25
1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

1

1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação

A Regeneração

2012 /12/12

Page 2: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

2

Periodização da Regeneração

Regeneração – 40 anos marcados por fases

1851-681ª

fase

1871-892ª

fase

1868-71Período

intermédio

Page 3: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

33

DO PONTO DE VISTA IDEOLÓGICO QUE TIPO DE REGIME É A REGENERAÇÃO?

É um regime liberal, constitucional.

Page 4: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

4

Texto Constitucional e Poderes Instituídos

Carta Constitucional de 1826, com as alterações introduzidas pelo Acto Adicional de 1852

Texto Constitucion

al

Page 5: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

5

Alterações fundamentais instituídas pelo Acto Adicional de 1852

- Eleição directa dos deputados

- Aprovação pelas Cortes de qualquer tratado ou acordo celebrado com outros países- Votação anual dos impostos

- Abolição da pena de morte para os crimes políticos

- Alargamento do direito de voto pela redução da exigência censitária

Page 6: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

6

Texto Constitucional e Poderes Instituídos

- Poder Legislativo – Cortes (bicamarais)- Poder Executivo – Governo

- Poder Judicial – Tribunais

- Poder Moderador – Rei

Carta Constitucional de 1826, com as alterações introduzidas pelo Acto Adicional de 1852

Texto Constitucion

al

Poderes constitucionais

instituídos:

Page 7: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

7

Regeneração – funcionamento político (1851-1868)

FUNCIONAMENTO POLÍTICO

ROTATIVISMO

SUFRÁGIO CENSITÁRI

OCACIQUISMO

DISSOLUÇÃO FREQUENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

FORNADAS

DE PARES

- P. REGENARADOR - P. HISTÓRICO

Page 8: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

8

Rotação partidária no Governo (1851 – 68)

- P. Regenerador (Maio de 1851 – Junho de1856) – Presidente do Governo - Saldanha;- P. Histórico (1856 – Março de 1859) – Presidente do Governo - Duque de Loulé;- P. Regenerador (1859 – Julho de1860) – Presidentes do Governo – Duque da Terceira e Joaquim António de Aguiar (por morte do Duque);- P. Histórico (1860 – Setembro de 1865) Presidente do Governo – Duque de Loulé e depois Sá da Bandeira;- Governo de Fusão – 1865 – Janeiro de 1868 – Presidente do Governo – Joaquim António de Aguiar (regenerador).

Page 9: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

9

As dificuldades enfrentadas

• Com a coroa – sobretudo com D. Pedro V;

• Epidemias;• Pobreza social

As tensões internas

Page 10: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

10

As dificuldades enfrentadas

• Com a coroa – sobretudo com D. Pedro V;

• Epidemias;• Pobreza social

As tensões internas

• A questão do Padroado Português;• Questão da Barca Charles et Georges.

As questões internacionai

s

Page 11: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

11

Questão do Padroado Português

- Poder atribuído à coroa portuguesa sobre as circunscrições religiosas do seu território ultramarino:

Ao Rei cabe:- Apresentar ao Papa os nomes das

autoridades religiosa das dioceses;- Intervir na delimitação e

rendimentos das circunscrições religiosasAo Papa cabe:

- Confirmar as propostas régias

Concei-to

Funcio-

namen-to

Page 12: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

12

Questão do Padroado Português

- 1833 - 1841 – corte de relações diplomáticas entre o Portugal liberal e a Santa Sé; - O direito de padroado de Portugal deixa de ser respeitado;

Dificul-dades

- 1851 – relações já reatadas mas difíceis; postas em causa, por Roma, decisões dos bispos de Goa e de Malaca e os prelados admoestados;-1851 - 1857 – negociações. A diplomacia da Regeneração consegue que o direito de padroado seja de novo reconhecido, embora mais limitado.

Solução

Page 13: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

13

Caso da Barca Charles et Georges

• Tráfico negreiro abolido em todo o império português, apesar da importância deste comércio;

• Dificuldades de fiscalização.

1836 • Apresamento em Moçambique

da barca negreira francesa Charles et Georges;

• Conflitualidade entre os governos português e francês.

1857-58

Page 14: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

14

As dificuldades enfrentadas

• Com a coroa – sobretudo com D. Pedro V;

• Epidemias;• Pobreza social

As tensões internas

• A questão do Padroado português;• Questão da Barca Charles et Georges.

As questões internacionais

• Problemas financeiros;• As crises.

As dificuldades económico-financeiras

Page 15: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

15

Política financeira da Regeneração – in Oliveira Martins – Portugal Contemporâneo “A Regeneração (…) capitalizou em fundo de 4% todos

os dividendos a pagar desde 1850. E como afirmação de princípio suprimiu o da amortização. (…) Amortizar, pedindo emprestado, nós que temos de nos endividar para solver os encargos anuais ordinários, é agravar as consequências que tal situação nos impõe. Amortizar o quê? A dívida? Não, que deve ser fundada, permanente, eterna, como instrumento de distribuição de riqueza. (…) Outrora dissera-se que era preciso pagar o que se deve. Doutrinas fósseis. Um Estado não é um particular. Quanto mais uma Nação dever, mais rica será!”

Page 16: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

16

1º Governo regenerador – preocupação – renegociar a dívida pública

• Transformar a dívida pública flutuante, em dívida fundada

Proposta aos credores

• Diferir para prazos dilatados o reembolso dos capitais emprestados;

• Limitar a obrigatoriedade anual ao pagamento de juros

Vantagem para Portugal

• Aceitação pelos credores; grande parte da dívida é renegociada

• Alívio dos encargos do Estado português

Resultado da negociação

Page 17: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

17

Peso dos Encargos com os juros da Dívida Pública no PIB (valor percentual)

1851

1853

1856

1859

1861

1864

1866

1868

0 10 20 30 40 50 60 70

36,89%

32,48%35,63%

39,58%45,18%

48,65%53,49%

62,75%

Valores percentuais

Page 18: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

18

Modelo EconómicoCAPITALISMO LIBERAL

INVESTIMENTO

PÚBLICO

INVESTIMENTO

PRIVADO

MODELO ECONÓMIC

O

PROCURA DE ESTABILIDADE FINANCEIRA

(não conseguida)

Page 19: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

19

Discurso do Ministro das “Obras Públicas, Comércio e Indústria”, Fontes Pereira de Melo, em 1856, perante as duas Câmaras

“Temos tido cinco anos de paz profunda e a mais

completa liberdade. Temos pago pontualmente os

vencimentos dos servidores do Estado e satisfeito os

encargos da dívida fundada, interna e externa.

Melhorou o crédito público. Uma secção de trinta e

seis quilómetros de caminho-de-ferro dentro em

pouco vai abrir à exploração e trabalha-se em duas

linhas: de Vendas Novas e de Sintra.

Page 20: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

20

Imagens da cerimónia inaugural do troço de caminho-de-ferro Lisboa/Carregado – 28 de Outubro de 1856

Page 21: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

21

Ferro Importado para a Construção do Caminho-de-ferro (em milhares de toneladas)

1856-60 1861-65 1866-70 1871-75 1876-80 1881-85 1886-900

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

50000

4888

47746

5425

10008

33613 34755

43638

Page 22: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

22

Progressos do Caminho-de-ferro durante a primeira fase da Regeneração

1865Inauguração da Estação de Santa Apolónia

1863

A linha do Norte chega a Gaia

A Linha do Sul chega a Évora

Concluída a Linha de Leste até à fronteira

1861 / 1862– inauguradas as linhasBarreiro – Vendas NovasPinhal Novo - Setúbal A Linha do Norte chega a Santarém

1858

A Linha do Norte estende-se até Asseca

Page 23: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

23

Discurso do Ministro das “Obras Públicas, Comércio e Indústria”, Fontes Pereira de Melo, em 1856, perante as duas Câmaras (continuação)

Noventa e duas léguas de excelentes estradas foram

construídas e estão prontas em vários distritos e vinte

e quatro léguas se acham actualmente em construção,

em várias localidades. Fizeram-se dezassete pontes

importantes e trabalha-se em vinte e oito; está-se

montando um telégrafo eléctrico. Criaram-se escolas

de instrução primária. Organizou-se o ensino da

primeira e mais útil das artes, a agricultura.”

Page 24: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

24

Ensino Primário

1845

1870

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

270

1500

Escolas Públicas Primárias

Nº de Escolas

Datas

Page 25: 1ª Fase (1851 – 1868) – O desenvolvimento na nova situação A Regeneração 1 2012 /12/12

2012 /12/12

25

Ensino Técnico - 1852

Instituto Industrial de Lisboa

Escola Industrial do Porto

O ensino comercial