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REVISTA No 53 • JULHO/AGOSTO 2005REVISTA No 63 • MARÇO/ABRIL 2007
MINEIROSENTRA EM OPERAÇÃO O NOVO COMPLEXO AGROINDUSTRIAL
CAPA
EDIT
ORI
AL
SUM
ÁRI
O
2 PERDIGÃO HOJE
A incidência de casos de gripe aviária, que res-
surgiu na Ásia, com refl exos na Europa; a sus-
pensão da importação de suínos pela Rússia e
a desvalorização do dólar frente ao real foram
o pano de fundo de um cenário que fi zeram de 2006 um
período pouco favorável para as empresas exportadoras.
Investindo na diversidade de mercados – atualmente mais
de cem países –, a Perdigão fechou o ano com exporta-
ções praticamente no mesmo volume e na mesma ordem
de negócios (cerca de R$ 2,5 bilhões) de 2005, embora a
lucratividade tenha sido afetada.
Em contrapartida, no mercado interno o quadro
foi diferente. O aumento do nível de ocupação e da
massa salarial, sinais nítidos da emergência de novos
consumidores, especialmente do Nordeste, teve im-
pacto positivo. Essa tendência, somada à expansão da
participação dos produtos de maior valor agregado no
mix, resultaram em um crescimento de cerca de 20%
na receita total da companhia, que somou mais de
R$ 6 bilhões.
Num ambiente menos propício que o dos anos an-
teriores, a Perdigão criou quase 4 mil novos empregos
e investiu cerca de R$ 500 milhões na ampliação e mo-
dernização de unidades produtivas, principalmente na
nova planta de Mineiros, que entra em operação neste
mês de março. Com as aquisições da Batávia e da Fru-
tier – dois outros importantes marcos de 2006 –, o total
dos recursos aplicados subiu para R$ 641 milhões.
Foi um ano de grandes conquistas, com avanços
em governança corporativa, simbolizados na entrada
no Novo Mercado da Bovespa, e na capacidade de
obtenção de fontes de financiamento, refletida na
captação de R$ 800 milhões em dezembro, que con-
firmou a confiança depositada na empresa por acio-
nistas e investidores.
O ano de 2007 também começa com avanços.
Um dos mais recentes, apresentado nesta edição, é
o aperfeiçoamento da estrutura organizacional, que
passa a adotar o conceito de unidades de negócio.
O novo modelo permite dar mais foco ao cliente,
garante maior responsabili-
dade sobre resultados e fa-
vorece o desenvolvimento
de lideranças, consolidando
o caminho para assegurar o
nosso lugar no futuro.
3 PRODUTOS45 anos de Choco Milk
4 CAPA O novo colosso da Perdigão 8 CARREIRA
Voz feminina
10 NEGÓCIOSLinha pet food
12 GESTÃORodízio de funções
14 REESTRUTURAÇÃODiretorias operacionais
16 PARCERIABanco do Brasil
18 ACONTECENotícias Perdigão
AR
QU
IVO
Nildemar Secches
Presidente
CAPA: FOTOS DE CAIRO FAGUNDES E JOÃO BATISTA PEREIRA DA SILVA CORREÇÃO: O AUTOR DA CAPA DA EDIÇÃO ANTERIOR É LEANDRO HIENDLMAYER
AVANÇOSNOVOS
PERDIGÃO HOJE 3
PROD
UTO
S
O Choco Milk, da Batávia,
chega aos 45 anos, pas-
sando a integrar o restrito
grupo das marcas de ali-
mentos que atravessam décadas com vita-
lidade e prestígio. Primeiro achocolatado
líquido do mercado, o produto foi lan-
çado no início dos anos 60 em embala-
gem de vidro retornável. Desde então,
acompanhando e, muitas vezes, anteci-
pando tendências,
deu origem a
uma ampla linha
e conquistou con-
sumidores de todas as idades.
Para marcar a data, Choco Milk
passou por um projeto de rejuvenesci-
mento, que começou pela logomarca,
incluiu mudanças no layout das emba-
lagens, bem de acordo com o público-
alvo, e deu um sabor mais acentuado de
chocolate. “O objetivo é estreitar ainda
mais os laços de afi nidade com o con-
sumidor”, diz Regina Boschini, gerente
executiva de marketing. O layout atual
traz cores fortes e marcantes, com um
fundo “quente”, que associa moderni-
dade à tradição
TRADIÇÃO EMODERNIDADENovidades marcam os 45 anos do Choco Milk, da Batávia, popular entre consumidores de todas as idades
e à qualidade, chamando a atenção nos
pontos-de-venda.
As novidades não fi caram por aí – a
linha iniciou 2007 com lançamentos e
com o reposicionamento de algumas
versões. O Choco Milk Power, deliciosa
bebida em moderna embalagem com
vitaminas A, C, D e E, garante mais
energia para o dia-a-dia. O tradicional
Choco Milk 200 ml ganhou um per-
sonagem infantil e nova embalagem,
para se tornar mais atrativo para a ga-
rotada. Para quem quer manter a forma,
o Choco Milk Light 200 ml tem apenas
70 calorias, não contém gordura e vem
com um visual metalizado, de fácil co-
municação com o público-alvo.
Muito popular no Sul do país,
especialmente no Paraná, o Choco
Milk Garrafa 200g chega no mer-
cado em moderna embalagem,
testada e aprovada pelos consumi-
dores, que facilita o uso do produto.
O Choco Milk 1 Litro, ideal para o
consumo familiar, e a Sobremesa Cre-
mosa 200g sabor chocolate também
são apresentados em novo layout.
acompanhando e, muitas vezes, anteci-
pando tendências,
sumidor”, diz Regina Boschini, gerente
executiva de marketing. O layout atual
Choco Milk 200 ml ganhou um per-
sonagem infantil e nova embalagem,
para se tornar mais atrativo para a ga-
rotada. Para quem quer manter a forma,
o Choco Milk Light 200 ml tem apenas
70 calorias, não contém gordura e vem
com um visual metalizado, de fácil co-
municação com o público-alvo.
dores, que facilita o uso do produto.
O Choco Milk 1 Litro, ideal para o
consumo familiar, e a Sobremesa Cre-
mosa 200g sabor chocolate também
são apresentados em novo
pando tendências,
deu origem a
uma ampla linha
e conquistou con-
executiva de marketing. O layout atual
traz cores fortes e marcantes, com um
fundo “quente”, que associa moderni-
dade à tradição
sonagem infantil e nova embalagem,
para se tornar mais atrativo para a ga-
rotada. Para quem quer manter a forma,
o Choco Milk Light 200 ml tem apenas
70 calorias, não contém gordura e vem
com um visual metalizado, de fácil co-
municação com o público-alvo.
dores, que facilita o uso do produto.
O Choco Milk 1 Litro, ideal para o
consumo familiar, e a Sobremesa Cre-
são apresentados em novo
4 PERDIGÃO HOJE
CAPA
Uma área de 135 hectares, onde
caberiam 175 campos oficiais
de futebol. Capacidade para
processar 81 mil toneladas
anuais de produtos à base de carne de
aves pesadas, o equivalente a 24 mil ca-
beças de perus e 140 mil de frangos e
Com equipamentos de última geração, começa a operar em Mineiros o novo complexo agroindustrial da Perdigão
de aves Chester® por dia. Investimentos
da ordem de R$ 510 milhões. Mais de
2 mil empregos diretos e mais de 8 mil
indiretos quando estiver operando com
capacidade plena. Duzentos módulos de
produção de aves.
É este, em síntese, o perfil do Com-
plexo Agroindustrial de Mineiros – 16a
unidade industrial da Perdigão –, em
Goiás, a 430 quilômetros de Goiânia,
que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
inaugura em março.
O projeto foi concluído em apenas
17 meses, num cenário adverso, marcado
DO FUTUROUMA FÁBRICA
CA
IRO
FAG
UN
DES
PERDIGÃO HOJE 5
por surtos de gripe aviária na Ásia e na
Europa, e com o desafi o de se tornar re-
ferência mundial na produção de aves.
Iniciadas em setembro de 2005, as obras
civis consumiram 15 mil metros cúbicos
de concreto. Na fase de pico, os trabalhos
mobilizaram 700 pessoas.
Aumento de receita“O novo complexo terá grande im-
portância para a estratégia de expansão
da Perdigão”, diz Evandro José Hister,
gerente industrial da unidade. Além de
ampliar a produção de frangos, Mineiros
possibilitará o crescimento nos segmentos
de perus e de aves Chester®, atividades até
agora concentradas em Carambeí (PR) e
Capinzal (SC), respectiva-
mente. Cerca de 80% da
produção terá como des-
tino o mercado externo.
Pelas projeções, a nova
unidade deverá elevar em
R$ 550 milhões a receita
anual da companhia.
Disponibilidade de
grãos e de mão-de-obra,
boas condições climáticas
e segurança sanitária fo-
ram os principais fatores que levaram à
escolha de Mineiros para implantação
de uma nova unidade industrial. O apoio
do governo do Estado de Goiás (por meio
da concessão de incentivos fi scais e re-
forço de infra-estrutura)
e da prefeitura de Minei-
ros (doação de áreas e
melhoria e manutenção
do sistema viário) via-
bilizaram o projeto. Do
total dos investimentos,
R$ 240 milhões fi caram
por conta da Perdigão,
com parte do fi nancia-
mento pelo BNDES. Os
R$ 270 milhões restantes
estão sendo aplicados pelos produtores
integrados na construção dos módulos
de produção. Os recursos provêm do
Fundo Constitucional do Centro-Oeste
(FCO) e do Fundo de Amparo ao Traba-
Presidente Lula: segunda visita a uma unidade industrial da companhia
Até 1999, quando completou 65 anos, a Perdigão concentrou suas atividades nos estados do Sul. Naquele ano, tinha início uma mudança que iria expandir drasticamente a área de atuação da empresa. Com o Projeto Buriti, nome de uma fruta do Cerrado, era dada a largada para a abertura de uma frente no Centro-Oeste. “O ponto de partida foi uma decisão estratégica. A produção de grãos no Sul, para abastecer os plantéis de aves, não iria acompanhar as necessidades da Perdigão”, conta Nelson Vas Hacklauer, diretor de desenvolvimento de negócios. “Era preciso abrir uma nova fronteira agrícola.”A região escolhida foi o Centro-Oeste, apontada como um grande celeiro pela produção de soja e milho. Além de boas terras, outro ponto favorável é o clima, com um regime de chuvas consistentes e risco baixo de perda de safras. Foi assim que Rio Verde, principal cidade da região, passou a sediar o maior complexo agroindustrial
da companhia. Foi um formidável desafi o, não só para a Perdigão, como para o setor, que não contava com um projeto dessa magnitude na região. A aposta no Centro-Oeste seria reforçada, poucos anos depois, com a decisão de instalar uma nova planta, agora em Mineiros.O passo seguinte foi Jataí, onde a empresa adquiriu o
incubatório Paraíso, uma granja de matrizes, além de incorporar o sistema de produtores integrados para operar, por meio de acordo com a Gale, uma unidade de abate e processamento de aves. Goiás se consolidou como o seu principal centro de produção de aves. A companhia também mantém no estado uma operação de bovinos, localizada em Cachoeira Alta.
Depois de Goiás, a Perdigão começa a criar um novo pólo no Centro-Oeste: o vizinho Mato Grosso. Nos próximos quatro anos estão previstos investimentos da ordem de R$ 100 milhões para ampliação do parque agroindustrial de Nova Mutum (MT), adquirido em 2006.
A CONQUISTA DO CENTRO-OESTE
Nova Mutum (MT): surge mais um pólo de desenvolvimento na região
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6 PERDIGÃO HOJE
CAPA
As primeiras famílias, vindas de Araxá, em Minas Gerais, chegaram à região no fi nal do século 19, atraídas por ricas jazidas de diamantes. Mais tarde, com as grandes extensões de pastos e água abundante foi a vez das fazendas de gado, atividade predominante quando a pequena vila de Mineiros foi elevada a município em 1905. O nome lembrava a origem dos pioneiros. Com o tempo, a pecuária deu lugar à produção de grãos. O destaque é a soja, plantada numa área
de 105 mil hectares, com produtividade de 3 mil toneladas por hectare. Em seguida, estão o milho e o sorgo. O turismo ecológico também é forte. O município abriga o Parque Nacional das Emas, que preserva mais de 100 mil hectares de mata nativa.A chegada da Perdigão e a introdução de um novo negócio, a avicultura, já começaram a transformar a vida da cidade. “A mudança é visível. Houve um aumento de veículos e faltam imóveis para alugar, o que está incentivando a construção de prédios de apartamentos e escritórios”, diz a prefeita Neiba Maria Moraes Barcelos (PSDB). Em janeiro, foram registradas 15 novas empresas por semana na cidade, marca nunca atingida antes. São os primeiros sinais de que, na trilha aberta pela Perdigão, parceiros e fornecedores estão se estabelecendo na cidade, repetindo a formação do cluster agrícola que trouxe impulso à Rio Verde. As vantagens se estendem aos serviços prestados à população. “A cidade ganhou uma nova escola, uma das antigas foi ampliada e o ambulatório médico vai se transformar no primeiro hospital público com maternidade e centro cirúrgico”, conta a prefeita.
Mineiros: 15 novas empresas por semana
lhador (FAT), por intermédio do
Banco do Brasil.
Referência na produção de avesO complexo é integrado por
dois abatedouros, um incubató-
rio e uma fábrica de rações, já
em fase de obras. Todo o empre-
endimento conta com as mais
modernas soluções, que visam
obter máxima produtividade e
excelência em biossegurança e
contribuir para a preservação do meio
ambiente. Entre as inovações apresen-
tadas pela planta de Mineiros está, por
exemplo, o sistema de atordoamento
de perus com utilização de dióxido de
Evandro: investimentos em tecnologia
UMA CIDADE EM OBRAS
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Mauro: zoneamento cria barreiras sanitárias
carbono (CO2), que reduz o esforço
físico dos funcionários, melhora a qua-
lidade e a maciez da carne e garante
melhor aproveitamento do peito. Ou-
tra novidade é a mudança da matriz
energética das caldeiras que
fornecem vapor para as linhas
de produção de perus e frangos.
“A utilização de gasogênio per-
mitirá um rendimento melhor e
vai reduzir em 10% o consumo
de lenha”, explica Mario Car-
neiro, gerente de engenharia da
Perdigão.
Cuidados com o meio ambienteA preocupação com o meio
ambiente se refl ete em todas as áreas do
complexo. No sistema de refrigeração,
um conjunto de medidas trará economia
e segurança. A principal delas visa re-
duzir em 50% a quantidade de amônia,
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PERDIGÃO HOJE 77
produto químico de alta toxidade, em-
pregado como fluido térmico. A solução
encontrada foi instalar unidades de gera-
dores e compressores para cada uma das
duas câmaras frigoríficas e para os dois
túneis de congelamento. em vez de co-
locar os equipamentos num único local,
como se faz habitualmente. Nas salas de
corte, onde é preciso manter a tempera-
tura a 10 graus centígrados, a amônia será
substituída por água gelada. Na linha de
produção de perus, novas tecnologias de
resfriamento vão permitir reduzir a perda
que ocorre na operação de desossa, de
3% para 1% do peso, segundo Carneiro.
Aproveitando o clima favorável da
região do Cerrado, o prédio da adminis-
tração, onde também ficam o restaurante,
os vestiários, o ambulatório e o refeitório,
utilizará energia solar. Todos os aspec-
tos foram rigorosamente planejados para
permitir o emprego, no maior grau pos-
sível, de fontes renováveis de energia. Os
cuidados com a natureza também estão
presentes no sistema de integração. Para
uma granja começar a funcionar, é obri-
gatório dispor de certificação ambiental,
concedida pelos órgãos públicos. Dos
200 módulos de produção previstos para
serem instalados até o final de 2008, já
foram aprovados mais de 100 e outros 36
estão em operação. Desse total, 80 nú-
cleos produzirão frangos de corte – cada
um deles terá capacidade para alojar até
100 mil aves.
Rio Verde foi modeloO novo empreendimento da Per-
digão atraiu produtores rurais de Rio
Verde, que já mantinham parceria com
a empresa. “O sucesso de Rio Verde
foi fundamental para a implantação do
sistema de integração em Mineiros”,
lembra Mauro Sérgio Souza, gerente de
agropecuária das unidades de Mineiros
e Jataí. Além de produtores da região, a
unidade de Mineiros tem como parceiros
na produção integrada ex-funcionários
da Perdigão, que irão operar 13 núcleos
de perus e 2 de frango. São profissionais
em fase de aposentadoria, que decidi-
ram iniciar uma nova atividade, contri-
buindo, com sua experiência, para o
sucesso da iniciativa.
O principal diferencial do sistema de
integração de Mineiros é o seu zonea-
mento. A região foi dividida ao meio,
tomando-se como base a barreira natu-
ral formada pelo Rio Verde, que passa
próximo a Mineiros. De um lado, estão
sendo instalados os módulos para produ-
ção de frangos e aves Chester® e, do ou-
tro, os diferentes sistemas de produção de
perus, que também estão separados em
microrregiões, criando uma espécie de
barreira sanitária. “A disposição das rodo-
vias locais ajudou nesse planejamento”,
explica Mauro. Tanto os caminhões de
transporte quanto as equipes de assistên-
cia técnica seguirão rotas diferentes para
realizar seu trabalho, garantindo, assim,
os mais rigorosos padrões em sanidade.
Quando for concluída a sua implan-
tação, a cadeia de integração deverá
consumir, anualmente, cerca de 210 mil
toneladas de milho e 120 mil toneladas
de farelo de soja, contribuindo para in-
crementar a produção de grãos, principal
base econômica de Mineiros.
Na primeira fase de operação, a uni-
dade deverá empregar cerca de 400 fun-
cionários, contingente que subirá para
1 mil até o final do ano.
Vista da nova unidade e, no alto, detalhe do incubatório: investimentos da ordem de R$ 510 milhões
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8 PERDIGÃO HOJE
CARR
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A VEZ DASMULHERES
Sexo feminino ganha espaço na linha de frente do quadro da companhia
No Dia Internacional da
Mulher – 8 de março –, a
Perdigão tem muito o que
comemorar. A data lembra
o massacre, há exatos 150 anos, de 130
operárias que morreram queimadas em
Nova York, protestando contra as condi-
ções de trabalho, e hoje celebra o papel,
cada vez mais destacado, da mulher na
sociedade. Além de responsável por uma
marca que se tornou sinônimo de faci-
lidade para ao dia-a-dia e para as gran-
des celebrações e conquistou milhões
de consumidoras, no Brasil e no mundo,
a Perdigão conta com a colaboração de
14.450 mulheres, quase um terço de seu
efetivo. Desse total, 9.519 são mães.
Nos cargos de chefia, a participação
das mulheres já representa cerca de 9%
e esse índice vem crescendo continua-
mente. O reconhecimento à contribuição
que elas oferecem para os resultados é
uma das prioridades do modelo de gestão
de pessoas implantado pela empresa. “Te-
mos uma política clara de promoção da
diversidade no trabalho e da valorização
da mão-de-obra feminina”, diz Gilberto
Orsato, diretor de recursos humanos. Essa
determinação inclui investimentos em
programas de capacitação e qualificação
das mulheres e garantia de igualdade de
condições com os homens no preenchi-
mento de cargos de decisão.
Com a reestruturação organizacional
que acaba de ser implantada, pela pri-
meira vez uma mulher foi destacada para
comandar uma unidade industrial da Per-
digão. Desde fevereiro, a engenheira de
alimentos Isadora Marcantonio Zarro está
à frente, na função de gerente, da planta
de Lages (SC), dedicada à produção de
massas, pratos prontos, pratos especiais e
Isadora: no comando de uma planta industrial que emprega 320 funcionários
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PERDIGÃO HOJE 9
linhas de aperitivos, liderando um quadro
de 320 funcionários. “Espero conseguir
contribuir para a empresa e somar forças
com a equipe”, diz.
Gaúcha, Isadora iniciou sua carreira
na Perdigão em 1998. No ano seguinte,
foi convidada a transferir-se para Videira
(SC) para integrar o grupo de desenvolvi-
mento de produtos derivados de suínos.
Não demorou muito para ganhar respon-
sabilidades maiores, assumindo o posto
de assessora técnica do projeto que levou
ao desenvolvimento da linha de massas.
Ao longo de sua trajetória na empresa,
nunca deixou de investir na carreira, con-
ciliando trabalho e estudos para ampliar e
atualizar conhecimentos. Nos oito anos em
que faz parte do quadro da Perdigão, cur-
sou especialização em massas nos Estados
Unidos, pós-graduação em marketing e
MBA empresarial em Santa Catarina, além
de participar de um programa in company
de especialização em carnes, ministrado
por técnicos do Instituto de Tecnologia de
Alimentos (Ital), de Campinas.
Aposta na diversidadeIsadora não é um caso iso-
lado. Outras três profissionais
acabam de ser promovidas a
cargos de comando. Maritza
Krauss e Marta Ikeda passaram a
comandar duas das quatro dire-
torias regionais no exterior – Ma-
ritza será responsável pela Eu-
rásia, que abrange os paises do
antigo bloco soviético, e Marta
pelas operações na Ásia. Roberta
França Nicolau, account mana-
ger lotada no escritório da
Holanda, foi promovida a
gerente da área corpora-
tiva de Garantia de Quali-
dade, em Videira.
As três seguiram per-
cursos diferentes, mas
têm, em comum, a alta
qualificação. A catari-
nense Maritza soma 12
anos de experiência na in-
dústria de alimentos, primeiro na Ceval e,
desde 2003, na Perdigão, sempre em ope-
rações internacionais. A paulista Marta
é formada em comércio exterior, com
MBA em agronegócio pela Universidade
de São Paulo (USP) e pós-graduação na
Insead, em Paris e em Cingapura, sua base
atual, e ingressou na empresa em 1990.
Graduada em engenharia de alimentos,
a paranaense Roberta fez pós-graduação
em Tecnologia e Garantia da Qualidade
na Universidade Michigan, nos Estados
Unidos, e começou sua carreira na Perdi-
gão como trainee em 1998.
Sem resistênciaAs novas executivas
que estão assumindo
posições de comando
não enfrentam resistên-
cia por parte de seus su-
bordinados. “Não existe
diferença entre chefiar
homens e mulheres. O
que conta é o profissio-
nal e os resultados que
ele apresenta”, diz Maritza. Ao eleger a
diversidade como um de seus princípios,
a Perdigão criou um ambiente favorável
ao trabalho da mulher e ao seu cresci-
mento na empresa. “Tenho orgulho de
fazer parte do time da Perdigão, que tem
me oferecido excelentes oportunidades
de desenvolvimento e reconhece o nosso
trabalho”, comenta Marta. “Ocupar um
cargo executivo é uma conquista e, no
exterior, mais ainda”, afirma Roberta.
Para assumir o comando da planta de
Lages, Isadora passou por um programa de
treinamento que se estendeu por um ano.
“Esse cuidado não é comum no
mundo corporativo brasileiro”,
diz. Durante esse período, ela
visitou outras unidades, acom-
panhando de perto o dia-a-dia
das operações, sempre com
ótima receptividade. “Agora, só
depende de mim. A expectativa
é grande porque nunca trabalhei
numa função de tanta responsa-
bilidade”, afirma. “Mas estou
muito confiante. Afinal, esse é
um teste que preciso vencer em
nome das mulheres.” Roberta: gerente de Garantia de Qualidade
Maritza: diretora para a Eurásia
Marta: à frente dos negócios na Ásia
10 PERDIGÃO HOJE
NEG
ÓCI
OS
PARA O MELHOR AMIGODO HOMEM
Nova divisão Essencial Pet Care vai disputar um mercado que movimenta US$ 1,8 bilhão por ano
Com a criação da divisão Essen-
cial Pet Care, a Perdigão está en-
trando no mercado de alimentos
para animais de estimação – pet
food –, um dos segmentos que registram
maior crescimento no país. A abertura dessa
nova frente de atuação representa mais um
passo no processo de diversifi cação da com-
panhia e levou em conta ganhos de sinergia
em sua variada cadeia.
Por dominar todas as etapas da pro-
dução de carnes, a Perdigão acabou se
tornando um grande fabricante de rações,
que alimentam seus plantéis de aves e
suínos e, ainda, atendem criadores de
outras espécies, de coelhos a cavalos.
Agora, com a linha Essencial Pet Care,
esse mercado será ampliado. “Trata-se
de um negócio de enorme potencial”,
diz Mila Fiorese, gerente de produtos da
Essencial Pet Care.
Mercado em expansãoMelhor amigo do homem desde a
Antiguidade, o cão está ganhando im-
DO HOMEMNova divisão Essencial Pet Care vai disputar um mercado que movimenta US$ 1,8 bilhão por ano
portância crescente na vida
das pessoas, merecendo cui-
dados especiais e criando
um amplo mercado. No
Brasil, o segmento de pet
food já movimenta mais de
US$ 1,8 bilhão. “O cresci-
mento anual tem sido de
20%, em média”, informa
Mila. Em 2005, foram pro-
duzidas mais de 1,5 milhão
de toneladas de ração, dez
vezes mais do que no início
dos anos 90, o que torna o
país o segundo maior mer-
cado consumidor de pet
food, depois dos Estados
Unidos, de acordo com
o jornal Valor Econômico.
Um levantamento da Associação
Nacional dos Fabricantes de Alimentos
para Animais de Estimação (Anfal Pet)
revela que os brasileiros criam quase 29
milhões de cães – a relação é de um para
cada seis habitantes.
LançamentosInicialmente, a Essencial Pet Care terá
duas linhas – Balance e Supper –, na
unidade industrial de Francisco Beltrão,
no Paraná, que já produz rações para
aves, suínos e outros animais. A planta
PERDIGÃO HOJE 11
PARA O MELHOR AMIGODO HOMEM
teve sua capacidade duplicada e rece-
beu investimentos para a aquisição de
modernos equipamentos, desenvolvidos
especialmente para a fabricação dos no-
vos produtos.
A linha Balance tem como alvo uma
faixa de público preocupada em propor-
cionar vida saudável ao seu cão. Cada
vez mais, as pessoas buscam qualidade
de vida e estendem essa preocupação ao
seu cão, que faz parte da família. Assim,
no desenvolvimento dos produtos foram
selecionados ingredientes que atendem
às necessidades específi cas de cada ani-
mal, de acordo com sua raça e porte
(pequeno, médio e grande), etapa da vida
(fi lhotes, adultos e cães de idade avan-
çada) e paladar. A Balance tem produtos
ideais para quem deseja dar a melhor ali-
mentação que o cão precisa ter em todas
as fases de sua vida.
A linha será apresentada em cinco
variedades: Filhotes Raças Pequenas, Fi-
lhotes Raças Médias e Grandes, Adultos
Raças Pequenas, Adultos Raças Médias
e Grandes e Adultos Sê-
nior, esta última com
uma composição que
traz benefícios como a
manutenção da vitali-
dade, saúde do sistema
imunológico, articula-
ções saudáveis e pre-
venção da osteoporose.
As versões para fi lhotes
e cães mais velhos têm
como base o frango, en-
quanto as destinadas aos
animais adultos utilizam
carne bovina. As embalagens contêm
1 e 15 quilos. A inclusão de maçã, já
oferecida por muitos donos a seus cães,
entre os ingredientes é outro importante
diferencial da marca.
A linha Supper é destinada a pro-
prietários que também fazem questão
de qualidade. As formulações são com-
pletas e balanceadas,
dispensando o uso de
suplementação alimen-
tar. Ingredientes especí-
ficos garantem um exce-
lente sabor, facilitando
a aceitação do produto
pelos cães. Os produ-
tos Supper terão versões
para filhotes e adultos,
com sabor e formatos de
carne e ossos e disponí-
veis em embalagens de
2, 15 ou 25 quilos.
DistribuiçãoOs produtos serão distribuídos pri-
meiramente em canais especializados
– lojas agropecuárias, pet shops e clí-
nicas veterinárias –, responsáveis por
aproximadamente 70% das vendas do
setor. “A estratégia será começar pela
Região Sul e por São Paulo, que re-
presenta 40% do consumo brasileiro
de pet food, aproveitando parte da
estrutura montada para distribuição
das rações para animais de criação”,
explica Mila.
Nessa fase inicial, as ações de
marketing terão como alvo médicos
veterinários e lojistas. As duas linhas
atendem a altas exigências nutricionais
e esses profissionais exercem grande
influência na decisão de compra. O
objetivo da Essencial Pet Care é con-
quistar 5% de participação no mercado
até o final de 2008.Mila: um mercado que cresce, em média, cerca de 20% ao ano
carne bovina. As embalagens contêm
1 e 15 quilos. A inclusão de maçã, já
DistribuiçãoOs produtos serão distribuídos pri-Os produtos serão distribuídos pri-Os produtos serão distribuídos pri-
meiramente em canais especializados meiramente em canais especializados
DistribuiçãoOs produtos serão distribuídos pri-Os produtos serão distribuídos pri-
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12 PERDIGÃO HOJE
GES
TÃO
DIRETORIAS DE
Três importantes bases da companhia estão sob novo comando
A busca de resultados exige uma
visão abrangente do negócio.
É esse o princípio do job ro-
tation – mudança de cargos e
funções – adotado pela Perdigão para ob-
ter ganhos contínuos em suas operações
e estimular o desenvolvimento do quadro
executivo. A troca mais recente envolveu
algumas das principais diretorias opera-
cionais da companhia.
Diretoria de Operações SulJoaquim Goulart Nunes foi promo-
vido a diretor de Operações Sul, baseado
em Marau (RS). Médico veterinário, com
MBA em administração pela Universi-
dade de São Paulo (USP), Joaquim in-
gressou na Perdigão há 21 anos, como
chefe da Divisão Matrizes Incubatório
e passou por diversas funções até assu-
mir a gerência corporativa de Garantia
de Qualidade e Laboratórios, uma área
considerada estratégica pela empresa,
comandando uma equipe de dez pro-
fissionais de alta qualificação técnica.
“Sinto orgulho de ter contribuído para
a implantação de um sistema de Garan-
tia de Qualidade moderno e capaz de
atender aos mais exigentes mercados
internacionais”, diz Joaquim.
No novo cargo, Joaquim vai enfrentar
três grandes desafios. O primeiro é promo-
ver a integração das equipes da diretoria
Sul, que, além das unidades de Marau, de
Serafina Corrêa e de Gaurama, passou a
incorporar operacionalmente a planta de
aves de Capinzal e a fábrica de rações de
Catanduvas, ambas em Santa Catarina. O
objetivo é potencializar sinergias, já que
as três unidades industriais guardam inú-
meros pontos em comum: abatem e pro-
cessam frango pesado, oferecem um mix
OPERAÇÕES
Joaquim: da área de Garantia da Qualidade para a diretoria de Operações Sul
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PERDIGÃO HOJE 13
semelhante (cozidos e
empanados) e produzem
linhas para exportação a
mercados com o mesmo
tipo de demanda.
O segundo desafio
é consolidar a diretoria
de Operações Sul como
principal plataforma
exportadora de cortes
e produtos processados
de frangos da empresa. “Por fim, pla-
nejo me desenvolver fortemente em
ferramentas de gestão, uma vez que
venho de uma área eminentemente téc-
nica”, afirma Joaquim. Os três frigorífi-
cos de aves, que empregam juntos mais
de 13 mil funcionários, abatem ao re-
dor de 870 mil frangos por dia e deve-
rão receber em 2007 investimentos da
ordem de R$ 24 milhões em projetos
de melhorias e adequações das linhas
de produção.
Santa CatarinaJoaquim substitui Gentil Gaedke, que
passou a ocupar a diretoria de Operações
Santa Catarina, em Videira, com a mis-
são de incorporar operacionalmente a
unidade de processamento de suínos de
Herval D’Oeste. A diretoria de Operações
Santa Catarina responde por cerca de um
terço da receita da Perdigão.
Da mesma forma que nas plantas da
Regional Sul, essa reestruturação deverá
trazer ganhos significativos de sinergia. As
unidades industriais de Videira e Herval
D’Oeste são voltadas para o abate e pro-
cessamento de suínos, utilizam as mesmas
tecnologias e processos e
produzem cortes in na-
tura e um mix diversifi-
cado de produtos.
Graduado em con-
tabilidade e admini-
nistração, com pós em
marketing e MBA em
administração, Gen-
til vem da diretoria de
Operações Sul, que co-
mandou durante um ano. Em 2006, as
unidades da Regional Sul fecharam com
resultados positivos, tanto em volume
quanto em receita.
“A Regional Sul teve outras conquis-
tas importantes em 2006, como a certi-
ficação de Serafina Corrêa e a recertifi-
cação da planta de aves e embutidos de
Marau pelo Sistema de Gestão Integrada,
que diz respeito à qualidade, meio am-
biente e saúde e segurança no trabalho,
além de uma redução significativa dos ín-
dices de acidente”, observa. Na empresa
desde 1976, Gentil acumula experiência
em diversas áreas. Antes de chegar a
Marau, seu último posto
até então, participou da
implantação do Projeto
ATP – Atendimento Total
Perdigão, importante ini-
ciativa para a busca da
excelência em serviços.
GoiásNo Centro-Oeste, a
diretoria de Operações
Goiás também tem novo
titular: Luiz Alberto Ma-
chado Brito, transferido de Videira, que
assume o cargo com uma dupla respon-
sabilidade. A primeira delas é colocar
em funcionamento o novo complexo de
Mineiros (veja a reportagem de capa).
“A outra é concluir a ampliação de
Rio Verde”, diz. O projeto inclui a im-
plantação de novas linhas (presuntos e
lingüiças), o início da produção de pizzas
e a duplicação da capacidade de abate
de suínos, que subirá para 7 mil cabeças
por dia. A planta passará a produzir prati-
camente 100% dos itens que fazem parte
do catálogo da empresa.
Com esses investimentos, a Perdigão
vai consolidar sua presença na região.
Em 2007, Goiás deverá responder por
cerca de 25% da produção da empresa
e empregar um efetivo de mais de 8 mil
funcionários. Administrador, com MBA
em administração pela Universidade
de São Paulo (USP), Brito, 54 anos,
foi admitido na Perdigão em 1987,
como gerente financeiro de agropecuá-
ria. Seu currículo inclui a coordenação
das unidades de Lages e Aceburgo e o
comando das diretorias
Operacionais de Her-
val D’Oeste, Marau e
Videira. “Vamos inves-
tir na busca de produ-
tividade e de rentabili-
dade.” Um dos marcos
da atuação de Brito em
Videira foi um cresci-
mento médio de 10%
em volume nos últimos
quatro anos, com incre-
mento da rentabilidade.
OPERAÇÕESGentil: no comando da diretoria de Operações Santa Catarina
Brito: um duplo desafio na diretoria de Operações Goiás
14 PERDIGÃO HOJE
REES
TRU
TURA
ÇÃO
MODELO PARA O
FUTUROA nova estrutura que dará suporte aos planos de crescimento da Perdigão
O sistema de gestão da Per-
digão acaba de passar por
uma ampla reestrutura-
ção, que dará sustentação
ao crescimento da empresa nos próxi-
mos anos. A companhia deixa de ser
administrada por áreas para adotar o
modelo de Unidades de Negócio. O ob-
jetivo é promover o fortalecimento dos
negócios atuais e alcançar ganhos na
busca de novas oportunidades, visando
o aprimoramento contínuo de resulta-
dos e o desenvolvimento sustentável
das operações. O projeto contou com
apoio da Heidrick & Struggles, uma das
maiores consultorias in-
ternacionais em gestão,
e começou a ser imple-
mentado em fevereiro.
PerdigãoDentro da nova estrutura organi-
zacional, José Antônio Fay responderá
pela diretoria geral de Negócios Per-
digão. Com 53 anos, Fay é engenheiro
mecânico, com pós-gradução em sis-
temas industriais e desde 2002 era di-
retor geral da Batávia S.A. Indústria de
Alimentos, controlada pela Perdigão,
que em maio de 2006 adquiriu 51% do
capital da empresa. Na
Batávia, imprimiu uma
agressiva estratégia de
lançamento de produ-
tos, que ampliou o mix
e abriu novos segmen-
tos para a empresa. Anteriormente, foi
diretor comercial e de marketing da
Electrolux e ocupou cargos em outras
grandes companhias, como Petrobras e
Bunge Alimentos.
BatavoA diretoria geral de Negócios Ba-
tavo, que engloba as atividades de
Fay: diretor geral de Negócios Perdigão
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PERDIGÃO HOJE 15
FUTUROcarnes e lácteos, terá à
frente Wlademir Para-
visi, antes responsável
pela diretoria de Logís-
tica e Suprimentos. Na
companhia desde 1978,
Paravisi é graduado em
ciências contábeis, tem
MBA em administração
pela Universidade de
São Paulo e em gestão
pela Kellogg Business
Scholl. Ao longo de sua
trajetória, passou por
diferentes áreas e es-
teve à frente da diretoria
Operacional de Videira.
Nos últimos meses, vi-
nha acumulando interi-
namente a diretoria de
Relações Humanas. No
novo posto, sua princi-
pal meta será expandir
e consolidar a marca
Batavo, que apresenta
expressivo crescimento
em todo o país. Na nova
função, Paravisi contará
com a colaboração de
Airton Petrini na direto-
ria nacional de Vendas
da Batavo.
Mercado ExternoAntonio Augusto De Toni, antes
diretor de Exportação, foi designado
diretor geral de Negócios Mercado Ex-
terno, que coordenará as operações in-
ternacionais da companhia. De Toni, 43
anos, iniciou sua vida
profissional na Chapecó
como gerente de ex-
portação. Formado em
administração, com ha-
bilitação em comércio
exterior pela Unisinos,
fez especialização em
marketing pela Escola
de Administração de
Empresas da Fundação
Getulio Vargas (FGV),
MBA em administração
pela Universidade de
São Paulo e curso de
CEO International pela
Columbia University, de
Nova York.
A diretoria de Ne-
gócios Mercado Externo
incluirá quatro direto-
rias regionais – Eurásia,
Ásia, Europa e Oriente/
África, além de uma ge-
rência para as Américas
(ver reportagem nas pá-
ginas 8 e 9 e notas nas
páginas 18 e 19). Os
produtos Perdigão che-
gam atualmente a mais
de cem países.
Projeto BovinosCompletando a nova estrutura,
Antonio Zambelli, que atuava como
diretor de Marketing, assume a dire-
ção geral do Projeto Bovinos. Zambelli
tem 52 anos e é formado em química
pela Universidade de Guarulhos, com
curso de especialização em marketing
avançado pela Faculdade de Econo-
mia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (FEA/USP) e
MBA empresarial pela Fundação Dom
Cabral. A criação da nova diretoria re-
força a intenção da Perdigão em inten-
sificar suas atividades no mercado de
bovinos. A abertura dessa nova frente
ocorreu em 2005, por meio de contrato
de prestação de serviços com a Arantes
Alimentos, de Cachoeira Alta (GO). A
empresa fornece para o mercado inter-
nacional, com a marca Perdix, e para
pontos-de-venda de todo o país, com
as marcas Perdigão e Nabrasa.
Diretorias corporativasAs novas unidades de negócio con-
tarão com suporte das diretorias cor-
porativas, lideradas, respectivamente,
por Wang Wei Chang (diretor vice-pre-
sidente de Finanças, Administração e
Relações com Investidores); Paulo Er-
nani de Oliveira (diretor vice-presidente
de Operações); Nelson Vas Hacklauer
(diretor de Desenvolvimento de Negó-
cios); Luiz Adalberto Stábile Benício (di-
retor de Tecnologia) e Ricardo Menezes
(diretor de Relações Institucionais). As
diretorias de Relações Humanas e Lo-
gística e Suprimentos serão ocupadas,
respectivamente, por Gilberto Orsato e
Nilvo Mittanck, até então diretores ope-
racionais. Os titulares das Diretorias de
Negócio, em conjunto com os diretores
corporativos, sob a liderança do presi-
dente, passam a compor o novo Comitê
Executivo da Perdigão.
Paravisi: missão de expandir a marca Batavo
De Toni: à frente da área externa
Zambelli: diretor geral do Projeto Bovinos
16 PERDIGÃO HOJE
PARC
ERIA
50 ANOS DECOOPERAÇÃO
Com apoio do Banco do Brasil, a Perdigão garante novas oportunidades e melhores condições de vida no campo
A parceria entre a Perdigão e
o Banco do Brasil, a maior e
mais antiga instituição finan-
ceira do país, começou em
1958, com a abertura de uma conta-cor-
rente. “Foi o início de uma sólida coo-
peração, que traz impulso à empresa, dá
apoio aos produtores integrados e contri-
bui para a melhoria da qualidade de vida
nas regiões em que operamos”, diz Wang
Wei Chang, vice-presidente de Finanças,
Administração e Relações com Investido-
res da Perdigão.
Era um momento especial para as
duas organizações e para o Brasil, que
iniciava um ciclo de forte crescimento. A
Perdigão, razão social adotada naquele
ano em substituição a Ponzoni, Bran-
dalise – nome dos fundadores de um
pequeno armazém surgido em 1934, em
Videira (SC) –, dava os primeiros passos
para romper as fronteiras de seu estado. O
Banco do Brasil, por sua vez, consolidava
a missão de financiar as grandes necessi-
dades do país, especialmente na agricul-
tura e no comércio exterior, dois dos prin-
cipais campos de atuação da empresa.
As operações internacionais da Perdigão
tiveram início em meados dos anos 70.
Com essa convergência de interes-
ses, o Banco do Brasil passaria a exercer
um importante papel no apoio aos pro-
Rio Verde: desde a instalação do complexo agroindustrial, o número de agências dobrou
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AÇÃO
BAN
CO
DO
BR
ASIL
dutores integrados e no financiamento
às exportações da Perdigão. A relação
estreitou-se ainda mais a partir do final
dos anos 90, após a decisão da empresa
de abrir uma nova fronteira no Centro-
Oeste, com a instalação de um grande
PERDIGÃO HOJE 17
50 ANOS DECOOPERAÇÃO
complexo agroindustrial em Rio Verde,
no sudeste goiano.
Soma de esforços “Desde então, o banco já apoiou
fi nanceiramente mais de 500 produ-
tores rurais”, diz Allan Simões Toledo,
gerente executivo do Banco do Brasil
em Brasília. Nessa parceria, a Perdigão
seleciona os interessados, monta um
plano de fi nanciamento e acompanha
o andamento do processo. O Banco
do Brasil analisa a viabilidade econô-
mica do empreendimento e o perfi l do
interessado e concede fi nanciamento,
com recursos do Fundo Constitucional
de Desenvolvimento do Centro-Oeste
(FCO). O crédito pode ser pago em até
12 anos, possibilitando a realização do
sonho de montar um negócio próprio.
A chegada da Perdigão a Rio Verde
alterou o perfi l econômico da região,
criando um novo pólo de desenvolvi-
mento. O Banco do Brasil, que contribuiu
para viabilizar o projeto da empresa, es-
pelha bem esse cenário: desde que o com-
plexo industrial entrou em operação o nú-
mero de suas agências na cidade dobrou,
de duas para quatro. A mais nova delas,
inaugurada há três anos para atender fun-
cionários da Perdigão, funciona dentro do
complexo agroindustrial e conta com um
quadro de 15 funcionários.
A mesma soma de esforços se re-
pete na Perdigão Mato Grosso, que opera
uma unidade de aves em Nova Mutum. A
parceria visa executar um programa con-
junto de aplicação de crédito rural para
viabilizar a construção de 460 aviários
na região, até o primeiro semes-
tre de 2008. O empreendimento
também contará com recursos do
FCO: “A equipe do banco está tão
empenhada quanto a Perdigão e
os integrados, buscando maior agilidade
possível em cada etapa do projeto”, diz
Sidiney Koerich, gerente regional da Per-
digão Mato Grosso. “Com essa parce-
ria, o crescimento da produção de aves
ocorre no mesmo ritmo do abatedouro,
que está sendo ampliado.”
Renda e geração de emprego O marco mais recente dessa par-
ceria é o complexo agroindustrial de
Mineiros, em Goiás (ver reportagem nas
páginas 4 a 7). A Perdigão e o Banco
do Brasil, juntamente com o governo
de Goiás, assinaram em agosto de 2004
protocolo de intenções para viabiliza-
ção da implantação da nova unidade e
do sistema de produtores integrados. O
acordo previu a aplicação de recursos
da ordem de R$ 510 milhões, dos quais
R$ 270 milhões com fi nanciamento a
produtores previamente selecionados.
Até o momento já foram fi nanciados
R$ 150 milhões aos integrados.
A estreita cooperação, de acordo com
Allan Toledo, é reforçada pelo modelo de
negócios montado pela Perdigão “É uma
forma de atuação em total consonân-
cia com a estratégia do Banco do Brasil
de promover a geração de emprego e
renda, operando como principal agente
fi nanceiro da cadeia do agronegócio”,
comenta. O banco é o maior fi nanciador
do agronegócio, atingindo todos os seg-
mentos, do pequeno produtor às grandes
empresas agroindustriais. Em 2006, as
operações de crédito para o setor totaliza-
ram R$ 40,3 bilhões.
A preocupação com o desenvolvi-
mento sustentável é outro ponto em
comum entre as duas empresas. Tanto
a Perdigão quanto o Banco do Brasil
aliam a busca de resultados econômi-
cos ao cumprimento de metas sociais
e ambientais. As duas estão entre as
escolhidas para integrar o Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE), da
Bovespa. O índice serve de referência
para investidores interessados em apli-
car em empresas socialmente responsá-
veis que, por suas práticas, estão mais
preparadas para enfrentar riscos econô-
micos, sociais e ambientais.
na região, até o primeiro semes-
os integrados, buscando maior agilidade
CAPA
18 PERDIGÃO HOJE
ACO
NTE
CE LIDERANÇA EM GOVERNANÇA CORPORATIVA
AO LADO DA COMUNIDADE
Pela quarta vez, a Ação Social Perdi-
gão vai contribuir para a melhoria
da qualidade de vida das comuni-
dades que vivem em regiões próximas às
unidades da empresa. O projeto oferece
à população sem recursos ou de áreas
que não dispõem de infra-estrutura so-
cial adequada uma gama de serviços,
que vão de consultas médicas, aferição
de pressão arterial, testes de glicemia,
emissão de documentos, orientação jurí-
dica e corte de cabelo a palestras sobre
saúde e meio ambiente.
A próxima edição do evento acon-
tece na segunda quinzena de março
em Catanduvas (SC), coincidindo com
o aniversário da cidade, e no dia 14 de
abril em Carambeí (PR), Salto Veloso
e Itajaí (SC), Itapuca (RS), Rio Verde
(GO) e Nova Mutum (MT). A Ação
Social Perdigão conta com apoio de
voluntários da Perdigão, da Batávia, de
empresas parceiras e de parcerias com
as prefeituras, Sesi, Senac, Cooperativa
Batavo, Unimed, entidades de classe e
cartórios. A iniciativa nasceu da parti-
cipação, por vários anos, da Perdigão
na Ação Global, realizada pela Rede
Globo e pelo Sesi, experiência que le-
vou à decisão de promover um evento
próprio, adequado às necessidades
da comunidade, para reforçar seu pa-
pel de agente de mudanças. A última
Ação Social Perdigão benefi ciou mais
de 27 mil pessoas.
APerdigão foi escolhida a Melhor Empresa Brasileira e a Me-
lhor do Setor de Consumo e Varejo da América Latina em
Governança Corporativa, pelo IR Global Rankings 2007,
organizado pela MZ Consult em parceria com o JP Morgan, KPMG
e Linklaters. A empresa recebeu o prêmio TOP 5 de Governança
Corporativa, durante o workshop de Relações com Investidores,
realizado em São Paulo.
A nona edição do Investor Relations Global Ranking and
Awards incluiu 145 participantes, representando 33 países. Le-
vando à frente a política de oferecer total transparência aos acio-
nistas e a determinação de garantir melhores resultados, a Perdigão
aderiu, em abril de 2006, ao Novo Mercado da Bovespa, composto
por companhias que se comprometem com a adoção de melhores
práticas de governança corporativa. Foi a primeira empresa tradi-
cional do mercado de capitais a aderir ao segmento.
PERDIGÃO HOJE 19
• Completando a reestruturação organi-zacional da Perdigão, Leopoldo Saboya, 31 anos, que atuava como analista de planejamento especializado, foi promo-vido a gerente Corporativo de Finanças. Leopoldo é graduado em agronomia e tem mestrado em economia.
• Em Rio Verde, Marco Antonio Tri-chez assumiu a gerência de Com-pra de Grãos. Trichez é engenheiro agrônomo, com MBA em economia e gestão empresarial.
• Lautenay Seeman, gerente da uni-dade industrial de Lages (SC), foi transferido para a gerência da uni-dade de processamento de suínos de Marau (RS), em substituição a Carlos Alberto Tonial. Com a divisão da área de Desenvolvimento de Produtos do Centro de Tecnologia (Cetec), Tonial passou a responder pela gerência do mercado interno e Marcos Balestrin pela gerência do Mercado Externo.
• Luiz Francisco Carvalho de Araújo assumiu a gerência agropecuária da diretoria operacional de Santa Cata-rina, em substituição a Dirceu Guerra, que passa a exercer o mesmo cargo na diretoria operacional de Goiás.
RAD
AR
MUDANÇA NA ÁREA DE VENDAS
Alcione Antônio Santin assumiu o
posto de diretor nacional de Vendas
Perdigão, respondendo a José An-
tonio Fay. Alcione ingressou na companhia
em 1991, como gerente regional de Vendas,
desligando-se em 1996. Em seguida, foi
gerente nacional de Vendas e Marketing
da Granosul e exerceu o mesmo cargo na
Batávia Lácteos. De volta à Perdigão, era
gerente nacional de Vendas da marca Ba-
tavo desde 2001. Com 43 anos, Alcione é
formado em administração de empresas,
com especialização em administração de
marketing pela Fundação Armando Álvares
Penteado (Faap) e MBA em administração
pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
NOVA ESTRUTURA MERCADO EXTERNO
Perdigão Hoje é uma publicação periódica da Perdigão Agroindustrial S.A. de circulação externa e distribuição gratuita.
Conselho Editorial: Eggon João da Silva; Nildemar Secches; Wang Wei Chang; Nelson Vas Hacklauer; Paulo Ernani de Oliveira; Gilberto Orsato; Luiz A. Machado de Brito; Antonio Zambelli; Luiz Stábile; Flávio Carlos Kaiber; Gentil Gaedke; Wlademir Paravisi; Ricardo Robert Menezes; Antônio Augusto De Toni; Nilvo Mittanck. Coordenação: Rosa Baptistella. Colaboração: Luciana Ueda; Jones Broleze; Camila Regis; Francini Lira. Gestores de Comunicação: Gilson César Rodrigues (Rio Verde); Lonneke Sanders (Europa); Lucinéia Leidens (Videira); Valdeci dos Santos (Carambeí); Vanderlei Barbieri (Herval d’Oeste); Produção: Blander & Associados Comunicação, tel. (11) 3032-3236, e-mail: [email protected]
Editor: Mario Blander (MTb 13.346 SP). Reportagem: Eleni Oliveira Rocha e Edson Pinto de Almeida. Direção de Arte e Produção Gráfica: Camarinha Comunicação & Design, tel. (11) 3034-4893. Tiragem: 10 mil exemplares
SAC Perdigão 0800-7017782
Duncan Porter, que gerenciava o es-
critório da Perdigão na Holanda, e
Luiz Alfredo de Oliveira, responsá-
vel pela operação em Dubai, passaram a
responder, respectivamente, pelas diretorias
regionais Europa e Oriente Médio/África. A
reestruturação promovida pela Perdigão in-
cluiu, ainda, a criação de outras duas direto-
rias regionais no Mercado Externo – Eurásia
e Ásia, ocupadas por Maritza Kraus e Marta
Ikeda, e a gerência Américas, liderada por
Gerault Cedric Gilles Rodolphe Wehry.
Porter, 41 anos, esteve à frente da BFR
Trading e faz parte da equipe Perdigão
desde 2003. Administrador de empresas
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), tem
especialização em finanças na Insead e é
membro da YPO International, que reúne
líderes empresariais de todo o mundo.
Luis Alfredo, 42, é graduado em infor-
mática pela Pontifícia Universidade Ca-
tólica (PUC/SP), com MBA em finanças e
marketing pela Fundação Getulio Vargas
(FGV). Chegou à Perdigão em 2001 e no
ano seguinte foi designado para montar o
escritório em Dubai.