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Universidade Federal Fluminense 1º RELATÓRIO TÉCNICO DE EXECUÇÃO Setembro/Outubro/Novembro de 2007 1º Trimestre Consolidação das Atividades Desenvolvidas ESTUDOS INICIAIS

1º RELATÓRIO TÉCNICO DE EXECUÇÃO - | … 1. INTRODUÇÃO O presente relatório tem como objetivo principal apresentar as atividades realizadas e os resultados alcançados referente

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Universidade Federal Fluminense

1º RELATÓRIO TÉCNICO DE EXECUÇÃO

Setembro/Outubro/Novembro de 2007

1º Trimestre

Consolidação das Atividades Desenvolvidas

ESTUDOS INICIAIS

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SUMÁRIO Página 1 INTRODUÇÃO 3 2 RESUMO 4 3 DESENVOLVIMENTO 5

3.1 ESTUDOS HIDROLÓGICOS 5 3.2 QUALIDADE DA ÁGUA 10 3.3 USO E POTENCIALIDADES AGRÍCOLAS 14 3.4 PROJETOS DE ENGENHARIA 18 3.5 GEOPROCESSAMENTO 19 3.6 GEOTECNIA E HIDROGEOLOGIA 21

3.7 GESTÃO PARTICIPATIVA DA POPULAÇÃO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 23

3.8 ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO 24 3.9 INDICADORES DE RESULTADO 25 4 CONCLUSÕES 26 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27 6 EQUIPE TÉCNICA 28 7 ANEXOS 30

ÍNDICE DE FOTOS Página

Foto 1 Rio Macacu na Barragem da CEDAE - Vista para Montante 9 Foto 2 Rio Macacu na Barragem da CEDAE 9 Foto 3 Plantio de Goiaba em Agricultura Familiar 15 Foto 4 Plantio de Goiaba Irrigada com Sistema de Microaspersão 15 Foto 5 Instalações da Fazenda da UFF 17 Foto 6 Fazenda da UFF: Área para Projeto Piloto 17

Foto 7 Captação de Água por Poço Artesiano com Vazão de 50m3/h

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Foto 8 Entrada do Canal de Adução Imunana-Laranjal 18

ÍNDICE DE TABELAS Página

Tabela 1 Postos Representativos da Região Hidrográfica dos Rios Guapi-Macacu e Caceribu-Macacu 6

Tabela 2 Alternativas Estudadas para Abastecimento do COMPERJ 19

ÍNDICE DE FIGURAS Página

Figura 1 Diagrama Unifilar da Região Hidrográfica dos Rios Guapi-Macacu e Caceribu-Macacu 7

Figura 2 Exemplo de Correlação entre os Postos 59235000 e 59240000 8

Figura 3 Simulação para as primeiras doze horas 13 Figura 4 Simulação para os primeiros cinco dias 13 Figura 5 Simulação para os primeiros 15 dias 14

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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objetivo principal apresentar as atividades realizadas e os resultados alcançados referente ao primeiro trimestre de andamento do projeto, meses de setembro, outubro e novembro de 2007, tendo sempre como diretriz o cronograma de execução e a matriz lógica.

É importante ressaltar que apesar de o contrato entre a PETROBRÁS e a Fundação Euclides da Cunha – FEC ter sido firmado em 20/04/2007, o primeiro repasse de verba para o projeto foi efetuado em 16/08/2007. Vale registrar ainda que a rotina dos procedimentos administrativos e financeiros foi harmonizada a partir dos esclarecimentos indicados pela Fiscalização do Projeto, por correio eletrônico, no dia 26 de outubro e então repassadas pela Coordenação Geral à FEC para cumprimento.

Com o intuito de otimizar o desenvolvimento do projeto, a Coordenação Geral definiu que a atuação da equipe técnica se dará em diversas frentes de estudo, de tal forma que estas possam desenvolver suas metas individuais, sem deixar de interagir com as demais, alinhando as ações em busca de alcançar os resultados esperados através da realização dos objetivos específicos propostos.

O arranjo definido para o projeto considera a organização da equipe técnica em seis coordenadorias, a saber: recursos hídricos (CRH); geotecnia e hidrogeologia (CGH); qualidade da água (CQA); usos e potencialidades agrícolas (CPA); geoprocessamento (CGP), e projetos de engenharia (CPE). Essas áreas são subordinadas à Coordenação Geral, que por sua vez, foi dividida em uma coordenação técnica e uma coordenação institucional, representação da Universidade Federal Fluminense - UFF no âmbito do projeto. Completando o organograma geral, estão subordinados à Coordenação Geral a assessoria de comunicação e a assessoria de educação ambiental, representada pelo Instituto Baía de Guanabara - IBG.

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2. RESUMO

Com relação às atividades desenvolvidas, a equipe da CRH iniciou a primeira fase dos estudos hidrológicos, que consiste no levantamento e processamento de dados fluviométricos e no início da análise de consistência dos mesmos. Os resultados alcançados podem ser verificados em fotos, tabelas e figuras que proporcionam melhor entendimento das atividades exercidas. Tendo em vista o forte período de estiagem constatado no segundo semestre de 2007, foi realizada uma visita de campo, em 19 de outubro, para que a equipe pudesse observar o comportamento fluvial e as condições hidrológicas da região considerada.

A equipe da CQA iniciou as atividades com o treinamento da operação do programa ECOs 3, através simulações hidrodinâmicas de exercícios propostos em bibliografia consagrada. Foram também definidas as metodologias a serem utilizadas no campo e no laboratório.

A equipe da CPA apresentou um diagnóstico preliminar que consistiu na listagem dos possíveis dados relacionados à produção agropecuária e também das principais atividades agrícolas da região, além de visitas técnicas aos locais de interesse.

A equipe da CPE iniciou as atividades da análise técnica e econômica das alternativas propostas de abastecimento de água para o COMPERJ.

A equipe da CGH buscou focar a delimitação da área, o levantamento de dados e uma revisão geológica do local.

A equipe da CGP iniciou as atividades a partir do levantamento e organização de banco de dados georreferenciados, a seleção de cenas orbitais, fotografias aéreas, bases temáticas existentes e a seleção e plotagem em papel de acervo cartográfico.

O IBG, responsável pela gestão participativa da população através da educação ambiental, enfocou o planejamento das ações de campo e destacou as parcerias estabelecidas.

A assessoria de comunicação acompanhou as reuniões de apresentação das equipes e dos diagnósticos preliminares, além de organizar um clipping destacando o COMPERJ e pautas relacionadas.

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3. DESENVOLVIMENTO

3.1. ESTUDOS HIDROLÓGICOS

3.1.1. INTRODUÇÃO

A região hidrográfica dos rios Guapi-Macacu e Caceribu-Macacu vem sofrendo nas últimas décadas um processo acelerado de antropização caracterizado pelo desmatamento, ocupação desordenada e instalação de indústrias, decorrentes do processo de urbanização.

Diante desse contexto, os estudos hidrológicos exercem papel importante na compreensão do comportamento dos corpos hídricos, sendo a base das informações para que se possa avaliar a disponibilidade de água para múltiplos usos e fornecer indicações quanto à fragilidade, potencialidades, utilização e ocupação do território.

3.1.2. ATIVIDADES REALIZADAS

Nos estudos hidrológicos, a primeira tarefa realizada foi o levantamento dos postos fluviométricos existentes na região hidrográfica de interesse. A partir da análise desta relação e da consistência dos dados das séries históricas extraídas do banco de dados Hidroweb da Agência Nacional de Água - ANA e de SEMADUR/SERLA (2004), foram selecionados aqueles mais representativos, conforme Tabela 1, a seguir. Essa seleção seguiu o critério de escolha dos postos com dados mais completos de cota e vazão, além daqueles com maior série histórica.

Em seguida, procedeu-se a localização geográfica em imagem digital, para a identificação dos cursos d´água, suas afluências e o posicionamento dos postos representativos. Foi então elaborado o diagrama unifilar dos rios envoltórios à região em estudo, Figura 1, a seguir.

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Tabela 1 – Postos Representativos da Região Hidrográfica dos Rios Guapi-Macacu e Caceribu-Macacu

Código Nome Latitude Longitude Área (km2)

Rio Município Responsável

59235000 CACH. DE MACACU 22°29'00" 42°40'00" 148 MACACU CACH. DE MACACU ANA

59235002 CACH. DE MACACU 22°28'43" 42°39'27" 146,49 MACACU CACH. DE MACACU SERLA

59237000 JAPUIBA 22°33'37" 42°41'37" 253,4 MACACU CACH. DE MACACU SERLA

59237002 JAPUIBA (SANTANA DE JAPUIBA) 22°34'00" 42°42'00" 285 MACACU ITABORAÍ DNOS

59240000 PARQUE RIBEIRA 22°35'19" 42°44'11" 258 MACACU CACH. DE MACACU ANA

59240500 PONTE DO PINHEIRO 22°39'00" 42°49'00" 483 MACACU CACH. DE MACACU DNOS

59241000 PONTE DE TANGUA 22°43'00" 42°48'00" 110 CACERIBU ITABORAÍ DNOS

59241500 OLARIA DO JAIME 22°42'00" 42°49'00" 376 CACERIBU ITABORAÍ DNOS

59242000 DUAS BARRAS 22°26'18" 42°45'40" 83 GUAPIAÇU DUAS BARRAS SERLA

59245000 QUIZANGA 22°34'00" 42°51'00" 352 GUAPIAÇU CACH. DE MACACU ANA

59245002 QUIZANGA 22°33'52" 42°50'57" 349,9 GUAPIAÇU CACH. DE MACACU SERLA

59245100 ORINDI 22°33'00" 42°54'00" 66,22 ORINDIAÇU CACH. DE MACACU ANA

59245200 ICONHA (ORINDI) 22°32'52" 42°53'53" 64 ICONHA MAGÉ SERLA

59251000 JARDIM ESMERALDA 22°37'00" 43°02'00" 81,29 SANTO ALEIXO MAGÉ DNOS

59500014 RETA NOVA 22°42'46" 42°48'30" 374,4 CACERIBU ITABORAÍ SERLA

59500019 PONTE DE TANGUA 22°43'37" 42°43'34" 235,72 CACERIBU ITABORAÍ SERLA

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Figura 1 – Diagrama Unifilar dos Rios Guapi-Macacu e Caceribu-Macacu

Após a análise preliminar de consistência das séries históricas de vazões dos postos selecionados, procedeu-se à definição de equações de regressão simples entre postos consecutivos ou entre postos em uma mesma sub-bacia

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para o preenchimento de falhas e/ou extensão de séries. A Figura 2 é um exemplo das correlações alcançadas.

Figura 2 – Exemplo de Correlação entre os Postos 59235000 e 59240000

Prevendo que a necessidade de informações sobre vazões poderá recair em locais da região hidrográfica com ausência de dados, serão elaborados na próxima etapa estudos de regionalização, que têm por objetivo a transferência de informações de um local para outro, dentro de uma área com comportamento hidrológico semelhante.

Os estudos buscarão embasar a disponibilidade de água na região, sendo esta uma das informações mais relevantes para o planejamento dos diversos usos e aproveitamento dos recursos hídricos, no que se refere ao dimensionamento de obras hidráulicas; e seleção da melhor alternativa estratégica, levando-se em consideração aspectos sociais, ambientais, técnicos e econômicos.

Vale destacar, como atividade desenvolvida no período, a visita de campo realizada em 19 de outubro, para que a equipe pudesse observar o comportamento fluvial e as condições hidrológicas da região em estudo. Essa visita foi motivada pelo forte período de estiagem constatado no segundo semestre de 2007, como pode se observar nas Fotos 1 e 2, sendo que nesta última verifica-se que a barragem, projetada para permanecer submersa, está quase que totalmente aparente.

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Foto 1 – Rio Macacu na Barragem da CEDAE – Vista para Montante

Foto 2 – Rio Macacu na Barragem da CEDAE

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3.2. QUALIDADE DA ÁGUA

3.2.1. ATIVIDADES REALIZADAS

3.2.1.1. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

O levantamento bibliográfico está sendo realizado semanalmente através da consulta em várias bases disponíveis no banco de dados Periódicos Capes. Neste levantamento preliminar, o objetivo foi enfatizar o conhecimento sobre os rios Macacu e Caceribu e treinar a modelagem hidrodinâmica. Todo o levantamento está sendo salvo no programa EndNote versão 8, para posterior consulta e organização das informações.

3.2.1.2. METODOLOGIA PRELIMINAR DOS SERVIÇOS DE CAMPO

Estão previstas coletas mensais de água e, para tanto, foram definidas as metodologias e os equipamentos necessários. Durante cada coleta, as informações abaixo relacionadas serão levantadas e registradas na planilha de campo: Hora no momento da coleta. Disco de Secchii (metros) com disco de acrílico pintado de cinza escuro e

branco. Temperatura (°C), medida com sensor do oxímetro. Salinidade, medida com salinômetro por condutividade em amostras

coletadas com amostrador específico. Oxigênio dissolvido (mg/L), medido com oxímetro. Os dados serão

apresentados na forma de concentração total (mg/L) e na forma de % da saturação.

Profundidade (metros), medida com linha de prumo (cabo de 12 metros amarrado a peso de chumbo).

Coleta das amostras de água. As amostras de água serão coletadas com um amostrador de Wasserman® para águas rasas.

Turbidimetria (NTU), medida com turbidímetro portátil marca Policontrol, modelo AP 2000, pré-calibrado em laboratório.

Filtração de 300 mL de água em cada um dos 3 filtros tipo GFC para posterior análise de nutrientes, carbono orgânico particulado, clorofila a e feopigmentos.

Filtração de 300 mL de água de superfície e fundo no filtro de acetato de etila para posterior análise de metais Pb, Cd, Hg, Fe, Mn, Zn, Cu, Cr e V. Todas as estações serão posicionadas com GPS (erro de até 20 metros). O

equipamento será regulado para o datum South América Datum, de 1969 (médio para a América do Sul) e em coordenadas planas (UTM).

Todas as amostras de água e os filtros serão conservados em geladeiras no campo, transportadas para a UFF e congeladas, em freezer, para posterior preparação para análise.

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3.2.1.3. METODOLOGIAS ANALÍTICAS

Nos filtros e amostras de água, serão feitas análises laboratoriais dos parâmetros a seguir:

Material Particulado em Suspensão

A quantificação do material particulado em suspensão será realizada por gravimetria, constituída de pesagens sucessivas dos filtros sem amostra e com amostra, após secagem até peso constante em estufa (STRICKLAND e PARSONS, 1972). Para cada coleta, serão realizadas 3 medidas, das quais será calculada a média.

Carbono Orgânico Particulado Um dos 3 filtros de cada coleta será analisado para a concentração de

carbono orgânico particulado pela metodologia de titulação após oxidação com solução sulfocrômica inicialmente proposta por STRICKLAND e PARSONS (1972) e adaptada por ETCHEBERT (1988). Antes das coletas, os filtros serão calcinados a 450 °C para evitar contaminação das amostras. Toda a vidraria será lavada com solução sulfocrômica e rinçada com água destilada.

Clorofila a e Feopigmentos

Um dos três filtros de cada amostragem será extraído com acetona a 90%, durante aproximadamente 16 horas, em ambiente escuro e refrigerado. Os extratos serão centrifugados e medidos em fotocolorímetro, segundo a metodologia descrita em GRASSHOFF, EHRHARDT et al. (1983). Os cálculos da clorofila a e feopigmentos serão executados segundo LORENZEN (1967).

Nitrogênio e Fósforo Total

A extração com solução de persulfato a 100 °C em autoclave de um dos três filtros coletados na campanha, permite a oxidação de todas as formas orgânicas e não orgânicas particuladas de nitrogênio e fósforo a nitrato e a fosfato. As soluções serão analisadas segundo as mesmas metodologias para fosfato e nitrato dissolvido (GRASSHOFF, EHRHARDT et al., 1983).

Nitrato, Nitrito, Amônio e Fosfato

Os nutrientes nitrato, nitrito, amônio e fosfato dissolvidos serão todos analisados por colorimetria, segundo as metodologias descritas em GRASSHOFF, EHRHARDT et al. (1983). Os resultados serão apresentados nas formas de mg/L (ou µg/L, segundo a concentração) para comparação com os padrões de referência da legislação e na forma µM (micro molar) para comparação com os resultados apresentados na literatura.

Metais Pesados: Sedimento e Material Particulado em Suspensão

Os filtros de acetato de etila não serão secos antes da análise, a fim de evitar qualquer perturbação no processo analítico. A fim de evitar manipulações

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extras, após a filtração os filtros serão imediatamente colocados em frascos de polietileno de alta densidade com tampa e levados para o laboratório, onde serão congelados até os procedimentos de extração total.

Os filtros serão cuidadosamente colocados em frascos de Teflon para digestão em sistema de microondas. Os frascos de polietileno serão rinsados com 3 mL de HNO3, que serão colocados no frasco de extração. Aos 3 mL de HNO3 serão acrescentados 3 mL de HF e mais 1 mL de HClO4. O frasco de extração será vedado hermeticamente e colocado em forno de Microondas a uma pressão de 120 psi por 25 minutos (CEM model MDS 2100 - Matthews, NC microwave digestion system). Após a digestão, os frascos serão resfriados, abertos e colocados em uma placa de aquecimento até completa secura. O resíduo será redissolvido em uma solução de 1 mL de HNO3 e 5 mL de água deionizada quente. As amostras serão então retomadas até 50 mL e colocadas em frascos para posterior análise. Vários ensaios brancos serão executados concomitantemente para se determinar os limites de detecção. Amostras de sedimento marinho de referência do National Research Council of Canada NRCC – MESS 3 e PACS-2 serão analisados concomitantemente como parte do programa de QA/QC (garantia e controle de qualidade). Os extratos serão medidos em espectrofotometria de absorção atômica de chama (FAAS) e forno de grafite (GFAAS). Esta metodologia está detalhadamente descrita no trabalho de GRINBERG, CAMPOS et al. (2007).

Colimetria

A determinação de coliformes totais e E.coli será feita com o Kit COLItest. O colitest é um substrato cromogênico e fluorogênico para detecção simultânea de coliformes totais e E.coli. e possui em sua formulação substâncias, nutrientes e MUG que, devidamente balanceados, inibem o crescimento de bactérias Gram-positivas, favorecem o crescimento de bactérias do grupo Coliformes e facilitam a identificação de E.coli através da fluorescência e indol. após incubacao a 37 ºC em 18-48horas.

O Colitest é validado frente a APHA/AWWA/WEF, descrito no Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, pelo ITAL sob análise MB-1836/05, conforme 14864(ABNT) e DOQ CGCRE-008(INMETRO).

DBO5

A demanda bioquímica do oxigênio (DBO5) será determinada através do método descrito no Standard Methods for the Examination of Water and Wasterwater (APHA, 1995), utilizando uma incubadora a uma temperatura em torno de 20 ºC, durante cinco dias.

3.2.1.4. SIMULAÇÕES COM O PROGRAMA HIDRODINÂMICO ECOS 3

Para conhecer melhor e se familiarizar com as ferramentas do programa ECOs 3, foram realizados os exercícios propostos por Harris, J. R. H. e Gorley, R. N no trabalho “An Introduction to Modelling Estuaries with ECoS3” de 1998.

As simulações resultantes mostram alguns dos cenários unidimensionais já construídos para um rio imaginário, com dimensões similares aos da área de

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estudo. À medida que os dados do local forem sendo coletados, o modelo será ajustado às condições reais.

Nas Figuras 3 a 5 são apresentados três momentos da simulação de um estuário sujeito a maré. Os gráficos representam a profundidade do estuário em função da entrada de maré (Water) ao longo do sistema e a variação da altura da maré (Height). Os gráficos sample 1 e sample 2 indicam a variação na concentração do material em suspensão em função do tempo.

Figura 3 - Simulação para as primeiras doze horas

Figura 4 - Simulação para os primeiros cinco dias

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Figura 5 - Simulação para os primeiros quinze dias

3.3. USO E POTENCIALIDADES AGRÍCOLAS

3.3.1. INTRODUÇÃO

As taxas de crescimento da produção agrícola mundial, superadas pelo crescente incremento populacional nos últimos anos, vêm causando certa intranqüilidade com relação à segurança alimentar. Ao lado da oferta de alimentos estão a degradação dos solos, a baixa resposta positiva da produtividade ao uso de fertilizantes e defensivos e a escassez de água, principais entraves que inviabilizaram o aumento da produção agrícola compatível com a população (Christofidis, 1997, citado por PAZI, et. al., 2000).

Na região hidrográfica dos rios Guapi-Macacu e Caceribu-Macacu, verifica-se a exploração agrícola tanto para a agricultura familiar (Foto 3), quanto para a empresarial (Foto 4), visto que muitos produtores têm buscado se especializar em suas atividades. Assim, pretende-se conhecer a atual realidade dos produtores rurais que utilizam a água da bacia hidrográfica em estudo.

3.3.2. ATIVIDADES REALIZADAS

3.3.2.1. Listagem dos Dados Referentes à Produção Agropecuária

Levantamento das atividades agropecuárias da região.

Cadastramento das associações de produtores.

Levantamento da produção agrícola.

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Estimativa da demanda hídrica dessas atividades.

A prática agrícola a ser estudada com maior detalhamento neste contexto é a irrigação, verificando-se assim se o uso atual corresponde à real demanda pelas plantas. Segundo BERNARDO (1995), as plantas diferem entre si, quanto à tolerância a limites máximos da tensão da água no solo antes das irrigações. Umas respondem a maiores teores d’água no solo, enquanto outras apresentam maiores resistências, sem prejudicar a produção.

Para tanto, VIEIRA (1989), cita que a aplicação da água na agricultura é feita por meio de métodos ou sistemas de irrigação, que vêm a ser o conjunto de técnicas e equipamentos que promovem a distribuição às plantas cultivadas em quantidade e freqüência adequadas, a fim de garantir seu perfeito desenvolvimento e produção com o uso racional da água.

Foto 3 - Plantio de Goiaba em Agricultura Familiar

Foto 4 – Plantio de Goiaba Irrigada com Sistema de Microaspersão

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3.3.3. VISITAS A ÓRGÃOS PÚBLICOS

No dia 27 de setembro foi realizada uma visita à Superintendência de Desenvolvimento Sustentável, na Secretaria de Estado de Agricultura, Pesca e Abastecimento - SEAPPA, com a finalidade de se conhecer as atividades exercidas na região em estudo. O coordenador técnico do Projeto Rio Rural, Sr. Adauto Grossmamm, apresentou relatório intitulado “Um Caderno de Diagnóstico e Planejamento Participativo da Comunidade Rural”, adotado anteriormente para cadastro em comunidades rurais.

Nesta oportunidade, o coordenador confirmou o apoio junto à Secretaria de Agricultura do Estado e dos Municípios, para a busca de dados atuais relevantes, ao Programa Petrobras Ambiental.

3.3.4. VISITAS DE CAMPO

No dia 18 de setembro foi realizada uma vista técnica à Fazenda Experimental da UFF, verificando as instalações atuais (Fotos 5 e 6) para se ministrar palestras aos produtores, e a identificação de áreas possíveis para implantação de um projeto piloto, onde possam ser realizados dias de campo, quando serão abordados conceitos referentes ao uso racional da água em suas atividades.

No dia 19 de setembro foram feitas visitas a produtores de goiaba no município de Cachoeiras de Macacu, observando-se nas propriedades fontes alternativas de captação de água, como poços artesianos, Foto 7.

Com o objetivo de analisar os aspectos relevantes no entorno do rio Macacu, no dia 19 de outubro foi feita uma vista à barragem da CEDAE juntamente com as equipes da CRH, CGH e CPE. A Foto 8 mostra a entrada do canal de adução de Imunana-Laranjal.

No dia 08 de novembro foi realizada uma visita a um pecuarista da região, cujo interesse é a implantação de um sistema de irrigação para futuro plantio de milho. Naquela oportunidade, o produtor tomou conhecimento do Programa Petrobras Ambiental, disponibilizando sua fazenda como um possível centro de referência de uso eficiente e racional da água.

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Foto 5 – Instalações da Fazenda da UFF

Foto 6 – Fazenda da UFF: Área para Projeto Piloto

Foto 7 – Captação de Água por Poço Artesiano com Vazão de 50 m3/h

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Foto 8 – Entrada do Canal de Adução Imunana-Laranjal

3.4. PROJETOS DE ENGENHARIA

3.4.1. INTRODUÇÃO

A equipe da CPE tem por objetivo o estudo de alternativas para o aumento da disponibilidade hídrica dos rios Guapi-Macacu e Caceribu-Macacu através da elaboração de projetos de medidas estruturais.

3.4.2. ATIVIDADES REALIZADAS

As atividades realizadas consistiram em consulta e análise dos relatórios elaborados por LABHID/COPPE (2007) e SEMADUR/SERLA (2004), bem como o cadastro de usuários de água elaborado pela empresa CONCREMAT Engenharia no âmbito do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara – PDRH-BG.

Além disso, foi realizada uma visita técnica ao Sistema Imunana-Laranjal no dia 19 de outubro em conjunto com a CRH, CGH e CPA.

3.4.2.1. ALTERNATIVAS DE CAPTAÇÃO EM ESTUDO

Segundo LABHID/COPPE (2007), foram realizados estudos para definir possíveis mananciais para o abastecimento de água ao COMPERJ, analisando alternativas situadas num raio aproximado de até 100 km, contados do núcleo do COMPERJ, incluindo também 3 alternativas de reuso indicadas pela Petrobrás. A Tabela 2 apresenta as alternativas estudadas.

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Tabela 2 – Alternativas Estudadas para Abastecimento do COMPERJ Fonte: Extraído de LABHID/COPPE, 2007

1 Rio Guandu 2 Barragem do Ribeirão das Lajes 3 Rio Paraíba do Sul 4 Rio Guapi-Açu

Man

anci

ais

Sup

erfic

iais

5 Barragem de Juturnaíba 6 Efluentes das ETEs – CEDAE existentes na bacia leste da Baía 7 Efluentes dos processos de tratamento da ETA Guandu

Reu

so

8 Dessanilização da água da Baía de Guanabara

As alternativas possíveis que também serão estudadas em detalhe pela equipe da CPE nas próximas etapas são: água subterrânea, dessalinização das águas salobras, utilização das águas provenientes de deflúvios máximos, através de bacias de acumulação e o reuso de águas servidas como os efluentes das Estações de Tratamento de Esgotos - ETEs Alegria e Penha.

Destaque especial será dado à uma possível implantação de barragem de acumulação de águas no estirão superior do rio Guapi-Açu em terrenos de topografia e hidrologia favoráveis.

3.5. GEOPROCESSAMENTO

3.5.1. ATIVIDADES REALIZADAS

Conforme previsto no cronograma de execução do projeto foram até então realizadas as seguintes etapas:

3.5.1.1. NIVELAMENTO DA EQUIPE DE TRABALHO Nesta etapa, foi realizado um breve nivelamento da equipe na utilização dos

programas de processamento de imagens e Sistema de Informações Geográficas: ENVI versão 4.3 e ArcGIS 9.2.

3.5.1.2. LEVANTAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADOS

Foram levantados, selecionados e disponibilizados os seguintes arquivos digitais:

Base cartográfica 1:2.000 da Fundação CIDE de centros urbanos da região metropolitana leste.

Base cartográfica IBGE com arquivos em formato .dxf (autoCAD) e shape (ArcGIS) na escala 1:50.000 (projeção UTM Córrego Alegre).

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Base cartográfica da Fundação CIDE-PDBG – a base inclui os arquivos em formato cover (ArcInfo) na escala 1:50.000 (projeção UTM SAD 69 e Córrego Alegre) das folhas que compõem a área do projeto, compreendendo os temas hidrografia, estradas, hipsometria (curvas de nível), localidades, e cobertura do solo.

Base cartográfica da Fundação CIDE-PDBG – a base inclui arquivos em formato cover (ArcInfo) na escala 1:10.000 (região metropolitana) e 1:2.000 (áreas urbanas), projeção UTM SAD 69 de diversas folhas que compõe parte da área do projeto.

Base cartográfica da Cia de Energia AMPLA, em formato .dxf e shape na escala 1:10.000

3.5.1.3. SELEÇÃO DE CENAS ORBITAIS, FOTOGRAFIAS AÉREAS E BASES TEMÁTICAS EXISTENTES

Aquisição de cena do satélite Resourcesat composição mutiespectral e Pancromática - resolução média de 15 metros. Este acervo encontra-se em processo de aquisição pela FEC.

Mosaico de imagens IKONOS Petrobrás – inclui todos os arquivos referentes a imagens do satélite Ikonos (mosaicos multispectrais 8 bits e 11 bits, imagens originais referentes às 4 bandas espectrais do sensor), georreferenciadas, com resolução espacial de 1 metro e projeção UTM WGS 84. Este acervo corresponde a apenas 24% (581 km2) da área a ser mapeada, concentrados nos municípios de São Gonçalo e Itaboraí, na área do COMPERJ e parte do manguezal da APA Guapimirim.

Cena TM/Landsat 7, passagem de janeiro de 2007 Imagem LANDSAT ETM + - inclui três imagens (anos 2000, 2001 e 2002) do sensor ETM + do satélite LANDSAT, cena 217/76, compreendendo todas as 8 bandas espectrais, georreferenciadas nas projeções UTM SAD69 (2000 e 2002) e WGS 84 (2001). Cobrem toda a área das bacias.

Fotografias aéreas 1:32.500 da Fundação CIDE, coloridas em meio digital (JPEG), ano 2003, obtidas através do site da Fundação.

Fotografias aéreas da Cia de Energia AMPLA pancromáticas e coloridas em meio digital (JPEG), escala original 1:10.000, anos 1998-2000.

Mapa Digital do Uso do Solo e da Cobertura Vegetal 1:50.000 da bacia dos rios Caceribu Macacu e Guapi-Açu. PETROBRAS/UFF 2007.

Mapeamento das Retrições de Ocupação. Unidades de Conservação e Planos Diretores Municipais da Bacia Leste da Baía de Guanabara. PETROBRAS/UFF 2007.

3.5.1.4. SELEÇÃO E PLOTAGEM EM PAPEL, DE ACERVO CARTOGRÁFICO SELECIONADO

Carta Imagem da Bacia Leste da Baía de Guanabara, escala 1:100.000 (A1).

Carta Fundação CIDE 1:10.000, num total de 6 plotagens:

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716-505,510 e 515

715-505, 510 e 515 No momento, estão sendo levantados junto a empresas de

aerolevantamento acervos recentes em escala compatível, nas regiões das bacias dos rios Guapi-Açu (médio vale) e Caceribu-Macacu (baixo curso).

3.6. GEOTECNIA E HIDROGEOLOGIA

3.6.1. ATIVIDADES REALIZADAS

As atividades foram iniciadas pela equipe da CGH em setembro de 2007 e abrangeram as seguintes tarefas, previstas no cronograma de atividades.

3.6.1.1. DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERESSE

A área de interesse é formada pelas bacias dos rios Guapi-Macacu e Caceribu-Macacu, doravante denominados, respectivamente, rio Macacu e rio Caceribu.

A bacia do rio Macacu possui uma área de contribuição de 1.250 km², drenando grande parte das águas precipitadas nos municípios de Cachoeira de Macacu e Guapimirim, especialmente na região proximal, cujas isoietas ultrapassam 2.000 mm/ano (SEMADUR/SERLA, 2004). A bacia também drena, na sua porção mediana, parte do município de Itaboraí e na porção distal abrange área apenas no município de Guapimirim. A parte infiltrada percola pelas formações geológicas subjacentes, formando aqüíferos que possivelmente se dirigem para a Baía de Guanabara.

A bacia do rio Caceribu possui uma área de 822 km², drenando águas precipitadas nos municípios de Tanguá e Itaboraí (na porção mediana do rio Caceribu), e em parte do município de Rio Bonito na porção proximal. A porção distal do rio Caceribu compõe a divisa dos municípios de Itaboraí e Guapimirim. As isoietas da região não ultrapassam 1.500 mm/ano. A parte infiltrada contribui para a formação dos aqüíferos da região, cuja ocupação populacional é mais densa que a da bacia do rio Macacu, havendo diversos núcleos urbanos na região.

O foco inicial do projeto será dado pelo delineamento dos aqüíferos na bacia do rio Macacu e na parte da bacia do rio Caceribu presente no município de Itaboraí, uma vez que:

a intensidade de chuvas na área de recarga dos aqüíferos da região da bacia do rio Macacu, maior que na área de recarga dos aqüíferos da bacia do rio Caceribu;

a vulnerabilidade na bacia do rio Caceribu, em razão de percorrer um maior adensamento urbano e conter mais de poços de extração da água subterrânea;

a bacia do rio Macacu tem, possivelmente, maior volume de sedimentos cenozóicos.

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3.6.1.2. RECUPERAR DADOS DE POÇOS EM ÓRGÃOS AFINS

Órgãos públicos foram contatados, como o Departamento de Recursos Minerais - DRM, Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM e Superintendência Estadual de Rios e Lagoas - SERLA, e foram obtidos cadastros preliminares de poços de águas subterrâneas.

3.6.1.3. RECUPERAR DADOS SOBE FONTES DE CONTAMINAÇÃO

Foram obtidos junto à Fundação de Estadual de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA e na Agência Nacional do Petróleo - ANP, dados que permitiram montar um cadastro preliminar com 70 postos de abastecimento de combustíveis, com vistas a compor um cadastro de potenciais fontes de contaminação das águas subterrâneas da região.

Também o PDRH-BG contém dados sobre indústrias, jazidas, estações de tratamento, vazadouros e cemitérios que serão incorporados a esse cadastro preliminar de potenciais fontes de contaminação.

Esse cadastro de potenciais fontes de contaminação será atualizado com outras fontes como plantas industriais, plantas de serviços e depurado, em visita local, quando será verificado o real estado da atividade potencialmente poluidora.

3.6.1.4. PLANEJAR AS VISITAS DE CAMPO

Os dados obtidos até a presente data permitiram delinear alguns roteiros de visita de campo, como a empreendida no dia 9 de outubro, quando foram confirmados alguns dados levantados em estudo preliminar de trabalhos consultados e percorrido um perímetro circunscrito à área de interesse. Essa visita de reconhecimento foi resumida no relatório anexo a este.

Estão previstas para dezembro visitas ao campo, para confirmação de dados cadastrais sobre potenciais fontes de contaminação e verificação de poços de extração de água subterrânea na região de interesse.

3.6.1.5. REVISÃO DA GEOLOGIA LOCAL

O mapa geológico do estado do Rio de Janeiro é a fonte mestra para caracterizar a geologia local. Entretanto, maiores detalhes estão sendo obtidos pela análise de trabalhos acadêmicos como teses e artigos e serão complementados quando obtidos perfis representativos e efetuadas investigações exploratórias.

O relevo da região contém áreas de degradação e de agradação, sendo essa última dominante e formadora da planície de inundação com terrenos mal drenados, lençol freático próximo da superfície e com pouca cobertura vegetal, geralmente pastos ou pequenas culturas.

Da literatura especializada sabe-se que o evento pretérito conhecido como Rift Continental do Sudeste do Brasil (RCSB) contribuiu para a formação do rejeito hoje representado pelas escarpas da Serra do Mar, fonte de quase todo material agradado para as planícies costeiras do estado. Também o magmatismo formou estruturas como stocks e plugs, hoje dissecadas, e o

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material degradado provavelmente foi entulhado na Bacia de Macacu, cujo embasamento parece ter um relevo irregular, resultando em espessuras variáveis do pacote sedimentar denominado Formação Macacu.

A Formação Macacu é o substrato que domina a região, tendo origem sedimentar e idade cenozóica, gradando do terciário ao quaternário, conforme sucessivas seqüências erosivo-deposicionais, tectônica e retrabalhamentos havidos durante a gênese e evolução da bacia sedimentar. Tudo isso contribui para uma diversidade estratigráfica que pode ter importância na modelagem do aqüífero.

O contato cristalino deve ser estabelecido preferencialmente por método geofísico, pois o rifteamento e basculamento das estruturas geológicas proterozóicas preexistentes, bem como as estruturas alcalinas cretáceas/paleocenas (stocks e plugs) podem ter determinado a variabilidade da espessura do manto sedimentar. A importância de se estudar o embasamento cristalino visa determinar com maior precisão a existência de aqüífero fissural e sua relação com áreas de recarga na região escarpada.

3.7. GESTÃO PARTICIPATIVA DA POPULAÇÃO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

3.7.1. ATIVIDADES REALIZADAS

Como se trata de um projeto que tem também um enfoque educacional, estuda-se a possibilidade de adoção de um nome fantasia e de logomarca que consigam motivar, mobilizar os diversos segmentos sociais, representando o conceito do projeto como unidade.

Foram efetuadas duas visitas da equipe do IBG ao campo (5 de outubro e 11 de novembro), para determinar os pontos de coleta de amostras e identificar as escolas próximas a eles.

O planejamento das operações de campo será feito em função do calendário escolar, a ser adotado para o ano letivo de 2008. Levará também em conta as atividades a serem desenvolvidas com as comunidades, diretores e professores da rede escolar e os alunos. Atenderá também a uma série de condicionantes dentre o quais podemos destacar as diretrizes das Secretarias de Educação do Estado e dos Municípios de Cachoeiras de Macacu, Tanguá, Rio Bonito e Itaboraí.

3.7.2. CRONOGRAMA

O cronograma de atividades será refeito em função do calendário escolar e do regime de chuvas da região, compreendido pelos meses de dezembro a março, uma vez que a melhor época para a coleta dos macroinvertebrados bentônicos é no período de estiagem.

3.7.3. ESTABELECIMENTO DE PARCERIAS

Foram feitos os levantamentos das autoridades das áreas de educação e meio ambiente dos 4 municípios – Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, Rio Bonito

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e Tanguá - para posterior contato e divulgação das informações sobre o projeto.

Além dos parceiros constantes na proposta do projeto, as seguintes entidades colaboram regularmente com o IBG em diversas atividades na região:

Usuários da Água da Sub-região Hidrográfica drenante para a Baía de Guanabara – Trecho Leste.

COOPERCRÃMMA.

ONG PRISMA.

Radiodifusora Cultura FM – Rádio Comunitária – FM 104.1 MHz de Japuiba.

ARCOMSITA – Radiodifusora de Itaboraí.

3.7.4. ELABORAÇÃO DE MATERIAL PARA USO DAS ATIVIDADES PROGRAMADAS – ALUNOS, PROFESSORES E COMUNIDADE / FAMILIARES

Estão previstas no âmbito do projeto as seguintes atividades:

Cursos de Capacitação (teórico-práticos) para Professores – elaboração do material em andamento - das escolas estaduais e municipais cujos alunos participarão do Projeto, constando basicamente de: percepção ambiental local; saídas de campo (coletas com os alunos), e auxiliar os alunos na elaboração de mapas da qualidade da água.

Atividades programadas para as comunidades – material em elaboração -palestras de curta duração: realidade ambiental local e informações sobre macroinvertebrados como bioindicadores.

Atividades especiais para os alunos: material em elaboração - jogos, desenhos, saídas de campo, identificação de bioindicadores e elaboração de mapas de qualidade da água.

Elaboração das Planilhas.

Planilha - Cadastro dos alunos (protótipo).

Planilha para cadastro dos alunos - em fase final de elaboração.

Planilha - Coleta (protótipo).

Elaboração do Manual do Monitor Ambiental.

3.8. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

A empresa Contexto & Comunicação foi contratada pela FEC, em 5 de novembro, para realizar o trabalho de comunicação social do projeto. Após participar de reuniões com a Coordenação Geral, a assessoria de comunicação acompanhou também as apresentações dos grupos de trabalho das diversas áreas de estudo.

Como primeira iniciativa, que servirá de base para avaliar as inserções e abordagem da pauta COMPERJ pela mídia em geral, foi elaborado um clipping

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amplo e abrangente. Nessa fase, estão sendo mantidos contatos preliminares com editores, a partir de um levantamento de mídia regional.

Sugestões de nome fantasia e de logomarca para o Projeto também estão sendo preparadas pela assessoria de comunicação.

3.9. INDICADORES DE RESULTADO

No intuito de embasar os estudos técnicos realizados e demonstrar os resultados alcançados, estão anexados ao presente relatório técnico do primeiro trimestre, os indicadores de resultado dos objetivos propostos na matriz lógica, quais sejam:

Relatório de visita técnica da equipe da CRH com acervo fotográfico.

Relatório de visita técnica da equipe da CPA com acervo fotográfico.

Relatório de visita técnica da equipe da CGH com acervo fotográfico.

Carta Geológica na escala 1:20.000.

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4. CONCLUSÕES A evolução dos estudos hidrológicos tem gerado resultados satisfatórios,

para as análises de consistência das séries históricas. Com relação à qualidade da água as metodologias a serem adotadas já

foram definidas e o programa ECOS 3 utilizado para a modelagem hidrodinâmica se encontra em fase de teste.

O andamento das atividades relacionadas ao diagnóstico do uso e potencialidades agrícolas da região tem alcançado resultados satisfatórios. Torna-se necessária a continuidade das atividades iniciadas, complementando-as com outros trabalhos já executados.

Com relação aos projetos de engenharia serão analisados a relação benefício/custo de cada alternativa já estudada ou proposta.

A realização do geoprocessamento tem evoluído de maneira significativa, na certeza de que a elaboração do SIG e dos projetos básicos serão alcançados de acordo com o cronograma de execução proposto.

O estudo de geotecnia e hidrogeologia está em desenvolvimento e, com os resultados já obtidos, pode-se concluir que em breve poderão ser avaliadas as características relevantes dos aqüíferos da região.

Nas atividades desenvolvidas pelo IBG, os resultados alcançados referentes ao primeiro trimestre foram satisfatórios. As próximas etapas terão início do próximo ano letivo, envolvendo a comunidade escolar.

Conclui-se que as atividades realizadas estão em consonância com o cronograma de execução e caminham para alcançar os resultados propostos em cada objetivo, conforme a Matriz Lógica do projeto.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APHA. Standard methods for the examination of water and Wastewater. American Public Health Association, 19th edition, 953 p., New York, 1995. BERNARDO, S. Manual de Irrigação. 6 ed. Viçosa: UFV, 1995. ETCHEBERT, H. Carbone Orgnique particulaire (C.O.P.). Institut de Géologie du Bassin d'Aquitaine. Bordeaux, France, p.7. 1988. GRASSHOFF, K., M. EHRHARDT, et al. Methods of Sea Water Analysis. Weinhein: Verlag-Chemie. 1983. 419 p. HARRIS, J. R. H., & GORLEY, R. N. An Introduction to Modelling Estuaries with ECoS3. Plymouth: Centre for Coastal & Marine Sciences.1998. 39 p. LABHID/COPPE. Estudos de Disponibilidade Hídrica de Várias Alternativas para Abastecimento d´água do COMPERJ e da Região do Entorno – Relatório Executivo. Setembro de 2007. Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRÁS / Fundação COPPETEC. Rio de Janeiro. LORENZEN, C. J. Determination of chlorophyll and phaeopigments: spectrophotometric equations. Limnology and Oceanography, v.12, n.2, p.343-346. 1967. PAZI, V. C. S. et al., Recursos Hídricos, Agricultura Irrigada e Meio Ambiente. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental - V.4,N.3., SET-DEZ.,2000. SEMADUR/SERLA. Plano Diretor de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara – Relatório PR-3 – Caracterização Ambiental e Sócio-Econômica. Consórcio Ecologus-Agrar. Rio de Janeiro. 2004. STRICKLAND, J. D. H. e T. R. PARSONS. A Practical Handbook of Seawater Analysis. Ottawa, Canada: Fisheries Research Board of Canada. 1972. 310 p. VIEIRA, D. B., As Técnicas de Irrigação. São Paulo: Globo, 1989.

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6. EQUIPE TÉCNICA

COORDENAÇÃO GERAL

Chou Sin Hwa – Coordenadora Institucional Mônica de Aquino Galeano Massera da Hora – Coordenadora Técnica Maria Elizabeth Silveira Menezes Pires - Assessora

RECURSOS HÍDRICOS - CRH

Mônica de Aquino Galeano Massera da Hora – Coordenadora Paulo Henrique Mello Gonçalves Costa - Engenheiro Gustavo Carneiro de Noronha - Engenheiro Eduardo Marques – Gerente da Informática Bruno Louback Brum – Bolsista

QUALIDADE DA ÁGUA - CQA

Júlio César de Faria Alvim Wasserman – Coordenador Ana Paula Pinto Fernandez – Bolsista Conceição Maria Filgueiras – Bolsista Juliana Giacomini – Bolsista Renato Gomes Sobral Barcellos – Bolsista

USOS E POTENCIAIS AGRÍCOLAS NA REGIÃO - CPA

Ednilton Tavares de Andrade – Coordenador Ivênio Moreira da Silva – Gerente Elaine Chagas Silva – Bolsista Diogo da Rocha Vargas – Bolsista Gilberto Nunes de Carvalho Filho – Bolsista Samuel Santos Cardoso – Bolsista

GEOPROCESSAMENTO - CGP

Ivan de Oliveira Pires – Coordenador Elias Ribeiro de Arruda Junior - Gerente Alexandre Curvelo de Andrade – Bolsista Guilherme Alves Cardoso Moreira - Bolsista

PROJETOS DE ENGENHARIA - CPE

Cleumo Cordoville - Coordenador Bruno Gonçalves Bahiana – Bolsista João Francisco de Assis Pereira da Silva - Bolsista

GEOTECNIA E HIDROGEOLOGIA - CGH

Rodrigo Meneses Raposo de Almeida – Coordenador Manoel Isidro de Miranda Neto – Gerente Décio Tubbs Filho - Assessor Hadassiana Costa Creton – Bolsista Arnaldo Cotrim Barbosa – Bolsista

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IBG

Dora Hees de Negreiros – Coordenadora Carlos Buarque Viveiros – Gerente Paulo Araújo – Consultor Técnico Péricles Muniz Brito – Assessor Rose Mary Ribeiro de Araújo – Monitora Bianca Santos – Estagiária Lísia Garcia – Estagiária

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Adriana Ayres Laura França Marcela Vigo

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7. ANEXOS:

I – Relatório de visita técnica da equipe da CGH

II – Relatório de visita técnica da equipe da CPA III – Relatório de visita técnica da equipe da CGH IV – Carta Geológica na escala 1:20.000

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ANEXO I

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA DA

EQUIPE DA CRH

Universidade Federal Fluminense

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1. CARACTERIZAÇÃO DA VISITA Locais: Barragem da CEDAE situada no rio Macacu, localizada no município de

Guapimirim. Canal de adução para elevatória da CEDAE, localizado no município de

Guapimirim. Elevatória da CEDAE – Estação de Bombeamento, localizada no

município de Guapimirim. Estação de Tratamento de Água da CEDAE (ETA – Laranjal), localizada

no município de São Gonçalo. Data: 19 de outubro de 2007 Hora: 8:00 às 17:00 horas Objetivo: Realizar o reconhecimento da região hidrográfica dos rios Guapi-Macacu

e Caceribu-Macacu, tendo como foco os aspectos hidrológicos, essenciais, ao entendimento do comportamento dos principais corpos hídricos, necessários para aferir a qualidade e disponibilidade hídrica na região em estudo.

Roteiro: A equipe técnica teve como ponto de partida a UFF seguiu até a

Barragem da CEDAE, depois para Elevatória da CEDAE, finalizando a visita na Estação de Tratamento de Água – ETA Laranjal.

Equipe Técnica: Chou Sin Hwa Mônica da Hora Cleumo Cordoville Ednilton Tavares Manuel Isidro Ivênio Moreira Maria Elizabeth Pires Paulo Henrique Costa Gustavo Noronha Bruno Louback Arnaldo Barbosa Hadassiana Creton

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2. DESCRIÇÃO DOS LOCAIS VISITADOS Barragem da CEDAE

Foi o primeiro local visitado pela equipe técnica, onde se constatou que

a vazão do rio onde se localiza a barragem estava muito inferior ao nível considerado normal (Foto 1), de tal maneira que a barragem da CEDAE, que se trata de uma construção submersa, no momento da visita estava aparente (Fotos 2 e 3), devida à situação de escassez hídrica, que de acordo com o depoimento dos funcionários da CEDAE foi comparável apenas ao ano de 2002.

Foto 1 – Régua da CEDAE

Nível d`água no momento da visita: 90cm

Nível d`água normal: 150cm

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Foto 2 – Barragem submersa da CEDAE

Foto 3 – Barragem submersa da CEDAE

Segundo relato dos funcionários da CEDAE, devido à seca foi instalado

um sistema de emergencial de bombeamento, que capta água a jusante da barragem e a bombeia para montante, no canal de adução da elevatória CEDAE (Fotos 4 e 5).

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Foto 4 – Sistema Emergencial de Bombeamento

Foto 5 – Sistema de Bombeamento – Mangueiras

O sistema emergencial de bombeamento tem o objetivo de minimizar a

escassez hídrica devida a seca acentuada observada no segundo semestre de 2007, prejudicando o abastecimento de água para a Estação de Tratamento de Água da CEDAE (ETA - Laranjal) e, por conseqüência, afetando os municípios atendidos por essa estação.

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Elevatória da CEDAE Na Elevatória da CEDAE – Estação de Bombeamento, a equipe técnica

presenciou a limpeza das grades de retenção instaladas na entrada da casa de bombas, realizada por mergulhadores (Foto 6).

Foto 6 – Limpeza das Grades de Retenção

Na visita à casa de bombas (Foto 7), foi constatada que apenas três de

um total de cinco bombas estavam em funcionamento, devido à baixa vazão provocada pela seca.

Foto 7 – Casa de Bombas

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Estação de Tratamento de Água da CEDAE (ETA – Laranjal) Na chegada a ETA Laranjal foi apresentado à equipe técnica o Mapa de

Acompanhamento da Produção da estação com dados de 1988 a 2007, Foto 8.

Foto 8 – Mapa de Acompanhamento da Produção

O sistema de tratamento de água (Foto 9) foi descrito detalhadamente

pelo funcionário da estação desde a captação de água proveniente da adutora Imunana, vinda da elevatória da CEDAE, até o final do tratamento e posterior distribuição aos municípios atendidos pela estação.

Foto 9 – Sistema de Tratamento de Água da ETA Laranjal

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3. CONCLUSÕES

Em um Planejamento Estratégico, onde a tendência atual envolve o desenvolvimento sustentado da região hidrográfica, que implica no aproveitamento racional dos recursos com o mínimo dano ao ambiente é essencial estar ciente da disponibilidade e qualidade da água dos principais rios da região estudada.

Diante deste contexto, a visita realizada em uma época de seca foi

fundamental para o conhecimento da situação crítica de escassez, através da qual serão estudadas e propostas medidas que contornem situações semelhantes no futuro.

Conclui-se que a visita técnica realizada na região em estudo foi de

grande importância nas atividades desenvolvidas atualmente no projeto, contribuindo de maneira decisiva no andamento do mesmo.

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ANEXO I

RELATÓRIOS DE VISITA TÉCNICA DA

EQUIPE DA CRH

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1. CARACTERIZAÇÃO DA VISITA Local: Fazenda Escola de Cachoeira de Macacu Escritório da Fazenda Escola. Sala de aula. Alojamento. Refeitório. Áreas possíveis de utilização. Instalações para criação de cavalos. Instalações para suinocultura. Instalações para gado leiteiro. Galpões.

Data: 18 de setembro de 2007 Hora da Visita: 10:00 às 19:00 horas Objetivo: Identificação de áreas possíveis de utilização para plantio de

oleaginosas e desenvolvimento de projeto piloto visando atender as necessidades regionais da agricultura familiar com enfoque no melhor uso da água.

Roteiro da Visita: A equipe técnica teve como ponto de partida a UFF e seguiu até a

Fazenda Escola de Cachoeira de Macacu em Cachoeira de Macacu - RJ.

Equipe Técnica: Ednilton Tavares de Andrade Ivênio Moreira Paulo Henrique M. G. Costa

2. DESCRIÇÃO DOS LOCAIS VISITADOS Escritório da Fazenda Escola A visita ao escritório da Fazenda Escola ocorreu com intuito de verificação da possibilidade de sua utilização nas atividades administrativas do projeto, o que a princípio parece atender as necessidades para as etapas a serem desenvolvidas. Sala de Aula A Fazenda Escola dispõe de sala de aula com capacidade para 50 (cinqüenta) alunos. Esta sala de aula poderá ser utilizada para cursos ou reuniões com agricultores.

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Foto 1 - Entrada da Sala de Aula

Alojamento

Os alojamentos comportam 24 alunos e 4 professores.

Foto 2 - Interior do Alojamento de Alunos

Refeitório

Figura 3 - Refeitório

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Áreas Possíveis de Utilização Foram visitadas as áreas possíveis de utilização para o plantio de oleaginosas e para o desenvolvimento de projetos piloto, como por exemplo, a agricultura irrigada e o tratamento de resíduos da produção animal. Notou-se grande possibilidade de utilização destas áreas para o desenvolvimento do projeto, existe área disponível para os plantios e para a implementação de um tratamento eficiente dos dejetos produzidos pelos animais. A implementação da atividade está condicionada a formalização da utilização destas áreas para estas atividades junto a Faculdade de Veterinária da UFF. Em contato com o administrador da fazenda Prof. Everaldo Lima Botelho, este avaliou de forma positiva esta formalização e encaminhou a equipe da CPA à direção da Faculdade de Veterinária para negociação da parceria.

Foto 8 - Área no Fundo da Fazenda com Potencial de Utilização

Foto 9. Área na Frente da Fazenda com Potencial de Utilização

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Foto 10 - Área na Frente da Fazenda, próxima da estrada, com Potencial de Utilização

Instalações para criação de Eqüinos, Suinocultura e Gado Leiteiro A Fazenda Escola dispõe de instalações para criação de eqüinos, suinocultura e gado leiteiro. Estas atividades geram grande quantidade de resíduos e dejetos que são depositados de forma inadequada sobre o solo e nos mananciais, e com certeza é uma área que necessita de intervenção.

Foto 11 - Área de Criação de Eqüinos

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Foto 12 - Vista externa da Instalação para Suinocultura

Galpões A Fazenda Escola dispõe de galpões para armazenamento de ração e para guarda de implementos.

3. CONCLUSÕES A Fazenda Escola da UFF conta com área e instalações que podem ser utilizadas no desenvolvimento do projeto, porém existe a necessidade de ser firmada uma parceria com a Faculdade de Veterinária da UFF, a fim de possibilitar o livre acesso às instalações. Notou-se que as atividades de produção animal geram grande quantidade de resíduos e dejetos que são dispostos sobre o solo ou lançados em mananciais sem o devido tratamento.

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ANEXO III

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA DA

EQUIPE DA CGH

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1. CARACTERIZAÇÃO DA VISITA Locais: Bacia do Rio Caceribu. Bacia do Rio Macacu. Barragem de Imunama, localizada no município de Guapimirim.

Data: 9 de outubro de 2007 Hora da Visita: 07:30 às 17:30 horas Objetivo: O propósito da visita foi confirmar alguns dados levantados nos estudos

preliminares, consistindo especificamente em: percorrer estradas principais nos limites da área de interesse; verificar o estado geral dos principais cursos d’água que cruzam as estradas; efetuar registro fotográfico desses e de outros pontos notáveis; confirmar dados existentes em cartas disponíveis; verificar as condições de acesso à captação d’água no canal de Imunana; visitar a área do complexo pólo petroquímico em Itaboraí.

Roteiro: Da Escola de Engenharia da UFF partiu-se para o centro da cidade de

Niterói-RJ onde iniciou-se o registro do percurso no GPS, tomando-se a BR-101 no trecho Niterói-Manilha em direção à sede do município de Itaboraí.

A partir da cidade de Itaboraí tomou-se a estrada RJ-116 em direção à cidade de Cachoeiras de Macacu e em seguida em direção a Guapimirim pela RJ122, onde por uma estrada vicinal teve-se acesso a barragem de Imunama, retornando em seguida para a UFF.

Equipe Técnica: Rodrigo Menezes Raposo de Almeida Manoel Isidro de Miranda Neto Hadassiana Costa Creton

2. DESCRIÇÃO DOS LOCAIS VISITADOS Bacia do Rio Caceribu

No início do percurso verificou-se que o estado geral dos cursos d’água

que cortam a BR-101 em direção à Baía de Guanabara encontra-se bastante degradado e com ocupação intensa em suas margens. Esses cursos d’água são os rios Imboassu, Alcântara e Guaxindiba. O mesmo estado foi observado nos cursos d’água que contribuem com a bacia do rio Caceribu como os rios Aldeia, Vargem e Iguá.

A partir da cidade de Itaboraí tomou-se a estrada RJ-116 em direção à

cidade de Cachoeiras de Macacu e logo após o pedágio, foi efetuado o

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primeiro registro fotográfico na ponte sobre o rio Caceribu. As águas desse rio se apresentavam rasas, pouco turvas com velocidade de fluxo lenta e o leito levemente assoreado para montante (Fotos 1 e 2).

Bacia do Rio Macacu

A transposição da bacia do rio Caceribu para a bacia do rio Macacu pela

RJ-116 deu-se numa pequena elevação em corte sobre uma garganta aberta na parte final do contraforte da Serra dos Garcias (Foto 3).

Na bacia do rio Macacu o único afluente importante pareceu ser rio

Bengala (Foto 4), Outros rios da margem esquerda do rio Macacu como o rio das Pedras, o rio Soarinho e o rio Branco que drenam a Serra do Soarinho (Foto 5) não foram vistos. Posteriormente, aproximadamente a 1 km do entroncamento com a RJ-122, a RJ-116 passou sobre o Rio Macacu (Foto 6).

Foto 3 – Serra dos Garcias

Divisor de Águas Foto 4 – Rio Bengala

Vista da RJ-116 para Jusante.

Foto 1 – Rio Caceribu, vista da RJ-116

para Montante Foto 2 – Rio Caceribu, vista da RJ-116

para Jusante

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Foto 5 – Serra do Soarinho

Planície Aluvionar Foto 6 – Rio Macacu

Vista da RJ-116 para Montante. No entroncamento da RJ-116 com a RJ-122 situa-se o parque industrial

da Schincariol, havendo uma estação de tratamento de efluentes industriais (ETEI) em funcionamento, com provável descarga para um córrego afluente da margem direita do rio Macacu.

Seguindo em direção a Guapimirim pela RJ-122, a rodovia se apresenta

em condições precárias, havendo uma estrada vicinal para o distrito de Subaio aproximadamente no km 33 da rodovia RJ-122 e outra estrada vicinal, também para Subaio, no km 26, onde existe uma piscicultura com vários tanques e criadouros de peixes.

Aproximadamente no km 15 da RJ-122 a rodovia passa sobre o rio

Guapi-Açu (Foto 7), que nessa posição recebe o deságüe do rio Rabelo, cujo traçado acompanha quase toda rodovia no sentido Leste-Oeste. Mais adiante a rodovia passa sobre o rio Paraíso (Foto 8) e sobre o rio Iconha (Foto 9).

Barragem de Imunama

Aproximadamente no km 6 da RJ-122 existe uma estrada vicinal em

direção ao Sul em cuja margem segue a linha Adutora Paraíso (Foto 10). Seguiu-se por esse caminho até chegar na captação de Imunana, acessada por precária travessia em ponte sobre o canal de Imunana, mediante abertura de porteira mantida fechada por habitante local.

A barragem da captação exposta evidencia uma situação baixa vazão do

canal de Imunana (Foto 11). Encontrava-se em operação um sistema de bomba submersível que complementava a baixa vazão oferecida pelo canal com água de jusante da barragem.

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Foto 7 – Rio Guapi-Açu

Vista da RJ-122 para Montante Foto 8 – Rio Paraíso

Vista da RJ-122 para Jusante

Foto 9 – Rio Iconha

Vista da RJ-122 para Montante Foto 10 – Adutora Paraíso

Vazamento no Duto

Da captação seguiu-se por caminho de terra margeando o canal de adução até a Estação Elevatória e dali pode-se pegar a rodovia RJ-493, que foi feito, tomando-se a direção de Manilha para retornar à BR-101 e prosseguir para a localidade de Porto das Caixas em Itaboraí.

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Foto 11 – Canal de Imunana

Captação com Barragem Exposta e Bombeamento Auxiliar de Águas de Jusante.

Foi visitada a ponte danificada sobre o rio Porto das Caixas que dá

acesso à localidade de Visconde de Itaboraí. Em Porto das Caixas foram feitas tentativas de acesso à área do complexo petroquímico e também a uma jazida de exploração de argila para cerâmica, num afloramento da Formação Macacu, ambas sem sucesso.