2008 -Volume 1_ Caderno Do Gestor

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EXECUO Coordenao Geral Maria Ins Fini Concepo Guiomar Namo de Mello Lino de Macedo Luis Carlos de Menezes Maria Ins Fini Ruy Berger Governador Jos Serra Vice-Governador Alberto Goldman Secretria da Educao Maria Helena Guimares de Castro Secretria-Adjunta iara Gloria Areias Prado Chefe de Gabinete Fernando Padula Coordenador de Estudos e Normas Pedaggicas Jos Carlos Neves Lopes Coordenador de Ensino da Regio Metropolitana da Grande So Paulo Luiz Candido rodrigues Maria Coordenadora de Ensino do Interior Aparecida edna de Matos Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE Fbio Bonini Simes de Lima GESTO Fundao Carlos Alberto Vanzolini Presidente do Conselho Curador: Antonio Rafael Namur Muscat Presidente da Diretoria executiva: Mauro Zilbovicius Diretor de Gesto de Tecnologias aplicadas educao: Guilherme Ary Plonski Coordenadoras executivas de Projetos: Beatriz Scavazza e Angela Sprenger

APOIO CENP Coordenadoria de Estudos e Normas Pedaggicas FDE Fundao para o Desenvolvimento da Educao CAdErnO dO GESTOr AUTOrA Zuleika de Felice Murrie EqUIPE dE PrOdUO Coordenao executiva: Beatriz Scavazza Assessores: Alex Barros, Beatriz Blay, Denise Blanes, Eliane Yambanis, Heloisa Amaral Dias de Oliveira, Luis Mrcio Barbosa, Luiza Christov, Paulo Eduardo Mendes e Vanessa Dias Moretti EqUIPE EdITOrIAl Coordenao executiva: Angela Sprenger Projeto editorial: Zuleika de Felice Murrie edio e Produo editorial: Edies Jogo de Amarelinha, Conexo Editorial e Occy Design (projeto grfico) CTP, Impresso e Acabamento Imprensa Oficial do Estado de So Paulo

A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo autoriza a reproduo do contedo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educao do pas, desde que mantida a integridade da obra e dos crditos, ressaltando que direitos autorais protegidos* devero ser diretamente negociados com seus prprios titulares, sob pena de infrao aos artigos da Lei n 9.610/98. * Constituem direitos autorais protegidos todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que no estejam em domnio pblico nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.

Murrie, Zuleika de Felice. Caderno do Gestor. Gesto do currculo na escola / Volume 1 / Zuleika de Felice Murrie. So Paulo: See, 2008.

iSBN. 978-85-61400-75-0

1.Gesto do Currculo na escola (ensino Fundamental e Mdio). i. So Paulo (estado). Secretaria da educao. ii. Ttulo.

CDD 22.ed. 375

Caros gestores,

Este ano ser um divisor de guas para a educao paulista. Comeamos o ano com uma proposta curricular organizada e integrada, em que os gestores, tero um papel muito importante.

Caber a vocs a divulgao e a implantao em suas escolas da Proposta Curricular.

Lembro, tambm, que a implantao da Proposta Curricular um passo importante, para que nossas metas de melhoria da qualidade da educao sejam alcanadas.

Por isso, preparamos este material que tem por objetivo subsidiar a ao dos gestores.

Bom trabalho!

Maria Helena Guimares de CastroSecretria da Educao do Estado de So Paulo

SUMRIOSO PAULO FAZ ESCOLA UMA PROPOSTA CURRICULAR PARA O ESTADO 6 1. O QUE SE ESPERA DO PROFESSOR COORDENADOR 2. CONHECENDO A SUA ESCOLAIndicao 1. Dados da sua escola 12 16 18

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Indicao 2. Anlise da proposta pedaggica da sua escola

Indicao 3. Anlise das dimenses da sua escola: contextual, comunicacional e didtica

3. O QUE A PROPOSTA CURRICULAR DA SECRETARIA DA EDUCAO DO ESTADO DE SO PAULO? COMO IMPLANT-LA? 29Os pilares da Proposta Curricular Recursos disponveis Uma nota necessria 31 34 29

4. AVALIAO DA APRENDIZAGEM

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Propostas para organizar o processo de avaliao em sua escola

5. ORGANIZAO DO TRABALHO DO PROFESSOR COORDENADORPrimeira ao pblica do Professor Coordenador: divulgao da Proposta Curricular 40

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CONSIDERAES NECESSRIAS BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 46

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ANEXOS EM DIA COM A LEGISLAO 1. Resoluo SE 61, de 24-09-2007 48 48

Dispe sobre o registro do rendimento escolar dos alunos das escolas da Rede Estadual.

2. Resoluo SE 87, de 19-12-2007

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Dispe sobre o calendrio escolar para o ano de 2008, nas escolas da Rede Estadual de ensino.

3. Resoluo SE 92, de 19-12-2007

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Estabelece diretrizes para a organizao curricular do Ensino Fundamental e Mdio nas escolas estaduais.

4. Resoluo SE 6, de 24-01-2008

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Dispe sobre estudos de recuperao na Rede Estadual de ensino.

5. Comunicado Cenp s/n, de 29-01-2008 6. Resoluo SE 11, de 31-01-2008 58

56

Dispe sobre a educao escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas da Rede Estadual de ensino e d providncias correlatas.

7. Resoluo SE 12, de 31-01-2008

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Dispe sobre a implementao de cursos de Ensino Mdio de Formao Bsica e Profissional nas escolas pblicas estaduais.

TEXTO-ESTMULO: A LITERATURA COMO REFLEXOLima Barreto: Tenho esperana que...

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INSTRUMENTO DE PESQUISA

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Pesquisa sobre a aplicao do projeto inicial da recuperao

CURRICULAR PARA O ESTADO

SO PAULO FAZ ESCOLA UMA PROPOSTAEste Caderno foi especialmente produzido para o Professor Coordenador que ora assume sua funo pedaggica. A Secretaria da Educao considera que a coordenao pedaggica constitui-se em um dos pilares estruturais da sua atual poltica de melhoria da qualidade de ensino e que os Professores Coordenadores devem atuar como gestores implementadores dessa poltica com os objetivos de: f Ampliar o domnio dos conhecimentos e saberes dos alunos, elevando o nvel de desempenho escolar evidenciado pelos instrumentos externos e internos de avaliao; f Intervir na prtica de sala de aula, incentivando os docentes a diversificarem as oportunidades de aprendizagem, visando superao das dificuldades detectadas junto aos alunos; f Promover o aperfeioamento e o desenvolvimento profissional dos professores designados, com vistas eficcia e melhoria de seu trabalho. Dessa maneira, este Caderno procura subsidiar as primeiras aes pedaggicas do Professor Coordenador, apresentando formas possveis de interveno nas prticas escolares que visem construo de uma prtica cuja meta seja responder s necessidades educacionais da escola e conduzir a melhoria do processo de ensino do professor e da aprendizagem dos alunos. O primeiro passo a ser dado pelo Professor Coordenador est nucleado no monitoramento da implantao da atual Proposta Curricular da Secretaria da Educao do Estado. O Professor Coordenador tem, neste momento, seu grande desafio: anunciar a Proposta, esclarecer seus fundamentos e princpios, conduzir a reflexo da comunidade escolar e organizar o planejamento da escola com base na Proposta. O Professor Coordenador deve assumir sua funo como protagonista dessa implantao em parceria com os diretores da sua escola. Para tanto, deve estar preparado para comunicar comunidade escolar o significado da Proposta Curricular e seus objetivos. Isso exige o conhecimento de todos os documentos at ento produzidos, alm de tcnicas de comunicao e, principalmente, uma postura poltica e pedaggica transformadora, aberta ao dilogo, colaboradora e transparente. No tarefa fcil transformar o discurso em prtica. Sero inmeras as tenses encontradas. A escola tem uma cultura prpria e grandes problemas em seu entorno. O Professor Coordenador ter de enfrentar as resistncias, contando com o apoio irrestrito de seus diretores e supervisor. Cabe tambm Secretaria esse apoio e, nesse sentido, este Caderno e outras aes vm auxili-lo a conseguir xito em sua nova empreitada. No teatro diz-se que a primeira cena define a adeso do pblico obra apresentada. O Professor Coordenador ir construir essa primeira cena. Esperamos que tenha sucesso! Maria Ins FiniCoordenadora Geral da Proposta Curricular para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio do Estado de So Paulo

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Cadernos do Gestor Volume i

1. O QUE SE ESPERA DO PROFESSOR COORDENADOROs objetivos deste Caderno so fornecer instrumentos para que o Professor Coordenador possa ocupar com competncia seu lugar de gestor pedaggico na organizao escolar, apoiando a implantao da Proposta Curricular e planejando outras aes para a construo de uma escola pblica de qualidade. Gesto entendida aqui como o esforo consciente dos sujeitos responsveis pela escola para gerar mudanas, a partir da tomada de decises sobre o planejamento, sua aplicao e avaliao. Isso exige competncia tcnica, participao responsvel e compromisso com os resultados educacionais efetivos e significativos. At hoje, o Professor Coordenador exerceu a liderana num contexto que no privilegiava suas atividades nas questes pedaggicas de fato, por falta de uma poltica clara sobre sua funo na escola. A funo do Professor Coordenador deve estar centrada na gesto da qualidade do ensino oferecido pela escola e na construo de um espao produtivo para uma convivncia social e coletiva mais humana e construtiva da comunidade escolar. Como Professor Coordenador Gestor esse profissional deve ser capaz de definir e articular mltiplas aes voltadas para a qualidade do ensino e de seus resultados na aprendizagem dos alunos no contexto real onde essas aes acontecem. A posio ocupada pelo Professor Coordenador e sua representatividade na escola permitem-lhe o poder de decidir e traar um caminho para os outros agentes envolvidos no processo escolar. Para tanto, ele deve ter o domnio amplo de uma competncia comunicacional, uma vez que a implantao efetiva dos significados da Proposta Curricular, que ele ir representar, prev a adeso de outros agentes da escola (funcionrios, professores, alunos, pais, parceiros externos). O pressuposto de adeso automtica dos significados que sero divulgados incorpora uma viso parcial do ato de comunicao e considera que todos os agentes compartilham das mesmas idias e do mesmo contexto. Isso no verdade. Anunciar a Proposta Curricular como produto a ser consumido pode ser um erro poltico fatal para o trabalho a ser realizado, principalmente diante da heterogeneidade dos agentes e de seus saberes, vontades e condies profissionais, muitas vezes adversos adeso poltica. O ambiente contrrio, no aos significados da Proposta Curricular muitos deles consensuais, mas forma como so propostos e a quem os propem, pode ocasionar uma luta dentro da escola pela manuteno de idias, conhecimentos e posies tradicionais, por falta de articulao entre os agentes. A falta de um tempo de discusso, pode criar uma hostilidade em relao s idias divulgadas, ou pior, os agentes podem elogiar a Proposta Curricular, mas no aprofundarem suas concepes, ajustando-as s prticas j existentes. O ato de comunicar uma proposta deve ser compreendido como um momento nico de produo de textos que busca gerar significados para a mudana de idias e atitudes. O momento de leitura e debate da Proposta Curricular. O Professor Coordenador deve considerar que nem sempre os demais agentes entendem os motivos de se empreender os processos de inovao e nem mesmo os significados da Proposta. A Proposta Curricular no deve ser comunicada como dogma ou aceite sem restrio. Ela viva e precisa ser compreendida como

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um texto repleto de significados, em construo. Para que os agentes incorporem a Proposta Curricular em suas prticas, h necessi-

dade de um dilogo vivo e inflamado sobre o que est sendo proposto, isso demanda tempo e muita interao.

O Professor Coordenador deveevitar uma postura unilateral... ...prescritiva. ...arbitrria, seletiva e classificatria. ...imediatista, que demonstre atitudes discutveis. assumir uma postura consensual... ... reflexiva, crtica e criativa. ...conceitual, investigativa e construtiva. ...processual: avaliar os efeitos em longo prazo. ...que compartilhe com o grupo suas dvidas e questionamentos e apresente os resultados em diferentes linguagens, adequadas aos diferentes pblicos. ...que considere as tenses como o ponto de partida para articular as novas aes. ...que facilite a construo das identidades e da Proposta Pedaggica da escola. A Proposta Curricular, como qualquer outro texto, tem histrias que as precedem e as seguem. O ceticismo dos agentes ao receberem a Proposta deve ser considerado como um argumento real. Muitos diro a vem mais um pacote, um texto que eu j li e j sei o final. Os agentes tm razo, e a Histria da Educao no Brasil pode exemplificar esse argumento. Como faz-los acreditar que as mudanas propostas sero de fato produtivas? O Professor Coordenador, para rebater esse argumento, deve estar informado sobre as aes prticas da Secretaria, e usar essa informao para convencer os agentes de que a Proposta Curricular , antes de tudo, uma Proposta Poltica que apia os movimentos inovadores escolares e que

...que imponha as idias e utilize linguagem pouco compreensvel para a comunidade escolar.

...que considere as tenses como o ponto de chegada e geradoras de efeitos punitivos.

...de avaliador neutro que d a palavra final.

Deve-se evitar a deslegitimao dos processos e saberes j adotados pelos agentes, fazendo crer que eles se comportam de maneira equivocada. A implantao da Proposta Curricular no pode se caracterizar como a substituio das prticas existentes pelo discurso propositivo. A Proposta ainda no foi implantada e s o tempo dir quais sero as necessidades de sua adequao. As prticas existentes so vivas e devem ser olhadas pelo foco da Proposta Curricular. Esse um movimento denominado pedagogicamente de ao-reflexo-ao contnua. um trabalho difcil porque exige, da coordenao pedaggica e de todos os gestores, tempo e pacincia, alm de ateno constante no processo de comunicao, de registro e de avaliao.

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Cadernos do Gestor Volume i

aposta na possibilidade de desenvolvimento da autonomia escolar. Para isso, lana mo de pesquisas educacionais permanentes sobre a evoluo e avaliao dos critrios de qualidade da gesto e do ensino e de seus resultados. A Secretaria v a proposta como um texto dentro de um amplo processo de negociao de significados. Cada escola vai atualizar esse texto da sua forma e construir, assim, seu prprio texto (Proposta Pedaggica). Para que isso seja possvel, a escola precisa, inicialmente, conhecer o texto proposto, identificar-se com ele, reconhecer seu valor, debater os pontos de vista apresentados, enfim, conhecer sua Histria. O Professor Coordenador, ao apresentar o texto da Proposta Curricular, deve ressaltar seu carter histrico e orientador e promover alianas e consensos para sua implantao. Essa ao pressupe conhecimento dos principais conceitos sociolgicos, polticos, econmicos, educacionais, didticos e psicolgicos. Tais conceitos auxiliam na compreenso de indicadores comuns como, por exemplo, indisciplina e desinteresse. O Professor Coordenador dever saber analisar as causas de questes amplas que afetam o funcionamento da escola, como as culturas de diferentes grupos, a famlia, a fome, a excluso econmica e social, os valores difundidos pela mdia, a

violncia fsica e simblica contra a criana e o jovem, o trabalho, o desemprego, a distribuio de renda etc. Esses fatores, considerados muitas vezes externos escola, so na verdade o contexto do ambiente escolar e geram relaes polticas de atrito entre aqueles que nele esto. A compreenso desse contexto auxilia a coordenao pedaggica em suas decises. A escola uma organizao, com autonomia relativa, a servio da sociedade. A sociedade, por sua vez, espera que a escola cumpra o papel a ela devido: a formao dos alunos para a atuao social. A escola est relacionada com fatores polticos, legais, econmicos, sociais e culturais e depende deles para atingir as metas previstas. Assim, os conhecimentos desses fatores so fundamentais para a definio de estratgias de gesto e tomadas de deciso em face de situaes como desigualdade, valor econmico da educao e recursos disponveis. Com apoio em modernas teorias que explicam o desenvolvimento humano e a aprendizagem, espera-se que o Professor Coordenador possa compreender a realidade do processo de ensino-aprendizagem e seus desafios e orientar-se, considerando as relaes que afetam o desempenho dos alunos seja dentro das salas de aula e da escola, seja entre a escola e a comunidade e os dilemas atuais relativos ao ideal de cidadania responsvel e seus correlatos: a formao moral, poltica e social.

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Reconhecendo a funo do Professor CoordenadorNaturezaf Processo de anlise crtica visando gesto pedaggica das atividades escolares.

f Estimular o autoconhecimento do grupo. f Construir a Proposta Pedaggica.

Momentos da avaliaof Levantamento de concepes e reaes acerca da Proposta Curricular. Descrio da escola (diagnstico). f Comunicao e crtica dos dados. f Criao coletiva de novos padres. f Explicitao de uma Proposta Pedaggica com a definio de responsabilidades e compromissos.

Enfoque participativof Enfatizar aspectos qualitativos do processo escolar; f Tornar esses aspectos comunicveis; f Facilitar o dilogo entre os participantes por meio do autoconhecimento, com a finalidade de transformar as relaes interpessoais e, conseqentemente, melhorar a qualidade da educao.

Procedimentosf Definio de uma sistemtica de observao e de registro contnuo dos eventos e das interaes, com posterior organizao e codificao dos dados obtidos. f Estruturao de um sistema de coleta de informaes, de entrevistas, questionrios e documentos. f Estruturao de meios para comunicar os resultados para diferentes pblicos e provocar a discusso. f Organizao de formas facilitadoras para a construo / reviso da Proposta Pedaggica. f Organizao da informao como instrumento de reformulao.

Interessef Construo de uma Proposta Pedaggica que identifique a instituio escolar.

Compromissosf Propiciar uma interveno democrtica, esclarecendo a comunidade escolar sobre o papel da Proposta Curricular como ponto de partida para a construo da identidade da escola; f Favorecer a abertura de canais de comunicao entre os participantes em busca de objetivos comuns.

Tipos de dadosf Aspectos atitudinais: sentidos, experincias, gestos, expresses corporais, sons, ambientes, comportamentos; f Aspectos comportamentais: representaes, smbolos, projetos, programas, materiais didticos, metodologias, processos de avaliao.

Conceitos bsicosf f f f Participao; Autoconhecimento; Comunicao; Construo coletiva.

Pressupostos metodolgicos de trabalhof Provocar a crtica dos participantes valendose da observao e descrio dos questionamentos, das linguagens, dos contextos e dos julgamentos da comunidade escolar para isolar suas caractersticas mais significativas. f Promover aes grupais, incentivando o dilogo, o estudo e a pesquisa.

Produtosf f f f f Exposies; Comunicaes; Debates; Registros; Relatrios para cada pblico especfico da comunidade escolar.

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O Professor Coordenador deve fazer, tambm, uma reflexo sobre si mesmo como ator e condutor do processo pedaggico da escola. Essa competncia exige o desenvolvimento de habilidades pessoais e interpessoais que lhe permitiro compreender o processo grupal e a dinmica para coordenar grupos de trabalho e suas equipes de forma alinhada ao planejamento. Alm disso, ele deve estar preparado para a prtica de gesto de pessoas com foco na otimizao das competncias e gerao de resultados. O Professor Coordenador contar com o apoio irrestrito dos dirigentes de sua es-

cola e dos rgos centrais e regionais na sua empreitada.

Uma nota necessriaO Professor Coordenador est subordinado aos diretores de sua escola. So eles que respondem, legalmente, sobre as decises pedaggicas da escola. Qualquer projeto ou ao do Professor Coordenador precisa ter o aceite de seu Diretor, para evitar informaes contraditrias ou disputas de poder. Os diretores so os responsveis pela escola e seu grande lder.

As competncias do Professor CoordenadorPor homologia de processos, o Professor Coordenador deve apresentar as mesmas competncias requeridas para os alunos, na Proposta Curricular, tendo por foco sua funo na gesto escolar. So elas: 1. Saber se comunicar com os diferentes pblicos que freqentam a escola, utilizando as linguagens como meio de comunicao e saber gerir a si prprio e as equipes de trabalho, incrementando uma atitude crtica de reflexo pessoal e profissional. 2. Compreender os conceitos das vrias reas do conhecimento para analisar os processos escolares. 3. Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informaes representados de diferentes formas, para tomar decises e enfrentar situaes-problema relacionadas gesto pedaggica da escola. 4. Relacionar as informaes e os conhecimentos disponveis em situaes concretas, para construir uma argumentao consistente com a finalidade de envolver os participantes da escola na execuo das metas para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem. 5. Recorrer aos conhecimentos das reas da Pedagogia para a elaborao de propostas de interveno solidria na escola, respeitando os direitos humanos e considerando a diversidade sociocultural.

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2. CONHECENDO A SUA ESCOLAO primeiro passo para que se inicie um bom trabalho do Professor Coordenador ele conhecer sistematicamente sua escola como gestor, para que possa planejar aes de interveno. Esse conhecimento fundamental para a construo de sua argumentao junto comunidade escolar. Os dados e fatos observados sobre o funcionamento e a organizao da escola so mais produtivos do que o discurso, pois eles representam as prticas existentes, os problemas e os sucessos reais. importante sempre comear identificando os aspectos positivos da escola (seus esforos) para atingir as metas de democratizao do ensino e de qualidade da educao oferecida. Os problemas devem ser observados como pontos de reflexo sobre o que se deseja mudar, o que ser feito por meio da articulao de planos de trabalho com os demais gestores da escola. Indicam-se, a seguir, algumas sugestes de observao, anlise e registro.

Indicao 1. Dados da sua escola1. Nome da sua escola / diretoria de ensino: _____________________________________________ 2. Endereo completo da sua escola / diretoria de ensino (rua, bairro, municpio, CEP): __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3. E-mail da sua escola / diretoria de ensino: ____________________________________________ 4. Sua escola est localizada em: A. ( ) Permetro urbano, em regio central da cidade. B. ( ) Permetro urbano, em bairro distante do centro da cidade. C. ( ) Zona rural. 5. Perodos de funcionamento da sua escola: A. ( ) Manh. B. ( ) Tarde. C. ( ) Noite. D. ( ) Outros. 6. Nveis / modalidades de ensino oferecidos na escola: A. ( ) Ensino Fundamental Ciclo I. B. ( ) Ensino Fundamental Ciclo II. C. ( ) Ensino Mdio Regular.

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D. ( ) Ensino Mdio Regular e Ensino Profissionalizante. E. ( ) EJA Fundamental. F. ( ) EJA Mdio. G. ( ) EJA Mdio e Profissionalizante. H. ( ) Outros: ___________________________________________________________________ 7. Nmero de alunos matriculados em 2008: ____________________________________________ 8. Nmero (aproximado) de alunos matriculados em 2007: ________________________________ 9. Quantos alunos h, em mdia, por turma em 2008? ____________________________________ 10. Como so organizadas as turmas em sua escola? A. ( ) Por idade. B. ( ) Por ordem de chegada. C. ( ) Por desempenho. D. ( ) Outras formas: ____________________________________________________________ 11. Qual foi o ndice de repetncia, em sua escola, dos alunos matriculados em 2007, por srie e segmento? A. No Ensino Fundamental Ciclo I: ______________________________________________ B. No Ensino Fundamental Ciclo II: _____________________________________________ C. No Ensino Mdio: ____________________________________________________________ D. Na EJA: _____________________________________________________________________ 12. Qual foi o ndice de evaso em sua escola dos alunos matriculados em 2007, por srie e segmento? A. No Ensino Fundamental Ciclo I: _______________________________________________ B. No Ensino Fundamental Ciclo II: ______________________________________________ C. No Ensino Mdio: _____________________________________________________________ D. Na EJA: _____________________________________________________________________ 13. Considerando a idade apropriada do aluno, a taxa de defasagem idade / srie dos alunos da sua escola em 2008, por srie e segmento, : A. Ensino Fundamental Ciclo I: __________________________________________________ B. Ensino Fundamental Ciclo II: __________________________________________________ C. Ensino Mdio: ________________________________________________________________

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14. Quantos professores lecionam em sua escola em 2008? A. Ensino Fundamental Ciclo I: __________________________________________________ B. Ensino Fundamental Ciclo II: __________________________________________________ C. Ensino Mdio: ________________________________________________________________ D. EJA: ________________________________________________________________________ 15. A sua escola tem autonomia para a resoluo de problemas: A. Financeiros? ( ) sim C. Pedaggicos? ( ) sim ( ) no ( ) no ( ) no B. Administrativos? ( ) sim

16. Qual foi o desempenho/nota da sua escola no Enem (Exame Nacional do Ensino Mdio) realizado em 2006? A. ( ) A escola no participou. B. ( ) Desconheo os dados do Enem. C. ( ) No geral, acima da mdia nacional. D. ( ) No geral, prximo mdia nacional. E. ( ) No geral, abaixo da mdia nacional. 17. Qual foi o desempenho/nota da sua escola no Saresp (Sistema de Avaliao de Rendimenta Escolar do Estado de So Paulo) realizado em 2005, na 4 e 8 sries do Ensino Fundamental e 3 srie do Ensino Mdio? A. ( ) A escola no participou. B. ( ) Desconheo os dados do Saresp. C. ( ) Em Lngua Portuguesa, acima da mdia estadual. D. ( ) Em Matemtica, acima da mdia estadual. E. ( ) Em Lngua Portuguesa, abaixo da mdia estadual. F. ( ) em Matemtica, abaixo da mdia estadual. 18. Em sua escola, os dados das avaliaes externas anteriormente citadas (assinale quantas alternativas desejar): A. ( ) So bsicos para a formulao da Proposta Pedaggica da Escola. B. ( ) No so considerados para a formulao da Proposta Pedaggica da Escola. C. ( ) So divulgados e discutidos com os professores. D. ( ) No so divulgados e discutidos com os professores. E. ( ) So divulgados e discutidos com os pais e alunos. F. ( ) No so divulgados e discutidos com os pais e alunos. G. ( ) Geram mudanas nas prticas dos professores em sala de aula. H. ( ) No geram mudanas nas prticas dos professores em sala de aula.

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19. No geral, em qual componente curricular os alunos apresentam maior dificuldade de aprendizagem e baixo desempenho (Ensino Fundamental e Ensino Mdio)? A. ( ) Lngua Portuguesa C. ( ) Histria E. ( ) Qumica G. ( ) Biologia I. ( ) LEM K. ( ) Filosofia M. ( ) No sei 20. No geral, em qual componente curricular os alunos apresentam maior facilidade de aprendizagem e melhor desempenho (Ensino Fundamental e Ensino Mdio)? A. ( ) Lngua Portuguesa C. ( ) Histria E. ( ) Qumica G. ( ) Biologia I. ( ) LEM K. ( ) Filosofia M. ( ) No sei B. ( ) Matemtica D. ( ) Geografia F. ( ) Fsica H. ( ) Arte J. ( ) Educao Fsica L. ( ) Cincias B. ( ) Matemtica D. ( ) Geografia F. ( ) Fsica H. ( ) Arte J. ( ) Educao Fsica L. ( ) Cincias

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Indicao 2. Anlise da proposta pedaggica da escolaLeia a atual Proposta Pedaggica de sua escola. Observe, analise e registre, se desejar, os seguintes dados: 1. Como a escola caracterizada na Proposta? __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2. Qual a disposio fsica da escola? A. Nmero de salas de aula; _______________________________________________________ B. Sala de professor, sala de diretor, outras salas administrativas; _________________________ C. Laboratrios, biblioteca, secretaria, quadra, sala-ambiente, laboratrio de informtica; ___________ D. Ptio externo, refeitrio, banheiros, quadra de esportes; ______________________________ E. Aspecto externo da escola; ______________________________________________________ F. As instalaes funcionam? ______________________________________________________ G. Verificar os aspectos particulares do ambiente em geral.______________________________ 3. Como a escola est organizada: A. Regimentos escolares; _________________________________________________________ B. Horrios de funcionamento; ____________________________________________________ C. Grades curriculares; ___________________________________________________________ D. Formas de avaliao; __________________________________________________________ E. Calendrio escolar; ____________________________________________________________ F. Reunies de HTPC; ____________________________________________________________ G. APM, grmio estudantil, diretor, coordenador, secretrio, funcionrios, professores, alunos. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 4. Quais os problemas que caracterizam a escola? A. Reteno; ____________________________________________________________________ B. Desistncia; __________________________________________________________________ C. Indisciplina; __________________________________________________________________ D. Falta de professores; ___________________________________________________________ E. Desinteresse. _________________________________________________________________

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5. A Proposta Pedaggica de sua escola: A. Est em dia com a atual legislao estadual e nacional (vide textos anexos de legislao estadual)? ___________________________________________________________ B. Reflete a atual Proposta Curricular? ______________________________________________ C. Quais mudanas devero ser realizadas? __________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

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Indicao 3. Anlise das dimenses da sua escola: contextual, comunicacional e didticaA seguir, so apresentados trs instrumentos para que voc possa fazer um diagnstico de sua escola. Cada instrumento analisa uma dimenso das relaes escolares: dimenso contextual, dimenso comunicacional e dimenso didtica. A sugesto que se faa um exerccio de observao e anlise sobre os aspectos indicados. Se desejar, pode reproduzir e aplicar os instrumentos para os professores, pais e alunos, com a finalidade de dirigir algumas reflexes ou pesquisar a viso dos diferentes agentes escolares. Os dados obtidos podem gerar um diagnstico a ser registrado na Proposta Pedaggica de 2008, ou em planos especficos de ao.

Instrumento 2: dimenso comunicacionalNesse mbito esto includos o debate, a fala, a interao e a expresso. Pode parecer fcil, mas justamente aqui que as coisas emperram. O dilogo realizado em espao escolar algumas vezes medroso, cheio de autoritarismo, inibidor das novas idias e, outras vezes, ao contrrio, agressivo, impetuoso, indisciplinado. No h na escola uma cultura que leve em considerao as diferentes vozes, os distintos pontos de vista, a histria e a tradio de seus participantes. No se permite de fato os turnos do dilogo em situao pblica de interao, ou seja, a situao em que um fala e o outro ouve, e vice-versa, publicamente e respeitosamente. Observe, com base no instrumento proposto, as relaes de comunicao em sua escola. Como na dimenso anterior, registre experincias bem-sucedidas e formule planos para resolver os problemas observados. Seu papel o de criador de espaos de comunicao, de mediador entre as diferenas, de construtor de consensos.

Instrumento 1: dimenso contextualAqui foi destacado, para sua observao, o ambiente escolar, o lugar em que a escola est instalada, seu aspecto fsico. Observe os aspectos indicados no instrumento e outros. As caractersticas do ambiente revelam muito da cultura escolar. Pense em como voc se sentiria em uma escola que no cuida de si mesma, que tem os vidros das janelas quebrados, os banheiros sujos, sem sabo nem papel higinico, as portas da biblioteca fechadas etc. Examine sua escola e verifique o que precisa ser mudado, o que est funcionando e por que funciona ou no. Alguns planos podero ser previstos para modificar o ambiente. Discuta essa questo com seu Diretor. Lembre-se de que seu papel no s de criticar, mas sim de motivar e propor solues. Aspectos positivos observados podem servir de modelo para ressaltar o valor das pessoas que os conduziram e gerar o registro de experincias bem-sucedidas.

Instrumento 3: dimenso didticaA mudana no pode estar centrada apenas no discurso: devem-se mudar as formas de agir e ser. H mudanas no olhar, no sentir, no se relacionar e em pequenos detalhes que parecem sem importncia. No entanto, elas acabam por conduzir e renovar as escolhas. No h escolha que esteja desvinculada da avaliao como um valor arbitrrio e simblico, determinado por um contexto. Conviver com a avaliao explcita um ato difcil, significa que cada um deve se enxergar em relao ao outro. Avaliar indica uma posio de distanciamento dos fatos ocorridos, uma reflexo, uma ponderao. A avaliao pressupe um projeto definido de antemo e sua execuo no decorrer do tempo. No se esquea de que este o centro da sua funo. S h de fato uma nova cultura escolar quando as relaes didticas esto fortemente estabelecidas e definidas. Observe os indicadores do instrumento, analise os aspectos positivos de sua escola e aqueles que precisam de planos de ao.

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Cadernos do Gestor Volume i

Instrumento 1. Dimenso contextualAssinale sim ou no:Na minha escola... H portaria limpa e segura. H preocupao com a limpeza e organizao do ambiente na entrada/dentro da escola. H quadras em boas condies para a prtica de esportes. H materiais esportivos suficientes para todos os alunos. H laboratrios adequados de Cincias Naturais. H anfiteatro/auditrio. H sala de vdeo. H recursos pedaggicos (quadro de giz, retroprojetor etc.) adequados para as salas de aula. H sala de informtica com computadores disponveis para alunos, professores e pais. H responsvel presente em tempo integral na sala de informtica para atender os usurios. H biblioteca com nmero de ttulos atualizados e disponveis para alunos, professores e pais. H organizao dos livros da biblioteca dentro dos padres normativos. H bibliotecrio ou responsvel presente em tempo integral na biblioteca para atender os usurios. H livros didticos suficientes para todos os alunos. H uma organizao produtiva na secretaria para atender os usurios. H banheiros limpos com lixeira, papel higinico e sabo para os usurios. H salas de aula com boa ventilao, iluminao, acstica e limpeza. H nmero suficiente de carteiras com boa estrutura para todos os alunos. H sala de professores adequada (com armrios individuais, mesa para reunio, cadeiras confortveis, limpeza, ventilao etc.). SIM NO

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Na minha escola... H cantina pblica adequada para preparar refeies e servir os alunos. H lixeiras espalhadas pela escola. H aes para coleta e reciclagem do lixo produzido pela escola.

SIM

NO

f Se desejar, especifique outros aspectos descritivos no contidos nas afirmativas acima que podem ser apontados como problemas contextuais da sua escola. f Construa um documento parte no qual voc copiar as frases em que assinalou NO. Identifique e registre as causas dessas situaes e de que forma elas influenciam no desempenho dos alunos e no trabalho dos professores. f Formule planos para resolver os problemas identificados. Apresente-os ao Diretor de sua escola. f As frases assinaladas com SIM provavelmente refletem os aspectos contextuais positivos de sua escola. Descreva-os e analise como eles foram resolvidos e de que forma melhoraram o desempenho dos alunos e o trabalho dos professores. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

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Instrumento 2. Dimenso comunicacionalAssinale sim ou no:Na minha escola... H painis informativos atualizados em locais de grande circulao de pessoas. H informaes atualizadas, disposio da comunidade escolar, sobre o Plano de Gesto da escola. H informaes disposio dos usurios sobre os recursos recebidos e gastos pela escola. H comunicao das expectativas de aprendizagem para alunos e pais. H divulgao pblica do ndice de absentesmo e atraso dos professores, diretores e funcionrios. H divulgao pblica dos processos, datas e horrios de avaliao e recuperao dos alunos. H diretrizes pblicas especficas e funcionais de disciplina de alunos, professores e comunidade em geral. H informaes pblicas sobre matrculas dos alunos, transferncias, remanejamentos e histricos. H respeito ao cdigo de conduta pela comunidade escolar. H normas disciplinares aplicadas para todos da mesma forma sempre que o cdigo de conduta desrespeitado. H normas disciplinares pblicas de carter educativo e preventivo. H estmulo positivo para as aes realizadas pela comunidade escolar. H painis sobre o Plano de Gesto com metas, grficos de resultados, misso e dados gerais da escola. H painis na sala dos professores com indicaes sobre a escola, legislao, horrios, desempenho dos alunos. H Dirio Oficial disponvel na sala dos professores. SIM NO

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Na minha escola... H uma comisso para definir o processo de aquisio de bens e contratao de servios. H campanhas educativas para a comunidade escolar sobre drogas, sade mental e fsica, gravidez precoce, preveno de doenas, violncia, coleta de lixo etc. H reunies sistemticas entre pais e mestres. H reunies sistemticas do Ncleo Gestor com o corpo docente. H cooperao e harmonia entre os participantes da equipe escolar. H comprometimento poltico e profissional de todos os participantes da comunidade escolar. H cooperao e harmonia entre a equipe escolar e os alunos. H cooperao e harmonia entre a equipe escolar e os pais. H envolvimento dos alunos nas decises relativas melhoria da escola. H envolvimento de todos os professores nas decises relativas melhoria da escola. H envolvimento dos pais nas decises relativas melhoria da escola. H participao do Ncleo Gestor nas assemblias escolares. H presena constante do Ncleo Gestor em dependncias da escola (alm de sua sala de trabalho) para dialogar com a comunidade escolar. H preocupao dos profissionais com o modo de vestir, com aparncia e formas de comportamento (falar alto, sentar sobre as mesas, fumar etc.). H pontualidade e presena de funcionrios, professores, diretores. H disponibilidade de atendimento pblico durante todo o perodo de funcionamento da escola pela secretaria e diretoria. H informaes claras, precisas e legais sobre as necessidades apresentadas por alunos, professores, pais e outros.

SIM

NO

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Cadernos do Gestor Volume i

Na minha escola... H planejamento cooperativo de aulas entre professores de disciplinas afins e de outras disciplinas. H participao voluntria da comunidade escolar para resolver os problemas da escola. H promoo sistemtica de eventos culturais, esportivos, intelectuais para a comunidade escolar e do entorno da escola. H Conselho Escolar participante. H agendamento das reunies do Conselho Escolar de forma que todos possam participar. H interferncia do Conselho Escolar sobre os processos de ensino e aprendizagem. H consenso da comunidade escolar sobre os objetivos, metas e estratgias do plano escolar. H consenso da comunidade escolar sobre o horrio escolar, calendrio, livros didticos. H discusso e definio do currculo por toda a equipe escolar. H instrumentos de avaliao de desempenho da escola, de professores e alunos. H avaliao sistemtica sobre o funcionamento da escola, o desempenho da equipe escolar, o currculo etc. e discusso pblica dos resultados. H parcerias com empresas, ONGs, Universidades e outros. H planos para estabelecer e gerenciar parcerias com a comunidade externa. H planos para propor s organizaes locais que garantam a sustentabilidade do currculo. H compreenso da comunidade escolar sobre os itinerrios de formao de jovens e adultos no contexto social no qual a escola est inserida.

SIM

NO

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Na minha escola... H definio de estratgias de gesto e tomada de decises em face de situaes como desigualdade, valor econmico da educao e recursos disponveis. H informaes bimestrais para os alunos sobre o plano de ensino de cada disciplina. H informaes bimestrais para os pais sobre o plano ensino de cada disciplina. H planejamento de atividades de aprendizagem em grupo em sala de aula, fora da sala de aula e entre as turmas das mesmas ou de outras disciplinas. H desenvolvimento de projetos interdisciplinares. H monitoramento contnuo da aprendizagem dos alunos e conhecimento de quais e quantos alunos tm dificuldades e em quais contedos. H relatrios sobre o desempenho dos alunos e eles recebem esses relatrios para discusso. H acompanhamento do Ncleo de Gesto dos resultados de aprendizagem e sugesto para a melhoria no desempenho. H devoluo e comentrios, em tempo prximo, de todos os trabalhos realizados pelos alunos, inclusive as provas. H participao ativa e de interesse dos alunos nas aulas. f Se desejar, especifique outros aspectos descritivos no contidos nas afirmativas acima que podem ser apontados como problemas comunicacionais da sua escola. f Construa um documento parte no qual voc copiar as frases em que assinalou NO. Identifique e registre as causas dessas situaes e de que forma elas influenciam no desempenho dos alunos e no trabalho dos professores.

SIM

NO

f Formule um plano para resolver os problemas identificados. Apresente-os ao Diretor de sua escola. f As frases assinaladas com SIM provavelmente refletem os aspectos comunicacionais positivos de sua escola. Descreva-os e analise como eles foram resolvidos e de que forma melhoraram o desempenho dos alunos e o trabalho dos professores.

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Instrumento 3. Dimenso didticaAssinale sim ou no:Na minha escola... H cumprimento de todos os dias letivos previstos no calendrio escolar, obedecendo ao incio e trmino das aulas em cada turno. H aplicao em sala de aula de metodologias de ensino diversificadas. H utilizao de metodologias inovadoras. H utilizao sistemtica de televiso, vdeo, computador e outros recursos didticos. H utilizao sistemtica da biblioteca. H utilizao sistemtica da sala de informtica. H utilizao sistemtica do laboratrio de Cincias Naturais. H correo individual das atividades realizadas em aula. H comentrios sobre os desvios dos alunos nas atividades realizadas. H proposio de atividades para casa. H realizao, por parte dos alunos, das tarefas de casa propostas. H livros didticos para todos os alunos. H planos dirios ou semanais de aula. H cumprimento dos planos de ensino das disciplinas. H, nos planos de disciplina, pontos especficos e avaliveis de aprendizagem de habilidades/contedos. H uma proposta bimestral especfica de recuperao da aprendizagem de habilidades/contedos por disciplina. H situaes de avaliao interdisciplinares. SIM NO

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Cadernos do Gestor Volume i

Na minha escola... H aplicao e anlise de testes diagnsticos de avaliao. H utilizao de padres de desempenho para avaliar a aprendizagem dos alunos. H apoio didtico-pedaggico externo para a equipe escolar. H procura, pela equipe escolar, de apoio didtico-pedaggico externo. H objetivo explcito, no ensino das disciplinas, relacionado ao exerccio da cidadania. H objetivo explcito, no ensino das disciplinas, de estabelecer relaes com o mundo do trabalho. H objetivo explcito, no ensino das disciplinas, de desenvolver a participao social. H objetivo explcito, no ensino das disciplinas, de estimular a autonomia para a aprendizagem. H aplicao, nos planos de aula, dos parmetros curriculares nacionais para as disciplinas. H, no currculo da escola, uma abordagem interdisciplinar. H projetos didticos para o desenvolvimento de habilidades de leitura e produo de textos. H projetos didticos para atendimento comunidade carente. H projetos didticos para reciclagem do lixo e manuteno do meio ambiente. H projetos didticos para preservao da sade mental e fsica. H projetos didticos para estudo e registro das atividades culturais da comunidade. H anlise de fatores polticos, legais, econmicos, sociais e culturais da comunidade para compreenso do papel social da escola. H conhecimento e aplicao, no desenvolvimento do currculo da escola, das bases vigentes legais e estruturais da educao para a poltica educacional.

SIM

NO

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f Se desejar, especifique outros aspectos descritivos no contidos nas afirmativas acima que podem ser apontados como problemas didticos da sua escola. f Construa um documento parte no qual voc copiar as frases em que assinalou NO. Identifique e registre as causas dessas situaes e de que forma elas influenciam no desempenho dos alunos e no trabalho dos professores.

f Formule um plano para resolver os problemas identificados. f As frases assinaladas com SIM provavelmente refletem os aspectos didticos positivos de sua escola. Descreva-os e analise como eles foram resolvidos e de que forma melhoraram o desempenho dos alunos e o trabalho dos professores.

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3. O QUE A PROPOSTA CURRICULAR DA SECRETARIA DA EDUCAO DO ESTADO DE SO PAULO? COMO IMPLANT-LA?Se voc respondeu aos questionrios anteriores, agora conhece melhor a cultura de sua escola, seus sucessos e problemas. Com certeza j tem planos de interveno a serem negociados e registros de boas experincias a serem divulgadas. Neste momento do ano, voc j vivenciou tambm o Projeto So Paulo Faz Escola, edio especial da Proposta Curricular (Recuperao Intensiva), que ocorreu nas primeiras semanas do ano letivo de 2008, com a distribuio do Jornal do Aluno e da Revista do Professor, para professores e alunos de todas as sries do Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio. O Projeto uma evidncia de que a Secretaria da Educao est disposta a no medir esforos para atender s necessidades de aprendizagem dos alunos e ajudar os professores e a escola nesse sentido. Logo mais, neste texto, o Projeto ser retomado para sua reflexo. A Proposta Curricular faz parte de um plano poltico para a melhoria da qualidade do ensino oferecido pelas escolas pblicas do Estado de So Paulo. Ela vlida, portanto, para todas as escolas que compem o sistema estadual de ensino. Esse, provavelmente, seu principal argumento: a sua escola faz parte de um sistema de ensino. Segundo a LDB 9.394/96, a Proposta Pedaggica da escola deve ser definida com autonomia pelos estabelecimentos de ensino, de acordo com as regras dos sistemas de ensino a que esto subordinados. Esse aspecto legal, muitas vezes, pouco compreendido. Seu significado que a escola tem uma autonomia relativa na definio de sua Proposta Pedaggica. Assim, h limites, que so prerrogativas do sistema. No caso de sua escola, quem determina esses limites o sistema estadual (h outros sistemas, como o municipal e o federal, que legislam sobre as escolas). A Proposta Curricular que se anuncia um desses limites. A Proposta Curricular uma ao relacionada a um plano poltico para a educao oferecida pelo sistema estadual. O Plano Poltico Educacional do Governo do Estado de So Paulo definiu quatro metas diretamente relacionadas com a funo do Professor Coordenador na escola que visam, em sua essncia, melhoria da aprendizagem do aluno. Conhea essas metas no quadro a seguir.

Os pilares da Proposta CurricularEste tpico vai retomar os principais fundamentos da Proposta Curricular que ser implantada em sua escola. Ao estudar para o concurso, voc certamente j compreendeu bem muitos deles. No entanto, para os professores, pais e alunos eles ainda so novidades. Esta , portanto, a ao inaugural do seu papel de Professor Coordenador: divulgar a Proposta Curricular. Em tpico anterior, j foram destacados os cuidados que voc deve ter ao comunic-la. Esteja preparado, pois esta sua primeira cena.

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As dez metas do novo Plano Poltico Educacional do Governo do Estado de So Paulo 1. Todos os alunos de 8 anos plenamente alfabetizados. 2. Reduo de 50% das taxas de reprovao da 8 srie. * 3. Reduo de 50% das taxas de reprovao do Ensino Mdio. * 4. Implantao de programas de recuperao de aprendizagem nas sries finais de todos os ciclos de aprendizagem (2, 4 e 8 sries do Ensino Fundamental e 3 srie do Ensino Mdio). * 5. Aumento de 10% nos ndices de desempenho do Ensino Fundamental e Mdio nas avaliaes nacionais e estaduais. * 6. Atendimento de 100% da demanda de jovens e adultos de Ensino Mdio com currculo profissionalizante diversificado. 7. Implantao do Ensino Fundamental de 9 anos, com prioridade municipalizao das sries iniciais (1 a 4 sries). 8. Programas de formao continuada e capacitao da equipe. 9. Descentralizao e/ou municipalizao do programa de alimentao escolar nos 30 municpios ainda centralizados. 10. Programa de obras e melhorias de infra-estrutura das escolas. * As metas em destaque devem estar presentes em seu plano de ao.

Os direitos constitucionais, reafirmados pela LDB 9.394/96, de democratizao da educao para todos, so retomados no Plano acima como o direito de efetivamente se aprender na escola a cultura que a escola socializa: os atos de ler e de escrever, os processos matemticos, histricos, cientficos etc. Os indicadores das avaliaes externas (Saeb, Saresp, Pisa) sobre o domnio dos alunos desses saberes so desalentadores. H necessidade de uma interveno pedaggica imediata. A escola no pra. As geraes que por ela passam no podem ficar prejudicadas por falta de uma poltica radical que defina, implante e avalie a aprendizagem desses saberes com alto valor social. Os alunos tm direito de aprender. Esse o lema da atual poltica. Esse deve ser o lema de sua escola.

Aes imediatas para a implantao do programa So Paulo Faz Escolaf Implantao de Base Curricular Comum para toda a rede estadual (Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio). f Divulgao dos contedos bsicos de aprendizagem para todas as sries do Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio. f Distribuio das propostas curriculares (por disciplina) e orientaes de prticas de sala de aula para os professores de disciplinas/sries do Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio. f Seleo de 8 mil Professores Coordenadores para apoio implantao e orientao do programa. f Implantao da avaliao bimestral dos alunos e de processos contnuos e dirigidos de recuperao.

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Cadernos do Gestor Volume i

A Proposta Curricular tem seus princpios estabelecidos em pilares pedaggicos, didticos, psicolgicos, sociolgicos, filosficos, polticos e legais que refletem as pesquisas, as teorias e as necessidades educacionais. Evidente que a assimilao desses princpios demanda muito conhecimento sobre a funo social da escola. Vale aqui lembrar a insuficiente formao dos professores nas reas citadas, o que far com que o Professor Coordenador encontre na escola muitas opinies de senso comum, com uma reflexo pouco sistematizada sobre a educao pblica. Entretanto, no hora de antagonismos. A capacitao em servio e as vrias aes previstas pela SE procuraro ajud-lo a superar esse carter formativo do professor. O Professor Coordenador deve lembrarse de sua funo cooperativa e colaboradora na relao com os professores. No se deve atribuir ao professor mais tarefas, alm daquelas que so especficas de sua funo: preparar e ministrar as aulas, avaliar e acompanhar a aprendizagem dos alunos. O tempo do professor precioso e deve ser totalmente dedicado s atividades de sala de aula. Um conselho: evite as burocracias. Os professores vivem em clima de panela de presso.

Importante nesta etapa implantar a Proposta Curricular, identificar as tenses e criar consensos. Separar claramente o que desejvel e o que vivel. Voc j realizou o perfil de sua escola. O perfil de sua escola que voc estabeleceu a partir dos instrumentos sugeridos por este Caderno (do ambiente, dos docentes, dos alunos, dos pais, dos funcionrios e dos gestores) deve servir de base para as discusses, que podem ser iniciadas por debates pblicos com os diferentes segmentos da populao escolar.

Recursos disponveisOs professores sero os primeiros a participar dos debates propostos (logicamente os gestores j devem ter assimilado a viso dos princpios da proposta, at porque sero eles que organizaro os encontros). Sero distribudos 12 cadernos com Propostas Curriculares de Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio por disciplina: Lngua Portuguesa, Arte, Educao Fsica, LEM Ingls (rea Linguagens e Cdigos e suas Tecnologias); Histria, Geografia, Filosofia (rea Cincias Humanas e suas Tecnologias); Cincias, Fsica, Qumica, Biologia (rea Cincias da Natureza e suas Tecnologias); e Matemtica (rea Matemtica).

FILOSOFIA

BIOLOGIA

QUMICA

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

PROPOSTA

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

EDUCAO FSICA

MATEMTICA

LEM-INGLS

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

PROPOSTA

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

CURRICULARDO ESTADO DE SO PAULO

PROPOSTA

LNGUA PORTUGUESA

GEOGRAFIA

HISTRIA

CINCIAS31

FSICA

ARTE

Nesses cadernos, h alguns textos comuns: f Apresentao; f Princpios para um currculo comprometido com seu tempo; f A rea de Cincias da Natureza e suas Tecnologias; f A rea de Cincias Humanas e suas Tecnologias; f A rea de Linguagens e Cdigos e suas Tecnologias; f A Matemtica e as reas do conhecimento; So textos que sintetizam a Proposta Curricular e apresentam os princpios que devem ser lidos e compreendidos, em conjunto, por todos os professores, na tentativa de organizar consensos sobre os pontos comuns da Proposta (em outro tpico sero apresentadas sugestes para organizar o debate a respeito). O objetivo definir um conjunto de direitos e deveres recprocos para a construo de compromissos com o ensino e a aprendizagem, evitando-se o discurso do fracasso da escola. Cabe ao Professor Coordenador otimizar o debate e identificar as presenas e abstenes, as interaes estabelecidas, os consensos, as tenses, as interpretaes, as crticas, as dvidas, as demandas especficas dos participantes. importante, durante as discusses, saber identificar as primeiras impresses, mais at do que realizar intervenes precipitadas. preciso oferecer um espao para que os professores expressem suas opinies, questionem o sistema e at duvidem do proposto. O Professor Coordenador deve fazer observaes e anotaes das falas e das interaes dessa etapa, ou pedir que um estagirio (se houver) o faa. Esse registro pode servir, em outro momento, para planejar as intervenes futuras, que devem ser pensadas com os pares (outros Professores Coordenadores) e com o Diretor da escola. Lembre-se de que seu papel de articulador e que a prescrio cabe ao Diretor da escola.

Segue um quadro-resumo dos princpios da Proposta Curricular. O Professor Coordenador deve estar preparado para apresent-lo aos professores antes mesmo da leitura dos textos iniciais, considerando que o processo de construo da Proposta se caracteriza pelo respeito ao saber j construdo pelas escolas pblicas do sistema estadual de ensino e tambm por sua valorizao. No haver modismos e nem rupturas na Proposta, uma vez que ela se caracteriza como um instrumento de orientao para a gesto do currculo na escola e da aprendizagem na sala de aula.

Estrutura da propostaPrincpios da organizao curricular: f Currculo cultura. f O currculo deve ser referido a competncias. f O currculo tem como prioridade as competncias leitora e escritora. f O currculo deve articular as competncias para aprender. f O currculo contextualizado no mundo do trabalho. O Documento 1 (12 Propostas Curriculares organizadas por disciplina do Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio), que os professores devem receber, tem por finalidade apresentar os textos com os fundamentos gerais da Proposta (textos iniciais comuns j citados) e textos especficos por disciplina. Os textos gerais (ver Propostas de Disciplina, pginas de 8 a 40), quando possvel, devem ser lidos conjuntamente pelos professores das reas (Linguagens e Cdigos, Cincias Humanas e Cincias da Natureza), podendo os professores de Matemtica ser distribudos pelas trs reas, evitando-se neste momento a discusso estritamente disciplinar e buscando uma discusso mais pedaggica, como os textos gerais sugerem.

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Cadernos do Gestor Volume i

A cada bimestre do ano de 2008, os professores recebero Cadernos bimestrais por disciplina/srie, cujo contedo deve ser seguido para que sejam implantados efetivamente em sala de aula os processos descritos na Proposta Curricular. Nos Cadernos do Professor h orientaes especficas para aplicao das atividades junto aos alunos. Material Especificao 12 cadernos, um por disciplina, com os fundamentos e princpios da proposta curricular e o contedo programtico para cada uma das disciplinas do Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio.

Como possvel observar nesse exemplo de sumrio, a partir da pgina 41 comeam a ser apresentados os fundamentos da Proposta Curricular de cada disciplina. A discusso desses tpicos, preferencialmente, deve ser feita por professores especficos das disciplinas. Esta discusso deve gerar o plano de ensino das disciplinas. Neste momento, o Professor Coordenador pode tambm distribuir para o grupo os Cadernos do Professor do primeiro bimestre, por disciplina e srie (63 Cadernos), com a proposio de atividades de sala de aula, de avaliao e de recuperao, alm de indicao de recursos e bibliografia.

Proposta Curricular

Proposta Curricular. Cadernos do Gestor

4 cadernos. Um para cada bimestre de 2008.

Proposta Curricular Cadernos do Professor

252 cadernos ao longo do ano de 2008, 63 por bimestre: um para cada disciplina/srie do Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio. Os primeiros cadernos de cada disciplina devero chegar s Diretorias na semana de 25/03/08.

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Material

Especificao Vdeos com a participao dos especialistas autores que discutem os fundamentos e princpios da proposta, das reas e das disciplinas, como apoio para as discusses das equipes escolares para implementao da proposta curricular. O primeiro DVD deve chegar s Diretorias na semana de 25/03/08. CDs com contedos de apoio para as atividades propostas nos Cadernos do Professor. Os primeiros CDs devem chegar s DEs a partir da semana de 25/03/08, com material de apoio para os cadernos do professor de Arte e Geografia.

DVD So Paulo Faz escola. Proposta Curricular 1 bimestre

hora de pensar como ser realizado o anncio da Proposta para os pais, alunos e funcionrios e como ser realizado o acompanhamento da implantao da Proposta Curricular em sala de aula. Um plano de imediato deve ser articulado e agendado. Discuta esse plano com seu Diretor.

Uma nota necessria preciso uma meno sobre a passagem do perodo de Recuperao Inicial para o da Proposta Curricular. A implantao da Proposta Curricular j comeou quando da realizao do perodo de Recuperao Inicial. H uma continuidade nesse processo e o Professor Coordenador far a transio entre o perodo de Recuperao Inicial e a implementao da Proposta. Aps a avaliao junto aos professores do processo de recuperao, que foi realizado neste incio de ano letivo, o Professor Coordenador deve mostrar como as prticas vivenciadas esto articuladas com as prticas que se apresentam na Proposta Curricular. Tanto o Projeto de Recuperao Inicial quanto as Propostas Curriculares por disciplina defendem os mesmos princpios, articulam materiais didticos para professores e alunos e dividem os mesmos objetivos a melhoria da aprendizagem dos alunos e da docncia dos professores.

Materiais de apoio para as escolas

Para finalizar, o Professor Coordenador deve estar atento seguinte afirmativa: sem o apoio dos professores nenhuma proposta implementada de fato. Aps esse primeiro exerccio de divulgao da Proposta Curricular para os professores,

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Cadernos do Gestor Volume i

4. AVALIAO DA APRENDIZAGEMA implementao da Proposta agora j conhecida por todos precisa de um plano de avaliao. O sucesso desse projeto deve estar refletido na aprendizagem dos alunos, uma vez que ela que representa a qualidade do ensino oferecido pela escola. Se todos os alunos aprenderem mais, podese dizer que os esforos dos professores, gestores e da Secretaria deram certo. As Propostas Curriculares das disciplinas apresentam metas de aprendizagem por sries/bimestres do Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Mdio. Os alunos devem aprender determinados contedos e habilidades, no bimestre, para que possam acompanhar os contedos e habilidades dos bimestres subseqentes. As Propostas indicam um processo de subordinao entre contedos e habilidades, distribudos em sries e bimestres. Isso quer dizer que h uma estrutura curricular interna que considera o bimestre como tempo mnimo de aprendizagem. Esses contedos/habilidades bimestrais indicados nas Propostas Curriculares das disciplinas devem ser observados pelo prisma dos Cadernos do Professor de cada disciplina, srie e bimestre. Nesses Cadernos, h orientaes especficas de aulas, avaliaes, recursos, metodologias etc. Essas orientaes pressupem a aprendizagem do aluno dos contedos/ habilidades determinados para o bimestre, nas Propostas das disciplinas, inclusive os casos de recuperao de alunos que no conseguiram o domnio dos contedos/habilidades indicados nas Propostas. de responsabilidade do Professor Coordenador articular os modos de verificao e o registro das aprendizagens e os encaminhamentos para a recuperao. Logo aps o anncio da Proposta, durante as HTPCs, o Professor Coordenador deve definir com os professores como ser o processo de avaliao das aprendizagens e a implementao das atividades indicadas no Caderno do Professor de disciplina/srie/bimestre. Os Assistentes Tcnico-Pedaggicos (ATPs) das Diretorias de Ensino auxiliaro o Professor Coordenador a sistematizar o acompanhamento desse processo nas escolas, propondo modos de registro das metas cumpridas e esclarecendo dvidas sobre o uso dos Cadernos do Professor de disciplina/srie/bimestre em sala de aula.

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Recuperao da AprendizagemArt. 1 A recuperao da aprendizagem constitui mecanismo colocado disposio da escola e dos professores para garantir a superao de dificuldades especficas encontradas pelos alunos durante o seu percurso escolar e ocorre de diferentes formas, a saber: I contnua: a que est inserida no trabalho pedaggico realizado no dia-a-dia da sala de aula, constituda de intervenes pontuais e imediatas, em decorrncia da avaliao diagnstica e sistemtica do desempenho do aluno; II paralela: destinada aos alunos do Ensino Fundamental e Mdio que apresentem dificuldades de aprendizagem no superadas no cotidiano escolar e necessitem de um trabalho mais direcionado, em paralelo s aulas regulares, com durao varivel em decorrncia da avaliao diagnstica; III de ciclo: constitui-se em um ano letivo de estudos para atender aos alunos ao final de ciclos do Ensino Fundamental que demonstrem no ter condies para prosseguimento de estudos na etapa posterior. Art. 2 Para o desenvolvimento das atividades de recuperao paralela, cada unidade escolar deve elaborar projetos especiais a serem desenvolvidos ao longo do ano letivo, na seguinte conformidade: I no primeiro semestre, a partir do incio de maro at o final de junho; II no segundo semestre, a partir do incio de agosto at o final de novembro. 1 O aluno permanecer nas atividades de recuperao somente o tempo necessrio para superar a dificuldade diagnosticada. Resoluo SE 6, de 24-1-2008 * Leia a Resoluo completa colocada em texto anexo.

Propostas para organizar o processo de avaliao em sua escolaAntes de iniciar a reflexo sobre de que forma o processo de avaliao da implementao da Proposta Curricular dever ser feito, analise como sua escola realiza atualmente a avaliao da aprendizagem. Para isso, oferecemos um roteiro de perguntas. 1. Como sua escola define a terminalidade das sries do Ensino Fundamental e do Ensino Mdio (se houver)? Quais contedos/competncias so definidos? Como esses contedos/competncias foram definidos? Eles so avaliveis e avaliados? Como? 2. De que forma so realizados os ajustes do projeto da escola? Com que periodicidade?

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3. Como est definido no projeto da escola o processo de avaliao da aprendizagem e os instrumentos de acompanhamento e de avaliao? De que forma se verifica se as competncias previstas foram efetivamente construdas? 4. Que procedimentos so adotados quando se observa que o aluno no construiu as competncias requeridas? Quais os instrumentos de controle e registro so utilizados? 5. Como sua escola interpreta os resultados das avaliaes externas (Saeb, Enem, Saresp)? Nas prticas escolares contemporneas, os fatores internos (sensibilidade, motivao, emoo, auto-expresso) associam-se aos externos (cnones, valores culturais, saberes cientficos e tcnicos, histria da arte, literatura), consolidando os aspectos sensvel e cognitivo da avaliao. A avaliao requer cuidados por se tratar de uma rea na qual os produtos do fazer do aluno expressam sua cultura e subjetividade. necessrio considerar os modos de aprendizagem e as caractersticas pessoais dos estudantes, o que supe uma anlise dos contextos de aprendizagem e condies geradas pelos diversos nveis de ensino. O aprender deve ser compartilhado entre alunos e professores, cada um procurando desenvolver instrumentos de regulao das aprendizagens. Se os critrios e orientaes de avaliao forem compartilhados, os alunos podero auxiliar e acompanhar o percurso das prprias aprendizagens. A avaliao pressupe juzo de valor e uma marca da subjetividade do avaliador, que deve ser objetivada por critrios e resultados. De qualquer modo, a quantificao em si insuficiente para retratar os percalos da aprendizagem de cada aluno. Assim, as mudanas positivas percebidas nos estudantes precisam ser qualificadas, mesmo que no correspondam ao esperado ou que no possam ser expressas em notas. A avaliao no pode ser um instrumento de controle, de constatao pura e simples, mas um instrumento de aprendizagem e reorientao do planejamento das situaes de ensino. Tanto o professor como os alunos podem orientar seus fazeres em funo da avaliao, apesar de desempenharem papis distintos. A avaliao no um instrumento meramente quantitativo. Ela pode indicar o que e como o aluno aprendeu e de que maneira aperfeioar esses saberes por intermdio de novas situaes de ensino-aprendizagem. A avaliao pode revelar falhas na organizao do ensino que precisam ser corrigidas pelo professor. Assim, ao avaliarem seus alunos, os professores avaliam a si mesmos tambm. O professor precisa criar indicadores de avaliao com base nas atividades desenvolvidas, incorporando os saberes que os alunos trazem das experincias cotidianas para a escola, porque todos os contedos e competncias em jogo nas aprendizagens orientam a escolha desses indicadores. A avaliao pode apontar muitos aspectos da aprendizagem: a compreenso parcial; a deformao do conhecimento; a associao com conhecimentos prvios; a diferena nas elaboraes pessoais de atribuio de sentidos aos contedos; a correlao e distino entre saber, saber fazer e saber ser no convvio com o outro.

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Por que a aprendizagem entre iguais (alunos de uma mesma srie) uma situao privilegiada? Os pares, tendo acesso s mesmas fontes de informao, podem observar como criar distintas relaes entre competncias e contedos, gerando mltiplas solues e tantas respostas (em trabalhos, textos escritos e falas) quantos forem os estudantes. Para avaliar de modo diferenciado, considerando que cada aluno traa um percurso pessoal, necessrio que o professor compreenda como o aluno aprende e como ele faz uso das aprendizagens. Assim, o professor deve fazer os alunos sentirem que aprender na escola uma situao compartilhada e de co-responsabilidade, inclusive entre os pares, que podem apresentar distintos nveis de aprendizagem. O resultado da avaliao no pode ser uma sano de carter expiatrio, mas uma maneira de informar estudantes e professores sobre o desenvolvimento da aprendizagem, para que todos possam ajustar seus processos. Nesse sentido, avaliar tem carter formativo e informativo. Um texto escrito produzido em uma prova, um trabalho de pesquisa ou uma sntese de leitura podem servir como material de avaliao. fundamental que se estabelea, no contrato didtico1, que os textos devem ser autorais, ou seja, no devem representar repetio ou cpia de textos ou contedos estudados. Apenas dessa forma possvel perceber nos textos o raciocnio, as idias, as interpretaes e as relaes que cada aluno construiu sobre determinados temas. A correo de textos requer um professor/leitor que saiba observar o que cada um aprendeu, como aprendeu, o que elaborou, o que sabe superficialmente, o que deformou, as idias inadequadas s investigaes ou contedos, as competncias desenvolvidas e as que ainda faltam desenvolver para a concretizao das tarefas.

Se, devido ao grande nmero de alunos, o professor no conseguir ler todos os trabalhos, pode separar exemplos significativos, analis-los e distribu-los, para que os autores apresentem suas dvidas e questes. Alm das aes em sala de aula, deve ser includa nas atividades do aluno a auto-avaliao, principalmente no Ensino Mdio, para que ele aprenda a regular suas aprendizagens e situar-se como um aprendiz entre outros, com limites e possibilidades, semelhanas e diferenas. Vamos detalhar essa questo. No incio do ano, um Plano elaborado. Nele esto contidos objetivos, contedos e metodologias para o ensino. Ao final de cada bimestre est em jogo uma avaliao do processo de ensino do professor e da aprendizagem do aluno. Na promoo ou recuperao do aluno, devem-se verificar tambm quais foram os objetivos, contedos e metodologias realmente desenvolvidos em sala de aula, naquele determinado perodo. Neste momento, o professor dever fazer uma digresso sobre o que ensinou e como ensinou, para depois tomar uma deciso justa. Essa reflexo se torna ainda mais pertinente se o Plano estiver em sintonia com as Propostas Curriculares das disciplinas. Nos Cadernos do Professor por disciplina/ srie/bimestre, h a definio das expectativas de aprendizagem por disciplina/srie/bimestre. Os professores de disciplina/srie devem se identificar com essas expectativas e, necessariamente, inclu-las em seus planos. A sugesto a organizao de planos comuns para as disciplinas e sries, isto , todos os professores de cada disciplina e srie devem estar ensinando e avaliando os mesmos contedos e habilidades. As diferenas de aprendizagem dos alunos fazem parte de pauta especfica: os processos contnuos de recuperao.

1 Por contrato didtico entende-se um conjunto de regras implcitas e explcitas, que regem a relao de mediao de saber que o professor realiza junto aos alunos.

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Esse mecanismo procura contemplar o direito de aprender, a diversidade, a eqidade. Fcil transferir para o aluno essa responsabilidade, reprovando-o em finais de sries ou ciclos. O direito de todos em aprender a cultura e o que a escola ensina o eixo da Proposta Curricular da SE e o principal objetivo da funo do Professor Coordenador. A Constituio, a LDB, O Estatuto da Criana e do Adolescente legalizam esse direito e criam mecanismos de sano para os responsveis que no o cumprem. interessante que o Professor Coordenador indique um professor de cada disciplina que ficar responsvel pela construo do plano geral da disciplina com seus pares, pela aplicao das atividades propostas nos Cadernos do Pro-

fessor e pelos processos de avaliao, gerando, por enquanto, a construo de um plano curricular vertical das disciplinas. Sugere-se, neste momento de implantao da Proposta Curricular, que esse exerccio seja feito por bimestre. At o fim do primeiro bimestre a questo da avaliao em sua escola deve estar definida. Leia, tambm, a Resoluo SE 61, de 24-092007 (vide Anexo), que dispe sobre o registro do rendimento escolar dos alunos das escolas da Rede Estadual. O Professor Coordenador deve estar sempre bem informado sobre os textos de legislao nacional e estadual. O Caderno do Gestor do segundo bimestre ter a avaliao como seu tema principal, detalhando os resultados do Saresp 2007 e a proposta do Saresp 2008. Aguarde!

Etapas para construir o projeto de avaliao de sua escola 1. Definio explcita (currculo bsico) dos pontos de partida e de chegada da aprendizagem do aluno em determinada disciplina/srie/bimestre (o que prioritrio e indispensvel para a preparao do futuro social e profissional do aluno). 2. Determinao explcita, por parte dos professores, de quais so os pr-requisitos de cada disciplina/srie/bimestre, sem os quais no seria possvel o acompanhamento cognitivo, pelo aluno, na srie/bimestre subseqente. 3. Diagnstico do saber do aluno, para cada disciplina de cada srie, antes e ao final de cada bimestre, com a finalidade de ajustamento do currculo, controle da interveno do professor, criao de apoio curricular e acelerao da aprendizagem. 4. Sistematizao da avaliao, para cada disciplina de cada srie, ao final de cada bimestre, e realizao das mudanas curriculares baseadas nessa sistematizao, para que haja confiabilidade de todos os envolvidos (sistema, alunos, comunidade, sociedade, professores, diretores etc.). 5. Divulgao pblica dos resultados e dos sucessos do processo e criao de classes de apoio destinadas queles alunos que mantm defasagens.

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5. ORGANIZAO DO TRABALHO DO PROFESSOR COORDENADOR Primeira ao pblica do Professor Coordenador:Divulgao da Proposta Curricular Agenda: dias 31/03 e 01/04De acordo com a Resoluo SE-87, de 19-12-2007, que dispe sobre o calendrio escolar para o ano de 2008, nas escolas da rede estadual de ensino (vide anexo), nos dias 31/03 e 01/04 devem ser realizadas atividades com os professores da escola para discusso da Proposta Curricular. Como j foi dito, essa a primeira ao pblica do Professor Coordenador. das, quadro de giz ou quadros para a escrita, caf, gua, enfim, tudo que possa caracterizar o ambiente. Os professores precisam se sentir confortveis e perceber que houve preocupao em criar um ambiente fsico favorvel s discusses. No se esquea, a melhor teoria a prtica. Antes de iniciar as discusses, procure separar os documentos de leitura para o grupo e incentiv-lo a conhecer os documentos oficiais. O professor precisa se sentir como parte de algo maior do que sua proposta particular de ensino. Muitos professores desconhecem a Proposta Pedaggica da prpria escola. preciso levar essa Proposta, discutir o diagnstico dos alunos e da comunidade, os objetivos da escola, as metas etc. Se possvel, crie, com uma semana de antecedncia, uma expectativa sobre o encontro, colocando cartazes na sala do professor com frases como: O que ser que vai acontecer nos dias 31/03 e 01/04?, Voc est preparado para mudar? ou outras que provoquem alguma discusso. No se esquea de informar os pais e os alunos sobre a reunio. Prepare um informativo ou carta detalhando os objetivos da reunio e o motivo da suspenso das aulas. No informativo, mencione uma data para a reunio com os pais para apresentar as deliberaes posteriores ao encontro com os professores. A suspenso das aulas, nesses dias, deve se caracterizar como um momento decisivo para a melhoria da escola e no como um fim de semana estendido. Se desejar, convide alguns pais e at mesmo representantes do Grmio Estudantil (se houver), para assistirem ao encontro e acompanharem as discusses.

SugestesInicialmente, discuta com o Diretor de sua escola como esse momento vai ser organizado. Defina o horrio mais apropriado, em que seja possvel contar com a totalidade da presena dos professores (nesses dias as aulas sero suspensas). Faa uma lista com os nomes dos professores por disciplina e o turno em que lecionam. interessante que as atividades ocupem oito horas de trabalho por dia. H muito assunto a ser discutido, voc j percebeu. Uma vez definido o horrio, faa um cronograma, que deve ser cumprido, para maximizar o tempo de todos. Esse cronograma deve contemplar: os temas a serem abordados, a metodologia que ser utilizada, os recursos necessrios, o local, as pessoas que vo expor, a constituio dos grupos etc. No se esquea de avaliar o espao em que o encontro ser realizado: se est limpo, confortvel, com iluminao, ventilao, tomadas suficientes (caso sejam preciso recursos que necessitem delas), cadeiras e mesas apropria-

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Prepare suas transparncias e textos com antecedncia, bem como a reproduo da pauta da reunio para distribu-la no dia do encontro. A organizao do encontro deve ser impecvel. Planeje previamente cada detalhe. Voc conhece sua escola e sabe do que as pessoas gostam, o que as motiva, o que faz com que elas se sintam participantes. Sugere-se, a seguir, uma pauta que pode ser adaptada para cada situao. Importante mesmo que voc tenha o cenrio e o roteiro definido de antemo.

conhecem a histria pessoal e profissional de seus colegas, pois os dilogos curtos no corredor ou a famosa fofoca impedem uma viso mais harmoniosa dos seus pares. Fica a pergunta do filsofo espanhol radicado na Colmbia Martin Barbero: O que faz com que as pessoas se juntem e o que faz com as pessoas se separem?. Proponha a leitura em voz alta por algum do grupo (pode ser um convite) do texto (vide Anexo) Tenho esperana que..., de Lima Barreto (se desejar, copie o texto para duplas de professores). Aps a leitura, pea que os professores, individualmente, redijam um texto com o ttulo Lembranas de meus tempos de estudante, eu tenho esperana que... Convide os professores para a leitura de seus textos para o grupo, em voz alta (produza voc tambm um texto e leia para o grupo). Durao: 1 hora. 4. Caf. Durante o caf, os professores podem receber as respectivas Propostas Curriculares e Cadernos do Professor por disciplina e srie. Prepare uma mesa para a retirada do material (solicite a ajuda de funcionrios ou estagirios). Prepare tambm uma lista de controle do recebimento do material para a assinatura dos professores isso evitar a retirada do material para os professores ausentes. Durao: 30 minutos. 5. Exposio: O que a Proposta Curricular? Responsvel: Professor Coordenador. Durao: 40 minutos. 6. Debate: perguntas dos professores. Durao: 40 minutos. 7. Almoo ou jantar. Durao: 1 hora e 30 minutos.

Proposta de Pauta da Reunio 1 DIA 31/03 1 PerodoRecursos: sala ampla e confortvel, cronogramas xerocados, computador com datashow ou retroprojetor, transparncias, listas de presena, listas para a retirada dos materiais. Pblico-alvo: todos os professores do Ensino Fundamental Ciclo II e do Ensino Mdio. 1. Apresentao do cronograma, dos objetivos da reunio e do(s) Professor(es) Coordenador(es). Responsveis: Diretores e supervisor da escola. Durao: 30 minutos. 2. Auto-apresentao do(s) Professor(es) Coordenador(es) e de suas funes e dos demais professores e convidados presentes. Durao: 30 minutos. 3. Atividade-estmulo para o autoconhecimento do grupo.

SugestoEste pode ser um momento significativo de vivncia do grupo de professores no cotidiano da profisso. Muitas vezes, poucos

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2 PerodoRecursos: salas amplas e confortveis, cronogramas xerocados, computador com data-show ou retroprojetor, transparncias, listas de presena, TV, vdeo, DVD, Programa 1. Textos: apresentao oficial da proposta; xerox de questionrio colocado no texto anexo Pesquisa sobre a aplicao do projeto inicial de recuperao; Propostas Curriculares das disciplinas. Pblico-alvo: todos os professores do E