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RELATÓRIO 2018 ESCOLA TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL DA ZONA DO PI- NHAL - ETPZP PEDROGÃO GRANDE Área Territorial de Inspeção do Centro

2018...ESCOLA TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL DA ZONA DO PINHAL - ETPZP – PEDROGÃO GRANDE 3 1.2. O plano anual de atividades, para 2018-2021, elenca um conjunto de ações a realizar

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RELATÓRIO

2018

ESCOLA TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL DA ZONA DO PI-

NHAL - ETPZP

PEDROGÃO GRANDE

Área Territorial de Inspeção do Centro

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ESCOLA TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL DA ZONA DO PINHAL - ETPZP – PEDROGÃO GRANDE

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No contexto da integração europeia e do desafio do desenvolvimento económico e social que urgia promo-

ver, a qualificação dos recursos humanos do país, através da multiplicação da oferta de formação profissio-

nal e profissionalizante, tornou-se um dos vetores da modernização da educação. Com a publicação do De-

creto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro foram criadas as escolas profissionais e os cursos profissionais, da inici-

ativa conjunta dos então Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança Social, em cooperação com

entidades públicas e privadas, apresentando-se como uma alternativa de formação após o 9.º ano de esco-

laridade.

Em 2004-2005, com a reforma do Ensino Secundário, os cursos profissionais passam a fazer parte integrante

do nível secundário da educação, assistindo-se a um crescimento da oferta de formação inicial nas escolas

secundárias públicas. O ensino profissional deixa de ser uma modalidade especial de educação e passa a

integrar a diversidade de ofertas qualificantes de dupla certificação do ensino secundário de educação. A

sua generalização, em 2006-2007, a todas as escolas públicas, conjugada com a decisão de estabelecer 12

anos de escolaridade obrigatória, torna evidente que a elevação da qualificação dos portugueses continua a

ser uma prioridade nacional, desempenhando os cursos profissionais um importante contributo para a con-

cretização deste objetivo.

Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências consig-

nadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, está a desenvolver a atividade Cursos Profis-

sionais que tem como objetivos:

Assegurar o controlo da legalidade no âmbito da organização dos cursos profissionais;

Analisar os critérios de racionalização e integração das redes de oferta educativa existentes;

Aferir a adequação do quadro normativo à realidade, identificando eventuais constrangimentos

com vista à elaboração de propostas de alteração.

O presente relatório apresenta as considerações finais e recomendações/sugestões de melhoria da atividade

cursos profissionais, relativamente à organização e funcionamento destes cursos, à gestão modular, à ava-

liação das aprendizagens, aos resultados e à capacidade de melhoria da escola/agrupamento de escolas. As

considerações finais decorrem da análise documental, particularmente dos indicadores de sucesso dos alu-

nos/formandos, da observação dos contextos educativos e da realização de entrevistas.

Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e

contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da for-

mação profissional dos jovens.

A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e

no decurso da intervenção.

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO

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Decorrente da análise documental, dos contextos educativos e das entrevistas realizadas, a equipa de inspe-

tores formula as seguintes considerações:

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

1. A Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal, designada por ETPZP, situada na Avenida 25 de abril, n.º 10, em Pedrogão Grande, é um estabelecimento de ensino privado, cuja entidade pro-prietária é a sociedade PETROENSINO, Ensino e Formação Profissional, Lda., cujas quotas perten-cem à Associação dos Bombeiros Voluntários de Pedrogão Grande (51%) e ao Município de Pedrogão Grande (49%).

2. A Autorização Prévia de Funcionamento n.º 15, de 31 de agosto 1999, atribuiu à ETPZP uma lotação para 350 formandos. É representada junto do Ministério da Educação e Ciência por João Manuel Go-mes Marques.

3. A página da ETPZP na Internet disponibiliza informação relacionada com o desenvolvimento da sua atividade, mas não apresenta, entre outros, Autorização Prévia de Funcionamento, o corpo docente, formadores e colaboradores e a indicação de todos os valores cobrados por serviços prestados, em conformidade com o estatuído no n.º 2, do artigo 22.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

4. A população escolar, no presente ano letivo, é constituída por 174 formandos (9 turmas) que fre-quentam os cursos profissionais de Técnico Auxiliar de Saúde; Técnico de Apoio à Gestão Despor-tiva; Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos; Técnico de Manutenção Industrial - Meca-trónica Automóvel; Técnico de Restauração – Variante Cozinha/Pastelaria e Técnico de Restauração – Variante Restaurante/Bar.

5. O corpo docente é formado por 26 trabalhadores: sete pertencem ao quadro e 19 são formadores externos. O pessoal não docente é constituído por seis assistentes técnicos/administrativos, oito as-sistentes operacionais e quatro outros trabalhadores: o diretor geral, o diretor pedagógico, a psicó-loga e o técnico de informática.

6. A ETPZP tem boas instalações e equipamentos, funcionando em edifícios construídos para o efeito. Possui centro de recursos educativos/biblioteca; auditório; espaços oficinais/laboratoriais para as disciplinas da componente técnica; laboratório de Física e Química; salas de aula específicas para as diversas áreas de formação; gabinetes de trabalho; sala de estudo; espaços sociais e de con-vívio para formandos e professores; espaços de direção, administração e gestão, bufete, cozinha e refeitório. Como não possui espaços desportivos, utiliza as piscinas municipais, o pavilhão gimno-desportivo e outros espaços da Câmara Municipal. Nas instalações ETPZP funciona também um Cen-tro QUALIFICA.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1.- Documentos Orientadores

1.1. Para a construção do projeto educativo, 2018-2021, foi ouvida a comunidade educativa e os parcei-ros locais, representados do conselho consultivo. Este documento estabelece objetivos, estratégias e metas (sucesso escolar de 95% e redução do abandono escolar para 3%) que visam a melhoria da prestação do serviço educativo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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1.2. O plano anual de atividades, para 2018-2021, elenca um conjunto de ações a realizar ao longo dos anos letivos, mas não estabelece qualquer ligação com o projeto educativo, por forma a atingir os objetivos e metas neste estabelecidas.

1.3. O regulamento interno estabelece a organização dos cursos profissionais, contemplando o funcio-namento da coordenação pedagógica; a promoção e organização de parcerias e de protocolos de colaboração; os regulamentos da formação em contexto de trabalho (FCT) e da prova de aptidão profissional (PAP) e a assiduidade e a avaliação dos formandos. No entanto, não estabelece a peri-odicidade das reuniões das equipas pedagógicas e os mecanismos de reposição das horas de for-mação e de promoção do cumprimento dos planos de formação. Quanto à recuperação de módulos em atraso, prevê a realização de provas em épocas de recuperação (para as quais os formandos têm de pagar no ato de inscrição).

2.- Oferta Formativa e sua divulgação

2.1. A oferta formativa está homologada pela Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares. Teve, em consideração as necessidades do setor empresarial, social, as necessidades dos alunos e a ade-quabilidade de instalações e equipamentos associadas ao desenvolvimento da formação técnica, nomeadamente para os cursos de Restauração e de Manutenção Industrial - Mecatrónica Auto-móvel.

2.2. A ETPZP faz uma adequada divulgação dos cursos e das qualificações profissionais através de fo-lhetos, de cartazes, da página da Escola na Internet, de mailings, da participação em feiras e cer-tames ligados ao ensino profissional de modo a incentivar a sua aceitação pela comunidade edu-cativa. No entanto, não tem organizado especificamente ações de formação/informação junto dos pais e encarregados de educação

2.3. O Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) desenvolve atividades de acompanhamento e de ajuda, bem como atividades de exploração vocacional junto dos formandos.

2.4. A ETPZP dispõe de mecanismos para monitorizar as exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta dos cursos profissionais, ouvindo os representantes do tecido empresarial no conselho con-sultivo.

3.- Constituição de turmas e gestão da carga horária dos cursos profissionais

3.1. As turmas em funcionamento, no presente ano letivo, estão constituídas do seguinte modo:

1.º ano (três turmas, com data de homologação de 30-08-2018):

- Técnico de Restauração - Variante Cozinha/Pastelaria com 13 formandos, que agrega com a de Técnico de Restauração - Variante Restaurante/Bar com 15 formandos, num total de 28.

- Técnico de Manutenção Industrial - Mecatrónica Automóvel (duas turmas) com 37 formandos.

2.º ano (três turmas, com data de homologação de 20-07-2017):

- Técnico de Restauração - Variante Cozinha/Pastelaria com sete formandos, que agrega com a de Técnico de Restauração - Variante Restaurante/Bar com nove formandos;

- Técnico de Manutenção Industrial - Mecatrónica Automóvel com 17 formandos;

- Técnico Auxiliar de Saúde com 12 formandos que agrega com a de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva com sete formandos.

3.º ano (três turmas, com data de homologação de 06-10-2016):

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- Técnico de Restauração – Cozinha/Pastelaria com oito formandos, que agrega com a de Téc-nico de Restauração - Variante Restaurante/Bar com nove formandos;

- Técnico de Manutenção Industrial - Mecatrónica Automóvel com 11 formandos, que agrega com a de Técnico de Gestão de Equipamentos informáticos com seis formandos;

- Técnico Auxiliar de Saúde com 12 formandos que agrega com a de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva com 11 formandos.

3.2. A turma do 1.º ano de Técnicos de Restauração - Variantes Cozinha/Pastelaria e Restaurante/Bar com 28 formandos, integra um formando cujo relatório técnico pedagógico identifica, como me-dida de acesso à aprendizagem e à inclusão, a necessidade da respetiva integração em turma redu-zida, não tendo sido está autorizada pelo conselho pedagógico.

3.3. Não foram definidos os critérios gerais para a elaboração dos horários dos formandos.

3.4. A distribuição da carga horária global tem, no conjunto dos três anos, um número de horas igual ao previsto na matriz curricular. A carga horária da FCT é ajustada ao funcionamento da entidade de acolhimento e não ultrapassa as sete horas diárias e as 35 horas semanais.

3.5. As aulas de Educação Física da turma de 3.º ano de Técnico de Restauração – Variante Cozinha/Pas-telaria e de Técnico de Restauração – Variante de Restaurante/Bar, às terças-feiras, não respeitam o intervalo de uma hora depois de findo o período definido para o almoço. A situação foi retificada durante a intervenção.

4.- Formação em contexto de trabalho

4.1. A ETPZP celebrou protocolos com as entidades públicas e privadas que asseguram o desenvolvi-mento de atividades profissionais, no âmbito da FCT, compatíveis e adequadas ao perfil profissio-nal dos cursos frequentados pelos formandos.

4.2. O plano de trabalho individual é elaborado com a participação das partes envolvidas e está assinado por todos os intervenientes.

4.3. O contrato de formação integra o plano de trabalho individual que identifica: os objetivos, os conteúdos, a programação, o horário e local da realização das atividades, as formas de monitoriza-ção e acompanhamento, assim como a identificação dos responsáveis. Os direitos e deveres dos diversos intervenientes da ETPZP e da entidade onde se realiza a FCT constam do contrato de for-mação.

4.4. Foram estabelecidos critérios para a distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento que asseguram a formação em contexto de trabalho.

5.- Serviço docente

5.1. Foram definidos critérios de distribuição de serviço docente. Os diretores de curso, os professores orientadores da FCT e os orientadores e acompanhantes da PAP são docentes da área técnica, aos quais são afetadas horas para o exercício das suas funções.

5.2. Os horários dos docentes estão elaborados de modo a permitir o acompanhamento dos formandos e as deslocações às entidades de acolhimento onde é realizada a FCT, bem como para a orientação e acompanhamento do projeto da PAP.

5.3. No último triénio, no que se refere à formação contínua e qualificação dos recursos humanos, no âmbito dos cursos profissionais, regista-se que os docentes não têm frequentado ações de

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formação contínua acreditadas. Não obstante, foram frequentadas ações de formação interna, nomeadamente as Jornadas da Saúde “Criança sujeita a cirurgia – Papel do TAS” e A importância da Mecatrónica Automóvel.

6.- Estruturas e cargos de coordenação pedagógica

6.1. O diretor de curso não tem assegurado a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso e também não tem procedido à sua avaliação. Tem organizado as atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica, tem intervindo ao nível da orientação da PAP e assegurado, no âmbito da FCT, a articulação entre a ETPZP e as entidades de acolhimento.

6.2. . O orientador educativo procede à avaliação qualitativa/quantitativa com base no perfil de progres-são. É entregue ao formando ou ao encarregado de educação uma ficha quantitativa informativa com os seguintes indicadores: módulos realizados e respetiva avaliação quantitativa e uma ficha qualitativa (Relatório Individual) por disciplina com os seguintes parâmetros: assiduidade e pontua-lidade; desempenho e interesse pelo trabalho; comunicação oral e escrita; aquisição e aplicação de conhecimentos; capacidade de trabalho individual e capacidade de trabalho em grupo e espirito de iniciativa.

6.3. O professor orientador da FCT assegura, em conjunto com a ETPZP, as condições necessárias à realização e ao acompanhamento da formação. Desloca-se aos locais em que esta decorre, acom-panha a execução do plano de trabalho individual e procede à avaliação, em articulação com o tutor. Colabora, ainda, na elaboração dos relatórios de FCT e realiza a sua avaliação.

6.4. O tutor da formação em contexto de trabalho acompanha os formandos de forma individualizada, tendo em conta a sua integração sócio profissional na entidade de acolhimento. Aconselha-os e orienta-os, em articulação com o orientador da FCT, nas tarefas que permitem a execução do plano de trabalho individual.

6.5. O professor orientador e acompanhante do projeto da PAP orienta os formandos na escolha do pro-jeto a desenvolver, na sua realização e na redação do relatório final. Informa-os sobre os critérios de avaliação e decide se o projeto e o relatório estão em condições de ser apresentados ao júri.

7.- Parcerias e protocolos celebrados no âmbito dos cursos profissionais

7.1. A Escola estabeleceu parcerias e protocolos com várias entidades públicas e privadas que merecem relevo pelo desenvolvimento de atividades diversificadas que concorrem para o fomento das com-petências sociais e profissionais dos formandos dos vários cursos, nomeadamente com a Santa Casa da Misericórdia de Pedrogão Grande (Técnico Auxiliar de Saúde), empresa Eletro Auto Henriques e Henriques (Técnico de Manutenção Industrial – Mecatrónica Automóvel) e Hotel Montanha (Técnico de Restauração- Variantes Cozinha/Pastelaria e Restaurante/Bar).

7.2. As parcerias e protocolos celebrados têm contribuído para a qualificação dos setores económicos e para a criação de emprego, numa região com um contexto difícil, sendo de realçar o reconhecimento do bom desempenho dos formandos por algumas empresas/organizações, tendo algumas delas in-tegrado, nos seus quadros, alguns diplomados

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8.- Organização dos processos individuais dos alunos / formandos dos cursos profissionais

8.1. Os processos individuais dos formandos estão bem organizados. Deles constam, entre outros: a identificação e a classificação de cada um dos módulos concluídos em cada disciplina; a classifica-ção e o nome das empresas em que decorreu a FCT; a identificação e classificação da PAP e docu-mentos do percurso escolar do formando.

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

1.- Gestão curricular

1.1. O planeamento pedagógico não tem em conta: (i) as saídas profissionais e os perfis de desempenho dos diferentes cursos profissionais; (ii) as capacidades intelectuais, sociais e profissionais que os alunos devem adquirir no final de um módulo, de uma disciplina ou do curso; (iii) o contributo de cada uma e de todas as disciplinas do plano curricular para atingir as capacidades, atitudes e com-portamentos que se pretende que cada aluno atinja no final do seu percurso e (iv) as atividades transdisciplinares que substanciam a vivência de um projeto de desenvolvimento do currículo ade-quado ao seu contexto e integrado no projeto educativo.

1.2. A articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso não é assegurada pelo diretor de curso, nem por qualquer outra estrutura pedagógica. Não existem tempos comuns marcados nos horários dos docentes que permita o desenvolvimento do trabalho colaborativo, de-signadamente de planeamento e de gestão modular.

1.3. As aprendizagens visadas no plano de trabalho individual da FCT têm em conta a aplicação dos co-nhecimentos adquiridos na componente técnica e o perfil de cada formando.

1.4. A conceção do projeto conducente à PAP centra-se em temas e problemas selecionados pelos formandos em estreita ligação com os contextos de trabalho, de utilidade comprovada e sob a ori-entação e acompanhamento, em alguns casos, de mais de um professor e tem em consideração a integração de saberes e capacidades. A concretização do projeto compreende várias fases/momen-tos (I) conceção da Ficha de Candidatura e do Anteprojeto da PAP; (II) desenvolvimento - compre-ende a elaboração de um relatório intermédio, bem como uma prévia apresentação oral e autoava-liação; (III) continuação e aperfeiçoamento do desenvolvimento do projeto e do relatório e (IV) apre-sentação e defesa da PAP, autoavaliação e avaliação final.

1.5. Não foram implementadas medidas educativas eficazes por forma a dar resposta às necessidades dos formandos com dificuldades em atingir os objetivos e com módulos em atraso, dada a elevada percentagem destes. Foi elaborada uma Ficha de Recuperação de Atividades Letivas em que as me-didas a desenvolver são, entre outras: trabalhos de casa, prova de pesquisa, prova oral, prova escrita. Aos formandos cujo relatório técnico pedagógico identifica, como medida de acesso à aprendiza-gem e à inclusão, a necessidade da respetiva integração em turma reduzida, é prestado apoio pela psicóloga.

1.6. Os projetos desenvolvidos pela ETPZP promovem a aquisição de conhecimentos; a autonomia; o espírito de iniciativa e de criatividade; de trabalho em equipa e de cooperação dos formandos. A ETPZP, com o apoio da Fundação Ilídio Pinho, e está a construir uma unidade móvel de monitori-zação de combate a incêndios para servir os concelhos de Pedrogão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, atingidos pelo incêndio de 2017. Por outro lado, o sistema de vídeo vigilância florestal, implementado nos três concelhos referidos, foi pensado e construído na ETPZP, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, envolvendo os cursos de Técnico de Gestão de Equipamentos

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Informática e de Manutenção Industrial – Mecatrónica Automóvel. Os formandos ainda realizam Erasmus em diferentes países europeus.

2.- Avaliação das aprendizagens

2.1. Não existem critérios gerais de avaliação para as várias disciplinas e para todas as componen-tes da formação. São aprovados em conselho pedagógico, depois de definidos, ao nível de cada grupo disciplinar, critérios específicos, que não têm em consideração as especificidades dos perfis de desempenho e as capacidades transversais a todo o plano de estudos. Os crité-rios, bem como indicadores definidos, são divulgados pelos orientadores educativos aos en-carregados de educação e aos formandos.

2.2. A avaliação diagnóstica não é realizada no início de cada módulo e não visa um processo concer-tado de intervenção, por forma a adequar o planeamento aos ritmos de aprendizagem dos for-mandos.

2.3. A avaliação formativa não apresenta um caráter sistemático e contínuo e raramente é utilizada para reajustar o planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, para os informar e/ou aos encarregados de educação sobre os progressos, as dificuldades e os resultados obtidos e para incrementar a sua autoestima. Por outro lado, a avaliação sumativa tem uma valoração muito significativa pela aplicação de testes.

2.4. A classificação de cada módulo é registada em suporte de papel e em formato digital. Em reu-nião de conselho de turma de avaliação, no final de período, são registadas em pauta as clas-sificações do conjunto dos módulos concluídos, da FCT e da PAP, sendo certo que nem todos os docentes participam nas reuniões de avaliação, o que contraria o regulamento interno, bem como a legislação em vigor (artigos 15.º e 16.º da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro).

2.5. A fórmula de apuramento da classificação final da FCT está definida no regulamento interno - FCT = classificação do orientador x 0,60 + classificação do tutor x 0,25 + autoavaliação do formando x 0,15. Esta classificação é proposta ao conselho de turma pelo professor orientador. Existem procedimen-tos de registo de assiduidade e de acompanhamento, das avaliações intermédias do professor ori-entador e acompanhante e do tutor e da autoavaliação do formando.

2.6. Foram definidos critérios de classificação a observar pelo júri da PAP que constam do respetivo regulamento: anteprojeto e avaliação intermédia 25% (fase I e II); avaliação da pré-apresentação da PAP 25% (fase III) e apresentação e defesa 45% e autoavaliação 5% (fase IV). Para os critérios men-cionados em (IV) foram definidos indicadores.

2.7. A composição do júri da PAP está em conformidade com o diploma legal, sendo constituído pelo diretor geral, diretor pedagógico, diretor de curso, orientador educativo, orientador do projeto, um representante empresarial e uma personalidade de reconhecido mérito na área de formação profis-sional.

2.8. Os certificados de qualificação emitidos indicam o nível de qualificação, a média final do curso e discriminam as disciplinas do plano de estudos e respetivas classificações finais, as disciplinas da componente de formação técnica, a designação do projeto e a classificação obtida na prova de aptidão profissional, assim como a classificação da formação em contexto de trabalho. Todavia, ve-rificou-se que a disciplina de Educação Física aparecia repetida, no espaço destinado à disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), constatando-se que as classificações das dis-ciplinas estavam devidamente registadas, bem como a classificação final de curso. A ETPZP com-prometeu-se a proceder às devidas retificações, a emitir novos certificados e a contactar os for-mandos.

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MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA

1.- Resultados por curso e ciclo de formação

1.1. Procedeu-se à recolha e análise dos resultados disponibilizados, referentes aos cursos profissio-nais de Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel, em todos os ciclos em que foi ministrado, bem como de todos os outros cursos, cujos ciclos de formação foram con-cluídos em 2016, 2017 e 2018: Técnico Auxiliar de Saúde; Técnico de Apoio à Gestão Desportiva; Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade; Técnico de Gestão de Equi-pamentos Informáticos; e Técnicos de Restauração, variantes Cozinha/Pastelaria e Restau-rante/Bar, tendo-se verificado que:

1.1.1. O curso de Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel ao longo

do período em análise apresenta baixas taxas de conclusão verificando-se um agrava-mento de 2017 para 2018. As taxas de não conclusão por desistência são algo elevadas e apresentam uma melhoria no mesmo período. Ao invés as taxas de não conclusão por módulos em atraso sofreram um agravamento considerável. Considerando os 14 forman-dos que concluíram o curso, apenas um (7,1%) ficou empregado na área de educação e formação do curso e quatro (28,6%) prosseguiram estudos, verificando-se, no entanto, uma melhoria nestes dois indicadores.

Técnico de Manutenção Industrial – variante Mecatrónica Automóvel

50,0%

46,2%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas de Não Conclusão Técnico de Manut. Industrial - variante

Mecatrónica Automóvel

37,5%23,1%

0%

20%

40%

60%

80%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de Conclusão

Taxas de Não Conclusão por Desistência Técnico de Manut. Industrial - variante

Mecatrónica Automóvel

12,5%

30,8%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas de Não Conclusão por Módulos em Atraso Técnico de Manut. Industrial - variante Mecatrónica

Automóvel

87,5%

50,0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas de Empregabilidade Técnico de Manut. Industrial - variante

Mecatrónica Automóvel

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1.1.2 Os restantes cursos, na globalidade, apresentam uma tendência descendente nas taxas médias de conclusão acompanhadas por tendências ascendentes nas taxas de não conclu-são por desistência e por existência de módulos em atraso, sendo que a predominância da não conclusão dos respetivos cursos se deve a desistências, com uma taxa média de 28,8%. Relativamente à empregabilidade nas áreas de educação e formação dos cursos registam-se, embora com uma tendência ascendente, taxas médias baixas, em que apenas 20 (15,6%) dos 128 diplomados, de todos os cursos, ficaram empregados na área do respetivo curso, sendo de destacar positivamente, no entanto, a taxa de 40% no curso de Técnicos de Restauração, variantes Cozinha/Pastelaria e Restaurante/Bar, em 2017. Quanto ao prosseguimento de estudos verifica-se uma tendência ascendente, e apresenta taxas ligei-ramente superiores, tendo constituído esta via uma opção para 28 (21,9%) formandos.

0,0%

16,7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas de Empregabilidade na AEF Técnico de Manut. Industrial - variante

Mecatrónica Automóvel

12,5%

50,0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas de Prosseguimento de Estudos Técnico de Manut. Industrial - variante

Mecatrónica Automóvel

58,5% 54,8%

45,8%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019Ciclos de formação - ano de conclusão

Taxas médias de conclusão - Outros cursos

Linear (Série1)

29,8%

21,9%

34,7%

0%

20%

40%

60%

80%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas médias de não conclusão por desistência Outros cursos

Linha de tendência

11,7%

23,3%19,4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas médias de não conclusão por módulos em atraso Outros cursos

Linha de tendência

58,2% 55,0%

66,7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas médias de empregabilidade Outros cursos

Linha de tendência

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1.1.3 Em síntese, os resultados acima analisados indiciam a necessidade de reflexão por parte

dos vários órgãos e estruturas pedagógicas da ETPZP na organização, funcionamento dos cursos, bem como nas práticas pedagógicas em que predomine uma utilização sistemática e contínua da avaliação formativa, de por forma a inverter os resultados escolares e a qua-lificação dos diplomados.

2.- Monitorização e avaliação dos resultados

2.1. A Escola não dispõe de equipa de autoavaliação. A monitorização dos resultados é realizada pela direção que procede, no final de cada ciclo de formação, à análise dos resultados por disciplina e área de formação, tendo em conta as taxas de transição e de módulos em atraso apresentando-os pos-teriormente ao conselho pedagógico.

2.2. A análise dos resultados ainda é pouco consistente, atendendo a que 0s resultados não têm sido analisados por curso e ciclo de formação de forma a identificar: as componentes curriculares onde se verificou sucesso ou insucesso; a ponderar as taxas de conclusão obtidas; a identificar as variáveis que contribuíram para o sucesso dos formandos que concluíram o curso em três anos; a identificar os fatores explicativos das desistências/abandono escolar e a comparar os resultados obtidos com as metas estabelecidas no projeto educativo.

3.- Capacidade de melhoria

3.1. A Escola não identificou pontos fortes nem estabeleceu prioridades. Não identificaram áreas de melhoria, assim como não delinearam planos de ação que visem a melhoria e funcionamento da organização e o sucesso dos formandos.

9,1%

27,5%

12,1%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas médias de empregabilidade na AEF Outros cursos

Linha de tendência

23,6%

12,5%

30,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

2015 2016 2017 2018 2019

Ciclos de formação - Ano de conclusão

Taxas médias de prosseguimento de estudos Outros cursos

Linha de tendência

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Atentas as considerações finais e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento de procedi-

mentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a equipa

inspetiva apresenta as seguintes recomendações/sugestões de melhoria.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO

1. Disponibilizar na página da Internet toda a informação relacionada com o desenvolvimento da ativi-dade em conformidade com o estatuído no n.º 2, do artigo 22.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

2. Atualizar os documentos estruturantes com vista a integrar as recentes medidas definidas e previstas nos Decretos-Lei n.º 54/2018 e n.º 55/2018, de 6 de julho, Despacho n.º 6478/2017, de 26 de julho e na Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, nomeadamente as respeitantes, à Flexibilidade Curricu-lar e à Cidadania e Desenvolvimento, ao Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e às regras e procedimentos da conceção e operacionalização do currículo dos cursos profissionais.

3. Consagrar no projeto educativo as opções curriculares estruturantes da ETPZP, de acordo com o pre-visto nos n.ºs 1 e 3, do artigo 19.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

4. Conceber um plano anual de atividades que integre a planificação e programação de ações, no âmbito dos diversos cursos profissionais, que concretizem os objetivos e as metas do projeto educa-tivo, de forma a garantir o previsto nas alíneas f), do artigo n.º 21 e b), do artigo 26.º, e no artigo 60.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

5. Explicitar no regulamento interno a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas, os meca-nismos de promoção do cumprimento dos planos de formação e de reposição das horas de formação, de acordo o artigo 32.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, e do artigo 45.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º,

6. Organizar ações de sensibilização/informação junto dos pais e encarregados de educação, no âmbito do ensino profissional e temáticas conexas.

7. Proceder à constituição das turmas de acordo com o disposto no n.º 8, do artigo 6.º, e no n.º 5, do artigo 7.º, do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho.

8. Definir os critérios gerais para a elaboração dos horários dos formandos, em cumprimento do esta-belecido no n.º 2, do artigo 2.º, do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho.

9. Garantir que as aulas de Educação Física respeitam o intervalo de uma hora depois de findo o período definido para o almoço, em conformidade com o n.º 5, do artigo 8.º, do Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, conjugado com o n.º 22.3, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alte-rado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho.

10. Elaborar um plano de formação direcionado especificamente à avaliação, das e para as aprendiza-gens, e para a gestão modular do currículo, nos cursos profissionais, no sentido de promover a moti-vação e a mobilização do pessoal docente para novas formas de organização pedagógica, de diver-sidade e de adequação de procedimentos, técnicas e de instrumentos de avaliação adaptados aos vários contextos, aprendizagens e destinatários, que permitam uma maior qualidade da informação a recolher e de dinâmicas de trabalho colaborativo entre docentes no sentido de melhorar a quali-dade do ensino e, consequente os resultados dos formandos, tendo em conta o previsto nos artigos 5.º, 26.º, 60.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho, nos n.ºs 4, 5, 6 e 7, do artigo 19.º, no n.º 3, do artigo 21.º, e nos artigo 22.º e 25.º, da Portaria 235-A/2018, de 23 de agosto.

RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA

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11. Garantir que a avaliação da FCT é realizada conjuntamente pelo professor orientador e pelo tutor, de acordo com a alínea c), do ponto 45.1, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, a alínea c), do n.º 2 e da alínea d), do n.º 3, do art.º 4.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho (doravante referida apenas a Portaria n.º 74-A/2013, de 15 fevereiro) e do n.º 5, do artigo 19.º da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.ºda alínea c), do n.º 2 e da alínea d), do n.º 3, do artigo 17.º, e do n.º 6 do artigo 27.º, da Portaria 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

1. Considerar, no planeamento pedagógico, os perfis de desempenho e as saídas profissionais dos cur-sos, a articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação e a diferenciação de estratégias e atividades, tendo em conta as aprendizagens anteriores e os ritmos de aprendizagem dos formandos, bem como tenha em consideração as áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e do perfil profissional associado à respetiva qualificação dos respetivos cursos, como previsto nos n.ºs 1, 2, 3, 4 e 6, do artigo 19.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

2. Zelar para que as estruturas pedagógicas e os diretores de curso assegurem a sistematicidade da articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação, coordenem e acompanhem a avaliação do curso, nos termos do n.º 33 e das alíneas b) e h), do n.º 33.1, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, do n.º 2, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, dos n.ºs 4, 5, 6 e 7, do artigo 19.º, n.º 4, do artigo 21.º, e do n.º 2, do artigo 25.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto.

3. Providenciar para que sejam marcados nos horários dos docentes tempos comuns, de forma a pro-mover o trabalho colaborativo e a articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de for-mação do curso, de modo a ser cumprido o previsto na alínea a), do n.º 2, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, nos n.ºs 5, 6 e 7, do artigo 19.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

4. Promover a diversificação de medidas para a promoção do sucesso escolar e de atividades de recu-peração para as situações de formandos com módulos em atraso e com dificuldades em atingir os objetivos dos diferentes módulos, de acordo com a alínea c) do n.º 3, do artigo 8.º e do n.º 3, do artigo 32.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, e dos n.ºs 4 e 7 do artigo 19.º, n.º 3 do artigo 20.º, n.ºs 3, 5, 6 e 7, dos artigos 21.º, 23.º, 25.º, e n.ºs 3 e 4, do artigo 45.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º, de forma a melhorar os resul-tados, nomeadamente as taxas de conclusão dos cursos, no ciclo de formação, com redução das ta-xas de desistências e de módulos em atraso.

5. Definir critérios de avaliação para todos os parâmetros/áreas das diferentes disciplinas, FCT, PAP, e componentes de formação tendo em conta o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, as Aprendizagens Essenciais (quando aplicável), os perfis profissionais e referenciais de formação associados às respetivas qualificações do CNQ, integrando descritores de desempenho associados a escalas de avaliação qualitativa e quantitativa, de acordo com o artigo 2.º da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, e com o artigo 22.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto.

6. Implementar, com caráter sistemático e contínuo, a avaliação diagnóstica e formativa de modo a potenciar a diferenciação de estratégias e adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, promovendo o sucesso e reduzindo o número de desistências e de módulos em atraso, nos termos do n.º 2, do artigo 10.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, dos n.ºs 5 e 6, do artigo 19.º, dos artigos 20.º, 21.º, 22.º, 23.º e 25.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

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7. Zelar para que nas reuniões de avaliação dos conselhos de turma estejam presentes todos os docen-tes, de acordo com o artigo 21.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, o artigo 37.º, da Por-taria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º e com o Código de Procedimento Administrativo (Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro).

8. Instituir procedimentos de controlo interno que garantam a correta emissão de certificados e diplo-mas de curso, de acordo com o artigo 27.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro e com o artigo 41.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, tendo em conta a produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA

1. Criar mecanismos de análise de resultados de modo a identificar (i) as componentes curriculares por curso, onde se verificou sucesso ou insucesso e ponderar as razões explicativas, (ii) as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos, (iii) identificar os fatores explicativos das desistências/abandono escolar (iv) bem como proporcionar a melhoria de práticas de autoavaliação que visem a melhoria do seu desempenho, disponibilizando posteriormente à comunidade escolar toda a informação tratada e analisada, em conformidade com previsto no artigo 14.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e no artigo 23.º, da Portaria n.º 235-A/2018, de 23 de agosto, bem como da produção de efeitos prevista no seu artigo 48.º.

2. Construir um processo de autoavaliação sistemático e sistematizado, que permita avaliar o grau de concretização do projeto educativo, o desempenho dos órgãos de direção e das estruturas de coor-denação educativa e supervisão pedagógica, o sucesso educativo, entre outros, tendo em vista não só a implementação de sistemas de garantia da qualidade dos processos formativos e dos resultados obtidos pelos seus formandos, articulados com o Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qua-lidade na Educação e Formação Profissional (EQAVET), mas também a prestação pública de contas, conforme preceituam o artigo 6.º, da Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, conjugado com o artigo 60.º, a alínea b), do artigo 62.º e o artigo 68.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho.

3. Implementar planos de ação que visem a melhoria da organização, do funcionamento e do sucesso escolar dos formandos dos cursos profissionais e que contemplem as tarefas específicas a serem executadas em cada uma das ações delineadas, assim como os responsáveis por cada uma das tare-fas, os indicadores da realização dos objetivos e das metas e a avaliação do seu impacto, divulgando-os e dando conhecimento do seu desenvolvimento à comunidade educativa, de acordo com o artigo 6.º, da Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, conjugado com o artigo 60.º, a alínea b), do artigo 62.º e o artigo 68.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014 de 20 de junho.

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Pedrogão Grande 30-11-2018

A equipa inspetiva

José João Ribeiro

António Gonçalves

Concordo.

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Edu-cação e Ciência, para homologação.

A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Ter-ritorial de Inspeção do Centro

Cristina Carniceiro Lemos

2019-04-03

Homologo

O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência

Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Edu-

cação e Ciência – nos termos do Despacho n.º 10918/2017, de 15 de novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série,

n.º 238, de 13 de dezembro de 2017