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2017 – Associação Mineira de Municípios -AMMTodos os direitos reservados à Associação Mineira de Municípios

Presidente da Associaçào Mineira de MunicípiosAntônio Carlos Doorgal de andrada

Superintendência da AMM Gustavo Costa Nassif

CoordenaçãoGustavo Costa Nassif

OrganizaçãoVivian do Carmo Bellezzia

Colaboração Licinio Xavier

EstagiárioFelipe de Freitas Antunes

Projeto Gráfico e DiagramaçãoAlexandre Medeiros / Fábio Junio dos SantosRodney Arôuca / Simão Pedro

Associação Mineira de Municípios - Av. Raja Gabáglia, 385, Cidade Jardim

Belo Horizonte - MG

CEP: 30380-103 - Tel.: (31) 2125-2400

Manual de Orientações em Meio Ambiente ao Gestor Municipal é uma

publicação editada pela Associação Mineira de Municípios.

ISBN : 978-85-93293-12-2

2ª edição

ISBN BOX: 978-85-93293-03-0

Tiragem: 1500 exemplares

Distribuição gratuita Permitida a reprodução parcial ou total desta obra

desde que citada a fonte.

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S u m á r i o

PALAVRA DO PRESIDENTE ................................................................. 9

APRESENTAÇÃO ................................................................................ 10

NOTA DA ORGANIZADORA ............................................................ 12

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ................................................................ 13

Principais instrumentos normativos federais ....................................... 13

Legislação ambiental federal básica .................................................... 25

Legislação ambiental federal básica .................................................... 36

FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL ............................................................ 40

Autuação e autos de infração ............................................................. 42

Atribuição de fiscalizar dos municípios .............................................. 43

REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL ....................................................... 45

Legislação e regramento estadual ....................................................... 45

Tipos de regularização ambiental em minas gerais ............................. 46

Autorização Ambiental de Funcionamento – AAF ............................. 49

O Licenciamento Ambiental ............................................................. 51

Etapas do Licenciamento Ambiental .................................................. 53

Infrações ............................................................................................ 57

Competência para Licenciar .............................................................. 58

Lei Complementar 140 de 2011 ........................................................ 58

O Licenciamento Municipal ............................................................. 59

Municipalização da gestão ambiental – desafios impostos pela lei 21.972/2016 ...................................................................................... 62

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Competência da Fiscalização dos Empreendimentos Licenciados ..... 65

Relação das SUPRAM´s e respectivos municípios de abrangência ...... 69

SANEAMENTO BÁSICO .................................................................... 82

Resumo do saneamento numa pespectiva federal: .............................. 85

Plano Municipal de Saneamento Básico ............................................. 87

Evolução dos prazos para elaboração do Plano Municipal

de Saneamento Básico ........................................................................ 89

Principais dúvidas que podem surgir sobre o PMSB20: ........................ 90

Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei Federal 12.305/2010 ...... 94

Obrigações do Gestor Municipal frente à Política Nacional

de Resíduos Sólidos: ........................................................................... 97

Resíduos sólidos urbanos (RSU) em minas gerais25 ............................ 99

Situação dos Municípios Mineiros hoje: ........................................... 100

Coleta seletiva – apoio aos municípios: ............................................ 102

Coleta seletiva – Deliberação normativa 172 de 22/12/2011. .......... 102

Bolsa reciclagem – Lei 19. 823 de 21/11/2011 ................................. 104

ICMS ecológico – Lei 18 030 de 12/01/2009 .................................. 105

O ICMS ecológico em Minas Gerais ................................................. 107

Bolsa verde – Decreto 45 113 de 05/06/200928 .............................. 113

LEI FLORESTAL MINEIRA ................................................................ 116

RECURSOS HÍDRICOS ..................................................................... 118

Planejamento Federal e Estadual ...................................................... 119

Planos Estaduais de Recursos Hídricos no Estado de Minas Gerais .. 120

O Papel dos Municípios na Gestão dos Recursos Hídricos ............... 125

RECURSOS MINERAIS...................................................................... 128

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O que deve visar o gestor municipal ............................................... 129

Legislação Mineraria de Interesse dos Municípios ........................... 129

Compensação Financeira pela Exploração

de Recursos Minerais - CFEM .......................................................... 130

EMERGÊNCIA AMBIENTAL E EVENTOS CRÍTICOS .................... 132

FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTOS ............................ 134

SITES E ENDEREÇOS DE INTERESSE ............................................ 135

GLOSSÁRIO ....................................................................................... 143

BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 162

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PA L AV R A D O P R E S I D E N T E

A Associação Mineira de Municípios, no desempenho de suas funções institucionais

alinhadas com o exercício de seu papel pedagógico de bem orientar os Prefeitos e

Prefeitas Mineiros, primando pelo fortalecimento do municipalismo e contribuindo

para gestões municipais de resultado, edita a 2ª Edição do Manuais de Gestão Pública:

Orientações ao Gestor Municipal.

Com o objetivo de consolidar de forma prática e simplificada o box dispõe de 13

cartilhas nas áreas de Assistência social, esporte, jurídico, direitos humanos, captação

de recursos e convênios, cerimonial, eventos e comunicação, contábil, economia,

meio ambiente, marco regulatório, educação e saúde. Áreas de indiscutível interesse

para a gestão municipal.

A expectativa é que os agentes políticos e gestores desfrutem de um material de fácil

leitura e disponham de uma fonte de orientações segura e rápida. Almeja-se, ainda,

colaborar de forma efetiva para que os compromissos assumidos perante a sociedade,

pelos gestores eleitos, possam se concretizar.

Não há qualquer pretensão de se esgotar os detalhes acerca das matérias tratadas,

todavia a AMM entende que a observância aos aspectos aqui abordados, ao lado de

estudos e pesquisas poderá propiciar mais realização, em decorrência de uma gestão

cada vez mais responsável no trato da coisa pública.

Colocamos o conhecimento técnico da AMM, acumulado ao longo dos 66 anos

de existência da instituição, à disposição dos gestores mineiros, na perspectiva

de contribuir para uma administração pública fundamentada nos princípios

constitucionais e tendo como objetivo o desenvolvimento de políticas públicas

efetivas, capazes de se constituírem em instrumentos hábeis à promoção da cidadania.

Antônio Carlos Doorgal de Andrada Presidente da Associação Mineira de Municípios

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A P R E S E N TAÇÃO

Caro Leitor

A Associação Mineira de Municípios – AMM elaborou para o gestor público, nas diversas áreas de sua atuação, um manual básico de orientações a fim de auxiliá-lo em sua lida cotidiana na Administração Pública municipal.

Aprimorar a qualidade da gestão tornou-se um desafio permanente do servidor público. A Constituição Federal reservou um capítulo especial à Administração Pública. E as melhores práticas em gestão governamental se fundam essencialmente na ética, no conhecimento e na conjugação de habilidades profissionais com o amadurecimento democrático.

O presente manual possui um conteúdo específico e irá contribuir com elementos básicos relativos à presente área para a qual fora desenvolvido. No seu contexto o leitor terá a oportunidade de identificar as suas necessidades em relação a este importante tema e, portanto, usá-lo como guia para o exercício de suas atividades.

Superar as dificuldades é um imperativo, e para isso, temos que inovar, elaborar boas práticas, vencer a burocracia e partir em direção a uma Administração Pública zelosa e tecnicamente bem aparelhada.

É por meio do conhecimento que procuramos estimulá-lo a perceber melhor seu município, bem como a sua área de atuação no âmbito da Administração. Ressaltamos a necessidade de criar um ambiente de confiança; construir relações de respeito e boa convivência, identificando as virtudes, bem como as dificuldades que permeiam a vossa atividade.

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Por fim, resta esclarecer que precisamos ter uma visão integral de todas as áreas da Administração Pública, por serem absolutamente interdependentes. Assim, estamos convictos de que esta Cartilha: Manual de Orientações em Meio Ambiente ao Gestor Municipal, será de grande importância para todos os que nela se inspirarem.

Em tempos de instabilidades, esperamos encontrar luz no conhecimento para a (re)construção por vir........ . (Re)construção do homem, do pensamento, da moral, dos costumes, do lar, do caráter..........

Assim, (Re)construir é o brado que nos compete.

Boa Leitura

Gustavo Costa Nassif Superintendente da AMM

Doutor e Mestre em Direito Público, Professor Universitário e Advogado

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N OTA DAO R GA N I Z A D O R A

Caro Leitor,

Tendo como norte o aperfeiçoamento da gestão ambiental nos municípios mineiros e desenvolvimento sustentável elaboramos a presente cartilha. O texto contém uma síntese das principais diretrizes e aspectos práticos da atuação do gestor municipal na área de meio ambiente. Em onze capítulos, bastante sintéticos, apresentamos e destacamos temas como; Regularização Ambiental, Saneamento Básico, Lei Florestal Mineira, Recursos Hídricos, Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM, Emergências Ambientais, dentre outros. Para a elaboração do texto nos pau-tamos no conhecimento adquirido na Coordenação das Áreas Técnicas da AMM, trabalhando lado a lado com os técnicos e gestores municipais, bem como nas mais diversas fontes de consulta, principalmente, nos inúmeros guias editados pelos Órgãos Estaduais de Saúde, Tribunais de Contas do Es-tado, Manuais de Direito Administrativo e Informativos Jurisprudenciais. Nosso objetivo foi o de condensar em um único manual, de forma sintética e resumida, os temas de maior incidência e relevância para a gestão pública municipal na pasta de meio ambiente. Esperamos que as orientações aqui compiladas sirvam de suporte aos Gestores Municipais Mineiros e fortaleci-mento da causa municipalista.

Desejamos a todos uma boa leitura!

Vivian do Carmo Bellezzia

Vivian do Carmo Bellezia

Advogada. Especialista em Direito Público. Mestranda em Direito Ambiental.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

A legislação ambiental brasileira é vasta, complexa e dispersa em vários ins-trumentos normativos. Não obstante, seu conhecimento é de fundamental importância para a proteção do meio ambiente e cumprimento das obri-gações impostas ao gestor no âmbito da administração pública municipal. A literatura sobre proteção ambiental é muito abrangente versando sobre os mais variados temas ambientais. Por isso, esse primeiro capítulo objetiva apresentar ao gestor um apanhado geral da legislação ambiental brasileira, bem como o encadeamento cronológico de sua evolução ao longo dos anos.

Os primeiros instrumentos legais relativos às questões ambientais que se tem notícia no Brasil datam da época do Brasil colônia (1845-1822) época em que as Ordenações Manuelinas regulavam a atividade extrativista, a caça e a pesca, sempre visando resguardar os interesses da coroa portuguesa. 1

Logo em seguida, no período do Primeiro e Segundo Império e também du-rante a República Velha (1822 a 1930), o processo de ocupação do território nacional deu origem a primeira Lei de Terras do Brasil que visava proteger a propriedade particular e a demarcação de terras ocupadas e devolutas.

A partir da década de 30 começam a surgir as primeiras legislações que visa-vam, de alguma forma, disciplinar o uso dos recursos naturais no país. 2

1 . L E G I S L AÇÃO A M B I E N TA L P R I N C I PA I S I N S T R u M E N TO S N O R M AT I VO S f E D E R A I S

1 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 14. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf

2 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 16. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf

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12M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Entre as décadas de 40 e 60, no período Pós Guerra, quando as palavras de ordem eram “crescimento econômico e desenvolvimento” a proteção do meio ambiente caracterizou-se pela administração dos recursos naturais por meio de órgãos públicos dedicados tanto ao uso quanto a proteção dos re-cursos naturais. Ou seja, a proteção do meio ambiente não era o carro chefe dos órgãos ambientais aquela época3.

No Brasil dos anos 60, época da ditadura militar, e do milagre econômico, para atender às exigências internacionais, foram editados, dentre outros, os seguintes instrumentos legislativos:

Quadro 1: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf

3 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 16. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf

Data Leg i s l ação Obje to

1934 Cód igo da s Águas ( a inda v i gen -te )

Es t abe l ece o s p r inc íp io s do aprove i t a -mento e u t i l i z ação da s água s de domín io púb l i co c r i ando d i r e i to s e obr i gaçõe s ao s u suá r io s.

1934 Cód igo F lo re s t a l ( subs t i tu ido em 1965 pe l a Le i n o 4 .771)

Di sc ip l inava a exp lo ração comerc i a l de f l o re s t a s.

1937 Dec. Le i n o 25 Cr i ação do SPHAN - Se rv i ço de P ro te -ção ao Pa t r imôn io Hi s tó r i co, Ar t í s t i co e Natura l (ho je IPHAN)

1937 a 1939 Cr i ação dos P r ime i ro s Pa rques Natura i s

Pa rque Nac iona l de I t a t i a i a , Pa rque Na-c iona l de Foz de I guaçu , e Pa rque Na-c iona l da Se r ra do s Órgãos.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Data Leg i s l ação Obje to

1962 Le i n o 4132/62 Prevê o s ca so s de de sapropr i ação por in te re s se so -c i a l pa ra p romover a ju s t a d i s t r ibu i ção da p ropr i e -dade ou cond ic iona r o s eu u so ao bem e s t a r soc i a l

1964 Es ta tu to da Ter ra - Le i Fede ra l n o 4504 de 30/11/1964

In t roduz o conce i to de “ função soc i a l da p ropr i e -dade ” .

1965 Cód igo F lo re s t a l - Le i Fede ra l n º 4771/65 ( subs -t i tu i o Cód . F lo re s t a l de 34)

Enfa t i za o ca rá te r ambien ta l de p ro teção dos r ecur so s na tu ra i s em de t r imento do conce i to de r e se rva dos mesmos pa ra u so fu tu ro, an te s u t i l i z a -do. In t roduz a s p r ime i ra s noçõe s de func iona l ida -de dos r ecur so s f l o re s t a i s pa ra p ro teção da f auna a s soc i ada e do s r ecur so s h íd r i co s. Cr i a a s APP ´ s – Área s de P re se rvação Pe rmanente ( a r t s. 2 º e 3 º ) e a s RLO´s – Rese rva s Lega i s Obr i ga tó r i a s13 ( a r t .16) . P revê a c r i a ção de Pa rques ; Re se rva s B io -lóg i ca s e F lo re s t a s Nac iona i s ( a r t . 5 º ) . Dete rmina que a exp lo ração de f l o re s t a s deva s e r s empre p re -v i amente au to r i zada pe lo IBAMA que obse rva rá t écn i ca s de aba te, r epos i ção f l o re s t a l e mane jo ; e que a t i v idade s vo l t ada s a exp lo ração indus t r i a l de maté r i a p r ima f l o re s t a l mantenham sua s p rópr i a s f l o re s t a s de fo rma equ iva l en te à sua s nece s s idade s de consumo. (a r t s.19 ,20 e 21)

1966 Decre to 58 .054/66 Promulga a Convenção pa ra a p ro teção da f l o ra , f auna e da s be l eza s cên i ca s na tu ra i s do s pa í s e s da Amér i ca , a s s inada pe lo Bra s i l , a 27/02/40 ( aprova -da pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 3 /48) .

1966 Decre to 59 .308/66 Promulga o Acordo Bá s i co de As s i s t ênc i a Técn i ca com a Organ ização da s Nações Un ida s, sua s agên -c i a s e spec i a l i z ada s e a Agênc i a In te rnac iona l de Energ i a Atômica ( aprovado pe lo Decre to Leg i s l a -t i vo 11/66) .

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14M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Durante a década de 70 o Brasil seguia em ritmo de expansão do crescimen-

to econômico e industrialização. Nesse contexto, a produção legislativa, tam-

bém por influência dos organismos internacionais, resultou em leis voltadas

para o controle da poluição4:

Data Leg i s l ação Obje to

1967 Le i de P ro teção à Fauna S i l ve s t r e - Le i n º 5197/67

Es tabe l ece que o s an ima i s de qua i squer e spéc i e s, em qua lquer f a se do s eu de senvo lv imento e que v i vem na tura lmente fo ra do ca t i ve i ro, cons t i -tu indo a f auna s i l ve s t r e, bem como seus n inhos, ab r i go s e c r i adouro s na tu ra i s s ão p ropr i edades do Es t ado, s endo p ro ib ida a sua u t i l i z ação, pe r segu i -ção, de s t ru i ção, c aça ou apanha ( a r t . 1 º ) ; e que nenhuma e spéc i e poderá s e r i n t roduz ida no Pa í s, s em pa rece r t écn i co o f i c i a l f avo ráve l e s em l i cen -ça exped ida na fo rma da l e i ( a r t . 4 º ) .

1967 Cód igo de Mina s - Dec re -to -Le i n º 227/67

Impõe cond içõe s pa ra a ou to rga do d i r e i to à pe s -qu i s a ou l av ra dos bens mine ra i s, c l a s s i f i c ando-o s.

1967 Cód igo de Pe sca - Dec re -to - l e i 221/67

Di spõe sobre a p ro teção e e s t ímu lo à pe sca ; .

Quadro 2: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf

4 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 18. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Data Leg i s l ação Obje to

1975 Dec Le i n º 1413/75 In s t i tu i a ob r i gação da s indús t r i a s ado ta rem med ida s p re -ven t i va s e co r re t i va s.

1975 Dec Le i n º 76 .389/75 Prev i a a obr i gação da s indús t r i a s ado ta rem med ida s p re -ven t i va s e co r re t i va s na s á rea s c r í t i c a s de po lu i ção : Re -g i ão Met ropo l i t ana de SP, Rec i f e, R io, Sa l vador, Be lo Hor i zonte, Po r to A leg re, Cur i t iba , Reg iõe s de Cuba tão e Vo l t a Redonda , Bac i a s do Méd io e Ba ixo Tie tê , Pa ra íba do Su l , e R io s Jacu í - Gua íba .

1977 Decre to Fede ra l n º 81 .207

Dec l a ra de Segurança Nac iona l o con t ro l e ambien ta l da s a t i v idade s púb l i c a s e p r i vada s vo l t ada s à i ndús t r i a de a r-mamentos.

1980 Cr i ação do CEEIBH Comi tê Espec i a l do s e s tudos In teg rados de Bac i a s H id ro -g rá f i c a s e de s eus subcomi tê s t a i s como o da Bac i a do São Franc i s co e da Bac i a do Pa ra íba do Su l .

1981 1981 LEI FEDERAL Nº 6 .938 que in s t i tu iu a PNMA

POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE (a l t e rada pe l a s l e i s n º 7804/89 e 8028/90 e r egu l amentada pe lo Dec. n º 99 .274/90) que s e cons t i tu í num impor tan te “d i -v i so r de água s ” da l eg i s l a ção ambien ta l nac iona l .

Quadro 3: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf

Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Po-

lítica Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as

políticas públicas de meio ambiente a serem desenvolvidas pelos entes fede-

rativos. A partir da PNMA criou-se o Sistema Nacional do Meio Ambiente

(SISNAMA), mecanismo que envolve os três níveis da federação e tem por

objetivo dar concretude à Política Nacional do Meio Ambiente.

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16M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Pois bem, desde meados da década de 80 até os dias atuais a legislação am-

biental brasileira vem sendo complementada e aperfeiçoada sendo hoje con-

siderada uma das mais completas legislações ambientais do mundo. Hoje a

legislação é construída visando, sobretudo, o desenvolvimento sustentável.

Data Leg i s l ação Obje to

1981 Le i n º 6902/81 Regu lamenta a s APA’s e E s t açõe s Eco lóg i ca s ;

1982 Decre to n º 87 .566/82 Promulga o t ex to da Convenção sobre P reven-ção da Po lu i ção Mar inha por A l i j amento de Re -s íduos e Out ra s Maté r i a s, conc lu ído em Londre s

1985 Le i n º 7347/85 - conhec ida como Le i de In te re s se s D i -fu so s e Co le t i vo s

In s t i tu iu a Ação C iv i l Púb l i c a dando l eg i t imida -de a t i va ao s Min i s t é r io s Púb l i co s, ao s Pa r t ido s Po l í t i co s e à s As soc i açõe s l ega lmente cons t i tu -ída s, pa ra p ropugnarem em ju í zo pe l a p re se r-vação e p ro teção do pa t r imôn io púb l i co ( am-b ien ta l , h i s tó r i co e a r t í s t i co ) , r e t i rando, pe l a p r ime i ra vez , da s mãos exc lu s i va s do Es t ado a pos s ib i l i dade da de fe sa ambien ta l ;

1986 Reso lução 001 do CONO-MA (complementada pe l a 011/86)

Di spôs sobre o s E s tudos de Impac to Ambien ta l - E IA ` s e r e spec t i vo s Re l a tó r io s de Impac to do Me io Ambien te - R IMA`s e s t abe l ecendo c r i t é -r i o s e d i r e t r i ze s ge ra i s pa ra sua e l aboração ;

1986 Reso lução 020 do CONA-MA

Estabe l eceu a c l a s s i f i c ação da s água s doce s, s a lobra s e s a l ina s do t e r r i tó r io nac iona l . E s t abe -l ece c r i t é r io s, l im i te s e cond içõe s pa ra a c l a s s i -f i c ação e enquadramento dos co rpos h íd r i co s de aco rdo com seu u so p reponderan te ; e a s c l a s s e s de s t inada s a p re se rvação do equ i l í b r io na tu ra l e p ro teção da s comunidades aquá t i ca s ( a r t . 1 º ) .

Quadro 4: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal o Meio Ambiente ad-

quiriu proteção constitucional. O art. 225 garante a todos um meio ambien-

te ecologicamente equilibrado, atribuindo-lhe status de bem de uso comum

do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e

à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras

gerações5. Em seguida, mais legislações foram criadas:

Data Leg i s l ação Obje to

1988 Le i n º 7661/88 - PNGC Plano Nac iona l de Gerenc i amento Cos te i ro dando d i r e t r i ze s pa ra imp lementação de múl t ip lo s u so s de sde que a s s egurada a p ro teção ambien ta l ( l i v r e ace s so à s p ra i a s e ao mar )

1988 Decre to 96 .944/88 Cr i a o P rog rama de Defe sa do Complexo de Ecos -s i s t emas da Amazôn ia Lega l ( a l t e rado pe lo Decre -to 97 .636/89) .

1989 Le i n º 7802/89 Regu lamenta de sde a pe squ i s a e f ab r i cação dos ag ro tóx i co s, a t é sua comerc i a l i z ação, d i s t r ibu i ção, u so, e de s t ino f ina l da s emba lagens, ob r i gando seu r eg i s t ro nos Min i s t é r io s da Agr i cu l tu ra ; Saúde e Me io Ambien te.

Quadro 5: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf

5 WINTHER, João Roberto Cilento. Evolução histórica da Legislação ambiental brasileira. In: Parecer Técnico Jurídico sobre a PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental. Novembro/2012, p. 19. Disponível em: www.portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/ ealegal.pdf

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18M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Em seguida, em meados de 1989, foram promulgadas as Constituições Esta-

duais que na sua grande maioria estabeleceram artigos ou capítulos inteiros

dedicados à proteção ambiental. A Constituição do Estado de Minas Gerais foi

promulgada em 21 de Setembro de 1989 e assim como as demais, abordou o

meio ambiente dentro dos aspectos previstos na Constituição Federal, guardan-

do assim compatibilidade vertical constitucional, já que dispõe de competência

legislativa concorrente e supletiva em matéria ambiental. Na década de 1990

foram editadas:

Data Leg i s l ação Obje to

1989 Reso lução CONAMA 005/89

In s t i tu i o P rog rama Nac iona l de Cont ro l e da Po lu i ção do Ar. E s te p rog rama é um dos in s t ru -mento s bá s i co s da ge s t ão ambien ta l pa ra p ro te -ção da s aúde e me lhor i a da qua l idade de v ida , pe l a l im i t ação dos n íve i s de emi s s ão de po luen-te s por fon te s de po lu i ção a tmos fé r i c a .

1990 Reso lução CONAMA 002/90

In s t i tu i o P rog rama Nac iona l de Educação e Cont ro l e da Po lu i ção Sonora “S ILÊNCIO” . E s t abe l ece que e s t e p rog rama se rá coordenado pe lo IBAMA.

1990 Reso lução CONAMA 003/90 -

Es t abe l ece padrõe s de qua l idade do a r, p rev i s -to s no PRONAR e s t abe l ec ido pe l a Reso lução CONAMA 005/89 ( r evoga a Por t a r i a MINTER 231/76) . E s t abe l ece o s padrõe s de qua l idade do a r, o s métodos de amos t ragem e aná l i s e do s po luente s a tmos fé r i co s e o s n í ve i s de qua l idade do a r pa ra e l aboração do P l ano de Emergênc i a pa ra Ep i sód io s Cr í t i co s de Po lu i ção do Ar.

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19

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Data Leg i s l ação Obje to

1990 Reso lução CONAMA 008/90

Es tabe l ece o s l im i te s máx imos de emi s s ão de po luente s do a r pa ra p roce s so s de combus tão ex te rna , p rev i s to s no PRONAR e s t abe l ec ido pe l a Reso lução CONAMA 005/89 . E s t abe l ece o s padrõe s de emi s s ão pa ra fon te s nova s f i xa s de po lu i ção com potênc i a s nomina i s to t a i s a t é 70 MW e super io re s.

1991 Decre to n º 8 /91 Promulga a Convenção sobre As s i s t ênc i a no ca so de Ac idente Nuc lea r ou Emergênc i a Ra -d io lóg i ca ( ap rovado pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 24/90) . E s t a convenção fo i ap rovada duran te a s e s s ão e spec i a l da Confe rênc i a Gera l da Agên-c i a In te rnac iona l de Energ i a Atômica , a s s inada em Viena , a 27/09/86 .

1991 Decre to n º 9 /91 Promulga a Convenção sobre p ronta no t i f i c ação de ac iden te nuc l ea r ( ap rovado pe lo Decre to Le -g i s l a t i vo 24/90) .

1993 Reso lução CONAMA nº 005/93

Def ine p roced imento s pa ra o ge renc i amento de r e s íduos só l ido s. Ap l i ca - s e ao s r e s íduos só l ido s ge rados nos por to s, ae ropor to s, t e rmina i s f e r ro -v i á r io s e rodov i á r io s e e s t abe l ec imento s p re s t a -dore s de s e rv i ço s de s aúde, mas pode s e r t am-bém ap l i c ada a g randes ge radore s de r e s íduos.

1993 Decre to n ° 750/93 Di spõe sobre o co r te, a exp lo ração e a supre s -s ão de vege tação p r imár i a ou nos e s t ág io s avan -çado e méd io de r egene ração da Mata At l ân t i ca , e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

1994 Decre to n º 1 .282/94 - r e -gu l amenta o s a r t . 15 , 19 , 20 e 21 da Le i n º 4 .771/65 ( a l t e rado pe lo Decre to n º 2 .788/98) .

Es t abe l ece a á rea cons ide rada como bac i a ama-zôn i ca e que a exp lo ração de sua s f l o re s t a s p r i -mi t i va s e dema i s fo rmas de vege tação a rbórea na tu ra l somente s e r á pe rmi t ida sob a fo rma de mane jo f l o re s t a l su s t en táve l ( a r t . 1 º e § 1 º ) .

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20M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Data Leg i s l ação Obje to

1995 Le i n º 8974/95 que d i spôs sobre Engenhar i a Gené t i ca

Regu lamentada pe lo s Decre to s n º 1520/95 e 1752/95 , a l e i e s t abe l ece normas pa ra o de sen -vo lv imento, cu l t i vo e man ipu lação de OGM’s – Organ i smos Genet i camente Mod i f i c ados a t é sua comerc i a l i z ação, consumo e l i be ração no me io ambien te.

1996 Le i n º 9394/96 conhec ida como Le i da s Di re t r i ze s e Ba se s da Educação Nac iona l

Es t abe l ece o s p r inc íp io s, f i n s, d i r e i to s e deve -re s do s e to r, o rgan izando a p re s t ação do en s ino

1997 A Le i n º 9433/97 – Po l í t i c a Nac iona l de Recur so s Híd r i -co s

Po l í t i c a Nac iona l de Recur so s Híd r i co s in s -t i tu iu o SNGRH S i s t ema Nac iona l de Geren -c i amento de Recur so s Híd r i co s com ba se num Conse lho Nac iona l e Comi tê s de Bac i a Hid ro -g rá f i c a .

1996 Decre to 1 .905/96 Promulga a Convenção sobre Zonas Úmida s de Impor tânc i a In te rnac iona l , e spec i a lmente como hab i t a t de ave s aquá t i ca s, conhec ida como Con-venção de Ramsa r, de 02/02/71 ( aprovado pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 33/92) .

1997 Decre to Leg i s l a t i vo 28/97 Aprova o t ex to da Convenção In te rnac iona l de Combate à Dese r t i f i c ação nos pa í s e s a f e t ados por de se r t i f i c ação e /ou s eca , a s s inada pe lo go -ve rno b ra s i l e i ro, em Pa r i s, em 15/10/94 .

1997 Decre to 2 .119/97 Di spõe sobre o P rog rama P i lo to pa ra a P ro teção da s F lo re s t a s Trop ica i s do Bra s i l e sobre a sua Comi s s ão de Coordenação ( r evoga o Decre to 31 563/92) . O prog rama t em por ob je t i vo a imp lan tação de um mode lo de de senvo lv imento su s ten táve l , cons t i tu indo- se de um con junto de p ro j e to s de execução in teg rada pe lo s gove rnos f ede ra l , e s t adua i s e mun ic ipa i s e a soc i edade c i v i l o rgan izada , com o apo io t écn i co e f inan -ce i ro da comunidade in te rnac iona l .

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21

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Data Leg i s l ação Obje to

1998 Le i n º 9605/98 - Le i de Cr imes Ambien ta i s – ( r e -gu l amentada pe lo Dec. 3179/99)

Prev iu s ançõe s admin i s t ra t i va s ; r ede senhou pe -na l idade s e t ip i f i cou como c r ime moda l idade s an te s t ida s como cont ravenção ou não p rev i s -t a s ; p rev iu t ambém a pe rda ou r e s t r i ç ão de incen t i vo s l ega i s / cont ra t ação com a admin i s t ra -ção púb l i c a / su spensão em l inha s de c réd i to.

1998 Decre to 2 .519/98 Promulga a Convenção sobre a Dive r s idade B io -lóg i ca , a s s inada no R io de Jane i ro, em 05/07/92 ( aprovada pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 2 /94) . E s t a convenção fo i d i s cu t ida duran te a Confe rênc i a da s Nações Un ida s sobre Me io Ambien te e De-senvo lv imento, r ea l i z ada no R io de Jane i ro de 05 a 14/06/92 .

1998 Decre to 2 .586/98 Promulga o Acordo sobre Cooperação em Ma-té r i a Ambien ta l , c e l eb rado en t re o Governo da Repúb l i ca Fede ra t i va do Bra s i l e o Governo da Repúb l i ca da Argent ina , em Buenos A i re s, em 09/04/96 ( aprovado pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 6 /97) .

1998 Decre to 2 .648/98 Promulga o p ro toco lo da Convenção de Segu-rança Nuc lea r, a s s inado em Viena , a 20/09/94 ( aprovado pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 4 /97) .

1998 Decre to 2 .652/98 Promulga a Convenção -Quadro da s Nações Un i -da s sobre Mudança do C l ima , ado tada em Nova Io rque, a 09/05/92 ( aprovada pe lo Decre to Leg i s l a t i vo 1 /94) .

1999 Decre to 2 .959/99 Di spõe sobre med ida s a s e rem implementada s na Amazôn ia Lega l , pa ra mon i to ramento, p re -venção, educação ambien ta l e combate a incên -d io s f l o re s t a i s ( r evoga o Decre to 2 .662/98) .

1999 Le i Nº 9 .795/99 que in s -t i tu iu a PNEA – Po l í t i c a Nac iona l de Educação Am-b ien ta l

Po l í t i c a Nac iona l de Educação Ambien ta l , de fo rma obr i ga tó r i a em todos o s n í ve i s de en s i -no. E s t a l e i , r egu l amenta a p rev i s ão f e i t a pe l a PNMA, em seu a r t i go 9 º , que cons ide rou a educação ambien ta l um in s t rumento da po l í t i c a ambien ta l e o p rev i s to no a r t i go 225 da Cons t i -tu i ção Federa l .

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M e i o a M b i e n t e

Data Leg i s l ação Obje to

2000 Le i n º 9 .984/00 Di spôs sobre a c r i a ção da Agênc i a Nac iona l de Água - ANA, en t idade f ede ra l de imp lementa -ção da Po l í t i c a Nac iona l de Recur so s Híd r i co s e de coordenação do S i s t ema Nac iona l de Geren -c i amento de Recur so s Híd r i co s.

2000 Le i n º 9985/00 - S i s t ema Nac iona l de Un idades de Conse rvação

In s t i tu iu o S i s t ema Nac iona l de Un idades de Conse rvação, r egu l amentando o a r t 225 , § 1 º , i nc i so s I , I I , I I I e VI I da Cons t i tu i ção Federa l .

2001 Le i n º 10 .257/01- E s t a tu to da C idade

In s t i tu iu o Es t a tu to da C idade, cond ic ionando seu c re sc imento ao bem e s t a r de s eus hab i t an -te s e d i s c ip l inando o e s tudo de impac to de v i -z inhança pa ra empreend imento s e s e rv i ço s que pos sam in te r f e r i r com o me io ambien te u rbano e com a s ad i a qua l idade de v ida .

Quadro 6: Adaptação de conteúdo extraído do texto “Evolução histórica da Legislação Ambiental Brasileira. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf

Nos últimos 10 anos a legislação ambiental federal continuou evoluindo e

as principais legislações que precisam ser conhecidas por todo e qualquer

gestor são:

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

L E G I S L AÇ ÃO A M B I E N TA L F E D E R A L B Á S I C A

Data Leg i s l ação Obje to

2005 Le i de B io s segurança - Le i n º 11 .105

Es t abe l eceu s i s t emas de f i s c a l i z ação sobre a s d i ve r s a s a t i v idade s que envo lvem organ i smos mod i f i c ados gene t i camente.

2006 Le i n º 11 .284/2006 - Le i de Ges tão de F lo re s t a s Púb l i -ca s

Normat i za o s i s t ema de ge s t ão f l o re s t a l em á rea s púb l i c a s e com a c r i a ção do ó rgão r egu l a -dor (Se rv i ço F lo re s t a l B ra s i l e i ro ) e do Fundo de Desenvo lv imento F lo re s t a l .

2007 Le i 11 .445/2007 - E s t abe -l ece a Po l í t i c a Nac iona l de Saneamento Bá s i co

Ver sa sobre todos o s s e to re s do s aneamento (d renagem urbana , aba s tec imento de água , e s -go tamento s an i t á r io e r e s íduos só l ido s ) .

2009 Med ida P rov i só r i a n º 458/2009

Es t abe l eceu nova s no rmas pa ra a r egu l a r i zação de t e r ra s púb l i c a s na r eg i ão da Amazôn ia .

2010 Le i 12 .305/2010 - In s t i -tu i a Po l í t i c a Nac iona l de Res íduos Só l ido s (PNRS) e a l t e ra a Le i 9 .605/1998

Es tabe l ece d i r e t r i ze s à ge s t ão in teg rada e ao ge renc i amento ambien ta l adequado dos r e s í -duos só l ido s. P ropõe r eg ra s pa ra o cumpr imen-to de s eus ob je t i vo s em ampl i tude nac iona l e i n te rp re t a a r e sponsab i l i dade como compar-t i lhada en t re gove rno, empre sa s e soc i edade. Na p rá t i c a , de f ine que todo r e s íduo deve rá s e r p roce s s ado apropr i adamente an te s da de s t ina -ção f ina l e que o in f ra to r e s t á su j e i to a pena s pa s s i va s, i nc lu s i ve, de p r i s ão.

2011 Le i Complementa r 140 – Cooperação en t re o s en te s f ede rados

F ixa normas, no s t e rmos dos inc i so s I I I , VI e VI I do caput e do pa rág ra fo ún i co do a r t . 23 da Cons t i tu i ção Federa l , pa ra a cooperação en t re a Un ião, o s E s t ados, o Di s t r i to Fede ra l e o s Mu-n i c íp io s na s açõe s admin i s t ra t i va s decor ren te s do exe rc í c io da competênc i a comum re l a t i va s à p ro teção da s pa i s agens na tu ra i s no táve i s, à p ro -t eção do me io ambien te, ao combate à po lu i ção em qua lquer de sua s fo rmas e à p re se rvação da s f l o re s t a s, da f auna e da f l o ra ; e a l t e ra a Le i n º 6 .938 , de 31 de ago s to de 1981 .

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24M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Data Leg i s l ação Obje to

2012 Le i 12 .651/2012 - Novo Cód igo F lo re s t a l B ra s i l e i ro

Revoga o Cód igo F lo re s t a l B ra s i l e i ro de 1965 e de f ine que a p ro teção do me io ambien te na tu -ra l é obr i gação do p ropr i e t á r io med ian te a ma-nutenção de e spaços p ro teg idos de p ropr i edade p r i vada , d i v id idos en t re Área de P re se rvação Pe rmanente (APP) e Rese rva Lega l (RL) .

2012 LEI Nº 12 .651 - Cada s t ro Ambien ta l Rura l .

D i spõe sobre a p ro teção da vege tação na t i va ; a l t e ra a s Le i s no s 6 .938 , de 31 de ago s to de 1981 , 9 .393 , de 19 de dezembro de 1996 , e 11 .428 , de 22 de dezembro de 2006 ; r evoga a s Le i s no s4 .771 , de 15 de s e tembro de 1965 , e 7 .754 , de 14 de ab r i l de 1989 , e a Med ida P ro -v i só r i a no 2 .166-67 , de 24 de ago s to de 2001 ; e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2012 LEI Nº 12 .651 Di spõe sobre a p ro teção da vege tação na t i va

2013 LEI Nº 12 .805 In s t i tu i a Po l í t i c a Nac iona l de In teg ração La -voura -Pecuá r i a -F lo re s t a e a l t e ra a Le i n º 8 .171 , de 17 de j ane i ro de 1991 .

2015 LEI Nº 13 .123 Regu lamenta o inc i so I I do § 1 º e o § 4 º do a r t . 225 da Cons t i tu i ção Federa l , o a r t i go 1 º , a a l í nea j do a r t i go 8 , a a l í nea c do a r t i go 10 , o a r t i go 15 e o s §§ 3 º e 4 º do a r t i go 16 da Con-venção sobre Dive r s idade B io lóg i ca , p romul -gada pe lo Decre to n º 2 .519 , de 16 de março de 1998 ; d i spõe sobre o ace s so ao pa t r imôn io gené t i co, sobre a p ro teção e o ace s so ao co -nhec imento t rad i c iona l a s soc i ado e sobre a r epa r t i ç ão de bene f í c io s pa ra conse rvação e u so su s ten táve l da b iod ive r s idade ; r evoga a Med i -da P rov i só r i a n º 2 .186-16 , de 23 de ago s to de 2001 ; e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2016 Le i 13 .312 Modi f i c a a Le i de Di re t r i ze s Nac iona i s do Sa -neamento Bá s i co (Le i 11 .445/2007)

Quadro 7: Material adaptado de conteúdo disponível em sites do governo federal e estadual. Disponível em: www.semad.mg.gov.br

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Como se pode perceber o Brasil possui hoje em termos de proteção ambien-

tal uma das legislações mais desenvolvidas e abrangentes do mundo. A legis-

lação ambiental, no entanto, precisa ser, cada dia mais, divulgada e demo-

cratizada para uma efetiva aplicação, principalmente no âmbito municipal.

Enfim, após conhecer a multiplicidade leis e normas federais que de algu-

ma forma versem sobre a proteção ambiental, é preciso ter em mente que

o desenvolvimento sustentável é meta de praticamente todos os países no

mundo. E o Brasil alinhado a essa grande meta assinou diversos tratados e

acordos internacionais se comprometendo a obedecer as determinações in-

ternacionais. Isso tudo porque o homem está cada dia mais ameaçado por

ele próprio. A natureza não suporta mais a busca desenfreada pelos bens de

consumo. As gerações futuras já estão ameaçadas.

Portanto gestor, faça a diferença durante seu mandato, ADOTE medidas que

permitam o desenvolvimento sustentável de seu município.

O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL MUNICIPAL pressupõe a

conjugação de 3 fatores que se entrelaçam: Crescimento econômico, Desen-

volvimento social e Proteção ambiental.

NÃO SE ESQUEÇA: A proteção e a recuperação ambiental são obrigações

legais. A Constituição Federal de 1988 contém um capítulo inteiro, por meio

do artigo 225, que estabelece o direito de todos ao meio ambiente ecologica-

mente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade

de vida, e impõe ao poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá-lo para as gerações presentes e futuras.

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26M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Nesse contexto, com vistas num trabalho que vise à co-responsabilidade do

Poder Público e da coletividade na preservação do meio ambiente, importan-

te ainda que todo aquele que se dispõe a trabalhar com temas afetos ao meio

ambiente no âmbito municipal conheça as principais regras que normatizam

as questões ambientais em âmbito estadual.

P R I N C I PA I S I N ST R u M E N TO S N O R M AT I VO S D O E S TA D O D E M I NA S G E R A I S

O gestor municipal deve ficar ainda atento as principais normas que regu-

lamentam as questões afetas ao meio ambiente no âmbito estadual. Veja

os principais regramentos e normas que precisam ser consultadas antes da

tomada de decisão pela administração:

Data Leg i s l ação Obje to

1978 LEI Nº 7 .302 - Le i do S i -l ênc io

Di spõe sobre a p ro teção cont ra a po lu i ção so -nora no Es t ado de Mina s Gera i s.

1980 LEI Nº 7 .772 Di spõe sobre a p ro teção, conse rvação e me lho-r i a do me io ambien te.

1993 LEI Nº 11 .258 - IEPHA-MG Reorgan iza o In s t i tu to Es t adua l do Pa t r imôn io Hi s tó r i co e Ar t í s t i co de Mina s Gera i s - IEPHA-MG - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

1994 LEI Nº 11 .720 - PESB Di spõe sobre a Po l í t i c a E s t adua l de Saneamen-to Bá s i co e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

1995 LEI Nº 11 .903 - SEMAD Cr ia a Sec re t a r i a de Es t ado de Me io Ambien te e Desenvo lv imento Sus ten táve l , a l t e ra a deno-minação da Sec re t a r i a de Es t ado de C iênc i a , Tecno log i a e Me io Ambien te e dá ou t ra s p rov i -dênc i a s.

1997 LEI Nº 12 .503- PECA Cr ia o P rog rama Es t adua l de Conse rvação da Água .

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Data Leg i s l ação Obje to

1997 LEI Nº 12 .581- SEMAD Dispõe sobre a o rgan ização da Sec re t a r i a de Es t ado de Me io Ambien te e Desenvo lv imento Sus ten táve l - SEMAD - e dá ou t ra s p rov idên-c i a s.

1997 LEI Nº 12 .582 - IEF Di spõe sobre a r eo rgan ização do In s t i tu to Es t a -dua l de F lo re s t a s - IEF - e dá ou t ra s p rov idên-c i a s.

1997 LEI Nº 12 .583 - FEAM Dispõe sobre a r eo rgan ização da Fundação Es -t adua l do Me io Ambien te - FEAM - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

1997 LEI Nº 12 .584 - IGAM Alte ra a denominação do Depar t amento de Recur so s Híd r i co s do Es t ado de Mina s Gera i s - DRH-MG - pa ra In s t i tu to Mine i ro de Ges tão da s Águas - IGAM - , d i spõe sobre sua r eo rgan i -zação e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

1997 LEI Nº 12 .596 Di spõe sobre a ocupação, o u so, o mane jo e a conse rvação do so lo ag r í co l a e dá ou t ra s p rov i -dênc i a s.

1998 LEI Nº 13 .047 Di spõe sobre o u so rac iona l do ce r rado na t i vo ou em e s t ág io s ecundár io de r egene ração.

1999 LEI Nº 13 .183 – APA do R io Uberaba

Di spõe sobre a c r i a ção da Área de P ro teção Ambien ta l da Bac i a Hid rog rá f i c a do R io Ube-raba - APA do R io Uberaba - e dá ou t ra s p rov i -dênc i a s.

1999 LEI Nº 13 .194 - FHIDRO Cr ia o Fundo de Recuperação, P ro teção e De-senvo lv imento Sus ten táve l da s Bac i a s H id rog rá -f i c a s do Es t ado de Mina s Gera i s - FHIDRO - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

1999 LEI Nº 13 .199 - PERH Dispõe sobre a Po l í t i c a E s t adua l de Recur so s Híd r i co s e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

1999 LEI Nº 13 .317 - CS Contém o Cód igo de Saúde do Es t ado de Mina s Gera i s.

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28M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Data Leg i s l ação Obje to

1999 LEI Nº 13 .373- APA do R io do Machado

Di spõe sobre a c r i a ção da Área de P ro teção Ambien ta l da Bac i a Hid rog rá f i c a do R io do Ma-chado - APA do R io do Machado - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

1999 LEI Nº 13 .393 Torna obr i ga tó r i a a pub l i c ação da r e l ação dos e s t abe l ec imento s mul t ados por po lu i ção e de -g radação ambien ta l .

2000 LEI Nº 13 .605 - Rode io Di spõe sobre a p romoção e a f i s c a l i z ação da de fe sa s an i t á r i a an ima l duran te a r ea l i z ação de rode io.

2000 LEI Nº 13 .766 – Co le t a Se l e t i va

Di spõe sobre a po l í t i c a e s t adua l de apo io e in -cen t i vo à co l e t a s e l e t i va de l i xo e a l t e ra d i spo -s i t i vo da Le i n º 12 .040 , de 28 de dezembro de 1995 , que d i spõe sobre a d i s t r ibu i ção da pa r-ce l a de r ece i t a do p roduto da a r r ecadação do ICMS per tencente ao s mun ic íp io s, de que t ra t a o inc i so I I do pa rág ra fo ún i co do a r t . 158 da Cons t i tu i ção Federa l .

2000 LEI Nº 13 .771 – Águas Sub-te r r ânea s

Di spõe sobre a admin i s t ração, a p ro teção e a conse rvação da s água s sub te r r ânea s de domín io do Es t ado e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2000 LEI Nº 13 .800 Di spõe sobre a s i l ha s f luv i a i s e l a cus t r e s de domín io e s t adua l .

2000 LEI Nº 13 .803- ICMS Dispõe sobre a d i s t r ibu i ção da pa rce l a da r ece i -t a do p roduto da a r r ecadação do ICMS per ten -cen te ao s Mun ic íp io s.

2001 LEI Nº 14 .089 Cr i a o P rog rama de Cer t i f i c ação Ambien ta l da P ropr i edade Agr í co l a e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2001 LEI Nº 14 .128 - PER Es tabe l ece cond ição pa ra a imp lan tação de un idades de d i spos i ção f ina l e de t ra t amento de r e s íduos só l ido s u rbanos.

2001 LEI Nº 14 .129 - UTRS Es tabe l ece cond ição pa ra a imp lan tação de un idades de d i spos i ção f ina l e de t ra t amento de r e s íduos só l ido s u rbanos.

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29

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Data Leg i s l ação Obje to

2002 LEI Nº 14 .181 - PPFF Di spõe sobre a po l í t i c a de p ro teção à f auna e à f l o ra aquá t i ca s e de de senvo lv imento da pe sca e da aqü icu l tu ra no Es t ado e dá ou t ra s p rov i -dênc i a s.

2002 LEI Nº 14 .309 - PF Di spõe sobre a s po l í t i c a s f l o re s t a l e de p ro te -ção à b iod ive r s idade no Es t ado.

2002 LEI Nº 14 .324 Cr i a o S i s t ema Es t adua l de Cer t i f i c ação de Qua l idade Ambien ta l pa ra bens e p roduto s in -dus t r i a l i z ados e ag r í co l a s.

2002 LEI Nº 14 .353 Di spõe sobre a s ina l i z ação em loca i s de in te re s -s e eco lóg i co ou de eco tur i smo no Es t ado.

2003 LEI Nº 14 .940 - CTAPP Ins t i tu i o Cadas t ro Técn i co Es t adua l de At iv i -dade s Po tenc i a lmente Po lu idora s ou Ut i l i z ado -ra s de Recur so s Ambien ta i s e a Taxa de Cont ro -l e e F i s ca l i z ação Ambien ta l do Es t ado de Mina s Gera i s TFAMG e dá out ra s p rov idênc i a s.

2003 LEI DELEGADA Nº 62 Di spõe sobre a Sec re t a r i a de Es t ado de Me io Ambien te e Desenvo lv imento Sus ten táve l e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2004 LEI Nº 14 .968 Di spõe sobre a po l í t i c a e s t adua l pa ra a p romo-ção do u so de s i s t emas o rgân i co s de p rodução vege ta l e an ima l e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2004 LEI Nº 15 .027- RPRA Ins t i tu i a Re se rva Pa r t i cu l a r de Recompos i ção Ambien ta l - RPRA, a l t e ra o s a r t s. 17 e 52 da Le i n º 14 .309 , de 19 de junho de 2002 , e o Anexo IV da Le i n º 13 .803 , de 27 de dezembro de 2000 .

2004 LEI Nº 15 .056 Es tabe l ece d i r e t r i ze s pa ra a ve r i f i c ação da s e -gurança de ba r ragem e de depós i to de r e s íduos tóx i co s indus t r i a i s e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2004 LEI Nº 15 .082 Di spõe sobre r i o s de p re se rvação pe rmanente e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2004 LEI Nº 15 .258 Di spõe sobre a exp lo ração econômica do tu r i s -mo em repre sa s e l ago s do Es t ado.

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30M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Data Leg i s l ação Obje to

2005 LEI Nº 15 .441 Regu lamenta o inc i so I do § 1 º do a r t . 214 da Cons t i tu i ção do Es t ado.

2006 LEI Nº 15 .971 Assegura o ace s so a in fo rmações bá s i ca s sobre o me io ambien te, em a tend imento ao d i spos to no inc i so I I do § 1 º do a r t . 214 da Cons t i tu i ção do Es t ado, e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2006 LEI Nº 15 .972 Al te ra a e s t ru tu ra o rgân i ca dos ó rgão s e en t ida -de s da á rea de me io ambien te que e spec i f i c a e a Le i n º 7 .772 , de 8 de s e tembro de 1980 , que d i spõe sobre a p ro teção, conse rvação e me lho-r i a do me io ambien te, e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2006 LEI Nº 15 .979 Cr i a a E s t ação Eco lóg i ca do Cercad inho e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2006 LEI Nº 16 .197 Cr i a a Área de P ro teção Ambien ta l de Vargem da s F lo re s, s i tuada nos Mun ic íp io s de Be t im e Contagem, e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2007 LEI Nº 16 .679 Di spõe sobre o Fundo P ró -F lo re s t a e dá nova r edação ao inc i so I do a r t . 2 º da Le i n º 14 .646 , de 24 de junho de 2003 , que d i spõe sobre o Fundo de Apo io Hab i t ac iona l da As semblé i a Leg i s l a t i va do Es t ado de Mina s Gera i s - Fundhab.

2007 LEI Nº 16 .687 Di spõe sobre a e l aboração da Agenda 21 Es t a -dua l .

2008 LEI Nº 17 .353 Di spõe sobre a a l t e ração do u so do so lo na s á rea s de ocor rênc i a de mata s eca .

2008 Decre to n º 44 .844/2008 Es tabe l ece normas pa ra l i c enc i amento ambien -t a l e au to r i zação ambien ta l de func ionamento, t ip i f i c a e c l a s s i f i c a in f raçõe s à s no rmas de p ro -t eção ao me io ambien te e ao s r ecur so s h íd r i co s e e s t abe l ece p roced imento s admin i s t ra t i vo s de f i s c a l i z ação e ap l i c ação da s pena l idade s.

2009 LEI Nº 18 .031 Di spõe sobre a Po l í t i c a E s t adua l de Res íduos Só l ido s.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Data Leg i s l ação Obje to

2009 LEI Nº 18 .043 Modi f i c a o Decre to n º 20 .597 , de 4 de junho de 1980 , que de f ine á rea de p ro teção e spec i a l , s i tuada nos Mun ic íp io s de Lagoa San ta , Pedro Leopo ldo e Matoz inhos, pa ra f in s do d i spos to no a r t . 13 da Le i Fede ra l n º 6 .766 , de 19 de dezembro de 1979 .

2009 LEI Nº 18 .307 Di spõe sobre a de sa fe t ação de pa r te da á rea da Rese rva B io lóg i ca da Se r ra Azu l , c r i ada pe lo Decre to n º 39 .950 , de 8 de outubro de 1998 .

2009 LEI Nº 18 .404 Di spõe sobre a po l í t i c a e s t adua l de e s t ímu lo à cons t rução de ba r ragens pa ra o de senvo lv imen-to econômico do Nor te e Norde s te de Mina s Gera i s.

2010 LEI Nº 18 .719 Di spõe sobre a u t i l i z ação, pe lo Es t ado, de mas -s a a s f á l t i c a p roduz ida com bor racha de pneu-mát i co s in se rv í ve i s e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2010 LEI Nº 19 .096 Al te ra a Le i n º 17 .353 , de 17 de j ane i ro de 2008 , que d i spõe sobre a a l t e ração do u so do so lo na s á rea s de ocor rênc i a e mata s eca .

2011 LEI Nº 19 .484 Al te ra a Le i n º 14 .309 , de 19 de junho de 2002 , que d i spõe sobre a s po l í t i c a s f l o re s t a l e de p ro teção à b iod ive r s idade no Es t ado.

2007 LEI DELEGADA Nº 178 - COPAM

Dispõe sobre a r eo rgan ização do Conse lho Es -t adua l de Po l í t i c a Ambien ta l - COPAM - e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2008 DECRETO Nº 44 .844 Es tabe l ece normas pa ra l i c enc i amento ambien -t a l e au to r i zação ambien ta l de func ionamento, t ip i f i c a e c l a s s i f i c a in f raçõe s à s no rmas de p ro -t eção ao me io ambien te e ao s r ecur so s h íd r i co s e e s t abe l ece p roced imento s admin i s t ra t i vo s de f i s c a l i z ação e ap l i c ação da s pena l idade s.

2009 LEI n º 18 .085 Di spõe sobre a Po l í t i c a E s t adua l de Apo io e Incen t i vo ao s Se rv i ço s Mun ic ipa i s de Ges tão Ambien ta l .

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32M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Data Leg i s l ação Obje to

2010 DECRETO Nº 45 .417 Regu lamenta o pa rág ra fo ún i co do a r t . 3 º da Le i n º 15 .082 , de 27 de ab r i l de 2004 , que d i s -põe sobre r i o s de p re se rvação pe rmanente.

2011 DECRETO Nº 45 .629 Al te ra o Decre to n º 45 .175 , de 17 de s e tembro de 2009 , que e s t abe l ece metodo log i a de g rada -ção de impac to s ambien ta i s e p roced imento s pa ra f i xação e ap l i c ação da compensação am-b ien ta l .

2011 DECRETO Nº 45 .824 Di spõe sobre a o rgan ização da Sec re t a r i a de Es t ado de Me io Ambien te e Desenvo lv imento Sus ten táve l .

2011 LEI Nº 19 .485 In s t i tu i a po l í t i c a e s t adua l de incen t i vo ao cu l -t i vo, à ex t ração, à comerc i a l i z ação, ao consumo e à t ran s fo rmação da macaúba e da s dema i s pa lme i ra s o l eag inosa s - P ró -Macaúba .

2011 LEI n º 19 .823 Di spõe sobre a conce s s ão de incen t i vo f inance i -ro a ca t adore s de mate r i a i s r ec i c l áve i s – Bo l s a Rec i c l agem.

2012 LEI n º 20 .009 Di spõe sobre a dec l a ração de Área s de Vu lne ra -b i l i dade Ambien ta l e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2012 LEI n º 20 .011 Di spõe sobre a po l í t i c a e s t adua l de co l e t a , t ra t amento e r ec i c l agem de ó l eo e go rdura de o r i gem vege ta l ou an ima l de u so cu l iná r io e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

2012 DECRETO Nº 45 .919 Al te ra o Decre to n º 43 .710 , de 8 de j ane i ro de 2004 , que r egu l amenta a Le i n º 14 .309 , de 19 de junho de 2002 , que d i spõe sobre a Po l í t i -c a F lo re s t a l e de P ro teção à B iod ive r s idade no Es t ado.

2013 LEI 20 .922 Di spõe sobre Po l í t i c a F lo re s t a l e P ro teção a B iod ive r s idade no Es t ado.

2013 LEI Nº 21 .972 Di spõe sobre o S i s t ema Es t adua l de Me io Am-b ien te e Recur so s Híd r i co s – S i s ema – e dá ou t ra s p rov idênc i a s.

Quadro 8: Material adaptado de conteúdo disponível em sites do governo federal e Estadual. Disponível em: www.semad.mg.gov.br

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

CUIDADO, pela legislação ambiental do país e mineira, em caso de des-

cumprimento do dever de cuidado e proteção há responsabilidade civil,

administrativa e penal, recomendando-se especial atenção à Lei da Política

Nacional de Meio Ambiente e da Estadual, e à Lei de Crimes Ambientais.

Atenção especial deve ser dada ao artigo 2º da Lei 9.605/98:

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes pre-

vistos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua cul-

pabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e

de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa

jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a

sua prática, quando podia agir para evitá-la.

Por fim, para que o gestor designado a pasta de meio ambiente possa imple-

mentar políticas públicas ambientais indutoras do desenvolvimento local é

preciso também que conheça e diferencie os principais órgãos institucionais

de meio ambiente com os quais fará interlocução.

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34M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

L E G I S L AÇÃO A M B I E N TA L f E D E R A L BÁ S I CA

Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) – órgão consultivo

e deliberativo do Governo Federal, subordinado ao Ministério de Meio

Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal. Tem por finalidade deli-

berar sobre normas, padrões e critérios de controle ambiental, através de

Resoluções.

Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) – órgão normativo,

colegiado, consultivo e deliberativo, subordinado à Secretaria de Estado

de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD. Tem por

finalidade deliberar sobre diretrizes, políticas, normas regulamentares e

técnicas, padrões e outras medidas de caráter operacional para proteção e

conservação do meio ambiente e dos recursos ambientais.

Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) – órgão normativo, co-

legiado, consultivo e deliberativo, subordinado ao Conselho Nacional de

Recursos Hídricos. Tem por finalidade promover o aperfeiçoamento dos

mecanismos de planejamento, compatibilização, avaliação e controle dos

Recursos Hídricos do Estado, tendo em vista os requisitos de volume e

qualidade necessários aos seus múltiplos usos.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) – um dos órgãos seccio-

nais de apoio do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) atua

vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável (Semad). Tem por finalidade executar, no âmbito do Estado de

Minas Gerais, a política de proteção, conservação e melhoria da qualidade

ambiental no que concerne a prevenção, a correção da poluição ou da de-

gradação ambiental provocada pelas atividades industriais, minerárias e de

infraestrutura, bem como promover e realizar estudos e pesquisas sobre a

poluição e qualidade do ar, da água e do solo.

Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA)

– autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente que tem

como principais atribuições exercer o poder de polícia ambiental; executar

ações das políticas nacionais de meio ambiente referentes às atribuições

federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade

ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, mo-

nitoramento e controle ambiental; e executar as ações supletivas de com-

petência da União.

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36M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Instituto Estadual de Florestas (IEF) – autarquia vinculada à Secretaria de

Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Tem por fina-

lidade propor e executar as políticas florestais, de pesca e de agricultura

sustentável. Órgão responsável pela preservação e conservação da vegeta-

ção, pelo desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis;

pela pesquisa em biomassas e biodiversidade; pelo inventário florestal e

mapeamento da cobertura vegetal do Estado. Administra as unidades de

conservação estaduais, áreas de proteção ambiental destinadas à conserva-

ção e preservação.

Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) – autarquia estadual vin-

culada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-

tentável, responsável pela concessão de direito de uso dos recursos hídricos

superficiais e subterrâneos, pelo planejamento e administração das ações

voltadas para a preservação da quantidade e da qualidade de águas em Mi-

nas Gerais. Coordena, orienta e incentiva a criação dos comitês de bacias

hidrográficas, entidades que, de forma descentralizada, integrada e parti-

cipativa, gerenciam o desenvolvimento sustentável da região onde atuam.

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

(SEMAD) – órgão da administração pública estadual, responsável pela

coordenação do Sistema Estadual do Meio Ambiente (Sisema). Tem por

finalidade planejar, executar, controlar e avaliar as ações setoriais a cargo

do Estado relativas à proteção e à defesa do meio ambiente, à gestão dos

recursos hídricos e à articulação das políticas de gestão dos recursos am-

bientais para o desenvolvimento sustentável.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-

tentável (SUPRAMS) – órgãos subordinados administrativamente à SE-

MAD e tecnicamente à FEAM, ao IEF e ao IGAM. Têm por finalidade

planejar, supervisionar, orientar e executar as atividades relativas à política

estadual de proteção do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos

hídricos formuladas e desenvolvidas pela SEMAD dentro de suas áreas de

abrangência territorial.

Unidades Regionais Colegiadas (URCs) – as Unidades Regionais Cole-

giadas são unidades deliberativas e normativas, encarregadas de analisar e

compatibilizar, no âmbito de sua atuação territorial, planos, projetos e ati-

vidades de proteção ambiental com a legisla- 12 ção aplicável e propor, sob

a orientação do Plenário do COPAM e da CNR, as políticas de conserva-

ção e preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável.

Quadro 9: Adaptação de conteúdo extraído do Manual de Orientação para Atuação do Profissional na Área Ambiental. CREAMG/2010. Disponível em: http://www.crea-mg.org.br/publicacoes/Cartilha/Manual%20de%20Orienta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Atua%C3%A7%C3%A3o%20do%20Profissional%20na%20%C3%81rea%20Ambiental.pdf

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38M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

2 . f I S CA L I Z AÇÃO A M B I E N TA L

Depois de conhecer as normas ambientais federais e as principais do Estado

de Minas Gerais, especialmente as citadas acima se constata que TODAS

as atividades que demandem a utilização de recursos naturais deverão ser

precedidas de Licenciamento Ambiental ou Autorização Ambiental de Fun-

cionamento - AAF concedida pelos órgãos ambientais competentes.

A f I S CA L I Z AÇÃO E M M I NA S G E R A I S

Em Minas Gerais a fiscalização ambiental é regulada pelo Decreto nº

44.844/2008 que, dentre outras coisas, determina as normas para licen-

ciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento, tipifica e

classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos

hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplica-

ção das penalidades. Por isso, é de suma importância que o gestor ambiental

conheça o referido decreto.

Em dezembro de 2013, por meio do Decreto nº 46.381, algumas alterações

na fiscalização foram implementadas no Estado. Dentre as alterações trazidas

destaca-se:

- A fiscalização e a aplicação de sanções por infração às normas serão exerci-

das pela Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Susten-

tável -SEMAD, por intermédio da Subsecretaria de Controle e Fiscalização

Ambiental Integrada - SUCFIS e das Superintendências Regionais de Meio

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Ambiente - SUPRAMs, também pela Fundação Estadual de Meio Ambiente

FEAM, pelo Instituto Estadual de Florestas -IEF, pelo Instituto Mineiro de

Gestão das Águas - IGAM e por delegação pela Polícia Militar de Minas

Gerais -PMMG.

Além disso, determinou-se o caráter eminentemente pedagógico da fiscaliza-

ção. Ou seja, a fiscalização terá sempre natureza orientadora e, desde que não

seja constatado dano ambiental, será cabível a notificação para regularização

de situação, quando a fiscalização se der em:

• Entidade sem fins lucrativos;

• Microempresa ou empresa de pequeno porte;

• Microempreendedor individual;

• Agricultor familiar;

• Proprietário ou possuidor de imóvel rural de até quatro módulos fiscais.

A pessoa física ou jurídica que for notificada deverá regularizar e dar início

ao processo de regularização ambiental de sua atividade, prestar informa-

ções solicitadas ou cumprir as determinações impostas no prazo de 20 dias,

contados da notificação, sob pena de ser autuado. O valor da multa simples

aplicável a sanções por descumprimento da Lei nº 20.922/13, será de, no mí-

nimo, R$ 69,00 (sessenta e nove reais), e no máximo de R$ 50.000.000,00

(cinqüenta milhões).

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40M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Au T uAÇÃO E Au TO S D E I N f R AÇÃO

Os autos de infração são lavrados pelos Analistas Ambientais e pelos Agentes

Autuantes Conveniados (Polícia Militar do Estado de Minas Gerais – Dire-

toria de Meio Ambiente e Trânsito) quando for constatado o cometimento

de alguma infração ambiental, relativa a intervenções ambientais, sejam na

mineração, na indústria, nos recursos hídricos, na pesca, na flora (florestas e

demais formas de vegetação), etc.

Por meio dos Autos de Infração podem ser aplicadas as seguintes penalida-

des, de acordo com o Decreto 44.844 de 25 de junho de 2008:

a) advertência;

b) multa simples;

c) multa diária;

d) suspensão parcial ou total de atividades;

e) embargo de atividade ou obra;

f) apreensão;

g) demolição de obra;

h) destruição ou inutilização do produto;

i) suspensão de venda e fabricação do produto;

j) restrição de direitos;

A competência para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo

administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental, cometi-

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

das por empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada, é do órgão

ambiental que emitiu a licença ou autorização.

AT R I B u I ÇÃO D E f I S CA L I Z A R D O S M u N I C Í P I O S

Como será analisado no próximo tópico esta regra não impede o exercício

pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização. No entanto,

havendo duplicidade de autuações, prevalecerá o Auto de Infração lavrado

pelo órgão que detenha a atribuição de licenciar ou autorizar.

É importante que o gestor ambiental municipal tenha claro que a sanção ad-

ministrativa tem caráter punitivo e não o de reparação ou recomposição de

danos, o que deverá se buscar por vias próprias. E ainda, que as penalidades

são verdadeiros atos administrativos e por isso, devem atender aqueles ele-

mentos que formam os atos administrativos: competência, finalidade, forma,

objeto e motivo, sob pena de serem considerados nulos. Não obstante, são

também atos que gozam de presunção de legitimidade tendo-se em vista a

supremacia do interesse público em face do interesse privado7.

DICA!! Não deixe de conhecer e consultar os seguintes artigos das legisla-

ções pertinentes, certamente as referidas normas serão essenciais para uma

tomada de decisão consciente:

7 MARÇAL, Claudia.Aspectos legais do poder de polícia ambiental municipal. Disponível em: http://www.direitonet.com.br/

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42M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

- Ver artigo 23 da Constituição Federal, incisos III, VI e VII que versam

sobre a competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios de proteger os documentos, as obras e outros bens de valor

histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis

e sítios arqueológicos; o meio ambiente e combater a poluição em qualquer

de suas formas, bem como de preservar as florestas, fauna e flora.

- Ver artigo 6º da Lei n°6938/81 que prediz que os Municípios compõem

conjuntamente com outras entidades o Sistema Nacional de Meio Ambien-

te- SISNAMA.

- Ver o artigo 2º, do Decreto nº 3.179/99 que relaciona as sanções adminis-

trativas aplicáveis no caso de cometimento de infração ambiental.

- Ver o artigo 72, § 5º, Lei n.º 9605/98 que permite a conversão da multa

simples em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do

meio ambiente.

- Ver artigo 76, da Lei n.º 9605/98 que prediz que os três entes federados

estão habilitados à aplicação da sanção.

- Ver o § 5º, do art. 2º, do Dec. n.º 3179/99 que prevê que a multa diária,

será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.

- Ver o art. 60, Dec. 3179/99 que prediz ser lícita a suspensão da exigibi-

lidade das multas, quando o infrator, por termo de compromisso aprovado

pela autoridade competente, obrigar-se à adoção de medidas específicas, para

fazer cessar ou corrigir a degradação ambiental.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

- Ver o §9°, do art.2° do Dec. n°3179/99 que prevê que o cometimento de

nova infração por agente beneficiado com a conversão de multa simples em

prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade

do meio ambiente, implicará na aplicação de multa em dobro do valor da-

quela anteriormente imposta.

3 . R E G u L A R I Z AÇÃO A M B I E N TA LA regularização ambiental consubstancia-se em procedimentos administrati-

vos que devem ser realizados por todos aqueles que exerçam atividades que,

sob qualquer forma, utilizem recursos naturais. O processo é uma exigência

da legislação ambiental, além de ser uma medida de controle para permitir a

adequação da atividade a fim de preservar o meio ambiente.

L E G I S L AÇÃO E R E G R A M E N TO E S TA D uA L

A regularização ambiental no estado de Minas Gerais está sob a égide das

seguintes normas:

- Lei Estadual 7.772 de 08/09/190, que dispõe sobre a proteção, conserva-

ção e melhoria do meio ambiente;

- Decreto Estadual 44.844 de 25/06/2008, que dispõe sobre a proteção,

conservação e melhoria do meio ambiente;

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44M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

- Deliberação Normativa do COPAM nº 74 de 09/09/2004, que estabelece

normas para o licenciamento ambiental ou outros tipos de regularização e

estabelecem critérios para a classificação dos empreendimentos e atividades

modificadoras do meio ambiente.

T I P O S D E R E G u L A R I Z AÇÃ O A M B I E N TA L E M M I NA S G E R A I S

No Estado de Minas Gerais, existem três tipos de regularização ambiental:

1. Certidão de dispensa de licenciamento: destinada às atividades de

impacto ambiental não significativo ou que não estejam listadas na DN

74/2004.

2. Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF): destinada aos em-

preendimentos ou atividades considerados de baixo impacto ambiental ou

pequeno porte. Denominados de Classe 1 e 2.

3. Licença Ambiental (LA): que tem por finalidade licenciar a locali-

zação, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades

utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente

poluidoras. Ou seja, empreendimento de médio ou grande impacto ambien-

tal ou médio e grande porte. Classe 3, 4, 5 e 6.

Existem também outros atos autorizativos que devem ser obtidos junto com

a Autorização Ambiental de Funcionamento ou a Licença Ambiental, tais

como8: 8 Silva filho, Joaquim Martins Manual de regularização ambiental / Joaquim Martins da Silva filho, Paulo Sérgio S’Ana furtado e Raquel de Melo Vieira; coordenação e revisão, Daniela Timponi Pereira de Abreu, Jefferson Ney Amaral. – Belo Horizonte: SEBRAE-MG, 2008.p. 12.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

• Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ru-

ral, equivalente a, no mínimo, 20% da área total da propriedade cujo ambien-

te represente o ambiente natural da região;

• Autorização para Intervenção em Área de Preservação Permanente:

aprovação do órgão ambiental para utilização de área especialmente protegi-

da, nos termos da Lei Estadual n° 14.309/2002;

• Autorização (outorga) para uso da água;

• Autorização para desmate.

O tipo de regularização ambiental que deverá ser realizado pelo empreende-

dor depende de seu enquadramento nos critérios de classificação definidos

pela Deliberação Normativa do Copam nº. 74/04:

Deliberação Normativa n.º 74, de 09 de setembro de 2004

“Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendi-

mentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licencia-

mento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise

de pedidos de autorização e de licenciamento ambiental, e dá outras providências.” (http://

www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=5532)

Consulta obrigatória dos Gestores Municipais para subsidiar “Declaração de Conformida-

de Legal” – documento este indispensável na composição do Processo de Licenciamento

Ambiental.

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M e i o a M b i e n t e

empresa – pequena, média ou grande) com o potencial poluidor da tipologia

(que também pode ser pequeno, médio e grande).

Quadro de Classificação dos empreendimentos conforme Porte e Potencial

Poluidor

Classe 1 - pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor

Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluidor

Classe 3 - pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte

médio potencial poluidor

Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor

Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e gran-

de potencial poluidor

Classe 6 - grande porte e grande potencial poluidor

Quadro 9: Conteúdo adaptado de texto da DN 74/2004

Para os empreendimentos classe 1 e 2, considerados de impacto ambiental

não significativo, é obrigatória a obtenção da Autorização Ambiental de Fun-

cionamento (AAF).

Para as demais classes o caminho para a regularização ambiental é o processo

de licenciamento ambiental, com o requerimento das licenças Prévia (LP),

de Instalação (LI) e de Operação (LO).

Importante observar que a regularização ambiental de um empreendimento

não termina, entretanto, com a obtenção da Licença de Operação (LO) ou

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

da Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF. O fato de se ter obtido

um ou outro desses diplomas legais significa que o empreendimento atendeu

a uma exigência legal, mas a manutenção da regularidade ambiental pressu-

põe o cumprimento permanente de diversas exigências legais e normativas,

explícitas ou implícitas na licença ambiental ou na AAF. Pode-se dizer que

o licenciamento é dinâmico e precisa acompanhar as exigências e cumprir

requisitos legais à medida que o empreendimento permanece em atividade.

Au T O R I z AÇ ÃO A M B I E N TA L D E F u N C I O NA M E N T O – A A F 9

Os empreendimentos ou atividades considerados de impacto ambiental não

significativo estão dispensados do licenciamento ambiental e devem, obriga-

toriamente, requerer a Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) –

um processo mais simples e rápido para a regularização. Os empreendimen-

tos de impacto ambiental não significativo nas classes 1 ou 2 estão listados

na Deliberação Normativa Copam 74/04.

Existem dois passos para a obtenção da AAF:

9 Conteúdo adaptado de material disponível em: http://www.meioambiente.mg.gov.br/regularizacao-ambiental.

1º passo - Preenchimento do Formulário Integrado de Caracterização do

Empreendimento (FCEi).

2º passo – Recebimento pelo empreendedor do Formulário Integrado de

Orientação Básica (FOBi).

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48M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Documentos que deverão ser apresentados pelo empreendedor10:

• Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do empreendi-

mento, conforme modelo disponibilizado no site da SEMAD;

• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente do

profissional responsável pelo gerenciamento ambiental da atividade;

• Declaração da Prefeitura de que o empreendimento está de acordo

com as normas e regulamentos do município (consultar a DN 74 para fins

desta emissão);

• Requerimento de Autorização Ambiental de Funcionamento

• Coordenadas Geográficas de um ponto central do empreendimento

• Certificado de Regularidade do Cadastro Técnico Federal

• Quando necessário, serão ainda exigidos pela SUPRAM:

o Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos ou Certidão de

Registro de Uso da Água, emitidas pelo órgão ambiental competente;

o Título Autorizativo, emitido pelo Departamento Nacional de Pro-

dução Mineração (DNPM).

CUIDADO: Caso o órgão ambiental verifique que existe alguma irregu-

laridade a AAF está sujeita ao cancelamento. A Autorização Ambiental de

Funcionamento NÃO é concedida mediante condicionantes. O Termo de

Responsabilidade e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é o que

estabelece as obrigações do empreendimento ao órgão licenciador. 10 Conteúdo adaptado de material disponível em: http://www.meioambiente.mg.gov.br/regularizacao-ambiental/autorizacao-de-funcionamento-aaf.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

O L I C E N C IA M E N T O A M B I E N TA L

É o procedimento administrativo cuja competência é do órgão ambiental:

federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação, ampliação, modi-

ficação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam recursos

naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar de-

gradação ambiental.

Como visto no tópico sobre legislação o licenciamento foi estabelecido pela

lei Federal n.º 6938, de 31/08/81, também conhecida como Lei da Política

Nacional do Meio Ambiente. E em 1997, a Resolução nº 237 do CONAMA

- Conselho Nacional do Meio Ambiente definiu as competências da União,

Estados e Municípios e determinou que o licenciamento deverá ser sempre

feito em um único nível de competência.

Importa observar que no licenciamento ambiental são avaliados impactos

causados pelo empreendimento como: seu potencial ou sua capacidade de

gerar líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões

atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosões e

incêndios.

Assim, o Licenciamento Ambiental é uma obrigação compartilhada entre

a União e os estados da federação, Distrito Federal e municípios que tem

o objetivo de regular as atividades e os empreendimentos que utilizam os

recursos naturais e podem causar degradação ambiental. É através do licen-

ciamento que os órgãos ambientais avaliam os eventuais impactos ao meio

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50M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

ambiente de uma determinada atividade. Por isso, trata-se de um importante

mecanismo de defesa e integração de nossa sociedade que proporciona ga-

nhos de qualidade ao meio ambiente e à vida das comunidades numa melhor

perspectiva de desenvolvimento.

A Política Nacional de Meio Ambiente, Lei 6.938/81, em seu art. 10, estabe-

lece que a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabeleci-

mentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva

ou potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de

causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgão

estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente -

SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais

Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças

exigíveis.

Já a Resolução do Conama 237/97 apresenta o seguinte conceito de licencia-

mento ambiental: “Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental

competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de em-

preendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas

efetiva ou potencialmente poluidoras; ou aquelas que, sob qualquer forma,

possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e

regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso”11.

A qualidade do licenciamento ambiental depende, em grande parte, da dis-

ponibilidade e da produção de informação básica acerca dos recursos naturais

(solos, minerais, fauna, flora, ecossistemas, etc.) de uma determinada região. 11 (Cartilha de Licenciamento Ambiental produzida pelo TCu, p. 10)

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Em Minas Gerais, as atribuições do licenciamento ambiental e da Autoriza-

ção Ambiental de Funcionamento (AAF) são exercidas pelo Conselho Esta-

dual de Política Ambiental (COPAM), das Unidades Regionais Colegiadas

(URC´s), das Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvol-

vimento Sustentável (SUPRAM´s), que representa a Fundação Estadual de

Meio Ambiente (FEAM), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM)

e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).

IMPORTANTE!! As licenças ambientais estabelecem condicionantes para

que haja o menor impacto possível ao meio ambiente em decorrência das

atividades ou do empreendimento. Sendo assim qualquer alteração tem que

ser submetida a novo licenciamento solicitando Licença Prévia.

FIQUE ATENTO, A LEI 21.972 DE JANEIRO DE 2016 MODIFICOU O

LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM MINAS GERAIS*

E TA pA S D O L I C E N C IA M E N T O A M B I E N TA L 1 2

A Lei Estadual 21.972/2016, trouxe algumas alterações, principalmente no

que tange ao licenciamento ambiental no Estado de Minas Gerais.

De acordo com a nova lei, o SISEMA é o conjunto de órgãos e entidades

responsáveis pelas políticas de meio ambiente e de recursos hídricos, com a

finalidade de conservar, preservar e recuperar os recursos ambientais e pro-

mover o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade ambiental

do Estado. O SISEMA atuará de forma integrada, transversal e participativa.

12 Texto adaptado de conteúdo disponível em: http://www.sionadvogados.com.br/blog

* LEI Nº 21.972, DE 21 DE JANEIRO DE 2016.

Dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Sisema – e dá outras providências.

(Publicação – Diário do Executivo – “Minas Gerais” – 22/01/2016)

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52M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

No que tange a Estrutura do SISEMA propriamente dita, não houveram

alterações relevantes, continuam como integrantes do SISEMA:

(i) a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-

tentável – SEMAD;

(ii) o Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM;

(iii) o Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG;

(iv) a Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM;

(v) o Instituto Estadual de Florestas – IEF;

(vi) o Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM;

(vii) a Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG (neste ponto teve uma

alteração: a Lei Delegada 180/2011 trazia a Polícia Ambiental da Polícia

Militar de MG).

(viii) os núcleos de gestão ambiental das demais Secretarias de Estado;

(ix) os comitês de bacias hidrográficas;

(x) as agências de bacias hidrográficas e entidades a elas equiparadas.

No que tange às alterações relativas as funções/prerrogativas de cada órgão,

ocorreram, de modo geral, na parte do licenciamento, conforme será de-

monstrado abaixo:

De acordo com a nova legislação, o licenciamento ambiental poderá ser feito

pela SEMAD ou pelo COPAM, dependendo do tipo de empreendimento e

de seu potencial poluidor. Assim, caberá à SEMAD decidir, por meio de suas

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

superintendências regionais de meio ambiente, sobre processo de licencia-

mento ambiental de atividades ou empreendimentos (i) de pequeno porte e

grande potencial poluidor; (ii) de médio porte e médio potencial poluidor;

e (iii) de grande porte e pequeno potencial poluidor, ou seja, atividades de

classes 1 a 4. O COPAM, por sua vez, por meio de suas câmaras técnicas

especializadas (e não mais câmaras temáticas), decidirá sobre o processo de

licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos (i) de médio

porte e grande potencial poluidor; (ii) de grande porte e médio potencial

poluidor; (iii) de grande porte e grande potencial poluidor; e (iv) nos casos

em que houver supressão de vegetação em estágio de regeneração médio ou

avançado, em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade, ou seja,

atividades de classes 5 e 6.

Conforme se verifica, o COPAM restaurou a sua competência deliberati-

va, uma vez que delibera sobre licenças de classes 5 e 6 por meio de suas

câmaras especializadas. As Unidades Regionais Colegiadas (URCs) julgam

recursos de licenças e processos com prazos vencidos das classes 1,2, 3 e 4.

Ademais, ficou garantida a participação do Ministério Público nas URCs,

Plenário e Câmara Normativa Recursal.

Ainda sobre o licenciamento ambiental, a nova Lei prevê 3 (três) modalida-

des de licenciamento, sendo elas:

Licenciamento Ambiental Trifásico: as etapas de viabilidade ambiental, ins-

talação e operação da atividade ou empreendimento serão analisadas em

fases sucessivas e, se aprovadas, serão expedidas a Licença Prévia, Licenças

de Instalação e Licença de Operação.

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54M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Licenciamento Ambiental Concomitante: serão analisadas as mesmas etapas

definidas no item (i), acima, observados os procedimentos definidos pelo ór-

gão ambiental competente, sendo as licenças expedidas concomitantemente,

de acordo com a localização, a natureza, as características e a fase da ativida-

de ou empreendimento, segundo as seguintes alternativas:

1. LP e LI, sendo a LO expedida posteriormente.

2. LI e LO, sendo a LP expedida previamente.

3. LP, LI e LO.

Licenciamento Ambiental Simplificado: poderá ser realizado eletronicamen-

te, em uma única fase, por meio de cadastro ou da apresentação de Relatório

Ambiental Simplificado pelo empreendedor, segundo critérios e pré-condi-

ções estabelecidos pelo órgão ambiental competente, resultando na conces-

são de uma Licença Ambiental Simplificada – LAS.

Poderão ser estabelecidos prazos de análise diferenciados para cada modali-

dade de licenciamento ambiental, desde que obedecido o prazo máximo de 6

(seis) meses a contar da formalização do requerimento até o seu deferimento

ou indeferimento, exceto quando houver Estudo de Impacto Ambiental e

Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA ou audiência pública, quando

o prazo será de 12 (doze) meses. O prazo para conclusão do licenciamento

será suspenso para o cumprimento das exigências de complementação de in-

formação, de documentos ou de estudos pelo prazo máximo de 60 (sessenta)

dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período uma única vez.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Esgotado o prazo de licenciamento sem que o órgão competente tenha se

pronunciado, os processos de licenciamento serão incluídos na pauta de dis-

cussão e julgamento da unidade competente do COPAM, sobrestando-se aos

demais assuntos.

O art. 28 da nova lei previu a possibilidade de o Estado delegar aos municí-

pios a competência para promover o licenciamento e a fiscalização ambien-

tal de atividades ou empreendimentos efetiva ou potencialmente poluidores,

desde que os municípios atendam aos requisitos dispostos em decreto. O

Decreto 46.937, também publicado em 21 de janeiro 2016, regulamentou

o referido art. 28.

Por fim, destaque-se ainda que a nova Lei trouxe dispositivos que tratam da

segurança de barragens e empreendimentos. A partir da entrada em vigor

da nova Lei (30 dias da publicação), serão obrigatórios: (i) Planos de Ação

de Emergência; (ii) Planos de Contigência; (iii) Planos de Comunicação de

riscos; (iv) aviso sonoro em caso de risco de vidas humanas; (v) fomento a

alternativas que não utilizam barragens de rejeitos de minério.

I N F R AÇ õ E S

Qualquer desconformidade do licenciamento, falta de licenciamento e ou

degradação ambiental, é passível de punição por parte do órgão licencia-

dos – Não deixe de consultar o Decreto Estadual 44.844 de 25 de junho de

2008, disponível em: http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNor-

ma=7966

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56M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

CO M P E T ê N C I A PA R A L I C E N C I A R

Como visto inicialmente a CF/88 estabeleceu como sendo de competência

comum dos entes federados a proteção do meio ambiente:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios:

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, ar-

tístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios

arqueológicos;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas

formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação en-

tre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o

equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

L E I CO M P L E M E N TA R 14 0 D E 2 0 1 1

A Lei Complementar 140 em 2011, após 23 anos do comando constitucio-

nal, determinou a repartição da competência comum dos entes federados e

fixou as normas de cooperação entre eles. A Lei determinou uma atuação

administrativa eficiente para evitar-se a sobreposição de atuação e atribuiu

competências originárias para cada um dos entes. Com isso, alguns conflitos

que causavam insegurança jurídica aos empreendedores foram dirimidos e o

processo de licenciamento ganhou alguma agilidade.

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57

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Com a vigência da LC/140 os empreendimentos e atividades utilizadores de

recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, serão submetidos

à aprovação de um único órgão competente, o qual terá competência para

fiscalizar e lavrar auto de infração correlatos à atividade ou empreendimento

licenciado. Assim, o mesmo órgão que confere o licenciamento é também

competente para fiscalizar e autuar a empresa em caso de descumprimento

da legislação, evitando-se a sobreposição de atribuições conferidas à Admi-

nistração Pública.

O L I C E N C I A M E N TO M u N I C I PA L

De acordo com o art. 9º, XIV da LC 140/11, compete ao ente Municipal:

Art. 9o São ações administrativas dos Municípios:

I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e

Estadual de Meio Ambiente e demais políticas nacionais e estaduais relacio-

nadas à proteção do meio ambiente;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

III - formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal de Meio Am-

biente;

IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de órgãos e

entidades da administração pública federal, estadual e municipal, relaciona-

dos à proteção e à gestão ambiental;

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58M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políti-

cas Nacional, Estadual e Municipal de Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à

proteção e à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos;

VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio

Ambiente;

VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualiza-

ção dos Sistemas Estadual e Nacional de Informações sobre Meio Ambiente;

IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente

protegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino

e a conscientização pública para a proteção do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, mé-

todos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e

o meio ambiente, na forma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja

atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao Mu-

nicípio;

Da leitura do texto legal é possível concluir que o Município é competen-

te para licenciar obras ou empreendimentos de impacto local e obras que

afetam as unidades de conservação criadas pelos municípios. Importante

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

ressaltar que a tipologia do impacto é definida pelos respectivos Conselhos

Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial

poluidor e natureza da atividade.

Importante também destacar que a Lei Complementar 140 aplica-se apenas

aos processos de licenciamento e autorização ambiental iniciado a partir de

sua vigência, ou seja, a partir de dezembro de 2011. Ademais, é preciso que

se observe também a data de edição de decisão do Conselho Estadual.

Veja:

RESOLUÇÃO SEMAD nº 1917 de 11/09/13

“Art. 1º Fica criado Grupo de Trabalho para discutir e apresentar à SE-

MAD minuta de Deliberação Normativa COPAM que disponha sobre as

atividades ou empreendimentos que causem ou possam causar impacto

ambiental de âmbito local (...)” Participam: SEMAD, IGAM, FEAM, IEF,

PGJ, AMDA, FIEMG, FAEMG, AMM, SEDE e SEAPA. Prazo: 6 meses,

prorrogado pela Resolução SEMAD Nº 2022 de 11/03/14

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60M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

M u N I C I pA L I z AÇ ÃO DA G E S TÃO A M B I E N TA L – D E S A F I O S I M p O S T O S p E L A L E I 2 1 . 9 7 2 / 2 0 1 6

Gestor fique atento! De acordo com o Art. 28, da Lei 21.972/16, o Estado

poderá delegar aos municípios a competência para promover o licenciamen-

to e a fiscalização ambiental de atividades e empreendimentos efetiva ou

potencialmente poluidores, conforme disposto em decreto.

A partir da autorização legislativa entrou em vigor o Decreto Estadual no

46.937/16 que regulamenta o artigo 28 da Lei nº 21.972/16, dispondo so-

bre a competência dos municípios para promover o licenciamento e a fis-

calização ambiental de atividades e empreendimentos efetiva ou potencial-

mente poluidores.

Em síntese, o Decreto determina que os municípios que disponham de es-

trutura de gestão ambiental, serão competentes para realizar, com o Estado

de Minas Gerais, através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e De-

senvolvimento Sustentável – SEMAD, convênio de cooperação técnica e

administrativa.

O convênio de cooperação técnica e administrativa disposto na norma visa

especialmente ao licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos

de efetiva ou potencial capacidade poluidora, onde os impactos ambientais

estejam restritos aos territórios municipais e à correspondente fiscalização

pela esfera municipal. Baseando-se na classificação prevista no Anexo Único

da Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental –

COPAM – nº 74, de 9 de setembro de 2004 e nos níveis de competência

técnica do delegatário, o convênio especificará as classes a serem delegadas.

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61

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Urge Salientar, que a definição da competência técnica do delegatário ob-

servará a qualificação mínima da equipe técnica constituída por servidores

próprios ou compartilhada por instrumentos de cooperação, observando,

também, a adequação às atividades ou empreendimento a serem licenciados

no âmbito municipal. A análise técnica dos processos vinculados às atribui-

ções licenciatórias delegadas terão formação multidisciplinar e as equipes

mínimas deverão ser compostas por profissionais devidamente habilitados.

Os convênios poderão ser celebrados por prazo indeterminado e rescindido

pela SEMAD em qualquer tempo caso haja descumprimento de qualquer

disposição imposta pelo decreto ou pelas demais hipóteses de rescisão pre-

vistas no instrumento de cooperação. Qualquer das partes poderá denunciar

o convênio, desde que com antecedência mínima de 90 dias.

O licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades licenciados

pelos municípios conveniados poderá ser avocado pela SEMAD, de ofício,

ou mediante provocação dos órgãos e entidades vinculadas ao Sistema Esta-

dual de Meio Ambiente – SISEMA. Além disso, poderá a SEMAD convocar

os municípios delegatários para adequar seus convênios ao Decreto, visto

que os já celebrados serão regidos pelo mesmo a partir de sua renovação ou

adequação.

Importante destacar que caberá aos órgãos municipais encaminhar relatórios

das atividades de licenciamento e serem auditados conforme estabelecido

em Resolução.

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62M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Para tanto, é essencial que o município possua uma equipe técnica multidis-

ciplinar, composta por profissionais devidamente habilitados, formada por

servidores próprios ou compartilhados.

Além disso, deve necessariamente já ter instituído no município:

I – A política municipal de meio ambiente- PMMA;

II – O Conselho de meio ambiente - CODEMA com representação paritária,

eleita autonomamente, com as mesmas restrições que os conselheiros do

COPAM, na forma estabelecida pelos arts. 25 e 27 do Decreto nº 44.667, de

3 de dezembro de 2007;

III – O órgão técnico-administrativo dotado de corpo técnico nos termos do

art. 3º;

IV – Um sistema de fiscalização legalmente estabelecido, que preveja san-

ções e/ou multas para o descumprimento de obrigações de natureza am-

biental.

É importantíssimo lembrar que o CODEMA deve ser por essência um órgão

colegiado autônomo, normativo, deliberativo e consultivo. Por isso, não pode

ser um órgão da estrutura interna da Prefeitura, ou seja, não deve se subme-

ter à intervenção do prefeito, devendo ser criado por lei.

O CODEMA apreciará alvarás, certidões de localização ou declaratórias de

empreendimentos, já implantados ou visando implantação, certificando-se

de que estão conforme as leis e regulamentos municipais.

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63

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Importante também lembrar que as licenças concedidas pelo município se-

rão reconhecidas para efeito da concessão pelo Estado de ICMS Ecológico,

na forma da Lei nº 18.030, de 12 de janeiro de 2009.

C O M p E T ê N C IA DA F I S C A L I z AÇ ÃO D O S E M p R E E N D I M E N T O S L I C E N C IA D O S

Compete a cada ente federado exercer o controle e fiscalizar as atividades e

empreendimentos para os quais possui atribuição de licenciar ou autorizar

ambientalmente.

Atribuições legais:

• Competência federal: Art. 7º, XIII, LC 140/11;

• Competência estadual: Art. 8º, XIII, LC 140/11;

• Competência municipal: Art. 9º, XIII, LC 140/11.

Destaque-se que a própria LC 140 prediz que a competência inicial não im-

pede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização

da conformidade de empreendimentos e atividades efetivas ou potencial-

mente poluidoras ou utilizadoras de recursos naturais.

Assim, mais uma vez destaca-se que prevalece o auto de infração ambiental

lavrado pelo órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização

para fiscalizar. Ou seja, quem licencia, deve controlar, fiscalizar e emitir auto

de infração, observada a competência comum para a fiscalização.

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64M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Quem pode fiscalizar:

• Ficalização pelo COPAM - Conselho Estadual de Política Ambiental

O Conselho de Política Ambiental - COPAM é um órgão normativo, cole-

giado, consultivo e deliberativo, subordinado à Secretaria de Estado de Meio

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD. Tem por finalidade

deliberar sobre diretrizes, políticas, normas regulamentares e técnicas, pa-

drões e outras medidas de caráter operacional, para preservação e conser-

vação do meio ambiente e dos recursos ambientais, bem como sobre a sua

aplicação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável, pelas entidades a ela vinculadas e pelos demais órgãos locais.

São considerados órgãos locais os órgãos ou as entidades do Poder Público

Municipal cujas atividades estejam associadas às de proteção e controle do

uso dos recursos ambientais.

Por isso, o COPAM tem por finalidade também julgar os processos de li-

cenciamento ambiental de classe 3 a 6, de acordo com a DN 74, por meio

de reuniões mensais, em cidades pólos. Visando descentralizar a atuação do

COPAM, foram criadas as URC´s – Unidades Regionais do COPAM, cuja

operacionalização dos trabalhos é atribuída a uma Superintendência de Meio

Ambiente (SUPRAM).

A AMM se faz presente em todas as Unidades Regionais do COPAM

(URC´s), visando o acompanhamento e defesa dos interesses municipais.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

• Fiscalização / Licenciamento exercida pelos municípios convenia-

dos com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SEMAD)

Municípios que celebraram convênios de cooperação administrativa e técni-

ca com o Estado visando ao licenciamento, fiscalização e controle das ativi-

dades de impacto ambiental restritas ao território municipal.

CONVÊNIOS

Publicado Validade

Belo Horizonte 19/02/2013 19/02/2017

Betim 21/03/2013 21/03/2017

Brumadinho 05/10/2012 05/10/2016

Contagem 01/05/2013 01/05/2017

Juiz de Fora 05/10/2012 05/10/2016

Uberaba 07/06/2012 07/06/2016

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66M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

• Fiscalização exercida pelas Superintendências Regionais de

Regularização Ambiental

As Superintendências Regionais de Regularização Ambiental (SUPRAM´s)

têm por finalidade planejar, supervisionar, orientar e executar as atividades

relativas à política estadual de proteção do meio ambiente e de gerenciamen-

to dos recursos hídricos formuladas e desenvolvidas pela SEMAD dentro de

suas áreas de abrangência territorial. Compete às SUPRAM´s. Nos procedi-

mentos relativos aos processos de regularização ambiental, as Superinten-

dências Regionais de Regularização Ambiental subordinam-se administrati-

vamente à SEMAD.

13 Listagem disponibilizada no site da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Disponível em: http://www.meioambiente.mg.gov.br/suprams-regionais/supram-central-metropolitana

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Central - Metropolitana

Sede: Belo Horizonte

Rua Espirito Santo, 495, Centro

CEP: 30160 - 030

Telefone: (31) 3228 7700 / 7831

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

URC Rio Paraopeba

Belo Vale, Betim, Bonfim, Brumadinho, Cachoeira da Prata, Caetanópolis, Caranaíba, Casa Grande, Catas Altas

da Noruega, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otôni, Crucilândia, Entre-Rios de Minas, Esmeraldas,

Felixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Ibirité, Igarapé, Inhaúma, Itatiaiuçu, Itaverava, Jeceaba, Joaquim Felicio,

Juatuba, Mário Campos, Mateus Leme, Moeda, Ouro Branco, Papagaios, Paraopeba, Piedade dos Gerais, Queluzito,

Rio Manso, Santana dos Montes, São Brás do Suaçuí, São Joaquim de Bicas, Sarzedo e Três Marias.

URC Rio das Velhas

Araçaí, Augusto de Lima, Baldim, BELO HORIZONTE (sede), Buenópolis, Caeté, Capim Branco, Confins, Con-

tagem, Cordisburgo, Corinto, Curvelo, Diogo Vasconcelos, Funilândia, Inimutaba, Itabirito, Jabuticatubas, Jequi-

tibá, Lagoa Santa, Mariana, Matozinhos, Monjolos, Morro da Garça, Nova Lima, Nova União, Ouro Preto, Pedro

Leopoldo, Presidente Juscelino, Prudente de Morais, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia,

Santana de Pirapama, Santana do Riacho, Santo Hipólito, São José da Lapa, Sete Lagoas, Taquaraçu de Minas e

Vespasiano.

R E L AÇ ÃO DA S S u p R A M ´ S E R E S p E C T I vO S M u N I C í p I O S D E A B R A N G ê N C IA 1 3

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68M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Alto São Francisco

Sede: Divinoópolis

Rua Bananal, 549 - Vila Belo Horizonte

CEP: 35502 - 034

Telefone: (37) 3229 2800

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Abaeté,Aguanil, Araújos, Arcos, Bambuí, Biquinhas, Bom Despacho, Camacho, Campo Belo, Cana Verde, Can-

deias, Capitólio, Carmo da Mata, Carmo do Cajuru, Carmópolis de Minas, Cedro do Abaeté, Cláudio, Conceição

do Pará, Córrego Danta, Córrego Fundo, Cristais, Desterro de Entre-Rios, DIVINÓPOLIS (sede), Dores do In-

daiá, Doresópolis, Estrela do Indaiá, Formiga, Igaratinga, Iguatama, Itaguara, Itapecerica, Itaúna, Japaraíba, Lagoa

da Prata, Leandro Ferreira, Luz, Maravilhas, Martinho Campos, Medeiros, Moema, Morada Nova de Minas, Nova

Serrana, Oliveira, Onça de Pitangui, Paineiras, Pains, Pará de Minas, Passa-Tempo, Pedra do Indaiá, Pequi, Perdigão,

Pimenta, Piracema, Pitangui, Piumhi, Pompéu, Quartel Geral, Santo Antônio do Monte, São Francisco de Paula,

São Gonçalo do Pará, São José da Varginha, São Roque de Minas, São Sebastião do Oeste, Serra da Saudade, Ta-

piraí, Vargem Bonita.

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69

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Jequitinhonha

Sede: Diamantina

Av. da Saudade, 335 - Centro

CEP: 39.100 - 000

Telefone: (38) 3532 6650

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Águas Vermelhas, Almenara, Alvorada de Minas, Angelândia, Araçuaí, Aricanduva, Bandeira, Berilo, Cachoeira de

Pajeú, Capelinha, Carbonita, Chapada do Norte, Coluna, Comercinho, Conceição do Mato Dentro, Congonhas

do Norte, Coronel Murta, Couto de Magalhães de Minas, Curral de Dentro, Datas, DIAMANTINA (sede), Divisa

Alegre, Divisópolis, Felício dos Santos, Felisburgo, Francisco Badaró, Gouveia, Itamarandiba, Itaobim, Itinga, Ja-

cinto, Jenipapo de Minas, Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Mata Verde,

Medina, Minas Novas, Monte Formoso, Morro do Pilar, Padre Paraíso, Palmópolis, Pedra Azul, Ponto dos Volantes,

Presidente Kubitschek, Rio do Prado, Rio Vermelho, Rubim, Salto da Divisa, Santa Cruz de Salinas, Santa Maria

do Salto, Santo Antônio do Itambé, Santo Antônio do Jacinto, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino

Gonçalves, Serra Azul de Minas, Serro, Setubinha, Turmalina, Veredinha, Virgem da Lapa.

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70M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Leste de Minas

Sede: Governador Valadares

Rua Oito, 146 - Ilha dos Araújos

CEP: 35020 - 700

Telefone: (33) 3271 4988 / 4935

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Açucena, Água Boa, Águas Formosas, Aimorés, Alpercata, Alvarenga, Alvinópolis, Antônio Dias, Ataléia, Barão de

Cocais, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bertópolis, Bom Jesus Do Amparo, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre,

Campanário, Cantagalo, Capitão Andrade, Caraí, Caratinga, Carlos Chagas, Carmésia, Catas Altas, Catuji, Central

de Minas, Conceição de Ipanema, Conselheiro Pena, Coroaci, Coronel Fabriciano, Córrego Novo, Crisólita, Cupa-

raque, Dionísio, Divino das Laranjeiras, Divinolândia de Minas, Dom Cavati, Dom Joaquim, Dores de Guanhães,

Engenheiro Caldas, Entre-Folhas, Fernandes Tourinho, Ferros, Franciscópolis, Frei Gaspar, Frei Inocêncio, Frei La-

gonegro, Fronteira dos Vales, Galiléia, Goiabeira, Gonzaga, GOV. VALADARES (sede), Guanhães, Iapu, Imbé

de Minas, Inhapim, Ipaba, Ipanema, Ipatinga, Itabira, Itabirinha de Mantena, Itaipé, Itambacuri, Itambé do Mato

Dentro, Itanhomi, Itueta, Jaguaraçu, Jampruca, Joanésia, João Monlevade, José Raydan, Ladainha, Machacalis, Ma-

lacacheta, Mantena, Marilac, Marliéria, Materlândia, Matias Lobato, Mendes Pimentel, Mesquita, Mutum, Nacip

Raydan, Nanuque, Naque, Nova Belém, Nova Era, Nova Módica, Novo cruzero, Novo Oriente de Minas, Ouro

Verde de Minas, Passabém, Paulistas, Pavão, Peçanha, Periquito, Pescador, Piedade de Caratinga, Pingo-d’Agua,

Pocrane, Poté, Resplendor, Rio Piracicaba, Sabinópolis, Santa Bárbara do Leste, Santa Bárbara, Santa Efigênia de

Minas, Santa Helena de Minas, Santa Maria de Itabira, Santa Maria do Suaçuí, Santa Rita de Minas, Santa Rita do

Itueto, Santana do Paraíso,

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71

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Leste de Minas

Municípios integrantes da área de abrangência:

Santo Antônio do Rio Abaixo, São Domingos das Dores, São Domingos do Prata, São Félix de Minas, São Geraldo

da Piedade, São Geraldo do Baixio, São Gonçalo do Rio Abaixo, São João do Manteninha, São João do Oriente,

São João Evangelista, São José da Safira, São José do Divino, São José do Goiabal, São José do Jacuri, São Pedro do

Suaçuí, São Sebastião do Anta, São Sebastião do Maranhão, São Sebastião do Rio Preto, Sardoá, Senhora do Porto,

Serra dos Aimorés, Sobrália, Taparuba, Tarumirim, Teófilo Otôni, Timóteo, Tumiritinga, Ubaporanga, Umburatiba,

Vargem Alegre, Virginópolis, Virgolândia.

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72M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Noroeste

Sede: Unaí

Rua Jovino Rodrigues Santana, 10 - Nova Diviinéia - Unaí - MG

CEP: 38.610 - 000

Telefone: (38) 3677 9800

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Arinos, Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de Minas, Buritis, Cabeceira Grande, Dom Bosco, Formoso, Guarda-

Mor, João Pinheiro, Lagamar, Lagoa Grande, Natalândia, Paracatu, Riachinho, São Gonçalo do Abaeté, UNAÍ

(sede), Uruana de Minas, Urucuia, Varjão de Minas e Vazante.

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73

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Norte de Minas

Sede: Montes Claros

Av. José Corrêa Machado, 900 - Bairro Ibituruna

CEP: 39.401 - 832

Telefone: (38) 3224 7500

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Berizal, Bocaiúva, Bonito de Minas, Botumirim, Brasília de Minas, Buritizeiro, Campo Azul, Capitão Enéias, Ca-

tuti, Chapada Gaúcha, Claro dos Poções, Cônego Marinho, Coração de Jesus, Cristália, Engenheiro Navarro, Espi-

nosa, Francisco Dumont, Francisco Sá, Fruta de Leite, Gameleiras, Glaucilândia, Grão-Mogol, Guaraciama, Ibiaí,

Ibiracatu, Icaraí de Minas, Indaiabira, Itacambira, Itacarambi, Jaíba, Janaúba, Januária, Japonvar, Jequitaí, Josenó-

polis, Juramento, Juvenília, Lagoa dos Patos, Lassance, Lontra, Luislândia, Mamonas, Manga, Matias Cardoso, Mato

Verde, Mirabela, Miravânia, Montalvânia, Monte Azul, MONTES CLAROS (sede), Montezuma, Ninheira, Nova

Porteirinha, Novorizonte, Olhos-d’Agua, Padre Carvalho, Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis,

Pirapora, Ponto Chique, Porteirinha, Riacho dos Machados, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Salinas, Santa Fé de

Minas, Santo Antônio do Retiro, São Francisco, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João das Missões, São

João do Pacuí, São João do Paraíso, São Romão, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Ubaí, Vargem Grande do Rio

Pardo, Várzea da Palma, Varzelândia e Verdelândia.

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74M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Norte de Minas

Sede: Montes Claros

Av. José Corrêa Machado, 900 - Bairro Ibituruna

CEP: 39.401 - 832

Telefone: (38) 3224 7500

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Berizal, Bocaiúva, Bonito de Minas, Botumirim, Brasília de Minas, Buritizeiro, Campo Azul, Capitão Enéias, Ca-

tuti, Chapada Gaúcha, Claro dos Poções, Cônego Marinho, Coração de Jesus, Cristália, Engenheiro Navarro, Espi-

nosa, Francisco Dumont, Francisco Sá, Fruta de Leite, Gameleiras, Glaucilândia, Grão-Mogol, Guaraciama, Ibiaí,

Ibiracatu, Icaraí de Minas, Indaiabira, Itacambira, Itacarambi, Jaíba, Janaúba, Januária, Japonvar, Jequitaí, Josenó-

polis, Juramento, Juvenília, Lagoa dos Patos, Lassance, Lontra, Luislândia, Mamonas, Manga, Matias Cardoso, Mato

Verde, Mirabela, Miravânia, Montalvânia, Monte Azul, MONTES CLAROS (sede), Montezuma, Ninheira, Nova

Porteirinha, Novorizonte, Olhos-d’Agua, Padre Carvalho, Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis,

Pirapora, Ponto Chique, Porteirinha, Riacho dos Machados, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Salinas, Santa Fé de

Minas, Santo Antônio do Retiro, São Francisco, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João das Missões, São

João do Pacuí, São João do Paraíso, São Romão, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Ubaí, Vargem Grande do Rio

Pardo, Várzea da Palma, Varzelândia e Verdelândia.

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75

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Sul de Minas

Sede: Varginha

Avenida Manoel Diniz, 145 - Bairro Industrial JK

CEP: 37.062 - 480

Telefone: (35) 3229 1816 / 1817

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Aiuruoca, Alagoa, Albertina, Alfenas, Alpinópolis, Alterosa, Andradas, Andrelândia, Arantina, Arceburgo, Areado,

Baependi, Bandeira do Sul, Boa Esperança, Bocaina de Minas, Bom Jardim de Minas, Bom Jesus da Penha, Bom

Repouso, Bom Sucesso, Borda da Mata, Botelhos, Brasópolis, Bueno Brandão, Cabo Verde, Cachoeira de Minas,

Caldas, Camanducaia, Cambuí, Cambuquira, Campanha, Campestre, Campo do Meio, Campos Gerais, Capetin-

ga, Careaçu, Carmo da Cachoeira, Carmo de Minas, Carmo do Rio Claro, Carrancas, Carvalhópolis, Carvalhos,

Cássia, Caxambu, Claraval, Conceição da Aparecida, Conceição da Barra de Minas, Conceição das Pedras, Concei-

ção do Rio Verde, Conceição dos Ouros, Congonhal, Consolação, Coqueiral, Cordislândia, Coronel Xavier Chaves,

Córrego do Bom Jesus, Cristina, Cruzília, Delfim Moreira, Delfinópolis, Divisa Nova, Dom Viçoso, Elói Mendes,

Espírito Santo do Dourado, Estiva, Extrema, 71 Fama, Fortaleza de Minas , Gonçalves, Guapé, Guaranésia, Gua-

xupé, Heliodora, Ibiraci, Ibitiúra de Minas, Ibituruna, Ijaci, Ilicínea, Inconfidentes, Ingaí, Ipuiúna, Itajubá, Itamoji,

Itamonte, Itanhandu, Itapeva, Itaú de Minas, Itumirim, Itutinga, Jacuí, Jacutinga, Jesuânia, Juruaia, Lambari, La-

vras, Liberdade, Luminárias, Machado, Madre de Deus de Minas, Maria da Fé, Marmelópolis, Minduri, Monsenhor

Paulo, Monte Belo, Mnte Santo de Minas, Monte Sião, Munhoz, Muzambinho, Natércia, Nazareno, Nepomuceno,

Nova Resende, Olímpio Noronha,

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76M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Sul de Minas

Municípios integrantes da área de abrangência:

Ouro Fino, Paraguaçu, Paraisópolis, Passa-Quatro, Passos , Pedralva, Perdões, Piedade do Rio Grande, Piranguçu,

Piranguinho, Poço Fundo, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Pouso Alto, Prados, Pratápolis, Resende Costa, Ribeirão

Vermelho, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, Santa Rita de Caldas, Santa Rita do Sapucaí, Santana da Vargem, San-

tana do Garambéu, Santana do Jacaré, Santo Antônio do Amparo, São Bento Abade, São Gonçalo do Sapucaí, São

João Batista do Glória, São João da Mata, São João Del-Rei, São José da Barra, São José do Alegre, São Lourenço ,

São Pedro da União, São Sebastião da Bela Vista, São Sebastião do Paraíso, São Sebastião do Rio Verde, São Tia-

go, São Tomás de Aquino, São Tomé das Letras, São Vicente de Minas, Sapucaí-Mirim, Senador Amaral, Senador

José Bento, Seritinga, Serrania, Serranos, Silvianópolis, Soledade de Minas, Tiradentes , Tocos do Moji, Toledo, Três

Corações, Três Pontas, Turvolândia, VARGINHA (sede) , Venceslau Brás e Virgínia.

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77

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Triângulo Mineiro

Sede: Uberlândia

Praça Tubal Vilela, 03 - Centro

CEP: 38.400 - 186

Telefone: (34) 3088 6400

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Abadia dos Dourados, Água Comprida, Araguari, Araporã, Arapuá, Araxá, Cachoeira Dourada, Campina Verde,

Campo Florido, Campos Altos, Canápolis, Capinópolis, Carmo do Paranaíba, Carneirinho, Cascalho Rico, Centrali-

na, Comendador Gomes, Conceição das Alagoas, Conquista, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Delta, Dourado-

quara, Estrela do Sul, Fronteira, Frutal, Grupiara, Guimarânia, Gurinhatã, Ibiá, Indianópolis, Ipiaçu, Iraí de Minas,

Itapajipe, Ituiutaba, Iturama, Lagoa Formosa, Limeira do Oeste, Matutina, Monte Alegre de Minas, Monte Car-

melo, Nova Ponte, Patos de Minas, Patrocínio, Pedrinópolis, Perdizes, Pirajuba, Planura, Prata, Pratinha, Presidente

Olegário, Rio Paranaíba, Romaria, Sacramento, Santa Juliana, Santa Rosa da Serra, Santa Vitória, São Francisco de

Sales, São Gotardo, Serra do Salitre, Tapira, Tiros, Tupaciguara, Uberaba, UBERLÂNDIA (sede), União de Minas

e Veríssimo.

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78M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Zona da Mata

Sede: Ubá

Rodovia Ubá-Juiz de Fora, KM 02, Horto Florestal

CEP: 36.500 - 000, Caixa Postal 181

Telefone: (32) 3539 2700

Email: [email protected]

Municípios integrantes da área de abrangência:

Abre-Campo, Acaiaca, Além Paraíba, Alfredo Vasconcelos, Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Alto Rio Doce, Amparo

da Serra, Antônio Carlos, Antônio Prado de Minas, Aracitaba, Araponga, Argirita, Astolfo Dutra, Barão do Monte

Alto, Barbacena, Barra Longa, Barroso, Belmiro Braga, Bias Fortes, Bicas, Brás Pires, Caiana, Cajuri, Canaã, Caparaó,

Capela Nova, Caputira, Carandaí, Carangola, Cataguases, Chácara, Chalé, Chiador, Cipotânea, Coimbra, Coronel

Pacheco, Descoberto, Desterro do Melo, Divinésia, Divino, Dom Silvério, Dona Eusébia, Dores de Campos, Dores

do Turvo, Durandé, Ervália, Espera Feliz, Estrela-d’Alva, Eugenópolis, Ewbank da Câmara, Faria Lemos, Fervedou-

ro, Goianá, Guaraciaba, Guarani, Guarará, Guidoval, Guiricema, Ibertioga, Itamarati de Minas, Jequeri, Juiz de

Fora, Lagoa Dourada, Lajinha, Lamim, Laranjal, Leopoldina, Lima Duarte, Luisburgo, Manhuaçu, Manhumirim,

Mar de Espanha, Maripá de Minas, Martins Soares, Matias Barbosa, Matipó, Mercês, Miradouro, Miraí, Muriaé,

Olaria, Oliveira Fortes, Oratórios, Orizânia, Paiva, Palma, Passa-Vinte, Patrocínio do Muriaé, Paula Cândido, Pedra

Bonita, Pedra do Anta, Pedra Dourada, Pedro Teixeira, Pequeri, Piau, Piedade de Ponte Nova, Piranga, Pirapetinga,

Piraúba, Ponte Nova, Porto Firme, Presidente Bernardes, Raul Soares,

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79

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Zona da Mata

Municípios integrantes da área de abrangência:

Recreio, Reduto, Ressaquinha, Rio Casca, Rio Doce, Rio Espera, Rio Novo, Rio Pomba, Rio Preto, Rochedo de Mi-

nas, Rodeiro, Rosário da Limeira, Santa Bárbara do Monte Verde, Santa Bárbara do Tugúrio, Santa Cruz do Escalva-

do, Santa Margarida, Santa Rita do Ibitipoca, Santa Rita do Jacutinga, Santana de Cataguases, Santana do Deserto,

Santana do Manhuaçu, Santo Antônio do Aventureiro, Santo Antônio do Grama, Santos Dumont, São Francisco

do Glória, São Geraldo, São João do Manhuaçu, São João Nepomuceno, São José do Mantimento, São Miguel do

Anta, São Pedro dos Ferros, São Sebastião da Vargem Alegre, Sem-Peixe, Senador Cortes, Senador Firmino, Se-

nhora de Oliveira, Senhora dos Remédios, Sericita, Silveirânia, Simão Pereira, Simonésia, Tabuleiro, Teixeiras, To-

cantins, Tombos, UBÁ (sede), Urucânia, Vermelho Novo, Viçosa, Vieiras, Visconde do Rio Branco e Volta Grande.

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80M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

4 . SA N E A M E N TO BÁ S I CO O saneamento básico diz respeito às várias ações prévias que resultam numa

adequada ocupação do solo urbano. As medidas de saneamento básico abran-

gem desde o abastecimento de água, o cuidado com a destinação dos resídu-

os sólidos e esgotamento sanitário, até obras de drenagem urbana, controle

de vetores e focos de doenças transmissíveis, e mesmo a preocupação com

a melhoria das condições de habitação e a educação sanitária e ambiental14.

L E I NAC I O NA L D E SA N E A M E N TO BÁ S I CO

De acordo com a Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007)15

o saneamento básico é o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações

operacionais de16:

- Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestrutu-

ras e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde

a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição.

- Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e insta-

lações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final ade-

quados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento

final no meio ambiente.

14 OLIVEIRA fILHO, A. Institucionalização e Desafios da Política Nacional de Saneamento: um balan- ço prévio. Artigo do Secretário Nacional de Saneamento Ambiental, MCidades, disponível no site da Assemae: www.assemae.org.br. Brasília (Df), 2006, p. 13.

15 Como se observa apenas em 2007 editou-se a lei com as diretrizes para o saneamento básico (Lei nº 11.445/2007). Apesar de previsto constitucionalmente desde 1988 o atraso na edição do marco legal do Saneamento atrasou o desenvolvimento do país na área.

16 BRASIL. Ministério das Cidades. Guia para elaboração de planos municipais de saneamento básico. 2011, p. 35.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

- Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, in-

fraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tra-

tamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e

limpeza de logradouros e vias públicas.

- Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas plu-

viais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões

de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas

urbanas.

A Lei Nacional de Saneamento Básico, que regula a priori os serviços públi-

cos de saneamento básico, institui alguns princípios que devem nortear toda

e qualquer ação na área, são eles:

• Universalização do acesso;

• Integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e

componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propi-

ciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maxi-

mizando a eficácia das ações e resultados;

• Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo

dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à pro-

teção do meio ambiente;

• Disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de

manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e

do patrimônio público e privado;

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82M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

• Adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades

locais e regionais;

• Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de ha-

bitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental,

de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a

melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator

determinante;

• Eficiência e sustentabilidade econômica;

• Utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de paga-

mento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;

•Transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos

decisórios institucionalizados;

• Controle social;

• Segurança, qualidade e regularidade;

• Integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos

hídricos.

A Lei n°11.445/2007 prevê a responsabilidade do poder público na defi-

nição da política de saneamento básico e o papel dos Planos Municipais de

Saneamento Básico, do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) e a

participação e o controle social por meio de audiências e consultas públicas,

bem como via conselhos, especialmente pelo Conselho das Cidades.

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83

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Por isso, pode-se afirmar que um dos objetivos centrais da Lei nº 11.445/2007

é fazer com que os municípios assumam as suas responsabilidades no sane-

amento básico, se comprometendo com ações de longo prazo, definidas por

adequado planejamento e monitoradas pelo controle social17.

Para aqueles municípios que ainda não elaboraram o Plano Municipal de

Saneamento Básico, recomendamos acessar o site abaixo:

http://www.funasa.gov.br/site/wp-ontent/uploads/2012/04/2b_TR_PMSB_

V2012.pdf

R E S u M O D O SA N E A M E N TO N u M A P E S P E C T I VA f E D E R A L :

1971

Primeira tentativa de impulsionar o saneamento no país foi com o Plano Nacio-

nal de Saneamento (Planasa). Investimentos eram feitos pelo Banco Nacional

da Habitação (BNH).

Entre 1970 e 1990, o fornecimento de água saltou de 60% para 86% e a coleta

de esgoto, que antes era de 22%, passou a atender 48% das residências.

1986

Com a extinção do BNH em 1986, devido à crise econômica daquela época,

houve um período de indefinição. Os recursos passaram a ser distribuídos para

vários ministérios que, a cada governo, tinham suas atribuições modificadas.

Dessa forma, não era possível definir uma política de investimento em sanea-

mento básico.17 BRASIL. Ministério das Cidades. Guia para elaboração de planos municipais de saneamento básico. 2011, p. 41.

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84M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

2001

O governo Fernando Henrique Cardoso enviou ao Congresso um projeto para

regular o setor.

2006

No dia 12 de dezembro, o país iniciava uma nova etapa com relação ao sane-

amento básico. O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) previa o

fornecimento de água para 100% dos brasileiros até 2023 e atender a 93% da

população com tratamento de esgoto com a ajuda da iniciativa privada. Para

isso, o marco regulatório previa a desoneração do Programa de Integração Social

(PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para

as empresas que investissem em saneamento e autonomia para utilização de

recursos do FGTS em obras de saneamento.

2013

O governo da presidente Dilma Rousseff estipulou o prazo de quatro anos (até

2017) para o investimento de R$ 50 bilhões em saneamento básico. Os recursos

sairiam de orçamento da União, do FGTS, do Fundo de Amparo ao Trabalha-

dor, do BNDES e de verbas de estados e municípios. Estavam ainda previstos

recursos advindos de incentivos à iniciativa privada, com a formação de consór-

cios. Os investimentos seriam realizados em 350 obras do Plano de Aceleração

e Crescimento (PAC) de esgotamento sanitário, fornecimento de água, recupera-

ção de mananciais e urbanização de favelas. Estudos recentes comprovam que

seriam necessários pelo menos R$ 220 bilhões para a realização das 350 obras

previstas

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85

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

2016

O presidente Michel Temer sancionou a Lei nº 13.329 que institui o Regime

Especial de Incentivos para o Desenvolvimento do Saneamento Básico (Reisb).

A medida ainda será regulamentada.

fontes: Nova Enciclopédia Ilustrada folha e Agência Senado.

P L A N O M u N I C I PA L D E SA N E A M E N TO BÁ S I CO

Nesse contexto, o art. 9º da Lei 11.445/2007, prediz que o titular

dos serviços formulará a respectiva Política Municipal de Saneamento Bási-

co e o Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB. Assim, Os adminis-

tradores e gestores públicos são, dentro de suas prerrogativas constitucionais,

os responsáveis pela formulação da Política Pública e pelo desenvolvimento

do Plano Municipal de Saneamento Básico, cabendo-lhes:

- Prestar ou delegar os serviços;

- Definir o responsável pela regulação, fiscalização e procedimentos

de sua atuação;

- Adotar parâmetros para o atendimento essencial à saúde pública;

- Fixar os direitos e os deveres dos usuários;

-Estabelecer mecanismos de controle social;

-Estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado

com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico;

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86M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

- Intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação

da entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos docu-

mentos contratuais18.

Fique atento! O Plano Municipal de Saneamento Básico deve obrigatoria-

mente ser elaborado pelo titular dos serviços municipais de saneamento bá-

sico. O PMSB é peça indispensável para a contratação e concessão de servi-

ços públicos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e

manejo de águas pluviais urbanas e limpeza urbana e manejo dos resíduos

sólidos.

O Conselho Nacional das Cidades estabeleceu através da Resolução n°. 75,

de 02 de julho de 2008, os conteúdos mínimos para a elaboração dos Planos

de Saneamento Básico (Art. 4º):

1. Diagnóstico;

2. Objetivos e metas de curto, médio e longo prazo;

3. Programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e

metas, ações de emergência e contingência e mecanismos;

4. Procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia

das ações programadas.

18 Conteúdo adaptado de material disponível em: http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/ppmsb_funasa_assemae.pdf

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

É imprescindível lembrar que todo o desenvolvimento do PMSB deverá ser

feito com a participação da população e o controle social, tal como definido

no art. 3º, IV, da Lei nº. 11.445/2007, que assim define Controle social: “con-

junto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informa-

ções, representações técnicas e participações nos processos de formulação de

políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos

de saneamento básico”. (BRASIL, 2007, p.3) 19

E vO Lu Ç ÃO D O S p R A z O S pA R A E L A B O R AÇ ÃO D O p L A N O M u N I C I pA L D E S A N E A M E N T O B Á S I C O

Decreto 7.217 de 2010 - Regulamentou a Lei Nº 11.445/07, Lei Nacio-

nal de Saneamento Básico e estabeleceu que a partir de janeiro de 2015 os

municípios teriam que instituir o controle social dos serviços públicos de

saneamento para ter acesso aos recursos federais destinados às obras e outras

ações desta área, com os seguintes dizeres: “após 31 de dezembro de 2014,

será vedado o acesso aos recursos federais ou aos geridos ou administrados

por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamen-

to básico, àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que

não instituírem, por meio de legislação específica, o controle social realizado

por órgão colegiado”.

Decreto 8.211/2014 - Alterou o decreto 7.217 de 2010 e estipulou até 31

de dezembro de 2015 para as prefeituras elaborem os planos de saneamento,

sob pena de não poderem acessar recursos federais para investirem no setor.

O decreto também prorrogou o prazo para que as prefeituras criem mecanis-

19 Brasil. Ministério das Cidades. Guia para a elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico - Brasília: Ministério das Cidades, 2011. 2ª edição., p.13.

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88M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

mos de controle social do saneamento, que deveriam ser instituídos por meio

de legislação específica até dezembro de 2015.

Decreto nº 8.629/2015 - Os gestores municipais têm até dezembro de 2017

para apresentar o documento elaborado. Após essa data, a apresentação do

PMSB será condição para acesso a recursos federais destinados a serviços de

saneamento básico. Apesar da prorrogação do prazo, é necessário destacar

que continua vigente a exigência dos órgãos colegiados de controle social,

conforme estabelece o Decreto nº 8.211/14. Desde 1º de janeiro de 2015 os

municípios que não instituíram o controle social do saneamento básico, por

meio de órgãos colegiados, estão impossibilitados de obter recursos federais

destinados ao setor.

P R I N C I PA I S D ú V I DA S Q u E P O D E M S u R G I R S O B R E O P M S B 2 0:

Quais são as formas de obtenção de recurso para elaboração do plano?

O Governo Federal, por meio da FUNASA e Ministério das Cidades, dispo-

nibiliza linhas de recurso para que os municípios possam custear o desen-

volvimento de seus planos municipais de saneamento e outras ações corre-

lacionadas.

Os comitês de bacias hidrográficas / MG estão financiando os Planos de Sa-

neamento para os municípios inseridos nas respectivas bacias.

20 Informações adaptadas de conteúdo disponível no site da funasa: www.funasa.gov.br/

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89

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Quem é o titular do serviço público de saneamento?

O titular dos serviços de saneamento municipal é o próprio município, po-

dendo este delegar sua execução, mas não seu planejamento. Assim, o mu-

nicípio deverá formular a respectiva política pública de saneamento básico,

devendo, para tanto, elaborar os planos de saneamento básico, nos termos

desta Lei, incumbindo-se de:

- Prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente

responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos

de sua atuação;

- Adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde públi-

ca, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimen-

to público, observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água;

- Fixar os direitos e os deveres dos usuários;

- Estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do

caput do ART. 3o desta Lei;

- Estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o

Sistema Nacional de Informações em Saneamento;

- Intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da en-

tidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos documentos

contratuais.

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90M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Quais as consequências do não desenvolvimento do Plano Municipal de

Saneamento Básico?

Os prefeitos que não instituírem o plano de saneamento municipal, even-

tualmente, poderão ser responsabilizados por improbidade administrativa.

ATENÇÃO: Ainda que o município opte pela delegação do serviço de sane-

amento básico à um terceiro, este não estará isento ou dispensado de planejar

e elaborar o seu plano de saneamento, para então, exigir o seu cumprimento

pelo prestador do respectivo serviço (água, esgoto, resíduos, etc).

Lembre-se que a política de saneamento tem que fazer parte do plano de

governo como política pública, pois tem impacto direto na saúde e na quali-

dade de vida do cidadão municipal.

Atenção Lei Nova!! A Lei 13.329/2016 – REGIME DE INCENTIVO

AO DESENVOLVIMENTO DO SANEAMENTO21

Foi sancionada, em 1º de Agosto de 2016, pelo presidente Michel Temer a

Lei 13.329, que institui o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvi-

mento do Saneamento Básico (Reisb). A lei que modifica a Lei de Diretri-

zes Nacionais do Saneamento Básico (Lei 11.445/2007) tem como objetivo

fazer com que as empresas prestadoras de serviços públicos de saneamento

aumentem seus investimentos e recebam, em contrapartida, a concessão de

créditos para o pagamento de tributos federais.

A expectativa é que a medida seja regulamentada nos próximos dois anos e

faça parte do Plano Nacional de Saneamento Básico. O novo modelo vigo-

rará até o ano de 2026. Contudo, existem algumas restrições; das empresas

21 Informação retirada de notícia veiculada no dia 1º de Agosto de 2016. Disponível no site: http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/Saneamento/lei-que-aumenta-investimentos-em-saneamento-basico-e-sancionada-por-372141-1.aspx

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91

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

que quiserem aderir ao regime, será exigida regularidade fiscal quanto aos

impostos federais e não poderão participar empresas cadastradas no Simples

Nacional e a concessão também não poderá ser concedida para o Programa

de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade So-

cial (PIS/Confins).

Atenção Lei Nova!! – A LEI 13.312/2016 – TORNA OBRIGATÓ-

RIA A MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA DE ÁGUA EM NOVOS CON-

DOMÍNIOS22

Foi aprovado no dia 22 de junho de 2016 o projeto de lei que torna obriga-

tória a medicação individualizada de água em novos condomínios.

A Lei altera o disposto no artigo 29 da Lei 11.445/2007, cuja redação do

artigo passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo terceiro: “§ 3º As no-

vas edificações condominiais adotarão padrões de sustentabilidade ambien-

tal que incluam, entre outros procedimentos, a medição individualizada do

consumo hídrico por unidade imobiliária.”

O artigo 3º da referida Lei estabelece que o período de vacância são de

cinco anos de sua publicação oficial, por isso a determinação começa a valer

a partir de 2021. Cabe ao gestor municipal ficar atento para garantir que

as companhias saneadoras consigam suprir todas as demandas cumprindo a

legislação.

22 Informação retirada de notícia veiculada no dia 18 de Agosto de 2016. Disponível no site:http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-07/em-5-anos-novos-predios-deverao-ter-medidores-individuais-de-consumo-de

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92M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Por fim, é preciso ressaltar que no contexto da administração pública muni-

cipal o saneamento básico quando encarado como medida sócio ambiental se

torna poderoso instrumento de educação sanitária aumentado sua eficiência

e eficácia, resultando em ganhos efetivos para a população e para a gestão

dos recursos públicos, constituindo-se a capacitação dos gestores e técnicos

municipais uma tarefa primordial para se alcançar esse objetivo23.

p O L í T I C A NAC I O NA L D E R E S í D u O S S ó L I D O S – L E I F E D E R A L 1 2 . 3 0 5 / 2 0 1 0

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010 que alterou a

Lei no 9.605/1998 e foi regulamentada pelo Decreto 7.410/10, com os pés

fincados na idéia de responsabilidade compartilhada propôs a prática de

hábitos de consumo sustentável. A PNRS, estabelece uma distinção entre

RESÍDUO - aquilo que tem valor econômico e que pode ser aproveitado e

REJEITO - qualquer material considerado inútil, após esgotadas as possibi-

lidades de tratamento e recuperação por processos adequados a cada caso.

A legislação determina a prevenção e a redução na geração de resíduos, ten-

do como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjun-

to de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização

dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado

ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos

(aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

A partir da idéia central de responsabilidade compartilhada todos têm res-

ponsabilidades: o poder público deve apresentar planos para o manejo corre-23 MICKOSZ, p.21

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

to dos materiais (com adoção de processos participativos na sua elaboração

e adoção de tecnologias apropriadas); às empresas compete o recolhimento

dos produtos após o uso e, à sociedade cabe participar dos programas de

coleta seletiva (acondicionando os resíduos adequadamente e de forma di-

ferenciada) e incorporar mudanças de hábitos para reduzir o consumo e a

consequente geração24.

A PNRS criou também uma hierarquia que deve ser observada para a gestão

dos resíduos instituindo uma ordem de precedência que deixa de ser volun-

tária e passa a ser obrigatória:

1. Não geração,

2. Redução,

3. Reutilização,

4. Reciclagem,

5.Tratamento dos resíduos sólidos e

6. Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

A lei apresentou instrumentos variados para propiciar o incentivo à recicla-

gem e a reutilização dos resíduos sólidos, bem como a destinação ambiental-

mente adequada dos dejetos. Dentre outras medidas:

- Criou metas para a eliminação dos lixões (inicialmente até 2014);

-Determinou a elaboração de um Plano Nacional de Resíduos Sólidos com

ampla participação social, contendo metas e estratégias nacionais sobre o

tema;

24 Adaptado de conteúdo disponível no site: http://www.portalresiduossolidos.com/lei-12-3052010-politica-nacional-de-residuos-solidos/

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94M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

-Previu a criação de um Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão

dos Resíduos Sólidos (SINIR), com o objetivo armazenar, tratar e fornecer

informações que apoiassem as funções ou processos de gestão do resíduos;

-Previu a criação de planos de gestão integrada de resíduos sólidos e os pla-

nos de gerenciamento de resíduos sólidos nos níveis estadual, municipal e

regional;

-Impôs a condição que as empresas elaborassem seus Planos de Gerencia-

mento de Resíduos Sólidos.

Outro ponto de relevância sobre a PNRS diz respeito ao incentivo à forma-

ção de associações intermunicipais que permitam a estabilização da gestão

dos resíduos, com os municípios compartilhando as tarefas de planejar, regu-

lar, fiscalizar e prestar serviços de acordo com tecnologias adequadas à sua

realidade regional.

De acordo com a PNRS a priorização no acesso a recursos da União e aos

incentivos ou financiamentos destinados a empreendimentos e serviços re-

lacionados à gestão de resíduos sólidos ou à limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos será dada:

• Aos Estados que instituírem microrregiões, para integrar a organiza-

ção, o planejamento e a execução das ações a cargo de Municípios limítrofes

na gestão dos resíduos sólidos;

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

• Ao Distrito Federal e aos Municípios que optarem por soluções

consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, ou que se

inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos

estaduais;

• E aos Consórcios Públicos, constituídos na forma da Lei no 11.107,

de 2005, para realização de objetivos de interesse comum.

O B R I G AÇ õ E S D O G E S T O R M u N I C I pA L F R E N T E à p O L í T I C A NAC I O NA L D E R E S í D u O S S ó L I D O S :

Inicialmente, o prazo para encerramento de lixões, conforme a Lei nº

12.305/10,era dia 2 de agosto de 2014, a partir desta data os rejeitos deve-

riam ter uma disposição final ambientalmente adequada.

Esse prazo fazia parte das metas dos planos estaduais ou municipais de resí-

duos sólidos, que deveriam prever desde a distribuição ordenada de rejeitos

em aterros, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública, à segurança e a

minimizar os impactos ambientais adversos, até a coleta seletiva. Além disso,

o município teria a obrigação de estabelecer metas de redução da geração

de resíduos sólidos.

Importante esclarecer que a lei não trata expressamente em encerramento

de lixões, mas esta é uma consequência da disposição final ambientalmente

adequada dos rejeitos que deve estar refletida nas metas para a eliminação

e recuperação destes lixões em seus respectivos planos de resíduos sólidos.

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96M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Na prática, o encerramento de lixões e aterros controlados compreende no

mínimo:

- Ações de cerceamento da área;

- Drenagem pluvial;

- Cobertura com solo e cobertura vegetal;

- Sistema de vigilância;

- Realocação das pessoas e edificações que se localizem dentro da área do

lixão ou do aterro controlado.

Lembrando que todo o remanejamento deve ser de forma participativa, uti-

lizando como referência o programa pró-catador (Decreto 7.405/10) e os

programas de habitação de interesse social.

Ocorre que dada à impossibilidade de cumprimento dos prazos estabeleci-

dos pela PNRS foi aprovado em 1º de Julho de 2015 um projeto que pror-

rogou o prazo para implementação das medidas por parte dos municípios.

Assim, as capitais e municípios de região metropolitana terão até 31 de julho

de 2018 para acabar com os lixões. Os municípios de fronteira e os que con-

tam com mais de 100 mil habitantes, com base no Censo de 2010, terão um

ano a mais para implementar os aterros sanitários, ou seja, até 31 de julho

de 2019. As cidades que têm entre 50 e 100 mil habitantes terão prazo até

31 de julho de 2020. Já o prazo para os municípios com menos de 50 mil

habitantes será até 31 de julho de 2021.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

A emenda também acrescenta a prorrogação de prazo para elaboração dos

planos estaduais de resíduos sólidos e dos planos municipais de gestão inte-

grada de resíduos sólidos.

R E S Í D u O S S Ó L I D O S u R BA N O S ( R S u ) E M M I NA S G E R A I S 2 5

Desde 2001, quando o Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas

Gerais (COPAM) editou a Deliberação Normativa 52/2001, há uma clara

política de erradicação dos lixões que nessa época estavam presentes em

quase todos os municípios do Estado.

Em janeiro de 2009 foi publicada a Política Estadual de Resíduos Sólidos

(Lei 18.031), que define a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos

(GIRSU) como o “conjunto articulado de ações políticas, normativas, opera-

cionais, financeiras, de educação ambiental e de planejamento desenvolvidas

e aplicadas aos processos de geração, segregação, coleta, manuseio, acondi-

cionamento, transporte, armazenamento, tratamento e destinação final dos

resíduos sólidos”.

A Lei 18.031 aponta o consórcio como forma de efetivar essa gestão inte-

grada assim como a DN 118/2008. A partir de 2007, os prefeitos de muni-

cípios mineiros começam a se organizar para formar consórcios com esse

fim, ancorados pela lei federal 11.107/2005, Lei dos Consórcios Públicos

e da Gestão Associada de Serviços Públicos e seu respectivo regulamento

(Decreto 6.017/2007).25 Texto elaborado com base em dados e informações disponíveis em http://www.feam.br/minas-sem-lixoes/gestao-compartilhada-de-sru

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98M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Os prefeitos contam com o suporte da Secretaria Estadual de Desenvolvi-

mento Regional e Política Urbana (SEDRU) que consiste em estruturação

jurídica, assistência técnica em consórcios de resíduos sólidos e captação de

recursos.

S I T uAÇÃO D O S M u N I C Í P I O S M I N E I R O S H O J E :

Em 2001, dos 853 municípios mineiros, 823 dispunham seus Resíduos Sóli-

dos Urbanos em lixões. Em 2005 havia 564 municípios fazendo a disposição

final em lixões no Estado, já em 2012 esse número caiu para 267, chegando

a 246 em 2015, registrando uma redução de 70% no período 2001-2015.

Em termos de percentual de população urbana com disposição dos RSU em

lixões, também houve melhoria: esse percentual passou de 29,57% em 2010

para 18,62% em 2015.

Com o objetivo de realizar um diagnóstico da gestão dos Resíduos Sólidos

Urbanos nos municípios de Minas Gerais, em janeiro de 2016 foi solicitado

pela FEAM aos municípios através de comunicado via e-mail o preenchi-

mento de um questionário on line contendo informações sobre regularização

ambiental, PGIRS e Plano de Saneamento, coleta seletiva, gestão comparti-

lhada dos RSU (consórcios), cobrança pela gestão dos RSU, coleta de RSU

na zona rural, dentre outras informações relevantes. Após o encerramento

do prazo para envio dos questionários preenchidos, a GERUB irá avaliar as

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

informações recebidas, identificando as principais deficiências na gestão mu-

nicipal dos RSU e traçar diretrizes para apoio a esses municípios. Até o mo-

mento já foram recebidas respostas de 309 municípios, o que equivale a 36%

dos municípios de Minas Gerais. O relatório será finalizado até o fim deste

ano e será publicado no início de 2017.

A seguir alguns Anexos que podem ser consultados para diagnóstico da

gestão dos resíduos sólidos em seu município:

- Relatório de Progresso 2016 - PANORAMA RSU 2015 FINAL Revisado

(.pdf, 3,51 MB) - NOVO

- Cartilha de Orientações ‘Consórcios Públicos para Gestão de Resíduos Sóli-

dos’ 2016 (.pdf, 1,3MB) - NOVO

- Diagnóstico de Consórcios Intermunicipais para a Gestão de Resíduos Sólidos

Urbanos em Minas Gerais (.pdf 1,74Mb)

- Classificação e Panorama da destinação de resíduos sólidos em Minas Gerais

2015 (468Kb)

- Inventário de Resíduos Sólidos de Minas Gerais

- Caderno Técnico sobre Reabilitação de Áreas Degradadas por Resíduos Sóli-

dos Urbanos (.pdf 705 Kb)

- Termo de Referência para elaboração de Plano Gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde - PGRSS (doc. 259 kb)

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100M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

CO L E TA S E L E T I VA – A P O I O AO S M u N I C Í P I O S :

A partir de 06 de fevereiro de 2012, a FEAM iniciou o processo de recebi-

mento das manifestações de interesse dos municípios mineiros para receber

apoio do Estado na implantação ou ampliação dos serviços de coleta seletiva,

conforme estabelece o Plano Estadual de Coleta Seletiva – PECS, que foi

instituído pela DN 172 de 23 de dezembro de 2011, aprovada em reunião

realizada em 30 de novembro de 2011 pela Câmara Normativa e Recursal

do COPAM.

Para receber apoio, o prefeito municipal deverá se manifestar formal-

mente à FEAM, por meio de ofício, até 31 de março de cada ano,

conforme modelo disponível na FEAM:

www.feam.br

CO L E TA S E L E T I VA – D E L I B E R AÇÃO N O R M AT I VA 172 D E 2 2 / 1 2 / 2 0 1 1 .

A Deliberação Normativa 172 do Conselho Estadual de Política Ambiental

–COPAM - institui o Plano Estadual de Coleta Seletiva de Minas Gerais.

Essa deliberação estabelece os elementos considerados facilitadores para a

implantação ou ampliação da coleta seletiva no Estado, são eles:

- infraestrutura do galpão;

- população urbana;

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101

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

- estágio do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS);

- modelo de gestão de RSU;

- existência de organizações de catadores de materiais recicláveis;

- existência de instrumento legal para pagamento pelo serviço de coleta se-

letiva.

A Fundação Estadual de Meio Ambiente faz ordinariamente uma seleção de

municípios que desejem receber apoio técnico para a coleta seletiva.

Os municípios mineiros que, conforme o Plano Estadual de Coleta Seletiva

(PECS) tenham interesse em receber apoio técnico do Governo de Minas

para implantação ou ampliação de serviços de coleta seletiva têm, normal-

mente até o final de março para se manifestarem à Fundação Estadual de

Meio Ambiente (Feam).

A manifestação deverá ser feita por meio de ofício padrão e preenchimento

de protocolo específico disponibilizado no site da Feam. A seleção de mu-

nicípios interessados se faz mediante processo seletivo que leva em conta os

elementos acima citados.

Para os classificados, as ações de apoio incluem:

Diagnóstico da situação atual da coleta seletiva ou do potencial para sua

implementação;

Análise da viabilidade e sustentabilidade econômica das alternativas;

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102M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Seleção do modelo mais adequado de coleta seletiva;

Apoio para implantação da coleta seletiva e monitoramento.

Não obstante, não existe repasse de recurso financeiro, materiais ou

equipamentos.

B O L SA R E C I C L AG E M – L E I 1 9 . 82 3 D E 2 1 / 1 1 / 2 0 1 1

A Lei 19.823/2011instituiu um mecanismo de incentivo financeiro às enti-

dades congregativas de catadores conhecida popularmente como“Bolsa Re-

ciclagem”.

De acordo com a legislação as remunerações aos catadores são pecuni-

árias, com periodicidade trimestral, devendo ser distribuídos, pelo menos 90%

dos valores repassados às entidades, aos associados. Os recursos tem origem

em repasses do orçamento do Estado. O escopo da lei visa “a reintrodução de

materiais recicláveis em processos produtivos, com vistas à redução da utilização

de recursos naturais e insumos energéticos, com inclusão social de catadores de

materiais recicláveis” (MINAS GERAIS, 2011, Artigo 2º).

Para melhor entendimento e inserção no programa, recomendamos acessar o

site: http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?-

tipo=LEI&num=19823&ano=2011

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103

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

I C M S E CO LÓ G I CO – L E I 18 0 3 0 D E 1 2 / 0 1 / 2 0 0 9

O ICMS é um tributo classificado como imposto. De acordo com o art. 3º

do Código Tributário Nacional tributo é toda prestação pecuniária compul-

sória, em moeda cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção

de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa

plenamente vinculada.

O artigo 16 do CTN prediz que imposto, por sua vez, é o tributo cuja obriga-

ção tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade

estatal específica, relativa ao contribuinte.

De acordo com o inciso II, do artigo 155, da CF/88, a competência para

instituir imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e so-

bre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de

comunicação(...), é dos estados e do Distrito Federal, sendo certo que, no

caso do ICMS, o exercício da competência tributária é necessário e não fa-

cultativo.

Existem inúmeros artigos científicos e textos que de forma sintética expli-

cam o que vem a ser exatamente o ICMS. O texto abaixo reproduzido, dis-

ponível na página da Nature Conservancy, é capaz de exprimir de forma

didática e sucinta o que vem a ser o ICMS ecológico:

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104M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Cada estado da Federação tem competência legal, atribuída pela Constitui-

ção Federal, e deve instituir o ICMS em seus respectivos territórios. Esse é

o motivo da eventual diferença de valores, por exemplo, no preço dos com-

bustíveis quando viajamos para outro estado. Além das questões de mercado

(frete, por exemplo), a diferença pode ocorrer em virtude de uma alíquota

diferente no ICMS nesse ou naquele estado.

De todo modo, importante compreendermos que o fato gerador¹ para a in-

cidência do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços ocorre na

menor porção territorial da divisão federativa do estado, ou seja, nos muni-

cípios.

Dessa forma, tudo quanto foi arrecadado pelo estado deu-se em virtude de

transações realizadas nos municípios. O raciocínio é óbvio e fundamental

para compreendermos como se forma o bolo da arrecadação do ICMS pelo

estado e como parte desse bolo será repartido entre os municípios, que, afi-

nal, contribuíram para o total arrecadado.

Nesse sentido, o artigo 158, inciso IV da Constituição, ao tratar da “Repar-

tição das Receitas Tributárias”, rege que pertence aos municípios: “vinte e

cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre ope-

rações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de

transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação”.

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105

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Quadro 11: Texto extraído integralmente de página da Nature Conservancy. Disponível em: www.icmsecologico.org.br

O I C M S E CO LÓ G I CO E M M I NA S G E R A I S 2 6

No Estado de Minas Gerais ficou estabelecido por meio do Decreto nº

32.771, de julho de 1991, que a distribuição da cota-parte dos recursos do

ICMS, observaria três critérios:

1) o Valor Adicionado Fiscal,

2) os Municípios Mineradores e

3) a Compensação Financeira por Desmembramento de Distrito.

26 Informação disponível no site da Semad – Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais.

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106M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

O montante de 25% do total do imposto arrecadado pelos estados é destina-

do aos municípios, sendo que 75% devem ser distribuídos pelo VAF e 25%

conforme lei estadual.

Diante deste diagnóstico, demonstrando um alto grau de concentração de

recursos nos municípios mais desenvolvidos e mais ativos economicamente e

pouco favorável para os municípios que apresentavam atividade econômica

inexpressiva, foi publicada em 28 de dezembro de 1995, a Lei Estadual nº

12.040, mais conhecida como “Lei Robin Hood”, revogada em 27 de de-

zembro de 2000, pela Lei nº 13.803, a qual indicava novos critérios para a

distribuição da cota-parte do ICMS aos municípios visando:

- A descentralização da distribuição e desconcentração de renda;

- A transferência de recursos para as regiões mais pobres; - A aplicação dos

recursos nas áreas sociais;

-A indução para que os municípios aumentem sua arrecadação e a utilizem

com mais eficiência e, por fim,

- A criação de uma parceria entre estado e municípios, tendo como objetivo

maior a melhoria da qualidade de vida da população destas regiões.

Assim, os novos critérios introduziram outras variáveis que modificaram a

metodologia de cálculo usada até então, são eles:

VAF, Área Geográfica, População, População dos 50 mais populosos, Edu-

cação, Produção de Alimentos, Patrimônio Cultural, Meio Ambiente, Saúde,

Receita Própria, Cota Mínima e Municípios Mineradores.

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107

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Nesse sentido, o Estado de Minas Gerais instituiu, de forma pioneira, o ICMS

Ecológico, criado a partir da necessidade da administração pública de en-

contrar alternativas para o fomento de atividades econômicas pautadas nas

regras de proteção ambiental e do desenvolvimento sustentável nos seus mu-

nicípios.

A Lei que prevalece hoje é a Lei Estadual nº 18.030/2009. Ela dispõe sobre

a distribuição e o cálculo do critério Meio Ambiente, que nesta edição sofreu

alterações, passando de 1% para 1,1% do total do ICMS destinado aos mu-

nicípios, sendo a distribuição deste montante realizada em função do Índice

de Meio Ambiente (IMA).

O IMA passa a ser composto por três subcritérios, ponderados pelos respec-

tivos pesos, a saber:

• Índice de Conservação (IC - 45,45%), referente às Unidades de

Conservação e outras áreas protegidas;

• Índice de Saneamento Ambiental (ISA 45,45%), referente aos ater-

ros sanitários, estações de tratamento de esgotos e usinas de compostagem e,

mais recentemente,

• Índice de Mata Seca (IMS - 9,1%), referente à presença e proporção

em área da fitofisionomia Mata Seca no município.

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) é o órgão responsável pelo Índice de

Conservação (IC). A área da unidade de conservação e/ou área protegida,

a área do município, o Fator de Conservação e o Fator de Qualidade são os

parâmetros analisados pelo instituto.

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108M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

O Fator de Qualidade representa a nota que cada unidade recebe, a partir

de uma avaliação feita anualmente pelo seu responsável (varia de 0,1 a 1),

disposto na Deliberação Normativa COPAM nº 86 de 17/07/2005. Já os

procedimentos para o cadastramento das UCs estão estabelecidos na Reso-

lução SEMAD nº 318/2005 e Resolução SEMAD nº 1245/2010.

Já os parâmetros analisados pela Fundação Estadual de Meio Ambiente

(Feam), visam ao Índice de Saneamento Ambiental (ISA), baseando-se no

número total de sistemas habilitados, tipo de empreendimento e porcenta-

gem da população atendida no município.

A Deliberação COPAM nº 428/2010, fixa os custos médios “per capita” para

estimativa de investimentos em sistemas de saneamento ambiental, previstos

no art. 4º da Lei nº 18.030/2009.

Já a Resolução Conjunta SEMAD-SEPLAG nº 1.212/2010 define os proce-

dimentos para cálculos e publicação dos índices municipais.

E a Resolução SEMAD nº 1.273/2011 complementa a Resolução Conjunta

1.212/2010, estabelecendo os critérios e procedimentos para o cálculo do

fator de qualidade de empreendimentos de tratamento e/ou disposição final

de resíduos sólidos urbanos e de tratamento de esgotos sanitários a serem

aplicados na distribuição.

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109

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Estão aptos a receber o ICMS Ecológico, subcritério Saneamento, os muni-

cípios que possuem sistema de tratamento ou disposição final de lixo ou de

esgoto sanitário, com operação licenciada ou autorizada pelo órgão ambien-

tal estadual, que atendam, no mínimo, a, respectivamente, 70% e 50% da

população urbana.

Terceiro e último subcritério, o Índice de Mata Seca (IMS), sob a responsa-

bilidade do IEF, considera a área de mata seca existente no município, cujo

valor encontra-se disponível na versão mais atual do Inventário Florestal de

Minas Gerais que possui duas vertentes:

I) Mapeamento e monitoramento periódico da cobertura florestal natural

das florestas produtivas do território mineiro;

II) Inventário Florestal, propriamente dito, que gera uma série de informa-

ções em relação às florestas naturais, inclusive relacionadas à determinação

do estoque de carbono e ao acompanhamento contínuo do desenvolvimento

das florestas, por meio de medições em parcelas permanentes estabelecidas

nas fitofisionomias florestais presentes no estado de Minas Gerais. Esse sub-

critério será incluído no cadastro automaticamente de acordo com análise do

monitoramento realizado pela Gerencia de Monitoramento e Geoprocessa-

mento (GEMOG) do IEF.

Ao final, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sus-

tentável (Semad) é responsável pela compilação, publicação e consolidação

de todos os dados fornecidos pela Feam e pelo IEF do critério Índice de Meio

Ambiente (IMA= 0,4545*ISA + 0,4545*IC + 0,091*IMS).

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110M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Posteriormente, as informações são encaminhadas à Fundação João Pinheiro

para o devido repasse aos municípios, que é realizado sempre no segundo

dia útil da semana, sendo que o primeiro repasse do mês é feito com base no

índice calculado no mês anterior.

Os valores repassados aos municípios estão sempre disponíveis para consulta

no site da Fundação João Pinheiro: http://www.fjp.mg.gov.br/robin-hood/

index.php/extrato

Agora que você já sabe o que é e quais são os critérios do ICMS ecológico,

é preciso que tenha em mente27:

1. Os recursos decorrentes do ICMS ecológico podem ser utilizados para

quaisquer objetivos, obviamente, legais. No entanto, é preciso perceber que ,

quanto mais o gestor investir em ações que melhorem os indicadores verifi-

cados no ICMS Ecológico, mais receberá no próximo ano.

Por exemplo, se um município não tem nenhuma unidade de conservação

(UC), poderá investir recursos recebidos em determinado ano na criação de

uma, para que, na temporada seguinte, aumente a arrecadação.

2. As Unidades de Conservação de Uso Sustentável, como as Áreas de Prote-

ção Ambiental (APAs) contarão pouco na pontuação.

27 Texto original disponível em http://www.itpa.org.br/.

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111

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Portanto, caso uma UC seja a ideia considerada em determinada cidade, ela

deverá ser preferencialmente de Proteção Integral. Ou seja, um Parque, uma

Reserva Biológica, uma Estação Ecológica ou mesmo apoiar a criação de Re-

servas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) certificadas pelo Governo

do Estado.

3. Outro exemplo é o município que já tem uma UC criada e que investirá

seus recursos do ICMS Ecológico para estruturá-la, com a elaboração do Pla-

no de Manejo, sede, postos de fiscalização ou sinalização. Ou mesmo a cidade

que teve baixa pontuação no índice de qualidade da água e quer melhorar

em curto prazo seus indicadores, investindo no controle de sedimentos e

tratamentos de efluentes por meio de sistemas alternativos e de baixo custo.

Tudo isso contará mais pontos e fará com que o município receba mais no

ano seguinte.

Enfim, o gestor inteligente será aquele que tiver a capacidade de investir

estrategicamente os recursos do tributo para ganhar mais a cada temporada.

B O L SA V E R D E – D E C R E TO 4 5 1 1 3 D E 0 5 / 0 6 / 2 0 0 9 2 8

A chamada Bolsa Verde é um programa do Estado de Minas Gerais (Lei nú-

mero 17.727 de 13 de agosto de 2008, regulamentada pelo Decreto estadual

número 45.113 de 5 de junho de 2009), que visa a remuneração dos pro-

prietários e posseiros que mantêm conservadas áreas com vegetação nativa.

É uma estratégia de política ambiental que alia preservação dos fluxos de

serviços ecossistêmicos e biodiversidade com geração de renda.

28 Informações adaptadas a partir de artigo científico de autoria dos Srs. Marcelo Silva Simões e Daniel Caixeta Andrade, publicado na Revista Debate Econômico, v.1, n.2, p. 101-131, jul/dez 2013. Texto original disponível em https://publicacoes.unifal-mg.edu.br

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112M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

O programa prevê a concessão de incentivo financeiro aos proprietários e posseiros rurais por

meio de pagamento por serviços ecossistêmicos. Por meio deste pagamento, são favorecidos

aqueles que preservam ou que se comprometem a recuperar a cobertura vegetal de origem

nativa em seus próprios territórios. Há, assim, ganhos para os fornecedores de serviços, através

do apoio recebido para que empreguem melhores práticas de uso da terra. Potencializando-se a

conservação, são gerados benefícios à coletividade como os serviços hidrológicos e de absorção

de gases-estufa, que são apropriados por uma quantidade imensurável de agentes.

No decreto de normatização do Bolsa Verde o estado se compromete a conceder o incentivo

financeiro para a identificação, recuperação, preservação e conservação dos seguintes tipos de

áreas: aquelas necessárias à oferta segura da disponibilidade e qualidade dos serviços hídricos,

através da proteção da vegetação ciliar e à recarga de aquíferos; e aquelas consideradas hot spots

de biodiversidade, além de ecossistemas especialmente sensíveis.

Além disso, ficou também estabelecido que, dado a restrição orçamentária do Bolsa Verde, qua-

tro categorias de candidatos terão prioridade na escolha dos participantes: i) agricultores familia-

res; ii) produtores rurais cuja propriedade ou posse tenha área de até quatro módulos fiscais; iii)

produtores cujas propriedades estejam localizadas em Unidades de Conservação de categorias

de manejo sujeitas à desapropriação e em situação de pendência na regularização fundiária; e iv)

possíveis proprietários de áreas urbanas que preservem áreas que produzem os serviços enfoca-

dos pelo programa .

Quanto à distribuição do dinheiro entre os beneficiários, foi realizada uma estratificação entre

os candidatos em 3 diferentes tipos de propriedades e posses. Assim, há uma gradação na dis-

tribuição do orçamento total do programa entre as classificações, sendo que cada beneficiário

receberá o mesmo valor monetário por hectare, mas o tipo de classificação receberá montantes

financeiros diferentes.

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113

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

1) A classificação que receberá maior volume de recursos será a dos pro-

prietários e posseiros que conservem ou preservem áreas acima do limite

estabelecido pela legislação em termos da regularização da Reserva Legal e

da proteção das Áreas de Preservação Permanente.

2) Já a segunda, cobrirá as propriedades que conservem pelo menos os limi-

tes determinados pelo Código Florestal.

3) Por fim, a classificação que receberá menos recursos será a classificação

de propriedades e posses que necessitem de adequações quanto à estes crité-

rios de legislação ambiental.

No que concerne à periodicidade do programa, o fluxo de pagamentos será

contratado para cinco anos, com pagamentos anuais.

Segundo o Decreto, foram estabelecidas algumas fontes de recursos para a

formação do fundo que fomentará o Bolsa Verde. Para o pagamento monetá-

rio, serão utilizados recursos de consignação:

- Na Lei Orçamentária Anual e de créditos adicionais;

- De 10% dos recursos do Fundo de Recuperação, Proteção Ambiental e

Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas

Gerais – FHIDRO;

- De doações, contribuições ou legados de pessoas jurídicas, públicas ou pri-

vadas, nacionais ou estrangeiras;

- De dotações de recursos de outras origens.

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114M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Já os recursos utilizados para a produção de mudas que serão doadas aos

participantes do programa virão também destes 10% do FHIDRO; da conta

Recursos Especiais a Aplicar; da compensação pela utilização dos recursos

naturais; e de “convênios celebrados pelo Poder Executivo com agências de

bacias hidrográficas ou entidades a elas equiparadas e com órgãos e entidades

da União e dos Municípios”.

Para maiores informações sobre o programa acesse o site: http://www.ief.

mg.gov.br/bolsa-verde

5 . L E I f LO R E STA L M I N E I R A 2 9

A lei florestal mineira, um dos pilares da legislação ambiental do Estado,

expõe as regras para a ocupação do solo e para o uso e a conservação da ve-

getação nativa com o fim de proteger a biodiversidade e as águas no Estado

de Minas gerais.

A lei aprovada em 2013, Lei nº 20.92, substituiu a Lei nº 14.309, de 2002,

teve como objetivo a adequação da legislação estadual a novas regras e pa-

râmetros estabelecidos na Lei Florestal federal, aprovada em maio de 2012,

além da regulamentação de artigos da Constituição do Estado de Minas Ge-

rais relativos às questões ambientais. 29 Informações adaptadas a partir da Cartilha sobre a nova lei florestal de Minas Gerais: Orientações aos produtores rurais editada pela Assembleia Estadual de Minas Gerais. Texto original disponível em: http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/images/abook/pdf/set_14_69.pdf

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115

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Não obstante, a Lei Florestal de Minas além de tratar da política florestal tra-

ta também da proteção da biodiversidade do Estado, o que inclui o Sistema

Estadual de Unidades de Conservação.

Por isso, a Lei Florestal mineira traz regras que dialogam com duas leis fe-

derais:

• Lei Florestal federal, também chamada de Novo Código Florestal Brasilei-

ro (Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012); e com o

•Sistema Nacional de Unidades de Conservação – Snuc – (Lei Federal nº

9.985, de 18 de julho de 2000).

A Lei Florestal federal criou dois instrumentos muito importantes para a

regularização ambiental das propriedades ou posses rurais: o Cadastro Am-

biental Rural – CAR – e o Programa de Recuperação Ambiental – PRA.

O CAR nada mais é do que um registro público eletrônico de âmbito nacio-

nal, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem a finalidade de integrar

as informações ambientais das propriedades e posses rurais e compor base

de dados para combate ao desmatamento, controle, monitoramento e plane-

jamento ambiental e econômico.

Quais suas vantagens?

Comprovar que está em dia com a Legislação Ambiental;

Acessar crédito rural e demais programas oficiais de incentivo à produção;

Oportunidade de suspender multas ambientais cometidas até 22 de Julho

de 2008, desde que assuma o compromisso de regularizar.

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116M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita através do site www.car.

mg.gov.br

6 . R E C u R S O S H Í D R I CO SA Política Nacional de Recursos Hídricos foi instituída através da lei nº 9433

de 1997, em consonância com os preceitos estabelecidos pela Conferência

das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD,

a RIO 92. A Lei Federal 9433/1997 introduziu uma perspectiva baseada nos

fundamentos e princípios discutidos nas últimas décadas. A Lei das Águas,

como é conhecida, instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos.

A gestão das águas é realizada, nas jurisdições federal ou estadual, por um

Comitê de Bacia e fiscalizadas pela Agencia Nacional das Águas -ANA ou

pelos respectivos órgãos estaduais, ambos com enfoque em uma grande re-

gião.

Os instrumentos de gestão de recursos hídricos que deverão ser adotados

visando uma gestão descentralizada, integrada e participativa das águas.

São instrumentos de gestão:

- os planos diretores de recursos hídricos: são planos que visam fundamentar

e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o

gerenciamento desses recursos

- Enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponde-

rantes da água: trata-se de um zoneamento dos rios e demais corpos d`água,

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117

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

que objetiva assegurar às águas, qualidade compatível com o uso a que se

destinam, ou adequar o uso às condições ambientais.

- Outorga do direito de uso: é o instrumento pelo qual o poder público atri-

bui ao interessado, público ou privado, o direito de utilizar privativamente o

recurso hídrico.

- Cobrança pelo uso da água: é um instrumento econômico de gestão das

águas, que permite gerar receitas para amenizar aspectos quantitativos e qua-

litativos dos recursos hídricos.

- Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos: é um sistema de coleta,

armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fa-

tores intervenientes em sua gestão.

P L A N E JA M E N TO f E D E R A L E E S TA D uA L

O planejamento na gestão das águas define as melhores alternativas de utili-

zação dos recursos hídricos e orienta a tomada de decisão, de modo a produ-

zir os melhores resultados econômicos, sociais e ambientais.

Os Planos de Recursos Hídricos têm como objetivo principal fundamentar e

nortear a implementação das Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hí-

dricos e o gerenciamento dos mesmos, a curto, médio e longo prazo, com ho-

rizonte de planejamento compatível com o período de implantação de seus

programas e projetos, devendo ser acompanhados de revisões periódicas.

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118M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

P L A N O S E STA D uA I S D E R E C u R S O S H Í D R I CO S N O E STA D O D E M I NA S G E R A I S

No Estado de Minas Gerais, os Planos de Recursos Hídricos são elaborados

em dois níveis:

Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH-MG)

O Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) é um instrumento de gestão

da Política Estadual de Recursos Hídricos, previsto na Lei 13.199/99, cujo

objetivo é estabelecer princípios básicos e diretrizes para o planejamento e o

controle adequado do uso da água no Estado de Minas Gerais.

O Plano orienta sobre a necessidade de integrar a gestão de recursos hídricos

com as políticas setoriais, como a agricultura e o saneamento. É, ainda, um

elemento de articulação com os planos diretores das bacias hidrográficas do

Estado e, de forma mais abrangente, com o Plano Nacional de Recursos Hí-

dricos, como determina a Política Estadual de Recursos Hídricos, instituída

por lei.

O Plano Estadual de Recursos Hídricos foi concluído em 2010 e aprovado

pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos conforme Deliberação CERH/

MG, nº 260 de 26 de novembro de 2010 e pelo Governo de Minas por meio

do Decreto nº 45.565 de 22 de março de 2011.

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119

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas (PDRH’s).

O Plano Diretor de Recursos Hídricos é um instrumento de gestão da Políti-

ca Estadual de Recursos Hídricos, estabelecido pela Lei 13.199/99, que tem

como objetivo definir a agenda de recursos hídricos para as bacias hidrográ-

ficas do Estado de Minas Gerais, identificando ações de gestão, programas,

projetos, obras e investimentos prioritários, com a participação dos poderes

públicos estadual e municipal, da sociedade civil e dos usuários, tendo em

vista o desenvolvimento sustentável da Bacia.

O Plano Diretor de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas deverá apre-

sentar, conforme Resolução CNRH no 145/12, diagnóstico, prognóstico e

plano de ações, contemplando os recursos hídricos superficiais e subterrâ-

neos e estabelecendo metas de curto, médio e longo prazos e ações para seu

alcance, observando o art. 11º da Lei 13.199/99.

A Resolução CNRH no 145/12 define que a periodicidade da revisão dos

Planos diretores de Recursos Hídricos de Bacia Hidrográfica deverá ser es-

tabelecida considerando o horizonte de planejamento, as especificidades da

bacia hidrográfica e deverá ser baseada na avaliação de sua implementação

podendo sofrer emendas complementares, corretivas ou de ajuste.

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120M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

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121

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Atualmente, a situação das bacias hidrográficas em relação aos Planos Dire-

tores de Recursos Hídricos é a seguinte:

Situação do plano Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos - UPGRHAno de

ConclusãoAlcance

(ano)

Concluídos

Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas - SF5* 2004 / 2014

2010 / 20 anos

Bacia Hidrográfica do Rio Paracatu - SF7 2006 2015

Bacia Hidrográfica dos Rios Preto e Paraibuna - PS1 2006 2020

Bacia Hidrográfica dos Rios Pomba e Muriaé - PS2 2006 2020

Bacia Hidrográfica do Rio Araguari - PN2 2008 2016

Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba Capivari e Jaguari - PJ1 2012 2020

Bacia Hidrográfica do Rio Pará - SF2 2008 2016

Bacia Hidrográfica do Rio Verde - GD4 2010 2015

Bacia Hidrográfica dos Rios Jequitaí e Pacuí - SF6 2010 2020

Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí - GD5 2010 2020

Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Mogi - Pardo - GD6

2010 2020

Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Piranga - DO1 2010 2030

PIRH da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Piracicaba - DO2

2010 2030

Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Santo Antônio - DO3

2010 2030

Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Suaçuí - DO4 2010 2030

Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Caratinga - DO5 2010 2030

Bacia Hidrográfica do Rio Doce e PARH da UPG Manhuaçu - DO6 2010 2030

Bacia Hidrográfica do Araçuaí - JQ2 2010 2030

Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Rio Verde Grande - SF10

2011 2030

Bacia Hidrográfica do Alto Rio Grande - GD1** 2013 2030

Bacia Hidrográfica do Rio das Mortes - GD2** 2013 2030

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122M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Situação do plano Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos - UPGRHAno de

ConclusãoAlcance

(ano)

Concluídos

Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Alto Jequitinhonha - JQ1** 2013 04 anos

Bacia Hidrográfica do Médio e Baixo Jequitinhonha - JQ3** 2013 2032

Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Rio Pardo - PA1** 2013 2032

Bacia Hidrográfica dos Afluente Mineiros do Rio Urucuia - SF8** 2013 2032

Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Médio São Francisco - SF9** 2013 2030

Entorno do Reservatório de Furnas - GD3** 2013 2030

Em elaboração

Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Alto Paranaíba - PN1 2014 2030

Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Baixo Paranaíba - PN3 2014 2030

Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba - SF3 2014 04 anos

Entorno da Represa de Três Marias - SF4 2015 -

Em contratação

Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Baixo Rio Grande - GD8

2014 -

Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Médio Rio Grande - GD7

2014 -

Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Rio Mucuri - MU 2014 -

Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Rio São Mateus - SM 2014 -

Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Alto São Francisco - SF1 2014 -

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

O pA p E L D O S M u N I C í p I O S NA G E S TÃO D O S R E C u R S O S H í D R I C O S 3 0

A Gestão de Recursos Hídricos surge no sentido de buscar o equilíbrio e

garantir o acesso a todos de uma água de boa qualidade, capaz de satisfazer

todas as necessidades da população. Nesse sentido, destaca-se a importância

e o papel de todos os entes federados (União, Estados e Municípios) para o

alcance de uma gestão com bons resultados e atendimento a todos os cida-

dãos.

O município tem papel fundamental na gestão dos recursos hídricos. Apesar

dos cursos de água serem de domínio Federal ou Estadual, os municípios são

peças chaves para a preservação dos recursos hídricos dentro de seus limites.

Mesmo com a distribuição legal das competências previstas na legislação,

não há como dissociar o município da gestão de recursos hídricos, visto que

a mesma é de interesse local e interfere diretamente na qualidade da vida da

população.

Políticas públicas municipais com diretrizes ambientais permitem uma me-

lhor otimização da ocupação do território, e em função disso garantem a

disponibilidade de água ou até mesmo seu incremento para a população

local e os seus múltiplos usos. Ao estabelecer diretrizes relativas às unidades

de conservação, a política agrícola e ao zoneamento ambiental, em legislação

de competência suplementar, os Municípios permitem inserir as particulari-

dades inerentes a um espaço físico complexo e em contínua transformação.

Para exercer com plenitude e segurança a gestão dos recursos hídricos dentro

da lei, é importante que os municípios elaborem políticas públicas voltadas

30 Texto adaptado com informações parciais e trechos integrais dos artigos: O papel do Poder Público Municipal na gestão dos recursos hídricos de Gustavo Carneiro de Noronha, Mônica de Aquino Galeano Massera da Hora, Elza Maria Neffa Vieira de Castro, publicado na revista e Labor, volume 7, em 2013. Disponível em:www.compadre.org e O papel dos municípios da proteção dos recursos hídricos escrito por Enos florentino Santos, publicado na Revista Brasileira de Direito Constitucional em 2011. Disponível em: http://www.esdc.com.br/RBDC/RBDC-18/RBDC-18-105-Artigo_Enos_florentino_Santos_(O_Papel_dos_Municipios_na_Protecao_dos_Recursos_Hidricos).pdf

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124M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

para o abastecimento público e o esgotamento sanitário, bem como para ou-

tras atividades que impactam de certo modo os mananciais. O Plano Diretor

de Desenvolvimento Municipal se configura como uma dessas políticas pú-

blicas voltadas para inúmeros objetivos, entre eles, alguns que dizem respeito

a preservação dos cursos de água.

A competência dos municípios para organizar seu solo urbano acarreta-lhes

também a obrigação de exercer a aplicação de políticas que visem ao interes-

se público, e o descumprimento dessas obrigações “acarreta ônus ou gravames

suportados individualmente por cada qual” de zelar pelos bens aí existentes

– sendo a água um dos principais, o bem da vida – promovendo fiscalização

sobre edificações e exercendo exame pormenorizado nos projetos de novos

loteamentos, tanto nas áreas centrais como na periferia e exercitando.

Obrigação, no sentido de exercer seu poder de polícia para não sofrer conse-

quências de, negligenciando e expor-se ao questionamento judicial, podendo

inclusive passar a figurar no pólo passivo de ações civis públicas que buscam

a sua responsabilização.

Para que os Municípios desempenhem com efetividade seu papel na gestão

dos recursos hídricos, necessário estarem preparados tanto do ponto de vista

jurídico, como do institucional. Para exercer com plenitude e segurança a

gestão dos recursos hídricos dentro da lei, é importante que os municípios31:

- Desenvolvam políticas urbanísticas que privilegiem a preservação ambiental;

- exerçam o poder de polícia com eficiência, promovendo a fiscalização tanto

local como documental sobre novos loteamentos propostos e buscando a re-

gularização dos já existentes, aí considerados os irregulares e os clandestinos;

31 Conclusões apresentadas por Enos florentino Santos no artigo: O PAPEL DOS MuNICÍPIOS NA PROTEÇÃO DOS RECuRSOS HÍDRICOS publicado na Revista Brasileira de Direito Constitucional em 2011. Disponível em: http://www.esdc.com.br/RBDC/RBDC-18/RBDC-18-105-Artigo_Enos_florentino_Santos_(O_Papel_dos_Municipios_na_Protecao_dos_Recursos_Hidricos).pdf

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125

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

- Realizem políticas públicas de saneamento, com rigorosa fiscalização sobre

o despejo de lixo nas matas, lagos, rios; - revisem com frequência as suas en-

costas para prevenir toda a interferência predadora provocada pela expansão

demográfica o que, além de preservar o meio ambiente, previne acidentes de

graves proporções;

- Apliquem junto à população local programas que visem à conscientização

sobre a importância dos recursos ambientais, em especial a água;

- Implementem no currículo das escolas públicas – planos infantil e funda-

mental - a educação ambiental, em cumprimento à previsão constitucional

do art. 225, § 1°, VI, como medida de base;

- Participem com efetividade dos consórcios de bacias, no que tange à sua

capacidade hidrográfica;

- Incentivem a participação da população e da sociedade civil, em todos os

âmbitos, da importância do zelo ambiental;

- Estejam presentes e incentivem na formação dos comitês de bacias, quando

for o caso;

- Especializem seus bancos de dados sobre os recursos naturais e os transfor-

mem em informação a ser compartilhada por toda a sociedade e participem

das coordenações regionais de preservação dos recursos hídricos, incentivan-

do a articulação convergente.

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126M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

A atividade mineraria é capaz de agregar considerável receita para os municí-

pios, levar ao desenvolvimento sócio-econômico, mas, ao mesmo tempo, gera

consequências negativas do ponto de vista ambiental. Essa atividade também

é responsável por aumentar as demandas por serviços públicos essenciais e

imprimir uma dependência econômica em relação à mineração, que é uma

atividade finita.

Minas Gerais é o mais importante estado minerador do país:

-Extrai mais de 160 milhões de toneladas/ano de minério de ferro;

-É responsável por aproximadamente 53% da produção brasileira de mine-

rais metálicos e 29% de minérios em geral;

-As reservas mineiras de nióbio são para mais de 400 anos. Existem somente

três minas em todo o mundo;

- A atividade de mineração está presente em mais de 250 municípios minei-

ros;

- Dos dez maiores municípios mineradores, sete estão em Minas, sendo Ita-

bira o maior do País;

- Mais de 300 minas estão em operação. Das 100 maiores do Brasil, 40 estão

localizadas no Estado. 67% das minas classe A (produção superior a 3 mi-

lhões t/ano) estão em MG.

7. R E C u R S O S M I N E R A I S

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127

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

O Q u E D E V E V I SA R O G E S TO R M u N I C I PA L

Por isso, o gestor municipal deve se capacitar e tomar todas as medidas ne-

cessárias para aplicar corretamente a CFEM e fiscalizar sua arrecadação, po-

dendo para isso:

• Viabilizar os procedimentos para licenciar ambientalmente peque-

nas minerações, se for o caso;

• Tomar providências preventivas e resolutivas em caso de conflito

entre mineração e áreas ambientalmente protegidas;

• Viabilizar a exploração de recursos minerais de emprego imediato

na construção civil, para atender a obras públicas;

• Estabelecer um relacionamento institucional entre município e mi-

neradora, de maneira técnica e com profissionalismo,

L E G I S L AÇÃO M I N E R A R I A D E I N T E R E SS E D O S M u N I C Í P I O S

- Constituição Federal de 1988;

- Decreto-Lei n. 227 de 1967 (Código de Mineração);

- Decreto n. 62.934 de 1968 (Regulamento do Código de Mineração);

- Lei n. 6567 de 1978;

- Lei n. 7.990 de 1989;

- Lei n. 8.001 de 1990;

- Decreto n. 001 de 1990;

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128M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

- Decreto 3.358 de 2000;

-Portarias e Instruções Normativas, do DNPM (http://www.dnpm.gov.br/

conteudo.asp?IDSecao=67);

-Projetos de Emenda à Constituição e Projetos de Lei (http://www.dnpm.

gov.br/conteudo.asp?IDSecao=67)

CO M P E N SAÇÃO f I NA N C E I R A P E L A E x P LO R AÇÃO D E R E C u R S O S M I N E R A I S - C f E M

A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM),

estabelecida pela Constituição de 1988 e regulamentada pela Lei n.º

7.990/89, é um royalty mineral que tem como objetivo capturar parte do va-

lor da renda referente à redução do estoque mineral. Trata-se do pagamento

realizado pelas empresas mineradoras, resultante da exploração de recursos

minerais para fins lucrativos e aproveitamento econômico.

A CEFEM foi instituída com o objetivo de minimizar os impactos socio-

ambientais provocados pela atividade de mineração, sendo distribuída aos

Municípios, Estados e para a União nas seguintes proporções:

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129

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Todo valor recolhido à título de CFEM pelas empresas mineradoras são dis-

tribuídos dessa forma (exceções para os recursos que extrapolam a previsão

orçamentária e foram contingenciados pelo governo).

O órgão responsável pela fiscalização e acompanhamento dos recolhimentos

da CFEM é o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), autar-

quia federal ligada ao Ministério de Minas e Energia.

Além de fiscalizar se os recolhimentos efetuados pelas empresas estão cal-

culados de acordo com a legislação, é atribuição do órgão efetuar a cobrança

administrativa dos débitos e propor a execução judicial através da Advocacia

Geral da União em exercício no órgão.

Os recursos da CFEM são de extrema valia para os municípios, o que torna

o papel do DNPM fundamental para a arrecadação desse recurso. Os valores

repassados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a título de com-

pensação financeira pela exploração de atividades minerárias em seus domí-

nios devem ser reinvestidos na recuperação do meio ambiente, no desenvol-

vimento da infra-estrutura e na atração de novos investimentos e atividades,

tendo em vista a diversificação da economia local e regional, com o intuito

de minimizar os impactos e a dependência em relação à atividade mineral.

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130M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

8 . E M E R G ê N C I A A M B I E N TA L E E V E N TO S C R Í T I CO S

A emergência é uma situação crítica ou acontecimento perigoso e fortuito,

que pode ocorrer em diferentes níveis de importância. Em diversos contex-

tos, as Emergências Ambientais podem colocar em risco as vidas humanas, o

meio ambiente, a saúde pública, os bens vulneráveis e as atividades sociais e

econômicas, sendo que uma resposta rápida a estes eventos indesejados pode

ser um fator muito relevante para a redução dos impactos potenciais.

A emergência ambiental decorre de um acidente ou a iminência de ocor-

rência de acidente com danos ambientais oriundas de atividades industriais,

minerárias, de transporte de produtos e resíduos perigosos e infra-estrutura

envolvendo produtos químicos perigosos.

Como exemplo de acidentes, pode-se citar:

Explosões;

Colisões e Tombamento de veículos;

Descarrilamento de composições ferroviárias;

- Vazamentos diversos ou derramamento de produtos perigosos.

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131

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

Também são consideradas emergências a mortandade de peixes e o rompi-

mento de barragem industrial, de mineração e de abastecimento.

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132M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

9 . fO N T E S D E R E C u R S O S E f I NA N C I A M E N TO S

- Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA

www.mma.gov.br/fnma | (61) 2028-2160 / 2169

- Fundação Nacional de Saúde – FUNASA

www.funasa.gov.br | (31) 3248-2990 / 2991

- Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNS Ambiental / MCi-

dades

www.mcidades.gov.br | (61) 2108-1925 / 1931

- Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Ba-

cias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – FHIDRO

www.igam.mg.gov.br | (31) 3915-1813 / 1823

- Programa de Modernização Institucional e Ampliação da Estrutura dos

Municípios

www.bdmg.mg.gov.br | (31) 3219-8000

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133

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

1 0 . S I T E S E E N D E R E ÇO S D E I N T E R E SS E

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável –

SEMAD

Prédio Minas 1º e 2º andar

Cidade Administrativa

Rodovia João Paulo II – 4143

Bairro Serra Verde

Belo Horizonte – MG

[email protected]

[email protected]

(31) 3915 1897

Instituto Mineiro de Gestão de Águas – IGAM

Prédio Minas 1º e 2º andar

Cidade Administrativa

Rodovia João Paulo II – 4143

Bairro Serra Verde

Belo Horizonte – MG

[email protected]

(31) 3915 1252

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134M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

Instituto Estadual de Florestas – IEF

Prédio Minas 1º e 2º andar

Cidade Administrativa

Rodovia João Paulo II – 4143

Bairro Serra Verde

Belo Horizonte – MG

[email protected]

(31) 3915 1159

Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM

Prédio Minas 1º andar

Cidade Administrativa

Rodovia João Paulo II – 4143

Bairro Serra Verde

Belo Horizonte – MG

[email protected]

(31) 3915 1244

Superintendências Regionais de Meio Ambiente

SUPRAM CENTRAL METROPOLITANA – CM

Rua Espírito Santo, 495 – 2º andar – Centro

Belo Horizonte – MG

[email protected]

(31) 3 228 7700/7831

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135

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

SUPRAM ALTO SÃO FRANCISCO - ASF

Rua Bananal, 549

Bairro Vila Belo Horizonte

Divinópolis

[email protected]

(37)3 229 2800

SUPRAM JEQUITINHONHA – JEQUI

Avenida Saudade, 335 – Centro

Diamantina

[email protected]

(38) 3532 6650/3531 2650

SUPRAM LESTE MINEIRO – LM

Rua Oito, 146

Bairro Ilha dos Araújos

Governador Valadares

[email protected]

(33) 3271 4988/4935

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136M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

SUPRAM NOROESTE - NOR

Rua Jovino Rodrigues Santa, 10

Bairro Nova Divinésia

Unaí

[email protected]

(38) 3677 9800

SUPRAM NORTE DE MINAS - NORTE

Avenida José Corrêa Machado, 900

Bairro Ibituruna

Montes Claros

[email protected]

(38) 3 224 7500

SUPRAM SUL DE MINAS – SM

Avenida Manoel Diniz, 145

Bairro Industrial JK

Varginha

[email protected]

(35) 3 229 1816/1941

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137

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

SUPRAM TRIÂNGULO MINEIRO – TMAP

Praça Tubal Vilela, 03 – Centro

Uberlândia

[email protected]

(34) 3088 6400

SUPRAM ZONA DA MATA – ZM

Rodovia Ubá-Juiz de Fora – km 02 – Horto Florestal

[email protected]

(32) 3539 2700

SUB SECRETARIA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA-

SGRAI

Prédio Minas 2º andar

Cidade Administrativa

Rodovia João Paulo II – 4143

Bairro Serra Verde

Belo Horizonte – MG

[email protected]

(31) 3915 1895

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138M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

CENTRO MINEIRO DE REFERÊNCIA EM RESÍDUOS - CMRR

Avenida Belém, 40

Bairro Esplanada

Belo Horizonte

[email protected]

(31) 3465 1200

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO À BIODIVERSI-

DADE – ICMBIO

Coordenação Regional em Lagoa Santa

Av Dra. Vilma Edelweiss dos Santos, 115

Bairro Lundcéia

Lagoa Santa

[email protected]

(31) 3681 1905

EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO ES-

TADO DE MG – EMATER

Av Raja Gabáglia, 1626

Bairro Gutierrez

Belo Horizonte

[email protected]

(31) 3349 8000

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139

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS

NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA

Avenida do Contorno, 8121

Bairro de Lourdes

Belo Horizonte

[email protected]

(31) 3555 6100/6119

NÚCLEO DE EMERGÊNCIA AMBIENTAL – NEA

Prédio Minas 1º andar

Cidade Administrativa

Rodovia João Paulo II – 4143

Bairro Serra Verde

Belo Horizonte – MG

[email protected]

(31) 3915 1237/1236

DIRETORIA DE GESTÃO DE DENÚNCIAS AMBIENTAIS

Prédio Minas 1º andar

Cidade Administrativa

Rodovia João Paulo II – 4143

Bairro Serra Verde

Belo Horizonte – MG

[email protected]

(31) 3915 1299/1316

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140M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

SUBSECRETARIA DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

Prédio Minas 1º andar

Cidade Administrativa

Rodovia João Paulo II – 4143

Bairro Serra Verde

Belo Horizonte – MG

subsecretaria.fiscalizaçã[email protected]

(31) 3915 1170

DIRETORIA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS FLORES-

TAIS E EVENTOS CRÍTICOS

Prédio Minas 1º andar

Cidade Administrativa

Rodovia João Paulo II – 4143

Bairro Serra Verde

Belo Horizonte – MG

[email protected]

(31) 3915 1385/1386

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141

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

1 1 . G LO SSÁ R I OAÇÃO CORRETIVA - Ação implementada para eliminar as causas de uma

não-conformidade, de um defeito ou outra situação indesejável existente, a

fim de prevenir sua repetição.

ACONDICIONAMENTO- Termo utilizado na Gestão de Resíduos Sólidos

para designar o ato ou efeito de embalar os resíduos sólidos para o transporte.

ACONDICIONAMENTO DE LODO- Diz-se da desidratação, floculação,

filtração ou centrifugação do lodo. O mesmo que condicionamento do lodo.

ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS- Diz-se do ato de embalar os

resíduos visando ao armazenamento, ao transporte, à estocagem, à reutiliza-

ção, à reciclagem, ao tratamento ou à disposição final.

ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS- Forma tempo-

rária de acondicionamento de resíduos perigosos em contêineres, tambores,

tanques ou embalagens plásticas à espera de reciclagem, recuperação, trata-

mento e/ou disposição final.

AFLORAMENTO ROCHOSO- Parte de um maciço ou camada de rocha,

de qualquer natureza, que chega à superfície do solo em virtude de irrupção

ou desnudamento da capa preexistente. Ex. Afloramento de calcário.

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142M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

AFLUENTE- Curso d’água cujo volume ou descarga contribui para aumen-

tar outro, no qual desemboca. Chama-se, ainda, de afluente o curso d’água

que desemboca num lago ou numa lagoa.

AGÊNCIA DE BACIA- Organismo novo na administração dos bens públi-

cos do Brasil. As Agências de Bacia têm como objetivo promover a gestão

integrada dos recursos hídricos e demais recursos ambientais de uma deter-

minada bacia hidrográfica.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA)- Agência criada pela Lei Fede-

ral nº 9.984, der 17/07/2000 e que tem como função implementar a Política

Nacional de Recursos Hídricos, disciplinar o uso e articular o planejamento

dos setores usuários desses recursos nos níveis nacional, regional e estadual.

AGENDA AZUL- Diz-se do conjunto de atividades voltadas para a Gestão

de Recursos Hídricos. No Estado de Minas Gerais, o Instituto Mineiro de

Gestão das Águas – IGAM é o órgão do Sistema Estadual de Meio Ambiente

– SISEMA – responsável pela implantação da Agenda Azul. É de responsa-

bilidade do IGAM o planejamento e a administração de todas as ações dire-

cionadas à preservação da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos

em Minas Gerais.

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143

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

AGENDA MARROM- Diz-se do conjunto de atividades voltadas para a fis-

calização e controle das atividades industriais, minerarias, de infra-estrutura e

de saneamento. A Agenda marrom é aquela que tem como responsabilidade

a fiscalização e controle de atividades degradadoras e poluidoras do meio

ambiente e, no Estado de Minas Gerais está a cargo da FEAM.

AGENDA VERDE- Diz-se o conjunto de atividades voltadas para a prote-

ção e manejo dos recursos florestais e da biodiversidade. No Estado de Minas

Gerais, o Instituto Estadual de Florestas – IEF é o órgão do Sistema Estadual

de Meio Ambiente, responsável pela implantação da Agenda Verde e tem

como missão propor, coordenar e executar as políticas florestais e de gestão

da pesca no Estado de Minas Gerais.

AGENDA 21- Documento aprovado pela Conferência das Nações Unidas

sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em

1992, que fortalece a idéia de que o desenvolvimento econômico deve ocor-

re com equidade social e equilíbrio ecológico.

AGRICULTURA SUSTENTÁVEL- É o resultado dos métodos alternativos

que utilizam a agricultura ecológica, a biodinâmica e o controle biológico,

visando ao desenvolvimento de uma agricultura com o menor impacto pos-

sível ao meio ambiente e à saúde humana.

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144M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

AGRIMENSURA- Técnica de medição de superfície de terrenos, de levanta-

mento de plantas e transcrição para o papel.

AGROTÓXICOS- Produtos químicos destinados ao uso em setores de pro-

dução, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pas-

tagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossiste-

mas, e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade

seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação

danosa de seres vivos considerados nocivos.

AMBIENTALISMO- Termo utilizado em Ecologia para designar o conjunto

de idéias, ideologia ou movimento em favor do meio ambiente. É o conjunto

de ações e práticas que visam a reverter o quadro de crise ambiental, de di-

mensão planetária, que ocorre atualmente.

ARBORIZAÇÃO URBANA- Diz-se da plantação e cultura de árvores em

áreas urbanas com o objetivo de gerar sombra, amenizar o clima e embelezar

as ruas. A arborização urbana, além de ser importante pelo aspecto estético,

deve ser planejada para gerar conforto ambiental e bem-estar da comunidade.

ÁREA CONTAMINADA- Área onde foi comprovada poluição causada por

depósito, acumulação, armazenamento, enterramento ou infiltração de subs-

tâncias ou resíduos, gerando impactos ambientais negativos.

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145

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

ÁREA DE ENTORNO- Área que circunda as Unidades de Conservação

delimitada num raio de dez quilômetros, a partir de seus limites.

ÁREA DEGRADADA POR LIXÕES- Área que apresenta alteração adversa

das suas características ambientais em função da disposição inadequada de

lixo, o que causa polução da água, do solo e do ar.

ÁREA DE RESTRIÇÃO AMBIENTAL- Diz-se da área que, em função de

suas particularidades ou da sua fragilidade do ponto de vista ambiental, apre-

senta restrições em relação ao desenvolvimento de atividades potencialmen-

te poluidoras ou degradadoras do meio ambiente.

ÁREA DERISCO - Diz-se da área que apresenta risco do ponto de vista de

sua ocupação ou desenvolvimento de atividades econômicas, em função das

características geológicas.

ÁREA URBANA- Área compreendida no perímetro urbano definido por lei

municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas. (Lei Federal

nº 4.771, de 15/09/1965).

ASSOREAMENTO- É o processo de obstrução de um corpo d’água (rio, ca-

nal, estuário,lago, etc.) pelo acúmulo de substâncias minerais (areia, argila...)

ou orgânicas, ocasionando a diminuição de sua profundidade e da velocidade

das águas.

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146M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

ATERRO CONTROLADO- Método de disposição do lixo sobre o solo, em

camadas de 1,0 a 1,5m, cobertas com uma camada de terra ou material

inerte de 10 a 15 cm de espessura, na conclusão de cada jornada de trabalho.

Deve ser feito o isolamento da área, sistema de drenagem superficial e de

valas especiais para disposição de resíduos sépticos.

ATERRO SANITÁRIO - Forma de disposição de resíduos sólidos urbanos

no solo, realizada dentro de critérios técnicos e operacionais que previnem a

poluição e danos à saúde pública.

AUDIÊNCIA PÚBLICA- Forma de consulta aos diversos atores sociais afe-

tados, direta ou indiretamente, pelos impactos ambientais decorrentes de

planos, programas, atividades e empreendimentos.

“É a reunião destinada a expor à comunidade as informações sobre a obra ou

atividade potencialmente causadora de significativo impacto ambiental e o

respectivo Estudo de Impacto Ambiental – EIA, dirimindo dúvidas e reco-

lhendo as críticas e sugestões a respeito para subsidiar a decisão quanto ao

seu licenciamento” (Deliberação Normativa COPAM nº 12, de 13/12/1994,

que dispõe sobre a convocação e a realização de Audiências Públicas).

AUTOCLAVE- Equipamento que utiliza vapor de água sob pressão para

esterilizar instrumentos. Atualmente, é também utilizado para esterilizar Re-

síduos Sólidos de Serviços de Saúde.

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147

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

AUTO DE INFRAÇÃO- Documento emitido por autoridade ambiental

competente, que atesta a existência de uma infração à legislação ambiental.

A infração é devidamente caracterizada no auto, e o autuado tem prazo le-

galmente estabelecido para apresentar defesa.

AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO (AAF) - Do-

cumento instituído no Estado de Minas Gerais por meio da Deliberação

Normativa COPAM nº 74, de 09/09/2004, para os empreendimentos con-

siderados de Impacto Ambiental não significativo e que ficam dispensados

processo de Licenciamento Ambiental.

AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL (APEF) - Diz-se

da autorização dada pelo órgão responsável, para supressão de vegetação em

áreas onde serão implantados empreendimentos industriais, minerários, flo-

restais, agropecuários, de infra-estrutura urbana, para fins hidrelétricos, etc.

AVALIAÇÃO DE RISCOS - Processo pelo qual os resultados da análise de

riscos são utilizados para a tomada de decisão, através de critérios compa-

rativos de riscos, para definição da estratégia de gerenciamento dos riscos e

aprovação do licenciamento ambiental de um empreendimento.

BIODEGRADÁVEL- Diz-se produto, efluente ou resíduo que se decompõe

pela ação de microorganismos, tornando mais fácil a sua assimilação pelo

meio ambiente.

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148M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

BIODIVERSIDADE- “Significa a variabilidade de organismos vivos de todas

as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, ma-

rinhos, e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que

fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre

espécies e de ecossistemas”.

CADASTRO AMBIENTAL RURAL (CAR) –é um registro eletrônico obri-

gatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as infor-

mações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanen-

te – APP, das áreas de Reserva Legal - RL, das florestas e dos remanescentes

de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das

propriedades e posses rurais do país.

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL (CTF) - é obrigatório para pessoas físi-

cas e jurídicas que exercem atividades potencialmente poluidoras e utiliza-

doras de recursos ambientais e/ou se dedicam a Atividades e instrumentos

de defesa ambiental.

CAPINA QUÍMICA- Diz-se da eliminação de vegetais realizada por meio

da aplicação de produtos químicos que, muitas vezes, além de matá-los, im-

pedem o seu crescimento. Deve ser feita de forma cuidadosa para evitar a

poluição das águas e do solo.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

CHORUME- Líquido escuro, malcheiroso, que apresenta elevada demanda

bioquímica de oxigênio – DBO e é altamente poluente. Tem composição e

quantidade variáveis e afetam sua composição, entre outros fatores, o índice

pluviométrico e o grau de compactação das células do lixo. Deve ser tratado

dentro de critérios técnicos para não poluir o solo e as águas superficiais e

subterrâneas.

CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL (COPAM) – Con-

selho normativo e deliberativo que integra o sistema de meio ambiente do

Estado de Minas Gerais, e foi criado em 29/04/1977. Visando a ampliação da

representatividade do COPAM e a promoção de sua descentralização, foram

implantadas as Unidades Regionais Colegiadas do COPAM.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA) – Órgão

colegiado, representativo dos mais diversos setores do Governo e da socieda-

de que tem direta ou indiretamente interveniência com relação aos aspectos

ambientais.

CONSERVAÇÃO AMBIENTAL - Manejo dos recursos do ambiente (ar,

água, solo, minerais e espécies viventes, incluindo o homem), de modo a

conseguir a mais alta qualidade de vida humana sustentada. Nesse contexto,

o manejo dos recursos inclui prospecções, pesquisa, legislação, administração,

preservação, utilização, educação e treinamento.

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150M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

CONTROLE AMBIENTAL- É o conjunto de ações tomadas pelo poder pú-

blico e por particulares, visando manter, em níveis satisfatórios, as condições

ambientais e a qualidade de vida da população. O poder público exerce o

controle ambiental de acordo com a Política e a Legislação Ambiental, utili-

zando instrumentos, tais como: padrões de lançamento de efluentes, padrões

de qualidade ambiental, zoneamento ambiental, fiscalização e licenciamento

ambiental, monitoramento ambiental.

DANO AMBIENTAL- Considera-se dano ambiental qualquer efeito deleté-

rio causado ao meio ambiente por pessoa física ou jurídica, de direito públi-

co ou privado. O dano pode resultar na degradação da qualidade ambiental

– alteração adversa das características do meio ambiente – ou em poluição.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL- É processo de formação social orientado para

o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambien-

tal. Prevê o desenvolvimento de atitudes que levem à preservação e ao con-

trole ambiental, e de habilidades e instrumentos tecnológicos necessários à

solução dos problemas ambientais.

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151

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

IMPACTO AMBIENTAL - Qualquer alteração das propriedades físicas, quí-

micas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria

ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,

afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais

e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e

a qualidade dos recursos ambientais. Resolução CONAMA nº 306, de 5 de

julho de 2002.

INVENTÁRIO AMBIENTAL- É o levantamento minucioso e sistemático

resultante da análise, identificação e coleta de informações sobre os recursos

ambientais de uma região ou área de estudo.

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL - Conjunto de regulamentos jurídicos desti-

nados especificamente às atividades que afetam a qualidade do meio am-

biente.

LICENÇA AMBIENTAL- “Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental

competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle am-

biental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurí-

dica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades

utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente

poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação

ambiental” (Resolução CONAMA n° 237, de 19/12/1997).

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152M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) – Licença que “autoriza a instalação do

empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes

dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de con-

trole ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo deter-

minante”.

LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) – Licença que autoriza a operação da

atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento

do que consta das licenças anteriores. As licenças ambientais poderão ser ex-

pedidas, isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características

e fase do empreendimento ou atividade.

Na fase de LO, é feita vistoria ao empreendimento para verificar se os pro-

jetos de controle ambiental foram implantados, conforme aprovados na fase

anterior, se estão de acordo com a legislação ambiental vigente e com os

estudos ambientais.

LICENÇA PRÉVIA (LP) – Licença “concedida na fase preliminar do pla-

nejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e

concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos

básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua imple-

mentação”.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

LICENCIAMENTO AMBIENTAL – Procedimento administrativo pelo

qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, amplia-

ção e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos

ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou daquelas

que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

LICENCIAMENTO CORRETIVO - Procedimento corretivo utilizado para

os empreendimentos instalados anteriormente à legislação ambiental, ou que

estejam em desacordo com a legislação ambiental.

MEIO AMBIENTE- Conjunto de condições, leis, influências e interações de

ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas

as suas formas.

(Lei Federal nº 6.938, de 31/08/1981, que dispõe sobre a Política Nacional

do Meio Ambiente).

OUVIDORIA AMBIENTAL- Sistema utilizado pelos órgãos ambientais

com o objetivo de receber, tramitar e encaminhar sugestões, reclamações,

denúncias e propostas enviadas à instituição, fornecendo ao interessado

informações sobre os encaminhamentos e soluções dados às questões

demandadas.

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154M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

PASSIVO AMBIENTAL- Diz-se dos custos e responsabilidades, referentes às

atividades de adequação de um empreendimento potencialmente poluidor

aos requisitos da legislação ambiental e à compensação por danos ambientais

causados a terceiros.

PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO- é o “conjunto de elementos bióticos e

abióticos, socioeconômicos e histórico-culturais, subterrâneos ou superficiais,

representados pelas cavidades naturais subterrâneas ou a estas associados –

Decreto Federal n° 99.556, de 01/10/1990, que dispõe sobre a proteção das

cavidades naturais subterrâneas existentes no território nacional.

PERÍCIA AMBIENTAL- é a perícia realizada para elucidar aspectos ambien-

tais, com o objetivo de avaliar circunstâncias e relações de responsabilidade

e de causa-efeito, além de analisar o nível de comprometimento dos recursos

ambientais e da qualidade ambiental.

PESQUISA MINERAL- “Execução dos trabalhos necessários à definição da

jazida e à avaliação e determinação da exeqüibilidade do seu aproveitamento

econômico” (Decreto-Lei nº 227, de 22/02/1967).

PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA) - É um dos documentos

técnicos necessários ao Licenciamento Ambiental: é exigido pela Resolução

CONAMA N° 09, DE 06/12/1990, para concessão de Licença Ambiental.

O Plano de Controle Ambiental deve propor as medidas mitigadoras para os

impactos ambientais, visando solucionar os problemas detectados.

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A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE

(PGRSS) - Documento integrante do processo de Licenciamento Ambien-

tal, baseado nos princípios da não-geração de resíduos e na minimização da

geração de resíduos que, de acordo com a Resolução CONAMA nº 358,

de 29/04/2005, disciplina as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos

serviços de saúde, contemplando os aspectos referentes à geração, segrega-

ção, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, tra-

tamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio

ambiente.

PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) -

Documento técnico necessário ao Licenciamento Ambiental das atividades

minera0rias; prevê a recuperação de áreas degradadas e o seu uso futuro. O

dever de recuperar o meio ambiente degradado pela exploração de recursos

minerais foi instituído pela Constituição Federal, de 1998, em seu Art. 225,

&2º.

POLUENTE – Qualquer substância ou energia que, lançada para o meio,

interfere com o funcionamento de parte ou de todo ecossistema.

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156M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

POLUIÇÃO – Segundo a Lei no 6.938 – Política Nacional do Meio Am-

biente, poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de ativi-

dades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e

o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais

e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições

estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em

desacordo com os padrões ambientais.

POLUIDOR - a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, res-

ponsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação

ambiental.

RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL (RCA)- é um documento

técnico, necessário ao licenciamento ambiental e, deve ser elaborado de acor-

do com as diretrizes dos órgãos ambientais.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL

(RADA) - Documento apresentado ao órgão ambiental do Estado de Minas

Gerais para a renovação da licença de operação (LO), que tem prazo de va-

lidade de acordo com a classificação do empreendimento quanto ao porte e

potencial poluidor.

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157

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

RESERVA BIOLÓGICA – Categoria de Unidade de Conservação que per-

tence ao grupo das Unidades de Proteção Integral e “tem como objetivo a

preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus

limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais.” É de

posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas aos seus

limites são desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.

RESERVA LEGAL – Diz-se do percentual da propriedade, que apresenta

restrições de uso, com o objetivo de manter as características da área, a di-

versidade biológica e o patrimônio genético.

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN) – Ca-

tegoria de Unidade de Conservação que faz parte das unidades de uso sus-

tentável e “é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo

de conservar a diversidade biológica” (Lei Federal nº 9.985, de 18/07/2000).

RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSSS) – “São todos

aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços de saúde que, por

suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo,

exigindo, ou não, tratamento prévio à sua disposição final”. (Resolução CO-

NAMA nº 358, de 20/04/2005).

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – São os resíduos gerados nas atividades

urbanas de origem domiciliar, comercial, hospitalar, industrial e de limpeza

das ruas e praças (lixo público).

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158M a n u a i s D e G e s t ã o P ú b l i c a M u n i c i P a l

M e i o a M b i e n t e

SUSTENTABILIDADE – Termo utilizado para designar o resultado do equi-

líbrio entre as dimensões ambiental, econômica e social nos empreendimen-

tos humanos. De acordo com a ONU - Organização das Nações Unidas,

a vida é sustentável quando é possível dispor de no mínimo 1 mil m³ por

habitante/ano.

USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM – Usina que promove a se-

paração do lixo e realiza a compostagem das frações orgânicas dos resíduos

sólidos. É uma instalação dotada de pátio de compostagem e do conjunto de

equipamentos destinados a promover e auxiliar o tratamento.

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – Expressão utilizada em planejamento

territorial para designar a forma e o processo de utilização do solo e o modo

de assentamento.

USO SUSTENTÁVEL – Exploração do ambiente, de forma socialmente

justa e economicamente viável, de maneira a garantir a perenidade dos re-

cursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos e, a manutenção da

biodiversidade.

VALORAÇÃO AMBIENTAL – Atribuição de valores monetários aos Ativos

e Passivos Ambientais.

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159

A s s o c i A ç ã o M i n e i r A d e M u n i c í p i o s

ZONA DE AMORTECIMENTO – Diz-se do entorno de uma Unidade de

Conservação, onde as atividades antrópicas estão sujeitas a normas e restri-

ções específicas, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais nega-

tivos incidentes na Unidade de Conservação.

ZONA DE USO ESTRITAMENTE INDUSTRIAL (ZEI) – Área que se des-

tina, preferencialmente, à localização de empreendimentos industriais cujos

resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações e radiações

possam causar perigo a saúde, ao bem-estar e à segurança das populações.

(Lei Federal nº 6.803, de 02/07/1980).

ZONEAMENTO AMBIENTAL - Integração sistemática e interdisciplinar

da análise ambiental ao planejamento dos usos do solo, com o objetivo de

definir a melhor gestão dos recursos ambientais identificados.

ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO (ZEE) – É o zoneamento

que, na área de proteção ambiental, estabelece as normas de uso, de acordo

com as condições locais bióticas, geológicas, urbanísticas, agro-pastoris, extra-

tivistas, culturais e outras... (Resolução CONAMA nº 010, de 14/12/1988).

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M e i o a M b i e n t e