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Decreto-Lei n.º 25/2015 de 6 de fevereiro A participação de Portugal na União Europeia e na área do euro obriga ao cumprimento de requisitos exigentes em matéria orçamental, plasmados no Tratado de Funcionamento da União Europeia, no protocolo e nos regulamentos que desenvolvem o Pacto de Estabilidade e Crescimento e ainda no Tratado sobre Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária, que inclui, no Título III, as disposições relativas ao Pacto Orçamental. Estes compromissos europeus estabelecem, em particular, o respeito dos valores máximos de referência de 3 % do Produto Interno Bruto (PIB) para o défice orçamental e de 60 % do PIB para o rácio de dívida pública, bem como a obrigação de assegurar uma situação orçamental equilibrada ou excedentária. No período de transição para estes objetivos, o Estado Português deve ainda definir e executar uma trajetória de consolidação que assegure a convergência do saldo orçamental estrutural para o objetivo de médio prazo, sob pena de ativação de mecanismos de correção automáticos. Os compromissos de sustentabilidade das finanças públicas estão já incluídos na Lei de Enquadramento Orçamental, aprovada pela Lei n.º 91/2001, de 20 de agosto, com a alteração introduzida pela Lei n.º 37/2013, de 14 de junho, aprovada por partidos que representam uma larga maioria no Parlamento, que de resto também confirmaram a ratificação do Tratado sobre a Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária. O incumprimento dos limites de défice e da dívida pode, em consequência do reforço das regras de governação económica na área do euro, determinar a aplicação de sanções pecuniárias aos Estados em incumprimento. Essas sanções pecuniárias podem atingir 0,5 % do PIB e são aplicadas segundo um mecanismo de maioria qualificada invertida, que facilita a adoção pelo Conselho Europeu das sanções propostas pela Comissão Europeia, enquanto guardiã dos tratados. Assim, no atual contexto, e mesmo após a conclusão formal do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, acordado com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, encontram-se reforçadas as disposições de correção de desequilíbrios orçamentais e significativamente intensificadas as disposições na vertente de monitorização e prevenção de novos desequilíbrios.

2015_dl_25!02!06- Complementar à Lei Do Trabalho Nº 35

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Complementar à Lei do Trabalho

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  • Decreto-Lei n. 25/2015

    de 6 de fevereiro

    A participao de Portugal na Unio Europeia e na rea do euro obriga ao cumprimento de

    requisitos exigentes em matria oramental, plasmados no Tratado de Funcionamento da Unio

    Europeia, no protocolo e nos regulamentos que desenvolvem o Pacto de Estabilidade e

    Crescimento e ainda no Tratado sobre Estabilidade, Coordenao e Governao na Unio

    Econmica e Monetria, que inclui, no Ttulo III, as disposies relativas ao Pacto Oramental.

    Estes compromissos europeus estabelecem, em particular, o respeito dos valores mximos de

    referncia de 3 % do Produto Interno Bruto (PIB) para o dfice oramental e de 60 % do PIB

    para o rcio de dvida pblica, bem como a obrigao de assegurar uma situao oramental

    equilibrada ou excedentria. No perodo de transio para estes objetivos, o Estado Portugus

    deve ainda definir e executar uma trajetria de consolidao que assegure a convergncia do

    saldo oramental estrutural para o objetivo de mdio prazo, sob pena de ativao de

    mecanismos de correo automticos.

    Os compromissos de sustentabilidade das finanas pblicas esto j includos na Lei de

    Enquadramento Oramental, aprovada pela Lei n. 91/2001, de 20 de agosto, com a alterao

    introduzida pela Lei n. 37/2013, de 14 de junho, aprovada por partidos que representam uma

    larga maioria no Parlamento, que de resto tambm confirmaram a ratificao do Tratado sobre a

    Estabilidade, Coordenao e Governao na Unio Econmica e Monetria.

    O incumprimento dos limites de dfice e da dvida pode, em consequncia do reforo das regras

    de governao econmica na rea do euro, determinar a aplicao de sanes pecunirias aos

    Estados em incumprimento. Essas sanes pecunirias podem atingir 0,5 % do PIB e so

    aplicadas segundo um mecanismo de maioria qualificada invertida, que facilita a adoo pelo

    Conselho Europeu das sanes propostas pela Comisso Europeia, enquanto guardi dos

    tratados. Assim, no atual contexto, e mesmo aps a concluso formal do Programa de

    Ajustamento Econmico e Financeiro, acordado com a Comisso Europeia, o Banco Central

    Europeu e o Fundo Monetrio Internacional, encontram-se reforadas as disposies de

    correo de desequilbrios oramentais e significativamente intensificadas as disposies na

    vertente de monitorizao e preveno de novos desequilbrios.

  • s responsabilidades assumidas no quadro europeu acresce a relevncia da sustentabilidade

    das finanas pblicas e da estabilidade financeira para o crescimento econmico sustentado. A

    disciplina oramental, em particular, assume um papel decisivo neste processo, na medida em

    que constitui um dos pilares essenciais para uma economia dinmica e competitiva.

    Antes de mais, um oramento equilibrado um contributo determinante para a estabilidade

    financeira. A sustentabilidade das finanas pblicas transmite um sinal de tranquilidade aos

    credores, no que respeita capacidade de respeitar os compromissos assumidos. Esta

    tranquilidade, por sua vez, traduz-se em custos de financiamento mais baixos e mais estveis.

    Deste modo, torna-se possvel recorrer aos mercados para preencher as necessidades de

    financiamento e acomodar posteriormente o pagamento dos juros, em circunstncias mais

    favorveis.

    Este quadro permite evitar aumentos de impostos sistemticos, contribuindo para a criao de

    um quadro fiscal mais estvel e, consequentemente, de um ambiente de negcios mais atrativo,

    criando ainda condies de previsibilidade para as famlias.

    A disciplina oramental, nomeadamente no que respeita conteno da despesa pblica,

    permite ainda que o Estado utilize apenas os recursos necessrios para concretizar a funo de

    redistribuio de riqueza e para assegurar aos cidados a prestao de servios pblicos

    essenciais, criando assim as bases para uma menor carga fiscal e uma maior libertao de

    recursos para a economia, em particular para o investimento privado produtivo, que, por sua vez,

    potencia a criao duradoura de emprego e de novos recursos.

    Neste sentido, cumpre assinalar que ao Estado, no exerccio da funo legislativa, que cabe

    selecionar os meios mais adequados para assegurar a estabilidade e a disciplina oramental,

    nomeadamente por via da receita ou da despesa pblica. ao legislador que compete definir, no

    quadro constitucional, o interesse geral da coletividade e ordenar as grandes opes e as

    necessidades coletivas a cumprir, por via de normas gerais e abstratas. Por este motivo se

    reconhece funo legislativa do Estado uma natureza criadora e um carcter primrio e

    discricionrio.

  • A poltica remuneratria da Administrao Pblica carece de clareza nas suas componentes e de

    instrumentos que permitam aos decisores uma atuao mais informada e mais direcionada

    adequada distino dos trabalhadores, nomeadamente pela complexidade ou exigncia das

    funes exercidas, contribuindo, assim, para um maior rigor, para a promoo da disciplina

    oramental e para a necessria aproximao ao setor privado.

    Apesar das reformas efetuadas nos ltimos anos, at ao levantamento determinado pela Lei n.

    59/2013, de 23 de agosto, no era possvel perceber o exato alcance e composio dos

    suplementos remuneratrios existentes na Administrao Pblica. O prazo determinado na Lei

    n. 12-A/2008, de 27 de fevereiro, que estabelece os regimes de vinculao, de carreiras e de

    remuneraes dos trabalhadores que exercem funes pblicas (LVCR), para reviso da matria

    de suplementos remuneratrios na Administrao Pblica esgotou-se ainda em 2008, sem que a

    mesma tivesse sido entretanto concluda. Deste facto resulta um tratamento discriminatrio entre

    os trabalhadores cujas componentes remuneratrias j foram revistas e conformadas nos termos

    da LVCR e os que mantm os benefcios remuneratrios no revistos. Neste contexto, o

    levantamento das componentes adicionais remunerao de todas as entidades do setor

    pblico, com exceo dos rgos de soberania de carcter eletivo e respetivos servios de

    apoio, permite adotar iniciativas com vista ao aumento da transparncia e da equidade da

    poltica remuneratria da Administrao Pblica. O reconhecimento da relevncia deste

    processo conduziu intensificao dos trabalhos no ano de 2013, tendo as principais concluses

    sido publicadas, num relatrio preliminar, a 19 de dezembro do mesmo ano.

    Neste perodo foi ainda negociada e aprovada a Lei Geral do Trabalho em Funes Pblicas

    (LTFP), aprovada pela Lei n. 35/2014, de 20 de junho, diploma que rene, de forma racional,

    tecnicamente rigorosa e sistematicamente organizada, o essencial do regime laboral destes

    trabalhadores, e que, em matria de suplementos remuneratrios, reforou o seu

    enquadramento, implicando a respetiva referenciao ao exerccio de funes de carcter mais

    exigente descritas no posto de trabalho, sendo apenas devidos a quem os ocupe e somente

    durante o exerccio efetivo de funes.

    Com o presente decreto-lei, e na sequncia do trabalho de recolha e tratamento da informao e

    do seu aprofundamento, explicitam-se os fundamentos de atribuio dos suplementos

    remuneratrios, no quadro dos limites estabelecidos pelo artigo 159. da LTFP, e habilita-se

    aprovao de uma Tabela nica de Suplementos (TUS) que concretiza, conforme previsto no

  • artigo 112. da LVCR, a reviso e simplificao dos suplementos remuneratrios, tendo por base

    uma poltica clara visando a transparncia e harmonizao de polticas e valores entre

    estruturas.

    Tal harmonizao implica necessariamente a maior abrangncia dos princpios previstos no

    presente decreto-lei. Assim, e ainda que no sejam diretamente abrangidos pelo presente

    diploma, aos trabalhadores referidos no n. 2 do artigo 2. da LTFP sero aplicveis os

    respetivos princpios, nos termos que constem das leis especiais que aprovem os respetivos

    regimes.

    Para alm disso, inteno do Governo promover a integrao nos estatutos dos magistrados

    dos princpios que enformam o presente decreto-lei.

    O presente decreto-lei estabelece ainda prazos e regras para a fundamentao da atribuio de

    suplementos remuneratrios e para a transio dos suplementos remuneratrios para a TUS,

    assim como estabelece regras comuns para a gesto e manuteno desta componente

    remuneratria.

    Significa isto que, concomitantemente com a integrao da remunerao base de todos os

    cargos, carreiras e categorias na Tabela Remuneratria nica, tambm os suplementos

    remuneratrios que tenham sido criados por lei especial ou cujo abono decorra por conta de

    outro tipo de ato legislativo ou instrumento jurdico, sero integrados numa TUS, concretizando

    um alinhamento ao nvel das prticas de gesto entre as componentes remuneratrias. Este

    aumento de transparncia e de equidade na poltica remuneratria da Administrao Pblica

    concorre para a tornar mais racional e competitiva, contribuindo para a motivao e valorizao

    do mrito e competncia dos seus trabalhadores.

    Com este objetivo, explicita-se um conjunto de pressupostos para a atribuio de suplementos

    num leque alargado de situaes especficas, sejam estas permanentes ou temporrias, com os

    quais se visa retribuir os trabalhadores que exercem funes em ambiente e condies mais

    gravosas do que os demais.

    Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei Geral do Trabalho em Funes

    Pblicas, aprovada pela Lei n. 35/2014, de 20 de junho.

  • Assim:

    Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Constituio, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.

    Objeto e mbito

    1 - O presente decreto-lei explicita as obrigaes ou condies especficas que podem

    fundamentar a atribuio de suplementos remuneratrios aos trabalhadores abrangidos pela Lei

    Geral do Trabalho em Funes Pblicas (LTFP), aprovada pela Lei n. 35/2014, de 20 de junho,

    bem como a forma da sua integrao na Tabela nica de Suplementos (TUS).

    2 - A aplicao do disposto no presente decreto-lei administrao local faz-se por diploma

    prprio.

    Artigo 2.

    Fundamentos de atribuio de suplementos remuneratrios

    1 - A atribuio de suplementos remuneratrios s devida quando as condies especficas ou

    mais exigentes no tenham sido consideradas, expressamente, na fixao da remunerao base

    da carreira ou cargo, e enquanto perdurem as condies de trabalho que determinaram a sua

    atribuio e haja exerccio de funes efetivo ou como tal considerado em lei.

    2 - Constituem fundamento para a atribuio de suplemento remuneratrio com carcter

    permanente, as obrigaes ou condies especficas seguintes:

    a) Disponibilidade permanente para a prestao de trabalho a qualquer hora e em qualquer dia,

    sempre que solicitada pela entidade empregadora pblica;

    b) Preveno ou piquete para assegurar o funcionamento ininterrupto do rgo ou servio;

    c) Iseno de horrio de trabalho;

  • d) Penosidade da atividade ou tarefa realizada originando sobrecarga fsica ou psquica ou

    originada pelo horrio em que prestada a funo;

    e) Risco inerente natureza das atividades e tarefas concretamente cometidas, de investigao

    criminal, ou de apoio investigao criminal, proteo e socorro, informaes de segurana,

    segurana pblica, quer em meio livre, quer em meio institucional, fiscalizao e inspeo;

    f) Insalubridade suscetvel de degradar o estado de sade do trabalhador devido aos meios

    utilizados ou pelas condies climatricas ou ambientais inerentes prestao do trabalho;

    g) Manuseamento ou guarda de valores, numerrio, ttulos ou documentos representativos de

    valores ou numerrio;

    h) Alojamento ou residncia determinada pelo Estado, sem possibilidade de usufruir de

    alojamento ou residncia facultado pelo Estado;

    i) Necessidades de representao do cargo ou funo;

    j) Exerccio de funes de administrao e cobrana tributria e aduaneira.

    3 - Constituem fundamento para a atribuio de suplemento remuneratrio com carcter

    transitrio, as seguintes obrigaes temporrias ou condies especficas delimitadas no tempo:

    a) Misso humanitria e de paz;

    b) Mudana ou alterao temporria do local de trabalho determinada pelo Estado, sem

    possibilidade de usufruir de alojamento ou residncia facultado pelo Estado;

    c) Preveno ou piquete temporrio;

    d) Trabalho suplementar;

    e) Trabalho noturno ocasional;

  • f) Exerccio de funes de coordenao, quando legalmente previstas e no integradas em

    categoria ou cargo;

    g) Exerccio de funes nas Regies Autnomas por trabalhadores com vnculo de emprego

    pblico afetos a rgo ou servio sediado no continente e cuja deslocao seja da iniciativa do

    rgo ou servio.

    4 - Os suplementos remuneratrios a que se refere o n. 2, bem como os do n. 3 quando a

    situao que os originou se prolongue por mais de um ano, so devidos e pagos em 12 meses

    por ano.

    Artigo 3.

    Tabela nica de suplementos

    aprovada por portaria do Primeiro-Ministro e do membro do Governo responsvel pela rea

    das finanas e da Administrao Pblica a TUS, contendo a totalidade dos montantes

    pecunirios a observar na fixao de suplementos remuneratrios.

    Artigo 4.

    Valor dos suplementos remuneratrios

    1 - O valor do suplemento remuneratrio deve considerar o conjunto das obrigaes ou

    condies especficas identificadas para o posto de trabalho, salvo os elementos ocasionais ou

    no permanentes, de acordo com os nveis definidos no diploma legal que o cria.

    2 - O nmero mximo de nveis a prever nos termos do nmero anterior de 10.

    3 - O valor dos suplementos remuneratrios fixado em montante pecunirio e apenas

    excecionalmente em percentagem da remunerao base, no sendo atualizados, em regra, com

    a progresso na carreira.

    4 - Os suplementos remuneratrios por trabalho noturno, de turno e por trabalho suplementar

    so fixados em percentagem da remunerao base mensal.

  • Artigo 5.

    Colocao na Tabela nica de Suplementos

    1 - Os trabalhadores que auferem suplementos remuneratrios data da entrada em vigor do

    presente decreto-lei, na transio para a TUS, ficam colocados no nvel correspondente ao exato

    montante pecunirio do suplemento remuneratrio, sem prejuzo do disposto nos nmeros

    seguintes.

    2 - Sempre que no existir coincidncia de montantes pecunirios, por o suplemento auferido

    pelo trabalhador ser de montante pecunirio superior, a sua transio para a TUS faz-se da

    seguinte forma:

    a) O trabalhador transita para o nvel que, por defeito, for o mais aproximado do montante

    pecunirio que vai auferir;

    b) A diferena que resultar do montante pecunirio global recebido data da entrada em vigor do

    presente decreto-lei e o nvel para o qual transita, nos termos da alnea anterior, auferido

    mediante o pagamento de um diferencial de integrao.

    3 - Sempre que os nveis da TUS forem atualizados, nos termos que vierem a ser definidos, o

    diferencial de integrao reduzido na proporo do aumento dos nveis nicos da tabela at

    ser totalmente absorvido.

    4 - O diferencial de integrao referido no n. 2 no pode ser atribudo a situaes constitudas

    aps a entrada em vigor da portaria que aprova a TUS.

    5 - Os trabalhadores que venham a auferir suplementos remuneratrios aps a entrada em vigor

    do presente decreto-lei, so integrados na TUS em nvel correspondente.

    6 - A transio e a integrao dos trabalhadores efetuada por lista nominativa aprovada pelo

    dirigente mximo do servio ou organismo.

    Artigo 6.

    Procedimento de reviso

  • 1 - No prazo de 60 dias a contar da data da entrada em vigor do presente decreto-lei, os

    suplementos remuneratrios so revistos para assegurar a sua conformao com o disposto na

    LTFP e no presente diploma, devendo, de acordo com o resultado do processo de reviso:

    a) Ser mantidos, total ou parcialmente, como suplementos remuneratrios, por integrao na

    tipologia de fundamentos definida no artigo 2., determinao do respetivo grau e integrao na

    TUS;

    b) Ser integrados, total ou parcialmente, na remunerao base;

    c) Deixar de ser auferidos;

    d) Ser extintos.

    2 - Da integrao na TUS no pode resultar o aumento dos valores dos suplementos

    remuneratrios estabelecidos data da entrada em vigor do presente decreto-lei.

    3 - Para efeitos do disposto no n. 1 os dirigentes mximos dos rgos e servios comunicam,

    atravs do respetivo membro do Governo, ao membro do Governo responsvel pela rea da

    Administrao Pblica, no prazo de 30 dias a contar da data da entrada em vigor do presente

    decreto-lei, os suplementos remuneratrios que processam, bem como o respetivo

    enquadramento, fundamentos, pressupostos e critrios de atribuio, nos termos do presente

    diploma.

    4 - A compilao de elementos constantes da comunicao referida no nmero anterior

    disponibilizada no stio na internet da Direo-Geral da Administrao e Emprego Pblico.

    5 - As associaes sindicais podem apresentar propostas de incluso, no prazo de cinco dias a

    contar da data da disponibilizao, indicando os suplementos remuneratrios omissos.

    6 - Excetuam-se do disposto no n. 3 os suplementos remuneratrios previstos nos artigos 160.

    a 162. da LTFP.

  • Artigo 7.

    Disposio final

    1 - No caso de se verificar a existncia de suplementos que pela sua especificidade no se

    incluem nos n.s 2 e 3 do artigo 2., relativamente aos quais venha a ser tomada a deciso de

    refletir o montante em causa em remunerao de natureza diferente, e em que tal exija a reviso

    dos fundamentos, atos ou diplomas que os originaram, o seu exato montante pecunirio continua

    a ser auferido pelos trabalhadores at ao final do procedimento de reviso, nos termos do

    nmero seguinte.

    2 - A reviso prevista no nmero anterior aprovada no prazo de 180 dias a contar do termo do

    prazo referido no n. 3 do artigo anterior.

    Artigo 8.

    Entrada em vigor

    O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 23 de dezembro de 2014. - Pedro Passos Coelho

    - Maria Lus Casanova Morgado Dias de Albuquerque.

    Promulgado em 4 de fevereiro de 2015.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, Anbal Cavaco Silva.

    Referendado em 5 de fevereiro de 2015.

    O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.