell mnndei vindo mais algumll tll:.-:enda de Bcrnardim Freire segira v.ossa merce isto mesmo que aqui lhe digo.

Somos em 7 de Setembro de J 681 ES([1 !w ii copia da que escrevi a vossa mercc por 2 ou 3 vias Ilil tI'ota paçada e

maruvilhome dizt:rme vossa merCQ lhe não chegou nenhuma desta, tudo vira a ser por Jesgracia minha porque csta encomenda desde l) principio uthe o cnbo sempre foi desgraçada c se V().~Sl\ merce dera noticia a meo primo Aires de Sadunll!1 de que tinha visto elle ~e entregara u trazelo !linda que não ouvera mdem minha, aguora não tcm mais remedia que pidir a vossa meree mo embarque no navio de Antonio Dios Reguo que fica pam partir para essa Buia a pmcedido dos negros em letra segura se puder­ser e qmmuo se não aehe segura scjn de risco quando não puder huma cOllza nem ol!lra seja em HS1JI.TC fino e no que vossa meree quizer porque jn se me não da de o perder COIl isto não se otercsse muis/I[126]

Carta de Anton[o Valente de Sampaio em 24 de Março de 1681 annos.

Senhor meu vai o gran Nuno e cuido bem cmfadado desta terra do ~llCl'ÇO do seu pleito de que dara nova li vos~a 111crco asim as mais da terra qlle vos~a merce dezeja; porque só el1e as sabe bem e cuido que Herilo de malleira que vossa mcree perca de todo o dezcjo de vir sabclns de mas vossa Illerce suas que esas se o forem boas serão pum 111in de grande estimação .

.Já lIvizc1 a vossa merec cm como Manuel da Costa Pesol1 me mandou de Cabo Verde treH negros dois grandes c hU11 pequeno dizendo fazião por conta de vossa merce e minha declarando vinlliio a reduzido de dUllS emcol1lendas que eu la tinha huma C0111 vossa merce outra com Diogo Fenlllndes Branco e que mandava a conta para saber eu o que tocava a VO~S,I l11eree porem niio a mando por iso não ser o que eidc entregaI" a quem vossa 111crce ordenar de 45$000 que RC fizerão do negro pequeno que mandei para o alentcjo e se não vender mal porque (:1'a muito pequeno e ml1gro, os outro.'; dois depois de o~ LeI" dois mezes em caza bem doentes gastandome mais galinhas do que elles vaJiUo com muitos boas vestidos c camas me morreriio hum e tigo c outro banzou de 11 vel" 1110rel' e não ouve remedia escapar e pedem [5$000 de frete mas eu inda os 11ão quis clur dizendo não lhe clerão de comer 110 mar

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e por iso morrerão não sei se me obrigarão diso como souber huma e outra couza farei o que vossa merce me tem ordenado neste particular e avizat·ei do que cobrar e emtrelHnto fico fiel depuzitario c muito as ordens de vossa merce para o que prestar.

Deus guarde a vossa merce. Junqueira 24 de Março de 681 //[126v"]

o principio desta carta vai a f. 120 me mande pagar pIa Pascoa Agradeço a vossa merce a pontualidade com que satisfes a Mamlel Pais de FOnte

arcada e 50 me dixa queixuzo de vossa merce que me !lis dos 15$ que res de custo o breve porque he iso tão pouca couza e deve eu tanta ohligasão a vossa merce que daria a entender o meu pouco conhesimcnto cm lhe deixar pagar a vossa I11crce esta despesa e asim não tem vossa meree que fazer neste parlicular senão pagase do primeiro dinheiro que lhe eair do que renderem os paçais daqui pm diante os dos 30$ que aereserem na comenda que se ande meter na eseritura de mais dos 400$ em di­nheiro tudo o que não for necessario para as pitanças que digo e se a vossa mcrce lhe parese meta na e~critura para maior clareza todo o rendimento da comenda e 05 pacais que eu disse a vossa merce undasem de frou mas com dedarasào que so deste dinheiro se ade dar 400$ ao meirelles e o demais ade estar a minha ordem entregall­dose a vo~sn meree para dispor delle o que eu di~er e se vossa Illcn:e achar comfusão nestas minhas declaraçois me avizc declanmdomc ata vcs por meudo tirando o pacal qUI.': [em o senhor MAnuel da mote a sua ordem ou faça {l que lhe parecer que sem­pre sera o mais asertado em ordem hUll1a dareza de tudo o que obmr para por cm memoria e de tudo o que elle rendc pello meudo porque não estou lembrados cios pllcllis que vossa meree me dise Ilndavào de fora que agora quero ;;c meta tudo na eSClita e o~ que as novas /1 [127J farão obrigasão ele pagar o rcmdeiro.

E clle acusou nos 43$ tudo o mais que derem pellos paeais e veja vossa meree se me ordena alguma couZa de Seu ServIço que se tudo me for eom pontualidade Deos goarde a vossa meree. Junqueira 29 de Março 1681 //[127v"]

Carta para o capitão Diogo Fernandes Branco feita em 3 de Setembro do anno 1681

Senhor meu os dias atras csçrcvi a vossa merce com hUt1111avio frances que daqui pat"lio pedindo lhe novas suas queira Deos lcvalo e trazelo a salvumento para QllC vossa meree mande do que passa com saude de que estas são as que eu dezejo I11ni~ não me falte vossa meree cm todas oeaziois que puder com ellas que lho mereço 111uito.

Da Baía chegou meo primo Aires de Saldanha no navio madre de Deos c Domingos Martins Pereira não matldoll nada dizcndome em hU111a carta não tinhn ainda ordem para iso se bem lhe mandei por duas ou 3 dias na frota, c porque vejo que nem naqucle se espera mandara o que la tem por esta rezão lhe escrevo agUütn 1)01" Antonio Dias Reguo que palie sedo me mande ludo o que tem meu, e de VOR~n meree porque lU! bom navio e bom cappitam nâo aehando la outra ordem de vo~~a

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merce no que toca a sua parte e tenho tenssão de segurar a minha, c se vossa merce quer que segure a SlJa pode avizar nestas embarcasois que vem d~ la que ainda que virão a tempo diso entendo que o seguro sera 3 por 100 que não hc muito;

Ao senhor Antonio de Freitas Branco escrevi JlOje para que nos vejamos antes de partir esta embarquasllO em respeito de ver se lhe convinha a vossa mel'ce tomar a~ rendas da senhora marqueza de cllstclmilllOr dandolhe aqui llUma mezada, e creio segundo o que me elle di~se nào lhc c~tava a vossa merce mal//[128] a partida se tiver peçoa ca que se obrigue a dar cstas mezadas que hc o que eHa quer depois de lho falar acerca a vossa merce mais larguamenn: do que pertende, se esta cmbar­quassão nos der lugar que inda aguara soube que dla partia athe depois de emcnhà,

De Julião de Campos veio noticia que esta metido cm hum forte que Jargual'ão os dinamarquczes na costa da Mina fazendo seu negocio e fazendoo muito mao para nos porque se entende que se o levar a por huma sem podermos tirar deli e o nos deve e não sei o que Bel1lardim freire arecadou porque não tive carta nenhuma sua porem esperasse por el1a na frota do Rio de Janeiro que la foi parar e se perdeo o navio cm que cne hia junto ao dito porto de/la escapou milagl'osamente já eu estou reçeando o que nos abrangera a nos daquella desgracia queiru Deos livramos de todos que eu me não poço livrar que quanto das semelhantes custas eu me livrarei; com não mandar mais hum real pella barra fora por hora nao se oferesse mais veja VOHsa merce o que ordena de seo serviço para que ludo me tera mui pronto

Deos goardc ti vossa merce, Junqueira 2 de Setembro 1681

Fald com o senbor Antonio de Freitas ~llstamos que fosse oua ves falar com ti

~enhora Marqueza para saber o que queria que se avizasse a vossa merce ncsta ocaz­ião fui alheia já notra volta porque llunquu he segura //[128vO] em huma asim que neste particular por hOl'1l. não podemos fazer nada; so me parese que vossa merce nos avize se ella tornar a preticar o que devemos fazer informandosse primeiro nessa terra muito pello meudo da renda a que tem, udv\':rtindo que o qlle me disse lmm cria­do sec que lhe escreve que elle queria a mil cruzados livres nesta terra e 170$ de mezada c o rcsto em 2 pagamentos natal e S, João por aqui julgará vossa merce o que nos pudíamos fazer tcndo emtendido que elle quer mercador na terra que se obrigue a isto c não espero que venha eca Iicenca la pIas trapeças e velhaqu81;as as que lhe tem feito.

A frota do Rio emtroll hontem nella veio Bel'll81'din Freire na tive mais tempo que de saber deIle como vinha no paço e so me dise que me hera I11Ltito devedor porem que nem eUe sabia ainda adequadamente asim que não puderei a vossa merce avizar do serto se não em otra embarquassão que he o navio do Reguo que apartira daqui ate 20 do mes e se elle tl'Oxer alguma couza farei o que vossa mercc me tem avizado a Domingos Martins Pereira neste mesmo navio vossa merce o fará tambem para que elle remeLa na primeira ocazião o que la tem //[J29] estando para asib'lJar esto me chegou por despachar hum auLos de hum navio olandes que por ahi veio de canarias porque ao meu cuidado faça aguara este trabalho e 10guo mandei a bordo hum cria­do buscar cartas e estimei muito achar loguo as de vossa merce para mim para o se­nhor Antonio de Freitas Branco a quem loguo remeti o maço para poder responder ainda neste,

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Agradeço a vossa merce as novas que me da suas ainda que fico sentido que a essa terra se lhe continue tanto os achaques qm:iru Oeos livralo para que vossa meree se livre tambclll desse cuidado.

Com rezilo deve vossa merce darme os parubens da vinda de meu primo Aires porque a estimei muito clle vem bem de saude e de cabedais e Antonio Martins cre· cido e muito galante.

Esta nowl de Antonio Gonçalves que me dell seo irmão de VOSSlll11erCe proveria a Ocos que fora serta porem na Baia se achu ate o prezcnte mais que o~ 5 navios de oiro e os desanovc lll!gms de que fieào algun~ com bexigas no ultimo avizo com que vos faço vossa morce prestar este negocio 2 mil cruzados pouco mais ou menos vindo entregarei li Sczar Garsia a parte de vossa merce como ordena e tudo o mais que me mandar farci com grande vontade.

Minha prima e meo filho fieão já livres de todo () achaque viva vossa 1l1ercc mil annos por esta merce que l11e fas e ::;edo espero de lhe dar nova de que vCI11l11ais hum criado ou criada nesta caza.

A Francisco de Silveira durei o recado que Vl)~~a merce mandl). Deos goardc a vossa mercc.//[129v"]

Baia: Carta para Domingos Martins Pereira feita em 12 de Novembro de 1681

A ultima que escrevi li vossamcree foi cm 7 de Setembro pacado e nclla me pasoll por alto avizalo de que tinha recebido os 2 moleques vindos no navio de Antonio Dias Reguo que aguara faço; depois diso chegava frota em que recebi otra de vossa merce do primeiro de ./ulho que estimei muito pellas boas novas que vossa merce me da de sua saude que Deos lhe conserve sempre mui perfeita.

Vejo o que me dis sobre a venda dos 4 negros e como me não dis o preço e HO me dei os gostos que se fizerão não me fui lugar de pedir !I Antonio Dias Reguo que he o portador deste com especialidade a praça Ill."!cl."!ssaria para fi cOllduss1io desse proce· dido, porem fieml comigno de trazer tudo o que vossa meree lhe der, !l5im que vossa meree me fas favor de lhe mandar entregar {1 que ficar liquido asim da minha como da que toca fi Diogo FernandcH Branco porqlll."! asillll11e aviza ter dispso[O quando llão tenha otra ordem em contrario sua, e se m:aso pril1leim que ficarão de pagar asnear o puder vossa lllerce reduzir a tabaco muita merce me fara rezervando porem hum par de fechos que tinh1i.o athe 20 arabas que me são neeessarios para caza e qmmdo não venha na f01111a que esta ajustado, ma~ sempre vossa merce dara ordem a fazer os 2 fechos bons como digno pam caza.

O acem me foi entregue pelo mestre Antonio Manuel na forma que vossa merce a mandou.

Advirto a vossa merce que se cobnu· algU111!l cotiza ell1 dinheiro 1/[130] 11101mmde empreguar em tabaco a contento do dito Antonio Dias Rcguo e se o aHllcar oiro aver neste genero lambem seja a contento do dinheiro não se aferese mais que ficar [I

ordem de vossa mcree a quem Deos goarde 12 de novembro 1681. No que toca lItlZenCta e Imlls pctrcicho~ do navio que vossa mercc tem cm Sl!O

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poder ja cuido se tem de deito de tudo para que venha empregado na forma a~ill1~j ;"'[130\''']

Carta para Antão Martins Pegas de S. Thome a provedor da fazenda 23 de janeilO 1682

Senhor meu despois que recebi huma de vossa merce de 12 de Fevereiro do anno raçado de oitenta nâo soube de mais embarcassão que partisse para essa terra senão esta em que não quero deixar de agradecer a vossa merce a merce que me fes de novas suas. e pedirlhe mas contenue que estimarei sejão de que logra perfeita ~lIde como lhe dezejo.

Por em tudo ser desgraçado nesta viagem do Pataxo se errou o caminho que deria segir hindo li ouvidoria este negocio porem ainda asim quero dever a vossa merce a vontade que mi! mmtra, e assim lhe peço me faça favor aplicar a Jacinto d~

Figueiredo a diligencia que lhe peço nesta ocazião faça e quando seja aUZi!nte tom~ mllito por Slla conta subir o estado em que fica este negocio e não o podendo por (!nI

aricadasào me avizem o que devo fazer para que tenha efeito o embolço desta divida a vossa merce me lera muito as slIas ordens. Deos goarde a vossa mercc. Lixboa 23 de Janeiro de 1682//[131]

Carta para Jacinto de Figueiredo governador da ilha de $. Thome 23 de Janeiro 1682

Senhor meu depoiz da cheguada de Bemardim Freire he esta a primeira embar­cassão que eu soube partia para essa terra, e por esta rezào nào manifestei a vossa mcrce O gosto que tive chegara com boa sallde, e a lograva quererÁ Deos seja llsim sempre como eu dezejo que não ne pequena. postura nessa terra.

Este fidalguo seu antesesor de vossa merce me disse quando veio que todos os papeis que trazia de clarezas do que tinha a seu carguo cobrar do meu navio que ahi ficou se lhe perderão no seu naufragio porem que: la deixara os mais importantes a pessoa que vossa merce deve saber que me mostrou humu memoria que vai com esta para que com mais clareza vossa merce me faça favor de os procurar e de me por em arecadasào o que la ficou de que não dou dareza a Vossa Mercê porque não tenho tempo de o avizar a Villa Vizosa aonde elle esta morador ma mande por saber deste navio a vespora de sua partida e como vossa mel'ce era o segundo nomeado na procurassão que la ficou paresse não deve faltar a fazerme esta meree pois no tempo que daqui panio me fes de aseitar esta trabalho e o maior entendo sera a exccussão na fazenda de Jullião de Campoz, e do procurador pella grande perdai/[13h"] que me derão sem rezão nenhum e o dito Bernardim Freire": me disse deixava embarguo o que pode saher que elles tinhão pella ouvidaria dessa ilha avendo outra ocacião terei la sabido com mais clareza o que eide avizar que eu buscaria portadas as vias porque vali tambem neste diligencia com o interesse de que vossa merce me de novas suas e merce em que o sirva que por tudo me achara muito as suas ordens. Deos goarde a

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"f\..l Junqueira 23 de Janeiro de I fl,s2 .. [1321

os papelz que deixou o governador Bernardim Freire são os seguintes

Item o inventario do 'lu,;; se tomou ~1O I'atnxo da ilha Item o protesto de Pero V(j~ da Crus mestr.o: dellc Item a sentença para a lequidassãn e e.xecussão Item o (reslado da escritura que trazia o pataxo Item Ug procuraçois de .folio d.;; Saldanha Diogo Fernandez Bml1co e rem Vas da

Crus ItClll a provizllu para que o gover!llldor l:Xl:cule com[()rme elle manda Itcm l) inventario ou Ireslado delle esta .;;m m80 de Christovi1o Leill: Item hum esel·ito de Antonio Pais .Yladmdo de 17 ambas dc marfim Itcm sinctlcllta e st:te livras em ser do dilo marfim ii [J32v" eln branco] i/[133]

Carla para Diogo Fermandes Branco feita em 2 de Fevereiro de 1682

Sl!llhor meo as ele vossa lllerce de 7 de oilubro c de 26 de novembro recebi com prande gll~\() de saber vossa merce paça com silude (IUt' seja sempre como lhe dczc­.iu e <lsim o mais sillto dessfl caza cu 11.::10 tàço C0111 OUTra com pouco gosto estes dias ponlllc H 26 dias tenho D. Catarina com muito doente de hum cl'e(,:mnento que !lll.!

([erào ~nbre parto e eauzados da pen!1a de lhe moreI' a filha q ue lhe nasceu dentro em Il\:S dias de que esta,'a ml1J perigoso ainda que esta milhor niio esta de todo livre,

.Ia tenho vergonhn de filIar nas Cllllzas deste putam de S. Thol1le porque cada ves nos sucede pior com dle em todos (JS rCllledios que bm;eamm: pam cobmr n nossa fazenda 8crn:,mlim Freire veio como jú escrevi li vossa mcrcc parn forma que não em bcm na primcinl ou segunda vizita tlllarlhe no negocio n 3" lhe 11dei respodeumc que nu pntaxn cm lJue Sl: perdeo perdera os papeis todos das cluuzas do que tinha obrado porem que em S. Thome deixara os trcslados como vi aquelln frieza disclhe que di~s­esc por maior o que tinha cobrado rcspondeo que o marfim qw.' cstuva em ser o r~'dUlio nu ouro que mandou e que l) tlue lll:holl do navio o entregou li Cais Velho de quem me dava os conhecimentos de que mando a vossa merce o In:llado e disell1c mais n papel que \'<1 sem dizer o nomc da pe(,:oa que recebeo estes papeis que he galant,~ n:cibo este e que elk tinha o seu fato entroxado por nüo ler uinda caza que hi;\ a villa \/iZUSH ver o irmão e que em muito ,huia a mais clarezas foi cstarnois aqui 5 ou () dias Si.:1l1 [) cu i/r 1 33v"] lembrar e levar IOdo avizo outra vez para VilIu Major c ~e lili la Cluar com hU1l1lt cunhada de seo inni'ill agora soube partia huma embm­nl~:>:ll) para s. '1'ho111e lhc escrevi a corte de que vai aos que dize1\dolhe aqui VCl'i.:I1lC qucm Ocos venha não tleixi.:i e bcm para que vai nesta que mc não chai bem este modu de ntzel· seo e devia de cobrar muito mais que gastou porque do dinheiro que estava tnt'! da ponta nüo podia ~o tirar os 19 negros que mandou a Baia vellas t: mais­cnllllxlos; Domingos Martin; e dis~e mais que a .lullião de Campoz se não achou nada

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por cmbargar {lue ainda asim ImscoLl alguma COULlI quc ln ficava c'mll:lrl!adn ludo nada e que (\ provedor hlU11<l l'oSSC eom htms ne~rí:l~ C}\!'; clle os tiram fllrtivull1etltc c quc a r(l:ta tinha rcito hUIll!l vcndo Ibtiva c fieOlI tudo euido pior qm:: ank.';, o serto he que IOdos os que "tio nquclla tcrl"[) são IHlns e lúzclll (} Il1l:SIll0 lllai~ mI mc'llOS desalomdamcnte c niiu () HV:Clll nadu por ningcl11 mais que \) scu negocio e ~1~jl11 .',e

achar peçoa qm: aqueJlus partes Clllll ljlk'lll pOSa negul'iar algul1l parlido cOllveniente dandulhe alguma p.lrte da qllC eobrar a t'idt:1111:er ql1e isto 11:11) km olru l\.'tnt'diu,

lambem vui a copia lI,l que el1CreVeOll Jacinto de r:igueiredo c Antonio t-,'lanillS Pcsoa que 11.; irmiio dc hum ldradu ,unigo meü 11:10 sei se se s,ltisfus a vnssa Illen~c da minha dilig~ncia e.lu euido que 11l~ tcru na Illl'Sl1l,l L'onta qulO eH CUlllllljlle eu wnhn a e~tes homens u cnlllfirmara henl 11:l\l ter eu dndo [) dinheiro pios 18S~ que se j't::!s nn anlll! agora sem pOl'Clll t'll IJ niio dei IX)J'que seu /./' 134] irmll( I me disse e niiu desse que <I conta era llluiru1llniur, e ljue lliinfarei nuquilln nnda qlle o Iviesse!ln minha m,\u e lhe l'lk ,lvizar li V(lSS,l IllCrt:c: ljUL' II disporia par<t outra eouztl asjllJ li fiz.; l) lerlllo em serviço t'111 miio de hum t'l'iaLlo meu c lomura pm saber <l que vnssa Illl'rce mandt pllnl loguo me tirar dest,l c~lrgn ([ltC hc muito arisn\(la prilleipalll1cllk ';lll tempo (hi~ Il:slas qu.; se espcrun aVI/c vossa ll\crec IXlr qualquer via.

i'\' Senh(lra lllarql1l~.Ia me tem llOHI li ll1alld~lr cha1l1llr c me hiluu outro "i..'S se qu('­ria vo~sa Ill.;re~ as suas rendas (Ou lhe respondi li qlh." vossa mere" me di~: qllcr il- la guv,'1"lwr e morm seja n que ror_

Ikjo as maus a vossa nwrCl: pdla pnsada c jlcziginlm que llLl11é!Ua l'a vciu L'Otl/11 milhor acomdisi(Uluda .

. A.. planta das hnl<l\"s lhe, blllnrJu nom"r. aglla -.:.Ilgmb, e não IX'gOll ca e~ta plll'llI­dores da ilha sem enuza dos de S. Thomc e gnHrnadmcs tendo leilo esta att' que clwgoLllulll1<l lmhilreassiio dessa lerra e 11:\ tres dias l"K'rcurn carta li" vossa mere.; sem po(IL'lIa desclIhrir 1l1~IS diccl":nll tllC p:lsava VOSSll nwrC\: com suude eslillm llluito sell irl11l!o es1.l leitll .iui7 das couladas l1ontt'll1 li i:l blls~m lmllldtlllK dizcr h ia :1 hlllna jOl" nadu nüo I'oss'.', o (11Ticio llL' bllm " panl elk milllOr l'a lhu lr<tllaIJWlll()S n que pUd\:lllllS Jú pod\: illiviar a V(l.~~il Il'ler\:c dos ~as(o~ que IiI/pia <':O!11 diL:. Veja VOSS<l mel'ce (1 qm: me ordena (' ~eo s.;t·viço que pura tmlo ml~ lem iir 133v"~ie'''1 êlS SlUlS (IrdCI1S. Dt'I)S g01l1"tk' a VOSSd 1l11'I'CC. Jlllll.jUcim 2 til' l-'evrL'iro de IlilQ

Na elllhllrcllssün "screvcrei llU govcrnador escreverei u que llle lIIandw' flizer por mandar II (iil1e sL'lliín f()l' ncstll. i/r 1 341

Carla para Bernardim Freire de Andrade 28 de Fevereiro de 1682

Senhor lllel) alguma ti'.' vossa Illerce t~'nh(l est:l'ito li vossa lHen:e ]ll'lIo _'OI\'lO

j1url'lll C0!l10 niio tive I·C]lllS[ll creio dc cu (IS per(lerssc as minhas eurllls ou as til' vossa me!"t'e e n~illlll1c l't:1':1l1vo a mandar csta prupriu por que se 111,' nada de perder nl1li~ e lei· par de mill'l'is :lullllc ll'llho perdido tanto; prllleipahnente quando vou a gnmgiar IIUV;IS de vossa merCê as quais lhe peço c I(llgarei scjüll de qUL' paç:1 Clllll b\la sllude.

Qmmdo VOSSl\ me\'L'e ellcgm\ me (\cs merce dizerme no p.1Çn ,\~1lltle nos vimos ~\ primeira ves que nllS era dcvednr dc muito llinheiro l~ como lll\quclJe tL'IllPO nfto sullL'

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mais e eSlava para partir ao outro dia hum naúo para ilha a\-iz~i isto a Dio!<(I Fernandez Branco que manda dispor delle para prlgaemnto de algumas obriga5f~; t as peçoas a quem se ande fazer me pertesem cuidundo tenho em mim c~te dinhcij(l vossa merec me faça favor a\-izar do que lhe a de n:spllndcr porque com a sua repos­ta o satisfarei já ao dito Diogo Fernandez Bnmco pois tenho embarcassàn pam la ~ juntamente me mande tambem a claraa do que esta cobrado e por cobrar em S Thomc porque o navio 'lu estava para partir se detem com Il tetnpo de maneira qUt

indo este comserteza o achara ainda aqui e importamc saber o que temos la para dis­por a que me paresa melhor e saber a forma cm que ede escrever a J:lcinto de Figueiredo porque vossa merec me //[134\'''] ddxou c1ar<:za nenhuma disto qa~nto;; e foi dizendo me tornava, e por esta volta com tunta presa que o nilo sobe eu e soo me deicholl hum conhesimentos de Diogo Velho e otro recibo de Olw home sem s\,-,­asinado que dis lhe ficavão hum papeis que vossa merc.:: la tinha de procllftlSOeS as sentenssa e mais cnuns que valo mesmo que nadfl para eu saber o estado em que ficou nredaeassão que vossa meree me fes favor tomar a seo cargo espero que vossa merce mo mande declarado, o que cobrou de que estava em ser e em depozito o de que ficou lá e asim mais do estado em que ficou a embarcasiío do provedor e gover­nador Julião e Campos porque ainda que vossa meree perdesse os papeis no navio em que se perdeo nào pode deixar de ter de memoria () mais sustaneial detse negocio e me faça vossa merce favor emeaminhar o que devo fazer porque não quero que por minha nigligencia se perca este negocio mais do que esta e que Diogo Fernamkl segurese de eu ser mão prm:umdor veja vossa nterce se 11a em que o sin-a que JX.'l ludo me tem muito as suas ordens.

Deos goarde a vossa merce Junqueira 28 de janeiro 1682 Peço a vossa merce me remeta este com toda fi brevidade porque os na\"[05 não

esperão mais que por tempo e me de muito recado ao senhor Gomes Soeiro i/[ 135J

Couta parl;t Diogo Fernandes Branco 18 de Março 1682

Senhor meu a detenssa destes no cudiar foi tão grande que deu tempo a tlldo a5im mandei hum proprio a Bernardim Frcire com a carta que vai a copia respondeo o que vossa mercc vera com que escrevo nesta forma a Jacinto de Figueiredo. e via dclle ser estes papeis e tomado isto a seo cargo não paresse rezão por em pratica o que aviz:lva a vossa mercc em outra nesta mesma ocazião, e so me paresse avizallo do avizo que tive de Bcrnardim Freire e por não lhe pedir arrecade aquillo c o remeta a, mesmas peçoas a que estava la ordenado que he o que me pareseo mais asertado fol­garei paressa asim ri vossa meree o reguo ~c espera aqui athe mes que vem queira Deos trazello a salvamento e que nas traga ° que la ficou na mão de Domingo; Martins Pereira que asim mandei por ordem seo irmão de vossa merce ainda me não quer livrar de tizoureiro já o busquei por vezes e o nao achei.

Fassamc vossa merçe favor mandar na primeira oeazião 6 pais de asuear //[135] muito calvo, e o seo custo dirá em que o quer deva sem serimonia e se vossa mcn:e fizer outra cOLlza me fara desconfiar e mande mais 2. coreas das maiores que la se

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acharcm que a~ nuo sabem ca fazer e se vier algLl11l!l peçoa de la que poca emsinar ca mcoS criados a carregar ndlas c a trabalhar folgurei.

Estava esperando de minh~ comenda por hOTas hullS prezuntos por mandar a vossa merce nào acabão de chegar se vierem a tempo irão Oll na primeira ocazião veja vossa merce se ha em que o posa servir que para tudo estou pronto as suas ordens

Deo.'! goardc li vossa meree. Junqueira 18 de Março de 1682 1![134(sic)]

Carla para Jacinto de Figueiredo governador da ilha de S. Thome

Senhor meo depois de ter escrito a vo~sa merce, se deteve o navio por eallZa do tempo que escrevi ti Bernanlim Freire, c tive a reposta de que vai o treslado que vossa mcrce vcra, façame favor de me mandar pnr cm arecadasão tudo o que la esta proce­dido deste meo pataxo e emviarmo a Baia a cmtregar a Domingos Martins Pereira, <luzente n Joseph Mcndcs de Bairros e a mim clarme muita ocazioes de o servir que o cide fazer com mui boa vontade

Deos gonrde a vossa meree. Junqueira 18 de Março 1682 Advirto u vossa mcree que o que se remeter a Baia ade ser aos dois nomeados

asimn sem uuzencia e avendo ocazião por Pernambuco a D. Diogo de Souza gover­nador da terra espero que vossa l11eree neste particular ade fazer o que não peso dever aos mais ri quem como ISO pellas maos ao que sempre me tem mui pronto C recon­hecido 1/[134v" em brancoJ II [135J

Carta para Don Rodrigo de Costa feita em 24 de Março de 682

Primo e amiguo de meu coração recebi huma voça feita em 8acaim com 10 de janeiro do anno paçaclo c suposto que llella me digais que fas afrontas quereis todas sofro com muito gosto, a troco das novas que me dois voças e 50 llam poço sofrer a falçidade de me dizeres que não perdeis ocozião de mc escrever, tendo vindo muitas sem essa diligencia, mas com que daqui por diante vos ecolllendeis. logo ficarão sa­tisfeitas as minhns queixas; voça prima, e eu, e vosso sobrinho Aires ficamos CQIr

saude para vos servir e só com o disgosto, de nos mol1'CI' hLlma menina que mais nOI na~eo, e do disgosto tive D. Catherina b~m apertada.

Bem creio da noça amizade qlll: me não avieis de negar o gosto do emprcgo de vos servir em qualquer coiza que fases empenl1ado porque asim volo mereçe o meu amor.

a empcnho com que me escrevestes sobre hum negocio do capitam João da Silva Cocon::lIa, mc Jh logo que recebi aveça ir buscar o primo para se fazer a diligencia quc foçc ncseçaria para se cOllsegir a pertcnção do oficio que tinha vagado por Mamlcl de Malta j/[ 135v"] elIe me diçe ser necesario falar com os menistros da junta do Tabaco que prizidente que hc oje ° Conde Pontever, e depois de os ter todos ser­tos pH11l u favor fiserão huma com~1.l1ta a S. A. em que lhe pedião licença para nomc­ral'cm pcçoa em lugar do ditto Mota visto ter acabado o seu governo Antonio Pais de

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Sande que he 50 o que: tinha faculdade por nomear a esta consu1tu baixou por respos_ ta e decreto de S, A. que elle era servido, ordenar ao vedor da fazenda de Goa, tiveçe o cuidado da al'ecadação daquclle negocio, e puzeçe peçoa qLle lhe pareeece, c cm sua auzencia dava esta comição ao seeralario de estado em segll!ldo lugar; c em terceiro ao ehanchanrel, com o que atou as mãos a este tribll11ul da junta para não poder fazer o que dezejava o que ficarão bem sentido~, c eu a Vicente Lourenço muito mais por furtarem as muitas diligencias que tínhamos feito neste particular e nos dois mais da pertenção do abitto, e do outro oficio dc alfandega, que fOl11os tão disgraçados que em tudo achamos obstaculos emvensivcis, porque na pertenção do nbito mandarão acertar serviços para se dcspcnçar em algllmas faltas da calidade da peçoa 11[136J e os que chegarão a Vicente Lourenço forão muita de inda asim nos acostamos a hUU1a petição que se fez na meza da conciencia em que mostramos pelas sertidois de estar dlc servindo, que paresia que bastava para fazcr hl1l11a tão pequena gruça sem quer­ermos cativarmos oss crviços s6 por isto, porque asim nos pareceo, c seu primo dice que não tinha ordem para isso com que na diUa mcza não quizcrão dcfirir dizendo não podião jr contra a rezulção de SA qllC dizia seUo eOl1lsultace avendo serviços com que nos pllrc..,eo fazer paçando esta oeaú!i.o humH nova petição cm que se rela­tacem todos os serviços, e pedir nena por elles o abito de Cristo a dispençação e algu­ma tcnça boa aLi mercc de oficio isto t01110 a meu cargo para o ter negociado para a primeira oeazião; na outra pertençuo do oficio da alfandegu se rezolveo no c011celho Ultramarino que aquillo era hum oficio novo que la ek:gio (J Vice Rei por acomodar aqllelle, de que elle não quel-ia tomar conhecimento por não fazer novos ordenado isto he com toda a miudeza o pouco que se tem obrado c ~cguraivos que não que não foi falta de diligencia nem minha nem de Vicente Lourenço que trabalhou neste negocio quando se pode tra'onlhar m:sses negocias com //[136v"] htll11 disvclo e cuidado grande de vossa merce vindo aqui muitas vezcs darmo parte do qlle se fazia e devia fazer c suposto que esta diligencia me apilllhou cm estado de não vestir vc~ti­do negro nem apareser em publico na corte por algumas remis que tenho por estar metido nesta quinta não deixei de ir fechado na minha liteira 11 falar a todos os menistros no que toca fi cama de damasquo ulqualiflls mc parece dizervos não quero caza alguma com empenho vaço e suposto tenho neseeidade dess11s alaias não quero nenhuma molheI' que scrvir nesta terra livre de todo~ os trabnlhos e sem o maior que são as dividas e por nua saber serto se estavc~ apanhara la vos não escrevo l11tlis largo as novas do Reino, e vos não mando alguma coiza quc dczejava mandar cuide se li alguma coiza em que vo~ sirva que para tudo cstou ns voças ordens. //[137J

Carta de Martim de Azevedo Coutinho feita em 26 de Julho de 1682

Sel1hor meti hoje soube partia amanhã esta embarcassão e niio quero dcixur Ilelln de precurar novas de vossa meree como fjzera en todas a~ outrus que tem daqui par­tido se o sOllbera a tempo porque não dczejo outra couza mais que lelln.q mui repti­das de vossa mel'CC e de todos esses senhores li quem bejo as mãos e Dona Catarina li cssas senllOms a qllem não escreve por ficar sangl1lda 4 vezes, e ao senhor daião

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me fara vossa merce favor recotnemlur na sua graça e lhe não escrevo plD não mnle~l<Ir.

Agradeço n vossa merce muito a batatada e botões que me mandou em compa­nhia do bi~po e a planta que veio ainda verde porem a seco depois de parle com que não quero fazer mais experiellcia de lá llcn chtrvos trabalho ele que me torne a man­dar

As coroas não me chegarào porquc as partio o mancebo que as troxe no caminho como fjzeriio a todas a" mais que de la tera vinelo sabendo eu chegarão maes e asim que tambem quero livnlr a vossa meree desse trabalho,

As novas do provedor sinto porque me parece muí b0111 home e lambem sinlo fi

desgraça de Bernardo Cordeiro e jll11tamente folgo 1/[137v"] que vossa l1lerce nlio tivesse feito aquelln remataçuo por senão ver agom com elle emfmlo.

A carla que VOSS:l 111crce me dis me e~crcve sobre () bispo Frei João dos Pl'llzeres me não chegou por iço não sei {1 que ede escrever neste particular porem terei cuida­do de lhe falar antes que va e buscar quem lhe falle por lhe encomendar n pelYon de iço e do senhor dnião C0111 todo o afinco,

Os tempos atms chegou aqui IUlITI sobrinho de vo~sa meree challlndo Feliciano da Rocha em cOl11pnnhia de hum Manuel de Mello meu eonheçido c como este e huma muJata que aqui esta que foi de eaza do senhor daião me serve ficará ser verdade este parentesco, c cu o vi cm necessidade de o remediar, o j,lSti fico ajudai com o que pode fazendo o se Diogo de Carvullo c como nesta vida se não deli bem, e padecia muito em rezão de ~er hum pouco (nflllme pareseo fazia serviço fl vossa mcrce e no senhor ri.\ilio em o aeonselhar fosse pam li Indin aonde ]Jade ter alguma fortuna se quizer procedei' como lhe aconselheí c para esse efeito o visti e lhe dei tudo () que me pare­sw lhe cm neec!-Isario por ir como parente de v(J~sa mcn;es e escrevi em seu favm a nlguns parentes e u111igo~ que lellho daqllclla parte, e ate ao mesmo VizQ Rei e pm cllc declarar quundo se veio despedir de mim que vir e o senhor daião lhe pesllia algul11n fnzendn que lhe tocllvn de ~o;() pai me obriguei a lhe pedir a vossa mcrçc( e isto pm [l8im) lhe ponhão em clepozito 1/[138] () que lhe ter'l para que elle () ache ~e deve lhe dar vida, quando elle -tornar tOll sim o creio da honra e cristandade de vossa mcrce <181m D tl\S80 como he rezão e seja vossa merce seriu de prestimo em alguma cotiza ele q\le preste, que me tem muito tiS suas ordens !/[138v"]

Carta para Joseph de Frelta Sarrão feita em 14 de Novembro de 1682

Senhor meu estimo muito ter oCDziilo de pedir A vossa meree novas suas {1 que nào faço muitas veze~ por lhe não t()m~r a tempo que tem tambem empregado de mas V08sa lllcrec de cmno jlHHsa que estimarei seja com llluitEl saude.

Bernanlim Freire de Andrade me nrecadollullJ pouco de dinheiro em S. Tho111C e na conta que te aguora ajustou eOll1iguo me mete 25$ que por ordem de vos~n merel:! reccbeo na Bain Franeisco Jorge seu procmador de Manuel de Oliveira posto que cor­ria com os negocios do dito governador e suposto que elL lhe disse que indEl que era muito amigo de vossu mcrco lhe não escrevi l111nC>l sobre a se pagar El Baln, nem

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Dioguo Fernandez Branco da ilha da Madeira a quem loca a metade desta cobrança como me mandou dizer com huma carla sua que agora li\'e não deixa de querer lhos leve em conta e para o desuadir me he necessario me mande VOSSH merce dizer por conla de quem recebeo este dinheiro para que com fi .'!lia reposta se de~faça este erro da sua conta, e com isto rm:: mande vossa merce merce em que o sirva que bem sabe o cide fazer com grande vontade, l/r 139J

Carta para Domingos Martins Pereira feita em 21 de Novembro de 1682 Baia

Senhor meu a ultima que tive de vossu merce de 26 de Muio faço rellosta esti­mando ver nella vossa 11lcrec paça com boa saude que Oeos lhe conserve como lhe dezejo.

Athe o prezente não tenho tido nesta frota carta nem avizo de vossa l1lerce temo que viesse na capitania que perdeu e que viesse nella a partI! que locava a Diogo Fcmandes Branco como vossa meree me t1viza o far·ia nesta monssão, c como elle tinha disposto desta sua parte para couzas de ell1port~ncill ~jnto li falta que lhe fara asim que com Antonio Dias Rego espero que vossa merce acabe de ajllslar esta Conta que mais por elle que por mim" dezejo findn desfazendllssc dessa fabrica velha por aquilo que lhe derem porque não perca mais na dilm:çilo.

O credito de 102$ e os dois fechos dc asnear recebi e fico muito agradecido ao cuidado com que vossa merce me fas metec e muito IIS ~llas ordens por tudo aquilJo qllt: vossa meree me l11lwdar. Deos goarde a VOSSII mcn.::c Junqueira 1/[ 139v"J

Reposta de José de Freitas Sarmo a f. 13Bvg

Senhor meu com grande ulvorozo e con tenHam recebi n de vossa merce de 14 do carente peIla~ boas novas que vossa Il1cree nella me da de sua sllUde e sempre a vossa mercc sera quando vo~sa merce se sirva de repclirmc este favor.

Domingos Carneiro livreiro e morador na Rua Nova dessa cidade me disse que o bispo de S. Thomé irmão do doutor Pedro Luis Seco lhe era devedor de quantia pro­cedida de livros que lhe vendeu e me pedia que indo de S. Thotne e se desta qmmtia a Baia a mandasse cobrar e lha remetesse como prometi a morte do bispo e dilussão da cobrança retrudose tanto este negocio que nesta frota 111e mando Francisco Jorge morador na Baia huma curta de S. Thome na qual me dizião que vinha eslilletra sobre Manuel de Oliveira Porto a paganne a mim <luzente ao dilo Franei~e() Jorge meu cri­ado esta carta mandei a Domingos Camciro para por clla ~!\ber do que aviu, e não me lembro quem a escreveo e somente ~ci que clle tem lloticia inleira deste negocio porque he seo e ell nelle não entrcvier couza alguma como digo; o quc paressc sem duvida he que o provedor de Domingos Carneiro que esta em S. II [140] Thome por Bernardim Freire de Andrade pesar a letra lhe avia la d~ contnr n dinheiro ou dar couza que o valesse com que se quer qlle a letra lhe servia de dest:arga e ele car­regarssc da letra que recebeo para li pasar pois e~ta quantia não pertencia (ao que

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parcssc) a esse negocio isto he O que sei e P090 dizer dellc que cm lodos me tem V(l SSn mcrct: sempre a suas ordens

Dcos goarde cm 2 1 de novembro 1682 íí[1 40v")l/[repetc carta anterior] i!(l 41]

Cartas para Bernardim Freire de Andrade fei1a em 15 de Dezembro 1682 em que lhe manda a carta que me respondeo Joseph de Freitas Serrão e o treslado da carta que lhe escrevieis.

Pellas illlcluzas vera vossa merce o que me lespondc Joseph de Freitas Sani'ío no tOCante aos 250$ que vos~ mert'e nos carregava n8 minha conta ue Diogo Fernandes Branco c osim abOl idos de q ue vossa merce me deixou fica \'Qssa merce devendo 3()9$45J e fora o marfim q UI.: rcccbco de que espero he viesse a vossa mcrcc agor.! clorc:.::a nesta frota como me disse esperava se nsim hc peço a vossa merce faça por ma mandar e ao menos l parte que loca a Diogo Fernandez Branco a entregar a min ou a seo irmão Antonio de Freitas Branco porque necessita della para c(,)uzas coma me escreveo em dois navio s que agora vierào e veja vossa merce se me ordena algu­l11r1 couza em que o sirva que para ludo me tera muito as suos ordens.

e que t oca a Diogo Fernandez dos 309$451 são 233S725 por eu ter recebido os dois moleques e a negra que vossa merce mais aqui me dco //[141 \''' em bnmco[ // [ I42J

Carla para Diogo Fernandez Branco

Com muitas me acho de vossa mcn:e a que raço reposta larga pa!'a satisfazer a fa ltn em que estou de não escrever u vossa merce em algumas embarcacoes, que ctflqui partirão. de que ufi nnn 1\ vossa merce llão soube porque ainda que CRtou na bocu de barra são tnntos 05 navios que entrão e saem todos os dias que não pergunto pum onde vão nem donde vem, e forme saber menos de tudo o retiro em que me pus cmfudado desembarallos ela corte depois da deic hasdo que fi s do vreador do serada c de proc urador mor deste reino da saude. fo lgo que vossa mercc passe com saude lJUC sempre lhe de Deos como lhe dezejo r: ffi companhia de toda a sua caza.

A inda athe gora nào ha bispo dessa ilha nomiado como o ouver terei cuidado do (iue vossa merce me ordenou toquante a Manuel Carvalho o desmando.

No que toca ao acrosentamento do cum JQ~O Ferreira por vossa m~rce o bispo lomo muito por minha conta peUo muito que eUe merl'!sse desculpeme vossa merce com elle e com os muis umigos dcllc não escr~veJ' nesta ocazião por saber hoje do provedor partia amanhã este navio olandes.

e aSLlcre que vossa mel'cc me mandou em 24 de Julho recebi e agradeço a vossa Inerce muito (1 cu idado e a r:scolha delle que hem muito excelente e os dos pais dc q ue me f~s mcrce me vejo (50 obrigado desta grandeza e das mais que estou todos os dias exprimentando que ndo sei como me ede dezempinhar deUas muito de que a liv re II[ I 42v"j abonarem na conta que vai com e sta.

Vejo o empenho que vossa merec tr:ffi na cadeia que esta em miio de João Rebelo

J3l

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Cabral e logu que recebi fi calia de vossa merce em que me fala neste particular fui buscar OSl:O il111iio de vossa merce para que me disse~se qllem era este homem e entendendo dle o que lhe eu queria me di~~e que elle esta seguro de se ttomar e tomar por parte de sua irmãa de VORsa merce que como cu tivesse o dinheiro atirariamos e não fis logo na forma que vossa merce me dis porque mi;"! acho tào empinhado que pello juro de mais de 25 eruzados(?) por me deixar meu irmão que DeliS tem cm empenho de perto de 40 eruzados de suas dividas e depois diso fazem os gastos tan­tos que en lugar de me desempenhar me empinharão mais principalmente estc anno com empenho que tinhamos por a falta que se mallogl'Urão que na deixou a todos por pelias.

O provedor da fazenda chegou em saude e ter lhe hindo bem a descanço que dis no que veio este mais preço porem hum mercado a par do cmbaxador de França por achar orden para agrandarcm mas espefflmo~ que sedo se dcspal:hc hU111a petissão que fes para o deixarem livre mostraI' avia verdade.

Ao governador de Angolla tinha falado ~c em VOSSA ITIcrce elle prometeo não so tomal- a vossa meree todos vinho que quizessc mas qtle erâo pOUCllS a caza de vossa meree com ho irmão lhe escrevera c cu folgara que esta 2" comissão não se cumprir porquc ~ei o que isto //[143J custa nessa tena principalmente o que tem a grandeza de vossa merce as COfeas e o caixão de doces porque me entegou que veio excelente a batatada que veio neste veleiro lambem creio viera da mesma sorte por em ainda senão desembarcou por estar o navio em huma duvida com alfandega fi planta da batata nâo aparesco pArese que não quer Deos se de nesta terra nilo se CHI1SSe vossa merce em mandar mais.

A Senhora marqueza rezolveo não llrendar o Bugio porque se lhe nâo dava aqui­lo que ella queria discme o ~ell escudeiro que lhe corretou iso a mandava la arel1dar com que nenhuma foi po~ivel fazer e que dcsajava neste particular tl Alvaro Ferreira page 144$728 como conta da conta que veio inclu:r.a dea mais dez 188$ tenho ainda em mco poder para entregar ao senhor Antonio de Freitas e0111 algum dinheiro que espero me mande Bernardim Freire como fico comigo junto aqui a esta terra e hum negocio aonde o apanhei e a fez a carrar o setil da que tinha cobrado que pella conta vera vossa mcrce que he tudo o que tinhamos em S. ThOl11e tirando a verigassão das perdas e danos a esta conta he tilo ao contrario daquelle que me tinha dito que hera \f.Iue comprara oiro com o procedido do marfim e agora vemos que o comprou eom o ~nheiro que recebeollrI43v"] do depozito e o mais fim di~ que não sabe quanto hera }lue ainda lhe não veio-a clareza da peça que reeebi e por iso se po~ cm branco como vossa merce vera e etl 111(; escrevi agora a carta de que vai fi copia espero pella repos­ta e se mandar o dinheiro como cuido entregarei logo ao senhor Antonio de Freitas por resgato da cadeia que espel'O a va a mão de vossa merce por qualquer modo que seja em complrnhia do govermtdor de Ango1!a os 250$ mil reis que ptrnha na conta entregar a Mlinuel dc Oliveira foi necessmio de fazer este erro escrevendo a Jaze de Freitas l:omo vossa mcrce vem a copia da minl111 carta e a ~ua reposta e eu lhe não talei na pouca rezão que teve na venda do marfim porque aquilo jã não linha reme­dia vão tão bem a copia da earta ultima de Domingos Martin Pereira e da que lhe escrevi ha poucos dias e com i5a tenho dado conta de todas as velhaquarias proprias e olhei vossa merce tenha santa pacicncia com hmnas e outras mas não cuide que

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,=sto Ll eu cobnmdo mais qLl~ vossa merce por fRIt aI" 1\ de!igenciu do qUI! devo obmf por seo scryi~'o porque antes me tem muito as suas ordens.

Deos go.mJe. Junqueil1l 19 {Ie Dc7embro 1682 Estamos em 26 de Janeiro de 16f<2I1[I44]

Cop ia de hUl11u 'lU\! enviei 11 vossa merce qllu ndo dis e a enu'egei ii Antonio de Freitas Bronco que nào sei se remeicLI no navio o que Clltilo foi lUas cuido que nào segundo me dis.."e hum dia quc o cncontrei de p<\~agem porque com o ameio que agom exe~i in u(! corregedor de crime (ln corte llào !ln darlhl! alcallssar, e agora esta cm Slllyuterrn c:<ersitundo (l~ seos dois otncios queira Oeos que lhe aproveite a favor que lhe fo i $.A. para que n veja 11 c l1e mais medrado, e fi vossa merce mais livre das pensois.

Vossa merces .i a tem bispo mui bllm honra como vier de Pernambuco a buscam pnJ'il o negado de llOS!;O tll11iguo JlJàO Ferreira porque tinha lH1111a valia muito pcxkroza por elle que he C\)U7':\ nlllilo minha porem não diga vossa mercc lu isto porque cscu:t.:1\1ll0s persegiçõc!>. c 50 o qUI: voSS<\ merce ouver mister me IIvize.

Bermmlim Freire me rcsp<llldeo que IXlr hOrH não lhe hcm posivel dar mais que 150$ reia os quais me nllmdou cnlregnr, c eu u SC,1 irmão de VO~SH merce para n cadeia que cuido tcrajll cm seo poder e quando clle 1.\ não mande nesta oeaziilo hira in fn1ivelmellte com o gúvcnmdor de Angolla no dito Freire escrevi mais que o que toe(l"ll li vrossn mercc dos 309$43 7 herào 233$725 porquanto eu tenho recebido demais a (lois moleques e o negra que dis :J. conta ele que lhe pedi muito me mondasse e ~ ta parte de vossu tnel'CC IXHque lhe hem ncccssaria persi2Amcnte ainda que não respondeo a este ponto porem o St:.'tl procunujor que aqui tem me dis que por o cabo de IlIlrto r odem tcr dinhciru pmestu sutis fassào he o tempo em que vcm com Antonio de Freitas de Su!vntcrr'l Ih'l:cmos por njuntul' esta conta e a minha ue OSl\Car eH man­darei 11 vossa l11Cl'ec pclto glwernndor d~ Allgoll a Illl 44v"J

Alvaro Fcrreiff\ moreu huute h,ml\:m não s~i se lhe ficaria alguma contô em aber­to "Olll S\!O irmlin de vos.'>.\ mace pur horn ni'io se o ll:rc.'lc mais lica IlS ordens de VOSS.1 lllcn:c. Jtmqucim 26 de jAneiro I MO.

D. Catarina li llha llno sei qll~ que lllllndar a suu sobrinha de vo~sa mcrcc mas não sei se P()dC I'~l ir nesta oca:liün mas se n~o foI' hini nou tra. 111145)

Conta com o rendeiro Diogo de Gals Henriques em 7 de JUl/10 de 1683

gasllls do que manduu o :I:l.cite que rodo 77 alqueires a 700 l'eis \l1ontnnlO !::Ill dinheiro. ,. . ... ..... .... . , ... ..... ... ....... ,53$000 frete do hnl'l':o . .... ... , ..... ... ... .. ....... .. ........ .. .... 1$200 lenha que ~omprcj uo I»\rco .. .. , . • . . . _ . . . . • ..• • . . . . .•. . ...... 2$250 ao rogu mundei dar . . .. . ..... . • •. .•.• ,. . ... .... ... . . . 1$200 som1l ........ . . . . . . . . . . • . . . • • . . . • . . . • . . . 58$950 rceebi em dillhciro .....•. . .• . •. .. . . .. .. ' •• . .•.. •. , ..... .. . 60$000 somn tudo. . . . . . . . . . . ... . ... . . .. . . • .. . . • ... . . . . 118$550

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abatidos dos dcveme

Em 23 de Dezembro de 1683 o mosso

Carta para Diogo Fernandez Branco 6 de Dezembro 1683

.............. ..... 200$000 .8$145//[1451

Senhor Illeu vi nesta de vossa merce de 5 do pacado a queixa que vossa merce me fas da falta de seu tio o senllOr Diogo Fernandez Branco que Deos tem e ncholhe tanta rezão que me nào fica lugar de o conçolar c só de o acompanhar nesta penna c !he seguro que o nuo pode vossa merce padecer maior porque conheço muito bem amizade e tão verdadeira que lhe deis sempre que me nào esquecera nllnqua para em agradecimento de!la servir a tlldo o que por coma sun principalmente a vossa merce em que espero ver o seu retrato em todas as SUflS boas pmtes pois se flproveitaria muito da sua doctrina. e e asim esteja vossa merce seguro que em tudo aquillo que eu o Pllder servir o eide fazer com todo o cornssiio.

Com o senhor Antonio de Freita~ fui logo falar e estive devagando com elle e a achei tão sentido como o merecia a cauza que <lsim o tinha e no que toca a compu· siS:lão com vossa merce alguma conza espero porque dis que niío ade perder o que lhe toca, que o testamento que fes seu irmilo he nulo por lhe faltar o sulinidade de lei que lhe n50 tinha dado o que lhe ficou da legitima por morte de seu pay e de Slm may alem de que lambem hera herdeiro de seos irmiloH, e Pedro e Lucas que l1101'n::r50 sem testamento que se lhe ade dar conta dos rendimenlos de fazenda de a morte e seu pay ache a entrega da sua legitima que se vossa meree e seos irmãos quizerem entrai' a partilha pello que lhe toca a meas~ào de sua avó ande vir a colação com as dividas que a caLa pagou por seu pay de vossa merec que já então tinha a SWI legitima rece· bido que tambem lhe ande descontar a parte que lhe toca dos gaslos que fizerão as freiras; alem de que II[ 146] sempre a casa sustentotl a vossa merces e li seu pay e cri~· dos desde que foi de Lixboa e tambem lhe flviiio de pagar hum negocio que (l senhor Diogo Fernandez fez com a legitima delle senhor Antonio de Frcitas que o que ti se· nhor Diogo Fernandez lhe tinha dado acha fi prezente ainda não chegava aos rcndi· mentos dos juros da SUfI legitima alem de qlle lhe devião de pflgar os negocios que ele aqui fazia( ... ?) caza e outms muitas COllzas que II mim não lembrão e que &e

ouvesse demanda vossa mcrce davião de vir corer com ella aqui porquanto cJle tinha privilegios de Dezembargadnr; que tooo o dinchiro quc cu cá tinha era seu que eu mesmo embargava na minha mão para cauzas que o senhor Diogo Fernandes lhe tinha mandado satisfazer como mostraria por ClI1'WS eu o abmndei o que pude ainda que não sabia o que lhe avia de responder a estes particulares e ficou comigo que avia de ajudar vossa merce, c tudo o que pudesse entendendo que vossa merce se avia de ajustar com a rezão para a emposissão deste seu direito veja vossa ll1Cl'ce o que quer que lhe responda e o que faça nisto que estou pronto para lhe obedecer com toda a boZ! vontade.

A Luis lf1lnbem falei logo que queira ouvece de carregar alguns vinhos para

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i\lIgolla <llIe 11 tomava fi VOSSlI merce f icou com igo que fatia qwmdo pasl1se tiS

uemais que: ctlrrcgnvão n:io se i quem ~i por iço lhe nuo falo mnndome dizer fa loei ,,, vic: r mais alguma COU:<:II dI! Guine e afl'l.."Cadarei e :.J.vizarci.

relia feito de docc:s bcjo ôl VQSS11 merce as màos que cheg,arão todos es.celellies, O ['c, Miguel Rois Pcslnm\ tlimb nuo vi naquilo que se Yl\lcr de min me achara mu i pl'OJl tO da meS1n1l1l1!lllcir1ll11c al.: l1arno vossa merces li quem Deos goarde, /1[146vU

]

24 de Março 16H4 Es\ll hc li eopill da que l11(l!lIJci D:l: di",.; atras II vossa mel'cc folgarei de': ( .. ,'?)por ca

linha Plicado com sumic li que me responde Vt)~S'1 merce ftvC:lldu ocnz iiio a tudo isto pol' sober c que devo faler c j l1ntamcll1c em q ue esta{lo esta A coma de junlll de co­mercio pnrquc d ois rncnildros dellc irnformondosse de mim que )lCÇOu hera capa."1 da ocupos.siLo que seo lia de vossa nlcrcc tinha c nominndolhc eu ii IlCçon devia um prill1eiru lu)pll' mc rcspert.u;llo que C~lIll minha cuza por dia sei pc.l l'que a alcansara ~'()ln muito dinheiro em quI.! hc Ill!'Cc!;::;ario mandar acud ir a isto pai' pcçoa que vossa Ille!\:c lhe parecer li 4l1u1 lhl;! mande vossa lllcrce arriem me busque para que eu o cmcaminh..:: ..:: ajude, e ljll'lIldn Vlls~a mcrcc não tenha \lCç.Cl.l de quem ade ficar me 1l1!111dllrli dizer pum que (!II \) otlSquc c que n sirva bem lleste particlllar porque como cu vivo disLl\llle da corte sempre hc llccc,,;,,;ul'io hum selario qllC Jlle fado !lena eH dita li vossa l11en:c que com llfici" me perseguem pcll{) dinheiro que tenho e elle niio sei corno me cidc awr !leste purtic ul ,l r c fieo [IS ordens de VO~S l\ merce fi. quem Deos go.1.rde. Junql\eir" 24 de M,m;o de 1684

F~~qucsilll1lt: di:t.cr ii vos.-;ll mcrçt' que depois (Iue lhe escrevi n ultima recebi por coulo disso !!lI 4 cai,'Iils de u'fucnr que tcuho vl!ndido 1/[147]

Carla que escrevi a Diogo Fernandez Branco em 21 de Dezembro 1684

Senhor meu chegnndo (li.! Inum! jt.1f!ladn a poucos dillS achei li ultima de VOSs..1 mcn.:e que estimei ror sa\)cl' raÇ'l e(lm ti snude que lhe dC'l.cjo qlle Ocos lhe conserve \)() f muitos 1111I10S,

l.ogo que chcgei quis IXI\" cm XCCllSsiio Indo I) que voss.'\ mcrcc me: manda nesta suo t.:!l rla c Illldl) fi z pclu!; rczo is seguintes.

O Morg:tdu de D, Diogo de Tdve ainda se ruiu pos cm pensão porque soo tio de VOSSIl 111crcc o tem pudido u e l Rei por udlllillistrnção pam ~ i, c suposto [linda o não lho [cm [h",:lo me pa\~sse lhe nüo negm'iío, e qunndo lho neguem o l>edirei pant vo~sa merec, c HC o nào derem c ]H\:I,erCm cm pregão adiO 11ll1i!O lllUO negocio este de vossa meree porque como cli nüo \1t1ll1~a pe(,:o <l que façn finnça pUl'U cste seo arendU1l1ellto tl nuo ande nrendar n quem l\1i Ilu\) díl muitas boas, e suposto que eu de muito boa von­tade I'orn falUl' de vos~a mcrce me 11UO onde tamUl' e na p rnCll nllo ncho qllem a queirn ~r de ninhulllu da ilha principalmente de VOSlln meree porque üinda ning'llem tem cllllhccimo::nto do scu pmccd imcnro e qmüs hc ootario u lodos O empenho em que vos!> .. mcreo:: cslo Cllm a junta,

1\ sua irmã que tudo hc o mc,<;tno e os pleitos com seo tio com que nem fdZ a scgu~

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rOl tem vossa merce para SI;: poderem fiar e ainda para administração cuido avera a mesma duvida ainda que cu cide fazer as diligencias necessarias para servir a Vossa mcrcc.

No que tocão aos pleitos de seo tio de vossa mCI·ce tenho substabelecido a procurasão //[147v"] em hum procurador e por hora mc parcse senão tem feito nada mais que acudido se não lançassem a vossa merces a quem sinto muito mau pleito porque tudo o que ha vossa merce dezemhargador hó mao ainda que seja do muis poderozo ministro desta terra porque elles mui bem se entendem huns aos outros e huma mão lava a outra; e asim () que eu nC8tc particular aconcelho a vossa merce e a senhora D. Antonio Philicia he se que irão eomsertar com seo tio no que toca ao pre" ilo das partilhas para que se me fas merce de se qucrer louvar cm hum ou dois Ou tres dezembargadores que eu numiar qucrendo vossa merce mais nislo ell busquurci peçoa as mais dezenteresadas. de conciençia e que delle tenhào mcnor depcndencia e só desta sorte me parcse poder ser melhor junto este negocio c c011lsiguirão vossa merces com isto a Sllll quietação e tornar a terem seo dinheiro hum bom procurador nesta terra pura todos os seos negosios e exeu~ar de andar em autos publicas e o que andão dizendo hun" dos outros que por as suaS contas de vossa merce ninguem na junta a pode dar senão elle que nesta materia tem todas as noticias melhor quc vossa meree mesmo estar estas cá muito trabaJhozas porque (l capittilo da cart,] que vm;SIl mc:rce me manda não emperta nada por a sua descarga e seo tio de vossa merce me disse que visse vossa 111ercc 1la dita carta de que tirou o capitolo o que eJle dis em supra de que la tcm vossa merce achava e que vejo bem a seo cllpiador de seo tio o senhor Diogo Fernandez Branco que Ocos tem e uÍllda que naquelle tempo se enten­desse estnr aquella conta boa no resenciamento diferente cOllza he resenciar //[148] hll1na conta que della de pé n pé e eu não sei como vo~sa merce ade livrai· estc nego­cio principalmente por procuraoore~ e se vier ca a onlo tambell1 sem serem CO\1\'e­

nientes a vo~sa ITIcrce que o que tudo hé melhor conserto com seo lio qlJe ajuda que lhe fizer neste negocio ade recuperar o que vossa merce entender lhe dão mais se acazo lhe julgarem alguma cotiza na partill1as que nesta so he que elle se levou cm mim ou em quem nomiar que no que toco ao outro pleito d" fazenda de seo avó como he ponto de dinheiro hé eOllza que ade paçar em julgado o posso fazer nelle he em ao mandar cobrar ao solicitador para lJue não haja descuido e falar aos menistros quando for ocazião di~o cu paso nesta quinta com gente de Lisboa não po~so asistir aos negocias senão desta sorte porque cu aos meos falto ainda que me sinto mui pre­pl<.:xo cm fazer as partes de vossa merce contra seo tio o ~enhor Antonio de Freitas Branco com quem tenho amizade há muitos annos do que tive com () senhor Domingos Fernandez Branco e esta primeira amizade foi cauza da segunda e asi111 julgue vossa merce com que rezão posso eu fazer mal e deter hum pleito de com­sideraçào contra clle como vossa merce acomselha na ~lIa intrusão.

De l]1!1i~ que li minha conciencia nua se acomoda 111ll;lo a demandas cm que se procuriío dclasoi~ nem a tornar sobre mim hllll1!l demanda cm que a meu descuido pode fazer 1/[14RvU

] mal !I vossa merce a quem pesso veja sobre este particular seme pode esclIzar por todas estas rezois de mais que detremino auzcntar desta corte hum par de annos cm vindo o verão por amor dos empenhos em que me lleho com os gas­tos que tenho feito e dividar que me deixou meo irmão e sendo isto üsim mal posso

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asistir como quizera a este llcgocio que nisisita de huma nsistencia continua. A Manuel de Miranda falei não esta em querer arendar a comenda a vossa merce

como sabe o empenho em que esta com a junta reçeia a falta do pagumento fas isto toi antes que fosse por a minha jornada agora clepoi~ que recebi esta de vossa lnerce o tenho buscado e o não achei por estar em huma quinta hontem me diseriio viera hoje a lornasc li buscar e se puder ainda avizarei a vossa meree.

A Luis Gonçalvez falei lambem dis que não quer abaixar nada que buscara qllem arcnde mas que advirta vossa meree na obrigassão que lhe res seo tio que largando a ilha avia deixar c0111orgados c fabrica com qlle lhe entregarão.

No que toca os otras que vicrão sobre Miguel de Rocha azente a Manuel Delgado da Cunha nào farão oseÍlas por diserem se tinhão pagas na Baia como mostraria clon~za e só a poçada por Mateus Masea e o 8idialen foi aseita e <1S1111 tambem Antonio de Oliveira não foi aseito mais que em 200$ que ade pagar a junta dos Ires estados c com isto se tinha feito antes de eu vir da minha jornada a que farei sobre este particular he t:'lzer presente aos menistros a fulta que fazem a vos~a meree estes que não aseitão a letrn para que 1150 vá contra 1/[149] vossa merce alguma ordem.

O caixão se me cmtregou e beijo a vossa merce a mão pIa mereê que me fas que eu saberei agradescr a seo tempo.

Os treslados dos papeis que vossa meree mandou todos ficam em meu poder c abilitass50 segura e por hora nào posso ser mais largo por inda ugora saber pm'tem m; navios e fico muito as ordens de vossa merec a quem Deos goarde. Junqueira 22 de Dezembro 1684.

Não estranhe vossa merce falnr com esta clareza porque eu em tudo folgo de não enganar a ningucrn. //[149v"]

Copia da carta para a senhora D. Antonla Teodozia Branco feita em 21 de Dezembro 1684

Minha senhora hu llluítos poucos dias que cheguei de huma jornada de 60 legous distnnle desta cortc c estimei muito achar novas de que vossa mcrcc paça com saude c com gostos que he darse estimar muito e conhecer que tudo O que vossa merce obra hc asei to, e asim lhe dou os pnrabens em os mais ao senhor Fnmeiseo de França a qucm me ofereço por criado nesta terra D. Catarina tambem se oferesse li vossa merce beijandolhc as mãos pella muito que lhe fas.

Recebi os pllpeis todos qllC vossa merce mc manda dizer nesta sua p,:tra uzar del­ligencia no que forem neccHsarios emqllanto me não reposta de vossa merces no que porponho ao senhor Diogo Fernandes Branco que vossa tnerce lá vera sobre o COlll­certo com seo tio, quando vossa mercc intendão ser isto o que lhe eOlllvem, me podem mandar nova procuração pam este cazo, e todas as demais clarezas que ouver, e hum papelü::ito Ix)r Manuel Mieicl com toda a cl,u·eza, e com toda a miudeza falan­do a verdade que cmüurnão, c não imcobrindo cOllza que se aja com de provar, ou saber por que de outra meneirn se nào pode fnzer nada a conta das letras se aprezen­lara na jUllta ou ao preziclentc como vossa merce manda, ainda que isto não parese ser necessario; senào quando se der a COl1t~.

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A procuração fica substabelecida em Hu!icitador que me rare~e dar a boa COnta, e entregue demais a mai~ a hum frade sego procuradur dos carmnelitas que he bem diligente clJe aviza o estado em que este negocio esta.

No que toca a fazer diligencia para fazer suspender o sucristo ainda não fis nada porque pude sei~/l[ 150voJ fora estes dias dispais que vim nem que duas vezes que me não foi pocive1 fazer que o que tenho dito a seo irmão de vossa merce duvido muito que se possa acabar com estes seni10res da junta isto sem se dar aqui huma fiança muito abonada a este pagamento.

No que toca a ordens que vossa merce pede para Rogem Auxio!j he eouza que el1cs não pode fazer nem pode Lirar eseuminhos de dil·eito cm am terias em que se core

p1dto. Andre Freire Mondim mandei buscar por hum criado 111eo por que soubesse dellc

o que tinha pago ainda me não troxe clareza olguma noticia que tenho neste particu_ 1m he que o ~cnhor Antonio de Freitas tem cobrado este dinheiro 30$ Oll 4üS POllCO mais ou menos que o dito Mondim não tem por onde pagar hum vintern eu acudira a alguns empenhos destes senão tivera tantos meos que ficarão de meu irmão que me vejo afogado a mc tirar da corte que me poder valer e do que tinha do senhor Diogo Fernandez que Ocos tem esta satisfeito o ~cnhor Antonio de Freitas d<l fiança que tinha feito como já mandei dizer a vossa meree e se pagou na mão de Bernardo Freire e não mando a conta porque a não tem vindo ainda a justa comigo como tem ficado na primeira ocazião a remeterei com todo a clareza que pdlo 111CO resenciamento cuido ainda se me ade dever dinheiro.

No morgado da Ribeira Brava aviza ao senhor Diogo FernandcL Bram:o quando eu o tome por administração para elle he direi que ade ser com partilha por vossa merce.

o caixão recebi e beijo a vossa merce as maos pello muito qlle me fico muito as suas ordens com muito 1/[151] sentimento de não poder executar nellas tudo o que a minha vunlade pede. Ocos guarde a vos~a men:e. Junqueira 21 de dezembro 168411[152J

qultasão que o senhor João de Caldeira deu a Manuel Ferreira Serão do anno de 1683 a 1684

Recebi do senhor Manuel Ferreira Ferrào quatrosentos e setenta mil reis do area­damento de minha comenda de S. Martinho de lagares bispado do Porto em dinheiro e bois e carne de prezunto em que me tem saitsfeito toda a renda vensida pello S. João do ano de 1683 athe o S. João de 1684 declaro não entra aquj os prczuntos que mandou este anno, nem o pano de linho e estopa porque estou esperanQo que estas emcomendas ficarão no anno que ge segue c para sua descarga dou este por mim feito e asignado. Junqueira 7 de junho 684. /1 [152J

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Quitasão do anno de 1684

Recebi do senhor Manuel [cerreil'a Ferrão quinhentos e vinte mil reis da renda da minha comenda de S. Martinho de lagares e111 que cu mào sincoellta mil reis que deo alem do arcndamento que lhe ande dar da maneira que mandei cortar declaro que ne~la conta em milo todas a~ encomendas quc me mandar8.o de prezuntos panos e toalhas de mel':a e por sua dcscurga c dG como c~tou satisfeito delle. elle o S. João que imbora vira lhe dei este por 111il1 feito c asimlUO hoje 12 de Abril 1685 //[152v"J

Carla para Diogo Fernandes Branc feita em 25 de Janeiro de 1686

Recebi II de vossa merce de 29 de Novembro estimando ver !leIla, que vossa merce passe com a saude que lhe dezejo que seja por largos a11110S,

N~ charrua em que foi o Pumbo não escrevi, porque não o soube devia de estar fora da terra; folgo qtle vossa meree fique desenllçado no negocio de Luis Gonçulvez da Call1ara c de Mmmcl de Mimncla que hwml ves que niio há muito suemo melhor he pouco com dcsamço que muito com trabalho só o que sirva daqui que haja de aver demanda elltre vossn meree e Lui~ Gonçalvez porquerne parece que há pOllca rezão para isso que tudo se pode compor com boas palavras porque elle he mui bom fidal­go.

No que toca a João Rebelo eu o busquei logo elle disse o que vossa merce me dezin na SUll carttt deu me por reposta o que vossa mercc vem neste papel que depois lhe mandei pedir para que vmsn mercc visse lmlis claramente as suas rezoes este papel que dis falta ando atm2 delIe que mo acabe de entregar sempre anda com des­culpas lú mandei hoje queira Oeos venha a tempo dessa embarcnção quando não for nesta ocazino hiní. cm Março polo Pombo que he portador serta se outra cOllza oLiver cm que sirva a vossa lllcrce me tem muí pronto a quem Oeos goarde. Junqueira. l/[ 153J

Carta para D. AntonJa Phellcla Branco feita em 25 de Janeiro de 1686 annos

Eslimo llluito de saber nesta de vossa meree de 26 do passado Novembro passa com ~[llldc que lhe dczejo que sempre será boa e twnbem estimo que VO~Sl1 mel'ce sc em]lrcgas~c lambem cm seu primo como cu espcrava de seu bom juizo cu lhe beijo as m110S c me ofereço n~ suas Ol'dCIl~ pm11 aquillo que prestar.

SClTIprc silberei merecer a vossa mcrce lllllCrel': que me fas [lO conhecimento que tem de minha vontade c da fee quc tcm e111 que hdde sabe ser sel1lpre bom amigo de quem Dcos tcm quando avizei a vos~a mcrce que algum dinheiro de seu tio esta­va cm meu podcr erl1 porquo mo tinha prometido uélnilO Bernardil11 Freire el'ão sete* centos mill'ei~ que devia de qlle cu tinha parte neles e tanto me fiei nisso que duzell­tos mil i'ei~ que linhl1 em meu poder que era para partirmos como cobrasse o mais os

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dei ao senhor Antonio de Freitas porque me apcnhace tanto dizendo me que em para pagar humo divida de seu irmão de que elh: era fiador e de que estava pagando juro que fis cscrupulo de lhe deter aquele dinheiro por vossa merce não pagar reditos c1elle e quando vvossa mcree nesta demanda qLJe tem com sell tio esteja e0111po~ta e este dinheiro lhe toque a vossa meree eu lhe tirarei para o pagar a vossa merce o simto muito o que lhe tocar dos setecento~ mil reis que deVI;: Bernardim Freire de que fez escuza fi seu tio da conta que lho fisi/[J 53v"J fazer que elle com mais brevidade o a de cobrar de que cu crajá disso ao dito Bernardim Freire que lhe niio desse nada sem minha ordem como vier o senhor .~cu tio de vos~a merce que ~speramos por elle por horas porei esta l:onta emente que sem isso niio pode ser c averiguarei se me enganou nisto que vossa meree dis desle juro tlmtastieo o que cu não posso crer de nenhum homem honrado quanto mais delle.

A sua procuração de vossa merce Sll11 me foi dada lllllS que quer vossa merce que ubrasse com os embargos que cá me punha sell tio dizendome qLIC tudo visto lhe tocava e cuidando eu que VOSSlll1lCrcc não deixam de vir cm todo II eoncerlo que eu ajustasse emtre ambos que fl teima que VOSSlllllerce tomou wbre estc particular per­doeme fa[urlhe assim lhe tcm feito todo o mal d[e hó de [llzcr muito mais como vossa merce vera e agora terfÍ pouco remedio por VO$S;I men.:c dci.xHI' embargar primeiro 3

cl Rei que a seu tio li sua fazenda. O marques da ROllches falei c lhe disse o estado cm que eslava este negocio me

disse esperaeemos pelo senhor Antonio de Freitas para ver o qm: se devia fnzer elle ficou nisto como vejo veremos como se !lade compur este negocio c não podení deixar de ver athe Março entretanto rico as ordens de vossa I1lcrce depois de S0l" feito gosto a vossa merce ajustei essa conta CJue remeto porque vossa l11erce,

a veja pasu o acrecentamenlo a n. líL//[[54]

Conta ajustada em 30 de Janeiro de 686 para aver D. Antonia Phelicia

Contu eom o senhor l)lOgO Pernllndes Bml1co do que toeu llO pntnxo c emcomen­da que mandamos a S. Thol11e do qual tenho recebido o seguinte

6 cllixas de aSUCllr que mandou J050 FerlJandes Vieim do pn.)~cdido dll~ sete negros que cntregou Poro Vas da Crus C0111 nrrobaH 210 e livrus 16

a preço de 1 $080 .................................................................................. 227$340 Uma caixa do dito de llUlscavado com 28 arrobas c [6 Jivrns II 400 ... [[$600 5 marcos de oiro menos duns oitavas vendido 110 orives Manuel Cordeiro li 1$220

pnga a COl"l"elage 11 Manuel Simão qW! l<)I'~o 4$4UO fic!l ......... "" ........... " ... J~2$98U pOI' dinheiro que deo Bernardim rreire ....................................................... 150$ 4 caixas asucar vindas da 8ayll remcslI de DomiJlg()~ Martins l'crcim do prosedi-

do de 20 negros que lhe n:ll1eteo Bernardim Freire com 160 llrJ'obns e 16 livras vendidas a 1$840 ................................................................. [66$920 4 caixas do dito com outms 140 arl'Obag e 16 livras cm que OUve 2 arrobas de quebra vcmdel\ssc li [S050 monta .................. .. ...... 166$425 Por dinheiro que esta obrigado ii p!\gur Berl1l1rdim Frcil·c ..................... 73 [$398

................................... , ....................................... , ................... , ......... 1.836$628

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da fabrim do pataxo que: se mandou a Baia veo e~ta frota de 6íHí hUll1a de fiadora .. " ........................ 7Y'S //[154v"]

ade tiver' o senhor Diogo Fernandes Aranel)

Dn conta alras de 1836$628 do que lhe toca a metade que são .... 918$314 Por duas arrobas e 8 livras de llsucar que me mandou da ilha [\ 2$800 .. ............. . ............ .............. 6$100 Por juro que fiquei de pagar a Alvaro Ferreira desde o primeiro de Agosto de 83

athe o ultimo Janeiro de íl4 de- 144$728 do lempo que detive este pagamento ........ . . ............. .4$520 ror huma negra que tomei a Bel"lwrdim Freire por preço de 50$000 de gl1l! lhe devo Hlzer bom; ............ . . ..................... 29$

..................... 953$ Falta aqui a dureza de dois negros quc me vierão que não nehei o preço em 934 o achando os larei bons dos 2 moleques asima lhe toc5o. . ... 35$000

..... 9813$934

Deve Por dinheil"O qlH~ enlregllei u Antonio Rodrigues Marques por ordem sua de que

tenho recibo ...................................................................................................... 115$ Por dinheiro que dei ti Alvaro Ferreira por ordem .~lIn.. ..................... ..150$ Por dinheiru ao senbor Antonio de Freilas Branco ~or ordQll1 sua para ül.zer huma

cadeu de llim em rXmblll"ll............................... ....................... . ................... 150$ [lar n melade dos gastos que se fizeriio 11<1 demanda do pataxo .............. 21 $800 por dinheiro qlll.! dei mais no senhor Antonio de Freitas Branco que me pedio para satis/lll,:iio de humn divida de sell irmào depois (Ic morto ......... 200$

.......................... ..................... . ...... 636$800 11[155J Conll\ alras.. . ................................................................... 636$SOO Com o quc deve cobrar de Bcrnardim Freire que 111c toca dos 731$393 o seguinte ............................................................................................ 317$ I 34 a de cobrar muis de Bcmardim Freire que lhe toca da conta emli·entc ........ 35$

........................................................................................ , .......... 988$934 vem a ser o que hude cllbrnr tiO tlldo de Bernardim Freire .................. 352S 134 e do senhor João de Snltbnha ................................ . ..... .379$259

............................. . ....................................................... , ........ 731$393 desta ultima adição ade cnhfllr [) ~l.)llhor João ele Sllldanha escrivão de BC1"J1<irdim

Frt>ire Hn frola de 686 vcyo maiH btlml1 \ctm de 79$ de que lhe tenho feito bons na eonta que lhe dei a metade que são ............................................ 39$5()(]

com ql1e ade e~lbt"ar dos 31393 .... ,.,..... . ................................................ 391$634 eu cobro .............................................................................................. 339$759

.................. .................. . ................................ 739$393 II(l55v"]

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Acresentamento da carta atras de D. Antonia Phelicia

Depois de tel· escrito esta a vossa merce ajustei eHla conta que remeto para que vossa merce a veja, c remeto mais cHia contu. ultima que veio (hl I'abdca que inda esta por cobmf na Baya como tambem v()~sa merce o verú nessa enfIa de Domingos Martim Pereira que veio esta ultinm nota e quando vossa l11erce queira 111ais clareza neste negocio pollos conhecimentos e curta~ que mandou Domingos Martins Pereira os mandarei tresllidar e remeterei c este dinheiro qllC se ade cobrur de Bernardhn Freire que dis li c{)nta da dita fabrica quando vier terelml minha mão alhe avizo ele vossa J1lcree OLIver ii quem toei] porque eLl sei que () scnhor Antonio de Freitas Branco em vindo o lnde t.:11lbarglll' na minhll mão pellm; dllvi<ia~ que (cm com vossa meree e pelo governador que vai este anno pam S. Thome mando outm vez todolos os papeis pnm ver se pode übrigar O provedor que era dl1 fazenda quando embargarão o pataxo li pagar as perdas e danos que no~ fes e arccudllr hUlIs dentes de marfim que cu ficarão mas dovido muito de toda esta cobrnnça, 11[156]

Carta de Domingos Martins Pereira vInda de baya e feita em 25 de Junho de 685

Meu ~et1hor pola di!ução que tem havido nll cobnmça dn fabrica que vendi fi João Ribeiro da Cosla,pertencentc a vossa senhorin l1w parecerá comi~são minha não c~lar vossa senhoria embolsado este homcm me huviu prometido que nesta frota sem falta me 11Uvia de pagar, a5im ii fabl'icH como 1\ COlllllÍ;l que: me he dev~dor; por me falt,lr tirei contra cllc ~entcnça que t::stOll excctll'\l1do paru que cobre por fOl'ça o que nua pude acabar COI11 a corlezia. pera que a vossa ~cllllOdH lhe e()n~te esta verdade tirei a certidllo junta pera que seja prezeute li V Senhoria c justificudo meu dizer porque devo (ertificar a Vos~a Senboria n voLnade qm: tenho de o servir muis os sug· eito~ desta ballda com as t~lltl1S que llZHO dos pngamentos duo ocllzião u que parcssa descuido o I1UO çer cu puntl1al nesta rCll1es~a que não podcl'<l nlltnr para os primeiros navios visto estar a execuçuo nos tcrmos qllc a V. Sellhoria 1'<lÇ{) prezente guarde nosso senhor 11 pessoa de vossa senhoria largos [ln110S. Baya 29 de junho de 685

'156v"]

ita ca carta atras de Domingos Martins 1 2 de Janeíro de 686.

Despois de p<lrlida chegou a Illlds companhia recehi n de vossa mcree de 28 de junho pa~ndo Cjll Ctllinha estranhando ii falta dCSÜl Iloticiu e agora ü estimo e folgo que VO~Hn merce,pusse eom salldc que ~eja llsim sempre.

Sllpo~to que a lurd::mça dll vinda da fabrica e eobrança tem sido tuo delatada I1l111-qW! eu podia emtcnder quI.! avia em vossa increI.: IIl11iç[j(l alguma e hera csell'l.ado (1

mandarmc vos~a mel·cc o treHladl1 da senlençn porquc 111111qua duvidei da verdade de vossa rncrçc e agora el'LJio estaní jli cobrado tudo J11l(llme vossa 11lCrl'C merc(.) remeter

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pello rego sc ahi estiver ainda, quando não por qualquer outro, que seja seguro, em fe~ho.'l e di7ermc se ha em que o sirva que para tudo me tem mui pronto e obrigado, Junqueira 2 de Janeiro de fiRó //[156 11sieJ

Carta para Domingos Escorsio na Baya com reposta de huma sua de 10 de Julho de 686

Recebi a primeira c segunda via de vossa 111crce de 10 de julho passado com a letra de 79$18U que fica satisfeita, e eu agradecido ao cuidado de vossa merce spenmdome. continue este favor nmndandome a demllzia que la fica na primeira oCHzilio que ja a cbegada desta terá VOSS!11l1erce obrigado a João Ribeiro da Costa a qucm pague e para o que eu preHtar cio servisso de VOHsa Il1crce e do senhor Domingos Martins Pereira a quem beijo ao mãos estou sempr~ serto deos goarde a vOS~1ll11erce. Lisboa 17 de Mnrço de 687 1/[1 56v<>-157 c 157v"-158vo em branco) //[159J

PapeIs que levou Antonio de Brltto para bem da cobrança do que fIcou em S. Thome

Copia do recibo que deu Jasinto de Figueiredo a 8ernardim Freire O qual mando ao Padre Frei Joseph da Conceição irmão do dito Figueiredo frade de Sam João de Ocos para me buscar estes papeis entre os seus

Reecbi do dito l3ernardim Freire de Alldradc os papeis seguintes o invcntario do que ~e tomou ao pataxo da ilha o protesto de Pero Yas da Crus a sentença para a liq­uidHf;iio e execu~ão o ireslado da eseritura que trazia o pataxo li procuração t o dito Frei Francisco a pl'Ovizão para se cxecute comformc manda li procuração de Pero Yas da Crus a pl'ocuração de João de Saldanha o in1Ventario e treslado delle que e~ta em poder do t!scrivão Cristovão Leite hum escrito de Antonio Pais Maehado de 17 arrobas de marfim tudo de conta a pagar a mim, e sincoenta e sete livros que fjcão ~m Ser dito marfim.

Conta do emventario da fabrica do pataxo que entegou ao senhor Bernardim Freire a quem deve dar conta segundo a certidão que prezentou abatendo o que entregou a Diogo Velho que vey tresladado abaixo

2 vellaz grandes em menos de meo llZO avaliadas em 1 vella grande nova avalliada em ............... .

, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . conta "traz ......... , ........... , ....... .

, .... 14$000 ....... 13$

· ..... .27S0UOI![l55vO] · ............. 27$000 · . . . . . . . . . . . . .8$ 2 vellas de lagucte em mais de meo llZO em

2 vellas de gavia huma de lona muito velha . . ............ ..$

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<1 outra de treu quazi nova avaliadas ambas .... 12$ 1 huma mazena muito velha e huma vella de gavea em . . ..... . · .... 04$ 82 varas de lona a 250 reis a vara são ............... . · .20$500

· .71$500 1 huma amal"ru de 108 braças C0111 15 quintais a 6S reiz ... 90~ 6 arrobas de insarsca nova ao dito preço . . . . . . . . . . . . .... 9$ 9 quint<lis e meio de insarsca boa li 3$ são .......... ,. . .28$500 1 ça\abmte velho com 6 quintaes a 2$300 :-:ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 15$ 175 barretes de cobre que pezavão 6 arrobas c 12 livras ............. $ huma aroba e 12 livras de mialharem ... . ..... 1$200

....... 215$200 hUlll ve1hacho, hum joanete, hum cutilho e huma monítu tudo muito velho sem

prestill10 41 massos de merlim que pezarão 11 livras a 100 39 meadas de fio de vella que pesou 15 livras fi 170 2 bandeiras velhas sem serventia I lmma mangcira sem serventia

.1$100 ............... 2$500

22 liaças de estopa a rezão de 200 alToba ......................... $700 29 arcos de ferro sem serventia, e hum pouco de seBo hum pedaço dc virador

avalliado em . . . . . . . . . . . . . . .......................... 1$500 huma lavancH, hum barri I de ferros velhos 431 pregos de lancha, 2 ferros de fogão hum leme de lancha, um bicheiro, hum

bacamarte, 2 pistolas, J alvados velhos huma pedra de robolho huma caldeira de armação, hum barril com ferro velho

2 fisgas 2 pedreiros com 3 Cllmaras 82 arcabLlze~ com algumas coronhas quebradas 20 ll1oitois avaliados em ..... .

1/[ 160J

. .... 12$000 ............ 233$090

Funchal 24 de outubro de 676. Carregação feita com o favor de vinho por mIm Diogo Fernandes Branco, espero conta do Senhor João de Saldanha gover· nadar e cappltam geral desta llha e minha cada hum em igual parte para a cosl<'1 de Guine em o pataxo N. Senhora da Encarnação e Santo Antonio, mestre Pero Vaz da Crus a ordem de Martinho Fernandes da Crus.

Por custo das fazendas que mandou vai de Inglaterra Richartc Piquelbrt com gas· tos, comições seguros custou nesta ilha. . . . . . . . . . . . ......... 319$207

Por custo de caix6es das ditas fazendas levar a praya e a bordo ........ 3S580 Por custo das fazendas vindas de 01ru1da como consta da cmregação com gastos,

comissões seguros e freles custou nesta ilha ..... 371 $640 Por custo de hum cofre, o caixão 2$500 reis levar huma e outra couza a praya e o

ferro 680 barco abordo de tudo 750 tudo ............ 2$930

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Por 30 I barras de ferro comprado nesta ilh[l pe:.:arão 382 arrobas 19 livras fazem quilltai~ 95 2 arroba~ e 19 livras a 4$500 reis o quintal ......... . ... 430$417

Por levar cm 15 caminhos o ferro li pruya li 30 reis 2 bareadas do barco grande 1$600 reis 16 rezos do dito terro fL 40 reis 680 tudo .................. 2$730

Por 14 pipas e quatro almudes 10 canadas de agoa ardente em 203 barris de duzentos e hum almudes e hUll1a quartola n 24$ por pipa ............. 344$957

Por custo dos 203 barris 96$300 e da qUlIrtola 700 reis 27$ reis por carreto a praya c barco li bordo prcgOfl, folhas, batoqucs montão 5$635 que fazem ...... 102$635

...................... , ...... , . . . .. . ..... 1577$996 //[160v"] monta a lauda atraz . . . . . . . , ..................... 1577$996 Por 6 possas de friza~ com 320 varas a 360 reis vara... . ..... 115$200 Por 13 quintais 11lll11a arroba, e 17 livras de polvora a I n920 quintal .239$820 Por 659 bnrrilinhos em que foi a dita polvora custmão ilulls oom outros, por serem

difen:nles- ...... . . . . . . . . . . . . . . . . . .33$750 POI" 4 pipas de vinho em quartos, e quartoln~ postas a bordo a 17$200 reis pipa. , . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,. 68$800 ............... , ............. , ......... , . . . . . . .2035$560

Toca n cnda hum dos dois inlercçados o seguinte. . ........ 1017$783 Pertence ao senhor provedor da fazenda Ambrozio Vieira de Andrada a sexta

parle da metade do senhor governador João de Saldanha e Albuquerque como parece ..... , ........ ,.,............... . .. , ............ 169$630

petição e a certidão apontadas aslma

Dis o alferes Gaspar Lopes como procurador bastante do governador que foi desta ilha Bernardim Freire de Andruda que para bem da fazenda do seu constituinte lhe ilc neccsHlll'io [) tresl[1do inventnrio do qtle o dIto seu eos1itituintt: cobrem pertecente a .Io~o Saldanha pIo que. Panl a Vossa Mercê mande escrivão Christovão Rodrigues Leite lhe pn~se o dito tresllldo em Jlublica forma o R. M. //[161]

despacho

Escrivilo Chrislovào Rodrigues Leite passe ao suplicante o treslado que pede do que lhe constar cm modo que tbça J't.'C S. Thome 25 de Fevereiro de 1682 annos

Ires/ado que se pede

Termo de cmtn::ga nos vinte c sinco dias do mes degosto de 1679 anno~ nesta cidade ilha de S. Thome na dtl Santa Mizericorclia della nas cazas da torre aonde eu escrivão foi por n1<.ll1dado do senhor governador Bcrnan1im Freire do Andr3da com dlllmoxarife de S. M. que Dcos gow'dc O capitão Manuel d3 Silva da Costa, e Antonio Pinto de Faria, c Francisl:o Luis carneiro c o pilloto Jozeph Pinto todos pillotos, e por cllcs forão vali iar as fabricas do pataxo da ilha da Madeira que hé a saber o segtlinte. 2 vellas grandL:s em menos de meo lIZO avalliadas ambas em 14$ e mais outra vclla

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~r<lnJ>: nm;l ,j\;tli;tdu L·m 13S r~'i~ 1 ,dkl~ d>: talJu>:l~ ('lll mui,; de meio uzo avaliada~ ~m ,,$ rci~.2 \dLh d>? l.!avia huma lk lona mUÍlo \dha outra lI.: Ireu l./uazi nova avali­,Ida" :lmb;h I.'lll 1::!'S rci~ huma ml.'urna muito velha e huma veUa de gaVt~a ava1iada~ ;lTl1h.h em "+S rl.'i~ :\2 '.ara;; do: kma a .:!5tJ a vara ror ter>:m algumas pingas de agua hum:\ amarra que );j,e !<:m 1 OS hr::lçl~ que pO:ZUlI 15 quintais avaliados a 6$ reis o ljl!ill!:tl qw: impwra 91/S rei:;, b arroh,ls tI.:' im,ar~c:J nova a 65 reis o quintal empurta !JS rl.'i" Js arf\1bJ~ de em~ar~ca boa elll qUt' ülzelll quintai~ 9 e m~a arroba a reziio d~ 35 rei~ n quint:.1l empurta :':xS50n reis 6 pedaços d>: cal1abrete~ \dhos que tem 24 arrohas qll~ f:tL~m qllintaJ~" :naliJdos em :':$500 r~is qu~ fazem 15$ reis 175 bar­r~las d~ cuhra qUé r~sar5(> (i arroba~ t: 12 1jwas. 11Il111a arroba e 12 livras de fios de mí;llha avaliJdD~ ~m mil t.: duzentos r~is hum \'c1hacho e hum joanete, e hum cutel­!fI. t.: huma moreta muito [ 161 \'''J ;;dhos que nijo t~m prestimo nenhum 41 mas<;os de merlim 'lU<: ~zou 11 liHas a 1 (/0 r('is a lhra 39 meadas de fio ue vdla que pezou 15 IlHa, a 17U reis as ~ bandeiras vdhas s~m serventia huma de popa outra de proa hum:! mallgu<."ir3 qUi' n:iü t~m serwntia. :':2 lirras de e:;topa li reziio de 200 arroba 29 areos de krm lJll~ Iljn k'lll ~ern~ntia, hum poueo de sebo qll<." mio tem s<."rvL'ntia comi­do d(l~ rato~ e rodn, hum pedaço d~ \imdor de piacava qm:brado avalliado em 1$500 hurna I:l\anca, hum h3rri! de fcrT\1~ \dho~ 431 pregos de lanchas e ferro~ de fogão, hum J.::me de lancha, hum bicheiro, hum haenmat1e. 2 pistolas velhas, 2 lambadores, hum s,:caTIu\'o, 3 ah'auos velhos. huma pedra ut: rabollo, huma caldeira de armação. hum caiL!l!lrào j"iJrado. hum calddrào velho sem serventia 26 ancoras sem serventia tudo passado do bU7ano. 2 fisgas, hum barril com os mais ferro~ velhos com 3 ruma­ras 20 Jrcabuzcs velhos com as coronhas quebradas, 2 remos de pau qUt:hrados 20 müusnis avaliados ~m 12S rós as quais Clluzas farão avaliadas pello louvados que se acharão Jlr~lente~ perante o cappítam João Tabares de Souza, e mandou a mim o diuo carritam c ahnoxaritC, (I L'apritam Manuel da Silva da Costa que portasse minha fce, que botasse nu m~ll pnrtocollü pam constar, as quais COllzas avalliadas tomou enlr~gl1e do carpilam JLliio T"bares de Souza. com elle asignou aqui com os ditos louvados c fee d~ tudo fis este lermo de entrega no dito portocolo rara lOdo o tempo de '[l02] dar tn'slado a quem o pedir eu Christonm Rodrigues Leite escrivão da ..:orn.:içãu l: chanceller que o o;:::.cre\l.

E ni'io dizia mais () dito termo de entrega que eu escrivão ris tresladar do proprio que esta no meu portocolo que em meu poder c ..:artorio fica ao qual me reporto dlc todo e mr toJo o qual treslado ris em vcrtude do espacho iitra~ do juiz ordinario o alkr~~ Sebastião da Sil\a e pagou deste treslado 120 concertado por mim escrivão \:om outro oficial abaixo asignado cm S. Thome hoje 26 dias do mes de Fevereiro de 1MW anno~ nesta cidade ilha de Santo Thomé I:!U ~obredito que escrevi confirmado por mim eserivãu Christovão Ri.ldrigu~s Leite ~ comigo escrivão Sebastião Lobato de AmaraL

Nos abaixo asignados certificamos c juramos pello juramento dos santos avan­ge!bos que a sobscricção airas e sinal ao pee della o reconhecimento c do escrivão Cri~tO\ijo Rodrigues Leite c asim mais o dito reconhecimenlo he do escrivão Sebastião Lobato qu~ alUalmente asim como outro estào servindo de escrivaes e a todos os seus papeis se lhe da inteira fce e credito em juizo e Ibm ddle c por verdade nos assignamos em santo Thome I S de /l,fnrço de 682.

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a~s.: Domingos Coresma mestre e Juzeph de Oliveira por merçe que rli~, Antonio Pinto Faria. Fl"[Inciscn Luis Carneiro, Francisco Correu ii[162v"]

A memoria dos papeIs que levou Antonio de Brito dora dos que vão lreslada~ dos atraz.

Itemlml11n c,irla de Bernllrdim n·cire cm que dis o modo com que se hade fazer II cobrança do provedor

Item fi escritunt que levou o P,1tnxo quando partio da illm Item o inventario do navio Item li provizuo por honde S. A. mandou hordem cobrasse as perdas e danos do

pataxo. [tem fi pl"Ocumçào de Diogo Fernandes Branco e outra minI1l\i/[163]

Carta para Bernardim freire de 20 de Abri! 1686

Senhor meu rolgúrci qlle VOSliU lllerce lenha ]laçado todos estes tempos com II saude que lhe dCl.cjo com mais alegres festas e com muita saude e de toda a famil~ ia.

Di~rll~ que me avistei com vossa merce nesta corte ajustei a minha conta que linha com Diogo Fernundez Bntnco porque foi ncccsario dar em conta delles a seos parentes dn ilha c de mim porque cuidavam qlle eu me tinha aproveitado deste din­heiro c ac11ei que dos 7] 1 $393 de que vossa meree fez escrito de obrigação a Antonio de Freitas Brunco mc tnca a mim 379$259 de quc vo~sa lllcree me ade fazer merce em podendo pnw satl~fazcr alguma divida das que me obrigaram e virme metendo neste da termo de que ostou pngando juro que bem sabe vossa merce o que isto custa e uos juros que VOSSlI morec esta a dever ao dito Antonio de Freitas Branco me tacão li mim (1 que importa esln minha quantill desde (1 tempo do escrito da obrigação feito vtls~a men:e que o fe~ 11lt! üm\ favor fazer esta conta que como vossa l11crcc deve oJgU11l temjx). ~egllndo me dis hum criado de Antonio dc Feitas que cá corre com as suas couzas ou ncgocioH pode imteirnrlne li mim e abatello a elle e quando VOHsa

111eree senào queira lançar cm fazer esta conta me mande dizer a tempo cm que fcs a obrigaçuo c (1 tn.:s[ado do recibo do quc tem pngo e eu a farei clara ainda que isto não ade eustar l11uito 1mbnlho li vossa l11ercc c suposto que vossa merce repare em que tendo dado escrito que ~c obriga a Antonio de F1"eita5 Branco o podem eIle obrigar segun:sse vOH~a mcrce o não I'arú porque o que temos ajustado entre nos b6 que cobrndo este {linheiro cndn hum tomuria a que lhe tocasse feita a conta de 1Uflis que o dito não cota est8 dinheiro porque vo~~a mcrce o não cobrou//[163yfl] senão com procLlrm;uo minha e exercitou obrigudo li dar a parte que tocHva a Diogo Fernandez Branco que Ocos tcm aos herdciro~ li que tocar que como andllo em pleito ainda senão sabe e quem ade ser e o Marques de heronchcs a quem o dito defunto devia hlll11a dividu me embolsn cRte dinheiro para sua satisfação a vossa meree que vossa

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me)'(e o n~o deve numqua dar ~m minha ordem tonto e que me tcm como o que toca a parte de Diogo Fernandes c como tiver o dito Antonio de Freitas fU:lClll nisto COm maior clareza paro (Iue vossa merte fique sem receio .. lgum e os p:UlOS pode VOSSíl merce mandar buscar entregare dellas que Llão ha quem os q\.leira nem por )louco nem por muito e façnme vossa mercc meree responder logo e veja se me ordena. cm que o sirva que para tudo me tem as Sllas ordens. Se vossu ll1erce me mandar dar este din_ heiro logo eu me obrigarei a liralo (l salvo em toda li duvida que hnja Antonio de Freitas Branco //[164]

Traslado da quitação geral que (is ao senhor Manuel Ferreira Sentio do anno quo comessou a hera de 685 e acaba no de 86

Reeeby do senhor Manuel Ferreiro Ferrào setecentos e quarenlll c tres mil e duzenTOS reis: a snber quinhentos c sincoenta da comenda c sento e sillcoenta de madeira que linha ja recebido 00 diUo e o demais em eneomendas que tinha ped ido, e parn ~ \.\u descarga lhe dou e~lo feito por minha mão c asignadn, e declaro qu e este dinllCil'o Inca ao arendarncnto que se ac~ha este Sam João de 86 e fi co devendo para o anilo que vem de 87 ~centa e sele mil quutroscntos e si ncoenta reis O~ quais levarei cm conta na que ajustar para o que vcm feita cm 24 de JunhL) de 686 11{164v"]

EscrIto que se passou a Manuel Ferreira Ferrão este anno de B7

Tenho dado de rcnd,\ a minha comenda de S. Martinho de Lngmes ao ~cnhor Padre Manue l Ferreira Ferrão, em pressa de quinhentos e sincoentll mi l reis ti pagar eada Irez mcze~ sento e villte mil e os setellta que faltào para o compnsto me hade dar nas encomendas que lhe pedir postas em Lisboa a sua eusta COIU t1 ~ mais clauzul­las da escútura arendamento passado que IIcHba neste S. Jorro que cmboru vo~sa merce viera donde comessa este que agora fll ço de 4 annos e pam sua clareza, a ,-;egu­T"d1lça de .. mbos lhe dou esil': por mim reilO, e Ilsignado, e ellc me (ln outro do mesmo teor em que se nào ras a escl'i tura que me obrigo asignllr. ou dar procuraçilo a quem o raSSil por mim Azeit.10 18 de j unho de 687//[ 165 a 166 em braneo) //[ 166v"]

Carta para Sebastião Valente sm 23 de junho de 1693

Todas as vossas vindas no pataxo recebi; c como nell lls me certificais pnHsuis com saude. c toda a vossa caza as estimo. Da tardamm do pano de Luis Monteiro ninguem tem CU lpilS senão eu porque conhecendo o que cllc /te. e o seu discuido me tornei a tíar delh::, agora m'io ha mais remed io que pC:r.lI..'guiUo todos os rcc(Jveiros que houver para nquell lls pal1es. e quando lIâo baste fu lay a D. Francisco Màrl i m~ ordene II Joseph Manuel Illundc logo o pano j á quc I>or suo via lhe foi e denlm parti cUe.

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Os vestidos que se hande tllzer vão cm lmnm mcnoria a parte se se puder tcr feito isto será muito bom, porquc quando for {l pataxo (que fica esperando humjudell que hmle hir nellc) esteja isto feito porque hade voltar logo eom o valor, e nelle vai o alfayatc qUI.: uLJui fas de vestir que dam mais c1arcza das medidas, que como tudo esteja em caza se podem fazer em oito o des dias que se deterá [) pataxo.

130m serú dar conl<ls a Antonio de Oliveira, que como tem procllrusão geral a elJe 111e todio. e trabalho he que me pOllpai!; a mim, 110 que toca à taverna não me esta bcm a minha cO!lviniençül se parte vale nos direitos, e quando senão queirão avançar, e vos achares não tereis ganho nella arendaya li quem vos der mais, por mira não lhe faltam quem II queira ficando elle l1clla, que melhor he pouco com a condencia segu­ra, do que muito com ella carregada c só os vinho~ de Junqueira vendereis ncJla porque como este não pagn tlinto,.; direilo~ porque he dUl1linha lavra sempre se tirará algul1l lucro, e qutmdo n[lo houver quem a arrende lirailhc o ramo que com clles virem ~enfio vende vinbo~ talves que se .~ugeitcm avença.

Ao men.:eeyro Antonio Luis me parece podereis dar alhe oilo mil reis pellos seus papeis, que sempre pl11'em com scrtidfio de que esta sevindo Joseph lhe darão ao mcnos 6$ rs de tcnçu COIll o habito de Christo, porem a hindu agora não he tempo de o requerer por i~so volo~ não Ilwndo, como eu o 1/[ 16 7] montar entno avizarei do que se hade fazer.

Dizem me que vos tende~ hum cavalo bom se l1e capas de servir \leUe podeis ll1an­dallo no pntaxo e comprar otnt besta o hum machinho qllc para o vosso servisso he melhol', Tambclll mando buscar por via de Lui~ de Saldanha, mais dois poutros para ter a todos montado>; o custo dcllef> pedireis a Antonio de Olivcir" que lmele pedir aD contratador, e pura o mnis qlle vay no rol.

Fize~tes bem de entrcgur a cadclla <lO embnxador, por não faltar à palavra que lhe (ky. Sinto muito {} que fcs Luis o negro, logo cm esta chegando lhe tOllley a espada, c tudo 11 muis que serve de suhir Fora ficando só com os vestidos de trabalhnr; e lhe hotay n coleira ao [lcseoso, e se lhe não tire sCIJ1111inha hordem, mas o que pessa S. Francisco, e fllzcndose doente lhe não deis mais que abobora a comer, e trabalhe sem­pre nas obrns, c n50 nl~el1do tudo o que he obrigado o muty fl pancadas todos os dias pUni que vos tenha llqllele requerimento como ~e fora a minha peÇO!.l, a Fr. Bemardo digo isto mesmo. Do pedreiro vos não deseuideis, que pam o lmúto tempo que eu de lil falto he muito pouca a obra que me dizeis se tem feito (leve de ser f!.llta de avia­mento, () sobrn de preguissa, que para quem se obrigava em tres nllnos ter feito cazas athe S, Amaro, he muito pouco em des meses huma morada de eazas, dizei isto a Antonio Pedrozo. No qLle tocu ao aluguer do Boga vo~ c Fr. Bernardo farão lá () que entenderem, hé melhor. No forno ouve llluito dCHcuit!o em se cozer, Os bois velhos fizestes bem cm vendcr, e rcfllzervm de outros novos a~.~illl farei Lodo~ os annos. Não entendo o que me dil'.eis do canto do 1/[167v"] muro do almargucm que serve para palheiro por isso nilo po~so responder a isto, explicnvo~ mais, o riscai em hum papel para quando cu possa entender milhor. Se pareser a FI'. Bernardo, e a vos que se con­tinuem as caztls das do Boga athe Belem tambcm se me não dura diso porque ficão 11l1lb a vista, \.O tapilo as terras as cavalharlul), e chegando perto do forte esperareis o duque hum dia ne~~(l estrada, e lbe direis se há algum cncomvenicnte para que cheguem athe de fronte do forte porque havendo não bulíreis C0111 couza alguma, e

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tudo isto lhe direis da minha parte, e vos aproveitai de toda a pedra mc:uda que esta pella estrada, porque com isto fazeis dois proveitos, e lambem alguma que esta afin­cada no chiio se pode arencar enchendo as covas de terra, a mais dunde for mais faeil, e mais conveniente, e Antollio Pedrozo que faça as cazas mui iguais nas geanel1as; e portas como lhe dise, e todas com seus quintais.

Folgo muito que a Junqueira esteja prospera; e Azambuja, como me dizem se assim for ficais livre desses bicos ~Ille ficarão pOI" pagar. A Antonio de Saldanha se lhe não podião negar as cazas para Miguel Diogo por emprestimo, porem, dise lha os mais se quizerem meter outrem que tendes ordem minha para e não fazer sem mo mandarem dizer, porque nunca isto he de proveito. Tambem não entendo dizeres me que há ll1uito~ que governem a Junqueira porque eu o não deichei entn:gue mais que a vos; e a Frei Bernardo que fos~e ver de quando em quando se se fazia o que hera rezão. Algumas COLlzas que vos tenho pedido não mandeis Ilem a n.ózão j"x)1"que hê neeessario sempre veres as minhas cartas, e os meos 11[168J rois e responderes a tudo, os encllertos que vos mandei pedir são esclIzados virem ja eá huma ves que nuo vierào no principio.

Os papeis de velhaseo estavào no buffetejunto ao relogio, senão herào os que ten~ des, devcm estar nos anmuios debaxo da banda da eaza que se ladrilhar de novo, se hê que os n50 entreguei a Custodio Aires para os mandar a seu irmão de quem o sabereis. Esta divida que me dizeis de João Pereira a não tenho de memoria, porque os papeis por onde me jlodia constar la ficarão; porem, ellt: he homem de tanta ver­dade que me pal"cseu nào levará o que se lhe não dever, c assim se lhe pague no que ouver, o por vos O por Antonio de OliVt.:ira este senào descuida em tudo o que lhe tOCll, nem no procurar da Jemanda, e só o c1erigo se me mostra queixozo de vos mns não me dis a eauza e hera neeessario dctratores amizadt.:s com elles athc agora serve bem. O homem da estanei" se quer as cazas junto das do Boga lhas podem fazer, e que qUllndo não espere que se lhe vão lá chegando que entllo se lhe farão.

Este quarto de azeite venha, e para o novo avizarei, dizendomc vossa meree se ha novidades, e para que parte será melhor que se fasa. Tanchões de oliveira não esqucsão ainda que ~eja poucos cada anno; folgo muilo que exprill1enlais o quc eusta o acomodar bulhas de criados proque agora conhcsereis o que tcnho padecido, e padcso sempre. A João Rois não consintais o fazer vc1h8.cariH~, e fazendo-as o botay fora de caza que não apnresa ahi, e se vier cá dizei lhe que o hcide deitar ao mar com huma pedra ao 1/[168v"] pescoso.

Esta divida que dis o medico de BeHem, de tal me não lembra, antes me parese que tudo lhe tem pago muito mais do que elle merese. A Fr. Bernardo não fallo 110S 40$ reis como me dizeis; os boyõcs de manteiga, e o m/ris que mandastes tersa eI1tre~ gou tudo, c do que se gastar do que cu mando pedir, ja digo se não tire da Junqueira nem de outra qualquer parte alguma c111quanto se niTo pagarem as dividas, e se pessa ao contratador. Com a madeira de Manuel Coelho he necessario muita carta, dizei me se se: fus isso de empreitada, o de que sorte se fas, se isto que dizc1s do homem dlt estancia hê querer elle fazer as cazas à sua custa, é pagarse nos alugeis os juros do dinheiro que importarem athe lhe pagarem o principal venho nisto.

MaJUlel Mrturis fica muito bem acomodado, e eu o favorecerei em tudo C0l110 clle ja vay esperimentando, senão for antes de eu hir hirá comigo, que he o que posso fa~

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zerlhe, Dco~ vo~ goardc como dczejo, dizei me que ouve de I'ruta, e sempre venha toda li que possa cá chegar, e li Muria Phclipe o que lhe for necessario para o dosses c dizei o que rendeo o verde, estas cartns guardai, e deixai as vossas louciluas que aHsim Caço. Disme l11ai~ o Padre Simão Gllnçalvez que depois de chegadas as minhas cartas 20 dias lhe mandnstc~ a sua uberta por Roiz, não sey a que possa atn:buir isto avcriguayll1c este negocio, e mandaimo dizer porquc de:.eo:ejo saber quem foi tào atre­vido; ncm sejn como as dilata ser tanto l11andandome dizer que logo as entregastes todas, e mais sabendo quc tenho negocios eom este homcm Mazagão 19 dejuuho de 1/193/i[169]

Carta para o Conde da Castanheira em 24 de JunlJo de 1693

Primo e senhor mcu, recebi a de vossa senhoria de 12 de Mayo no pataxo, e SU[losto me alegrei de ver que vossa senhoria, passava com saudc senti Tllllito a nova da Illorle de Manuel da Cunha que Dc()~ lem, c do Sl:U serviçll, c dos mais trabalhos que mc conla o senhor se passarão naquela cuza de quc lhe dou li vossa ~enhoria os j1C7WllCS, sentindo lambem estar em parte onde o nào acompunhm!se com a peçoa assim como o lIcompanho com li penl1a,

Bcm crcyo não sl:ria culpa de VO.'lsa senhoria II (ktcmm do pataxo só sei que quem H teve hade dar muito estreita eonla li Deos de o não mandar mais sedo com li repos­ta dos cativos porque em 5 mezcs que e!1e lú c~tt;yC podia estar o resgatte dos caLivos ajustado, e elk:s a esta hora P{)~t{)S aqui (l pouco menos, c agora não sey se podem cOl1lcluir antes que entre o invemo, com que estes pobres terão maiH hum anno de inferno ~enão for toda a vida, pomlo se d Rey de Mcquinés cm outra volta, fora ou­tras eum;cquG!1eül.'l bem ngravantes, para quem deve fiar dc:lgado. O pilo nilo foi mao vir porque jú Linha11l0s dado eineo meyas re;.:ois, c não tinhamo~ muis que outra mC)',1 chea de gurgulho, e sabe Deo~ qWll1do virâo as embureasois da ilha, que pe11n queixa 411c 1110 fas () eontratador de lhe faltarem com as embareasois, vai vendo que ~e não !laJe poder meter cá todo o trigollecessario este anno e daqui ao Inverno não ha mais que dois l11ezeS,VOSSH senhoria dcve por todo o euidndo nisto. e não por esta pressa neste risco !\ssim pello que lhe convem ao seu oficio, como pella meree que me faz, e eviUar u El rey os gaslos que agora [cs, o que fará em todas as occazioes de aperto por nos não deixar percsser. A canwella veyo t;Qm fi cal, e confeço a vossa senhoria qlle tive grande miVll ue que vossa scnhoria lnrgace 1/[ I 69v"J a metade ao contrata­dur porque alem da que ficlI ser mu i pouca pura as obras duzentos mil reis o mais que eUe ganha nella era melhor que os ganhaee E1Rcy aplicando-os às ditas obrns por ser cllnelnassão Ião pOLlCU pura eUas, e haver muito que fazer, e porque me elice aqui o mestre que lli sobre os n'ettes ouvem alguma duvida com que vossa senhoria diecra a porLa da ellzn dc Ceuta que não os pagando veria toda por conta deI Rey, hordcney ~e entregnee no feitor do ascenlo com cOl11diçiío que vindo de !{j a cJare;w de que não vinha por conta do contratndor me havia entregar todo o dinheiro que fizesse nena a 6$ reis [) moyo C01l10 nqui se vcnde, que como na carta de (juitasão lhe mandavR entregar, expressamente não pude fazer otnt COllza, VOSHll Rcnhoda devc mandar

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clareza deste negocio. A gente desta caravella, dis a t;onVt;rterão havendi de lhe pagar n tostão cada dia

estando neste porto, e es.tando no mar o fora do dito porto a 150 ou rl'!ção, e [00, e que na caza de Ceuta se lhe avia h\zcr pagamento, e como clla se não fes para acis­tir nesse porto senão neste, deve ser o conserto do tostiio aqui, e os 150 quando sahir a algum avizo, o viagem que lhe mandarem fazer, l'! o pagamento tambem deve ser aqui para terem de qlle comer, e o regimento assim o dedarnrtl 110 cap. 2" * 12 com que vossa senhoria deve pa~sar as ordens lleeessarias, digo mandar passar as ordens necessnrias para isto com o aeresentamento do soldo que dis se lhe Ic.~ fi respeito dos do pataxo, entretanto tenho tomado cá dinheiro pm emrpestimo li que me tenho obri­gado, para lhe hir dando a HU<I conta. Os soldados qUl'! vicrão são muito bons Vf\y no papel induzo a quantia dos quc faltam para a lotasão que espero estcjào feitos para virem no pataxo //[1701 c os ellvallos, elle fiea esperando pell0 judeu que I~)i a Mcquines buscar as ordens nesessarias como vossa senhoria ven't na carta que vay ao conselho e faso o estar la athe 15 de julho, e pode vir aqui, e tornar emquanto o judeu ajusta o resgatte, que vay em tão bons portos que me parece não avera duvida mais que no modo do pagamento a Cautella me parece se tem todas a que hé necessarias, e em tudo isto trato senão tem ariscado da pnrle delRey hlll11 vintem, e só a minha fazenda; porque para 2$ cruzados lhe não falta muito do que tenho gasto cm prezelltes.

Folgo que vossa senhoria achasc acertada a vinda do ntTOS e como o eontrutador esta de posse do conhecimento do trigo que se deu por elle he Ilecessario que venha o dinheiro do seu vallor para ajuda das obrus como tenho pedido. Ao barco se darão as 10 espingardas COll1OV(lssa senhoria aelcna. O vigario está muito manço, e dos mais clerigos não tenho queixa porque todo!; eslão com sumo respeilo, e cuido que ninguem mo perderá (bendillo Ocos) nem cuido mandarão, occazião de que lhe eu risque as prassas de que cstimo muito a Ol'dem. Mazagão 24 de Junho de 693//[170]

Carta para Diogo Pedro de Alonso em 24 de junho 1693

A de vossa merce de 24 de Mayn recebi na pntmw que feH muito boa viagem chegando aqui em 27 e e.~till1() muito ver Ilclln que vossa llleree pns~a com saude livre da~ d(}en~as tiesa terra.

Rem scy não hé descuido de vos~a mercc o tardar tanto o pntaxo la, e não te111 duvida que nesta occ:tzião fes grunde mal a sua tardan~a porque Ü1Z grandes demora no resgatte dos cativos poder ser neste verão e quem scm culpa disso o pagaram, eu d 11 metto con cscruplllo a quem entendo qlle foi a cauza.

Logo que chegou mandei chamar o judeu veyo, e em poucos dias, ajustei com clle o que me pareceo conveniente, e o nmdey a Mcqtlinés a buscar o seguro, e as mais hordens neccssal'ias parti hir n Li~hoa a conduzir o contratador, creyo que estarlÍ aqui athe S. Pedro, e ponhome tão ~edo a fazer estas, e outrns llleudezas pdlo não deter em chegando, 1cvl\ndo-o ])eo~ a salvmm:nto, vossa merce deve logo thlar com El Rey no~so senhor para se mandarem fazer os cavnllos que vão nn l11elllol'Íu cnduza, e que

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ordene logo ao contratador ponha a feitoria, e os dois quarlcis correntes que de vez e volte logo com isto para ir derois buscar o judeu, c se entretanto viera gavarra como espero a determino aviar logo c 1l1l1l1dnlla com esta para que sirvào para vossa merce a estar tudo aparelhado, e advirta vossa morce fi EI rcy, e ao Conde que não ad111ittão daqui por diante a pratica do contrutador dizer que não he obrigado H dar os qllarteis, e as roupas sen50 no cabo do anilo porque hé huma abuzão a que se quer pegar sem rezão alguma, o trigo veyo a muito bom tempo porque ja não tinhamos mais que huma meya resno no seleira e essa com groglllho, a cal tãobem chegou, e bem se pn­dera niío largar tanta 11[171J ao contrntndor porque a que me fiea he muito pouca o que lenho que rcpanll", eu estou muito contente eom n earavella porque ainda que dizem que não he grande cotIZa de vena para o que deu a quero baixa e sobra, cu a não quero mandar o tn17.er como vossa l11cree dis por não ficar sem ella, se vossa mcrce puder nvunçar que venhn a cal do Algarve será mais barata, e o mais breve a iornudn. . Os soldados siio muito bons só me adocseriío muitos faltãollle para a conta os que yiio declarados vo~sa meree peço que venhão sem falta, e nem se acharem entre os prezos os olTiciais que digo n vossn mcree na ditn memorin scrú mllito conveniente que vcnhão, c o mais quc pedi a vossa mcrcc no rol passado, c lldvirto se me nua detenha o patuxo em nenhum cazo, ainda que llt'io estejão as roupas todas juntas tmga as que tiverem pum que possa tornl1r antes do inverno. O chinchorro já não veyo quando estes venlo nem sey so virá para o outro, bem sei que: não he: culpa de vossa merre nem a terú em <.:ouza nlgul11u, porque o mim lhe convem à sua obrigasão, aos officiais da cazu de Ceuta mercso, c l11eresserci llão faltem ao que devem, nem me obriguem a fazer queixa deJles que o sentirei muito. João Homem ql1iS fazer sargen­tos de mcu sobrinho mas ello o não l1seitou não sei se tez bem no cabo lhe achará o erro, devia ~Ct· porquc o nilo fi%erfío sargento vivo, o que não podin ser porque o esta­va já exercitanclo h:\via 1l111ito~ mezeH Jolio de Sequeil"tl que vossa merce eonhece, como [em suas prezu1lSois de vnllido cuida lhe não faltará cotlza alguma, mas estes ÚH vczes lhe sai () gndo moseoso, ainda asil11 o mando nestn occazião porque se não qucixu lhe til"O os l11eyos de seu llcressentmuentos. Ao secretario do Estado conheso ti fuvor que me l~t~, e nguardcsimcnto. A ínfonnasão de 1/[1 77vU

] Luis Gomes como ~Hta u cnrgll de Antonio de Freitas lhe dum conta del1a. Os sobreselentes que presto vão cm memoria il parte para que senão disculpem que não sabem o que Mo de man­daI". Ayrc~, e João beijam as miios II vos~a merce pel1a maneira que lhe faz. O Conde tle Cnstanhcim se fizer () que dis de me não 'lhltar com COllza alguma fará ü que deve porque eu lhe não pesso senão o prcsi:w.

Tendo feito esln a[he aqui chegou II gavaria ontem ]9 do corrente, e nena nos fal­[ou eartu de YO~S(l mel"cc devia de não snber a sua partida, cu 11 raso voltar logo e e~crcvo II El Rey Noso Senhor pedindo lhc mande ter feitos os cavallos como digo e prcvenidnH ()~ quurtcis, c roupas, vossa morce com todo o eallO!' aplique este ncgo~ cio, que esteja pmnli~simo, c o mais que vui no memoria. Tambe111 nesta occa:>;ião vay imfol·llll\~ão sobre o pagamento do trigo a dinheiro como isto he tanto 1.0111 proveito desle povo nilo [enho que lhe emcomendur ti vosga merce, e só que asista à compra dos eüvnllo~ pura que sejão muito capazes, tirando os que me dizem EI Rey quer largaI" dos seus qlle sempre seriio os que cite quizcl·. Tambem eserevo a meu primo

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Luis de Saldanha me escolha dois para mim que tcrú na sua estrebaria athe se embar­CaTem, por ma não ~c me olTerc:cc: mais l]l!C ficar prompto as ordens dt: vossa merce li quem Ocos gOBrdc Mazagão a 19 dcjunho de 1693//[172]

Memoria a vossa merce do que se pede agora como do que faltou da memoria paçada

Item os 300 frascos com cO!'dois de lã Item banas de livra da pecinha do exccicl!o c a carretta se se fcs Item hum boticarj(l em todo o cazo com alguma botica do qlle se tem pedido ao

boticario de S, Joseph Juão Godinho, Item o Relogio para a torre quando não quatro ampulhetas gn:mdes para o corpo

da guarda de mcya hora Item carvão de pedra bom Item () quartel de roupas que deve EI Rei que importa o que se lá tcm avizado Item os sobrecellentes que tenho pedido par~ as e/llharCaçllis que aqui perigão as

vezes como vossa mel'ce sabe e podem vir os seglllntes [tcm dltaS amaLTUS como as do [)ataxo que aqui cá havia já esta feita em pedaços Item dois viradores mais delgados Item dIlaS anchoras de forma llUmfl como a do palaxo outra como a da caravella Ite111 dois mastareos pellos do pilttlXO

Item quatro vergas hUl1la mestra outra traqueHe llllllla de velhucho, outra ele gavia tooas como as do pataxo poueo mais Ol! menos

Itelll algumas pones sorteadas Item doze ülxas de amarras

o qlle se pede de novo he o seguintes Que estcjão os cavallos e soldados pl'omptos para quando for () pataxo são os cav­

allos qW.ll~1Jta 25 os soldados 70 que senão descuidem das embarcaçois que //[l72v"J handc ir buscar asim do que se deve como do que lhe nceesHnrio para este allno se LC1'1'ão pagar a dinheiro algum como escrevo a EL Rcy

Taboado em groço que não há esse manda dar a hordem terceira huma eantidade, Vcnhão as ordens ncccssal'ias para se pagar u earavella porque la hade ser a sua

asistenc:ia e os soldados que hand<') vir(, . .'n para que tragão camizas capas espmlas que não podem cú IXlsHar sem i~so, e se trouxerem camas melhor que He mande 67S365 que importou a vinda do aTros que fieão carregados em trigo ao almoxarife e o contratadro hadc pagar cá este dinheil'lJ pU!' ordem que () concelho lhc hú de dar pam ISSO

o que se pede ii Elrei Provizo!, Fa7_cr pas~ar ordem ao contratador que as roupas se paguem eada 6 mezes e o di­

nheil'O aos que c YllSSa merce me hade pedir ao secretario de eSlado que se mande adarar isto oll'iciais que são ncccssnrios que peço a vossa merce fllça toda a dilli-

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genda porque vinhi'io na gente que agom vier advertindo que não [allo nel1es n nen­huma outm peçou por estarem.ia as cartas fechadas

lIllm ferrador hc muito precuzo e se souber alveitaria será muito melhor Dois cavoqlleiros que estamos sem aver quem arranque huma pedra hum ladril!ador também sen'i muito bom para 11[173J os selleiros Hum cspadeiro e hum bulilleiro Se vossa merce puder fazer 50 espadas para este homens que vierão venhiío na

conta do almoxal'ifes que cá se lhe pagará no seu soldo por conta do contratador que lambem lhas farei pagn1' e se o dito contratador mandar 25 pequenas para rapazes tambem se lhe pagarão 1/[173vU

]

Acrescentamento da carta do Conde da Castanheira de 24 de Junho mandado em 29 de Julho

A de simll he li copia da qu(;' foy pel!o Algarve depois disso querendo mandar o palaxo me deu Ocos hunm tal doença. qlH~ foi necessario milagre com muitas cricunstancias para poder verm~ vivo esta hora atribuindo fi mayor callza desta doença as muitas pemlH que palio em ver o pouco cuidado que a vossa senhoria lhe da esta praça pois a deixa chegar ao mayur extremo da mizeria que pode ser, e se acha sem hum grão de trigo depoi~ de seis mcyas reçois continuadas. tres quarteis venci­dos sem real na praça nem para mim que estou vivendo de emprestado; hum anno de roupa~ lambem vencido sem se dnr nada o contratador zombando de tudo, e vossa senhoria dexandoo ;,:ol11bar, sem embargo do que lhe tenho cscl"Íto sobre elle os cav­allos ficão cm Illizcravcl estado, () pataxo vay com toda li prcça para que venha COI11

o remedio neccss;;lrio e fUL:cr fi ~Hbcr quc são precizos mcterem-se cstc anno dois mil moyos de pão para ~<ltisfação do que se deve e para o provimcnto necessario e não temos ll1ai~ que hum me~ e meyo quc isto concidel'e vossa senhoria a preça que hé neCeHSarlO se de H cmbul'cnçois.

Vay a r(;'ccnceamenlo de Joseph Gutlerres na melhor forma qlle se ponde fazer muito tinha que dizer neste particular mas não me acho capaz. As letras de Manuel Lopcs Medina vão já metidas pode vossa senhoria. nmndnrlhes pagar que he rezão //[174J

Ao concelho rcmcto u contn do que he necessllrio para provimento desta praça, por não chegar ora que o contratador se tem obrigado c como clle tem concinaçois para poder tirar ficalldolhe ainda boas sobras 116 neccssario o mandem obrigar que de o que importa para que não fiquem alguns de fora. Vay lambem a conta das roupas que deve El Rei para que vossa senhmia munde sutisfazer esta gente para que em algum modo se restaurem do que vejo estão padecendo com todas estas faltas i/[174v"J

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Acrescentamento da carta de Diogo Pinto de 24 de Jun/lo mandado em 25 de Julho

Esta copia he a da que foy na gHvana pcHo ulgarvc c c~tand{l para aviar o pataxo mc deu hllrna doença qlle me lX)~ 110 mais mizcravel CHÍlldo que se pode eon~iderm, e t"tli cnllzn de se deter mais alguns dias o pataxll agonl o avizo eom toda a preça, e avizo a vossa merce em como os selleiros estão varridos tendo dado a ~exln e ultima meya reção, e estamos no mes de agosto sem o tempo ncc(!ssario para meter Ilestn praça tlüi~ mil moyos de trigo que são precil.Os este lllmo, ele dois ql1\lrteis de roupas que se develllnuo IUl hum fio com l}Lle estes mizemveis se cubriio de tres qllarlcis em dinhciru nlío h(l hum rcal nem para ir COll1cr, li gente pasma, embul·c[H':üo de: trigo nno aparece: H cavahll·ia vaysc c()~llmintlo todas estas ll10lcstias silo muito nocivas parece hum dafulIto quanto mais para quem há poucos di!l~ escapou da morte por l1lillagre evidente. vossa mcn.:e nestes particulares deve fazer nquillo H que h~ obrigado !![ 175J

Carta para o senhor Antonio de Caldeira em Agosto 30 de 93

Primo e senhor mcu como esta vay pello Algarve c o pataxo rica pntTl partir den­(["O cm 15 dias não poderey ser tlío larg,' como (!ezejo, dundov(ls os agradecimentos, principalmente nas diligencias que fan;:i~ por tudo tl qlll: lhe Incu que ainda quc o 11l(!11 amor vos merece toda esta finc7.u não deixa de me obrigar tJe 110VO a que !tlreis quan­do tendes tanlo n quc ,\clIdir. O pataxo fcz muito boa jornada panl ca c ainda que avia tres dias que tinha chegado a l1ao cnravella, sc lhe l'ez bem feilu nesta lerra, a do Algarvc chegara no mesmo dia se senào engan,H-{l (l prulico que trazi:l que a fez dilatar 111ai~ HeiH, c agora vcm dwgnn(lo mais oulm que no~ parece H (k~ Terceira, j{1

chegou com 170 moios da tcrceira, cspero em f)cos ql\e U·ugn as duns que dnqui ttlrão, c as de~sa terra ti salvumconto pura que fiquemos l11dho)" providos eHte ,lIIIJO que o passlldo, que tl\do se deve à v()~sn diligência, c nüo \]C mall en~my() pmn bispo cOlllcssar a matar a filmc à pobrcl.n. Eu estou eom ulguma melhoria porCllllllUitO fraco, e ntlto de vista, porque quando chegou o patuxo havia muito poucos dills que mc tinha levantado da minha rccuydil em que lumbem estive COI11 pirigo Jivl"llndo me este scnhor do cnterro por slIa divinn mizcrjçordb.

Vejo lLldo () que me dizeis do Cnstunheim em hUllm, c outm cnrta, c eotno não he novo para mim () seu discuido c o sell genio, e odio que tcm (I esta terra, Il~O me espantu que se c.~qucsa da amizade, c parentesco, c pml\\Cs~us qllC me fez. quando vim paru c~ta terra, p()i~ clln~ 11l(! reduzil'Go n lIssciWI" este gvncl"Ilo; eu lhe escrevo nesta uccaziüo hUlTIU carla de cumprimcnto sem lhe f;llar 0111 collza alglllml de Muzag,lll, nw~ viva t11uitus nnnosi/r 1 75v"l

U Rcy IlOSSOS clllmr a qucm V()~ bcijnvcis a müo Da minha parte pelo cuidado com quc me manda socorreI" por decrato~ da ~ccretlldn dc j':slado, e uo Secretario lltmbem o ngradescreis a IllCl"ce, com que olml tudo o quc tocn a e~W pnlssa que lhe estou muito obrigado, eu lhc l11undo ncstu occnzião u mell10riu do q\lc tenhu pedido (10 Conde, e ao CI1ncelho, c cl·eyn que isto deve de scr ordt;1J1 dcl Rey pam cscllznr as

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demoras do concelho e as omissões de Castanheira, se asim for como entendo, será a mayor mcn:e que se me possa fazer, Os frn5e05 que (!~[e senhor diz não serem nec­essarios, IlC a mais necessaria eouza que aqui ha, e eu não pcsso couza que não seja jll'ccim, contando ainda muito pello necessario.

Agradesovos muito a diligencia de Diogo Dias que a empregastes muito bem, porque o merece, o engenheiro não duvido que não esteja muito meu companheiro porque lhe dey cá hum lavadentes de boa marca por pouco zelozo da fazenda real, e não estimara eu pouco que lá o acomodara El Rcy, ainda que não ouvesse outro que quize<.:e vir em seu lugar. As novas que me dai~ dessa terra todas estimo mas não posso responder a cllas, só vos digo que estimo muito que EI Rey esteja sa1izfeito do procedimento de Ayres de Saldanha elle tudo faz bem feito

O negocio de Lunda Motta irá COl"remte no pataxo no que fica ao que me díseis que se estranhou, dizer eu que avin de fazer quarentenn na sistema desta pmssa, quem 1'010 contou acressentou, porque o que eu disse foy, que na dita sistema (que he sep­nrada de tudo o comercio desta prassa, porq ue ningnem la entra) se podia abrir algum tllrdo quando foce nl;:cessario sem muito perigo, e que a mais qlJe viesse avia de ir lu a Lixbou fazer quarentena, porqllC o fazella //[176] ca no campo como vos dizeis he empmticnvel, como podem dizer as pessoas que ca tem estado que agora não posso pella brevidade. O contratador hc serto que has obrigasois do contrato se obrigão a dar lhe embarcasois, e que so essa descuLpa tem que dar, c o tornarem lhe o trigo velho que linha para provimento desta prassa na ilha de S. Miguel, mas não tem rezão cm deixar de mandar os qnartos que estão vencido~, e feitoria. e agonl tambem, deve mandar dinheiro para pagar a todo este povo as seis meyas rezais que lhe está deven­do, pois assim lho ordenll El Rcy de que elle niío tcm pouco en ter este, e ouço dizer que clle diz ql1C e~({l desconfiado de que digão que elle deixou de mandar trigo para lograr c~te cntcrcS'se, e que assim que não quer pagar nemc star por este despacho, e eu que sou mno, entendo que isto he traçu para dilatar c mandar o dinheiro a este homens com esta caramunha, e valo digo para que estejais de acordo para o rebater quando eLle faBe nisto, não vm dando por entendido que eu valo mandey dizer, e quando entendais que elle o não manda no pataxo o deveis fazer obrigar com ordem de] Rey, porque estilo esteS' homens em o mizeravd estudo ~em hLtm vintem, e muitas vezes o não ha para me darem a mim para eu comer que me he necessario valcrne de emprestimos e no que toca aos quartos se vos elle dicer que ja tem pago no que tem cludo fiado a este povo, responde lhe quc isso são quatro particulares pobres, que ha muita parte deste pouvo que não tem pedido nem hum vintem fiado csperando por este dinheiro, e o Hospital, as obras, as cofnrarias todas os padres, e tudo clama, e ainda os mesmos que estão pagos clamão que lhe detem os pagamentos pelIos obri­garem a comprar as fazendas do contratador para se remediarem em que ellc ganha muito bem e quando de todo em todo vires que elle não manda todo este dinheiro podeis ler i~to ao secretario destaclo,o, a El Rey N. Senhor 1/[176\,°] semdo necessario porquc quero dezencanegar a minha concicncia neste particular, e suposto dezejo filVoreecr este contratador, não hade ser cm cOllza que prejudique a estes mizeraveis, e asim se deve talllbel11 obrigar a que não falte com os quartos a seu tempo como varlns vezes tenho escrito ao concelho, c ao secretario de Estado, quando não entendais alguma cnuza disto pella pouca pratica que tendes dclles o informador

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valas explicará com isto nào pO~HO ~er mais largo Ocos vos guarde como dezejo. Mazagão [ de Setembro de 693 li[ 177]

Carta para Antonio Manço Setembro 3 de 93. Mazagão

Senhor mell recebi a de vossa merce vindu no pntuxo, e estimo ver llclla p,lssa eom saude, a minha hc ainda muiLo pouca, porquc quando est~ chegou havia poucos dias que me tinha levuntado de hwna recaida qUe tive mui trabalhozn, quererá Deos cOlltinLH:lrl11e esta melhoria, c dnl'Tne forças para puder servir a VOSSil meree como dCZCjll.

Lembrado eslnva vossa men.:c que lhe pronwti o ,wia de servir em tudo o que lhe tocasse nc~ta pras~a, cmqmlllto nãü foce contra os nl{)radorc~ deli a n~sistindo vossa Illcn:e com pOlllualdiade nos p'lgal11cntus como he obrigndo. 11!llando n estas duas cOlldiç:õc~ não pode l!Ver qucixa em VOSSll merce que eu fulte à minha promessn dandu COlltll n El Rcy N. Senhor ele que se i111ta aos lllorndores com Q que ~e lhe deve dc que c~totl ~en'illdo todos os dÜI.~ qucixas, G tais que me chegão ü dizer que cu von com vossa I11cree \10 elll1trnto dnH fazendas que aqui mete, e qUi.! por iHSO decimullo as fnltas quc lIqui ha, c l'nvoresso os Heus feitores tnlltu; mas !l mim pouco se me dera disto. A minhn col1l:icm:in me n[io obrigam, li nElo C.1eSilllUlal', n que queira vossa merce tardar 110 pagamcnto para (1m: se lhe gaste a sua ·Illzendn, 0, por tbrça, o, por vontade, e com isto os que tomlio fiado c]umão, e os quc nlio tomão padecem, e eu sou hum delles porque J1Cide mister dinheiro, e o nilo tem o fdtor, nem pera outras ellllZlIS llluitas que suo ncccssnrim; pum HH obras tnmbem busco dinheiro. Sobre minha p,davru, aos pI'oeurndores estou sustentando fi trc~ qU<1rlcis, sem me darem real, a 1l1izcricordia da mesma matwira as ennll·lIrillS todas estão por pagar, e llluita gente que não quiz tomar findo, Ixmcre V()~Ha ltlel'ce esta~ rezois, c verá, as que eu tenho para vivcr queixazo de vossa merce nlio lhe I11crecellClo por nenhum caminho, c as~im espero se cl11l11ende este negocio l11;ll1dando vossa l11ercc logo di!lheiro para se pugurem e~tes três qurfos que cstilo vcncido~ na volta do pa(axo, c asim mais todo II dinheiro que montÊi.ü l1S llleyas rezois que VO~Hn ll1el'l.:e ade pagar li dinheiro sem se valer da C<II111l1lill111l que me dizem faz de que esta dcsconfiadoJJ[J 79v"] por dizerem qlle rtlltou com () lrigo para Icvar m l5 rci~ cm euda alqueire, dizendo que quem qui­zer YU la cobror, etl\!7~1 impmtieavcl, e que chega quazi a insolencin, porque sou tão nulO ql1e entendo que c~tn earntnunhn. hc só pnru dilntnr este pagamento ao~ mizar­IVcis, que não tcm outra parte donde ~c remir em o seu empenho, e estas rezois não cnho mandado dizer até ugoru, e só ns digo a meu primo ü bispo dizendolhe que luanlo VOfh~a J11ercc não l11nndc Lodo o dinbeiro neecRsario para estes pagmnentos

rC("ll'l!zente todos II U Rey N. Scnhor pUI1l ell fiem' dezellcarregmlo nesta parte. Espero que Vlls~a mercc queiru que conservemllS uquclla nmiz<1de que eu dezejo,

e seguro ii vossa mel·cc que ds minha parte niío hcidc lhltnl' u eOllza alguma que scja de seu ~el'viGo. As ]"(lupas lambem c~pcro quc venlliiu mas Cl)1110 V()S~tI merce tem pmnletido jlllrc.jlle Il:l muita necessidade dellllH, (.) que se me não dilatem para o anno qUe VCI11.

Ao ~ecrelHl"i() de Estudo CSCI'l!VO pllra rcpt·czcl1tar a FI Rey que (l CaULtl da falta

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que aqui ouve de pão foy [crse c1evertido o velho que yo:{sa merce linha em S, Miguel para hir para II Madeira com que foy forsllzo que a nao caravella esperace por trigo IlOVO dIa veyll, e em 6 dias a pus corrente pura se poder ir, c se se deteve mais hum par foy por SUa culpa rtt0 que veyo desse reino o pataxo cm 3 dias e fez deselli-regar, a do Algarve em outros 3, fi da Terceira que fica dentro em 4 dias poderá tambem par­tir, c nenhuma das mais que venhão se queixarão de demoras, porque cm nenhum tempo se aviarào com mais brevidade,

O putaxo partirá filé 15 deste mez, nelJe escrevery o que mais ouver entretanto fico muito pronto à;; ordells de vossa meree a quem Deos goarde, Mazagão 3 de setembro de 1693

A Francisco Gmeia de Lima me Üll'Ú vossa l11cn:e merce dizer qtle nào lhe respon­do porqllC espero huma resposta de Mequines que tenho muitas esperanças de que o judeu tl'llgrt o seu sobrinho !/[178]

Memoria do que se tem pedido de couzas necessarias para provimento desta prassa, Mazagão 4 de Setembro de 93

Item os qninJlcntos frasem; COlll os seus cordões de Iii para ii sintura Item hum sento ou mais bailas de zebra pRl'a a pioninha que se mandou para o

exereicio dos artclheyros Item hum boticario cm todo o cam por ser llluito necessario Item carvão de pedra o que pl\res~cl' Item o qunrtcl de roupas que deve EI Rey da yL!C tenho avuzudo Item os 59 soldados que falt<10 para a lotação Item mai~ algllma eal que a que veya he poca Item qua11tidade de pcderncyra~ para espingardas frnnceza.~ que são as que aqui

ha advertindo que jú viorão duns vezes quantidade de clllhao~ por pederneyras, que nem hllma serve para as ditas cspingmd!ls.

Item lambem são necessarias mais 110 cspíngardas para os soldados que tem vindo cn as não ha para todos quando não possa ser armalo hemos com mosquetes que elles ja estnmhào muito.

Item 11ll111a duzia de parchos para as Cllxas qlle se rompem Item os cavallos que faltào são 25 com que Sua Majestade me fará merce mandar

sair que n50 sejão ])ot1'05 pum montar atfllayas que ca não 1m nenhum crrpaz, esta~ bestas qucRejão forteR, c corredores,

Hum t:'1zer com o contratador que mande os quartos, o dinheiro qlle deve do trigo c o ljLle se deve dar 2 meyas l'esois, que deve S. Majestade que clle he obrigado a pagar, porque lhe vay feyto bom, e assim mais 67$365 reis que tambemlhe vào fey­los bon~ no tesoureiro que nqui rccebeo peno arros que ITIflndey tocar os que Lenho J"l:!cebido para ajuda das obras qLle não basta a concinação sobre isto desta ultima dirão tenho escrito ao concel11o largamente nesta occazião.

Tambem reprczcntey li El Rey N, Senhor que seria conveniente ao seu serviço ter

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Ilq l.l.i ,alguns sobre~clel~tcs para. re il1 ediar/18 1 7 !Sv"] algumas embarcasois que correrem pClIgo n~sle pOlto ~oy ser ... ·ldo responder que mandaria. re meti ao Conde da Ca~tallhclm 11 n~emonn nba.xo feYlu po r Selllião Porto, se se quizer m<tndar será muito bom, quando nua pa r(l <I praSS11 não he l1cccssario nada Ji~ to

Item dl.1ll ~ nl1larra~ como us cio pataxo porque huma ca avia esta Ji!illl em pcdasos [tem dois vi l1l.dol'es ma is delgados

Item dU:1S ancOt·us de forma, huma com~) II do pataxo, Outm como n da cafBvclla. Item ums mustn rnos pellos do patnxo ~tem quatro vergas hum a mestra, outra d o traquete , outra do velacho, e outra de

gnv lt\, lodllS COt1l0 a s do patllXQ. Item algumas I'o lus sorleadllS Ite m dnze hoyns de mnarras

o aj udm1te da at'l ilharia que veyo de novo peJe para fogos eerlefi co ais que the mandu l e I' prevenidus.

IIel11 an timonio Item l)!CO petroli () Item b ~u'bll I1IC

Ucm il ldodüo Item ~ 1\I,.! enço l11ilc!W

!tem g \lllH\ lIl'l1bi a Item n ico de li nhllça I tem t.:lIpa rrozil Item ~cneen [[cm .\lelln fnr Itenl con!us (Ie li n ho Item vi!\co Item t~)Ch il S de bomba quantid ade HC11l Azoug:ut.! !tem PI\pc!l1ío I tem peneyras pHt11 pcneyrnrtm pó Ite m ll lg uidarcs vid l'lldos pequenos, e g ramles ll[ 179]

Tnl1l b~' !1l na VitlgCIl1 pnsslld~1 j~í escrevi a S. Majestade peno concelho da SU<I

lil'l,cnda qUe niíu b:lslilVfio os I $ 600 reis que hc obrignon fi. meter o contador que er30 ncccssnl'iu:> mnis I 17 e do d inheiro que lambem em OI:ccssfl rio meter mais do que era ohriglldo [l c lln cLlntn. t~) 3,3 17$37 1 q ue parn hldo tinha concinnçiio boslante e ainda !l1C snb!'<l .

Tmuhclll /te neccssal'io faze;' lhe mandar IIS roupus deste anuo que estão vencidas. llum c uhlhrc p::trn ti nova cm lodo o caro de piacava Cem ,llc;l trllzCS COJll fo lha pura os atarem J)un~ I.:mdns de c~purto de dezoito cada [nllm de 29 bmsas, e outp\ de 20 pum se

\lllg llrcm ,\ qllem ,"e pedi rão emprestadas /J [ 179v" em brll llco 1/[180]

I()()

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Carta para Antonio de Oliveira Mazagão 7 de Setembro de 93

Conheso muito bem do amor de vossa meree o sentimento que teria do meu mal de que Dcos foy servido livrarme milagrozamentc, c a~im sllsedeo na reeaida que tambem foy muito perigosa, c me deixou tão fraco qL1C quando chegou o pataxo mal saia desta caza, Seja Deus bendito que paresse quis não faltace à creasão destes meni­nos que tào dezemparados fieaviío.

A brevidade do pataxo toda foy neeessaria ainda que tres dias antes que elle chegace tinha chegado hum" embarcasão de S, Miguel, e ha chegado islo a estado, que tardarem oito, ü des dias eomeriamos este par de vaccas que aql11 ha, mas sem pão e ja estes pobres missionnrios andavão pcla~ porta~ dos mais abastados pedindo esmola pata os mais necessitados, que avia dois, o trcs dias que não camião, ainda que o senhor vedor da hlZ(,~nda, c o contratador dicessem la outra cauza, mas estou com e~peral1ças que o provimentu desta pntSS<I tome outro caminho mais breve_pella secretaria para me livrar deste mal que vossa mel'ce dis não tem cura. A Junqueira como me dicerào que a pao estava tão alto que cobria hum homem quando veya o patnxo li penultima ves, logo fiz o eslamago 11 que o grão não avia de ser grande cOllZa pella experiencia que lenho, mas tudo o qne Ocos dá hc bOlTI, e ainda assim espero que com isto pouco, e com a Azambuja c se livre vossa merce dos acredore~ que ficarão na cabeseira do rol, em que lhe !ernbro não fique de fora Ignacio Coelho, e a mulher de João Pedro, e lumbem o alfayatc dos Bellens, João Phelipe me manda hUIll 1'01 que dis não meteo no que la deixey de 7$ c tm1tos rci~ de huma obras l/[ ISOv"JqllC tez a vespora da partida mandallos vossa merce pagar; A Sevaxeira de AZ(llllbuja niío tem rel1lcdin mais que deixalle no caminho em que esta este dois anno~ quc nos faltão, que emquanln Pedro Alvres la esta tem muito com cuidado nella; no arrendamento da Junqueira me não dá cuidado senão falace mais porque o di5Cllll1txlo duquella familia, e criado~ que servem em grande, o que importa he que vos~a merce scnão discuide cm (011181' conta do seu rendimento, que valente esta cor~ rentc cm o dai" ~egulldo me escreve. O capitam João Ribeiro mc e~crevc qllC em Mayo vay para la que () mande ordens a Valente sem declarar o mudo, tcndo prccedido maIl­darme fazcr algumas queixas de que eu o não quizcra nunca lá, aquella dey a satis­['asilo que devia 111ostrundo Ihc o eomo andei ~em presizo neste particular, e dizendo Ihc que quando elle livesse nilldn a mesma tensào de querer hir la viver, que no man­date dizer para lhe mandar fazer humas cazas convenientes na quinta de allem que em li sua lem50 arrendar, declarando lhe que CH nus cazas da quinta não tinha. C01110-[1idade cm l'eztlO de que indo eu daqui () avia de eazar logo o meu filho se Deos nos desc vida que bem sabia que todas as cazas neeessariEls pEita o nosso comodo, e mais lhe falcy tão claro Ilcste particular que lhe dise que quando cu não tivese dinheiro para lhas acabar com brevidade, c ele o quizece dar lhe pagaria dejuro, Otl seria como elle dispozesse por eHta~ 1J(1Iavl1l~, () outras semelhantes segundo minha lembrall~a, agora lhe respondo ao que I11C di:.: que he neccssario declarmme o modo com que queria ir para a Junqueira para eomforme isso mandar ordem li Valente se vo~sa merce, se eneotnrur C0111 alie fa~a pello meter nesta pratica a ver o que lhe diz. Estimo que Bernardo Gomes eHtcja pago. Nào foy moo cobrar o arrendamento por

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encheo da comenda de Soure, que nunea lal cuidey, o Alvellll~ me escreve huma carta bem larga e de bem mú letra, e me fana em continuar o arrendamento visto ter fianças seguras //[ 181] c o capitam1l10r cobrar. Como esta carta era antes de sua fugi­da esta isto em diferente termo, vossa merce faça o que melhor entender neste par­ticular, e mais seguro. A Savacheyra esta muito bem arrelldada bom será fazer a conta cOln Silverio da Silva que já esta pago, e Bernardino o fic:arfÍ neste primeiro anno, e nos oferecerá este rendimento.

O Padre Simão Goncalvez me escreve que o conde de Vimiozo deziste da deman­da do morgado, e lambem Antonio de Saldanha com que ~e apressará mais esta cauza ainda que dezcjará que ellu se detivesse até que cu fosse antes da Llltima sentença, tambem me escreve que despedira o requcl"ente, e que andava buseundo hum à satis­fação de vossa merce, e sua: folgarey () ache melhor que o passado. eu sempre lhe escrevu que aplique IIS demandas de Some, e o mais que convem. A Manm:l Al"111ão rcspondco vossa merce muito bem ascentado sobre o que elle me tinha dito que lhe cu~tam muito pouco, o que era couza de muito pouco valor a figura não fale vossa meree mais Ile~te particular, com minha innaa dos Cardais tenho as contas que dis se lhe pedir a \'ossa merce mais algum dinehiro deiJJlO que clla o irá assentando. No que toca f1 Ilotissia que vossa mcrce me dá de S. Clara não tem mais que falar neste pnr­ticular a cera venha ncsta occazião porque hc nccessaria tambem mando pedir outra pouca a Valente para a Mizericordia de que ~Ol1 provedor para o que vossa merce lhe dará dinheiro pcdindoo ao contl"fltador, e para outras couzas que lhe pesso. A Maria PllClIipe não se dara vossa mcrce o que hc necessario para as meninas senão o que ella pedir para os dosses que me f<lz João me paresse qlle escreve a vossa merce e Ayres lhe manda muito recados e ca fico às suas ordens Deas goarde a vossa l11ero~. 7 de Setembro de 1693//[ 1 RI vn]

Carta para Diogo Pinto de Almeida Mazagão 10 de Setembro de 1693

A duas respondo de vossa merce 11LIma que me vcyn pella ilha Terceira, e outra pello pntaxo, estimando verem ambas que vossa merce pussa com sande.

Estimara cu muito que esta propcia de vossa mel'ce fora certa e qlle esta prassa avera muitos augmentos no meu tempo, c so me fará crer isto porque vossa morce ho procmador della que fará tão boas diligencias cm tudo que experimentemos por certo, isto que me dis por lisOllja.

Estimo muito esta noticia quc vossa merce me dá de que El Rey Nosso Senhor perdoa a estas almodczas porque he hum grande bem que faz a esta terra a sua piedade he tal, e o amar que Lem a esta prassa, que a tudo o he proveito seu se aco~ moda, eu.ia tinha nuvido faUar nisto antes que esta carta viesse da Terceiru mas como vossa merce mo não dizia no patuxo não lhe dava inteyro credito, clle vay buscar os cavaUos visto estarem comprados, antes que entre o imvel"llo, vos~a merce passa toda fi diligencia para que volte com elles, porque o capitam dis que vay com receyo de que lhe fujão os marinheyros, e que o leme n de mister concertado, e outras duvidas que vos~a merce furá por alhunar falando ii El Rey, c aos mcnistros porqne he muita

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a necessidade que tenho dos ditos caval1o~ para este invel11o, e dos homens que faltão para prdàzer estas companhias aliem dos 20 que vão por guarnição 110 pataxo pot'que tenho por nova certa que El Rey de Mequines se hllnda para novo informando donde tera fraqueza esta prassa para poder ser acometidas e para i~so faz algumas dcligcn­Gias, c como esta companha he tão falta de agua ( o que ele sabe muito bem) he serta qllC só pelo inverno nos pode ncometer, a Simião Porto em 8 dias pode crcnar, e meter lemc, e carregar os cllvallos, e advirta vossa merec a que escrevo a El Rey Noso Senhor que obrigue ao contratador li mandar o dinheiro das 6 mcyas 11[182J resois, e dos quartos, neste patax.o, e esta gente tem tais trasar que poderão fazerlhe demora, parn que invcrnalu e o nrio mandarem esteja vossa 111crcc de acordo neste particular.

J{I que S. Majestade que Dcos goardc lhe dice a vos~a merce que lhe desse conta de tLldo dei lha para o que mando essa memoria de tudo [) que se pede, e outra s1l11i­thante vay ao secretario de Estado, que mc dice lhe mandaee tambem, porque nos dczeja favorecer Illuito, e lhe estou mui obrigado, c seria huma grande collveniencia para esta praça se El Rey N, Senhor tomaee rezolusão de mandar por decreto de se­cretaria de estado que se entrega cem estas COllzas todas, por eseuzarmos as detensas do concelho da fazendn e os descuidos e duvidas do conde da Castanheira, vossa mel'cc faça as diligencias que lhe parecer nisto com concelho de meu primo o bispo li quem mostmrá esta memoria que vay mui bem cima,

As informações de Luis Uomes, e Manuel Coelho, espel'o sejão muito bem de~paehad!ls, vi~to tiS tomur este anilO il sua conta vossa mcrce lho dirá assim.

Jono Homem por O\'ll não pode deixar de h11', cm o advirto que não falle tanto, alguma eOllzu se emendnrú. O Chinehorro l<l ficou em Bellem ainda que n1'io vay na memoria n50 esquessa. Ayre~ agradesc a vossa mcrcc a meree que lhe faz ene manda muitos recados, eu peso n vossa merce quc tenha muito cuidado com tudo isto, e me responda a tudo, e ti outra carta que la está. Jorze Correia me falIa cm hum 16$ reis que VO~Ha Incree lhe avia de cobrar de FrnJlci~co Nunes Sanlan:m, pcsatho VllSSll

meree da minha pal"te qllC elle he ti!o bom llllmem, que não duvidará li pagallos devendo-os, Na memorin do Secretario de Estado não [all() nos officiais que são ne­cessnl"ios se senão aehurelll 110~ degredados pnm virem 11[182v"] falle vossa merce ao dilo sccretario que veja se pnde mandar ao mcno~ dois cavoqueiros, porqlle os vemos muito ti trabalhos com (.) lastro da~ ct11barca~ois, por nil.o termos aqui mais que dois velhos para isso, que não podt:1l1 cOl11sigo.

Por ora n50 se offel"ece mais, DcoH goarde a vossa merce Mazagão 10 de Setembro de 93,

Mande VOSHa mcrce cm lodo o cuzo o calibre de piaçava para a nora que não ha com que tirur agua parti esta cnvallariu e com alcatruzcs, e folha para se atarem em cordas que vão no rol que ~e tem pedido emprestadas para suprir esta faltu 11[183]

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Carta para o contratador Mazagão 6 de Oitubro de 93

Senhor meu na gavana recehi huma de vossa merce de 9 de Agosto que chegou aqui em 2CJ de Setembro, c supostu que tão antiga, e mais que aqui veyo no pataxo à quejá respondi por ellc, a estimo porque toda a repetissiio de novas de saude de vossa merce, hc pam mi de grande gasto, dita gavana volta e ~uposto que dis vay por Cadix não quero deixar de escrever por ella, e pedir a vossa merCê: cm responda tambem por dia ponlue me dis o padre Paulos manda ordem para que este com ti'Llta seca, e provavelmente dara tempo para que esta vá c venha a resposta, e nella me rara vossa merce favor remeter cartas ele minha tia, e senhora D. Phelipa a quem avizará desta partida.

Sobre a detensa do pataxo já avizcy nelle as 2 vezes quando larga aí depois desta de vossa merce agora estamos esperando por elle todas as oras para voltar eom o judeu, que me fe~ avizo vinha ate 20 deste pouco mais, o menos, e me pedia detivesse o dilo pataxo se vic~sc primeiro, e me dis tras 400 quintal de Iam 100 de cobre, e 160 de sem, tora outras miudezas para levar para esse Reyno, o mesmo avizo tenho do Baxa, e de alguns cativos dos quais hum delles he o sobrinho de Francisco Garcia de Lima se a vossa merce lhe estiver bem negociar com elle creyo não faltará ao que me tem prometido que não buscará outro comprador emquanto vossa merce o não dezen­ganar de que não quer n fazenda do judeu ni'io me trouxe o que ficou l:omigo, dando por disculpa que o Padre Paulo não tinha fazenda eom que se pagar da quantia dos 1$ cruzados por lhe não convir levar dos generas que 80 lhe fkavào, de que vossa merce deve ter avizado dito padre/I[ 183v"] Chinchorro Ilâo veyo e por esqueúmento que ficou em Bellem, porem agora e~l'ero por cne e juntamente que venhão as cor­eias para ter tempo para se fazer para o ano que vem fico advirtido de ficar carrega­da fi minha conta d(l~ 71$500. Sohre o sobrinho do dito Francisco Gracia de Lima torney agora a escrever ao judeu que vise se o podia trazer comsigo nesta ultima prometendo lhe o meLl moyro, e algum mimo se o negociace ver<llTIOS a reposta que tra~.

A feitoria espero que venha em companhia do dito pataxo, e assi o dinheiro que os qllarteis, e com 29 vossa merce mande enteiros. e o dinheiro das meus re~oi8, esse obrigo a se pagarem 4 não me falte vossa merce com clle ~c me quer ter pronto para o servir com boa vontade que em vindo O que vossa meree não falta a satisfazer todos os quarteis como vossa Im.:rce me promele, e he obrigado para Ludo o mais que for de seu cntercssc, e goslo heide cobrar o que o tempo lhe mostrará.

As cnbarcasois todas dou o expediente de que vossa merce tera avizo, e não averá mestre que se queixe senão da presa que lhe eu daLi.

A caravella da Terceira estamos esperando pOl" ella, e a nao earavella vai 2 que fomã desse porto Oeos as traga a salvamento para ficarmos este ano descansados, ate aqui he o que me posso alargar. nll volto porque vay, esta cnrta e na incerteza desta camvella que parte cum ella em que vay za via porque o mestre diz que o vento o ensinará em saindo daqui se hade tomo!" às ilhas, o ir ao Algarve, e a Lixboa e sem­pre fico às suas ordens de vossa merce para o que prestor com 111Uy boa votnade Deos goarde a vosso merce. Mozagão 6 de oitubro de 931/[184]

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Carta para DIogo Pinto Mazagão 22 de Outubro de 93

A de vo~sa merce de J O do corrente estimo por nelIa ver 10gm a saude que lhe dezejo li minha bem dito Oeosjá es.tá capaz de tmbalhar neste officio, ainda que nào com todas as minhas forças.

O contratador n[o falou li vossa merce tão lizo como devia, pois lhe dice manda­va dinheiro para se pagar o que se deve, e não mandou mais que tres mil cruzados de que manda pagar só os dois que do anno pussado, porem o feitor hade pagar os tres, o hade gemar na prizão até que venha ordem para os pagar, e cada tres mezes lhe ade stlceeder o mesmo, senào pagar pontualmente OH quartos, que assim como o con­tratador quer entendes a seu modo o contrato, eu o quero entender ao meu, c emquan­to El Rey nosso senhor me não mandar hl11l1a ordem expressa, de que o não obrigue a pagar cada trez mezes, e não heide deixar de fazer, nem vossa merce deve fiaree do que se lhe di::; sem o saber de serto 80 Se m<lnda o que hc necessario para a prassa, e [) dinheiro das meyas reHois lambeml1ão veyo, e vossa meree faltoll à sua obrigação, em não reprezentar <I El Rey esta falta que se fez a este povo mui concidcravel porque se ° reprezentarn he serto que ° dito senhor obrigará a vir, porql1e a rezão que me dizlOll1 que da hé que Pedro Alvares ( ... '!)pagoll algum trigo a dinheiro toy lá por con­hecimentos, ele sabia, porque ;;lqui o mesmo Padre P<lulo Fernandez a dinheiro e lambem he muito má rezão dizer elle que não he obrigada a arriscar o seu dinheiro para este pagamento porque tendo obrigação de correr o risco ao trigo que lbe faltou tambem a tem de correr o risco ao dinheiro com que ade pagar, e por estas faltas esta a terra em tão miz(!n\vel estado que se estilo comprando cargas de agoa com escritos para li taverna, uundo por cadu huma huma medida de vinho que são 10 reis, poden­do-a comprar por ó, c o tal vinho o bebem os negros, e ficão seus senhores//[184v"] sem o lucro llllC deveria ter, e todos vão t011lundo a fazendas e li vinho o lucro que devião ter us~im dos quantos como do trigo que he o qlle elle quer, e tais quais os <leilão, e nlgunms cotizas, 111<1is que pudera dizer que carrega mui bem a conciecnia de quem as decilllullal', e vossa rnerce não he o menos gravado nella, poi~ falta em rcrrczenlar todos os dias, isto, a El Rey nosso Senhor, e uo~ seus menistros, e não hc rezão que vossa merce nem eu IIOS vamos ao inferno por lLmor do contratador. As rO\lpnS tumbcm ele, e vossa lllcrce cuidão que me satisfazem em me dizerem estão !la caza ele Ceuta, e a gente esta llUU principalmente os soldados mtelheiros, e os homens do mar que vicrão de lá, que 11ehU111 tem com que se cobrir, ne1l111<l terra ha nemhum covndo de pano, quando se queim fazeI· alguma caridade, a alguns, e ahi me morrerflo nas sentinellns, H(! vossa l11erce não fizer diligencia que vellhão as fQllpllS

mas que sejão no rigor do inverno, que esta tardunça que tem feito até agora bem sey hc armar ii n<1O vierem senào nu primavera se vierem, e os requerimentos que vossa men;e diz fez ao concelho, além de não eOll~t!lrem a este povo, mais que pelo vossa men;e dizer, devião de ser a El Rey pois de mesmo deu ordem a vossa merce lhe rcpreZl!ntaHse as faltas qlle ouvessem. A rezão que vossa mercc me dá primeira não virem os soldados, não admitto porque não estavamos já nestes termos de !I&Sentarem pra~~a por sua vontade, porque vossa merce o Conde da Castanheira, e o secretario ck estado nas ultimas que me escreverão me dicerão que avião de vir degredados, e

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agora me dizem nilo vicrão porque não cabii.iu no pataxo, e vossa mel'ce o dis que não há quem asiste, e se vos~a lm::n:c ~cntir falarlhc cu com CHtu clareza, entenda que não sey falar de outro mudo, e se fi(.:ur agom mal comigo, terá mais l'ezão do qlle leve agora, porque me dizem que vo~sa mcrcc se queixa de mim ii [185J e eu não sei que tenha feito contra vossa merec até esta ora prezente, o pataxo volta logo como vossa merce diz, mas nào tenho esperal1(,:at de que venha ca, este inverno. llluita merce me fara Oeos se vossa Illerce~ o fiLen:m vir cmjalleiro até Fevereiro,

O barco não vay buscar a cal, porque não quero ficar sem elle este inverno, irá no tempo que digo.

Meu filho, e meu sobrinho bejão as mãos a vossa 111eree pella men::e que lhe fez. As infOl'mações dos meus criados tempo lhe chegam Oeos de saude e Antonio de

Freytas, e goardl: li vossa merce como dezejo Mazagão 22 de oitllbro 1693 .I![lH5v"J

Carta para o contratador de 24 de Outubro de 693

Senhor mell vejo neste de vossa meree que passa com sl1.ude que he o que sempre estimo; a minha já he melhor do que mereço A deos (linda que 11lG ficarão bastantes queixas e da minha infennidadc,

Os entendimentos sno tão diferentes como as caras vossa merce entende pello seu contrato que não he obrigado a pagm cada 3 vezes, e eu entendo que o hé; porque tnmbem me lembm que dizendo eu fi vossa merce que me havia de pagar a gente cadn J vezes nào me poz li duvida com q'Je sahio depois, ]xJrque eu a aclararem antes de vir; e VOS$..1 merce com a sua rezão que entende deixará de mandar o dinheiro, e eu com a minha em se me não dando pontualmente no cabo do quartel heide meter o feitor em hum callabOllço e não hade ~ahir dali sem vir o dinheiro porque só desta maneira satisfaço o meu credito, a minha obrigação c ,L minh,,\ concieneia e em que nua vier huma ordem expreça dc!Rey N. Senhor cm que me diga que não bé VOSSQ meree obrigado ao pagamento nesta forma, não heyde fazer llutnl cotiza c ~e Pero Alvares nào provou cada tre~ meze~ (como vos."-<\ l1wrcc dis) c os govel'lladores o não obrigarão entendello hilto asim, ou tcriâo rcmis particulares para isso, o quc cu nào tenho; e se tmnbem () dito Pera Alvcres ou outros antecedentes não meterão as roupas dentro em hum nlmo, como vossa mcrcc dis, seria )leor jw,tns impedimcntos, e demais, não!leho que esta noticia seja verdade e os govcrnadore~ que cntiio crão como não tinhão impedimento no mercancia!', poderá ser qLle Ibssc proveilu scu esta dysii11uhIÇãu; e os exemplos maos não nu:: convencem H mil11l\ind<l que tudo ~cja ver­dade.

Eu não posso deixar de fazer prezcnlc li Sua Majestade as faltas que vejo se elle não obrigar ii vossa mcreei/[186] porque o entende asim fieo eu allivil1do do meu ese!'upulo.

Entende vossa Ineree mais que não hê obrigado a meter o dinheiro dns meyas reçois, e eu entendo que o hê, correr lhe o risco porque como Cl'[) obrigado a corrcl­lo ao trigo, (:unbem o hê a cOl'rello ao dinheiro e contra isto não haverá quem diga couza alguma com rezão, nem que ii tenha vossa 1l1erce pal'H obriglll' a estes pobres

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homens a qLll.:: carrão o risco para cú do dinheiro que handc ir la cobrar, nem que a pobre "iuva c donzella qUl~ tem duas fangas de trigo, haja de fazer hum procurador qLle vá cobrar da mão de vossa merce que não dlL"vido o dará com a pontualidade que dis, nUls que o poderá () dito procurador gastar como cuslumão e disme vossa mercc muito seguramente neste particular que nào hcide achar quem pagasse aqui o din­heiro mcyas reçuis, assim hé, porque a ninguem se fez a merce que se fez a VOS5a

lllerce; c só a Pem Alvcrcs em huma üt!ta grande que nOllve se lhe concedeo e pagou nesta praça o dinheiro por mão do padre Paulo Fernandez no seBeiro, e 3sim não tem vosso llIen.:e bom exemplo que allegar, e s6 neste particulOl· o que posso louvar a vossa meree hé a traça de que tem uzado de lhe mandar meter medo que lhc pagaria a trigo quando elles não quize~sem passar conhecimentos com que obrigou aos prOClllT!dores do pOllVO a fazerem petição em que pedião se lhe passasem conheci­mentos em que tomey por exepdiente mandar por hum "]Japel em que chegasse a noti­cia de lodos os que tinhão trigo que quem tivesse eonvenicncia de lhe possarem con­hecimentos para Lixboa se lhe passaríão e que os que quízesscm cobrar aqui seu din­heiro o feitor lho pagaria a qucm eu o farei dar quer elle queira quer não e 50 neste jlwprio o qlle fasso farei por servisso de VOS~H rnerce he que quando lhe não chegue o dinheiro lha buscarci emprestando de que passara letras li vossa merce e quando as niio queira algum !!(l86Ji![falta J86vo-188] i/[188v"]

ou E! rei o não obrigue etl os pagaTei por que fico por fiador, e a miseria d~ste poueo se lhe l11(!t(!O em cnbessa que vossa merce puderia mondar trigo eu via perder li conveniensia lk pagar a 120 o trigo e ( ... '1) fn:tte c gastos quejá vosso meíce deve :o.aber e os clamores do povo se não obrigão a vossa merce como dis obrigãome a mim ~ não posso ( ... '!) que scjão obrigados Il tomar fasenda por forssa tal qual lha dão prin­cipalmente sabendo que tomão escritir ele 10 tostais ao sco feitor para a taverna c o \'RO vender aos taverneiros por 6 em dinheiro por peixe e agoa e outras cousas nec­cssarias c que ha muitos que estão cm tão miseravel estado que mandão a taverna escritos de 10 reis de vinho por huma carga de agoa que cusLa 6 e se esta pagando fretles dto barcos e dos carros com fasenda qne não ouvertl algum que quisesse traba­lhar se cu o nào obrignra cousa que nunca se via em outro tempo de que fica com bem cscrupollo, e vossa merce diz a todo o mundo, que faz mais que todos os COIl­

tratadores, nno fazendo ainda tanto como eles. Agradeso a vossa merce assistir li.

Antonio de Oliveira com os 260$ reis que me diz, e o não hl.ltor a todo os meus por­Oculares, ese cu disse a vossa merce que com 60S reis passaria aqui assim o foria, com menos se se não abrira comercio com os mouros que //[189} me tem levado bom cabedal aliem do que lhe compro para mandar de pTezente a escritura que todos pedem e espera que o não he o menor dispendio meo fi falta que vossa meTee tem fcito a este povo roque nas suas necessidades, e mizerEas todos se vallem de mi, e ha poucos me;; a esta parte que cm dadivas a cavalgares e em prestimos me tem saido de caza perto de 200$ para 300$ reis, e até o vedar geral e almoxarife por se lhe fal­tar com pouco rezão ao seu pagamento se km valido desta caza, das embarcasois que tem vindo daní conta ao Padre Paulo rernandez, o que se me offercsse dizer a vossa merce neste particular para seu provimento he qlle pellas notissias que tenho o feitor que esta em S. Miguel nào he muito capaz daquelle exercício, e no pouco primor com que me manda o que lhe pesso acho ser verdadeira li dita lloti~sia vossa merce lá vira

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o que lhe çonvem, e o que lhe dizem os mestres das caravellas; o desta mIO caravel­la esta aqui ha muitos dias por sua livre vontade, e não faz diligencia alguma se aviar depressa tomando homcns da temI para lhe encherem sacaria por nã.o obrigar os mar­inheiros C0117.a5 que não fez outro algum, c advertindo-o eu disto responde //[189v(\] que como os marinheiros vem aos men$ nilo querem fazer nada nem se lhe (Ia de se deterem com que por aqui julganí vossa 1lleree o que lhe convem; o a Francisco Gmeia de Lima, de quem me dizem he a mayor parte,

Por ora não se me otTeresse mais quc esperar qm"! vossa merce daqui por diante, me tassa viver sem queixa, nem eserupolo, que lhe não estará mal, porque não estando de primeiro estas COtlZas, o hcide servir em tudo com mui b08 vontade Deos goarde a vossa mel'ce Mazagão 24 de oitllbro dI! 93 II[ 190]

Carta para o senhor Conde da Castanheira. Mazagão 24 de Oitubro de 93

Primo e senhor meu, recebo csta carta de V. Exa. e folgo de ver llella c~ta livre de queixas. eu da minha nào estou ainda muito livre pOl' me ficarem hastunles l1101c~tas della, Illa~ de todo o modo pnra scn:ü' a V. Exa. tambem folgo que V. Exn me diga eslú fora de escrupulo porque me pnreda multo ao contrario e qlle o devin V. Exn ter grande das faltas que tem exprimClltlltlo c~tn pn1S~l1 e das que pudem exprimentar se tivera algullHls das oeellzioes que esperamos, aehandonos sem o ([llC ~e tom pedido tão necessario para n Sllll defença, e como n mi me paressin que V. Exa, em o nlAis empcnhado nellns assim por ter a seu emgo () seu socorro, como pella amizade, e pnr­enlesco que tcm com o seu govenllldoL' nl'io he muito quc estmllhn~~c u ser V. Exa só em todo o concelho da fnzcndn o qUe! ~e opuzcsse no que sc tem mundado pedir, devendo pellns remis nssima, ~er o solicitador de tudo,

De trigo fieamos llluito bem provido:.> e pm ora c~tareIl10~ sem queixas deHtu tlllta il[j()()v"J ate II ano quc vem chegando hUll111 cllnlvella que ainda HC espera, HUpUHto 1I0S ülltOll outra que wyn aqui da ilha Terceira e tOnlllYll 1ú [j bu~enr outl'a elll'ga, e 50 moios de favas pllm estn terra, e outru~ CllUlHS llecc~Huri;lH, c (l mestre fugio pura SetuYlll e111 e1la, o vCyll l10tissin nc~te pataxo que logo la fizera vcnda della he nec­essario que haja algum cHHligo nisto,

O contratador di:!. bem qlle tem pago a mayor parte dOí! qHC, mas (li~() he <jUC me cu queixo dco~ tcr cllc pago na '1bnnu que tem, e disso ade elle dur eontn II Oeos, e todos os que o disHimulllío, e nuo cu Clue o tenho aViZll(1o muitas vel'.es II V. Exa, e ii El Rcy, e se ~c tiverão visto as minhas ..:art<lH, nuo me diecm V. EXll nesta, que clle diz que não he obrigadu II pagar os quatteis como se bastam II tlizclo ellc, e nãll (l COll~

eelho ó V Exa a quem tenho pedido a explicassl'io deste ponlo que em quando nlío vier hade cada 3 ll1ezes pugar, o ir II hum eallmbouço pena cnrll) dei Rey que pJ'()vnYel~ mente YerÍl VExa veni ns eoneequeneias que nem cSla tllrdnnça, o na de Antonio de Suldullhn qllC tambem lhe digo pnrte dellas e então Vel'Cn'lOS se fiea sem exemplo de o não obrigar !lO contratador a fllzer o que he l'ezul1/![ 19 I 1

As roupas nem deI Rcy nem tln çontmtnclor virão jn eH nesk inverno, e nqui nuo ha hum covado de jlano, c htlma grandissima parte dos ~oldadoH esWo I1UZ J1l'incipal~

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mente os que vierào C!!LC anno sem lerem com que se cobrh" nas sentinellas nem nos quartcis. e dormindo sobre n ca lsada e eu he verdade que o sinto ma is porque o vejo porem nào o heide pagar com so que o não vem.

Tambem me d izem que ha muitas mulheres que deixão de ir à missa por e5tarem nuaS.

Tendo cntendido o que se manda com os marinheiros da carave!1a, e tambem que O~ não teremos mais que ate u primeira viagem que será 1\0 principio da primavera. porque não quero fi car cu r::stc inverno sem ena. que estou COm amea~os deste vez. inho, e com avizos seerelO.s de que fas algumas diligencia s donde se pode entender que poderá fazer a ultima dc nos v ir vezilar.

Ao concelho respondo que vossa senhoria verá, a EIRey escrevo ma is largo do que hc rezão porem SOU obrigado do llIeu eserupolo o dizer tania miudeza o palaxo rezão he que volte em o lempo lhe dando lugar. cOIno que está pedido. A João Machado ajudo cm ludo O que posso agora que VU!i!ia senhorill mo ordena com mais rezão o latey c todo o I\)(!U pouco prestimo está à ordem de vossa senhoria ti quem Deos goarde Mnzag~o 24 de Outubro dt: 1693 JJ[ 19 1 v" em branco] 1.1 [192]

Carta pata Moises Brites escrita em 26 de Oftubro de 693 mandada

Aqui me xega a de vos...<;a merce de 19 do corrente c logo respondo a ella esli. mando logre Ixm saudt: a m inha ja esta muito prefeito para o que vossa mcn:e mao· dllr a quem meo sobrinho e fil ho agradecem o favor que lhe ras.

VOSSo1 merce não se engana no amor que dis lhe tenho porque shindn he mais do que vossa mcrce covida. e espero que o saiba conhecer nu dil igencia que tanlo lhe len ho cmc{lllllllcndndo e sillto que po r ella aja inimigos como vo~sa merce dis mas ImlO vencera u dilligeneil'l de voSSa meree, e a.mizade do Boxe. e como vossa merce dis que este negocio depende da vontade de sua majestade de Mequines e de ocaz· iA\). para negosiar com clle, e esta eoizas ambos são t~O inçertns me rezolvo o mano dHr o pataxo logo para que volte com a brevidade posivel porem entenda vossa merce que he nl.'Secario vir oqui esperar por elle por todo este mes que vem e mais a faze n­da que ouver de hi.· porque o di to palaxo fas muitos gastos e tem feito com as espera!; de vos!>.:'! merce os a lfa nges.

Avizei ri vossa m erce que so vi heriio 2 que se mc.erRo amigos e se ficou fazendo por os outros dois, e o mandar dizer que os não he de maJldor senão como vossa meree vier he a rezão que como sua Majestade de Mequines he tão observante da sua ley que não podem mondar cutivos por ha vosto que foi tão bem e\l quero ~er obser· va nle da BOÇO que nos //[ 1 92v~1 manda que não demos armas a noços inimigos sem ':icr por resgate dos escravos c Mim sem os ter cá ou esperança serta diço nâo me he possivcl ll1andar os ditos alfallges e as espingardas que mandey. foi entendendo que niio teria duvida o díto resgate mas ago!1l. que lhe vejo tantos, nem quero fazer este p(.'ÇUd(l Ilem que me rey e senhor me de a lgurrm repreençílo. A resposta do Padre Paulo Fe l11andes vay c a rezão de não esta.-em aqui I1l lli tas faze ndas he as faltas e a poca segurança c vendo aqui algumas dc~a parle 10&0 se mandão vir em muito poco

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tempu todas quantas se quizerem, o Buxo não tcm rezão de rasior o riscar as fazen­das de sco rey porque he falcidade dizerce que estamos cm guena com EI Rey de ±'rança que he a mayar amigo que tem portugal e não ha memoria de que mmca Ollvesc guerra entre Portugal e França nem averá pOl"que nào ha remes para isso e os 1l00'OS cativos desa caravela poderão settificar esta verdade.

O Liào tenho dito a vossa merce que se nào estima cá porque nas conquistas de E! rey meu senhor não fnhão esse animais cada ves que os quer e OlLtros de var­iedades e como vossa mCl'ce me tcm pedido lhe diga o que cá se estima ou n30 lhe digo iiito, que se em Olanda se estimão pode hir para lá esse e o mais pl'czente que vmsa merce dis ti Martinho tem parn elle Rey meu senhor já mandei 1/[193] dizer que o milhar que elle hera a esperança serra. do resgate dos cativos todos que esse esti­lllllt'a c por ora muito bem.

Sinto o cativeiro de Belxior de Torres e dos mais companheiros e seguro fi vossa Ineree que o falço é dizerce que he rico pmque tanto pelo contrario que tomura vossa Illeree a dinbeiro que elle eleve e E1Rey meo senhor mandava governal' o castel10 so da ilha lrcscira para ver se se podia desempenhar se vossa merce lhe poder dar la des patacas de esmola para securro porque me dis esta doente lhos pagarei recibo seu quando vier tamhem tenho por falço dizerec se lhe axou serviço de prata porque o conheço li muito tempo c sempre cm miseravd estado e prova diço seja li hir huma caravelln indo todos o governadores de Portugal em i'argatas deI Rei de guerra.

No que loca ti Jozé Rodrigues de Lima vossa merce não entendcu o que dizia nestc particular o que dezia he respondendo o vay vossa merce dis que veria no res­gute que vai que !listo me não fazia favor mas como o Boxa tem cm tanta estima o não fale vossa mcrce nem hera palavl1l nelle padeça a sua desgraça como so mais. Deos o gonrde Mazagi10 26 de oitubro 693//[ I 93v"]

Carta para Antonio Manço Cazado Mazagão 10 de Março de 94

Senhor meu Sl1pOS[O me não espantão as dilasois desa corte sinLo muito, e assim toda esllJ gente tem o me~1l1O sentimento da tardansa do pataeho que tinha já bastante tempo para poder vir, c ea corre bem prospel'O para a viagem ha mais de hum mez, queira Dem'. que não seja esta tardança mais qLle pellas dila sois cllstumadas, porque e~sns se podem sofrer melhor que qualquer disgrasa. tambcm nos falta embarcasão do Algarve que nos faz padeser bem grande necessidade de tudo o que della espe­nWHI1111S, t: nào tem vossa merce perdido pouco enteresse nesta falta porque pudera ter feito duas viagens e terem-se consumido os generos que se pcdião muito à VOI1-tudc, e se cu adivinhara esta tardnnça tivera lançado m30 de algum otYeresimento que se me res de se me mandarem aqui todos os genel'OS que eu pcdise c1aquelle reyno por minha conta, e de outro homem o que nlio asei tão, por não elar alguma perda a vossa melTC, e por nlgmna outra rezão, mos qlJando vossa merce senão rezolver a Sllccorrernos com o necessario seró forsozo mandar ordem me venha por qualquer outro caminho mULs convenientes, e nesta conformidade escrevo ao illgarve nesta uccllzião, e quando não esteja pronta a imbarcaslio por conta dl' VOSHa merce qlte

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\'I.'nhu por con11l de quem se me olTerc!'"..'1c para c!>1cs provimemos que eu lhe farey vender os gcnCfOO primeim q ue quais quer OUlros que venhào. o que' vossa merce nuo eSlnUlhmi •• porque eu sou obrigado a remediar este povo com ludo o que puder, e se esta fu lta hc dt!zavença que VOS Sl.l merce lenha com os correspondentes N[I94 ] que la linha (como eu entendo) me puusa discra VOH~a merce que não seria ffi[lO ajustasse com () capitam. Manuel lopcs que he mais afectivo dandolhc u quarta parte da fazcl1-da quI.! se meter, I.! as 1res PllCU vossa Ulerce só Q para vossa merce; e seus compa­nhc iros.

O seu feitor he vossa mcrce nito tenho apertado até agora pe ll() quartel que deve de anno passado, como escrevi a vossa merce por senão ter posto corrente o papel por onde se hade pagar pella doens!l do vedor ger~1 porem em se al<lbando o obri­~prc i , e melerei na cadea :ué que vcnh.\ pugamento della porque he rorça dar satis­lasilo a este povo que estil em mizaravcl eSlado peitas raltas de dinheiro, roupas, e comer, e do mais que aviza r:i n vossa men;e o Padre Paulol! Fernandez. da Bcrberiu n~() tem vindo notis;;ia a 7 mezes, que como não tem cá fozendas das que lhe são nc­cess(l r ill~, o sabem que não b:l. dinheiro nu pl'asf:a nàn vem com negocio a d ia, e até isto se perde pel!a lanlnnsa do pataxo que tambem me hade trazer huma reposta 1()Cal1tC ao regaste porque lá se espera, por hora não hã mais de: que avizar fico pr1l1l1pto às ordens de vo~~a merce a quem Oeos goarde. Mazagão I Ode l ... farço de 694 11[194v"]

Carta para gaspar dias Cresto Mazagão 70 de Março de 94

Senhor meu li turdança desta gnval'ra me tcm muito com senlimento dn falta de nov!ls de VOSSll l11eree, e com cuiclndo entendendo alguma desgrasfI o que vos~ merce ~~ tem des avindo com o ~{)J1tl'nI!ldor nos particullares qUe! cada hum entende lhe estão melhor quando assim scjOl pessoa a vossa meree que a memoria <jllC lhe tenho man­dado para provimento de algumas cou:tas; de minhu caza, mande ao capitam Manuel Lopcs Medin a a quem pcs:>o mimue fi gavarra por sua conta com toda n brevidade que creyo não dl1vidmá cm (l fazer pcllo ganho que lhe dará se vier Q pres.1 visto o Ca l)­

ITaLUdar perder o que podia ter se ellu viem hã muitos dia ~, c se eu entendera que avia (.ver fa nto d isCllido nestes provimentos. eu tivera dado h()fdclll a embarcasão que itnc.lnra nesta carreiro com mais cuidado por ora não se oJleresse mais de que aviznr <I vossa mcrce fico mui pronto us suas ordens a quem Deos goanJe. Mazagão 10 de Março de 94.

A lUor cautella torno u mlll1tlar essa memoria porque não sei a quem mandei

chegaJ' ia la 1/[195]

Carta para o capilam Manuel Lopez Medina 10 de Março de 694

Senhor meu do mes de jDnciro ale ahora prezente estamos espernndo pella gavnr-

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ra s.cm acabar de chegar, e nos fazem falta fi SlHl tardança nesta coresma queira Deos que a cauz..'111ão seja cauza que de mais pcnna, se acazn elle não tem partido nem tem ordem para pmtir e vossa merce 3 quer mandar carregada de fruta seera e de algu­mas carnes para a Pascoa e das mais COLlzas qllC avizar () padre Silva, que não seja vinho nem agaordemc tomarei por minha conta tàzerlhe fazer as cobranças, e as remessas do pl'occdido, r quando o contratador queira que vossa merce, lhe corra com o seu negocio largandolhc a quarta delle na forma que lhe eu escrevo me não paresse lllal aseitar VOSHa merce este partido, mandando essa embarcasão mais vezes do que se avi:zar, e: nesta forma tDdos ficurão bem, e vossa l1lcrce tcd mais ~eguros os seus pagamentos, c as suas letras,

Pesso a vossa lllerce que de qualquer sortc qllC venha a gavarra me: remetia nella o ql1\'! tinha 1118IlClado em huma memoria li Gaspar Dias Cra~to, que clle não duvidará dallo a voss~ merce nào o mandandu cllc como lhe avizo, c o vallor de tudo man­dal'ey ordem para se pagar em Lixboa com toda a satisfação he o satisfarei ao Padre Silva, e a João Pires como a vossa mcrce melhor lhe estiver, e primeiro que tudo esse de vossa l11erce boas novas de sua saude, e muito em que o sirva que para tudo me tem as suns hordem;. Dcos goan.le a vossa merce, Mazagão 10 de Março de 94

Vaya mcmoria do quc pcsso a Gaspar Dias Crasto no cazo que elle mande o que pcsso mande vossa merce J/[l95v"]

Carta para o Conde da Castanheira em 11 de Mayo de 694

Duas n.':cl.;bi de vossa senhoria ne~te pataxo mnb,ls breves mas eompendiozas, e sinto ver qUl! tcnha a eondesn minha senhora passado tão maltratada qlll:rcrá Deos livrnlu li\; toelas as l110lesteas como importa a toda essa caza de vossa scnllOl'ia, e a todos DS que lhe dczcjamos bem, eu melhor ando das minha~ queixas porem não livre delllls, c mas espero senão na Junqueira assim relias falta~ que aqui ha de tudo o m:scs~lIrio para fi sande, COB clima tão diferente do nosso como tambem por outras muitas cnuztls CJue lhe tem sempre tão desconsolado que não podem deixar de me serem nocivas,

Aires cslú livre; e agradece n vossa senhoria a mcrcc que lhe faz, Creyo porque vossa senhoria mo diz qllC não hade Hver disCllido no que faço pam esta praça, nem fnll<t de diligencia em vossa senh()ria, se assim for he serto qtle vo~sa senhoria fllz o qUlO duvc a parente, e amigo, e o qlle deve a Christão, e ao serviço delRey porque nada pe:,;:,;o sum ser muito necc~sario nem se de~perdisa hum real pois tudo se gasta com a senda na mão e porque me dizem que no c011celho se disse que ell peço mais que todos os governadores digo a vossa senhoria pouco que lhe saiba responder sem ser prezunçi:lo proprin, que eu tumbcm obro mais que todos elles juntos nos camadas e serviços que vou fazendo II esta praça porquc de toclos só Manuul de Souza fez obras neerlaLlns e bem feitas, e que para as que deixou, e 11e rezão !,[uc se acabem, 110 nec­essario tudo o que pcsso, 11 muito mais u tambem, podi[lo entender esses particulares qLIC isto he humu praça no meyo da Africa e que não ha nella outra COtlZU senão o qlle vem de la,

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LIdo O que se mundotl pella carta de guia se recebeo e vào os conhecimentos, o que u mais que tetlho pedido me venha n!l caravellinha, e no pa!axo se voltar J vossa senhoria me diz bem neccssario lle que traga os fardos que lá ficarão c Idados que faltlío c se clle vier em companhia das fragattas quc hllnde vir a c>!ta como mc diz Simão Porto bem pode vir aqui deitar isto e ficar fazendo () que

~ ordenar. !![lY61 'intn muito que o nnno se ponha de sorte que possamos receara fome que vossa :-Jria me diz, e e-1I folgo de ter eomeHado esta prevenção que me aconcelha em ter já huma meu n:çào. e- ler deixado no celeiro muito trigo de confradias, e outras

;us que aqui ~e pagàü a pes~();ls que necessitavão pouco delles e agora tornarei a ,utra mC;1 n;ção qUllndn me poder chegar o trigo até julho se Deos quizer agora H.' he llccessarill llluis diligcI1da de vossa senhoria para não faltarem as carnve~ orquc bem sabe- vossa sCll!1ol'Ía que agom l!ande querer todas oceupal'cc em le­:l esse Reino porqul.! tem may()re~ 11'e-tl.!s c ml:IHl~ perigo, e estou vendo que o

'awdor Ill\O hnde I"\zer l1luit,) diligenda parn que com essa disculpa nào compre caro COl\lO o hadl.! cmllprm estt: anno e- que t1cllois pague as lIlcas reçois como

] a rezão til' 6 vinleis ti 11luyor pllrll' em fazcndas nesta [lmça onde não quis ll1bo!sllr hum vintc1\l1.! pagou humn grande qunntia por azeite em ~nbão, e vina" )01' vinho, que tulllC e-lIe e llUll'llS dmgas semelhnntes e assim vny vagando os tei~, e VllSSlI senhoria quI.: devia neudir a isto por deHcargo ue Sl1!l coneiencla nilL) nuo faz obrigai" l1ll1S lamhem pt)l'eec que o dl.:>lculpa em parte o que segura a

CL senhoria nestc pal'lÍl.'ulnr he que se sc não pl\zer em companhia por estes pobres cns tem que dar conta de hUlllll g1'llndi~simll rcstituição, eu respondo lIO conce~

;obrc li dilaçt\o dos pagamcntos dos tjLlHrtei~, c outras Cllnza~ que vossa senhoria c com isto rÍl.'a dCSClllTegadn u minha cOl1dencin, e la se a venha cada hum com

,1 que I.:U pndcce-l'ey esleH IS lllezes que me faltiio o ver as lalta~ neste povo que lt~o (lesk particular IlI<1S qucm for cnuzlI deste t!anllo o por omiçãll, o por con" ~) Iwde ter o !1.:1\\Jlo mais lllrgn dI.: ]1udcccr no outro mundo. e niío se bade pagar [latlrl1s 110SS()S nelll AvI.: Mmias () que pel'(km estes miL.eravcis e esteja vossa ~eJ1-

;\ seno que nt\o ha mnis il1solentcs nem cllvilnws homens que os contratadores ) que fazem aqui, e intentou (fIzer se os eu niío l'chutera tanto, e que nuda dizem SSlI selllHJrta, e- ,lllH (l\ltnls qlle não sej;1 com eHvillaçfío, e maldczas !![196v"J :ll lllllellhaa pago II este povo e-1I1 dinheil'll o trigo que EIRey 111f1lldoll pagar [ue n eontratmlnr zomlmll da (lj'dem que se lhe ll1andml, e não manda dinheiro e dou do meti por lhe Ilm:r eslu eS1l\olla que he- bem grande no aperto em que se ,c se não qucixell1 de que ['~IRey N()s~o Scnhnr lhe paga tão mal como o con~ Idnr II quem se pl1SS~O os eOlllwdmentns a pugar ti Antonio de Oliveira, se o não :el' pagar rllrci~ de 1.'0111a tjUl' lereis mniH eS.~e gllllho nesta praça. '\ EI Rey lllundo pedil· que em passundo Ag{l~t() 111e !lomeo SlIs.sessor, porque llem le nem passiencb tenho para e~tar lltjui hUlll din mais dos tre~ mlOS vossa senho" \jude nisto l[ullndn puder; e nwndllll1e em q\le n sirva Ocos goarde li VO"-S1l se~ da Milzagão 11 de Majo lk 694 /Ir I ln]

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Carta para Semeão Porto

Leya vossn merce esta pal'fl si só em qm~ lhe advirto ontra vei'. qUe! lodn a gente qlle leva desto praça allem de ser mui pouco pratlca no mar, e nas ocellzillis que nelle se orrerecem e VO~.'k1 merce vai buscar, hé J1IXessllrio todo o rigor pnra obedecer e ql!allclO vossa mercc os não pos~a meter u caminho os toque nas frugatus na forma que lhe disse, e tambem pode pedir algum cabo que o ajude porqlle II conddcro mui só, e aqui {} lião há capaz por ora rOI' falta de experienciu e para este fim escrevo aos capitais aH que vão com eHta qm: VOHsn merce vera antes que as de e advirto e a VllS5.:1. merce l11aiH que esta gente vai toda ['orçada e que eu escrevo a S, MnjcHlnde com a copia desta para que niio haja desellJpt)~, Oeos gOllrde II vossa merce Mazagão 6 de julhu de 694//[197\""J

Carta para Manuel da Costa Braga de 12 de JiJlllO de 94

Respondi n ele vossa merce de 6 de Agosto c {) não pudI:) fazer ri de 16 de Setembro por partirem daqui as earavellns para Lixboa agora n faço pella me~ma cidade pedin­do 11 vossa merce me remetta o que vai na memoria incllll',f) que tambem mando a Conde da Ribeira o qual se mandlll' com algum cn:ado com esta pmvisfio vossa l1lcrce Ihc assista com o dinheiro que pedir e eOln n:eibo c conheeimcnlU n::meltido no Plldre Paulo se pagara nu SUH lllau nf\S mezadas que mc da,

Este ,1llllO he neccssnrio todo o cuidado no provimento dc~ll\ ]1mça [1 que nÊiü bude faltar, o dilo canele pellOlIlllito que 111e faz,

A sevadn que peço vinha ensacada e os sacos bão de f':lZI:!r por minha conta, O trigo vinha 11lll1leSm!l forma do melhor qllC eu pagarei eú o que cllStal' de mais, Para que lIS gallinhas venhão mando capueiras. A Sebastião Mcmnes Pmnplonil pe(,:o 50 moios de fava~ vossa mel'ce se C011-

sertem e os mandem como lhe estiver melhor /1[ll)8J

Carta para João de Sovera1 Barbuda de 2 de Julho de 94

Senhor meu a de VOSSll merce de 2f:; de outubro do passado ~c me remdco por Lixboa c bem pode crer o grande gosto com que n recllbi por wr novns de Slla SlllltlC; não reHpondi n vossa ll1erce porque a o.:anlvclla Hnhio com tonçfto de ir para Lixbon e qlll\lldo quis dar li vclla me dis~e se tivesse ventos favOrllveis iriu pnrtl lú,

Em otltra earavella tinha e~crilo li vos~a l11erec a qual 111gio pura Selllval nel1a dizia li vossa merec que S. Maje~tade tinha lllllndndo publicar hum dccrc1to que todos os mestres que rllgiH~en1 de vir a Mazagão lhe Herião cOllnsclldas <lS ellnlVelln~ ou as parles quc nelhls tivessem e os 111l\r111hciroH fugiH~em serifio pre7.lls e degl'cd<tdos por dez annOH para esta telTa; esteja vossa merec de acordo niHto se for nccessnrio fazer alguma diligencin neste particular.

A Scba~tiiio Merenis CHcrevo nesta ocaziiio sobre este provimento c lhe peço

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algum para minha cnza vossa tllcn.:e 1111.': farn fu"OI' ap[ica1l0 parn que 111~ não tàlte em todas as embareaçois I.': juntamcnte encomendar ao~ mestres que lragào tudo com cuidado segur~nd{) lhe o frete que la se ajustar.

Quando o dito Mcrenis não faça tudo Ctllll cuidado () que lOca a provizão de minha eaJ:f\ vos~a mercc me faça favor mundano fazl.':f por hum criado seu a quem [) dito Mercnis darú (1 dinheiro ncccssario e digame quanto tempo estará nessa terra //[198v" cm branco] /1[199]

Carta para o Conde da Ribeira Grande escrita em 12 de Julho de 1694

Senhor meo a que t'eeebi de vossa senhoria de 15 de Setembro do anno pasado não rl!Slx)ndi a por ir 11 embarcaçi'io em que veyo em direitum daqui para Lixboa agora o faso pe!la mesma pmte por me dizerem estão lá embarcaçois para pólrtir jlilra essa ilha e nfío quero perder oceazião alguma de me mostnu· a vossa senhoril1 o meo agradecimcnto du llleree quc me Ü1S.

Esta pras<l se acha como no anno pasado só com huma mediu reção que se da daqui a des o doze dias lendo jú dndo trcs Il1cas reçois, tenho peor noticia que tem ido ntntvela a c.trrcgllr a esa ilha de pão velho, e esperança dc que vnssa senhoria a tenha despachado com toda a brevidade para o nos remediar esta falta como O auno pa~Hllo res com a nao ntravella; e 110 mais de novo que se mandar carregar espero me conlClIllC vn~~a senhorin esll! favor 1l1andando dar todo o expediente necessario por ser grande scrviso de Dcos, e del Rei Nmm S~nhOf ~ para mim será hum gnmde t1c~vatlCssiment() dar a cOllllccer a todos que por sco crilldo me ,ocorre com tanta generozidadl; do :;co nobre animo remediando com a SlIU dclligencia a~ fuhas dCHte procuradur do conlrato qm:: não dovido as conthul': eomo () ann{l passmio a dilligen­ciü panl iI'cm emblll"CUçois bastantes tenho feito: c I1c~ta ocaúão escrevo a EI Rei N. Senhor e dos mais a quem compdlc o provimento desta prasa: t:reio nfio falturão pois l11e avizão estavão já qllutro tomadas por partjr tora duas que ju tinbão partido.

As neeesidadc~ que tenho padecido nesta terra, c as grandes faltas que aqui M de tudo me obrigari'io a mandnrme a vallor nessa ilha de Manoel da Costa Braga feitor do contrato para 111e nt%er o provimento de minha cala, e proque este o por pouco pmtico, o IX)\" muito dC$cudindo, me não mandou o que lhc pedia me valli de .1080 Homc que tnmbc1l1 me faltou com algumas cotizas, e porque me dizem que este he I1101'l0, me valho de vossa senhoria 11cdindú lhe mande pdlo S00 comprador t'r!zer esta deligetlcia agora () dito Mannel da Costa ussitirú com II direito que lhe pedir e [ler­doeme VO%<1 Hcnhoria 1/[ j 99v"] a confiança que ha de hum sco crindo. pondo esta em () numero das dCl1lnis ObntH de mil que fes del1lc muito em que mostre a millha obri­gação no seu ~crvjso Oeos gomde!l vossa senhoria Mazagão 12 de Julho de j(jl)4 11121111]

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Carta para João de $ovral Babuda escrita em 11 de Julho de 1694

Senhor meu a de vossa merec de 28 de outubro do pa~sado se me remeteu por Lixboa U ol·dem a caravella cm eUa foi arribada, e da nossa amizade pode vossa meree crer o grande gosto com que a recebi por ver nella passa com fi saude que lhe dezejo nella não escrevi a vossa merce porque o mestre ine disse saia d<lqui com tenção de ir para Lixboa e so quando quis dar a velJa me disse que só se achasse ven~ tos favoraveis tornaria lá elle me tinha dito que vossa merce estava no Faial quando clle partia perguntando lhe eu por vossa merce e por cartas suas porque he serto me nào havia faltar com este favOI" pello muito que lho mereço se nao com hU111U muito grande cauzaz e antecedentel1lente tinha escrito li vossa merce em outra carave!la largamente ti qual fugia para Selllval como vossa merce lá sabia c o mestre a vendeo logo e se auzcntou com medo de castigo que merecia e pareceo que adivinhou que dezia cu a vossa men.:c na carta que obrigasse a voltar e que a tivcsc adevertido que S. Majestade que Ocos goarde mandou publicar lllllll decretto que Lodos os tnc~trcs que fugisscm de vjr a Mazagão lhe serião confiscadas as caravelas, ou a pune que ncIlas tivessem e que os marinheiros se ouzentassem da dita caravella por nflO fazer est8 viagem scrião prezas, e degradados por des flnnos parll praça; de que vossa merce eslm<l de acordo se se ofrecer alguma ocuzião cm que lhe requeirão obrigar alguma embarcação. A dita carta dava a VOSHa men:c particulares recados de Ayrcs, que tllmbem agora lhe mandar muito agradccido a Inerees que lhe fas e lembrando das honrras que sempre lhe fes ele vai andando no seu ccrViStl conforme pode a Slll\ idade, folgllrei não demeresa ter vossa mcrcc: ncllc hum criado e amigo honrrado,

A Sebastião Merelles Pamploofl escrevo nas occazião ~obre particulares deste provimento c lhe peso para o da minha ca:;:a algLLmn~ eouzas pela muita mizeria destll terra vossa men;e me fará grande favor aplicaI lo para que mc não falte com isto em todas as embarquaçàis que se oferecerem, e juntamente obrigar os mestres que tragão tudo com Clddado a bem acomdicionudo porque nisto tem muitos descuidos e não chega ca a metade da que de la mandam segul"flndolhe o frete //[200vO] naquilo que ajustarem com o dito Mercnes. E se nesta limitada praça ha cm que sina a vossa merce disponha da minha vontade como a mais prnl11pta a lhe obedecer Ocos goarde a vo~sn merce. Mazagão II de julho de 694.

ElI estive aqui fi morte de hll111a maJina de que me ficarão bastantes queixas AYl·es lambem caiu hum cavullo com elle c deo com a cabessa em huma pedra de sorte que amolgou o casco e mo troxerão pam caza qUllzi selllllcordo e me deu bom cuidado mas foi Deos servido lembrurse de mim sem o sabor merecer a dar1he grasas.

Digame vossa merce até quando estará nesta. terra. Qu.ando Sebastião Merenus não faSHa a dd\igencia com cuidado de que lhe passo

me fará vossa merce fllVor mandalla fazer por hllln criado seu e ele ctara o custo dl: tudo como lhe aviso para o que vai o mesmo rol qllC lhe mando na sua//[20 I]

Recebi de João de Chiveira noventa e trcs mil e novecentos reis do quartel do S. João de 1678 qtle com o dinheiro que tinha pag() diJ.s pO~C5 d(1 comen,cla e a1cl~chU"il\ mar c o que mostrou por recibos ter cmtregue a mell irmão que Deos tem o senhor

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Luis de Sólldanha de Albuquerque faz a comtia de seisl:entos e sesenta mi! reisdc u(lis ruUlos que t~oxe a comend,: arcn,uada que se acabará pIo S, João ue 678 ~ para ~UJ. descarga cUldou esta por mlln feita e asinada Junqueira 28 de ~lan;o 1678'[201\"1

Carta para o Conde da Castanheira cQplada em 16 de Julho de 1694

Chegou o pataxo, e o barco com muito boa viagem c forão muito f~steiados porque já estavamos com grande receyo dn tardança, c nno foy para mim menor le5-tejada a notissia que vossa senhOl"ia de que passa com s.aude, e a comdcssa minha senhora livre do que tem padecido. O pataxo chegou a 4 já de noite, a 5 descarregou os fardos, a 6 deu lados e lhe meti os 4$ homens que me oruenavãoe 5<: pos prompto para pru.1ir esse mesmo dia o que o tempo não premotio senão ao seguinte pella meu­hãa quererá Deos darlhe bom suseço na empresa a que vão que SCr'd milagre peJlo mao custume em que estão as nossas fragattas.

A caravellinha me parcsse muito bem pam este sen'isso da praÇa c que foy muito acertada a compra, ella volta a buscar o taboado que tenho pedido porque estão os a:rmazéns quaze levantados, e vigados não falta mais que o taboado para os asoalhar, e atipa para os cobrir, e he rezão que o senhor logo, e logo a fassa expedir com o dito taboado para nos podermos valer destes armazens pnra o trigo que esperamos, e no inverno bir concertando os velhos por dentro que estão em rnizeravcl estado, e de vQ.ssa senhoria de caminho huma advertencin aos continuas da caza de C eUla qlh! não embarquem a fazenda de paltes e deixem lá a dEI Rcy como fizerão m::stCl OC"cazião, e tudo o que não vier com ordem de vossa senhoria o heíde tornar para os amlazens delRcy.

Sobre o dinheiro dos quarteis não 1/[202] qucriaj:i. falar mas conlesso a ,()s~a s.e­nhoria que não tive ainda mayor em paciencia nesta praça que vai esta tczoluçao do concelho em ordenarem a mim nesta occazião com ordem expreça o que nilo proce­da:contra o seu feitor, e digo a vossa senhoria com a confiança que me da o par­entesco, e amizade que humas negras SOCl) por senão enganão com tanta facilidade como vossa senhoria e todo o concelho se engana com o contratador com quabqllcr quatro rezois aparentes, que lhe dá, e se eu fom tão mao como devia sernes!a occaz­ião me aprecera que todos estavão comprados delle Illas o que só me parece hê que todos se metem no infemo por amor delle. e isto sem duvida, pellas rezois que tenho reprezentado a senhor e concelho largamente, e para mos1rar mais claro isto a vossa seohoria ainda que o diga ao concelho lhe peço lea o paragrafo que se segue com atenção, e tenha passiencia na largueza desta carta.

Tendo mostrado eu ao concelho por muitas rezais concludentes que deviào obri­gar ao contratador a pagar aos quarteis, e que não hera nada, contrCl o seu contn:lto, teve este homem tais poderes que tem detido isto com que se não rezolveopúrque lhe nãohande achar rezão a querer pagar no cabo do anno; e na ultima que escreVl dice quejá que o não tinhão obrigado a pagar aos quarteis que se tinha acabado {) anno que o obrigassem a pagar estes que devia e o mesmo pedia o informador por hu~a petissão a qual mandou por por despacho ao concelh? que? contador Manuel Perelfa infonnasse do que tinha pago por conta dos quartels o dito contratador. respo·ndeo

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este innocente sugeito que mostrava papeis correntes de ter dado sinco quarteis depois qtle eu aqui estou e (de ljue não ha duvida) e que para os tres que se devião mostrava tardando la mai~ a ordenando vedor senhor almoxarife, e ouvidor hum trezentos, e tantos mil reis, estcs he rezão que lie Jcscontaccm no primeiro que de vossa merce sei e~lá carregado o almoxarifc di~ que os dará (~C Jco~ for servido) porque lhes Jerão de mais.

[{cm dis mais o mesmo segeito que tcm dado perto de hum eonto de rciR o dito contratador a varias pessoas por esta praça de que mostrou recibo eom que por tuJo vem ii montar llllm geral dos tres pouco mais, o menos, o PLldera entender este sen­hor já que he tão inteligente !/[202vnJ como eu conheço que isto que se deva aos par­ticulares não era r(!zuo se descontace no geral, porque não hade pagar (!ste o favor que o dito contratador quis fazer aquclles homens os quais todos, o os mais delles não poderão pagar isto senão em muitos dos quarteis que estão por vencer porque allem d(! lhe dar muis do que era rezão lhe dece estas cá em contas com o almoxarife deven­do à l'Hzenda Real que se hade embolem· primeiro que todo este dinheiro hade vir a faltar pelo primeiro dos tres que se devem.

Item dis mais o senhor Manuel Pereira de Afonceca (sem lho perguntarem nem cllc tàzer figura para poder dar concelhos a esse tribunal) que o não he obrigado o contratador a pagar aos governadores, e que quanto o seja deve pagar tudo quando depois de dous vencidos como se uza nos almoxarifados, e contratos do reino como se dicern que se llzava no pagamento dos soldados de todas as províncias quc são s6 os qlle podião fazer exemplo a estes e o cOJlcelho niio só eoncentio que elle se metesse no que lhe não o mandavão, mas deüaio, que vista a informação se não pagasse mais que hum quarto; veja agora vossa senhoria se acha alguma rt1ão para o difirido, e se a tenho eu para entender que o contratador hade fazer quando quizel', e que ade por este povo por portas, pois Vossas Senhorias a ajudarão de que darão conta a Oeos que eu com a quc tenho dado a Vossas Senhorias tenho cumprido com a minha obrigação e concluo com qnc se deve mandar ao cotnmtador que nesta car­avella mande o dinheiro que desconta destas partes que digo acima, e assim mais que () ultimo que he obrigado a pagar sem lhe fazerem exemplo os almox,u~ifados EI. pagar sem lhe fazerem exemplo os almoxarifados do Reino porque neste que veyo não tenho tenção de bulir por ora até não vir essoutro por nno deixar li metade deste povo desconçolado, e etl fico pedindo fi Oeos que aJumeye a V. Senhorias, c que me acabe este ano que me falta, o que me tirem daqui mas que seja com 11\1111<1 corda ao //[203] pescoso por não ver o que vejo.

Chegarão os 15 soldados que vossa senhoria dis faltavão para a lotação, e que dice Frallci~co de Araujo la no~ armazens não sey quem deu esta noticia porque o que eu malldei cra que faltavão muitos mais e para que conste mandey passar mostra geral c vaj O contrato por sertidã.o do vedor que faltão ainda 42$ se os mandarem são bem ncccssarios para a praça, porem para mim tão pouco que todos me carregão sobre aR costas para os sLlccurrer, nas suas necessidades, lucrar, e acomodar que he o mais trabalhozo nesta terra, folgara que nelles vierâo 40 oiTlciais de pedreiro que são bem nccessarios e dous ladrilhadores para ladrilharem as settinas os quais podem vir logo na caravella.

Nos papeis dos meus criados creyo fara vossa senhoria o que lhe eu .meressa

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ponlue neste neg,ocio n/iiI ha I:ouza em que cmcam:gllC a concicncia c como não hc cerlO. ~u<ln n que ~'ossa senhoti~ fi :ter se ade fazer; o exemplo 411C alcbouey a vossa ~cnh~ntl tio seu crlUdo n,10 foy dlu:rlhe quc se fas em seu tempo, porque cu conheço­O mUllO hem, e sey ~\\C ,Inlcs de l~ ! r paro Cllm de vossa senhoria tenha o d ito despa­cho, mas ti que me dl ... .cm hc que I"oy despachado na rOnnfl que eu j)C/YO para os meus.

A caravdla li,l ilhu n~o chegou até o prczcnte Ocos (1 tTflga ri. salvamento porque de outrn sorte padeceremos hum gnmdissimo trabalho porque temos dado tres mcvas reçais c temus só mllra IlU.:y'l que se ade dar l\ 25 deste e f idio os seleiros varrido~, e o novo não virú d scn[\o pa111 Setembro, como custuma. p!incipalmcnlc com a inccrtc1.fi das c'1í.lYc llas que me dizem de lá ql!e nenhl1! ll fl cstii escrita vossa senhoria pella~ ehllgtls de Chrisln olhe pn~l este negocio com todl\ n atenção, c:: deve rompcr por todos ()I; i nc(lnven icnl~" II tTOCO de n05 não ueixil l" perecer, c conserve ilIeza a sua eonciencia nu formu qUe me dis. Aceito fi promessa que me faz ue me negocear sucessor porque dczcjo muilu verme na Junqueiro p..'1I11 me vingai' de \'ossa senhoria.

A Et Rey pl..."Ço r.::waHos 4\1e me falido. c como o mc~tl"e me dis que não cabem ncstR cf1ruvcll a po(lcrá Vllssn t'Cnhotia l ~ , /I [ 103\f']ncomodltn .. "1: com o conlratador lnrgnndolhn para eHe mrmdnr o~ gencros que daqui se lhe pedcl11 porque não há eOL\Za alguma nesta terrll dn que ~c gnsln ne\ln, c elle pode bnrgElr ti vos~a senhoria a em que fl de mnndnl' isto, wldc podem vil' os cnvallos, tubondo. e ripas, que tudo hc muj pre­cizo, e quun<]o n1l0 possào vir todm os c<lvullos vinhão sette para os atalayas porque os tenho dismontmlos. C ncstil terra não h<l cavai los c.1pllzes paro elles, estes pode vossa senhoria fn:lC r com EI Rcy os m,mdc de sua e:.trivaria, e lião be necessru;o mais de que, corrJo bem. c !lurem.

Vosso senhoria me l'oro Illu im mcrce em razer vir lu<]o o que digo ao infOrmador, c darmc mercc cm que o sirvu Deos guarde a vos!>!l senhoria . i/[204 em branco] 1/[204v"]

Carta para Manuel da Costa Braga f9lta em 18 de Julho da 694

Respondia n de VOS.'Ill Inerce de 6 de Agosto c o nno pud~ fazer ii do 16 de setem­bro por p:u-tin:m duqui os clIt'.lVcllas pora Lhdx .. , . agora o faço pena mesma cidade pedindo me rcmclu cum (udt\ o cuidado o que vai na memo\ia ind uza que tambem, ao conde da Ribciru Gl1ludc , (I remeto, por ver se poço poupar a vossa merce este tra­l:mlbo c qmmdo este cll\ll\ l hc i !~ 1 me queira fazer () fuvor de ml.\ndar rllzer esta proviziio por nlgum l! riEttlo seu . vnS!UI mcrce lhe "sisla com o di nheiro neccssario que se lhe pedir e Cllm recibo, e conhecimento remetido :lO pndre Paullo Fermmdes se pagam logo na SUl! m1l0 nas l11czild llS que me da esie anno lle ncecllsnrio ter muito cui~ado no pavimento uesta rll'llçll pura o que, o dito conde tem todos as ordens nceessanas c quando as não tivcl"<l fi o C\I du mcrre que me f"a s que nua fa ltaria em coma alguma quo estivecc mI sua m~o. 1\ scv[\da que peso pum minha cnzn venha ensacada e os sacos fação por minhu elmlol" O trigo bude vir nu rncsmil I'ormil se Cllstar mais eu satisfarei CD aV;\llSOS e St.:ill do milhar.

Pam as galinhAS l11imdo cnpucira!; e quando não cheguen compreas vossa merte

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c encomende tudo aos mestres para que o tragão. A Sebastião Merenes peço 50 moias de favas vossa merccs se ajustem la e as

mandem donde lhe estiver mais conveniente fico às ordens vossa mcn:e a quem Deos goarde.

As favas sào para este povo porque as pedem se estiverem em conta c quando custem mais alguma cotiza que o trigo ca ce darão cm modo que o contratador. Mazagão 17 de Julho de 1694.1/[205v"]

Carta para Sebastião Merenes. Pampfona escrita em 18 de Julho de 694

Na caravela que veyo o anno apsado dcsa ilha tive huma de VOSSlllllerce de 16 de Agostu (a dit ta caravella fogio para SetLlval) a que respondi em 7 de Setembro, nella me parece dava a vossa merce os agradecimentos do cuidado a carregou e do bom trigo que ne!la veio e tflll1bem do ofrecimento que me fazia de que eu não posso deixar de me aproveitarpeLla tlcessidade que tenh.o de provimento para as faltas desta terra; mas como a dita caravela não voltou para esta praça, e foi para Lixboa, me he necessario repetir este agradecimento c pedirlhe juntamente que a carcgaçois qlle fizer sejam de trigo tàn escolhido como o anno pas!illdo por obra de mizerieordia por limar desta pobre gente que não come mais que pão e que remeta sincoenla moios de [uvas estendo em eomodo e ainda que esteji'io mais caras que o trigo podem vir a metade das que puder ser qu~ os moradores as tomarão em forma que o contratador não perqua e j)0l" mim me filra vossa men.:e favor de mandar 15 moios de scvadfl cnçaquada cm que os sacos só ande fazer por minha conta e a sevada pena do con­trato porque me dão peIlo trigo que são obrigados fi darme panl os meos cavallos e o mais que peço tambem venha, na volta desta, por minha conta e a importansia do custo resultarú vossa merce ü conhesimento ao padre Paulo Fernandes para que se paguem as mc:.-:adas que aqui me da e declararam ao dito padre o que custar o frete disto para tambcl11 o pagar o mestre da caravela porque não dovide vossa meree em trazer tudo isto e com cuidado que como lhe ccol11cndaru prencipnlmente !las couzas vivas e frutas, em que muntas vezes se descuidão, fi parte espero que vossa mcrce não faltara a este favor em que não sera menos darme muito cm qlle o sirva que o farei C0111 boa vontade.

Deos goarde a vossa merce Mazagão t2 de Julho de 694 A de 29 de outl1bro que vossa met"Ce escreveo pella caravela que foi fi Lisboa

tambcm se me entregou e agradeço o cuidado suposto não chegou cá o trigo. Para o provienmto da minha caza tambem me são necessarios 12 moias de trigo

escolhido do milhar que ouve!" ainda que custe mais que vira por conta do contrato e eu farei bom ao contratador o que custar de mais //[205vO]venha por minha conta ensacado. A~ favas ,~c for mais coveniencia virem de S. Miguel aju~te vo~sa merce com Manuel da Costa Braga isto com que não venhão mais que 30 moyos que o mesmo lhe digo a elIe.

Na que vay com esta vão os quartos para a carne quando não cheguem se com­prem por minha conta; e quando o doutor João de Soveral queira tomar por sua conta,

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o mandar faz:r esta I~atolotagetn vossa ll1erce lhe acista, com todo o custo, e pacc letra com recIbo ao dIlo Pedro Paulo Fernandez para ealhe satisfazer.//[206]

Carta para Antonio de Freitas Branco feita em 19 de Julho de 694.

Senhor meu muito estimo este de vossa merce de 27 de Junho, por me sertificar passa com saude, e como estou sempre com o sentido 110.'1 seus acbaques em vossa merce me certificando os não padece aerecenta o meu gosto em tanta parte como eu, o meu dezejo de o ver fora de todas as molesteas.

Eu athe agora padeci nas prcguiç,:as ao Conde da Castanheira o que vossa merce sabe mas agora vejo nesta occazião que não são só eUas as que me t~1zem mal, e para justificar esta minha queixa sem me alurgar tanto nesta carta remeto a vossa mcrce o treslado de hum capitulo de huma que escrevo ao Conde da Castanheira faça me vossa merce favor de o ler com atenção e se me não achar rezão confessarey que sou hum asno, e hum mao homem pois julgo tão mal dos meus proximos (se he que vedares e concelheiros da fazenda são próximos) porque tenho minhas duvidas a isto pois se o farão he certo se docm de tantos que aqui tem nesta praça, eu não sey quais forão os tres que se acharão, e assinarão este ultimo despacho de que faço menção e sempre sey que João Pinheiro já foy dar conta a Deos de tudo o que obrou nesse con­celho, e que os outros hande hir dar infalivelmente e como a mim me ade suceder tambem o mesmo parcceme se me não engano que não posso deixar de fazer esta diligencia com o concelho fale mais moderadamente neste particular em reposta da ordem que se me mandou porqlle he rezão a vo~sa merce peIla nossa amizade, e a conde por esta, e pello parentesco fallo com csta clareza porque se me engano no que entendo nesta mnteria me reponderão com li mesma. Os papeis dos meus criados espero que voss" merce os tenha despachados como me dis na interpelação da doença do Conde da Castanheira quando não seja as~jm, o vossa merce não ache caminho para se II [206voJ despacharem me fará favor guardallos na sua mão e avizamlc. Nesta occazião não vierão mais que tres dOz1as e meya de taboas tcndo eu os armazens já levantados, e descubertos vossa mercc p<1r serviço de Oeos queira lem­brar este negocio que venha logo porque senão perca o que esta feito que he pedra e barro. No provimento do pão estou confiado nesta promeça devassa merce c dos mais que não faltarão p()lljlle sabem a importância deste negocio porque não temos mais que meya reção no seleiro que se dá à gente a sinco dias.

O barco me parece bom para o serviço desta praça. Se eu puder evitar os perigos de João, e Ayres lhe tirara esta honra que vossa merce lhe faz, e não quero que elles a percão ainda ã custa de mayores sobresaltos meus; Elles beijão a mão a vossa merce pella mcree que lhe faz e todos estamos à sua ordem muyto segLlros para o qLle nos mandar Deos goarde a vossa merce Mazagão 19 de Julho de 694.

O Castanheira não teve rezão alguma de se escravejar e o que eu lhe dic~ na carta do seu criado porque eu não lhe dice que elles se despachara no seu tempo porque bem sey que foy muito antes mas se eu COI estivera pudera ser que lhe nomeace alguns que no seu tempo se despacharão, o ene se achallo o navio no concelho como o do

arcebispo, I/ [207J

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Carta para Antonio Manço Calado escrita em 19 de Julho de 94

Senhor meu a diviua estimação faço das novas que vos~a mcrce me da de sua sande tambem estimo que vossa me:-ce conheça que o meu zello e a comizeração destes moradores me fação fazer todas us diligencias que passo para lhe acudir, e sempre nas que foi dezqjei que fossem com mcnos molestea de vossa merce e assim lhe mande)' dizer que se mandace dollS quarteis nt:sta occazião eu lhe não falaria em dinheim em todo o mais tempo que me falta do meu governo, e vossa merce não só me l1ão quis fazer este favor que como tão lhe pedia em que tinha tantas convenien­das. e descanço mas manda só hum e com tão extravagantes moelas na reposta que fez Manuel Pereira ao concelho que me escandalizou de maneira que me he força responder tudo quanto ha neste particular ao dito concelho, e fazer as demol1!'ltraçoins de que vossa merce terlÍ noticia por evitar hum abu70 semelhante, c me livrar do eserupulo de concentir nelle, tudo o que respondo ao cOl1Gclho neste parlicular terá vossa merce la vista disso, por isso lho não repito aqui.

A hordem que me manda o concdho hé quc faça guardar a vossa mcrce o con" trato, pudera entender nella o que dle soa porcmnão quero entender senão a favor de vossn merce que he que não deixa obrar contra vossa merce; e seus companheiros COllza alguma cm prejuizo do contrato, assim o faço e farey sempre, e em tudo o qUIlllto qlli~ obrar contra I) seu feitm de vossa meree, ~abe clle muito hem o como acudi a isso e os favores que lhe fiz em tudo o que toca a vossa Im:1'ce em esta occaz" iào não fiz pouco em fazer com os procuradores O fizecem o termo qm:: aqui vay para vossa mel'ce meter aqui fazendas com conVt;niel1cia sua, e não pcrdco vossa mcrce pouco en não ter metido alguma pOl'qllC esta llluito e1111l1izeráve\ estado se a quizer meter o proveito hc seu senão como agente 1/[207v"J so pao porque eu ainda que tenha peçoas qne se me otTeresão a meter ca fazendas por amor de min lha não quero aceitar porque vossa merce não tenha com rezão a minima queixa minha que as que tem ~CI11 pelo pOllca cuidado me dão porque vossa merce virá li entender o dezcjo que sempre tive de o servir, e eu com este dezengllllo me mando já aviar para os gastos de minha caza como se estivera embarcado e o peyor he que não he só pnm mim, e os meus criados senão para muita gente desta terra, que como não acha em caza do feitor o que Ihc he neeessario ii conta dos seus provimentos se vallem desta caza qlle estes são os ganhos que el1 cá vim buscar, e que me dão estas faltas que h<1 na terra, e para glle me venha todo o necessario me he forçozo dizer a vossa merce queira dar isto que resta a dever na continha que deu a Antonio de Oliveira para que me mande o que lhe manc10 pedir, e assim do cabo de Agosto por diante lhe hir dando os Rem mil reis cada mes, e assim tambem para satisfazcr algumas letra!:! que mando de di~ nheiro que la tenho tomado por mc faltar o qllC emprestcy para pagamento do lrigo, e o que vou d:mdo para a8 obras, para os padres para o hospital e pam alguns gastos secretos que lodoR me sabem da minha boIça pela falta de pagnmentos veja vossa meree se tenho rezão para o sentir alem da do povo, e assim vão C]lwntidade de letms nesta occazião, cm que torno a pedir a vossa merce não falte a Antonio de Oliveira, e do Padre Paulo Ferllfll1dez não quero mais que os selll111il reis cada mez que hade começar a dar no fim de Agosto e nelles se pagará de tudo o que vier das ilh!1s dos

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Assores porque nesta L:onformiuaue avim nesta ol'caziãu por essa cOrle an~ feitorr.:~ de vossa nwrce dizendolhe que ludo () que mandarem mandem logo a i.:mUa :lJJ ditu padre //[20H] para este di:Scontll, e I1t'sta mesma L'onfunnidade mandar:i vossa mer..:.'c avizo 80S ditos kitores para 4UL: gastando la alguIDll couza sigão estl: l'uminhtl.

O que ht' llt'cessario para a terra dirá a mSS(l merc-e O Padre Paulo Fernande7 ~e o quizcr mandar, e em tudo o mais que for prmeito de vossa men:e. sem danno dôk povo me tcm prumpto para o servir como sempre lhe dize.Dco~ guarde a Hh.,a merce. Mazagão 19 de Julhu de Hi94 ,,: [20g v"]

Carta para Sebastlam Vallente feita em 20 de Julho de 694

Senhor Illeu festejamos a únda do pataxo. e caravd[a pois nos troUXe novas de estarem todos us parentes c()m ~auJc l: nao estimamos menos as n(l~sas_ e da \'o~sa familia agradecendo lhe o terço qLle rezão por mim na hirmida.

Estimo que vão as obras de estrada tanto por diante. Pareceme que me dicestt:s no print:ipio que as cazas crão dobradas, para tiS banda

das torres huma, e outra para a estrada COIDO .as do Boga parecerne melhor que tapar mais depreça fazer as duas cazas de t:ada morada armadas ao l:omprido com \'ist:1 para a estrada e so com hum quintal para as leras huma com gandlu_ e outra cum porta, e assim ir continuando tudo se Manuel Coelho se concertar me que he rezã" pagarlhe eis quando não tera paciencía até que eu va, o da ilha o que entenden:s e que o mais averiguará comigo quando eu for BOlTl he fazer as caLas com quem as fizer mais baratas mas he neeessurio ver que se façiio bem feitas o filho do Portllgal cuido que assim as fará porque he muito bom official. Se provares o~jomais he neees'iario muita assi~1cncia bom he saber de tudo: a saca do arros folgarey wnha que he bem necessaria e o mais que la ficou principalmente lenha e carvão que fareis por a('o­modar algum nesta caravela que volta logo, As encomendas que vem para O~ meu:> c:riados bem podem vir com o meu nome porque essas são como para mim. Das alTleixas vos provey como dizeys. No que toca aos dos aW~lllio occazião de que Deos nos livre não quero mais que meos negros para mim e para Ayres o demais cá tenho folgurey que o pão dessa li [209] quinta renda muito porque tudo he necessmio pella conta dos peixes parece que pouco paçarão de 20 moias do que escolherey, u do da Azambuja, pagu!'eis a João Phelipe hum resto que dis se lhe deve de quando eu me embarquey se vos eu não tenho mandado a conta seja pella sua verdade que cuidem se não meterá no enfemo por 4 tostoins, e tambem se paguem os 12$ reis a João Ferreira empalho, o est~ terço, o os que melbor parecer porque não quero lá achar bicos como dos dice. O barril de vinho chegou, diz Luis Gomes que emtende se farÁ como o outro se se fizer pacieneia, he neeessario ter comtudu quando mandares algum vinho não seja em qmn10s que tcnhão sido de vinho_ só o de Tomar tem pro\a­do admiravelmente se de lá vier algum mandayo senão, não quero outro poderá ser quando dois vos la huma chegada segundo huma hordem que mando a Antonio de Oliveira e lá fareis eSsa diligencia e vereis se podeis ajustar alf,rum negocio de vinho com o que nunca para a taverna, e se se rezolver Antonio de Oliveira a amndar só a

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Mina como lhe tenho dito poderá tambem fazer estc negocio. Os papeis de Joseph, e Bento nâo vào nesta occazião porque he necessaria ec:rta diligencia irão no pataxo em Setembl'O. Vcjo o que ficastes com Bernardo Gomes clle nilo mandará vinho senão tiver muita t.:Ollta ni5:>o, c estas venham entretendo, se oliver outrem que alugue que não seja dos que arcndarào o real dagua, o ClLlza e sua dczenganui vos com clle por nào perdermos isso até termos vinhos.

Nos papeis do Serrâo aiuda me não infonney irá tudo no pataxo c ao informador mando carIas para as ilhas tende cuidado lembrarlhe que as mande flVendo oeeazião porque importa pam provimento desta caza.

As peras de Rio Frio chegarão boas, e se festejarão muito como se faz a toda a fruta que cte la vem //[209vj.

Nesta occazião vão os cnixoes e arcas vazias que 1m para que no~ mandeis mais algumas da~ que ouver Cilpazes que não importa que se percão 50 n troco de chegarem duas para estes rapazes, e tambem es1ay advertido de fazer provizão de lllel10ins e bellancias, e se fores a tomar, de alguma fruta de lá. As favas que mandei cruo 15 arrobas para o dllque, as outras l\ metade para semeares hi, e a metade para mandares a Pedro Alveres Cabral ainda vay a tempo este avizu, e se forem muitas pora semeares tomay as que vos parecer, c vendei as que sobrarem qlle dizem valem la muito bom dinheiro.

Do mouro burl"Ü não me dizeis nada de novo como talo avcis de tratar dando lbc algumn cOLlza de comer, e se se quizcr ir deixnyo. A laranja me espanta muito dizeres que não ha nenhuma, porque aqui vierào algumas muito excelentes a algumas peçoas, tO: não pode deixar de as aver em Lixboa manday sequer meyo sento clellas porque he o remedio do meu estalccidio. No que tOCR a Manuel Luis tendes feito bem quando elle venha Fareis a diligencia com Antonio Pedrozo. Advmtivos qne não mandc Luis de Saldanha CH o mouro em nenhum cazo, dous tenho que vos mmldar no pmaxo hum de quinze anos, e outro de 20 bizarros mocetoins para o trabalho, o mai~ pequeno 8irva os pedreiros, outro na outra. Sinto que mandaes os 3 maios de cal do mestre da caravella porque vos linha mandado dizer que debaixo de meu nome não embarcasses coisa alguma e ella 1/[210] porque de outra maneira vos hallde pre­ccgllir para mil COlizas e se tivem n praça para virem as couzas de! Rey, e minhas para se dar a esta gente. O Boyiio de manteiga que dizeis senão entregasc, c como não vinlw 110 rol senào procurou, c a carta em que 1110 mandaveis dizer ma não derão senão depoi8 de partido o pataxo se a não ouver boa, e a comendada no preço a não quero remedearemos como pudermos. Vay hum rolzinho de Luis Gomes mandni estas couzas Jay à May da nmlher de João Lui~ dois mil reis que cá me deu para elln; manday para ilha Terceira hum bani I dos 2 grandes que vos mandey que farão de carne, e duas quarlollas qllC de cá farão que tenhão servido de vinho para me vir carne, isto hade hir a entregar a Sebastiul11 Merenis Pamplona, o ao corregedor João do Soveral de Barbllda (se ainda la esta) com huma carta que eu lhos mando entre­gllr pllra o que lhe mando pedir nas suas. O mesmo manday a ilha de S. MigllCI entre­gar a Manuel da Costa Braga o a ordem do senhor Conde dn Ribeira Gl"flllde; por via de Ánlonio Manço pode ir isto bem; essas caplleiras que vão duas a lmll1a parte, e

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duas à outra COl1ccrlll(las ahi pcllo cnrpinteiro, Vão só lres cRpoeiras ponde la huma por ora não tenho ll1ai~ de que vos avizllr, Deos vos goarde. Mazagão 20 de Julho de 694. II [21 Ov"]

Carta para Antonio de Oliveira escrita em 20 de Julho de 694

Sempre estimo <lH nova~ devossa mcrce qualldo me seglll'a que esta livre doss eus achaques assim qucim Ocos consertai' a vossa mercc tunto como lhe dezejo, Os meus vou entretanto para esperança de que VOlt já no ultimo ano queira Deos deixarme ver lhe o fím,

Este despacho da petição que vossa lUcree fez não podia deixar de ser bem suce­dido dando lhe vossa ll1crcc a direcção que snbe dar c1l1ludo, agradeço avossa meree o trabalho que teve nc~lc pnrticulnr, e ,I molcstea de bUSGfl!' os meu~ parentes pnra lhe dar pat'te di~to () qLle! fiz para escttzar a queixa de alguns melindmzos que de qual­quer cauza fi forma e setllpn~ ho alguns que buscão c~te achnque para faltarem a ou­traz couzas que tcm II seu cargo, lambem lhe agradeço o que tem de cobrar de Antonio Manço mas Ulttitas COllZl\S que não podem deixar de ser, c cu não tenho la de quem me fie mais qllc de vossa mel'ce pum cobrar c dcspcndcr como vossn meree sabe, agora digo ao dilo Mnnço que de a vossa Illcrcc os trezentos e ta11tos mil rei, qlle deve na conta qUe mandou dos meus soldos e que no fim de Agosto comece n dar a vossa merce sem mil rei~ cada mos que tudo irn VOSRa mcrce guardando na sua mão pum ftlgl\mas dispo:dçois que cu dcça fizer, e para IXll' li minhn caza quando for <)ch<)udo llclla alguns tos lois pam o [)rindpio dos gm;!o~,

Tomou vossa Ilwrcc melhor acOt'do cm dar os 30$ reis de Mariana [l minha tia ella lá os C1l1pregllrlÍ como lhe parecer,

Não dice a vossa mcrte que fizeee ol1rn em entregar à mulher de Manuel Ribeiro os 49$ 1/[21 'I] reis nem vossa moree o poder fazer em COllza alguma e só dezejará que vossa merce ajustaní. esta carta (lo que lhe mundei dizer dos alugueis das cazas para ver o que lhe devemos juntnmellle, ,(gora he necessnfÍo neste negocio quevossa 111erce advirta que esta mulher não teme ninguem nent sabe de negocias, e poderil deixar perder os alugLleis das ca7.a~ rOL' falln de intcligencia, c depois dizer qlle os não cobrou, e depois zomb<lrem dclla. Na Callza do morgado cslOU com muita desconfi­nnçn e muitos mai~ a terey 8e vossa merce dezampumr este negocio porque então serão l1layorcs as omisBõe~ nelle, e este pmticlllar he negocio muita tempericha pant o levar, bem conheço quc ti VOSSlIl11CrCe lhe cU.'itan'l muito este negocio porque quem vay por caminho direylü, c com a vel'dadc diuntc custa lhe multo lidar com quem anda por becos e encrllzilh[lda,~ mas como neste mllndo se não ilehão sugcitof' como hnma peçoa os quer ho necossaria pucienda, e l11e~mil malll,a qne a VOSS<l merce lhe não falta, se eu tivera mllro caminho lambem o seguira, !11ftS n50 o acho, A Ayn:s de SOU:l.u esereVQ pat'U que apaddl1hc o que fornecessar!o com os dezcmbargad.orcs; elle 'tem entendimento para compor eouz.us muito grandes quando mais esta, vossa merce lhe diga o que hc neecssurio seguircc neste purticulal' que clle tcm parará este nego~ cio com a \'ma muita prudcndn djzcndo lhe tambem !l condiçi'io do clcrigo. c se isto

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puder entreter até que eu vá livrarey a vossa l11erce deste trabalho dando-me Deos vida. Vejo o qne vossa Illerce me dis sobre i1 comenda de S. lvlartinl10 de Lagares, e o caminho que tem tomado nisso que he melhor. Agma me chega essa carta que vay e a reposta della e t:u nilo sey avia por qllem elle ma mandou porque aqlli ma derão ente outras, e nào sey se este hc () mesmo homem em que fala a senhora D. Phelipa ou o padre Romilo Gonçalvcz este lugar donde Ihc escreve he hLllmt legoa (pouco mai~, o ITIt:nos) antes de chegar à comenda, veja vossa merce se la via segura para //[212]0 avizar e l\!meter a repostill]UC tudo deixo nu sua mão. Tambem sobre a de Castro deboreiro vaya carla que me escreve Vicente Henriques, e a reposta quevossa merce lerá, e lhe dará; o dito Pedro digo que me offercssem 18S reis por ella sem elle di:ler qllem por evitar queixas, o dezavcnças; ainda assiIllull.o quero tirar <I seu irmão durrendaln, que se clle não achaI' quem lá chegue, o pace e ~em Sl; escandalizar quiz­er dat· licença que vossa merce a arrende que lho diga, sobstabdeça vossa merce a sua nclle, o na pcçoa que nomear, st!m embargo cliço se vossa mcrce lhe parecer que de precumçiill vay nesta, e vossn merce lhe darão lá porque eu nào lhe digo que a mando he nCl:cssario cOl11temporizar mm cste homem, por amor do tombo ainda que se perca algul11l! COllza, e só tomam ouvem segurança nos pagamentos. Este Bermu·do Cum;illvez nào sey que mangra lhe deu depois de eu vim que nem responde avossa mereem nem fi Villcnt~, nem <I mim a muita;; que: lhe tenho escrito ([c cá. Sebastiam Valente bom faria hir la porem cuido me hude fazer muita falta na Junqueira qual­quer tellllXl que elle gaste nesta jornada, pareciame melhor mandar vossa meree. Mira por hum barco a Tancos L: dahi alugaçe huma best[1 para TOl11ilf; escrevendo a Bernardino que esse mosso hia e que lhe pedia averiguasse as contas da comenda do tempo que a teve João Antunes de Mattos que foy () que p[1goll il Silverio da Silva, que Oeos tcm, e não cuido que ou ve cntrcpelação de outro rendeiro neste tempo, e como creyo que no papel que lllC deixei declarcy il divida de Silverio /1[211v(\J da Silva que hera e a quantia cm que !melava a comendfl, c o tempo cm que se acabava de pagar () dilo Silverio que cril naquele Natal do ano que parti, dc sem mil reis que só lhe deviào dahi para ea se pode pedir ao dito Maltos porque só dará se o não tem dado a Bernardino, o mostrará recibos para se averiguar esta conta, e quando o dito mira ni'io faça nada pouco se perd~ no gasto que fizer. e com a clareza que trouxer !tia então Valente com os olhos nl<li~ abertos quando a vossa merec não pareça isto bem faça o que entender que sempre ~crá melbor, advertindo que Scbas!Íam Valente não he dos mais inldigcntes para tomaI' conta~ nem desfazer duvida~. Folgo que a Azambuja esteja tão boa Deus a tenha levado adiante esta fabrica cstá em bati direeção com a admblistração ck .Pedro Alvrcs Cabrill, creyü que não largará mão disto ató que eu vú que então HC fará o qllC se cntender ser melhor. Ayres ctt: Saldanha e FI. Bernardo me escrevem sobre esse~ tres mil e quinhentos cruzados eu lhe des" faço as duvidas que por elle digo em SUl11a que se os qner dilr que vossa meree os a~eitará, e que qmmdo não que.ira que mcnos carregado ficarey, o qlle vossa mcrce cntende nesta materia he o mais serto, No quc toca fi negra fico satisfeito façase o que dis a senhora D. Phelipa qlle sempre lhe devemos dar gosto.

Nesta occazião paço alguIllils letrinhlls de dinheiro para vossa merce la pagar, per­doe cHte trabalho que n~o poço escuzar-lhe. Meu sobrinho me pede que lhe mande vir a sem que diz o rol incluzo por ser provedor e da Mizericordia este anuo para o

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que vossa mcrc~ lwd~ co~rur ?e mão de Diogo Pinto o procedido de S. M. de trigo pertencentes II tlItll M lzencordHl que elle cubr011 do cont1"f\tador que dará pella ordem induza. ·~~l1.nbem vay 0111ra memoria para Hera do Santissimo Sacramento, de que Ayres heJulz, c II mayor callza de dar a vossa merce 1/ [212vO] este trabalho bê a esti­mação que nesta terra se raz da .'lera que veyo por sua ordem que dizem que nRO virão couza melhor a conta deixo e fico de acordo u.ue se tem pago se algu1l1C1 couza tiver que avizar l1CRte particular será em Setembro qlle ade hir daqui o palaxo. Mandemc VOSSI;l 111crec dai· ao I·ejtor do~ inglezes hum barco de palha, porque me mandou cá tres chapeos de Castor, c IreH paus de meas e lle IleeesRario pagar lhe com isto; fi

Manuel de Silva Pcdrozo outro, e quando haja pouca, a metade basta, lambem se Valente lhe pedir dinheiro jll'lra 11l.l11s poutros, e para huma emeomendinha, couza pouca qllC Ih(: mando pedir lho dará por om não hc mais de que avizar a vossa merce li quem Ocos gOHl'dc. Ma:-:agão 20 de Julho de 694//[213]

MemorIa de que hade vir da Ilha de S, Miguel

Quinze moias der scvada, c 12 de trigo na forma que dis a carla Hum CElxão gr<\l1llc de ll1açans, e fruta (1m" bem empalhada de boa salmoura e

mais 11\1111 de 4 de carne de V<leca de boa sEl[moura e mais hum de 4 de came dI! porco da mesma sorte

Dois porcos vivos em cada embarcação 'Ice de lá vier Cem gnlinhas em duus capueirns em todas <IS embarcaçoills Quinze, e 20 unobas de batatas boas, e se vierem mais será bom Quatro, o 6 dt\zja~ de belancim;, e outros tantos melloins que virão na boes da

escotilha sobre o trigo ou onde pi1rcsser melhor. Mais hum cuxfío de lil1ll1ins, limas doce~, c laranjas da China Seh; carneiros, I:"!tn cada emblll"CaçaO que vier, c se forem mais será bom H\1111 barril ele perdi7.es, e coelhos de eseaveehe, advertindo que serão primeiro

assados, e muito secos sem pnçurem por água quente Lenha todu a que puder trazer a caravella na estiva, 6 fora della que he muito nec­

essarin. Do:.::e meyas de solla l1111is K meios mando vir só a S. Miguel a sola. O trigo scvndu e as ütya~ ande vir só por huma vez o mais cm todas embarcassois

tudo com eOl1hesimento e declnrado olrcssc./I [213vO]

Carta para DIogo Pinto feita em 22 de Julho de 1694

Chegou o pattlxo a c~ta pruçn, e c"l"Uvella 8 4 do corrente com bom Sllceço, e jn a SllU tardança 110S dUVll multo cuidado nella me chegou esta de VOSS:1 merce de 26 do passado, eHtimú ver pussa com salldc e lambem não estim~ ver passa com saude. e tambem não estimo pOtlCO que VOHHa meTce conheça o dezeJo que tenho de o serVir, c bem nccesHa1"io me foy mostrar eslOlI nestfL occazião por grande aperto que se fes

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para aver de se nomear outro informador o que eu vou entretanto com as melhores escuzas que peço como avizara mais largamente o Padre Pedro Valente, hirey vendo o que poço fazer mais nesta parte porem he necessario que vossa merce de a enten­der li e~ta gente não falta à sua obrigaçno não só com palavra~ mas com obras fazen­do por ter muita inteligencia contudo o que se obra no tocante a esta praça o que não veja ne~ta occaziüo em que falo avossa merce com toda a clareza porque dezejo muito que vossu merce proceda da maneira que nunca o tirem com rcziio advcrtindo que isto que digo aqui nem o alcansâo estes homens nem lho eu dila pOl' não fazer rnayor a saca queixa primeiramente vejo esta petição que vossa merce fez ao concel­ho sobre o pagamento dos três quarteis a qual podia ser mais larga e com mais rezoins que declararem o muito que padece esta gente na falta deste dinheiro a repos­ta de Manuel Pereira dafonceca e~cTivào do contrato estfl feitfl com muita vel.hacaria ii que vossa rnerce podia responder se tivera a deligencia neste negocio que he ne­c:essaria (dos recibos das //[214J peçoas primeiras que vem metidos na carta não devião descontarce no quarteis que se devem mais que o que soubece nelles das ditas dividas porque deu este dinheiro li nlltitas peçoa~ que lá não podem pagar e os muitos guartcis dos que estão por vencer e dcsrmtandGCc dos qm:: estão vencidos; vem a fatará ao geral que ellc por sua vontade deu aos padres e isto não he justiça nem rezão porque a bem de lhe dax muito li estes homens elles devem cá quantias li fazenda real que se handc cobrar primeiro, e assim dos 987$ reis a rennas se poderão cobrar 110S

guarteis vencidos duzentos, c O~ ~ettesentos, e oitenta se ficarno devendo a este povo, e isto he feita <l conta por ma.yor Mais dis o dito contador que não bê obr:igado o con­tratador a pagar aos quarteis sem se lhe perguntar, e disto devia vossa merce fazer queixa, delle ao concelho em se meter no quc lhe não toco nem lhe mondão informar, DI!:) mais que em coiza seja obrigado a pegar aos quartels nüo devia de pagar senão hum depois de dois vencidos o que se vir nos ahnoxarifados, e contratos do Reino e nisto mostra este SlUeito, e Jmma grande innocencia, ó lmma grande velhacaria, com afeição [!Os contratadores pellas rezoills que ellc sabera porque no pagamento dos soldados não se uzão o que nos contratos nem elle o mostrará quem faça e ,liguma das provincias do Reino, e se vossa merce reprezentará todas estas rezoins ao con­celllo teito em hum3 petissão por letrado que percebece este negocio hc sem duvida que o concelho não daria {} ~egl1ndo despacho, e se o tivece dado o reY(lgaria vendo estas rczoins tão forçoza~ c tambem o meu amigo Antonio Freitas Branco não aclara I'eçoins ao contratador e vosso merce Iht': dicera estas, mostralhe vossa mcrce este capitulo desta carta até //[214vO] aqui e verá o que lhe dis e tambem eom isto con­hecerá este sujeito, e creyo votará no concelho se lhe de hl11na repl'cbençâo em cazo que os procuradores mandem nesta occazião petissüo com todas estas rezoins, e emqnanto não vier o que se deve senão pode buliir neste dinheiro por não deixar lanta gente dcscnçolada, c advirta vossa merce que não deixe este requimento pam as ulti-111a~ horas, porque hum a das traças destes homens he esperarem a pmtida pam embarcarem tudo nelIa, c não aver tempo para que se replique às suas cavilaçoins o que conheçn pcllo que vossa merce me relata, e por outras muitas circunstancias, e neste particular, e no outro de mandar o dinheiro do trigo dis vossa merce que falOll ao concelho e que não acabarão, de rezolver mais não vejo que falace a el Reyem peçoa como devia fazer para que mal1dace por decreto rezolver estes particulares e

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outros muis que lá estão a~sim porque o meSlllo sellhor dice a vossa 1l1erce lhe falace quando lhe não deferi cem como por lhe ter cu advertido muitas vezes c01l1oachará nas cartas que lá tem, faça vossa mercc isto logo, huma c muitas vezcs, e logo verá que se disen: corno mais brevidade visto o ~ecreto de Estado nos fazer o favor que vossa meree dis.

Tmnbem VOSS8 merce me dis repetidas vezes nesta carta que não sabe o que vem para esta praça o o que fica lá não devendo embarcaree huma palha sem vossa merce saber o que he, e como vem, e o q ltanto falta, e assim lá deve vossa merce procurar na caza de Seuta o que mandarão nas cUlia8 de guia porque cu me não hcide lallçar em lhe estar declarando cá, e tudo o que pedir he precizamente necessario. e por isso volta a caravella a bll~car o mais e principalmente o taboado, que tenho pedido para os armazens //[215] que as 11flredes ficão quazc levantadas, e as vigas postas e não hc rezão que se deixem de acabar porqlle siío necessarios, assim o mais que mando nesse papel ineluzo, fi faça vossa Illcrce vir l\ dita caravellll com brevidade, e cm cazo que O contratador se l'ezolva a mandar o que lhe pede o seu feitor pode vir nella, e os eav­alias que peço a El Rey, na que elle deve mandar com mais algumas couzas das que peço e ja que o concelho tem dado despacho para virem, de vossa ln<!l'ce me cide queixar senão vierem. As informaçoins de LlIi~ Gomes c Manuel Coelho ma manda dizer Antonio de Freitas as despachará na terra do Conde de Castanheira se me pare­cer escrever ao Marques de Alegrete o farey, e a carta hirá a vossa merce, a infor­mação de Domingos de Medina se entregou; No que toca ao retablo respondo em papel à parte p<1ra cnteligencia de Amlre Ramalho; Ao que dis o contratador que mande El Rey o trigo que gasta a praça de mais, não deve de se kmbrar o que dis­põe a primeira condição de seu contrato ao que elle se não pega neste patiicular, e tambem senão paga ao ponto que declara não hade dar as fazendas que aqui mete em desconto do dinheiro que he obrigado a meter como dá.

Fico advertido cm mandar pedir ao concelho cada couza em carta particular ainda 'que pai'eça redicula COl\za pedir 40 COlIZaS cm 40 cartas. O lagedo poJe Vil' pouco e -pouco nos lastros. A caravella da ilha esperamos, e fazendo esta faz em sinal de hUlua queira Deos s~ia clla porque l1ão temos mais que huma mea reção no seleiro tendo dado tnes e já a cavalaria vay se:ntindo folgarey sejamos tambem providos este ano como vossa merce dis.

Hera lHana setia que pas~ol1 de largo. I! [215v"] A cElraveJinha he muito bonita para o serviço de praça; a rezulação da carta que

escrevi na caravella venha em todo o cazo que he necessnrla; se está ainda em caza do procurador ela fazenda lhe f<\l1c vossa merce da minha parte que veja bem o que digo nella e que me faça responder; vossa merce me dis no cabo desta calia que vem ia taboaelo, e ní'ío vem mais que tres duzias pedindo eu 150, e a couzn de não vir mais !,he porque na caravella se meteo, cal taboado, e barrotes de outras peçoas, e como ,deve ter muito sentido nisto, e não deixar o mestre, e aos continuas meter o que: lctuorem de partes ficando o delRey tão necessaria fuça vossa merce ql~e ve~ha e~l Itodo o ca~o, e com fi mayor brevidllde que poça será este taboado que digo, O1to ml­tlheiros mais de telha allem dos quatro que vierão c 200 duzias ~e ripas; tudo isto he [l'irecizo logo por me não ficarem os armazén~ dcscubertos este lllverno.

Tambem varias vezeR tenho pedido a vossa merce que faça com que me venhão

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pedreiros, e vossa merce me não rcspondeo nunca a isto, veja vossa merce se nesta occazião podem vir quatro que são muito necessarios, e tambem pedi dous ladrilhadores que são predzos para os seleiros, e como agora vai em IlUl11i1 sertidão 40 e tantos soldados que taltão, lleSola podem vir se vossa mcrce o fizer diligencia no limoeiro hade achar alguns, se vierem logo nesta caravella será muito bom, tambem peço os 15 cavalos que faltão. e que sette o oito vcnhão para ( ... '!)que não há ca hum capas 1/[216] e os tenho a pee peço que scjao de três para quatro anos pera logo servirem, os mais podem vir de primeiras qUI;: ha la ordens para isso, tres mando vir de minha caza para peçofls que mos. tem cá pedido espero que vossa merce nesta dili­gencia de a conhecer a este povo que injustamcnte falia em fazer outro informador. Oeos goarde a vossa meree como dezcjo. Mazagão 22 de Julho de 694 //[216v~1

Carta para o Capitão de Mar e Guerra Francisco Carvalho de 25 de Agosto de 94

Com esta devem entregar li vossa merce hum cativo que esta em Sane por nome Antonio Maltinz Garras quc está tocado por hum mouro que aqui tenho dado cazo que esta entregA. se consiga passará vossa merce recibo a qucm lho entregar para por elle fazer eu entrega tambem do dito mamo a que me tenho obrigado, e tambem tenho feito obrigação dt; que aos mouros que o levarem a bordo ~e lhe não fará vio­lencia alguma antes toda a boa passagem e levando algumas COLlzas para vender se lhe pagarão muito bem assim o peço a vossa mcn.:e da parle delRey Nosso Senhor a çujo serviço não Cahará nem a mim a vont<lde dt: vossa merce a quem Dcos goarde. ii[217]

Carla para o consul João Baptista Bolette auzente a Surnuel Roy visconsuJ da nação olandeza ou a Miguel Henriques ou a pagar Nunes da Fonseca mercadores aos quais se fas a obrigação abaxo declarada.

Antonio Mmiinz Garra~ cativo Il~ssa praça de S,,]le me escreveu em 12 de Junho passado qu~ seu patrão linha ordem para o embal"car em qualquer navio que partisse dahi dando dmldo fiador a que eu entregasse com avizo de VOHHU Il1crce a Hamette Bandau que esta trocado por elle ou seu valior, sendo elle morto eu lhe respondi que nem conhccia a vossa merce, nel11 o seu sinal que me podião enganar com qualquer carla fingida; agora que sei estão as fragatas dei Rey meu scnhor nessa bm-ra me parece fazer avizo a vossa merce que se pode mandar o dilO Antonio Martinz as ditas fragaltas embarcai· e que vindo carta do capitão que anda m:llas me obrigo por esta a entregar o dito Hal11ette Bandau o seu vflllar sende morto e para que não haja receio elos mouros que o levarem no barco a bordo vai e~sa cm"la para o capitão e por eHe pode vossa merce estar seguro, e looos os mouros que lhe não hande fazeI" offença alguma antes muito agazalho de !LIdo o que so passar neste particular me fará vossn l11eree mercc avizar e tambem se quer alguma oOLlza desta terra que o servirei com mui boa vontade. Deos goarde a vossa morce. Mazagão 1/[217v"]

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Carta para Antonio Martins Garras de 23 de Agosto de 94

Antonio Martinz Garras pclJo dezejo que tenho de lhe abreviar es~c cativeiro c mandar Hamctte Bandnu daqui me paresell fazer fi Clll1a que vui com e~tl\ II João Baptista Borktte e quando não c~tcja ahi a alguns dos nomeados nella vossa merce a veja e negoceie como lhe eonvem; c cm cam que o mandem por bordo das fragatas mande recibo do capitão com carta de vos~a mcrce que C01110 conheço já o geu nome ficarei mais seguro lambem vai carln para o cllpitão para ~egurar a gente da barca que levar a vossa 111eTCC que deve levar bandeira branca c podem ser sel10s lhe nào hande fazer agravo algum anks se lhe levarem algumas frutas Ihcs pagarão muito bem quando não se cffeetuc este negocio nem mandem li vossa rncrcc aqui dentro em 20 nthe 30 dias tenha entendido que remetto o dito I-Iamette 11 Lisboa na fragatinha do serviço desta praça ou cm quulqul;!\" cnravella porque assim convem por muitas rezais e ashn o deve vossa mcrce permitir c avizarme de tudo () que houver neste particu­lar. Niío serve de mais //[218J

RecIbo das trezentas pattacas que entregou Semeão Porto, que se mandou a Luis da MoUa Feyo.

Recebi do capitão Scmeão Porto trezentas pattacas que pclla caza de CCllta me mandou entregar El Rey Nosso Senhor para certa diligencia de seil real serviço e para descargo do dito capitão lhe dou este por mim feito e assinado e declaro que no tempo em que se entregarão as ditns palacas deu dellas hum recibo o meu secretario Manuel Coelho de Sonza por lho eu assim mandar, e me parcCl;!r baHlava; o qual não sera por elle obrigado porque mas entregou na minha milo c dcllas darei conta ao dito ~enhor quando for tempo. Mazagão 2 de Setembro ele 694//[218v"J

Carta para DIogo Pinto escrita em 3 de Setembro de 694 em Mazagao

Chegou em nove dias c nella recebo esta de vossa 111erce com grande gosto esti­mo ver nel1a pagRa com sauc1e ell eom alguma melhoria ando principalmentc na esperança de hir ver cedo fi vossa merec.

Nesta occazião lerá vossa merce quem lhe relalte o que se passou com os procu­radores do povo e mais gente que se aj'untou nesta sal!n que os tinhão obrigado a fazer requerimento para que se nomcaccm dous homens para virem a essa corte ao requer­im.ento de que vossa merce lambem deve ter Jlotici~. e para li quitar os que mai, apaixonados se mostravão me foy llecessario por em publico duas cartas que 1m mandarão o Secreta.rio de Estado e Marques de Marialva a favor de vossa merce um quais vossa merce deve dar as grassas do empenho com qlle o acreditão a vossa

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mcn:c e declarar hir que agora corre por sua conta para conccrvaçào do seu credito o patrodnallo em todos presentes desta terra para que ella conheça que nào lhe está maIo concervallo a vossa merce por seu procurador, se se fizer assim, e vossa merce não fallar ao que deve Cl"eyo que em meu tempo o não tirarão, e com nenhuma outra couza pQ{le vossa merce quebrar mais os olho~ <lOS ~eus emulos que com as suas dili­gencias. Nào sei por ora se comunicurào a vossa meree os procmadores o negocio a que querião mandar, a todo o tempo que o comunicarem deve vossa merce oporce a eIle com lodu ,\ força, c tendo vossa mcrce a El rey tão favorável como me dis e dice sempre ~cm duvida acabará tudo que lhe encomendascm sendo passiveI. O trigo chegou mas já estnvamos providos para este mez do que veyo dabi na primeira car­avella mas bom hé que o contratador experimente estas perdas por nos não estar sem­pre pondo nas ultimas. O dinheiro espero que vossa meree o faça vir na forma que Sua Majestade tem rezoluto que até agora senão tem feito paga por falta delle e corno não pode vir na caravela virá no patnxü que dentro em 20 dias (o mais tardar)//[219] para lá porque o secretario de estado me segura que em vindo trará os cavallos, pesso a vossa lllerce o nccessario que na compra delJes se veja que são para ( ... ?) todos os 8 que peço e que sejão já cavallos que possão servir logo, e vossa merce conhece os que são bons para este exercicio creyo que agora não faltarão por estar a pall1H e sevu­da cara, e faça vossa ll1erce tambem diligencia porque se rezolvão esses papeis que estão em caza do procurador da fazenda e que se me responda aos pontos do regi­mento que tantas vezes tenho pedido.

Ao marques de Alcgrette estou muito agrudecido e assim lhe digo na que lhe escrevo, c~timarei tome clle ainda a seu cargo a expedição da caravelln. As das ilhas ainda n[lo tem vindo maR espero por ellas por oras e que esta praça seja bem Stlccor­rido visto estarem la tantos.

Vossa merce me diz lhe faça avizo do taboado quc vl:yo são 30 duzias para 150 faltão 20 e 8 milheiros de telhas, e as riPfl que falta para a qllflntídade que pedi. O contratador não quer mane1ar nada porque lhe não deve aehar boa conta pella causa em que esta tudo; pella muita falta que h3 de azeite vinho, e agoardente n8 terra, e outras couzas escrevo ao Algarve a Manuel Lopes de Medina que mande n gavarra rogo c quando não possa escreva a vossa merce que não vem para que bllSque quem queira mandar estes generos, c os mais que lhe avizrem os procuradores para o que hade pedir a El Rcy Nosso Senhor lhe mande dar do dinheiro que está para vir, o que bastar, porque os moradores VCClll nisso, e empregallo por sua conta e risco, e mandão a vos~a merce a ordem necessuria para que venha isto com toda a segurança, em que vossa merce deve obrar com tod,L u diligencia passivei; dizem ellcs que até duas pipas de azeite bom lhe será necessurio para este inverno porque para as can­deas ca tem o Padre Silva, tambem querem nlgulllus pipas ele vinho ainda que não s~ja !Uuito pela earezu em que está, se na caravclla se puder acomodar alguma cauza disto pode vir com condição qlle me não deixc de vir a telha que tenho pedido e a ripa e só do taboado poderão ficar 50 duzias para vil" no pataxo que tambem será nec­essario para o camada dos cavallos mas mais nüo porque he precizo para se acabarem os armazens que hande servir//[219v"] de trigo por alguns dos seleiros estarem inca­pazes e necessitarem de hum concerto grande.

Folgo muito que a informação de Luis Gom1l1es S~ despachac!;:, a pUlie que vossa

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merce teve nisto lhe agradeço, e ma}'or será o meu c!gTillkcimellto qu:mto o d.:: Manuel Coelho tenha tido [) mesmo suceSSll pOlllue par:.! esta he mayor (I meu eIllpen­ho sobre o que escrevo ao \lnrques de Alegrete na inc1u:t:a que \us~a merce lhe dani,

Sobre o negociu du fl,tábulo niio posso agora escrever pella brc\idaJe com que parte a earaveJla no pataxo o farey o cm alguma das camvella qUl' uaqui hande hir.

A medida do lagedo la está porque a mandei ao concelho na viagem passada destn caravella bem podem hir mandando que bem dellc hc necc~s:lrio. Se II proeumdur da fazenda nào despachar os papeis peço ti vossa merce diga a Luis de Saldanha que pessa ao Conde da ponte lhe va para sobre este particular.

Muita falta me fizerão os pedreiros nesta occazião quando agora possãn vir \"~n­hào mas qlle sejão só dous os ladrilhadroes basta que vcnhão no pataXtl.

Folgo que vossa mercejit fizeec o avim dos frascos <;cra bom que n~nhii.o porque são necessilrios. O Secretário de Estudo me diz que S. Majcstad~ quer mandar humas poucas de espingardas leves para a cavalaria procure-as vossa m.:n:c c venMo quan­tas mais melhor. Por hora não se oUeresse mais fico às hordens de vossa merei:! mui prompto a quem Deos goarde.t-.-lazagão 3 de setembro de 694.

Depois de ter feito esta me veyo pedir o teitor do contrato Sl: não mandccae bus­car fazendas que eUe se obrigava a mandaUa vir a sua custa com que vossa mercc pode escuzar a diligencia que digo asima. ii [220]

Carta para Antonio e Onveira feita e, 5 de Setembro de 694

Folgo muito que me chegue esta notissia da doença de vossa merce na mesma occazião com que me chega il de que estajâ li\'L'e deHa porque ainda que me fique a pena me fica minorado o cuidildo que ella me avia de dar. tenha vossa merce conta saude como eu lhe dezejo, e como necesito pella meree que me faz Bom h;; ter cohra­do de Antonio Manço os 4(JOS reis a conta não vay nesta occllzião com a duvida des­feita porque necessita de vir huma clareza da ilha de S. ~iguel. que mando saber agora que estão aqui humas caravello.s po.ra tá. para outubro quando ellas forem daqui de volta para esse reyno hirá tudo claro, vossa meree hirá deixando estar. este dinheiro na fonua que tenho escrito, e me fará merce dar des mil reis a minha irmaa D. Joannll da Silva na Anunciada que ella mandará bU5Car com recibo, e dois a humas criada que está com as meninas que chamào Josepha; como vossa merce puder buscará a D. Philipa que isso não tem pressa, c avizcmc se cazo. o o que faz de si.

O arrezoado da cauza do morgado ca me veyo porem não o pude ver porquc me foy forçozo mandar est<l casa velha em 3 dias do zelo, e amor com que vossa merce trata de todas as minhas conveniencias, mas faltará a diligcllcia alguma que conduza ao bom fim della.

M. crcvo a comenda de Castro Laboreiro, eu fico com o mesmo que vossa merce aponta, he força esperar o Sllsceço sem por hora m()strar desconfiança.

Se vossa merce ao rendeiro velho que se arrendOll por hordem sua {como elle per­gunta) poderá ser se não bulh, em demanda_ o clerigo tambem arreeia, e por isso me numda pedir huma procuração para mover elle a dcrnand:l ao dito rendeiro. porque

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dis que tendo-a minha para cobmt· a comenda de Custro Lllboreiro arrendou fi outrem por 2 300$ reis, c ainda que me dis que isto .... /[2201,.'°] he para se defender em cazo que cllc faça demanda e fi creyo (!ue el1e lhe tli'io hade deixar de movcr porque he hum pouco tenciolleiro, e eu não quizcra mais demandas das que tenho, e assim lhe digo porque clle não conbeça a desconfiança com que mando estas procllraçoins que pede que as manda lia carta de vossa merce para que não desconfie pois lendo procuração geml !ninha a deu li outrem sabendo vossa mercc dos negocias quc correm sobre as minhas rendas que lcm obrigação de cobrar, vossa merce se aconcclhc se convem dar-se-lhe.:, e ..,e pode valler procuração de Ayres estando debaixo da minha tutoria, que ellas vào feitas pellas minuttas que elle mandou; vossa merce lempne lá isto que eu sempre estou tremendo com e..,tas couzas, e com as suas desconfianças.

No que toca à de Lagares vossa merce tem avizado e creyo nas faltando ao que prometem, o que lambem creyo dará o rendeiro velho, e Manuel FelTeira I'erras me c~creve ql1aze abalado a acrescentaI la; A de SOllre está bem arrendada; mas esta sem­pre 1'oy terrivel de cobrar, porque a m:lÍs má Garta de gente que hó hê a daqucll,1 parte; No que toca ao abatimento que pedc o Alvellos (senão fiz;.:r exemplo) me parece mel­hor fazer!ho de alguma cauza, que tcr huma demanda, c darlhc hum pretexto para que não pague daqui a cemana e assim me parece melhor fazer hum contralo com elle que pague logo que lhe darão algumas quebras por callza das suas prizoins; e nào por oulra~, vossa meTec faró o que lhe parecer melhor.

Se Cll estivera na Junqueira dera a vossa merce toda a clareza de Silverio lia Silva, mas ne111 valente hade rrchar prrpelllem eu sey dizerlhe onde deixei assentado ludo por onde me parece se pode averiguar isto por hora hê vir vo~sa merce. Se lhe lem­bra o escrivão que fez o termo da -compoziçào que eu fis com o dito Silverio por COll­

celho de vossa merce e de Antonio dos Sm1tos de iI [222J Oliveira, e nelle se llclmrá a clareza dc quanto hcra divida he de quamlu começou elle <l cobrar a comenda qtle lhe ellm':ignci, c ~e vo~sn mercc tiver peçoa capaz, a quem pague, pura hir a Thomar tomar conta aos rendeiros que lrouxcrãn n comenda desde CSRC tel11lXl para cá, que sempre me parece que foy Joào Antunes de Matos scm cntcrpolw,:fto de outro, será bom porque Valente mal se pode tirar de Junqueria e Silvc:rio da Silva !le serto se <lcabara de pagar pello Natal de 92 (corno deixey declarado a \'ll~HH lllerce) e dahi para cá devia vossa merce de cobrar, o mando vossa mcrce u vira Gomo tenho dito com espicificação de tudo isto li Bernardino Gonçalvcz pedindo lhe tome por sua conta c~ta diligencia, porque mim bem sei que não !te eapaz mais de que levar hUlll

recado, e trazer a reposta. Os frutos da Azambuja, e da Junqueira sou de pan:cer que vossa I1lcrcc os venda

porque sevada a 320 he hum grande preço e o trigo tambcm grande preço a 4HO c bem poderá ser que dem a 500 principalmente pello da Junqueira, e li expcriencia lcm mostrado que em anos cecos não durão as novidades muito nos SdeiroH, e logo ~c e.:orrOlllpelll, e lhe dá gmgulho, e huma mão chcya que me mandarão cá à mostra, do trigo, hindo partindo hum grão com os dentes para ver se era duro se acllOu dentro já comessadll a gemr hum gurgulho, e partindo mais se achou em muito vossa merce se desfaça logo defLldo, c crcyo que fará dinheiro com que livrar a comdessa dos Alencarses, e pagar a divida de Manuel Lopes da Lavra, o algumas outras com mais alguma eOLlza das renda~ segundo () orsamento que cá tenho feito. Os ordenados de

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medieos c bllrbeiros me não parel:e rezilo corla[]os sua aventura lhe valha: se j\iJnria Phelipe lhe pedir a vossa mcrce os rcditos he do seu dinheiro !hos de ainda quc eu cuido deixe hordem para que se lhe pagacem em trigo da Junqueira mas não se lhe devia de dar depois que eu cá estou: vay o escrito de Francisco Pereira para que vossa merce desconte esta quantia a sua May quando lhe acabm de satisfazer que he o ja tempo; Por hora nào me lembra mais que ficar as hordens de vossa merce a quem Oeos goarde. Mazagão 5 de setembro de 694.

Se o i.nformador Diogo Pinto pedir fi vossa merce algum dinheiro para llllma habilitação!! [222v"J de Luis Gomes vossa merce lhe de todo necessario que com recibo scu o pode metcr na minha conta.

O que se acrecenta vay à margem. E~te ouvidor que aqui está he o letrado edis que Ayres tem muita justiça para pedir ao rendeiro estes 80$ reis que avançava na comenda, vossa mercc la se infOl'mará deste negocio e se: nào tiver muita justiça não quero demandaH.

Pois o dito ouvidor que pude valler e lu! necessaria. A Manuel Ferreira Ferrão pagará vos~a mcn::c dois rollos de tabaco que me man­

dou. O filho de Silvcrio da Silva me manda dizer em carta de meu primo Fr.

Hieronimo que acho que seu pay que não esta pago da comenda que he huma galante couza, que lhe mande eu pllgar, e que o rendeiro lhe não dera nada he neeessario averignar isso porque eu creyo que he ignorancia do rapaz/I[223]

Carta para Belchior de Torres em 11 de Setembro de 694

Recebo a de vossa merce de 30 do pn~~lldo, c ~inlo ver nella todos os seus tra­balhos mas como estes nas~rão pUni os homens hé neeessario padencia para os levar. e vallor para os sofi'er, e a vossa merce o por Deos tuo dotado deste que me parece desnececario accntallo, vejo tão bem que vossa merce não recebeo as minhas cartas não me espanta porque as via como são de inimigos não podem ser sertas.

Tocante aos alarves como o Baxa esteja de acordo que se não hande dar mais que tres por tres não temos que falar mais neste particular. A Rezulução que vossa meree tem tomado de se não cortar he mui ncccssmia porque como a impnrtancia do corte hade sahir de esmollas, essas não pode vossa merce saber a quanto chegarào, e S. Majestade que Deos goarde ainda que deseje muito ver a vossa merce livre, e tenha obrigação de acudir aos seus vassallos captivo~ (principal aos que os servem) não hé obrigado a dar todo o que se lhe pede. principalmente quando he com tanta exurbi­tanda, como vejo o quc me tem proposto Lage Abraham Buraber, pOil}Ue nem lá honra de S. Majestade lhe está bem que os seus inimigos lhe ponhão kys nem il nossa Religião meter tantos cabedais nas mãos dos nossos inimigos, e aflitos só se deve dar o justo vallor da pessoa que se deve re~gntar, e he isto tanto assim que já houve Rey nosso que deixou morrer hLlln irmão seu na escravidão por não faltar a estes dois pon­tos tão politicos e neco~sários, e o mesmo irmão 111e aconselhou de Marrocos onde c~taya cativo. Eu tenho declarado a estc homem tudo iHto, e dizendo lhe que vossa

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m;,;r;,;e IIc hum soldado de fortuna, qut: stlb;(J a esse posto pello se,l valor que nlio tem b\!ns lIcnhl!n!( dc rais, nem cazas, que sempre viveo só do que lhe dava El Rey, que sua mulber. c fi lhas estavão vivcndo de esmoIlas em Lixboa entregues fl bum criado meti q\ IC hc Manuel de Silva, que o poSTO para que vossa merce hjfl nnu Cril mais que dr: I!OVCrnlll" ate 150 igual II eapitam d~ inJllJllfl l'ia que o titulo de governlldor n~o hé li q~e eJlcs euidãD, que este se dá ti qUlllquer homem que governa fOl'tII IC'LaS ainda lI1ui ro ]lCquenas, que esta verdade hade achar em Iodas as informaçoins que Tirar, c :Issim que se elle n~o [mzia hordem para moderar o preço, eu IJ 0:10 tinha de dar mais de 1n .. 'S mil /XITacas e que sobre ellCls sô pod iu dur ulguma esmo llu minha aquillo li que pudecc chegar a minha possibilidade, e que isTO herJ dar ainda mais do que vossa mercc \'ulla só pella compaxão de o nãu ver neSo"!! cativeiro com tan ta idade isto pode \'oss:J. merce repreLentar ao Daxa, que como hc de tanta rezão creyo se :\comodl1rá com ella, e lulevirto que as tres mil pal:lcaS sào por vossa meree e SI!l1 filho, e que daqui se niio hade passar hum reallllaü,.

Este homem di: tudo sito lá conta 1'1 el Rc)' de Mequines edis malida bllscar para p..'"lssar a JicencII para o que lhe mando vir navio que estará aqui para Outubro lã creyo S(' ajuSIar:i melhor este negocio porque lá poderá tomar melhores noticias do (lOUCO que \'0!(S3 mcrce tem ..

;\0 que ltlCa ás fragalas hireOl por reSre iTO de vossa merce ii COSta de Salle tem pouca rezão para o cuidarem u:.sim. porque forão por se reprczenlílr II EI Rey N. Senhor n quem melhor guardaria IIS suas COSias assim, porqlle foni a por se rcprc-zen­Hlr:l El Rey N. Senhor a quem melhor guardaria as suas costas assim c juntamente mandou outros para o estrito pum as fragattfl s ele Argel

O ReJigiozo aqui chegou a falar comigo mas nilo esteve m,Jj ~ que hL\ll11l hom, logo tornOl\ pnm Azamor senti ll111ito vello I01't1nt' c a~ novas que me deu de vossa mcrce e d::! SUl! pouca saude.

O portador que vay com car la.~ deste Talhe entregará a vossa Il1I;lJ'Ce 30 pataccas, 20 para vossa mercc., 6 para hum Manuel de Souza Roiz., e llUlll !.:ompanheiro seo duas pnro JODO Venode, e as outras duns para Joseph Ruiz Lima com mais cinco que agora me dão lIqui pam lhe mandar com que fS:lC'm por Iodas 35 ahi vão algumas cnr­iaS de I.::llivos em que dizem lhe mandão algumas patacas, e roupa lllas llada se me enTrt!gou, A justificação que vossa rncrcc me dizja há muito tempol/[223v'1 que lha lenho mandado. a todos os cativos mando \l),uitos recados, e quererá Does qlle por este caminho por onde se trata este reiigulI(! de vossa merce se abra pan\ todos, elIe goarde !l. vossa mercc: com dezejo Mazagão 11 de setembro de 694,

Dois alfanges muito bons mando nesta occazião a El Rey de Ma'lt1ine~ que me tinha mnndndu encomendar eslilllarey llle conrentcm e que di STO tire vossa me rce e os mais cativos o bom tratamento que lhe dezejo 1/[224]

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Ceguro que se passou ao alfaqueque em 27 de Outubro de 94

João de Salcl!lllhll de.

Dou seguro ao mouro Halllctte Bcnmdne nomeado pello nlcaidc de Azamor por alfaqllequc pma poder entmr c ~,lhir na dita praça com cargas ou sem eJlas vindo pella pnlya com bandeira lcvantada e para SUll seglll"ançn 1J1e mnndei passar este seguro pOI' mim assilllldo dito dia lllCS e anilo. //[224v"J

Conta que deo o almoxarlfe Juse Guterre do trigo que se tem mett!do do con­trato e the oje prlemiro de Novembro de 694 e foi com certidão de sec envia. do Nuno Alvares do Couto.

No primeiro anno {lu seu eontl"ato meteu . , ... . ........ 1 041 moias que pum 1$ ,... .. . ... 1600 fica a dever ... . . . . . . . . .. .54R moias No segundo ano do seu ellntrato mctetl .• , • . . . . .2232 moias 34 para os mil c seiscentos meteu dcmais ........•.• . .. . .... 16 meteu de muis , , , , ... , ... , .. , .. , . . , .632 maios 74 de que abatidos os ................ , .. 558 moios 34 Resta a devcr para II ~cgUtltlo mlllO ,73 maios 331/4 No terceiro mllln que primt:ipio IlO primeiro de julho de 94 e hadc findar em o

dilo düt de 95 dcUc tem metido pOl' ctlnln delle the [) dia prezentc 662 moios 33 1/4 pan\ os moldms I () ()()() deve, . . . . . . , . 937 moios 4 3/4 Ahatendo sc 111C dcsla divida os .. ,.,. . .. ' ... , .... 73 moias 1/2 I"CHta para inlcirnl' este llnllO a dewr , .. , , ... 864 moiOH 31 1/2 Devo I1lUiH para n que sc gaHÍll dcmaiH dOH 16()O IllOy()~ pdln dCSpCZll que esta

feita em c,lda lInno Illclter 6H 1l1()i()~

que em tres annos são ..... , ... , .... ,., que con1 08 ......... , .. , . , .. , ..... , ... , .. rcsta II dever para intclrar este anno restml ~Ó u dever , ........... ,., ... .

, , ... , .. , .204 llloios .... 8ti4 moios 31 ,] 06R moio~31_lg

... 793 moio~ 44 //[225J

blgar de l\sll'cmaddl'O c~tá a pique a csc avezal' pello emadeiramento porque fllzcndoo por bordcm do gllvcrnad(lr c cupitíín da SeV-Elchcim o fez de puos de pinho c estão podres tanto que ~c lhe ade tirar a telha p{)J' dentro por não uver porque man· dar por sima do cmn1l1Ucirnmetllll, logo scm Illuis avizll o mando dcstelhor por se não pcrder telha lOlJe tnlll1do recolheI" as lmvcs pnra se conccrtar n scu tell1lXl; Ao mesmo li quem da Sevw.:Jwinl ~c tinha dito se ~c tiraria n tellm c respondco se separasse o cmmaclclral11cnlo sendo () reparo que por ter 11(: prczelllc novo.

Ajuda do estremadciro COll1l1 ngoll, ras~ada c quebl'lll'!la pednsso comm de pouca sustando\ não se lhe m:lt(!io porque llH lIgoas niio diio lugar, e cm o dando sc lhe acu­dirão.

A C~\7 .. n da condessa nuo tem mlliH danifica~ão que estar comida huma verga de

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pao; ~obre o portal está feita 11llll1U de pedra para se lhe ll1t;ler, c outra no lagar que tmnbcm hera de pau, e com o tempo está incapa~ de servir. Nilo {()i por diante que ficou o treslado em Lixboa.

Carta para Bernardo Pereira de Molra

Esta disgmça de que voss.a Inerce se queixa foi por mim a mayor pois a mais de 2 anos me faltam novas sua~ e dou muitas grasslls a Deos de mas trazer agol1l e bOflS que ainda que nesta que recebi de 18 de Novembro 111e dis vossa merce tem passado com alguns achaques da sua gaita os invemos passados o bom he acordar em pé e estar agora melhor eu também tive ca meus camarços, porem agora (grasas a Deos) ando bem e Ayres que manda muitos reeados a vossa meree. //[225v"]

Veyo a coma que vossa meree mandou das COLlzas da comend~ , e dos rcndimentos, e li llossn, e tudo estás com a verdade Cjue eu sempre expelimentei em vossa merce só na duvida que vossa merce tem de que senão devia remeter o escrito da divida na conta, segundo a minha lembram,:a, p<lreo.eme se meteo tudo, e busque vossa muee a carta e conta que lhe toy com os machos e liteira e nelJa achar:'! esta clareza que se ell estivera na Jlll1queira hera logo a vossa t11cn:c porque tudo deichei em memoria e quando isto não basta a mim me falta já pt1l1C(J tempo para acabar este governo se O<."'OS me levar a salva­mento derpessa nos veremos nc~sas partes onde se ajustará a tudo, quando este senhor disjxmha t)Uh1\ (nuza a concicncia de vossa mcrce hc tilo ehrislão que se ajustará a tudo o qllC for verdade, entrelanto pcsso a vossa mcrce senão desellide com (l que llle pedir Antonio de Oliveira tocante a esta comenda assim nas cobranças, como no reparo della porque lhe ll1ere~so toda a demoslração neste particular e qllando não possa lá dwgarman­darú pessoa de texla a satisf8ção, e verdade, e sempre os gastos que pULer he certo sairão das mesmas rendas.

A frula que vossa merce tinha tenção de mnndar fora muilo boa pena grandisshna falta qlle ha ddla nesta terrn, mns 111io devia poder fnzerselhe avizo com que faremos abstincn­da nssim deste como das mais eouzas emquanto nào cheglli'lnos a essa terro; lambem necessitava nmito de humn pipa do seu vinho escolhido em lhe cl1Cgando esta me fará favor de //[226] mandar por !la Junqueim donde lhe hirào os quartos, e se forem duas ó três tambem lhas aceitará pmquc lhe afirmo a vossa meree que não ha melhor eouza no mundo porque do que trouxe de lá ainda me dunto hUllS frascos tão fino e mais do que quero sahio de SUaea7,B, e ha 111l1itu tempo que se não dis missa nesta terra senão eom elle pai· se acabar, todo o mais e o vallof dclle pagará António de Oliveira em Lixboa a quem VOS&1. meree mundar por clUa via vay esta carla c pclla mesma me remeterá vossa mel"Ce, e me de meree cm que o sirva porquc me tçm muito à~ suas ordens, Ocos goardc a vo~a mel~c. Mazagão 3 dc Janeiro de 695. ii [226vuJ

Carta para Antonio de Ollveira

Chegou o jJataxo em poucos dias ainda que com mui tos perigo~ 11e1le recebi a de vossa merce que estimei muito ainda que com sentimento de ver que vossa meree se queixa de falta de saude porque lhe dezejo muita a nOSRU agora não hé má (bendito Ocos) cOl! por sua mizericordia nona cnm::crve até por vermos vivos das inconstan­eias de mar, c das tormentas, c expcdiçoins dessn temI que são ainda peyon:s

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A cal'avdla ainda não chcgou c bem sinto a sua tardança porque sei perderiào todo~ os refrescos que nella vinhão. Folgo que vossa 1l1crce tenha satisfeito II Manud Lopel. da lavra com (IS ti·ntos (k~te I\n110 [lor nos vermos livres dessa pontada, c tmnbC111 Il~O estimurcy pouco que vossa meree livre a eomdessa de Soure. A An(ónio Manço escrevo sobre II pagmncnto de vo:-;sa merce e semcomdo ao Conde da Caslanheim e 11 Luis dc Caldeira. O seu vallm !lào são por minha conta senão de huns cllv(lleiro~ que me dilo cú (1 dinheiro do sel! custo e do qlle fizcrem ale se porem aqui. Folgo que vussa mercc tenha averiguado os negocias da Comdessa da Savatheira, e "~C\lstas deli" bem serú niío de~cuidrJ.r com JOllO Antunes de Mattos que estájá muito velho c tem mllit,\~ cOlHas eOllloulros.

Di,") Bemardino Goneavcz tive l\ earta, e contas indu?a.<; parecem e que em tudo o que dis tem rcziíll e vossa merce vení na memoria que lhe deiehei se dizem estas divi­das HUll e de Silverin da Silvn 120\1\ as qlle~· dis na cartu, veja vossa merce a minha reposta e me fas:m dis na emtrJ., meree de lha remeter logo e parecimne melhor que a()~ crdciro~ de Silverlo dn SilV<l tocaee ú cobrança que se lhe deli por vossa mcrec escuzur CS~ll de111undu vejn vossa me!"ee como pode emU1Xlr isso, e se pode botar esta carga fora de si, e vcju lmnbcm se pLxle meter a Bernardo a que se obrigue a fazer e~ta cobrançu 1:\ eOlllO dI!:: diz; eu 1/[227] lhe emcomendo os negocio:.; da comdessa porque me pnrcsia melhor caminho este que FnUlc1sco Gonçalves Ferras porque este está jú velho c tem nlht)s muito mossos comtudo vossa merce lhe pode recomendar Sempre tudo () que la se fi:t.er ülZl~ndo confiança delle, e que lhe de avizo do que se fnz IX)!" aos cocnertos sa l'omdc~sa sempre he neccessurio acudir, e a não deichur (omar posse nos Ihldcs da quebra da agua do lugar i~to pode compor Bemardo Gonealvc~ eom (l D. Prior que be seu amigo ~e for llccessario

Folgo que vosstlmcrec esteja como capitam mOL" de Soure bom caminho he ser seu procurador paru que elle tenha ntidado do que toca à comdessa eu lhe escrevo a inclual como VOS~1ll11ereC me diz as demandas de Castro laboreiro sempre as reeebi mas já agora não pnde deiellllr de ~er, se eu ainda chegar a tempo verei se p01S0 com­por issó C se u sentença do morgado tivcm saído mais sedo poderá ser eSCllzara cu cslrontrrs demandas, ho serto que os I11cnistros lIchari:l0 mais rezois; A Diogo de Memkmça, porque se não avião de querer meter no inferno por amor delle porem não se me tira da cabeça que tt minha auzcncia foi gralllll: falta se os embargos se pud­erão detcr ale que Ctt Vtt !")Odcrá uinda ser que haja alguma volta. No que toca l\ D. Philipa Catanho bem tomara sc desviara o hir para a Junqueira porque he tão dc~prop()f:itada como VOHSn. merce sabe, e hade hrigar logo com Sabastiam Valente, e Ilíl mulher que 1ambem tem sua condiç~o al!cm de levar dllllS negras e hll1na mu!la1a mossas aonde estão tre~ moiros mossos, e mais alguma gentc solteira que em1udo ha perigo l\1.C VOSHl1 merce de toda li destreza que puder para fi desviar por me fazer mcrcc c tomnra cu já que ella Cfl7.UH\ por me livfm· do que me hadc precegllir com as

suas demanda;;. Os 600$ reis do porto de Mmiullna mc fll\"á vossa merce mercé depozitar à parte

porqtlC tenho tcnçãQ de llo~ hil· lljuntundo para o seu dotte, e assim o mais que ~c for eob1"l\udo desta [ença, Do que VOH~n merec vay cobrando meu não tem nec~ssldade de me dar çQntu quando for a veremos todajullta que já o tempo ho brev~. //[227v"]

O memorial de Josi."!ph da Guerra cm que vossa mCl"ce me pede () favoressa o

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modo com que o pude fazer foy dar lhe licença par~ hir por soldado para lá negociar oss eus papeis qll~\ndo não possa t:1zer tornnril n voltar duzentos e noventa e trc ~ mil duzentos e s incoeJll[t paço em hUl1lll letra a vo~~a me rce a pagar ao padre Antonio Pinto porque o colltrfltudor me tem posto em cerco sem me mandar ciJ dinheiro nem o dar lá a vossa I11cree creyo me darão ainda mai s algum aqui o porei !ln cari EI porql.1e de tudo neccssito. li[228]

Carta para Diogo PInto feita em 26 de Fevrelro de 95

Tenho respondido fi vossa merco IX) patmco, e TIll cnravelln que aqui vcyo uo AIgmve com trigo, e foy para Selllval, a mdo o que vossa merre me tinlu\ escrito cm humas contras el1lbarcaçoi n~, e assim só tmtnl'cy nesta de algumas couzas mais ne­cessarias pdlo risco de tercm chegado as pussadas. Nesta caravelIl\ dos nove mi· lheiras de sellHl que vossa merce embarcou nào chegarão mais de seis, por ~e nJijm· hum ao mar; e vir mu ita parte del las quebradas por serem de tal calidade que cm hum nsopro de desfu7.em, ca pede Antonio da Fonseca o milheiro que VOS!>ll merce me diz na sua carta lhe embarcou porem nào vem com justificação de lá para sc lhe entre­garem vindo se lhe dmiio as que lhe tocarem, entretanto me h irey servindo dellas pal11 ns ohms dc lRey, que sâo muito necessmias. Tllmbcm nào parece rezão embarcar Ulnta COllza, e deix:n Iii o que hé neces~ario para 81 Rcy. se não veja vossa merec com (Xldcres remedi!\r com seis tiuzins de tabo,ls gue se cUl"l"t:gnrão, ISO dllzias que hcide mistet· e tenho pedido; a caravelJinh2. que estava para hir busc[\]' cste tnboadu VflLl ~1O Algarve por mo pedir este povo, e ver el\ <l mi7.crin dcJle para t111zer os gel1cros que lhe fnltão; nella mondo vil' 10 milheiros de telh a por conta deI Rcy N. Senhor, e pas­sar letnlltO thczoureiro mol' que vossa merce farú 1.1 p:\gnl" as !'iras e!tcganio cm paz, e essas são t1IellO~ Ilc«ssaria s que tudo, assim que não vcnha ma is mas o taboado venha na primeir" oeeazião por não ficare m os sclciros. c :ln nazenf! ilem !lC ncaoorcm.

Os l>Cdre iros espero que venhiio, em todo C!l7.o, c se puder ser os lodr ilhadol'cs. Tambem vossa mcrce me mlo falia n,as ult imas que I\\C escreveo 11[22Rv"] no rctahu-10, c por cal1a de Pnscoal Rodrigue2 vejo n~ (1 estar nadu ajustado nn reposto verá vossa merce o que lhe digo, vossa merce lha de, e ajllstc, c bom scni lJuc scju cm prezcnça do vizinho n quem tnmbem escrevo sobre este particular

Venhão tamb~m os frascos que faltão que são muito neecssarios; c as repostas das minhas cmimj que tenho pedido por mil vezes.

Do erro du canll\ do tl'igo foy satisfaçno IlA primeira t;mbarcação n outnl l'Cvi C\I

(o que não pllde f<lzer na primeira I>O!' se mc drlr no hOr<1 em que dava :I~ Cnl'hlfOJ (!

c reyo nüo hirit e rro neUa. O q ue falta da comcinaçilo do trigo P;U,L pOllver li praça parecin (]ue hcrtl obriglldo a me teno o conmll:uJor mas como El Rcy ;ld m que o hé não quero fazcrlhc esse moi mandrtsc satisfa zer venha pclla vü, que vier.

NLl que ixa q ue vo:;su mcrcc diz se t:,z hó da repartição do trigo, roupas, C dinheiro, me IJlUlX'C dizer a Vl)SSU merce que no que toca no nigo se reparte como se repart io sempre, o que foy diante de mim. As l"O\.lpn~ IUl11bem me llprecc se não rClIllrt irào nunca com mllis igunldade, do que com rezão S~ podem queixm he de q\le uo rcl.!c-

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ber, e medir de lla.'! a que eu nâo assist ir nem sou Ohli gfldo, se tirarão algumas que se rep..1.rti rão mal, de qlle O II lmoxarire dará conla a quem o concenlio que tinha o bri­gação de o evitar o que se $.1berá a seu tempo, c verá EI Rey de quem fia as suus fazendas; ql1e cu u que poço fazer he dar lhe conta do que cunvem ao seu serviço.

No que toca all dinheiro ainda agora lmvení mais q ll eixa~, e com mais algul1H1 rezão nilo por se\" mal repmrido. ~ellão por se fazer //[229] ilgora com mais exacção os pagamentos do quc os passado, porque nos que se t"izcrPlo no tempo de Sebnstian da. Costa houve alguma omis~~o . e se pagará algumas te!lças qlle não cabião com que veyo a despendm· \.1 almoxnrife de dinheiro mais do ~C\1 recebimento, m,üs de 200S re is como se mandnrú mostrar c lllrnmcnte, erro que lhe eu Ilchey depuis que elle se foy revendo us em minha caza, e como :1gom se deixão de p:!gllr muitas, e se cobrão de a lguns que as t inh~o n...~bi lo sem cabimento. o estrnnhão muito, declaro li vosso mercc tudo isto par., ~lllc (liga tá estas rezoins. ouvindo rnlur nesto que vossa rncrce m.rá por explicu!' bem; m:t~ ainda que :L" tenças fiquem sem t.h nhd ro todas tem cabi­m.elllO no soldo pOl"qlll~ c()m e ll e bast:tv<l cOlllciLlnç~o pum ludo, c a rezão porque ralta es.te dinheiro tenho dado II EI Rey N. Senhor há mu itos tempos, c hc huma das COU2as

de que peço reposta a vo~su mcrcc. vc m ti ser pelJos ordenado~ qw: S. Mnjestacle Inunda dar dar a dinheir(l no Vedor Geral, c all11oxln·ife, c "judElllte engcnlwiro, Pndre Amlonio Brax, missiomírim., c obras, c hó força qlle esta quontia que se ti ra do terço do dinheiro hade fultar l1CÇC, c ~obra r ll:l~ roupa s, cu tenho reprezentado a el Rt=y que, o o manda dRr peln CílZO de Ceuta, o mundc ao contador que o metnde mais, e logo lodos fi carão s:itisle itos; vossu merccs devem fa zer este requerimento com todo O cuidado, este cllpinl10 serve para que lodos knhão conheci mento dellc. e saibão o que hande responder nc·stc particulnr, IlOr hora não ha mais de que IIviL'lr até a vinda do pataxo que espero cedo com Ui. cavallos.

Ocos goarde a vossa mer~c como clczcjo. Mazttgao 24 de Fevereiro de 695

Olwas .. , .. " , .... . , . .... ,.. , ... , .. . , .. , ... , , ....... 400$ Vedor geral... .......... .. .. . .".. ... ... . .120$ Almoxmife .. .. ... ... ...•. . . ".. . .. .... ...... ,., .... IOOS Missioná rios . ......... . ..... , , . , . , , . . . , ... .. .............. 130S O Padre Antonio Umx .... .. . . . . . , . . • .. .. . , ............. .. . . 35S Engenheiro ................. .......• . . .. . . .............. . . . 80$ São os que ha do te rço do dinheiro ..... . ..•. . . .. . ...... . 866S I/[229v"]

Carta para Manuel Lopez Medina

Senhol' mell hã pOUC OH dlns que purtio clflqlli li cunlVc ll a que wyo de Vila Nova com ruo neJ!u lllO faltou cnrta de vossn mcrce. Sem I:l1\bnrgo diso ~hc escrevi por me p rometer o mestre fa:!er di ligcnch\s por tomar ulgUln por des~e RC!l1~ ne\la 1"~sponde à de V05SrI meree q ue live de 21 de Setembro por Lixboa c llc rcpctm fi pehss~o de que mandllCc embol'Cllçiio com os gcncros ql1e linhll pudido, porem depois disso me reprezc:ntou este povo u muita necessidade que tinhu, pellos seus p'rocuradores, pedindome mnndace <I cnravella de serviço dcstu pmÇl\. o que lhe cocnedl sem embar-

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go de me scr bem llcecssario malldaJlo 11 Lixboa li busc,tr outra~ couzas de tambem ha bem ncecs~idade, c ella lambem tinha de muitas couzas que por eauza das arrib­adus passadns (lhe fallão) como la dirá o mestre (tudo quanto nel1a se Pllder remedi­ar com comodidade da fazenda dei Rey para a sua volta o mande vos~a meree fazer, e mamle neila ao menos \O milheiros de telha) se puder ser mais melhor) por conta do dilo senhor. e de hUll1a e outra eouzu passan\ conhecimento sobre o thezourciro mOI da caza de Ceuta a quem escrevo pura fazer este pagamento juntamente ao dito conde da Castanheira, os lllaisfornecimentos de mantimentos para sustento da gente ate esta praça corre por conta de vossa merce na forma que tenho ajustado com os procurudore~. c pella minha a arrecadação da fazenda de vossa merce nos pagamen­tos que SI! forem faZCll(lo , a brevidade com que vossa mcrcc a deve despachar he sua convcniencill e mais nossa, e digal11e vossa merce o custo da telha, e cal, e se ha taboado quando for muis conveniente que em Lixboa poderá ser qua torne a mandar carregm ahi: passando letra na mesma forma sobre que escreveo a Lixboa cujus car­tas leva o mestre //[230] em hum saco para entregar ao bispo para que por hum pro­prio as remeta com toda a brevidade, c ljllando o dito bispo não esteja nessa tcrra vossa Illerce por sua conta esta diligencia que o liecrelurio de estado mandará la pagar II proprio, se fi caravella puder esperar por ella, se for, c vier em 10 dius como enlen~ do folgarcy mnilo me vcl1hão as reposlas nc1la quando não volte logo que li mayor brevidade he II que mai,<; nos convem. Para mim me farú vos~a merce merec mandar o que vay na mesma inc1uzn pam o que vay essa letra que vossa merce maadará a quem diz, que logo será paga na mesma hora que clwge, se o que mando buscar pas­sar desta conta satisfarey no Padre Silva, o mandare)' letra do avanço a Lixboa ao mesmo o a quem ao qual jú tenho pas&1do outras para vos,<;a mel'CC que espe!'O tenho expcl'imentado ,1 sua pontualidade.

Quando vossa lllerce não queira arriscar tanto quanto se lhe pede nesta caraveila, e queira que venha alguma eOUZll por minha conta. por não falim' a este povo o havcrcy por bem, c da importaneia com avim de vossa meree passarey credito na mesma forma, Por 110m não se (lfti-ccc maili; fico pam o que prestar as hordens de vossa mcrec u quem Ocos goardc Mazagllo 26 de Fevereiro de 695

Memoria do que se pedlo a Manuel Lopes Medina

Galinhas todas as que puder trazer a caravda e comer para ella com mais dois alqueires de milho meudo.

Algum pexe seco a mayor parte delle de lengoad[)~ arrisciadoH Duas taxas de laranjas da China que hade dar o bispo quando eHe não esteja ahi

se comprem outrtl que: vai venha de limais azedos e houver doces tambem se esti­mmão//[230vO]

Mais hum barril que vay para azeite chcyo delle o melhor que houver Olltro que vay cheio de vinho tambem o melhor pum a minha 111eza Outro pequeno cheyü de agua ardente boa e o mais pequcno de coelhos grandes

c pequenos enterados em azeite bom advertindo que se nào mettll nenhum que tinha lllao cheyro.

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Duns pipas de .:anào ~seolhido ~ blll1\ ]Mnl l' qual ~e lumariÍ inl'mnJ~:J." ':IIll1 hum pedreiro para que seja ou quc L'aloeya melhor. Se ]1tnkr ii o.:aJa\cila \l'i.ILer abmh carneiros venhão os qUe pwlen.'m toda a hortuliça qlk' ruo..:!' \ir prino:ir:dml!nk' ';ib,," boras carneiras e sebollas cm cantidade.

Se houver alguns bezerros n!nhào l]uutw e sc h,'u\i:r corda\IJj" sci~ e ~" hUlI\':!' vaquctlas boas venhão quatfll ou seis.

Tenha toda a que puder \'ir se for de oli\êira melhor. Huma eeyra de bons figos e outra de boas passa~. e huma ee\Ta U ... amC]\t!(hb c

de tudo venha recibo e memoria do contra me~tre a quem se hade ~l\lrcgar i~lO. [n 1 em branco] ii [231 v" em branco] ,'.[232]

Sam 675 Belchior de Meirelles a ordem de ~larja da Silva de João rrand~Ct) mótrl?

pedreiro já morto que he hum dos que estam mI Rol que \OS~tl men.:e li:m tls~inad" por minha mão mandará vossa merce dar ;;esenla e ,'-'te mi! rei~ deste Jrm.::ir,' que vem a dois annos cm duas pagas de seis meses t:ada hum:) dos qUílis \os~a mert:e lhe pacara escrito de obrigação parll emquanto lho não satisfa~ na 1l1fma que wmos ú1lb­

tado. Junqueira 15 de Agosto de 1678. Pagou /'-.1eirdes.

Senhor Belchior de Meireles. Sam nS360 A ordem de Mateus Joaquim mestre carapinteiro com ordens do:: ~u pai Baltunr

Jacorne Jamosto que he hum dos que estam no 1'01 (juo! vossa men.:e to!m a5im de por minha mão mandara vossa meTce dar 98$350 rs em 2 pagas ;;.::is mezes ~'ada huma de dia de S. João que de 679 a 2 annos que he a forma que temos ajusl:illl) lhe pllo:::lrá escrito cm que se obriga a esta satisfação a seu tempo porquanto me de ha rodos os que tenho de obrigação de minha may a senhom D. Izabel da SÜ\a d~ mcu irnúio f'

senhor Luiz de Saldanha de Albuquerque. Junqueira 30 de oitubro de 1678

sam 100$ Pera Belchior de Meirelles a ordem do senhor Philipo:: da Silva mandara a \();;~a

merce emlregar deste dia de S. João que embonJ. vira de 679 a dois anuas sem mil reis que são da divida de Senhora Natalia França que he huma das do rol que vossa rnerce se obrigo a pagar: os quais serão em 2 pagamentos sincoenta e tal dia. c ús ottos dahi a seis mezes como temos acertado lhe paçara escrito di: ohrigação ao pé deste de fazer este pagamento ao tal tempo. e pesso defesa para \-ossa meree qne tudo o fazer que lhe puder fazer o passa porque o estimarei por ser ,'/[131\'''] dos mais per­sizos e a quem eu dezejo mais satisfazer. Junqueira 9 de Novembro de 16n

Senhor Belchior de McireIles sam 1.194S A ordem do senhor Oregorio Gonçalves mandara vossa meree entregar deste dia

de S. João que vem seiscentos he sento e nove a dois annos hum conto e sento t!"

ll.oventa e quatro mil reis que lhe ficaram devendo meos irmàos que Oeos tem o sen~ hQr Antonio Francisco e o senhor Luis de Saldanha e he huma das dividas do roi que 'VQssamerce ~e obrigou a pagar com dcclamçào que ade ser este pagamento em pagas ôe,seÍil em seis mil os primeiros trcs pagnmentos de sincoenta mil reis cada hum m

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mais ao seu inteiro pagullll!ntu de S~11l mil reis nlllw tc-mos ajustado. f.! lhe paçara escrito ao pc deste de obl'igl1l.,:ão nótLl ti.lrma para a ~eu tempo lhe dar satisfação e com este lhe Seram levados em conta IW (Iue a\'i~tarmos Junqueira 2 ue Novembro l67H

Senhor Belchior Ivkirel\es sam 4IJSúO(J Bordem do senhor Agustinho Ferreira mu(!nurá \'05~ merce dar deste janeiro que

vem de 1679 a Ires anos 40S reis que sam proseuidos de huma senten'-U que contm meu irmão que di~ tem o sCllhor Luis ele Saldanha de Albuquerque alcançou D. Ioanna de ],vlenczes molher que foi de D. Jorge :-'Aasquarenhas que suposto não esta no rol que dei a vossa men::c hl.! a que lhe di se de pulavra emcontrando, e lhe paçaru escrito de obrigução ao pê des\(: de u seu tempo lhe tàzcr <!ste pagamento porquanto vossa merce meu poder ficão os ,mitos e tudo o favm que vossa merce lhe fizer neste pagamento lhe agradeserei. Junqueira 17 de Novembro de 1677 '//[233]

Senhor Belchior de ;"1eirclles ,-<un 10\.)-:;440 A ordem do mestre i\1athias Raiz mandara vossa merce enlregar deste dia a S.

João qLle vem de 679 a dois annos sentl) e nove mil e quatrosentos e sincoenta que lhe ficou devendo meu irmão que Deos tem () senhor Luiz de Saldanha de Albuquerque que he hUlIla das dividas do rol que vossamerce se obrigou li pagar com det:laraçiio que ade ser este pagamento em 2 pagas de 6 meses cada huma como temos ajustado e lhe paçara vossa men:e escrito de obrigação ao pé deste para a seu tempo lhe fazer emteiro pagamento e com este lhe serão levados em conta no quc ajustaremos hoje 27 de ~o\'elllbrn 67!l.

Senhor Belchior de Meirelles sam 6UO$ A ordem do senhor Antoniu de Crastn Gimarans mandara vossa merce entregar

deste dia de S. João que vem de 1679 ti 2 annos siss<:ntús mil reis que meo irmão que Deos tem ficou devendo a Jeronimo Nunez da Costa em Olanda cujo procurador elle he e ficou declarado no testamento e huma das dividas do rol que vossa merce se obrigou a p<1gar com declaração que ade ser este pagamento em pagas de seis em seiz mczes. os primeiros quatro pagamento de sincoenta mil reis cada hum os mais até seu inteiro pagamento dt,: sem mil reio: cada hum como temos auccrtado que lhe paçará escrito ao se deste de obrigação I1>"!sta forma, para a seu tempo lhe dar inteira satis­fação. e com este lhe seram levados em conta no que avistarmos Junqueira 1 i de Dezembro 1678 1./[233\""]

Senhor Belchior de MeirelJes são 270$ A ordem do senhor Agostinho Velho mandar vossa merce entregar deste dia de S.

João que vem de mil setescntos, e setenta e nove a dous annos dusentos e setenta mil reis qlle meo irmão que Deos tem o senhnr Luis de Saldanha Albuquerque, lhe ficou desevendo, e deixou declarado em seo te!>tamento lhe pagasse, e he hU1118 da divida do tal que vossa merce se obrigou a pagar; com declarasilo que ade ser este paga­mento em quatro pagas de seis em seis meses cada huma, para as tres de sincoellta mil reis cada huma e ti quarta desto como temos ajustado e lhe passará escrito ao pé

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(leste de obriga~são nesta torma r ara ti seo tempo lhe dar inteira satisras~ã() e com este serão levados em conta no qlle ajuslamlos Junqu eira 19 de de:t:embro de 1678. Di" fi entl·ctinha, de seis em seis meses t.:ada hmna 11[234]

Senhor Belchior d~ Meirelles. São 300$ deste janeíro presente a 2 annos que I\de ser de seiscentos e outcnla e hum pagam

vl>ssa merce a ordem de F ..... ncisca Maria 300$ mil reis que tlinto:; lhe ficou devendo meu innào que Deos tem (I senhor ll\i ~ de Saldanha de Albuquerque, c he huma das dividas do rol que vossa merce se obrigou a pagar com declaração que mie sel" este pagamento em pagas a~ seis cm seis me:tcs a sincoenlU mil reis cadél j)élga alhe ~eu inteiro pagamcnt() COlHO temos aju stado e lhe paçam eScril() ao pé deste de obriga t," uo nesta forma porqua nto me deixa 11U minha mau II que tinha UI.) dito meu irmão c com este lhe serão levados em COllt ll n,l que njusmmos. Junqueira 2R de jane iro de 679

são 65$ A ordem do senho!" Fmnci.~co de Navais mandara vossa men;e entrego.r do

primeiro de janeiro que vem de seisscnlos sementa e dois 1II1110S sesenla c simco m.i l reis que meu irmão que Dcos tcm lhe ficou devendo e he hUlllil das dividas do rol que vossa merce cobre ou a pagar com dcc laraçilo que ade ser este pagamento em 2 pagas o primeiro q\1tllldo diz c ti segunua dahi a seis mezes como lemos ajustado t: lhe pnçam escrito ao pe deste de obrigação nc~1a fmm..1 por a seu tempo lhe dar vossa merce inteira satisfnção. Junqoeira 8 de fevereiro 1679 //[234",,]

Senhor Belchior de Meirellcs ,.mo 43$ A ordem <10 Rt!vorendo Padre Apo linnrio mandará VO~S!l merce cmlreg,nr do

primeiro de Janeiro que vem a hum U\l IlO que ~l'r;1 de sei!'seuto~ e oi tenta e hum corenta e ires m il rcis que tantos lhe ficou llevendu meu inni\o que Dcos lcm n se· nhor Luis de Saldanha de Alhuquerque e he huma das di \lidns que VOSS!l Illcrcc se obrigou a pagar com declt.lra~·ão qllC ade ser em 2 pagas de seis cm seis nlC"l.CS sendo o primeiro no dia ns ima comc) te mos avistado e lhe paçam \'()~sa merce escrito li pe deste de obrigaçuo nesta [onn<1 e com este lhe serÊio levados cm conta no que :1.v i ~ ­

IElrmos. Junquciru 17 de Fevereiro 1679 advirto que este dinheiro he para Isabel Correia mas do d ito Padre assim que sc lhc devia de hum pouco que tçnho dado

Senhor Belchio Mcircllcs siío 80$ A ordem do senhor padre João Tomas ll1;lIlUaf"'<1 a vossa lllCrcC entregar de dciio de

s. joao que vem fi dou..~ anuos de 619 mltcnta mil reis que lfi nto lhe ficou Jcvcndo meo irmão que Deo~ tem o sCJlhor Lui ~ de Saldanha de Albuqtlcrque, c hc h Ullln da~ ·dividas que vossa merce ~ç obrigOlI n pagar com dcclill"(\~:1o qtl~ ude ser cm dtlU~ pagas de seis mese~ cada bum H ~elldCl o primeiro no dia fI~ ill1 <1 , como temo~ ajll~tn~

do, e lhe paSsara vOSSo'!. merce escrito !lO pec deste de obrigasãD desta forl1l (l c com este lhe serão lcv.ldos em conta Ilíl lf\IC estamos. Junqueira 4 de Março de 679 E declaro que deix.o o recilXl"quc ti nhu de suas irmãs em 1l1CO poder 1/[235]

são 116$

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A ordem de J;.~abc! Pereira mandara me entregar de dia de S. João que vem a hum anno que he da era de mil e seissentos e outenta e hum sento e desascis mil reis em dois pagallu:ntos de sincoenta e outo mil reis cada hum que vem fl SCI· o ultimo en nfltaJ do dito anilo qlle l<.lnto lhe ficou devendo meo irmão que Deos tem o senhOt" Luis de Saldanha de Albuquerque a seo marido Domingos João.ia defunto, e he huma das dividas que vossa rnerce se obrigou a pagar c lhe paçurá vossa mercc escrito ao pe deste obrigação nesta torma para a sco tempo lhe dnr satisfação e como cste lhe serão levados em conta na que ajustarmos. Junqueira e de Julho 679 //[235v"1

Scnbor Belchior de Meirelles são 743S 125 A ordem do senhor Francisco Mendes de Bairm; testamenteiro de Martim

GonçaJvez do Souto já defunto Oll de qualquer outro de testall1eiros que deix.ou mrlll­dara vossa meree entregar de~te dia de janeiro que vem de seissentos e outenta a dois annos setesentos e qUllrenta c tres mil c senlo c vinte e si11l:o reis que meo irmuo o senhor Luis de Saldanha que Deos tem Ihc riCOLl devendo e comta por eS(Tito ~cu qtlC

fica el111l1eu poder e lhe huma da:; dividas do 1'01 que vossa mc!"ce sc obrigou n pagar ainda que lhe nài fórà() declarados mais que 580$ ade menRo 111.': de rcditlls vencidos com declaraçuo que a de scr este pagamenlo cm pagas de seis em seis llleze~ a ~em mil reis cada pagamento para o que lhe apsan\ vossa merce escrito ao pc deste de obrigaç,10 nesta forma para fi SCl! tempo lhe dar illlcim sfltísfação e eOI11 este ll1e scrulJ levados em conta Slta que ajustarmos. Junqueira 27 de Setembro de 1679

Por se desfacer esta ordem do Meirelles levou proellfassão Pl!l·n poder cobrar no almoxarifado do Campo de OU!"Íque 150$ athe serem pagos do escrito lIsimn e de 200$, e 138$541 que eu lhe devia com principal e juros de honze annos ache 22 de Setembro de 16R3 e c01l1esarão [1 cobrar esta tença o anno que vem de 1 CiH4 por diante 11[236]

Senhor Belchior de Meircllcs são 400$ A ordem ao padre prior de S. Domingos de Slmtan:1ll dam VOSSll merce quu­

trosentos mil reis e como foram este pagamento de dia de S. Joi'io po diante deste anno de 680, e hum a 100$ cada mmo nu Curl11U que temos lljllslndo por ser esta divi­da llUma dUH que estão no rol de vossa mcrce a que estn obrigado lhe dar quc fieuruo de meu irmão o senhor Luiz de SaldanJl11 que Dcos tem, e lhe pasal·ú eSt:rito em que se obriga a esta satisfassão II Heo tempo advirto que o S. João do [lIllll) de 682 vense o primeiro pagamento. Junqueira 26 de Março de 1681. Sfto 400$ //[236v"]

A Grcgorio Clonçlllves se eonsignou para pagamento de hum conto e sento e noventa e quatro mil reis se cOl1sinou li comenda de Sllvm:heira ljue rende tl·ezenlos c sincoenla mil reis os qmlis ç()ll1esou ii cobrar este S. João deste prezentc anno de mil e seissentos e outenta e tres. Valente //[237.1

Carta para Antonio de Oliveira de 26 de Fevereiro de 1695

Ha Dilo dias escrevi fl VOHSfl ll1en:e por lml11<l caravellu que purtio daqui para

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Setuval prometendo ser mais largo nesla, cuidando foce cm direitura. porem a neces­sidade desta terra me obriga a rnandaUa ao Algarve, ai Ilda assim respondo ao que não tenho respondido no pataxo, que sey he chegado. Sobre Antonio \lanço não pagar li vossa mcrce lhe respondi jú e pedi ao conde da Castanheira o fizece pagar, crcyo o terá feito. A rella!,:ãu do que vo~~a merce tem pago tenho visto, neste particular nflo tenho que fallar senão á vista que e~pero em Dcos ~eja muito sedo para me ver des­cançado na millha quinta, e aliviar H VO:O>Sél meree de tanto trabalho e tem tido com as minhas COtlZllS. A sem se entregou ainda que teve seu naufi"agio ao dezembarcar por quebrar o caxão, c se misturou, porem pella conta que vem bem clam ~e somará a apartar. No CJ.ue toca aos pagamentos estou scrlo que vos~a merce os fani como mais comvier; de João ela Serveira de Perniz peço a vossa merce anteponha agora aos mais, porque he rezão se lhe sflti~fflça.iá D. Phelipp.fl esta bem flcomapanhad<l com os condes; muito bom seria que lls~i11l como ella os hospeda, a hospedacem elles cm caza por escuzur de hir puru a Junqueira. A conta da despeza de trigo passado fi~a em meu po<ler; todos os reparos de vossa mCITC estão bons mas esta n50 se pode averiguar senão à vista. Muito bem rcndeo a palha, t::u bem dczejara achar a eOll1-

pozição de Antonio da Cuslll feita, dJe tcve loda a culpa de se perder esse dinheiro de Coimbra, e o devia pagar todo, as~im porque o deixOlI de cobral" em tempo habil por omissão, e por me não dar parte, tl1mo por não executar mmca este rendeiro ql1ando tinha com que pagar, dando-lhe eu todas as hordens necc~~arius para essa execução, sem qLle se não dava passada, e que em llluito~ maes passados entendia eu estava tudo cobrado, me dizia, que nada, e vossa merce bem ~abe que eHe tinha todos os poderes para cobrar e executar, e como o nào fez, eHe he o que devia ter a perda, e eu não devia c5tar obrigado; senão !![237v"} no caso em quc faltace li canti· dade segundo a escritlll"ll que se fel: () se desviacc a consignação a menos os juros deste dinheiro que elle deixou de cobrar, hera CLI obrigado li pagar, como tenho pago até agora; demais que tenho algumas sLIspeitas, e ainda vericimilitudes que o rendeiro lhe pagaWl juro nas demoras do pagamento, allelll de ser peitas que sei que lhe dava pelIo mesl110 executar, e cobrava delle hUi1:> juros, e de mim outl"OS, e tudo isto me atrevo fi provar, em chegando lá, com que se vossa morce sc não tem ajustado. com cUe o eUe senão ajustar com fi rezão, e vossa meree vendo eslas rezoins com IlLllll letrado, achar que temos justiça para lhe 1150 pagar quando elle quer, se defendc até que eu vá como puder.

Folgo muito ver o arrcndamento que vossa meree fez à conwnda de lagarcs, está muito bom; e não a meu gosto ficara Manuel Ferreira com eIla que sempre pagou bem, O trabalho do Alvellos he tão insofrivc\ como vossa moree diz; se puder com· por com elIe, ainda que lhe faça alguma quita o fará por nos livrarmos dessa molestoa, e por ter alguma piedade com elle pellos trabalhos que tem passado.

No que loca ao negocio de Thomur, e a comenda da Savacheira tenho respondido no pataxo, não tenho por hom que dizer neste aprücul<tr. O Padre Simão Gonçalvez não me parece estava tão disconfiado na pouca segllrança que cnidava tinha eu no arrendamento da comenda como em hirem ns proclll"açoins por mão dc vossa merce

Segundo a queixa que me faz na sua carta, já lhe respondi com a satisfação que me parecia, he neces~ario hir tendo pacicncia com isso.

Sinto muito que vossa men.:l! se llão sirva da.l unqueira porque cnida la havia de

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melhorar dos seus achaques. Na caravclla pas~ey huma letra de 40$ reis por Antonio se Já se perder me farú favor de a pagar por outros tantos ca recebidos. Nesta occa­zião vay tambem //[238] huma letra ao vigario que daqlli foy de que ca me hande dar o dinheiro vay outra de eem mil reis de couzas que mando buscar ao Algarve para minha caza, que tambem vossa merce pagará com a pontualidade que custuma e quando não tenha dinheiro prezentemente basta qlle seja do primeiro que cobrar, tirando o de Antonio que he para o calçado de toda esta caza. Ayres de Saldanha me escreve que mandara entregar a vossa merce os 3$500 cruzados que faltavão para os doze, e que vossn merce os não quizera nceitar, e como vossa merce mc não fala nisto nesta carta, nem na que veyo no pataxo, depois della, não lhe soube responder digame vossa Illerce o que ha sobre este particular, e veja o que me ordena de seu serviço que para tudo me tem mui prompto. Deos goarde a vossa merce. Mazagão 26 de Fevereiro de 695 //[238vO]

Conta com o senhor Bernardino Goncalvez de Moira

Devo do ajustamento das contas que se fizerão com Manoel pretto ........ 1 194$ que emprestou para a compra e concerto do lagar .......... 210$ por o mesmo mais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........... 8$ mais para o mesmo .. . . . . . . . . . . . . . . . ........ • ......... $ do que se tem gasto no tombo . . . . . . . . . . . . . . . • . . ... $ //[2391

Bando que se mandou botar a 2 de Agosto de 695

o governador e Capitão Geral João de Saldanha de Albuquerque fas a sabeI' que não hc rezão comer a praça a El Rey Nosso Senhor faltando a obrigação preciza de assistir nas companhias o~ soldados delles quando se manda suhir tora para a segu­rança dos que vão dc~eobrir o campo a que l11uitas vezes se tem ordenado reprehel1~ elido e ca~tigado sem remedio c para que o tenha manda que todo o soldado infante que se não achar com os seos officiais para de estacada não tendo desculpa suficiente de ocupação preciza, ou ordem de seos mayores ou justo impedimento de doença que constnní por certidão que faça fce antes de sahircm, os atacantes da unha elo forno para fora indo pella ma do facho, c pellas meias partes em igual distancia perderá huma fanga de trigo pella primeira ves pella peimcira ves pclla scg11l1da outra, e ficani prezo no corpo da glJarda, quatro dias e noites entrando todos na gultrda do muro do quarto que lhe assignar capitão que esliver de guarda e a terceira ficará ao arbilrio delle dito sC11hor governador castigo qlle será com ludo o rigor e os capitães (a quem há por muito encarregada a execução desta ordem) tcrào cuidado de mandar o rol dos quc faltarcm no mesmo dia ao ajudante para dar parle c se dar li execução este bando que scrú lançado e rezistado no livro do registo da ol1vedoria, c fixado na porta da vila para se não allegar ignoruncia. Mazagão etc. //[239vO]

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Carta para o governador de Mazagão em 15 de Maio de 1698

rri111? l; senhor meu aquI IlO~ chegou 11 camvella da Louçai em abril paçado c nella eslllney as, nova~ qu~ n~c d~\ls vossas, c a mesma estimação faço das que trouxe este barco quI.! tez IUlIna iellx vlHgem, porque partindo dcllll o premeyro de mayo e indo a Cadis a doze pella manlllllll recebemos (IS vossas cartas e a treze chegou elle eOll1loda a gente Sllm e salva,

Na cxpeueção da ditla earavcllu andou vosso irmão negocio tanto como vos dizeis que cu negol.!cio ~)orqul.! lião ha meios humanos que venção o falarssc a El Rey, remete ao secn;:llll'!O destado, este ao conde da Cnstanheyra, este lle o que vos sabeis, porque não fuI. nada c que estn Icyto tudo e dnqui nào se faça esto vos tenho respon­dido as vossas qlleyxas sempre ca em qlle fazeis agora mais força que he na falta do pum bem vedeH quc ~c expedirão es te Hnno como todns as embarcasoins neceçarias e dos sllcecos qm: tiverilo dlaH no muI' lambem sabeis que não he por nossa culpa e agora sc !bz tum bom li ddigencia com esta scrlc:m da perda do grego que dentro cm tres dias parte Inll11ll C<Il'l\vclh\ e dois dias depois partira outra; por não ariscar ambas juntas Dcos as leve 11 salvnmento c logo fica tomada outra para ir as ilhas o que he necessario por amor do ri~C(l do mar hé que vn deitando mão nesse pam e dando meyas rcçois por VOSHll merce n~ll VCl'CS em outro risco mayor; e depois disto ser vestiremoH como fazer hir D. Sancho do Faro qlle esta nomeado a elle se dão e tem dado todos OH I'oi~ das neceHsidt\des da prnça que os ncgoceye ainda que me não tem gcyto de fuzcr grandes proCZlIS neste pmtieular dinlJt~yro c roupas tambem ande ir com cl1c 1I1240J com elle e nllo fazemos deligellsia porqlle vão untes 38im porque não hadc llprovcitfll' como porquc com esta VOli livro do grandicimo trabalho do paga­mento e rcpl\rtiç~ll de mupas porque sey o que isso hé no que 10e(1. a falta do azeyte por muito tempo hli quc cu esperava que a houvelilie c de tudo o mais neeeçario para a prnça porque e~lc~ animais li quizcr~o por nisso pondo preços lil dc mancyra que os mercadores todos perdcm c he nlllito galante COlI7,a mandares me vos dizer e elle muitas vezes (lue nfio qlwduo nada do elJ\1tll.ltador e agora avizão que estão com falta que lho acuclão sem di:wrcm quem nem quem hade mandar este azeyte eu acomce­lhey li vosso irmão e !lO informador quc se pedice dinheyro ao comtratador a comta dos quurleis e que elite se e11lj1regm;sc: com azeyte por conta e risco dos moradores e que lá se lhe deçe por I,;ontu dos scus vc:ncil11entos porem o informndor paressc que não eSlaVll por este neglldo. e asim negociarão que o eomtratador o mandasse com presi>o e medidas de 1" e asim os deveis obriglll' li lomallo e repartillo entre essa gente eoml'orl1le li ordem deI Rey que vay, e.ia de outra ves que forão se es tranhou muito o pouco I'CSpcyto com que (l~ Illoradorcs qucbmrão as medidas e a vos o não castigares o~ aggl'cçore8 que eprderfio (1 rei>peltll !1 ordem com a eheg~da das cartas fomos logo fllhl1' fi El Rey vos~o irmull c eu c dar 1hc noticia da vossa vitoria de que elle fes grandes exegcl'uções de gll~t() e louvores VOHSOS c de todos os Saldanhas mas tudo fica como dunte~ t! rim hum pouco como di~ (] padre Jacome de Carvalho que he t,lmbem () me,l Bedu como tl mcdico de Bcllem o vosso, A preza de Ali Mancon foi grunde couza ma~ nuo cl1ido hallelc dar por cnc os chl'isti'los que vos entcndeis muit,a mercc nos faruo se nOH derem Antonio da Fon,qeea II (240yQ] eomtudo bom he pedIr

2.9

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c porfiar El Rey diz que o não quer cu mas esta rebentando pdlo ver daqui athe que va D. Sancho cuido que mudara de propozito tende vos a bom recado e ao outro porqL!C o aperta em qlle eltes se virem os fará c ao outro porque o aperto em que eUes se virem os farlÍ apertar pella troca. Bom foi reformares a estacadu mas íldvirti que tmlo que sahe desse navio he do dono que o perdeu e a~~im deveis de por em pouco tudo o que se fizer na venda de algumas cOLlzas mas o mais ~eguro cra recolher tudo nos armaze!lS enventariado e dar conta para dela se vos ordenar o que sc devia fazer disw e sem csta ordem não deveis obr[jJ" couza algumn nem gastar hum pedaço de pao Ilcm hum prego porem já que o tendes feito hé nece~s<lrio que tudo o que gas­tastes seja avaliado autenticamente diante do ouvidor e se faça carga ao almoraxife porque El rey Imdc pagar tudo e 11aJe vir de lú em conhecimento que de outra maneira o não hande querer os thezoureiros pllga!~ e porque entendo nüo haverá lú esta per­canção volo advirto porque nào haja que vos sensurar e só se podia vender alguma cOtiza para pagar aos que nndão no desmanche e carrett()~ mas tambem autentica­mente e com recibo de todos os que cobraL·em com livro de receita c despeza li parte que devc fazer o almoxnrife a quem mostrareis este paragrafo e ao ouvidor e cuido que lhes não parecerá isto mal e só o que me pnreee podeis gastar sem ordem hé C111

fazer dois barcos preeizos por a praça desses pagamentos mas com a minha conta de receita e despezu eom hunm 1/[24IJ declaração no auto que fi necessidade da praça vossa merce obriga a fazer este ga~Lo para que El Rey haja de pagur c para que façais cllo COllllllenos notla determino fazer com El Rey que vo~ mande esta ordem senão puder ir nella iní na outrCl enravela que se segue. Das provisoin~ de Ga~pnr Brás jó tenho dndo parte a El Rcy. Bom 11c que Antonio Dinis ande mais brando Antonio Valente para muito bem a obrigação de almoeadelll.

Os procedimenlos do adail disse li El Rey e lhe pedi eavallo para ellc não me respondeu de sim nem de não mas ereyo que lho nmadarà dUI" eu tornarei a solicitar este negocio. Agradeço li Il1crcc que fazeis n Ll1i~ Gomes c cuido que n não deslllcrc­eení eUe no que loca nos cavai los ralarey a. D. Sancho de Faro c n El Rcy pam vos dar lkell<;u para os venderes porem agora não quis filitar mais que na remeça do trigo por re1l1cdio da nccessidadc. Na falta d[)~ ancoras fllllci li EJ Rey c ellc!xlm ~\büo deu ao Castanheira neste particular os conhecimentos qlll! me l11fllldastes dcios a vosso irmão porque eu nãü fallo com (l conlmtndOl' rnem com o Cnstanheira lwstc particllM lar c ao informndor disse que: não recebesse o pugamento senão por cncluzo as CHI·­tas toda~ vinhiío 1/[241 v"J mui bcm feitas e se cntl"egmiío logo li El Rcy na ~ua mão a sua e as outras (lO secretario de estado diante deU que lhas dcu diante de nós c fcs~ tejoLl llluito a cópia dn que escrevestes ao allcHy(le de AZ<nllor quc di~ parecia tirada do livrtl das gllerras civis de Granada.

Nno que toca H não darem crcdllo aos vossos avizo~ fa2:cyos vos quc scmprc tereis essn desculpa eu í'allcy bem Im·gulIlcnte a EI rey neste particular diante do bispo, e clle 110S achou tanta rezilo que ordenou dianle de n6s ao secretario e no Conde de Castanheira quc fiLeS~C11l todo o que llS lhes dissece no socorro de Mazagão, c assim eu pedi só as dltaS cUr<tvellas que fOHsem com tudo o p110 que pudessem levar e só duus pipas de uzeite cad,l 11ll1l1H e que fiCH~SC o mais azeÍle para!1 volta dc~ta da praç,t que remetereis logo. RI Rcy c~la muito contente com os cavallos que tendes mouriseos isto h6 o que tenho quc vos dizer e que lratci~ de vos cOIl~erVlll" sem faeção

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algunm com os mouro!> lhe ncab:lr o vosso govl:rno. Novas (\c) Reino dei:w a vosso imlão foranc i!>lXl c fi meu clllllpanheiro Ayres de Son~fI que as loma por ~ua conta que está aqui conva ii[2421k'Çclldo há mais de 20 d ias, c bcm \'os dezejamos que nest;l panelillh<l que fazemos ])C(l S VO!\ tmga a uescatl~ar UM v()~sas cElzas que achareis lllllito bonitw-i c para ôlc;Jhnrcs [J que faltar que não deve ser por ainda quando chegares.

Encontrado no archlvo do extlncto Conselho Ultramarino em 12 de Abril de 1883 A. Basto~' .

NOTAS

16. Pâgina repetida 17. A numeraçao da páQlna 156 5lI fD9 duas veZ83 18. À margem: 15 moios de seveda 12 de trigo. 19. Nota margem: está 9rradll. 20. À margem: ficarão doclaradas. 9 sobre o ponto da duvida que

21. Com letra recente.

2Il

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pÀmNA [~BI!ANCO

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ÍNDICE GERAL

5 INTRODUçAo

11 AS CARTAS

13 Ao senhor Francisco Mendes de Barros em Pernambuco cm 28 de Outubro de 673 do Funchal

14 A Pero Cezar de Menezes governador do Maranhão Funchal em 25 de Junho de 673

14 Carta para [) govcmudor de Pernumbuquo, Funchal em 3 de Julho de 1673. Foi cegunda via em Agosto

15 A João da Silva Souza governador uo Rio de Janeiro. Funchal em 25 de Mayo de 673

15 A Pera de Souza Pereira provedor da fazenda do Rio de Janeiro, Funchal em 25 de Maio de 673

15 A Frallcisco Ribeiro da Costa cm 24 de Muyo Funchal 673 para a ilha Terceira

16 Carta para Fernando de Souza Coutinho governador de Pernambuco em o primeiro de Fevereiro 674 Funchal

17 CarLa para Pernambuquo a Manuel Vieira Leào Funchal o primeiro de Fevereiro 674

17 26 de Maio de 674. a João Furtado de Mendonça Bairros {,1J

18 Pernambuco, Cu-rla para Manuel Vieira Tiiio, Funchal 26 de Mayo 674

18 Ilha Terceira, Carta para Francisco Antonio da Costa, Funchal 20 de Mayo 674

19 Carta para João ela Silva de Souza, FUl1chal 27 de Junho de 674

19 Carta para Fmllcisco MClides de Barros, Fnnchal 12 de Julho de 674

20 Bahia, Carta para Luis Rom5o Sinel, Funchal 11 de Novembro de 674

22 Conta do Senhor Ayres de Saldanha remetida em Novembro 674

23 Capítulo da carla que foi a Antonio Valente em 12 de Fevereiro 675

213

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2.1 Pnrn João Diaz Fogaça, Funchal lfi de Fevereiro 675

23 Senhor capitão Joilo Gomes Calanho, Scnhor Antun io Alvnro Lima, 15 de Novembro dI': 674

23 Conta para Francixco Mendes de Burros. Funchal 10 de Fevcl'eiro <le 675

24 Rio de Jane iro paro Diogo Valente. fe ita em 6 de Julho de 675

24 Para f'rancisco Ribeiro da Costa na ilha Terceira cm 27 de Julho de 675

25 Carregações: 1674 a 1676

31 Cnrt.a ptll'll Nico lao Rotifellllll onl.dOf cm Londres, FllllchAI 13 dI.! Agosto de 675

31 Cnrta pum o embaixador de Londres, FUlIchal I J de Agosto dc 673

32 Ciuln pura Alltonio Mendes de Barros, Funchal 3 de Setembro de 675

33 Cortll paru Fmnciseo Ribeiro da Costa de 21 de Setembro 675

33 C'lrta pnra Rl1<lm para Beijul1lin R\lSclin em recomendação de sincoc'nta Arrobas e 17 livras de casca que fo i por via de Richnrte.

34 CDrla paro Manuel Gomes de Silva em Amsterdão de 18 de OUILLbro 675

34 Corto pora Francisco c r-,."lOuel Dias Jorge do;: I S de Outubro 675

3!i Carta para Diogo Lopez Ca ldeiro morador cm ['<: rnt\ll\buco, Funchal 10 de Novembro de 1675 anos

35 Carta para PernHobuquo para J0.10 de Freitas SolWlr

36 c.lrla pam Lisboa de Francisco Mendez de Bnrros

37 Carta pum Fnlllci~cll Ribeiro da Costa,IS de Fcvcreiro 1676

J8 Carta para Man uel Gomes da Silva, 6 dI! Març,o ('1) 676

39 Carla para Frallcisco c Manuel Dias Jorge de 6 de Fovereiro 676

40 Corla pllta Fnmciseo Ribeiro da C'ostu feita em 3 1 <lo Morço 676

41 Curta para Franci sco Mendes dc Barros de 2 de Maio de 676

2.4

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42 Cartll dc( ... l de Maio de 1676 para a Bnhia a Luiz ROmão Sinel

43 Carta de J de Majo de 676 jinl1l Lixlxla a Manuel Dlll11ingez: Pereira

43 Carta de 4 de majo de 676 parn Pernambuco a Diogo Lopez Caldeira

43 Cnrta de 5 de Mujo de 676 para o Rio de Janeiro li Diogo Valente

44 Senhor FnllleiHco Mendes de Bnil"Us 8 lk Maio

44 Cnrta para o senhor Ll\i/: de Saldanha da Gmmlxo de 9 de Majo de 676

45 Carta de 18 de Mnjo de 670 para Agostillho BOIjuz de Sousa Cimbron provedor da fuzenda da ilha Terceir.,

45 Carta de 15 de Sctembl"O de 676 pam Diogo Lopes Caldeira li Pernambuquo

46 Carta (k 21 de Setembro (i76 pnra .lofio Fernandez Vieira

46 Cm"tl1 panl o Rio de J,lIlciro parn Diogo Valente do Quintal escrita em 24 de Setembro 67()

47 Bnhin: Sel1hore~ Antonio Gunçalve:-l Pinheiro e MlIIl\Iel de Almeidu Mar. Fllllchnl. 24 de Setembro de h7ó

·48 enfln pilnl Uohll1da pum M,umt.:! Gomes da Silva I) de Outubro 676

48 CarlTl pura Holanda para Fralll.;i~(;O Manucl Dil\s Jorge de !) de Outubro 676

49 Memorill do qllC lJ :-lenho!" euppillllll Jll50 Ribeiro me hnde fazer favor fazer

50 Memoria do qL1L~ rica pW"u se vender

51 Rol do que tenho mundadl1 despender

51 C\1rtu pUl"lI Diogo Vulwte em [9 de Janciro de 677 Rio de Janeiro

52 Carta para MnzllgUl1l an :-lCn[lllr Cluistovão de Almada cm 26 de Janeiro de 677

52 PlIm Joi'io Cm·umHl Pi~U!TO governador lk: ('"Ix) Verde

53 Carta para Antonio tle Bnjl"l"lls BeZel"l"ll, cnppitmn mOl" de Cacheo cm 19 de Fevereiro de 6R2

54 ('mIa rara Olanda n Frnncisc(1 e MmlOcI Dill~ ,Jorge, Usboa 19 de Fevereiro de

215

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677

54 Carta para H ilha da Madeira a Rixarte Piqucforte em 4 de Abril de 1677

S5 Carta para o cappitam Domingos de Campos Soares na ilha de Madeira em 4 de Abril de 677

55 Carla para Diogo Lopes Caldeira a Pernambuquo () primeiro de Abril 677

57 CarLa para ilha da Madeira ilO cappitam João Ribeiro cm 9 de Abril 977

58 CarLa para H ilha da Madeira ao capitam João Ribeiro em 13 de Abril de 677

58 Carta para Olallda a Francisco Mmll1el Dias Jorge em 26 de Abril de 677

59 Escrito que se mandou a Antonio de Oliveira com a conk'\ abaicho para remeter ao posto a Francisco Freitas Bnmco cm 14 de Majo de 677.

60 Carlll para o governador de Santo Thomc Bernardirn Freire, IOde Selembro 1677

60 Pera o Chantre de Santo TllOme João Pirez MunsinD. 10 de Setembro 677

61 Carta para AngoJa para Sr. Aires de Saldanha feita em 3 de Dczemhro 677

63 Carta para Angola para João de Mesquita, 3 de Dezembro de 677

63 Carta P(lfU ,1 ilha de Madeira para o capitam João Ribeiro, 30 de Julho 677

65 Carta para Diogo Fernandez. Lixboa 4 de Dezembro 677

68 Carta para Holunda pma Francisco Manuel DillS Jorge escrita em 20 de Dezcmbro 677

69 Copia da ordem que dei ao governador Airez de Soma de Castro que foi para Pernambuco feita em 14 de Janeiro 678

69 Carta feita para Leonel Gomes morador em PenJHlllbuco em 14 de Janeiro 678

70 Curta pura Diogo Lopes Caldeira morador cm Pcrnmnbllco feita em 14 de Janeiro 678

70 Memoria que dey ao governador Manuel da Costa Pe'ioa. 24 de Abril 678

7J Carta do governador do Porto Santo Diogo de Betancurt Pestrello de 3 de

216

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Agosto

72 Carta do c<lpitam Domlngos dos Santos Soarez de 5 de Agosto 1678

72 Carta ele Diogo Fernandez Branco de 5 de Agosto 1678

73 Carta do Padre Paulo Machado de Govca de 3 de Agoslo 1678

74 1677. Novembro, Despesa que se tem feito com o senhor Vituriano de Bitanclirt e Vasconce!los

76 Carta de Hironimo N unes da Costa de IOde Uitubro 1678

77 Cmia de Manuel Dias a Francisco Jorge de 10 de Oitubl'O

78 Carta pam o eapitum .1080 Ribeíl'O de 25 de Setembro

79 Carta para o Senhor Aires de Saldanha governador de Angolla 8 de Dezembro 1678

80 Carta de Bernardim Freire de Andrade. 11 de Dezembro 1678

80 Carta de Diogo Lopes Caldeira de 11 de Dezembro de 1 G78

81 Carta de João Femandez Vieira de 11 de Dezembro 1678.

81 Carta do Padre Paulo Machado de Gouvell, 24 Dezembro 1678

82 Copia da Cal·ta de João Fernandez Brallco de 25 de Dezembro de j 678

84 Copia da carta de João Ribeiro de Aragão de 25 tk Dezembro 1678

85 Carta para Bcrnardim Freire governador de S. Thome escrita cm 15 de Janeiro de 679

86 Carta para João Pires MUIlSil10 Chantre de S. Tho1l1c feita em 15 de Janeiro 679

87 Carta para DmningoR Martinz Pereira e Jo~eph Mendes de I3luroz feita em 12 de Janeiro 679

87 Pernambuco carta para o governadO[' Aires de Souza escritl\ em 14 de Janeiro 679

88 De João Ribeiro de Frasuo 6 de Fevereiro 1679

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90 Copia da carta de Antonio de Barros Bezerra de 7 de Fevreiro 1671.,1

91 O.lpCU da carta de dL: Manuel da Costa Pcçoa de 7 de Fevereiro 1679

92 Pom capitam Domingos de Canpos Soares 3 de Fevereiro 1679

92 Para Senhor cappilam Domingos de Campos Soares L:1l1 10 Fevereiro 1679 que lhe mandou Francisco Mendes de Barroz

92 Carta para Francisco ManDeI Dias Jorge feito em 3 de Abril 167g, Olanda

93 Memoria de que se pede de Olanda e do custo que fara para o conde de Averras

94 Carta a Gonçalo Aires de Souza 10 de Abril

'}4 Carla para FnUlcisco e ManoeI Dias Jorge pafa Amsterdii.o cscrita em 3 de Julho de lli79

95 Ao Capitão João Antonio 21 de Julho

96 Carta a Francisco e Manuel Dias Jorge em 31 de Julho de 679

96 Carta para Frei Estevo do Rosario prior do musteiro de S. DOl11illgO~ de Santarem em Ij de Agosto de 1679

98 Carta para Francic;co e Malllld Dias Jorge de 27 de Novembro 1679

98 Carta para Aires de Soiza em 17 de Dezembro 1679

99 Carta para () rendeiro João Antunes de Mattos de 9 de Dezembro 1678

99 De Antonio Cardozo de San de 27 Dezembro

100 Carta para o capitam João Ribeiro de 4 de Novembro de 1679

102 Carta para Roque Aecíaolli de Vasconsellos de 4 de Oitubro do a111l0 de 1679

102 Carta para Diogo Fernandez Branco em 4 de Novembro de 1679

103 Carta para o arcediago de 5 de Novembro de 1679

1U5 Carta para Alexandre de Moura cm 7 de Novembro 1679

106 A Manuel da Costa Pessoa em 19 de Novembro de 679

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107 A Antonio de Bairros Beserra em 19 de Novembro 1679

107 A Munud Correia ue Lascrull em li) de Novembro de 679

107 De Francisco e Manuel Dias son em 25 de Dezembro 1679

108 Carta para o capitam João Ribeiro de Aragam de 1 de Abril 1680

109 Carta para Diogo ue BitllllCor de Perc~trelo 2 dc Ab,il 16RO

111 Para Diogo Fcmanclez Branco n 1 de Abril 16~()

112 Carta pnraAires de Soiza em 2 de Abril 1680

112 Carta para o capitão João Ribeiro escrita em 23 de Maio de 680

113 Carta para o governador do Porto Santo de 23 de Maio de 680

114 Diogo Fernandes Branco de 23 de Maio 1680

114 Carta para Joào Antunes o Boga em 12 Novembro 16RO

115 C,lria para Manuel da CosIa Paçoa em 18 Dezembl'O 1680

116 Escrito da quita que se deu ao rendeiro das aJencascs e alcadnria m01' de SOUHa,

116 Para o vigario de S. Martinho de Lagarcs cm 20 de Fevreiro 16R I

117 Carta para Bernardim Gonçalves de Moura em 22 de Fevereiro de 1681

J 17 Carta para Antonio Luis da Rocha sineiro sobre arrcmatasão das fazendas da ilha Terceira em 22 de Fevereiro 1681

118 Carta para D. Rodrigo da Costu de 23 de Março de 681

119 Carta de Antonio Valente: de Smnpaio em 24 de Março de 16881 <lllllOS.

120 Carta para o capitão Diogo Fernandes Branco fcita em 3 de Setembro do anno 1681

122 Baia: Carta para Domingos Martins Pereira feita em 12 de Novembro de 1681

123 Carta para Antão Martins Pegas de S. Thome li provedor da fazenda 23 de Jél!1eiro 1682

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123 Curta para Jacinto de Figueiredo governador da ilha de S. Thome 23 de Jandro 1682

124 Os papei? que deixtlll o gowrnador Bernardilll Freire são os seguintes

124 Carla para Diogo Ferrnandes Branco feita em 2 de Fevereiro de 16~Q

L25 Curta para Bemardim Freire de Andrade 28 de Fevereiro de 1682

126 Cilrta pum Diogo Fernandes Branco 18 de Março [682

127 Carta pnra Jacinto de Figueiredo governador da ilha de S. Thol11e

127 Carla para Don Rodrigo de Costa teita em 24 de Mnrço de 682

128 Carta de Mal"lim de Azevedo Coutinho feita cm 26 de JUlllO de 1682

129 Carla para Joseph de Freita SalTão felta em 14 de Novembro de [682

130 Carta parn Domingos Murtins PCl'cira feita em 2 [ dc Novembro (k 1 MQ Baia

130 Reposta de José de Freitas Snrmo, 2[ de Novembro 168

131 Cartns para Bcrnnrdim Freire de Andrade feila cm 15 de DCLcmbrn 1682 cm que lllC manda li carla que me respondeo Joseph de Freitas Serl'tlo e II trcslado da carla que lhe eserevíeis,

131 Carta pllra Diogo Fernandez Bmllco, lY de Dezembro !CiR2

1.33 Conta C0111 ü rendeiro Diogo de Gois Henriques em 7 de Julho de 1683

134 Cal'hl para Diogo Fernandez Bnlt1co 6 de Dezembro 16!)J

135 c.U'tll qlle escrevi a Diogo Fernandez Branco cm 21 de Dezembro [6H4

137 Copia da carta para a ~enhllra D, Anlonia Teodoziu Brnneo feita em 21 de Dezembro 1 (i84

138 Quilasão que o senhor João de Caldeira deu a Manue[ FC1'l'cira Serão d(ll1l1lJO de IMG a 1684

139 Quitasão do UI11l0 de 1684

139 Carla para Diogo Fernandes Branco leitll el1125 de Janeiro de [6}!6

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139 Curta parll D. Antonia rhelicia Branco feita em 25 de Janeim de 1686 annm

140 Conta ajustada em 30 de Janeiro de 686 para m/er D. Antonia Phelicia

142 Acresentame:nto da cmla 81ras de D. I\ntonia Phclicia

142 Carta de Domingos Martins Pereir8 vinda de baya e !Cita I.:m 25 de Junho de 685

142 Resposta ca carta atrns de Domingos Martins fL!ita em 2 de Jm1ciro de 686.

143 Carta para Domingos Escorsio na Baya com reposta de hUlHa sua de IOde Julho de 686

l43 Papeis que levou Antonio dI.: Britto para bem da cobmnça do que ficou em S. Thome

143 Conta do emvcntario da fabrica do pataxo que entegotl no senhor Bernmdim Freire a quem deve dar conta segundo a ecrtid~to que prezentou abatendo o que entregou a Diogo Velho que vay tresladndo abaixo

144 Funclllll 24 de outubro de 676. Carregação feita com o favor de vinho por mim Diogo Fermmdes Bmnco, espero conta do Sel1hor João de Saldanha governador e cappitam gemI desta ilha e minha cada hum em igual parte para a costa de Guine cm o pataxo N. Senhora da Encarnaçfio e Santo Antonio, mestre Pero Vaz ela Crus a ordem de Martinho F~rnundes da Crus.

145 Petição e a certidão apontadas tlsinm

L47 A memoria do~ papci~ que leyOU Antonio de Brito dora dos quc vão tresladados atJ'!lz.

147 Carta para Bernardim freire de 20 de Abril 1686

148 Treslado da quitação geral que fis ao senhor Manuel Ferreira Serrão do anno que comCSSOll a hera de 685 e ueaba no de 86

148 Escrito que se passcm a Mlllluel Ferreim Ferrão este nnno de 87

148 Carta para Sebastião Valente em 23 de Junho de 1693

151 Carta para o Conde (la Caslllnhclm em 24 d~ Junho de 1693

152 Carta para Diogo Pedro de Alonso cm 24 de JlUlho 1693

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154 Memoria a vossa mcrce do que se pede agora como do que faltou da memoria paçada

155 Acrescentamento da cmta do Conde da Castanheira de 24 de Junho mandado em 29 de jul1lO

156 Acrescentamento da carla ue Diogo Pinto de 24 de Junho mandado em 25 de julho

156 Carta pam o senhor Antonio de Caldeira em Agosto 30 de 93

158 Carta para Antonio Manço Setembro 3 de 91Mazagào

159 Memoria do que se tem pedido de cotizas nccessarias para provimento desta prassa, Mazagão 4 de Setembro de 93

161 Carta para Antonio de Oliveira Mazagão 7 de Setembro de 93

162 Carta para Diogo Pinto de Almeida Mazagão 10 de Setembro de 1693

164 Carta para o contratador Mazagão 6 de OitLLbro de 93

165 C,\l"ta para Diogo Pinto Mazagão 22 de Outubro de 93

166 Carta para o contratador de 24 de Outubro de 693

168 Carta para o senhor Conde da Castanheira. Mazagão 24 dt: Oilubro de 93

169 Carta para Moises Brites escrita em 26 de Oitubro de 693

170 Cat"ta para Antonio Manço Caxado Mazagão IOde Março de 94

171 Carta para gaspar dias Crasto Mazagão IOde Março de 94

171 Calta para o capitam Manuel Lopez Medina 10 de Março de 694

172 Carta para o Conde da Castanheira em 11 de Moyo de 694

174 Cmta para Semcão Porto

174 Carta para Manuel da Costa Braga de 12 de Julho de 94

174 Carta para João de Soveml Barbud<l de 2 de Julho de 94

175 Carta para o Conde da Ribeira Grande escrita em 12 de Julho de 1694

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176 Carta paw João de Sovml Babuda escrita em ! 1 de Julho de 1694

177 Carta pant o Comk da Castanheira copiada em 16 de Julho de Hi94

179 Carta para Manlld da Costa Braga feita em IS de Julho de 694

180 Carta para St:bastião Merenes, Pamplona escrita em 18 de Julho de 694

181 Carta para Antonio de rreitas Branco Feita em 19 de Julho de 694.

182 Carta para Antonio Man~o ClIzado escrita em 1 t) de Julhu de 94

IR3 Carta para Sebastialll Vnllenle feita cm 20 de JtJlho de 694

185 Carta para Alltonio dG Oliveira escrita em 20 de Julho de 694

187 Memoria de que hadc vir da ilha de S. Miguel

187 Carta para Diogo Pinto feita em 22 de Julho de 1694

190 Carta pura () Capitão de Mar e Guerm Francisco Carvalho de 25 de Ago~ln de 94

190 Carta para o consul João Baptista LlolctLe 'luzente a SUll1ud Roy ViSCOll>:ul ua nação olandeza ou ri Miguel l1enrique~ uu a pagar Nunes da Fonseca mer­cadores fiOS quais se !às a obriglli,:UO ubuxo dedUl'tlda.

191 Cartel panl Antonio Martins Garras de 23 ue Agosto de 94

191 Recibo ela;; \reZl!ntus paLLacas que entregou Scmeão Porto, que se mandou a Luis da Motta Fcyo. 2 de Setembro de 694

191 Cnrta pUl1l Diogo Pinto escrita em 3 de Se1cmbl'O de 694 em Mazagão

J93 Cartn para Al1tOllio e Oliveira feita c, 5 de Setembro de ôlJ4

195 Carto para Belchior de TorrcH cm II de Setembro de 694

197 Ceguro que se passou ao alHlqucque cm 27 de Ol!tubro de 94

197 Conta que deo o ahnoxarifc .I11He Guterrc do trigo que se tem meltido do eon­fruto e lhe oje primcll"O de Novcmbro de 694 e foi com certidão de sco cnviado Nuno Alvares do Couto.

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198 Carta para Fkrnanlo Pereira de Moira. 3 de Janeiro de 695

198 Carta para Antonio de Oliveira

200 Carta para Diogo Pinto fcita em 26 de Fcvreiro de 95

20 I Cm1a para Manuel Lopez Medina. 26 de Fevereiro de 695

202 Memoria do que se pedia a Manuel Lopes Medina

203 Contas. ló77-79

207 Carta para Antonio de Oliveira de 26 de Fevereiro de 1695

20R Conta com o senhor Bernardino GOllealvcz de Moira

208 Bando que se mandou bolar a 2 de Agosto de 695

209 Carta para o governador de Mazagão cm 15 de Maio de 1698

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