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2017 – Associação Mineira de Municípios -AMMTodos os direitos reservados à Associação Mineira de Municípios
Presidente da Associaçào Mineira de MunicípiosAntônio Carlos Doorgal de andrada
Superintendência da AMM Gustavo Costa Nassif
CoordenaçãoGustavo Costa Nassif
OrganizaçãoVivian do Carmo Bellezzia
Colaboração Licinio Xavier
EstagiárioFelipe de Freitas Antunes
Projeto Gráfico e DiagramaçãoAlexandre Medeiros / Fábio Junio dos SantosRodney Arôuca / Simão Pedro
Associação Mineira de Municípios - Av. Raja Gabáglia, 385, Cidade Jardim
Belo Horizonte - MG
CEP: 30380-103 - Tel.: (31) 2125-2400
Manual de Orientações em Meio Ambiente ao Gestor Municipal é uma
publicação editada pela Associação Mineira de Municípios.
ISBN : 978-85-93293-12-2
2ª edição
ISBN BOX: 978-85-93293-03-0
Tiragem: 1500 exemplares
Distribuição gratuita Permitida a reprodução parcial ou total desta obra
desde que citada a fonte.
S u m á r i o
PALAVRA DO PRESIDENTE ................................................................. 9
APRESENTAÇÃO ................................................................................ 10
NOTA DA ORGANIZADORA ............................................................ 12
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ................................................................ 13
Principais instrumentos normativos federais ....................................... 13
Legislação ambiental federal básica .................................................... 25
Legislação ambiental federal básica .................................................... 36
FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL ............................................................ 40
Autuação e autos de infração ............................................................. 42
Atribuição de fiscalizar dos municípios .............................................. 43
REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL ....................................................... 45
Legislação e regramento estadual ....................................................... 45
Tipos de regularização ambiental em minas gerais ............................. 46
Autorização Ambiental de Funcionamento – AAF ............................. 49
O Licenciamento Ambiental ............................................................. 51
Etapas do Licenciamento Ambiental .................................................. 53
Infrações ............................................................................................ 57
Competência para Licenciar .............................................................. 58
Lei Complementar 140 de 2011 ........................................................ 58
O Licenciamento Municipal ............................................................. 59
Municipalização da gestão ambiental – desafios impostos pela lei 21.972/2016 ...................................................................................... 62
Competência da Fiscalização dos Empreendimentos Licenciados ..... 65
Relação das SUPRAM´s e respectivos municípios de abrangência ...... 69
SANEAMENTO BÁSICO .................................................................... 82
Resumo do saneamento numa pespectiva federal: .............................. 85
Plano Municipal de Saneamento Básico ............................................. 87
Evolução dos prazos para elaboração do Plano Municipal
de Saneamento Básico ........................................................................ 89
Principais dúvidas que podem surgir sobre o PMSB20: ........................ 90
Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei Federal 12.305/2010 ...... 94
Obrigações do Gestor Municipal frente à Política Nacional
de Resíduos Sólidos: ........................................................................... 97
Resíduos sólidos urbanos (RSU) em minas gerais25 ............................ 99
Situação dos Municípios Mineiros hoje: ........................................... 100
Coleta seletiva – apoio aos municípios: ............................................ 102
Coleta seletiva – Deliberação normativa 172 de 22/12/2011. .......... 102
Bolsa reciclagem – Lei 19. 823 de 21/11/2011 ................................. 104
ICMS ecológico – Lei 18 030 de 12/01/2009 .................................. 105
O ICMS ecológico em Minas Gerais ................................................. 107
Bolsa verde – Decreto 45 113 de 05/06/200928 .............................. 113
LEI FLORESTAL MINEIRA ................................................................ 116
RECURSOS HÍDRICOS ..................................................................... 118
Planejamento Federal e Estadual ...................................................... 119
Planos Estaduais de Recursos Hídricos no Estado de Minas Gerais .. 120
O Papel dos Municípios na Gestão dos Recursos Hídricos ............... 125
RECURSOS MINERAIS...................................................................... 128
O que deve visar o gestor municipal ............................................... 129
Legislação Mineraria de Interesse dos Municípios ........................... 129
Compensação Financeira pela Exploração
de Recursos Minerais - CFEM .......................................................... 130
EMERGÊNCIA AMBIENTAL E EVENTOS CRÍTICOS .................... 132
FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTOS ............................ 134
SITES E ENDEREÇOS DE INTERESSE ............................................ 135
GLOSSÁRIO ....................................................................................... 143
BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 162
PA L AV R A D O P R E S I D E N T E
A Associação Mineira de Municípios, no desempenho de suas funções institucionais
alinhadas com o exercício de seu papel pedagógico de bem orientar os Prefeitos e
Prefeitas Mineiros, primando pelo fortalecimento do municipalismo e contribuindo
para gestões municipais de resultado, edita a 2ª Edição do Manuais de Gestão Pública:
Orientações ao Gestor Municipal.
Com o objetivo de consolidar de forma prática e simplificada o box dispõe de 13
cartilhas nas áreas de Assistência social, esporte, jurídico, direitos humanos, captação
de recursos e convênios, cerimonial, eventos e comunicação, contábil, economia,
meio ambiente, marco regulatório, educação e saúde. Áreas de indiscutível interesse
para a gestão municipal.
A expectativa é que os agentes políticos e gestores desfrutem de um material de fácil
leitura e disponham de uma fonte de orientações segura e rápida. Almeja-se, ainda,
colaborar de forma efetiva para que os compromissos assumidos perante a sociedade,
pelos gestores eleitos, possam se concretizar.
Não há qualquer pretensão de se esgotar os detalhes acerca das matérias tratadas,
todavia a AMM entende que a observância aos aspectos aqui abordados, ao lado de
estudos e pesquisas poderá propiciar mais realização, em decorrência de uma gestão
cada vez mais responsável no trato da coisa pública.
Colocamos o conhecimento técnico da AMM, acumulado ao longo dos 66 anos
de existência da instituição, à disposição dos gestores mineiros, na perspectiva
de contribuir para uma administração pública fundamentada nos princípios
constitucionais e tendo como objetivo o desenvolvimento de políticas públicas
efetivas, capazes de se constituírem em instrumentos hábeis à promoção da cidadania.
Antônio Carlos Doorgal de Andrada Presidente da Associação Mineira de Municípios
A P R E S E N TAÇÃO
Caro Leitor
A Associação Mineira de Municípios – AMM elaborou para o gestor público, nas diversas áreas de sua atuação, um manual básico de orientações a fim de auxiliá-lo em sua lida cotidiana na Administração Pública municipal.
Aprimorar a qualidade da gestão tornou-se um desafio permanente do servidor público. A Constituição Federal reservou um capítulo especial à Administração Pública. E as melhores práticas em gestão governamental se fundam essencialmente na ética, no conhecimento e na conjugação de habilidades profissionais com o amadurecimento democrático.
O presente manual possui um conteúdo específico e irá contribuir com elementos básicos relativos à presente área para a qual fora desenvolvido. No seu contexto o leitor terá a oportunidade de identificar as suas necessidades em relação a este importante tema e, portanto, usá-lo como guia para o exercício de suas atividades.
Superar as dificuldades é um imperativo, e para isso, temos que inovar, elaborar boas práticas, vencer a burocracia e partir em direção a uma Administração Pública zelosa e tecnicamente bem aparelhada.
É por meio do conhecimento que procuramos estimulá-lo a perceber melhor seu município, bem como a sua área de atuação no âmbito da Administração. Ressaltamos a necessidade de criar um ambiente de confiança; construir relações de respeito e boa convivência, identificando as virtudes, bem como as dificuldades que permeiam a vossa atividade.
Por fim, resta esclarecer que precisamos ter uma visão integral de todas as áreas da Administração Pública, por serem absolutamente interdependentes. Assim, estamos convictos de que esta Cartilha: Manual de Orientações em Meio Ambiente ao Gestor Municipal, será de grande importância para todos os que nela se inspirarem.
Em tempos de instabilidades, esperamos encontrar luz no conhecimento para a (re)construção por vir........ . (Re)construção do homem, do pensamento, da moral, dos costumes, do lar, do caráter..........
Assim, (Re)construir é o brado que nos compete.
Boa Leitura
Gustavo Costa Nassif Superintendente da AMM
Doutor e Mestre em Direito Público, Professor Universitário e Advogado
N OTA DAO R GA N I Z A D O R A
Caro Leitor,
Tendo como norte o aperfeiçoamento da gestão ambiental nos municípios mineiros e desenvolvimento sustentável elaboramos a presente cartilha. O texto contém uma síntese das principais diretrizes e aspectos práticos da atuação do gestor municipal na área de meio ambiente. Em onze capítulos, bastante sintéticos, apresentamos e destacamos temas como; Regularização Ambiental, Saneamento Básico, Lei Florestal Mineira, Recursos Hídricos, Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM, Emergências Ambientais, dentre outros. Para a elaboração do texto nos pau-tamos no conhecimento adquirido na Coordenação das Áreas Técnicas da AMM, trabalhando lado a lado com os técnicos e gestores municipais, bem como nas mais diversas fontes de consulta, principalmente, nos inúmeros guias editados pelos Órgãos Estaduais de Saúde, Tribunais de Contas do Es-tado, Manuais de Direito Administrativo e Informativos Jurisprudenciais. Nosso objetivo foi o de condensar em um único manual, de forma sintética e resumida, os temas de maior incidência e relevância para a gestão pública municipal na pasta de meio ambiente. Esperamos que as orientações aqui compiladas sirvam de suporte aos Gestores Municipais Mineiros e fortaleci-mento da causa municipalista.
Desejamos a todos uma boa leitura!
Vivian do Carmo Bellezzia
Vivian do Carmo Bellezia
Advogada. Especialista em Direito Público. Mestranda em Direito Ambiental.
11
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
A legislação ambiental brasileira é vasta, complexa e dispersa em vários ins-trumentos normativos. Não obstante, seu conhecimento é de fundamental importância para a proteção do meio ambiente e cumprimento das obri-gações impostas ao gestor no âmbito da administração pública municipal. A literatura sobre proteção ambiental é muito abrangente versando sobre os mais variados temas ambientais. Por isso, esse primeiro capítulo objetiva apresentar ao gestor um apanhado geral da legislação ambiental brasileira, bem como o encadeamento cronológico de sua evolução ao longo dos anos.
Os primeiros instrumentos legais relativos às questões ambientais que se tem notícia no Brasil datam da época do Brasil colônia (1845-1822) época em que as Ordenações Manuelinas regulavam a atividade extrativista, a caça e a pesca, sempre visando resguardar os interesses da coroa portuguesa. 1
Logo em seguida, no período do Primeiro e Segundo Império e também du-rante a República Velha (1822 a 1930), o processo de ocupação do território nacional deu origem a primeira Lei de Terras do Brasil que visava proteger a propriedade particular e a demarcação de terras ocupadas e devolutas.
A partir da década de 30 começam a surgir as primeiras legislações que visa-vam, de alguma forma, disciplinar o uso dos recursos naturais no país. 2
1 . L E G I S L AÇÃO A M B I E N TA L P R I N C I PA I S I N S T R u M E N TO S N O R M AT I VO S f E D E R A I S
1 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 14. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf
2 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 16. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf
12M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Entre as décadas de 40 e 60, no período Pós Guerra, quando as palavras de ordem eram “crescimento econômico e desenvolvimento” a proteção do meio ambiente caracterizou-se pela administração dos recursos naturais por meio de órgãos públicos dedicados tanto ao uso quanto a proteção dos re-cursos naturais. Ou seja, a proteção do meio ambiente não era o carro chefe dos órgãos ambientais aquela época3.
No Brasil dos anos 60, época da ditadura militar, e do milagre econômico, para atender às exigências internacionais, foram editados, dentre outros, os seguintes instrumentos legislativos:
Quadro 1: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf
3 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 16. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf
Data Leg i s l ação Obje to
1934 Cód igo da s Águas ( a inda v i gen -te )
Es t abe l ece o s p r inc íp io s do aprove i t a -mento e u t i l i z ação da s água s de domín io púb l i co c r i ando d i r e i to s e obr i gaçõe s ao s u suá r io s.
1934 Cód igo F lo re s t a l ( subs t i tu ido em 1965 pe l a Le i n o 4 .771)
Di sc ip l inava a exp lo ração comerc i a l de f l o re s t a s.
1937 Dec. Le i n o 25 Cr i ação do SPHAN - Se rv i ço de P ro te -ção ao Pa t r imôn io Hi s tó r i co, Ar t í s t i co e Natura l (ho je IPHAN)
1937 a 1939 Cr i ação dos P r ime i ro s Pa rques Natura i s
Pa rque Nac iona l de I t a t i a i a , Pa rque Na-c iona l de Foz de I guaçu , e Pa rque Na-c iona l da Se r ra do s Órgãos.
13
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Data Leg i s l ação Obje to
1962 Le i n o 4132/62 Prevê o s ca so s de de sapropr i ação por in te re s se so -c i a l pa ra p romover a ju s t a d i s t r ibu i ção da p ropr i e -dade ou cond ic iona r o s eu u so ao bem e s t a r soc i a l
1964 Es ta tu to da Ter ra - Le i Fede ra l n o 4504 de 30/11/1964
In t roduz o conce i to de “ função soc i a l da p ropr i e -dade ” .
1965 Cód igo F lo re s t a l - Le i Fede ra l n º 4771/65 ( subs -t i tu i o Cód . F lo re s t a l de 34)
Enfa t i za o ca rá te r ambien ta l de p ro teção dos r ecur so s na tu ra i s em de t r imento do conce i to de r e se rva dos mesmos pa ra u so fu tu ro, an te s u t i l i z a -do. In t roduz a s p r ime i ra s noçõe s de func iona l ida -de dos r ecur so s f l o re s t a i s pa ra p ro teção da f auna a s soc i ada e do s r ecur so s h íd r i co s. Cr i a a s APP ´ s – Área s de P re se rvação Pe rmanente ( a r t s. 2 º e 3 º ) e a s RLO´s – Rese rva s Lega i s Obr i ga tó r i a s13 ( a r t .16) . P revê a c r i a ção de Pa rques ; Re se rva s B io -lóg i ca s e F lo re s t a s Nac iona i s ( a r t . 5 º ) . Dete rmina que a exp lo ração de f l o re s t a s deva s e r s empre p re -v i amente au to r i zada pe lo IBAMA que obse rva rá t écn i ca s de aba te, r epos i ção f l o re s t a l e mane jo ; e que a t i v idade s vo l t ada s a exp lo ração indus t r i a l de maté r i a p r ima f l o re s t a l mantenham sua s p rópr i a s f l o re s t a s de fo rma equ iva l en te à sua s nece s s idade s de consumo. (a r t s.19 ,20 e 21)
1966 Decre to 58 .054/66 Promulga a Convenção pa ra a p ro teção da f l o ra , f auna e da s be l eza s cên i ca s na tu ra i s do s pa í s e s da Amér i ca , a s s inada pe lo Bra s i l , a 27/02/40 ( aprova -da pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 3 /48) .
1966 Decre to 59 .308/66 Promulga o Acordo Bá s i co de As s i s t ênc i a Técn i ca com a Organ ização da s Nações Un ida s, sua s agên -c i a s e spec i a l i z ada s e a Agênc i a In te rnac iona l de Energ i a Atômica ( aprovado pe lo Decre to Leg i s l a -t i vo 11/66) .
14M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Durante a década de 70 o Brasil seguia em ritmo de expansão do crescimen-
to econômico e industrialização. Nesse contexto, a produção legislativa, tam-
bém por influência dos organismos internacionais, resultou em leis voltadas
para o controle da poluição4:
Data Leg i s l ação Obje to
1967 Le i de P ro teção à Fauna S i l ve s t r e - Le i n º 5197/67
Es tabe l ece que o s an ima i s de qua i squer e spéc i e s, em qua lquer f a se do s eu de senvo lv imento e que v i vem na tura lmente fo ra do ca t i ve i ro, cons t i -tu indo a f auna s i l ve s t r e, bem como seus n inhos, ab r i go s e c r i adouro s na tu ra i s s ão p ropr i edades do Es t ado, s endo p ro ib ida a sua u t i l i z ação, pe r segu i -ção, de s t ru i ção, c aça ou apanha ( a r t . 1 º ) ; e que nenhuma e spéc i e poderá s e r i n t roduz ida no Pa í s, s em pa rece r t écn i co o f i c i a l f avo ráve l e s em l i cen -ça exped ida na fo rma da l e i ( a r t . 4 º ) .
1967 Cód igo de Mina s - Dec re -to -Le i n º 227/67
Impõe cond içõe s pa ra a ou to rga do d i r e i to à pe s -qu i s a ou l av ra dos bens mine ra i s, c l a s s i f i c ando-o s.
1967 Cód igo de Pe sca - Dec re -to - l e i 221/67
Di spõe sobre a p ro teção e e s t ímu lo à pe sca ; .
Quadro 2: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf
4 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 18. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf
15
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Data Leg i s l ação Obje to
1975 Dec Le i n º 1413/75 In s t i tu i a ob r i gação da s indús t r i a s ado ta rem med ida s p re -ven t i va s e co r re t i va s.
1975 Dec Le i n º 76 .389/75 Prev i a a obr i gação da s indús t r i a s ado ta rem med ida s p re -ven t i va s e co r re t i va s na s á rea s c r í t i c a s de po lu i ção : Re -g i ão Met ropo l i t ana de SP, Rec i f e, R io, Sa l vador, Be lo Hor i zonte, Po r to A leg re, Cur i t iba , Reg iõe s de Cuba tão e Vo l t a Redonda , Bac i a s do Méd io e Ba ixo Tie tê , Pa ra íba do Su l , e R io s Jacu í - Gua íba .
1977 Decre to Fede ra l n º 81 .207
Dec l a ra de Segurança Nac iona l o con t ro l e ambien ta l da s a t i v idade s púb l i c a s e p r i vada s vo l t ada s à i ndús t r i a de a r-mamentos.
1980 Cr i ação do CEEIBH Comi tê Espec i a l do s e s tudos In teg rados de Bac i a s H id ro -g rá f i c a s e de s eus subcomi tê s t a i s como o da Bac i a do São Franc i s co e da Bac i a do Pa ra íba do Su l .
1981 1981 LEI FEDERAL Nº 6 .938 que in s t i tu iu a PNMA
POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE (a l t e rada pe l a s l e i s n º 7804/89 e 8028/90 e r egu l amentada pe lo Dec. n º 99 .274/90) que s e cons t i tu í num impor tan te “d i -v i so r de água s ” da l eg i s l a ção ambien ta l nac iona l .
Quadro 3: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf
Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Po-
lítica Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as
políticas públicas de meio ambiente a serem desenvolvidas pelos entes fede-
rativos. A partir da PNMA criou-se o Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA), mecanismo que envolve os três níveis da federação e tem por
objetivo dar concretude à Política Nacional do Meio Ambiente.
16M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Pois bem, desde meados da década de 80 até os dias atuais a legislação am-
biental brasileira vem sendo complementada e aperfeiçoada sendo hoje con-
siderada uma das mais completas legislações ambientais do mundo. Hoje a
legislação é construída visando, sobretudo, o desenvolvimento sustentável.
Data Leg i s l ação Obje to
1981 Le i n º 6902/81 Regu lamenta a s APA’s e E s t açõe s Eco lóg i ca s ;
1982 Decre to n º 87 .566/82 Promulga o t ex to da Convenção sobre P reven-ção da Po lu i ção Mar inha por A l i j amento de Re -s íduos e Out ra s Maté r i a s, conc lu ído em Londre s
1985 Le i n º 7347/85 - conhec ida como Le i de In te re s se s D i -fu so s e Co le t i vo s
In s t i tu iu a Ação C iv i l Púb l i c a dando l eg i t imida -de a t i va ao s Min i s t é r io s Púb l i co s, ao s Pa r t ido s Po l í t i co s e à s As soc i açõe s l ega lmente cons t i tu -ída s, pa ra p ropugnarem em ju í zo pe l a p re se r-vação e p ro teção do pa t r imôn io púb l i co ( am-b ien ta l , h i s tó r i co e a r t í s t i co ) , r e t i rando, pe l a p r ime i ra vez , da s mãos exc lu s i va s do Es t ado a pos s ib i l i dade da de fe sa ambien ta l ;
1986 Reso lução 001 do CONO-MA (complementada pe l a 011/86)
Di spôs sobre o s E s tudos de Impac to Ambien ta l - E IA ` s e r e spec t i vo s Re l a tó r io s de Impac to do Me io Ambien te - R IMA`s e s t abe l ecendo c r i t é -r i o s e d i r e t r i ze s ge ra i s pa ra sua e l aboração ;
1986 Reso lução 020 do CONA-MA
Estabe l eceu a c l a s s i f i c ação da s água s doce s, s a lobra s e s a l ina s do t e r r i tó r io nac iona l . E s t abe -l ece c r i t é r io s, l im i te s e cond içõe s pa ra a c l a s s i -f i c ação e enquadramento dos co rpos h íd r i co s de aco rdo com seu u so p reponderan te ; e a s c l a s s e s de s t inada s a p re se rvação do equ i l í b r io na tu ra l e p ro teção da s comunidades aquá t i ca s ( a r t . 1 º ) .
Quadro 4: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf
17
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal o Meio Ambiente ad-
quiriu proteção constitucional. O art. 225 garante a todos um meio ambien-
te ecologicamente equilibrado, atribuindo-lhe status de bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações5. Em seguida, mais legislações foram criadas:
Data Leg i s l ação Obje to
1988 Le i n º 7661/88 - PNGC Plano Nac iona l de Gerenc i amento Cos te i ro dando d i r e t r i ze s pa ra imp lementação de múl t ip lo s u so s de sde que a s s egurada a p ro teção ambien ta l ( l i v r e ace s so à s p ra i a s e ao mar )
1988 Decre to 96 .944/88 Cr i a o P rog rama de Defe sa do Complexo de Ecos -s i s t emas da Amazôn ia Lega l ( a l t e rado pe lo Decre -to 97 .636/89) .
1989 Le i n º 7802/89 Regu lamenta de sde a pe squ i s a e f ab r i cação dos ag ro tóx i co s, a t é sua comerc i a l i z ação, d i s t r ibu i ção, u so, e de s t ino f ina l da s emba lagens, ob r i gando seu r eg i s t ro nos Min i s t é r io s da Agr i cu l tu ra ; Saúde e Me io Ambien te.
Quadro 5: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf
5 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 19. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf
18M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Em seguida, em meados de 1989, foram promulgadas as Constituições Esta-
duais que na sua grande maioria estabeleceram artigos ou capítulos inteiros
dedicados à proteção ambiental. A Constituição do Estado de Minas Gerais foi
promulgada em 21 de Setembro de 1989 e assim como as demais, abordou o
meio ambiente dentro dos aspectos previstos na Constituição Federal, guardan-
do assim compatibilidade vertical constitucional, já que dispõe de competência
legislativa concorrente e supletiva em matéria ambiental. Na década de 1990
foram editadas:
Data Leg i s l ação Obje to
1989 Reso lução CONAMA 005/89
In s t i tu i o P rog rama Nac iona l de Cont ro l e da Po lu i ção do Ar. E s te p rog rama é um dos in s t ru -mento s bá s i co s da ge s t ão ambien ta l pa ra p ro te -ção da s aúde e me lhor i a da qua l idade de v ida , pe l a l im i t ação dos n íve i s de emi s s ão de po luen-te s por fon te s de po lu i ção a tmos fé r i c a .
1990 Reso lução CONAMA 002/90
In s t i tu i o P rog rama Nac iona l de Educação e Cont ro l e da Po lu i ção Sonora “S ILÊNCIO” . E s t abe l ece que e s t e p rog rama se rá coordenado pe lo IBAMA.
1990 Reso lução CONAMA 003/90 -
Es t abe l ece padrõe s de qua l idade do a r, p rev i s -to s no PRONAR e s t abe l ec ido pe l a Reso lução CONAMA 005/89 ( r evoga a Por t a r i a MINTER 231/76) . E s t abe l ece o s padrõe s de qua l idade do a r, o s métodos de amos t ragem e aná l i s e do s po luente s a tmos fé r i co s e o s n í ve i s de qua l idade do a r pa ra e l aboração do P l ano de Emergênc i a pa ra Ep i sód io s Cr í t i co s de Po lu i ção do Ar.
19
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Data Leg i s l ação Obje to
1990 Reso lução CONAMA 008/90
Es tabe l ece o s l im i te s máx imos de emi s s ão de po luente s do a r pa ra p roce s so s de combus tão ex te rna , p rev i s to s no PRONAR e s t abe l ec ido pe l a Reso lução CONAMA 005/89 . E s t abe l ece o s padrõe s de emi s s ão pa ra fon te s nova s f i xa s de po lu i ção com potênc i a s nomina i s to t a i s a t é 70 MW e super io re s.
1991 Decre to n º 8 /91 Promulga a Convenção sobre As s i s t ênc i a no ca so de Ac idente Nuc lea r ou Emergênc i a Ra -d io lóg i ca ( ap rovado pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 24/90) . E s t a convenção fo i ap rovada duran te a s e s s ão e spec i a l da Confe rênc i a Gera l da Agên-c i a In te rnac iona l de Energ i a Atômica , a s s inada em Viena , a 27/09/86 .
1991 Decre to n º 9 /91 Promulga a Convenção sobre p ronta no t i f i c ação de ac iden te nuc l ea r ( ap rovado pe lo Decre to Le -g i s l a t i vo 24/90) .
1993 Reso lução CONAMA nº 005/93
Def ine p roced imento s pa ra o ge renc i amento de r e s íduos só l ido s. Ap l i ca - s e ao s r e s íduos só l ido s ge rados nos por to s, ae ropor to s, t e rmina i s f e r ro -v i á r io s e rodov i á r io s e e s t abe l ec imento s p re s t a -dore s de s e rv i ço s de s aúde, mas pode s e r t am-bém ap l i c ada a g randes ge radore s de r e s íduos.
1993 Decre to n ° 750/93 Di spõe sobre o co r te, a exp lo ração e a supre s -s ão de vege tação p r imár i a ou nos e s t ág io s avan -çado e méd io de r egene ração da Mata At l ân t i ca , e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
1994 Decre to n º 1 .282/94 - r e -gu l amenta o s a r t . 15 , 19 , 20 e 21 da Le i n º 4 .771/65 ( a l t e rado pe lo Decre to n º 2 .788/98) .
Es t abe l ece a á rea cons ide rada como bac i a ama-zôn i ca e que a exp lo ração de sua s f l o re s t a s p r i -mi t i va s e dema i s fo rmas de vege tação a rbórea na tu ra l somente s e r á pe rmi t ida sob a fo rma de mane jo f l o re s t a l su s t en táve l ( a r t . 1 º e § 1 º ) .
20M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Data Leg i s l ação Obje to
1995 Le i n º 8974/95 que d i spôs sobre Engenhar i a Gené t i ca
Regu lamentada pe lo s Decre to s n º 1520/95 e 1752/95 , a l e i e s t abe l ece normas pa ra o de sen -vo lv imento, cu l t i vo e man ipu lação de OGM’s – Organ i smos Genet i camente Mod i f i c ados a t é sua comerc i a l i z ação, consumo e l i be ração no me io ambien te.
1996 Le i n º 9394/96 conhec ida como Le i da s Di re t r i ze s e Ba se s da Educação Nac iona l
Es t abe l ece o s p r inc íp io s, f i n s, d i r e i to s e deve -re s do s e to r, o rgan izando a p re s t ação do en s ino
1997 A Le i n º 9433/97 – Po l í t i c a Nac iona l de Recur so s Híd r i -co s
Po l í t i c a Nac iona l de Recur so s Híd r i co s in s -t i tu iu o SNGRH S i s t ema Nac iona l de Geren -c i amento de Recur so s Híd r i co s com ba se num Conse lho Nac iona l e Comi tê s de Bac i a Hid ro -g rá f i c a .
1996 Decre to 1 .905/96 Promulga a Convenção sobre Zonas Úmida s de Impor tânc i a In te rnac iona l , e spec i a lmente como hab i t a t de ave s aquá t i ca s, conhec ida como Con-venção de Ramsa r, de 02/02/71 ( aprovado pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 33/92) .
1997 Decre to Leg i s l a t i vo 28/97 Aprova o t ex to da Convenção In te rnac iona l de Combate à Dese r t i f i c ação nos pa í s e s a f e t ados por de se r t i f i c ação e /ou s eca , a s s inada pe lo go -ve rno b ra s i l e i ro, em Pa r i s, em 15/10/94 .
1997 Decre to 2 .119/97 Di spõe sobre o P rog rama P i lo to pa ra a P ro teção da s F lo re s t a s Trop ica i s do Bra s i l e sobre a sua Comi s s ão de Coordenação ( r evoga o Decre to 31 563/92) . O prog rama t em por ob je t i vo a imp lan tação de um mode lo de de senvo lv imento su s ten táve l , cons t i tu indo- se de um con junto de p ro j e to s de execução in teg rada pe lo s gove rnos f ede ra l , e s t adua i s e mun ic ipa i s e a soc i edade c i v i l o rgan izada , com o apo io t écn i co e f inan -ce i ro da comunidade in te rnac iona l .
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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Data Leg i s l ação Obje to
1998 Le i n º 9605/98 - Le i de Cr imes Ambien ta i s – ( r e -gu l amentada pe lo Dec. 3179/99)
Prev iu s ançõe s admin i s t ra t i va s ; r ede senhou pe -na l idade s e t ip i f i cou como c r ime moda l idade s an te s t ida s como cont ravenção ou não p rev i s -t a s ; p rev iu t ambém a pe rda ou r e s t r i ç ão de incen t i vo s l ega i s / cont ra t ação com a admin i s t ra -ção púb l i c a / su spensão em l inha s de c réd i to.
1998 Decre to 2 .519/98 Promulga a Convenção sobre a Dive r s idade B io -lóg i ca , a s s inada no R io de Jane i ro, em 05/07/92 ( aprovada pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 2 /94) . E s t a convenção fo i d i s cu t ida duran te a Confe rênc i a da s Nações Un ida s sobre Me io Ambien te e De-senvo lv imento, r ea l i z ada no R io de Jane i ro de 05 a 14/06/92 .
1998 Decre to 2 .586/98 Promulga o Acordo sobre Cooperação em Ma-té r i a Ambien ta l , c e l eb rado en t re o Governo da Repúb l i ca Fede ra t i va do Bra s i l e o Governo da Repúb l i ca da Argent ina , em Buenos A i re s, em 09/04/96 ( aprovado pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 6 /97) .
1998 Decre to 2 .648/98 Promulga o p ro toco lo da Convenção de Segu-rança Nuc lea r, a s s inado em Viena , a 20/09/94 ( aprovado pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 4 /97) .
1998 Decre to 2 .652/98 Promulga a Convenção -Quadro da s Nações Un i -da s sobre Mudança do C l ima , ado tada em Nova Io rque, a 09/05/92 ( aprovada pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 1 /94) .
1999 Decre to 2 .959/99 Di spõe sobre med ida s a s e rem implementada s na Amazôn ia Lega l , pa ra mon i to ramento, p re -venção, educação ambien ta l e combate a incên -d io s f l o re s t a i s ( r evoga o Decre to 2 .662/98) .
1999 Le i Nº 9 .795/99 que in s -t i tu iu a PNEA – Po l í t i c a Nac iona l de Educação Am-b ien ta l
Po l í t i c a Nac iona l de Educação Ambien ta l , de fo rma obr i ga tó r i a em todos o s n í ve i s de en s i -no. E s t a l e i , r egu l amenta a p rev i s ão f e i t a pe l a PNMA, em seu a r t i go 9 º , que cons ide rou a educação ambien ta l um in s t rumento da po l í t i c a ambien ta l e o p rev i s to no a r t i go 225 da Cons t i -tu i ção Federa l .
22M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Data Leg i s l ação Obje to
2000 Le i n º 9 .984/00 Di spôs sobre a c r i a ção da Agênc i a Nac iona l de Água - ANA, en t idade f ede ra l de imp lementa -ção da Po l í t i c a Nac iona l de Recur so s Híd r i co s e de coordenação do S i s t ema Nac iona l de Geren -c i amento de Recur so s Híd r i co s.
2000 Le i n º 9985/00 - S i s t ema Nac iona l de Un idades de Conse rvação
In s t i tu iu o S i s t ema Nac iona l de Un idades de Conse rvação, r egu l amentando o a r t 225 , § 1 º , i nc i so s I , I I , I I I e VI I da Cons t i tu i ção Federa l .
2001 Le i n º 10 .257/01- E s t a tu to da C idade
In s t i tu iu o Es t a tu to da C idade, cond ic ionando seu c re sc imento ao bem e s t a r de s eus hab i t an -te s e d i s c ip l inando o e s tudo de impac to de v i -z inhança pa ra empreend imento s e s e rv i ço s que pos sam in te r f e r i r com o me io ambien te u rbano e com a s ad i a qua l idade de v ida .
Quadro 6: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf
Nos últimos 10 anos a legislação ambiental federal continuou evoluindo e
as principais legislações que precisam ser conhecidas por todo e qualquer
gestor são:
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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
L E G I S L AÇ ÃO A M B I E N TA L F E D E R A L B Á S I C A
Data Leg i s l ação Obje to
2005 Le i de B io s segurança - Le i n º 11 .105
Es t abe l eceu s i s t emas de f i s c a l i z ação sobre a s d i ve r s a s a t i v idade s que envo lvem organ i smos mod i f i c ados gene t i camente.
2006 Le i n º 11 .284/2006 - Le i de Ges tão de F lo re s t a s Púb l i -ca s
Normat i za o s i s t ema de ge s t ão f l o re s t a l em á rea s púb l i c a s e com a c r i a ção do ó rgão r egu l a -dor (Se rv i ço F lo re s t a l B ra s i l e i ro ) e do Fundo de Desenvo lv imento F lo re s t a l .
2007 Le i 11 .445/2007 - E s t abe -l ece a Po l í t i c a Nac iona l de Saneamento Bá s i co
Ver sa sobre todos o s s e to re s do s aneamento (d renagem urbana , aba s tec imento de água , e s -go tamento s an i t á r io e r e s íduos só l ido s ) .
2009 Med ida P rov i só r i a n º 458/2009
Es t abe l eceu nova s no rmas pa ra a r egu l a r i zação de t e r ra s púb l i c a s na r eg i ão da Amazôn ia .
2010 Le i 12 .305/2010 - In s t i -tu i a Po l í t i c a Nac iona l de Res íduos Só l ido s (PNRS) e a l t e ra a Le i 9 .605/1998
Es tabe l ece d i r e t r i ze s à ge s t ão in teg rada e ao ge renc i amento ambien ta l adequado dos r e s í -duos só l ido s. P ropõe r eg ra s pa ra o cumpr imen-to de s eus ob je t i vo s em ampl i tude nac iona l e i n te rp re t a a r e sponsab i l i dade como compar-t i lhada en t re gove rno, empre sa s e soc i edade. Na p rá t i c a , de f ine que todo r e s íduo deve rá s e r p roce s s ado apropr i adamente an te s da de s t ina -ção f ina l e que o in f ra to r e s t á su j e i to a pena s pa s s i va s, i nc lu s i ve, de p r i s ão.
2011 Le i Complementa r 140 – Cooperação en t re o s en te s f ede rados
F ixa normas, no s t e rmos dos inc i so s I I I , VI e VI I do caput e do pa rág ra fo ún i co do a r t . 23 da Cons t i tu i ção Federa l , pa ra a cooperação en t re a Un ião, o s E s t ados, o Di s t r i to Fede ra l e o s Mu-n i c íp io s na s açõe s admin i s t ra t i va s decor ren te s do exe rc í c io da competênc i a comum re l a t i va s à p ro teção da s pa i s agens na tu ra i s no táve i s, à p ro -t eção do me io ambien te, ao combate à po lu i ção em qua lquer de sua s fo rmas e à p re se rvação da s f l o re s t a s, da f auna e da f l o ra ; e a l t e ra a Le i n º 6 .938 , de 31 de ago s to de 1981 .
24M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Data Leg i s l ação Obje to
2012 Le i 12 .651/2012 - Novo Cód igo F lo re s t a l B ra s i l e i ro
Revoga o Cód igo F lo re s t a l B ra s i l e i ro de 1965 e de f ine que a p ro teção do me io ambien te na tu -ra l é obr i gação do p ropr i e t á r io med ian te a ma-nutenção de e spaços p ro teg idos de p ropr i edade p r i vada , d i v id idos en t re Área de P re se rvação Pe rmanente (APP) e Rese rva Lega l (RL) .
2012 LEI Nº 12 .651 - Cada s t ro Ambien ta l Rura l .
D i spõe sobre a p ro teção da vege tação na t i va ; a l t e ra a s Le i s no s 6 .938 , de 31 de ago s to de 1981 , 9 .393 , de 19 de dezembro de 1996 , e 11 .428 , de 22 de dezembro de 2006 ; r evoga a s Le i s no s4 .771 , de 15 de s e tembro de 1965 , e 7 .754 , de 14 de ab r i l de 1989 , e a Med ida P ro -v i só r i a no 2 .166-67 , de 24 de ago s to de 2001 ; e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2012 LEI Nº 12 .651 Di spõe sobre a p ro teção da vege tação na t i va
2013 LEI Nº 12 .805 In s t i tu i a Po l í t i c a Nac iona l de In teg ração La -voura -Pecuá r i a -F lo re s t a e a l t e ra a Le i n º 8 .171 , de 17 de j ane i ro de 1991 .
2015 LEI Nº 13 .123 Regu lamenta o inc i so I I do § 1 º e o § 4 º do a r t . 225 da Cons t i tu i ção Federa l , o a r t i go 1 º , a a l í nea j do a r t i go 8 , a a l í nea c do a r t i go 10 , o a r t i go 15 e o s §§ 3 º e 4 º do a r t i go 16 da Con-venção sobre Dive r s idade B io lóg i ca , p romul -gada pe lo Decre to n º 2 .519 , de 16 de março de 1998 ; d i spõe sobre o ace s so ao pa t r imôn io gené t i co, sobre a p ro teção e o ace s so ao co -nhec imento t rad i c iona l a s soc i ado e sobre a r epa r t i ç ão de bene f í c io s pa ra conse rvação e u so su s ten táve l da b iod ive r s idade ; r evoga a Med i -da P rov i só r i a n º 2 .186-16 , de 23 de ago s to de 2001 ; e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2016 Le i 13 .312 Modi f i c a a Le i de Di re t r i ze s Nac iona i s do Sa -neamento Bá s i co (Le i 11 .445/2007)
Quadro 7: Material adaptado de conteúdo disponível em sites do governo federal e estadual. Disponível em: www.semad.mg.gov.br
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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Como se pode perceber o Brasil possui hoje em termos de proteção ambien-
tal uma das legislações mais desenvolvidas e abrangentes do mundo. A legis-
lação ambiental, no entanto, precisa ser, cada dia mais, divulgada e demo-
cratizada para uma efetiva aplicação, principalmente no âmbito municipal.
Enfim, após conhecer a multiplicidade leis e normas federais que de algu-
ma forma versem sobre a proteção ambiental, é preciso ter em mente que
o desenvolvimento sustentável é meta de praticamente todos os países no
mundo. E o Brasil alinhado a essa grande meta assinou diversos tratados e
acordos internacionais se comprometendo a obedecer as determinações in-
ternacionais. Isso tudo porque o homem está cada dia mais ameaçado por
ele próprio. A natureza não suporta mais a busca desenfreada pelos bens de
consumo. As gerações futuras já estão ameaçadas.
Portanto gestor, faça a diferença durante seu mandato, ADOTE medidas que
permitam o desenvolvimento sustentável de seu município.
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL MUNICIPAL pressupõe a
conjugação de 3 fatores que se entrelaçam: Crescimento econômico, Desen-
volvimento social e Proteção ambiental.
NÃO SE ESQUEÇA: A proteção e a recuperação ambiental são obrigações
legais. A Constituição Federal de 1988 contém um capítulo inteiro, por meio
do artigo 225, que estabelece o direito de todos ao meio ambiente ecologica-
mente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, e impõe ao poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as gerações presentes e futuras.
26M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Nesse contexto, com vistas num trabalho que vise à co-responsabilidade do
Poder Público e da coletividade na preservação do meio ambiente, importan-
te ainda que todo aquele que se dispõe a trabalhar com temas afetos ao meio
ambiente no âmbito municipal conheça as principais regras que normatizam
as questões ambientais em âmbito estadual.
P R I N C I PA I S I N ST R u M E N TO S N O R M AT I VO S D O E S TA D O D E M I NA S G E R A I S
O gestor municipal deve ficar ainda atento as principais normas que regu-
lamentam as questões afetas ao meio ambiente no âmbito estadual. Veja
os principais regramentos e normas que precisam ser consultadas antes da
tomada de decisão pela administração:
Data Leg i s l ação Obje to
1978 LEI Nº 7 .302 - Le i do S i -l ênc io
Di spõe sobre a p ro teção cont ra a po lu i ção so -nora no Es t ado de Mina s Gera i s.
1980 LEI Nº 7 .772 Di spõe sobre a p ro teção, conse rvação e me lho-r i a do me io ambien te.
1993 LEI Nº 11 .258 - IEPHA-MG Reorgan iza o In s t i tu to Es t adua l do Pa t r imôn io Hi s tó r i co e Ar t í s t i co de Mina s Gera i s - IEPHA-MG - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
1994 LEI Nº 11 .720 - PESB Di spõe sobre a Po l í t i c a E s t adua l de Saneamen-to Bá s i co e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
1995 LEI Nº 11 .903 - SEMAD Cr ia a Sec re t a r i a de Es t ado de Me io Ambien te e Desenvo lv imento Sus ten táve l , a l t e ra a deno-minação da Sec re t a r i a de Es t ado de C iênc i a , Tecno log i a e Me io Ambien te e dá ou t ra s p rov i -dênc i a s.
1997 LEI Nº 12 .503- PECA Cr ia o P rog rama Es t adua l de Conse rvação da Água .
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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Data Leg i s l ação Obje to
1997 LEI Nº 12 .581- SEMAD Dispõe sobre a o rgan ização da Sec re t a r i a de Es t ado de Me io Ambien te e Desenvo lv imento Sus ten táve l - SEMAD - e dá ou t ra s p rov idên-c i a s.
1997 LEI Nº 12 .582 - IEF Di spõe sobre a r eo rgan ização do In s t i tu to Es t a -dua l de F lo re s t a s - IEF - e dá ou t ra s p rov idên-c i a s.
1997 LEI Nº 12 .583 - FEAM Dispõe sobre a r eo rgan ização da Fundação Es -t adua l do Me io Ambien te - FEAM - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
1997 LEI Nº 12 .584 - IGAM Alte ra a denominação do Depar t amento de Recur so s Híd r i co s do Es t ado de Mina s Gera i s - DRH-MG - pa ra In s t i tu to Mine i ro de Ges tão da s Águas - IGAM - , d i spõe sobre sua r eo rgan i -zação e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
1997 LEI Nº 12 .596 Di spõe sobre a ocupação, o u so, o mane jo e a conse rvação do so lo ag r í co l a e dá ou t ra s p rov i -dênc i a s.
1998 LEI Nº 13 .047 Di spõe sobre o u so rac iona l do ce r rado na t i vo ou em e s t ág io s ecundár io de r egene ração.
1999 LEI Nº 13 .183 – APA do R io Uberaba
Di spõe sobre a c r i a ção da Área de P ro teção Ambien ta l da Bac i a Hid rog rá f i c a do R io Ube-raba - APA do R io Uberaba - e dá ou t ra s p rov i -dênc i a s.
1999 LEI Nº 13 .194 - FHIDRO Cr ia o Fundo de Recuperação, P ro teção e De-senvo lv imento Sus ten táve l da s Bac i a s H id rog rá -f i c a s do Es t ado de Mina s Gera i s - FHIDRO - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
1999 LEI Nº 13 .199 - PERH Dispõe sobre a Po l í t i c a E s t adua l de Recur so s Híd r i co s e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
1999 LEI Nº 13 .317 - CS Contém o Cód igo de Saúde do Es t ado de Mina s Gera i s.
28M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Data Leg i s l ação Obje to
1999 LEI Nº 13 .373- APA do R io do Machado
Di spõe sobre a c r i a ção da Área de P ro teção Ambien ta l da Bac i a Hid rog rá f i c a do R io do Ma-chado - APA do R io do Machado - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
1999 LEI Nº 13 .393 Torna obr i ga tó r i a a pub l i c ação da r e l ação dos e s t abe l ec imento s mul t ados por po lu i ção e de -g radação ambien ta l .
2000 LEI Nº 13 .605 - Rode io Di spõe sobre a p romoção e a f i s c a l i z ação da de fe sa s an i t á r i a an ima l duran te a r ea l i z ação de rode io.
2000 LEI Nº 13 .766 – Co le t a Se l e t i va
Di spõe sobre a po l í t i c a e s t adua l de apo io e in -cen t i vo à co l e t a s e l e t i va de l i xo e a l t e ra d i spo -s i t i vo da Le i n º 12 .040 , de 28 de dezembro de 1995 , que d i spõe sobre a d i s t r ibu i ção da pa r-ce l a de r ece i t a do p roduto da a r r ecadação do ICMS per tencente ao s mun ic íp io s, de que t ra t a o inc i so I I do pa rág ra fo ún i co do a r t . 158 da Cons t i tu i ção Federa l .
2000 LEI Nº 13 .771 – Águas Sub-te r r ânea s
Di spõe sobre a admin i s t ração, a p ro teção e a conse rvação da s água s sub te r r ânea s de domín io do Es t ado e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2000 LEI Nº 13 .800 Di spõe sobre a s i l ha s f luv i a i s e l a cus t r e s de domín io e s t adua l .
2000 LEI Nº 13 .803- ICMS Dispõe sobre a d i s t r ibu i ção da pa rce l a da r ece i -t a do p roduto da a r r ecadação do ICMS per ten -cen te ao s Mun ic íp io s.
2001 LEI Nº 14 .089 Cr i a o P rog rama de Cer t i f i c ação Ambien ta l da P ropr i edade Agr í co l a e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2001 LEI Nº 14 .128 - PER Es tabe l ece cond ição pa ra a imp lan tação de un idades de d i spos i ção f ina l e de t ra t amento de r e s íduos só l ido s u rbanos.
2001 LEI Nº 14 .129 - UTRS Es tabe l ece cond ição pa ra a imp lan tação de un idades de d i spos i ção f ina l e de t ra t amento de r e s íduos só l ido s u rbanos.
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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Data Leg i s l ação Obje to
2002 LEI Nº 14 .181 - PPFF Di spõe sobre a po l í t i c a de p ro teção à f auna e à f l o ra aquá t i ca s e de de senvo lv imento da pe sca e da aqü icu l tu ra no Es t ado e dá ou t ra s p rov i -dênc i a s.
2002 LEI Nº 14 .309 - PF Di spõe sobre a s po l í t i c a s f l o re s t a l e de p ro te -ção à b iod ive r s idade no Es t ado.
2002 LEI Nº 14 .324 Cr i a o S i s t ema Es t adua l de Cer t i f i c ação de Qua l idade Ambien ta l pa ra bens e p roduto s in -dus t r i a l i z ados e ag r í co l a s.
2002 LEI Nº 14 .353 Di spõe sobre a s ina l i z ação em loca i s de in te re s -s e eco lóg i co ou de eco tur i smo no Es t ado.
2003 LEI Nº 14 .940 - CTAPP Ins t i tu i o Cadas t ro Técn i co Es t adua l de At iv i -dade s Po tenc i a lmente Po lu idora s ou Ut i l i z ado -ra s de Recur so s Ambien ta i s e a Taxa de Cont ro -l e e F i s ca l i z ação Ambien ta l do Es t ado de Mina s Gera i s TFAMG e dá out ra s p rov idênc i a s.
2003 LEI DELEGADA Nº 62 Di spõe sobre a Sec re t a r i a de Es t ado de Me io Ambien te e Desenvo lv imento Sus ten táve l e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2004 LEI Nº 14 .968 Di spõe sobre a po l í t i c a e s t adua l pa ra a p romo-ção do u so de s i s t emas o rgân i co s de p rodução vege ta l e an ima l e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2004 LEI Nº 15 .027- RPRA Ins t i tu i a Re se rva Pa r t i cu l a r de Recompos i ção Ambien ta l - RPRA, a l t e ra o s a r t s. 17 e 52 da Le i n º 14 .309 , de 19 de junho de 2002 , e o Anexo IV da Le i n º 13 .803 , de 27 de dezembro de 2000 .
2004 LEI Nº 15 .056 Es tabe l ece d i r e t r i ze s pa ra a ve r i f i c ação da s e -gurança de ba r ragem e de depós i to de r e s íduos tóx i co s indus t r i a i s e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2004 LEI Nº 15 .082 Di spõe sobre r i o s de p re se rvação pe rmanente e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2004 LEI Nº 15 .258 Di spõe sobre a exp lo ração econômica do tu r i s -mo em repre sa s e l ago s do Es t ado.
30M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Data Leg i s l ação Obje to
2005 LEI Nº 15 .441 Regu lamenta o inc i so I do § 1 º do a r t . 214 da Cons t i tu i ção do Es t ado.
2006 LEI Nº 15 .971 Assegura o ace s so a in fo rmações bá s i ca s sobre o me io ambien te, em a tend imento ao d i spos to no inc i so I I do § 1 º do a r t . 214 da Cons t i tu i ção do Es t ado, e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2006 LEI Nº 15 .972 Al te ra a e s t ru tu ra o rgân i ca dos ó rgão s e en t ida -de s da á rea de me io ambien te que e spec i f i c a e a Le i n º 7 .772 , de 8 de s e tembro de 1980 , que d i spõe sobre a p ro teção, conse rvação e me lho-r i a do me io ambien te, e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2006 LEI Nº 15 .979 Cr i a a E s t ação Eco lóg i ca do Cercad inho e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2006 LEI Nº 16 .197 Cr i a a Área de P ro teção Ambien ta l de Vargem da s F lo re s, s i tuada nos Mun ic íp io s de Be t im e Contagem, e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2007 LEI Nº 16 .679 Di spõe sobre o Fundo P ró -F lo re s t a e dá nova r edação ao inc i so I do a r t . 2 º da Le i n º 14 .646 , de 24 de junho de 2003 , que d i spõe sobre o Fundo de Apo io Hab i t ac iona l da As semblé i a Leg i s l a t i va do Es t ado de Mina s Gera i s - Fundhab.
2007 LEI Nº 16 .687 Di spõe sobre a e l aboração da Agenda 21 Es t a -dua l .
2008 LEI Nº 17 .353 Di spõe sobre a a l t e ração do u so do so lo na s á rea s de ocor rênc i a de mata s eca .
2008 Decre to n º 44 .844/2008 Es tabe l ece normas pa ra l i c enc i amento ambien -t a l e au to r i zação ambien ta l de func ionamento, t ip i f i c a e c l a s s i f i c a in f raçõe s à s no rmas de p ro -t eção ao me io ambien te e ao s r ecur so s h íd r i co s e e s t abe l ece p roced imento s admin i s t ra t i vo s de f i s c a l i z ação e ap l i c ação da s pena l idade s.
2009 LEI Nº 18 .031 Di spõe sobre a Po l í t i c a E s t adua l de Res íduos Só l ido s.
31
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Data Leg i s l ação Obje to
2009 LEI Nº 18 .043 Modi f i c a o Decre to n º 20 .597 , de 4 de junho de 1980 , que de f ine á rea de p ro teção e spec i a l , s i tuada nos Mun ic íp io s de Lagoa San ta , Pedro Leopo ldo e Matoz inhos, pa ra f in s do d i spos to no a r t . 13 da Le i Fede ra l n º 6 .766 , de 19 de dezembro de 1979 .
2009 LEI Nº 18 .307 Di spõe sobre a de sa fe t ação de pa r te da á rea da Rese rva B io lóg i ca da Se r ra Azu l , c r i ada pe lo Decre to n º 39 .950 , de 8 de outubro de 1998 .
2009 LEI Nº 18 .404 Di spõe sobre a po l í t i c a e s t adua l de e s t ímu lo à cons t rução de ba r ragens pa ra o de senvo lv imen-to econômico do Nor te e Norde s te de Mina s Gera i s.
2010 LEI Nº 18 .719 Di spõe sobre a u t i l i z ação, pe lo Es t ado, de mas -s a a s f á l t i c a p roduz ida com bor racha de pneu-mát i co s in se rv í ve i s e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2010 LEI Nº 19 .096 Al te ra a Le i n º 17 .353 , de 17 de j ane i ro de 2008 , que d i spõe sobre a a l t e ração do u so do so lo na s á rea s de ocor rênc i a e mata s eca .
2011 LEI Nº 19 .484 Al te ra a Le i n º 14 .309 , de 19 de junho de 2002 , que d i spõe sobre a s po l í t i c a s f l o re s t a l e de p ro teção à b iod ive r s idade no Es t ado.
2007 LEI DELEGADA Nº 178 - COPAM
Dispõe sobre a r eo rgan ização do Conse lho Es -t adua l de Po l í t i c a Ambien ta l - COPAM - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2008 DECRETO Nº 44 .844 Es tabe l ece normas pa ra l i c enc i amento ambien -t a l e au to r i zação ambien ta l de func ionamento, t ip i f i c a e c l a s s i f i c a in f raçõe s à s no rmas de p ro -t eção ao me io ambien te e ao s r ecur so s h íd r i co s e e s t abe l ece p roced imento s admin i s t ra t i vo s de f i s c a l i z ação e ap l i c ação da s pena l idade s.
2009 LEI n º 18 .085 Di spõe sobre a Po l í t i c a E s t adua l de Apo io e Incen t i vo ao s Se rv i ço s Mun ic ipa i s de Ges tão Ambien ta l .
32M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Data Leg i s l ação Obje to
2010 DECRETO Nº 45 .417 Regu lamenta o pa rág ra fo ún i co do a r t . 3 º da Le i n º 15 .082 , de 27 de ab r i l de 2004 , que d i s -põe sobre r i o s de p re se rvação pe rmanente.
2011 DECRETO Nº 45 .629 Al te ra o Decre to n º 45 .175 , de 17 de s e tembro de 2009 , que e s t abe l ece metodo log i a de g rada -ção de impac to s ambien ta i s e p roced imento s pa ra f i xação e ap l i c ação da compensação am-b ien ta l .
2011 DECRETO Nº 45 .824 Di spõe sobre a o rgan ização da Sec re t a r i a de Es t ado de Me io Ambien te e Desenvo lv imento Sus ten táve l .
2011 LEI Nº 19 .485 In s t i tu i a po l í t i c a e s t adua l de incen t i vo ao cu l -t i vo, à ex t ração, à comerc i a l i z ação, ao consumo e à t ran s fo rmação da macaúba e da s dema i s pa lme i ra s o l eag inosa s - P ró -Macaúba .
2011 LEI n º 19 .823 Di spõe sobre a conce s s ão de incen t i vo f inance i -ro a ca t adore s de mate r i a i s r ec i c l áve i s – Bo l s a Rec i c l agem.
2012 LEI n º 20 .009 Di spõe sobre a dec l a ração de Área s de Vu lne ra -b i l i dade Ambien ta l e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2012 LEI n º 20 .011 Di spõe sobre a po l í t i c a e s t adua l de co l e t a , t ra t amento e r ec i c l agem de ó l eo e go rdura de o r i gem vege ta l ou an ima l de u so cu l iná r io e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
2012 DECRETO Nº 45 .919 Al te ra o Decre to n º 43 .710 , de 8 de j ane i ro de 2004 , que r egu l amenta a Le i n º 14 .309 , de 19 de junho de 2002 , que d i spõe sobre a Po l í t i -c a F lo re s t a l e de P ro teção à B iod ive r s idade no Es t ado.
2013 LEI 20 .922 Di spõe sobre Po l í t i c a F lo re s t a l e P ro teção a B iod ive r s idade no Es t ado.
2013 LEI Nº 21 .972 Di spõe sobre o S i s t ema Es t adua l de Me io Am-b ien te e Recur so s Híd r i co s – S i s ema – e dá ou t ra s p rov idênc i a s.
Quadro 8: Material adaptado de conteúdo disponível em sites do governo federal e Estadual. Disponível em: www.semad.mg.gov.br
33
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
CUIDADO, pela legislação ambiental do país e mineira, em caso de des-
cumprimento do dever de cuidado e proteção há responsabilidade civil,
administrativa e penal, recomendando-se especial atenção à Lei da Política
Nacional de Meio Ambiente e da Estadual, e à Lei de Crimes Ambientais.
Atenção especial deve ser dada ao artigo 2º da Lei 9.605/98:
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes pre-
vistos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua cul-
pabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e
de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa
jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a
sua prática, quando podia agir para evitá-la.
Por fim, para que o gestor designado a pasta de meio ambiente possa imple-
mentar políticas públicas ambientais indutoras do desenvolvimento local é
preciso também que conheça e diferencie os principais órgãos institucionais
de meio ambiente com os quais fará interlocução.
34M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
L E G I S L AÇÃO A M B I E N TA L f E D E R A L BÁ S I CA
Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) – órgão consultivo
e deliberativo do Governo Federal, subordinado ao Ministério de Meio
Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal. Tem por finalidade deli-
berar sobre normas, padrões e critérios de controle ambiental, através de
Resoluções.
Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) – órgão normativo,
colegiado, consultivo e deliberativo, subordinado à Secretaria de Estado
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD. Tem por
finalidade deliberar sobre diretrizes, políticas, normas regulamentares e
técnicas, padrões e outras medidas de caráter operacional para proteção e
conservação do meio ambiente e dos recursos ambientais.
Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) – órgão normativo, co-
legiado, consultivo e deliberativo, subordinado ao Conselho Nacional de
Recursos Hídricos. Tem por finalidade promover o aperfeiçoamento dos
mecanismos de planejamento, compatibilização, avaliação e controle dos
Recursos Hídricos do Estado, tendo em vista os requisitos de volume e
qualidade necessários aos seus múltiplos usos.
35
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) – um dos órgãos seccio-
nais de apoio do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) atua
vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (Semad). Tem por finalidade executar, no âmbito do Estado de
Minas Gerais, a política de proteção, conservação e melhoria da qualidade
ambiental no que concerne a prevenção, a correção da poluição ou da de-
gradação ambiental provocada pelas atividades industriais, minerárias e de
infraestrutura, bem como promover e realizar estudos e pesquisas sobre a
poluição e qualidade do ar, da água e do solo.
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA)
– autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente que tem
como principais atribuições exercer o poder de polícia ambiental; executar
ações das políticas nacionais de meio ambiente referentes às atribuições
federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade
ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, mo-
nitoramento e controle ambiental; e executar as ações supletivas de com-
petência da União.
36M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Instituto Estadual de Florestas (IEF) – autarquia vinculada à Secretaria de
Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Tem por fina-
lidade propor e executar as políticas florestais, de pesca e de agricultura
sustentável. Órgão responsável pela preservação e conservação da vegeta-
ção, pelo desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis;
pela pesquisa em biomassas e biodiversidade; pelo inventário florestal e
mapeamento da cobertura vegetal do Estado. Administra as unidades de
conservação estaduais, áreas de proteção ambiental destinadas à conserva-
ção e preservação.
Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) – autarquia estadual vin-
culada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-
tentável, responsável pela concessão de direito de uso dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos, pelo planejamento e administração das ações
voltadas para a preservação da quantidade e da qualidade de águas em Mi-
nas Gerais. Coordena, orienta e incentiva a criação dos comitês de bacias
hidrográficas, entidades que, de forma descentralizada, integrada e parti-
cipativa, gerenciam o desenvolvimento sustentável da região onde atuam.
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
(SEMAD) – órgão da administração pública estadual, responsável pela
coordenação do Sistema Estadual do Meio Ambiente (Sisema). Tem por
finalidade planejar, executar, controlar e avaliar as ações setoriais a cargo
do Estado relativas à proteção e à defesa do meio ambiente, à gestão dos
recursos hídricos e à articulação das políticas de gestão dos recursos am-
bientais para o desenvolvimento sustentável.
37
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-
tentável (SUPRAMS) – órgãos subordinados administrativamente à SE-
MAD e tecnicamente à FEAM, ao IEF e ao IGAM. Têm por finalidade
planejar, supervisionar, orientar e executar as atividades relativas à política
estadual de proteção do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos
hídricos formuladas e desenvolvidas pela SEMAD dentro de suas áreas de
abrangência territorial.
Unidades Regionais Colegiadas (URCs) – as Unidades Regionais Cole-
giadas são unidades deliberativas e normativas, encarregadas de analisar e
compatibilizar, no âmbito de sua atuação territorial, planos, projetos e ati-
vidades de proteção ambiental com a legisla- 12 ção aplicável e propor, sob
a orientação do Plenário do COPAM e da CNR, as políticas de conserva-
ção e preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável.
Quadro 9: Adaptação de conteúdo extraído do Manual de Orientação para Atuação do Profissional na Área Ambiental. CREAMG/2010. Disponível em: http://www.crea-mg.org.br/publicacoes/Cartilha/Manual%20de%20Orienta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Atua%C3%A7%C3%A3o%20do%20Profissional%20na%20%C3%81rea%20Ambiental.pdf
38M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
2 . f I S CA L I Z AÇÃO A M B I E N TA L
Depois de conhecer as normas ambientais federais e as principais do Estado
de Minas Gerais, especialmente as citadas acima se constata que TODAS
as atividades que demandem a utilização de recursos naturais deverão ser
precedidas de Licenciamento Ambiental ou Autorização Ambiental de Fun-
cionamento - AAF concedida pelos órgãos ambientais competentes.
A f I S CA L I Z AÇÃO E M M I NA S G E R A I S
Em Minas Gerais a fiscalização ambiental é regulada pelo Decreto nº
44.844/2008 que, dentre outras coisas, determina as normas para licen-
ciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento, tipifica e
classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos
hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplica-
ção das penalidades. Por isso, é de suma importância que o gestor ambiental
conheça o referido decreto.
Em dezembro de 2013, por meio do Decreto nº 46.381, algumas alterações
na fiscalização foram implementadas no Estado. Dentre as alterações trazidas
destaca-se:
- A fiscalização e a aplicação de sanções por infração às normas serão exerci-
das pela Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Susten-
tável -SEMAD, por intermédio da Subsecretaria de Controle e Fiscalização
Ambiental Integrada - SUCFIS e das Superintendências Regionais de Meio
39
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Ambiente - SUPRAMs, também pela Fundação Estadual de Meio Ambiente
FEAM, pelo Instituto Estadual de Florestas -IEF, pelo Instituto Mineiro de
Gestão das Águas - IGAM e por delegação pela Polícia Militar de Minas
Gerais -PMMG.
Além disso, determinou-se o caráter eminentemente pedagógico da fiscaliza-
ção. Ou seja, a fiscalização terá sempre natureza orientadora e, desde que não
seja constatado dano ambiental, será cabível a notificação para regularização
de situação, quando a fiscalização se der em:
• Entidade sem fins lucrativos;
• Microempresa ou empresa de pequeno porte;
• Microempreendedor individual;
• Agricultor familiar;
• Proprietário ou possuidor de imóvel rural de até quatro módulos fiscais.
A pessoa física ou jurídica que for notificada deverá regularizar e dar início
ao processo de regularização ambiental de sua atividade, prestar informa-
ções solicitadas ou cumprir as determinações impostas no prazo de 20 dias,
contados da notificação, sob pena de ser autuado. O valor da multa simples
aplicável a sanções por descumprimento da Lei nº 20.922/13, será de, no mí-
nimo, R$ 69,00 (sessenta e nove reais), e no máximo de R$ 50.000.000,00
(cinqüenta milhões).
40M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Au T uAÇÃO E Au TO S D E I N f R AÇÃO
Os autos de infração são lavrados pelos Analistas Ambientais e pelos Agentes
Autuantes Conveniados (Polícia Militar do Estado de Minas Gerais – Dire-
toria de Meio Ambiente e Trânsito) quando for constatado o cometimento
de alguma infração ambiental, relativa a intervenções ambientais, sejam na
mineração, na indústria, nos recursos hídricos, na pesca, na flora (florestas e
demais formas de vegetação), etc.
Por meio dos Autos de Infração podem ser aplicadas as seguintes penalida-
des, de acordo com o Decreto 44.844 de 25 de junho de 2008:
a) advertência;
b) multa simples;
c) multa diária;
d) suspensão parcial ou total de atividades;
e) embargo de atividade ou obra;
f) apreensão;
g) demolição de obra;
h) destruição ou inutilização do produto;
i) suspensão de venda e fabricação do produto;
j) restrição de direitos;
A competência para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo
administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental, cometi-
41
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
das por empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada, é do órgão
ambiental que emitiu a licença ou autorização.
AT R I B u I ÇÃO D E f I S CA L I Z A R D O S M u N I C Í P I O S
Como será analisado no próximo tópico esta regra não impede o exercício
pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização. No entanto,
havendo duplicidade de autuações, prevalecerá o Auto de Infração lavrado
pelo órgão que detenha a atribuição de licenciar ou autorizar.
É importante que o gestor ambiental municipal tenha claro que a sanção ad-
ministrativa tem caráter punitivo e não o de reparação ou recomposição de
danos, o que deverá se buscar por vias próprias. E ainda, que as penalidades
são verdadeiros atos administrativos e por isso, devem atender aqueles ele-
mentos que formam os atos administrativos: competência, finalidade, forma,
objeto e motivo, sob pena de serem considerados nulos. Não obstante, são
também atos que gozam de presunção de legitimidade tendo-se em vista a
supremacia do interesse público em face do interesse privado7.
DICA!! Não deixe de conhecer e consultar os seguintes artigos das legisla-
ções pertinentes, certamente as referidas normas serão essenciais para uma
tomada de decisão consciente:
7 MARÇAL, Claudia.Aspectos legais do poder de polícia ambiental municipal. Disponível em: http://www.direitonet.com.br/
42M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
- Ver artigo 23 da Constituição Federal, incisos III, VI e VII que versam
sobre a competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios de proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis
e sítios arqueológicos; o meio ambiente e combater a poluição em qualquer
de suas formas, bem como de preservar as florestas, fauna e flora.
- Ver artigo 6º da Lei n°6938/81 que prediz que os Municípios compõem
conjuntamente com outras entidades o Sistema Nacional de Meio Ambien-
te- SISNAMA.
- Ver o artigo 2º, do Decreto nº 3.179/99 que relaciona as sanções adminis-
trativas aplicáveis no caso de cometimento de infração ambiental.
- Ver o artigo 72, § 5º, Lei n.º 9605/98 que permite a conversão da multa
simples em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do
meio ambiente.
- Ver artigo 76, da Lei n.º 9605/98 que prediz que os três entes federados
estão habilitados à aplicação da sanção.
- Ver o § 5º, do art. 2º, do Dec. n.º 3179/99 que prevê que a multa diária,
será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.
- Ver o art. 60, Dec. 3179/99 que prediz ser lícita a suspensão da exigibi-
lidade das multas, quando o infrator, por termo de compromisso aprovado
pela autoridade competente, obrigar-se à adoção de medidas específicas, para
fazer cessar ou corrigir a degradação ambiental.
43
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
- Ver o §9°, do art.2° do Dec. n°3179/99 que prevê que o cometimento de
nova infração por agente beneficiado com a conversão de multa simples em
prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade
do meio ambiente, implicará na aplicação de multa em dobro do valor da-
quela anteriormente imposta.
3 . R E G u L A R I Z AÇÃO A M B I E N TA LA regularização ambiental consubstancia-se em procedimentos administrati-
vos que devem ser realizados por todos aqueles que exerçam atividades que,
sob qualquer forma, utilizem recursos naturais. O processo é uma exigência
da legislação ambiental, além de ser uma medida de controle para permitir a
adequação da atividade a fim de preservar o meio ambiente.
L E G I S L AÇÃO E R E G R A M E N TO E S TA D uA L
A regularização ambiental no estado de Minas Gerais está sob a égide das
seguintes normas:
- Lei Estadual 7.772 de 08/09/190, que dispõe sobre a proteção, conserva-
ção e melhoria do meio ambiente;
- Decreto Estadual 44.844 de 25/06/2008, que dispõe sobre a proteção,
conservação e melhoria do meio ambiente;
44M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
- Deliberação Normativa do COPAM nº 74 de 09/09/2004, que estabelece
normas para o licenciamento ambiental ou outros tipos de regularização e
estabelecem critérios para a classificação dos empreendimentos e atividades
modificadoras do meio ambiente.
T I P O S D E R E G u L A R I Z AÇÃ O A M B I E N TA L E M M I NA S G E R A I S
No Estado de Minas Gerais, existem três tipos de regularização ambiental:
1. Certidão de dispensa de licenciamento: destinada às atividades de
impacto ambiental não significativo ou que não estejam listadas na DN
74/2004.
2. Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF): destinada aos em-
preendimentos ou atividades considerados de baixo impacto ambiental ou
pequeno porte. Denominados de Classe 1 e 2.
3. Licença Ambiental (LA): que tem por finalidade licenciar a locali-
zação, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras. Ou seja, empreendimento de médio ou grande impacto ambien-
tal ou médio e grande porte. Classe 3, 4, 5 e 6.
Existem também outros atos autorizativos que devem ser obtidos junto com
a Autorização Ambiental de Funcionamento ou a Licença Ambiental, tais
como8: 8 Silva filho, Joaquim Martins Manual de regularização ambiental / Joaquim Martins da Silva filho, Paulo Sérgio S’Ana furtado e Raquel de Melo Vieira; coordenação e revisão, Daniela Timponi Pereira de Abreu, Jefferson Ney Amaral. – Belo Horizonte: SEBRAE-MG, 2008.p. 12.
45
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
• Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ru-
ral, equivalente a, no mínimo, 20% da área total da propriedade cujo ambien-
te represente o ambiente natural da região;
• Autorização para Intervenção em Área de Preservação Permanente:
aprovação do órgão ambiental para utilização de área especialmente protegi-
da, nos termos da Lei Estadual n° 14.309/2002;
• Autorização (outorga) para uso da água;
• Autorização para desmate.
O tipo de regularização ambiental que deverá ser realizado pelo empreende-
dor depende de seu enquadramento nos critérios de classificação definidos
pela Deliberação Normativa do Copam nº. 74/04:
Deliberação Normativa n.º 74, de 09 de setembro de 2004
“Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendi-
mentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licencia-
mento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise
de pedidos de autorização e de licenciamento ambiental, e dá outras providências.” (http://
www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=5532)
Consulta obrigatória dos Gestores Municipais para subsidiar “Declaração de Conformida-
de Legal” – documento este indispensável na composição do Processo de Licenciamento
Ambiental.
46M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
empresa – pequena, média ou grande) com o potencial poluidor da tipologia
(que também pode ser pequeno, médio e grande).
Quadro de Classificação dos empreendimentos conforme Porte e Potencial
Poluidor
Classe 1 - pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor
Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluidor
Classe 3 - pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte
médio potencial poluidor
Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor
Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e gran-
de potencial poluidor
Classe 6 - grande porte e grande potencial poluidor
Quadro 9: Conteúdo adaptado de texto da DN 74/2004
Para os empreendimentos classe 1 e 2, considerados de impacto ambiental
não significativo, é obrigatória a obtenção da Autorização Ambiental de Fun-
cionamento (AAF).
Para as demais classes o caminho para a regularização ambiental é o processo
de licenciamento ambiental, com o requerimento das licenças Prévia (LP),
de Instalação (LI) e de Operação (LO).
Importante observar que a regularização ambiental de um empreendimento
não termina, entretanto, com a obtenção da Licença de Operação (LO) ou
47
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
da Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF. O fato de se ter obtido
um ou outro desses diplomas legais significa que o empreendimento atendeu
a uma exigência legal, mas a manutenção da regularidade ambiental pressu-
põe o cumprimento permanente de diversas exigências legais e normativas,
explícitas ou implícitas na licença ambiental ou na AAF. Pode-se dizer que
o licenciamento é dinâmico e precisa acompanhar as exigências e cumprir
requisitos legais à medida que o empreendimento permanece em atividade.
Au T O R I z AÇ ÃO A M B I E N TA L D E F u N C I O NA M E N T O – A A F 9
Os empreendimentos ou atividades considerados de impacto ambiental não
significativo estão dispensados do licenciamento ambiental e devem, obriga-
toriamente, requerer a Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) –
um processo mais simples e rápido para a regularização. Os empreendimen-
tos de impacto ambiental não significativo nas classes 1 ou 2 estão listados
na Deliberação Normativa Copam 74/04.
Existem dois passos para a obtenção da AAF:
9 Conteúdo adaptado de material disponível em: http://www.meioambiente.mg.gov.br/regularizacao-ambiental.
1º passo - Preenchimento do Formulário Integrado de Caracterização do
Empreendimento (FCEi).
2º passo – Recebimento pelo empreendedor do Formulário Integrado de
Orientação Básica (FOBi).
48M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Documentos que deverão ser apresentados pelo empreendedor10:
• Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do empreendi-
mento, conforme modelo disponibilizado no site da SEMAD;
• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente do
profissional responsável pelo gerenciamento ambiental da atividade;
• Declaração da Prefeitura de que o empreendimento está de acordo
com as normas e regulamentos do município (consultar a DN 74 para fins
desta emissão);
• Requerimento de Autorização Ambiental de Funcionamento
• Coordenadas Geográficas de um ponto central do empreendimento
• Certificado de Regularidade do Cadastro Técnico Federal
• Quando necessário, serão ainda exigidos pela SUPRAM:
o Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos ou Certidão de
Registro de Uso da Água, emitidas pelo órgão ambiental competente;
o Título Autorizativo, emitido pelo Departamento Nacional de Pro-
dução Mineração (DNPM).
CUIDADO: Caso o órgão ambiental verifique que existe alguma irregu-
laridade a AAF está sujeita ao cancelamento. A Autorização Ambiental de
Funcionamento NÃO é concedida mediante condicionantes. O Termo de
Responsabilidade e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é o que
estabelece as obrigações do empreendimento ao órgão licenciador. 10 Conteúdo adaptado de material disponível em: http://www.meioambiente.mg.gov.br/regularizacao-ambiental/autorizacao-de-funcionamento-aaf.
49
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
O L I C E N C IA M E N T O A M B I E N TA L
É o procedimento administrativo cuja competência é do órgão ambiental:
federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação, ampliação, modi-
ficação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam recursos
naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar de-
gradação ambiental.
Como visto no tópico sobre legislação o licenciamento foi estabelecido pela
lei Federal n.º 6938, de 31/08/81, também conhecida como Lei da Política
Nacional do Meio Ambiente. E em 1997, a Resolução nº 237 do CONAMA
- Conselho Nacional do Meio Ambiente definiu as competências da União,
Estados e Municípios e determinou que o licenciamento deverá ser sempre
feito em um único nível de competência.
Importa observar que no licenciamento ambiental são avaliados impactos
causados pelo empreendimento como: seu potencial ou sua capacidade de
gerar líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões
atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosões e
incêndios.
Assim, o Licenciamento Ambiental é uma obrigação compartilhada entre
a União e os estados da federação, Distrito Federal e municípios que tem
o objetivo de regular as atividades e os empreendimentos que utilizam os
recursos naturais e podem causar degradação ambiental. É através do licen-
ciamento que os órgãos ambientais avaliam os eventuais impactos ao meio
50M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
ambiente de uma determinada atividade. Por isso, trata-se de um importante
mecanismo de defesa e integração de nossa sociedade que proporciona ga-
nhos de qualidade ao meio ambiente e à vida das comunidades numa melhor
perspectiva de desenvolvimento.
A Política Nacional de Meio Ambiente, Lei 6.938/81, em seu art. 10, estabe-
lece que a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabeleci-
mentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva
ou potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgão
estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças
exigíveis.
Já a Resolução do Conama 237/97 apresenta o seguinte conceito de licencia-
mento ambiental: “Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de em-
preendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras; ou aquelas que, sob qualquer forma,
possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso”11.
A qualidade do licenciamento ambiental depende, em grande parte, da dis-
ponibilidade e da produção de informação básica acerca dos recursos naturais
(solos, minerais, fauna, flora, ecossistemas, etc.) de uma determinada região. 11 (Cartilha de Licenciamento Ambiental produzida pelo TCu, p. 10)
51
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Em Minas Gerais, as atribuições do licenciamento ambiental e da Autoriza-
ção Ambiental de Funcionamento (AAF) são exercidas pelo Conselho Esta-
dual de Política Ambiental (COPAM), das Unidades Regionais Colegiadas
(URC´s), das Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvol-
vimento Sustentável (SUPRAM´s), que representa a Fundação Estadual de
Meio Ambiente (FEAM), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM)
e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
IMPORTANTE!! As licenças ambientais estabelecem condicionantes para
que haja o menor impacto possível ao meio ambiente em decorrência das
atividades ou do empreendimento. Sendo assim qualquer alteração tem que
ser submetida a novo licenciamento solicitando Licença Prévia.
FIQUE ATENTO, A LEI 21.972 DE JANEIRO DE 2016 MODIFICOU O
LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM MINAS GERAIS*
E TA pA S D O L I C E N C IA M E N T O A M B I E N TA L 1 2
A Lei Estadual 21.972/2016, trouxe algumas alterações, principalmente no
que tange ao licenciamento ambiental no Estado de Minas Gerais.
De acordo com a nova lei, o SISEMA é o conjunto de órgãos e entidades
responsáveis pelas políticas de meio ambiente e de recursos hídricos, com a
finalidade de conservar, preservar e recuperar os recursos ambientais e pro-
mover o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade ambiental
do Estado. O SISEMA atuará de forma integrada, transversal e participativa.
12 Texto adaptado de conteúdo disponível em: http://www.sionadvogados.com.br/blog
* LEI Nº 21.972, DE 21 DE JANEIRO DE 2016.
Dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Sisema – e dá outras providências.
(Publicação – Diário do Executivo – “Minas Gerais” – 22/01/2016)
52M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
No que tange a Estrutura do SISEMA propriamente dita, não houveram
alterações relevantes, continuam como integrantes do SISEMA:
(i) a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-
tentável – SEMAD;
(ii) o Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM;
(iii) o Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG;
(iv) a Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM;
(v) o Instituto Estadual de Florestas – IEF;
(vi) o Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM;
(vii) a Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG (neste ponto teve uma
alteração: a Lei Delegada 180/2011 trazia a Polícia Ambiental da Polícia
Militar de MG).
(viii) os núcleos de gestão ambiental das demais Secretarias de Estado;
(ix) os comitês de bacias hidrográficas;
(x) as agências de bacias hidrográficas e entidades a elas equiparadas.
No que tange às alterações relativas as funções/prerrogativas de cada órgão,
ocorreram, de modo geral, na parte do licenciamento, conforme será de-
monstrado abaixo:
De acordo com a nova legislação, o licenciamento ambiental poderá ser feito
pela SEMAD ou pelo COPAM, dependendo do tipo de empreendimento e
de seu potencial poluidor. Assim, caberá à SEMAD decidir, por meio de suas
53
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
superintendências regionais de meio ambiente, sobre processo de licencia-
mento ambiental de atividades ou empreendimentos (i) de pequeno porte e
grande potencial poluidor; (ii) de médio porte e médio potencial poluidor;
e (iii) de grande porte e pequeno potencial poluidor, ou seja, atividades de
classes 1 a 4. O COPAM, por sua vez, por meio de suas câmaras técnicas
especializadas (e não mais câmaras temáticas), decidirá sobre o processo de
licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos (i) de médio
porte e grande potencial poluidor; (ii) de grande porte e médio potencial
poluidor; (iii) de grande porte e grande potencial poluidor; e (iv) nos casos
em que houver supressão de vegetação em estágio de regeneração médio ou
avançado, em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade, ou seja,
atividades de classes 5 e 6.
Conforme se verifica, o COPAM restaurou a sua competência deliberati-
va, uma vez que delibera sobre licenças de classes 5 e 6 por meio de suas
câmaras especializadas. As Unidades Regionais Colegiadas (URCs) julgam
recursos de licenças e processos com prazos vencidos das classes 1,2, 3 e 4.
Ademais, ficou garantida a participação do Ministério Público nas URCs,
Plenário e Câmara Normativa Recursal.
Ainda sobre o licenciamento ambiental, a nova Lei prevê 3 (três) modalida-
des de licenciamento, sendo elas:
Licenciamento Ambiental Trifásico: as etapas de viabilidade ambiental, ins-
talação e operação da atividade ou empreendimento serão analisadas em
fases sucessivas e, se aprovadas, serão expedidas a Licença Prévia, Licenças
de Instalação e Licença de Operação.
54M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Licenciamento Ambiental Concomitante: serão analisadas as mesmas etapas
definidas no item (i), acima, observados os procedimentos definidos pelo ór-
gão ambiental competente, sendo as licenças expedidas concomitantemente,
de acordo com a localização, a natureza, as características e a fase da ativida-
de ou empreendimento, segundo as seguintes alternativas:
1. LP e LI, sendo a LO expedida posteriormente.
2. LI e LO, sendo a LP expedida previamente.
3. LP, LI e LO.
Licenciamento Ambiental Simplificado: poderá ser realizado eletronicamen-
te, em uma única fase, por meio de cadastro ou da apresentação de Relatório
Ambiental Simplificado pelo empreendedor, segundo critérios e pré-condi-
ções estabelecidos pelo órgão ambiental competente, resultando na conces-
são de uma Licença Ambiental Simplificada – LAS.
Poderão ser estabelecidos prazos de análise diferenciados para cada modali-
dade de licenciamento ambiental, desde que obedecido o prazo máximo de 6
(seis) meses a contar da formalização do requerimento até o seu deferimento
ou indeferimento, exceto quando houver Estudo de Impacto Ambiental e
Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA ou audiência pública, quando
o prazo será de 12 (doze) meses. O prazo para conclusão do licenciamento
será suspenso para o cumprimento das exigências de complementação de in-
formação, de documentos ou de estudos pelo prazo máximo de 60 (sessenta)
dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período uma única vez.
55
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Esgotado o prazo de licenciamento sem que o órgão competente tenha se
pronunciado, os processos de licenciamento serão incluídos na pauta de dis-
cussão e julgamento da unidade competente do COPAM, sobrestando-se aos
demais assuntos.
O art. 28 da nova lei previu a possibilidade de o Estado delegar aos municí-
pios a competência para promover o licenciamento e a fiscalização ambien-
tal de atividades ou empreendimentos efetiva ou potencialmente poluidores,
desde que os municípios atendam aos requisitos dispostos em decreto. O
Decreto 46.937, também publicado em 21 de janeiro 2016, regulamentou
o referido art. 28.
Por fim, destaque-se ainda que a nova Lei trouxe dispositivos que tratam da
segurança de barragens e empreendimentos. A partir da entrada em vigor
da nova Lei (30 dias da publicação), serão obrigatórios: (i) Planos de Ação
de Emergência; (ii) Planos de Contigência; (iii) Planos de Comunicação de
riscos; (iv) aviso sonoro em caso de risco de vidas humanas; (v) fomento a
alternativas que não utilizam barragens de rejeitos de minério.
I N F R AÇ õ E S
Qualquer desconformidade do licenciamento, falta de licenciamento e ou
degradação ambiental, é passível de punição por parte do órgão licencia-
dos – Não deixe de consultar o Decreto Estadual 44.844 de 25 de junho de
2008, disponível em: http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNor-
ma=7966
56M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
CO M P E T ê N C I A PA R A L I C E N C I A R
Como visto inicialmente a CF/88 estabeleceu como sendo de competência
comum dos entes federados a proteção do meio ambiente:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, ar-
tístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas
formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação en-
tre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o
equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
L E I CO M P L E M E N TA R 14 0 D E 2 0 1 1
A Lei Complementar 140 em 2011, após 23 anos do comando constitucio-
nal, determinou a repartição da competência comum dos entes federados e
fixou as normas de cooperação entre eles. A Lei determinou uma atuação
administrativa eficiente para evitar-se a sobreposição de atuação e atribuiu
competências originárias para cada um dos entes. Com isso, alguns conflitos
que causavam insegurança jurídica aos empreendedores foram dirimidos e o
processo de licenciamento ganhou alguma agilidade.
57
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Com a vigência da LC/140 os empreendimentos e atividades utilizadores de
recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, serão submetidos
à aprovação de um único órgão competente, o qual terá competência para
fiscalizar e lavrar auto de infração correlatos à atividade ou empreendimento
licenciado. Assim, o mesmo órgão que confere o licenciamento é também
competente para fiscalizar e autuar a empresa em caso de descumprimento
da legislação, evitando-se a sobreposição de atribuições conferidas à Admi-
nistração Pública.
O L I C E N C I A M E N TO M u N I C I PA L
De acordo com o art. 9º, XIV da LC 140/11, compete ao ente Municipal:
Art. 9o São ações administrativas dos Municípios:
I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e
Estadual de Meio Ambiente e demais políticas nacionais e estaduais relacio-
nadas à proteção do meio ambiente;
II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;
III - formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal de Meio Am-
biente;
IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de órgãos e
entidades da administração pública federal, estadual e municipal, relaciona-
dos à proteção e à gestão ambiental;
58M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políti-
cas Nacional, Estadual e Municipal de Meio Ambiente;
VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à
proteção e à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos;
VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio
Ambiente;
VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualiza-
ção dos Sistemas Estadual e Nacional de Informações sobre Meio Ambiente;
IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais;
X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos;
XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino
e a conscientização pública para a proteção do meio ambiente;
XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, mé-
todos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e
o meio ambiente, na forma da lei;
XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja
atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao Mu-
nicípio;
Da leitura do texto legal é possível concluir que o Município é competen-
te para licenciar obras ou empreendimentos de impacto local e obras que
afetam as unidades de conservação criadas pelos municípios. Importante
59
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
ressaltar que a tipologia do impacto é definida pelos respectivos Conselhos
Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial
poluidor e natureza da atividade.
Importante também destacar que a Lei Complementar 140 aplica-se apenas
aos processos de licenciamento e autorização ambiental iniciado a partir de
sua vigência, ou seja, a partir de dezembro de 2011. Ademais, é preciso que
se observe também a data de edição de decisão do Conselho Estadual.
Veja:
RESOLUÇÃO SEMAD nº 1917 de 11/09/13
“Art. 1º Fica criado Grupo de Trabalho para discutir e apresentar à SE-
MAD minuta de Deliberação Normativa COPAM que disponha sobre as
atividades ou empreendimentos que causem ou possam causar impacto
ambiental de âmbito local (...)” Participam: SEMAD, IGAM, FEAM, IEF,
PGJ, AMDA, FIEMG, FAEMG, AMM, SEDE e SEAPA. Prazo: 6 meses,
prorrogado pela Resolução SEMAD Nº 2022 de 11/03/14
60M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
M u N I C I pA L I z AÇ ÃO DA G E S TÃO A M B I E N TA L – D E S A F I O S I M p O S T O S p E L A L E I 2 1 . 9 7 2 / 2 0 1 6
Gestor fique atento! De acordo com o Art. 28, da Lei 21.972/16, o Estado
poderá delegar aos municípios a competência para promover o licenciamen-
to e a fiscalização ambiental de atividades e empreendimentos efetiva ou
potencialmente poluidores, conforme disposto em decreto.
A partir da autorização legislativa entrou em vigor o Decreto Estadual no
46.937/16 que regulamenta o artigo 28 da Lei nº 21.972/16, dispondo so-
bre a competência dos municípios para promover o licenciamento e a fis-
calização ambiental de atividades e empreendimentos efetiva ou potencial-
mente poluidores.
Em síntese, o Decreto determina que os municípios que disponham de es-
trutura de gestão ambiental, serão competentes para realizar, com o Estado
de Minas Gerais, através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e De-
senvolvimento Sustentável – SEMAD, convênio de cooperação técnica e
administrativa.
O convênio de cooperação técnica e administrativa disposto na norma visa
especialmente ao licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos
de efetiva ou potencial capacidade poluidora, onde os impactos ambientais
estejam restritos aos territórios municipais e à correspondente fiscalização
pela esfera municipal. Baseando-se na classificação prevista no Anexo Único
da Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental –
COPAM – nº 74, de 9 de setembro de 2004 e nos níveis de competência
técnica do delegatário, o convênio especificará as classes a serem delegadas.
61
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Urge Salientar, que a definição da competência técnica do delegatário ob-
servará a qualificação mínima da equipe técnica constituída por servidores
próprios ou compartilhada por instrumentos de cooperação, observando,
também, a adequação às atividades ou empreendimento a serem licenciados
no âmbito municipal. A análise técnica dos processos vinculados às atribui-
ções licenciatórias delegadas terão formação multidisciplinar e as equipes
mínimas deverão ser compostas por profissionais devidamente habilitados.
Os convênios poderão ser celebrados por prazo indeterminado e rescindido
pela SEMAD em qualquer tempo caso haja descumprimento de qualquer
disposição imposta pelo decreto ou pelas demais hipóteses de rescisão pre-
vistas no instrumento de cooperação. Qualquer das partes poderá denunciar
o convênio, desde que com antecedência mínima de 90 dias.
O licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades licenciados
pelos municípios conveniados poderá ser avocado pela SEMAD, de ofício,
ou mediante provocação dos órgãos e entidades vinculadas ao Sistema Esta-
dual de Meio Ambiente – SISEMA. Além disso, poderá a SEMAD convocar
os municípios delegatários para adequar seus convênios ao Decreto, visto
que os já celebrados serão regidos pelo mesmo a partir de sua renovação ou
adequação.
Importante destacar que caberá aos órgãos municipais encaminhar relatórios
das atividades de licenciamento e serem auditados conforme estabelecido
em Resolução.
62M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Para tanto, é essencial que o município possua uma equipe técnica multidis-
ciplinar, composta por profissionais devidamente habilitados, formada por
servidores próprios ou compartilhados.
Além disso, deve necessariamente já ter instituído no município:
I – A política municipal de meio ambiente- PMMA;
II – O Conselho de meio ambiente - CODEMA com representação paritária,
eleita autonomamente, com as mesmas restrições que os conselheiros do
COPAM, na forma estabelecida pelos arts. 25 e 27 do Decreto nº 44.667, de
3 de dezembro de 2007;
III – O órgão técnico-administrativo dotado de corpo técnico nos termos do
art. 3º;
IV – Um sistema de fiscalização legalmente estabelecido, que preveja san-
ções e/ou multas para o descumprimento de obrigações de natureza am-
biental.
É importantíssimo lembrar que o CODEMA deve ser por essência um órgão
colegiado autônomo, normativo, deliberativo e consultivo. Por isso, não pode
ser um órgão da estrutura interna da Prefeitura, ou seja, não deve se subme-
ter à intervenção do prefeito, devendo ser criado por lei.
O CODEMA apreciará alvarás, certidões de localização ou declaratórias de
empreendimentos, já implantados ou visando implantação, certificando-se
de que estão conforme as leis e regulamentos municipais.
63
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Importante também lembrar que as licenças concedidas pelo município se-
rão reconhecidas para efeito da concessão pelo Estado de ICMS Ecológico,
na forma da Lei nº 18.030, de 12 de janeiro de 2009.
C O M p E T ê N C IA DA F I S C A L I z AÇ ÃO D O S E M p R E E N D I M E N T O S L I C E N C IA D O S
Compete a cada ente federado exercer o controle e fiscalizar as atividades e
empreendimentos para os quais possui atribuição de licenciar ou autorizar
ambientalmente.
Atribuições legais:
• Competência federal: Art. 7º, XIII, LC 140/11;
• Competência estadual: Art. 8º, XIII, LC 140/11;
• Competência municipal: Art. 9º, XIII, LC 140/11.
Destaque-se que a própria LC 140 prediz que a competência inicial não im-
pede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização
da conformidade de empreendimentos e atividades efetivas ou potencial-
mente poluidoras ou utilizadoras de recursos naturais.
Assim, mais uma vez destaca-se que prevalece o auto de infração ambiental
lavrado pelo órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização
para fiscalizar. Ou seja, quem licencia, deve controlar, fiscalizar e emitir auto
de infração, observada a competência comum para a fiscalização.
64M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Quem pode fiscalizar:
• Ficalização pelo COPAM - Conselho Estadual de Política Ambiental
O Conselho de Política Ambiental - COPAM é um órgão normativo, cole-
giado, consultivo e deliberativo, subordinado à Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD. Tem por finalidade
deliberar sobre diretrizes, políticas, normas regulamentares e técnicas, pa-
drões e outras medidas de caráter operacional, para preservação e conser-
vação do meio ambiente e dos recursos ambientais, bem como sobre a sua
aplicação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, pelas entidades a ela vinculadas e pelos demais órgãos locais.
São considerados órgãos locais os órgãos ou as entidades do Poder Público
Municipal cujas atividades estejam associadas às de proteção e controle do
uso dos recursos ambientais.
Por isso, o COPAM tem por finalidade também julgar os processos de li-
cenciamento ambiental de classe 3 a 6, de acordo com a DN 74, por meio
de reuniões mensais, em cidades pólos. Visando descentralizar a atuação do
COPAM, foram criadas as URC´s – Unidades Regionais do COPAM, cuja
operacionalização dos trabalhos é atribuída a uma Superintendência de Meio
Ambiente (SUPRAM).
A AMM se faz presente em todas as Unidades Regionais do COPAM
(URC´s), visando o acompanhamento e defesa dos interesses municipais.
65
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
• Fiscalização / Licenciamento exercida pelos municípios convenia-
dos com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SEMAD)
Municípios que celebraram convênios de cooperação administrativa e técni-
ca com o Estado visando ao licenciamento, fiscalização e controle das ativi-
dades de impacto ambiental restritas ao território municipal.
CONVÊNIOS
Publicado Validade
Belo Horizonte 19/02/2013 19/02/2017
Betim 21/03/2013 21/03/2017
Brumadinho 05/10/2012 05/10/2016
Contagem 01/05/2013 01/05/2017
Juiz de Fora 05/10/2012 05/10/2016
Uberaba 07/06/2012 07/06/2016
66M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
• Fiscalização exercida pelas Superintendências Regionais de
Regularização Ambiental
As Superintendências Regionais de Regularização Ambiental (SUPRAM´s)
têm por finalidade planejar, supervisionar, orientar e executar as atividades
relativas à política estadual de proteção do meio ambiente e de gerenciamen-
to dos recursos hídricos formuladas e desenvolvidas pela SEMAD dentro de
suas áreas de abrangência territorial. Compete às SUPRAM´s. Nos procedi-
mentos relativos aos processos de regularização ambiental, as Superinten-
dências Regionais de Regularização Ambiental subordinam-se administrati-
vamente à SEMAD.
13 Listagem disponibilizada no site da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Disponível em: http://www.meioambiente.mg.gov.br/suprams-regionais/supram-central-metropolitana
67
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Central - Metropolitana
Sede: Belo Horizonte
Rua Espirito Santo, 495, Centro
CEP: 30160 - 030
Telefone: (31) 3228 7700 / 7831
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
URC Rio Paraopeba
Belo Vale, Betim, Bonfim, Brumadinho, Cachoeira da Prata, Caetanópolis, Caranaíba, Casa Grande, Catas Altas
da Noruega, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otôni, Crucilândia, Entre-Rios de Minas, Esmeraldas,
Felixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Ibirité, Igarapé, Inhaúma, Itatiaiuçu, Itaverava, Jeceaba, Joaquim Felicio,
Juatuba, Mário Campos, Mateus Leme, Moeda, Ouro Branco, Papagaios, Paraopeba, Piedade dos Gerais, Queluzito,
Rio Manso, Santana dos Montes, São Brás do Suaçuí, São Joaquim de Bicas, Sarzedo e Três Marias.
URC Rio das Velhas
Araçaí, Augusto de Lima, Baldim, BELO HORIZONTE (sede), Buenópolis, Caeté, Capim Branco, Confins, Con-
tagem, Cordisburgo, Corinto, Curvelo, Diogo Vasconcelos, Funilândia, Inimutaba, Itabirito, Jabuticatubas, Jequi-
tibá, Lagoa Santa, Mariana, Matozinhos, Monjolos, Morro da Garça, Nova Lima, Nova União, Ouro Preto, Pedro
Leopoldo, Presidente Juscelino, Prudente de Morais, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia,
Santana de Pirapama, Santana do Riacho, Santo Hipólito, São José da Lapa, Sete Lagoas, Taquaraçu de Minas e
Vespasiano.
R E L AÇ ÃO DA S S u p R A M ´ S E R E S p E C T I vO S M u N I C í p I O S D E A B R A N G ê N C IA 1 3
68M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Alto São Francisco
Sede: Divinoópolis
Rua Bananal, 549 - Vila Belo Horizonte
CEP: 35502 - 034
Telefone: (37) 3229 2800
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
Abaeté,Aguanil, Araújos, Arcos, Bambuí, Biquinhas, Bom Despacho, Camacho, Campo Belo, Cana Verde, Can-
deias, Capitólio, Carmo da Mata, Carmo do Cajuru, Carmópolis de Minas, Cedro do Abaeté, Cláudio, Conceição
do Pará, Córrego Danta, Córrego Fundo, Cristais, Desterro de Entre-Rios, DIVINÓPOLIS (sede), Dores do In-
daiá, Doresópolis, Estrela do Indaiá, Formiga, Igaratinga, Iguatama, Itaguara, Itapecerica, Itaúna, Japaraíba, Lagoa
da Prata, Leandro Ferreira, Luz, Maravilhas, Martinho Campos, Medeiros, Moema, Morada Nova de Minas, Nova
Serrana, Oliveira, Onça de Pitangui, Paineiras, Pains, Pará de Minas, Passa-Tempo, Pedra do Indaiá, Pequi, Perdigão,
Pimenta, Piracema, Pitangui, Piumhi, Pompéu, Quartel Geral, Santo Antônio do Monte, São Francisco de Paula,
São Gonçalo do Pará, São José da Varginha, São Roque de Minas, São Sebastião do Oeste, Serra da Saudade, Ta-
piraí, Vargem Bonita.
69
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Jequitinhonha
Sede: Diamantina
Av. da Saudade, 335 - Centro
CEP: 39.100 - 000
Telefone: (38) 3532 6650
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
Águas Vermelhas, Almenara, Alvorada de Minas, Angelândia, Araçuaí, Aricanduva, Bandeira, Berilo, Cachoeira de
Pajeú, Capelinha, Carbonita, Chapada do Norte, Coluna, Comercinho, Conceição do Mato Dentro, Congonhas
do Norte, Coronel Murta, Couto de Magalhães de Minas, Curral de Dentro, Datas, DIAMANTINA (sede), Divisa
Alegre, Divisópolis, Felício dos Santos, Felisburgo, Francisco Badaró, Gouveia, Itamarandiba, Itaobim, Itinga, Ja-
cinto, Jenipapo de Minas, Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Mata Verde,
Medina, Minas Novas, Monte Formoso, Morro do Pilar, Padre Paraíso, Palmópolis, Pedra Azul, Ponto dos Volantes,
Presidente Kubitschek, Rio do Prado, Rio Vermelho, Rubim, Salto da Divisa, Santa Cruz de Salinas, Santa Maria
do Salto, Santo Antônio do Itambé, Santo Antônio do Jacinto, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino
Gonçalves, Serra Azul de Minas, Serro, Setubinha, Turmalina, Veredinha, Virgem da Lapa.
70M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Leste de Minas
Sede: Governador Valadares
Rua Oito, 146 - Ilha dos Araújos
CEP: 35020 - 700
Telefone: (33) 3271 4988 / 4935
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
Açucena, Água Boa, Águas Formosas, Aimorés, Alpercata, Alvarenga, Alvinópolis, Antônio Dias, Ataléia, Barão de
Cocais, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bertópolis, Bom Jesus Do Amparo, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre,
Campanário, Cantagalo, Capitão Andrade, Caraí, Caratinga, Carlos Chagas, Carmésia, Catas Altas, Catuji, Central
de Minas, Conceição de Ipanema, Conselheiro Pena, Coroaci, Coronel Fabriciano, Córrego Novo, Crisólita, Cupa-
raque, Dionísio, Divino das Laranjeiras, Divinolândia de Minas, Dom Cavati, Dom Joaquim, Dores de Guanhães,
Engenheiro Caldas, Entre-Folhas, Fernandes Tourinho, Ferros, Franciscópolis, Frei Gaspar, Frei Inocêncio, Frei La-
gonegro, Fronteira dos Vales, Galiléia, Goiabeira, Gonzaga, GOV. VALADARES (sede), Guanhães, Iapu, Imbé
de Minas, Inhapim, Ipaba, Ipanema, Ipatinga, Itabira, Itabirinha de Mantena, Itaipé, Itambacuri, Itambé do Mato
Dentro, Itanhomi, Itueta, Jaguaraçu, Jampruca, Joanésia, João Monlevade, José Raydan, Ladainha, Machacalis, Ma-
lacacheta, Mantena, Marilac, Marliéria, Materlândia, Matias Lobato, Mendes Pimentel, Mesquita, Mutum, Nacip
Raydan, Nanuque, Naque, Nova Belém, Nova Era, Nova Módica, Novo cruzero, Novo Oriente de Minas, Ouro
Verde de Minas, Passabém, Paulistas, Pavão, Peçanha, Periquito, Pescador, Piedade de Caratinga, Pingo-d’Agua,
Pocrane, Poté, Resplendor, Rio Piracicaba, Sabinópolis, Santa Bárbara do Leste, Santa Bárbara, Santa Efigênia de
Minas, Santa Helena de Minas, Santa Maria de Itabira, Santa Maria do Suaçuí, Santa Rita de Minas, Santa Rita do
Itueto, Santana do Paraíso,
71
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Leste de Minas
Municípios integrantes da área de abrangência:
Santo Antônio do Rio Abaixo, São Domingos das Dores, São Domingos do Prata, São Félix de Minas, São Geraldo
da Piedade, São Geraldo do Baixio, São Gonçalo do Rio Abaixo, São João do Manteninha, São João do Oriente,
São João Evangelista, São José da Safira, São José do Divino, São José do Goiabal, São José do Jacuri, São Pedro do
Suaçuí, São Sebastião do Anta, São Sebastião do Maranhão, São Sebastião do Rio Preto, Sardoá, Senhora do Porto,
Serra dos Aimorés, Sobrália, Taparuba, Tarumirim, Teófilo Otôni, Timóteo, Tumiritinga, Ubaporanga, Umburatiba,
Vargem Alegre, Virginópolis, Virgolândia.
72M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Noroeste
Sede: Unaí
Rua Jovino Rodrigues Santana, 10 - Nova Diviinéia - Unaí - MG
CEP: 38.610 - 000
Telefone: (38) 3677 9800
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
Arinos, Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de Minas, Buritis, Cabeceira Grande, Dom Bosco, Formoso, Guarda-
Mor, João Pinheiro, Lagamar, Lagoa Grande, Natalândia, Paracatu, Riachinho, São Gonçalo do Abaeté, UNAÍ
(sede), Uruana de Minas, Urucuia, Varjão de Minas e Vazante.
73
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Norte de Minas
Sede: Montes Claros
Av. José Corrêa Machado, 900 - Bairro Ibituruna
CEP: 39.401 - 832
Telefone: (38) 3224 7500
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
Berizal, Bocaiúva, Bonito de Minas, Botumirim, Brasília de Minas, Buritizeiro, Campo Azul, Capitão Enéias, Ca-
tuti, Chapada Gaúcha, Claro dos Poções, Cônego Marinho, Coração de Jesus, Cristália, Engenheiro Navarro, Espi-
nosa, Francisco Dumont, Francisco Sá, Fruta de Leite, Gameleiras, Glaucilândia, Grão-Mogol, Guaraciama, Ibiaí,
Ibiracatu, Icaraí de Minas, Indaiabira, Itacambira, Itacarambi, Jaíba, Janaúba, Januária, Japonvar, Jequitaí, Josenó-
polis, Juramento, Juvenília, Lagoa dos Patos, Lassance, Lontra, Luislândia, Mamonas, Manga, Matias Cardoso, Mato
Verde, Mirabela, Miravânia, Montalvânia, Monte Azul, MONTES CLAROS (sede), Montezuma, Ninheira, Nova
Porteirinha, Novorizonte, Olhos-d’Agua, Padre Carvalho, Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis,
Pirapora, Ponto Chique, Porteirinha, Riacho dos Machados, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Salinas, Santa Fé de
Minas, Santo Antônio do Retiro, São Francisco, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João das Missões, São
João do Pacuí, São João do Paraíso, São Romão, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Ubaí, Vargem Grande do Rio
Pardo, Várzea da Palma, Varzelândia e Verdelândia.
74M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Norte de Minas
Sede: Montes Claros
Av. José Corrêa Machado, 900 - Bairro Ibituruna
CEP: 39.401 - 832
Telefone: (38) 3224 7500
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
Berizal, Bocaiúva, Bonito de Minas, Botumirim, Brasília de Minas, Buritizeiro, Campo Azul, Capitão Enéias, Ca-
tuti, Chapada Gaúcha, Claro dos Poções, Cônego Marinho, Coração de Jesus, Cristália, Engenheiro Navarro, Espi-
nosa, Francisco Dumont, Francisco Sá, Fruta de Leite, Gameleiras, Glaucilândia, Grão-Mogol, Guaraciama, Ibiaí,
Ibiracatu, Icaraí de Minas, Indaiabira, Itacambira, Itacarambi, Jaíba, Janaúba, Januária, Japonvar, Jequitaí, Josenó-
polis, Juramento, Juvenília, Lagoa dos Patos, Lassance, Lontra, Luislândia, Mamonas, Manga, Matias Cardoso, Mato
Verde, Mirabela, Miravânia, Montalvânia, Monte Azul, MONTES CLAROS (sede), Montezuma, Ninheira, Nova
Porteirinha, Novorizonte, Olhos-d’Agua, Padre Carvalho, Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis,
Pirapora, Ponto Chique, Porteirinha, Riacho dos Machados, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Salinas, Santa Fé de
Minas, Santo Antônio do Retiro, São Francisco, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João das Missões, São
João do Pacuí, São João do Paraíso, São Romão, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Ubaí, Vargem Grande do Rio
Pardo, Várzea da Palma, Varzelândia e Verdelândia.
75
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Sul de Minas
Sede: Varginha
Avenida Manoel Diniz, 145 - Bairro Industrial JK
CEP: 37.062 - 480
Telefone: (35) 3229 1816 / 1817
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
Aiuruoca, Alagoa, Albertina, Alfenas, Alpinópolis, Alterosa, Andradas, Andrelândia, Arantina, Arceburgo, Areado,
Baependi, Bandeira do Sul, Boa Esperança, Bocaina de Minas, Bom Jardim de Minas, Bom Jesus da Penha, Bom
Repouso, Bom Sucesso, Borda da Mata, Botelhos, Brasópolis, Bueno Brandão, Cabo Verde, Cachoeira de Minas,
Caldas, Camanducaia, Cambuí, Cambuquira, Campanha, Campestre, Campo do Meio, Campos Gerais, Capetin-
ga, Careaçu, Carmo da Cachoeira, Carmo de Minas, Carmo do Rio Claro, Carrancas, Carvalhópolis, Carvalhos,
Cássia, Caxambu, Claraval, Conceição da Aparecida, Conceição da Barra de Minas, Conceição das Pedras, Concei-
ção do Rio Verde, Conceição dos Ouros, Congonhal, Consolação, Coqueiral, Cordislândia, Coronel Xavier Chaves,
Córrego do Bom Jesus, Cristina, Cruzília, Delfim Moreira, Delfinópolis, Divisa Nova, Dom Viçoso, Elói Mendes,
Espírito Santo do Dourado, Estiva, Extrema, 71 Fama, Fortaleza de Minas , Gonçalves, Guapé, Guaranésia, Gua-
xupé, Heliodora, Ibiraci, Ibitiúra de Minas, Ibituruna, Ijaci, Ilicínea, Inconfidentes, Ingaí, Ipuiúna, Itajubá, Itamoji,
Itamonte, Itanhandu, Itapeva, Itaú de Minas, Itumirim, Itutinga, Jacuí, Jacutinga, Jesuânia, Juruaia, Lambari, La-
vras, Liberdade, Luminárias, Machado, Madre de Deus de Minas, Maria da Fé, Marmelópolis, Minduri, Monsenhor
Paulo, Monte Belo, Mnte Santo de Minas, Monte Sião, Munhoz, Muzambinho, Natércia, Nazareno, Nepomuceno,
Nova Resende, Olímpio Noronha,
76M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Sul de Minas
Municípios integrantes da área de abrangência:
Ouro Fino, Paraguaçu, Paraisópolis, Passa-Quatro, Passos , Pedralva, Perdões, Piedade do Rio Grande, Piranguçu,
Piranguinho, Poço Fundo, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Pouso Alto, Prados, Pratápolis, Resende Costa, Ribeirão
Vermelho, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, Santa Rita de Caldas, Santa Rita do Sapucaí, Santana da Vargem, San-
tana do Garambéu, Santana do Jacaré, Santo Antônio do Amparo, São Bento Abade, São Gonçalo do Sapucaí, São
João Batista do Glória, São João da Mata, São João Del-Rei, São José da Barra, São José do Alegre, São Lourenço ,
São Pedro da União, São Sebastião da Bela Vista, São Sebastião do Paraíso, São Sebastião do Rio Verde, São Tia-
go, São Tomás de Aquino, São Tomé das Letras, São Vicente de Minas, Sapucaí-Mirim, Senador Amaral, Senador
José Bento, Seritinga, Serrania, Serranos, Silvianópolis, Soledade de Minas, Tiradentes , Tocos do Moji, Toledo, Três
Corações, Três Pontas, Turvolândia, VARGINHA (sede) , Venceslau Brás e Virgínia.
77
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Triângulo Mineiro
Sede: Uberlândia
Praça Tubal Vilela, 03 - Centro
CEP: 38.400 - 186
Telefone: (34) 3088 6400
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
Abadia dos Dourados, Água Comprida, Araguari, Araporã, Arapuá, Araxá, Cachoeira Dourada, Campina Verde,
Campo Florido, Campos Altos, Canápolis, Capinópolis, Carmo do Paranaíba, Carneirinho, Cascalho Rico, Centrali-
na, Comendador Gomes, Conceição das Alagoas, Conquista, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Delta, Dourado-
quara, Estrela do Sul, Fronteira, Frutal, Grupiara, Guimarânia, Gurinhatã, Ibiá, Indianópolis, Ipiaçu, Iraí de Minas,
Itapajipe, Ituiutaba, Iturama, Lagoa Formosa, Limeira do Oeste, Matutina, Monte Alegre de Minas, Monte Car-
melo, Nova Ponte, Patos de Minas, Patrocínio, Pedrinópolis, Perdizes, Pirajuba, Planura, Prata, Pratinha, Presidente
Olegário, Rio Paranaíba, Romaria, Sacramento, Santa Juliana, Santa Rosa da Serra, Santa Vitória, São Francisco de
Sales, São Gotardo, Serra do Salitre, Tapira, Tiros, Tupaciguara, Uberaba, UBERLÂNDIA (sede), União de Minas
e Veríssimo.
78M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Zona da Mata
Sede: Ubá
Rodovia Ubá-Juiz de Fora, KM 02, Horto Florestal
CEP: 36.500 - 000, Caixa Postal 181
Telefone: (32) 3539 2700
Email: [email protected]
Municípios integrantes da área de abrangência:
Abre-Campo, Acaiaca, Além Paraíba, Alfredo Vasconcelos, Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Alto Rio Doce, Amparo
da Serra, Antônio Carlos, Antônio Prado de Minas, Aracitaba, Araponga, Argirita, Astolfo Dutra, Barão do Monte
Alto, Barbacena, Barra Longa, Barroso, Belmiro Braga, Bias Fortes, Bicas, Brás Pires, Caiana, Cajuri, Canaã, Caparaó,
Capela Nova, Caputira, Carandaí, Carangola, Cataguases, Chácara, Chalé, Chiador, Cipotânea, Coimbra, Coronel
Pacheco, Descoberto, Desterro do Melo, Divinésia, Divino, Dom Silvério, Dona Eusébia, Dores de Campos, Dores
do Turvo, Durandé, Ervália, Espera Feliz, Estrela-d’Alva, Eugenópolis, Ewbank da Câmara, Faria Lemos, Fervedou-
ro, Goianá, Guaraciaba, Guarani, Guarará, Guidoval, Guiricema, Ibertioga, Itamarati de Minas, Jequeri, Juiz de
Fora, Lagoa Dourada, Lajinha, Lamim, Laranjal, Leopoldina, Lima Duarte, Luisburgo, Manhuaçu, Manhumirim,
Mar de Espanha, Maripá de Minas, Martins Soares, Matias Barbosa, Matipó, Mercês, Miradouro, Miraí, Muriaé,
Olaria, Oliveira Fortes, Oratórios, Orizânia, Paiva, Palma, Passa-Vinte, Patrocínio do Muriaé, Paula Cândido, Pedra
Bonita, Pedra do Anta, Pedra Dourada, Pedro Teixeira, Pequeri, Piau, Piedade de Ponte Nova, Piranga, Pirapetinga,
Piraúba, Ponte Nova, Porto Firme, Presidente Bernardes, Raul Soares,
79
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Zona da Mata
Municípios integrantes da área de abrangência:
Recreio, Reduto, Ressaquinha, Rio Casca, Rio Doce, Rio Espera, Rio Novo, Rio Pomba, Rio Preto, Rochedo de Mi-
nas, Rodeiro, Rosário da Limeira, Santa Bárbara do Monte Verde, Santa Bárbara do Tugúrio, Santa Cruz do Escalva-
do, Santa Margarida, Santa Rita do Ibitipoca, Santa Rita do Jacutinga, Santana de Cataguases, Santana do Deserto,
Santana do Manhuaçu, Santo Antônio do Aventureiro, Santo Antônio do Grama, Santos Dumont, São Francisco
do Glória, São Geraldo, São João do Manhuaçu, São João Nepomuceno, São José do Mantimento, São Miguel do
Anta, São Pedro dos Ferros, São Sebastião da Vargem Alegre, Sem-Peixe, Senador Cortes, Senador Firmino, Se-
nhora de Oliveira, Senhora dos Remédios, Sericita, Silveirânia, Simão Pereira, Simonésia, Tabuleiro, Teixeiras, To-
cantins, Tombos, UBÁ (sede), Urucânia, Vermelho Novo, Viçosa, Vieiras, Visconde do Rio Branco e Volta Grande.
80M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
4 . SA N E A M E N TO BÁ S I CO O saneamento básico diz respeito às várias ações prévias que resultam numa
adequada ocupação do solo urbano. As medidas de saneamento básico abran-
gem desde o abastecimento de água, o cuidado com a destinação dos resídu-
os sólidos e esgotamento sanitário, até obras de drenagem urbana, controle
de vetores e focos de doenças transmissíveis, e mesmo a preocupação com
a melhoria das condições de habitação e a educação sanitária e ambiental14.
L E I NAC I O NA L D E SA N E A M E N TO BÁ S I CO
De acordo com a Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007)15
o saneamento básico é o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações
operacionais de16:
- Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestrutu-
ras e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde
a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição.
- Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e insta-
lações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final ade-
quados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento
final no meio ambiente.
14 OLIVEIRA fILHO, A. Institucionalização e Desafios da Política Nacional de Saneamento: um balan- ço prévio. Artigo do Secretário Nacional de Saneamento Ambiental, MCidades, disponível no site da Assemae: www.assemae.org.br. Brasília (Df), 2006, p. 13.
15 Como se observa apenas em 2007 editou-se a lei com as diretrizes para o saneamento básico (Lei nº 11.445/2007). Apesar de previsto constitucionalmente desde 1988 o atraso na edição do marco legal do Saneamento atrasou o desenvolvimento do país na área.
16 BRASIL. Ministério das Cidades. Guia para elaboração de planos municipais de saneamento básico. 2011, p. 35.
81
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
- Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, in-
fraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tra-
tamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e
limpeza de logradouros e vias públicas.
- Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas plu-
viais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões
de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas
urbanas.
A Lei Nacional de Saneamento Básico, que regula a priori os serviços públi-
cos de saneamento básico, institui alguns princípios que devem nortear toda
e qualquer ação na área, são eles:
• Universalização do acesso;
• Integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e
componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propi-
ciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maxi-
mizando a eficácia das ações e resultados;
• Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo
dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à pro-
teção do meio ambiente;
• Disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de
manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e
do patrimônio público e privado;
82M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
• Adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades
locais e regionais;
• Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de ha-
bitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental,
de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a
melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator
determinante;
• Eficiência e sustentabilidade econômica;
• Utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de paga-
mento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;
•Transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos
decisórios institucionalizados;
• Controle social;
• Segurança, qualidade e regularidade;
• Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos
hídricos.
A Lei n°11.445/2007 prevê a responsabilidade do poder público na defi-
nição da política de saneamento básico e o papel dos Planos Municipais de
Saneamento Básico, do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) e a
participação e o controle social por meio de audiências e consultas públicas,
bem como via conselhos, especialmente pelo Conselho das Cidades.
83
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Por isso, pode-se afirmar que um dos objetivos centrais da Lei nº 11.445/2007
é fazer com que os municípios assumam as suas responsabilidades no sane-
amento básico, se comprometendo com ações de longo prazo, definidas por
adequado planejamento e monitoradas pelo controle social17.
Para aqueles municípios que ainda não elaboraram o Plano Municipal de
Saneamento Básico, recomendamos acessar o site abaixo:
http://www.funasa.gov.br/site/wp-ontent/uploads/2012/04/2b_TR_PMSB_
V2012.pdf
R E S u M O D O SA N E A M E N TO N u M A P E S P E C T I VA f E D E R A L :
1971
Primeira tentativa de impulsionar o saneamento no país foi com o Plano Nacio-
nal de Saneamento (Planasa). Investimentos eram feitos pelo Banco Nacional
da Habitação (BNH).
Entre 1970 e 1990, o fornecimento de água saltou de 60% para 86% e a coleta
de esgoto, que antes era de 22%, passou a atender 48% das residências.
1986
Com a extinção do BNH em 1986, devido à crise econômica daquela época,
houve um período de indefinição. Os recursos passaram a ser distribuídos para
vários ministérios que, a cada governo, tinham suas atribuições modificadas.
Dessa forma, não era possível definir uma política de investimento em sanea-
mento básico.17 BRASIL. Ministério das Cidades. Guia para elaboração de planos municipais de saneamento básico. 2011, p. 41.
84M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
2001
O governo Fernando Henrique Cardoso enviou ao Congresso um projeto para
regular o setor.
2006
No dia 12 de dezembro, o país iniciava uma nova etapa com relação ao sane-
amento básico. O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) previa o
fornecimento de água para 100% dos brasileiros até 2023 e atender a 93% da
população com tratamento de esgoto com a ajuda da iniciativa privada. Para
isso, o marco regulatório previa a desoneração do Programa de Integração Social
(PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para
as empresas que investissem em saneamento e autonomia para utilização de
recursos do FGTS em obras de saneamento.
2013
O governo da presidente Dilma Rousseff estipulou o prazo de quatro anos (até
2017) para o investimento de R$ 50 bilhões em saneamento básico. Os recursos
sairiam de orçamento da União, do FGTS, do Fundo de Amparo ao Trabalha-
dor, do BNDES e de verbas de estados e municípios. Estavam ainda previstos
recursos advindos de incentivos à iniciativa privada, com a formação de consór-
cios. Os investimentos seriam realizados em 350 obras do Plano de Aceleração
e Crescimento (PAC) de esgotamento sanitário, fornecimento de água, recupera-
ção de mananciais e urbanização de favelas. Estudos recentes comprovam que
seriam necessários pelo menos R$ 220 bilhões para a realização das 350 obras
previstas
85
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
2016
O presidente Michel Temer sancionou a Lei nº 13.329 que institui o Regime
Especial de Incentivos para o Desenvolvimento do Saneamento Básico (Reisb).
A medida ainda será regulamentada.
fontes: Nova Enciclopédia Ilustrada folha e Agência Senado.
P L A N O M u N I C I PA L D E SA N E A M E N TO BÁ S I CO
Nesse contexto, o art. 9º da Lei 11.445/2007, prediz que o titular
dos serviços formulará a respectiva Política Municipal de Saneamento Bási-
co e o Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB. Assim, Os adminis-
tradores e gestores públicos são, dentro de suas prerrogativas constitucionais,
os responsáveis pela formulação da Política Pública e pelo desenvolvimento
do Plano Municipal de Saneamento Básico, cabendo-lhes:
- Prestar ou delegar os serviços;
- Definir o responsável pela regulação, fiscalização e procedimentos
de sua atuação;
- Adotar parâmetros para o atendimento essencial à saúde pública;
- Fixar os direitos e os deveres dos usuários;
-Estabelecer mecanismos de controle social;
-Estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado
com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico;
86M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
- Intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação
da entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos docu-
mentos contratuais18.
Fique atento! O Plano Municipal de Saneamento Básico deve obrigatoria-
mente ser elaborado pelo titular dos serviços municipais de saneamento bá-
sico. O PMSB é peça indispensável para a contratação e concessão de servi-
ços públicos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e
manejo de águas pluviais urbanas e limpeza urbana e manejo dos resíduos
sólidos.
O Conselho Nacional das Cidades estabeleceu através da Resolução n°. 75,
de 02 de julho de 2008, os conteúdos mínimos para a elaboração dos Planos
de Saneamento Básico (Art. 4º):
1. Diagnóstico;
2. Objetivos e metas de curto, médio e longo prazo;
3. Programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e
metas, ações de emergência e contingência e mecanismos;
4. Procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia
das ações programadas.
18 Conteúdo adaptado de material disponível em: http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/ppmsb_funasa_assemae.pdf
87
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
É imprescindível lembrar que todo o desenvolvimento do PMSB deverá ser
feito com a participação da população e o controle social, tal como definido
no art. 3º, IV, da Lei nº. 11.445/2007, que assim define Controle social: “con-
junto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informa-
ções, representações técnicas e participações nos processos de formulação de
políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos
de saneamento básico”. (BRASIL, 2007, p.3) 19
E vO Lu Ç ÃO D O S p R A z O S pA R A E L A B O R AÇ ÃO D O p L A N O M u N I C I pA L D E S A N E A M E N T O B Á S I C O
Decreto 7.217 de 2010 - Regulamentou a Lei Nº 11.445/07, Lei Nacio-
nal de Saneamento Básico e estabeleceu que a partir de janeiro de 2015 os
municípios teriam que instituir o controle social dos serviços públicos de
saneamento para ter acesso aos recursos federais destinados às obras e outras
ações desta área, com os seguintes dizeres: “após 31 de dezembro de 2014,
será vedado o acesso aos recursos federais ou aos geridos ou administrados
por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamen-
to básico, àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que
não instituírem, por meio de legislação específica, o controle social realizado
por órgão colegiado”.
Decreto 8.211/2014 - Alterou o decreto 7.217 de 2010 e estipulou até 31
de dezembro de 2015 para as prefeituras elaborem os planos de saneamento,
sob pena de não poderem acessar recursos federais para investirem no setor.
O decreto também prorrogou o prazo para que as prefeituras criem mecanis-
19 Brasil. Ministério das Cidades. Guia para a elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico - Brasília: Ministério das Cidades, 2011. 2ª edição., p.13.
88M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
mos de controle social do saneamento, que deveriam ser instituídos por meio
de legislação específica até dezembro de 2015.
Decreto nº 8.629/2015 - Os gestores municipais têm até dezembro de 2017
para apresentar o documento elaborado. Após essa data, a apresentação do
PMSB será condição para acesso a recursos federais destinados a serviços de
saneamento básico. Apesar da prorrogação do prazo, é necessário destacar
que continua vigente a exigência dos órgãos colegiados de controle social,
conforme estabelece o Decreto nº 8.211/14. Desde 1º de janeiro de 2015 os
municípios que não instituíram o controle social do saneamento básico, por
meio de órgãos colegiados, estão impossibilitados de obter recursos federais
destinados ao setor.
P R I N C I PA I S D ú V I DA S Q u E P O D E M S u R G I R S O B R E O P M S B 2 0:
Quais são as formas de obtenção de recurso para elaboração do plano?
O Governo Federal, por meio da FUNASA e Ministério das Cidades, dispo-
nibiliza linhas de recurso para que os municípios possam custear o desen-
volvimento de seus planos municipais de saneamento e outras ações corre-
lacionadas.
Os comitês de bacias hidrográficas / MG estão financiando os Planos de Sa-
neamento para os municípios inseridos nas respectivas bacias.
20 Informações adaptadas de conteúdo disponível no site da funasa: www.funasa.gov.br/
89
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Quem é o titular do serviço público de saneamento?
O titular dos serviços de saneamento municipal é o próprio município, po-
dendo este delegar sua execução, mas não seu planejamento. Assim, o mu-
nicípio deverá formular a respectiva política pública de saneamento básico,
devendo, para tanto, elaborar os planos de saneamento básico, nos termos
desta Lei, incumbindo-se de:
- Prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente
responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos
de sua atuação;
- Adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde públi-
ca, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimen-
to público, observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água;
- Fixar os direitos e os deveres dos usuários;
- Estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do
caput do ART. 3o desta Lei;
- Estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o
Sistema Nacional de Informações em Saneamento;
- Intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da en-
tidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos documentos
contratuais.
90M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Quais as consequências do não desenvolvimento do Plano Municipal de
Saneamento Básico?
Os prefeitos que não instituírem o plano de saneamento municipal, even-
tualmente, poderão ser responsabilizados por improbidade administrativa.
ATENÇÃO: Ainda que o município opte pela delegação do serviço de sane-
amento básico à um terceiro, este não estará isento ou dispensado de planejar
e elaborar o seu plano de saneamento, para então, exigir o seu cumprimento
pelo prestador do respectivo serviço (água, esgoto, resíduos, etc).
Lembre-se que a política de saneamento tem que fazer parte do plano de
governo como política pública, pois tem impacto direto na saúde e na quali-
dade de vida do cidadão municipal.
Atenção Lei Nova!! A Lei 13.329/2016 – REGIME DE INCENTIVO
AO DESENVOLVIMENTO DO SANEAMENTO21
Foi sancionada, em 1º de Agosto de 2016, pelo presidente Michel Temer a
Lei 13.329, que institui o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvi-
mento do Saneamento Básico (Reisb). A lei que modifica a Lei de Diretri-
zes Nacionais do Saneamento Básico (Lei 11.445/2007) tem como objetivo
fazer com que as empresas prestadoras de serviços públicos de saneamento
aumentem seus investimentos e recebam, em contrapartida, a concessão de
créditos para o pagamento de tributos federais.
A expectativa é que a medida seja regulamentada nos próximos dois anos e
faça parte do Plano Nacional de Saneamento Básico. O novo modelo vigo-
rará até o ano de 2026. Contudo, existem algumas restrições; das empresas
21 Informação retirada de notícia veiculada no dia 1º de Agosto de 2016. Disponível no site: http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/Saneamento/lei-que-aumenta-investimentos-em-saneamento-basico-e-sancionada-por-372141-1.aspx
91
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
que quiserem aderir ao regime, será exigida regularidade fiscal quanto aos
impostos federais e não poderão participar empresas cadastradas no Simples
Nacional e a concessão também não poderá ser concedida para o Programa
de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade So-
cial (PIS/Confins).
Atenção Lei Nova!! – A LEI 13.312/2016 – TORNA OBRIGATÓ-
RIA A MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA DE ÁGUA EM NOVOS CON-
DOMÍNIOS22
Foi aprovado no dia 22 de junho de 2016 o projeto de lei que torna obriga-
tória a medicação individualizada de água em novos condomínios.
A Lei altera o disposto no artigo 29 da Lei 11.445/2007, cuja redação do
artigo passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo terceiro: “§ 3º As no-
vas edificações condominiais adotarão padrões de sustentabilidade ambien-
tal que incluam, entre outros procedimentos, a medição individualizada do
consumo hídrico por unidade imobiliária.”
O artigo 3º da referida Lei estabelece que o período de vacância são de
cinco anos de sua publicação oficial, por isso a determinação começa a valer
a partir de 2021. Cabe ao gestor municipal ficar atento para garantir que
as companhias saneadoras consigam suprir todas as demandas cumprindo a
legislação.
22 Informação retirada de notícia veiculada no dia 18 de Agosto de 2016. Disponível no site:http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-07/em-5-anos-novos-predios-deverao-ter-medidores-individuais-de-consumo-de
92M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Por fim, é preciso ressaltar que no contexto da administração pública muni-
cipal o saneamento básico quando encarado como medida sócio ambiental se
torna poderoso instrumento de educação sanitária aumentado sua eficiência
e eficácia, resultando em ganhos efetivos para a população e para a gestão
dos recursos públicos, constituindo-se a capacitação dos gestores e técnicos
municipais uma tarefa primordial para se alcançar esse objetivo23.
p O L í T I C A NAC I O NA L D E R E S í D u O S S ó L I D O S – L E I F E D E R A L 1 2 . 3 0 5 / 2 0 1 0
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010 que alterou a
Lei no 9.605/1998 e foi regulamentada pelo Decreto 7.410/10, com os pés
fincados na idéia de responsabilidade compartilhada propôs a prática de
hábitos de consumo sustentável. A PNRS, estabelece uma distinção entre
RESÍDUO - aquilo que tem valor econômico e que pode ser aproveitado e
REJEITO - qualquer material considerado inútil, após esgotadas as possibi-
lidades de tratamento e recuperação por processos adequados a cada caso.
A legislação determina a prevenção e a redução na geração de resíduos, ten-
do como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjun-
to de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização
dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado
ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos
(aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
A partir da idéia central de responsabilidade compartilhada todos têm res-
ponsabilidades: o poder público deve apresentar planos para o manejo corre-23 MICKOSZ, p.21
93
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
to dos materiais (com adoção de processos participativos na sua elaboração
e adoção de tecnologias apropriadas); às empresas compete o recolhimento
dos produtos após o uso e, à sociedade cabe participar dos programas de
coleta seletiva (acondicionando os resíduos adequadamente e de forma di-
ferenciada) e incorporar mudanças de hábitos para reduzir o consumo e a
consequente geração24.
A PNRS criou também uma hierarquia que deve ser observada para a gestão
dos resíduos instituindo uma ordem de precedência que deixa de ser volun-
tária e passa a ser obrigatória:
1. Não geração,
2. Redução,
3. Reutilização,
4. Reciclagem,
5.Tratamento dos resíduos sólidos e
6. Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
A lei apresentou instrumentos variados para propiciar o incentivo à recicla-
gem e a reutilização dos resíduos sólidos, bem como a destinação ambiental-
mente adequada dos dejetos. Dentre outras medidas:
- Criou metas para a eliminação dos lixões (inicialmente até 2014);
-Determinou a elaboração de um Plano Nacional de Resíduos Sólidos com
ampla participação social, contendo metas e estratégias nacionais sobre o
tema;
24 Adaptado de conteúdo disponível no site: http://www.portalresiduossolidos.com/lei-12-3052010-politica-nacional-de-residuos-solidos/
94M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
-Previu a criação de um Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão
dos Resíduos Sólidos (SINIR), com o objetivo armazenar, tratar e fornecer
informações que apoiassem as funções ou processos de gestão do resíduos;
-Previu a criação de planos de gestão integrada de resíduos sólidos e os pla-
nos de gerenciamento de resíduos sólidos nos níveis estadual, municipal e
regional;
-Impôs a condição que as empresas elaborassem seus Planos de Gerencia-
mento de Resíduos Sólidos.
Outro ponto de relevância sobre a PNRS diz respeito ao incentivo à forma-
ção de associações intermunicipais que permitam a estabilização da gestão
dos resíduos, com os municípios compartilhando as tarefas de planejar, regu-
lar, fiscalizar e prestar serviços de acordo com tecnologias adequadas à sua
realidade regional.
De acordo com a PNRS a priorização no acesso a recursos da União e aos
incentivos ou financiamentos destinados a empreendimentos e serviços re-
lacionados à gestão de resíduos sólidos ou à limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos será dada:
• Aos Estados que instituírem microrregiões, para integrar a organiza-
ção, o planejamento e a execução das ações a cargo de Municípios limítrofes
na gestão dos resíduos sólidos;
95
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
• Ao Distrito Federal e aos Municípios que optarem por soluções
consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, ou que se
inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos
estaduais;
• E aos Consórcios Públicos, constituídos na forma da Lei no 11.107,
de 2005, para realização de objetivos de interesse comum.
O B R I G AÇ õ E S D O G E S T O R M u N I C I pA L F R E N T E à p O L í T I C A NAC I O NA L D E R E S í D u O S S ó L I D O S :
Inicialmente, o prazo para encerramento de lixões, conforme a Lei nº
12.305/10,era dia 2 de agosto de 2014, a partir desta data os rejeitos deve-
riam ter uma disposição final ambientalmente adequada.
Esse prazo fazia parte das metas dos planos estaduais ou municipais de resí-
duos sólidos, que deveriam prever desde a distribuição ordenada de rejeitos
em aterros, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública, à segurança e a
minimizar os impactos ambientais adversos, até a coleta seletiva. Além disso,
o município teria a obrigação de estabelecer metas de redução da geração
de resíduos sólidos.
Importante esclarecer que a lei não trata expressamente em encerramento
de lixões, mas esta é uma consequência da disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos que deve estar refletida nas metas para a eliminação
e recuperação destes lixões em seus respectivos planos de resíduos sólidos.
96M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Na prática, o encerramento de lixões e aterros controlados compreende no
mínimo:
- Ações de cerceamento da área;
- Drenagem pluvial;
- Cobertura com solo e cobertura vegetal;
- Sistema de vigilância;
- Realocação das pessoas e edificações que se localizem dentro da área do
lixão ou do aterro controlado.
Lembrando que todo o remanejamento deve ser de forma participativa, uti-
lizando como referência o programa pró-catador (Decreto 7.405/10) e os
programas de habitação de interesse social.
Ocorre que dada à impossibilidade de cumprimento dos prazos estabeleci-
dos pela PNRS foi aprovado em 1º de Julho de 2015 um projeto que pror-
rogou o prazo para implementação das medidas por parte dos municípios.
Assim, as capitais e municípios de região metropolitana terão até 31 de julho
de 2018 para acabar com os lixões. Os municípios de fronteira e os que con-
tam com mais de 100 mil habitantes, com base no Censo de 2010, terão um
ano a mais para implementar os aterros sanitários, ou seja, até 31 de julho
de 2019. As cidades que têm entre 50 e 100 mil habitantes terão prazo até
31 de julho de 2020. Já o prazo para os municípios com menos de 50 mil
habitantes será até 31 de julho de 2021.
97
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
A emenda também acrescenta a prorrogação de prazo para elaboração dos
planos estaduais de resíduos sólidos e dos planos municipais de gestão inte-
grada de resíduos sólidos.
R E S Í D u O S S Ó L I D O S u R BA N O S ( R S u ) E M M I NA S G E R A I S 2 5
Desde 2001, quando o Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas
Gerais (COPAM) editou a Deliberação Normativa 52/2001, há uma clara
política de erradicação dos lixões que nessa época estavam presentes em
quase todos os municípios do Estado.
Em janeiro de 2009 foi publicada a Política Estadual de Resíduos Sólidos
(Lei 18.031), que define a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos
(GIRSU) como o “conjunto articulado de ações políticas, normativas, opera-
cionais, financeiras, de educação ambiental e de planejamento desenvolvidas
e aplicadas aos processos de geração, segregação, coleta, manuseio, acondi-
cionamento, transporte, armazenamento, tratamento e destinação final dos
resíduos sólidos”.
A Lei 18.031 aponta o consórcio como forma de efetivar essa gestão inte-
grada assim como a DN 118/2008. A partir de 2007, os prefeitos de muni-
cípios mineiros começam a se organizar para formar consórcios com esse
fim, ancorados pela lei federal 11.107/2005, Lei dos Consórcios Públicos
e da Gestão Associada de Serviços Públicos e seu respectivo regulamento
(Decreto 6.017/2007).25 Texto elaborado com base em dados e informações disponíveis em http://www.feam.br/minas-sem-lixoes/gestao-compartilhada-de-sru
98M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Os prefeitos contam com o suporte da Secretaria Estadual de Desenvolvi-
mento Regional e Política Urbana (SEDRU) que consiste em estruturação
jurídica, assistência técnica em consórcios de resíduos sólidos e captação de
recursos.
S I T uAÇÃO D O S M u N I C Í P I O S M I N E I R O S H O J E :
Em 2001, dos 853 municípios mineiros, 823 dispunham seus Resíduos Sóli-
dos Urbanos em lixões. Em 2005 havia 564 municípios fazendo a disposição
final em lixões no Estado, já em 2012 esse número caiu para 267, chegando
a 246 em 2015, registrando uma redução de 70% no período 2001-2015.
Em termos de percentual de população urbana com disposição dos RSU em
lixões, também houve melhoria: esse percentual passou de 29,57% em 2010
para 18,62% em 2015.
Com o objetivo de realizar um diagnóstico da gestão dos Resíduos Sólidos
Urbanos nos municípios de Minas Gerais, em janeiro de 2016 foi solicitado
pela FEAM aos municípios através de comunicado via e-mail o preenchi-
mento de um questionário on line contendo informações sobre regularização
ambiental, PGIRS e Plano de Saneamento, coleta seletiva, gestão comparti-
lhada dos RSU (consórcios), cobrança pela gestão dos RSU, coleta de RSU
na zona rural, dentre outras informações relevantes. Após o encerramento
do prazo para envio dos questionários preenchidos, a GERUB irá avaliar as
99
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
informações recebidas, identificando as principais deficiências na gestão mu-
nicipal dos RSU e traçar diretrizes para apoio a esses municípios. Até o mo-
mento já foram recebidas respostas de 309 municípios, o que equivale a 36%
dos municípios de Minas Gerais. O relatório será finalizado até o fim deste
ano e será publicado no início de 2017.
A seguir alguns Anexos que podem ser consultados para diagnóstico da
gestão dos resíduos sólidos em seu município:
- Relatório de Progresso 2016 - PANORAMA RSU 2015 FINAL Revisado
(.pdf, 3,51 MB) - NOVO
- Cartilha de Orientações ‘Consórcios Públicos para Gestão de Resíduos Sóli-
dos’ 2016 (.pdf, 1,3MB) - NOVO
- Diagnóstico de Consórcios Intermunicipais para a Gestão de Resíduos Sólidos
Urbanos em Minas Gerais (.pdf 1,74Mb)
- Classificação e Panorama da destinação de resíduos sólidos em Minas Gerais
2015 (468Kb)
- Inventário de Resíduos Sólidos de Minas Gerais
- Caderno Técnico sobre Reabilitação de Áreas Degradadas por Resíduos Sóli-
dos Urbanos (.pdf 705 Kb)
- Termo de Referência para elaboração de Plano Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde - PGRSS (doc. 259 kb)
100M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
CO L E TA S E L E T I VA – A P O I O AO S M u N I C Í P I O S :
A partir de 06 de fevereiro de 2012, a FEAM iniciou o processo de recebi-
mento das manifestações de interesse dos municípios mineiros para receber
apoio do Estado na implantação ou ampliação dos serviços de coleta seletiva,
conforme estabelece o Plano Estadual de Coleta Seletiva – PECS, que foi
instituído pela DN 172 de 23 de dezembro de 2011, aprovada em reunião
realizada em 30 de novembro de 2011 pela Câmara Normativa e Recursal
do COPAM.
Para receber apoio, o prefeito municipal deverá se manifestar formal-
mente à FEAM, por meio de ofício, até 31 de março de cada ano,
conforme modelo disponível na FEAM:
www.feam.br
CO L E TA S E L E T I VA – D E L I B E R AÇÃO N O R M AT I VA 172 D E 2 2 / 1 2 / 2 0 1 1 .
A Deliberação Normativa 172 do Conselho Estadual de Política Ambiental
–COPAM - institui o Plano Estadual de Coleta Seletiva de Minas Gerais.
Essa deliberação estabelece os elementos considerados facilitadores para a
implantação ou ampliação da coleta seletiva no Estado, são eles:
- infraestrutura do galpão;
- população urbana;
101
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
- estágio do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS);
- modelo de gestão de RSU;
- existência de organizações de catadores de materiais recicláveis;
- existência de instrumento legal para pagamento pelo serviço de coleta se-
letiva.
A Fundação Estadual de Meio Ambiente faz ordinariamente uma seleção de
municípios que desejem receber apoio técnico para a coleta seletiva.
Os municípios mineiros que, conforme o Plano Estadual de Coleta Seletiva
(PECS) tenham interesse em receber apoio técnico do Governo de Minas
para implantação ou ampliação de serviços de coleta seletiva têm, normal-
mente até o final de março para se manifestarem à Fundação Estadual de
Meio Ambiente (Feam).
A manifestação deverá ser feita por meio de ofício padrão e preenchimento
de protocolo específico disponibilizado no site da Feam. A seleção de mu-
nicípios interessados se faz mediante processo seletivo que leva em conta os
elementos acima citados.
Para os classificados, as ações de apoio incluem:
Diagnóstico da situação atual da coleta seletiva ou do potencial para sua
implementação;
Análise da viabilidade e sustentabilidade econômica das alternativas;
102M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Seleção do modelo mais adequado de coleta seletiva;
Apoio para implantação da coleta seletiva e monitoramento.
Não obstante, não existe repasse de recurso financeiro, materiais ou
equipamentos.
B O L SA R E C I C L AG E M – L E I 1 9 . 82 3 D E 2 1 / 1 1 / 2 0 1 1
A Lei 19.823/2011instituiu um mecanismo de incentivo financeiro às enti-
dades congregativas de catadores conhecida popularmente como“Bolsa Re-
ciclagem”.
De acordo com a legislação as remunerações aos catadores são pecuni-
árias, com periodicidade trimestral, devendo ser distribuídos, pelo menos 90%
dos valores repassados às entidades, aos associados. Os recursos tem origem
em repasses do orçamento do Estado. O escopo da lei visa “a reintrodução de
materiais recicláveis em processos produtivos, com vistas à redução da utilização
de recursos naturais e insumos energéticos, com inclusão social de catadores de
materiais recicláveis” (MINAS GERAIS, 2011, Artigo 2º).
Para melhor entendimento e inserção no programa, recomendamos acessar o
site: http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?-
tipo=LEI&num=19823&ano=2011
103
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
I C M S E CO LÓ G I CO – L E I 18 0 3 0 D E 1 2 / 0 1 / 2 0 0 9
O ICMS é um tributo classificado como imposto. De acordo com o art. 3º
do Código Tributário Nacional tributo é toda prestação pecuniária compul-
sória, em moeda cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção
de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
O artigo 16 do CTN prediz que imposto, por sua vez, é o tributo cuja obriga-
ção tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte.
De acordo com o inciso II, do artigo 155, da CF/88, a competência para
instituir imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e so-
bre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação(...), é dos estados e do Distrito Federal, sendo certo que, no
caso do ICMS, o exercício da competência tributária é necessário e não fa-
cultativo.
Existem inúmeros artigos científicos e textos que de forma sintética expli-
cam o que vem a ser exatamente o ICMS. O texto abaixo reproduzido, dis-
ponível na página da Nature Conservancy, é capaz de exprimir de forma
didática e sucinta o que vem a ser o ICMS ecológico:
104M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Cada estado da Federação tem competência legal, atribuída pela Constitui-
ção Federal, e deve instituir o ICMS em seus respectivos territórios. Esse é
o motivo da eventual diferença de valores, por exemplo, no preço dos com-
bustíveis quando viajamos para outro estado. Além das questões de mercado
(frete, por exemplo), a diferença pode ocorrer em virtude de uma alíquota
diferente no ICMS nesse ou naquele estado.
De todo modo, importante compreendermos que o fato gerador¹ para a in-
cidência do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços ocorre na
menor porção territorial da divisão federativa do estado, ou seja, nos muni-
cípios.
Dessa forma, tudo quanto foi arrecadado pelo estado deu-se em virtude de
transações realizadas nos municípios. O raciocínio é óbvio e fundamental
para compreendermos como se forma o bolo da arrecadação do ICMS pelo
estado e como parte desse bolo será repartido entre os municípios, que, afi-
nal, contribuíram para o total arrecadado.
Nesse sentido, o artigo 158, inciso IV da Constituição, ao tratar da “Repar-
tição das Receitas Tributárias”, rege que pertence aos municípios: “vinte e
cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre ope-
rações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação”.
105
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Quadro 11: Texto extraído integralmente de página da Nature Conservancy. Disponível em: www.icmsecologico.org.br
O I C M S E CO LÓ G I CO E M M I NA S G E R A I S 2 6
No Estado de Minas Gerais ficou estabelecido por meio do Decreto nº
32.771, de julho de 1991, que a distribuição da cota-parte dos recursos do
ICMS, observaria três critérios:
1) o Valor Adicionado Fiscal,
2) os Municípios Mineradores e
3) a Compensação Financeira por Desmembramento de Distrito.
26 Informação disponível no site da Semad – Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais.
106M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
O montante de 25% do total do imposto arrecadado pelos estados é destina-
do aos municípios, sendo que 75% devem ser distribuídos pelo VAF e 25%
conforme lei estadual.
Diante deste diagnóstico, demonstrando um alto grau de concentração de
recursos nos municípios mais desenvolvidos e mais ativos economicamente e
pouco favorável para os municípios que apresentavam atividade econômica
inexpressiva, foi publicada em 28 de dezembro de 1995, a Lei Estadual nº
12.040, mais conhecida como “Lei Robin Hood”, revogada em 27 de de-
zembro de 2000, pela Lei nº 13.803, a qual indicava novos critérios para a
distribuição da cota-parte do ICMS aos municípios visando:
- A descentralização da distribuição e desconcentração de renda;
- A transferência de recursos para as regiões mais pobres; - A aplicação dos
recursos nas áreas sociais;
-A indução para que os municípios aumentem sua arrecadação e a utilizem
com mais eficiência e, por fim,
- A criação de uma parceria entre estado e municípios, tendo como objetivo
maior a melhoria da qualidade de vida da população destas regiões.
Assim, os novos critérios introduziram outras variáveis que modificaram a
metodologia de cálculo usada até então, são eles:
VAF, Área Geográfica, População, População dos 50 mais populosos, Edu-
cação, Produção de Alimentos, Patrimônio Cultural, Meio Ambiente, Saúde,
Receita Própria, Cota Mínima e Municípios Mineradores.
107
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Nesse sentido, o Estado de Minas Gerais instituiu, de forma pioneira, o ICMS
Ecológico, criado a partir da necessidade da administração pública de en-
contrar alternativas para o fomento de atividades econômicas pautadas nas
regras de proteção ambiental e do desenvolvimento sustentável nos seus mu-
nicípios.
A Lei que prevalece hoje é a Lei Estadual nº 18.030/2009. Ela dispõe sobre
a distribuição e o cálculo do critério Meio Ambiente, que nesta edição sofreu
alterações, passando de 1% para 1,1% do total do ICMS destinado aos mu-
nicípios, sendo a distribuição deste montante realizada em função do Índice
de Meio Ambiente (IMA).
O IMA passa a ser composto por três subcritérios, ponderados pelos respec-
tivos pesos, a saber:
• Índice de Conservação (IC - 45,45%), referente às Unidades de
Conservação e outras áreas protegidas;
• Índice de Saneamento Ambiental (ISA 45,45%), referente aos ater-
ros sanitários, estações de tratamento de esgotos e usinas de compostagem e,
mais recentemente,
• Índice de Mata Seca (IMS - 9,1%), referente à presença e proporção
em área da fitofisionomia Mata Seca no município.
O Instituto Estadual de Florestas (IEF) é o órgão responsável pelo Índice de
Conservação (IC). A área da unidade de conservação e/ou área protegida,
a área do município, o Fator de Conservação e o Fator de Qualidade são os
parâmetros analisados pelo instituto.
108M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
O Fator de Qualidade representa a nota que cada unidade recebe, a partir
de uma avaliação feita anualmente pelo seu responsável (varia de 0,1 a 1),
disposto na Deliberação Normativa COPAM nº 86 de 17/07/2005. Já os
procedimentos para o cadastramento das UCs estão estabelecidos na Reso-
lução SEMAD nº 318/2005 e Resolução SEMAD nº 1245/2010.
Já os parâmetros analisados pela Fundação Estadual de Meio Ambiente
(Feam), visam ao Índice de Saneamento Ambiental (ISA), baseando-se no
número total de sistemas habilitados, tipo de empreendimento e porcenta-
gem da população atendida no município.
A Deliberação COPAM nº 428/2010, fixa os custos médios “per capita” para
estimativa de investimentos em sistemas de saneamento ambiental, previstos
no art. 4º da Lei nº 18.030/2009.
Já a Resolução Conjunta SEMAD-SEPLAG nº 1.212/2010 define os proce-
dimentos para cálculos e publicação dos índices municipais.
E a Resolução SEMAD nº 1.273/2011 complementa a Resolução Conjunta
1.212/2010, estabelecendo os critérios e procedimentos para o cálculo do
fator de qualidade de empreendimentos de tratamento e/ou disposição final
de resíduos sólidos urbanos e de tratamento de esgotos sanitários a serem
aplicados na distribuição.
109
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Estão aptos a receber o ICMS Ecológico, subcritério Saneamento, os muni-
cípios que possuem sistema de tratamento ou disposição final de lixo ou de
esgoto sanitário, com operação licenciada ou autorizada pelo órgão ambien-
tal estadual, que atendam, no mínimo, a, respectivamente, 70% e 50% da
população urbana.
Terceiro e último subcritério, o Índice de Mata Seca (IMS), sob a responsa-
bilidade do IEF, considera a área de mata seca existente no município, cujo
valor encontra-se disponível na versão mais atual do Inventário Florestal de
Minas Gerais que possui duas vertentes:
I) Mapeamento e monitoramento periódico da cobertura florestal natural
das florestas produtivas do território mineiro;
II) Inventário Florestal, propriamente dito, que gera uma série de informa-
ções em relação às florestas naturais, inclusive relacionadas à determinação
do estoque de carbono e ao acompanhamento contínuo do desenvolvimento
das florestas, por meio de medições em parcelas permanentes estabelecidas
nas fitofisionomias florestais presentes no estado de Minas Gerais. Esse sub-
critério será incluído no cadastro automaticamente de acordo com análise do
monitoramento realizado pela Gerencia de Monitoramento e Geoprocessa-
mento (GEMOG) do IEF.
Ao final, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-
tentável (Semad) é responsável pela compilação, publicação e consolidação
de todos os dados fornecidos pela Feam e pelo IEF do critério Índice de Meio
Ambiente (IMA= 0,4545*ISA + 0,4545*IC + 0,091*IMS).
110M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Posteriormente, as informações são encaminhadas à Fundação João Pinheiro
para o devido repasse aos municípios, que é realizado sempre no segundo
dia útil da semana, sendo que o primeiro repasse do mês é feito com base no
índice calculado no mês anterior.
Os valores repassados aos municípios estão sempre disponíveis para consulta
no site da Fundação João Pinheiro: http://www.fjp.mg.gov.br/robin-hood/
index.php/extrato
Agora que você já sabe o que é e quais são os critérios do ICMS ecológico,
é preciso que tenha em mente27:
1. Os recursos decorrentes do ICMS ecológico podem ser utilizados para
quaisquer objetivos, obviamente, legais. No entanto, é preciso perceber que ,
quanto mais o gestor investir em ações que melhorem os indicadores verifi-
cados no ICMS Ecológico, mais receberá no próximo ano.
Por exemplo, se um município não tem nenhuma unidade de conservação
(UC), poderá investir recursos recebidos em determinado ano na criação de
uma, para que, na temporada seguinte, aumente a arrecadação.
2. As Unidades de Conservação de Uso Sustentável, como as Áreas de Prote-
ção Ambiental (APAs) contarão pouco na pontuação.
27 Texto original disponível em http://www.itpa.org.br/.
111
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Portanto, caso uma UC seja a ideia considerada em determinada cidade, ela
deverá ser preferencialmente de Proteção Integral. Ou seja, um Parque, uma
Reserva Biológica, uma Estação Ecológica ou mesmo apoiar a criação de Re-
servas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) certificadas pelo Governo
do Estado.
3. Outro exemplo é o município que já tem uma UC criada e que investirá
seus recursos do ICMS Ecológico para estruturá-la, com a elaboração do Pla-
no de Manejo, sede, postos de fiscalização ou sinalização. Ou mesmo a cidade
que teve baixa pontuação no índice de qualidade da água e quer melhorar
em curto prazo seus indicadores, investindo no controle de sedimentos e
tratamentos de efluentes por meio de sistemas alternativos e de baixo custo.
Tudo isso contará mais pontos e fará com que o município receba mais no
ano seguinte.
Enfim, o gestor inteligente será aquele que tiver a capacidade de investir
estrategicamente os recursos do tributo para ganhar mais a cada temporada.
B O L SA V E R D E – D E C R E TO 4 5 1 1 3 D E 0 5 / 0 6 / 2 0 0 9 2 8
A chamada Bolsa Verde é um programa do Estado de Minas Gerais (Lei nú-
mero 17.727 de 13 de agosto de 2008, regulamentada pelo Decreto estadual
número 45.113 de 5 de junho de 2009), que visa a remuneração dos pro-
prietários e posseiros que mantêm conservadas áreas com vegetação nativa.
É uma estratégia de política ambiental que alia preservação dos fluxos de
serviços ecossistêmicos e biodiversidade com geração de renda.
28 Informações adaptadas a partir de artigo científico de autoria dos Srs. Marcelo Silva Simões e Daniel Caixeta Andrade, publicado na Revista Debate Econômico, v.1, n.2, p. 101-131, jul/dez 2013. Texto original disponível em https://publicacoes.unifal-mg.edu.br
112M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
O programa prevê a concessão de incentivo financeiro aos proprietários e posseiros rurais por
meio de pagamento por serviços ecossistêmicos. Por meio deste pagamento, são favorecidos
aqueles que preservam ou que se comprometem a recuperar a cobertura vegetal de origem
nativa em seus próprios territórios. Há, assim, ganhos para os fornecedores de serviços, através
do apoio recebido para que empreguem melhores práticas de uso da terra. Potencializando-se a
conservação, são gerados benefícios à coletividade como os serviços hidrológicos e de absorção
de gases-estufa, que são apropriados por uma quantidade imensurável de agentes.
No decreto de normatização do Bolsa Verde o estado se compromete a conceder o incentivo
financeiro para a identificação, recuperação, preservação e conservação dos seguintes tipos de
áreas: aquelas necessárias à oferta segura da disponibilidade e qualidade dos serviços hídricos,
através da proteção da vegetação ciliar e à recarga de aquíferos; e aquelas consideradas hot spots
de biodiversidade, além de ecossistemas especialmente sensíveis.
Além disso, ficou também estabelecido que, dado a restrição orçamentária do Bolsa Verde, qua-
tro categorias de candidatos terão prioridade na escolha dos participantes: i) agricultores familia-
res; ii) produtores rurais cuja propriedade ou posse tenha área de até quatro módulos fiscais; iii)
produtores cujas propriedades estejam localizadas em Unidades de Conservação de categorias
de manejo sujeitas à desapropriação e em situação de pendência na regularização fundiária; e iv)
possíveis proprietários de áreas urbanas que preservem áreas que produzem os serviços enfoca-
dos pelo programa .
Quanto à distribuição do dinheiro entre os beneficiários, foi realizada uma estratificação entre
os candidatos em 3 diferentes tipos de propriedades e posses. Assim, há uma gradação na dis-
tribuição do orçamento total do programa entre as classificações, sendo que cada beneficiário
receberá o mesmo valor monetário por hectare, mas o tipo de classificação receberá montantes
financeiros diferentes.
113
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
1) A classificação que receberá maior volume de recursos será a dos pro-
prietários e posseiros que conservem ou preservem áreas acima do limite
estabelecido pela legislação em termos da regularização da Reserva Legal e
da proteção das Áreas de Preservação Permanente.
2) Já a segunda, cobrirá as propriedades que conservem pelo menos os limi-
tes determinados pelo Código Florestal.
3) Por fim, a classificação que receberá menos recursos será a classificação
de propriedades e posses que necessitem de adequações quanto à estes crité-
rios de legislação ambiental.
No que concerne à periodicidade do programa, o fluxo de pagamentos será
contratado para cinco anos, com pagamentos anuais.
Segundo o Decreto, foram estabelecidas algumas fontes de recursos para a
formação do fundo que fomentará o Bolsa Verde. Para o pagamento monetá-
rio, serão utilizados recursos de consignação:
- Na Lei Orçamentária Anual e de créditos adicionais;
- De 10% dos recursos do Fundo de Recuperação, Proteção Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas
Gerais – FHIDRO;
- De doações, contribuições ou legados de pessoas jurídicas, públicas ou pri-
vadas, nacionais ou estrangeiras;
- De dotações de recursos de outras origens.
114M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Já os recursos utilizados para a produção de mudas que serão doadas aos
participantes do programa virão também destes 10% do FHIDRO; da conta
Recursos Especiais a Aplicar; da compensação pela utilização dos recursos
naturais; e de “convênios celebrados pelo Poder Executivo com agências de
bacias hidrográficas ou entidades a elas equiparadas e com órgãos e entidades
da União e dos Municípios”.
Para maiores informações sobre o programa acesse o site: http://www.ief.
mg.gov.br/bolsa-verde
5 . L E I f LO R E STA L M I N E I R A 2 9
A lei florestal mineira, um dos pilares da legislação ambiental do Estado,
expõe as regras para a ocupação do solo e para o uso e a conservação da ve-
getação nativa com o fim de proteger a biodiversidade e as águas no Estado
de Minas gerais.
A lei aprovada em 2013, Lei nº 20.92, substituiu a Lei nº 14.309, de 2002,
teve como objetivo a adequação da legislação estadual a novas regras e pa-
râmetros estabelecidos na Lei Florestal federal, aprovada em maio de 2012,
além da regulamentação de artigos da Constituição do Estado de Minas Ge-
rais relativos às questões ambientais. 29 Informações adaptadas a partir da Cartilha sobre a nova lei florestal de Minas Gerais: Orientações aos produtores rurais editada pela Assembleia Estadual de Minas Gerais. Texto original disponível em: http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/images/abook/pdf/set_14_69.pdf
115
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Não obstante, a Lei Florestal de Minas além de tratar da política florestal tra-
ta também da proteção da biodiversidade do Estado, o que inclui o Sistema
Estadual de Unidades de Conservação.
Por isso, a Lei Florestal mineira traz regras que dialogam com duas leis fe-
derais:
• Lei Florestal federal, também chamada de Novo Código Florestal Brasilei-
ro (Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012); e com o
•Sistema Nacional de Unidades de Conservação – Snuc – (Lei Federal nº
9.985, de 18 de julho de 2000).
A Lei Florestal federal criou dois instrumentos muito importantes para a
regularização ambiental das propriedades ou posses rurais: o Cadastro Am-
biental Rural – CAR – e o Programa de Recuperação Ambiental – PRA.
O CAR nada mais é do que um registro público eletrônico de âmbito nacio-
nal, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem a finalidade de integrar
as informações ambientais das propriedades e posses rurais e compor base
de dados para combate ao desmatamento, controle, monitoramento e plane-
jamento ambiental e econômico.
Quais suas vantagens?
Comprovar que está em dia com a Legislação Ambiental;
Acessar crédito rural e demais programas oficiais de incentivo à produção;
Oportunidade de suspender multas ambientais cometidas até 22 de Julho
de 2008, desde que assuma o compromisso de regularizar.
116M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita através do site www.car.
mg.gov.br
6 . R E C u R S O S H Í D R I CO SA Política Nacional de Recursos Hídricos foi instituída através da lei nº 9433
de 1997, em consonância com os preceitos estabelecidos pela Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD,
a RIO 92. A Lei Federal 9433/1997 introduziu uma perspectiva baseada nos
fundamentos e princípios discutidos nas últimas décadas. A Lei das Águas,
como é conhecida, instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos.
A gestão das águas é realizada, nas jurisdições federal ou estadual, por um
Comitê de Bacia e fiscalizadas pela Agencia Nacional das Águas -ANA ou
pelos respectivos órgãos estaduais, ambos com enfoque em uma grande re-
gião.
Os instrumentos de gestão de recursos hídricos que deverão ser adotados
visando uma gestão descentralizada, integrada e participativa das águas.
São instrumentos de gestão:
- os planos diretores de recursos hídricos: são planos que visam fundamentar
e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o
gerenciamento desses recursos
- Enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponde-
rantes da água: trata-se de um zoneamento dos rios e demais corpos d`água,
117
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
que objetiva assegurar às águas, qualidade compatível com o uso a que se
destinam, ou adequar o uso às condições ambientais.
- Outorga do direito de uso: é o instrumento pelo qual o poder público atri-
bui ao interessado, público ou privado, o direito de utilizar privativamente o
recurso hídrico.
- Cobrança pelo uso da água: é um instrumento econômico de gestão das
águas, que permite gerar receitas para amenizar aspectos quantitativos e qua-
litativos dos recursos hídricos.
- Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos: é um sistema de coleta,
armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fa-
tores intervenientes em sua gestão.
P L A N E JA M E N TO f E D E R A L E E S TA D uA L
O planejamento na gestão das águas define as melhores alternativas de utili-
zação dos recursos hídricos e orienta a tomada de decisão, de modo a produ-
zir os melhores resultados econômicos, sociais e ambientais.
Os Planos de Recursos Hídricos têm como objetivo principal fundamentar e
nortear a implementação das Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hí-
dricos e o gerenciamento dos mesmos, a curto, médio e longo prazo, com ho-
rizonte de planejamento compatível com o período de implantação de seus
programas e projetos, devendo ser acompanhados de revisões periódicas.
118M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
P L A N O S E STA D uA I S D E R E C u R S O S H Í D R I CO S N O E STA D O D E M I NA S G E R A I S
No Estado de Minas Gerais, os Planos de Recursos Hídricos são elaborados
em dois níveis:
Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH-MG)
O Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) é um instrumento de gestão
da Política Estadual de Recursos Hídricos, previsto na Lei 13.199/99, cujo
objetivo é estabelecer princípios básicos e diretrizes para o planejamento e o
controle adequado do uso da água no Estado de Minas Gerais.
O Plano orienta sobre a necessidade de integrar a gestão de recursos hídricos
com as políticas setoriais, como a agricultura e o saneamento. É, ainda, um
elemento de articulação com os planos diretores das bacias hidrográficas do
Estado e, de forma mais abrangente, com o Plano Nacional de Recursos Hí-
dricos, como determina a Política Estadual de Recursos Hídricos, instituída
por lei.
O Plano Estadual de Recursos Hídricos foi concluído em 2010 e aprovado
pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos conforme Deliberação CERH/
MG, nº 260 de 26 de novembro de 2010 e pelo Governo de Minas por meio
do Decreto nº 45.565 de 22 de março de 2011.
119
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas (PDRH’s).
O Plano Diretor de Recursos Hídricos é um instrumento de gestão da Políti-
ca Estadual de Recursos Hídricos, estabelecido pela Lei 13.199/99, que tem
como objetivo definir a agenda de recursos hídricos para as bacias hidrográ-
ficas do Estado de Minas Gerais, identificando ações de gestão, programas,
projetos, obras e investimentos prioritários, com a participação dos poderes
públicos estadual e municipal, da sociedade civil e dos usuários, tendo em
vista o desenvolvimento sustentável da Bacia.
O Plano Diretor de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas deverá apre-
sentar, conforme Resolução CNRH no 145/12, diagnóstico, prognóstico e
plano de ações, contemplando os recursos hídricos superficiais e subterrâ-
neos e estabelecendo metas de curto, médio e longo prazos e ações para seu
alcance, observando o art. 11º da Lei 13.199/99.
A Resolução CNRH no 145/12 define que a periodicidade da revisão dos
Planos diretores de Recursos Hídricos de Bacia Hidrográfica deverá ser es-
tabelecida considerando o horizonte de planejamento, as especificidades da
bacia hidrográfica e deverá ser baseada na avaliação de sua implementação
podendo sofrer emendas complementares, corretivas ou de ajuste.
120M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
121
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Atualmente, a situação das bacias hidrográficas em relação aos Planos Dire-
tores de Recursos Hídricos é a seguinte:
Situação do plano Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos - UPGRHAno de
ConclusãoAlcance
(ano)
Concluídos
Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas - SF5* 2004 / 2014
2010 / 20 anos
Bacia Hidrográfica do Rio Paracatu - SF7 2006 2015
Bacia Hidrográfica dos Rios Preto e Paraibuna - PS1 2006 2020
Bacia Hidrográfica dos Rios Pomba e Muriaé - PS2 2006 2020
Bacia Hidrográfica do Rio Araguari - PN2 2008 2016
Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba Capivari e Jaguari - PJ1 2012 2020
Bacia Hidrográfica do Rio Pará - SF2 2008 2016
Bacia Hidrográfica do Rio Verde - GD4 2010 2015
Bacia Hidrográfica dos Rios Jequitaí e Pacuí - SF6 2010 2020
Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí - GD5 2010 2020
Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Mogi - Pardo - GD6
2010 2020
Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Piranga - DO1 2010 2030
PIRH da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Piracicaba - DO2
2010 2030
Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Santo Antônio - DO3
2010 2030
Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Suaçuí - DO4 2010 2030
Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Caratinga - DO5 2010 2030
Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Manhuaçu - DO6 2010 2030
Bacia Hidrográfica do Araçuaí - JQ2 2010 2030
Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Rio Verde Grande - SF10
2011 2030
Bacia Hidrográfica do Alto Rio Grande - GD1** 2013 2030
Bacia Hidrográfica do Rio das Mortes - GD2** 2013 2030
122M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Situação do plano Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos - UPGRHAno de
ConclusãoAlcance
(ano)
Concluídos
Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Alto Jequitinhonha - JQ1** 2013 04 anos
Bacia Hidrográfica do Médio e Baixo Jequitinhonha - JQ3** 2013 2032
Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Rio Pardo - PA1** 2013 2032
Bacia Hidrográfica dos Afluente Mineiros do Rio Urucuia - SF8** 2013 2032
Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Médio São Francisco - SF9** 2013 2030
Entorno do Reservatório de Furnas - GD3** 2013 2030
Em elaboração
Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Alto Paranaíba - PN1 2014 2030
Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Baixo Paranaíba - PN3 2014 2030
Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba - SF3 2014 04 anos
Entorno da Represa de Três Marias - SF4 2015 -
Em contratação
Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Baixo Rio Grande - GD8
2014 -
Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Médio Rio Grande - GD7
2014 -
Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Rio Mucuri - MU 2014 -
Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Rio São Mateus - SM 2014 -
Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Alto São Francisco - SF1 2014 -
123
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
O pA p E L D O S M u N I C í p I O S NA G E S TÃO D O S R E C u R S O S H í D R I C O S 3 0
A Gestão de Recursos Hídricos surge no sentido de buscar o equilíbrio e
garantir o acesso a todos de uma água de boa qualidade, capaz de satisfazer
todas as necessidades da população. Nesse sentido, destaca-se a importância
e o papel de todos os entes federados (União, Estados e Municípios) para o
alcance de uma gestão com bons resultados e atendimento a todos os cida-
dãos.
O município tem papel fundamental na gestão dos recursos hídricos. Apesar
dos cursos de água serem de domínio Federal ou Estadual, os municípios são
peças chaves para a preservação dos recursos hídricos dentro de seus limites.
Mesmo com a distribuição legal das competências previstas na legislação,
não há como dissociar o município da gestão de recursos hídricos, visto que
a mesma é de interesse local e interfere diretamente na qualidade da vida da
população.
Políticas públicas municipais com diretrizes ambientais permitem uma me-
lhor otimização da ocupação do território, e em função disso garantem a
disponibilidade de água ou até mesmo seu incremento para a população
local e os seus múltiplos usos. Ao estabelecer diretrizes relativas às unidades
de conservação, a política agrícola e ao zoneamento ambiental, em legislação
de competência suplementar, os Municípios permitem inserir as particulari-
dades inerentes a um espaço físico complexo e em contínua transformação.
Para exercer com plenitude e segurança a gestão dos recursos hídricos dentro
da lei, é importante que os municípios elaborem políticas públicas voltadas
30 Texto adaptado com informações parciais e trechos integrais dos artigos: O papel do Poder Público Municipal na gestão dos recursos hídricos de Gustavo Carneiro de Noronha, Mônica de Aquino Galeano Massera da Hora, Elza Maria Neffa Vieira de Castro, publicado na revista e Labor, volume 7, em 2013. Disponível em:www.compadre.org e O papel dos municípios da proteção dos recursos hídricos escrito por Enos florentino Santos, publicado na Revista Brasileira de Direito Constitucional em 2011. Disponível em: http://www.esdc.com.br/RBDC/RBDC-18/RBDC-18-105-Artigo_Enos_florentino_Santos_(O_Papel_dos_Municipios_na_Protecao_dos_Recursos_Hidricos).pdf
124M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
para o abastecimento público e o esgotamento sanitário, bem como para ou-
tras atividades que impactam de certo modo os mananciais. O Plano Diretor
de Desenvolvimento Municipal se configura como uma dessas políticas pú-
blicas voltadas para inúmeros objetivos, entre eles, alguns que dizem respeito
a preservação dos cursos de água.
A competência dos municípios para organizar seu solo urbano acarreta-lhes
também a obrigação de exercer a aplicação de políticas que visem ao interes-
se público, e o descumprimento dessas obrigações “acarreta ônus ou gravames
suportados individualmente por cada qual” de zelar pelos bens aí existentes
– sendo a água um dos principais, o bem da vida – promovendo fiscalização
sobre edificações e exercendo exame pormenorizado nos projetos de novos
loteamentos, tanto nas áreas centrais como na periferia e exercitando.
Obrigação, no sentido de exercer seu poder de polícia para não sofrer conse-
quências de, negligenciando e expor-se ao questionamento judicial, podendo
inclusive passar a figurar no pólo passivo de ações civis públicas que buscam
a sua responsabilização.
Para que os Municípios desempenhem com efetividade seu papel na gestão
dos recursos hídricos, necessário estarem preparados tanto do ponto de vista
jurídico, como do institucional. Para exercer com plenitude e segurança a
gestão dos recursos hídricos dentro da lei, é importante que os municípios31:
- Desenvolvam políticas urbanísticas que privilegiem a preservação ambiental;
- exerçam o poder de polícia com eficiência, promovendo a fiscalização tanto
local como documental sobre novos loteamentos propostos e buscando a re-
gularização dos já existentes, aí considerados os irregulares e os clandestinos;
31 Conclusões apresentadas por Enos florentino Santos no artigo: O PAPEL DOS MuNICÍPIOS NA PROTEÇÃO DOS RECuRSOS HÍDRICOS publicado na Revista Brasileira de Direito Constitucional em 2011. Disponível em: http://www.esdc.com.br/RBDC/RBDC-18/RBDC-18-105-Artigo_Enos_florentino_Santos_(O_Papel_dos_Municipios_na_Protecao_dos_Recursos_Hidricos).pdf
125
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
- Realizem políticas públicas de saneamento, com rigorosa fiscalização sobre
o despejo de lixo nas matas, lagos, rios; - revisem com frequência as suas en-
costas para prevenir toda a interferência predadora provocada pela expansão
demográfica o que, além de preservar o meio ambiente, previne acidentes de
graves proporções;
- Apliquem junto à população local programas que visem à conscientização
sobre a importância dos recursos ambientais, em especial a água;
- Implementem no currículo das escolas públicas – planos infantil e funda-
mental - a educação ambiental, em cumprimento à previsão constitucional
do art. 225, § 1°, VI, como medida de base;
- Participem com efetividade dos consórcios de bacias, no que tange à sua
capacidade hidrográfica;
- Incentivem a participação da população e da sociedade civil, em todos os
âmbitos, da importância do zelo ambiental;
- Estejam presentes e incentivem na formação dos comitês de bacias, quando
for o caso;
- Especializem seus bancos de dados sobre os recursos naturais e os transfor-
mem em informação a ser compartilhada por toda a sociedade e participem
das coordenações regionais de preservação dos recursos hídricos, incentivan-
do a articulação convergente.
126M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
A atividade mineraria é capaz de agregar considerável receita para os municí-
pios, levar ao desenvolvimento sócio-econômico, mas, ao mesmo tempo, gera
consequências negativas do ponto de vista ambiental. Essa atividade também
é responsável por aumentar as demandas por serviços públicos essenciais e
imprimir uma dependência econômica em relação à mineração, que é uma
atividade finita.
Minas Gerais é o mais importante estado minerador do país:
-Extrai mais de 160 milhões de toneladas/ano de minério de ferro;
-É responsável por aproximadamente 53% da produção brasileira de mine-
rais metálicos e 29% de minérios em geral;
-As reservas mineiras de nióbio são para mais de 400 anos. Existem somente
três minas em todo o mundo;
- A atividade de mineração está presente em mais de 250 municípios minei-
ros;
- Dos dez maiores municípios mineradores, sete estão em Minas, sendo Ita-
bira o maior do País;
- Mais de 300 minas estão em operação. Das 100 maiores do Brasil, 40 estão
localizadas no Estado. 67% das minas classe A (produção superior a 3 mi-
lhões t/ano) estão em MG.
7. R E C u R S O S M I N E R A I S
127
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
O Q u E D E V E V I SA R O G E S TO R M u N I C I PA L
Por isso, o gestor municipal deve se capacitar e tomar todas as medidas ne-
cessárias para aplicar corretamente a CFEM e fiscalizar sua arrecadação, po-
dendo para isso:
• Viabilizar os procedimentos para licenciar ambientalmente peque-
nas minerações, se for o caso;
• Tomar providências preventivas e resolutivas em caso de conflito
entre mineração e áreas ambientalmente protegidas;
• Viabilizar a exploração de recursos minerais de emprego imediato
na construção civil, para atender a obras públicas;
• Estabelecer um relacionamento institucional entre município e mi-
neradora, de maneira técnica e com profissionalismo,
L E G I S L AÇÃO M I N E R A R I A D E I N T E R E SS E D O S M u N I C Í P I O S
- Constituição Federal de 1988;
- Decreto-Lei n. 227 de 1967 (Código de Mineração);
- Decreto n. 62.934 de 1968 (Regulamento do Código de Mineração);
- Lei n. 6567 de 1978;
- Lei n. 7.990 de 1989;
- Lei n. 8.001 de 1990;
- Decreto n. 001 de 1990;
128M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
- Decreto 3.358 de 2000;
-Portarias e Instruções Normativas, do DNPM (http://www.dnpm.gov.br/
conteudo.asp?IDSecao=67);
-Projetos de Emenda à Constituição e Projetos de Lei (http://www.dnpm.
gov.br/conteudo.asp?IDSecao=67)
CO M P E N SAÇÃO f I NA N C E I R A P E L A E x P LO R AÇÃO D E R E C u R S O S M I N E R A I S - C f E M
A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM),
estabelecida pela Constituição de 1988 e regulamentada pela Lei n.º
7.990/89, é um royalty mineral que tem como objetivo capturar parte do va-
lor da renda referente à redução do estoque mineral. Trata-se do pagamento
realizado pelas empresas mineradoras, resultante da exploração de recursos
minerais para fins lucrativos e aproveitamento econômico.
A CEFEM foi instituída com o objetivo de minimizar os impactos socio-
ambientais provocados pela atividade de mineração, sendo distribuída aos
Municípios, Estados e para a União nas seguintes proporções:
129
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Todo valor recolhido à título de CFEM pelas empresas mineradoras são dis-
tribuídos dessa forma (exceções para os recursos que extrapolam a previsão
orçamentária e foram contingenciados pelo governo).
O órgão responsável pela fiscalização e acompanhamento dos recolhimentos
da CFEM é o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), autar-
quia federal ligada ao Ministério de Minas e Energia.
Além de fiscalizar se os recolhimentos efetuados pelas empresas estão cal-
culados de acordo com a legislação, é atribuição do órgão efetuar a cobrança
administrativa dos débitos e propor a execução judicial através da Advocacia
Geral da União em exercício no órgão.
Os recursos da CFEM são de extrema valia para os municípios, o que torna
o papel do DNPM fundamental para a arrecadação desse recurso. Os valores
repassados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a título de com-
pensação financeira pela exploração de atividades minerárias em seus domí-
nios devem ser reinvestidos na recuperação do meio ambiente, no desenvol-
vimento da infra-estrutura e na atração de novos investimentos e atividades,
tendo em vista a diversificação da economia local e regional, com o intuito
de minimizar os impactos e a dependência em relação à atividade mineral.
130M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
8 . E M E R G ê N C I A A M B I E N TA L E E V E N TO S C R Í T I CO S
A emergência é uma situação crítica ou acontecimento perigoso e fortuito,
que pode ocorrer em diferentes níveis de importância. Em diversos contex-
tos, as Emergências Ambientais podem colocar em risco as vidas humanas, o
meio ambiente, a saúde pública, os bens vulneráveis e as atividades sociais e
econômicas, sendo que uma resposta rápida a estes eventos indesejados pode
ser um fator muito relevante para a redução dos impactos potenciais.
A emergência ambiental decorre de um acidente ou a iminência de ocor-
rência de acidente com danos ambientais oriundas de atividades industriais,
minerárias, de transporte de produtos e resíduos perigosos e infra-estrutura
envolvendo produtos químicos perigosos.
Como exemplo de acidentes, pode-se citar:
Explosões;
Colisões e Tombamento de veículos;
Descarrilamento de composições ferroviárias;
- Vazamentos diversos ou derramamento de produtos perigosos.
131
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
Também são consideradas emergências a mortandade de peixes e o rompi-
mento de barragem industrial, de mineração e de abastecimento.
132M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
9 . fO N T E S D E R E C u R S O S E f I NA N C I A M E N TO S
- Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA
www.mma.gov.br/fnma | (61) 2028-2160 / 2169
- Fundação Nacional de Saúde – FUNASA
www.funasa.gov.br | (31) 3248-2990 / 2991
- Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNS Ambiental / MCi-
dades
www.mcidades.gov.br | (61) 2108-1925 / 1931
- Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Ba-
cias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – FHIDRO
www.igam.mg.gov.br | (31) 3915-1813 / 1823
- Programa de Modernização Institucional e Ampliação da Estrutura dos
Municípios
www.bdmg.mg.gov.br | (31) 3219-8000
133
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
1 0 . S I T E S E E N D E R E ÇO S D E I N T E R E SS E
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável –
SEMAD
Prédio Minas 1º e 2º andar
Cidade Administrativa
Rodovia João Paulo II – 4143
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG
(31) 3915 1897
Instituto Mineiro de Gestão de Águas – IGAM
Prédio Minas 1º e 2º andar
Cidade Administrativa
Rodovia João Paulo II – 4143
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG
(31) 3915 1252
134M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
Instituto Estadual de Florestas – IEF
Prédio Minas 1º e 2º andar
Cidade Administrativa
Rodovia João Paulo II – 4143
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG
(31) 3915 1159
Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM
Prédio Minas 1º andar
Cidade Administrativa
Rodovia João Paulo II – 4143
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG
(31) 3915 1244
Superintendências Regionais de Meio Ambiente
SUPRAM CENTRAL METROPOLITANA – CM
Rua Espírito Santo, 495 – 2º andar – Centro
Belo Horizonte – MG
(31) 3 228 7700/7831
135
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
SUPRAM ALTO SÃO FRANCISCO - ASF
Rua Bananal, 549
Bairro Vila Belo Horizonte
Divinópolis
(37)3 229 2800
SUPRAM JEQUITINHONHA – JEQUI
Avenida Saudade, 335 – Centro
Diamantina
(38) 3532 6650/3531 2650
SUPRAM LESTE MINEIRO – LM
Rua Oito, 146
Bairro Ilha dos Araújos
Governador Valadares
(33) 3271 4988/4935
136M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
SUPRAM NOROESTE - NOR
Rua Jovino Rodrigues Santa, 10
Bairro Nova Divinésia
Unaí
(38) 3677 9800
SUPRAM NORTE DE MINAS - NORTE
Avenida José Corrêa Machado, 900
Bairro Ibituruna
Montes Claros
(38) 3 224 7500
SUPRAM SUL DE MINAS – SM
Avenida Manoel Diniz, 145
Bairro Industrial JK
Varginha
(35) 3 229 1816/1941
137
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
SUPRAM TRIÂNGULO MINEIRO – TMAP
Praça Tubal Vilela, 03 – Centro
Uberlândia
(34) 3088 6400
SUPRAM ZONA DA MATA – ZM
Rodovia Ubá-Juiz de Fora – km 02 – Horto Florestal
(32) 3539 2700
SUB SECRETARIA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA-
SGRAI
Prédio Minas 2º andar
Cidade Administrativa
Rodovia João Paulo II – 4143
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG
(31) 3915 1895
138M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
CENTRO MINEIRO DE REFERÊNCIA EM RESÍDUOS - CMRR
Avenida Belém, 40
Bairro Esplanada
Belo Horizonte
(31) 3465 1200
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO À BIODIVERSI-
DADE – ICMBIO
Coordenação Regional em Lagoa Santa
Av Dra. Vilma Edelweiss dos Santos, 115
Bairro Lundcéia
Lagoa Santa
(31) 3681 1905
EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO ES-
TADO DE MG – EMATER
Av Raja Gabáglia, 1626
Bairro Gutierrez
Belo Horizonte
(31) 3349 8000
139
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA
Avenida do Contorno, 8121
Bairro de Lourdes
Belo Horizonte
(31) 3555 6100/6119
NÚCLEO DE EMERGÊNCIA AMBIENTAL – NEA
Prédio Minas 1º andar
Cidade Administrativa
Rodovia João Paulo II – 4143
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG
(31) 3915 1237/1236
DIRETORIA DE GESTÃO DE DENÚNCIAS AMBIENTAIS
Prédio Minas 1º andar
Cidade Administrativa
Rodovia João Paulo II – 4143
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG
(31) 3915 1299/1316
140M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
SUBSECRETARIA DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL
Prédio Minas 1º andar
Cidade Administrativa
Rodovia João Paulo II – 4143
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG
subsecretaria.fiscalizaçã[email protected]
(31) 3915 1170
DIRETORIA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS FLORES-
TAIS E EVENTOS CRÍTICOS
Prédio Minas 1º andar
Cidade Administrativa
Rodovia João Paulo II – 4143
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG
(31) 3915 1385/1386
141
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
1 1 . G LO SSÁ R I OAÇÃO CORRETIVA - Ação implementada para eliminar as causas de uma
não-conformidade, de um defeito ou outra situação indesejável existente, a
fim de prevenir sua repetição.
ACONDICIONAMENTO- Termo utilizado na Gestão de Resíduos Sólidos
para designar o ato ou efeito de embalar os resíduos sólidos para o transporte.
ACONDICIONAMENTO DE LODO- Diz-se da desidratação, floculação,
filtração ou centrifugação do lodo. O mesmo que condicionamento do lodo.
ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS- Diz-se do ato de embalar os
resíduos visando ao armazenamento, ao transporte, à estocagem, à reutiliza-
ção, à reciclagem, ao tratamento ou à disposição final.
ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS- Forma tempo-
rária de acondicionamento de resíduos perigosos em contêineres, tambores,
tanques ou embalagens plásticas à espera de reciclagem, recuperação, trata-
mento e/ou disposição final.
AFLORAMENTO ROCHOSO- Parte de um maciço ou camada de rocha,
de qualquer natureza, que chega à superfície do solo em virtude de irrupção
ou desnudamento da capa preexistente. Ex. Afloramento de calcário.
142M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
AFLUENTE- Curso d’água cujo volume ou descarga contribui para aumen-
tar outro, no qual desemboca. Chama-se, ainda, de afluente o curso d’água
que desemboca num lago ou numa lagoa.
AGÊNCIA DE BACIA- Organismo novo na administração dos bens públi-
cos do Brasil. As Agências de Bacia têm como objetivo promover a gestão
integrada dos recursos hídricos e demais recursos ambientais de uma deter-
minada bacia hidrográfica.
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA)- Agência criada pela Lei Fede-
ral nº 9.984, der 17/07/2000 e que tem como função implementar a Política
Nacional de Recursos Hídricos, disciplinar o uso e articular o planejamento
dos setores usuários desses recursos nos níveis nacional, regional e estadual.
AGENDA AZUL- Diz-se do conjunto de atividades voltadas para a Gestão
de Recursos Hídricos. No Estado de Minas Gerais, o Instituto Mineiro de
Gestão das Águas – IGAM é o órgão do Sistema Estadual de Meio Ambiente
– SISEMA – responsável pela implantação da Agenda Azul. É de responsa-
bilidade do IGAM o planejamento e a administração de todas as ações dire-
cionadas à preservação da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos
em Minas Gerais.
143
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
AGENDA MARROM- Diz-se do conjunto de atividades voltadas para a fis-
calização e controle das atividades industriais, minerarias, de infra-estrutura e
de saneamento. A Agenda marrom é aquela que tem como responsabilidade
a fiscalização e controle de atividades degradadoras e poluidoras do meio
ambiente e, no Estado de Minas Gerais está a cargo da FEAM.
AGENDA VERDE- Diz-se o conjunto de atividades voltadas para a prote-
ção e manejo dos recursos florestais e da biodiversidade. No Estado de Minas
Gerais, o Instituto Estadual de Florestas – IEF é o órgão do Sistema Estadual
de Meio Ambiente, responsável pela implantação da Agenda Verde e tem
como missão propor, coordenar e executar as políticas florestais e de gestão
da pesca no Estado de Minas Gerais.
AGENDA 21- Documento aprovado pela Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em
1992, que fortalece a idéia de que o desenvolvimento econômico deve ocor-
re com equidade social e equilíbrio ecológico.
AGRICULTURA SUSTENTÁVEL- É o resultado dos métodos alternativos
que utilizam a agricultura ecológica, a biodinâmica e o controle biológico,
visando ao desenvolvimento de uma agricultura com o menor impacto pos-
sível ao meio ambiente e à saúde humana.
144M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
AGRIMENSURA- Técnica de medição de superfície de terrenos, de levanta-
mento de plantas e transcrição para o papel.
AGROTÓXICOS- Produtos químicos destinados ao uso em setores de pro-
dução, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pas-
tagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossiste-
mas, e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade
seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação
danosa de seres vivos considerados nocivos.
AMBIENTALISMO- Termo utilizado em Ecologia para designar o conjunto
de idéias, ideologia ou movimento em favor do meio ambiente. É o conjunto
de ações e práticas que visam a reverter o quadro de crise ambiental, de di-
mensão planetária, que ocorre atualmente.
ARBORIZAÇÃO URBANA- Diz-se da plantação e cultura de árvores em
áreas urbanas com o objetivo de gerar sombra, amenizar o clima e embelezar
as ruas. A arborização urbana, além de ser importante pelo aspecto estético,
deve ser planejada para gerar conforto ambiental e bem-estar da comunidade.
ÁREA CONTAMINADA- Área onde foi comprovada poluição causada por
depósito, acumulação, armazenamento, enterramento ou infiltração de subs-
tâncias ou resíduos, gerando impactos ambientais negativos.
145
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
ÁREA DE ENTORNO- Área que circunda as Unidades de Conservação
delimitada num raio de dez quilômetros, a partir de seus limites.
ÁREA DEGRADADA POR LIXÕES- Área que apresenta alteração adversa
das suas características ambientais em função da disposição inadequada de
lixo, o que causa polução da água, do solo e do ar.
ÁREA DE RESTRIÇÃO AMBIENTAL- Diz-se da área que, em função de
suas particularidades ou da sua fragilidade do ponto de vista ambiental, apre-
senta restrições em relação ao desenvolvimento de atividades potencialmen-
te poluidoras ou degradadoras do meio ambiente.
ÁREA DERISCO - Diz-se da área que apresenta risco do ponto de vista de
sua ocupação ou desenvolvimento de atividades econômicas, em função das
características geológicas.
ÁREA URBANA- Área compreendida no perímetro urbano definido por lei
municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas. (Lei Federal
nº 4.771, de 15/09/1965).
ASSOREAMENTO- É o processo de obstrução de um corpo d’água (rio, ca-
nal, estuário,lago, etc.) pelo acúmulo de substâncias minerais (areia, argila...)
ou orgânicas, ocasionando a diminuição de sua profundidade e da velocidade
das águas.
146M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
ATERRO CONTROLADO- Método de disposição do lixo sobre o solo, em
camadas de 1,0 a 1,5m, cobertas com uma camada de terra ou material
inerte de 10 a 15 cm de espessura, na conclusão de cada jornada de trabalho.
Deve ser feito o isolamento da área, sistema de drenagem superficial e de
valas especiais para disposição de resíduos sépticos.
ATERRO SANITÁRIO - Forma de disposição de resíduos sólidos urbanos
no solo, realizada dentro de critérios técnicos e operacionais que previnem a
poluição e danos à saúde pública.
AUDIÊNCIA PÚBLICA- Forma de consulta aos diversos atores sociais afe-
tados, direta ou indiretamente, pelos impactos ambientais decorrentes de
planos, programas, atividades e empreendimentos.
“É a reunião destinada a expor à comunidade as informações sobre a obra ou
atividade potencialmente causadora de significativo impacto ambiental e o
respectivo Estudo de Impacto Ambiental – EIA, dirimindo dúvidas e reco-
lhendo as críticas e sugestões a respeito para subsidiar a decisão quanto ao
seu licenciamento” (Deliberação Normativa COPAM nº 12, de 13/12/1994,
que dispõe sobre a convocação e a realização de Audiências Públicas).
AUTOCLAVE- Equipamento que utiliza vapor de água sob pressão para
esterilizar instrumentos. Atualmente, é também utilizado para esterilizar Re-
síduos Sólidos de Serviços de Saúde.
147
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
AUTO DE INFRAÇÃO- Documento emitido por autoridade ambiental
competente, que atesta a existência de uma infração à legislação ambiental.
A infração é devidamente caracterizada no auto, e o autuado tem prazo le-
galmente estabelecido para apresentar defesa.
AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO (AAF) - Do-
cumento instituído no Estado de Minas Gerais por meio da Deliberação
Normativa COPAM nº 74, de 09/09/2004, para os empreendimentos con-
siderados de Impacto Ambiental não significativo e que ficam dispensados
processo de Licenciamento Ambiental.
AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL (APEF) - Diz-se
da autorização dada pelo órgão responsável, para supressão de vegetação em
áreas onde serão implantados empreendimentos industriais, minerários, flo-
restais, agropecuários, de infra-estrutura urbana, para fins hidrelétricos, etc.
AVALIAÇÃO DE RISCOS - Processo pelo qual os resultados da análise de
riscos são utilizados para a tomada de decisão, através de critérios compa-
rativos de riscos, para definição da estratégia de gerenciamento dos riscos e
aprovação do licenciamento ambiental de um empreendimento.
BIODEGRADÁVEL- Diz-se produto, efluente ou resíduo que se decompõe
pela ação de microorganismos, tornando mais fácil a sua assimilação pelo
meio ambiente.
148M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
BIODIVERSIDADE- “Significa a variabilidade de organismos vivos de todas
as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, ma-
rinhos, e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que
fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre
espécies e de ecossistemas”.
CADASTRO AMBIENTAL RURAL (CAR) –é um registro eletrônico obri-
gatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as infor-
mações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanen-
te – APP, das áreas de Reserva Legal - RL, das florestas e dos remanescentes
de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das
propriedades e posses rurais do país.
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL (CTF) - é obrigatório para pessoas físi-
cas e jurídicas que exercem atividades potencialmente poluidoras e utiliza-
doras de recursos ambientais e/ou se dedicam a Atividades e instrumentos
de defesa ambiental.
CAPINA QUÍMICA- Diz-se da eliminação de vegetais realizada por meio
da aplicação de produtos químicos que, muitas vezes, além de matá-los, im-
pedem o seu crescimento. Deve ser feita de forma cuidadosa para evitar a
poluição das águas e do solo.
149
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
CHORUME- Líquido escuro, malcheiroso, que apresenta elevada demanda
bioquímica de oxigênio – DBO e é altamente poluente. Tem composição e
quantidade variáveis e afetam sua composição, entre outros fatores, o índice
pluviométrico e o grau de compactação das células do lixo. Deve ser tratado
dentro de critérios técnicos para não poluir o solo e as águas superficiais e
subterrâneas.
CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL (COPAM) – Con-
selho normativo e deliberativo que integra o sistema de meio ambiente do
Estado de Minas Gerais, e foi criado em 29/04/1977. Visando a ampliação da
representatividade do COPAM e a promoção de sua descentralização, foram
implantadas as Unidades Regionais Colegiadas do COPAM.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA) – Órgão
colegiado, representativo dos mais diversos setores do Governo e da socieda-
de que tem direta ou indiretamente interveniência com relação aos aspectos
ambientais.
CONSERVAÇÃO AMBIENTAL - Manejo dos recursos do ambiente (ar,
água, solo, minerais e espécies viventes, incluindo o homem), de modo a
conseguir a mais alta qualidade de vida humana sustentada. Nesse contexto,
o manejo dos recursos inclui prospecções, pesquisa, legislação, administração,
preservação, utilização, educação e treinamento.
150M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
CONTROLE AMBIENTAL- É o conjunto de ações tomadas pelo poder pú-
blico e por particulares, visando manter, em níveis satisfatórios, as condições
ambientais e a qualidade de vida da população. O poder público exerce o
controle ambiental de acordo com a Política e a Legislação Ambiental, utili-
zando instrumentos, tais como: padrões de lançamento de efluentes, padrões
de qualidade ambiental, zoneamento ambiental, fiscalização e licenciamento
ambiental, monitoramento ambiental.
DANO AMBIENTAL- Considera-se dano ambiental qualquer efeito deleté-
rio causado ao meio ambiente por pessoa física ou jurídica, de direito públi-
co ou privado. O dano pode resultar na degradação da qualidade ambiental
– alteração adversa das características do meio ambiente – ou em poluição.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL- É processo de formação social orientado para
o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambien-
tal. Prevê o desenvolvimento de atitudes que levem à preservação e ao con-
trole ambiental, e de habilidades e instrumentos tecnológicos necessários à
solução dos problemas ambientais.
151
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
IMPACTO AMBIENTAL - Qualquer alteração das propriedades físicas, quí-
micas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria
ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,
afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais
e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e
a qualidade dos recursos ambientais. Resolução CONAMA nº 306, de 5 de
julho de 2002.
INVENTÁRIO AMBIENTAL- É o levantamento minucioso e sistemático
resultante da análise, identificação e coleta de informações sobre os recursos
ambientais de uma região ou área de estudo.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL - Conjunto de regulamentos jurídicos desti-
nados especificamente às atividades que afetam a qualidade do meio am-
biente.
LICENÇA AMBIENTAL- “Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle am-
biental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurí-
dica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades
utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental” (Resolução CONAMA n° 237, de 19/12/1997).
152M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) – Licença que “autoriza a instalação do
empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes
dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de con-
trole ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo deter-
minante”.
LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) – Licença que autoriza a operação da
atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento
do que consta das licenças anteriores. As licenças ambientais poderão ser ex-
pedidas, isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características
e fase do empreendimento ou atividade.
Na fase de LO, é feita vistoria ao empreendimento para verificar se os pro-
jetos de controle ambiental foram implantados, conforme aprovados na fase
anterior, se estão de acordo com a legislação ambiental vigente e com os
estudos ambientais.
LICENÇA PRÉVIA (LP) – Licença “concedida na fase preliminar do pla-
nejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e
concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos
básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua imple-
mentação”.
153
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
LICENCIAMENTO AMBIENTAL – Procedimento administrativo pelo
qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, amplia-
ção e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou daquelas
que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
LICENCIAMENTO CORRETIVO - Procedimento corretivo utilizado para
os empreendimentos instalados anteriormente à legislação ambiental, ou que
estejam em desacordo com a legislação ambiental.
MEIO AMBIENTE- Conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas
as suas formas.
(Lei Federal nº 6.938, de 31/08/1981, que dispõe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente).
OUVIDORIA AMBIENTAL- Sistema utilizado pelos órgãos ambientais
com o objetivo de receber, tramitar e encaminhar sugestões, reclamações,
denúncias e propostas enviadas à instituição, fornecendo ao interessado
informações sobre os encaminhamentos e soluções dados às questões
demandadas.
154M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
PASSIVO AMBIENTAL- Diz-se dos custos e responsabilidades, referentes às
atividades de adequação de um empreendimento potencialmente poluidor
aos requisitos da legislação ambiental e à compensação por danos ambientais
causados a terceiros.
PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO- é o “conjunto de elementos bióticos e
abióticos, socioeconômicos e histórico-culturais, subterrâneos ou superficiais,
representados pelas cavidades naturais subterrâneas ou a estas associados –
Decreto Federal n° 99.556, de 01/10/1990, que dispõe sobre a proteção das
cavidades naturais subterrâneas existentes no território nacional.
PERÍCIA AMBIENTAL- é a perícia realizada para elucidar aspectos ambien-
tais, com o objetivo de avaliar circunstâncias e relações de responsabilidade
e de causa-efeito, além de analisar o nível de comprometimento dos recursos
ambientais e da qualidade ambiental.
PESQUISA MINERAL- “Execução dos trabalhos necessários à definição da
jazida e à avaliação e determinação da exeqüibilidade do seu aproveitamento
econômico” (Decreto-Lei nº 227, de 22/02/1967).
PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA) - É um dos documentos
técnicos necessários ao Licenciamento Ambiental: é exigido pela Resolução
CONAMA N° 09, DE 06/12/1990, para concessão de Licença Ambiental.
O Plano de Controle Ambiental deve propor as medidas mitigadoras para os
impactos ambientais, visando solucionar os problemas detectados.
155
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE
(PGRSS) - Documento integrante do processo de Licenciamento Ambien-
tal, baseado nos princípios da não-geração de resíduos e na minimização da
geração de resíduos que, de acordo com a Resolução CONAMA nº 358,
de 29/04/2005, disciplina as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos
serviços de saúde, contemplando os aspectos referentes à geração, segrega-
ção, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, tra-
tamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio
ambiente.
PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) -
Documento técnico necessário ao Licenciamento Ambiental das atividades
minera0rias; prevê a recuperação de áreas degradadas e o seu uso futuro. O
dever de recuperar o meio ambiente degradado pela exploração de recursos
minerais foi instituído pela Constituição Federal, de 1998, em seu Art. 225,
&2º.
POLUENTE – Qualquer substância ou energia que, lançada para o meio,
interfere com o funcionamento de parte ou de todo ecossistema.
156M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
POLUIÇÃO – Segundo a Lei no 6.938 – Política Nacional do Meio Am-
biente, poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de ativi-
dades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e
o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais
e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições
estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em
desacordo com os padrões ambientais.
POLUIDOR - a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, res-
ponsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação
ambiental.
RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL (RCA)- é um documento
técnico, necessário ao licenciamento ambiental e, deve ser elaborado de acor-
do com as diretrizes dos órgãos ambientais.
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL
(RADA) - Documento apresentado ao órgão ambiental do Estado de Minas
Gerais para a renovação da licença de operação (LO), que tem prazo de va-
lidade de acordo com a classificação do empreendimento quanto ao porte e
potencial poluidor.
157
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
RESERVA BIOLÓGICA – Categoria de Unidade de Conservação que per-
tence ao grupo das Unidades de Proteção Integral e “tem como objetivo a
preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus
limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais.” É de
posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas aos seus
limites são desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.
RESERVA LEGAL – Diz-se do percentual da propriedade, que apresenta
restrições de uso, com o objetivo de manter as características da área, a di-
versidade biológica e o patrimônio genético.
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN) – Ca-
tegoria de Unidade de Conservação que faz parte das unidades de uso sus-
tentável e “é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo
de conservar a diversidade biológica” (Lei Federal nº 9.985, de 18/07/2000).
RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSSS) – “São todos
aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços de saúde que, por
suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo,
exigindo, ou não, tratamento prévio à sua disposição final”. (Resolução CO-
NAMA nº 358, de 20/04/2005).
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – São os resíduos gerados nas atividades
urbanas de origem domiciliar, comercial, hospitalar, industrial e de limpeza
das ruas e praças (lixo público).
158M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
M e i o a M b i e n t e
SUSTENTABILIDADE – Termo utilizado para designar o resultado do equi-
líbrio entre as dimensões ambiental, econômica e social nos empreendimen-
tos humanos. De acordo com a ONU - Organização das Nações Unidas,
a vida é sustentável quando é possível dispor de no mínimo 1 mil m³ por
habitante/ano.
USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM – Usina que promove a se-
paração do lixo e realiza a compostagem das frações orgânicas dos resíduos
sólidos. É uma instalação dotada de pátio de compostagem e do conjunto de
equipamentos destinados a promover e auxiliar o tratamento.
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – Expressão utilizada em planejamento
territorial para designar a forma e o processo de utilização do solo e o modo
de assentamento.
USO SUSTENTÁVEL – Exploração do ambiente, de forma socialmente
justa e economicamente viável, de maneira a garantir a perenidade dos re-
cursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos e, a manutenção da
biodiversidade.
VALORAÇÃO AMBIENTAL – Atribuição de valores monetários aos Ativos
e Passivos Ambientais.
159
A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s
ZONA DE AMORTECIMENTO – Diz-se do entorno de uma Unidade de
Conservação, onde as atividades antrópicas estão sujeitas a normas e restri-
ções específicas, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais nega-
tivos incidentes na Unidade de Conservação.
ZONA DE USO ESTRITAMENTE INDUSTRIAL (ZEI) – Área que se des-
tina, preferencialmente, à localização de empreendimentos industriais cujos
resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações e radiações
possam causar perigo a saúde, ao bem-estar e à segurança das populações.
(Lei Federal nº 6.803, de 02/07/1980).
ZONEAMENTO AMBIENTAL - Integração sistemática e interdisciplinar
da análise ambiental ao planejamento dos usos do solo, com o objetivo de
definir a melhor gestão dos recursos ambientais identificados.
ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO (ZEE) – É o zoneamento
que, na área de proteção ambiental, estabelece as normas de uso, de acordo
com as condições locais bióticas, geológicas, urbanísticas, agro-pastoris, extra-
tivistas, culturais e outras... (Resolução CONAMA nº 010, de 14/12/1988).
160M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l
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