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Edição 632 12 | JAN | 2009 Vender é preciso 0010100111011011000101001110110110001010011101101100010100111011011000101001110 A consultoria eMarketer apresentou semana passada um novo estudo sobre os investimentos que as peque- nas e médias empresas americanas farão em 2009 em marketing online. Desse universo 25% responderam que irão aumentar seus gastos em social media até dezembro. O email marketing continua forte e nessa categoria, 22% das companhias gastarão mais nesse recurso. O mundo dos blogs perdeu um pouco da força de anos anteriores. Segundo o estudo da eMarketer, os pequenos empresários pretendem elevar em apenas 12% o investimento este ano. O mundo corporativo colocou em 2008 os holofotes sobre os personagens da social media brasileira. As empresas perceberam a importância desse novo canal de comunicação interativo e não perderam tempo. Or- ganizaram eventos, participaram de conferências, implementaram algumas estratégias tímidas e, sobretudo, emprestaram seu capital social para blogueiros, donos de comunidade no Orkut, no Flickr e em outras redes sociais. Alguns desses personagens responderam à altura e consegui- ram estruturar um diálogo com as companhias. Era a época da bonança e gas- tar recursos para a construção de mar- cas junto aos atores desse novo mundo fazia sentido. Agora, em 2009, tudo será diferente. A social media do País precisa ajudar as empresas naquilo que elas mais querem em tempos de crise: vender. “Quem não oferecer essa respos- ta para os departamentos de marketing vai ficar fora do jogo. A época da festa acabou”, afirma um executivo de uma grande companhia multinacional que no ano pas- sado investiu centenas de milhares de reais em ações de marca para a social media nacional. “Agora o que deter- mina qualquer tipo de planejamento é o retorno sobre o investimento. Traduzindo: precisamos vender nossos pro- dutos.” Essa percepção não é exclusiva desse executivo. Entrevistados por BITES outros diretores de marke- ting afirmaram que os blogs e quaisquer outros canais de comunicação 2.0 precisam oferecer respostas concretas para um ano que promete ser um dos mais duros des- de o lançamento da versão comer- cial da internet em 1995. “Muitos dos meus colegas não tem a menor idéia como oferecer uma resposta para essa demanda”, afirma Marcelo Vito- rino, empresário e acionista majoritário da rede de blogs InBlogs. “Quem não se profissionalizar conti- nuará à espera de ganhar brindes das empresas.” Vi- torino é mais radical. Ele diz que a social media do Brasil é imatura para enfrentar tempos de crise. E a situação não está realmente fácil. O lado positivo desse atual momento é que a redução nas verbas de marketing poderá colocar a internet no centro das atenções das áreas de marketing. Com pouco dinheiro, as companhias serão mais seletivas em seus investimen- tos em publicidade e irão procurar projetos capazes de oferecer retorno rápido com qualidade. E nesse ponto investir em estratégias digitais de relacionamento pode ser uma opção para cumprir as metas de 2009. 000101001110110110001

2008osholofotes12|JAN|200900101001110110110001010011101101100010100111011011000101001110110110001010

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O mundo corporativo colocou em 2008 os holofotes 12|JAN|2009 0010100111011011000101001110110110001010011101101100010100111011011000101001110

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Edição 63212|JAN|2009

Vender é preciso0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0

A consultoria eMarketer apresentou semana passada um novo estudo sobre os investimentos que as peque-nas e médias empresas americanas farão em 2009 em marketing online. Desse universo 25% responderam que irão aumentar seus gastos em social media até dezembro. O email marketing continua forte e nessa categoria, 22% das companhias gastarão mais nesse recurso. O mundo dos blogs perdeu um pouco da força de anos anteriores. Segundo o estudo da eMarketer, os pequenos empresários pretendem elevar em apenas 12% o investimento este ano.

O mundo corporativo colocou em 2008 os holofotes sobre os personagens da social media brasileira. As

empresas perceberam a importância desse novo canal de comunicação interativo e não perderam tempo. Or-ganizaram eventos, participaram de conferências, implementaram algumas estratégias tímidas e, sobretudo, emprestaram seu capital social para blogueiros, donos de comunidade no Orkut, no Flickr e em outras redes sociais. Alguns desses personagens responderam à altura e consegui-ram estruturar um diálogo com as companhias. Era a época da bonança e gas-tar recursos para a construção de mar-cas junto aos atores desse novo mundo fazia sentido. Agora, em 2009, tudo será diferente. A social media do País precisa ajudar as empresas naquilo que elas mais querem em tempos de crise: vender. “Quem não oferecer essa respos-ta para os departamentos de marketing vai ficar fora do jogo. A época da festa acabou”, afirma um executivo de uma grande companhia multinacional que no ano pas-sado investiu centenas de milhares de reais em ações de marca para a social media nacional. “Agora o que deter-

mina qualquer tipo de planejamento é o retorno sobre o investimento. Traduzindo: precisamos vender nossos pro-dutos.” Essa percepção não é exclusiva desse executivo.

Entrevistados por BITES outros diretores de marke-ting afirmaram que os blogs e quaisquer outros canais de comunicação 2.0 precisam oferecer

respostas concretas para um ano que promete ser um dos mais duros des-de o lançamento da versão comer-cial da internet em 1995. “Muitos dos meus colegas não tem a menor idéia como oferecer uma resposta

para essa demanda”, afirma Marcelo Vito-rino, empresário e acionista majoritário da rede

de blogs InBlogs. “Quem não se profissionalizar conti-nuará à espera de ganhar brindes das empresas.” Vi-

torino é mais radical. Ele diz que a social media do Brasil é imatura para enfrentar tempos de crise. E a situação não está realmente fácil. O lado positivo

desse atual momento é que a redução nas verbas de marketing poderá colocar a internet no centro das atenções das áreas de marketing. Com pouco dinheiro, as companhias serão mais seletivas em seus investimen-tos em publicidade e irão procurar projetos capazes de oferecer retorno rápido com qualidade. E nesse ponto investir em estratégias digitais de relacionamento pode ser uma opção para cumprir as metas de 2009.

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