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20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul ANAIS DO CONGRESSO “ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM ONCOLOGIA: ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS?”

20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

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20, 21 e 22 de maio de 2016

Centro Sul

ANAIS DO CONGRESSO

“ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM ONCOLOGIA:

ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS?”

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 001

Autores: Luciane Pereira Lindenmeyer, [email protected], Porto Alegre/RS.

Hospital Nossa Senhora da Conceição/ Grupo Hospitalar Conceição.

Denise Bueno, [email protected], Porto Alegre/RS. Curso de Pós-

Graduação em Assistência Farmacêutica / Universidade Federal do Rio Grande

do Sul.

Resumo: Diversas estratégias têm sido adotadas para reduzir o risco de eventos

adversos relacionados à assistência à saúde como a conciliação medicamentosa,

empregada para minimizar erros de transcrição, omissão, duplicidade

terapêutica e para manter uma lista de medicamentos adequada ao paciente.

Estudo transversal, com pacientes que internaram na unidade de

oncohematologia de um hospital de ensino, público, localizado no Sul do Brasil

que incluiu pacientes acima de 16 anos, admitidos na unidade. Os pacientes

foram entrevistados utilizando instrumento de coleta de dados. As informações

obtidas foram comparadas com as prescrições na admissão hospitalar e as

discrepâncias identificadas classificadas em intencionais ou não intencionais. No

período do estudo foram realizadas 192 entrevistas, sendo que a média de idade

dos participantes foi de 52,4 anos e 118 são do gênero masculino. O número total

de medicamentos utilizados antes da admissão hospitalar foi de 602. Em

aproximadamente 70% das entrevistas foi identificada aos menos uma

discrepância entre os medicamentos em uso nos últimos sete dias e aqueles

prescritos na admissão hospitalar. Não foi identificada associação significativa

entre a idade dos pacientes, gênero, motivo da internação, fonte de informação

sobre os medicamentos utilizados e comorbidades prévias e a presença de

discrepâncias. Entre os medicamentos conciliados foram encontradas 308

discrepâncias. Destas, 85,06% eram discrepâncias intencionais, justificadas pela

situação clínica atual e 14,94% não intencionais. Os medicamentos mais

frequentemente relacionados às discrepâncias não intencionais foram

sinvastatina, omeprazol e metformina. Os resultados encontrados indicam que o

processo de conciliação de medicamentos proporciona a identificação e

correção de discrepâncias não intencionais, porém há a necessidade de uma

abordagem sistemática dos pacientes de modo a obter o melhor histórico do

uso de medicamentos e assim propor medidas de prevenção de erros de

medicação envolvendo as discrepâncias medicamentosas.

ID 002

Autores: Luciane Pereira Lindenmeyer, [email protected], Porto Alegre/RS.

Farmacêutica Unidade Oncohematologia, Hospital Nossa Senhora da

Conceição/ Grupo Hospitalar Conceição.

Resumo: Introdução: A polifarmácia é um fator comum em pacientes

hematológicos, pois estes geralmente apresentam comorbidades, além de

utilizarem medicamentos de suporte no tratamento do câncer, gerando a

ocorrência de problemas relacionados a medicamentos (PRMs). Para reduzir os

PRMs e aumentar a segurança na utilização dos medicamentos, emprega-se a

farmácia clínica. Objetivos: Identificar os principais PRMs que ocorrem na

assistência aos pacientes hematológicos de modo a propor ações de melhoria

que aumentem a segurança dos pacientes. Metodologia: Estudo transversal

descritivo em que a detecção de PRMs foi realizada pela avaliação das

prescrições dos pacientes internados entre dezembro de 2015 a janeiro de 2016

em uma unidade de Hematologia de um hospital público do Sul do Brasil. Os

PRMs foram classificados de acordo com a PCNE e armazenados em banco de

dados próprio. Resultados: As prescrições de 52 pacientes foram analisadas

(média de idade 51,37 anos e 52% gênero feminino) pela farmacêutica clínica,

identificando-se um total de 111 PRMs (média de 2,13 PRMs/paciente). Destes, 65

CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA NA ADMISSÃO HOSPITALAR DE

PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE ONCOHEMATOLOGIA

EM UM HOSPITAL DE ENSINO DO SUL DO BRASIL

DETECÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROBLEMAS RELACIONADOS A

MEDICAMENTOS EM UMA UNIDADE DE HEMATOLOGIA DE UM

HOSPITAL PÚBLICO DO SUL DO BRASIL

problemas foram classificados como potenciais e 46 problemas

manifestados. Os PRMs mais freqüentemente identificados foram

aqueles relacionados à efetividade do tratamento (n=60), seguido dos

efeitos adversos dos medicamentos (n= 46) e outros tipos (n=5). As

causas de PRMs mais comuns foram incompatibilidades em Y (n=25),

interações medicamentosas (n= 17) e necessidade de medicamentos

profiláticos (n=5). A reação adversa mais comum foi a ocorrência de

náuseas e vômitos (n=12), seguida de neutropenia (n=8), insuficiência

renal aguda (n=6), rush cutâneo (n=3) e diarreia (n=3). A detecção

destes problemas gerou 63 intervenções farmacêuticas, com resolução

do PRM em 84% dos casos. Conclusão: Os dados identificados

reforçam o benefício da avaliação, detecção e proposta de

intervenções para resolução de PRMs, sendo que as atividades da

farmácia clínica contribuíram para a segurança na utilização de

medicamentos dos pacientes hematológicos.

ID 004

Autores: Calinca Eliotério Oliveira - [email protected] -

Salvador/BA - Hospital Português da Bahia

Islania Almeida Brandão - [email protected] - Salvador/BA - Hospital

Português da Bahia

Jamile da Rocha Oliveira - [email protected] - Salvador/BA -

Hospital Português da Bahia

Resumo: Introdução: Adesão terapêutica pode ser definida pelo grau de

seguimento das instruções médicas pelo paciente, sendo um dos principais

problemas relacionados a medicamentos, visto que a não adesão é uma barreira

reconhecida para um tratamento eficaz. Objetivo: Objetiva-se obter e

acompanhar a adesão da quimioterapia ou hormonioterapia oral em pacientes

ambulatoriais, como estratégia para garantir a continuidade do uso do

medicamento em domicílio, além do manejo dos efeitos adversos, e assegurar a

eficácia da terapia. Método: Estudo de coorte retrospectivo, no Centro de

Oncologia de um Hospital Filantrópico de Salvador-BA, entre outubro/2015 a

janeiro/2016. Obtiveram-se os dados através de entrevistas durante a

dispensação do medicamento oral. Durante abordagem, verificava-se o saldo

de comprimidos na caixa dispensada no ciclo anterior e checava-se a data de

início do próximo ciclo, como método de avaliar a adesão. Se divergência,

questionava-se a forma de uso do medicamento, se houve esquecimento,

internação hospitalar e ocorrência de reações ou se foi erro no agendamento.

Realizava-se reorientação quando não se constatava erro no agendamento do

ciclo e avaliava-se o retorno em consultas médicas. Resultados: Foram

atendidos 263 pacientes em tratamento oral, sendo 259 (98%) entrevistados

quanto ao uso do medicamento e ocorrência de reações adversas. Deste total,

203 (78%) aderiram à terapia, 50 (19%) sem adesão e 6 (2%) os portadores não

souberam responder às perguntas. Dos pacientes sem adesão, identificou-se 17

(34%) erros de agendamento, 2 (4%) usos incorretos, 8 (16%) suspensões devido

internação, 4 (8%) esquecimentos e 19 (38%) devido outras causas, sendo

maioria suspensão por conta própria devido ocorrência de reações e dificuldade

de manejo. Conclusão: Ensinar o paciente a reconhecer a importância da

adesão e o manejo das reações é função da equipe multidisciplinar, sendo papel

fundamental na terapia oral, pois são tratamentos longos podendo desencadear

desânimo pelo paciente e falhas de continuidade.

ANÁLISE DA ADESÃO À TERAPIA ANTINEOPLÁSICA OU

HORMONIOTERAPIA ORAL EM PACIENTES ATENDIDOS EM

AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE

SALVADOR-BA

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 005

Autores: Calinca Eliotério Oliveira - [email protected] -

Salvador/BA - Hospital Português da Bahia

Islania Almeida Brandão - [email protected] - Salvador/BA - Hospital

Português da Bahia

Jamile da Rocha Oliveira - [email protected] - Salvador/BA -

Hospital Português da Bahia

Resumo: Introdução: A reconciliação medicamentosa consiste em identificar e

corrigir falhas, inconsistências e problemas no sistema de medicação,

prevenindo erros e eventos adversos, mas também colaborando para a adesão

do paciente. No âmbito do paciente oncológico ambulatorial, isso ganha

importância diante do quadro clínico do mesmo, que em geral apresenta outras

comorbidades e maior risco de ocorrência de reações adversas. Objetivo:

Objetiva-se avaliar a adesão dos medicamentos de uso domiciliar pelos

pacientes ambulatoriais em terapia antineoplásica venosa, como estratégia para

garantir continuidade de seu uso no hospital, aumentando a segurança e

reduzindo erros de medicação. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo,

conduzido no Centro de Oncologia de um Hospital Filantrópico, em Salvador-

BA, entre junho de 2015 e janeiro de 2016. O processo foi dividido em Verificação,

Confirmação, Reconciliação e Orientação. As listas completas e atualizadas com

os medicamentos domiciliares em uso foram coletadas através de entrevistas

com os pacientes e acompanhantes, evoluções clínicas e receitas médicas e

armazenadas em banco de dados próprio. O farmacêutico, a cada sessão de

quimioterapia, confirmou e avaliou os medicamentos dessa lista, levando em

consideração sua frequência e horário adequados do uso durante a

permanência no ambulatório. A identificação de não adesão à terapia foi

sinalizada em evolução e compartilhada com a equipe multidisciplinar.

Intervenções farmacêuticas foram realizadas, quando necessárias, e fornecidas

orientações aos pacientes garantindo o manejo adequado do problema.

Resultados: Foram atendidos 565 pacientes, dos quais 548 (97%) foram

reconciliados. Do total de pacientes reconciliados, 497 (91%) pacientes tinham

aderido à terapia medicamentosa de uso domiciliar e 51 (9%) pacientes tiveram

problema relacionado a não adesão, sendo 100% desses pacientes orientados

quanto ao problema identificado. Conclusão: A estratégia proposta identificou

problemas de adesão em 51 pacientes com tratamento medicamentoso

domiciliar, reforçando a importância da implantação dessa rotina na instituição e

aproximando o farmacêutico da equipe.

ID 006

Autores: Calinca Eliotério Oliveira - [email protected] -

Salvador/BA - Hospital Português da Bahia

Islania Almeida Brandão - [email protected] - Salvador/BA - Hospital

Português da Bahia

Jamile da Rocha Oliveira - [email protected] - Salvador/BA -

Hospital Português da Bahia

Resumo: Introdução: Capecitabina é um antineoplásico oral, citotóxico, para

tratamento de cânceres de mama, colorretal e estômago. Relato: Paciente

P.C.B., 74 anos, sexo masculino, portador de Adenocarcinoma Gástrico, iniciou

tratamento com XELOX a cada 21 dias (oxaliplatina 130mg/m2 e capecitabina

1000mg/m2 12/12h por 14 dias). Após 11 dias, foi admitido na emergência devido

mucosite grau 3, síndrome mão-pé grau 1, neutropenia grau 2, diarréia grau 2 e

queda do estado geral. Evoluiu durante internamento para mucosite grau 4,

diarreia sanguinolenta grau 3, vômitos e neutropenia grau 4, sendo transferido

para UTI, onde foi a óbito por PCR, devido possível sepse induzida por

broncoaspiração após episódios de vômito. A causalidade foi PROVÁVEL

RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA REALIZADA EM PACIENTES

TRATADOS COM QUIMIOTERAPIA VENOSA EM AMBULATÓRIO DE

ONCOLOGIA DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE SALVADOR-BA, COMO

ESTRATÉGIA PARA SEGURANÇA E EFETIVIDADE NO TRATAMENTO

PROVÁVEL REAÇÃO ADVERSA GRAU 5, INDUZIDA PELA CAPECITABINA –

UM RELATO DE CASO DE FARMACOVIGILÂNCIA

segundo Algoritmo de Naranjo e OMS. Pela linha temporal e relato prévio de

reações para ambas as drogas, torna-se inviável inferir causalidade para os

medicamentos isoladamente, validando-se a hipótese para a associação

Oxaliplatina + Capecitabina. Entretanto, devido curto período de tratamento

com Capecitabina e severa progressão do quadro clínico, levanta-se hipótese do

paciente apresentar rara condição: mutação no gene di-hidropirimidina

desidrogenase (DPD), enzima responsável pela etapa limitante da velocidade de

biotransformação da capecitabina. Um estudo de 2012 elucida relato de uma

mulher, 63 anos, com Adenocarcinoma de Cólon sendo indicado XELOX. Após

20 dias do primeiro ciclo, deu entrada na emergência com choque séptico, de

possível origem abdominal, astenia, hiponatremia secundária a desidratação

por vômitos e diarreia grau 3, neutropenia febril grau 4. Solicitou-se estudo

farmacogenético do gene DPYD que codifica a enzima DPD, evidenciando-se

mutação (um alelo DPYD*2A e outro DPYD normal). Conclusão: Mesmo bem

relatado em literatura a relação entre atividade da DPD e resposta a derivados

fluorpirimidina e entre deficiência parcial ou total desta enzima com toxicidade

severa, alguns casos letais, a confirmação da hipótese de deficiência genética

neste paciente, só poderia ser verificada com estudo farmacogenético.

ID 008

Autores: Gilberto Barcelos Souza - [email protected]

Amanda Castro Domingues Da Silva - [email protected]

Rachel Nunes Ornellas - [email protected]

Gabriel dos santos da cunha - [email protected]

Fernando Sérgio Da Silva Ferreiro - [email protected]

Serviço de Farmácia. Hospital Universitário Antonio Pedro. Universidade Federal

Fluminense. Niterói. RJ

Resumo: Introdução: A integridade da embalagem e o controle adequado das

condições ambientais durante o armazenamento e uso são essenciais para a

qualidade de um medicamento na clínica de um hospital. A abertura do frasco,

forma de estocagem, tipo de recipiente interfere no prazo de validade dos

medicamentos injetáveis, uma vez que sua estabilidade é influenciada por uma

série de fatores. Objetivo: Estabelecer, através de revisão de literatura, um

protocolo de procedimentos para a respectiva estocagem e estabilidade em

seringa de polipropileno. Metodologia: Realizou-se a busca ativa nas bases de

dados MICROMEDEX, e de consultas em publicações internacionais: European

Society of Oncology Pharmacists (ESOP), BC Cancer Agency (Canadá), French

Society of Hospital Pharmacists (França), Cancer Care Nova Scotia (Canadá).

Resultados: Foi elaborada uma lista de 43 medicamentos: Actinomicina D (2

dias); Alemtozumabe (8 horas); Alfa-interferona 2b (2 dias); Amsacrina (15

minutos); Asparaginase (3 horas); Azacitidina (7 dias); Bevacizumabe (180 dias);

Bleomicina (43 dias); Bortezomibe (3 dias); Carboplatino (91 dias); Carfilzomibe (1

dia); Cetuximabe (8 horas); Ciclofosfamida (28 dias); Citarabina (14 dias);

Cladribina (2 dias); Daunorrubicina (90 dias); Dexametasona (55 dias);

Doxorrubicina (124 dias); Epirrubicina (180 dias); Estreptozocina (2 dias);

Etoposido (31 dias); Floxuridina (21 dias); Fluorouracila (21 dias); Folinato de cálcio

(7 dias); Gencitabina (35 dias); Idarrubicina (7 dias); Ifosfamida (1 dia); Interleucina

(14 dias); Mecloretamina (4 horas); Mesna (9 dias); Metotrexato (7 dias);

Mitomicina (2 dias); Mitoxantrona (28 dias); OncoBCG (6 horas); PEG

Asparaginase (4 horas); Porfimer (4 horas); Tiotepa (4 horas); Tirotropina alfa (1

dia); Valrrubicina (12 horas); Vimblastina (30 dias); Vincristina (84 dias); Vindesina

(21 dias); Vinorelbina (1 dia). Conclusão: Visando a segurança do paciente e a

melhoria da segurança na manipulação e na administração de medicamentos,

existe a necessidade da implantação de um protocolo para a definição do tempo

útil após a estocagem em seringa.

ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS UTILIZADOS NA

ONCOHEMATOLOGIA EM SERINGA DE POLIPROPILENO: REVISÃO DE

LITERATURA.

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ANAIS DO CONGRESSO

ID 009

Autores: Yara Cardoso Coletto - [email protected]

Beatriz Maria Rosin - [email protected]

Caroline Rocha Paes Landim Silva - [email protected]

Fernanda Schindler - [email protected]

Gabrielle Borducchi - [email protected]

Julia de Mergulhão Epíscopo - jumergulhã[email protected]

Jairo Cartum - [email protected]

Fernando Luiz Affonso Fonseca - [email protected]

Resumo: O câncer infantil é a principal causa de morte entre as doenças

pediátricas, sendo considerado um importante problema de saúde pública. O

diagnóstico precoce é fundamental pois permite que o tratamento seja feito em

tempo adequado determinando melhor prognóstico, aumentando as chances

de cura e diminuindo complicações e sequelas tardias. Objetivo: Estabelecer o

perfil de crianças e adolescentes acompanhadas pelo Ambulatório de Faculdade

de Medicina do ABC, bem como o processo de diagnóstico, tratamento e como

ocorre sua evolução. Metodologia: O estudo teve como amostra 60 prontuários

de pacientes que tiveram diagnóstico de câncer e que foram atendidos no ano

de 2010 em tratamento ou acompanhamento. Os dados foram coletados e

registrados em uma ficha preparada especificamente para esse fim, sendo

digitados utilizando-se o programa Excel® (Microsoft). Resultados: 61,7% dos

pacientes eram do sexo masculino e a média de idade ao diagnóstico foi de 6

anos. Os principais sinais e sintomas clínicos que motivaram a procura pelo

serviços de saúde foram dor (30%), febre inexplicável (28,3%) e emagrecimento

(16,7%). A maioria dos pacientes (80%) foi encaminhada ao ambulatório pelo

setor terciário. O tempo médio decorrido entre o surgimento dos primeiros

sintomas e o diagnóstico foi de 2,8 meses, sendo que em 18,2% dos casos o

diagnóstico foi realizado após 6 meses. O tipo de tumor mais prevalente

correspondeu às leucemias (40%) e o tratamento eleito com maior frequência

(50%) foi a quimioterapia. As principais complicações ocorridas no decorrer do

tratamento foram neutropenia febril, infecções diversas e dores. Do total de

pacientes, 28,3% foram a óbito. Conclusão: A partir das informações obtidas,

verifica-se a importância do acompanhamento e evolução dos casos, definindo

um perfil dos pacientes atendidos, contribuindo para melhoria constante do

serviço de saúde, além de enfatizar a necessidade do diagnóstico precoce nos

diversos níveis de atenção à saúde.

ID 010

Autores: Farm. Ms. Sandro Ness *(1); Farm. Drª. Carmen Pilla (2); Profª. Drª

Helena Von Eye Corleta (3); Prof. Dr. Edison Capp (4)

1 – Farm. Ms. Sandro Luis R, Ness –[email protected] – Porto Alegre/RS –

Central de Misturas Intravenosas – Serviço de Farmácia - Hospital de Clínicas de

Porto Alegre

2 - Farm. Dra. Carmen Pilla – [email protected] - Porto Alegre/RS - Serviço

de Patologia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

3 - Prof. Dr. Edison Capp - [email protected] - Porto Alegre/RS – Departamento de

Ginecologia e Obstetrícia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Faculdade de

Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

4 - Profª. Drª Helena Von Eye Corleta - [email protected] - Porto Alegre/RS –

Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Hospital de Clínicas de Porto

Alegre, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo: Introdução: A manipulação de medicamentos antineoplásicos em

Serviços de Saúde expõem os profissionais aos riscos químicos desses agentes,

assim é fundamental monitorar e prevenir a exposição ocupacional. A utilização

de Dispositivos de Segurança em Sistema Fechado (DSSF) no preparo de

PERFIL DOS PACIENTES ACOMPANHADOS PELO AMBULATÓRIO DE

ONCOLOGIA PEDIÁTRICA DA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

NÍVEIS DE CONTAMINAÇÃO DE SUPERFÍCIE COM GENCITABINA

UTILIZANDO DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA EM SISTEMA FECHADO

VERSUS A TÉCNICA DE PREPARO PADRÃO

medicamentos tem sido recomendada pela legislação vigente (NR32 do MT de

16/11/2005) e por diversos órgãos internacionais de boas práticas no manuseio

de medicamentos citotóxicos. Objetivo: Comparar, através da técnica de

Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detector Ultravioleta (CLAE-UV), as

taxas de contaminação de superfícies durante a manipulação de Gencitabina,

utilizando Dispositivos de Segurança em Sistema Fechado em relação à técnica

de preparo padrão com agulha. Métodos: A coleta de amostras em luvas,

frascos manipulados, seringa e campo de trabalho foi realizada na Central de

Misturas Intravenosas – HCPA, pela técnica de wipe test e posterior extração. As

amostras foram analisadas com CLAE-UV, com leitura de detecção de 268 nm.

Resultados: De um total de 303 amostras coletadas para análise da Gencitabina,

272 compararam a técnica com DSSF com a técnica padrão, apresentando

percentuais de resíduos de contaminação em quase 50% dos frascos coletados

em cada técnica. Os resultados encontrados nos frascos manipulados, campo de

preparo e seringas apresentaram média de quantidade de resíduos inferiores na

técnica com dispositivos de segurança. Em 31 frascos intactos retirados da caixa

original de Gencitabina, foram encontrados resíduos em 16,1%. Conclusões: A

técnica utilizada demonstrou a presença de Gencitabina em materiais e

Equipamentos de Proteção Individual – EPI, demonstrando dessa forma o risco

de exposição aos profissionais e a importância do uso dos DSSF para diminuir os

aerossóis e quantidades de resíduos eliminados durante a manipulação. Dessa

forma, mostrou que a quantidade total de resíduos com DSSF é muito menor,

justificando o custo e a importância de sua utilização na gestão da farmácia.

ID 011

Autores: Daniel Oliveira de Souza - [email protected] - São José dos

Campos/SP - Instituto de Oncologia do Vale

Edwiges de Lima Santos - [email protected] - Taubaté/SP - Instituto de

Oncologia do Vale

Henrique Zanoni Fernandes - [email protected] - São José dos

Campos/SP - Instituto de Oncologia do Vale

Tatiana Camargo Castilho - [email protected] - Taubaté/SP - Instituto

de Oncologia do Vale

Resumo: Introdução: O GTT do IHI é uma ferramenta de análise da segurança

do paciente para identificar e mensurar as taxas de Eventos Adversos (EA),

evidenciando áreas de melhorias. Objetivos: Padronizar no IOV, o processo de

coleta de dados baseado na metodologia GTT do IHI. Material e métodos:

Coleta de dados: randomização mensal de vinte prontuários entre outubro/2010

e março/2015. Critério de inclusão: Correto preenchimento do prontuário

(estadiamento da doença, anamnese e evolução médica) de pacientes que

passaram em consulta há mais de 30 dias no IOV. Pontos chaves da pesquisa:

relatórios de alta, registros de administração de medicações, resultados de

exames laboratoriais, anotações da enfermagem e evoluções médicas. Os

dados foram organizados na planilha de trabalho, na sequencia reunidos na

folha de resumo da revisão, ambos os formulários desenvolvidos e adaptados

do IHI. Os dados foram discutidos entre os revisores para um resultado

consensual e em seguida, abastecido o banco de dados, criando gráficos de

tendência: Eventos adversos/1000 procedimentos; Eventos adversos/1000

consultas: Eventos adversos/100 admissões hospitalares. Resultados: Dos

eventos encontrados, destacaram-se: 26 casos de neutropenia febril; 5 casos de

trombose de cateter; 8 casos de Mucosite; 4 casos de transfusão de

sangue/hemoderivados; 5 casos de pneumonia e 3 casos de infecção de port-a-

cath. A partir da análise dos dados foram desenvolvidas ações para minimizar

riscos críticos para o paciente: Desenvolvimento de uma política de cateteres

venosos profundos (prevenindo trocas de cateteres do paciente, redução dos

riscos de infecção e manutenção do tratamento sem interrupções); Criação de

protocolos de profilaxia antibiótica para neutropenia febril pós-quimioterapia

(Levando à redução da exposição do paciente a serviços emergências);

UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA GTT (GLOBAL TRIGGER TOO) do IHI

(INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENT) NA BUSCA DE EVENTOS

ADVERSOS NO INSTITUTO DE ONCOLGIA DO VALE DE SÃO JOSÉ DOS

CAMPOS (IOV SJC)

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

Desenvolvimento do SBAR de internação e de alta ( As constantes melhorias

promoveram um fluxo continuo da informação e tratamento racional e efetivo).

ID 012

Autores: Edwiges de Lima Santos – [email protected] – Taubaté/SP -

Instituto de Oncologia do Vale

Daniel Oliveira de Souza - [email protected] – São José dos Campos/SP

– Instituto de Oncologia do Vale

Resumo: Introdução: Diversos fatores são impactantes na adesão do paciente

ao tratamento com medicamentos de uso oral, ocasionando muitas vezes uma

piora do quadro do paciente ao invés da cura da doença ou melhora da

qualidade de vida. A atenção farmacêutica leva a uma farmacoterapia racional,

minimizando o problema relacionado com medicamento e sua interferência nos

resultados terapêuticos. Objetivo: Identificar riscos da ausência de atenção

farmacêutica aos pacientes em tratamento domiciliar que recebem a medicação

oral diretamente pelo convênio, em comparação com os que retiram na clínica e

receberam atenção farmacêutica. Metodologia: Foi realizado levantamento

dos pacientes em tratamento via oral, e dos 13% que recebem a medicação pelo

convênio, foi aplicado questionário no mês de julho de 2015 por telefone.

Levantaram-se as informações que foram comparadas com os pacientes que

retiram a medicação na clínica do período de janeiro a junho de 2015.

Resultados: 93,3% dos pacientes não tiveram oferta de atenção farmacêutica

pelo serviço que entrega a medicação e consideram importante essa atenção.

66,7% são polimedicamentosos e 26,7% já tiveram dúvidas de interação

medicamentosa. Dos pacientes que retiram medicação na clínica, 100% tiveram

seus medicamentos reconciliados quando iniciaram, mudaram ou reiniciaram o

tratamento, destes 74% são polimedicamentosos. 22% precisaram de algum

tipo de intervenção e/ou orientação farmacêutica. Conclusão: A atenção

farmacêutica beneficia o paciente em uso de medicação oral por meio da

reconciliação medicamentosa proporcionando intervenções farmacêuticas

vitais para a promoção da saúde. Os pacientes que não recebem esse serviço

acabam expostos a riscos impactantes em seu tratamento.

ID 013

Autores: 1 - Lucas Miyake Okumura,[email protected],Porto Alegre/RS,

Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

2 - Fernanda D’Athayde Rodrigues, [email protected], Porto Alegre/RS,

Comissão de Medicamentos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

3 - Maria Angélica Pires Ferreira, [email protected], Porto Alegre/RS,

Comissão de Medicamentos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

4 - Leila Moreira Beltrami, [email protected], Porto Alegre/RS, Comissão

de Medicamentos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

5 - Maitê Telles dos Santos, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de

Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Resumo: Introdução: O uso de aprepitanto em associação com ondansetron e

dexametasona é recomendado pela American Society of Clinical Oncologists

para profilaxia de náuseas e vômitos induzidas por quimioterápicos (NVIQ) em

pacientes em uso de quimioterapia altamente emetogênica. Aprepitanto é um

inibidor do CYP4503A, o qual pode aumentar os níveis séricos de

quimioterápicos substratos desta enzima, acarretando em maior risco de

neutropenia febril (NF), especialmente em crianças e adolescentes, população

IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS DA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

ORAIS, NA AUSÊNCIA DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, EM UMA CLÍNICA

ONCOLÓGICA PRIVADA

APREPITANTO ESTÁ ASSOCIADO A UM MAIOR RISCO DE NEUTROPENIA

FEBRIL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES? UM PARECER TÉCNICO A UMA

COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO

UNIVERSITÁRIO

cuja literatura é escassa devido a conflitos éticos e financeiros. No Brasil, devido

ao seu custo, o aprepitanto é muitas vezes gerido por uma Comissão de

Farmácia e Terapêutica, cuja qual necessita de pareceres baseados na melhor

evidência científica disponível para melhor alocar os recursos da instituição.

Objetivos: O objetivo deste estudo é avaliar o risco de NF associado ao

aprepitanto em crianças e adolescentes, de forma a gerar um parecer técnico ao

CFT. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática com metanálise de ensaios

clínicos controlados, onde dois revisores avaliaram de forma independente

títulos, resumos e leram na íntegra artigos relacionados aos objetivos deste

estudo. Um terceiro revisor foi responsável por sanar eventuais discrepâncias na

seleção de artigos e coleta de dados. As bases de dados pesquisadas foram:

Medline, Embase, Lilacs, Scielo, DOAJ, CENTRAL (Cochrane) e resumos de

congressos da área de oncologia. O desfecho principal foi o risco relativo de NF.

A medida sumarizada foi calculada por meio de modelo de efeitos randômicos,

estatística de Mantel-Haenszel e a heterogeneidade foi calculada por meio do

método I2. Resultados: Revisaram-se 861 resumos, 4 artigos foram lidos na

íntegra e três ensaios clínicos foram incluídos. O risco relativo de neutropenia

febril foi de 1,02 (0,66~1,58 IC95%) e a heterogeneidade foi zero (Chi2=1,99 e

p=0,37). Conclusão: Até o presente momento, não há evidências concretas de

que o aprepitanto aumente o risco de neutropenia febril.

ID 014

Autores: Roberta Canuto Do Rêgo Monteiro(1); Marcela Rosado Drumond

Taimo(1); Lucio Flavio Braga Da Silva(2); Renata Rosado Drumond(3); Josehane

Rosa Da Costa Martin (1); Anderson Frazão Ramos(1); Paulo Leal Pereira(1); Sérgio

Prado Veloso Araújo Júnior (2).

(1)Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí

(2)Faculdade AESPI -FAPI

(3)Secretaria de Saúde do Estado do Piauí.

Teresina - PI

Email: [email protected]

Resumo: Introdução: O câncer de cabeça e pescoço representa, em nível

mundial, 10% dos tumores malignos, sendo cerca de 40% na cavidade oral, 25%

na laringe, 15% na faringe, 7% nas glândulas salivares e 13% nos demais locais.

Durante radioterapia e quimioterapia, as células basais do epitélio tornam-se

incapazes de substituir adequadamente as células perdidas pela esfoliação,

resultando em atrofia epitelial e consequente colapso mucoso. A candidíase

constitui uma infecção oportunista frequente em pacientes oncológicos,

causada por diferentes espécies de Candida. Estas fazem parte da microbiota

oral, porém sob fatores de desequilíbrio, podem penetrar e inflamar os tecidos.

Objetivos: Estabelecer as principais terapias antifúngicas na candidíase no

paciente com câncer de cabeça e pescoço. Material E Método: Trata-se de uma

revisão de literatura realizada por meio das bases de dados Lilacs e SCIELO.

Resultados: O tratamento de infecções fúngicas inclui agentes antifúngicos

tópicos e sistêmicos, sendo os principais mencionados na literatura fluconazol e

anfotericina B, encontrando-se, ainda, nistatina, cetoconazol, itraconazol e

clotrimazol. Fluconazol, itraconazol e voriconazol são agentes anti-fúngicos da

classe dos triazóis com mecanismos de ação semelhantes, agindo

especialmente no citocromo P450 da parede celular do fungo. O fluconazol foi o

medicamento mais citado para tratamento de infecções fúngicas oportunistas

em pacientes oncológicos na região de cabeça e pescoço, apresentando

melhores resultados e mostrando-se eficaz em debelar tais infecções. Neste

sentido, deve-se atentar para a questão da resistência de determinadas

linhagens de cândida ao fluconazol, devendo o profissional escolher o

medicamento de melhor efeito para cada caso, podendo utilizar como segunda

opção o voriconazol e o itraconazol. Conclusão: A mucosite bucal limita o

tratamento do câncer e interfere no prognóstico de cura. Por isso, seu

tratamento é indispensável para o sucesso da terapia oncológica.Faz-se

necessária a realização de mais estudos clínicos envolvendo medicamentos com

menor resistência à mucosite.

TERAPIA MEDICAMENTOSA PARA O TRATAMENTO DA CANDIDIASE

ORAL NO PACIENTE COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

06

Page 7: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 015

Autores: Roberta Canuto Do Rêgo Monteiro (1); Lucio Flavio Braga Da Silva (2);

Marcela Rosado Drumond Taimo (3); Renata Rosado Drumond (1); Josehane

Rosa Da Costa Martins (3); Anderson Frazão Ramos (3); Elizângela Sousa Veras

(4); Paulo Leal Pereira (3).

(1)Secretaria de Saúde do Estado do Piauí

(2)Faculdade AESPI -FAPI

(3)Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí

(4)Oncoclínica-Oncologistas Associados Ltda

Teresina - PI

Email: [email protected]

Resumo: Introdução: Devido à agranulocitose, a infecção no paciente

oncológico pode estabelecer-se sem formação de foco aparente, como as

pneumonias sem tradução radiológica ou os abcessos sem sinais flogísticos.

Também, o leucograma é pouco específico, devido às alterações decorrentes da

doença e da quimioterapia. A presença de febre pode ser o único indicativo de

infecção, então, a realização de culturas é de fundamental importância para

estabelecimento do agente etiológico. Objetivos: Determinar os

microorganismos mais presentes nas infecções associadas ao paciente

oncológico. Método: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio

das bases de dados Lilacs e SCIELO. Resultados: A aquisição de infecções é

influenciada por fatores como o status imunológico, idade, uso abusivo de

antibióticos, procedimentos invasivos, imunossupressão e falhas nos

procedimentos de controle. Na primeira semana de agranulocitose, são mais

comuns as bactérias aeróbicas gram-positivas e negativas (Staphylococcus

aureus e S. epidermidis, Streptococcus, Enterococcus, enterobactérias e

Pseudomonas aeruginosa). A partir da segunda e terceira semana, tornam-se

mais frequentes os fungos, principalmente as espécies de Candida (albicans,

tropicalis, parapsilosis, kruseii) e os parasitas como o Pneumocystis Carinii. As

infecções por vírus (herpes, citomegalovírus, sincicial respiratório, adenovírus

varicela-zoster) estão relacionados com a queda da imunidade celular e a

transfusão de hemoderivados. A antibioticoterapia de largo espectro deve ser

prontamente iniciada e novos esquemas antimicrobianos foram recentemente

propostos para o tratamento do paciente neutropênico febril. 10% a 20% dos

pacientes com febre podem apresentar bacteremia, causadas principalmente

por gram-positivos (S. epidermidis, Streptococcus, Enterococcus) e aeróbios

gram-negativos (Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumonie, Escherichia

coli). Conclusão: Diferentes bactérias, fungos, vírus e parasitas são responsáveis

pelos quadros infecciosos. Mesmo quando o prognóstico está definido, a terapia

antimicrobiana pode ser direcionada ao alívio do sofrimento e à melhora da

qualidade de vida. A integração multidisciplinar na oncologia tem possibilitado

resolução de situações de enorme risco de vida.

ID 017

Autores: Ivo Catarin Neto, [email protected], Campinas-SP, Unimed

Campinas, Dayane Mara de Souza, [email protected],

Campinas-SP, Unimed Campinas, Barbara de Campos, barbarac@

unimedcampinas.com.br, Campinas-SP, Unimed Campinas , Bartira Guicardi

Vercelino, [email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas,

Luiz Guilherme Michelini Bueno, [email protected],

Campinas-SP, Unimed Campinas, Marina Mosca Pedroso, marinap@

unimedcampinas.com.br, Campinas-SP, Unimed Campinas, Roberta Marilia Baia,

[email protected], Campinas-SP, Unimed Campinas, Natalia Sueli

dos Santos, [email protected], Campinas-SP, Unimed

Campinas

PERFIL ANTIMICROBIANO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS AO PACIENTE

ONCOLÓGICO

AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO E

OS SINTOMAS ACOMETIDOS IMEDIATOS À INFUSÃO DE

QUIMIOTERÁPICOS NO CENTRO DE QUIMIOTERÁPIA AMBULATORIAL

UNIMED CAMPINAS

Resumo: Introdução: Farmacovigilância segundo a OMS é a ciência relativa à

detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou

quaisquer problemas relacionados ao medicamento. A notificação das reações

adversas imediatas e/ou tardias a infusão de quimioterápicos, o conhecimento

da gravidade e das alternativas para o controle e prevenção também são alvos

de estudo da farmacovigilância e fazem parte das medidas de segurança do

paciente. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento das

fichas de Notificações de Suspeita de Reações Adversas ao Medicamento (RAM),

observando quais as incidências dos medicamentos e quais os órgãos/ sistemas

acometidos por essas reações adversas. Metodologia: Foi realizado um

levantamento das fichas de Notificações de Suspeita de RAM's do Centro de

Quimioterapia Ambulatorial Unimed Campinas do período de Junho de 2014 à

Dezembro de 2015, identificando os medicamentos envolvidos e os sintomas

apresentados. Resultados: Neste estudo, foram avaliadas 143 Notificações de

Suspeita de RAM que envolveram 16 medicamentos, os quais foram: Oxaliplatina

(20,98%), Rituximabe (18,18%), Docetaxel (15,38%), Carboplatina (14,69%),

Paclitaxel (10,49%), Cetuximabe (5,59%), Cisplatina (3,5%), Irinotecano (3,5%),

Omalizumabe (2,8%) e outros (4,9%). E a incidência de 226 sintomas

apresentados: Rubor Facial (40,27%), Dispneia (22,12%), Prurido (15,04%), Rash

Cutanêo (4,42%), Mal estar geral (3,9%) e outros (14,14%). Conclusão: o estudo

evidenciou que os análagos da platina, taxanos e os anticorpos monoclonais

foram os medicamentos com maior incidência em causar reações adversas; o

sistema tegumentar e o respiratório foram os mais acometidos pelas reações,

sendo o Rubor Facial e Dispnéia os sintomas com maior evidência. Conclui-se

também que é necessário maior atenção da equipe de farmácia e enfermagem

no processo de conferência das prescrições, avaliando se há pré-

quimioterápicos necessários para evitar possíveis RAM's, garantindo mais uma

etapa da segurança do paciente e deixando clara a importância da realização de

notificações também em unidades de saúde oncológica.

ID 018

Autores: Morgana Boff Bonfante, [email protected], Novo

Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos

Thaís Viviane Schmidt Gallas, [email protected], Novo

Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos

Tatiana da Rocha Taschetto, [email protected], Novo

Hamburgo - RS, Hospital Unimed Vale do Sinos

Bianca Diehl, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital

Unimed Vale do Sinos

Danielle Besutti Biehl, [email protected], Novo Hamburgo - RS,

Hospital Unimed Vale do Sinos

Francioli Tonin, [email protected], Novo Hamburgo - RS,

Hospital Unimed Vale do Sinos

Neide Lunkes, [email protected], Novo Hamburgo - RS, Hospital

Unimed Vale do Sinos

Resumo: Introdução: O crescente aumento do uso de antineoplásicos orais

tem levantado preocupações sobre o potencial problema da não adesão. A

administração realizada em domicílio requer o esclarecimento do medicamento

ao paciente. Quando o paciente faz uso de medicamentos em seu domicílio ele

se torna responsável pelo uso correto e adequado acondicionamento dos

mesmos, contribuindo para a eficácia do processo farmacoterapêutico. É

importante que o profissional farmacêutico ao dispensar um medicamento,

oriente o paciente quanto à forma de administração e armazenamento. O

Serviço de Oncologia do Hospital Unimed Vale do Sinos realiza a dispensação,

orientação e acompanhamento domiciliar de pacientes onco-hematológicos.

Objetivo: avaliar o perfil de uso da terapia antineoplásica oral e dos pacientes

onco-hematológicos atendidos no serviço. Analisar a importância da orientação

farmacêutica e do acompanhamento domiciliar na adesão ao tratamento.

Método: estudo observacional descritivo retrospectivo de pacientes que

utilizaram medicamentos quimioterápicos orais no período de janeiro a

dezembro de 2015 dispensados pelo Serviço de Oncologia do Hospital Unimed

A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES

EM TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ORAL

07

Page 8: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

Vale do Sinos. Resultados: Durante este período 177 pacientes estavam em

tratamento com antineoplásicos orais, sendo os mais utilizados tamoxifeno

(51,97%), anastrozol (16,94%) e capecitabina (7,34%). Outros medicamentos

dispensados foram: ciclofosfamida, sorafenibe, temozolomida, erlotinibe,

hidroxiuréia, entre outros que representaram 23,75%. As neoplasias de maior

incidência foram de mama (67,79%) e reto (4,51%). Do total de pacientes

acompanhados, 85% considerou-se totalmente aderente. Entretanto 15% dos

pacientes apresentaram algum tipo de não adesão, sendo o atraso para retirada

do medicamento o principal motivo. Conclusão: Este estudo confirmou a

necessidade de monitoramento da adesão nesta modalidade de tratamento,

demonstrando a importância e o diferencial que a orientação farmacêutica e o

acompanhamento domiciliar agregam ao tratamento.

ID 019

Autores: Rebeca Oliveira Leite Silva Furquim, [email protected],

Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)

Adriano Brigatti Jarmelo, [email protected], São Paulo-SP, AC

Camargo Cancer Center

Resumo: Introdução: Interações medicamentosas são definidas como eventos

farmacológicos que ocorrem quando efeitos de um determinado fármaco são

afetados pela administração concomitante de outra substância. Os esquemas

terapêuticos utilizados nos tratamentos do câncer envolvem, geralmente, mais

de um fármaco injetável que deve ser infundido no paciente, possibilitando o

aparecimento destas interações. Assim, a ordem de infusão de fármacos

injetáveis torna-se essencial para redução de toxicidade, aumento da eficácia do

tratamento e redução de riscos ao paciente. Objetivo: O objetivo deste trabalho

foi realizar um levantamento bibliográfico que apontasse as principais

interações medicamentosas decorrentes da ordem de infusão dos protocolos

quimioterápicos, determinando assim a melhor sequência de infusão para

minimização de efeitos adversos. Método: A metodologia utilizada foi baseada

no levantamento de dados bibliográficos relacionados à ordem de infusão e

interações medicamentosas em Oncologia. Foram consultadas as bases de

dados: Scielo, Pubmed e LILACS a fim de se obter artigos científicos que

discutissem a ordem de infusão mais indicada dos protocolos quimioterápicos a

fim de se minimizar efeitos tóxicos ou potencializar efeitos terapêuticos.

Resultados: Foram estudados 29 protocolos quimioterápicos, os quais

possuíam evidências e orientações de uma determinada sequência de infusão

para otimização do tratamento. As interações encontradas tiveram origem

farmacocinéntica, farmacodinâmica ou estavam relacionadas com

características físico-químicas do fármaco. Após análise, foi desenvolvida uma

tabela-resumo com a sequência recomendada para cada protocolo.

Conclusão: A infusão de quimioterápicos em ordem específica auxilia, em

muitos casos, na resposta terapêutica, fazendo diferença nas curvas de

sobrevida global e sobrevida livre de progressão. Muitas sequências de infusão

estão bem definidas na literatura e podem ser usadas com segurança em

Oncologia. Caso não existam dados comparativos de sequências infusionais, é

importante seguir o protocolo original descrito, considerando as características

e peculiaridades dos medicamentos.

ORDEM DE INFUSÃO DE ANTINEOPLÁSICOS E MINIMIZAÇÃO DE

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: UMA REVISÃO

ID 020

Autores: 1 - Gabriela Fumegalli, [email protected], Porto Alegre/RS,

Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, Hospital de Clínicas de Porto

Alegre

2 - Maitê Telles dos Santos, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de

Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

3 - Jacqueline Kohut Martinbiancho, [email protected], Porto

Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

4 - Lauro Jose Gregianin, [email protected], Porto Alegre/RS, Unidade de

Oncologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Resumo: Introdução: Indicadores de saúde são ferramentas importantes para

qualificar o desempenho dos serviços prestados em determinados setores e

instituições. A intervenção farmacêutica visa prevenir ou resolver problemas

relacionados à farmacoterapia, sendo parte fundamental no processo de

acompanhamento farmacoterapêutico, realizado pelo farmacêutico clínico.

Objetivo: Analisar as intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico da

unidade de oncologia pediátrica de um hospital universitário de Porto

Alegre/RS. Método: Estudo transversal retrospectivo, através da análise das

intervenções farmacêuticas realizadas durante o ano de 2015 na unidade de

oncologia pediátrica. As prescrições foram avaliadas e as intervenções

necessárias foram realizadas junto à equipe e classificadas de acordo com

formulário próprio que contempla 15 categorias. Os resultados das intervenções

foram classificados em aceitas, não aceitas ou sem seguimento por motivo de

alta ou óbito do paciente. Os dados coletados foram tabulados e codificados no

programa SPSS para análise. Projeto 07-222 aprovado pelo CEP/HCPA.

Resultado: Em um total de 4161 prescrições avaliadas, foram realizadas 299

(7,20%) intervenções. Dentre estas 131 (43,81%) foram relacionadas à não

adesão ao protocolo institucional sobre parametrização de dor e em 45 (15%)

foram encontradas discrepâncias entre medicamentos de uso prévio e

prescrições da internação hospitalar. Quanto aos medicamentos prescritos com

dose inadequada, foram realizadas 31 (10,36%) intervenções, enquanto que

para formas farmacêuticas inadequadas foram realizadas 12 (4%). A adesão às

intervenções por parte da equipe ocorreu em 209 (69,89%) episódios, enquanto

que 38 (12,71%) não houve seguimento devido a alta hospitalar precoce ou óbito

do paciente. Conclusão: O farmacêutico clínico é o profissional que, inserido na

equipe multidisciplinar, auxilia no manejo e prevenção dos efeitos adversos

relacionados a medicamentos. A intervenção farmacêutica mostra-se como

importante ferramenta no cuidado ao paciente pediátrico oncológico

hospitalizado, e quando realizada, registrada e documentada adequadamente,

contribui para melhora da qualidade da assistência prestada pelo serviço.

ID 021

Autores: 1 – Maitê Telles dos Santos, [email protected], Porto Alegre/RS,

Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

2 - Fernanda Rossato Machado, [email protected], Porto Alegre/RS,

Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

3 - Gabriela Fumegalli, [email protected], Porto Alegre/RS, Residência

Integrada Multiprofissional em Saúde, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

4 – Ricardo Moresco Zucco, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de

Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

5 - Marina Delani Vitória, [email protected], Porto Alegre/RS, Seção de

Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

6 - Jacqueline Kohut Martinbiancho, [email protected], Porto

Alegre/RS, Seção de Farmácia Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

7 - Lauro Jose Gregianin, [email protected], Porto Alegre/RS, Unidade de

Oncologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS EM UMA

UNIDADE DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA NO ANO DE 2015

REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS OCORRIDAS EM UMA UNIDADE

DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA NO ANO DE 2015

08

Page 9: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

Resumo: Introdução: Reações adversas a medicamentos (RAM) são descritas

como qualquer resposta prejudicial e não intencional que ocorre com

medicamentos em doses usualmente utilizadas para profilaxia, diagnóstico e

tratamento de doença. Em pacientes pediátricos é necessário maior cautela na

administração de medicamentos, pois muitos dos fármacos não possuem testes

de segurança para a população desta faixa etária. Objetivo: Realizar análise das

RAMs ocorridas na unidade de oncologia pediátrica de um hospital universitário

de Porto Alegre/RS. Metodologia: Estudo transversal retrospectivo com

pacientes internados em unidade de oncologia pediátrica no ano de 2015. As

reações foram identificadas pelo farmacêutico clínico da unidade através de

busca ativa em prontuário e relatos da equipe. As RAMs foram classificadas

conforme causalidade do algoritmo de Naranjo, bem como previsibilidade e

gravidade. Os dados coletados foram tabulados e codificados no programa

SPSS para análise. Projeto 07-222 aprovado pelo CEP/HCPA. Resultados: Foram

acompanhados 555 pacientes durante o período e notificadas 68 RAMs. Os

antineoplásicos foram a classe terapêutica com mais notificações, sendo

registrados 22 (25,9%) episódios, seguido dos antibacterianos 21 (24,7%) e

antimicóticos 11 (12,9%). A RAM foi considerada grave em 35,3 % dos casos,

moderada em 50,6% e leve em 14,1%. A reação foi classificada como provável em

70,6% e possível em 20% das ocasiões. A previsibilidade foi considerada de tipo

A em 82,4% dos eventos. Conclusão: Os dados encontrados estão de acordo

com o esperado e já relatados na literatura, demonstrando alta incidência de

RAMs apresentadas pelos pacientes em uso de antineoplásicos. Considerando o

exposto, o farmacêutico clínico tem papel importante na notificação,

acompanhamento e seguimento das reações adversas. Cabe a este profissional

estar capacitado e compartilhar seu conhecimento no sentido de promover

ações de prevenção e detecção precoce de RAM junto à equipe multiprofissional

e aperfeiçoar as ações de uso seguro e racional dos medicamentos.

ID 022

Autores: Lucio Flávio Braga Da Silva, [email protected], Teresina - PI,

Faculdade AESPI

Roberta Canuto Do Rêgo Monteiro, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI

Marcela Rosado Drumond Taimo, [email protected], Teresina -

PI, HU-UFPI

Ana Luisa Eulálio Dantas Aragão, [email protected], Teresina - PI,

HU-UFPI

Maria Deusa De Sousa Neta, [email protected], Teresina - PI, HU-UFPI

Letícia Ximenes Furtado Marques, [email protected], Teresina - PI,

HU-UFPI

Roberta Mayara De Moura Rocha, [email protected], Teresina - PI,

HU-UFPI

Salomão Mascarenhas Cavalcante Júnior, [email protected],

Teresina - PI, HU-UFPI

Resumo: Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define reação

adversa a medicamento (RAM) como “qualquer resposta prejudicial ou

indesejável e não intencional que ocorre com medicamentos em doses

normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico, tratamento de

doença ou para modificação de funções fisiológicas”. Não são consideradas

reações adversas os efeitos que ocorrem após o uso acidental ou intencional de

doses maiores que as habituais (toxicidade absoluta). A identificação de reação

adversa permite prever riscos de futura administração, assegurar a prevenção e

tratamento específico, bem como determinar alteração da dosagem ou

cessação do tratamento. Objetivo: Caracterizar as reações adversas aos

medicamentos antituberculose, estimando a frequência. Metodologia: Trata-se

de uma revisão de literatura realizada por meio das bases de dados Lilacs e

SCIELO. Resultados: O tratamento medicamentoso de primeira linha

(rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol — RHZE) é a principal

estratégia terapêutica para o controle da doença, pois apresenta eficácia

superior a 95% em doentes suscetíveis aos medicamentos. Esta associação de

quatro medicamentos (RHZE), está disponível na apresentação de comprimido

REAÇÕES ADVERSAS AO USO DE DROGAS ANTITUBERCULOSE

com dose fixa combinada, na fase intensiva do tratamento, com o objetivo de

reduzir a resistência primária à associação de isoniazida e rifampicina e de

melhorar a adesão ao tratamento. Foi possível avaliar que existe associação

significativa entre RAM e idade, sexo, esquema de tratamento, alcoolismo,

coinfecção pelo HIV, fatores genéticos e deficiências nutricionais. Fatores

individuais tais como a presença do fenótipo acetilador rápido/intermediário de

NAT2, idade maior ou igual a 35 anos e sexo masculino são fatores de proteção

contra RAM hepáticas nos pacientes em tratamento antituberculose.

Conclusão: É elevada ocorrência de reações adversas a estes medicamentos.

Várias medidas podem ser tomadas para diminuição desses valores, como a

conscientização dos pacientes e dos profissionais, visando difundir

conhecimento técnico e criando mecanismos para desencadear ações de

registro.

ID 023

Autores: Marcela Rosado Drumond Taimo, [email protected],

Teresina-PI, HU-UFPI

Renata Rosado Drumond, [email protected], Teresina-PI, Secretaria de

Saúde do Estado do Piauí

Josehane Rosa da Costa Martins, [email protected], Teresina-PI, HU-

UFPI

Roberta Canuto do Rêgo Monteiro, [email protected], Teresina-PI, Secretaria

de Saúde do Estado do Piauí

Lucio Flavio Braga da Silva, [email protected], Teresina - PI, Faculdade AESPI

Resumo: Introdução: A vigilância de câncer destina-se, como em qualquer

sistema de vigilância, a produzir informações para a tomada de decisões. Essas

informações provêm dos registros de câncer, dos sistemas de informação em

saúde, de análises e estimativas, bem como, de pesquisas e estudos

epidemiológicos. Objetivos: Traçar o perfil social e farmacoterapêutico dos

pacientes atendidos em uma clínica particular de Teresina. Metodologia: A

amostra consistiu de 70 pacientes, escolhidos aleatoriamente, de ambos os

sexos, adultos, portadores de tumores malignos com indicação de tratamento

quimioterápico. As entrevistas foram realizadas pelas farmacêuticas da clínica,

antes do início do tratamento, em consultório de ambiente limpo, organizado,

iluminado e privativo. As informações foram coletadas e registradas em ficha

previamente elaborada. Resultados: Observou-se que 62,9% dos pacientes são

do sexo feminino e 37,1% do sexo masculino. Quanto à faixa etária, 7,1% tem

entre 20 e 40 anos de idade, 35,7% tem entre 41 e 60 anos e 57,2% tem 60 anos

ou mais. 30% afirmaram ser fumante ou ex-fumante. Os tipos de câncer mais

citados foram mama (34,3%), pulmão (12,8%), próstata (11,4%) e cólon (10%).

75,7% afirmaram ter alguma comorbidade e 85,7% fazem uso de medicamento

(20% usam cinco ou mais medicamentos). As comorbidades mais relatadas

foram: hipertensão (44,3%) e diabetes (18,6%). Os medicamentos mais usados

foram os antihipertensivos losartana (15,7%) e hidroclorotiazida (12,9%), o

hipoglicemiante oral metformina (10%), o hipocolesterolemiante sinvastatina

(10%) e o antiagregante plaquetário ácido acetilsalicílico (8,5%). Ainda, 14,3%

admitiram usar algum inibidor da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol

ou esomeprazol) e 21,4% fazem uso de ansiolítico e/ou antidepressivo.

Conclusão: A maioria dos pacientes foram mulheres com 60 anos ou mais. Os

tipos de câncer mais atendidos foram mama, próstata, pulmão e cólon. Muitos

pacientes fazem uso de medicamentos de uso contínuo, como antihipertensivo,

hipoglicemiante oral, hipocolesterolemiante, antiagregante plaquetário,

antiulceroso, ansiolítico e antidepressivo.

PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES EM PRÉ-QUIMIOTERAPIA

EM UMA CLÍNICA PARTICULAR DE TERESINA

09

Page 10: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 024

Autores: Nathalia Fonseca Gambôa/[email protected]/Rio de

Janeiro - RJ/Grupo COI,

Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro -

RJ/Grupo COI

Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio de Janeiro -

RJ/Grupo COI

João Raphael Leite Castello Branco Maia/[email protected]/Rio de

Janeiro - RJ/Grupo COI

Paula Christina Fernandes da Silva/[email protected]/Rio de Janeiro -

RJ/Grupo COI

Monique Lima Sales/[email protected]/Rio de Janeiro -

RJ/Grupo COI

Monica de Oliveira Benarroz/[email protected]/Rio de Janeiro

- RJ/Grupo COI

Patricia Albuquerque Pereira/[email protected]/Rio de

Janeiro - RJ/Grupo COI

Resumo: Introdução: É inquestionável a importância da observação de

interações entre medicamentos e alimentos. Quando utilizados

concomitantemente, as interações entre eles podem alterar as características

cinéticas ou dinâmicas dos medicamentos ou nutrientes. Estas alterações podem

expor os pacientes à reações adversas, comprometer seu estado nutricional

e/ou diminuir a eficácia dos medicamentos. A polifarmácia é uma prática

comum em pacientes oncológicos, em virtude do suporte medicamentoso que

as neoplasias demandam e tratamento de comorbidades, o que aumenta o risco

de ocorrência de interações medicamentosas e interações medicamento-

alimento. Assim, faz-se necessária a análise criteriosa das prescrições pelos

Farmacêuticos Clínicos em conjunto com a Equipe de Nutrição, garantindo

segurança e orientação aos pacientes. Objetivos: Analisar as principais

interações Medicamento-Alimento para elaborar guia de orientações aos

pacientes. Método: A coleta de dados deu-se pela compilação das possíveis

interações observadas nas prescrições dos pacientes ambulatoriais de uma

clínica oncológica privada no estado do Rio de Janeiro, entre março e dezembro

de 2015, utilizando a ferramenta Micromedex 2.0. Após analise da relevância

clínica pelo Farmacêutico estas foram enviadas à Equipe de Nutrição para

elaboração do Guia de Orientação Nutricional aos pacientes. Resultados: No

período, verificou-se que 30% dos pacientes apresentaram risco de interação

Medicamento-Alimento. Quanto à graduação, verificou-se 15% de risco para

interações importantes e 15% para interações moderadas. As interações

importantes mais frequentemente observadas envolviam medicamentos

comumente utilizados para comorbidades de pacientes oncológicos, como

Alprazolam, Sinvastatina e Varfarina. Dentre as interações com quimioterápicos,

destacam-se o Irinotecano, Metotrexato, Docetaxel e Etoposido. Nos alimentos,

destacam-se com maior frequência sucos de Grapefruit e Cranberry.

Conclusão: Os dados observados subsidiam a necessidade de criação de um

Guia de Orientações Nutricionais destinados aos pacientes e confirmam a

importância do farmacêutico na Equipe Multiprofissional, propiciando

segurança e eficácia ao tratamento ao reduzir o risco de Interações

Medicamentosas e consequentes efeitos adversos.

INTERAÇÕES MEDICAMENTO-ALIMENTO NA PRÁTICA ONCOLÓGICA

AMBULATORIAL: ELABORAÇÃO DE GUIA DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL

DESTINADO AOS PACIENTES

ID 025

Autores: João Raphael Leite Castello Branco Maia/ joaoraphaelmaia@

gmail .com/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Nathalia Fonseca

Gambôa/[email protected]/ Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI,

Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro -

RJ/Grupo COI, Marcio Luis Lima Borella/ [email protected]/ Rio

de Janeiro - RJ/Grupo COI, Paula Christina Fernandes da Silva/

[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Monique Lima Sales/

[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI

Resumo: Introdução: O câncer de mama é uma patologia altamente incidente

e a mais comum entre as mulheres. O uso da hormonioterapia baseada na

expressão de receptores hormonais das células do tumor tem desempenhado

importante papel no manejo clínico dos pacientes. Dentre as terapias

hormonais, o tamoxifeno ainda é o mais utilizado na prática clínica e a avaliação

da adesão deste medicamento torna-se fundamental para o sucesso do

tratamento. Objetivo: Avaliar a adesão ao tratamento com Tamoxifeno e

identificar pontos críticos e estratégias para ampliar a alta adesão. Metódo:

Análise de dados coletados no segundo semestre de 2015 de pacientes em uso

de Tamoxifeno em clínica oncológica privada no estado do Rio de Janeiro,

utilizando como instrumento de avaliação de Adesão o questionário proposto

no método de Morisky, Green & Levine com adaptação de Sewitch, que classifica

a baixa adesão em intencional ou não intencional. Resultados: No presente

estudo, a frequência de adesão ao tratamento está disposta da seguinte forma:

(alta adesão; baixa adesão, respectivamente). Desse modo, temos: julho

(53%;47%), agosto (76%;24%), setembro (68%;32%), outubro (55%;45%),

novembro (77%;23%) e dezembro (81%;19%). O comportamento de baixa

adesão intencional não foi observado no período analisado. Conclusão:

Fatores como o longo tempo de tratamento, efeitos adversos e dificuldade de

acesso ao medicamento interferem na adesão. Para mitigar este problema

preconiza-se a dispensação feita diretamente pelo farmacêutico ao próprio

paciente, o que não ocorre quando um acompanhante/familiar retira ou a

dispensação é realizada diretamente via convênio. Nesses casos pretende-se

criar formulários baseados no questionário de adesão do método de Morisky,

Green & Levine para contato telefônico. Dessa forma, obtém-se o estreitamento

da relação farmacêutico-paciente, intimamente associada à adesão ao

tratamento, evidenciando a contribuição efetiva da Atenção Farmacêutica.

ID 026

Autores: Monique Lima Sales/[email protected]/Rio de Janeiro -

R J /Grupo COI , João Raphae l Le i te Cas te l lo B ranco Ma ia/

[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Nathalia Fonseca

Gambôa/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI,

Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro -

RJ/Grupo COI, Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio de

Janeiro - RJ/Grupo COI, Paula Christina Fernandes da Silva/

[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI

Resumo: Introdução: A polifarmácia é uma prática habitual entre os pacientes

em uso de tratamento oncológico oral, devido aos protocolos quimioterápicos,

medicamentos de suporte e comorbidades. Neste cenário, a reconciliação

medicamentosa, que consiste na coleta de dados e obtenção da lista dos

medicamentos utilizados pelo paciente ambulatorial no momento da

dispensação pelo farmacêutico clínico, atua como instrumento para

monitorização da farmacoterapia e prevenção de danos. Durante esse processo,

interações medicamentosas e possíveis riscos de interações medicamento/

ADESÃO À HORMONIOTERAPIA ORAL COM TAMOXIFENO: DESAFIOS E

ESTRATÉGIAS

RECONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA DE PACIENTES AMBULATORIAIS

SUBMETIDOS A TRATAMENTO ONCOLÓGICO ORAL NO ANO DE 2015:

INTERAÇÕES ENCONTRADAS, SEUS DESFECHOS E DESAFIOS FUTUROS

10

Page 11: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

alimento são avaliadas, tornando-se uma ferramenta na promoção da

segurança do paciente. Objetivo: Avaliar Interações Medicamentosas e riscos

de Interação Medicamento/Alimento em pacientes submetidos a tratamento

oncológico oral. Elucidar desfechos e expor desafios futuros. Método: Análises

de Interações Medicamentosas e Medicamento-Alimento compiladas no ano de

2015 pela Atenção Farmacêutica de uma clínica de oncologia privada no estado

do Rio de Janeiro, através da utilização da ferramenta Micromedex 2.0. As

possíveis interações encontradas foram enviadas ao médico assistente do

paciente e/ou para a equipe de Nutrição para avaliação e decisão da conduta

terapêutica. Resultados: No período, foram realizadas 1918 Reconciliações

Medicamentosas com 14,44% destas referentes a tratamento contendo

medicamento oral. 46,57% das reconciliações medicamentosas continham

interações relevantes, sendo 46,51% Interações Medicamentosas e 53,49%

riscos de Interações Medicamento/Alimento. Conclusão: Os dados

observados reforçam a necessidade de um cuidado individualizado dos

pacientes submetidos a protocolos de terapia antineoplásica oral e demonstram

a importância do profissional farmacêutico capacitado atuando de forma

coordenada com a equipe multiprofissional e promovendo orientação aos

pacientes. A redução do risco de Interações Medicamentosas e Interações

Medicamento-Alimento e seus consequentes efeitos adversos auxilia na

segurança e eficácia do tratamento.

ID 027

Autores: 1- Annemeri Livinalli, [email protected], Jundiaí, SP,

Universidade de Sorocaba

2 - Luciane Cruz Lopes, [email protected], Sorocaba, SP, Universidade de

Sorocaba

3 - Marcus Tolentino Silva, [email protected], Sorocaba, SP, Universidade de

Sorocaba

Resumo: Introdução: Crianças e adolescentes sobreviventes de câncer

apresentam efeitos adversos tardios relacionados ao tratamento. Estudos que

possam produzir dados de seguimento em longo prazo, de populações de

elevado risco, são essenciais para a construção de evidência de recomendação.

Objetivo: Identificar e caracterizar efeitos adversos tardios em sobreviventes de

câncer na infância e adolescência submetidos a terapia antineoplásica

(quimioterapia e/ou radioterapia) e determinar os fatores preditivos associados.

Método: estudo caso-controle com pacientes recrutados no período de 2010 a

2014. Os casos foram definidos como sendo aqueles em que foi detectado o

efeito adverso tardio na consulta ou nos resultados de exames solicitados.

Controles, foram pacientes consecutivos que aderiram ao seguimento anual,

recrutados pelo mesmo método, da mesma população onde se identificaram os

casos. Todos os possíveis efeitos adversos tardios identificados foram

classificados em diferentes graus utilizando o Common Terminology Criteria for

Adverse Events versão 4.0. Para análise estatatística utilizou-se como medida de

associação a razão de prevalência ajustada por sexo e idade no início do

seguimento por regressão logística e nível de significância de p<0,05.

Resultados: De 111 participantes potencialmente elegíveis, 62 sobreviventes

atenderam os critérios de inclusão, sendo 17 (27,4%) deles com alterações em

exames que podem representar algum efeito tardio adverso. Destes casos, oito

(47%) apresentaram alteração no sistema endocrinometabólico, sete (41,2%) no

sistema cardiovascular, cinco (29,4%) no sistema musculoesquelético, um (5,9%)

nos sistemas auditivo e renal, concomitantemente. Alteração em dois sistemas

foi observado em quatro (23,5%) participantes. A gravidade variou entre o grau 1

e 2. A razão de prevalência para os fatores preditivos testados (sexo, idade, etnia

e terapia empregada) não foi significativa. Conclusão: Nesta amostra, a

frequência e gravidade dos efeitos adversos não são diferentes entre os

tratamentos empregados e nenhum fator preditivo esteve associado ao risco de

aparecimento de efeitos adverso.

EFEITOS ADVERSOS TARDIOS RELACIONADOS AO TRATAMENTO

ANTINEOPLÁSICO: ESTUDO DE CASO CONTROLE

ID 028

Autores: Rebeca Oliveira Leite Silva Furquim, [email protected],

Ribeirão Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)

Daniela Adelise Maia Beluti, [email protected], Ribeirão Preto-SP,

Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)

Poliana Carina Paolini, [email protected],br, Ribeirão Preto-SP,

Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)

Carla Libralli Tostes dos Santos, [email protected], Ribeirão

Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)

Flávia Alves de Toledo Branquinho, [email protected], Ribeirão

Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)

Rita de Cássia Lima, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto

Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)

Evelin Bueno, [email protected], Ribeirão Preto-SP, Instituto

Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)

Caroline Tavares Balatori Leite, [email protected], Ribeirão

Preto-SP, Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP)

Resumo: Introdução: O tratamento do paciente com câncer envolve uma

variedade de medicamentos, incluindo quimioterápicos e medicação suporte.

Além disso, a maioria dos pacientes apresenta comorbidades associadas que

exigem medicamentos de uso contínuo. Isto pode favorecer o aparecimento de

interações medicamentosas, que podem reduzir os efeitos terapêuticos ou

aumentar o índice de reações adversas. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi

avaliar os principais medicamentos envolvidos em interações em pacientes que

iniciam tratamento antineoplásico ou que tem seu protocolo terapêutico

alterado, assim como descrever as intervenções farmacêuticas realizadas.

Método: Foram levantadas as evoluções farmacêuticas registradas em

prontuário eletrônico referentes a orientações pré-quimioterápicas de pacientes

que iniciaram ou mudaram de tratamento em um período de um ano. As

evoluções foram analisadas para contabilizar o total de interações significantes e

sérias detectadas em cada uma delas. As interações são analisadas e

classificadas de acordo com a ferramenta de acesso livre Medscape. As

interações foram organizadas em duas classes: 1) entre medicamentos de uso

domiciliar, e 2) que envolvem pelo menos um quimioterápico. Resultados:

Foram avaliadas 71 evoluções, das quais foram encontradas 62 interações

medicamentosas. 70,9% foram interações entre os medicamentos de uso

domiciliar do paciente, enquanto 29,1% envolveram pelo menos um dos

medicamentos antineoplásicos do tratamento proposto. O principal

quimioterápico envolvido foi o paclitaxel, enquanto os medicamentos de outras

classes incluíram a losartana, seguida da dexametasona e amitriptilina. As

principais intervenções realizadas envolveram o monitoramento de reações

adversas, o acompanhamento com exames e a substituição de medicamentos.

Conclusão: Diversos medicamentos que fazem parte da rotina do paciente com

câncer podem estar envolvido em interações. A detecção e o manejo das

mesmas deve ser acompanhado de perto pela equipe de saúde a fim de

proporcionar o tratamento mais efetivo e seguro ao paciente.

AVALIAÇÃO DO PERFIL DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

DETECTADAS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS EM INÍCIO OU MUDANÇA

DE TRATAMENTO EM UMA CLÍNICA DE ATENDIMENTO AMBULATORIAL

11

Page 12: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 029

Autores: João Raphael Leite Castello Branco Maia/ joaoraphaelmaia@

gmail.com/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Flavia Pessoa/flaviapessoa@

grupocoi.com.br/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Nathalia Fonseca

Gambôa/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI,

Lucyana Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro -

RJ/Grupo COI, Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio

de Janeiro - RJ/Grupo COI, Paula Christina Fernandes da Silva/

[email protected]/ Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Monique Lima

Sales/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI

Resumo: Introdução: O uso do cateter central de inserção periférica (CCIP)

proporciona melhor gerenciamento dos riscos, com maior segurança e conforto

para o paciente, principalmente quando estes necessitam de tratamento com

soluções de citostáticos vesicantes ou irritantes como o paclitaxel. As principais

vantagens desse cateter são: praticidade da implantação, menor complexidade

na inserção, baixo custo e reduzido índice de complicações. Objetivo:

Fundamentar a necessidade de criação de protocolo de indicação de

implantação de CCIP para pacientes com câncer de mama submetidos a

tratamento com paclitaxel semanal. Método: Estudo transversal, retrospectivo e

quantitativo. A coleta de dados deu-se por busca ativa nos relatórios de rotina,

intercorrência e farmacovigilância de uma clínica de oncologia privada no

estado do Rio de Janeiro, no período de 01/06/2015 a 01/12/2015, no

atendimento de pacientes ambulatoriais em tratamento para câncer de mama

com Paclitaxel semanal. Resultados: De 98 pacientes em análise, 75,5%

apresentavam acesso venoso periférico (AVP) e 24,5% acesso venoso central

(AVC). Dos pacientes com AVP, 47,3% apresentavam exclusividade de membro

para punção. Deste grupo, 21,6% dos pacientes obtiveram êxito na primeira

punção em todas as infusões realizadas no período e 78,4% necessitaram de

mais de uma punção para administração de paclitaxel em pelos menos uma

infusão. No período, foram realizadas 182 notificações de Farmacovigilância de

paciente com câncer de mama, sendo 38,5% referentes à sintomas de

flebogênicidade após uso de paclitaxel. Conclusão: O estudo evidencia a

relação entre o acesso venoso seguro e o sucesso da terapia antineoplásica

ambulatorial. Os dados observados no período analisado substanciam a criação

de protocolo de implantação de CCIP para pacientes com câncer de mama em

tratamento com Paclitaxel. Espera-se com este protocolo maior comodidade e

segurança para o paciente, garantindo rápido início da terapia infusional, com

baixos índices de intercorrências para o paciente e menos custos institucionais.

ID 030

Autores: Paula Christina Fernandes da Silva/[email protected]/Rio de

J a n e i r o - R J / G r u p o C O I . N a t h a l i a F o n s e c a G a m b ô a /

[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Lucyana

Alves de Carvalho/[email protected]/Rio de Janeiro -

RJ/Grupo COI , Marcio Luis Lima Borella/[email protected]/Rio

de Janeiro - RJ/Grupo COI, João Raphael Leite Castello Branco Maia /

[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI, Monique Lima

Sales/[email protected]/Rio de Janeiro - RJ/Grupo COI

Resumo: Introdução: A neutropenia febril (NF) é uma importante complicação

do tratamento quimioterápico e é uma das principais causas de morbidade e

mortalidade. A NF é definida pela presença de febre, com temperatura oral

>38,3ºC (ou temperatura axilar maior que 37,8ºC), ou persistência de

JUSTIFICATIVA DE CRIAÇÃO DE PROTOCOLO DE IMPLANTAÇÃO DE

CATÉTER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA APLICADO À PACIENTES

COM CÂNCER DE MAMA SUBMETIDOS À QUIMIOTERAPIA

AMBULATORIAL SEMANAL COM PACLITAXEL.

INTERNAÇÃO POR NEUTROPENIA FEBRIL EM PACIENTES EM

T R ATA M E N T O O N C O L Ó G I C O : U M A A B O R D A G E M D E

FARMACOVIGILÂNCIA.

temperatura entre 38 e 38,3ºC por mais de uma hora. Além de uma contagem

de neutrófilos <500/mm³ ou entre 500 e 1000/mm³ e com tendência à queda.

Sua ocorrência associada à quimioterapia pode interferir negativamente na

continuidade do tratamento e na qualidade de vida do paciente, em virtude de

internações prolongadas, complicações, e atraso na aplicação do ciclo de

quimioterapia subseqüente. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo

quantificar os registros de internação em virtude de Neutropenia Febril no ano

de 2015 e correlacioná-los com os subgrupos de diagnósticos. Além de elucidar

os principais desfechos após diagnóstico. Método: Trata-se de um estudo

descritivo, onde a coleta de dados realizou-se por busca ativa nos relatórios de

internação por Neutropenia Febril durante o ano de 2015 em uma clínica

oncológica privada no estado do Rio de Janeiro. Resultados: No período

analisado foram registradas 65 internações em decorrência de Neutropenia

Febril. Observou-se 34% de casos para câncer de mama, 14% para câncer de

brônquios e pulmões, 18% para tumores gastrointestinais, 9% para neoplasias

hematológicas e 25% para outras neoplasias. Com relação aos desfechos,

observou-se que 43% retornaram ao tratamento, 37% suspenderam e 20% dos

pacientes em análise foram à óbito. Conclusão: A internação por Neutropenia

Febril é uma realidade frequente no tratamento oncológico. Os resultados

apresentados comprovam a necessidade constante de vigilância e a relevância

das atividades de Farmácia Clínica e Farmacovigilância, sinalizando a

importância de acompanhamento dos tratamentos, uma vez que as toxicidades

hematológicas possuem forte impacto no sucesso da terapêutica.

ID 031

Autores: Daniel Oliveira de Souza – [email protected] – IOV/SJC

Amanda Isaura da Silva – [email protected] – IOV/ SJC

Elisangela Keli Romano – [email protected] – IOV/SJC

Stela Maris Coelho – [email protected] – IOV/SJC

Carlos Frederico Pinto – [email protected] – IOV/SJC

Resumo: Introdução: O cuidado coordenado surgiu da necessidade de triar e

acompanhar o paciente em trajetória durante o tratamento oncológico

ambulatorial no Instituto de Oncologia do Vale, evidenciando e corrigindo

atrasos, conflitos/problemas na transição de etapas e sequência ideal dos

protocolos assistenciais. Objetivos: Acompanhar o tratamento dos pacientes

para que todas as etapas do cuidado sejam realizadas precisamente. O padrão

esperado está exposto no mapa do plano terapêutico definido a partir do

workflow (fluxo de trabalho) identificando/acompanhando as etapas críticas do

tratamento no IOV. Método: É realizado um gerenciamento dos pacientes

através do workflow das patologias de maior incidência de acordo com dados

epidemiológicos (INCA 2016): câncer de mama, próstata e colorretal,

monitorando as transferências críticas do cuidado. O processo acontece através

de instruções de trabalho no formato de SBARs (SITUATION, BACKGROUND,

ASSESSMENT, RECOMMENDATION) adaptados a cada protocolo assistencial.

Resultados: Estão sendo acompanhados aproximadamente 500 pacientes: 299

com câncer de mama, 133 de próstata e 68 colorretal, de outubro/2015 a

fevereiro/2016 (corte para publicação). Detectamos 6,2% de falhas nas

transições críticas do cuidado que poderiam ocasionar não conformidades na

conduta clínica: 1% pacientes que teriam indicação para radioterapia e não

foram encaminhados ou encaminhados sem registro e 0,2% paciente com

indicação, mas que recusou o tratamento, e sem esse registro. 1,2% pacientes

submetidos a esvaziamento axilar sem encaminhamento para reabilitação. 1,2%

pacientes com cateter sem evidência no prontuário. 0,2% Indicação

desnecessária para hormonioterapia. 1,6% falha na conduta de monitoração do

paciente ou informações incompletas ou ainda prontuário arquivado antes da

conclusão dos demais processos. 0,8% falhas dos serviços externos de saúde

que impactariam no tratamento do paciente, caso não fossem detectados pelo

trabalho coordenado. Conclusão: A implementação do trabalho coordenado

através do Kanban para gerenciar as transições e etapas críticas do cuidado

mostrou efetividade em mitigar falhas na atenção ao paciente, promovendo

segurança/sucesso no tratamento.

UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA KANBAN NO CUIDADO COORDENADO

DOS PACIENTES EM TRATAMENTO DE CÂNCER NO INSTITUTO DE

ONCOLOGIA DO VALE (IOV) SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP

12

Page 13: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 032

Autores: Ito, Fumiko Takahashi(1); Sabino, Larissa Zuppardo Lacerda(2) ;

Oliveira, Daniella Cristina de(3); Silva, Mariana Perez Esteves(4); Santos, Valéria

Armentano dos(5)

(1) Farmacêutico Sênior do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval

- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]

(2) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval

- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]

(3) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval

- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]

(4) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval

- Hospital Albert Einstein –São Paulo – SP – [email protected]

(5) Farmacêutico Coordenador do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-

Daycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo – SP – [email protected]

Resumo: Introdução: É um desafio oferecer informações claras e adequadas

no momento de ansiedade e estresse, onde pacientes recebem muitas

informações de toda equipe multiprofissional. A orientação de alta hospitalar é

fundamental para o sucesso na continuidade do tratamento e o conhecimento

insuficiente sobre medicamentos pode ser causas da falta de adesão ao seu

seguimento. A orientação farmacêutica ideal inicia no momento da internação

através da visita inicial farmacêutica, possibilitando estabelecer um vinculo de

confiança e conhecer as necessidades específicas do paciente. As informações

de medicamentos para alta hospitalar pode ser em forma escrita contendo

nome, indicação, apresentação farmacêutica, dose, frequência, via de

administração, cuidados de administração e sugestão de horários de

administração. Objetivo: Criar um modelo de orientação de alta para garantir a

continuidade do tratamento e reduzir o risco de erro de medicamento.

Metodologia: Criado uma planilha com informações de medicamentos e

orientado paciente e/ou familiares, com a planilha impressa, no momento da

alta hospitalar na unidade de TCTH. Resultado: Foram realizados 50

Transplantes de Células Tronco Hematopoéticas entre novembro de 2014 e

novembro de 2015. Desses, 45 receberam alta hospitalar e foi possível aplicar o

modelo de alta e fazer a orientação em 38 pacientes. Conclusão: O modelo de

alta foi criado e pode auxiliar de forma ativa, sanando as dificuldades dos

pacientes e familiares na interpretação das receitas manuscritas. A Orientação de

medicamentos com a sua indicação mostrou a importância da adesão à

terapêutica. A compreensão completa da terapêutica garantiu a continuidade

do tratamento pelos pacientes. A dificuldade encontrada foi o mau

planejamento para alta pela equipe e consequente tempo disponível curto para

o preparo do material individualizado. A ampliação do serviço a demais

pacientes críticos depende da disponibilidade do Farmacêutico, um desafio para

maioria das instituições onde o Farmacêutico acumula funções fora das

atividades clinicas.

ID 033

Autores: Fabiana Araújo – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Luisa Beltrami – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Magda França – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Renata Xavier da Costa – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Ana Clara Erthal – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Renan Luiz Pinto – [email protected] – Rio de janeiro/RJ – HFSE;

Silvana Araújo Capitanio - [email protected] – Rio de Janeiro/RJ –

HFSE;

Michele Firmino Ramos – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE.

IMPLEMENTAÇÃO DE UM MODELO DE ORIENTAÇÃO DE ALTA

HOSPITALAR AOS PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE

CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS.

ANÁLISE DE ESQUEMAS ANTIEMÉTICOS UTILIZADOS EM UM HOSPITAL

PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO PARA PROTOCOLOS DE ALTO E MODERADO

POTENCIAL EMETOGÊNICO, FRENTE ÀS NOVAS DIRETRIZES

INTERNACIONAIS.

Resumo: Introdução: Náuseas e vômitos podem ser classificados como

agudos, tardios ou antecipatórios. Os agudos e tardios, são determinados pelo

caráter emetogênico dos quimioterápicos e são sensíveis ao tratamento com

fármacos antieméticos. A severidade dessas reações pode comprometer o

tratamento, ocasionando até o abandono do mesmo. Neste aspecto, avaliamos

as prescrições quanto aos protocolos estabelecidos a fim de garantir boa

resposta à terapêutica antiemética. Objetivo: O trabalho consiste em avaliar os

esquemas antieméticos prescritos para protocolos altamente e moderadamente

emetogênicos frente às novas diretrizes do National Comprehensive Cancer

Network (NCCN), segundo as quais, a combinação de um antagonista de

neurokinina 1, associado à um antagonista de 5-HT3 e dexametasona, é o

esquema de eleição contra náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia

(NVIQ) altamente emetogênica; e um antagonista de 5-HT3 associado à

dexametasona com ou sem o antagonista de neurokinina 1, para terapias

moderadamente emetogênicas. Metodologia: Foram selecionadas 878

prescrições cujos protocolos eram de alto poder emetogênico

(Cisplatina49mg/m²; ciclofosfamida1500mg/m²; AC; FAC; citarabina1000mg/m²)

e moderado (FOLFOX; FOLFIRI; carboplatina+paclitaxel; CMF). Avaliou-se o

esquema de agentes antieméticos adotados e comparou-se com as novas

diretrizes do NCCN. Resultados: Não foram adotados antagonistas de

neurokinina 1 para os esquemas de alto potencial emetogênico; somente

antagonista de 5-HT3 associado à dexametasona; o mesmo aplicado para

esquemas de moderado potencial emetogênico. Em 73% das prescrições

observou-se que as dosagens estavam de acordo com as diretrizes do NCCN.

Não foram avaliadas as possíveis reações adversas ocasionadas pela ausência

do antagonista de neurokinina 1. Conclusão: As revisões dos esquemas

antieméticos são importantes como medida de adesão ao tratamento,

proporcionando mais qualidade de vida ao paciente e assegurando uma terapia

antineoplásica mais eficiente.

ID 034

Autores: Fabiana Araújo – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Luisa Beltrami – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Magda França – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Renata Xavier da Costa – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Ana Carolina Silveira - [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Ana Clara Erthal – [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE;

Renan Luiz Pinto – [email protected] – Rio de janeiro/RJ – HFSE;

Ana Paula Antunes - [email protected] – Rio de Janeiro/RJ – HFSE.

Resumo: Introdução: A cistite hemorrágica severa é uma complicação

associada a diversas formas de tratamento oncológico. Está relacionada com

frequência ao uso de ciclofosfamida e ifosfamida. A mesna, uma substância

uroprotetora em associação com estas drogas reduz a 7% os casos desse evento

nos pacientes submetidos ao tratamento com os referidos alquilantes. Objetivo:

Analisar as doses de mesna prescritas aos pacientes adultos submetidos à

terapia com ciclofosfamida e ifosfamida em um Hospital Federal do Rio de

Janeiro, considerando que a literatura preconiza como dose correta 20% do total

da dose de ciclofosfamida ou ifosfamida. Metodologia: Realizou-se um estudo

retrospectivo analisando as prescrições de pacientes adultos submetidos a

vários esquemas de tratamento com altas doses de ifosfamida e ciclofosfamida

nos meses de junho, julho e agosto de 2015. A análise considerou se houve

prescrição de mesna associada e se a dose de mesna prescrita estava de acordo

com a preconizada pela literatura. Observou-se também se a orientação de

hidratação prévia e durante a infusão foi adotada como manejo a esses

pacientes. Resultados: Foram analisadas 115 prescrições das quais 9,4% eram

de ifosfamida e 90,6% de ciclofosfamida. 72% do total das prescrições não

apresentaram mesna e 62% eram de ciclofosfamida. Nas demais, as doses de

mesna estavam de acordo com a literatura. 6% das prescrições sugeriam a

hidratação prévia como manejo. Conclusão: Sabendo que o êxito terapêutico

está intimamente ligado à redução da toxicidade e à capacidade de controle dos

USO DE MESNA EM ASSOCIAÇÃO COM AGENTES ALQUILANTES NA

PREVENÇÃO DE CISTITE HEMORRÁGICA: UMA OPORTUNIDADE DE

REVISÃO DAS PRESCRIÇÕES.

13

Page 14: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

seus efeitos adversos; e tendo em vista os dados apresentados, concluímos que

a análise das prescrições e a intervenção farmacêutica são de extrema

importância na tentativa de prevenir ou minimizar efeitos adversos no

tratamento oncológico.

ID 035

Autores: Ito, Fumiko Takahashi(1); Sabino, Larissa Zuppardo Lacerda(2) ; Oliveira,

Daniella Cristina de(3); Silva, Mariana Perez Esteves(4); Santos, Valéria

Armentano dos Santos(5)

(1) Farmacêutico Sênior do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval

- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]

(2) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval

- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]

(3) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval

- Hospital Albert Einstein – São Paulo - SP – [email protected]

(4) Farmacêutico Pleno do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-Daycoval

- Hospital Albert Einstein –São Paulo – SP – [email protected]

(5) Farmacêutico Coordenador do Centro de Oncologia e Hematologia Dayan-

Daycoval - Hospital Albert Einstein – São Paulo – SP – [email protected]

Resumo: Introdução: Os pacientes submetidos ao Transplante de Células

Tronco Hematopoéticas (TCTH) necessitam de conhecimentos claros sobre

medicamentos em uso para a adesão à terapia medicamentosa devido à

complexidade da terapêutica. O farmacêutico clínico, através do

acompanhamento farmacoterapêutico, tem como desafio garantir a segurança

do tratamento, uma vez que, um erro de medicamento nestes pacientes pode

levar a um dano grave. Os acompanhamentos de exames para níveis de

medicamentos são imprescindíveis para ajustes de doses, evitando falha

terapêutica ou intoxicação. Objetivo: Avaliar a adesão e garantir a continuidade

do tratamento aos pacientes que realizaram TCTH. Metodologia: Foi utilizada

ferramenta PDCA, elaborado e implementado um modelo de orientação de

seguimento e comunicação entre os diferentes níveis assistenciais para os

pacientes pós TCTH, que transitam entre domicílio, ambulatório e internação. A

passagem de plantão entre Farmacêuticos Clínicos do ambulatório e unidade de

internação foi formalizada em prontuário eletrônico e em drive comum. Os

pacientes foram avaliados a cada retorno ambulatorial e internação para

reconciliação dos medicamentos, orientações e ajustes de dose quando

necessários. Resultado: Iniciado em novembro de 2014 e avaliado pelo período

de um ano. Foram realizados 50 Transplantes de células Tronco Hematopoética.

Desses, 5 pacientes evoluíram ao óbito e 45 receberam alta hospitalar. Entre

todos os pacientes de alta, 70% receberam a orientação farmacêutica e 69%

foram acompanhados no ambulatório. Foi possível fazer a passagem de

plantão, para o ambulatório de quimioterapia, em 100% dos pacientes que

receberam orientação de alta. Dos pacientes acompanhados, 86% aderiram ao

modelo de orientação. Conclusão: A implementação desse projeto garantiu a

continuidade da assistência, no ambulatório, pós-alta hospitalar reduzindo os

riscos de erro de medicamentos com a formalização da passagem de plantão. As

doses dos medicamentos foram ajustadas conforme parâmetros laboratoriais e

continuaram sendo acompanhadas no ambulatório e na unidade de internação.

SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO PARA PACIENTES SUBMETIDOS

AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS ENTRE

DIFERENTES NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA.

ID 036

Autores: Thomaz Massao Hissatomi – [email protected] – São

Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);

Luiz Ivan Henrique da Silva – [email protected] – São Paulo – SP – Instituto

do Câncer do Estado de São Paulo (1);

Priscila Siedshlag Ise Guimarães – [email protected] – São Paulo –

SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1).

Resumo: Introdução: A Dessensibilização é um procedimento para pacientes

com hipersensibilidade a um determinado fármaco, inibindo a resposta dos

mastócitos e/ou basófilos, sendo uma medida profilática contra anafilaxia(1).

Brentuximab Vedotin é um conjugado anticorpo-fármaco composto pelo

anticorpo monoclonal quimérico anti-CD30, ligado a um agente anti-mitótico

monometil auristatina E (MMAE). Indicado para tratamento de pacientes com

Linfoma de Hodgkin e Linfoma Anaplásico de Grandes Células, refratário a pelo

menos dois protocolos com poliquimioterapia ou após Transplante Autólogo de

Medula Óssea sem remissão(2). Objetivo: Demonstrar a eficácia e segurança

do Protocolo de Dessensibilização para pacientes com hipersensibilidade a

Brentuximab Vedotin, evitando a suspensão do tratamento. Metodologia:

Estudo retrospectivo de revisão de prontuário. Paciente G.L.D, masculino, 21

anos, estudante, procedente de São Paulo. Após sintomas, resultados de exames

laboratoriais e biópsia de linfonodo cervical, diagnosticado Linfoma de Hodgkin

Clássico. Proposta inicial de tratamento: 4 ciclos de Doxorrubicina, Bleomicina,

Vimblastina e Dacarbazina (ABVD), 4 ciclos de Gencitabina, Ifosfamida e

Vinorelbina (GIV), 1 ciclo de Carboplatina, Etoposideo (ICE) sem Ifosfamida, mais

5 ciclos de GIV, 2 últimos ciclos sem Ifosfamida, submetido a Transplante

Autólogo de Medula Óssea com remissão parcial. Posteriormente indicado nova

proposta com Brentuximab Vedontin, realizou 4 ciclos, no 2º ciclo paciente

evolui com choque anafilático. Considerando a importância da continuidade do

tratamento, foi aplicado Protocolo de Dessensibilização de 12 etapas, são

manipuladas 3 bolsas da droga (Tabela 1)(3). Resultado: O procedimento foi

realizado na UTI, utilizado anti-histamínico como pré-medicação e aplicado

Protocolo de Dessensibilização, nenhuma reação de hipersensibilidade foi

apresentada, os ciclos subsequentes foram administrados com o mesmo

protocolo sem intercorrências. Conclusão: Este caso demonstra eficácia e

segurança do Protocolo de Dessensibilização em pacientes que apresentam

reação de hipersensibilidade a Brentuximab Vedotin. Infelizmente o protocolo

não conduz a tolerância a longo prazo, sendo necessário aplicação a cada ciclo

subsequente(4).

ID 037

Autores: Rafael Duarte Paes, [email protected], São Paulo - SP,

Hospital São José - Beneficência Portuguesa de São Paulo

Resumo: Introdução: Os recursos voltados para a área da saúde tem se

tornado cada vez mais escassos, sendo assim, medidas de gestão hospitalar que

visem maximização dos lucros e/ou minimização das perdas, otimizam os

recursos destinados às áreas de interesse, melhorando a qualidade do serviço

prestado sendo como maior beneficiário o paciente. Objetivo: Avaliar o

impacto da ferramenta econômica custo oportunidade do agendamento

inteligente em um centro de oncologia. Metodologia: Realizou-se uma busca

em prontuário eletrônico dos pacientes que realizaram atendimento no centro

de oncologia do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo no período

entre janeiro a junho de 2015 de uma operadora de saúde que realiza o

reembolso por miligrama de medicamento, analisou-se as doses prescritas de

cada medicamento para cada paciente, foram excluídas as duplicatas, lançado

em planilha Excel para tratamento dos dados, analisou-se as doses prescritas ao

APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE DESSENSIBILIZAÇÃO PARA

HIPERSENSIBILIDADE COM O CONJUGADO ANTICORPO-FÁRMACO

BRENTUXIMAB VEDOTIN: RELATO DE CASO

CUSTO OPORTUNIDADE DO AGENDAMENTO INTELIGENTE EM UM

CENTRO DE ONCOLOGIA

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Page 15: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

longo do mês e as perdas por estabilidade de cada medicamento. Resultados:

Na situação hipotética em que todos os pacientes agendados viessem em um

mesmo dia, encontramos uma economia média 10,8% do orçamento (variando

de 7% a 21%), ao analisarmos as perdas por estabilidade dos medicamentos ao

longo do dia, encontramos que este representa em média 2,8% do orçamento

(variando de 2 a 4%). Conclusão: O agendamento inteligente é uma realidade

de alguns centros oncológicos e sua adoção conforme os resultados

encontrados, quando o reembolso é realizado pela totalidade do frasco do

medicamento, traz benefício orçamentário para a instituição que pode ser

revertido em melhorias de processo e gestão, aumentando a qualidade do

serviço prestado.

ID 038

Autores: 1 - Jessica Amália Peretta Cardoso - [email protected] -

Guarulhos/SP - Hospital São José (Real e Benemérita Associação Portuguesa de

Beneficência).

2 - Camila Rodrigues Lopes - [email protected] - São Paulo/SP -

Hospital São José (Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência).

3 - Amanda Nascimento dos Reis - [email protected] - São Paulo/SP -

Hospital São José (Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência).

Resumo: Introdução: Reações adversas relacionadas ao sistema imunológico

potencialmente letais foram relatadas no tratamento com Ipilimumabe. As

reações adversas imunorrelacionadas (irRAs) ocorrem em função da atividade

imunitária aumentada ou excessiva e atingem principalmente as áreas com

populações significativas de linfócitos T residentes (trato gastrointestinal e pele).

Reações neurológicas são menos frequentes. O uso de corticosteróides

sistêmicos em doses elevadas com ou sem terapia imunossupressora adicional

pode ser necessário na gestão das irRAs graves. Objetivo: Relatar o

acompanhamento e manejo de reações neurológicas imunitárias devido à

terapia com Ipilimumabe. Metodologia: Estudo de caso de um paciente com

melanoma avançado, através de revisão de prontuário entre março/2015 e

fevereiro/2016, que teve a terapia com Ipilimumabe interrompida

permanentemente em decorrência de irRAs. Relato De Caso: PPOC, 66 anos,

sexo masculino, realizou tratamento com Ipilimumabe por 2 ciclos, o último em

abril/2015, apresentou alteração neurológica (irRA grau 3 - liquor inflamatório),

foi tratado com corticoterapia em altas doses (metilprednisolona 80mg/dia EV)

com início de recuperação clínica após 48 horas e praticamente completa em 4

semanas. As doses de esteróides foram reduzidas progressivamente e o uso de

Ipilimumabe foi descontinuado permanentemente. Desenvolveu refratariedade

ao tratamento com corticóide. Usou Infliximabe, mas apresentou importante

reação alérgica, necessitando internação para controle de sintomas em

janeiro/2016. Solicitado novo anti TNF (Etarnecept), pois o paciente persiste com

sintomas neurológicos. Conclusão: Este relato de caso mostrou que as reações

adversas ao Ipilimumabe devem ser reconhecidas e tratadas precocemente, de

forma a minimizar várias complicações, inclusive o risco de morte. O

monitoramento e a educação destes pacientes em relação à nova terapia e às

possíveis reações adversas devem ser realizados, bem como o conhecimento

das mesmas por toda a equipe multiprofissional. Devido à importância do

reconhecimento precoce das irRAs para a minimização de sua severidade, o

paciente deve ser um parceiro neste processo.

RELATO DE CASO: ACOMPANHAMENTO E MANEJO DE REAÇÕES

ADVERSAS NEUROLÓGICAS IMUNORRELACIONADAS AO USO DE

IPILIMUMABE EM PACIENTE COM MELANOMA AVANÇADO.

ID 039

Autores: CARLA CAROLINE SILVA: [email protected], São Paulo - SP

(Universidade Federal de São Paulo)

RODRIGO SPINELI MACEDO: rsmacedo2002

Resumo: Introdução: O presente trabalho aborda os efeitos que os agentes

antineoplásicos podem ocasionar nos pulmões, complicações que podem afetar

irreversivelmente a função respiratória. A quimioterapia, um dos tipos de

tratamento do câncer, utiliza drogas potentes com o objetivo de controlar,

destruir ou inibir a proliferação de células. Contudo, há o ataque a todos os tipos

de células, inclusive das saudáveis ocasionando efeitos que em sua maioria, são

negativos. Assim sendo, o trabalho propõe-se a realizar uma revisão narrativa da

literatura científica sobre a toxicidade pulmonar ocasionada por quimioterapia.

Objetivos: listar os principais agentes antineoplásicos já descritos na lesão

pulmonar, descrever as temáticas dos trabalhos sobre a patologia, identificar o

manejo da toxicidade encontrado nas publicações. Método: O estudo

caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa de revisão narrativa da literatura.

O caminho metodológico constituiu-se na definição das bases de dados,

bibliografias e posterior busca nas fontes eleitas, Literatura Latino Americana e

do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Sistema Online de Busca e Análise de

Literatura Médica (MedLine) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo), através

dos descritores: toxicidade pulmonar por quimioterapia, doença pulmonar

intersticial no tratamento do câncer e injúria pulmonar ocasionada por agentes

antineoplásicos no nome de cada agente descrito. Foi utilizado também o site

pneumotox.com que correlaciona às drogas que ocasionam toxicidade

pulmonar com o tipo de lesão para localizar as drogas já descritas Resultados:

Foram identificados mais de 25 agentes antineoplásicos responsáveis por lesões

pulmonares e com casos publicados na literatura científica. Conclusão: Com

este trabalho entende-se a importância de elucidar como diagnóstico

diferencial a toxicidade de antineoplásicos ao pulmão, seus principais efeitos

colaterais e como deve ser realizado o manejo clínico. Múltiplas são as drogas

que exercem um efeito adverso ao pulmão e mais estudos ainda são necessários

para identificá-las.

ID 040

Autores: Andrezza Viviany Lourenço; Ana Lúcia Stobbe; Erica Martins Pio; Eloise

Cristina Goeden; Fabiana Bierhals Munsberg; Morgana Koppen; Patricia Aiko

Sakamoto; Rafaela Pina Rizental - Complexo Ispon - Ponta Grossa - PR

Resumo: Introdução: O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP),

instituído pelo Ministério da Saúde – Portaria 529/2013 – visa, com enfoque

multiprofissional, a criação de diretrizes voltadas à cultura da segurança,

estruturação do gerenciamento de riscos e integração dos processos

organizacionais de serviços de saúde. O desenvolvimento de estratégias e ações

por meio do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) contribui para qualificação

do cuidado ao paciente. Objetivo: Promover, através do NSP, formado por

profissionais de Farmácia, de Enfermagem e de Atendimento do Complexo

ISPON, a cultura da segurança entre gestores, colaboradores e cuidadores

envolvidos na assistência ao paciente oncológico. E, gerenciar as notificações e

criar ações para minimizar riscos que causem danos aos pacientes. Método:

Foram mapeados os riscos internos, elaborados e divulgados os Protocolos de:

1) Identificação do paciente; 2) Higienização das mãos; 3) Prevenção de quedas;

4) Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos. Os

colaboradores de todas as áreas foram capacitados e incentivados a notificar

incidentes ou riscos que poderiam ocasionar danos aos pacientes em

atendimento no Complexo ISPON durante o ano de 2015, no formulário

“Notificação e Análise de Incidentes e Evento Sentinela”. Resultados: Em 2015, o

Complexo ISPON apresentou 42 notificações classificadas como: 11 Quase

TOXICIDADE PULMONAR INDUZIDA POR QUIMIOTERAPIA

NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE – ESTRUTURAÇÃO,

DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DAS NOTIFICAÇÕES DE

EVENTOS OCORRIDOS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ONCOLÓGICO

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Page 16: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

eventos; 30 Incidentes sem danos, 1 incidente com danos e 0 Evento sentinela.

Os danos ou riscos foram relacionados a falhas em: identificação do paciente,

riscos de queda, comunicação interna, derramamento de quimioterápicos,

extravasamento e análise incompleta de prescrição médica. Conclusão: Para

cada evento analisado, foram elaborados planos de ação para que o risco ou

dano fosse eliminado. O NSP tornou-se fundamental na melhoria contínua dos

processos internos de assistência ao paciente oncológico. A constituição de

profissionais de diversas áreas e funções no NPS possibilitou mais agilidade e

melhor análise crítica nas ações propostas para prevenção de incidentes.

ID 042

Autores: Orenito Simão Borges Júnior, e-mail: [email protected], São

Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês.

Caroline Gonçalves Benvenutti, e-mail: [email protected], São

Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês.

Resumo: Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis, sobretudo as

neoplasias, assumiram ônus crescente e preocupante nas últimas décadas.

Objetivo: Descrever os custos referentes às internações por neoplasias

financiadas pelo SUS e seus desdobramentos. Método: Estudo retrospectivo

transversal, com análise estatística descritiva de dados secundários oriundos de

internações registradas via SIH/SUS, no período de 2010 a 2015. Resultados:

Neste período, foram registradas no Brasil 67.507.793 hospitalizações, sendo

que 4.058.951 (6,01%) associaram a neoplasia (CID10: C00-D48) como causa

primária da internação, e custearam R$6.846.683.090,30 para o setor público,

cerca de 9,32% do total. A análise das variáveis, número e valor das internações

em decorrência do tempo, demostraram que enquanto as hospitalizações

aumentaram linearmente, com acréscimo de 24,52%, os custos aumentaram

exponencialmente, apesentando elevação de 96,91%, entre os anos analisados.

Tais variáveis apresentaram ainda correlação positiva ao teste de regressão linear

(r2=0,96; P=0,001). Em análise da procedência dos casos, verificou-se que

2.638.974 (65,02%) ocorreram em unidades particulares conveniadas ao SUS,

enquanto que 1.419.977 (34,98%) aconteceram em unidades públicas, sendo os

gastos calculados na proporção 69,50% e 30,50%, respectivamente. Tal

disparidade de custo pode ser reflexo da diferença do valor médio de

internação, na qual foi estimado R$1.470,42 no setor público e R$1.803,24 no

privado. Situação a qual pode ser justificada pelos maiores custos dos serviços

hospitalares (+124,71%) e profissionais (+138,14%) no âmbito particular, que

pode ser contrabalanceado pelo maior tempo de permanência dos pacientes

nas instituições públicas (+45,83%). As taxas de mortalidade, por sua vez,

demonstraram-se preocupantes com comportamento crescente durante os

anos pesquisados, de 7,76% em 2010 para 8,23% em 2015. Conclusão: Apesar

da situação demonstrar um aparente investimento nas internações por

neoplasias, verificou-se que os custos se dão em função do quantitativo de

internações, demonstrando ser necessário ainda uma melhor gestão para se

reduzir o número de óbitos.

CUSTOS DAS NEOPLASIAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UM

PANORAMA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE 2010 A 2015.

ID 043

Autores: Mayara Sibelle de Oliveira, [email protected],

Ipojuca, Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;

Rodrigo Vasconcelos de Sales, [email protected],

Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;

Tábata Fernanda Lopes de Souza, [email protected],

Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;

Jéssica Priscila Avelino Silva de Albuquerque, jessica.albuquerque

@multihemo.com.br, Recife, Pernambuco, Multihemo Oncologia e

Hematologia;

Douglas Tavares Albuquerque, [email protected], Recife,

Pernambuco, Hospital das clinicas -UFRPE;

João Acilon Rangel Arruda Junior, [email protected], Recife,

Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;

Genilda Barbosa de Medeiros, [email protected], Recife,

Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;

Noberto de Oliveira Gonzaga, [email protected], Recife,

Pernambuco, Multihemo Oncologia e Hematologia;

Resumo: Taxanos (TXN) são drogas utilizadas para tratar vários tipos de

cânceres, como os de mama, ovário, bexiga, pulmão entre outros. O paclitaxel,

um dos principais representantes da classe dos agentes estabilizadores de

microtúbulo apresenta baixa solubilidade em água e em sua formulação

utilizasse 50% de Cremophor EL (CrEL) e 50% de etanol hidratado. As reações

adversas mais conhecidas do paclitaxel são de hipersensibilidade do tipo

anafilática, caracterizada por dispneia, rubor, erupção cutânea, dor no peito,

taquicardia, hipotensão, angioderma e urticária generalizada, devido a presença

do CrEl em sua formulação. Este trabalho teve como objetivo identificar e

quantificar as reações adversas (RAM’s) no período de um ano, que ocorreram

com 27 pacientes em uma clínica de oncologia em Recife-PE, e com isso

minimizar ou evitar essas RAM’s em questão. Foi feito um estudo quantitativo

descritivo, retrospectivo, com dados obtidos da análise dos prontuários de

pacientes em uso de paclitaxel, no período de janeiro de 2015 a dezembro de

2015. Foram identificados 147 pacientes que fizeram uso do paclitaxel, destes, 74

pacientes fizeram uso do medicamento genérico e 73 pacientes fizeram uso do

medicamento de referência. Do total de pacientes em uso do medicamento

genérico 31% apresentaram reação adversa enquanto que para os pacientes em

uso do medicamento de referência, esse percentual foi de apenas 5,5%. O

trabalho permitiu identificar discrepâncias entre o número de RAM’s do

medicamento de referência e o genérico, logo, partindo do princípio que as

formulações são iguais, corrobora a importância da farmacovigilância e atuação

do farmacêutico junto a identificação e acompanhamento de tais reações e

notificação do laboratório produtor. Embora as RAM’s sejam esperadas, a

incidência foi maior com o genérico e precisa-se maior investigação quanto à

qualidade do produto, visando o uso racional do medicamento e segurança do

paciente.

ID 044

Autores: 1 – Suzy Kaori Abe Shirassu – [email protected] – São Paulo/SP –

Sociedade Beneficente Isreaelita Brasileira Albert Eintein.

2 – Valeria Armentano dos Santos – [email protected] – São Paulo/SP -

Sociedade Beneficente Isreaelita Brasileira Albert Eintein.

Resumo: Introdução: O risco ocupacional relacionado à manipulação de

agentes citotóxicos é conhecido há muito tempo, porém, apesar de serem

utilizadas técnicas específicas para minimizar a exposição a esses agentes, há

estudos que relatam a presença destes em fluidos biológicos de profissionais

INCIDÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS AO PACLITAXEL EM UMA CLÍNICA

DE ONCOLOGIA EM RECIFE-PE

A IMPLANTAÇÃO DO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA NA MANIPULAÇÃO

DE AGENTES CITOTÓXICOS EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE SÃO

PAULO – CUSTO X BENEFÍCIO.

16

Page 17: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

que os manipulam. Objetivo: O objetivo deste trabalho é fazer uma análise de

custo x benefício da implantação do uso de dispositivos de segurança na

Farmácia da Oncologia de uma instituição privada de São Paulo. Metodologia:

A implantação dos dispositivos de segurança iniciou em Novembro de 2015 e

foram inseridos quatro dispositivos de segurança: dois dispositivos para frascos

de medicamentos, um dispositivo para seringa e um dispositivo de transferência

para a bolsa de soro; o período de adaptação dos manipuladores aos novos

materiais foi de um mês, a implantação completa se deu em Dezembro de 2015;

o critério de utilização desses dispositivos foi a característica citotóxica do

medicamento, sendo a Lista de Antineoplásicos e Outras Drogas Perigosas nos

Serviços de Saúde do NIOSH (The National Institute for Occupational Safety and

Health) a referência bibliográfica utilizada. Resultados: As principais vantagens

encontradas durante a implantação desses dispositivos foram: redução da

formação de aerossóis durante a manipulação, redução do risco de

contaminação cruzada, redução do risco de contaminação microbiológica,

redução do risco de acidentes com perfuro-cortantes, estabilidade estendida

para as sobras de medicamentos. As principais desvantagens encontradas

foram: alto custo do material, existir poucos medicamentos com apresentação

de frascos de multidose no mercado nacional, aumento de etapas na

manipulação. Conclusão: Ao analisarmos os resultados qualitativos desses

dispositivos, verificamos que as vantagens superam as desvantagens na nossa

experiência, os resultados quantitativos estão em análise e serão finalizados até

Abril/2016.

ID 045

Autores: Ana Carolina Fernandes Bandeira da Silveira¹, [email protected]

– Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Anna Clara Erthal Leite¹, [email protected] – Rio de

Janeiro/RJ - HFSE, Renan Luiz Pinto¹, [email protected] – Rio de Janeiro/RJ

- HFSE, Fabiana Paula Araújo de Almeida¹, [email protected], Rio de

Janeiro/RJ - HFSE, Luisa Beltrami de Faria Benedicto¹, [email protected]

– Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Magda Mattos da França¹, magdamfranca@

yahoo.com.br – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Renata Xavier Costa¹, renatapichara@

gmail.com – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, Ana Paula Antunes¹, anapaula_a@

yahoo.com – Rio de Janeiro/RJ - HFSE, ¹Hospital Federal dos Servidores do

Estado do Rio de Janeiro – HFSE

Resumo: A despesa com terapias antineoplásicas na compra hospitalar de

medicamentos tem aumentado de modo preocupante nos últimos anos, sendo

essencial otimizar a eficiência dos recursos disponíveis. Para que antineoplásicos

injetáveis sejam infundidos nas doses ideais prescritas, os conteúdos das

apresentações comercializadas nem sempre são 100% administrados,

resultando em perdas significativas de recursos. A ANVISA exige padrões de

qualidade durante o processo de manipulação que, quando obedecidos,

culminam na manutenção do tempo de estabilidade até aquela informada pelo

fabricante. Assim, e considerando métodos de otimização do agendamento de

pacientes conforme os ciclos e estabilidade dos medicamentos, é possível o

armazenamento e utilização das sobras de antineoplásicos para uso posterior.

Objetivo: Identificar os fármacos com maior frequência de sobras, quantificá-

las, estimar os seus valores totais e a economia obtida com o aproveitamento das

mesmas. Método: Uma tabela para acompanhamento semanal foi preenchida

diariamente, identificando nomes e quantidades dos medicamentos

armazenados, informando ainda se a sobra foi aproveitada ou não. Verificou-se

o preço das apresentações utilizadas e calculou-se o custo por miligrama de

cada ativo, organizando todos os dados em planilha Excel® 2013. Resultados:

Em três meses, Ciclofosfamida e Gencitabina (11,4% cada), Oxaliplatina e

Paclitaxel (10,8% cada) foram as mais frequentes dentre 15 medicamentos com

sobras observadas. R$3029,88 foi o valor agregado das 176 sobras de

antineoplásicos, dos quais R$2592,06 (85,5%) foram poupados com a utilização

das sobras. Conclusão: O farmacêutico detém o conhecimento para garantir

que medicamentos antineoplásicos sejam manipulados com segurança e

ANÁLISE ECONÔMICA DO APROVEITAMENTO DE SOBRAS DE

ANTINEOPLÁSICOS MANIPULADOS PELA FARMÁCIA DE UM HOSPITAL

PÚBLICO DE ALTA COMPLEXIDADE DO RIO DE JANEIRO

qualidade, otimizando limitados recursos financeiros disponíveis, através de

atividades do âmbito da sua profissão e contribuindo para melhorar a assistência

farmacêutica. Quando inserido ativamente em uma equipe multidisciplinar,

pode-se potencializar tais resultados através de reorganização inteligente da

agenda de pacientes de acordo com os seus ciclos e com a estabilidade dos

medicamentos.

ID 046

Autores: Maria Raquel Pinto Moreira, [email protected], Fortaleza,

Ceará, Hospital Infantil Albert Sabin

Breno Magalhães Gomes, [email protected], Fortaleza, Ceará,

Hospital Infantil Albert Sabin

Bruno Jucá Rodrigues, [email protected], Fortaleza, Ceará, Hospital

Infantil Albert Sabin

Resumo: Os medicamentos antineoplásicos são amplamente utilizados no

tratamento contra o câncer, porém os estudos dessas substâncias em pediatria

ainda são escassos fazendo com que na maioria das vezes o seu uso seja

diferente da forma preconizada, expondo a população infantil a reações

adversas que podem levá-los a internação hospitalar ou até mesmo ao óbito.

Quantificar e identificar os medicamentos que mais causaram reações adversas

e classificar os órgãos/sistemas mais afetados de acordo com o código ATC,

decorrentes das reações adversas a medicamentos antineoplásicos utilizados na

prática clínica de um ambulatório de onco-hematologia pediátrica. Trata-se de

um estudo analítico, transversal, observacional e retrospectivo com abordagem

quantitativa. Realizado no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015, em

um Hospital de referência em pediatria no estado do Ceará. Os dados foram

obtidos a partir de uma pesquisa nos Formulários de Notificação de Reações

Adversas e Queixa Técnica a Medicamentos, preconizado pela ANVISA. Foram

notificadas espontaneamente 24 suspeitas de reações adversas, sendo o

etoposídeo o principal medicamento citado 54, 16% (13/24), seguido por L-

Asparaginase 20,83% (5/24). Os segmentos orgânicos mais comprometidos

foram musculocutâneo 22/53 (42%) e respiratório 18/53 (33,96%). A

identificação e a classificação das RAM a antineoplásicos a partir do código ATC é

de extrema significância para o estudo de utilização de medicamentos. O estudo

identificou uma baixa adesão à farmacovigilância, considerando como sendo

uma preocupação no que diz respeito à capacitação multiprofissional para a

identificação e manejo das RAM.

ID 047

Autores: Fausi Padilha Gonçalves, [email protected], Dourados-MS -

Centro de Tratamento de Câncer de Dourados

Rogério Dias Renovato, [email protected], Dourados-MS - Universidade

Estadual de Mato Grosso do Sul

Resumo: Introdução: Intervenção farmacêutica (IF) é o termo usado para

denominar todas as ações em que o farmacêutico participa ativamente na

terapia dos pacientes, nas tomadas de decisões e na avaliação dos resultados.

Objetivo: elaborar, implantar e avaliar intervenções farmacêuticas educativas

durante o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes oncológicos que

fazem uso de terapia antineoplásica oral. Método: Para realização da pesquisa

foi utilizado dois delineamentos: 1º- estudo do tipo intervenção, prospectivo,

longitudinal e não-controlado em uma amostra não-probabilística por

conveniência constituída por pacientes oncológicos que fazem quimioterapia

via oral; 2º- pesquisa qualitativa para conhecer e compreender a experiência dos

sujeitos sobre o adoecimento e a terapia oral, tendo como aporte teórico a

S U S P E I TA D E R E A Ç Õ E S A D V E R S A S A M E D I C A M E N TO S

ANTINEOPLÁSICOS EM PEDIATRIA: UM ESTUDO DOS ÓRGÃOS/

SISTEMAS MAIS AFETADOS

INTERVENÇOES FARMACÊUTICAS EDUCATIVAS EM PACIENTES QUE

FAZEM TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ORAL

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

fenomenologia social de Alfred Schutz. A pesquisa foi realizada no Centro de

Tratamento de Câncer de Dourados-MS, no período de abril a dezembro de

2015. Foi realizado o acompanhamento pelo Método de Pharmacotherapy

Workup de 10 pacientes, sendo 9 mulheres e 1 homem durante 6 meses

individualmente. Resultados: foram encontrados 19 PRM´s relacionados à

segurança e 1 à adesão. As IF foram realizadas imediatamente quando possível,

com a disponibilização de um cartão de medicação, folder educativo e

orientações verbais aos pacientes. As interações medicamentosas foram

avaliadas através da ferramenta Micromedex®. A adesão ao tratamento foi

mensurada utilizando o teste Morisky-Green com pacientes que faziam uso de

tamoxifeno, anastrozol, capecitabina e bicalutamida. Apenas 1 paciente foi

considerado não aderente. Fatores como crenças, cultura, espaço social,

experiências e falta de informações demonstraram ser um grande potencial

relacionado à adesão. Para avaliação das IF foi aplicado no último encontro um

instrumento para avaliação do nível de conhecimento sobre medicamentos, e

novamente o teste de adesão. Conclusão: O paciente precisa estar bem

orientado, e o farmacêutico deve garantir a qualidade da farmacoterapia com

orientações e ações que não se restrinjam apenas a informações.

ID 048

Autores: Sueldo Fernandes de Queiroz Júnior, [email protected],

Natal, Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar

Marília Juliana Carlos Rêgo, [email protected], Natal, Rio Grande do

Norte e Universidade Potiguar

Amanda Karine da Silva Alves, [email protected], Natal, Rio

Grande do Norte e Universidade Potiguar

Wendel Izac Souza da Silva, [email protected], Natal, Natal, Rio Grande

do Norte e Universidade Potiguar

André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha, [email protected], Natal,

Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar

Veríssimo de Melo Neto, [email protected], Natal, Rio Grande do

Norte e Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Resumo: Os Linfomas não Hodgkin (LNH) agressivos compreendem um grupo

biológico e clinicamente heterogêneo de hemopatias malignas. Destes, o

Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGC B) é o mais comum,

correspondendo a cerca de 40% dos novos casos diagnosticados e a cerca de

30% de todos os casos de LNH. A disseminação de práticas que não objetivam

desfechos relevantes (mortalidade e qualidade de vida) trouxe o consequente

conceito de otimização de recursos mesmo que, em se tratando de saúde

humana, a ética norteia primordialmente as decisões. Em função disto, a

chamada farmacoeconômia e as análises econômicas aplicadas à saúde nada

mais são do que a aplicação dos princípios da economia ao estudo dos

medicamentos e às práticas de saúde, preconizando a otimização na utilização

de recursos financeiros sem prejuízo à qualidade e aos desfechos de tratamento.

O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma análise farmacoeconômia do tipo

custo-efetividade envolvendo a variável índice de cura e os custos dos

medicamentos envolvidos no tratamento do LDGC B. A metodologia envolvida

trata-se de um estudo bibliográfico, onde foi estabelecida uma análise

comparativa envolvendo os protocolos CHOP e R-CHOP, com seus índices de

cura de doentes adultos e seus custos diretos. Como resultados, foi identificado

que o índice de cura de doentes adultos relacionados ao CHOP é 35% e R-CHOP

com 42%. Os custos diretos do tratamento farmacológico dos dois protocolos

foram R$ 629,54 e R$ 7.379,04. A relação custo-efetividade para as duas opções

respectivamente foram R$ 17,99 e R$ 175,69. Por fim, pode-se concluir que a

relação custo-efetividade aponta favorecimento para o CHOP por ter um custo

significativamente menor em relação ao índice de cura, um cenário lógico para

um ambiente com recursos financeiros limitados.

ANÁLISE FARMACOECONÔMICA DO RITUXIMABE SOBRE LINFOMA

DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B EM ADULTO

ID 049

Autores: 1- Cássia Aparecida de OLIVEIRA, [email protected], Belo

Horizonte, MG, Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais.

2- Pedro Henrique GUIMARÃES, [email protected], Belo Horizonte, MG,

Universidade Federal de Minas Gerais.

3 - Alexandre Pieri CHIARI, [email protected], Belo Horizonte, MG,

Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais.

Resumo: Introdução: O tratamento oncológico apresenta vários avanços, os

quais priorizam uma melhor qualidade de vida ao paciente acometido. Uma

alternativa para facilitar o tratamento quimioterápico, proporcionar maior

qualidade de vida ao paciente, aumentar a aceitação e adesão ao tratamento, é

a utilização dos sistemas infusores, principalmente o modelo elastomérico, esses

permitem que o paciente receba a administração dos medicamentos

continuamente em domicílio, sem a necessidade de permanecer hospitalizado,

alcançando assim os objetivos anteriores. Dentre algumas desvantagens à

utilização dos infusores elastoméricos, tem-se: dificuldade de abranger todos os

pacientes (portadores de incapacidade física ou mental), contraindicação para

infusões rápida de medicamentos, alguns dispositivos apresentam pouca

precisão e/ou falta de consistência do tempo total de infusão. Logo, é necessário

monitorar os pacientes incluídos em protocolos com infusão domiciliar de

medicamentos. Objetivos: Verificar o desempenho e segurança de infusores

elastoméricos através de análise dos desvios no tempo de infusão e relatos de

eventos adversos. Método: A avaliação foi realizada através da análise de

questionários preenchidos por pacientes, em acompanhamento

farmacoterapêutico no ambulatório de oncologia do HPM/MG, que realizam

tratamento quimioterápico utilizando infusores elastoméricos. Foram analisados

os dados de previsão do término da infusão e o horário final da infusão,

determinando-se os respectivos desvios. Coletaram-se também os relatos de

eventos adversos, tanto nos questionários quanto nos acompanhamentos

farmacoterapêutico presenciais. Resultados: Observaram-se tanto desvios

positivos quanto negativos em relação ao tempo total de infusão. Os desvios

foram observados aleatoriamente nos infusores elastoméricos de todas as

marcas utilizadas. Os eventos adversos relatados pelos pacientes relacionam-se

ao medicamento utilizado (Fluorouracil) nessas infusões, mas não podem ser

excluídas as hipóteses dos desvios do tempo de infusão estar relacionado a

problemas técnicos com os dispositivos avaliados. Conclusão - Essa análise

demonstrou a necessidade da inclusão de medidas adicionais que contribuem

para a segurança dos pacientes em tratamento quimioterápico com

usodeinfusoreselastoméricos.

ID 050

Autores: Marília Juliana Carlos Rêgo, [email protected], Natal, Rio

Grande do Norte e Universidade Potiguar

Sueldo Fernandes de Queiroz Júnior, [email protected], Natal, Rio

Grande do Norte e Universidade Potiguar

Amanda Karine da Silva Alves, [email protected], Natal, Rio

Grande do Norte e Universidade Potiguar

Wendel Izac Souza da Silva, [email protected], Natal, Natal, Rio Grande

do Norte e Universidade Potiguar

André Gustavo Gadelha Mavignier de Noronha, [email protected], Natal,

Rio Grande do Norte e Universidade Potiguar

Veríssimo de Melo Neto, [email protected], Natal, Rio Grande do

Norte e Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Resumo: O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres

AVALIAÇÃO DO USO DE INFUSORES ELASTOMÉRICOS DOMICILIAR E A

A D E S Ã O A O S T R ATA M E N TO S Q U I M I OT E R Á P I C O S E M

ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO NO AMBULATORIO DE

ONCOLOGIA DE DETERMINADO HOSPITAL DE BELO HORIZONTE

ESTUDO FARMACOECONÔMICO DO TRASTUZUMABE UTILIZADO EM

CARCINOMA DE MAMA

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

em todo o mundo. Dados revelam, ainda, que é a principal causa de morte por

câncer em mulheres. A quimioterapia antineoplásica e o emprego de

substancias químicas, isoladas ou combinadas, utilizadas no tratamento de

tumores malignos vem se mostrando promissora no seu propósito. A

abordagem de custo interferindo nas decisões clinicas ainda permanece um

tabu. O equilíbrio entre princípios éticos, qualidade de vida e custo ainda

apresenta grandes desafios. Diante disso, a farmacoeconômia aplica conceitos e

técnicas da economia ao estudo dos medicamentos com finalidade de otimizar

os recursos financeiros sem prejuízo ao tratamento terapêutico do paciente. A

importância dos estudos provém da preocupação dos governos e da sociedade

com os crescentes gastos em saúde no âmbito mundial. O trabalho teve como

objetivo, fazer um estudo farmacoeconômico do tipo custo-efetividade

abrangendo a variável de resposta patológica completa e os custos diretos dos

medicamentos envolvidos no tratamento do carcinoma de mama. A

metodologia envolvida trata de um estudo bibliográfico, no qual dois protocolos

o DCEP e T-DCEP, com os índices relacionados a resposta patológica completa e

seus custos diretos são comparados. Os resultados apresentaram uma resposta

patológica completa para o DCEP de 20% e T-DCEP com 43%. Os dois

protocolos apresentaram custos diretos no valor de R$310,42 e R$6.692,23,

respectivamente. A relação custo-efetividade do tratamento farmacológico dos

mesmos foram de R$ 15,52 e R$ 155,53, respectivamente. Em função do exposto,

pode-se concluir que diante da lógica econômica e com recursos financeiros

limitados, essa relação de custo-efetividade indica um favorecimento para o

protocolo DCEP por apresentar um custo expressivamente menor quando

relacionado a resposta patológica completa.

ID 051

Autores: Paulo Henrique Carvalho Modesto, [email protected], Recife –

PE, Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or;

Natalya Maia de Souza, [email protected], Recife – PE, Residente da

Multiprofissional Integrada em Saúde da Família – RMISF/ Faculdade de Ciências

Médicas – UPE;

Mônica Maria Henrique dos Santos, [email protected], Recife –

PE, Farmacêutica do Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco;

Rodrigo Vasconcelos de Sales, [email protected], Recife – PE,

Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or

Resumo: A biossegurança é definida como o conjunto de ações voltadas para a

prevenção, minimização ou eliminação de riscos visando à saúde do homem, a

preservação do ambiente e a qualidade dos resultados, agindo como um guia

para a adequação de normas que visem à proteção dos trabalhadores de saúde.

Tão importante quanto à biossegurança é o controle de qualidade que deve ser

contínuo e diário numa central de manipulação de quimioterapia. Método:

trata-se de um estudo descritivo, a partir de uma abordagem quantitativa, que

se utilizou da ferramenta de um questionário estruturado. Objetivo: Avaliar as

medidas preventivas recomendadas e o controle de qualidade realizada pelos

profissionais farmacêuticos nos hospitais que possuem uma central de

quimioterapia, localizadas na cidade do Recife. Resultados: O estudo foi

realizado em 11 hospitais que prestam serviço de oncologia. Diante os resultados

foi analisando que 100% dos farmacêuticos manipuladores faz o uso de EPIs, já

em relação EPCs 10% relatou não ter todas as proteções necessárias; quanto ao

descarte, 90% das instituições procedem à atividade conforme legislação

vigente. No que diz a respeito ao controle de qualidade, observou-se que 100%

dos profissionais fazem a inspeção visual. Destes, 81,82% determinam o prazo de

validade para cada unidade de antineoplásico de acordo com as condições de

preparo e características da substância. Conclusão: Os resultados se mostraram

bastantes satisfatórios. É muito importante assegurar o controle de qualidade

dos antineoplásicos, nesta etapa podem ser identificadas não conformidades no

preparo dos medicamentos, sendo indicativo de necessidade de notificação de

queixa técnica ou desvio de qualidade. Atender aos requisitos mínimos exigidos

para o funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica, no que diz

respeito aos aspectos de segurança, deve ser uma das prioridades dos gestores

das instituições públicas ou privadas de saúde e dos profissionais envolvidos.

AVALIAÇÃO DO PERFIL DE BIOSSEGURANÇA DOS HOSPITAIS COM

SERVIÇOS DE ONCOLOGIA EM RECIFE-PE

ID 052

Autores: Paulo Henrique Carvalho Modesto, [email protected], Recife –

PE, Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or;

Natalya Maia de Souza, [email protected], Recife – PE, Residente da

Multiprofissional Integrada em Saúde da Família – RMISF/ Faculdade de Ciências

Médicas – UPE;

Mônica Maria Henrique dos Santos, [email protected], Recife –

PE, Farmacêutica do Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco;

Rodrigo Vasconcelos de Sales, [email protected], Recife – PE,

Farmacêutico do Hospital Esperança – Oncologia D`or

Resumo: Introdução: O profissional farmacêutico se apresenta como

elemento essencial ao tratamento farmacoterapêutico em oncologia. Sua

atuação é importante em várias etapas da terapia antineoplásica, devendo

participar das reuniões da Equipe Multidisciplinar em Terapia Antineoplásica -

EMTA, auxiliando na padronização de medicamentos e esquemas terapêuticos

tanto para medidas de suporte quanto para o tratamento das doenças

antineoplásicas. Método: trata-se de um estudo descritivo, a partir de uma

abordagem quantitativa, que se utilizou da ferramenta de um questionário

estruturado. Objetivo: Avaliar a atuação do farmacêutico na Equipe

Multidisciplinar em Terapia Antineoplásica nos hospitais oncológicos cidade do

Recife. Resultados: aborda-se a participação dos farmacêuticos nas EMTAs,

onde 100% dos entrevistados estão presentes nas mesmas. No entanto apenas

27,27% participam das reuniões, discussões de casos clínicos e atividades

didáticas e científicas da equipe multidisciplinar; onde, 18.18% realizam visitas

aos pacientes internados. A portaria nº 288/04, determina que os farmacêuticos

componham a equipe multidisciplinar nas visitas aos pacientes e devem

participar das reuniões e casos clínicos para que assim, os pacientes, possam ter

melhor adesão de tratamento. Conclusão: O número de profissionais

farmacêuticos está bastante reduzido acarretando muitas vezes em sobrecarga

de tarefas, refletindo em sua ausência junto a EMTA. O farmacêutico é o único

profissional da área da saúde com competência e formação para prestar a

devida atenção farmacêutica, que neste caso consiste basicamente em

acompanhar o tratamento farmacológico dos pacientes, garantindo uma

terapia efetiva e segura através do desenvolvimento de ações voltadas para

promoção da saúde do paciente. Em 1993, o farmacêutico teve seus serviços

reconhecidos pela a Organização Mundial da Saúde (OMS) consolidando seu

papel junto à equipe multiprofissional de saúde.

ID 053

Autores: 1- Cássia Aparecida de OLIVEIRA, [email protected], Belo

Horizonte, MG, Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais.

2- Luciene Leonel da Silva COSTA, [email protected], Belo Horizonte, MG,

Centro Universitário Newton Paiva.

3 - Alexandre Pieri CHIARI, [email protected], Belo Horizonte, MG,

Hospital da Polícia Militar de Minas Gerais.

Resumo: Introdução: A solução diluída de heparina é utilizada em

procedimentos de heparinização para manutenção da permeabilidade do

Cateter Totalmente Implantado em pacientes, que necessitam frequentemente

de infusões prolongadas (pacientes da oncologia). A concentração de heparina

preconizada na literatura é de 100UI/mL, utilizando-se 0,2mL de Heparina

5.000U.I./mL (frasco-ampola de 5,0mL), diluído em 10mL de ABD. Objetivo:

Avaliar a precisão das medidas de Heparina em seringa descartável de 5mL e

10mL e registros de queixas técnicas/eventos adversos da solução de heparina

preparada no LME/HPM. Método: A solução de heparina dispensada no

LME/HPM é preparada com 0,2mL de heparina 5.000U.I./mL (frasco-ampola de

5,0mL) diluído para 5mL de ABD, manipulada em seringa descartável de 5mL. Foi

realizado um teste com medidas de volume por cinco técnicos manipuladores

AVALIAÇÃO DO PERFIL DE ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA EQUIPE

MULTIDISCIPLINAR NA TERAPIA ANTINEOPLÁSICA

UMA NOVA PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA HEPARINIZAÇÃO DE

CATETERES TOTALMENTE IMPLANTADOS

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

da seção, que realizaram a medição do volume de 0,2mL (padrão) de ABD em

seringas descartáveis de 10mL e de 5mL, da mesma marca, em quadruplicata.

Em seguida as respectivas amostras foram aspiradas em seringa de 1mL, para

avaliação da reprodutibilidade de medida. Também foram avaliados os registros

de dispensação, queixas técnicas/notificação de eventos adversos de 2 anos.

Resultados: A comparação do volume mensurado em seringas de 10mL e 5mL

demonstrou variação significativa no volume padrão (0,2mL) apenas quando a

medição foi realizada com seringa de 10mL. Para cada técnico verificou-se

variações de 0,02mL a 0,06mL abaixo do volume padrão (0,2mL) nas medições

realizadas. Não houve variação no volume padrão (0,2mL) mensurado com

seringa de 5mL. Em levantamento nos registros (queixa técnica/notificação

evento adverso) não foi identificado suspeita de não efetividade, e/ou evento

adverso relacionado a solução dispensada nos últimos 02 anos. Conclusão: A

solução contendo 0,2mL da solução de heparina 5.000 UI/mL com 4,8mL ABD,

em seringa de 5mL, oferece maior precisão, consequentemente maior

segurança e eficácia para procedimentos de heparinização de cateteres

totalmente implantado.

ID 054

Autores: Christine Berny Völz - [email protected] - Pelotas/RS -

Universidade Federal de Pelotas

Miriam Moreira Mussi - [email protected] - Pelotas/RS - Hospital Clinicanp

Rejane Giacomelli Tavares - [email protected] - Pelotas/RS -

Universidade Federal de Pelotas

Resumo: Introdução: devido à grande diversidade de fornecedores, faz-se

necessária a busca pelas melhores opções. A qualificação de fornecedores é um

processo de eleição dos que apresentam as melhores condições de fornecer os

insumos necessários, nas corretas especificações, com menores preços, nas

melhores condições de pagamento, e dentro das quantidades e prazos pré-

estabelecidos. Tal procedimento é importante para a qualidade dos serviços

oferecidos, e benéfico tanto para a instituição, quanto para o fornecedor, uma

vez que possibilita o aprimoramento dos serviços prestados pelo mesmo.

Objetivo: avaliar fornecedores de insumos. Metodologia: estudo realizado em

um hospital de Pelotas/RS, onde avaliou-se 19 fornecedores, no período de

27/10/15 a 23/02/16. Para isso, foram utilizados três indicadores: participação,

qualidade e prazo de entrega; para estatística foi utilizado o Excel. Resultados:

foram comprados 920 itens, em 52 cotações. A maioria dos fornecedores (9)

obteve índices de participação entre 80,0 a 99,9%, sendo que 4 obtiveram

100,0%. Foram encontradas 5,5% (51) não conformidades: 27,5% (14) de

quantidade, 7,8% (4) de qualidade, 25,5% (13) de prazo de entrega, 35,3% (18) de

atendimento e 3,9% (2) de custo. E 1,4% (13) dos itens foram entregues fora do

prazo. Conclusão: através do estudo, foi possível avaliar os principais

fornecedores de insumos, observando que a maioria deles atingiu índices

satisfatórios nos indicadores utilizados, garantindo assim a aquisição de

produtos que atendem às normas vigentes.

ID 055

Autores: Mariana Perez Esteves Silva, [email protected], São Paulo -

SP, Hospital Israelita Albert Einstein, Larissa Sabino Zuppardo Lacerda,

[email protected], São Paulo - SP, Hospital Israelita Albert Einstein,

Fumiko Takahashi Ito, [email protected], São Paulo - SP, Hospital Israelita

Albert Einstein, Valéria Armentano dos Santos, [email protected], São

Paulo - SP, Hospital Israelita Albert Einstein

Resumo: Introdução: O câncer em crianças e adolescentes no Brasil é

considerado raro quando comparado aos adultos, e com características

peculiares. Esse grupo de pacientes necessita de cuidados especiais quanto à

terapia medicamentosa e a atuação do farmacêutico clínico torna-se

QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES EM UM HOSPITAL

ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO AMBULATÓRIO DE ONCO-

HEMATOLOGIA PEDIÁTRICA NUMA INSTITUIÇÃO PRIVADA

importante ao longo do tratamento. Neste contexto, algumas práticas são

imperativas para garantir o uso seguro de medicamentos, tais como

reconciliação medicamentosa, avaliação de prescrição de quimioterápicos,

medicamentos gerais e acompanhamento de protocolos clínicos. Objetivo:

Descrever as atividades do farmacêutico clínico no ambulatório de onco-

hematologia pediátrica numa instituição privada no período de abril a setembro

de 2015. Método: O trabalho baseia-se em pesquisa quantitativa descritiva

através de coleta diária de informações das atividades do farmacêutico clínico

ambulatorial em onco-hematologia. Resultados: No período citado, o

percentual de reconciliação medicamentosa foi de 75% (742) e as intervenções

decorrentes de reconciliações representaram 18%. O farmacêutico avaliou 77%

das prescrições realizadas no ambulatório e interviu em 6% destas. Houve 409

orientações farmacêuticas relacionadas a medicamentos, destinadas a pacientes

e familiares. As intervenções realizadas pelo farmacêutico na avaliação de

prescrição foram, em sua maioria, relacionadas com dose imprópria,

medicamentos necessários não prescritos, duplicidade de prescrição e via de

administração inadequada. Conclusão: Para oferecer atenção farmacêutica

ambulatorial e intervir, caso necessário, o farmacêutico clínico precisa avaliar os

hábitos de utilização dos medicamentos de cada paciente, levando em

consideração a aceitação de determinadas formas farmacêuticas, entendimento

do cuidador sobre medicamentos, entre outros cuidados. O acompanhamento

farmacêutico ambulatorial na onco-hematologia pediátrica através de

atividades como reconciliação medicamentosa, análise de prescrições e

educação ao paciente, familiares e equipe mostra sua importância na redução

de erros de medicação e no tratamento, uma vez que os protocolos clínicos são

extensos em sua maioria e com diversas particularidades.

ID 056

Autores: - Ana Maria Della Rocca (1) - [email protected] - Florianópolis

(SC) - Universidade Federal de Santa Catarina

- Danielle Siegel (1) - [email protected] - Florianópolis (SC) -

Universidade Federal de Santa Catarina

- Patrick B. Gaspareto (2) - [email protected] - Florianópolis (SC) -

Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago

- Sara Ribeiro Motter (2) - [email protected] - Florianópolis (SC) -

Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago

Resumo: Introdução: O número de casos atendidos pelo Hospital Universitário

Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa

Catarina (HU/UFSC) aumentou desde que o HU/UFSC se tornou referência

Estadual para o diagnóstico e tratamento de neoplasias hematológicas. Para o

serviço desempenhar suas atividades, é necessário um trabalho multidisciplinar

com interface administrativa e clínica. Após a inserção do programa da

Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (RIMS), esse quadro ficou mais

evidente. Objetivo: Produzir e aplicar ferramentas que auxiliem na gestão,

assistência e atenção farmacêutica oncológica, contando com o auxílio da RIMS.

Método: Utilizou-se a base de dados MICROMEDEX Healthcare Series®, o site

http://www.drugs.com, livros e bulas para a pesquisa de medicamentos.

Resultados: Foram desenvolvidos Termos de Esclarecimento e

Responsabilidade, de acordo com o protocolo quimioterápico ao qual o

paciente é submetido; Declarações de Recebimento de Medicamentos

Quimioterápicos; tabelas denominadas “Alta Farmacêutica” e planilhas no

Microsoft Excel para realizar a rastreabilidade das bolsas quimioterápicas

manipuladas. Tais medidas têm o intuito de aprimorar a gestão (estoque e

controle dos gastos) e a administração farmacêutica; garantir o acesso à

informação para o paciente e sua adesão ao tratamento, elucidando as possíveis

reações adversas e informando, no geral, sobre a terapia medicamentosa;

auxiliar diretamente na farmacovigilância, ao identificar reações adversas, seus

fatores de riscos e medidas de intervenção e prevenção; e, principalmente,

garantir a qualidade e segurança do tratamento para o paciente. Conclusão:

Com estas ações construídas junto à RIMS, foi observada uma melhora na

gestão farmacêutica, garantindo o abastecimento, dispensação, rastreabilidade,

A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO DA RESIDÊNCIA

INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO SERVIÇO DE

QUIMIOTERAPIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

melhor gerenciamento dos gastos e uso seguro do medicamento. Enfim, tais

medidas possibilitam uma atenção integral à saúde, à humanização do cuidado

e à efetividade da intervenção terapêutica e asseguram o desenvolvimento de

práticas clínico-assistenciais.

ID 057

Autores: Priscila Rego Torres, [email protected], SÃO PAULO - SP -

IOP/GRAACC/UNIFESP

Larissa Maria Hilsdorf Bernardi Barreto, [email protected] - SÃO PAULO -

SP - IOP/GRAACC/UNIFESP

Paula Figueiredo De Carvalho Pinto, [email protected] - SÃO PAULO - SP

- IOP/GRAACC/UNIFESP

Marília Pinto Federico, [email protected] - SÃO PAULO - SP - UNIFESP

Resumo: Introdução: A administração simultânea de dois ou mais

medicamentos pode resultar em interações medicamentosas (IM) com

respostas farmacológicas ou clínicas diferentes das apresentadas quando esses

medicamentos são administrados separadamente. Uma proporção considerável

das reações adversas são causadas pela interação entre medicamentos. A IM é

uma das variáveis que afeta o resultado terapêutico e conhecendo-as

previamente é possível prevení-las. Objetivo: No estudo foram verificadas e

classificadas as potenciais IM entre fármacos prescritos a pacientes de um

hospital oncológico pediátrico e secundariamente classificadas de acordo com

sua potencial gravidade. Métodos: Foram analisados os relatórios de consumo

de medicamentos gerados pelo sistema informatizado do nosocômio, cuja

forma farmacêutica fosse para administração via parenteral (injetável) ou via

oral, padronizados ou não, mais utilizados nas unidades de internação.

Resultados: Após análise dos relatórios de consumo nas unidades selecionadas

para o estudo, entre março/2014 e fevereiro/2015, foram identificados 19

medicamentos de maior consumo e selecionados apenas as interações não

desejáveis, dos quais os medicamentos envolvidos em maior número de

interações graves foram os analgésicos opióides: Fentanil, Morfina e Tramadol,

estando seus efeitos relacionados principalmente ao aumento do risco de

depressão do sistema nervoso central e a Furosemida apresentou o segundo

maior número de interações moderadas. Conclusão: Para evitar conseqüências

graves é importante que os profissionais de saúde como médicos, farmacêuticos

e enfermeiros conheçam os tipos de interações que podem ocorrer entre os

medicamentos.

ID 058

Autores: 1. Solange de Castro Nascimento - [email protected],Poços

de Caldas/MG Santa Casa de Poços de Caldas

2. Iara Baldim Rabelo - [email protected], Poços de Caldas/MG-

Alfenas/MG Santa Casa de Poços de Caldas/ UNIFENAS

3. Fabiana Fontes de Oliveira - [email protected], Poços de

Caldas/MG Santa Casa de Poços de Caldas

4. Carlos Eduardo Velano - [email protected], Poços de Caldas/MG-

Alfenas/MG Santa Casa de Poços de Caldas/ UNIFENAS

5. Cibele Martins Tavares - [email protected], Poços de Caldas/MG

Santa Casa de Poços de Caldas

6. Iara Ricardo Soares - [email protected], Alfenas/MG UNIFENAS

Resumo: Introdução: Leucemia linfocítica crônica (LLC) é doença

linfoproliferativa crônica associada à anemia hemolítica autoimune (AHAI) em

até 10% dos casos. O anticorpo monoclonal anti-CD20 – Rituximabe – é utilizado

no tratamento de LLC e de AHAI, geralmente na dose de 375mg/m2 com altas

taxas de sucesso. Objetivo: descrever o tratamento de AHAI por LLC com 100mg

de Rituximabe. Métodos: Consulta de prontuário médico e base de dados

INTERAÇÕES ENTRE MEDICAMENTOS NÃO QUIMIOTERÁPICOS EM UM

HOSPITAL ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO

SUCESSO NO TRATAMENTO DE ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE

SECUNDÁRIA À LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA (LLC) COM BAIXA

DOSE DE RITUXIMABE

Pubmed/Medline. Relato: homem, 60 anos, com LLC Rai IV/Binet C, Hb inicial de

14,7 iniciou Fludarabina (25mg/m2) e Ciclofosfamida (250mg/m2) 03 dias, sem

Rituximabe (solicitado via judicial). Hb do nadir: 8,3 g/dL, com neutropenia febril

tratada. Quarenta e cinco dias após o primeiro ciclo, retornou com astenia

intensa, vertigem, hipotensão postural, palpitações e dispneia; hipocorado 3+ e

ictérico 2+. Hb 5,8 g/dL; Ht 17; DHL 1.101 U/L; reticulócitos 20.000/mm3;

bilirrubina indireta 1,3 mg/dL; haptoglobina não disponível, TAD positivo em gel

LISS/Coombs monoespecífico. Iniciada Metilprednisolona 1g IV 3 dias. No

terceiro dia Hb caiu para 3,9 g/dL. Realizado Rituximabe dose única e fixa de

100mg, seguida de Prednisona 1,0 mg/Kg com melhora gradual (Hb 4,1; 5,0; 7,5;

10,5 g/dL); Hb 13,4 g/dL em 30 dias. Discussão: AHAI relacionada à Fludarabina

(4,5 a 11%) tem sido equivalente à frequência com Ciclofosfamida ou Clorambucil

isolado. Rituximabe é empregado no tratamento da LLC, em doses de

375mg/m2 a 500mg/m2 a depender do esquema quimioterápico. Doses fixas

de 100mg foram descritas para o tratamento de AHAI idiopática (01ciclo/semana

x4; resposta global de 82,6%) mas não para AHAI secundária à LLC. Com

Rituximabe 100mg dose única, cessamos a hemólise com êxito. Conclusão:

Apesar de baixas doses de Rituximabe terem sido descritas somente para

tratamento de AHAI idiopática, obtivemos sucesso neste paciente com AHAI

secundária à LLC.

ID 059

Autores: Rafael Ertel de Andrade - [email protected] – Niterói – RJ -

(Oncomed Oncologia)

Resumo: Introdução: A avaliação e qualificação de fornecedores é um

processo da assistência farmacêutica imprescindível para garantia da qualidade

dos medicamentos. A qualidade do fornecedor impacta, diretamente, no

desempenho da empresa. Avaliar o fornecedor desde da documentação legal

até visita às instalações físicas são pontos importantes que devem ser

considerados na qualificação de fornecedores. Objetivo: Estabelecer processos

eficazes para avaliação e qualificação de fornecedores de correlatos e

medicamentos em oncologia. Método: A qualificação de fornecedores na

Oncomed é realizada através dos seguintes aspectos: análise regulatória, visita

técnica e avaliação de desempenho. O primeiro consiste na verificação da

atualização de todos os documentos legais necessários para o licenciamento de

uma distribuidora. A visita técnica é realizada através de um relatório contendo

tópicos como observação das instalações físicas, presença de responsável

técnico, avaliação da conservação, limpeza e organização das áreas de

armazenamento e transporte, documentos de registro da qualidade. Após visita

técnica, é enviado relatório de feedback ao fornecedor com o nosso parecer. A

avaliação de desempenho é praticada a cada recebimento do produto, no qual

avaliamos destinatário, laudo de análise, descrição do produto, condições de

armazenamento, prazo de entrega, volumes violados, conferência do valor,

quantidade, lote e validade do produto físico versus descrita em nota fiscal. Após

um ano, é enviado relatório de feedback para fornecedor relatando as não

conformidades detectadas e status de qualificação. Resultado: Garantia da

qualidade do fornecedor através de visita técnica, contribuição para

padronização de medicamentos e minimização das não conformidades através

de relatórios de feedback. Conclusão: O processo de qualificação de

fornecedores é fundamental para padronização de medicamentos e correlatos

seguros e de qualidade, além de estabelecer eficácia nos processos e

estreitamento da relação entre comprador e fornecedor.

AVALIAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES NA ONCOMED

21

Page 22: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 060

Autores: Caroline Reis de Siqueira ([email protected]) - Niterói/RJ – Oncomed

Clínica Oncológica

Resumo: Introdução: O câncer é uma doença grave que tem aumentado o

número de casos de forma considerável nos últimos anos, caracterizando-se

como um dos mais importantes problemas de saúde pública mundial. De

acordo com pesquisas epidemiológicas, uma das neoplasias malignas de maior

incidência em homens e mulheres é a de colorretal. O tratamento para este tipo

de câncer é realizado através de protocolos bem estabelecidos e administrados

por diversas vias. A capecitabina é um medicamento administrado por via oral,

pertencente à classe dos agentes antimetabólitos que atua como uma pró-

droga efetiva em pacientes com tumor de cólon e reto. Objetivo: Este estudo

tem como objetivo estruturar a atuação clínica do farmacêutico como

ferramenta fundamental para melhorar a qualidade de vida e adesão dos

pacientes com neoplasia colorretal em tratamento com capecitabina oral.

Método: A metodologia empregada nesse trabalho é uma revisão bibliográfica

dos processos descritos em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, baseada

no método Dáder. Através deste método será elaborado um programa de

acompanhamento clínico individualizado para pacientes em uso de

capecitabina, visando orientar os pacientes por meio de formulários contendo

informações importantes sobre o tratamento e os cuidados na administração,

coletar dados do paciente por meio da ficha farmacoterapêutica, avaliar

possíveis interações medicamentosas, possibilitando a elaboração de um

relatório sobre o estado situacional do paciente. Resultado: O resultado

esperado com a implantação da atenção farmacêutica é aumentar a adesão ao

tratamento, identificação, prevenção e resolução dos problemas relacionados

com medicamentos e melhoria da qualidade de vida e segurança do paciente.

Conclusão: O seguimento farmacoterapêutico é peça essencial para a

promoção da saúde, pois estabelece uma relação de aproximação e confiança

do farmacêutico com o paciente e estimula a adesão à terapia medicamentosa.

ID 061

Autores: Marianne Ferreira Marinho, [email protected], Curitiba, PR, IOP

- Instituto de Oncologia do Paraná

Michelle Collodel de Souza, [email protected], Curitiba, PR, IOP -

Instituto de Oncologia do Paraná

Resumo: Introdução: A imunoterapia está cada vez mais disponível para os

pacientes portadores de melanoma. A Organização Mundial de Saúde e o

RECIST fornecem diretrizes para definição da resposta da terapia

antitumoral(1,2)determinando a progressão da doença (PD)(3). O aumento do

tamanho e desenvolvimento de novas lesões, são consideradas PD(4). Pacientes

que responderam à imunoterapia com redução do tumor ou estabilidade, se

enquadram nestes critérios, entretanto, padrões de resposta diferentes foram

observados. Em pacientes tratados com Ipilimumabe foram observados

aumento de tamanho inicial das lesões e, após biópsia, foi verificado infiltrados

de células inflamatórias ou necrose, com subsequente diminuição do tumor(6).

Padrões de resposta imunorelacionadas foram observadas em ensaios clínicos

de Ipilimumabe, incluindo desenvolvimento de novas lesões e aumento

transitório das lesões iniciais. Respostas clínicas (RC) tardias também foram

observadas, com aumento no total de lesões seguido por regressão do tumor,

caracterizando pseudoprogressão (irPD)(4). Objetivo:Relatar caso clínico do uso

de Ipilimumabe com RC-irPD. Relato de Caso: •LCS,mulher,68

anos,branca,portadora de melanoma cutâneo de membro inferior(2008), EC IV,

fez esvaziamento ganglionar e perfusão de membro com metástases em

trânsito.Realizou tratamento com Interferon (2009),Ciclofosfamida e vacina

células dendríticas (2010), com resposta parcial. Progrediu em 2011. Iniciou

Ipilimumabe em 06/2011, completou 4 ciclos sem toxicidade (08/2011)com RC no

ATUAÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO EM PACIENTES USUÁRIOS DE

CAPECITABINA ORAL

PSEUDO PROGRESSÃO NO USO DE IPILIMUMABE: RELATO DE CASO

CLÍNICO (AUTORIZAÇÃO CEP HC/UFPR Nº 066/2016)

no 2º ciclo e após,suspeita de irPD. Em (09/2011)foi classificada com PD e

prescrito quimioterapia (QT) com CDDP, Vinorelbina e DTIC. Após 1º ciclo, foi

suspensa pois observou-se resposta pré QT com redução e degeneração das

lesões (10/2011). Paciente encontra-se em seguimento há 4 anos com resposta

completa, sem uso de outra terapia. Conclusão: A irPD no uso de Ipilimumabe

não é o padrão de reposta mais comum entre os pacientes com melanoma,

porém, nos casos em que ela está presente, os profissionais de saúde devem

estar atentos na identificação deste tipo de resposta clínica.

ID 062

Autores: 1 - Joana Darc da Costa Cardoso - [email protected] – Belém /

PA – Hospital Ophir Loyola.

Resumo: Introdução: Este estudo trata o planejamento no processo de

desabastecimento de medicamentos como um problema que transcende o

aspecto logístico da saúde. Objetivo: Descrever o processo de elaboração da

construção de um Plano Operativo (P.O) para o conhecimento técnico dos

gestores públicos e usuários do serviço, tendo como finalidade o abastecimento

necessário em uma farmácia hospitalar de referência oncológica. Metodologia:

De natureza qualitativa com elaboração do P.O e aplicada o relato de experiência

para o enfrentamento de um problema priorizado através do método do

Planejamento Estratégico Situacional (PES) que serviu como parâmetro para o

trabalho. A construção do PO foi realizado em 4 momentos: Explicativo,

Normativo, Estratégico e Tático operacional. Resultados: O problema

priorizado foi a Falta de Medicamentos considerando as seguintes evidências:

Ausência de medicamentos de escolha para a terapia, a falta de cobertura

contratual para o fornecimento de fármacos e a carência de recursos financeiros

suficientes para o atendimento necessário, possibilitando a construção do

Diagrama de Ishikawa resultando como causa convergente o

“Desconhecimento Técnico da Assistência Farmacêutica” e consequência

convergente o “Aumento do custo operacional” A partir das causas e

consequências secundárias foram definidos os objetivos específicos para os

quais se estabeleceram as operações que representam propostas de

intervenção sobre o problema priorizado para alcançar o objetivo geral

“Promover o abastecimento compatível com a necessidade do hospital”, Para

finalizar o PO, foi estabelecido indicadores de monitoramento e avaliação para o

acompanhamento de sua execução. Conclusão: Diante dos resultados é

possível perceber a complexidade organizacional envolvida na implantação das

atividades e os desafios que devem ser enfrentados para que esse processo seja

exitoso. O PES demonstra ser uma ferramenta aplicável à correta identificação

dos problemas locais no planejamento adequado das etapas de seleção, e

previsão das dificuldades de implantação no acompanhamento e avaliação

política de medicamentos.

ID 063

Autores: 1.Márcia Moraes Paulino da Silva – [email protected]

Belém / PA - Hospital Ophir Loyola; 2.Joana Darc da Costa Cardoso -

[email protected] – Belém / PA - Hospital Ophir Loyola; 3.Renata Moraes

e Silva - [email protected]– Belém / PA – Farmácia Therapêutica;

4.Marcelo Moraes do Nascimento – [email protected] - Belém / PA -

Hospital Ophir Loyola; 5.Annie de Elisandra Mesquita de Oliveira -

[email protected] - Belém / PA - Hospital Ophir Loyola.

Resumo: Introdução: Este estudo trata da necessidade de melhorias no serviço

para o paciente, cuidador e colaboradores da farmácia considerando a realidade

e as opiniões dos funcionários envolvidos de forma direta ou indireta com o

ANÁLISE DA ELABORAÇÃO DO PLANO OPERATIVO PARA O

DESABASTECIMENTO DE MEDICAMENTOS EM UMA FARMÁCIA

HOSPITALAR SATÉLITE DE REFERÊNCIA EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO

NA REGIÃO NORTE

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) APLICADO NA

GESTÃO EM UMA FARMÁCIA HOSPITALAR DE REFERENCIA ONCOLÓGICA

DO MUNICÍPIO DE BELÉM.

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Page 23: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

setor. Objetivo: Descrever o processo de elaboração de um Plano Operativo

(PO) para o conhecimento técnico dos gestores públicos e usuários do serviço,

tendo como finalidade apresentar os resultados obtidos através da utilização do

método de Planejamento Estratégico Situacional. Metodologia: De natureza

qualitativa com elaboração do PO e aplicada o relato de experiência para o

enfrentamento de um problema priorizado através do método do Planejamento

Estratégico Situacional (PES) que serviu como parâmetro para o trabalho. A

construção do PO foi realizado em 4 momentos: Explicativo, Normativo,

Estratégico e Tático operacional. Resultados: No Momento Explicativo realizado

em uma oficina foi eleito o problema priorizado “Duas especialidades atendidas

na mesma estrutura física na Farmácia com fluxos distintos”, no Momento

Normativo destacou-se a definição da situação ideal para alcançar o objetivo

final baseado na causa convergente “Falta de Planejamento Estrutural da

Farmácia” e na consequência convergente “Serviços Farmacêuticos com

qualidade comprometida”. Operações que resultaram em 17 ações necessárias

para o alcance do objetivo geral “Prestar serviços farmacêuticos adequados aos

pacientes e cuidadores”. No Momento Estratégico ocorreu a análise da

viabilidade e factibilidade. Por fim, no Momento Tático Operacional, criaram-se

indicadores de avaliação para cada operação, recursos e os atores responsáveis,

definindo o Plano Operacional. Conclusão: O estudo revelou uma realidade

insatisfatória e a sensibilização da Direção do Hospital para o problema

priorizado. O PES mostrou-se adequado por ampliar o conhecimento e a

capacidade de gestão contribuindo para a organização e estruturação dos

serviços de saúde e de Assistência Farmacêutica em nível local. A execução do

Plano Operativo mostrou-se eficaz e eficiente em relação a governabilidade.

ID 064

Autores: Michelle Collodel de Souza, [email protected],

Curitiba/PR, IOP-Instituto de Oncologia do Paraná.

Resumo: Introdução: O coaching é uma metodologia que busca o

desenvolvimento pessoal e contribui para gerar autorreflexão e

autoconhecimento, visando desenvolver novos potenciais e competências e

criar novas possibilidades para substituir comportamentos não efetivos. Para

isso, o coaching lança mão de diversas ferramentas que irão auxiliar seu cliente a

traçar metas específicas, utilizando a escuta ativa e perguntas poderosas, que

tem como principal objetivo gerar reflexão e conduzir o cliente à ação. Quem

realiza o coaching se denomina coach (neste caso é um profissional da saúde) e

quem o recebe (paciente), é denominado coachee. O coach de saúde é um

profissional treinado em promover mudança comportamental que aperfeiçoe a

saúde e bem-estar do seu coachee. Objetivo: Reunir informações sobre como o

coaching pode ajudar pacientes com doenças crônicas em sua relação com sua

patologia, seja emocional, física ou comportamental, e como este processo

pode auxilia-los na mudança de seus hábitos para um estilo de vida mais

saudável. Método: Análise de artigos entre 2002 a 2014 utilizando a plataforma

PubMed. Resultados: A falta de aderência aos planos de tratamento tem

fundamento em comportamentos não saudáveis, sendo necessário

conscientizar o paciente para que tome decisões responsáveis, ajudando-o a

encontrar suas motivações internas, construindo confiança e

comprometimento. O papel do coach em saúde é auxiliar o paciente em sua

mudança de comportamento e estabilização emocional, fazendo com que ele

veja possibilidades diante de uma condição crônica, reinventando a própria vida,

revendo seus hábitos e comportamentos. Conclusão: O coaching em saúde

emerge como um diferencial no sucesso do tratamento de doentes crônicos e

contribui significativamente para que ocorram mudanças comportamentais

para hábitos mais saudáveis, que é um fator chave na prevenção e controle de

patologias crônicas.

COACHING DE SAÚDE: COMO ESTE MÉTODO CONTRIBUI PARA O BEM

ESTAR DE PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS?

ID 065

Autores: Camila Lunardi, [email protected], Joinville, Santa

Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville

Aline Mariah Strapasson, [email protected], Joinville, Santa

Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville

Amanda Machado Ruiz, [email protected], Joinville, Santa

Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville

Andréia Gutberlet, [email protected], Joinville, Santa

Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville

Bruna Silva de Oliveira, [email protected], Joinville, Santa

Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville

Karilene Dalposso, [email protected], Joinville, Santa Catarina,

Centro Hospitalar Unimed Joinville

Silvia Cristina Soares Molina, [email protected], Joinville,

Santa Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville

Suélen K.Mazera Altmann, [email protected], Joinville, Santa

Catarina, Centro Hospitalar Unimed Joinville

Resumo: Introdução: O uso de antineoplásicos orais mesmo conveniente para

o paciente, aumenta sua responsabilidade com o tratamento e oferece riscos,

sendo essencial a orientação e o acompanhamento farmacêutico. Objetivo:

Implantar o acompanhamento farmacoterapêutico a pacientes em terapia

antineoplásica oral. Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo realizado de

janeiro de 2014 a dezembro de 2015 no Centro Hospitalar Unimed (CHU),

hospital particular geral localizado em Joinville, Santa Catarina, com 159 leitos,

acreditado em excelência pela ONA e com Accreditation Canada International.

Realizou-se atenção farmacêutica a todos os pacientes e orientações a familiares

e cuidadores, disponibilizando os medicamentos e materiais informativos, com

aplicação do Termo de Esclarecimento e Responsabilidade. Em casos de

suspensões ou substituições do tratamento o paciente ou familiar foi orientado a

realizar a devolução de quantidades remanescentes. Todas as informações

captadas foram registradas em sistema informatizado (Sistema de Gestão em

Saúde - Tasy), gerando evolução farmacêutica em prontuário eletrônico. O

processo é mapeado e quantificado em relação a custos, através de indicadores

de processos e financeiros. Resultados: No período de Janeiro de 2014 a

Dezembro de 2015 foram acompanhados 227 pacientes, sendo realizados 2373

atendimentos. Foram realizadas 15.667 intervenções e orientações

farmacêuticas referentes a doses, sequência dos ciclos, interações

(medicamentos, alimentos, plantas medicinais), forma de administração,

armazenamento, manuseio, descarte e devoluções. Acompanharam-se as

reações adversas, o uso de medicamentos suportivos, realizadas orientações

não-farmacológicas, direcionamento para outros profissionais da equipe

multidisciplinar, acompanhamento de adesão ao tratamento, dos exames

laboratoriais e de imagem e da função intestinal, bem como alterações de

tratamento. Conclusão: Com as orientações e acompanhamento farmacêutico

os pacientes compreendem melhor o tratamento, há um uso racional dos

medicamentos, aumentando a segurança do paciente. Percebe-se que com a

sequência dos atendimentos, cria-se um vínculo entre paciente e farmacêutico,

tornando o cuidado mais humanizado.

ATENÇÃO FARMACÊUTICA A PACIENTES EM TERAPIA ANTINEOPLÁSICA

ORAL

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Page 24: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 066

Autores: Andrezza Viviany Lourenço; Ana Lúcia Stobbe; Eloise Cristina Goeden;

Erica Martins Pio; Patricia A. Sakamoto; Rafaela Pina Rizental

Resumo: Introdução: As boas práticas de funcionamento dos serviços de

saúde englobam padrões de qualidade adequados à gestão da saúde e da

segurança a fim de serem reduzidos a um mínimo aceitável os riscos de danos

desnecessários ao paciente. O Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) –

Resolução RDC 36/2013 – visa melhoria contínua dos processos, disseminação

da cultura de segurança, promoção de ações para integração multiprofissional,

elaboração de mecanismos para identificar e avaliar não conformidades e,

estabelecer barreiras para prevenção de incidentes ao paciente. Objetivo:

Analisar as notificações de eventos referentes ao 2º semestre de 2014 e de 2015 e

avaliar o comprometimento das equipes de assistência ao paciente após a

criação do NSP. Método: A equipe do NSP realizou integração e capacitação

inicial a todos os colaboradores do Complexo ISPON sobre: Mapas de risco,

Protocolos de: 1) Identificação do paciente; 2) Higienização das mãos; 3)

Prevenção de quedas; 4) Segurança na Prescrição, Uso e Administração de

Medicamentos e Fluxo de notificação de eventos inseguros que poderiam

causar danos aos pacientes. O NSP analisou os eventos identificados em 2014 e

2015 e elaborou planos de ação para o desenvolvimento contínuo de melhorias

na assistência ao paciente. Resultados: No 2º semestre de 2014, foram

registradas 12 notificações das quais 1 foi classificada como incidente com dano e

11 como incidente sem dano. Já no 2º semestre de 2015 foram registradas 26

notificações sendo 1 incidente com dano, 16 incidentes sem danos e 9 quase

eventos. Conclusão: Houve aumento significativo das notificações quando

comparados os anos de 2014 e 2015. O alinhamento de todas as etapas dos

processos, planejamento das ações desenvolvidas e monitoramento dos

eventos através do NSP, associados à capacitação inicial e contínua dos

profissionais, promovem maior comprometimento, conscientização e

principalmente sensibilização para garantia de segurança na assistência ao

paciente oncológico.

ID 067

Autores: Thalita Jacoby, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;

Porto Alegre – RS – [email protected]);

Fabiana Souza Olaves, Administradora do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;

Porto Alegre – RS – [email protected]

Resumo: Introdução: A gestão das instituições hospitalares no Brasil e no

mundo é desafiadora para os seus gestores. A complexidade associada aos

serviços hospitalares demanda a implantação de um sistema de gestão

econômico-financeira que tem como base a explicitação e otimização dos

processos e atividades envolvidas. Objetivo: Avaliar o impacto econômico-

financeiro de tratamentos quimioterápicos ambulatoriais, a partir da proposta e

análise de um modelo de custeio. Método: O estudo teve uma abordagem

quantitativa e qualitativa. Os procedimentos metodológicos constituem-se em

quatro fases principais: (i) pesquisa documental, (ii) observação in loco, (iii)

construção da matriz de custeio e (iv) construção de indicadores econômico-

financeiros. O armazenamento e análise dos dados foram realizados através do

software Excel. Resultados: A partir da análise dos custos obtidos foi possível

extrair índices que relacionam o consumo de matéria-prima e mão-de-obra por

tratamento. Além disso, é possível obter uma visão global dos tratamentos que

consomem mais recursos dentro do setor de oncologia ambulatorial. Dentre

eles, tem-se que o tratamento de Linfoma Folicular e Cabeça e Pescoço são os

que consomem a maior parte dos recursos do setor. Além disso, é possível

GESTÃO DE SÁUDE E DA SEGURANÇA AO PACIENTE ONCOLÓGICO – O

DESAFIO DE SUBSTITUIR A CULPA E A PUNIÇÃO PELO APRENDIZADO

COM AS FALHAS E PELO DESENVOLVIMENTO DE MELHORIAS NA

ATENÇÃO À SAÚDE

AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE TRATAMENTOS

QUIMIOTERÁPICOS AMBULATORIAIS A PARTIR DA PROPOSTA DE

MODELO DE CUSTEIO: O CASO DE UM HOSPITAL PÚBLICO

UNIVERSITÁRIO

inferir indicadores econômico-financeiros, como por exemplo, a taxa de

consumo de quimioterapia do setor de oncologia ambulatorial, que consome

cerca de 50% da meta pré-estabelecida para a área. Conclusão: Este estudo

permitiu a análise de dados complexos a partir de uma ferramenta simples

(matriz de custeio), que propiciou a obtenção de um referencial (custo por

protocolos e por ciclos/mês) para análise dos custos reais incorridos, a

identificação os protocolos que consomem a maior parte dos recursos,

possibilitando a gestão mais detalhada quanto aos custos associados e a

identificação de potenciais pontos de melhoria.

ID 068

Autores: Thalita Jacoby, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;

Porto Alegre – RS – [email protected]

Fabiana Souza Olaves, Administradora do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;

Porto Alegre – RS – [email protected]

Resumo: Introdução: As instituições de saúde são consideradas complexas

devido aos aspectos relacionados ao manejo clínico dos pacientes, custo dos

tratamentos e necessidade de profissionais especializados. Na área da

oncologia, as despesas com os protocolos de tratamento vêm crescendo de

modo preocupante, representando gastos elevados para os sistemas de saúde.

A aplicação de um sistema de custeio, que forneça informações para avaliação

dos custos torna-se indispensável para a gestão financeira. Objetivo: Propor um

modelo de custeio para avaliação dos custos de tratamentos quimioterápicos

ambulatoriais do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Método: Trata-se

de um trabalho quantitativo, exploratório, descritivo, do tipo estudo de caso,

realizado no ambulatório do Serviço de Oncologia do HCPA. Através de

observação, in loco, dos fluxos de trabalho, foram mapeados os processos,

identificados os materiais, as atividades, os profissionais e os tempos envolvidos

no tratamento quimioterápico. Foi elaborada uma matriz de custeio, que

identifica os itens de custo por protocolo. O armazenamento e análise dos dados

foram realizados através do software Excel. Resultados: A partir da análise dos

resultados obtidos foi possível identificar os custos dos tratamentos, os valores

associados à matéria prima e mão de obra, o custo total dos protocolos, dos

ciclos e o custo mensal. Conclusão: O sistema de custeio proposto gera

informações importantes para os gestores do serviço de oncologia, através da

compreensão econômica dos tratamentos é possível realizar o planejamento

das atividades e obter subsídios para a tomada de decisão.

ID 069

Autores: Andressa Domingues Lofrano, [email protected], Rio de

Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/INCA.

Carla Patrícia de Morais e Coura, [email protected], Rio de Janeiro, RJ,

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/INCA.

Mario Jorge Sobreira da Silva, [email protected], Rio de Janeiro, RJ,

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/INCA.

Resumo: Introdução: O câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente

entre as mulheres brasileiras. A terapia paliativa pode aumentar o intervalo livre

de doença, corroborando não apenas no aumento da sobrevida, mas também

na melhora da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). Objetivo: Avaliar

a qualidade de vida de mulheres com câncer de colo de útero submetidas ao

tratamento quimioterápico paliativo baseado em carboplatina e paclitaxel

Metodologia: Trata-se de uma coorte prospectiva realizada em um hospital

público oncológico na cidade do Rio de Janeiro. Foram recrutadas as pacientes

com câncer de colo uterino que iniciaram tratamento quimioterápico paliativo

baseado em carboplatina e paclitaxel no período de 01/abr a 30/jul de 2015. Os

PROPOSTA DE MODELO DE CUSTEIO PARA AVALIAÇÃO DOS CUSTOS DE

TRATAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS AMBULATORIAIS: O CASO DE UM

HOSPITAL PÚBLICO UNIVERSITÁRIO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM CARCINOMA

DE COLO DE ÚTERO EM TRATAMENTO PALIATIVO COM CARBOPLATINA E

PACLITAXEL

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Page 25: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

dados sociodemográficos foram coletados do prontuário e a QVRS foi

mensurada através dos questionários EORTC QLQ C30 e CX-24 no 1º, 2º, 4º e 6º

ciclos do protocolo quimioterápico. Para a análise estatística foi utilizado o teste

de Wilcoxon calculado pelo programa Statistical Package for Social Sciences –

SPSS, versão 20.0. Resultados: Foram monitoradas 20 pacientes, com idade

média de 49,3 anos. Foi observado um impacto negativo nos sintomas da

diarreia e neuropatia periférica, bem como, melhora da capacidade emocional,

física, funcional e social, além da minimização de sintomas como a fadiga, dor,

falta apetite, náusea e vômito e constipação. Contudo, a alteração global da

QVRS ao longo do tratamento não foi estatisticamente significativa. Conclusão:

As alterações percebidas pelas pacientes foram pouco significantes, não

influenciando sobremaneira a percepção destas mulheres a cerca da sua

qualidade de vida ao longo da terapia. Entretanto, tais achados devem ser alvo

de observações mais acuradas e intervenções mais eficazes devem ser

empregadas, buscando estabelecer melhor bem-estar as pacientes ao longo do

tratamento quimioterápico.

ID 070

Autores: Luiz Ivan Henrique da Silva – [email protected] – São Paulo – SP –

Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);

Priscila Siedshlag Ise Guimarães – priscila@[email protected] – São

Paulo – SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);

Priscila Mitiko Higashibara Yamada – [email protected] - São Paulo

– SP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);

Roberta Andriani de Oliveira – [email protected] - São Paulo – SP –

Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);

Thomaz Massao Hissatomi – [email protected] – São Paulo – SP –

Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1);

Jennifer Dalcin – [email protected] - São Paulo – SP – Instituto do

Câncer do Estado de São Paulo (1);

Mirian Garcia Marras – [email protected] - São Paulo – SP – Instituto

do Câncer do Estado de São Paulo (1);

Maira Takahashi Frantzen – [email protected] - São Paulo – SP –

Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (1).

Resumo: Introdução: A maioria dos frascos de medicamentos possui um

volume residual a mais, essa sobra é chamada overfill. A farmacoeconomia é a

aplicação da economia ao estudo dos medicamentos com a otimização da

utilização de recursos financeiros sem prejuízo à qualidade do tratamento.

Sendo um importante trabalho desenvolvido pelo profissional Farmacêutico

envolvido no gerenciamento dos medicamentos, dentro deste estudo a

oncologia se mostra um ambiente favorável, devido a gama de medicamentos e

por consequência o custo que estes medicamentos representam para as

instituições de saúde. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo

demonstrar a importância da utilização do Overfill e sua economia gerada.

Metodologia: Foi realizado um levantamento retrospectivo das quantidades de

frascos gerados com a utilização do overfill no período de Março de 2012 até

Fevereiro de 2016. A quantificação foi possível devido ao número elevado de

preparações, permitindo a utilização das sobras de uma preparação para as

seguintes, assim no final de cada dia de trabalho foi gerado uma quantidade

equivalente a um frasco, sendo identificado pelo farmacêutico como economia

gerada por meio de utilização do Overfill. Discussão e Resultados: A

famacoecomia gerada neste período de Março de 2012 a Fevereiro de 2016 foi

de R$ 703.896,17, com este valor foi possível identificar a viabilidade da utilização

do Overfill, sem prejuízos para a qualidade no tratamento dos pacientes da

instituição. Foi observado que após consolidação do projeto empenho da

equipe envolvida e aumento da quantidade de preparações, foi possível

apresentar este valor expressivo de economia. Conclusão: O presente estudo

demonstrou a possibilidade de estabelecer rotinas para a utilização do overfill e

mostrar a importância do estudo farmacoeconômico dentro do Sistema Único

de Saúde, pois os recursos gerados para o sistema público nem sempre são os

adequados, gerando uma limitação na instituição.

UTILIZAÇÃO DO OVERFILL: UMA EVIDÊNCIA DE ECONOMIA PARA AS

INSTITUIÇÕES

ID 071

Autores: 1 - Debora Sanches Comar – [email protected] – São José do

Rio Preto/SP – Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio

Preto/ Instituto Racine

2 - Ana Alice Dias de Castro Luz – [email protected] – São Paulo/SP –

Instituto Racine

Resumo: Introdução: A doxorrubicina é utilizada no tratamento de neoplasias

malignas em adultos e crianças. Contudo, sua capacidade de causar

cardiotoxicidade limita seu uso, pois pode levar à insuficiência cardíaca

irreversível. Respeitar a dose máxima cumulativa deste fármaco é uma das

estratégias para prevenção da toxicidade, como também o uso do dexrazoxano,

medicamento que inibe a formação do complexo ferro-doxorrubicina,

responsável pela geração de radicais livres envolvidos na lesão oxidativa dos

cardiomiócitos. Objetivo: Compreender os mecanismos de toxicidade cardíaca

relacionados ao uso de doxorrubicina e discutir o uso do dexrazoxano como

cardioprotetor. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica em bases

de dados virtuais, os estudos utilizados foram publicados entre os anos de 2006

e 2014. Resultados: O mecanismo de cardiotoxicidade da doxorrubicina é

multifatorial, sendo a formação de radicais livres que levam ao estresse oxidativo

e peroxidação lipídica dos cardiomióticos, o mais aceito. Além de haver

complexação com ferro, alterar a função adrenérgica, a função do cálcio e a

contração muscular, função das mitocôndrias, danos a proteínas, acúmulo de

metabólitos tóxicos e apoptose dos cardiomiócitos. Ocorre o remodelamento

do músculo cardíaco que leva à insuficiência cardíaca. O dexrazoxano reduz a

incidência de danos cardíacos e de insuficiência cardíaca, sem interferir na

terapia antineoplásica ou aumentar o aparecimento de neoplasias secundárias.

Seu uso é recomendado no início do tratamento e à pacientes adultos com

câncer de mama metastático que obtiveram benefícios com a doxorrubicina em

doses superiores a 300mg/m2. Conclusão: O tratamento de rotina com

dexrazoxano deveria ser considerado, pelo evidente benefício, porém seu uso

em crianças ainda não é recomendado, são necessários mais estudos para

conhecer seus efeitos a longo prazo. A detecção de alterações cardiovasculares

precoce pode melhorar o prognóstico dos pacientes em tratamento

quimioterápico com a doxorrubicina.

ID 072

Autores: 1 - Jéssica Helena de Mora Marques - jessica.helena.mora@

hotmail.com - São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de

Medicina de São José do Rio Preto/SP, 2 - Ana Claudia de Almeida -

[email protected] - São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade

Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 3 - Debora Sanches Comar -

[email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade

Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 4 - Jaqueline Correa de

Souza - [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação

Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP, 5 - Julia Florêncio

Mega - [email protected] – São José do Rio Preto/SP - Fundação

Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP , 6 - Regina Maura

Oliveira Mazetto - [email protected] - São José do Rio Preto/SP - Fundação

Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP

Resumo: Introdução: Antineoplásicos são medicamentos utilizados para o

tratamento do câncer. A quimioterapia consiste no emprego de substâncias

químicas, isoladas ou em combinação, com o objetivo de eliminar neoplasias

malignas. O manual baseado em literaturas específicas servirá como fonte de

informações, podendo garantir segurança ao paciente e padronização de

tratamento. Objetivo: Elaborar um Manual de Ordem de Infusão de

Quimioterápicos para a equipe multidisciplinar. Compreender protocolos que

CARDIOTOXICIDADE INDUZIDA PELA DOXORRUBICINA E UTILIZAÇÃO

DO DEXRAZOXANO COMO CARDIOPROTETOR

M A N UA L D E O R D E M D E I N F U S Ã O N O S P ROTO CO LO S

QUIMIOTERÁPICOS UTILIZADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

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Page 26: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

são utilizados pela Instituição para que a equipe possa esclarecer dúvidas e assim

garantir um serviço de segurança e qualidade para o paciente. Discutir outros

temas relacionados aos antineoplásicos, como toxicidade e a importância do

uso do ácido folínico como medicamento de resgate do Metotrexato.

Metodologia: Realizada revisão bibliográfica através da busca de dados, sites e

bulas. As informações foram coletadas a fim de conhecer a ordem de infusão

dos protocolos quimioterápicos que são utilizados na Instituição. Resultados: O

manual apresenta os 19 protocolos mais utilizados na Instituição, com ordem de

infusão e informações dos medicamentos. Conclusão: A pesquisa realizada

elucidou muitas ordens de infusão de protocolos utilizados, descritas em

literaturas, porém alguns com fundamentos não esclarecidos. Ocorreram

dificuldades em localizar alguns protocolos, devido à falta de informações na

literatura.

ID 073

Autores: 1 - Genaro Azambuja Athaydes - [email protected] - Porto

Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2 - Luciana dos Santos -

[email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,

3 - Michele Gai - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, 4 - Thalita Jacoby - [email protected] - Porto Alegre/RS -

Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 5 - Juliana Didonet - [email protected]

- Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,6 - Edlus Silva -

[email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,

7 - Daniel Fasolo - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas

de Porto Alegre, 8 - Sandro Ness - – [email protected] - Porto Alegre/RS -

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Resumo: Introdução: O anticorpo monoclonal trastuzumabe, medicamento

utilizado para o tratamento de pacientes com câncer de mama com expressão

HER 2+, teve recentemente sua incorporação como nova tecnologia pelo

Sistema Publico de Saúde. Tendo-se em vista os aspectos farmacoeconômicos,

essa medida traz vantagens para o SUS e para os hospitais habilitados em

oncologia, pois centraliza a compra e distribuição por meio do Ministério da

Saúde (MS). Em contrapartida, os hospitais têm a responsabilidade de realizar o

uso racional desse medicamento, reduzindo os custos e possibilitando que mais

pacientes sejam contemplados com o tratamento. Objetivo: Avaliar a economia

de recursos proporcionada pela otimização do uso do trastuzumabe no período

de setembro a dezembro de 2015 numa Central de Misturas Intravenosas (CMIV)

de hospital público. Metodologia: realizaram-se compartilhamentos de doses

dos frascos de trastuzumabe considerando o tempo de estabilidade da sobra

(48 h sob refrigeração) entre os pacientes. O número de frascos intactos por mês

foi contabilizado e relacionado ao custo do medicamento para o Estado (R$ 6,80

por mg de medicamento). Resultados: Através do compartilhamento das doses

pelos pacientes, foi possível evitar que frascos fossem desnecessariamente

abertos e não utilizados por perda da estabilidade. Nos meses de setembro,

outubro, novembro e dezembro, foram reaproveitados 14, 19, 13, e 19 frascos de

150 mg de trastuzumabe, respectivamente. Em termos financeiros, o uso

racional do trastuzumabe gerou uma economia de R$ 14.280,00 em setembro,

R$ 19.380,00 em outubro, R$ 13.260,00 em novembro e R$ 19.380,00 em

dezembro. O total economizado no período avaliado foi de R$ 66.300,00.

Conclusão: O farmacêutico é o profissional responsável pelo uso seguro e

racional do medicamento e a otimização de doses traz benefícios

farmacoeconômicos para o Sistema Público de Saúde. Desta forma, evitam-se

desabastecimentos e consequentemente mais pacientes podem ter seu direito

ao tratamento resguardado.

AMPLIAÇÃO DO ACESSO AO MEDICAMENTO TRASTUZUMABE E

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS GERADOS PELO COMPARTILHAMENTO DE

DOSES.

ID 074

Autores: 1 - Genaro Azambuja Athaydes - [email protected] - Porto

Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2 - Luciana dos Santos -

[email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,

3 - Michele Gai - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, 4 - Thalita Jacoby - [email protected] - Porto Alegre/RS -

Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 5 - Juliana Didonet - [email protected]

- Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 6 - Edlus Silva -

[email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,

7 - Daniel Fasolo - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas

de Porto Alegre, 8 - Renato Ribeiro - [email protected] - Porto Alegre/RS -

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Resumo: Introdução: A falta de apresentações líquidas de medicamentos

antineoplásicos para administração enteral representa um grande desafio para

os profissionais de saúde. Atender às prescrições médicas com derivações

farmacêuticas de medicamentos desenvolvidos na apresentação oral para

adequação da dose ou para administração via sonda apresenta um grave

problema de biossegurança que advém da potencial contaminação citotóxica

inerente a esses medicamentos. Embora a preparação extemporânea de

medicamentos auxilie na administração das doses fracionadas ao paciente e na

adequação à sonda para aqueles que possuem dificuldades de deglutição, o

risco de exposição de profissionais ao medicamento citotóxico deve ser evitado.

Objetivo: avaliar os tempos de desintegração, em sistema fechado, dos

medicamentos que não possuem formulação extemporânea estabelecida de

forma a possibilitar o fracionamento seguro de doses. Metodologia:

comprimidos/drágeas foram colocados em seringas contendo água destilada à

temperatura ambiente dentro de cabine de segurança biológica e submetidos a

duas velocidades de agitação, 50 RPM ou 100 RPM. A manipulação ocorreu em

sala classificada, conforme RDC 220/04. Os tempos para a completa

desintegração foram medidos, considerando aceitáveis aqueles menores do

que 15 minutos. Resultados: os medicamentos que apresentaram menor tempo

de desintegração a 50 RPM foram: letrozol (30s), bicalutamida e exemestano

(1min20s). Desintegraram-se em tempos intermediários (6-8 min): tioguanina,

flutamida, mitotano, melfalano e nilotinibe. Imatinibe (13min) e anastrozol

(11min) apresentaram maior tempo de desintegração. No entanto, imatinibe

quando quebrado dentro da seringa reduziu seu tempo de desintegração para

1min 30s. Conclusão: o estabelecimento de tempos de desintegração de

medicamentos sem formulação extemporânea descrita pode auxiliar quanto à

derivação, de forma a minimizar a exposição a citotóxicos: os

comprimidos/drágeas são dispensados dentro da seringa cujo rótulo consta o

veículo e o tempo de desintegração para cada medicamento. A formulação

extemporânea fornece uma alternativa para adequação do tratamento de

pacientes pediátricos ou com dificuldades de deglutição.

ID 075

Autores: 1 - Genaro Azambuja Athaydes - [email protected] - Porto

Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2 - Luciana dos Santos -

[email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,

3 - Michele Gai - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de

Porto Alegre, 4 - Jéssica Nascimento - [email protected] - Porto

Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 5 - Thalita Jacoby -

[email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Resumo: Introdução: A radiofarmácia é definida pela Americam

Pharmaceutical Association como uma especialidade farmacêutica orientada

para o paciente, que engloba conhecimentos científicos e julgamento

profissional necessários para melhorar e promover a saúde, através do uso

seguro e eficaz dos radiofármacos empregados para diagnóstico e tratamento.

PADRONIZAÇÃO DE TEMPOS DE DESINTEGRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

PARA MINIMIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO À CITOTÓXICOS

RDC CFF n° 486/2008 - ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NA ÁREA DE

RADIOFARMÁCIA

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Page 27: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

Em 2008, Conselho Federal de Farmácia (CFF) criou a Resolução nº 486, onde

dispõe as atribuições do farmacêutico e legaliza sua atuação na radiofarmácia.

Objetivo: Revisar as atribuições do farmacêutico conforme a RDC do CFF nº

486/2008 numa radiofarmácia hospitalar de um hospital universitário. Método:

Realizou-se revisão das atribuições dos farmacêuticos de uma radiofarmácia

hospitalar conforme as descritas pelo CFF. Revisaram-se a atuação dos

farmacêuticos nos protocolos da radiofarmácia em relação ao preparo e

fracionamento de radiofármacos, aquisição e armazenamento de produtos

radiofarmacêuticos, controle de qualidade dos insumos e radiofármacos,

rastreabilidade dos preparos, identificação dos preparos em dose unitária,

presença de farmacêutico na radiofarmácia entre outros. A radiofarmácia dispõe

de 2 farmacêuticos com atuação de 6 horas cada. Resultados: Entre as

atribuições descritas, há controle de estoque dos radiofármacos e insumos,

farmacêuticos manipulam diariamente as preparações contendo radiofármacos

com rastreabilidade dos preparos em dose unitária e realizam controle de

qualidade dos kits quentes e do gerador; há monitoramento de microrganismos

no ambiente, superfície, mãos e luvas; há controle da dispensação e distribuição

de radiofarmácos com identificação do radiofármaco, dados do paciente e dose;

há participação nos protocolos de pesquisa clínica com radiofármacos e

resíduos. Não se atende itens relacionados à realização de ensaios de

equivalência farmacêutica e bioequivalência, desenvolvimento de novos

radiofármacos, controle farmacocinético e farmacodinâmico de formas de

liberação de radiofármacos e nem à monitorização terapêutica de pacientes em

uso de radiofármacos. Conclusão: Conforme a Resolução do CFF nº 486/2008 e

as atribuições do farmacêutico descritas, a radiofarmácia do hospital

universitário atende a maioria das especificações descritas.

ID 076

Autores: Mario Jorge Sobreira da Silva, [email protected], Rio de

Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)

Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro, [email protected], Rio de

Janeiro, RJ, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz)

Resumo: Introdução: No contexto da atenção oncológica, a assistência

farmacêutica (AF) deve estar organizada para atender as necessidades do

tratamento. Os longos trajetos entre a residência e o centro de cuidado para

pacientes oncológicos tem sido apontado como um dos fatores que

compromete o acesso e a continuidade do tratamento do câncer de mama.

Objetivo: Mapear e analisar os fluxos percorridos por pacientes em uso de

quimioterapia para o tratamento do câncer de mama, de forma a identificar

possíveis desafios para organização da AF. Metodologia: Foi realizado um

estudo ecológico, buscando correlacionar os locais de residência e de

atendimento das pacientes com câncer de mama. Foram incluídos todos os

procedimentos de quimioterapia financiados pelo SUS, realizados entre janeiro e

dezembro de 2013 em todo o Brasil. A tabulação dos dados foi realizada no

programa TabWin e o mapeamento dos fluxos no programa TerraView. Todas as

informações e programas utilizados no estudo são de acesso público.

Resultados: Foram realizados 1.347.803 procedimentos ambulatoriais de

quimioterapia em 243 unidades habilitadas pelo SUS, sediadas em 156 (2,8%)

dos 5.570 municípios brasileiros. Pacientes oriundas de 4.023 municípios

precisaram transitar mais de 50 km em busca de atendimento, configurando

tratamento fora do domicílio. Em 498 municípios não houve registros de

realização de quimioterapia, sendo 68,3% destes localizados no Norte e

Nordeste do país. O mapeamento dos fluxos permitiu identificar a grande

variabilidade assistencial existente no Brasil, considerando as diferenças

regionais. Essas variações podem determinar problemas na organização da

linha de cuidado para o câncer de mama e comprometer os resultados das

pacientes atendidas. Conclusões: Ao observar os fluxos de origem-destino

algumas questões parecem desafiar a organização da AF, tais como: as

desigualdades de acesso à quimioterapia, as dificuldades no planejamento de

ações e serviços farmacêuticos e o potencial comprometimento da adesão e

continuidade do tratamento.

ANÁLISE DOS FLUXOS ASSISTENCIAIS PARA O TRATAMENTO

QUIMIOTERÁPICO DO CÂNCER DE MAMA E POSSÍVEIS DESAFIOS PARA A

ORGANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

ID 077

Autores: Edlus Silva, Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto

Alegre – RS –[email protected], Luciana dos Santos, Farmacêutica do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS –[email protected]

Michele Gai, Farmacêutica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre

– RS – [email protected], Thalita Jacoby, Farmacêutica do Hospital de Clínicas

de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected], Gerson

Guerra,Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS –

[email protected], Genaro Azambuja Athaydes, Farmacêutico do Hospital

de Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected], Renato

Chagas Ribeiro, Farmacêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Porto

Alegre – RS – [email protected], Daniel Fasolo, Farmacêutico do Hospital de

Clínicas de Porto Alegre; Porto Alegre – RS – [email protected]

Resumo: Introdução: Segundo o Instituto para Práticas Seguras no Uso de

Medicamentos, antineoplásicos são medicamentos potencialmente perigosos e

apresentam riscos aumentados de promover danos aos pacientes em

decorrência de falha no processo de utilização; desta forma, há recomendações

de segurança para prevenção de erros envolvendo estes medicamentos, como

dupla checagem (DC) dos processos e barreiras para redução dos erros.

Objetivo: Descrever erros de medicação identificados, através de DC, no

processo de manipulação de medicamentos antineoplásicos/adjuvantes numa

central de misturas intravenosas (CMIV) de hospital público. Método: Realizou-

se estudo descritivo retrospectivo baseado nos registros de erros envolvendo

processo de manipulação de medicamentos no período de 2013/2014. Nesse

período implantou-se a DC no processo, após a manipulação dos

medicamentos. DC é um check-list para comparação do produto acabado,

rótulo e prescrição, entre si e com a tabela de compatibilidade físico-quimica da

instituição. Os medicamentos foram categorizados e os erros classificados nas

etapas de prescrição (duplicidade terapêutica), confecção de rótulo (dose

incorreta, diluição inadequada, validade, condições de armazenamento

inadequadas, data, hora, leito, via de administração, tempo de infusão) e

manipulação (tipo e material do equipo e bolsa de infusão). Resultados:

Analisou-se um total de 36.392 prescrições, com 46.484 preparos A taxa de

preparos por prescrição foi 1,28. Identificaram-se 923 erros de 59 diferentes

medicamentos, correspondendo a 1,99% dos preparos e 2,5% das prescrições.

Fluoruracila está relacionada com 116 casos (12,57%), ganciclovir com 75 (8,13%),

doxorrubucina, 60 (6,5%) e citarabina, 48 (5,2%). Entre os tipos de erros,

condições de armazenamento inadequadas corresponderam 28,3%, validade

incorreta, 23,5%, volume final do preparo 14,7%, data incorreta 9,86% e dose

incorreta 6,39%. Em 6% dos casos, houve novo preparo do medicamento.

Conclusão: Verificou-se a importância da DC no processo de manipulação, uma

vez que 923 situações de erro e possível risco ao paciente foram identificadas e

corrigidas antes da dispensação.

ID 078

Autores: Andrezza Viviany Lourenço Marques; Fabiana Bierhals Munsberg;

Morgana Koppen, COMPLEXO ISPON - PONTA GROSSA - PR

Resumo: Introdução: O papel do farmacêutico na oncologia envolve a

promoção de práticas seguras no uso de medicamentos, elaboração de

protocolos clínicos e de farmacovigilância, detecção, tratamento e notificação

de reações adversas medicamentosas. Objetivo: Reduzir o risco de danos ao

paciente associado à prescrição, uso e administração de medicamentos, através

de ações sistemáticas e monitoramento dos indicadores. Método: Foram

mapeados os riscos internos relacionados aos medicamentos e elaborado e

divulgado o Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de

Medicamentos. Na farmácia do ISPON foram implantadas ações sistemáticas

ERROS DE MEDICAÇÃO ENVOLVENDO MANIPULAÇÃO DE

MEDICAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS E ADJUVANTES NUMA CENTRAL

DE MISTURAS INTRAVENOSAS DE HOSPITAL PÚBLICO

NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE – O PAPEL DO FARMACÊUTICO

NA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE ONCOLÓGICO

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Page 28: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

visando contribuir com práticas seguras na manipulação, administração e

dispensação de medicamentos: 1) medicamentos com grafia ou sonoridade

semelhantes tiveram alteração na parte que os diferenciam, estando em negrito

e caixa alta nas fichas de manipulação e nos rótulos de identificação dos

medicamentos; 2) as classes de medicamentos foram identificadas por cores

conforme os grupos de risco; 3) foi inserida no sistema informatizado a

ferramenta de Intervenção Farmacêutica em prescrições, se identificadas não

conformidades relacionadas ao tratamento; 4) criado protocolo de não

conformidades nos processos de manipulação, fracionamento e dispensação de

medicamentos. Resultados: Em 2015 foram realizadas 17 intervenções

farmacêuticas em prescrições médicas relacionadas à: medicamento (8);

atualização de protocolo terapêutico (7), material médico-hospitalar (1) e ajuste

nas datas de tratamento (1). Foram identificadas 19 não conformidades na

manipulação de quimioterápicos, nas categorias: prescrição (4); etiqueta de

identificação (5); ficha de preparo (2); técnica de preparo (5) e medicamento

preparado (3). Na dispensação de medicamento oral foram registradas 5 não

conformidades relacionadas à: dispensação (4) e prescrição (1). Conclusão: As

mudanças nos processos assistenciais farmacêuticos possibilitaram o

desenvolvimento de ações a fim de identificar e prevenir a ocorrência de falhas

que possam causar danos aos pacientes e com isso garantir maior segurança e

melhoria da qualidade no serviço prestado.

ID 079

Autores: Jayda Eiras Ramim, [email protected], Rio de Janeiro, RJ,

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)

Maria Inês Nogueira de Souza Benfenatti, [email protected], Rio de

Janeiro, RJ, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)

Mario Jorge Sobreira da Silva, [email protected], Rio de Janeiro, RJ,

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)

Resumo: Introdução: A Nutrição Parenteral (NP) é considerada medicamento

de alta vigilância. Em pacientes oncológicos seu uso pode minimizar os impactos

das reações adversas relacionadas a radio e quimioterapia, aumentar a

expectativa de vida e prolongar a sobrevida dos pacientes. Contudo a sua

utilização não está isenta de riscos, demandando a adoção de estratégias que

minimizem erros e garantam a segurança do paciente. Objetivo: Analisar as

complicações relacionadas ao uso da NP em pacientes oncológicos pediátricos,

visando identificar aspectos relacionados à segurança do paciente. Métodos:

Estudo de coorte retrospectivo, envolvendo pacientes oncológicos pediátricos

de um hospital do Rio de Janeiro, que fizeram uso de NP durante a internação

hospitalar por período ≥ 7 dias. Todos os pacientes do período de janeiro a

dezembro de 2014 foram incluídos no estudo. Foram coletados dados sobre:

perfil dos pacientes e das formulações de NP, exames laboratoriais e relatos de

complicações da NP. Foi utilizada a estatística descritiva e os achados foram

correlacionados com aspectos da segurança do paciente, nas categorias:

prescrição, manipulação e administração. Resultados: Foram analisados dados

de 29 pacientes com média de idade de 8,7 anos. A maioria era do sexo

masculino (65,5%) e estavam internados na unidade de transplante de células

tronco-hematopoéticas. A média do tempo de uso foi de 14 dias. Apenas dois

pacientes atingiram a oferta de energia recomendada. Todos os pacientes

apresentaram complicações metabólicas, principalmente relacionadas aos

níveis de glicose, triglicerídeos e eletrólitos. Foram identificados sete potenciais

problemas relacionados à prescrição, cinco à manipulação e dois à

administração da NP. Conclusão: A ocorrência das diversas complicações

encontradas demonstra a importância da adoção de estratégias de

gerenciamento de risco, de forma a garantir a segurança dos pacientes

pediátricos oncológicos em uso de NP, visto que tais complicações são

consideradas evitáveis.

ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES DA NUTRIÇÃO PARENTERAL EM

PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS E SUAS INTERFACES COM A

SEGURANÇA DO PACIENTE

ID 080

Autores: Edlus Silva , [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de

Clínicas de Porto Alegre; Thalita Jacoby , [email protected], Porto Alegre –

RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Sandro Ness, [email protected],

Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Luciana dos Santos,

[email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre;

Juliana Didonet, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas

de Porto Alegre; Genaro Azambuja Athaydes, [email protected], Porto

Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Resumo: Introdução: A utilização de dispositivos de segurança em sistema

fechado (DSSF) minimiza a geração de aerossóis e ocorrência de acidentes

durante a manipulação de antineoplásicos. Está prevista na NR32 do MT de

16/11/2005, em concordância com as recomendações dos órgãos internacionais

de boas práticas de manuseio de antineoplásicos. No Hospital em estudo, o uso

destes dispositivos vem sendo implementado desde 2012, contudo, o valor

elevado e alta demanda colocam alguns deles na curva A de custo. A legislação

que trouxe benefício e segurança ao manipulador não previu origem necessária

ao financiamento desta nova tecnologia, de forma que instituições restringem

parcial ou completamente seu uso por falta de recursos. Objetivo: Evidenciar o

custo relativo dos DSSF no valor total dos preparos de antineoplásicos.

Metodologia: Foram contabilizados todos os medicamentos utilizados no

preparo de antineoplásicos injetáveis no ano de 2015 através do sistema

informatizado do Hospital, além do consumo e custo dos DSSF. Por fim,

calculou-se o custo relativo dos DSSF sobre o valor total dos preparos.

Resultado: O custo dos dispositivos (R$ 830.990,11) representou 10,89% do valor

total dos preparos (R$ 7.628.377,66), que incluiu medicamentos judiciais e do

componente estratégico. Considerando-se apenas os medicamentos

antineoplásicos comprados pelo hospital (R$ 2.417.245,78), o custo representou

25,58 %. Esse custo relativo está vinculado, também, ao perfil de utilização dos

dispositivos no Hospital, uma vez que ainda não são utilizados para todos os

antineoplásicos. Conclusão: Os DSSF são tecnologias em saúde que envolvem

alto nível de pesquisa e desenvolvimento e, consequentemente, possuem valor

elevado. O investimento em segurança através da utilização de DSSF representa

um importante benefício ao trabalhador, mas alto custo para as instituições.

Deveria, portanto, ser avaliado pelas fontes de financiamento públicas e pelas

operadoras de planos de saúde como parte das terapias antineoplásicas.

ID 081

Autores: Edlus Silva, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de

Clínicas de Porto Alegre; Juliana Didonet, [email protected], Porto Alegre –

RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Genaro Azambuja Athaydes,

[email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre;

Gerson Guerra, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de

Porto Alegre; Renato Chagas Ribeiro, [email protected], Porto Alegre – RS,

Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Thalita Jacoby, [email protected], Porto

Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Sandro Ness,

[email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre;

Daniel Fasolo, [email protected], Porto Alegre – RS, Hospital de Clínicas de

Porto Alegre.

Resumo: Introdução: O trastuzumabe (Herceptin®) é um anticorpo

monoclonal de alto custo indicado como adjuvante no tratamento do câncer de

mama. O Ministério da Saúde (MS) publicou a Portaria nº 73/2013

estabelecendo diretrizes diagnósticas e terapêuticas para uso do trastuzumabe

na quimioterapia do câncer de mama HER-2 positivo inicial e localmente

avançado (estágios I a III) e iniciou o fornecimento do medicamento no sistema

público de saúde, uma vez que as vias de tratamento existentes anteriormente

AVALIAÇÃO DO CUSTO RELATIVO DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

NOS PREPAROS DE ANTINEOPLÁSICOS EM UM HOSPITAL DE GRANDE

PORTE DA REGIÃO SUL.

AVALIAÇÃO DOS MOTIVOS E CUSTOS DAS DEMANDAS JUDICIAIS DE

TRASTUZUMABE EM UM HOSPITAL PÚBLICO

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Page 29: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

eram a saúde suplementar ou a demanda judicial. No entanto, observou-se que

no Hospital em estudo as demandas judiciais aumentaram após publicação da

Portaria. Objetivo: Identificar o motivo das demandas judiciais de trastuzumabe

em um Hospital público e os respectivos custos do tratamento. Metodologia:

Revisão dos motivos das prescrições médicas e quantificação dos custos do

tratamento com trastuzumabe via demanda judicial de janeiro de 2015 a

fevereiro de 2016. Resultados: Nos 18 casos avaliados, o trastuzumabe foi

prescrito para tratamento paliativo (Estágio IV), diretriz terapêutica que não

consta na Portaria. Dessa forma, a viabilidade do tratamento ocorreu pela via

judicial e, no período estudado, o custo total dos casos para o Estado do RS com

a judicialização foi de R$ 1.407.980,07. Caso estes tratamentos fossem

subsidiados pela aquisição centralizada do MS, o custo total seria 517.134,56.

Observou-se uma possível economia de 890.845,51 no período. Conclusão:

Identificou-se que a aquisição centralizada de medicamentos de alto custo pelo

MS é mais vantajosa economicamente que a aquisição via judicial realizada pelo

Estado do RS. Ainda, que o trastuzumabe é, na prática, uma opção terapêutica

no tratamento paliativo. Portanto, para otimizar os gastos pela judicialização,

sugere-se considerar a possibilidade de ampliação do acesso das pacientes no

estágio IV ao tratamento com trastuzumabe. A economia gerada pode ser

revertida em ações de prevenção e diagnóstico precoce.

ID 082

Autores: 1- Patrícia Kaiser Pedroso Cava - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ

- Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

2- Isabella Moraes Pimentel - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ -

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

3- Carolina Pereira Castro - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ -

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

4- Jayda Eiras Ramin - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ - Instituto

Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

5- Vanessa Índio do Brasil da Costa - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ -

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

6- Andrea Almeida Tofani - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ - Instituto

Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

7- Dulce Helena Nunes Couto - [email protected] - Rio de Janeiro/RJ -

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

Resumo: Introdução: Na atualidade, frente à escassez de recursos, a

otimização do processo é condição "sine qua non" para a realização da prática

da Atenção Farmacêutica e a obtenção de resultados mais efetivos. Objetivo:

Analisar o perfil dos pacientes submetidos a intervenções farmacêuticas (IF)

realizadas no Programa de Atenção Farmacêutica (PAF) do HCI/INCA com

intuito de otimizar o atendimento aos pacientes oncológicos deste programa.

Metodologia: Estudo transversal com o levantamento de informações

referentes aos pacientes e das intervenções farmacêuticas realizadas no PAF

(julho/2009 a janeiro/2016). Para fins de comparação, foi realizado o Teste qui-

quadrado de Pearson e de Fisher (nível de significância de 5%), no programa

Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. Resultados: Foram

identificadas 287 IF, em 166 pacientes atendidos no PAF, 58,2%

farmacoterapêuticas e 41,8% não farmacoterapêuticas. As principais IF

farmacoterapêuticas foram: melhorar a adesão do paciente (51; 30,5%); educar

em medidas não farmacológicas (29; 17,4%); incluir medicamento (24; 14,4%);

intervir no uso e na forma de administração do medicamento (23; 13,8%). Em

relação ao perfil dos pacientes submetidos a estas intervenções, a maior

frequência foi dos diagnosticados com Leucemia Mieloide Crônica (64; 66,7%),

idade superior a 60 anos (51; 53,1%), sexo masculino (49; 51%) e baixo nível de

escolaridade (38; 39,5%). Em comparação aos pacientes que não tiveram

intervenções farmacoterapêuticas, houve diferença estatisticamente

significativa para aqueles que tinham maior número de comorbidades ( 2) (sim:

46; 47,9%; não: 20; 28,6% p = 0,039) e que utilizavam mais de 4 medicamentos

(sim: 48; 50,0%; não: 18; 25,7%, p = 0,002). Conclusão: Para fins de otimização

da prática de Atenção Farmacêutica, os idosos, os pacientes com baixo nível de

escolaridade e principalmente aqueles que possuem maior número de

comorbidades e que utilizam mais medicamentos, devem ser priorizados,

destacando a promoção da adesão ao tratamento.

ATENÇÃO FARMACÊUTICA: ESTRATÉGIA PARA OTIMIZAÇÃO DA PRÁTICA

ID 083

Autores: Luísa Tostes Oliveira./ [email protected] / Rio de Janeiro-

RJ / INCA

Erika da Silva Magliano / [email protected] / Rio de Janeiro - RJ /

INCA

Resumo: Introdução: A utilização do medicamento de maneira distinta

daquela autorizada pelo órgão regulatório de medicamentos em um país é

definida como uso off-label, podendo referir-se a indicação, faixa etária/peso,

posologia, apresentação ou via de administração. Em oncologia pediátrica, há

poucas informações sobre a extensão do uso off-label. O uso de medicamentos

em crianças é menos seguro e com resultados menos previsíveis quando

comparados àqueles obtidos em adultos. Assim, mais estudos e pesquisas são

necessários para orientar e subsidiar a tomada de decisão clínica nessa

população. Estudos apontam para a necessidade de realização de pesquisas

que objetivem detectar o uso de medicamentos de uso off-label em pediatria.

Objetivo: Analisar a extensão do uso off-label, definindo o perfil dos pacientes

pediátricos e dos antineoplásicos prescritos em um centro oncológico de

referência. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte de caráter

quantitativo e seguimento retrospectivo em que foram avaliadas os prontuários

médicos e as prescrições dos protocolos de quimioterapia de crianças e

adolescentes 0 a 18 anos. Resultados: Foram incluídos 39 pacientes, sendo

61,5% do sexo masculino, e 38,5% da faixa etária pré-escolar. Foram registradas

10 patologias, entre outras, retinoblastoma (25,6%). Aproximadamente 31% dos

pacientes possuíam metástase ao diagnóstico, e 25,6% foram a óbito. Foram

analisadas 351 prescrições, que continham cinco medicamentos de suporte,

resgate, ou citoprotetores, e onze antineoplásicos, dos quais vincristina foi o

mais prevalente. Em 85,5% das prescrições havia pelo menos um medicamento

prescrito de forma off-label, sendo os principais motivos: posologia e indicação.

Foram descritas 242 RAM, relatadas em aproximadamente 90% dos pacientes.

As reações mais prevalentes foram náuseas, vômitos, mucosite e neutropenia

febril. Conclusão: O presente estudo corrobora os dados de alta frequência de

uso off-label em oncologia pediátrica, atentando para necessidade de

discussões multiprofissionais relacionadas ao mesmo, assim como o

monitoramento desse uso através de ações de farmacovigilância.

ID 084

Autores: 1 - Júllia Duarte Bezerra - [email protected] - Natal/RN -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte;

2 - Simone Vieira Pereira - [email protected] - Natal/RN - Universidade

Federal do Rio Grande do Norte;

3 - Lourena Laise Mafra Silva - [email protected] - Natal/RN -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte;

4 - Ronario Danilo da Silva Barbosa - [email protected] - Natal/RN -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte;

5 - Marcos Dias Leão - leã[email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos;

6 - Daniela Gonçalves Braz de Albuquerque - [email protected] -

Natal/RN - Oncoclínica São Marcos;

7 - Eduardo Cavalcanti Cunha Lima - [email protected] -

Natal/RN - Oncoclínica São Marcos;

8 - Ney Moura Lemos Pereira - [email protected] - Natal/RN -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Resumo: Introdução: Os eventos adversos à quimioterapia estão relacionados

ao indivíduo, ao tipo de medicamento antineoplásico, dose administrada e

tempo de tratamento. A contribuição farmacêutica nas sugestões de condutas

trata-se de uma importante iniciativa para o sucesso da terapêutica

ONCOLOGIA PEDIÁTRICA EM UMA INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA:

ANÁLISE DO PERFIL DOS PACIENTES E DOS MEDICAMENTOS DE USO

OFF-LABEL.

IMPACTO DAS SUGESTÕES DE CONDUTAS FARMACÊUTICAS

RELACIONADAS A EVENTOS ADVERSOS EM PACIENTES SUBMETIDOS À

QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA.

29

Page 30: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

antineoplásica. Objetivo: Avaliar o impacto das sugestões de condutas

farmacêuticas relacionadas aos eventos adversos em pacientes submetidos ao

tratamento quimioterápico. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo,

exploratório e descritivo baseada na metodologia Dáder, o local de estudo foi

uma unidade hospitalar de administração privada localizada em Natal/RN, entre

o período de fevereiro a dezembro/2015. As anamneses foram realizadas e as

reações foram classificadas quanto o grau, de acordo com o guia de notificação

da SOBRAFO de 2011. Este estudo foi submetido ao CEP N°094/11, UFRN.

Resultados: Foram entrevistados 76 pacientes durante o período de fevereiro a

dezembro/2015, as entrevistas foram realizadas no mínimo uma vez a cada ciclo,

totalizando 97 entrevistas. Dentre os tipos de câncer destacaram-se: mieloma

múltiplo (18%), neoplasia maligna do ovário (10%), neoplasia maligna da mama

(10%). Os principais medicamentos utilizados nos protocolos foram:

ciclofosfamida (17%), paclitaxel (15%), fluorouracil (14%), carboplatina (12%),

doxorrubicina (11%) e dexametasona (11%). Verificou-se 45 tipos diferentes de

eventos adversos, os mais citados foram: náusea (27%), vômito (16%),

neuropatia periférica (15%). Dentre as principais sugestões de condutas estavam

à necessidade de antiemético (58%), estimulante do apetite (16%), protetor

gástrico (14%). Das 97 sugestões de condutas, 29 (30%) foram acatadas, 41 (43%)

não foram acatadas e 26 (27%) não tiveram consulta posterior à sugestão. Desse

total 31 (56%) apresentou melhora do quadro, 21 (38%) houve permanência da

queixa e em 3 (6%) observou-se uma piora do quadro. Conclusão: A atuação

do farmacêutico foi primordial na minimização dos eventos adversos,

otimizando a terapêutica instituída, bem como reduzindo o desconforto diante

do quadro clinico.

ID 085

Autores: 1 - Lourena Laise Mafra Silva - [email protected] - Natal/RN

- Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2 - Júllia Duarte Bezerra -

[email protected] - Natal/RN - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte; 3 - Ronário Danilo da Silva - [email protected] - Natal/RN -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 4 - Rodrigo Villar de Freitas -

[email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 5 - Marcos Dias

Leão - leã[email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 6 - Lavoisier da Silva

Campos - [email protected] - Natal/RN - Oncoclínica São Marcos; 7 - Eduardo

Cavalcanti Cunha Lima - [email protected] - Natal/RN -

Oncoclínica São Marcos; 8 - Ney Moura Lemos Pereira - [email protected]

- Natal/RN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Resumo: Introdução: Para o Brasil, no ano de 2016, estima-se 10.070 casos

novos de leucemias dentre elas o mieloma múltiplo, um tipo de câncer que se dá

na medula óssea e afeta o sistema imunológico, isso acontece por uma falha em

um dos componentes do sangue que produz anticorpos. Objetivo: Avaliar a

correlação entre as reações adversas e os protocolos terapêuticos de pacientes

portadores de mieloma múltiplo. Metodologia: Trata-se de um estudo

prospectivo e descritivo baseado na metodologia Dáder, o local de estudo foi

uma unidade hospitalar de administração privada localizada em Natal/RN, entre

o período de junho/2013 a julho/2015. Foram realizadas anamneses

farmacêuticas de 30 pacientes portadores de mieloma múltiplo, onde as reações

foram classificadas quanto o grau, de acordo com o guia de notificação da

SOBRAFO de 2011. Este estudo foi submetido ao CEP N°094/11, UFRN.

Resultados: Das 30 anamneses analisadas observou-se dados de esquema

terapêutico, reações adversas graves, sexo, e idade dos pacientes. A incidência

do mieloma múltiplo relacionada ao sexo foi de 53% do sexo masculino e 47%

do sexo feminino, a incidência relacionada a idade foi de 27% na faixa etária

entre 71 à 80 anos de idade. Dentre os tipos de protocolos destacaram-se: ácido

z o l e d r ô n i c o + b o r t e z o m i b e ( 2 5 % ) , p a m i d r o n a t o ( 2 0 % ) ,

v i n c r i s t i n a + d o x o r r u b i c i n a + d e x a m e t a s o n a - VA D ( 1 5 % ) ,

bortezomibe+ciclofosfamida+melfalano (15%), pamidronato+melfalano (15%).

Verificou-se um total de 245 reações adversas a medicamentos, onde as que

mais apareceram foram náusea 37 (15%), diarreia 24 (10%), neuropatia periférica

22 (9%), sendo 4 (2%) classificadas como grau GIII. As reações GIII associadas ao

protocolo foram: diarreia (VAD+pamidronato), tremor nas pernas

CORRELAÇÃO ENTRE AS REAÇÕES ADVERSAS E OS PROTOCOLOS

TERAPÊUTICOS DE PACIENTES PORTADORES DE MIELOMA MÚLTIPLO.

(ciclofosfamida+bortezomibe+dexametasona), neuropatia periférica

(ciclofosfamida+bortezomibe+dexametasona), neuropatia periférica

(ciclofosfamida+bortezomibe+doxorrubicina+pamidronato). Conclusão:

Dentre os protocolos avaliados neste grupo de pacientes, o protocolo que

apresentou reações mais graves foi ciclofosfamida+bortezomibe+

dexametasona, sendo neuropatia periférica a reação que ocorreu com maior

gravidade segundo a classificação.

ID 086

Autores: 1 – Bruno Simas da Rocha – [email protected] – Porto Alegre/RS –

Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

2 – Ricardo Moresco Zucco – [email protected] - Porto Alegre/RS –

Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

3 – Tatiana Von Diemen – [email protected] - Porto Alegre/RS – Centro de

Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do Hospital de

Clínicas de Porto Alegre.

4 – Fernanda Rossatto Machado – [email protected] - Porto Alegre/RS –

Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

5 – Jacqueline Kohut Martinbiancho – [email protected] - Porto

Alegre/RS – Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia

Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Resumo: Introdução: O Centro de Informações sobre medicamentos (CIM)

auxilia os profissionais de saúde em questões referentes aos medicamentos,

entre eles, os antineoplásicos, classe terapêutica com alta prevalência de uso em

hospitais de alta complexidade. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar o

perfil das solicitações de informações sobre antineoplásicos a um CIM de

Hospital Terciário Universitário. Metodologia: Estudo descritivo transversal, em

que foram avaliadas as solicitações de informações envolvendo antineoplásicos

atendidas em um CIM de Hospital Terciário Universitário, no período de

janeiro/2014 a dezembro/ 2015. As características das solicitações avaliadas

foram: tema da solicitação, profissão do solicitante, unidade de trabalho do

solicitante, presença de erro de medicação e a freqüência de cada

antineoplásico. Resultados: Foram atendidas 4111 solicitações no período do

estudo, e destas, 384 (9,3%) envolviam antineoplásicos. Quanto ao perfil do

solicitante, 60,4% eram farmacêuticos e 20,7% eram enfermeiros. As unidades

mais frequentes dos solicitantes eram do serviço de farmácia (53,6%), internação

oncológica (16,3%) e convênios (6,7%). Os temas mais frequentes envolvidos nas

solicitações foram: administração do medicamento (25,1%), incompatibilidades

medicamentosas (23,1%), estabilidade (14,0%) e preparo (13,7%). Os

antineoplásicos mais prevalentes foram: rituximab (6,8%), asparaginase (3,9%),

etoposido (3,7%) e cisplatina (3,7%). As classes mais prevalentes foram dos

antimetabólitos (11%), agentes alquilantes (10%) e anticorpos monoclonais

(8,7%). Conclusão: Uma elevada proporção de solicitações atendidas pelo CIM

envolvia antineoplásicos injetáveis, provavelmente devido à complexidade nas

etapas de preparo e administração desta classe de medicamentos. Sendo assim,

os temas mais frequentemente questionados envolviam incompatibilidades

medicamentosas, quando administrado concomitantemente com mais de um

fármaco endovenoso; modo de preparo; e administração dos mesmos. Por fim,

os dados reforçam a importância do suporte de informações baseadas em

literatura e referências atualizadas na segurança do uso dos antineoplásicos

pelos centros de informações de medicamentos.

ANÁLISE DE SOLICITAÇÕES DE INFORMAÇÕES ENVOLVENDO

ANTINEOPLÁSICOS EM UM CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE

MEDICAMENTOS

30

Page 31: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 087

Autores: Rodrigo Marangoni Fernandes, [email protected], Ribeirão

Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.

Aila Mabla Azarias Castro, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo,

Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.

Gustavo Marin Arado, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo,

Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.

Fernanda Dos Santos Fernandes Andrucioli, [email protected],

Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.

Kellyane P. Fonseca, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital

Das Clínicas De Ribeirão Preto.

Verônica L. Festuccia, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo, Hospital

Das Clínicas De Ribeirão Preto.

Laura Valdevite, [email protected], Ribeirão Preto, São Paulo,

Hospital Das Clínicas De Ribeirão Preto.

Resumo: A validação do processo de reutilização das sobras de medicamentos

antineoplásicos injetáveis, realizada ano de 2014 (validação do processo de

reutilização de sobras de medicamentos antineoplásicos injetáveis em um

hospital universitário), possibilitou a aplicação das estabilidades entendidas.

Definimos novas validades e conseguimos um aumento de estabilidade em 27

dos 52 dos medicamentos disponíveis em nossa instituição (52% do total). Deste

total de 27 medicamentos, 4 tiveram a validade aumentada de 8 a 24 horas, para

5 a 7 dias e o restante, 23 medicamentos, de 24 horas a 7 dias para 28 dias. O

objetivo deste trabalho foi comparar 12 meses de consumo dos medicamentos

antineoplásicos utilizando a tabela de estabilidade anterior, com 12 meses de

consumo utilizando a nova tabela com as estabilidades estendidas definidas

após validação do processo. Foram selecionados 19 dos 27 medicamentos que

tiveram alteração na validade. 8 foram excluídos por terem mais de uma

apresentação disponível, que são misturadas durante o preparo, dificultando

chegar em um resultado fiel. Comparamos o consumo de julho de 2013 a junho

2014, período de consumo com a estabilidade antiga, com o período de janeiro a

dezembro de 2015, período de consumo utilizando as estabilidades estendidas.

Dos 19 medicamentos comparados, em 9 conseguimos comprovar economia

gerada pelo aumento da estabilidade das sobras. Concluímos neste trabalho

que a utilização da estabilidade estendida na reutilização de sobras de

medicamentos antineoplásicos promove uma economia na quantidade de

frascos de medicamentos utilizados durante a manipulação, possibilita maior

flexibilidade no agendamento dos pacientes e viabiliza uma revisão na

padronização das apresentações dos medicamentos utilizados no processo.

ID 088

Autores: Sabrina Tasca - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande do

Sul, Hospital Moinhos de Vento

Fernanda Haar - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande do Sul,

Hospital Moinhos de Vento

Eleoni Kuhn dos Santos - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande

do Sul, Hospital Moinhos de Vento

Cicero da Silveira Alende - [email protected], Porto Alegre, Rio Grande

do Sul, Hospital Moinhos de Vento

Namur Madruga Junqueira - [email protected], Porto Alegre, Rio

Grande do Sul, Hospital Moinhos de Vento

Resumo: Introdução: A prescrição é uma importante ferramenta no processo

medicação. Uma prescrição inadequada ou incompleta acarreta em risco

iminente e danos irreparáveis ao paciente. Em Oncologia, o tratamento é

baseado em protocolos clínicos internacionais que norteiam os profissionais, e o

uso de uma prescrição padronizada, que contemple todos os parâmetros e

APLICAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTENDIDA NA REUTILIZAÇÃO DE

SOBRAS DE MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS INJETÁVEIS APÓS

VALIDAÇÃO DO PROCESSO

PADRONIZAÇÃO DE PRESCRIÇÃO POR PROTOCOLO DE QUIMIOTERAPIA

EM AMBULATÓRIO DE ONCOLOGIA

informações relevantes contribui para o uso seguro dos medicamentos e para a

eficácia do tratamento. Objetivo: Inclusão de prescrição padrão baseada nos

protocolos de quimioterapia em sistema informatizado em ambulatório de

Oncologia de hospital privado, localizado na cidade de Porto Alegre/RS.

Metodologia: Para a elaboração das prescrições, considerou-se guidelines

internacionais e os sítios de localização do tumor. A prescrição-padrão está

dividida nos seguintes esquemas: protocolos antineoplásicos (nome do

protocolo, medicamentos com a dose por m², via de administração e a

freqüência do ciclo); parâmetros laboratoriais para administração do

tratamento, ciclos de tratamento (peso; altura; superfície corporal; sítio primário;

estadiamento clínico) e registro de alteração do protocolo (para informações de

redução de doses e suspensão de medicamentos); esquema de medicamentos

pré administração de quimioterapia (antieméticos, corticóides e anti-

histamínicos); terapia antineoplásica (medicamentos antineoplásicos, dose

(exclusivamente em mg), diluição, via de administração e tempo de infusão) e

soluções (hidratação e demais soluções para manter acesso). Resultados:

Foram elaboradas 200 prescrições padrão envolvendo as seguintes áreas:

ginecologia, sistema nervoso central, melanoma, urologia, sistema

gastrointestinal, tórax e mama. Conclusão: A padronização das prescrições é

um fator chave na prevenção de erros envolvendo antineoplásicos,

principalmente por serem medicamentos de estreita janela terapêutica. Com a

inclusão de prescrições padrão baseadas nos protocolos de quimioterapia

obtêm-se ganho em segurança para a equipe multiprofissional, por disporem de

todas as informações necessárias ao cuidado do paciente, orienta a

administração e a infusão correta dos medicamentos, garantindo a efetividade

do tratamento.

D 089

Autores: Luiz Henrique Sousa Rocha – [email protected] – Rio de

Janeiro - RJ Farmacêuticos Residentes do Instituto Nacional de Câncer/ INCA,

Luiz Gustavo André Oliveira - farmá[email protected] – Rio de Janeiro - RJ

Farmacêuticos Residentes do Instituto Nacional de Câncer/ INCA, Mariana

Ferreira Rodrigues de Souza - [email protected] – Rio de Janeiro - RJ

Farmacêutica do Instituto Nacional de Câncer/ INCA , Flávia Barcelos –

[email protected] - Rio de Janeiro – RJ – Farmacêutica do Instituto Nacional

de Câncer/ INCA, Maria Fernanda Barbosa – [email protected] Rio de

Janeiro – RJ – Farmacêutica do Instituto Nacional de Câncer/ INCA

Resumo: Introdução: Cuidado Paliativo (CP) é uma abordagem que promove a

qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que

ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do

sofrimento. Uma análise crítica da farmacoterapia aplicada ao CP na oncologia é

importante, uma vez que seus resultados auxiliam a definir estratégias a fim de

promover o uso racional de medicamentos e evitar a ocorrência de interações

medicamentosas (IM) e consequentes reações adversas aos medicamentos

(RAM) Objetivo: Identificar as potenciais IM com fármacos psicoativos no

ambiente do CP oncológico. Método: Estudo descritivo transversal,

considerando dados de consumo de 2015. Foram elencados os 10

medicamentos de maior dispensação no setor, associados aos fármacos

psicoativos padronizados no hospital. As potenciais IM foram aferidas no portal

Micromedex, e categorizadas de acordo com o impacto (graves, moderadas ou

leves) onde as interações graves foram pormenorizadas e quantificadas.

Resultados: Os 33 medicamentos incluídos na pesquisa resultaram em 159 IM,

das quais 105 foram consideradas graves (66%). Destacaram-se as seguintes

RAM: aumento do intervalo QT, depressão do sistema nervoso central, síndrome

serotoninérgica, depressão respiratória, alterações da concentração plasmática,

aumento do risco de convulsões e aumento do bloqueio neuromuscular pelo

baclofeno. Conclusão: O controle de sintomas, alvo principal da terapêutica

paliativa, requer o uso de diferentes classes de fármacos propiciando IM e

possíveis RAM. O conhecimento obtido possibilitou a realização de orientações

à equipe multiprofissional e a efetivação de uma maior observação do impacto

clínico nos pacientes em CP.

IDENTIFICAÇÃO DAS POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

COM MEDICAMENTOS PSICOATIVOS NO SETOR DE ASSISTÊNCIA

DOMICILIAR DE UMA INSTITUIÇÃO DE CUIDADO PALIATIVO

ONCOLÓGICO

31

Page 32: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 090

Autores: Ricardo Soares Gioda - [email protected] - Porto Alegre/RS -

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Bruno Simas da Rocha - [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital de

Clínicas de Porto Alegre

Leonardo Monteiro Botelho - [email protected] - Porto alegre/RS -

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Resumo: Introdução: A dor é um dos sintomas prevalentes em pacientes com

câncer, sendo os analgésicos opioides o seu principal tratamento. Em alguns

pacientes essa terapêutica pode ter sua eficácia diminuída, seja pelo

desenvolvimento de tolerância, devido à ocorrência de dores de características

distintas ou por hiperalgesia (quando a resposta analgésica se modifica de forma

abrupta). A cetamina, um anestésico com propriedades analgésicas pode ser

uma aliada nesse contexto. Objetivo: Verificar o uso de preparações

farmacêuticas de cetamina oral a partir da apresentação injetável (única forma

disponível comercialmente), assim como revisar doses e estabilidade de

soluções. Método: Busca em bases de dados (MEDLINE,LILACS) utilizando

palavras-chaves relacionadas ao uso oral de cetamina em analgesia.

Resultados: Dos artigos encontrados (cerca de duas dezenas), há indicação de

uso da cetamina oral no tratamento da dor oncológica, além de sedativo,

ansiolítico e antidepressivo. As soluções foram preparadas a partir da

apresentação injetável (50mg/mL), com concentrações entre 5 e 10 mg/mL, em

xaropes simples e estabilidade relatada sob refrigeração de 7 a 14 dias ou por

período maior em diferentes formulações. A administração do medicamento foi

realizada três a quatro vezes ao dia com doses de 10 a 100 mg e dose máxima

diária de 1 g (250mg/dose). Alguns estudos citam aumento gradativo nas doses,

bem como início de terapia parenteral e posterior transição para via oral.

Conclusão: A administração oral de medicamentos é a via preferencial para

pacientes em condições de utilizá-la, facilitando inclusive o cuidado em

domicílio. A solução de cetamina via oral, mesmo com indisponibilidade de

preparações comercias, vem sendo utilizada em diversas instituições. Não há

padronização no preparo das soluções, porém os estudos disponíveis permitem

que a utilização da cetamina oral seja realizada dentro de um processo seguro e

que possibilite aos pacientes uma alternativa de tratamento na dor oncológica

de difícil manejo.

ID 091

Autores: 1 -Cândida Saldanha Fabris - [email protected] - Porto

Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 2- Luana Christine Comerlato -

[email protected] - Luana Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de

Vento, 3- Amanda Valle Pinhatti- [email protected] – Porto

Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 4- Dauana Pitano Eizerik-

[email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 5-

Giselle Calovi Pratini- [email protected]– Porto Alegre/RS - Hospital

Moinhos de Vento, 6- Raquel Pereira Vieira- [email protected] Porto

Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 7- Marinalda Predebon -

[email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de

Vento, 8- Aline Frossard Ribeiro [email protected] Porto

Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento

Resumo: Introdução: O câncer, segundo a OMS (Organização Mundial de

Saúde), está entre as principais causas de morte no mundo. Estima-se que no

Brasil em 2016 a ocorrência do câncer seja de, aproximadamente, 596 mil novos

casos. O farmacêutico é o profissional habilitado para a avaliação e validação da

prescrição de medicamentos oncológicos. A atuação efetiva do farmacêutico

contribui na melhoria desta terapia. Com a diversidade de protocolos e

particularidades dos pacientes, a padronização de uma rotina de avaliação é

necessária para auxiliar o farmacêutico a garantir a segurança desse processo.

USO DE CETAMINA VIA ORAL: UMA ALTERNATIVA NA DOR ONCOLÓGICA

DE DIFÍCIL MANEJO

SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DOS PACIENTES EM

QUIMIOTERAPIA

Com isso, foi desenvolvida uma ficha de acompanhamento como ferramenta

para o seguimento farmacoterapêutico. Objetivo: Analisar o uso da ficha

farmacoterapêutica desenvolvida como uma ferramenta para o

acompanhamento dos pacientes em protocolo de quimioterapia.

Metodologia: Estudo transversal, de natureza quali-quantitativa, realizado na

área de internação do Hospital Moinhos de Vento – RS, no período de 2011 a

2015. Resultados: Em cinco anos de utilização da ferramenta foram

acompanhados 823 pacientes. Através do preenchimento de uma ficha de

acompanhamento com dados do paciente, do protocolo que será utilizado,

dose, diluição, tempo de infusão, dias de tratamento de cada medicamento,

peso, altura e superfície corporal, exames laboratoriais atualizados e registro das

datas de administração dos medicamentos. Conclusão: A ficha de

acompanhamento como ferramenta para o seguimento farmacoterapêutico

dos pacientes em protocolo de quimioterapia facilitou a identificação da

necessidade de intervenções, os erros de medicação, riscos de interações

indesejadas entre medicamento e diluentes proporcionando, assim, maior

segurança para o processo que envolveu a administração de medicamentos

oncológicos.

ID 092

Autores: 1. Calinca Eliotério Oliveira – [email protected]

Salvador/BA – Hospital Português da Bahia

2. Islania Almeida Brandão – [email protected] – Salvador/BA – Hospital

Português da Bahia

3. Vanessa Maria Rodriguez Malvar – [email protected] – Salvador/BA

- Núcleo de Oncologia da Bahia

Resumo: Introdução: Embora tenha seus benefícios reconhecidos no

tratamento de diversos tipos de neoplasias, a cisplatina tem seu uso limitado

pelas suas reações adversas, comprometendo a eficácia do tratamento.

Objetivo: Discutir a atuação do farmacêutico em Oncologia, tendo em vista a

garantia da segurança de pacientes em tratamento com cisplatina. Método:

Revisão integrativa de literatura, com seleção de artigos publicados nas bases de

dados Pubmed, Scielo e Lilacs, entre 1980 e 2015. Excluíram-se avaliações de

teses e artigos de revisão/debate, que descreviam toxicidades de outros

antineoplásicos e que retratavam a farmacovigilância no âmbito geral, obtendo-

se 35 artigos. Resultados: O papel do farmacêutico na equipe multiprofissional

vem se tornando essencial na prevenção e tratamento de toxicidades

apresentadas pelos pacientes. Nos protocolos com cisplatina, deve-se analisar,

entre outros aspectos, o grau de hidratação, uso de diuréticos e reposição

eletrolítica, importantes para redução de nefrotoxicidade. A avaliação da pré-

quimioterapia torna-se fundamental na prevenção de náuseas e vômitos,

devido ao alto potencial emetogênico da cisplatina. A profilaxia da mucosite oral

e a minimização de seus danos são realizadas pelo farmacêutico, durante o

acompanhamento. A sinalização à equipe médica, para efetuar a conduta

adequada, e a orientação ao paciente quanto aos cuidados na escovação, uso

de enxaguantes bucais sem álcool, redução de alimentos ácidos e salgados e

crioterapia oral reduzem, de forma efetiva, o risco de ocorrência e/ou

progressão dessa toxicidade. O manejo/monitoramento da ototoxicidade pode

ocorrer em parceria com o paciente, orientando-o a sinalizar qualquer grau de

perda auditiva e ocorrência de zumbidos para que, nova avaliação seja realizada

e condutas clínicas sejam adotadas. Conclusão: De forma ampla, o manejo de

toxicidades inicia-se desde a análise da prescrição até o acompanhamento do

paciente. Esta atuação pode reduzir e prevenir possíveis eventos adversos

secundários a cisplatina e promover melhor adesão e reposta ao tratamento

proposto.

O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO MANEJO DE TOXICIDADES

RELACIONADAS À CISPLATINA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

32

Page 33: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 093

Autores: 1 -Amanda Valle Pinhatti- [email protected] – Porto

Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 2 - Candida Saldanha Fabris -

[email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 3 -

Luana Christine Comerlato - [email protected] - Porto Alegre/RS -

Hospital Moinhos de Vento, 4- Dauana Pitano Eizerik-dauana.eizerik@

hmv.org.br- Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 5- Marinalda

Predebon [email protected] - Porto Alegre/RS - Hospital

Moinhos de Vento, 6-Melissa Oliveira Echevengua- melissa.echevengua@

hmv.org.br-- Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento, 7- Rosana Oliveira

de [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital Moinhos de

Vento, 8- Aline Frossard Ribeiro [email protected] Porto

Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento

Resumo: Introdução: O alto risco inerente ao processo de preparo e

administração de medicamentos quimioterápicos (QT) exige a garantia de

segurança, contudo estruturas hospitalares não possuem um modelo padrão

para obtenção da segurança dos processos, sendo necessário a criação e

implementação de barreiras adaptadas a realidade de cada instituição. Objetivo

:Apresentar as principais barreiras de segurança desenvolvidas em um hospital

privado no processo de preparo e administração de quimioterápicos.

Metodologia: Descrição das ações implementadas visando a segurança no

preparo e administração de quimioterápicos. Resultados: Foi desenvolvido um

e-mail, cujo gatilho é a prescrição de um medicamento QT, que serve como

alerta para o farmacêutico priorizar sua atenção para avaliação detalhada desta

prescrição, leitura de prontuário, avaliação de exames laboratoriais e

preenchimento da ficha de acompanhamento farmacoterapêutico, na qual,

após contato com o médico prescritor ou assistente, são confirmadas

informações do protocolo e dos medicamentos. Caso falte alguma informação

na prescrição, o farmacêutico poderá, sob ciencia do médico, transcrever e

incluir na prescrição, após realização do read-back. Nesse momento é

preenchida a primeira parte de um check list mutiprofissional pré-administração

de QT. Após um segundo farmacêutico é contatado para verificação de

autorizações ou termos de não cobertura do convênio e então é combinado

com a enfermagem o horário de administração e encaminhado para o preparo.

Cálculos e rótulos são duplamente checados, sendo cada etapa registrada pelo

responsável no check list. O medicamento preparado é enviado para farmácia

central para nova conferência, sendo então encaminhado juntamente com o

check list para unidade. Antes da administração é realizada nova conferência

pela enfermagem. Conclusão: Com as barreiras implementadas para garantir a

segurança no processo de QT, não foram evidenciados eventos graves ou

sentinelas relacionados a esse processo.

ID 094

Autores: Crislayne Bontorin, [email protected], Curitiba, Paraná,

Residente em Farmácia Oncológica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer,

Hospital Erasto Gaertner. Thais Abreu de Almeida, [email protected],

Curitiba, Paraná, Oncologia Clinica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer,

Hospital Erasto Gaertner. José Claudio Casali da Rocha, casalidarocha@

gmail.com, Curitiba, Paraná, Oncogenética - Liga Paranaense de Combate ao

Cancer, Hospital Erasto Gaertner. Jeanine Marie Nardin, [email protected],

Curitiba, Paraná, Coordenadora de Pesquisa Clinica - Liga Paranaense de

Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner.

Resumo: O câncer de mama é a causa mais frequente de morte de mulheres

entre 35 e 54 anos, sendo o segundo tipo de câncer com maior frequência no

mundo, representando 22% dos novos casos a cada ano. Quanto ao câncer de

mama, entre 5 e 10% de todos os casos estão relacionados à danos genéticos

hereditários, ou seja, mutações herdadas no momento da concepção do

CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE BARREIRAS DE SEGURANÇA NO

PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS

HISTÓRICO FAMILIAR DE CÂNCER EM PACIENTES COM CÂNCER DE

MAMA EM UMA INSTITUIÇÃO ONCOLÓGICA DE CURITIBA - PR

indivíduo e que apresentam forte correlação com diagnóstico em idade precoce

(inferior aos 45 anos) e origem racial. A história familiar de câncer de mama é um

fator importante que tem relevância direta para o rastreio, prevenção e

tratamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o histórico familiar de câncer de

pacientes com câncer de mama de um hospital oncológico e determinar os

possíveis casos candidatos a terapia alvo farmacológica. Após a análise dos

dados, foi construído um heredograma para as pacientes com idade inferior a 45

anos e que confirmaram histórico de câncer na família (1º e 2º grau de

parentesco). Foram avaliadas 162 pacientes, apresentando idade entre 28 e 85

anos, 121 pacientes apresentaram casos de câncer na família, sendo 26 delas

pacientes com idade igual ou inferior a 45 anos (16,1% do total de casos).

Quando avaliados casos familiares apenas com parentesco de 1º grau, 86

pacientes apresentaram casos de câncer na família, sendo 14 delas com idade

igual ou inferior a 45 anos (8,6% do total de casos) e referente ao parentesco de

2º grau, 83 apresentaram algum caso na família, sendo 20 delas pacientes com

idade igual ou inferior a 45 anos (12,3% do total de casos). É importante ressaltar

que a detecção precoce do câncer de mama é crucial para a eficácia da terapia

alvo, oferecendo uma boa chance de recuperação e redução da mortalidade

por câncer de mama.

ID 095

Autores: Pryscila Martins Rangel da Cruz, [email protected], Rio

de Janeiro - RJ, Grupo COI

Antonio Carlos Macedo de Sá, [email protected], Rio de

Janeiro - RJ, Grupo COI

Resumo: Introdução E Objetivos: A crescente incorporação de novas

tecnologias no processo de produção de medicamentos oncológicos eleva seus

custos. Assim com o passar dos anos, os novos medicamentos tem representado

uma fatia expressiva dos recursos utilizados na oncologia. Com esse impacto

financeiro, torna-se cada vez mais importante o rigoroso gerenciamento desses

medicamentos na farmácia de manipulação. No processo de manipulação de

medicamentos, as perdas por estabilidade após abertura dos frascos

representam o maior prejuízo aos estabelecimentos de saúde. A otimização da

abertura de frascos reduz significativamente uma possível perda financeira.

Nesse trabalho foi utilizada a ferramenta da Qualidade Diagrama de Pareto com

o objetivo de avaliar as perdas de medicamentos por estabilidade em uma

instituição oncológica de grande porte e para definir a priorização das ações.

Materiais E Métodos: Nessa instituição as perdas de medicamentos

oncológicos são registradas no sistema de gestão informatizado. Todos os

registros de 2015 foram analisados. As perdas foram agrupadas por

medicamento e os valores foram multiplicados pelo custo médio

correspondente. Os resultados foram ordenados de maneira decrescente para

gerar o gráfico. Resultados: Nesse período 64 medicamentos tiveram perda

por estabilidade. 20,31% dos medicamentos foram responsáveis por 83,94% das

perdas. Discussão: A ferramenta da Qualidade utilizada foi um instrumento de

fundamental importância para a análise pois a partir dela foi possível identificar

quais medicamentos foram responsáveis pela maior parte das perdas por

estabilidade. Desse modo as ações para diminuição das perdas podem ser

priorizadas resultando num direcionamento estratégico para a solução do

problema. Conclusão: Conclui-se que o uso de ferramentas da Qualidade

(Diagrama de Pareto) tem grande importância na análise de perdas de

medicamento e deve ser utilizada para aprimorar os processos internos, tais

como otimização de agendamento de tratamentos e utilização de estudos de

estabilidade estendida.

APLICAÇÃO DE FERRAMENTA DE QUALIDADE NO CONTROLE DE PERDAS

DE MEDICAMENTOS POR ESTABILIDADE

33

Page 34: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 096

Autores: Álvaro Nobre Machado, [email protected],

Salvador, BA, Clínica AMO,

Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO

Ana Cláudia C. Vasconcelos, [email protected],

Salvador, BA, Clínica AMO

Resumo: Objetivo: Caracterizar o perfil de reações infusionais associadas ao

Docetaxel e avaliar o uso de Difenidramina como fator protetor para as reações

de hipersensibilidade em um serviço privado de Terapia Antineoplásica.

Métodos: Foram coletados e analisados dados de reação infusional (RI) ao

Docetaxel e do uso de Difenidramina profilático, através de análise retrospectiva

de prontuários eletrônicos de pacientes que realizaram infusão de Docetaxel

entre Janeiro/2013 e Junho/2015. Os dados foram analisados no Microsoft Office

Excel®. Resultados: Foram avaliados dados de 510 infusões de Docetaxel

referentes a 109 paciente, dos quais, 25 (22,9%) apresentaram reação infusional

(RI) associada ao Docetaxel. 4 (36,3%) dos pacientes que apresentaram RI

haviam utilizado Difenidramina profilático, enquanto que, dos 98 pacientes que

não fizeram uso de Difenidramina, 21 (21,4%) cursaram com RI ao Docetaxel,

entretanto essa diferença não foi estatisticamente significativa. Houve maior

incidência de reações cardiovasculares (34,8%), respiratórias (23,2%) e álgicas

(23,2%). As principais RIs foram rubor (15,9%), dor (15,9%), hiperemia (11,6%),

dispnéia (11,6%), edema de glote (5,8%) e opressão torácica (4,3%). Dos

pacientes com RI ao Docetaxel, 40% apresentaram hipersensibilidade em duas

ou mais infusões e em 4 pacientes essas RI levaram a interrupção do tratamento.

Discussão: A literatura descreve que o Docetaxel provoca reações de

hipersensibilidade com frequência de 30% e que estas podem ser reduzidas

para 2,5% se houver redução da velocidade de infusão e utilização de pré-

medicamentos adequados com corticóides e anti-histamínicos. Na Instituição, o

Docetaxel é diluído em um volume mínimo de 250 mL e infundido durante 1h,

conforme recomendação em monografia. Ainda, os pacientes receberam dose

de corticóide no dia anterior e no dia da infusão de Docetaxel, o que minimiza o

risco de RI.

ID 097

Autores: Álvaro Nobre Machado, [email protected],

Salvador, BA, Clínica AMO,

Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO

Ana Cláudia C. Vasconcelos, [email protected],

Salvador, BA, Clínica AMO

Resumo: Introdução: Paclitaxel é um agente antineoplásico que exerce sua

ação citotóxica através da agregação das tubulinas na formação e estabilização

dos microtúbulos, inibindo sua despolimerização e bloqueando a divisão celular

na fase de metáfase. Tem indicação para o tratamento de câncer de mama,

câncer de pulmão não pequenas células, câncer de próstata, câncer de ovário,

gástrico, cabeça e pescoço, pâncreas e sarcomas de partes moles. A neuropatia

periférica induzida por paclitaxel pode manifestar-se como alterações

sensoriais, caracterizadas por parestesia/disestesia e dor. Estes sintomas podem

ser incapacitantes, afetando as atividades diárias e a qualidade de vida dos

pacientes e podem se tornar crônicos em alguns indivíduos, manifestando-se

por meses ou anos após a interrupção do tratamento. Relato: Paciente 78 anos,

PERFIL DE REAÇÃO INFUSIONAL ASSOCIADA AO DOCETAXEL E O USO DE

DIFENIDRAMINA COMO FATOR PROTETOR PARA DE REAÇÕES DE

HIPERSENSIBILIDADE.

FARMACOVIGILÂNCIA NA DETECÇÃO PRECOCE DE NEUROPATIA

PERIFÉRICA INDUZIDA POR PACLITAXEL: RELATO DE CASO

sexo feminino, teve diagnóstico de neoplasia maligna de mama RE/RP (-),

cerbB2 (+) em 2008, realizando tratamento com esquema TCH neoadjuvante

seguido de Trastuzumabe adjuvante. Teve recidiva em plastão e linfonodo

cervical em 2011, sendo realizado tratamento com Capecitabina e Lapatinibe ate

2013, porém evoluindo com nova progressão. Iniciou novo tratamento com

Trastuzumabe e Vinorelbina em setembro/2013, com excelente resposta,

seguido de manutenção com Trastuzumabe até novembro/2014. Cursou com

nova progressão de doença a nível torácico e cervical, com dor, dificuldade de

inspiração e edema de MSD. Foi iniciado tratamento com esquema Paclitaxel,

Trastuzumabe e Pertuzumabe em dezembro/2014 e sendo o Pertuzumabe um

medicamento no Brasil, a paciente ficou sendo acompanhada pelo serviço de

Farmacovigilância da AMO. Apresentou resposta clínica importante já em

Janeiro/2015, sem grandes toxicidades, porém com queixa de neuropatia

sensorial periférica leve a partir da terceira infusão de Paclitaxel. Evoluiu em

Março/2015 com piora importante da neuropatia que foi sinalizado pela

Farmacovigilância à Farmácia Clínica, que entrou em contato com a médica

assistente solicitando redução da dose para prevenir a evolução da neuropatia,

entretanto como a paciente já apresentava resposta clínica importante foi

optado por suspensão do Paclitaxel. Paciente realizou mais 03 ciclos de

Pertuzumabe e Trastuzumabe, cursando com resolução completa da

neuropatia. Conclusão: O monitoramento da paciente pela Farmacovigilância

permitiu a identificação precoce da toxicidade associada ao tratamento e

intervenção profilática da Farmácia Clínica, diminuindo o risco altamente

provável que a paciente possuía de desenvolver uma neuropatia periférica

severa e crônica, que geralmente leva meses ou até anos para se resolver

completamente.

ID 098

Autores: Álvaro Nobre Machado, [email protected],

Salvador, BA, Clínica AMO, Danielle Souza, [email protected],

Salvador, BA, Clínica AMO, Ana Cláudia C. Vasconcelos, anaclaudiacavalcante@

clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO, Rafael Oliveira, rafaeloliveira@

clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO, Everton Fiaes, evertonfiaes@

clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO

Resumo: Objetivo: Evidenciar a importância do profissional farmacêutico na

realização de validação da prescrição como barreira efetiva na prevenção de

erros/danos ao paciente. Materiais e métodos: A metodologia utilizada foi um

estudo transversal, através de uma pesquisa descritiva e quantitativa com base

no levantamento de dados referente às prescrições validadas entre janeiro/2014

e dezembro/2014. O estudo foi realizado no Serviço de Farmácia da Clínica AMO

(Assistência Multidisciplinar em Oncologia) localizada na cidade de Salvador –

BA. Resultados: Foram validadas 15.121 (100%) prescrições em 2014, com um

índice de 703 (4,6%) de não conformidades encontradas. Dentre essas não

conformidades, 20% foram classificadas como erro grave, 27% intermediários e

52% leves. Discussão: O erro grave é aquele que, a não realização da

intervenção farmacêutica imediata, poderá causar evento sentinela, como:

liberação de medicamento errado, dose errada, tratamento duplicado e

intervalo errado; Erro intermediário é aquele que não causa impacto imediato,

mas poderá levar a um erro grave no futuro, como: erro na contagem de ciclos e

liberação de uma prescrição já utilizada; Erro leve é aquele que não causa

impacto no tratamento, mas a falha da informação pode induzir a equipe a um

erro grave. Em todas as prescrições com potencial risco de nier miss, a

intervenção farmacêutica evitou um possível dano imediato ao paciente. O

baixo índice de prescrição não conforme, provavelmente é resultante da

comunicação efetiva com o Gerenciamento de Risco e ações de melhoria no

processo de cuidado. Conclusão: É importante salientar que, apesar de todas as

prescrições serem informatizadas e parametrizadas, o que diminui

significativamente os erros, não impossibilita que os mesmos aconteçam. Desta

forma, a presença do Farmacêutico na equipe multidisciplinar da terapia

antineoplasica, bem como, sua atuação na realização de validação da prescrição

constitui barreira efetiva na minimização e prevenção de dano ao paciente.

VALIDAÇÃO DA PRESCRIÇÃO MÉDICA: O FARMACÊUTICO COMO

BARREIRA EFETIVA NA PREVENÇÃO DE ERROS RELACIONADOS A

MEDICAMENTOS

34

Page 35: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

ID 099

Autores: 1 – Bruno Simas da Rocha – [email protected] – Porto Alegre/RS –

Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

2 – Fernanda Rossatto Machado – [email protected] - Porto Alegre/RS –

Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

3 – Joice Zuckermann – [email protected] - Seção de Farmácia Clínica

do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

4 – Ricardo Soares Gioda – [email protected] - Seção de Farmácia Clínica do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

5 – Ricardo Moresco Zucco – [email protected] - Porto Alegre/RS –

Centro de Informações sobre Medicamentos – Seção de Farmácia Clínica do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

6 – Maitê Telles dos Santos – [email protected] - Seção de Farmácia Clínica

do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

7 – Daniel Fasolo - [email protected] – Central de Misturas Intravenosas do

Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

8 – Juliana Didonet – [email protected] – Central de Misturas Intravenosas

do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Resumo: Introdução: A Farmacovigilância é uma parte importante da farmácia

clínica que visa detecção, avaliação, e prevenção de efeitos adversos e

problemas relacionados a medicamentos, incluindo Reações Adversas a

Medicamentos (RAM). Os antineoplásicos são medicamentos considerados de

alta vigilância por apresentarem elevado potencial de desenvolvimento de RAM

podendo causar dano ao paciente, devido ao mecanismo citotóxico de diversos

agentes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar as notificações de RAM

envolvendo antineoplásicos. Metodologia: Estudo descritivo transversal, em

que foram avaliadas as RAMs notificadas para o Programa de Farmacovigilância

de um Hospital Terciário Universitário do sul do Brasil, no período de

janeiro/2014 a dezembro/2015. As RAMs foram classificadas de acordo com a

causalidade utilizando o algoritmo de Naranjo, previsibilidade pelos critérios de

Rawlins e Thompson e gravidade conforme critérios da OMS. Resultados:

Foram notificadas 80 RAMs no período, sendo 73,8% por farmacêuticos. As

classes farmacológicas mais envolvidas foram: alcaloides da vinca (28,2%),

antimetabólitos (17,9%) e agentes alquilantes (15,4%). Os medicamentos mais

prevalentes nas notificações foram: vincristina (11,3%), paclitaxel (8,8%),

citarabina (7,5%), metotrexato (7,5%) e rituximabe (7,5%) As RAMs mais

notificadas foram farmacodermia (16,3%), hipersensibilidade (12,8%) e

neurotoxicidade (8,1%). Quanto à causalidade, 57,5% era provável, 18,8%

possível e 7,5% definida. Quanto à previsibilidade, 73,8% eram tipo A e 11,3% tipo

B. Entre as RAMs notificadas, 37,5% eram de gravidade moderada, 33,8% grave

e 12,5% leve. Em 36,3% dos casos o medicamento seguiu sendo administrado,

necessitou de tratamento específico para a RAM e não necessitou ser

interrompido. Conclusão: O perfil de RAMs notificadas e os antineoplásicos

envolvidos corroboram com achados da literatura que relatam elevada

incidência de RAM nestas classes e sistemas. O estudo sugere a importância da

inserção do farmacêutico clínico neste contexto e de treinamentos para a equipe

de saúde para redução da subnotificação de RAM e melhoria da segurança do

paciente.

ANÁLISE DE NOTIFICAÇÕES DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS

ENVOLVENDO ANTINEOPLÁSICOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

TERCIÁRIO

ID 101

Autores: Ana Cláudia C. Vasconcelos, anaclaudiacavalcante@

clinicaamo.com.br, Salvador, BA, Clínica AMO

Álvaro Nobre Machado, [email protected], Salvador, BA, Clínica

AMO

Danielle Souza, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO

Pablicio Nobre, [email protected], Salvador, BA, Clínica AMO

Resumo: Objetivo: Analisar os dados de suspeita de reação adversa a

medicamento (RAM) do Serviço de Farmacovigilância de uma Clínica de

Oncologia de Salvador, durante o período de 2013 a 2015. Materiais e

métodos: Foi realizado analise retrospectiva dos dados de suspeita de RAM,

obtidas através do Formulário de Notificação, busca ativa em prontuário

eletrônico e, a partir de 2015, através de extração de dados do formulário

eletrônico de graduação de toxicidade. Resultados: Foram recebidas 14

notificações em 2013, 103 em 2014 e 803 durante o primeiro semestre de 2015.

Em 2013 e 2014, os enfermeiros foram responsáveis por 64,3% e 60,7% das

notificações. Em 2015, há uma mudança deste perfil e o profissional

farmacêutico configurou como principal notificador, 94,7%. Discussão: Ao

analisar o quantitativo de suspeitas de RAM observa-se uma discrepância

relevante entre os anos. Em 2013, o Serviço de Farmacovigilância foi implantado

na clínica, com elaboração de fluxos de recebimento e avaliação das

notificações, bem como padronização de formulário de notificação institucional.

Em 2014, o Serviço passou por um processo de reestruturação, com

implementação de ações de incentivo a notificação espontânea, validação da

suspeita de Reação Adversa, notificação das reações validadas ao órgão

sanitário, busca ativa de suspeitas de reações a medicamentos novos. Em 2015, o

número de notificações, de janeiro a junho, atingiu um número 8 vezes maior

que no ano anterior. Este aumento foi reflexo de novas medidas de melhorias,

contratação de um farmacêutico destinado às ações de Farmacovigilância,

formulário informatizado de graduação de toxicidade, novas campanhas de

incentivo a notificação e monitorização dos pacientes que apresentaram RAM.

Conclusão: A estruturação de um serviço de famacovigilância, permite

identificar perfil de RAM, e conseqüentemente, melhorar o foco das equipes na

linha de cuidado, detectar precocemente RAM, e realizar intervenções, com

intuito de prevenir reações graves e irreversíveis.

ID 104

Autores: Jeanine Marie Nardin, [email protected], Curitiba, Paraná,

Coordenadora de Pesquisa Clinica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer,

Hospital Erasto Gaertner.

Evelyn Castillo Lima Vendramini, [email protected], Curitiba, Paraná,

Residente em Farmácia Oncológica - Liga Paranaense de Combate ao Cancer,

Hospital Erasto Gaertner.

Solane Picolotto, [email protected], Curitiba, Paraná, Farmacêutica -

Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto Gaertner.

José Claudio Casali da Rocha, [email protected], Curitiba, Paraná,

Oncogenética - Liga Paranaense de Combate ao Cancer, Hospital Erasto

Gaertner.

Resumo: A terapia endócrina em pacientes com câncer de mama positivas para

o receptor de estrogênio reduz as taxas de recorrência e mortalidade, sendo o

tamoxifeno a principal opção para mulheres em pré e pós menopausa. Contudo,

a má adesão ao tratamento e os polimorfismos da enzima CYP2D6 podem estar

relacionados à piores desfechos clínicos. O objetivo deste estudo foi relacionar a

adesão ao tratamento com tamoxifeno com os níveis séricos do mesmo e seus

metabolitos, assim como com os polimorfismos do gene CYP2D6 em mulheres

ACOMPANHAMENTO DE SUSPEITAS REAÇÕES ADVERSAS A

MEDICAMENTOS EM UM SERVIÇO PRIVADO DE ONCOLOGIA: UMA

ABORDAGEM DA FARMACOVIGILÂNCIA

ASSOCIAÇÃO ENTRE ADESÃO AO TRATAMENTO COM TAMOXIFENO

COM O GENÓTIPO E FENÓTIPO DE METABOLIZAÇÃO DO MESMO EM

PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA

35

Page 36: 20, 21 e 22 de maio de 2016 Centro Sul

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

com câncer de mama. Foi realizado estudo prospectivo para determinar a

adesão ao tratamento com tamoxifeno. Esta foi avaliada em 143 pacientes pelo

método Morisky (MMAS-4) aos 3, 6 e 12 meses de tratamento, assim como pela

taxa de posse da medicação (MPR). Os dados de adesão foram relacionadas

com as concentrações séricas de tamoxifeno, (Z)-4-OH-tamoxifeno e (Z)-

endoxifeno determinadas aos 3 e 6 meses de tratamento por LC-MS e ao

genótipo do CYP2D6 avaliado através de 9 alelos determinados por MALDI-TOF.

Conforme MMAS-4, 62%, 68% e 71% das pacientes apresentaram alta adesão (3,

6 e 12 meses respectivamente), e ¼ delas apresentaram adesão impropria nos 3

momentos avaliados. Consistência foi observada entre os 3 e 6 meses (p=0,046)

e uma redução na adesão foi verifica de 6 para 12 meses. Apesar de 5% dos

pacientes serem considerados não-aderentes por MPR, não foi observada

relação com MMAS-4. Nenhuma correlação entre adesão e níveis séricos

testados foi verificada, embora possam haver fatores de confusão relacionados

aos genótipos e ao tamanho amostral. A performance do MMAS-4 em

pacientes de baixa escolaridade e melhor correlação com a literatura fazem este

mais viável à rotina da instituição. A realização de intervenções diretas e de

ajustes de dose conforme genótipo do CYP2D6 podem melhorar a adesão assim

como os desfechos clínicos.

ID 106

Autores: 1-Luana Christine Comerlato - [email protected] - Porto

Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento

2- Amanda Valle Pinhatti- [email protected] – Porto Alegre/RS -

Hospital Moinhos de Vento

3- Candida Saldanha Fabris - [email protected] - Porto Alegre/RS -

Hospital Moinhos de Vento

4- Dauana Pitano [email protected] Porto Alegre/RS -

Hospital Moinhos de Vento

5- Giselle Calovi Pratini- [email protected]– Porto Alegre/RS - Hospital

Moinhos de Vento

6- Rosana Oliveira de [email protected] Porto Alegre/RS -

Hospital Moinhos de Vento

7- Raquel Pereira Vieira- [email protected] Porto Alegre/RS - Hospital

Moinhos de Vento

8- Aline Frossard Ribeiro [email protected] Porto

Alegre/RS - Hospital Moinhos de Vento

Resumo: Introdução: Erros de medicação são constantemente relatados na

literatura médica e, por vezes, banalizados. Contudo, as não conformidades

presentes nas prescrições de quimioterapia podem ser irremediáveis devido à

complexidade desse processo. A presença do farmacêutico na equipe

multidisciplinar de quimioterapia agrega mais uma barreira na redução de falhas

na prescrição de antineoplásicos. Objetivo : analisar as intervenções feitas por

farmacêuticos clínicos realizadas no ano de 2015 em prescrições de

quimioterapia. Metodologia: A análise de prescrições foi realizada diariamente

com avaliação dos seguintes parâmetros: protocolo (dose, via de administração,

freqüência, tempo de infusão/ gotejo, tempo de tratamento, compatibilidade e

estabilidade) inconsistências nas prescrições, incompatibilidades físico-

químicas/estabilidade da solução. A partir dessa avaliação, os problemas

relacionados aos medicamentos foram classificados, bem como as intervenções

farmacêuticas resultantes, conforme rotina de farmácia clínica do hospital.

Resultados: Durante o estudo, um total de 1030 prescrições validadas e foram

realizadas 139 intervenções farmacêuticas. Os medicamentos mais prescritos

neste período foram Ciclofosfamida e Fluorouracila. As não conformidades

verificadas contemplam: Diluição de medicamentos (25,18%), Suspensão de

medicamentos (15,10%), Tempo de infusão/gotejo (10,07%), Compatibilidade de

medicamentos (7,2%), Inclusão de medicamento/ diluente (5,04%) e

Duplicidade terapêutica (2,9%). Conclusão: A adequação de um sistema de

validação da prescrição de antineoplásicos realizada por farmacêuticos garante

a segurança e qualidade do tratamento do paciente oncológico.

INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS EM PRESCRIÇÕES DE QUIMIOTERAPIA

DE UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTO DE PORTO ALEGRE-RS

ID 107

Autores: 1 - Ana Claudia de Almeida - [email protected] - São José

do Rio Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio

Preto/SP;

2 - Débora Sanches Comar - [email protected] – São José do Rio

Preto/SP - Fundação Regional de Medicina de São José do Rio Preto/SP;

3 - Jaqueline Correa de Souza - [email protected] – São José do Rio

Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio

Preto/SP;

4 - Julia Florêncio Mega - [email protected] – São José do Rio Preto/SP -

Fundação Faculdade Regional de medicina de São José do Rio Preto/SP;

5 - Regina Maura Oliveira Mazetto - [email protected] - São José do Rio

Preto/SP - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio

Preto/SP;

Resumo: Introdução: O câncer é uma das patologias que vem atingindo

drasticamente a população mundial, sendo uma das doenças crônicas não

transmissíveis que mais causam óbitos no mundo. Com a evolução das

tecnologias farmacêuticas, hoje existem tratamentos que podem levar à cura do

paciente, priorizando a qualidade de vida do mesmo. Os agentes

antineoplásicos são divididos em classes e cada medicamento necessita que

haja a terapia individualizada do paciente, visando a necessidade e limitações do

mesmo. Erro de medicação é algo que ocasiona dano temporário ou irreversível

ao paciente, pelo uso inadequado do mesmo, ou mesmo pela ausência da

medicação. Objetivo: O estudo se baseia na análise de prescrições, com o

intuito de prevenir os erros de medicações, e realização de comparativo com

trabalho publicado anteriormente na instituição, sendo assim, mensurado o

trabalho na farmácia clínica e garantindo assistência de excelência ao paciente,

evitando que divergências encontradas nas prescrições cheguem ao usuário

final. Metodologia: Foram analisadas 9300 prescrições, do período de março a

dezembro de 2015, A análise baseou-se em literaturas e protocolos da

instituição. Resultados: Das prescrições analisadas, 364 (4%) apresentaram

divergências de prescrições, sendo 430 erros: dose 185 (43%), volume 47 (11%),

apresentação 28 (6%), tempo de infusão 71 (16%), frequência 41 (10%), omissão

de fármaco 28 (7%) e outros 30 (7%). Conclusão: Os resultados apresentados

em 2014, no mesmo período, apresentaram valor inferior aos apresentados

recentemente. Concluiu-se que, devido a grande rotatividade do corpo clínico

de residentes, as divergências são constantes. Cabe a equipe multidisciplinar o

trabalho de monitorização das prescrições constantes, evitando assim perdas

financeiras e prejuízo ao paciente.

ID 108

Autores: Orenito Simão Borges Júnior, e-mail: [email protected], São

Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês.

Caroline Gonçalves Benvenutti, e-mail: [email protected], São

Paulo – SP, Hospital Sírio Libanês.

Resumo: Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis tornam-se

protagonistas na preocupação da sociedade atual. É neste cenário que vem se

destacando as neoplasias malignas. O câncer seguindo sua própria lógica tem

aumentado de forma desordenada, atingindo os mais variáveis tipos de

populações e batendo o recorde de audiência, se espalhando por diversas

regiões do Brasil e do mundo. Objetivo: Avaliar características regionais e os

desdobramentos envolvidos nas internações hospitalares decorrentes do câncer

na última década no Brasil. Comparando Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e

Centro-Oeste quanto ao número de internações, o valor médio de cada uma

delas. Método: Estudo longitudinal comparativo com abordagem quantitativa

de dados secundários oriundos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS

ANÁLISE DE PRESCRIÇÕES ONCOLÓGICAS EM UM COMPLEXO

HOSPITALAR DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR NEOPLASIAS MALIGNAS NO

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO: UMA ANÁLISE

MACRORREGIONAL DA ÚLTIMA DÉCADA.

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

de 2006 a 2015. Resultados: Considerando o número total de internações no

Brasil, é possível verificar que o Sudeste destaca-se consideravelmente quando

calculamos a média do número de internações dos últimos dez anos (213.754) e

comparamos com a média total de internações registradas no Brasil (468.102),

ocupando cerca de 45,66% do total de hospitalizações. Quanto às outras

regiões, foi possível elenca-las pela média de internações por década, na qual a

região Sul assume o segundo lugar (109.455 internações), seguida da Nordeste

(98.088), Centro Oeste (31.310) e por fim, Norte (17.506) que representou apenas

cerca de 3,74% da média nacional. Quanto ao valor médio de internações, por

ano e região, os valores mais altos foram observados na Região Sudeste desde

2006, mantendo-se acima do valor médio nacional calculado para última

década em R$1.642,64. Em contrapartida, a Região Norte apresentou valores de

aproximadamente 23,27% abaixo da média nacional neste mesmo período.

Conclusão: Os dados apresentados permitem uma reflexão sobre a atenção à

saúde que vêm sendo prestada no Brasil. Indicando, possivelmente, para

diferenças de acesso e oportunidades à assistência hospitalar entre as

macrorregiões de saúde do Brasil.

ID 109

Autores: Acássio Alves de Sá, [email protected], Montes Claros, MG.

Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes Claros.

Viviannie Amélia de Aquino Cardoso, [email protected], Montes

Claros, MG. Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes

Claros.

Jamille Fernandes Lula, [email protected], Montes Claros, MG.

Universidade Estadual de Montes Claros.

Resumo: Introdução: O tratamento antineoplásico contempla uso de

medicamentos de estreita faixa terapêutica, que aliada à complexidade dos

protocolos quimioterápicos se torna potencialmente perigosos e propensos a

erros de medicação graves e fatais. Por conseguinte, exige maior atenção de

toda a equipe multiprofissional, incluindo o farmacêutico na análise e validação

da prescrição médica oncológica. Objetivo: Evidenciar a atuação do

farmacêutico na validação da prescrição oncológica como ferramenta de

segurança na prevenção de erros de medicação dentro da equipe

multidisciplinar de terapia antineoplásica. Método: Trata-se de uma pesquisa de

levantamento bibliográfico de artigos publicados nas bases eletrônicas de dados

LILACS, MEDLINE e SCIELO. Os unitermos “análise prescrição médica”,

“farmacêuticos”, “antineoplásicos”, “prevenção de erros”, “oncologia” e

“farmácia” foram cruzados e filtrados com auxilio da expressão and. Resultados:

Foram localizados 27 artigos para análise e discussão. Os trabalhos em sua

maior parte retrataram erros de medicação como tema principal, outros frisaram

a atuação da equipe multidisciplinar de oncologia e o papel do farmacêutico na

análise de prescrições médicas. A prevenção de erros de medicação também foi

bastante discutida, demonstrando os benefícios da utilização de novas

tecnologias como o uso de prescrições eletrônicas. Conclusão: Verificou-se que

o farmacêutico desenvolve um papel essencial no serviço de tratamento do

câncer, especialmente quando se refere à validação da prescrição médica que

tem como objetivo garantir o tratamento medicamentoso conforme protocolo

clínico proposto, além de assegurar a qualidade e uso racional dos

medicamentos utilizados pelo paciente. Dessa forma, a validação farmacêutica

possui uma ação preventiva e assertiva, que visa à efetividade da

farmacoterapêutica e segurança do paciente.

A IMPORTÂNCIA DA VALIDAÇÃO FARMACÊUTICA DA PRESCRIÇÃO

ONCOLÓGICA PARA SEGURANÇA DO PACIENTE: UMA REVISÃO DE

LITERATURA

ID 110

Autores: Acássio Alves de Sá, [email protected], Montes Claros, MG.

Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes Claros.

Viviannie Amélia de Aquino Cardoso, [email protected], Montes

Claros, MG. Irmandade Nossa Senhora das Mercês/Santa Casa de Montes

Claros.

Resumo: Introdução: O tratamento quimioterápico é realizado conforme

protocolos aprovados por entidades reconhecidas e na maioria deles são

complexos e de difícil interpretação, que em qualquer uma das etapas do

processo de terapêutico podem ocorrer falhas e erros, que poderão ser graves.

A educação continuada, reciclagem e treinamentos dos profissionais são

importantes estratégias na prevenção de erros de medicação, mas, o

investimento em novas tecnologias como a implantação de um sistema

personalizado de prescrição médica eletrônica oferece também muitas

vantagens à instituição. Objetivo: Discutir como os sistemas informatizados de

prescrições padronizadas conforme protocolos quimioterápicos podem

favorecer a qualidade e segurança ao paciente em quimioterapia. Métodos:

Realizou-se uma revisão de literatura bibliográfica com base em estudos

científicos sobre o referido tema, utilizando como instrumento de pesquisa, as

bases eletrônicas de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO. Resultados: A

informatização permite a padronização de prescrições médicas baseadas nos

protocolos aprovados pela equipe multidisciplinares. Descrevem-se como

principais contribuições: cálculo automático de superfície corpórea e doses;

garantia de prescrição de todos os antineoplásicos e medicações suporte, assim

como seus diluentes apropriados; solicitação automática de agendamentos

conforme intervalos dos protocolos; e elaboração automática dos rótulos. Desta

forma, há uma minimização de ocorrência de erros e melhoria da gestão,

especialmente para o farmacêutico no processo de validação da prescrição

médica e acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes. Conclusão:

Sistemas informatizados permitem a inserção de protocolos quimioterápicos

institucionais, diminuem omissões de dados, reduz probabilidades de erros

através de barreiras eficazes e padroniza processos. Contudo, essas informações

necessitam ser acompanhadas e validadas pelo farmacêutico, que deve atentar

também para outras possibilidades de erros e assegurar junto à equipe de

informática a acessibilidade limitada para alterações de dados.

ID 112

Autores: Carla Cruz Garcia – [email protected] – São Paulo/SP –

Hospital Santa Paula; Carla Fernandes – [email protected] -

São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Tamires de Jesus Pereira –

[email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Luana Martins

Carrasqueiras – [email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula;

Resumo: Introdução: A terapia antineoplásica parenteral está cada vez mais

complexa, envolvendo o uso de diversos fármacos antineoplásicos e suporte.

Esta complexidade aumenta o risco de erros em todas etapas de uso. Estudos

evidenciam que a etapa de maior prevalência de erros é a da prescrição médica

(39%), seguidos pela etapa de administração (36%) e transcrição (12%).

Objetivos: Demonstrar que a análise farmacêutica previne erros envolvidos no

processo de prescrição de terapia antineoplásica, garantindo a segurança do

paciente. Metodologia: realizado estudo unicêntrico, descritivo e transversal no

Instituto de Oncologia de hospital de médio porte, município de São Paulo (SP).

Foram quantificadas e analisadas as intervenções farmacêuticas realizadas

durante a análise farmacêutica da prescrição oncológica eletrônica, de pacientes

ambulatoriais e internados, no período de janeiro a dezembro de 2015. Os

CONTRIBUIÇÕES DA INFORMATIZAÇÃO PARA PADRONIZAÇÃO DE

PROTOCOLOS QUIMIOTERÁPICOS NO SISTEMA DE PRESCRIÇÃO DE

ONCOHEMATOLOGIA

PREVENÇÃO DE ERROS ENVOLVIDOS NA PRESCRIÇÃO DA TERAPIA

ANTINEOPLÁSICA, ATRAVÉS DA ANÁLISE FARMACÊUTICA DAS

PRESCRIÇÕES ONCOLÓGICAS ELETRÔNICAS, EM INSTITUTO DE

ONCOLOGIA DE HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE SÃO PAULO

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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

ANAIS DO CONGRESSO

dados foram coletados das fichas de atendimento diário da Farmácia

Oncológica do Instituto. As intervenções farmacêuticas foram analisadas frente

a aceitabilidade por parte do corpo clínico; e classificadas de acordo com

categorias padronizadas na instituição. Resultados: Foram analisadas 2892

prescrições oncológicas eletrônicas, sendo realizadas 875 intervenções

farmacêuticas com intuito de barrar erros, com taxa de aceitabilidade pelo corpo

clínico de 99,3%. Evidenciado que a maioria das intervenções foram em relação

a ajuste de dose conforme peso atual/exames laboratoriais (363, 41%), ajuste do

tempo de infusão de antineoplásicos (182, 21%), ajuste de pré-

quimioterapia/suporte (153, 17%), ajuste do protocolo terapêutico/ciclo (111,

13%), ajuste de diluição de antineoplásicos (39, 4%), ajuste de dias de aplicação

(26, 3%) e ajuste de via de administração (1, 0%). Conclusão: O estudo

evidenciou que o farmacêutico oncológico tem papel fundamental na

prevenção de erros ligados a prescrição médica; e que a análise farmacêutica

criteriosa da prescrição médica é um instrumento que promove o uso racional e

seguro dos antineoplásicos na prática clínica.

ID 113

Autores: Carla Cruz Garcia – [email protected] – São Paulo/SP –

Hospital Santa Paula; Carla Fernandes – [email protected] -

São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Luana Martins Carrasqueiras –

[email protected] – São Paulo/SP – Hospital Santa Paula; Fabiana Nossi

Sampaio - [email protected] - São Paulo/SP – Hospital Santa Paula;

Marina Berttoti Genuino – [email protected] – São Paulo/SP –

Hospital Santa Paula;

Resumo: Introdução: Os agentes antineoplásicos parenterais, os chamados

citotóxicos ou quimioterápicos, atuam nas células em proliferação do câncer, e

como não são seletivos acabam promovendo ação citotóxica nas células

normais com alta taxa de proliferação. Os efeitos tóxicos dependem do tempo

de exposição e da concentração plasmática do antineoplásico; podendo

acometer diversos tecidos. A toxicidade da terapia antineoplásica possui um

impacto negativo sobre a adesão ao tratamento e efetividade do mesmo, tão

como, a qualidade de vida dos pacientes. Objetivos: Evidenciar a importância

do acompanhamento farmacêutico a pacientes em terapia antineoplásica

ambulatorial com foco no manejo de toxicidade a antineoplásicos.

Metodologia: realizado estudo unicêntrico, descritivo e transversal no Instituto

de Oncologia de hospital de médio porte, município de São Paulo (SP). Foram

quantificadas e analisadas as intervenções farmacêuticas realizadas durante o

acompanhamento farmacêutico a pacientes em terapia antineoplásica

parenteral ambulatorial, no período de janeiro a dezembro de 2015. Os dados

foram coletados das fichas de acompanhamento farmacêutico dos pacientes do

Instituto de Oncologia. As intervenções farmacêuticas foram analisadas frente a

aceitabilidade por parte do corpo clínico; e classificadas de acordo com

categorias padronizadas na instituição. Resultados: Foram acompanhados 1116

pacientes ambulatoriais, sendo realizadas 538 intervenções farmacêuticas no

manejo de toxicidade, com taxa de aceitabilidade pelo corpo clínico de 99%.

Evidenciado que a maioria das intervenções foram relacionadas a: toxicidade do

trato gastrintestinal (245, 46%), profilaxia de toxicidade frequente (129, 24%),

toxicidade dermatológica (75, 14%), toxicidade sistema musculo-esquelético (25,

5%), toxicidade relacionada a outros sistemas (22, 4%), toxicidade hematológica

(21, 4%), reações infusionais (12, 2%) e toxicidade renal e urológica (6, 1%).

Conclusão: O estudo evidenciou que o farmacêutico clínico oncológico inserido

na equipe multidisciplinar contribui no manejo de toxicidade a terapia

antineoplásica ambulatorial, minimizando seu impacto negativo na adesão a

terapia antineoplásica e na qualidade de vida do paciente.

INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS NO MANEJO DA

TOXICIDADE A TERAPIA ANTINEOPLÁSICA PARENTERAL AMBULATORIAL

EM INSTITUTO DE ONCOLOGIA, DE HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE SÃO

PAULO

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ANAIS DO CONGRESSO

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APOIO INSTITUCIONALConselhoFederal deFarmácia

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