1Coríntios (JFB)

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  • 7/25/2019 1Corntios (JFB)

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    1 CORNTIOS

    Original em ingls:

    1 CORINTHIANS -

    The First Epistle of Paul the Apostle to the Corinthians

    Commentary byA. R. Faussett

    Traduo: Carlos Biagini

    Introduo

    1 Corntios 1 1 Corntios 5 1 Corntios 9 1 Corntios 13

    1 Corntios 2 1 Corntios 6 1 Corntios 10 1 Corntios 14

    1 Corntios 3 1 Corntios 7 1 Corntios 11 1 Corntios 15

    1 Corntios 4 1 Corntios 8 1 Corntios 12 1 Corntios 16

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 2INTRODUO

    A AUTENTICIDADE desta epstola est lotada por Clemente de

    Roma (First Epistle to the Corinthians, 47), por Policarpo (Epistle to thePhilippians, 11), e por Irineu (Against Heresies, 4.27.3). A cidade a quefoi enviada era famosa por sua opulncia e seu comrcio, os quais sedeviam principalmente sua situao entre o mar Jnico e o Egeu sobreo istmo que conectava o Peloponeso com a Grcia. Nos dias do apstoloPaulo, Corinto era a capital da provncia de Acaia e a sede do procnsulromano (At_18:12). Seu estado moral era notrio por sua libertinagem,at no degenerado mundo gentio; de modo que "corintianizar" era umaexpresso proverbial sinnima com "praticar a luxria;" por esta razo seachava em perigo a pureza da igreja crist de Corinto. Tal igreja foifundada por Paulo em sua primeira visita (At_18:1-17).

    O apstolo Paulo tinha sido o instrumento para a converso demuitos gentios (At_12:2), e de alguns judeus (At_18:8), apesar daveemente oposio que havia entre seus prprios compatriotas (At_18:5-6), durante o ano e meio de sua permanncia ali. Os convertidos eram

    principalmente das classes humildes (1Co_1:26, etc.). Crispo (1Co_1:14;At_18:8), Erasto e Gaio eram, entretanto, homens de posio(Rm_16:23). Uma variedade de classes tambm se sugere em1Co_11:22. O perigo de ser contaminados pelo contato com a corruposocial do meio em que viviam, e a tentao de aceitar a filosofia e aretrica gregas (que a eloquncia de Apolo talvez tenderia a fomentar,At_18:24, etc.) em contraste com a simples pregao paulina do Cristo

    crucificado (1Co_2:1, etc.), assim como a oposio ao prprio apstoloda parte de certos mestres, naturalmente lhe causariam ansiedade.Emissrios dos judaizantes da Palestina se gloriavam de possuir "cartasde recomendao" de Jerusalm, a metrpole da f. Estes certamente noinsistiam na circunciso na refinada Corinto, onde tal tentativa teria sidointil, embora tenham insistido entre as pessoas mais humildes daGalcia; mas atacaram a autoridade de Paulo (1Co_ 9:1, 2; 2Co_10:1,

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 32Co_10:7-8), declarando-se alguns deles ser discpulos de Cefas, oapstolo principal, e gabando-se outros de pertencer ao prprio Cristo(1Co_1:12; 2Co_10:7), enquanto que arrogantemente repudiavam todo o

    ensino subordinado. Tais pessoas publicavam que eles eram apstolos(2Co_11:5, 2Co_11:13). Sua oposio a Paulo baseavam-na em que eleno era um dos doze, nem testemunha ocular dos fatos evanglicos, eque no se atrevia a demandar o sustento da parte da igreja crist para

    provar seu apostolado. Outro grupo deles se diziam ser seguidores doprprio Paulo, mas o faziam num esprito de partidarismo, exaltando oministro antes que a Cristo. Os seguidores de Apolo, por sai vez,estimavam em demasia sua erudio e eloquncia alexandrinas emdesprezo do apstolo, quem evitava estudiosamente toda separao dasimplicidade crist (1Co_2:1-5). Entre alguns deste partido filosfico

    possvel que se tenha originado a tendncia antinominiana que defendiateoricamente sua prpria imoralidade. Da pois, que negassem aressurreio futura, e adotassem o lema epicureu prevalecente na pagCorinto: "Comamos e bebamos, que manh morremos" (1Co_15:32).Talvez foi por isso que se tolerou a prtica incestuosa com sua madrasta,

    durante a vida de seu pai, de algum que era considerado como membrodo corpo cristo. A famlia da Cloe informou a Paulo de outros muitosmales, tais como as contenes, desavenas, e pleitos contra irmos nostribunais pagos, da parte de cristos professos; o abuso de seus donsespirituais em ocasies de ostentao e de fanatismo; a interrupo doculto pblico por ministraes simultneas e informais, e a violao dodecoro por mulheres que falavam com a cabea descoberta

    (contrariamente ao uso oriental), usurpando-se assim o ofcio do homem,e at a profanao da santa Ceia do Senhor pela voracidade e orgias daparte dos que participavam. Outros mensageiros tambm, vindos deCorinto, tinham-no consultado com relao a: (1) a controvrsia quanto carne oferecida a dolos; (2) as disputas a respeito do celibato e ocasamento; (3) o exerccio devido dos dons espirituais no culto pblico;(4) o melhor modo de fazer a coleta que ele tinha pedido para os santos

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 4de Jerusalm (1Co_16:1, etc.). Tais foram as circunstncias queevocaram a Primeira Epstola aos Corntios, a mais variada de todas asepstolas quanto a seus temas.

    Por 1Co_5:9, "J em carta vos escrevi que no vos associsseis comos impuros," infere-se que Paulo tinha escrito uma carta prvia aoscorntios (agora perdida). Provavelmente nela tambm lhe tinham pedidoque fizessem uma contribuio a favor dos cristos pobres de Jerusalm,e parece que lhe tinham pedido que lhes indicasse o melhor modo defaz-lo, ao que Paulo responde nesta epstola (1Co_16:2). Nela tambmanunciaria sua inteno de lhes visitar passar por ali, em viagem para aMacednia, e de novo a seu retorno (2Co_1:15-16). Estes planos ele osmudou ao inteirar-se do relatrio desfavorvel da famlia da Cloe(1Co_16:5-7), pelo qual foi acusado de inconstncia (2Co_1:17). Na

    primeira epstola que ns temos, est aludido o tema da fornicaoapenas em maneira sumria, como se estivesse respondendo a algumadesculpa apresentada pelos corntios, depois de uma repreenso feita arespeito, em vez de introduzi-lo pela primeira vez. [Alford]. Antes deescrever esta carta, parece ter feito uma segundavisita a Corinto. Porque

    em 2Co_12:4; 2Co_13:1, fala de sua inteno de lhes fazer uma terceiravisita, inferindo que j lhes fez duas. Vejam-se tambm nota sobre2Co_2:1; 2Co_13:2; tambm 2Co_1:15-16. dificilmente provvel quedurante seus trs anos de estada em feso tivesse deixado de visitar seusconvertidos corntios, visto que facilmente podia faz-lo por mar, poishavia constante intercomunicao martima entre as duas cidades. Asegunda visita foi provavelmente breve (comp. 1Co_16:7); e

    acompanhada de pena e humilhao (2Co_2:1; 2Co_12:21), motivadaspela conduta escandalosa de tantos de seus prprios convertidos. Comosuas censuras suaves tinham fracassado em sua inteno de produzir umareforma, escreveu-lhes brevemente admoestando-os para "que no seenvolvessem com os fornicrios." Porquanto eles compreenderam maleste mandamento, explicou-o mais plenamente nesta segunda epstola,que primeira das duas ainda existentes (1Co_5:9, 12). O fato de a

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 5segunda visitano ser mencionada nos Atos no uma objeo a que amesma se efetuasse, visto que tal livro fragmentrio e omite outroseventos importantes da vida de Paulo; por exemplo, sua visita a Arbia, e

    a Cilcia (Gl_1:17-21).O LUGAR de redao se fixa com acerto em feso (1Co_16:8). Oadendode nossa verso que diz que "Foi enviada de Filipos ", no temautoridade alguma, e provavelmente se deve a uma traduo errada de1Co_16:5: "Porque pela Macednia estou passando." Ao tempo daredao desta carta, Paulo d a entender (1Co_16:8) que pensava deixarfeso depois do Pentecostes daquele ano. E na realidade saiu dali poressa data (do ano 57 d.C.). Comp. At_19:20. A aluso pscoa emconexo com nossa pscoa crist (1Co_5:7), faz-nos crer que foi

    provavelmente em tal poca. De modo que, a data da epstola fica fixadacom bastante exatido, perto da pscoa, certamente antes do Pentecostes,no terceiro ano de sua residncia em feso, ou seja o ano 57 d.C. Paraoutros argumentos, veja-se Conybeare and HowsonsLife and Epistles ofSt. Paul.

    A epstola est escrita no nome do Sstenes "o irmo." Birks supe

    que este o mesmo Sstenes de At_18:17, quem, ele pensa, foiconvertido depois daquela ocasio. No tem parte alguma na prpriaepstola, pois o apstolo logo segue (1Co_1:4) usando a primeira pessoado singular: assim se introduz a Timteo tambm em 2Co_1:1. Os

    portadores da epstola eram provavelmente Estfanas, Fortunato, eAcaico, os quais se menciona em 1Co_16:17, 18, como aqueles queestavam com ele, mas sugere que esto para voltar a Corinto, pelo que os

    encomenda considerao dos corntios.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 61 Corntios 1

    Vv. 1-31. O cabealho; ao de graas pelo estado espiritual da

    igreja de Corinto; censura contra as divises por partidos; seu prpriomtodo de pregar apenas a Cristo.1.Paulo, chamado ... para ser apstolo O vocbulo chamado

    se acha em alguns, no em todos os manuscritos mais antigos.Possivelmente foi inserido de Ro_1:1; mas pode muito bem ser genuno.Traduz-se lit: um apstolo chamado. [Conybeare e Howson].

    pela vontade de Deus No por causa de seu prpriomerecimento. De modo que, a chamada de Paulo como apstolo pelavontade de Deus, embora constitua a base de sua autoridade ao escrever igreja de Corinto (comp. Gl_1:1), motivo de humildade de sua

    prpria parte (1Co_15:8, 10). [Bengel]. Ao assumir o ofcio ministerialdever-se-ia estar seguro de que no o faz por seu prprio impulso, mas

    pela vontade de Deus (Jr_23:21); Paulo, por sua prpria vontade, nuncateria sido apstolo (Rm_9:16).

    e o irmo Sstenes Veja-se a Introduo. Paulo o associa

    consigo no cabealho quer seja por modstia, visto que Sstenes era seuinferior [Crisstomo], ou a fim de que o nome de um irmo de renomede Corinto (At_18:17) desse mais valor sua epstola e para demonstrar,em oposio a seus caluniadores, que ele desfrutava do apoio de irmosde renome. Glio tinha lanado do tribunal os judeus que acusaram aPaulo. A turba grega, que odiava os judeus, aproveitou a oportunidade

    para ferir Sstenes, o propsito da sinagoga, enquanto Glio

    contemplava sem intervir, satisfeito em seu ntimo de que a turba assimsecundasse o dio que ele tinha dos judeus. Provavelmente nesta ocasioPaulo demonstrou simpatia para com um adversrio em aflio, o queresultou na converso do mesmo. Assim tambm Crispo, o principal dasinagoga anterior, converteu-se. Saulo, o perseguidor convertido emPaulo o apstolo, e Sstenes, que antes tinha sido chefe da perseguio

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 7contra aquele apstolo, foram dois trofus da graa divina que, lado alado, apelariam com dupla autoridade igreja de Corinto. [Birks].

    2. igreja de Deus Paulo a chama assim, no obstante suas

    muitas manchas. Fanticos e sectrios inutilmente pensam antecipar aseparao final do trigo e o joio (Mt_13:27-30). uma tentaoperigosa pensar que no existe igreja onde no haja perfeita pureza.Aquele que assim pensa, deve separar-se de todo cristo e considerar que o nico homem santo do mundo, ou estabelecer uma seita particularcom uns poucos hipcritas. Para que Paulo reconhecesse os corntioscomo igreja, era suficiente o ver entre eles praticada a doutrinaevanglica, o batismo, e a Ceia do Senhor. [Calvino]. Era a igreja de

    Deus,no deste nem daquele chefe favorito. [Crisstomo].em Corinto uma igreja na dissoluta Corinto Que paradoxo

    referente graa!santificados consagrados,ou apartados como santos a Deus em

    (pela unio com) Cristo Jesus.chamados para ser santos Quer dizer, santos de vocao. Este

    termo era usado por Paulo ao referir-se a todosos membros professos da

    igreja. Porquanto santificados em Cristo, infere a fonte da santidade,que a santificao original do crente em Cristo (1Co_6:11; Hb_10:10,Hb_10:14; 1Pe_1:2) nos propsitos da graa de Deus, chamados paraser santos refere-se sua chamada efetiva (Rm_8:30), e a finalidadedessa vocao, de que fossem santos (1Pe_1:15).

    com todos os que invocam o nome de nosso Senhor JesusCristo A epstola foi dirigida tanto para estes como para os corntios.

    Esta a verdadeira igreja catlica (termo empregado primeiro por Incio,[Epistle to the Smyraeans, 8]); a qual no se compe dos que se chamamde Paulo, nem de Cefas, nem de nenhum outro eminente caudilho (v.12), mas sim de todos aqueles que, estejam onde estiverem, invocam aJesus como seu Senhor em sinceridade (veja-se 2Tm_2:22). Alm disso,sugere-se uma unidade geral de disciplina e de doutrina nas vrias igrejas

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 8em 1Co_4:17; 7:17; 11:16; 14:33, 36. O culto que se deve render a Deusaqui se atribui a Jesus (comp. Jl_2:32; Mt_4:10; At_9:14).

    deles e nosso Quer dizer, em todo lugar que seja o domiclio

    deles e o nosso tambm. Estas palavras se acrescentam para incluir oscristos por toda a Acaia, que no residiam em Corinto, a capital(2Co_1:1). Paulo considera como seu o lar de seus convertidos. Compareuma frase similar, Rm_16:13. [Conybeare e Howson]. Nosso refere-sea Paulo e a Sstenes, e ao lar dos corntios. [Alford]. Beza explicamelhor: tanto o Senhor dele como o nosso. Todos os crentes tm um eo mesmo Senhor (1Co_8:6; Ef_4:5); uma censura virtual das divisesentre os corntios, como se Cristo estivesse dividido (v. 13).

    3.paz que fazia muitssima falta naquela igreja, por causa dasdissenses. Sobre este versculo veja-se Rm_1:7.

    4.Expressa o princpio os motivos de louvor e de esperana, a fimde no desanim-los com a repreenso que segue, e para poder apelar aos

    bons sentimentos deles.Sempre (comp. Fp_1:4).dou graas a meu Deus (Rm_1:8; Fp_1:3.)

    a propsito da sua graa, que vos foi dada (comp. v. 7.)em Cristo Jesus a vs como membros em Cristo.5. em toda a palavra grego, logos. Alford com Menochius

    traduz: doutrina. So enriquecidos pelos pregadores ou pela pregaoda palavra,

    e em todo o conhecimento no conhecimento ou compreensodela: lit: (a) palavra (pregada). O apstolo, pensando estender-se logo e

    repreend-los pelo abusodaqueles dons dos quais mais se gloriavam oscorntios, quer dizer, a palavra (linguagem) e o conhecimento (comp.1Co_1:20; 3:18; 4:19; 1 Corntios 13 e 14), primeiro se granjeia a boavontade deles felicitando-os por possuir estes dons (Veja-se 2Co_8:7).

    6.assim como o testemunho de Cristo (quem tanto o objetocomo o autor deste testemunho [Bengel]; 1Co_2:1; 1Tm_2:6; 2Tm_1:8)

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 9tem sido confirmado em vs entrevs (Alford) Isto , por

    Deus, por meio de minha pregao, e dos milagres que a acompanhavam(1Co_12:3; Mc_16:20; 2Co_1:21-22; Gl_3:2, Gl_3:5; Ef_4:7-8;

    Hb_2:4). Deus confirmou (comp. Fp_1:7; Hb_2:3), ou fez efetivo oevangelho entre (ou melhor, como nossa verso: em) os corntios aot-lo aceito e posto seu selo verdade do mesmo, pelo poder interno doEsprito de Deus, e pelos dons e milagres externos que o acompanharam.[Calvino].

    7.no vos falte no so inferiores a outros cristos de qualquerlugar. [Grocio].

    nenhum dom No que todos tivessem todos os dons, mas simhavia entre eles pessoas com diferentes dons (1Co_12:4, etc.)

    aguardando vs a revelao de nosso Senhor Jesus Cristo Esta era a prova culminante de que no careciam de dom algum. Af,a esperana e o amor, ou todos os dons praticavam, aguardando-o(2Tm_4:8; Tt_2:13). Deixando para outros o MEMENTO MORI(lembra-te da morte), alenta tu esta prazerosa expectao da vinda doSenhor. [Bengel]. O verbo grego expressa a ideia de aguardar

    constantemente, no por um tempo determinado, mas sim at o fim, atque acontea o evento esperado. (Rm_8:19). [Tittmann, GreekSynonyms of the New Testament]

    8. o qual Deus, v. 4 (no Jesus Cristo, v. 7: em tal caso seriaem seu dia).

    vos confirmar at ao fim Ou seja, at a vinda do SenhorJesus Cristo.

    para serdes irrepreensveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts_5:23.) Depois daquele dia no haver perigo (Ef_4:30; Fp_1:6).Agora nosso dia para trabalhar, e o dia do inimigo para nos provar:ento ser o dia de Cristo, e de sua glria nos santos. [Bengel].

    9.Fiel Deus a suas promessas (Fp_1:6; 1Ts_5:24).pelo qual fostes chamados conforme o propsito de Deus

    (Rm_8:28).

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 10 comunho de seu Filho Para ser co-herdeiros com Cristo

    (Rm_8:17-28), como Ele, filhos de Deus e herdeiros da glria (Rm_8:30;2Ts_2:14; 1Pe_5:10; 1Jo_1:3). Crisstomo observa que o nome de

    Cristo menciona-se com mais frequncia nesta epstola que em nenhumaoutra, pensando o apstolo assim subtra-los da admirao partidria quesentiam por seus instrutores particulares a fim de que fixassem sua vistas em Cristo.

    10.Rogo-vos J tendes o conhecimento, o dom da palavra, e aesperana; mantenham tambm o amor.

    irmos O mesmo ttulo um argumento em prol do amor.pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo o desejo de Paulo

    que Cristo seja o tudo em todas as coisas para os corntios, e portanto onomeia tantas vezes neste captulo.

    que faleis todos a mesma coisa que no faleis coisas diversascomo o fazeis (v. 12) no esprito de discrdia.

    que no haja divises cismas, lit., fendas, brechas.antes, sejais inteiramente unidos O oposto a divises. O

    vocbulo que aqui se usa tem referncia ferida que cura, ou o fato de

    remendar uma ruptura.na mesma disposio mental parecer Quer dizer, no critrio

    dos entendidos,e na decisoprtica que se adota [Conybeare e Howson],quanto ao que se deve fazer. A mentetem relao com o que se deve crerinteriormente; o parecer, juzo ou critrio, demonstra-se exteriormentenas coisas que se levam prtica. [Bengel]. Alford opina que se trata dadisposioe a opinio.

    11.(1Co_11:18.)fui informado, pelos da casa de Cloe Aqueles que pareciamdesfrutar da intimidade de Paulo assim como a dos corntios. Estesescreveram ao apstolo (1Co_7:1) perguntando-lhe a respeito de certosassuntos: o casamento, as comida oferecidas a dolos; do decoro quedeviam observar as mulheres no culto. Mas nada haviam dito dasenormidades e das desordens que se tinham infiltrado entre eles. Essa

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 11notcia chegou a Paulo por outros meios. Portanto, sua linguagemreferente a estes males : Porque me foi declarado Se ouve dizerusualmente (1Co_5:1, 2). Tudo isto diz Paulo antes de referir-se carta

    deles, o que d a entender que no se informou daqueles males por meiode tal carta, o que uma prova impensada de sua genuinidade. [Paley,Horae Paulinae]. Note-se a sua prudncia: nomeia a famlia, para que sesoubesse que no fazia sua alegao sem autoridade: no nomeia osindivduos, para no excitar o dio contra eles, mas sim insinuataticamente que a informao devia ter chegado a ele diretamente da

    parte dos presbteros, assim como o haviam consultado sobre assuntos demenor importncia.

    de que h contendas entre vs palavra no to severa comodissenses, lit., cismas(v. 10).

    12.Refiro-me pelas palavras h contendas (v. 11).ao fato de cada um de vs dizer individualmente,

    glorificando-se nos homens (v. 31; 1Co_3:21, 22): Eu sou de Paulo;Eu sou de Apolo, etc. No que formassempartidosdeterminados, massim individualmente demonstravam o espritode partido nas contenes

    sob o nome de mestres favoritos. Paulo recusava ser adulado por aquelesque usavam seu nome nos partidos, no se tornando assim cmplice nadesonra feita a Cristo Estes provavelmente eram dos convertidos sob seuministrio. Os que favoreciam o nome de Apolo, sucessor de Paulo emCorinto (At_18:24, etc.) eram os atrados por seu estilo retrico(provavelmente adquirido em Alexandria, 1Co_3:6), em contraste com apresena pessoal dele fraca, e a palavra, desprezvel (2Co_10:10) do

    apstolo. Apolo, sem dvida, no alentou voluntariamente este espritode indevida preferncia (1Co_4:6, 8); antes, para impedi-lo, negou-se arepetir sua visita l naquele ento (1Co_16:12).

    e eu, de Cefas Provavelmente judaizantes, que se cobriam sob onome de Pedro, o apstolo da circunciso (Cefas o nome hebraico,Pedro, o grego; Jo_1:42; Gl_2:11, etc.): os assuntos tratados em 1Corntios 7 a 9 foram sugeridos talvez por eles como assuntos duvidosos.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 12A igreja ali teve sua origem na sinagoga judaica, sendo que entre osconvertidos Crispo o principal da sinagoga, e Sstenes (provavelmente)seu sucessor. Da pois que se perceba alguma levedura judaica, mas no

    tanta como em outras partes (2Co_11:22). O petrismose originou maistarde e com mais vigor, em Roma. Se no era correto o gloriar-sedizendo: Eu sou de Pedro, quanto mais incorreto seria dizer Eu soudo papa. [Bengel].

    e eu, de Cristo Um pretexto passvel, para menosprezar oministrio de Paulo e de seus demais instrutores (1Co_4:8; 2Co_10:7-11).

    13. Acaso, Cristo est dividido? Em vrias sees (sobdiferentes chefes). [Alford]. A unidade de Seu corpo no deve sercortada em pedaos, como se o todo no fosse de uma s Cabea.

    Foi Paulo crucificado em favor de vs? (RC) No grego ainterrogao requer uma resposta negativa muito forte: Acaso foi Pauloquem foi crucificado por vs? (certamente no diro semelhante coisa).

    Na primeira pergunta a majestade de Cristo (o Ungido de Deus) indicaa impossibilidade de que Ele seja dividido. Na segunda, a

    insignificncia de Pauloindica a impossibilidade de ser ele a cabea daredeno, visto que ele no tinha sido crucificado por eles, nem tinhadado seu nome aos redimidos. Isto que se aplica a Paulo, o fundadordaigreja de Corinto, igualmente aplicvel a Cefas e a Apolo, que notinham tal ttulo com relao a tal igreja.

    Ou fostes vs batizados (RC) A cruz nos reclama para Cristocomo redimidos por ele; o batismo, como dedicados a ele.

    em nome de Paulo? o grego eis: dentro do nome(Gl_3:27), denotando a ideia de unificao simbolizada pelo batismo.14.Dou graas a Deus porque em Sua providncia ordenou todas as

    coisas de tal modo que eu no batizasse a nenhum de vs, salvo a Crispo(o antes presidente da sinagoga, At_18:8) e a Gaio (escrito Caius pelosromanos, quem hospedou a Paulo em Corinto, assim como a toda aigreja, Rm_16:23; sendo, pois, pessoa de boa posio social). O ofcio de

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 13batizar cabia aos diconos (At_10:48) em vez de aos apstolos, cujoofcio era o de estabelecer as igrejas e dirigi-las de uma maneira geral.Os diconos tinham melhor oportunidade para dar a necessria instruo

    preparatria para o batismo.Crispo e Gaio, etc., foram provavelmentedos primeiros convertidos, e portanto foram batizados pelo prprioPaulo, o qual fundou a igreja.

    15. para que nenhum diga, etc. No que Paulo tivesse estafinalidade no princpio; mas Deus disps de modo que ningum dissesseisto. [Alford].

    16. Batizei tambm a casa de Estfanas As primcias daAcaia, ou seja, dos primeiros convertidos ali (1Co_16:15, 17).

    provvel que tais famlias inclussem crianas (At_16:33). A histriada igreja favorece esta opinio, visto que o batismo infantil era o usodesde tempos muito antigos.*

    17.Paulo no diz isto para menosprezar o batismo, porque o elogiagrandemente (Rm_6:3). Ele batizou a alguns dos primeiros convertidos;e teria batizado a outros mais; mas a obra peculiar dele e dos apstolosera pregar o evangelho, fundar por seu testemunho ocular as igrejas

    particulares, e cuidar delas no geral.no me enviou Cristo lit.,como apstolo.para batizar nem no nome de Cristo, muito menos no meu

    prprio.mas para pregar no com sabedoria de palavra ou de

    linguagem. O raciocnio filosfico destacado pela linguagem oratria epela erudio secular, era coisa que os corntios avaliavam em demasia

    (v. 5; 1Co_2:1, 4) em Apolo, a falta da qual em Paulo lhes desagradava(2Co_10:10).para que se no anule a cruz de Cristo Quer dizer, para que

    no seja menosprezada a soma e a substncia do evangelho (v. 23;

    *Esta opinio est de acordo com as denominaes que praticam o batismo infantil, mas na realidadeno h nada a indicar que naquela ocasio tenham batizado crianas. Nota do Tradutor.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 141Co_2:2): o Cristo crucificado (Rm_4:14) por homens que estimam emmais a lgica e a eloquncia humanas da pregao evanglica, que o

    prprio evangelho do Cristo crucificado: o nico remdio para o pecador

    perdido, e a maior manifestao do amor de Deus.18.Certamente, a palavra da cruz A mensagem, ou a doutrinada cruz, em contraste com a sabedoria de palavras (assim chamada nov. 17).

    loucura para os que se perdem Melhor dizendo, para os queesto perecendo, isto , porque preferem a humana sabedoria de

    palavras doutrina da cruz de Cristo. Aqui no se faz referncia aoestado final, mas sim aos que esto no caminho da perdio. Assimtambm em 2Co_2:15-16.

    mas para ns, que somos salvos Note-a modstia com queescreve o apstolo, como se dissesse: Mas aos que se salvam (os queesto no caminho da salvao), entre os quais estamos

    poder de Deus Termo que inclui a sabedoria de Deus (v. 24).A palavra da cruz o poderoso instrumento da salvao, a mais altademonstrao do poder de Deus (Rm_1:16). O que parece para o mundo

    fraqueza, no plano de Deus para a salvao dos homens (v. 25), e namaneira como o apstolo o apresenta (1Co_2:3), na realidade umamanifestao de seu grande poder. O que parece insensatez por faltada humana sabedoria de palavras (v. 17), na verdade a supremasabedoria de Deus (v. 24).

    19.Destruirei a sabedoria Algo diferente da LXX. O hebraico: Perecer a sabedoria dos sbios, e se desvanecer a prudncia dos

    prudentes. (Is_29:14). Paulo, por inspirao divina, d a interpretaodo Esprito Santo, fazendo com que Deus seja a causa da perdio dasabedoria.

    aniquilarei a inteligncia entendimento.20. Onde est o sbio? lit., Onde h sbios? Em nenhuma

    parte; porque Deus os destri (v. 19).Onde, o escriba? judaico. [Alford].

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 15Onde, o inquiridor deste sculo? grego. [Alford]. Veja-se o

    judeu e o grego deste mundo em contraste com os sbios piedosos, v. 22,23. Vitringa opina que a referncia aos discursos judaicos da sinagoga,

    ou daraschoth,do radical hebraicoque significa disputar. Compare-seo termo questes, At_26:3; Tt_3:9. Se for assim, o termo sabedoriarefere-se aqui sabedoria grega (veja-se v. 22). Paulo usa a passagem deIs_33:18 num sentido superior; l a referncia primordial era a libertaotemporal, aqui a eterna; o v. 22. que est em trplice oposio ao v. 18,sanciona esta aplicao do apstolo; o Senhor, em seu carter trplice, anica base que tem o povo para glorificar-se.

    deste sculo antes, desta dispensao. Quer dizer, esta idadeou ordem mundana de coisasdo ponto de vista moral, em contraste coma dispensao ou ordem crist de coisas.

    do mundo entendido externa ou cosmicamente.tornou Deus louca a sabedoria demonstrou que a filosofia do

    mundo loucura, porque lhe falta a f no Cristo crucificado.[Crisstomo]. Deus a considerou como loucura, e no a usou paraconverter e salvar aos homens (vv. 26, 27). [Estius].

    21. na sabedoria de Deus, o mundo no o conheceu nasapiente disposio de Deus.

    por sua prpria sabedoria antes, pela sabedoria, ou por suafilosofia (Jo_1:10; Rm_1:28) no conheceram a Deus, embora tenhamalcanado outros conhecimentos (At_17:23, At_17:27). A teoria destade que o homem pode, pela luz da natureza, descobrir seu dever paracom Deus, fica refutada pelo fato de que o homem nunca descobriu este

    dever sem a revelao de Deus. Todas as estrelas e a lua no podemfazer o dia; esta a prerrogativa do sol. Nem podem os dons maissublimes fazer com que amanhea o dia moral; tal obra o ofcio deCristo. At ao judeu faltou este conhecimento, enquanto procurou tosomente a sabedoria carnal deste mundo.

    aprouve a Deus Aqui o apstolo faz referncia s palavras deJesus em Lc_10:21.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 16salvar os que creem aos que cressem (Rm_1:16).pela loucura da pregao por aquela pregao (doutrina) que o

    mundo (incrdulo, o judeu assim como o gentio) julga loucura.

    22. Porque lit., Porquanto; visto que. Este versculo ilustracomo a pregao do Cristo crucificado chegou a ser considerada comoloucura (v. 21).

    os judeus pedem sinais Assim aparece esta palavra at nosmanuscritos mais antigos. O singular foi uma correo posterior tiradade Mt_12:38; Mt_16:1; Jo_2:18. Os sinais que os judeus ansiavam noeram s milagres, mas sim evidncias diretas do cu de que Jesus era oMessias (Lc_11:16).

    como os gregos buscam sabedoria Quer dizer, umademonstrao filosfica do cristianismo. Cristo, em lugar de dar uma

    prova demonstrativa,demanda afque se baseia em Sua palavrae numaporo razovel de evidncia que comprova que tal revelao suapalavra. O cristianismo no principia com a soluo das dificuldadesintelectuais, mas com a satisfao daquele corao que anela o perdo.Portanto, no foram as refinaes gregas, mas sim os teocrticos judeus

    os escolhidos para a propagao da revelao. De modo que, mais umavez, a Atenas intelectual (At_17:18-21, etc.) recebeu o evangelho commenos prontido que a Corinto comercial.

    23.mas ns Paulo e Apolo.pregamos a Cristo crucificado O grego expressa no

    meramente o fato de Sua crucificao, mas sim o carter permanentedatransao mediante a qual Ele agora Salvador (Gl_3:1). [Green]. O

    Messias (Cristo) crucificado foi a pedra na qual os judeus tropearam(Mt_21:44). A igual oposio de judeus e gentios demonstra que umareligio, ao que parece, to aborrecvel em sua origem no pde tertriunfado se no tivesse sido divina.

    24.mas para os que foram chamados comp. vocao, v. 26.Aqui se trata dos mesmos daqueles de quem se diz: A mesma classe dens, os que se salvam (que estamos sendo salvos; v. 18); os escolhidos,

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 17os quais obedeceram chamada; os eficientemente chamados (Rm_8:28,Rm_8:30).

    a Cristo No se acrescenta crucificado aqui, porque, vencido

    o escndalo da cruz, Cristo recebido em todos sentidos, no s emSua cruz, mas tambm em Sua vida e em Seu futuro reino.poder enchendo assim todos os requerimentos dos judeus que

    buscavam um sinal. A cruz (a morte de um escravo), que aos judeus(que esperavam um Messias temporal) era tropeo, na realidadepoder de Deus para a salvao de todos os que creem.

    e sabedoria de Deus exibindo assim, no grau mximo (se s otivessem querido ver), o que os gregos buscavam, ou seja: a sabedoria(Cl_2:3).

    25.a loucura de Deus Isto , o Seu plano de salvao, que oshomens julgavam como loucura.

    a fraqueza de Deus Cristo foi crucificado por fraqueza(2Co_13:4, o grande tropeo dos judeus), contudo, vive pelo poderdeDeus. Assim dafraquezade Seus servos aperfeioa p poder(1Co_2:3;2Co_12:9).

    26. reparai vossa vocao; visto que no foram Oforam no est no original; leia-se: No muitos sbios poderosos nobres vos chamaram. O que o apstolo particulariza a fraquezados meios que o Senhor empregava para converter o mundo (v. 27, 28).[Hinds e Whately; assim Anselmo]. Contudo, nossa verso quadra bemcom o v. 24. Toda a histria da expanso da igreja uma vitria

    progressiva dos ignorantes sobre os eruditos, dos humildes sobre os

    arrogantes: at o prprio imperador deps sua coroa perante a cruz deCristo. [Olshausen].sbios segundo a carne Quer dizer, a sabedoria deste mundo

    adquirida pelo estudo humano sem a interveno do Esprito. Contraste-se com Mt_16:17.

    27. as coisas loucas Frase geral que inclui pessoas e coisasloucas. Deus escolhe at as coisas (e as coisas loucas, tambm) para

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 18confundir aspessoas(e at as pessoas sbias). Tal me parece ser a forada mudana do masculino ao neutro.

    Deus escolheu ... para envergonhar Deus confunde os sbios, e

    opera, mediante Seus instrumentos que no tm sabedoria humana, o queos mundanamente sbios, com ela, no podem efetuar, ou seja, levar oshomens salvao.

    Deus ... escolheu as coisas fracas, etc. A repetio do termoescolheu indica a bondosa premeditao do propsito de Deus(Tg_2:5).

    28.e aquelas que no so Alguns dos manuscritos mais antigosomitem a conjuno e. De modo que, a frase o que no , est emoposio com a insensatez, o fraco, o vil, e o menosprezado,(coisas todas que no so nada). Deus escolheu as quatro nada paraanular as coisas que so.

    29. ningum se vanglorie Porque os que buscam glorificar-seda grandeza e sabedoria humanas so confundidos, so envergonhados(v. 27). A carne, como a flor do campo, bela, mas fraca (Is_40:6).

    na presena de Deus Temos que nos gloriar, no diante dEle,

    mas nEle. [Bengel].30.Mas em contraste com os que se gloriam da sabedoria e

    grandeza mundanas.vs sois dele No de vs mesmos (Ef_2:8), mas sim dEle

    (Rm_11:36). DElevm(dele tm a vida espiritual, vs os que uma vezreis contados entre as coisas que no so, v. 28)

    em Cristo Jesus pela unio viva com Ele. No na carne (vv.

    26, 29).o qual se nos tornou para nosso eterno lucro.da parte de Deus a sabedoria que vem de Deus; que emana dEle

    e enviada por Ele.sabedoria a qual inalcanvel se buscada de uma maneira

    mundana (vv. 19, 20; comp. Cl_2:3; Provrbios 8; Is_9:6). Por ela

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 19chegamos a ser sbios para a salvao, graas s sabedoria dEle queoriginou e levou a efeito o plano, visto que antes ns fomos insensatos.

    justia em grego: justia, que a base de nossa justificao

    (Jr_23:5-6; Rm_4:25; 2Co_5:21); enquanto que ns uma vez fomosfracos (Rm_5:6). Is_42:21; Is_45:24.santificao pelo Esprito Santo; enquanto que ns ramos

    vis. No alm, nossa justia e deste modo nossa santificao seroperfeitas e sero inerentes. Agora a justia pela qual somos justificados perfeita, mas no inerente; aquela mediante a qual somos santificados, inerente mas no perfeita. [Hooker]. A santificao perfeita em

    princpio, mas no em sua realizao. Estas duas esto unidas no gregocomo se formassem essencialmente uma s coisa, mas no assim asabedoria, porquanto ela originou e executou o plano (superabundouem ns em toda sabedoria, Ef_1:8), e a redeno, a consumao finaldo plano na libertao do corpo (a posio da palavra redeno emltimo lugar demonstra que se entende aqui num sentido limitado).Lc_21:28; Rm_8:23; Ef_1:14; Ef_4:30.

    redeno Somos redimidos depois de ter sido desprezados

    31. Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor (Jr_9:23-24) emcontraste com o que se disse antes: ningum se vanglorie na presenade Deus (v. 29). Em contraste com a mrbida humilhao servil, oapstolo encarna a humildade no conhecimento elevador de nossaverdadeira dignidade em Cristo. Aquele que se gloria deve gloriar-se noSenhor, no na carne nem no mundo.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 201 Corntios 2

    Vv. 1-16. O tema da pregao de Paulo: o Cristo crucificado,

    apresentado no na sabedoria mundana, mas na celestial, entre osperfeitos.1. Assim que quando fui Eu [Conybeare], como um dos

    nscios, fracos, e vis instrumentos empregados por Deus (1Co_1:27,28); me gloriando no Senhor, no na sabedoria humana (1Co_1:31).Veja-se 1Co_1:23: ns.

    no o fiz com ostentao (At_18:1, etc.). Paulo, se tivessequerido, poderia ter usado um estilo ornado, visto que tinha estudado aerudio secular em Tarso de Cilcia, a qual Estrabo preferia comoescola a Atenas e a Alexandria; ali, sem dvida, leu os poemas dociliciano Aratus (que ele cita, At_17:28), e a Epimnides (Tt_1:12), e aMenander (1Co_15:33). O desenvolvimento intelectual grego foi umelemento importante na preparao do caminho para o evangelho, masno conseguiu regenerar o mundo, o que demonstrou que para isto faziafalta um poder sobre-humano. O judasmo helenista em Tarso e em

    Alexandria, foi o elo de enlace entre as escolas de Atenas e as rabnicas.No pde haver outro solo natal mais propcio para o apstolo dosgentios que a cidade de Tarso, livre como estava das influncias

    pervertedoras de Roma, de Alexandria e de Atenas. Tinha ao mesmotempo a cidadania romana que o protegeria da violncia repentina. Almdisso, foi criado na divina lei hebraica em Jerusalm. De modo que,como os trs elementos: a cultura grega, a poltica romana (Lc_2:1), e a

    lei divina dada aos judeus, combinaram-se precisamente no tempo deCristo para preparar o mundo para o evangelho, assim tambm osmesmos trs elementos, na maravilhosa providncia de Deus, reuniram-se no apstolo dos gentios. [Conybeare e Howson.]

    anunciando-vos o testemunho de Deus (1Co_1:6), de Deus,segundo os manuscritos. Portanto Cristo Deus.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 212.A ideia no grego A nica coisa determinada que me propus

    saber entre vs era, conhecer Jesus Cristo (sua pessoa) e a Elecrucificado (seu ofcio) [Alford], no exaltado sobre o trono terrestre de

    Davi, mas sim executado qual criminoso mais vil. O fato histrico dacrucificao de Cristo teria recebido uma publicidade menosproeminente da parte dos buscadores da humana sabedoria na igreja deCorinto, para evitar o ofender os eruditos pagos e judeus. A pessoadeCristo e o ofciode Cristo constituem a essncia do evangelho.

    3. eu estive entre vs Quer dizer, Eu, o pregador. O v. 2descreve o tema: Cristo crucificado, e o v. 4, a maneira em que foi

    pregado: no com palavras persuasivas mas com demonstrao de poder.

    em fraqueza pessoal e corporal (2Co_10:10; 2Co_12:7,2Co_12:9; Gl_4:13).

    e grande tremor (comp. Fp_2:12). No medo pessoal,mas simuma ansiedadetremente por efetuar um dever; e a ansiedade de faz-loconscientemente em contraste com o fato de servir vista (Ef_6:5-6).[Conybeare e Howson.]

    4.A minha palavra minha maneira de falar, em particular.e a minha pregao em pblico. [Bengel]. Alford o explica

    assim: Meu discurso sobre doutrinas, e minha pregao, ou narraodos fatos.

    em linguagem persuasiva de sabedoria A palavra humana omitida pelas autoridades mais antigas; contudo, sabedoria refere-se sabedoria dos homens.

    mas em demonstrao do Esprito A persuaso o meio queemprega o homem para comover a seu prximo. O meio que Deus usa a demonstraoque no deixa lugar a dvidas, que inspira a f sincera

    pela poderosa obra do Esprito (obra que ento se manifestouexternamente nos milagres, e internamente tinha operado no corao eque agora somente opera no corao, sendo isto de maior importncia(Mt_7:29; At_6:10; Hb_4:12 : comp. tambm Rm_15:19). Este mesmo

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 22singelo poder acompanha a verdade divina agora, e produz uma

    persuaso e uma converso certas quando o Esprito se manifesta pormeio dele.

    5.para que a vossa f no se apoiasse Quer dizer, para que nodeva sua origem nem sua continuao sabedoria de homens.6, 7.Entretanto, a pregao do evangelho, longe de ser contrria

    verdadeira sabedoria uma sabedoria imensamente superior sabedoria dos sbios do mundo.

    expomos sabedoria Aqui Paulo reassume o ns (ospregadores, eu, Apolo, etc.), que usou quando disse: ns pregamos(1Co_1:23), s que aqui se refere a algo menos pblico (comp. vv. 7, 13.mistrio. escondido). Porque sabedoria aqui denota no o todo dadoutrina, mas os seus princpios mais sublimes e profundos.

    entre os perfeitos (RC) S aqueles que se aperfeioaram naexperincia e no conhecimento cristos, podem compreender averdadeira superioridade da sabedoria crist que Paulo pregava. Sodistintos no somente dos homens mundanos e carnais, mas tambm dosmeninos em Cristo, que embora esto em Cristo, retm muito do

    carnal, e, portanto, no podem entender as verdades profundas docristianismo (1Co_14:20; Fp_3:15; Hb_5:14). Paulo ao usar os termosmistrio ou sabedoria oculta (v. 7), no deu a entender algumatradio oculta distinta do evangelho (como a disciplina oculta, e adoutrina da reserva praticada pela igreja de Roma), mas sim odesenvolvimento dos tesouros do conhecimento, uma vez escondidos,nos conselhos de Deus mas agora anunciados a todos, os quais sero

    compreendidos inteligentemente em proporo medida em que a vidainterior do ouvinte seja transformada imagem de Cristo. Comparem-seexemplos de tais mistrios, ou seja, as verdades crists mais

    profundas que no foram pregadas por Paulo em sua primeira visita aCorinto, quando se limitou aos elementos fundamentais (v. 2), mas queagora fala delas com os perfeitos (1Co_15:51; Rm_11:25; Ef_3:5-6.).A palavra perfeito aqui, no significa a perfeio absoluta,mas sim a

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 23perfeio em contraste com os meninos, ou seja, os menosamadurecidos no crescimento cristo (comp. Fp_3:12-13, com 1Jo_2:12-14). Deus (v. 7) est em contraste com o mundo, os apstolos com os

    prncipes (grandes e eruditos) deste mundo (v. 8; 1Co_1:20). [Bengel].nem a dos poderosos ... que se reduzem a nada Comp. com oque no (1Co_1:28). Quer dizer, so passageiros, no imortais.Portanto, sua sabedoria no verdadeira [Bengel]. A ideia , segundoAlford, que so desfeitos, visto que Deus escolhe as coisas que noso (as fracas e desprezadas coisas do evangelho), para desfazer (omesmo verbo em cada caso) as que so (1Co_1:28).

    7.falamos a sabedoria de Deus enfaticamente contrastada coma sabedoria dos homense de este mundo.(vv. 5, 6.)

    em mistrio Quer dizer, falamos como tratando de ummistrio, isto , no de algo que deva guardar-se em segredo, mas dealgo que uma vez foi oculto, mas que agora revelado. Enquanto que osmistrios pagos eram revelados somente aos poucos escolhidos, os doevangelho se faziam notrios a todos os que obedecessem verdade. Seo nosso evangelho ainda est encoberto, para os que se perdem que

    est encoberto (2Co_4:3), os quais o deus deste sculo cegou.Usualmente usamos o vocbulo mistrio em referncia queles dosquais se retm o conhecimento; os apstolos o usavam em refernciaqueles aos quais revelado.[Whately]. Est encoberto enquanto no se

    publica, e quando se publica segue encoberto aos imperfeitos. [Bengel].preordenou (comp. v. 9), foi preparado para aqueles que O

    amam.

    desde a eternidade A sabedoria de Deus supera em antiguidadea toda humana sabedoria. No s existiu antes da sabedoria do mundo,mas tambm existiu eternamente antes do mundo mesmo com seussculos.

    para a nossa glria Nossa glria agora, assim como no alm, daparte do Senhor da glria.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 248. sabedoria essa que nenhum conheceu Quer dizer, a

    sabedoria de Deus. Esta a prova mais poderosa de que o homemnatural carecia completamente da sabedoria celestial.

    porque jamais teriam crucificado o Senhor da glria Istodenota a conexo inseparvel da humanidade e a divindade de Cristo. OSenhor da glria (da qual tinha direito mesmo antes de que o mundofosse, Jo_17:4-24) foi crucificado.

    9. Mas Mas (aconteceu) como est escrito.As coisas que o olho no viu(RC) Alford traduz: As coisas que

    olho no viu, as coisas que Deus preparou isso Deus nos reveloupelo Esprito. Desta maneira se ignora o porm do v. 10. Construa-se,antes, como Estius: Falamos (que vem do v. 8) de coisas que olho(antes) no viu coisas que preparou Deus mas que isso Deus nosrevelou A citao no aparece palavra por palavra, antes umaexposio inspirada da sabedoria (v. 6, tirada de Is_64:4). As palavrasfora de ti, Deus, no se citam, diretamente, mas se expressamvirtualmente na sua exposio (v. 10): Ningum, Deus, fora de ti vestes mistrios, e Deus nos revelou isso pelo seu Esprito.

    no subiram ao corao (RC) Um hebrasmo comp. aexpresso: nem vir ao pensamento, (Jr_3:16).

    Deus preparou(RC) Em Is_64:4 lemos: Deus opera a favordaquele que por ele espera aqui, para os que O amam. Isaas falavacom os que aguardavam a futura apario do Messias; Paulo, aos queamam o Messias que j apareceu (1Jo_4:19), comp. v. 12: o que Deusdeu. [Bengel].

    10. Deus no-lo revelou pelo Esprito A inspirao dospensamentos (quanto ao que concerne verdade essencial para asalvao o que faz a um cristo (1Co_3:16; 12:3; Mt_16:17; Jo_16:13;1Jo_2:20, 1Jo_2:27); a inspirao das palavras, faz a um PROFETA(2Sm_23:1-2; 1Rs_13:1, 1Rs_13:5) pela palavra do Senhor (v. 13;Jo_20:30-31; 2Pe_1:21). Os segredos da revelao esto vigiados paraalguns, no porque aqueles que os conhecem no queiram revel-los

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 25(porque com efeito a mesma palavra revelao sugere o apocalipsedovelado), mas sim porque aqueles que os escutam no tm a vontade, ou o

    poder, para compreend-los. Portanto, s aqueles que so ensinados pelo

    Esprito conhecem estes segredos (Sl_25:14; Pv_3:32; Jo_7:17;Jo_15:15).no-lo a ns. Quer dizer, os perfeitos, ou os experimentados na

    vida crist (v. 6). Os inteligentes podero entender o esboo dasdoutrinas, mas sem a revelao do Esprito Santo seguir para eles ummero esboo um esqueleto, correto talvez, mas sem vida [Cautions

    for the Timesxiv] (Lc_10:21).o Esprito a todas as coisas perscruta Opera em ns e com

    nossos espritos (comp. Rm_8:16, Rm_8:26-27). O Antigo Testamentonos revela a Deus (o Pai) para ns. Os Evangelhos, a Deus (o Filho)conosco. Os Atos e as Epstolas, a Deus (o Esprito Santo) em ns[Monod] (Gl_3:14).

    as profundezas de Deus (Sl_92:5.) Sua natureza divina,atributos e conselhos. O Esprito se deleita em explorar as infinitas

    profundidades de Sua prpria mente divina para nos revelar isso segundo

    a nossa capacidade para compreend-las (Dt_29:29). Isto prova apersonalidade e a divindade do Esprito Santo. A divindade no pode serseparada do Esprito de Deus, assim como a humanidade no pode serseparada do esprito do homem. [Bengel].

    11. as coisas de Deus, ningum as conhece nem anjo, nemhomem. Isto prova a impossibilidade de conhecer as coisas de Deus,salvo por instrumentalidade do Esprito de Deus (quem o nico que as

    conhece, visto que at no caso do homem, to imensamente inferior namente a Deus, nenhum de seus semelhantes, mas somente seu prprioesprito conhece as coisas que esto ocultas em seu interior.)

    12. ns no temos recebido o esprito do mundo o mpioesprito que agora opera nos filhos de desobedincia (Ef_2:2). Esteesprito natural no no regenerado, e no precisa ser recebido.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 26e sim o Esprito que vem de Deus Ns o recebemos como um

    domde Deus, pois Seu prprio Esprito, assim como nosso esprito oesprito que est em ns, os homens (v. 11).

    para que conheamos o que por Deus nos foi dado Quer dizer,o atual conhecimento experimental, para nosso inexprimvel consolo, deSeus profundos mistrios cheios de sabedoria, e de nossa futura

    possesso das boas coisas que Deus tem preparado para os que Oamam (v. 9).

    13.Disto tambm No s conhecemospelo Esprito Santo ascoisas que Deus nos deu abundantemente, mas tambm por Ele falamosdas mesmas. (v. 12).

    falamos ensinadas, etc. As coisas que o Esprito ensina.comparando ... (RC) Quer dizer, interpretando as inspiradas

    Escrituras do Antigo Testamento, e as comparando com o evangelho queJesus pelo mesmo Esprito revelou [Grocio]; e, deste modo, ilustrando osmistrios do evangelho, comparando-os com os tipos do AntigoTestamento. [Crisstomo]. Por isso, a mesma palavra grega compararse traduz em 2Co_10:12. Wahl (Clavis) traduz: explicando (segundo a

    traduo grega na LXX de Gn_40:8) aos espirituais (aos que soensinados do Esprito) coisas espirituais (coisas que o Esprito nosensinou). S os que so ensinados do Esprito podem compreender asverdades espirituais. Isto concorda com os vv. 6, 9, 10, 14, 15; 1Co_3:1.Alford traduz: Juntando (combinando) o espiritual com o espiritual;isto , aplicando as palavras espirituais s coisas espirituais, o que nofaramos se somente usssemos palavras de boa sabedoria para explicar

    coisas espirituais (assim vv. 1, 4; 1Pe_4:11). Talvez aqui se empregamos neutros com frequncia para abranger implicitamente estas vriasnoes: compara-se, ou se emprega o espiritual com o espiritual; declara-se que as coisas espirituais se adaptam somente s pessoas espirituais(assim o termo coisas compreende pessoasem 1Co_1:27), e tambmque as verdades espirituais se combinam somente com palavrasespirituais (no com palavras de humano saber); e por fim, que as coisas

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 27espirituais dos dois Testamentos s podem ser compreendidas pelamtua comparao ou combinao, no com a sabedoria mundana,nem com as percepes naturais (1Co_1:21, 22; 2:1, 4-9; comp.

    Sl_119:18).14.o homem natural lit., homem de alma animal. Compara-seaqui o homem espiritual com o homem animal, quem se governa pelaalma animal (natural), a qual se impe a seu esprito porque no possui oEsprito de Deus (Jd_1:19). Assim o corpo animal (natural), ou seja ocorpo que guiado pela inferior natureza animal (incluindo o raciocnioe o corao do homem cado), contrasta-se com o corpo vivificado peloEsprito (1Co_15:44-46). O homem carnal(quem guiado pelos apetitesfsicos, e por um esprito jactancioso, alheio vida divina) parente

    prximo do homem animal; assim tambm o terrestre. O homemdiablico ou demonaco que guiado por um esprito mpio, omesmo homem animal que desceu sua condio mais baixa. (Tg_3:15).

    no compreende as coisas do Esprito(RC) no as recebeembora lhe sejam oferecidas e sejam dignas de ser recebidas de todos(1Tm_1:15).

    porque lhe so loucura Porquanto anda em busca dasabedoria (cap. 1:22).

    no pode entend-las No s no as sabe, tampouco pode sab-las, e portanto no as quer receber (Rm_8:7).

    15. o homem espiritual O homem espiritual distingue-se deseus semelhantes em que nele rege o Esprito. No no regenerado, seuesprito, que deve ser o rgo do Esprito Santo (aquele que o no

    regenerado), est sujeito pela alma animal de tal maneira que nunca podeser chamado espiritual.julga todas as coisas e a todas as pessoas, como

    verdadeiramente so (comp. 1Co_16:2-4; 1Jo_4:1), medida de suaespiritualidade. Tem uma compreenso prtica das verdades doevangelho, embora no seja infalvel referente a todos os pontos tericos.Se um indivduo pode ter o Esprito sem ser infalvel, por que no pode a

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 28igreja ter o Esprito, e contudo no ser infalvel? (Eis aqui uma refutaoao argumento romanista em prol da infalibilidade da igreja, Mt_28:20;Jo_16:13). Assim como o crente e a Igreja tm o Esprito, e no so por

    isso impecveis, do mesmo modo ele e a igreja tm o Esprito, e no sopor isso infalveis nem impecveis. A igreja e o crente so infalveis eimpecveis, s em proporo ao grau em que sejam guiados peloEsprito. O Esprito guia a toda verdade e santidade; mas sua influncianos crentes e na igreja at agora parcial. Somente Jesus, quem tinha oEsprito sem medida (Jo_3:34), infalvel tanto como impecvel. AEscritura, como foi escrita por homens que quando escreviam eraminfalivelmente inspirados, verdade sem mistura (Pv_28:5; 1Jo_2:27).

    16.Porque quem conheceu, etc. Isto prova o que diz o v. 15,que o homem espiritual no julgado por ningum. Para poder julgaro homem espiritual, o homem comum precisa conhecer a mente doSenhor. Mas qual dos homens comuns a conhece?

    que o possa instruir? Quer dizer, quem conhece a mente doSenhor de modo que o possa aconselhar (citao de Is_40:13-14)? Assimse traduz na LXX o verbo grego que significa provar, convencer, em

    At_9:22. Os homens naturais, que julgam os espirituais que vivemsegundo a mente de Deus (Ns temos a mente de Cristo), virtualmentedesejam instruir a Deus, e O levar a tomar outro critrio como se fossemos conselheiros que ajudam o seu rei a tomar decises corretas.

    Ns, porm, temos a mente de Cristo medida de nossacapacidade para compreend-la. Isaas 40 aplica estas palavras a Jeov;

    portanto, como esta passagem aplica-se a Cristo, aqui Ele Jeov.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 291 Corntios 3

    Vv. 1-23. Paulo no tinha podido falar com os corntios das

    profundas verdades espirituais, porquanto eram carnais, e litigiososseguidores de seus vrios mestres; estes no eram seno obreiros deDeus, a quem teriam que dar conta de seus atos no dia do ardente juzo;os ouvintes eram o templo de Deus, o qual eles no deviam contaminar-se com contendas de partido, porquanto os mestres, assim como todas ascoisas, so deles, visto que so de Cristo.

    1.Eu, porm Como se dissesse: E eu porquanto o homemnatural (animal) no pode receber as verdades profundas de Deus, assimtambm eu no pude lhes falar das mesmas, como teria falado aosespirituais; antes tive que lhes falar como a homens de carne. Assimleem os manuscritos mais antigos em vez de carnais. Srkinoi oude carne, expressa o fisicamente carnal, ou natural; srkikoi, oucarnais, d a entender que no eram totalmente naturais ou noregenerados (1Co_2:14), mas sim tinham muito da tendncia carnal; porexemplo, suas divises. Paulo teve que lhes falar como a homens

    totalmente naturais, porquanto eram ainda carnais (v. 3) em muitosrespeitos, no obstante sua converso (1Co_1:4-9).

    como a crianas em contraste com os perfeitos (os jamadurecidos) em Cristo(Cl_1:28, veja-se Hb_5:13-14). Isto infere queno eram homens totalmente de carne,embora carnais em sua tendncia.Tinham vida em Cristo, mas era vida fraca. Reprova-lhes o ser aindanum grau (no totalmente, comp. 1Co_1:5, 7; por isso diz como a)

    crianasem Cristo, enquanto que a esta maturao deveriam ter chegado estatura de um varo perfeito, medida da plenitude de Cristo(Ef_4:13). Em Rm_7:14, tambm os manuscritos mais antigos leem: Eusou homem de carne.

    2.(Hb_5:12).Leite vos dei a beber Quer dizer, os elementares princpios da

    doutrina de Cristo (1Co_6:1).

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 303. havendo entre vs cimes inveja, rivalidades. Esta palavra

    denota os sentimentos deles; disputas refere-se a suas palavras;dissenses (divises), a seus atos [Bengel.] H uma gradao ou

    clmax ascendente: o cime tinham produzido contendas, e as contendasdivises (partidos facciosos). [Grocio]. Sua linguagem adquire maiorseveridade enquanto vai avanando; em 1Co_1:11 s havia ditodisputas; agora multiplica as palavras. (Comp. o termo em 1Co_4:6mais forte que o de 1Co_3:21.)

    sois carnais porque a contenda obra da carne (Gl_5:20). Acarne inclui todos os sentimentos que apontam no glria de Deus,nem ao bem do prximo, antes complacncia do ego.

    andais segundo o homem Quer dizer, como os no regenerados(comp. Mt_16:23). Segundo a carne, no segundo o Esprito de Deus;como lhes convm a vs como regenerados pelo Esprito (Rm_8:4;Gl_5:25-26). (v. 3).

    4. Eu sou de Paulo Eu, de Apolo Os manuscritos maisantigos leem num ordem distinta:Apolo Paulo.Pe a Apolo antes quea si mesmo em humildade.

    5. Quem Apolo? E quem Paulo? Visto que disputais toseveramente por vossos mestres favoritos, o que (ou de que poder edignidade intrnsecos ) Paulo? Se um apstolo to grande raciocinarassim, quanto mais convm a humildade aos ministros, que no tmtanto renome, que o egotismo!

    Servos O que Apolo Paulo? (meros) ministros (servidores:denotando um esprito de humildade), por meio de quem (no em

    quem, mas por cujas ministraes) crestes.conforme o Senhor concedeu a cada um Quer dizer, aos vriosouvidores, por que foi Deus quem deu o crescimento (v. 7).

    6.Eu plantei, Apolo regou (At_18:1; At_19:1). Apolo, por seuprprio desejo, foi enviado pelos irmos a Corinto (At_18:27) e aliseguiu a obra que Paulo tinha comeado.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 31o crescimento veio de Deus Isto , o aumento (v. 10; At_18:27).

    Creram pela graa. Embora os ministros nadaso, e Deus tudo emtodos, entretanto Deus os usa como instrumentos, e promete a eles o

    Esprito Santo para o fiel desempenho de sua misso. Esta adispensao do Esprito, e o nosso o ministrio do Esprito.7.nem o que planta nem o que rega mas Deus tudo

    em todos. Deus, no grego, acha-se enfaticamente em ltimo termo:aquele que d o crescimento, Deus. Aqui segue um parntese, do v. 8ao v. 21, onde a clusula nenhum se glorifique-nos homens est emcontraste antittico com Deus.

    8.o que planta e o que rega so um Essencialmente, em seupropsito so um,pois esto ocupados num mesmo ministrio; portanto,no devem ser usados por vs como ocasio para a formao de partidosseparados.

    e cada um, etc. Embora em seu servio ou ministrio soessencialmente um, contudo, cada ministro individualmenteresponsvel por sua prpriaobra, e receber sua prpriarecompensa,conforme o seu prprio trabalho. A recompensa algo em adio

    salvao pessoal (vv. 14, 15; 2Jo_1:8). Ser recompensado no conformeo seu xito nem quantidade do trabalho feito, mas sim segundo o seu

    prprio trabalho. Ser-lhe- dito: Bem, bom servo e fiel (no diz bomservo e prspero), entra na alegria de seu Senhor (Mt_25:23).

    9. Este versculo deve traduzir-se, conforme requer a ordem daspalavras no original grego. A nfase em Deus se repete trs vezes:Porque (em prova de que cada um receber sua recompensa conforme

    o seu prpria trabalho, ou seja, da parte de Deus) de Deus somoscooperadores; que trabalhamos comEle, sobEle e por ser dEle, comoSeus servos, 2Co_5:20; 2Co_6:1; comp. At_15:4; Nota,1Ts_3:2); soislavoura de Deus; edifcio de Deus sois. [Alford.] A ideia de edifciose introduz aqui pela primeira vez, por quadrar melhor que a ideia delavoura, e para ensinar as diferentes classes de doutrinas, e seus

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 32resultados, que agora est para se discutir. De modo similar usa-se otermo edificar a igreja de Cristo (Ef_2:21-22; Ef_4:29).

    10.Segundo a graa de Deus que me foi dada Isto o apstolo

    o assenta primeiro por evitar que parea que carece de humildade, aopronunciar-se prudente construtor na frase que segue. [Crisstomo].A graa aquela que foi dada a ele em comum com todos os cristos(v. 5), somente que em proporo a obra que Deus encomendou a cadaum. [Alford.]

    como prudente construtor Em grego: sbio; sua arte foiposta em prtica porquantops um fundamento.O inbil e ignorante nope nenhum (Lc_6:49).

    outro edifica Quer dizer, o que vier depois de mim, edifica. Nonomeia a Apolo, porque fala em geral de todos os sucessores, sejamquais forem. Logo faz uma advertncia: Cada um veja (cada mestretome cuidado) como edifica, refere-se a outros sucessores, em lugar deApolo, que, sem dvida, no edificou sobre o fundamento, comoaqueles, com madeira, feno e folhagem. (comp. 1Co_4:15). Eu cumprifazendo minha parte; agora resta que os que me seguem, cumpram com a

    que lhes corresponda. [Bengel.]cada um veja como com que material. [Alford.]edifica Aqui a edificao ou superestrutura levantada sobre

    Cristo, o fundamento, lanado por Paulo, (cap. 2:2) no se refere comoem Ef_2:20-21 igreja crist composta de crentes, as pedras vivas(1Pe_2:5), mas sim ao ensino doutrinal e prtica que os mestres quesucederam a Paulo, tinham agregado ao primeiro ensino dele. Isto no

    quer dizer que o que eles ensinaram fosse falso, mas sim seu ensino foium raciocnio sutil e especulativo, em lugar da slida e simples verdade.11.(Is_28:16; At_4:12. Ef_2:20.)Porque minha advertncia (cada um veja v. 10) quanto

    superestrutura, no referente ao fundamento: Porque outrofundamento ningum pode pr o que est posto (por Deus), Jesus

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 33Cristo, a Pessoa, no a mera doutrina abstrata a respeito dEle, emboraesta est includa;Jesus,Deus-Salvador: Cristo,o Messias, ou Ungido.

    ningum pode lanar outro fundamento porque o nico

    reconhecido por Deus j foi posto.12.Contudo, se o que algum, etc. , antes, Mas se etc. Afigura implicar uma edificao sobre slido fundamento, em partecomposta de materiais duradouros e preciosos, e em parte de perecveis.O ouro, prata, pedras preciosas, os quais podem suportar o fogo(Ap_21:18-19), representam os ensinos que podem resistir a ardente

    prova do juzo; madeira, feno, folhagem, representam aquelas que noa podem suportar; no a heresia positiva, visto que tal coisa destruiria ofundamento, mas sim o ensino misturado com a filosofia humana e o

    judasmo, a qual era atrativa, antes que proveitosa. Alm dos ensinos,asuperestrutura representa as pessoas que se uniram igreja pelainstrumentalidade dos mestres, a realidade de cuja converso ser posta

    prova no ltimo dia. Onde haja o mais insignificante granito de ouro daverdadeira f, nunca ser destrudo (1Pe_1:7; comp. 1Co_4:12). Poroutro lado, a palha mais leviana ser abrasada. [Bengel] (Mt_5:19).

    13. a obra de cada um A superestrutura de cada mestreefetuada sobre o fundamento.

    o Dia do Senhor (1Co_1:8; Hb_10:25; 1Ts_5:4). O artigo enftico: O Dia, isto , o grande dia dos dias; o dia por tanto tempoesperado.

    a demonstrar a por claro (1Co_4:4).est sendo revelada pelo fogo est sendo revelada. O Senhor,

    de quem o Dia (2Ts_1:7-8), revelar a obra de cada um. O tempopresente usado no grego (est sendo revelada, denota a certeza e aproximidade do evento (Ap_22:12, Ap_22:20). Em fogo (Ml_3:2-3;Ml_4:1). Ofogo(provavelmente figurativo aqui, como o so ouro, feno,etc.) no purgatrio (como o ensina Roma, que purificador e

    punitivo), mas sim probatrio, nem limitado aos que morrem empecado venial: ou seja, a suposta classe intermediria entre os que

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 34entram em cu em seguida e os que morrem em pecado mortal e vo aoinferno, mas sim universal, queprova do mesmo modo os piedosos e osmpios (2Co_5:10; veja-se Mc_9:49). Este fogo no antes do ltimo

    Dia; o suposto fogo do purgatrio comea com a morte de algum. Ofogo que menciona o apstolo Paulo para provar as obras, o fogo dopurgatrio para purificar as pessoas. O fogo de Paulo causa perda aosque sofrem; o purgatrio de Roma, grande lucro: ou seja, o cu para osque nele so expurgados. De modo que, esta passagem chamada porRoma em favor do purgatrio, est totalmente contra esta ideia. No foiesta doutrina o que deu origem s oraes pelos mortos; mas sim a

    prtica de orar pelos mortos (que se infiltrou por causa da solicitudeafetuosa mas errnea dos parentes) deu origem doutrina. [Whately.]

    14. Se permanecer a obra de algum Se tal obra aguentar ofogo probatrio (Mt_3:11-12),

    que sobre o fundamento edificou, esse receber galardo Receber o salrio de construtor, ou seja de instrutor. Seus convertidosedificaram sobre Cristo, o fundamento, graas a seu fiel ensino, e serosua coroa de alegria (2Co_1:14; Fp_2:16; 1Ts_2:19.)

    15. se a obra de algum se queimar Se a obra de alguminstrutor consiste em tais materiais que o fogo pode destruir [Alford].

    sofrer ele dano antes: Ele sofrer perda, pois no receber arecompensa especial; no que tenha que perder a salvao (a que totalmente um dom gratuito, no uma recompensa ou salrio),

    porque ele permanece ainda sobre o fundamento (v. 12; 2Jo_1:6).ser salvo, todavia, como que atravs do fogo como atravs

    do fogo (Zc_3:2; Am_4:11; Jd_1:23). Salvo, mas no sem fogo(Rm_2:27). [Bengel]. Assim como um construtor cujo edifcio, no ofundamento, consumido pelo fogo, escapa, mas com a perda de suaobra [Alford.]; e assim como o mercante nufrago que, embora tenha

    perdido sua mercadoria, salva-se, embora tenha que sofrer os rigores dasondas. [Bengel]. Ml_3:1-2; e 1Co_4:1, d a chave que explica a figura.Ao vir o Senhor repentinamente a seu templo com fogo abrasador,

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 35todas as partes do edifcio que no resistem ao fogo sero consumidas;os edificadores escaparo com a salvao pessoal, mas com a perda desua obra, por causa da conflagrao. [Alford]. Mais uma vez, fala-se da

    distino que existe entre as doutrinas de menor importncia e asfundamentais (se considerarmos que a superestrutura representa asdoutrinas acrescentadas s que so essenciais); pode-se errar quantoquelas, e ainda ser salvo, mas no se pode ser salvo se se errar quanto aestas (veja-se Fp_3:15).

    16.No sabeis vs que sois o templo(RC) No coisa nova oque lhes digo, ao dizer que sois o templo de Deus; sabeis, e deveislembrar que sois a classe mais nobre de edifcio, um templo de Deus.Todos os cristos juntos formam um vasto templo. A expresso no :sois templos, mas sim sois o templo coletivamente, e pedras vivas(1Pe_2:5) individualmente.

    e que o Esprito de Deus A imanncia de Deus e a do EspritoSanto so uma. Portanto, o Esprito Santo Deus. Nenhum temploliteral reconhecido pelo Novo Testamento na igreja crist. O nico quese reconhece o templo espiritual, todo o corpo dos adoradores crentes

    em que habita o Esprito Santo (1Co_6:19; Jo_4:23-24). A sinagoga,noo templo, foi o modelo para a casa de cultos crist. O templo foi a casade sacrifcio,em vez casa de orao. As oraes no templo, assim comoa leitura da Bblia, eram silenciosas e individuais (Lc_1:10; Lc_18:10-13), no em conjunto nem em pblico, como na sinagoga. O templo,como seu nome significa (do radical grego, habitar), era a moradaterrestrede Deus. A sinagoga,que significa assembleia, era um lugar

    de reunio. Deus tambm agora tem seu templo terrestre, no de madeirae pedra, mas sim a congregao dos crentes, as pedras vivas na casaespiritual. Todos os crentes so sacerdotes espirituais. Jesus Cristo,nosso sumo sacerdote, tem o nico sacerdcio literal (Ml_1:11;Mt_18:20; 1Pe_2:5). [Vitringa].

    17.Se algum destruir o templo de Deus, Deus o destruir(RC) Visto que o verbo grego o mesmo em cada caso: Se algum

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 36destruir Deus o destruir. Deus retribui na mesma forma por umarepreslia justa. O destruidor ser destrudo. Assim como a mortetemporal era o castigo por manchar o templo material (Lv_16:2; Dn_5:2-

    3, 30), assim a morte eterna a pena por manchar o templo espiritual: aigreja. Os destruidores aqui so distintos dos indoutos e torpesedificadores (vv. 12, 15); estes retinham firme o fundamento (v. 11), e

    portanto, embora percam sua obra de superestrutura e a recompensaespecial, contudo, eles mesmos so salvos. Os destruidores, ao contrrio,atacaram com falsos ensinos o prprio fundamento, e assim subverteramo templo mesmo, e sero, portanto, destrudos. (Veja-se nota, v. 10.)[Estius e Neander]. Cremos que Paulo passa aqui dos instrutores aosmembros da igreja, os quais, por profisso, so sacerdotes para comDeus (x_19:6; 1Pe_2:9; Ap_1:6). Assim como os sacerdotes aranicoseram condenados morte se violavam o antigo templo (x_28:43),qualquer cristo que viola a santidade do templo espiritual, perecereternamente (Hb_12:14; Hb_10:26, Hb_10:31).

    que sois vs A falta de santidade da parte de algum de vs (oucomo Estius, o corromper o fundamento com seu ensino) uma

    violao do templo, coisa que no pode passar impune. Grocio apoianossa verso.

    santo inviolvel (Hc_2:20)18.se algum ... se tem por sbio Isto , se for, ou tido por

    sbio por si mesmo e por outros.sbio neste sculo Sbio s na sabedoria mundana (1Co_1:20).faa-se estulto ao receber o evangelho em sua simplicidade no

    terrestre, devendo ser assim nscio aos olhos do mundo. [Alford]. Que jno mais se creia sbio, mas sim busque a verdadeira sabedoria da partede Deus, sujeitando seu entendimento em servido para que obedea f. [Estius].

    19. a sabedoria deste mundo loucura diante de Deus nocritrio divino.

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 37est escrito em J_5:13. O fato de citar tal passagem aqui

    estabelece a canonicidade do Livro de J.Ele apanha os sbios na prpria astcia deles Provando a

    insensatez do mundo, visto que Deus mesmo a converte no lao queapanha aqueles que se creem muito sbios.20.O Senhor conhece os pensamentos dos sbios Aqui se cita

    o Sl_94:11. L se refere s a homens; aqui o apstolo, por inspiraodivina, refere-se a homens cujos pensamentos (ou antes, raciocnios,que se acomoda melhor ao grego e ao sentido do contexto) sovaidade; ou seja, os orgulhosos (v. 2) e sbios segundo o mundo, aosquais Deus chama nscios (no v. 8), embora eles se gloriam de suasabedoria para seu proveito (v. 4).

    21.ningum se glorie nos homens Se reassume o tema do v. 4;veja-se 1Co_1:12, 31, onde se expressa o verdadeiro motivo do gloriar-se: aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. Tambm veja-se1Co_4:6: a fim de que ningum se ensoberbea a favor de um emdetrimento de outro.

    porque tudo vosso Todas as coisas nem todos os homens.

    Porque aquilo em que vos gloriais dos homens seria vos rebaixar devossa alta posio de herdeiros de todas as coisas. Todos os homens(inclusive seus mestres) pertencem a Cristo, e assim a vs, por vossaunio a Ele; Ele faz com que eles e todas as coisas cooperem para seu

    bem (Rm_8:28). Vs no sois por causa deles, mas sim eles pelo bem devs (2Co_4:5, 2Co_4:15). Eles pertencem a vs, no vs a eles.

    22.seja Paulo, seja Apolo,etc. Aqui se faz uma enumerao de

    algumas das coisas que pertencem aos corntios. Paulo pe primeiro osmestres, nos quais eles se glorificavam (1Co_1:12). Omite depois deCefas a Cristo(a quem exclusivamente alguns de Corinto (1Co_1:12)

    professavam pertencer); mas, em seu lugar, diz: e vs de Cristo (v.23).

    o mundo a vida as coisas presentes as futuras, tudo vosso No s no nos separaro do amor de Deus em Cristo

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 38(Rm_8:38-39), mas sim so para vs (Rm_8:28), e pertencem a vs,como pertencem a Cristo, vossa Cabea (Hb_1:2).

    23.e vs, de Cristo No de Paulo, nem de Apolo, nem de Cefas

    (1Co_11:3; Mt_23:8-10). Vs, porm, no sereis chamados mestres,porque um s vosso Mestre (Rm_14:8). No se trata de uma meraseo de vs, mas sim todos vs sois de Cristo (1Co_1:12).

    e Cristo, de Deus (1Co_11:3). Deus o principal objetivo detodos, at de Cristo, seu Filho, quem igual a Ele (1Co_15:28; Fp_2:6-11).

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 391 Corntios 4

    Vv. 1-21. Uma devida estimativa dos ministros: no deve antecipar

    um juzo contra eles; enquanto isso, a humilde condio do apstolo secontrasta com o orgulho dos corntios de ser membros de algum partido,no que o apstolo os queria envergonhar, mas sim admoest-los comoum pai; para o qual envia a Timteo, pensando ir tambm logo depois.

    1. importa que os homens nos considerem a mim, Paulo, e aApolo.

    como ministros de Cristo No como cabeas da igreja, dasquais tenhais que vos gloriar separadamente (1Co_1:12); a cabeadiretiva Cristo; ns somos servos dEle a vosso favor (1Co_1:13; 3:5,22).

    despenseiros mordomos (Lc_12:42; 1Pe_4:10). No osdepositrios da graa, mas sim os despenseiros da mesma a outros, medida em que Deus nos d isso. O Chazan, ou inspetor, da sinagogacorrespondia ao bispo, ou anjo da igreja, quem nomeava e dirigia asete homens da sinagoga para que lessem a lei cada sbado. O parnasin

    da sinagoga, assim como o antigo dicono da igreja, cuidava dospobres (Atos 6), e subsequentemente pregava sob a direo dospresbteros ou bispos, como Estvo e Filipe. A igreja no umadependncia do sacerdcio; mas o ministro o mordomo de Deus aservio da igreja. Os homens fogem o ter um contato direto com Deus,

    portanto, com prazer colocam um sacerdcio intermedirio e destamaneira querem servir a Deus por meio de agentes. O sacerdote pago

    (como o romano moderno) estava colocado para encobrir, em vez derevelar, os mistrios de Deus. O ofcio do ministro o de pregar (lit.,apregoar como arauto, Mt_10:27) as profundas verdades de Deus(mistrios, verdades celestiais, s conhecidas pela revelao), at ondetenham sido reveladas, e at onde seus ouvintes se disponham a receb-las. Josefo diz que a religio judaica revelava a todos os povos os

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 40mistrios de sua religio, enquanto que os pagos encobriam a todos,salvo aos poucos iniciados, os mistrios da religio dela.

    2. Ora, alm disso, etc. Os manuscritos mais antigos leem:

    Alm disso aqui (isto , na terra). O contraste, pois, acha-se entre asprticas do homem quanto mordomia (v. 2) e o conceito de Deus (v. 3).Enquanto que aqui na terra, no caso dos mordomos, revisam-se seuslivros com o fim de comprovar se foram fiis; contudo, o mordomo deDeus no espera tal juzo da parte dos homens, nos dias de suaexistncia, mas sim o juzo do Senhor em seu grande dia. Outroargumento contra as preferncias parciais dos corntios com relao acertos mestres e seus dons , que embora Deus requer em seusdespenseiros a fidelidade (1Sm_3:20; Hb_3:5); como, na verdade, serequer a mesma nos mordomos terrestres (v. 3), os mordomos de Deusdiferem destes em que no sero provados pelo juzo do homem, massim espera o juzo que se far no dia do Senhor.

    3.a mim mui pouco se me d lit., pouqussimo me importa;no que menospreze seujuzo; mas sim em comparao com o de Deus,no vale quase nada.

    ser julgado por vs ou por tribunal humano lit., de diahumano em contraste com o dia (1Co_3:13) do Senhor (v. 5; 1Ts_5:4).Todos os dias prvios ao dia do Senhor so dias do homem. Emestitraduz o verbo julgar trs vezes repetido (v. 4), desta maneira: A mim,de minha parte (embora estou certo de ser achado fiel), pouco meinteressa o ser aprovadopelo juzo do homem; nem mesmo me adoto odireito de me julgar e me aprovar a mim mesmo, antes o deixo ao

    Senhor, quem tem o direito,e opoder de julgarem meu caso.4. de nada me argui a conscincia No sou consciente deinfidelidade (ministerial) alguma. Bengel explica o vocbulo compostogrego(anakrinein): decidir em juzo sobre um em sua relao a outros,no simplesmente julgar.

    nem por isso me dou por justificado Ento a conscincia no guia infalvel. Paulo no conceituava a sua como infalvel. Este versculo

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 41 totalmente contrrio ao poder judicial que se adotam os sacerdotes deRoma no confessionrio.

    5.Portanto porquanto o Senhor o nico Juiz, e o nico que

    dita a sentena.nada julgueis Este no o mesmo verbo gregoque se usou nosvv. 3 e 4, e que significa passar, ou decidir os mritos de cada pessoa.Aqui se probe todo tipo de juzo do nosso lado que antecipesupostamente, as prerrogativas divinas do juzo final.

    at que venha o Senhor de quem somos ministros (v. 1), e hde ser o Juiz (Jo_5:22, Jo_5:27; At_10:42; At_17:31).

    manifestar os desgnios dos coraes Nossos juzos atuais(como os dos corntios com relao a seus instrutores) so imperfeitos,

    porquanto ns s vemos os atosexternos e no podemos ver o interiordos coraes. A fidelidade (v. 2) ser assim esclarecida, e oSenhor justificar, ou do contrrio (v. 4) condenar, conforme acondio do corao.

    e, ento, cada um receber o seu louvor da parte de Deus (1Co_3:8; 1Sm_26:23; Mt_25:21, Mt_25:23, Mt_25:28). Antes, Seu

    merecidolouvor, no o exagerado, com o qual os corntios exaltavam osseus mestres favoritos; o louvor (assim no grego) devido a causa dosatos que foram julgados, segundo os motivos que os impulsionaram.Ento, no antes; portanto, aguardem at ento(Tg_5:7).

    6.Estas coisas assinalando uma transio.apliquei-as figuradamente a mim, etc. Isto , usei o nome de

    Apolo e o meu ao mencionar o que na realidade cabe a todos os

    ministros, devendo ser ns como uma figuraou tipode todos os outros.Mencionei s estes dois nomes que se usaram como grito de partido; mascom eles incluo tacitamente a outros, os quais no nomeio para no osenvergonhar. [Estius].

    para que aprendais isto: no ultrapasseis A frase nosaber est omitida nos melhores manuscritos. Leia-se: Que em ns(por nosso exemplo) aprendam a no ir alm do que est escrito. Quer

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 42dizer, respeitem o silncio das Sagradas Escrituras, tanto como suasdeclaraes; assim dogmatizareis menos sobre o que no estexpressamente revelado (Dt_29:29).

    ningum se ensoberbea a favor de um em detrimento de outro O indicativo do grego insinua: No sigais vos inchando como atagora o tendes feito.

    7.quem que te faz sobressair a ti sobre outro? No tu mesmo,mas sim Deus.

    se o recebeste, por que te vanglorias, como se o no tiverasrecebido? Como se por ti mesmo o tivesses recebido, esquivandoassim teu dever de dar graas a Deus, quem foi o Doador.

    8. Ironia. Traduza-se: Estais j muito satisfeitos (de comidaespiritual), j vos enriquecestes, j estais sentados sobre tronos comoreis, e no tendes necessidade de ns. A nfase est em j, e emns; vos conduzis como se j no tivsseis que ter fome e sede de

    justia, e como se j tivsseis alcanado o reino por aquilo que oscristos devem esforar-se e padecer. Estais to presunosos com vossosmestres favoritos e com vossos pretensos conhecimentos espirituais que

    obtivestes deles, que vos sentais como aqueles que esto fartos na festa,ou como o rico que se gloria de suas riquezas; de modo que vos sentis

    poderosos para partir sem ns, vossos primeiros pais espirituais (v.15). Eles se tinham esquecido de que antes que o reino e a plenitudede alegria das bodas do Cordeiro, devem vir a cruz, o padecimento, e as

    provas, a todo verdadeiro crente (2Tm_2:5, 2Tm_2:11-12). Eram comoos satisfeitos laodicenses (Ap_3:17; comp. Os_12:8). A abundncia de

    riquezas temporais em Corinto, tendiaem alguns casos a gerar o espritode suficincia prpria; isto o comprova o contraste com a fome e sedeliterais no v. 11.

    tomara reinsseis Quer dizer, eu gostaria seriamente que fosseassim, que vosso reino tivesse, na realidade, comeado.

    para que ... ns vissemos a reinar convosco (2Co_12:14.)No vou atrs dos vossos bens, mas procuro a vs. Vossa prosperidade

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 43espiritual ser tambm a nossa, pois somos seus pais em Cristo(1Co_9:23). Quando alcanarem o reino, vs sero nossa coroa dealegria, na presena de nosso Senhor Jesus (1Ts_2:19).

    9.Porque A razo de desejar que tivesse chegado o reino delee de seus apstolos colaboradores aos corntios, era por causa dasaflies que aqueles, quer dizer os apstolos, estavam ento sofrendo.

    a mim me parece Os corntios (1Co_3:18) consideravam-sesbios neste mundo. Paulo, em contraste, pensa que Deus oscolocou, a ele e a seus companheiros, como os ltimos, ou seja, osmais humildes neste mundo. Os apstolos tiveram menos acolhida queos prprios profetas que, embora fossem s vezes afligidos, comfrequncia foram honrados (2Rs_1:10; 2Rs_5:9; 2Rs_8:9, 2Rs_8:12).

    Deus nos ps Nos ps como espetculo.a ns, os apstolos Paulo inclui a Apolo entre os apstolos, no

    sentido mais amplo da palavra, assim como em Rm_16:7; 2Co_8:23(grego,mensageiros).

    como se fssemos condenados morte qual criminososcondenados a morrer.

    nos tornamos espetculo lit., um espetculo teatral. Assimcomo se interpreta o grego em Hb_10:33 fostes feitos espetculotanto por vituprios como por tribulaes. Os criminosos condenados morte, no tempo de Paulo, eram exibidos como um espetculo cmico,

    para fazer rir o povo do anfiteatro. Eram mostrados por ltimo noteatro, para pelejar com as feras. Assim se explica a figura que usa aqui oapstolo. (veja-se Tertuliano, On Modesty, 14)

    ao mundo Quer dizer, a todo mundo, incluindo anjos ehomens; toda a famlia no cu e na terra (Ef_3:15). Assim como Jesusfoi visto dos anjos (1Tm_3:16), assim tambm Seus seguidores soespetculo perante os santos anjos, os quais tomam profundo interesseem todos os passos progressivos da redeno (Ef_3:10); 1Pe_1:12). Oapstolo Paulo infere que os servos de Cristo, embora sejam osltimos e mais baixos segundo o juzo do mundo, so conceituados

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 44como dignos da maior considerao pelos anjos. [Crisstomo].Entretanto, porquanto o mundo um termo muito amplo, e se aplicanesta Epstola ao mal em especial (1Pe_1:27-28), e porquanto os

    espectadores (na figura do anfiteatro) contemplam a exibio comhilaridade selvagem, em lugar de com simpatia pelos atormentados,penso que se incluem os anjos maus, alm dos bons.Estius faz limitar osentido da palavra aos anjos maus somente. Mas devido generalidadedo termo anjos, e o frequente uso dele no sentido bom, assim comoEf_3:10; 1Pe_1:12, inclino-me a pensar que se refere aos anjos bonsassim como os maus; no obstante, pelas razes acima indicadas, podeser que se refira anjos maus principalmente.

    10.Ironia. Quanto mais tem que ser invejada sua sorte (se for real),e tem que ser compadecida a nossa!

    somos loucos (1Co_1:21; 3:18; comp. At_17:18; At_26:24.)por causa de Cristo, e vs, sbios em Cristo Nossa relao

    com Cristo s nos lega a maior ignomnia, por causa de Cristo, comose fssemos nscios; a vossa vos d plena participao com Ele, comose fsseis sbios (isto , na hiptese de que sejam realmente tudo o que

    parecem ser, 1Co_3:18).ns, fracos, e vs, fortes (1Co_2:3; 2Co_13:9.)ns, desprezveis Quer dizer, infames, o oposto de nobres

    (2Co_10:10), por causa de nossa fraqueza e nossa falta de filosofia eretrica mundanas, as quais (ao que parece) fazem to honorveis avs e a vossos mestres.

    11.(2Co_11:23-27).

    estamosnus(RC)Isto ,insuficientementeabrigados(Rm_8:35).somos esbofeteados Esbofeteados, como escravos (1Pe_2:20); ocontrrio da condio dos corntios, que reinavam como reis(At_23:2). Assim tambm o Senhor de Paulo foi esbofeteado qual vilescravo, pouco antes de sofrer a morte de um escravo (Mt_26:67).

    12.trabalhando com as nossas prprias mos Quer dizer, at presente hora (v. 11). Isto no est dito na relao dos atos de Paulo

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 45em feso, cidade para onde redigiu esta Epstola (embora esteja dito deleexpressamente quando estava em Corinto, comp. At_18:3, etc., e 19).Mas em seu discurso aos ancios efsios em Mileto (At_20:34), diz:

    Vs sabeis que para o necessrio estas mos me serviram. O nopremeditado desta coincidncia assim indiretamente exposta incompatvel com a falsificao.

    13. quando caluniados, procuramos conciliao a Deus afavor dos que blasfemam contra ns (Mt_5:10, Mt_5:44). [Grocio].Replicamos com suavidade [Estius].

    lixo o lixo [Conybeare e Howson].temos chegado a ser considerados escria de todos Antes,

    de todas as coisas, no somente do mundo.14.para vos admoestar como um pai a seus filhos queridos,

    no os provocando ira (Ef_6:4). Os corntios bem que seenvergonharam da disparidade de condio entre o pai, o apstolo, eeles mesmos, seus filhos espirituais.

    15.ainda que tivsseis milhares de preceptores O que denotaque os corntios tinham mais que o desejvel. Chamavam tutores ou

    preceptores os que cuidavam da criao mas no tinham os direitos nemo afeto peculiar do pai, quem s os tinha gerado espiritualmente.

    em Cristo,etc. O apstolo admite que estes tutores no erammeros legalistas, mas sim instrutores evanglicos.Mas em seguida, usauma frase mais forte a respeito de si mesmo quando diz que ele os gerouespiritualmente em Cristo Jesus, o que infere tanto o ofcio como aPessoa do Salvador. Assim como Paulo foi o meio da regenerao

    espiritual deles, e contudo, no batizou a nenhum deles, salvo a Crispo,Gaio, e a famlia do Estfanas, a regenerao no pode estar unida aobatismo nem verificar-sepelo batismo (1Co_1:14-17).

    16. Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores Sede meus imitadores, quer dizer, em meus caminhos, que so emCristo (v. 17; 11:1), no em minhas cruzes (vv. 8-13; At_26:29;Gl_4:12).

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 4617.Por esta causa A fim de que sejam melhores imitadores

    de mim (v. 16) por meio das admoestaes.vos mandei Timteo (1Co_16:10; At_19:21-22). Paulo

    resolveu, no seu esprito, ir a Jerusalm, passando pela Macednia eAcaia Tendo enviado ... Timteo e Erasto. Aqui no se dizexpressamente que enviasse a Timteo para Acaia (da qual Corinto eracapital), mas est implcito, porquanto o enviou com o Erasto diante desi. Como o prprio apstolo pensava seguir at Acaia, h toda

    probabilidade de que eles tivessem que seguir seu caminho at ltambm. Diz-se somente que foram enviados a Macednia, porque esteera o pas aonde foram depois de sair de feso. A impremeditao destesfatos estabelece a autenticidade da epstola e da histria. Nas duasnarraes a viagem de Timteo est intimamente relacionado com o dePaulo (comp. v. 19). Erasto no est especificado na epstola,

    provavelmente porque Timteo estava encarregado de levar a efeito asordens de Paulo, e possivelmente Erasto era um corntio que voltava parasua casa na companhia de Timteo. A aparente discrepncia ao menosdemonstra que uma passagem no foi copiada da outra. [Paley, Horae

    Paulinae].meu filho Isto , meu convertido (comp. vv. 14, 15; At_14:6-7;

    com 1Co_16:1, 2; 1Tm_1:2, 1Tm_1:18; 2Tm_1:2).o qual vos lembrar O grego: vos lembrar. Timteo, por sua

    relao espiritual com Paulo ao ter sido convertido por ele, estava maiscapacitado para lembr-los do caminho e os ensinos do apstolo(2Tm_3:10), dos quais eles, em certos respeitos embora no em todos,

    esqueceram-se (1Co_11:2).como, por toda parte, ensino em cada igreja Este argumentoindica que o mesmo ensino que repartia Paulo em todas partes,inspirado pelo Esprito, era o que foi repartido em Corinto tambm(1Co_7:17).

    18.Alguns como se eu no tivesse de ir Paulo busca evitar am interpretao da parte de alguns; interpretao (que o Esprito o fazia

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 47prever que fariam ao chegar a carta) de que o enviar a Timteosignificava que ele nunca iria l. Um esprito vaidosoera o pecado querodeava os corntios (comp. 1Co_1:11; 5:2).

    19.mas ... irei visitar-vos No obstante irei (enftico), fortenegao da hiptese deles (v. 18). [Alford.]em breve Depois de Pentecostes (1Co_16:8).se o Senhor quiser Prudente e previsvel condio (Tg_4:15).

    Parece que no tinha podido ir logo que queria.conhecerei Terei conhecimento, averiguarei.20. no em palavra, mas em poder No me importa a fala

    altissonante deles, mas sim quero conhecer sua virtude, saber se narealidade so poderosos no Esprito. O rasgo predominante do cartergrego, era o amor pelo poder oratrio, antes que pelo poder da piedademesma em Corinto.

    o reino de Deus no consiste em palavras na fala, ou nalinguagem; nem nos discursos vazios, mas sim o manifesto poder doEsprito testemunha a presena do reino de Deus (o reino espiritual doevangelho), numa igreja ou num indivduo (comp. 1Co_2:1, 4; 1Ts_1:5).

    21.Irei a vs outros com vara ou com amor ? com vara oucom amor; a mesma preposio grega usa-se em cada caso; devo chegarem esprito de desagrado para usar a vara, ou com amor e com umesprito de mansido (Is_11:4; 2Co_13:3)?

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    1 Corntios (Jamieson-Fausset-Brown) 481 Corntios 5

    Vv. 1-13.A pessoa incestuosa de Corinto exposta; os corntios so

    reprovados por sua conivncia, e admoestados para que limpem a mlevedura. Explicao da ordem anterior quanto ao contato com ospecadores do mundo.

    1.Geralmente Com efeito [Alford]; positivamente [Bengel].se ouve Isto denota que os corntios, embora escreveram

    (1Co_7:1) a Paulo sobre outros pontos, calaram aquelas coisas que lheseram contrrias, as quais chegaram aos ouvidos do apstoloindiretamente (1Co_1:11).

    que h entre vs imoralidade como nem mesmo entre osgentios Os manuscritos mais antigos omitem as palavras se nomeia:H entre vs fornicao grosseira tal qual nem ocorre entre os pagos;tanto que algum (de vs) tenha (em concubinato) a mulher de seu pai,ou seja, sua madrasta, enquanto que seu pai ainda vivia (2Co_7:12;comp. Lv_18:8). Ela era talvez pag, razo pela qual no se dirige contraela a recriminao (veja-se vv. 12, 13). Alford pensa que a expresso

    tenha, significa o t-la em casamento: mas a esta re