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1 Transformados pelo poder do reino de Cristo Estamos iniciando mais um ano. Deus tem sido fiel para conosco, dando-nos vida e saúde para prosseguirmos. A ênfase deste ano da CBB é: “A igreja é agência do reino de Cristo”, tendo como tema: “Transformados pelo poder do reino de Cristo” e a divisa em 1Coríntios 4.20: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder”. O texto é muito claro: para Deus o que importa não é o que fala- mos, mas as nossas atitudes em direção à santificação. Os nossos atos de amor, paz e compreensão falarão por nós. Deus nos ensina com isso que não é necessário ser sábio, nem ser forte e capaz para anunciar a Palavra dele. Precisamos apenas crer que ela é poderosa para fazer o que apraz a Deus. Isto nos traz um alento muito precioso e uma ousadia para anunciarmos o evangelho. O nosso entrevistado deste trimestre é o Prof. Jaziel Guerreiro Mar- tins, Diretor da FABAPAR – Faculdade Batista do Paraná – que nos res- ponde algumas perguntas sobre o trabalho que vem realizando à frente desta Instituição de ensino superior de Teologia mais tradicional do Es- tado do Paraná. No artigo “A arte de ensinar adultos”, a Profa. Eliene Pereira da Silva Dias diz que ensinar deve ser encarado como uma tarefa de comparti- lhamento dos saberes. O Pr. Reginaldo Pereira de Moraes, em seu artigo “A trapaça de Jacó, sob o prisma de um contexto maior, diz que existem situações que fo- ram aparentemente determinadas por Deus, com ou sem possibilidade de explicação. No artigo “Nessa igreja ainda tem EBD?!, a Prof a Laudicéa Cordeiro de Pina diz que os pais têm procurado igrejas que ainda prezam pelo ensino sistemático da Escola Bíblia Dominical mas que, a cada ano, tem sido mais raro nas igrejas batistas. No artigo “O mundo que Deus amou desde que a terra foi criada, o Pr. Joaquim de Paula Rosa afirma que é o “mundo” que nós, os cristãos, devemos amar e evangelizar. Nos demais artigos, refletiremos sobre a Bíblia, a Palavra de Deus, além das Sugestões de Livros, do Educador em Destaque, Vale a pena LER de novo e de muitas novidades e informações que, por certo, serão bênçãos para todos nós, leitores. EDUCADOR ISSN 1984-8668 Ano XXIV – Nº 92 EDUCADOR é uma revista destinada a educadores religiosos, professores de EBD, estudantes e líderes em geral Copyright @ Convicção Editora Todos os direitos reservados Proibida a reprodução deste texto total ou parcial por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, fotográficos, gravação, estocagem em banco de dados etc.) a não ser em breves citações, com explícita informação da fonte Publicado com autorização por Convicção Editora CNPJ (MF): 08.714.454/0001-36 Endereços Telegráfico – BATISTAS Caixa Postal: 13333 Rio de Janeiro, RJ – CEP: 20270-972 E-mail: [email protected] Editor Sócrates Oliveira de Souza Coordenadora Editorial Solange Cardoso de Abreu d´Almeida (RP/16897) Redatora Jane Esther Monteiro de Souza de Paula Rosa Conselho Consultivo Rosane Andrade Torquato – PR Madalena de Oliveira Molochenco – SP Pedro Jorge de Souza Faria – RJ Ivone Boechat de Oliveira – RJ Produção Editorial Oliverartelucas Produção e Distribuição Convicção Editora Tel.: (21) 2157-5567 Rua José Higino, 416 – Prédio 16 – Sala 2 1º Andar – Tijuca – Rio de Janeiro, RJ CEP 20510-412 [email protected] Colaboradores desta edição Berenice Bezerra Ferreira – RJ Cilene Costa Alcântara – RS Eliene Pereira da Silva Dias – DF Irênio Silveira Chaves – RJ Jaziel Guerreiro Martins – PR Joaquim de Paula Rosa – RJ Laudicéa Cordeiro de Pina – MS Márcia Fernandes Kopanyshyn – RJ Reginaldo Pereira de Moraes – PR Editorial

Transformados pelo poder do reino de Cristo - CBB · divisa em 1Coríntios 4.20: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder”. O texto é muito claro: para

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Transformados pelo poder do reino de Cristo

Estamos iniciando mais um ano. Deus tem sido fiel para conosco, dando-nos vida e saúde para prosseguirmos.

A ênfase deste ano da CBB é: “A igreja é agência do reino de Cristo”, tendo como tema: “Transformados pelo poder do reino de Cristo” e a divisa em 1Coríntios 4.20: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder”.

O texto é muito claro: para Deus o que importa não é o que fala-mos, mas as nossas atitudes em direção à santificação. Os nossos atos de amor, paz e compreensão falarão por nós.

Deus nos ensina com isso que não é necessário ser sábio, nem ser forte e capaz para anunciar a Palavra dele. Precisamos apenas crer que ela é poderosa para fazer o que apraz a Deus. Isto nos traz um alento muito precioso e uma ousadia para anunciarmos o evangelho.

O nosso entrevistado deste trimestre é o Prof. Jaziel Guerreiro Mar-tins, Diretor da FABAPAR – Faculdade Batista do Paraná – que nos res-ponde algumas perguntas sobre o trabalho que vem realizando à frente desta Instituição de ensino superior de Teologia mais tradicional do Es-tado do Paraná.

No artigo “A arte de ensinar adultos”, a Profa. Eliene Pereira da Silva Dias diz que ensinar deve ser encarado como uma tarefa de comparti-lhamento dos saberes.

O Pr. Reginaldo Pereira de Moraes, em seu artigo “A trapaça de Jacó, sob o prisma de um contexto maior, diz que existem situações que fo-ram aparentemente determinadas por Deus, com ou sem possibilidade de explicação.

No artigo “Nessa igreja ainda tem EBD?!, a Profa Laudicéa Cordeiro de Pina diz que os pais têm procurado igrejas que ainda prezam pelo ensino sistemático da Escola Bíblia Dominical mas que, a cada ano, tem sido mais raro nas igrejas batistas.

No artigo “O mundo que Deus amou desde que a terra foi criada, o Pr. Joaquim de Paula Rosa afirma que é o “mundo” que nós, os cristãos, devemos amar e evangelizar.

Nos demais artigos, refletiremos sobre a Bíblia, a Palavra de Deus, além das Sugestões de Livros, do Educador em Destaque, Vale a pena LER de novo e de muitas novidades e informações que, por certo, serão bênçãos para todos nós, leitores.

EDUCADOR

ISSN 1984-8668Ano XXIV – Nº 92

EDUCADOR é uma revista destinada a educadores religiosos, professores de EBD,

estudantes e líderes em geral

Copyright @ Convicção Editora Todos os direitos reservados

Proibida a reprodução deste texto total ou parcial por quaisquer meios (mecânicos,

eletrônicos, fotográficos, gravação, estocagem em banco de dados etc.) a não ser

em breves citações, com explícita informação da fonte

Publicado com autorizaçãopor Convicção Editora

CNPJ (MF): 08.714.454/0001-36

EndereçosTelegráfico – BATISTAS

Caixa Postal: 13333Rio de Janeiro, RJ – CEP: 20270-972

E-mail: [email protected]

EditorSócrates Oliveira de Souza

Coordenadora EditorialSolange Cardoso de Abreu d´Almeida

(RP/16897)

RedatoraJane Esther Monteiro de Souza

de Paula Rosa

Conselho ConsultivoRosane Andrade Torquato – PR

Madalena de Oliveira Molochenco – SPPedro Jorge de Souza Faria – RJIvone Boechat de Oliveira – RJ

Produção EditorialOliverartelucas

Produção e DistribuiçãoConvicção Editora

Tel.: (21) 2157-5567Rua José Higino, 416 – Prédio 16 – Sala 2

1º Andar – Tijuca – Rio de Janeiro, RJCEP 20510-412

[email protected]

Colaboradores desta ediçãoBerenice Bezerra Ferreira – RJCilene Costa Alcântara – RS

Eliene Pereira da Silva Dias – DFIrênio Silveira Chaves – RJ

Jaziel Guerreiro Martins – PRJoaquim de Paula Rosa – RJ

Laudicéa Cordeiro de Pina – MSMárcia Fernandes Kopanyshyn – RJReginaldo Pereira de Moraes – PR

Editorial

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ÍNDICE

Educação Teológica

Educação Geral

Educação Cristã

1 Expediente e EditorialTransformados pelo poder do reino de CristoJane Esther Monteiro de Souza de Paula Rosa, RJ

2 Índice

3 EntrevistaFaculdade Batista do Paraná Há 74 anos investindo no conhecimento que transformaJaziel Guerreiro Martins, PR

9 ResenhaMemórias de uma filha de pastor Berenice Bezerra Ferreira, RJ

10 Educação GeralBURNOUT: por que os professores sofrem?Cilene Costa Alcântara, RS

16 Educação TeológicaA trapaça de Jacó sob o prisma de um contexto maiorReginaldo Pereira de Moraes, PR

20 Educação CristãA arte de ensinar adultosEliene Pereira da Silva Dias, DF

23 Educação CristãNessa igreja ainda tem EBD?Laudicéa Cordeiro de Pina, MS

26 Da Mesa da RedaçãoEspaço do Leitor

27 Educador em DestaqueMárcia Fernandes Kopanyshyn, RJ

28 Para PensarO “mundo” que Deus amou desde que a terra foi criada. O “mundo” que nós, cristãos, devemos amar e evangelizarJoaquim de Paula Rosa, RJ

29 Vale a pena LER de novoA visão educacional que se requer de um pastorIsaltino Gomes Coelho Filho, PA (in memoriam)

31 Sugestão de Livros1. Andragogia em ação – Autora: Zezina Soares Bellan 2. O problema do mal no Antigo Testamento – Autor: Luiz Alberto Teixeira Sayão3. Fruto do Espírito – Autor: Isaltino Gomes Coelho Filho

32 Última PalavraQuem precisa de igreja?Irênio Silveira Chaves, RJ Última Palavra

Vale a pena LER de novo

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Entrevista

Há 74 anos investindo no conhecimento que transforma

A Faculdade Batista do Pa-raná é a Instituição de ensino superior de Teo-logia mais tradicional do

estado, credenciada e reconhecida pe-lo MEC, mantida pelo Conselho Edu-cacional da Convenção Batista Para-naense e integrada ao Sistema Federal de Ensino. Tem por objetivo preparar pessoas capazes de propor respostas relevantes para as necessidades inte-lectuais, sociais, políticas, emocionais e religiosas da sociedade contempo-rânea, ser um centro acadêmico de referência nacional na área de ciên-

cias humanas. É sobre esta trajetória que estaremos falando nesta entrevis-ta com o Prof. Jaziel Guerreiro Martins que dirige a FABAPAR desde 2007.

Revista Educador: Quem é Jaziel Guerreiro Martins? (Igreja, família, es-posa, filhos, outros.)

Prof. Jaziel: Sou membro da Pri-meira Igreja Batista de Curitiba, bati-zado no interior do Paraná em 1975, quando ainda pré-adolescente. Estu-dei Teologia no Seminário Teológico Batista do Paraná, hoje, Faculdade Batista do Paraná (FABAPAR). Na dé-

cada de 90, recebi uma bolsa de es-tudos da Sociedade Missionária Ba-tista e cursei o Mestrado em Teologia na Universidade de Birmingham, naInglaterra. Já neste milênio fiz o dou-torado na Universidade Metodis-ta de São Paulo. Tenho exercido o magistério teológico há 28 anos em várias disciplinas na graduação, es-pecialmente na área histórico-siste-mática e Novo Testamento. No Mes-trado da FABAPAR, leciono na linha de pesquisa “Cuidado e Organização Pastoral”. Sou casado com Cleise Lo-queta Martins e tenho quatro filhas: Hadassa, Alana, Heyleen e Helyene.

Faculdade Batista do Paraná

Vista parcial do prédio

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Revista Educador: Como foi que surgiu o convite para o irmão assumir a direção da FABAPAR e quantos tem-po o irmão está nesta função?

Prof. Jaziel: Desde o ano de 1999 vinha servindo a Deus como vice-di-retor e coordenador acadêmico da FABAPAR. Em abril, com a saída do Diretor-Geral, Pastor Edson Martins, assumi a função de diretor interino, conforme o Estatuto, o Regimento Interno e aprovação do Conselho Educacional da IES. O Conselho teve algumas reuniões para decidir sobre o assunto e decidiu efetivar-me como Diretor Geral com a posse ocorrendo em 5 de novembro de 2007.

Revista Educador: A FABAPAR – Faculdade Batista do Paraná – tem um legado, uma história de mais de 74 anos. Fale um pouco sobre os pri-mórdios da Faculdade.

Prof. Jaziel: A peça-chave que Deus usou para começar a obra teo-lógica no Paraná foi o missionário A. B. Deter, servo do Senhor que pos-suía um grande amor pela educação em geral. Foi o fundador de várias es-colas anexas aos templos das igrejas, pois cria na obra educacional como fator propulsor da evangelização. Em 1923, ele abriu a “Escola de Obrei-ros” nas dependências do Colégio Batista de Curitiba, oferecendo vá-rias disciplinas práticas em poucos dias. Infelizmente, logo o Colégio fe-chou suas portas.

A. B. Deter, porém, almejava algo maior, uma escola que preparasse bem os vocacionados paranaenses e em 1936 ele diz: “Começamos a campanha em prol da futura Escola de Treinamento de Obreiros para o nosso campo, e não descansaremos até vermos esse ideal alcançado.1

O ideal se concretizou no dia 12 de outubro de 1940, com a criação da Escola Batista de Treinamento, em Curitiba, com apenas quatro alunos: José Martins Rodrigues, ve-terano pastor que atuou na cidade de Paranaguá até o ano passado, quando veio a falecer; Tito Ribeiro, Edson Aguiar e Alfredo Auras (todos já falecidos no milênio passado). Os professores eram A. B. Deter (que di-rigiu a Escola por alguns meses), A. Ben Oliver, Carlos Stroberg e João Emílio Henke. A Escola funcionou inicialmente na residência do missio-nário norte-americano A. Ben Oliver, que foi o seu diretor de 1941 a 1951. Logo depois inauguraram o primeiro prédio, com frente para a Avenida Silva Jardim, que é a entrada para o Seminário até hoje.

Revista Educador: A FABAPAR passou por várias fases. Quais os des-taques de cada uma das gestões ad-ministrativas?

Prof. Jaziel: Além da fase visioná-ria e fantástica do início desta grande obra, tivemos várias fases em seu de-senvolvimento:

a) Fase da consolidação, de 1951 a 1958. Por alguns anos somente eram aceitos alunos internos. Em 1954 é que a instituição começou a receber alu-nos externos. O ano de 1958 foi mar-cado por duas decisões importantes para a instituição:

1) As aulas passaram para o período noturno, favorecendo principalmente os alunos externos que trabalhavam durante o dia; com esta decisão, houve um considerável acréscimo de alunos;

1. ASSUMPÇÃO, Xavier. Pequena Histó-ria dos Batistas no Paraná, p. 190.

2) A mudança do nome da insti-tuição de Escola Batista de Treinamen-to para Instituto Bíblico Batista A. B. Deter, em homenagem ao seu ideali-zador.

Digno de nota é que o curso ofe-recido era considerado como um curso preparatório, pois muitos dos formandos ao terminarem seus estu-dos teológicos dirigiam-se ao Seminá-rio Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, para cursarem o Bacharel em Teologia. Durante o pe-ríodo aludido, a instituição foi dirigida pelos seguintes pastores: Albert Lu-per (1952); Lester C. Bell (1953-1954) e Rodney B. Wolfard (1955 A 1958). Todos eles eram missionários da Junta de Missões Estrangeiras, dos batistas do Sul dos EUA, popularmente co-nhecida como Junta de Richmond. A maior parte dos recursos para a ma-nutenção do Instituto vinha da referi-da Junta, situação que perdurou por um longo tempo.

b) Fase da expansão patrimo-nial, de 1959 a 1979. Sob a direção do missionário Richard T. Pamplin o Instituto Bíblico Batista experimen-tou um notável crescimento patri-monial, com a construção da maioria

dos prédios existentes até hoje. Um dado importante para se entender a influência dos americanos na condu-ção da obra teológica no Paraná é o fato da Missão Batista do Sul (Jun-ta de Richmond) de 1958 até 1975 indicar a metade dos membros da Junta Administrativa da instituição.

Sentindo a necessidade de pre-parar as moças para o ministério, em 1959 foi iniciado o curso de Educa-ção Religiosa, com as aulas sendo ministradas à tarde. No ano seguinte passou para a noite, aumentando a procura, o que obrigou o Instituto a alugar uma residência para alojar as

O EnsinO a distância nãO é a mOdalidadE dO futurO; é a mOdalidadE dO prEsEntE

Prof. Jaziel Guerreiro Martins

Prof. Jaziel Guerreiro Martins

Livros do Prof. Jaziel Guerreiro Martins

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alunas vindas do interior do Paraná e de outras partes do Brasil. Somente em 1964 é que seria construído um alojamento feminino na propriedade do Instituto. Em 1968 começou o curso de Música Sacra.

Seguindo o curso natural das insti-tuições, em janeiro de 1974 foi cria-do o Seminário Teológico Batista do Paraná, pela Convenção Batista Paranaense. Em 1979, o missionário Richard Thomaz Pamplin pede de-missão da direção do Seminário em carta enviada à Junta de Educação Teológica. Analisando-se a histó-ria da instituição, conclui-se que o Dr. Pamplin é a figura que mais se destaca, não só pelo longo período à frente da instituição, como pelas realizações feitas.

c) Fase de tempos difíceis: 1979 a 1986: Com a saída do Dr. Pam-plin, um passo ousado é dado: em 1980 a Junta de Educação Teológica convida um brasileiro para assumir a direção da instituição, o Pr. Samuel Mitt. No período em que ele dirigiu o Seminário, enfrentou uma grave crise financeira devido ao corte na ajuda financeira que vinha dos ba-tistas norte-americanos. Na época, o Seminário não possuía residência própria para o diretor.

O Pr. Samuel Mitt pede demissão no início de 1983. Vendo que não havia condições de sustentar um di-retor brasileiro, a Junta de Educação Teológica resolve convidar o missio-nário inglês David Grainger, que as-sume em março de 1983, iniciando uma parceria com a Baptist Missio-nary Society (BMS) que ajudaria mui-

to o Seminário na área docente, for-necendo professores-missionários e concedendo bolsas de estudos para professores brasileiros estudarem na Grã-Bretanha: Moisés Amorim, José de Godoy Filho, Lauro Mandira, Ma-noel Xavier dos Santos Filho, Flávio Strini dos Santos e Jaziel Guerreiro Martins.

Além da área docente, a BMS aju-dou financeiramente na manutenção do Seminário por meio de uma ver-ba mensal durante um bom tempo. Ajudou na aquisição de livros para a biblioteca e outros equipamentos.

Nesse período de administração, foi concluída a atual biblioteca, que leva o nome do pastor Xavier As-sumpção, cuja construção contou com uma oferta norte-americana, com uma oferta expressiva da Osvald Chambers Publications Association, da Inglaterra e com as ofertas dos batistas paranaenses. David Grainger deixa a reitoria do Seminário no iní-cio de 1986, retornando à Inglaterra.

d) Fase de estabilidade: 1986 a 1998: A Junta de Educação Teológi-ca da Convenção Batista Paranaense convida o pastor Zacarias de Aguiar Severa para ser o Reitor da institui-ção, inicialmente em meio expedien-te, pela difícil condição financeira existente. Nesse período, o Seminá-rio alcança grandes vitórias:

t Vê cada vez mais firmado o con-ceito de qualidade dos cursos ofere-cidos;

t Tem o seu curso teológico reco-nhecido pela Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teoló-gico (ABIBET);

t Equilibra suas contas, conseguindo sobreviver sem ajuda externa, contan-do com um percentual vindo do Pla-no Cooperativo da Convenção Ba-tista Paranaense e das mensalidades pagas pelos alunos;

t Passa a remunerar melhor seus funcionários e professores;

t Concedeu bolsas de estudos para os professores Lauro Mandira, Anto-

nio Renato Gusso e o próprio reitor, Zacarias de Aguiar Severa cursarem o mestrado, elevando o nível acadê-mico da instituição;

t Viu crescer o número de alunos matriculados e o aproveitamento dos formandos na direção das igrejas, prin-cipalmente no campo paranaense;

t A abertura do Curso de Pós-Gra-duação.

O pastor Zacarias de Aguiar Se-vera deixa a reitoria em setembro de 1998, tendo feito um excelente tra-balho.

e) Fase de oficialização do MEC e de crescimento: de 1999 até o presente. Em fevereiro de 1999 as-sume o pastor Edson Martins, com o desafio de manter o crescimento qualitativo e quantitativo da institui-ção. Com a aprovação do Ministé-rio da Educação e do Desporto, em julho de 1999, da lei que reconhe-ce os cursos de Teologia, uma nova perspectiva se abriu ao Seminário, que providenciou a documentação exigida para a autorização e poste-rior reconhecimento do seu curso de Bacharel em Teologia.

No dia 9 de julho 2000, por oca-sião da 80ª Assembleia da Conven-ção Batista Paranaense foi criada a Faculdade Teológica Batista do Pa-

Há igrEjas quE nãO Ouviram um sErmãO vOcaciOnal nEstE milêniO

Vistas parciais do Auditório 1

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raná. A Faculdade Teológica Batista do Paraná foi credenciada pelo MEC em 2002, com o curso de Teologia autorizado na mesma data. Nesse período, houve bom crescimento no número de alunos, aperfeiçoamento do corpo docente que hoje possui uma grande maioria de doutores e mestres, uma considerável aquisição de livros para a biblioteca, rampa pa-ra deficientes e importantes reformas nos prédios em geral. Em 2007 toma posse o Dr. Jaziel Guerreiro Martins.

Durante esse período (1999-2015), houve o surgimento de vários outros cursos e um grande crescimento do número de alunos. Com a oficializa-ção do MEC, cresce cada vez mais a qualidade dos cursos oferecidos. Há um plano de carreira para os fun-cionários e para os professores, bem como bolsas de estudos para os pro-

fessores fazerem mestrado e doutora-do, o que vem elevando ainda mais o nível acadêmico da instituição.

Em 2010, a Faculdade é creden-ciada para o Ensino a distância (EAD) e o curso de Teologia a distância é autorizado pelo MEC. Com isso, ocorre um aumento extremamente considerável no número de alunos. Há a abertura de vários cursos de pós-graduação Lato Sensu na mo-dalidade a Distância. Vários cursos de extensão a distância tem sido abertos. Em 2013 a CAPES oficiali-zou a abertura do nosso Mestrado em Teologia Profissional, com 36 va-gas anuais. Todas as vagas têm sido preenchidas desde então. Em 2014, no intuito de abrir novos cursos na área de Humanas, o nome da IES foi mudado para Faculdades Batista do Paraná (FABAPAR).

Revista Educador: Estamos na era da tecnologia e ao mesmo tempo vemos uma Faculdade com mais de 70 anos de tradição, de história. Como a Faculdade está lidando com esta nova realidade, com esta transição tecnológica?

Prof. Jaziel: A FABAPAR tem es-tado de olhos bem atentos às mu-danças operacionalizadas em nosso tempo e tem sido vanguarda em es-tabelecer metas, cursos e formação de acordo com as exigências tecno-lógicas do presente. Prova disso é a ênfase em cursos na modalidade a distância (todos on-line).

Revista Educador: Fale um pouco sobre o EaD? (Ensino a Distância)?

Prof. Jaziel: O Ensino a distância não é a modalidade do futuro; é a mo-dalidade do presente e quem conti-nuar indo na contramão dessa realida-de terá cada vez menos oportunidade de obter o aporte financeiro para sua sobrevivência. Não apenas isto, mas a cada nova geração, as pessoas apren-deram a aprender por meio das novas tecnologias. Destarte, o EAD vive o seu grande momento na história edu-cacional do Brasil e do mundo.

Revista Educador: Quais são os cursos que a FABAPAR está disponibi-lizando atualmente?

Dr. Jaziel: Disponibilizamos os seguintes cursos:

a) Cursos de extensão totalmente on-line nas mais diversas áreas práti-cas para servir às igrejas e as pessoas interessadas em servir a Deus como evangelistas, professores da EBD, lí-deres de células, missões e afins; e, cursos de extensão totalmente on-li-ne na área bíblica e teologia básica;

b) Curso de bacharelado em Teo-logia presencial oficializado pelo MEC;

c) Curso de bacharelado em Teo-logia a Distância (totalmente on- line) oficializado pelo MEC;

d) Seis cursos de Pós-graduação Lato Sensu (especializações) totalmen-te on-line, oficializados pelo MEC;

Aluno com Livro do Prof. Jaziel

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e) Dois cursos de Pós-graduação Lato Sensu presencial, oficializados pelo MEC;

f) Mestrado em Teologia, com duas linhas de pesquisa: (1) Leitura, Inter-pretação e Ensino da Bíblia; (2) Cui-dado e Organização Pastoral.

Revista Educador: Como está a

filosofia da Faculdade com relação às parcerias?

Dr. Jaziel: São várias parcerias:. Com outros seminários batistas

para oferecimentos de Pós-gradua-ções a Distância (on-line) com três ou quatro imersões presenciais nos seminários conveniados;

. Abertura de polos do curso de Bacharelado em Teologia a distância com os seminários interessados e dos demais cursos que viermos a ter em nível de graduação.

Revista Educador: Qual é a sua visão para o futuro do FABAPAR?

Prof. Jaziel: Tornar-se o CENTRO UNIVERSITÁRIO BATISTA DO PARANÁ.

Revista Educador: Nestes últimos 30 anos tivemos várias líderes que fo-ram e têm sido expoentes em nossa denominação formadas pela FABAPAR. Alguns já se foram e outros ainda estão militando. Como o irmão tem visto este legado na história dos batistas do Brasil?

Prof. Jaziel: Creio que cada Semi-nário tem formado expoentes em nos-sa denominação. Também creio que, da mesma forma, é importante a for-

mação de vários pastores, pastoras, missionários, missionárias e líderes que têm servido a Deus de acordo com a missão que recebeu do Se-nhor, embora não tenham sido ex-poentes como outros. No caso da FABAPAR, nossa maior preocupação é deixar um legado para os batistas brasileiros no que tange à formação acadêmica adequada para ensinar em nossos seminários e faculdades teológicas. Há uma forte preocupa-ção com uma teologia de viés batista em todos os cursos, com base nas Sagradas Escrituras como regra de fé e prática, e um forte embasamento nas doutrinas e práticas batistas. Não somos fundamentalistas, mas mante-mos uma visão batista conservadora na formação dos líderes para as igre-jas e para o magistério teológico.

Revista Educador: Para finalizar nossa entrevista, gostaria que o irmão deixasse uma mensagem para os líde-res batistas do Brasil.

Prof. Jaziel: Dou graças a Deus pela fabulosa visão missionária dos batistas brasileiros durante nossa his-tória e especialmente pelos grandes avanços nos últimos anos. Entremen-tes, normalmente quando somos for-tes em uma área, há enormes possi-bilidades de nos enfraquecermos em outra, ou de não darmos a devida atenção e valor a outros aspectos que são importantes na denomina-ção. Percebo que, inconscientemen-te, pelo ardor evangelístico e missio-nário que muito bem nos identifica, bem como a fundação de frentes missionárias e de crescimento das igrejas, tem havido um constante, gradual e progressivo esquecimento ou uma despreocupação com a área educacional. E, por conseguinte, com a educação teológica. Quando foi que você pregou ou ouviu um sermão vocacional? Há igrejas que não ouviram um sermão vocacional neste milênio. É óbvio que isso há de refletir na falta de pastores, pastoras e de lideranças nas próximas déca-

das. Além disso, convenções esta-duais e igrejas que dantes investiam uma boa porcentagem de suas entra-das financeiras nas casas de profetas, hoje não o fazem mais. Seminários filiados à ABIBET sobrevivem não se sabe como, pois as suas mantenedo-ras não as mantêm, não investem, apenas criam os seminários e os dei-xam ao “Deus dará”. Além disso, as igrejas estão se isolando uma das ou-tras cada vez mais e cada qual quer preparar seus obreiros, muitas vezes sem a devida condição.

Estamos perdendo o princípio batis-ta da cooperação. Outrossim, em vá-rios estados há diversos seminários, cada um disputando com os demais, pois na concepção de alguns líderes regionais, o importante é a Associação ter o seu seminário. E cada qual dispu-tando com o outro seminário batista. Estamos na contramão da administra-ção eficaz e da visão eficiente que existe no mundo hoje em todas as áreas. Hoje, a palavra é parceria, coo-peração, união de forças, pois juntos se faz mais. Os batistas, que sempre havíamos pregado isso, estamos en-trando por um caminho assaz pe-rigoso: “cada um por si e Deus por todos”, ou seja, se apregoa que cada igreja é independente, cada associa-ção é independente e assim por dian-te. Acabamos nos esquecendo que embora sejamos independentes, so-mos também, interdependentes. Em vez de parceria, temos concorrência; em vez de união, temos desunião; as-sim, cada qual no seu canto concorrerá para fazer menos em termos educacio-nais e o resultado será extremamente lamentável. Apelo para que os batistas brasileiros olhemos com mais cuidado e carinho para a educação e, no caso aqui, para a educação teológica.

Revista Educador: Suas considera-ções suplementares a esta entrevista.

O EnsinO a distancia nãO é a mOdalidadE dO futurO; é a mOdalidadE dO prEsEntE

Momento do Culto na capela

Vistas parciais dos auditórios

Vistas parciais das salas de aula

Recepção

Alunos do Curso Ead

Vista parcial do espaço de convivência

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Prof. Jaziel: Minha gratidão pela oportunidade desta entrevista. Ofere-cemos nossos serviços à denominação batista, às casas de profetas que pro-curam parcerias e auxílio na formação de seu quadro docente, e aos milha-res de batistas que querem se prepa-rar melhor para servirem a Deus de acordo com a vocação que recebe-ram do Senhor. Sem sair de casa, de sua igreja, de seu emprego e de sua cidade, qualquer batista pode fazer um excelente curso on-line, com a cara batista e com o reconhecimen-

to governamental. Estamos aqui para servir. Hoje, servimos a mais de 900 alunos espalhados por todo este Bra-sil. Metade deles no bacharelado em Teologia a distância. Cremos que ser-vindo o povo batista brasileiro e do exterior com um ensino de qualida-de e voltado para a teologia e prática de nossa denominação, estaremos cumprindo com a missão que o Se-nhor Deus nos proporcionou. Que Deus nos ajude a realizarmos essa tarefa tão preciosa.

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Resenha

Memórias de uma filha de pastor

Ivone Boechat

Berenice Bezerra FerreiraMembro da Igreja Batista Farol da

Lapa – RJ. Primeira secretária da igreja. Educadora cristã. Diaconisa. Bacharel

em Ciências Físicas e Biológicas. Aposentada. Pós-graduada em

Educação Religiosa. Primeira secretária de Mulheres de Oração em Ação do

Departamento Feminino da OMEBE – Ordem dos Ministros Evangélicos no

Brasil e no Exterior. Primeira secretária do Ministério Internacional Mães

Unidas em Oração, no Brasil.

INFORMAçõEs

O livro “Memórias de uma filha de pastor” é um trabalho muito im-portante, editado em 2013. Muito especial por sublimar, num arquivo, fatos relevantes que marcaram a vida de tantas pessoas amadas.

O objetivo do livro é incentivar os jovens que são chamados para o mi-nistério da Palavra a se prepararem não só com cursos e especializações, que são tão importantes e neces-sários, mas espiritual e emocional-mente, para vencerem as enormes barreiras que encontrarão na dura caminhada.

Outro objetivo é nos conscientizar da necessidade de cuidarmos da his-tória de cada igreja, para que os que forem chegando possam estar aptos a avaliar e valorizar o trabalho realizado.

A autora narra as memórias de seu pai, Pastor Emiliano Boechat de Oliveira, consagrado ao Santo Mi-nistério em 20 de fevereiro de 1946. No dia 6 de setembro de 1990, des-cansou das lutas. Uma vida de amor, alegria e dedicação ao Senhor.

O livro relata o início do evan-gelismo pioneiro, não somente em Magé, Rio Bonito, São Gonçalo e Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro, mas também na Denomi-nação Batista Brasileira. Por meio de sua narração, tomamos conhecimen-to de uma maneira mais real das di-ficuldades, dores e aflições, das ale-grias, dos desapontamentos e vitórias dos servos pioneiros. A autora lem-bra as lutas de sua mãe, com filhos pequenos, lutando lado a lado com seu esposo. O pastor Emiliano Boe-chat era pastor, evangelista, cuidava dos pobres e necessitados. A casa do pastor era um verdadeiro hospi-tal. Como vereador, foi fiel, honesto, um homem de Deus, que exerceu seu mandato com vigor. A autora menciona pessoas tão queridas que também foram fiéis. Tive o privilégio de conhecer o pastor Emiliano Boe-chat, de ser ovelha do pastor Antônio Rodrigues Bermudez, na Igreja Batista da Abolição, no Rio de Janeiro. De co-nhecer o general Mario Barreto Fran-ça, e o pastor Edilton Barreto Antu-nes, que sempre pregava na primeira Igreja Batista de Três Rios, onde tra-

balhei durante dois anos. Vale a pena “lançar mão do arado sem olhar para trás...”

Gostei muito do livro e recomen-do a leitura do mesmo, pois precisa-mos tomar conhecimento das lutas que os nossos líderes pioneiros en-frentaram para que nós pudéssemos desfrutar de uma denominação es-truturada.

A autora, minha amada professo-ra da Pós em Educação Religiosa no CIEM, deixou uma marca profunda, não só na minha vida como na vida de todos os alunos que passaram por suas mãos.

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Educação Geral

BURNOUT Por que os professores sofrem?

blemática. Alguns estudos então efe-tuados permitiram constatar que al-gumas das profissões, cujos profissio-nais eram mais afetados por este tipo de problemas, tinham como denomi-nador comum o fato de implicarem o contacto direto e intenso com ou-tras pessoas, especialmente quando a qualidade da prestação tem a ver com a qualidade da referida relação. Os professores, os médicos, os enfer-meiros, os técnicos de serviço social, os treinadores desportivos foram as classes profissionais consideradas de maior risco.

Assim, nasce a necessidade da defi-nição do termo esgotamento, o qual, na cultura anglo-saxônica, toma a denomi-

nação de BURNOUT, termo esse que foi introduzido pelo psicanalista americano Freudenberg em 1974.

O que é síndrome de burnout? O termo burnout tem origem na

língua inglesa, a partir da união de dois termos: burn e out, que respec-tivamente significam queimar e fora. A união dos termos é melhor tradu-zida por algo como “ser consumido pelo fogo”. A partir da década de 80, autores como Maslach e Jackson (1984) passaram a usar esse termo para designar a síndrome decorrente da exaustão emocional humana, ou seja, uma condição em que o profis-sional tem suas energias consumidas.

INTRODUçãO

A palavra esgotamento é já antiga e está no vocabulário de todos aque-les que se queixam de mal-estar físi-co e, principalmente, psíquico, pelas mais variadas razões, e é quantas vezes a palavra que se leva ao médi-co para manifestar o seu sentir: “Dr., sinto-me esgotado”, “Dr., tenho um esgotamento”, “Dr., estou estressa-da”.

Por todo o mundo dito civilizado, e nomeadamente na Europa, tem sido evidente o aumento do absen-tismo, no que se refere ao provoca-do por problemas de foro psíquico fato que, logicamente, obrigou a uma maior preocupação sobre esta pro-

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A síndrome de burnout, como é cha-mada, compreende uma condição de estresse ligado ao trabalho, cuja definição ainda não é um conceito fechado. Alguns autores afirmam que a denominação deve levar em conta a questão da exaustão emocional, outros autores afirmam que essa sín-drome é uma resposta inadequada do sujeito diante de uma situação de estresse crônico. Entre as principais características da exaustão caracte-rística da síndrome de burnout, está a falta de energia, a sensação de so-brecarga emocional constante e de esgotamento físico e mental.

Quais são os sintomas da sín-drome de burnout?

A palavra síndrome designa um conjunto de sintomas, que podem ser físicos, psíquicos, de compor-tamento etc. No caso da síndrome de burnout, os sintomas mais ex-pressivos são: crescimento da fadiga constante, distúrbios de sono, dores musculares, dores de cabeça e en-xaquecas, problemas gastrointesti-nais, respiratórios, cardiovasculares. Em mulheres, as alterações no ciclo menstrual são um sintoma físico im-portante. Além desses, existem sin-tomas psicológicos como dificuldade de concentração, lentificação ou al-teração do pensamento, sentimentos negativos sobre o viver, trabalhar e ser, impaciência, irritabilidade, bai-xa autoestima, desconfiança, depressão, em alguns casos paranoia. A partir desses sintomas, o profissional aco-metido pela síndrome de burnout desenvolve comportamentos como negligência ou perfeccionismo, agres-sividade nas relações cotidianas, per-da da flexibilidade emocional e da capacidade de relaxar e planejar. Além disso, tende ao isolamento, à perda de interesse pelo trabalho e outras atividades.

Quais podem ser as causas?As causas da síndrome de bur-

nout compreendem um quadro mul-

tidimensional de fatores individuais e ambientais, que estão ligados a uma percepção de desvalorização profis-sional. Isso significa dizer que não se pode reduzir a causa a fatores indi-viduais como a personalidade ou al-gum tipo de propensão genética. O ambiente de trabalho e as condições de realização deste podem também determinar o adoecimento ou não da pessoa. Alguns autores afirmam que a configuração do caso de bur-nout passaria por estágios que vão desde a necessidade de autoafirma-ção profissional, passando por es-tágios comuns de intensificação da dedicação ao trabalho que, levada a consequências extremas, resultaria no esgotamento característico da sín-drome. Entre outros estágios, pode-mos destacar o caminho que passa pelo descaso crescente com relação às atividades de cuidado de si, como comer e dormir, acompanhado por um recalque de conflitos, caracte-rizado pelo não enfrentamento de situações que incomodam e pela ne-gação dos problemas. Além desses, o profissional passa por um processo de reinterpretação que faz com que coisas importantes sejam descarta-das como inúteis. Nesse quadro, já se pode falar em uma espécie de despersonalização, uma vez que a pessoa age de formas tão distintas que se torna “outra pessoa”, marcada por sinais de depressão, desesperan-ça e exaustão, ou seja, uma espécie de colapso físico e mental que pode ser considerado quadro de emergên-cia médica ou psicológica.

Quais são os tratamentos pos-síveis?

Como a grande maioria dos ca-sos de adoecimento psicológico com consequências de somatização, o tratamento da síndrome de burnout deve compreender uma estratégia multidisciplinar: farmacológico, psi-coterapêutico e médico. É sempre importante ressaltar a relevância de um diagnóstico realizado de ma-

neira competente, para que não se cometam erros, como a confusão entre burnout e depressão, bastante comum nos estágios iniciais, pela si-milaridade de sintomas.

Com relação ao uso de medica-mentos, o tratamento normalmente associa-se a antidepressivos e ansiolí-ticos. Este tratamento deve estar vin-culado ao acompanhamento psicoló-gico, que potencializa os efeitos do uso de medicamentos pela ressignifi-cação e da retomada dos sentidos da história de vida do sujeito. Além des-ses, o acompanhamento médico e a alteração de hábitos são dimensões importantes. O encaminhamento para novas práticas cotidianas como exercícios físicos e de relaxamento é de extrema importância.

Identificando o burnout nos pro-fessoresEm geral, os professores sentem-

se emocional e fisicamente exaustos, estão frequentemente irritados, an-siosos, com raiva ou tristes. As frus-trações emocionais peculiares a este fenômeno podem levar a sintomas psicossomáticos como insônia, úlce-ras, dores de cabeça e hipertensão, além de abuso no uso de álcool e medicamentos, incrementando pro-blemas familiares e conflitos sociais.

Nos aspectos profissionais, o pro-fessor pode apresentar prejuízos em seu planejamento de aula, tornando-se este menos frequente e cuidado-so. Apresenta perda de entusiasmo e criatividade, sentindo menos simpa-tia pelos alunos e menos otimismo quanto à avaliação de seu futuro. Pode também sentir-se facilmente frustrado pelos problemas ocorridos em sala de aula ou pela falta de pro-

Os prOfEssOrEs sEntEm-sE EmOciOnal E fisicamEntE ExaustOs, EstãO frEquEntEmEntE irritadOs, ansiOsOs, cOm raiva Ou tristEs

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gresso de seus alunos, desenvolven-do um grande distanciamento com relação a eles. Sentimentos de hosti-lidade em relação a administradores e familiares de alunos também são frequentes, bem como o desenvol-vimento de visão depreciativa com relação à profissão. O professor mos-tra-se autodepreciativo e arrepen-dido de ingressar na profissão, fan-tasiando ou planejando seriamente abandoná-la.

Os professores sentem-se emocio-nal e fisicamente exaustos, estão fre-quentemente irritados, ansiosos, com raiva ou tristes.

Os professores apresentam bur-nout quando gastam muito tempo de seu intervalo denegrindo alunos, reclamando da administração, arre-pendendo-se de sua escolha profis-sional e planejando novas opções de trabalho.

Principais causasMuitos estudos têm se preocupa-

do em identificar as causas do bur-nout especificamente na população de professores. Farber (1991) parte do pressuposto de que suas causas são uma combinação de fatores in-dividuais, organizacionais e sociais, sendo que esta interação produziria uma percepção de baixa valorização profissional, tendo como resultado o burnout. O autor, ao se referir aos fatores de personalidade, diz que a literatura considera professores idea-listas e entusiasmados com sua profis-são mais vulneráveis, pois sentem que têm alguma coisa a perder. Estes pro-fessores são comprometidos com o trabalho e envolvem-se intensamente com suas atividades, sentindo-se de-sapontados quando não recompen-sados por seus esforços. Professores possuem expectativas de atingir me-tas um tanto ou quanto irrealistas, pois pretendem não somente ensinar seus alunos, mas também ajudá-los a resolverem seus problemas pessoais. Maslach e Jackson (1984) afirmam que a educação pode ser associada

ao burnout, devido ao alto nível de expectativa desses profissionais, o qual não pode ser totalmente preen-chido.

Os estudos têm mostrado serem os professores do sexo masculino mais vulneráveis que os do sexo fe-minino, o que levou à suposição de que mulheres são mais flexíveis e mais abertas para lidar com as várias pres-sões presentes na profissão de ensi-no. Etzion (1987) associa as diferenças encontradas nos níveis do burnout às questões tradicionais do processo de socialização e organização social, as quais se colocam diferenciadamente para homens e mulheres. Professores com menos de 40 anos apresentam maior risco de incidência, provavel-mente devido às expectativas irrea-listas em relação à profissão. Jovens precisam aprender a lidar com as de-mandas do trabalho e, por esta razão, podem apresentar maiores níveis da síndrome. Professores com mais ida-

de, segundo a autora, parecem já ter desenvolvido a decisão de permane-cer na carreira, demonstrando menos preocupação com os estressores ou com os sintomas pessoais relaciona-dos ao estresse.

No que tange às variáveis profis-sionais, estudo realizado por Fried-man (1991) identificou que, quanto maior a experiência profissional do professor, menores eram os níveis do burnout. Já para Schwab e Iwa-nicki (1982) e Woods (1999), mais significativo que os anos de prática de ensino é o nível de ensino em que o professor atua. Professores de ensino fundamental e médio apresentavam mais atitudes negativas em relação aos alunos e menor frequência de senti-mentos de desenvolvimento profissi-onal do que os professores do en-sino infantil. Inerente ao conteúdo do seu cargo, a relação com o alu-no tem sido apontada com uma das maiores causas do burnout. Estudo

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realizado com professores identifica que sua maior causa é o mau relacio-namento professor-aluno. O professor assume muitas funções, possui papéis muitas vezes contraditórios, isto é, a instrução acadêmica e a disciplina da classe. Também têm que lidar com aspectos sociais e emocionais de alu-nos, e ainda conflitos ocasionados pe-las expectativas dos pais, estudantes, administradores e comunidade.

O excesso de tarefas burocráticas tem feito com que professores se sin-tam desrespeitados, principalmente quando devem executar tarefas des-necessárias e não relacionadas à es-sência de sua profissão.

Ao desempenhar trabalhos de secretaria, diminui sua carga horária para o atendimento ao aluno e para desenvolver-se na profissão. A falta de autonomia e participação nas de-finições das políticas de ensino tem mostrado ser um significativo ante-cedente do burnout. Estas questões, somadas à inadequação salarial e à falta de oportunidades de promo-ções, têm preocupado pesquisado-res. Outra questão relevante abor-dada pelos autores é o isolamento social e a falta de senso de comunida-de e, geralmente, estão presentes no trabalho docente, tornando os pro-fessores mais vulneráveis ao burnout.

Segundo vários autores, o ensino é uma profissão solitária, uma vez que há uma tendência do professor a vincular suas atividades ao atendi-mento de alunos, ficando à parte de atividades de afiliação, grupos e en-gajamento social. A falta de suporte

social é uma das causas significativas do burnout em professores. A inade-quação da formação recebida para lidar com as atividades de ensino, es-cola e cultura institucional também tem sido apontada pelos professores como uma importante causa do sín-drome. A formação do professor en-fatiza conteúdos e tecnologia, sendo deficiente a abordagem nas questões de relacionamento interpessoal, re-lacionamento com alunos, adminis-tradores, pais e outras situações. A falta de condições físicas e materiais para implementar suas ações junto aos alunos também foi identificada como importante fonte de desgaste profissional.

A falta de suporte social é uma das causas significativas do burnout em professores.

A relação com familiares dos alu-nos também se mostra muitas vezes problemática e estressante, seja pela falta de envolvimento deles no pro-cesso educacional – acreditando se-rem a escola e o professor os únicos responsáveis pela educação dos filhos – seja pelo excesso – acreditando ser o professor incompetente e inexpe-riente e, muitas vezes, o causador dos problemas apresentados pelo aluno.

Muitos pais acreditam que os pro-fissionais do ensino estão mais preo-cupados com seu contracheque e com suas férias do que com a edu-cação. Farber (1991) afirma que, do ponto de vista público, a categoria sofre muitas críticas, é extremamen-te cobrada em seus fracassos e rara-mente reconhecida por seu sucesso. Para o autor, mesmo que esta seja uma tendência de todas as profissões, nenhuma categoria tem sido tão seve-ramente avaliada e cobrada pela po-pulação em geral nas últimas duas dé-cadas como a dos professores.

Modelos explicativos de burnout em professores

Burnout em professores é um fe-nômeno complexo e multidimensio-nal resultante da interação entre as-

pectos individuais e o ambiente de trabalho. Este ambiente não diz res-peito somente à sala de aula ou ao contexto institucional, mas, sim, a todos os fatores envolvidos nesta re-lação, incluindo os fatores macrosso-ciais, como políticas educacionais e fatores socio-históricos. Vários auto-res e modelos têm tentado explicar o burnout em professores a partir de diversas perspectivas. Woods (1999) aborda o burnout do professor par-tindo de um modelo sociológico e apontando fatores em níveis micro, meso e macro.

t Fatores micros são os que se si-tuam dentro da biografia pessoal e profissional do professor (compro-metimento, valores, carreira e papéis desenvolvidos);

t Fatores mesos ou intermediários são os institucionais (tipo de escola, aspectos éticos da escola, aspectos culturais do professor e dos alunos);

t Fatores macros são todas as forças derivadas das tendências globais e políticas governamentais. Estes níveis em interação desencadeiam o pro-cesso de “desprofissionalização” do trabalho do professor.

Consequências individuais e or-ganizacionais

As consequências do burnout em professores não se manifestam somen-te no campo pessoal-profissional, mas também trazem repercussões sobre a organização escolar e na relação com os alunos. A adoção de atitudes negativas por parte dos professores na relação com os receptores de seus serviços deflagra um processo de de-terioração da qualidade da relação e de seu papel profissional.

Professores de um modo geral e professores jovens apresentam maior tendência em abandonar seu traba-lho e sua profissão como consequên-cia de burnout. Esta situação ocasio-na sérios transtornos no âmbito da instituição escolar e também no sis-tema educacional mais amplo.

O ExcEssO dE tarEfas burOcráticas tEm fEitO cOm quE prOfEssOrEs sE sintam dEsrEspEitadOs, principalmEntE quandO dEvEm ExEcutar tarEfas dEsnEcEssárias E nãO rElaciOnadas à Essência dE sua prOfissãO

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Muitos professores não esperam aposentar-se e retiram-se do trabalho antes da idade legal para isto. A in-tenção de abandonar a organização e a “saída psicológica” ou desperso-nalização são tentativas de lidar com a exaustão emocional. Embora mui-tas pessoas possam deixar o trabalho em consequência de burnout, outras podem ficar. Entretanto, a produtivi-dade fica muito abaixo do real po-tencial, ocasionando problemas na qualidade do trabalho. Geralmente, altos níveis de burnout fazem com que os profissionais fiquem contan-do as horas para o dia de trabalho terminar, pensem frequentemente nas próximas férias e se utilizem de inúmeros atestados médicos para ali-viar o estresse e a tensão do trabalho.

Um estudo feito entre professores, que decidiram não retomar os pos-tos nas salas de aula no início do ano escolar, revelou que entre as grandes causas de estresse estava a falta de recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande de alunos por sala de aula, falta de assis-tência, falta de apoio e pais hostis.

Em outra pesquisa, professores de alunos com comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a determinar como o estresse no tra-balho afetava as suas vidas. Estas são, em ordem decrescente, as causas de estresses nesses professores:

t Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina;

t Atitude e comportamento dos ad-ministradores;

t Avaliação dos administradores e supervisores;

t Atitude e comportamento de ou-tros professores e profissionais;

t Carga de trabalho excessiva;

tOportunidades de carreira pouco interessantes;

t Baixo status da profissão de professor;

t Falta de reconhecimento por uma boa aula ou por estar ensinando bem;

t Alunos barulhentos; t Lidar com os pais.

Os efeitos do estresse são identifi-cados, na pesquisa, como:

t Sentimento de exaustão; t Sentimento de frustração; t Sentimento de incapacidade; t Carregar o estresse para casa; t Sentir-se culpado por não fazer o

bastante; t Irritabilidade.

As estratégias utilizadas pelos profes-sores, segundo a pesquisa, para lidar com o estresse são:

t Realizar atividades de relaxamento;

tOrganizar o tempo e decidir quais são as prioridades;

tManter uma dieta equilibrada ou balanceada e fazer exercícios;

t Discutir os problemas com cole-gas de profissão;

t Tirar o dia de folga;

t Procurar ajuda profissional na me-dicina convencional ou terapias alter-nativas.

Quando perguntados sobre o que poderia ser feito para ajudar a di-minuir o estresse, as estratégias mais mencionadas foram:

t Dar tempo aos professores para que eles colaborem ou conversem;

t Prover os professores com cursos e workshops;

t Fazer mais elogios aos professores, reforçar suas práticas e respeitar seu trabalho;

t Dar mais assistência;

t Prover os professores com mais oportunidades para saber mais sobre alunos com comportamentos irregu-lares e também sobre as opções de programa para o curso;

t Envolver os professores nas toma-das de decisão da escola e melhorar a comunicação com a escola.

Como se pode ver, o burnout de professores relaciona-se estreitamente com as condições desmotivadoras no trabalho, o que afeta, na maioria dos casos, o desempenho do profissional. A ausência de fatores motivacionais acarreta o estresse profissional, fazen-do com que o profissional largue seu emprego, ou, quando nele se mantém, trabalhe sem muito apego ou esmero.

CONsIDERAçõEs FINAIs

Trabalhar não é só aplicar uma série de conhecimentos e habilida-des para atingir a satisfação das pró-prias necessidades; trabalhar é fun-damentalmente fazer-se a si mesmo transformando a realidade.

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Partindo da concepção de que o homem é um ser social historicamen-te determinado, que se descobre, se transforma e é transformado pela via do trabalho, é que acreditamos ser de fundamental importância para a qualificação desta construção social entender os fenômenos psicossociais que envolvem o trabalho humano. Burnout, não há dúvida, é um destes fenômenos.

À medida que entendemos melhor este fenômeno psicossocial como pro-cesso, identificando suas etapas e di-mensões, seus estressores mais im-portantes, seus modelos explicativos, podemos vislumbrar ações que per-mitam prevenir, atenuar ou estancar o burnout. Desta forma, é possível au-xiliar o professor para que este possa prosseguir concretizando seu projeto de vida pessoal e profissional com vistas à melhoria da qualidade de sua vida e de todos os envolvidos no sistema educacional.

Torna-se de fundamental impor-tância destacar que a prevenção e a erradicação de burnout em professo-res não é tarefa solitária deste, mas deve contemplar uma ação conjunta entre professor, alunos, instituição de ensino e sociedade.

As reflexões e ações geradas de-vem visar à busca de alternativas para possíveis modificações, não só na esfera microssocial de seu traba-lho e de suas relações interpessoais, mas também na ampla gama de fa-tores macroorganizacionais que de-terminam aspectos constituintes da cultura organizacional e social na qual o sujeito exerce sua atividade profis-sional. Destacamos, ao finalizar este trabalho, que embora tanto o estres-se como o burnout no ensino certa-mente ocorram há muito tempo entre os professores, seu reconhecimento como problema sério, com importan-

tes implicações psicossociais, tem sido mais explícito nos últimos 20 ou 30 anos.

Burnout não é um fenômeno no-vo; o que talvez seja novo é o desafio dessa categoria profissional em iden-tificar e declarar o estresse e o bur-nout sentidos. O professor conhece muito sobre o que e como ensinar, mas pouco sobre os alunos e muito menos sobre si mesmo.

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Cilene Costa Alcântara, Rs

Licenciatura em Pedagogia com Habilitação em Administração

Educacional. Pós-graduação em Docência Superior e Psicopedagogia.

Mestre em Educação. Professora Universitária.

(A base deste artigo foi compilado para complementar os objetivos abordados.)

a falta dE supOrtE sOcial é uma das causas significativas dO burnOut Em prOfEssOrEs

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