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2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 16 MAR 17 MAR VOCÊ ESTÁ AQUI Allegro Vivace FORTISSIMO Nº 03 2017

200 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017filarmonica.art.br/wp-content/uploads/2017/03/2017_av2_fortissimo... · regência, o violoncelo de Antonio Meneses e João Carlos Ferreira

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16 MAR17 MAR

VOCÊ E S T Á AQUI

AllegroVivace

F O R T I S S I M O N º 0 3 2017

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LINHA DO TEMPO — 2 de 12 Em cada programa de concerto das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce você encontra um pedacinho da nossa história. No fim do ano, teremos relembrado nosso percurso até a décima temporada.

19 fev e 3 mar 24 mai 22 jul6 e 7 jun 5 set 26 e 27 nov

Primeiros concertos de assinaturaAs séries da Filarmônica passaram a contar com os assinantes. A primeira Campanha de Assinaturas obteve 705 adesões, confirmando o apoio do público ao trabalho da Orquestra.

Estreia dos Concertos para a Juventude

O auditório do Instituto de Educação assistiu à abertura da série que iniciou

a aproximação da música clássica ao público mais jovem. Concerto conduzido

pelo então regente assistente, Fabio Costa, com solo de eufônio por Rafael Mendes.

Estreia na Sala São Paulo

A Filarmônica subiu ao palco da Sala São Paulo na companhia do Don Quixote

de Richard Strauss. Com Fabio Mechetti na

regência, o violoncelo de Antonio Meneses e João Carlos Ferreira na viola.

Primeiro Laboratório de RegênciaEm iniciativa pioneira no Brasil, a Filarmônica passou a contribuir para o aprimoramento de jovens regentes brasileiros, com aulas técnicas e teóricas e a experiência de um concerto. Desde então, 301 regentes se inscreveram e 108 participaram do Laboratório.

Primeira gravação de Villa-LobosA Orquestra e o maestro Mechetti gravam Floresta do Amazonas, de Villa-Lobos, com a soprano Edna d’Oliveira e as vozes masculinas do Coral Lírico de Minas Gerais.

Rio Folle Journée, Mozart

Em dois concertos na Sala Cecília Meireles,

a Filarmônica participou da edição brasileira desse festejado festival francês

e fez sua estreia no Rio de Janeiro. Regência

de Fabio Mechetti e Arnaldo Cohen ao piano.

Turnê nacional Brasília e Goiânia

Sempre levando o nome de Minas Gerais, a Filarmônica

se apresentou em Brasília, no Teatro Nacional Claudio Santoro,

e em Goiânia, no Teatro Rio Vermelho do Centro de Convenções.

Villa-Lobos, Liszt e Stravinsky sob as mãos de Fabio Mechetti

e Arnaldo Cohen.

10 a 15 nov

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Também na noite de hoje iniciamos

a celebração dos cinquenta anos

da morte de Zoltán Kodály, um dos

compositores mais importantes

da Hungria, responsável por uma

obra voltada à criação e à formação

musical mais influentes do século

XX. O caráter cigano da música

húngara se fará obviamente presente

nas suas Danças de Galanta.

Mais uma sequência de danças

encerra o programa da noite, com

a apresentação da última peça

sinfônica escrita por Rachmaninov.

Da marcha à valsa, à polonaise,

à transfiguração da dança como

sinônimo de vida, Rachmaninov

explora de forma magistral os

recursos da orquestra, fazendo dessa

peça uma de suas obras-primas.

Aproveitem.

Raramente temos a oportunidade

de escutar uma gaita numa sala de

concertos. Muito menos com a maestria

e domínio demonstrados por um exímio

intérprete desse instrumento. É por

isso que o concerto desta noite torna-

se um dos mais interessantes de toda

a temporada, ao recebermos Robert

Bonfiglio interpretando o famoso

Concerto para harmônica de Villa-Lobos.

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Caros amigos e amigas,

F A B I O M E C H E T T IDiretor Artístico e Regente Titular

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Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico

e Regente Titular da Orquestra Filarmônica

de Minas Gerais, sendo responsável pela

implementação de um dos projetos mais bem-

sucedidos no cenário musical brasileiro. Com

seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra

mineira nos cenários nacional e internacional

e conquistou vários prêmios. Com ela,

realizou turnês pelo Uruguai e Argentina

e realizou gravações para o selo Naxos.

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu

recentemente como Regente Principal

da Orquestra Filarmônica da Malásia,

tornando-se o primeiro regente brasileiro a

ser titular de uma orquestra asiática. Depois

de quatorze anos à frente da Orquestra

Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos,

atualmente é seu Regente Titular Emérito.

Foi também Regente Titular da Sinfônica

de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Desta última é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav

Rostropovich na Orquestra Sinfônica

Nacional de Washington e com ela dirigiu

concertos no Kennedy Center e no Capitólio

norte-americano. Da Orquestra Sinfônica

de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de

Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica

de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras

orquestras norte-americanas, como as de

Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix,

Columbus, entre outras. É convidado

frequente dos festivais de verão nos

Estados Unidos, entre eles os de Grant Park

em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Realizou diversos concertos no México,

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as

orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo

e Hiroshima. Regeu também a Orquestra

Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra

da Rádio e TV Espanhola em Madrid,

a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia,

e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência

Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige

regularmente na Escandinávia, particularmente

a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de

Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua

estreia na Finlândia, dirigindo a Filarmônica

de Tampere, e na Itália, dirigindo a Orquestra

Sinfônica de Roma. Em 2016 estreou com

a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica

Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras

de Porto Alegre e Brasília e as municipais de

São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com

artistas como Alicia de Larrocha, Thomas

Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori,

Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

Igualmente aclamado como regente de

ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo

a Ópera de Washington. No seu repertório

destacam-se produções de Tosca, Turandot,

Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte,

La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro

de Sevilha, La Traviata e Otello.

Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado

em Regência e em Composição pela

prestigiosa Juilliard School de Nova York.

Fabio MechettiD I R E T O R A R T Í S T I C O E R E G E N T E T I T U L A R

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FABIO MECHETTI , regente

ROBERT BONFIGLIO , harmônica

Z O LT Á N K O D Á L Y

S E R G E I R A C H M A N I N O V

Danças Sinfônicas, op. 45• Non allegro

• Andante con moto (Tempo di valse)

• Lento assai – Allegro molto vivace

programa

16 e 17 / MARAllegro e Vivace

intervalo

Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais apresentam

Danças de Galanta

H E I T O R V I L L A - L O B O S

Concerto para harmônica• Allegro moderato

• Andante

• Allegro

*

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Chamado de “o Paganini da harmônica”

pelo Los Angeles Times, Robert Bonfiglio

deslumbra plateias em todo o mundo

com a sua constante reinvenção da

harmônica, desde concertos clássicos até

o blues. Bonfiglio foi solista em concertos

para harmônica com mais de duzentas

orquestras, incluindo a Minnesota

Orchestra, Orchestre de la Suisse Romande,

Filarmônica de Buenos Aires, Filarmônica

de Luxemburgo, MDR Leipzig Radio

Symphony Orchestra, Filarmônica de

Hong Kong, Orquestra Nacional do Capitólio

de Toulouse, Orquestra RTVE de Madri,

Sinfônica de Edmonton, Filarmônica de

Roterdã, Filarmônica da Cidade do México,

Sinfônica de Pittsburgh, Sinfônica Nacional,

Sinfônica de Milwaukee, Sinfônica de

Indianápolis, Orquestra de Louisville,

Boston Pops, The New York Pops e

Filarmônica de Los Angeles. Apresentou-se

nas principais salas de concerto, como

o Carnegie Hall, o Gewandhaus, Teatro

Colón, Teatro Massimo, Teatro Amazonas,

Kennedy Center, Boston Symphony Hall,

Lincoln Center e no Hollywood Bowl.

Sua primeira gravação pelo selo RCA,

com Gerard Schwarz e a Orquestra de

Câmara de Nova York, apresentando o

Concerto para harmônica de Villa-Lobos,

teve seu lançamento aclamado pela crítica.

Bonfiglio interpretou esse Concerto mais

de quatrocentas vezes, com as maiores

orquestras do mundo. Ele gravou também

para os selos Arista, CBS, Sine Qua Non,

High Harmony e QVC e participou da

gravação do álbum Ragtime, vencedor

do Grammy. No campo da música popular,

Robert Bonfiglio se apresentou e gravou

com Bernadette Peters, Chaka Kahn,

Mandy Patinkin, Marvin Hamlisch, John

Sebastian, Phoebe Snow e Roberto Carlos.

Outro compositor com quem Robert Bonfiglio

colabora é o norte-americano Paul Moravec,

ganhador do Prêmio Pulitzer de Composição,

que está escrevendo um Concerto para

Bonfiglio. Lowell Liebermann também está

compondo um Concerto para harmônica a

ser estreado com a Orquestra de Minnesota.

Robert Bonfiglio recebeu seu Master’s Degree

em Composição pela Manhattan School of

Music. Ele estudou harmônica com Cham-ber

Huang e foi orientado durante doze anos por

Andrew Lolya, Flauta Principal do Balé de

Nova York; durante esse período, Bonfiglio

estudou os mais importantes trabalhos para

harmônica e orquestra. Robert Bonfiglio

estudou Composição com Aaron Copland.

Robert Bonfiglio é fundador e diretor

do Grand Canyon Music Festival.

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R O B E R T B O N F I G L I O

Z O LT Á N K O D Á L YDanças de Galanta

Zoltán Kodály e Béla Bartók são os

mais importantes representantes do

nacionalismo musical húngaro, bem

como precursores no trabalho de

documentação do repertório musical

folclórico do leste europeu. A parceria

deles, que teve início em 1905,

tinha como motivação inicial a

identificação de novas fontes musicais

que servissem a seus interesses

composicionais, uma vez que

ambos sentiam que o Romantismo

tardio alemão e vienense em que

foram educados havia se esgotado

enquanto proposta estética. Sobre

o colega, Bartók declara: “Se eu

tivesse que nomear um compositor

com a obra que represente a

mais perfeita materialização do

espírito húngaro, diria: Kodály”.

A carreira de Kodály como compositor

abrange sete décadas, estendendo-se

de seus primeiros manuscritos, em

1897, à sua última obra, terminada

em 1966. Seu estilo toma forma,

incialmente, através de obras

camerísticas ou para instrumento solo,

e apenas após os anos 1920 o compositor

se volta de fato para a composição de

obras orquestrais. Em 1929, a pedido

do maestro Arturo Toscanini, Kodály

orquestra as Danças de Marosszék, que

tinham sido compostas originalmente

para piano, entre 1923 e 1927, e que

são consideradas pelo compositor

uma das origens estéticas de sua

subsequente suíte, Danças de Galanta.

As Danças de Galanta foram compostas

em 1933, para o 80º Aniversário da

Sociedade Filarmônica de Budapeste,

a partir de um conjunto de melodias

ciganas relacionadas à cidade de

Galanta (antigo Império Austro-

Húngaro, atual Eslováquia), onde

Kodály morou entre os anos 1885

e 1892. Embora seu título sugira

uma suíte, a obra constitui, de fato,

um poema sinfônico estruturado

em forma rondó, isto é, uma série

variada de seções intercaladas com

uma primeira seção recorrente, como

um refrão. Numa curiosa descrição

em terceira pessoa, Kodály explica

que “Galanta é uma pequena cidade

mercantil conhecida daqueles que

viajam entre Viena e Budapeste.

O compositor passou sete anos de sua

infância ali. Naquele tempo, havia

uma famosa banda cigana que desde

então desapareceu. Essa foi a primeira

sonoridade ‘orquestral’ a chegar aos

ouvidos da criança. Os antepassados

daqueles ciganos já eram conhecidos

há mais de cem anos. Por volta de 1800,

alguns livros de danças húngaras foram

publicados em Viena, um dos quais

continha músicas ‘de vários ciganos de

Galanta’. Eles preservaram as velhas

tradições. A fim de mantê-las vivas,

o compositor retirou seus principais

temas dessa velha publicação”.

De fato, a obra é concebida a partir de

um conjunto de verbunkos – danças

apresentadas durante os recrutamentos

compulsórios do exército Habsburgo e

consideradas, até o século XIX, a dança

nacional húngara. Embora associadas

aos ciganos, que frequentemente

compunham as bandas de verbunkos,

essas danças são originalmente

húngaras e delas derivam as famosas

csárdás do século XIX. A obra foi

estreada em 23 de outubro de 1933 pela

Orquestra da Sociedade Filarmônica,

regida por Ernest von Dohnányi, e

tornou-se rapidamente a mais popular

das obras orquestrais de Kodály.

INSTRUMENTAÇÃO Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, tímpanos, percussão, piano, cordas.

PARA OUVIR CD Kodály – Háry János Suite; Dances of Galanta; Peacock Variations – Philharmonia Hungarica – Antal Doráti, regente – Decca 00028944300628 – 1994

CD Zoltán Kodály & Ferenc Fricsay – RIAS Symphony Orchestra – Ferenc Fricsay, regente – Deutsche Grammophon 00028945774527 – 1999

Kodály – Dances of Galanta; Bartók – Dance Suite – London Philharmonic Orchestra – Georg Solti, regente – Naxos Classical Archives 9.80572 – 1952 (somente streaming e download)

PARA ASSISTIR Filarmônica de Londres – Vladimir Jurowski, regenteAcesse: fil.mg/kgalanta

PARA LER Elizabeth Travassos – Os Mandarins Milagrosos: Arte e Etnografia em Mário de Andrade e Béla Bartók – Funarte/Jorge Zahar Editor – 1997 (somente em sebos)

50 ANOS DE MORTE

IGOR REYNER Pianista, Mestre em

Música pela UFMG, doutorando de Francês

no King’s College London e colaborador do

ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3.

15 min

1933 Hungria, 1967Hungria, 1882

Última apresentação desta obra 5 abr 2011 — Fabio Mechetti, regente

H E I T O R V I L L A - L O B O SConcerto para harmônica

A história da harmônica como

instrumento de concerto deve-se,

principalmente, a três harmonicistas:

Larry Adler (1914-2001), John

Sebastian (1914-1980) e Tommy Reilly

(1919-2000). Virtuosos e versáteis, eles

não apenas introduziram a harmônica nas

salas de concerto, mas também foram os

principais responsáveis pela consolidação

de seu repertório, contribuindo

com transcrições, composições e

encomendando obras a consagrados

compositores. Dentre os três, John

Sebastian destaca-se como o primeiro

harmonicista a adotar um repertório

inteiramente dedicado à música de

concerto, e é para ele que Villa-Lobos

compõe seu Concerto para harmônica.

Villa-Lobos já desfrutava de grande

reconhecimento e sucesso internacionais

quando Sebastian lhe encomendou,

em 1954, um concerto para harmônica

e orquestra. A ascensão internacional

do compositor brasileiro deveu-se

principalmente à sua projeção no cenário

musical norte-americano, que tem início

quando de sua apresentação à frente da

Janssen Symphony Orchestra, em Los

Angeles, em 26 de novembro de 1944.

À estreia, seguiu-se uma série de concertos

em Boston, Chicago e Nova York, quando

Villa-Lobos se apresentou como regente

e compositor. Concomitantemente,

o importante crítico musical do

The New York Times Olin Downes

publicou uma entrevista com Villa-Lobos

que, com os concertos, o colocaria

sob os holofotes do mundo musical

internacional. O sucesso alcançado

nos Estados Unidos consolidou uma

carreira recheada de vinte prestigiosas

encomendas que lhe ocuparam seus

últimos quinze anos de trabalho.

Entre 1954 e 1955, Villa trabalhou no

Concerto para harmônica, estreado em

27 de outubro de 1959, em Jerusalém,

por John Sebastian à frente da Kol Israel

Orchestra, regida por George Singer.

Em crítica publicada no Jerusalem Post

de 1º de novembro do mesmo ano, lê-se:

“Villa-Lobos parece ter escrito esse concerto

não apenas para Sebastian, mas, de

fato, com ele: (...) as possibilidades

da harmônica foram exploradas em

sua máxima extensão, permitindo a

Sebastian demonstrar sua doce cantilena

bem como suas acrobacias de tirar

o fôlego (especialmente na cadência

do terceiro movimento)”. Villa-Lobos

realmente contou com a colaboração

de Sebastian na preparação da obra:

o harmonicista não apenas revisou,

corrigiu e editou a cadência do terceiro

movimento, como também preparou para

o compositor uma série de desenhos

demonstrando o funcionamento e

o potencial de seu instrumento, a

fim de ressaltar principalmente sua

surpreendentemente ampla tessitura

e suas ricas combinações sonoras.

O Concerto para harmônica, de caráter

mais neoclássico e menos nacionalista,

conta com três movimentos: um Allegro

moderato de caráter modal e dividido

em três seções; um Andante melancólico

e tranquilo em forma ternária; e um

Allegro final mais rítmico e marcado pela

cadência escrita por Villa-Lobos e John

Sebastian (e recomposta por Tommy

Reilly). A primeira apresentação deste

Concerto na América do Sul aconteceu em

Belo Horizonte, no Auditório do Instituto

de Educação, no dia 13 de dezembro de

1964, por ocasião do Festival Villa-Lobos,

apresentado pela Orquestra Mineira de

Concertos Sinfônicos, tendo como solista

Aluisio Rocha e regente Sebastião Viana.

INSTRUMENTAÇÃO Flauta, oboé, clarinete, fagote, 2 trompas, trombone, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.

PARA OUVIR CD Villa-Lobos – New York Chamber Symphony – Gerard Schwarz, regente – Robert Bonfiglio, harmônica – RCA Victor Red Seal 7986-2-RC – 1989

CD Philharmonica – Villa-Lobos; Groven; Milhaud – Norwegian Radio Orchestra – Christian Eggen, regente – Sigmund Groven, harmonica – Pro Musica PPC9050 – 2004

PARA ASSISTIR Sinfônica Juvenil de Caracas – Isaac Karabtchevsky, regente (1º movimento) Acesse: fil.mg/vlharmonica

PARA LER Lisa Peppercorn – Villa-Lobos: Biografia ilustrada do mais importante compositor do Brasil – Ediouro – 2000 (esgotado)

Paulo de Tarso Salles – Villa-Lobos: Processos Composicionais – Unicamp – 2009

PARA VISITARwww.museuvillalobos.org.br

MAIS REFERÊNCIAS Acesse: fil.mg/ccav2

19 min

1955/1956

Brasil, Rio de Janeiro, 1959Brasil, Rio de Janeiro, 1887

IGOR REYNER Pianista, Mestre em

Música pela UFMG, doutorando de Francês

no King’s College London e colaborador do

ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3.

S E R G E I R A C H M A N I N O VDanças Sinfônicas, op. 45

A composição das Danças Sinfônicas

permitiu a Sergei Rachmaninov um

mergulho nas lembranças de sua

antiga Rússia. Última de suas obras, as

Danças Sinfônicas são como um resumo

de sua vida de compositor. De colorido

orquestral ímpar, grande vitalidade

rítmica e lirismo intenso, a obra é plena

de reminiscências dos cantos da Igreja

Ortodoxa Russa e de citações de obras do

próprio Rachmaninov, além de Rimsky-

Korsakov, Stravinsky e vários outros. Sua

criação se deu em momento de extrema

tensão na vida pessoal do compositor

que, embora vivesse nos Estados Unidos,

afligia-se por sua filha mais nova, Tatiana,

que permanecera na França. Com a

invasão de 1940, sem notícias frequentes

da filha, impossibilitado de voltar à

Europa e prevendo que em breve a Rússia

também seria invadida, Rachmaninov

mergulhou em uma angústia profunda

que seria canalizada para a composição

das suas Danças Sinfônicas.

Em agosto de 1940 escreveu ao célebre

regente da Orquestra da Filadélfia,

Eugene Ormandy, comunicando a

finalização de sua nova obra: “Meu caro

Ormandy, na semana passada terminei

minha nova obra sinfônica, a qual

naturalmente eu gostaria de presentear,

em primeiro lugar, a você e a sua

orquestra. Chama-se Danças Fantásticas.

Devo logo começar a orquestrá-la.

Infelizmente minha turnê de concertos

inicia-se em 14 de outubro e tenho que

praticar ao piano um monte de obras.

Não sei se serei capaz de terminar

a orquestração antes de novembro”.

Como um dos maiores pianistas de

sua época, Rachmaninov precisava

dividir-se entre suas duas carreiras.

Considerando que Danças Fantásticas

era um título já muito utilizado por

importantes autores, Rachmaninov

mudou o nome para Danças Sinfônicas.

Também esse não era um título original,

pois Grieg intitulara Quatro Danças

Sinfônicas a uma obra sinfônica

sobre temas populares noruegueses.

O fato é que Rachmaninov jamais se

sentiu à vontade com o título dessa

composição. Em entrevista ao New York

World-Telegram, declarou: “Eu deveria

ter escolhido como título apenas Danças,

mas temia que as pessoas pudessem

pensar que eu escrevera música de

dança para as orquestras de jazz”.

Ormandy logo anunciou que a estreia

da nova obra sinfônica de Rachmaninov

se daria em janeiro de 1941.

A orquestração foi completada

durante a turnê, em quartos de hotéis,

entre uma viagem e outra. Em novembro

de 1940 o editor preparou a partitura

do regente e as partes individuais

dos instrumentistas; em dezembro

iniciaram-se os ensaios. Em 3 de janeiro

de 1941 era estreada a obra, Danças

Sinfônicas, pela Orquestra da Filadélfia,

sob a regência de Eugene Ormandy.

Rachmaninov desejava ainda ter essa

obra transformada em balé, sonho que

ele não viveria para ver realizado.

No verão de 1941 mostrou a partitura

ao coreógrafo russo Mikhael Fokine,

que se mostrou maravilhado com suas

possibilidades coreográficas. Mas, antes

que começasse a trabalhar na obra,

em agosto de 1942, Fokine falecia em

Nova York, na mesma época em que

Rachmaninov era diagnosticado com

um melanoma maligno. O compositor

veio a falecer na casa que alugara

em Beverly Hills, em 28 de janeiro

de 1943, quatro dias antes de seu

septuagésimo aniversário.

INSTRUMENTAÇÃO Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, saxofone alto, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano, cordas.

PARA OUVIR CD Rachmaninoff – Symphonic Dances; The isle of the dead – Royal Concertgebouw Orchestra – Vladimir Ashkenazy, regente – Decca – 1991

PARA ASSISTIR Radio Filharmonisch Orkest, Holanda – Edward Gardner, regente Acesse: fil.mg/rdancas

PARA LER Sergei Bertensson; Jay Leyda – Sergei Rachmaninoff: a lifetime in music – Indiana University Press – 2009

GUILHERME NASCIMENTO

Compositor, Doutor em Música pela

Unicamp, professor na Escola de Música

da UEMG, autor dos livros Os sapatos

floridos não voam e Música menor.

35 min Última apresentação desta obra 23 nov 2010 — Fabio Mechetti, regente

1940

Estados Unidos, 1943Rússia, 1873

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DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR Fabio MechettiREGENTE ASSOCIADO Marcos Arakaki

* principal ** principal associado *** principal assistente **** músico convidado

PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes – Spalla associadoAra Harutyunyan – Spalla assistenteAna Paula SchmidtAna ZivkovicArthur Vieira TertoBojana PantovicDante BertolinoJoanna BelloRoberta ArrudaRodrigo BustamanteRodrigo M. BragaRodrigo de Oliveira

SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *Leonidas Cáceres ***Gideôni LoamirHyu-Kyung JungJovana TrifunovicLuka MilanovicMartha de Moura PacíficoMatheus BragaRadmila BocevRodolfo ToffoloTiago EllwangerValentina Gostilovitch

VIOLASJoão Carlos Ferreira *Roberto Papi ***Flávia MottaGerry VaronaGilberto Paganini Juan DíazKatarzyna Druzd Luciano GatelliMarcelo NébiasNathan Medina

VIOLONCELOSPhilip Hansen *Camila PacíficoCamilla RibeiroEduardo SwertsEmilia NevesLina RadovanovicRobson Fonseca William Neres

CONTRABAIXOSNilson Bellotto *André Geiger ***Marcelo CunhaMarcos LemesPablo Guiñez Rossini ParucciWalace Mariano

FLAUTASCássia Lima *Renata Xavier ***Alexandre BragaElena Suchkova

OBOÉSAlexandre Barros *Públio Silva ***Israel MunizMoisés Pena

CLARINETESMarcus Julius Lander *Jonatas Bueno ***Ney FrancoAlexandre Silva

FAGOTESCatherine Carignan *Victor Morais***Andrew HuntrissFrancisco Silva

SAXOFONERobson Saquett ****

TROMPASAlma Maria Liebrecht *Evgueni Gerassimov ***Gustavo Garcia TrindadeJosé Francisco dos SantosLucas FilhoFabio Ogata

TROMPETESMarlon Humphreys *Érico Fonseca **Daniel Leal ***Tássio Furtado

TROMBONESMark John Mulley *Diego Ribeiro **Wagner Mayer ***Renato Lisboa

TUBAEleilton Cruz *

TÍMPANOSPatricio Hernández Pradenas *

PERCUSSÃORafael Alberto *Daniel Lemos ***Sérgio AluottoWerner SilveiraLeonardo Gorosito ****

HARPAMatthieu Martin *

TECLADOSAyumi Shigeta *

GERENTE Jussan Fernandes

INSPETORAKarolina Lima

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira

ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi

ASSISTENTESClaudio StarlinoJônatas Reis

SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro

MONTADORESAndré BarbosaHélio SardinhaJeferson SilvaKlênio CarvalhoRisbleiz Aguiar

Orquestra Filarmônica de Minas GeraisGOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Fernando Damata Pimentel

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Antônio Andrade

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS Angelo Oswaldo de Araújo Santos

SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAIS João Batista Miguel

Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003

Instituto Cultural Filarmônica

CONSELHO ADMINISTRATIVO

PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman

PRESIDENTE Roberto Mário Soares

CONSELHEIROS Angela GutierrezBerenice MenegaleBruno VolpiniCelina SzrvinskFernando de AlmeidaÍtalo GaetaniMarco Antônio Pepino Marco Antônio Soares da Cunha Castello BrancoMauricio FreireOctávio ElísioPaulo BrantSérgio Pena

DIRETORIA EXECUTIVA

DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira

DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIROEstêvão Fiuza

DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira

DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé

DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers

EQUIPE TÉCNICA

GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado

GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães

ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICALGabriela Souza

PRODUTORES Luis Otávio RezendeNarren Felipe

ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO Marciana Toledo Mariana GarciaRenata GibsonRenata Romeiro

ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Mônica Moreira

ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOSItamara KellyMariana Theodorica

ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Eularino Pereira

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Rildo Lopez

EQUIPE ADMINISTRATIVA

GERENTE ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho

GERENTE DE RECURSOS HUMANOSQuézia Macedo Silva

ANALISTAS ADMINISTRATIVOS João Paulo de OliveiraPaulo Baraldi

ANALISTA CONTÁBIL Graziela Coelho

SECRETÁRIA EXECUTIVAFlaviana Mendes

ASSISTENTE ADMINISTRATIVACristiane Reis

ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOSVivian Figueiredo

RECEPCIONISTAMeire Gonçalves

AUXILIAR ADMINISTRATIVO Pedro Almeida

AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS Ailda ConceiçãoRose Mary de Castro

MENSAGEIROSBruno RodriguesDouglas Conrado

JOVEM APRENDIZYana Araújo

SALA MINAS GERAIS

GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas

GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia

TÉCNICOS DE ÁUDIO E DE ILUMINAÇÃOMauro RodriguesRafael Franca

ASSISTENTE OPERACIONALRodrigo Brandão

FORTISSIMOmarço — nº 3 / 2017ISSN 2357-7258

EDITORA Merrina Godinho DelgadoEDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale

ILUSTRAÇÕESMariana SimõesFOTO DE CAPABruna Brandão

O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site.

para melhor apreciar um concerto

CONVERSA

O silêncio é o espaço da música.

Por isso, evite conversas ou comentários

durante a execução das obras.

CRIANÇAS

Não é recomendável a presença de

menores de 8 anos nos concertos noturnos.

Caso traga crianças, escolha assentos próximos

aos corredores para que você possa sair

rapidamente se elas se sentirem desconfortáveis.

COMIDAS E BEBIDAS

Não são permitidas no interior

da sala de concertos.

APARELHOS CELULARES

Não se esqueça de desligar o seu celular ou

qualquer outro aparelho eletrônico. O som e

a luz atrapalham a orquestra e o público.

FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO

Não são permitidas durante os concertos.

APLAUSOS

Deixe os aplausos para o final das obras. Veja no

programa o número de movimentos de cada uma

e fique de olho na atitude e gestos do regente.

TOSSE

A tosse perturba a concentração. Tente

controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.

PONTUALIDADE

FILARMÔNICA ONLINEWWW.FILARMONICA.ART.BR

Olá, assinante!Iniciamos a Temporada 2017 com grandes concertos

e esperamos contar com a sua presença em cada

um deles. Mas, caso você não possa comparecer

a algum, lembre-se de doar o seu ingresso para o

nosso programa INGRESSO SOLIDÁRIO. Ele permite

o acesso de um estudante de música ao concerto,

e sua cadeira estará sempre ocupada! Para doar,

envie um e-mail para [email protected]

ou ligue para 3219-9009. Estamos prontos para

atendê-lo(la) de segunda a sexta, entre 9h e 18h.

Saiba mais em: www.filarmonica.art.br/

assinaturas/area-do-assinante.

AMIGOS DA FILARMÔNICAAo preencher a sua declaração de imposto de renda

deste ano, não se esqueça de informar os dados do

Instituto Cultural Filarmônica e o valor doado por

você para o nosso programa. Só assim o benefício

fiscal será concedido. Esses dados podem ser

encontrados no recibo de doação que enviamos para

o seu e-mail. Caso tenha dúvidas, estamos disponíveis

através dos nossos canais de relacionamento.

(31) 3219-9029 | [email protected]

Saiba mais em: www.filarmonica.art.br/apoie/

amigos-da-filarmonica.

RUA PIUM-Í, 229

CRUZEIRO

RUA JUIZ DE FORA, 1.257

SANTO AGOSTINHO

RUA LUDGERO DOLABELA, 738

GUTIERREZ

Nos dias de concerto, apresente seu ingresso em um dos restaurantes parceiros e obtenha descontos especiais.

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos

CONHEÇA TODAS AS APRESENTAÇÕES

filarmonica.art.br/filarmonica/sobre-a-filarmonica

Seja pontual. Após o

terceiro sinal as portas

de acesso à sala de

concertos serão fechadas.

DIA 4, 18hFORA DE SÉRIE / BARROCO FRANCÊS

RameauLullyCharpentierCouperinRavel

DIAS 9 E 10, 20h30PRESTO / VELOCE

WagnerLaloSchumann

DIA 12, 11hJUVENTUDE /ERA UMA VEZ... UMA ORQUESTRA

DIAS 16 E 17, 20h30ALLEGRO / VIVACE

KodályVilla-LobosRachmaninov

DIAS 23 E 24, 20h30PRESTO / VELOCE

J. StamitzBarberMignoneGrofé

Concertos — março

/filarmonicamgWWW.FILARMONICA.ART.BR

Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070

Belo Horizonte - MG

(31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030

Sala Minas Gerais

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REALIZAÇÃOC

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