4
XI ANNO DOMINGO, 31 DE MAIO IDE 1911 AV 5/5 SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL Assignatura Anno. iSooo réis: semestre, ioo réis. Pagamento adeantado. para fóra: Anno. iSsoo; semestre, Coo; avuiso. 20 réis. (('ttiunosição C Isupressão) Para o Brs.zii: Anno. uSooo reis i moeaa torte(. S R 11 A P A N H I C I C , DIK?CTOR -PBOPRIET&RIO —JoséAuguslo Saloio | RUA I26’ 2 : Publicações Annuncios— i.* pubiicação. 40 réis a linha, nas seguinte», 20 réis, Annuncios na 4.» pagina,, contracto especiaL Os auí®«- o |i graphos não se resátuem q‘u«r sejan» a«: nSa pu-blicadosi. EDITOR — José Cypriano Salgado Junior Âs constituintes Falta apenas o curto es- paço de oiío dias para a nação portugueza escolher os seus representantes ás Constituintes, certamente 0mais grave problema da suaactual vida politica. Em tempo algum preci- sou, como agora, o povo portuguezinteressar-setão directa e patrioticamente no acto que domingo vai realisar-se porque tudo de - pende, para a prosperida- de eresurgimento de Por- tugal, da maneira comoel- le encarar e fizer uso do direitosacratíssimoque lhe assiste na escolha dos seus representantes. Sete mezes apenas ha decorridos após a implantação da Republi- ca, mas esperámos não sir- va isto de pretexto, para que os antigos, processos eleiçoeiros da odienta mo- narquia se exhibam, o. que seriaurnaironiarevoltante, umaburla abjecta. O novo regimen, que cavou fundo nas ruinas da monarquia, removendo todos os des- troços que porventura lhe estorvassem, o- caminho, tambem tem o dever de fazer vèr ao povo que, a uma vida nova emtoda a engrenagem politica,admi- nistrativa e económica da nação, deve corresponder a cooperação patriótica e tanto quanto possivel des- interessadadetodos,omes- mo que seja, a preferencia dada aos interessesdo paiz sobre quaisquer outros, de carácter individual ou col- lectivo. Na vigênciada mo- narquia, a preocupação maior de todos os partidos era fazerem-se cercar de entidades políticas, algu- mas das quais se apossa- ram dos fóros de summi- dades,paraessevergonho- so legado que nos deixa- ram, visinhoda mais com- pleta fallencia económica e moral. Que agora, ao con- trario, se não pense mais empoliticos, mas ern iner- gicos, bons e honrados administradores porque só poderão fácil e mais rapi- damente conseguir a con- solidação da Republica ei os progressos da Patria. Assim 0 exige a transfor- mação cívica que é mister que se opére no nosso po- vo, emancipando-o da po litica de intrigas e véxa^ mes, pondo-o ao abrigo de influencias que quei ram, mais ou menos, jogar com a sua consciência em satisfação de pretensões vaidosas, de interesses pro- prios. Onde quer que tremúle a gloriosa bandeira de 5 , de Outubro, devterâ mani- festar-se não umaqualquer aspiração partidária, mas simum verdadeiro anceio nacional para que as Cons- tituintes traduzam o sentir de todos, para que possam ser intérpretes das neces- sidades do momento, ela- borando um código funda- mental vasado sobre novos moldes e inspirado em i- déias scientificas que aten- dam, ao mesmo-tempo, á psicologia e á fisiologia do nosso povo. Para o grandioso acto que seprojecta nesta hora de preparo, que a ninguém passe despercebida a espe- ctativa. em que se encon- tramas nações extrangei- ras, esperando d’esse acto a definitiva consolidação 'do regimen, para a qual todos devem collaborar in- temeratamente, patriótica- mente-, Ese ás nações inte - ressa o que poderá resul- tar das eleições de domin- go, quanto mais nos deve- remos nós empenhar em que ellas sejam o mais for- mal desmentido a todos os ataques calumniosos que têem visado a Republica? E’ preciso não esquecer os elementos contrários ao actual regimen, que pro- curarão diâcultar ou. adul- terar o acto da eleição dos nossosrepresentantes. Que o povo tenha sempre em vista o passado- emtoda a sua fallencia. de pudor e moralidade na gerencia dos negocios públicos a principiar no trono régio- e a terminar no atrevido ga- lopim local, escudo do ex- lincto regimen dc crápula e roubo. Que jámais o povo esqueça a vergonhosa pa- godeira que levou a nação: á miséria, para que possa, dhora ávante, escorraçar os seus exploradores que porventura lhe apareçam na frente. Estamos num regimen de liberdade? Ca- da umvoteconforme a sua consciência lhe dictar; dis- pensa-se o galopim á por - ta mostrando essa necessi- dade. Mas para isto é ne cessario que todos vão á urna cumprir esse dever. O facto de se não concor- dar com os nomes, esco- lhidos pelas commissões. não impede que o eleitor risque os que estão e es- creva os que lhe parecer. Não são contados? que im- porta issosese votou com os nomes que se quiz! Des- de que se. vote pela Repu- blica, v©ta-se pela Patria. A.’ s r .a D, A>de- lai.dk:- Moret em particu - lar, .e-aos.meus caros.lei- tpees e amigos cm, geral. P restes a deixar a colla- boração neste jornal, tal- vez para sempre, é o meu dever agradecer a. V. Ex.a a sua delicada atenção, respondendo ao meu- arti - go comdesusada franque- za, dando assim uma pro- va de boa educação. V. Ex.anão me conhece e não é vulgar ligar-se im - portancia a qualquer par- venu que nos maça com discussões estéreis, em que a superabundancia de fra- ses bombasticas e cirqum- loquios escusados, suprem a fàlta de senso edescien- cia. Mas V. Ex.anão quiz saber se o humilde signa- tarix) do- artigo era uma insignincan te in dividuali* dade, e deu-lhe ahonra de consideral-o digno de uma francaeamenacavaqueira. Por isso depoisde agra- decer essa amabilidade,, e embora de opinião dife- rente no campo filosófico, concordo com V. Ex.ana parte que diz- não ha hu- manidade. Na- rainha curta existencia, tenho observa- do que áquelles que mais humanidade apregoam, áquelles que mais, benevo- lencia e mansidão aparen- tam, são os peiores e nun- ca os seus actos con- dizem com as suas pala- vras. Por isso me revolto, por isso desmascaro, por isso critico livremente e embora comprehenda, co- mo V. Ex.amuito bem ex- põe, que as vindictas, e as mesquinhas vinganças ca- hirão sobre mim, recordo afrase de Cicero «Amicus Plato, sed magisamicave- ritas», e compadeçoi-me dos tímidos, dos vendidos qu.e aprovam com o seu, silencio as iniquidades e injustiças, que vemos a ca- da passa e que aoutras ocasiões não deixariam passar em silencio. JáLope de Vega, no seculo xvi, escrevia: «No ha de haber um espirito valiente? Siempre se ha de sentir lo que se dice, Nunca se ha de decir; lo que se sien.te? Bife constituindo umaex- cepção da regra digo o que sinto e embora sofra as consequencias como V. Ex.a diz, a minha cons- ciência fica socegada, e eu isatisfeitamuitoemborase- ja perseguido por assim proceder. Lamento que a minha mudança de situação, e consequentemente a reti- rada desta, localidade^me inhibam de continuar es- tas. amenas palestras, mas tenha V. Ex,4 a certeza de que todo atempaque te- nha disponível dedical-o- hei a novos esubsequentes artigos,, se. por acaso os doutos, e livre: pensadores ;que por c 4 ficamnão qui- zerem substuir-me nessa tarefa, oque nãojulgo pro- va veL E : ao despedir-me de ti, caro. leitor e amjgo,.agra- decendo a tua evangelica paciência,, quer atura ha dois annos os meus des- pretenciosos e singelos ar- tigos, devo tambem ma- nifestar a minha gratidão e reconhecimentoaos que por motivo de minha pro- fissão lidaram, de- perto commigo. e- que embora ausentes não serão jámais esquecidos por quem, co- mo eu, tantas provas de deferencia e estima rece- beu. Essessenhores longe de roe trataremcomo umin- ferior subordinado, não se desdenharamdeconceder- me a sua amisade,. tecen- do-me elogios immereci- dos, no cumprimento de meus deveres, em que a boa vontadeeobservação*, têemsuprido a fàltadè um diploma.. Qs doutores Mathias Boleto Ferreira de Mira, Antonio da Silva Vieira,.. Manuel Fernandes da Cos- ta Moura, Eduardo Esteves- Figueira e Manuel Bairrão Ruivo (respectivam enteca- pitão e major médico., de, artilharia) recebamospr©^ testos de minha gratidâa- pela immerecida honra que meconcederam nãoachan- do incompatibilidade algu- ma cora o meu serviço co- mo enfermeiro do hospital da. Misericórdia da,villa de Canha< E tenho dito,. Jesuino, toca.o hymno deita os foguetes. .. ....... . Josií Martins dos Rris. CARTAABERTA~ 10 POIO DE A De alma aberta como sempre costumo falar, ve- nho hoje perante o povo da minha terra pedir-lhe que preste alguma atenção: ao que vou dizer. Aldegal- lega, a lerra 7 naismacissa- mente republicana de Por- tugal,. não deve desvane- cer a sua antiga fama. An- tes pelo contrario, ella que, no regimen: de; opressão, que acabou, soube;manter sempre erguido o pendão da independencia e da al- tivez, deve agora,., na vi- gência da Republica* decla- rar bemalto que continua-- rá a ser? altiva e a ser no- bre. Durante o tempo ern. que Portugal; teve.- como fórm .a de govêrno a mo- narquia o povo de Alde- gallega, nunca consentiu. qu.e se corametessem in- justiçasnem deshumanida- des. Agora que foi,implan- tado umregimen: deTibeo-

2 Âs constituintes - mun-montijo.pt · os seus representantes ás Constituintes, certamente 0 mais grave problema da sua actual vida politica. Em tempo algum preci sou, como agora,

  • Upload
    vanngoc

  • View
    249

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 2 Âs constituintes - mun-montijo.pt · os seus representantes ás Constituintes, certamente 0 mais grave problema da sua actual vida politica. Em tempo algum preci sou, como agora,

X I ANNO D O M IN G O , 31 D E M A IO IDE 1911 AV 5 / 5

SEMANARIO REPUBLICANO RADICAL

A ssignaturaAnno. iSooo ré is: semestre, io o réis. Pagamento adeantado.para fóra: A nno . iSsoo; sem estre, Coo; avuiso. 20 réis. fí ( ( 't t iu n o s iç ã o C Is u p re s s ã o )Para o Brs.zii: A nno . uSooo reis i m oeaa torte(. S R 11 A P A N H I C I C ,

DIK?CTOR-PBOPRIET&RIO—JoséAuguslo Saloio | RUA I26’ 2 :

P u b licaçõesA n n u n cio s— i.* pubiicação. 40 ré is a linha, nas seguinte»,

20 réis, A nnuncios na 4.» pagina,, contracto especiaL O s auí®«- o | i graphos não se resátuem q‘u «r sejan» a«: nS a pu-blicadosi.

EDITOR— José Cypriano Salgado Junior

Âs constituintesFalta apenas o curto es­

paço de oiío dias para a nação portugueza escolher os seus representantes ás Constituintes, certamente 0 mais grave problema da sua actual vida politica.

Em tempo algum preci­sou, como agora, o povo portuguez interessar-se tão directa e patrioticamente no acto que domingo vai realisar-se porque tudo de­pende, para a prosperida­de e resurgimento de Por­tugal, da maneira como el­le encarar e fizer uso do direito sacratíssimo que lhe assiste na escolha dos seus representantes. Sete mezes apenas ha decorridos após a implantação da Republi­ca, mas esperámos não sir­va isto de pretexto, para que os antigos, processos eleiçoeiros da odienta mo­narquia se exhibam, o. que seria urna ironia revoltante, uma burla abjecta. O novo regimen, que cavou fundo nas ruinas da monarquia, removendo todos os des­troços que porventura lhe estorvassem, o- caminho, tambem tem o dever de fazer vèr ao povo que, a uma vida nova em toda a engrenagem politica, admi­nistrativa e económica da nação, deve corresponder a cooperação patriótica e tanto quanto possivel des­interessada de todos,o mes­mo que seja, a preferencia dada aos interesses do paiz sobre quaisquer outros, de carácter individual ou col- lectivo. Na vigência da mo­narquia, a preocupação maior de todos os partidos era fazerem-se cercar de entidades políticas, algu­mas das quais se apossa­ram dos fóros de summi- dades,para esse vergonho­so legado que nos deixa­ram, visinho da mais com­pleta fallencia económica e moral. Que agora, ao con­trario, se não pense mais em politicos, mas ern iner- gicos, bons e honrados administradores porque só poderão fácil e mais rapi­damente conseguir a con­solidação da Republica ei

os progressos da Patria. Assim 0 exige a transfor­mação cívica que é mister que se opére no nosso po­vo, emancipando-o da po litica de intrigas e véxa mes, pondo-o ao abrigo de influencias que quei ram, mais ou menos, jogar com a sua consciência em satisfação de pretensões vaidosas, de interesses pro­prios.

Onde quer que tremúle a gloriosa bandeira de 5, de Outubro, devterâ mani­festar-se não uma qualquer aspiração partidária, mas sim um verdadeiro anceio nacional para que as Cons­tituintes traduzam o sentir de todos, para que possam ser intérpretes das neces­sidades do momento, ela­borando um código funda­mental vasado sobre novos moldes e inspirado em i- déias scientificas que aten­dam, ao mesmo-tempo, á psicologia e á fisiologia do nosso povo.

Para o grandioso acto que se projecta nesta hora de preparo, que a ninguém passe despercebida a espe- ctativa. em que se encon­tram as nações extrangei- ras, esperando d’esse acto a definitiva consolidação 'do regimen, para a qual todos devem collaborar in­temeratamente, patriótica- mente-, E se ás nações inte­ressa o que poderá resul­tar das eleições de domin­go, quanto mais nos deve­remos nós empenhar em que ellas sejam o mais for­mal desmentido a todos os ataques calumniosos que têem visado a Republica?

E’ preciso não esquecer os elementos contrários ao actual regimen, que pro­curarão diâcultar ou. adul­terar o acto da eleição dos nossos representantes. Que o povo tenha sempre em vista o passado- em toda a sua fallencia. de pudor e moralidade na gerencia dos negocios públicos a principiar no trono régio- e a terminar no atrevido ga­lopim local, escudo do ex- lincto regimen dc crápula e roubo. Que jámais o povo esqueça a vergonhosa pa­godeira que levou a n a ç ã o :

á miséria, para que possa, dhora ávante, escorraçar os seus exploradores que porventura lhe apareçam na frente. Estamos num regimen de liberdade? Ca­da um vote conforme a sua consciência lhe dictar; dis­pensa-se o galopim á por­ta mostrando essa necessi­dade. Mas para isto é ne cessario que todos vão á urna cumprir esse dever. O facto de se não concor­dar com os nomes, esco­lhidos pelas commissões. não impede que o eleitor risque os que estão e es­creva os que lhe parecer. Não são contados? que im­porta isso se se votou com os nomes que se quiz! Des­de que se. vote pela Repu­blica, v©ta-se pela Patria.

A.’ sr.a D, A>de-lai.dk:- Moret em particu­lar, .e-aos.m eus caros.lei- tpees e amigos cm, geral.

P restes a deixar a colla- boração neste jornal, tal­vez para sempre, é o meu dever agradecer a. V. Ex.a a sua delicada atenção, respondendo ao meu- arti­go com desusada franque­za, dando assim uma pro­va de boa educação.

V. Ex.a não me conhece e não é vulgar ligar-se im­portancia a qualquer par- venu que nos maça com discussões estéreis, em que a superabundancia de fra­ses bombasticas e cirqum- loquios escusados, suprem a fàlta de senso edescien- cia. Mas V. Ex.a não quiz saber se o humilde signa- tarix) do- artigo era uma insignincan te in dividuali* dade, e deu-lhe a honra de consideral-o digno de uma francae amena cavaqueira.

Por isso depois de agra­decer essa amabilidade,, e embora de opinião dife­rente no campo filosófico, concordo com V. Ex.a na parte que diz- não ha hu­manidade. Na- rainha curta existencia, tenho observa­do que áquelles que mais humanidade apregoam, áquelles que mais, benevo­lencia e mansidão aparen­

tam, são os peiores e nun­ca os seus actos con­dizem com as suas pala­vras. Por isso me revolto, por isso desmascaro, por isso critico livremente e embora comprehenda, co­mo V. Ex.a muito bem ex­põe, que as vindictas, e as mesquinhas vinganças ca- hirão sobre mim, recordo a frase de Cicero «Amicus Plato, sed magisamicave- ritas», e compadeçoi-me dos tímidos, dos vendidos qu.e aprovam com o seu, silencio as iniquidades e injustiças, que vemos a ca­da passa e que aoutras ocasiões não deixariam passar em silencio. Já Lope de Vega, no seculo xvi, escrevia:

«No ha de haber um espirito valiente?

Siempre se ha de sentir lo q u e se dice,

Nunca se ha de decir; lo que se sien.te?

Bife constituindo uma ex­cepção da regra digo o que sinto e embora sofra as consequencias como V. Ex.a diz, a minha cons­ciência fica socegada, e eu isatisfeita muito embora se­ja perseguido por assim proceder.

Lamento que a minha mudança de situação, e consequentemente a reti­rada d esta, localidade me inhibam de continuar es­tas. amenas palestras, mas tenha V. Ex,4 a certeza de que todo atempaque te­nha disponível dedical-o- hei a novos e subsequentes artigos,, se. por acaso os doutos, e livre: pensadores ;que por c4 ficam não qui- zerem substuir-me nessa tarefa, o que não julgo pro­va veL

E: ao despedir-me de ti, caro. leitor e amjgo,. agra­decendo a tua evangelicapaciência,, quer atura ha dois annos os meus des- pretenciosos e singelos ar­tigos, devo tambem ma­nifestar a minha gratidão e reconhecimento aos que por motivo de minha pro­fissão lidaram, de- perto commigo. e- que embora ausentes não serão jámais esquecidos por quem, co ­

mo eu, tantas provas de deferencia e estima rece­beu.

Esses senhores longe de roe tratarem como um in­ferior subordinado, não se desdenharam de conceder- me a sua amisade,. tecen­do-me elogios immereci- dos, no cumprimento de meus deveres, em que a boa vontade e observação*, têem suprido a fàlta dè um diploma..

Qs doutores Mathias Boleto Ferreira de Mira, Antonio da Silva Vieira,.. Manuel Fernandes da Cos­ta Moura, Eduardo Esteves- Figueira e Manuel Bairrão Ruivo (respectivam ente ca­pitão e major médico., de, artilharia) recebamospr© testos de minha gratidâa- pela immerecida honra que me concederam não achan­do incompatibilidade algu­ma cora o meu serviço co­mo enfermeiro do hospital da. Misericórdia da,villa de Canha<

E tenho dito,.Jesuino, toca.o hymno

deita os foguetes.......... .

Josií M artins dos R ris.

CARTAABERTA~

1 0 P O I O DE ADe alma aberta como

sempre costumo falar, ve­nho hoje perante o povo da minha terra pedir-lhe que preste alguma atenção: ao que vou dizer. Aldegal­lega, a lerra 7naismacissa- mente republicana de Por­tugal,. não deve desvane­cer a sua antiga fama. An­tes pelo contrario, ella que, no regimen: de; opressão, que acabou, soube;manter sempre erguido o pendão da independencia e da al­tivez, deve agora,., na vi­gência da Republica* decla­rar bem alto que continua-- rá a ser? altiva e a ser no­bre. Durante o tempo ern. que Portugal; teve.- como fórm.a de govêrno a mo­narquia o povo de Alde­gallega, nunca consentiu. qu.e se corametessem in­justiças nem deshumanida- des. Agora que foi, implan­tado um regimen: deTibeo-

Page 2: 2 Âs constituintes - mun-montijo.pt · os seus representantes ás Constituintes, certamente 0 mais grave problema da sua actual vida politica. Em tempo algum preci sou, como agora,

& O D O M I N G O

-dade, deve -este povo se-j guir nas mesmas pisadas, arredando de si como mau*1 •cidadão todo aquelle que pretender manc-har4he a dignidade.

Não tenho espirito algum '•político; sou um mero apai­xonado pela igualdade en­tre’ os homens; desejo tão simplesmente que a-Huma­nidade vá avançando dia a dia na senda da perfectibi- Iidade. Por isso mesmo,, porque me não sinto incli­nado á intriga politica e an­tes busco mostrar a todos o caminho que julgo ser o 'mais sério e o mais provei­toso, eu me dirijo hoje ao povo da minha terra pe- dindo-lhe atenção.

Tinha eu planeado esta carta quando no Dia nó Popular deparo com um. maniTssto ao pai'?, assinado'.] por homens da enverga­dura intellectual de Julio de Mattos, Bruno e outros. Agradou-me immenso a leitura d esse escrito, e con­fesso que me senti enver­gonhado ao vèr ^ue 0- ifnens, que na oposição eram queridos pelas suas a Afir­mações de combate contra os aCtos indecorosos dos;•:tiilassas, seguem doutrina; exactamente contraria á- quella que é apontada pe­los sinaí arios do manifesto.il

Ao povo de Aldegallega eu peço, pois, que nunca -se deixe ludibriar pelas afirmações venais d’um ou dfoutro A consciência, a honestidade, a razão aci­ma de tudo. Buscai nos actos das pessoas aquillo de que ellas serão capazes e não vos deixeis arreba­tar pela eloquencra mais ou menos demosthenica deste ou daquelle. A nos­sa missão no mundo é de procurarmos a felicida­de de todos para que nossa seja tambem garan­tida. 1 essa felecidade não se encontra no ar entre o turbilhão de miasmas qne compõe a atmosfera. E’ no trabaíhon o campo da hon­ra e da independencia que tudo se adquire. O suor do rosto d uns e o esforço intellectual doutros vão simultaneamente cultivan­do a terra e os espiritos. Devemo-nos ajudar conti­nuamente, sem sabermos achar entre ambos mais do que a pequenina dife­rença dos trabalhos emT

que cada um se ocupa.

repu liarmos os monárqui­cos que queiram d e sin te ­re s s a d a m e n te aax-iiiar a Re­publica. A estes os braços abertos porque hoje pódem ser bons republicanos.

E para a desgraça da Patria mais depressa pó­dem concorrer maos-repu­blicanos do que maus mo­nárquicos. Ao povo de Al­degallega peço que medi-j te bem n’esta carta e con­tinue *a ser fortemente consciente.

P aulíxo G omes.

'Êommentarios Moíiiias

Emquanto na oposição, fácil era a todos clamar contra os actos deshones- tos dos monárquicos. Tu­do gritava acobertado pe­lo pavilhão da Republica. Não se distinguiam bem cft sentimentos,, pois se a- teftsiia mais áâ palavras,

zâo, se não atende á ho­nestidade dos processos aseguirmento a ponto de o povo reoublicano historico esco'*lher para o representar al­guem que lhe merece todas as sympatias, e, por seu la do, outro alguem, com ins­piração de cima, manda disputar a eieição ao pri­meiro com a prévia oferta dos votos dos adesivos. H o rrib ile d iclu.. .

Não é comtudo só aqui. Ha republicanos que não merecem absolutamente confiança nenhuma, e em todas as terras. Para que

f i n n l n o « i o s é l t o d r lg i t e s bordo do paquete «Ara

guaya» chegou na pretérita, qirar- •ta "feira Aiishôa e encontra-se entre nós, este nosso iliuotn conterrâneo que, como já dissé-i mos, havia 41 annos qne d’aqni sahira com destino ao Brazil. firmino José Rodrigues ocupa logares de destaque*no Rio Gran de do Sul, entre elles e de che fe de secção do 'tezoirro do Es tado. Amante das létras, tem da­do á publicidade -bellos escri ptcrs. Gomo jornalista teto ali collaborado em diversos jornais e revistas e 'hoje ocupa o logar de redactor principal d’«G Lu zitano», orgSo da colónia portu­gueza, que se publica em Porto Alegre.

Este nosso tão distinot© quão talentoso patricio vem em via­gem de recreio visitar a tnãe patria e -conta demorar-se seis mezes apenas. Felicrtâmd o sin­ceramente por le r chegado de perfeita saude, e fazemos arden­tes votos para que, dentro de tão curto praso, gose com apro veiiamento as bellezas d’este nos so esplendido torrão, tão injusta­mente depreciado lá fóra por in­divíduos sem patria, sem vergo­nha e sem honra.R ela to r io

■Da Associação Propagadora ■da lei do Registo Civil recebe­mos iwn exemplar do Relatorio da Direcção e parecer‘do conse- ho fiscal relativo á ‘gerencia de 1910, que agradecemos. D eclaração

Fa^o, por este meio, constar •que a cotnmnnicação intitulada «Perseguição» inserta n^este jo r­nal de 7 dó corrente, em nada se entende com o sr. Justiniano, empregado da Empreza de Ele etricid-ade de Aldegallega. Alde­gallega, 20 de maio de 1911, (a) G. Gonzaleí.

roubo na e n r lfe ta r ia «Pharol da Gula».Parece que estão já descober­

tos os gatunos implicados no rou­bo na ourivesaria «Pharol da Guia», cujo valor, segundo « ul­timo balanço, é úe 30 contos de réis. Aqni, o sr. administrador, como se tratava d ’um roubo, tambem quiz metter as suas im- macuiadas mãosinhas no assunto, ordenando que se prendesse um pobre artista de teatro que aqui pretendia dar um espectáculo na quinta feira. A prisão fez-se por constar á zeioza auetoridade que o extranho artista tinha no hotel uma mala cheia de jo ia s .. . de latão!DèllTranee

Pelas 10 horas da noite de do­mingo passado deu á luz, com muita felicidade, uma linda eri­

ça a vigorar o novo regulamento da praça dos trabalhadores ru­rais, que è: abrir a praça, ás 10 horas da manhã e fechar ás 3 da tarde.Funetoaarl& s m unlci-

pai». iEm sessão extraordinaria da

camara, >na passada segunda fei- <ra, foi votado por unanimidade para o cargo de amanuense da câmara, o sr. Silvestre Gomes Carvalheira, e por tres votos pa­ra o cargo de secretario, o sr. dr, Arthur Sant’Ánna Leite.V e r e a d o r e s l ie e a sc e a d o s

Pediram fieeaça por seis e

José Cypriano Salgado Junior e| José d’Assis Vasconcellos.lía^erel T . Pamládin

Tvve a delicadeza de tios apre­sentar os seus cumprimentos de

que aos actos. O govêrno sarba precaver centt'à elles do nosso amigo, sr. Alvaro Va- republicano está de pé e ilfoe dirijo eu esta carta. lefite- As nossa* felicitações, eis que as chagas começam j Não ha motivo algum para Trabalhadores rurais a descobrir-se. Irepti liarmos osmonaraui-í Consta nos que já hoje come-

Aldegallega não deve consentir na aproximação daquelles que-se manifes­taram doentes. Cura radi-J cal sempre: quem não fòr honeáto não póde merecer a consideração dos que o’ são. Regenere-se se quizer.

Felizmente que o povo da minha terra se tem sa-1 bido manter sempre mais ou menos dentro do cami­nho da independencia: Se algumas cabeçadas tem dado a justiça lhe faço de' declarar q ue a c'Qlpa'é d'Ou­trem. Repare, porém, elle que, espalhados por Por- ttigarfôra,1ia alguns que procuram unica e simples­mente subir sem atender a processos. Apoiam-se no povo e o povo ainda em muitos actos se mostra duma tola ingenuidade Deixai de ser ingénuos, ho­mens do povo. "Eu falo-vos com exemplos á vista. Al na Figueira da Foz, onde o elemento monárquico sempre predominou, está sendo feitauma atroz cam­panha contra homens que durante toda a sua vida têem pugnado pela rege­neração da Patria Portu­gueza. Poem-se de parte republicanos sinceros, d's- ma bonestidade irrefutável com largas folhas de servi­ço e abraçam-se criaturas que, não pondo em duvida a sua honradez,não deviam, porém, valer perante o partido republicano a dé­cima parte dos-primeiros.Mase o Directorio quem sanciona tudo istoíIL.. E é alguem que c-ommunica diariamente com o Minis­tério quem tudo isto pro- voca Hl,..

O povo republicano de Coimbra correu com esse alguem das suas listas. Em todo o círculo se blasfêma da parte dos republicanos historicos contra este pro­cedimento .. Mas é que é preciso ir-se já formando as clientelas e, por essa ra­

pai dA ldegallega, ÍSlíBriomos a um sa» grado dever se náo justificássemos o nosso procedim ento perante os m uní­cipes (Teste concelho « s e nos deram a subida honra de serm os seus repre­sentantes. N o dia 14. pelas 8 horas da noite, houve uma reunião na sala dng sessões convocada pelo sr. presiden­te, a fim de apreciarm os os docum en­tos dos concorrentes aos logares de a- manuense e de secretario, assim como para ficar definitivam ente assente quais dos concorrentes aos referido» logares deveriam ser votados. N’ess« reunião o sr. presidente tez-a exposi-

-çSo dos docum entos apresentados pe­los concorrentes, e como a questão fosse collocada sobre os docum entos,' p o r nós foi dito que 0 dr. Sant’A nna 'Leite ern reahmente o que melhore» docum entos spresentára; mas como a prática nos tinha dem onstrado que esse sentiot náo tinha competencia para exercer o cargo de secretario— o que nSo fo i contestado p o r nenhum dos vereadores mas sim corroborada a nossa sfirm açSo— declarámos que vo- tavamos no sr. Folque de Castro, vis-

quaftro m e ze s re s p e c tiv a m e n te os Vl es,e sr. possuia m elhorei do- v e re a d o re s d a c a m a r a m t m ic ip a l; cum entosdo que qualquer dos otítros d ’este c o n c e lh o , os U o ssos a m ig o s concorrentes Pelo sr. vereador José - - - - - - 0 Maria de Bastos Panellas toi dito que

tencionava votar no dr. Sant'A nna Lette, mas em virtude dos seus colle- ;J gas serem unanimes em dizer*]ue esse sr. nSo tinha com petencia para e xe r­cer o cargo, votaria ro sr. íFolque d* G ostro,perguntando ainda «ste sr. ve»

d e sp e d id a , 0 nosso p re sa d o am ig o reador q u sn to sa n n ss de serviço tinha M a n u e l T a v a r e s P a u la d a q ue n a o sr. Folque de C astro, respondendo-

.Lá ~ lhe o sr. presidente que tmha sete. Pe*s e x t a f e ir a , em m issã o co m m er- |os srs presidente e vereador M oura c ia i, s e g u iu p a r a a c id a d e do P a foi dito que votavam no dr. Sant’Anna t á (■B ra«il), on de te n cio n a dem o- Leite, isto é: que votavam com os do- ra r-s e a lg u n s m e z e s. cnamefitos. Estas declarações deram

t> „ loaar a que nós ihe diisessem os queB o a v ia g e m , e que n a q u e lla s os^docu^ e n io s nada valiam em virta -

lo n g ín q u a s p a r a g e n s d is fru te todo de da prática nos te r demonstrado o 0 b e m -e sta r de q u e se to rn a u i- co n tra rio .sendo-lhe perguntado n'es-

g n o , são os n o sso s a rd e n te s d e - se jo s.

REG ISTO CIV IL

sa altura se elle, presidente, tinha oa não durante esse tempo de empenha­do o logar de secretario, respondèn-

| do que ntnguem melhor do que ella poderia dizer alguma coisa sobre 0 as­sunto, e que, realmente, esse sr. nSo

C a s a m e n to s . Dia 15—Jo- tinha desempenhado o cargo cora sé Augusto Soeiro e Francisca competencia, mas que queria ser eo-Soares, servindo de -tesíemunhas-' í?erente e pori SS° q°e w,wva^omos“ documentos. Em seguida pelo srvI ra n c is c o d O liv e ir a C a n e lla s , presidente foi d ito que estavam ter-Manuel Amaro Jimior, Nicolau minados os trabalhos e qu» ficava as-Fernandes, Antonio Soeiro e Jo- sente q>>enós e o vereador José Ms-sé Fernandes Marques; dia 20- ria Í e,iâasl°s ^8nrellssT 1 u> 1 . . sr. Folque de Castro e elle e 'o veren-Amlio José r eij&o e Antonia dor Moura votariam no dr. Leite. Na Lticas. Testemunhas: José Paulo dia i5 soubemos que alguns mfluen-Pereira Rato, Maria A. Nfftto cj Manuel Marques Gaspar.

tes politicos se tinham metido d e p e r- meio para que o dr. Leite fosse n o ­meado e o sr. José A ugusto Saloio,

el Netto Cordeiro Aranha

^ a s c i m e u t o . Diâ 19— João tendo tambem conhecim ento d o ca s® Cordeiro Aranha, filho de Manu- se dirigio ao sr. presidente, fasen ío-

Aranha e de Carlota Ihe v ê r a má im p re ssío que re iu itarie \ r a n h a d’ essa nomeação, visto que era publi-

, co e notorio que esse sr. nSo tinha U O ltO S. i>ia 15— Gertrudes com petencia para exercer o cargo, «

da Silva Gregorio, de 4 9 a n n o s se nSo queri-im votar c o m o s;r. F o l- de idade, filha de Joaquim da ^ ue de Castro que votassem com oSilv» Q ^ o « o . de Maria Hen £ Snqueta Vieira, victima de ane- jg o intellicente e trabalhador., o que mia. 17— Manuel da Costa Ca- foi recusado pelo sr. p resid tn te. Pelo seiro Junior, filho de Manuel da sr- Saloio nos foi contado, em casa d»

--- r*------- -- -- ue an. IttMCCÍl.illlsr. Quaresm a. 0 que se tinha passad» entre elle e 0 sr. presidente. N'es a al­tura o s r . Quaresm a disse-nos que vo ­tássemos no sr. G regorio que ta!ver solucionássem os o caso e nós respon­demos lhe que preferiam os dar o no s­so voto a este do qae ao d r. Le ite, O sr. Quarestna fo i te r com o sr. presi­dente para que votasse n o sr. G regá­rio e assim estava resolvido o confli- :to; e por ttquelie sr. lhe foi respon­d id o que cã o . Fomos para a sessão, « o sr. presidunte e vereador M oura ro*

Eu, abaixo assigado, declaro ” I3m C0P 0 dr- Leite-ap^sr de 0 nup fronrlr. -'-faro «chiresi incompetente-e o vereadorque fendo undo uma correspon- Jose M .ria de Bastos Panellas, que ti- oencia de 1 aro para mim, o car- nhn deriarado perem ptoriam ente,

que votaria no sr. Folque de C astro , votou na dr. Le ite, is t o c o n f ir m o u - se a nossa suspeita, com prehen lem os

Costa Caseiro e de Êduarda Au­gusta, de 7 annos de idade, vi­ctima de tuberculose meningea.

■— mé<aae> f mm<

Prevenção ao Commercio

teiro a entregou, por engano, a Antonio Rodrigues Jorge (0 Pin- c e le iro ) e este s e n h o r teve a d e li-1 que haviamos assistido «ura espeticu- ca da cortezia de receber a d ita 11° edificante e que uma mão oculta ti­

nha manejado a seu bei praser, esta nomeação. Po sto isto, entendemos que náo deviam os p o r fórma alguma

c o rre s p o n d ê n c ia e m a n d a r o p e ­d id o q ue m e e ra feito a m im , a esse m eu f re g u e z , te n d o e u ago- continuar no exercicio do nossò car- r a em m eu p o d e r u m a o rd em pa- 8° e q ue tinhamos feitio nem or- r a lh e fa z e r esse p a g a m e n to no San’sfÇ Ro própria para desem penhar

11 » semelhantes pané s. resolvem os, po r-m esm o g e n e ro q o e e lle , J o r g e , tanto, pedir uma licença que rep-e- m a n d o u , a ss im com o te n h o tam - senta para todos o» efleitos para nós bem em m eu p o d e r d o cu m e n to s a nossa dem i^So Depois da votaçSo.para provar 0 que aqui declaro. cá, fórB' na ruo’

j 1 ~ sidente que o sr. Folque de Castro tt-F a ç o e sta declaraçao^ p a r a nha vim ^ niino3 dt! ^ rviço para 0 ef-

q ue e ste hom em fiq u e a ss im co- feito da reform a. Em prim eiro logsrnhecido pela sua proeza. contou o tempo de amanuense o que

, , , T ’ • náo deveria tér feito, em segundoio-Aldegallega, 19 de maio de ™ q na dlscU5;So. n So disse

1911. ( a ) José Antomo Paulada. que ^ Sr. C astro tir.ba vinte annos de

0 p O t O d l Aldegallega se j a i iç a do s e x o fe m in in o , a e sp ó Z â j Nós, vereadores da camara munici-

I serviço, e que por esse motivo affe* ctava os intôresseã do nrjn:cip:or

DISTE CONCELHOJosé C y p ria n o Salgado Ju n io r.Jási d’As»is'Vasconcellos. '

Page 3: 2 Âs constituintes - mun-montijo.pt · os seus representantes ás Constituintes, certamente 0 mais grave problema da sua actual vida politica. Em tempo algum preci sou, como agora,

O D O M I N G O 3

AGRICULTURAAS B A L A N ÇAS

A enorme influencia que a balança póde e deve exer­cer no progresso da agri­cultura de um paiz, mere­ce bem a pena referir para incitamento dos syndicatos agricoias locaes, onde um grande número de socios póde aproveitar do seu ensinamento.

Não é um impossível es- tabelecel-as em differentes pontos, á beira de estradas

[ muito frequentadas e dis­so temos exemplo no nos­so proprio paiz, no termo de Barcellos, por exemplo, onde existem algumas pa­ra pesagem de toragem de pinho para uma serração hespanhola, e no sul do paiz, para pesagem de por­cos gordos. No extrangei­ro existem em muita parte, com grande vantagem dos agricultores das regiões onde primeiro foram instal- ladas, multiplicando-se ca­da dia o seu número.

A balança representa um valioso papel na parte com­mercial da exploração, su­bstituindo ao arbitrario, a exactidão das pesagens, dispensando qualquer ou­tra medida,

Substitue facto com enorme vantagem as me­didas de volume, cujo tra­balho é por sua natureza sujeito a grandes erros, e no qual os equívocos, os lapsos e as confusões pó­dem causar os maiores pre­juizos.

Para os vinhos e azeites compara-se o tempo e o trabalho para fazer dua pesagens, a tara vasia, e depois de cheia, com o en­cher, attestar, transportar e vasar as 3o ou 40 medi­das que um casco compor­ta!

Para 0 leito, compara-se0 tempo e trabalho de pe­sar uma bilha ou de pesar litro a litro, os 40 ou 5o li­tros que ella contenha.

E para os seccos, como para os molhados, a vanta­gem de substituir a pesa­gem á medição é sempre enorme.

Senão compara-se 0 nú­mero de medições precisas para medir e encher 5oo saccos de trigo, que a 6 al­queires cada sacco, repre­sentam 3ooo medições, com o acertar o peso de cada saco a 90 ou 100 k.os!

Mas não é só o trabalho fastidioso de medição, são as artes que os medidores empregam, que fazem com que se não meça duas ve­zes o mesmo, volume, dan­do origem a-quebras per­manentes e a prejuizos enormes.

Com a pesagem todos estes inconvenientes são postos de parte, e melhor ainda nas balanças regista­doras, onde com cada pe­sada se marca um cartão especial, certo, exacto, in­fra udavel.

Balanças maiores permi­tem a pesagem de um car­ro de palha ou de feno, de uma carrada de matto ou de esterco, de uma rez adulta para talho, vendida quasi sempre ás cégas ao primeiro contratador que aparece, e emfim de tudo0 que entra e sahe duma exploração agricola, e que deve ser contado e escri- pturado para a exacta com­prehensão da estática cul­tural.

Ao lado das vantagens commerciaes avultam po­rém as vantagens technicas permitindo o uso corrente da balança determinar com o maior rigor o ren­dimento de cada folha de terra, e o estudo exacto das vantagens de uma cul­tura mais aperfeiçoada, de uma adubação mais inten­siva.

Só ella permite ao agri­cultor seguir dia a dia o desenvolvimento dos seus gados, o progresso da crea­ção e engorda, o melhor aproveitamento das forra­gens.

Na adega, no lagar, no celleiro, em toda a parte, dentro da exploração agri­cola, aparece a balança co­mo regulador, o fiador a que é preciso recorrer a todo o instante, para apre­ciar um progresso realisa­do, para medir um atrazo mal conhecido, para fisca- lisar o movimento das ra­ções, o rendimento das la- garadas, a funda das moen­das.

Uma exploração sem ba­lança assemelha-se muito a um navio sem agulha de marear, podendo um ha­bil timoneiro num e nou­tro caso levar o barco ao porto de salvamento, mas sendo sempre o seu traba­lho hesitante, incerto, te­merário, e conduzindo-o as mais das vezes ao nau- fragio sobre os escolhos.

Póde-se affoitamente dizer que a existencia da balança e da nitreira são os indicadores do grão de a- perfeiçoamento ou intelli­gencia com que uma ex­ploração é dirigida, mos­trando a raridade com que uma e outra coisa se en­contra nas nossas granjas o seu grande atrazo, em relação a outros paizes a- gricolas.

1 São caras as grandes ba­

lanças; devem sel-o, mas para remediar a este mal, fácil desencontrar remédio na associação, quer e sa vise a immediatamente jun­tar os fundos precisos para a compra e iostallação da balança, quer procure fa­zer face á responsabili Jade do emprestimo para a sua acquisição, fazendo-se o pagamento do capital e ju­ros com o pagamento de um mínimo por cada pesa­da.

Installada a balança e tomando um dos associa­dos o encargo da sua ex­ploração, em 4 dias por mez, ou mais amiudo, pro­cederia ás pesagens que se apresentassem cobrando taxas variaveis com o va­lor do volume pesado, por exemplo 100 réis por uma rez bovina adulta; 60 réis por cada rez adolescente; 10 réis por ovelha; 40 réis por cada cevado; 200 réis por casco de azeite; 100 réis por casco de vinho; 100 réis por carrada de palha; 200 réis por carrada de cortiça, etc., etc., até pagamento integral da ba­lança, reduzindo-se depois essas quotas de 5o por cen­to e revertendo o produ­eto para acquisição de no­va balança em outro pon­to que podesse aproveitar a novos associados.

Estes syndicatos explo­rando balanças têem exis­tencia em muitas regiões agricoias extrangeiras, ten­do dado magníficos resul­tados junto dos mercados dos de gado bovino para talho, susbstituindo a ar- robação a olho tão difficil e incerta, aos números exactos marcados pela ba­lança.

Em resumo a balança merece bem a attenção dos nossos agricultores e é de esperar que elles comecem

considera-la como um dos seus mais poderosos auxiliares para a mais in- telligente direcção das suas granjas e explorações agri­das.

A m a n d o d e Sea b r a .

• ções que levo pelas defferencias ' que sempre tiveram para commi­go. Agradeço igualmente á digna direcção da Loja Jettatorista e seus dignos socios, pela maneira delicada como sempre alli fui re­cebido por tão distincta e boa ra­paziada amiga, pois não esquece­rei nunca áquelles que sempre me estimaram e me honram com a sua amizade.

A todos, pois, ofereço 0 meu fraco préstimo no Pará, durante o pouco tempo que lá tenciono estar. Ha já bastante tempo que tenho estado para embarcar, mas motivos estranhos á minha vontade fizeram com que eu tan­tas vezes adiasse o meu embar­que. Sinto pezar não patentear aqui os motivos, mas abestenho- me de o fazer porque um dia de­pois do outro é o melhor mestre do mundo.

Igualmente agradeço á impren­sa local pela maneira honrosa porque sempre me destinguia quando se ocupava da minha hu­milde pessoa.

De novo, pois, me despeço, enviando a todos um fraternal a- braço, e igualmente a meus pais, e meu mano José Antonio Paula­da e sua familia, «los meus vizi­nhos e da nossa querida terra.

Adeus, até breve.Aldegallega, 19 de maio de

1911. (a ) Manuel Tavares Pau­lada.

ANNUNCIOS

ANNUNCIO

DESPEDIDARetirando-me de novo para

o Brazil (cidade do Pará) eu ve­nho mui respeitosamente pedir a todos os meus amigos, e ás ex.ma8 familias com quem tinha a honra de conviver para què me descul­pem eu não o ter feito pessoal­mente, pelo facto de não me achar com a coragem precisa pa­ra o fazer. Igualmente me des­peço de todos áquelles que mui­to honrosamente me receberam na nossa querida terra por occa siào da minha chegada do Bra zil. Ao florescente Grupo Musi­cal, e a toda a boa rapaziada a- miga que do mesmo fazem parte, eu faço as minhas despedidas e envto a tódos um saudozo abraço como prova de g tatas recorda-

G D IT O S D E 3 0 O I.4S

(2.* publicação)

Por este Juizo de Direito, e cartorio do escrivão que este assigna, correm editos de 3o dias, a contar da se­gunda e ultima publicação do presente annuncio, ci­tando o executado refra­ctario Guilherme Marques Valente, filho de Joaquim Marques Valente e Maria dOliveira, natural da Bar­ra Cheia, de Alhos Vedros, e cujo paradeiro se ignora, para no praso de io dias, posterior ao dos éditos, pa­gar na recebedoria d’este concelho a quantia de réis

3oo$ooo nos termos do ar­tigo 173 do decreto de 24 de Dezembro de 1901 ou nomear bens á penhora para seu integral pagamen­to, bem como das custas e selios prováveis da res­pectiva execução, até fina), sob pena de não o fazendo, ser devolvido esse direito ao respectivo agente do Ministério Público, na qua­lidade de exequente.—Al­degallega, 29 de Abril de 1911.V e rifiq u e i a exactidão:

O JU IZ D E D IR E IT O ,

Antonio Jorge Marçal.O E S C R IV Á O ,

Pedro José Bandeira.

CABA

Vende-se uma de i.° an­dar, sita na Praça Agrico­la, n.08 9 e 10. Trata-se com Augusto Estevam Fernan­des, nesta villa.

E D I T A LA Camara Municipal do

concelho de Aldegallega do Ribatejo faz saber queo afilamento dos pesos e medidas, começará no dia primeiro do proximo mez de Junho e terminará no dia trinta e um de julho, devendo todas as pessoas, que neste concelho fazem uso de instrumentos de pesar e medir, concorrer á repartição competente, durante 0 indicado praso, para cumprimento desta disposição legal, sob pena de ficarem incursos na rnul- ta estabelecida pelas pos­turas munieipaes e legisla­ção em vigor.

Aldegallega do Ribatejo 20 de Maio de 1911.

O Presidente da Cam ara,

Manuel Ferreira Giraldes.

LUZ ELECTRICA

G. G O N ZALE Z & GEsta casa é a que actualmente, n esta terra faz ins­

tallações mais baratas, mais perfeitas e de mais fácil comprehensão para o freguez acudir a qualquer irre­gularidade que porventura possa acontecer na iuz. O material empregado é de superior qualidade como se póde prosar pelo avantajado número de installações já feitas. N’este estabelecimento está sempre em expo­sição todo o material para que 0 público 0 possa exa­minar.

Péde-se a fineza de não fazerem installações sem que primeiro vejam os orçamentos d’esta casa.

13 R U A DO C AH JS -14ALDEGALLEGA i*s

Page 4: 2 Âs constituintes - mun-montijo.pt · os seus representantes ás Constituintes, certamente 0 mais grave problema da sua actual vida politica. Em tempo algum preci sou, como agora,

4 O D O M Í N G O

SANTOS LOURENÇOA D V O G A D O

A ’s 3.*‘, 4 .V sextas e sabbados

Síua òi S. â/uhác, 114, £.a L is b ô a

ENCYCLOPÉDIADAS FAMÍLIAS

Revista illustrada de ins­trucção e recreio. A publi­cação mais util e económi­ca que se publica em Por­tugal. R. Diario de Noti­cias, 93—Lisbôa.

Com escriptorio na rua João de Deus, n.° j 3. En­carrega-se de solicitar em todas as repartições da comarca e fóra d’el!a, por preços muito diminutos.

NOVO MUNDOIllustração semanal

Cada anno, 2 volumes de mais de 5oo páginas e 1:000 ilíustrações, cada um, por 2$ooo réis.

Assigna-se na Praça de S. Bento, 28-1.0—Lisbôa.

POLPA MELAÇADAE ’ o m elhor e raais económ ico ali­

m ento para cavallos. m uares, vaccas. p o rco s, cabras, gado de lá, coelhos, galiinhas, e tc.--Im p o rta d o r exclusivo C E N T R O IN D U S T R IA L D A C A ­T A L U N H A , rua Augusta, 140.

Concessionário do exclusivo de venda para P O R T U G A L , C O LO N I- A S E B R A Z IL .

JULIO BRETESRua da Assumpção, 57, 2.°—E.

Telephone, 2946Representante em Alde­

gallega, Moita e Alcochete, a quem devem ser dirigidos todos os pedidos 492FRANCISCO RELOGIO

Aldegallega

COMPANHIA DE SEGUROS U N I V E R S A LSociedade Anonyma de Responsabilidade Limitada

CAPITAL: 1 .« 0 0 : 0 0 0 ^ 0 0 0 R s .Séde em LISBOA, 193, rua Augusta

Effectúa seguros terrestres, maritimos e agrícolas PRECOS USUAES >

Correspondente em Aldegallega — Antonio Victorino Rodrigues. 5*5

30, R. D A PRAÇA., 33

P R O D O C T O S D Â F A B R I C A D E C H O C O L A T E S— DE —

ãiotst® mmm49, CALÇADA DO CARMO, 53

— LISBOA— 53a

BIBLIOTHECA DE EDUCACÃO MODERNA

OS SI M

• ^

& 35 2 ^

i k*_ S sw)U ££CS I

g sfea KJ

O

A Í o

e g o .NT3 «9fcjo rE ^<u J

§ ;r<-icr<n tcO c

.y -t > « V. uU c« oc/l Oo (fl oTJO

t/JrtT J• iHOu.O«r\(/)O

s_T J

VT 7

OeoVB4

CS ~ta « o «fc 3rt w u 'rt

w S

uO o -O .>r «-u; rtS> T JW •OT3«3’u>

o

aCJ

-§<

vf-w

wQ

-S-jCQ

«3a0$

HISTORIA d a s RELIGIÕESCompilação de R IB E IR O D E C A RVALH O

53 « 3 a. 3 a U tí

Fabricação aperfeiçoada de chocolates puros. Variado sortimento de phantasias e Bombons. Cafés e cbicorias.

ALIMENTO DO POVO

10 RÉIS, UM BOM ALMOÇO, 10 RÉIS!Este saboroso alimento recommenda-se por ser

económico e nutritivo devido á combinação de assucar, farinha, cacau com casca e canella.

10 RÉISO ALMOÇO M AIS ECONOMICO G SU B ST A N C IA L

Cacau puro em pò e cacau cm pó com assucarArtigo especial desta casa, recommenda-se ás pes­

soas débeis, doentes e crianças por ser um produeto muito nutritivo, de fino pâladar e de fácil digestão.

L A T A S D E ioo G R A M M A S PREÇOS: Cacau puro em pó, 120 réis; cacau em

pó com assucar, i.a, 100 réis; 2.11, 80 réis.Todos estes artigos se acham á venda em Aldegal­

lega, nas principaes mercearias e outros estabelecimen­tos. ___________________

DESCONTOS AOS REVENDEDORES Para revenda dirigir os pedidos a Sousa Lima,

nosso unico representante em Aldegallega.

PADARIA TABOENSER. M ARTYR DE MONTJUICH

$$ ALDEGALLEGA 0

Pão de Vianna d’Austria a____ 10 e 20 réis» dôce a. . .............................................. 10 e 20 »» para diabéticos a............ 10,20 e 3o »» de fôrma a......... .......... 10, 20 e 5o »» fino a.......................... 5, 10, 20, 40 e 5o »d saloio a....................... 10, 20 e 40 »

Pão fino, quente, todas as tardes, e bolos de leite

Pão de familia, a 5o réis o meio kilo e a goréis o kilo; caseiro, a 5o réis o meio kilo e go réis o ki­lo. O pão de fôrma e fino vende-se a 5o réis o meio kilo. Ha tambem pão de familia para 80 réis o kilo.

F í aulas, carcaças, bolachas, biscoitos, artigos í)e paste­laria, cervejaria, vinhos finos e

______________________ 5i7

Massas alimenticias de todas as qualidades

Magníficos bôlos sortidos de todas as qualidades e de fabrico especial deste estabelecimento.

Exceilente bôlo ÍNGLKZ e de ARROZ.

L iv ro notabilissim o, livro indispensável a qunntos desejam in stru ir se e progred ir. T em os vivid o em uma ignorancia quasi absoluta ácerca da h isto ­ria das religiões. Chegam os a não saber a própria hisioria do Catolicism o, que mais de perto nos interessa e agita. De modo que um liv ro , congloban ­do a historia de to Aos os tempos e em todos os os paizes, constitue um tra­balho que todos devem p o ssuir, que todos devem le r e pro p ag ar— o que representará um valioso serviço prestado á causa da instruccão em P o rtu ­gal, porque uma das mais necessarias tarefas da sciencia consiste hoje em reconstituir a historia das religiões.

Servindo se d. s notáveis trabalhos de Salomão Reinach, de B euchat. de H oliebecque e do Barão d O lb a ch , conseguiu R ibeiro de Carvalho conglo- bar em um só liv ro , p o r maneira clara, toda essa historia, dividindo a obra em três partes, cuja enumeração basta pa-a lhe m ostrar a im portancia.

«A >rigem das R e lig iõ e s — Religião e M ytologia -T h e o ria da Revelação prim itiva — O culto das plantas e dos animais— As m etam orphoses —O T o te- mismo e as fá b u la s -O sacrifício do Tótem — O S»bbat -L a in za çf-o progves- s va da H um anidade— A Magia e a Sciencia— O Fu tu ro das Religiões e à ne­cessidade de lhes estudar a historia— A Sciencia das Religiões não só instrue e educa, mas liberta tambem o espirito humano.

«Religiões Antigas e Religiões A ctu a e s.» -R e lig iõ e s que existem actual­mente— Religiões dos povos chamados selv a g e n s-R e lig iõ e s de todos os pa- vos antigos— Os seus ritos, os seus deuses, os seus sacrifícios— Os phenó- menos religiosos, as suas formas e a sua natureza— Logares sagra ios O s te m p lo s -O s m ythos— Com o funcciona uma religião— Sacerdócio e Egrejas — E stud o histórico das Religiões.

«Christo e o C hristianism o.»— A Judeia ao nascer Jesus— Quem foi C h ris ­t o —Exam e da sua d o u trin a — Os prim eiros séculos do C hristianism o— A in ­fluencia de Platão— C h risto não foi o fundador do C h istia n ism o -F a lsid a d e da actual religião christan— Os co n c ilio s —Costum es de C hristo e da sua p re ­tendida E g re ja — G uerras entre C h ristã o s— A trocidades praticadas peio C hristianism o— C rim es da E g r e ja —A moral christan, inimiga da V id a, do A m o r e da Felicidade.

Com o se vê. por este sim ples enunciado dos seus capítulos, a «H istoris das Religiões é um liv ro notável e cuja leitura se im põe.

Preço do liv ro : brochado. 200 réis; magnificamente encadernado em lina, 3oo réi ' ' . . .

zil e colonias.calina, 3oo reis. Vende se em todas as principaes livrarias de Portugal

1 per* , Bra*

Remette se tambem pelo co rre io para todas as terras a quem rem etter a respectiva im portancia em estampilhas ou qualquer outro valor de taci! co­brança. Fedidos á L iv ra ria Internacional, Calçada do Sacram ento, ao C hia­do, 4 4 —Lisboa.

CASA COMERCIALE

SEBASTIÃO LEAL DA G A IAColossal sortimento de fazendas de lã e algodão

por preços reduzidos.Unico representante da casa das célebres machinas

de coser M E M Ó R IA e das afamadas bicyclettes Clé- ment, Gnlrner e Memória e motocvclettes F. N . 4 cy- lindros.

Vende machinas de coser a prestações semanaes de 5oo réis e a prompto com grandes descontos.

Accessorios para machinas, oleo, agulhas, etc.

D A C A T 4L O C JO S G R Á T I S

10 - RUA DA CALDADA - 12A1É££ALL££A

É I M P i É I i

À m edicina vegetal, será a p rim itiva, mas é a mais natural, a mais prom ­pta. a mais barata e a menos perigosa. Com várias nom enclaturas, fórmulas caprichosas, rótulos bonitos e reclames extravagantes, os m édicos receitam e as pharmacias vendem sem pre «por alto preço», extractos dozeados de plantas são vulgares, que em qualqner quintal se encontram sem custo. E ’ uma industria legal, scientifica, necessaria, mas que só póde existir pela ex­ploração dos enferm os, nem sem pre ricos. O D IC C IO N A R IO D E M E D IC I­N A V E G E T A L (ao alcance de todos) por Çarlo s M arques, é portanto, util em todas as casas.— O i.° volum e, de 176 páginas, indica «os signaes que caracterisam as principaes enfermidadt-s e a sua cura pela therapeutica v e ­getal», raizes, folhas, flores e fructos, etc.— O 2.0 vol. tambem de 176 p;íg. trata da «descripção botânica e emprego medicina!» das p n n cipaes plantas portuguezas e brazileiras.

Cada volum e custa apenas 200 rs. (pelo correio 220 rs.) e encontram se já á venda nas principais livrarias do reino, ilhas, África e B razil. O» pedidos devem ser dirigido s ao e ditor,

FRANCISCO S ILV A

Rua de S. Bento, 216-B

11488132