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7/24/2019 2. Prncipios Fundamentas Do Mtodo Franis Mzieres
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Ol!Esta semana vamos trabalhar com
os Princpios Fundamentais doMtodo de Francoise MziresGlobalidade e Cadeias Musculares
7/24/2019 2. Prncipios Fundamentas Do Mtodo Franis Mzieres
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A GlobalidadeA Globalidade
Sistemas de cadeias musculares etratamentos posturais globais.
Descrito pela fisioterapeuta FranoiseMzires(1909-1992).
Mzires chegou globalidade pelaobservao dos deslocamentos dasmassas corporais.
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Em 1947, atendendo uma paciente de40 anos,com uma hipercifose torcica,
aps coloc-la em decbito dorsal,Mzires tentou abrir seus ombros e
percebeu que a lordose lombaraumentou, buscou reduzir a lordose
flexionando os quadris e a lordosecervical ampliou-se, procurou minimizara lordose cervical e ocorreu um bloqueio
inspiratrio observado pelo aumento dotrax.
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PrincPrincpios Fundamentais do mpios Fundamentais do mtodo detodo deFranFranoiseoise MMziziresres
A cadeia posterior funciona como um s msculo.
uma cadeia tnica, sendo portanto solicitada o
tempo todo.A idade, as AVDs, as doenas, os traumatismos,
encurtam essa cadeia e nos achatam.
Alongamentos segmentares provocamcompensaes em lateroflexes e rotaes.
Todo alongamento, dor, esforo, provoca bloqueiorespiratrio em inspirao.
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PrincPrincpios Fundamentais do mpios Fundamentais do mtodo detodo deFranFranoiseoise MMziziresres
A respirao no se educa, mas libera-se.
O bloqueio respiratrio est relacionado com oencurtamento das cadeias que deformam a
estrutura. O diafragma faz parte do sistema decadeias musculares. Quando se normaliza aestrutura, a respirao normaliza-se (Geismar,
1993; Mzires, 1967).
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PrincPrincpios Fundamentais do mpios Fundamentais do mtodo detodo deFranFranoiseoise MMziziresres
Reflexos antilgicos a priori: aqueles que levamo corpo a adotar uma posio para evitar umador ou incmodo antes que apaream. Estasposies antilgicas se cristalizam, so
incorporadas de tal forma que no temospercepo das mesmas. Diferentemente dosreflexos antilgicos a posteriori, aqueles que
levam o corpo a adotar uma posio para evitaruma dor ou incmodo j presentes.
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Mezirs (1967) acreditava que, para
tornar a posio ereta o maiseconmica possvel, para equilibrar-se, o homem desloca os seussegmentos da seguinte forma: a
cabea vai para frente, o dorso paratrs, o abdome para a frente, a pelvepara trs. O polgono de sustentao
tende a aumentar.
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O deslocamento das massas responsvel pelo nosso
achatamento, e no o peso e afraqueza dos msculos posteriores.Estes so curtos e tnicos, portanto,
no deveriam ser musculados e simalongados.
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As 4 cadeias musculares descritas porAs 4 cadeias musculares descritas porMMziziresres
A cadeia posterior
A cadeia braquial: msculos anteriores do brao,antebrao e mo
A cadeia ntero-interna: msculos diafragma eiliopsoas
A cadeia anterior cervical
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CADEIA INSPIRATCADEIA INSPIRATRIARIA
Compreende osmsculos escalenos,peitoral menor,
intercostais ediafragma.
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O msculoesternocleidomastodeo,
embora no citado em algumas
literaturas, tem participaoimportante nesta cadeia.
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Em caso de rigidez dos inspiratrios,o alongamento da nuca bloqueia oindivduo em inspirao atravs dosescalenos e do diafragma que tracionado pelo seu tendo.
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preciso, portanto, em todas asposturas fazer o indivduo suspirar
livremente a cada instante, utilizando,
se necessrio, manobras de liberaodo diafragma.
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Cadeia nteroCadeia ntero--interna do quadrilinterna do quadril
Compreende os
msculos: ilaco,psoas maior e
menor, pectneo,
grcil, adutormagno, adutor curto,
adutor longo.
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Cadeia nteroCadeia ntero--interna do ombrointerna do ombro
Prolonga-se pela
cadeia anterior dobrao, sua perda deflexibilidade acarreta
aduo-rotao internado brao. constitudapelos msculos peitoral
maior, coracobraquial esubescapular.
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Cadeia anterior do braCadeia anterior do braoo
quase exclusivamente anterior; compreendetodos os suspensores do brao, do antebrao,da mo e dos dedos, so os msculos: trapzio(fibras superiores), deltide (poro mdia),coracobraquial, bceps do brao, braquiorradial,braquial, pronador redondo, flexor radial do carpo,
flexor ulnar do carpo, flexor superficial dos dedos,flexor profundo dos dedos, msculos da regiotenar e msculos da regio hipotenar.
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Cadeia PosteriorCadeia Posterior
Compreende os msculos daplanta do p, perna, coxa e colunavertebral
C d i P t iC d i P t i
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Cadeia PosteriorCadeia Posterior
Msculos daplanta do p:
abdutor do hlux,adutor do hlux,flexor curto dohlux, flexor curtodos dedos, flexor
longo do hlux,flexor longo dosdedos;
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Cadeia PosteriorCadeia Posterior
Msculos da pernae da coxa:gastrocnmio,sleo, poplteo,semitendneo,semimembranoso,
bceps da coxa,glteo mximo;
Msculos da coluna
vertebral: gruposuperficial eprofundo.
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Globalidade tratamento e prevenGlobalidade tratamento e prevenoo
No se foca a dor, o sintoma, mas sima modificao global da estrutura
para chegar-se s causas emelhorar a funo.
A estrutura governa a funo,acreditava Mzires , assim comoStill.
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Falando sobre globalidade
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Dualidade muscular
O msculo constitudo de dois elementosinseparveis: o sistema conjuntivo aponeurtico, queliga os segmentos sseos entre si, e os elementoscontrteis, que permitem a esse sistema fibroelsticotensionar esses segmentos. O conjunto contrtil assim includo no sistema fibroso aponeurtico. o que
os osteopatas chamaram de fascia. Em nossapatologia esttica, devemos considerar os doissistemas e suas perturbaes
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Dualidade Muscular
Em nossas consideraes fisiolgicas devemos estar muitoatentos, especialmente quando elas levam formulao de umtratamento reeducativo. Cada msculo tem uma funo prpria,
diferente de seu aparente agonista, e ela nica.O msculo braquial anterior tnico e suspende o antebrao emligeira flexo quando o membro superior pende ao longo docorpo. O bceps supinador e flexor do antebrao. Entre estes
dois msculos no h agonismo. Um entra em contrao reflexapor alongamento quando a articulao se abre, o outro, porestmulo direto, para tornar a fech-la. A funo dos doismsculos totalmente diferente(Marcel Bienfait).
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Fisiologia muscular
Para compreender a fisiologia muscular, indispensvel separar bem as coisas. H uma funodinmica, a das unidades motoras fsicas, e h umafuno esttica, a das unidades motoras tnicas. Cadamsculo tem uma funo dominante, e apenas estafuno dominante que se deve considerar em um
estudo fisiolgico. Para compreend-la podemosseparar os msculos em duas categorias funcionais.
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Musculatura dinmica
Certos msculos podem ser consideradosinteiramente dinmicos. So os grandes
msculos do movimento, em geral os dosmembros. So constitudos de fibras muscularesde comprimento proporcional amplitude do
movimento. Suas poucas unidades tnicas sodevidas sua tenso permanente, e preparam omsculo para uma contrao rpida.
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Musculatura tnica
So os msculos antigravitacionais, sejaequilibrando as articulaes de carga, seja
suspendendo os segmentos pendulares. Somsculos de fibras musculares curtas. Suaspoucas unidades fsicas destinam-se a uma
intervenao rpida nos desequilbrios bruscos ouquedas repentinas.
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Musculatura dinmica orientada.
So msculos da dinmica, mas suas unidades tnicassubmetidas a aferncias centrais tm uma atividadepostural direcional que prepara o msculo para ummovimento preciso, orientado para um fim preciso. So,sobretudo os msculos do tronco e das cinturas. Essasunidades motoras permitem, dessa forma, a passagem
do reflexo inconsciente ao gesto voluntrio, que Pavlovchamava de reflexo de orientao.
A i id d l
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Atividade postural
Atividade postural antigravitacional: o tnus quepoderamos chamar de proprioceptivo. Ele depende dosproprioceptores: dos fusos e reflexo miottico, do labirinto e
sistema vestibular, das articulaes, dos msculos etc. a eledevemos a manuteno da posio ereta, a suspenso dossegmentos pendulares, as reaes de adaptao esttica e deadaptao s mudanas de posio, as reaes inconscientes
de equilbrio. a este tnus antigravitacional que se relacionamtodos os msculos que classificamos na categoria tnica.
Ati id d t l
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Atividade postural
Atividade postural direcional: o tnus direcional tem umafisiologia neurolgica muito diversa, cujo conhecimento estainda longe de ser satisfatrio. Todas as aes de
posicionamento direcional que precedem todos os nossosgestos, so construdas sobre o conjunto das reaesantigravitacionais que as modifica , de acordo com a situaocriada pela necessidade do movimento. Na realidade, uma
funo tnica global, que poderamos chamar de tnusexteroceptivo, pois tem como origem um estmulo exteroceptivo,antes do gesto especfico que este estmulo solicita, essa funotnica passa por trs estgios: imobilizao atenta, orientao
da cabea e do corpo, posicionamento dos rgos sensoriais esegmentos mveis.
R d tti
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Reeducao esttica
A funo tnica postural uma funo reflexa ativa 24horas por dia.
As contraes tnicas so apenas aumentos de umatenso j existente.O sistema tnico, que quase no podemos influenciarvoluntariamente, pode aumentar sua tenso, mas
tambm diminu-la pela ao da atividade gama.A funo tnica feita de equilbrio de tensesmusculares;
Na funo tnica, no h msculo antagonista, hapenas msculos sinrgicos sempre alertas.
R d tti
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Reeducao esttica
O tnus postural uma organizao segmentarascendente. Praticamente inexiste no nascimento einstala-se progressivamente, conforme as
necessidades da esttica.No h cadeia muscular tnica imutvel. Cada espciee, quase poderamos dizer, cada indivduo, tem suaprpria organizao. De acordo com as necessidadesda esttica, cada segmento se equilibra sobre osegmento subjacente.
fundamental que essa noo de aquisio do tnus
postural seja levada em considerao nosdesequilbrios estticos patolgicos. A criana, a partirde suas necessidades funcionais, solicita seu tnusindispensvel sua funo de locomoo. Este se
instala progressivamente, e no chega ao estgioadulto antes dos 8 a 10 anos de idade.
bibli fibibli fi
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bibliografiabibliografia
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Revista: Fisioterapia Esttica Novartis Biocincias S.A ngela SantosOs Desequilbrios Estticos:filosofia, patologia e tratamentofisioterpico Marcel Bienfait; So Paulo: Summus, 1995.