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cassiano-getulio-de-mendonca
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Ética Fenomenologia
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A tica e os Atos Humanos
Uma distino fundamental:
atos humanos
(fazer)
e
atos do homem (acontecer)
*
Na tica se distinguem:
Atos do HomemRealizam-se sem domnio racional e voluntrio. Por exemplo, a circulao do sangue, a digesto, etc.
Atos Humanosaes, externas ou internas, que o homem realiza com conhecimento (advertncia do que faz, deliberao) e vontade livre (porque quer, faz uma coisa ou a omite; faz uma coisa ou outra)
Atos humanos so...
o homem dono de tal modo que pode fazer ou omitir, Pode faz-los de um modo ou de outro.So as aes livres, ou seja, aquelas que procedem da deliberao racional e da vontade, quer seja imediatamente (amor, desejo, dio, etc.) ou atravs de outras potncias (falar, trabalhar, etc.).*
Atos do homem...
o homem no possui domnio direto (desenvolvimento fsico, circulao do sangue, digesto etc.).
*
Fazer e acontecer...
Para facilitar a compreenso os verbos fazer e acontecer.
Um ato humano - o homem tem conscincia de ser ele mesmo o autor, a causa desse acontecimento pessoal: a ao humana est unida vivncia de ser eu o agente ativo e responsvel, a verdadeira causa do que fao.
Um ato do homem - o sujeito tem, pelo contrrio, a conscincia de que algo acontece com ele, como se o seu ser fosse um cenrio no qual algo acontece, sem sua participao pessoal ativa.
*
Conduta humana
S com relao aos atos humanos falamos propriamente de conduta humana, porque com eles o homem conduz a si mesmo para seus objetivos, servindo-se para isso de seu conhecimento da realidade e do ambiente em que vive.*
Autodeciso
As aes humanas dependem inteiramente desse centro de autodeciso que chamamos de pessoa. S elas podem ser postas em relao ao modo de ser moral da pessoa (ethos). S elas implicam responsabilidade moral; j que o sujeito pessoal pode responder (dar razo) quelas aes. autor dessas aes.*
Podemos concluir dizendo que...
...as aes da pessoa humana so objeto material da tica enquanto que so livres, isto , enquanto so a atuao da deliberao racional e da vontade.
*
O objeto formal da tica
b. A moralidade dos atos humanos
Os atos humanos sob o ponto de vista de sua retido moral ou moralidade.
O objeto formal da tica consiste na qualificao dos atos humanos enquanto bons ou maus.
A bondade ou maldade das aes humanas enquanto tais se chama genericamente moralidade.
*
O Objeto da tica: os atos humanos
A Psicologia e a Filosofia Natural tambm estudam o ser humano, mas em termos especulativos.
A tica estud-lo- em termos prticos:
qual a finalidade da vida humana?
Em que consistem a perfeio e a felicidade?
Como atingi-las?
*
1) Fatores que influenciam na realizao de um ato humano
a) A violncia coao externa
Se somos forados, com violncia no somos responsveis. No realizados livremente.Ato imoral de quem coage.b) Paixes movimentos do apetite sensitivo que se comove espontaneamente diante do bem ou do mal.
Por exemplo: a percepo de algum bem provoca a paixo do amor. Se no se tem esse bem, nasce o desejo; se se tem, nasce a alegria. Quando se capta um mal, surge o dio; quando o mal nos atinge, nasce a averso ou fuga; se o mal est presente, surge a tristeza. Tambm paixo a esperana, ou percepo de um bem ausente, difcil, mas possvel; se o bem impossvel, nasce a desesperana.salvo quando elas suprimem um dos elementos imprescindveis do ato humano:
o conhecimento e a vontade livre.
Fazer as coisas com paixo , em principio, bom:
tudo depende da moralidade do ato.
Por exemplo, fazer um ato bem superando a desesperana duplamente meritrio.
tambm bom ter grandes desejos de aes honestas.
c) Medo: paixo produzida pela ameaa de um mal iminente e dificilmente supervel.
Para que impea o ato humano deve ser intenso, forte. Normalmente no tira a voluntariedade do ato e pode aumentar o seu valor tico. Por exemplo, o medo ante as conseqncias desagradveis de uma ao boa tem que ser superado, incrementando-se assim o valor moral da conduta.a) Invencvel: completa - no pode ser superada.
b)Vencvel: pode-se venc-la, mas no se quer.
Por exemplo, no quero procurar saber de quem este relgio, para poder apropriar-me dele com tranqilidade. Culpa; pode agrav-la.
2) Determinao da moralidade dos atos humanos
Como se sabe que um ato bom ou mau?
Considerar o seu objeto,
as circunstncias e
a finalidade
Ex.: o objeto do roubo? Tomar posse de algo que pertence a outra pessoa e, assim, no cumprir um princpio da lei moral.
O objeto mau; portanto, o ato tambm . Qual o objeto da ajuda a algum que est em perigo? Evitar que perca a sua vida, que um bem; logo esse ato bom.Objeto
Por exemplo, agir sob o impulso de uma paixo pode conforme os casos atenuar ou agravar a culpabilidade.
Circunstncias
Finalidade
Para que um ato seja bom tambm devem ser bons o objeto, as circunstncias e o fim. Um ato mau, se mau qualquer dos trs elementos: o objeto, as circunstncias ou o fim.