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A Pedra no Sapato do Cristianismo! O retorno de Jesus? Por esse texto intento demonstrar que a promessa da Segunda Vinda de Jesus, se fosse verdadeira, já teria de ter ser cumprido há muito tempo. Este é um pequeno estudo feito com a intenção de mostrar que as profecias sobre a 2ª Vinda e o Juízo Final, segundo a própria bíblia, já deveriam ter se cumprido há muito tempo. A Pedra No Sapato - O Eterno Retorno Essa metafórica expressão é utilizada quando queremos dizer que algo nos incomoda; aborrece-nos; que nos causa um certo desconforto; que nos atrapalha. Enfim, que nos põe em uma situação difícil. Todos nós, em algum momento da vida, já tivemos a nossa Pedra no Sapato. Diria até que viver é um constante tirar de pedras do sapato. Estamos sempre tirando - ou, pelo menos, tentando tirar - "Pedras do Sapato" em nossos empregos, em nossas relações amorosas, em nossa vida familiar, em nossas ideologias, etc. Haveria ainda uma outra expressão que cairia muito bem para discorrer sobre o assunto a abordar: "Pulga Atrás da Orelha". Sim, "com a pulga atrás da orelha" também me serviria. Porém, devido a alguma misteriosa conjunção de fatores psíquicos, me simpatizei mais com a primeira expressão. Talvez a esta altura você já esteja perguntando sobre porque diabos eu estou falando nisso. Já explico. Na verdade, não pretendo falar sobre pedras no sapato de uma

21- Jesus Voltará?- A Pedra No Sapato Do Cristianismo

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"EM VERDADE VOS DIGO QUE NÃO PASSARÁ ESTA GERAÇÃO SEM QUE TODAS ESSAS COISAS SE CUMPRAM". "Homens da Galiléia, porque ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que vos acaba de ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu". E o que aconteceu??? TODOS MORRERAM, e o “doce” Jesus NUNCA VOLTOU nem voltará! Porque ele é uma lenda INVENTADA pelos espertos sacerdotes daquela geração, que desde aquele tempo viviam nas costas dos outros que lhes serviam de jumento! Essa “função” de carregar sacerdotes nas costas não é invenção nova. Triste é saber que tantos ainda caem nela! É interessante notar que já os primeiros cristãos caíram nesse conto do vigário:

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A Pedra no Sapato do Cristianismo! O retorno de Jesus?

Por esse texto intento demonstrar que a promessa da Segunda Vinda de Jesus, se fosse verdadeira, já teria de ter ser cumprido há muito tempo.

Este é um pequeno estudo feito com a intenção de mostrar que as profecias sobre a 2ª Vinda e o Juízo Final, segundo a própria bíblia, já deveriam ter se cumprido há muito tempo.

A Pedra No Sapato - O Eterno Retorno

Essa metafórica expressão é utilizada quando queremos dizer que algo nos incomoda; aborrece-nos; que nos causa um certo desconforto; que nos atrapalha. Enfim, que nos põe em uma situação difícil. Todos nós, em algum momento da vida, já tivemos a nossa Pedra no Sapato. Diria até que viver é um constante tirar de pedras do sapato. Estamos sempre tirando - ou, pelo menos, tentando tirar - "Pedras do Sapato" em nossos empregos, em nossas relações amorosas, em nossa vida familiar, em nossas ideologias, etc. Haveria ainda uma outra expressão que cairia muito bem para discorrer sobre o assunto a abordar: "Pulga Atrás da Orelha". Sim, "com a pulga atrás da orelha" também me serviria. Porém, devido a alguma misteriosa conjunção de fatores psíquicos, me simpatizei mais com a primeira expressão. Talvez a esta altura você já esteja perguntando sobre porque diabos eu estou falando nisso. Já explico. Na verdade, não pretendo falar sobre pedras no sapato de uma forma genérica, e sim sobre a Pedra No Sapato de um tema em particular.

Tema este que já perdura por muitos séculos. Pretendo falar sobre a Pedra No Sapato do Cristianismo! E qual seria a Pedra No Sapato do Cristianismo? Vamos resolver logo isso: a Pedra No Sapato do Cristianismo é a Segunda Vinda de Jesus! Isso mesmo; a tão esperada Segunda Vinda que nunca acontece. Preste uma especial atenção nas palavras "Breve", "Cedo", "Agora" e "Próximo". Elas nos serão de especial importância. Se você tiver alguma dúvida sobre o significado delas, por favor, não se acanhe e consulte um dicionário perto de você.

O Eterno Retorno

Na Bíblia existem muitas "profecias", mas sem dúvida, a mais conhecida e celebrada é a que fala do JUÍZO FINAL e a SEGUNDA VINDA de Cristo para

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recolher todos aqueles que nele creram como o filho de Deus e dar-lhes o Reino dos Céus e a Vida Eterna como recompensa.

Aqui cabe uma pergunta constrangedora: segundo a Bíblia, isso já não deveria ter acontecido? Vejamos o que diz a Bíblia sobre essa profecia feita, segundo os evangelhos, pelo “próprio” Jesus Cristo:

Em Mateus 24:03-34; Marcos 13:24-30 e Lucas 21:27-32, o personagem Jesus faz uma extensa e detalhada descrição sobre o Juízo Final; e complementa dizendo:

"EM VERDADE VOS DIGO QUE NÃO PASSARÁ ESTA GERAÇÃO SEM QUE TODAS ESSAS COISAS SE CUMPRAM".

Muitas pessoas tentam validar essa constrangedora profecia não cumprida dizendo que ela apenas se refere à destruição de Jerusalém ocorrida no ano 70 D.E.C. Porém, o contexto e a palavra "TODAS" tornam esse argumento pouco convincente. Outros podem alegar que a palavra GERAÇÃO, na verdade, deva ser entendida sendo a RAÇA ou o POVO judeu. Interessante que, exatamente nesta parte da Bíblia, "Geração" tome um sentido tão distinto; ainda que pese contra isso o fato dessa palavra ser claramente usada no seu sentido comum nas demais vezes onde ela aparece no Novo Testamento.

Mas, se é mesmo assim, se torna curioso no mínimo que essa palavra tenha sido tão mal traduzida, levando em conta que os fundamentalistas consideram a Bíblia como a palavra inerrante do seu deus.

Há ainda quem diga que "ESTA GERAÇÃO" se refira a uma futura geração que iria presenciar todos os eventos anunciados em Mateus 24, e não a geração daquela época. Entretanto, note que é empregada a expressão "AQUELES DIAS" quando Jesus fala de dias futuros em um versículo anterior. Sendo assim, devemos supor que, se Jesus estivesse falando de uma geração futura (ao que parece muito futura), teria dito AQUELA GERAÇÃO e não ESTA GERAÇÃO.

Além disso, devemos observar o emprego dos tempos verbais no decorrer do capítulo. Alguns exemplos: (Mt 24:4) - E Jesus, respondendo, disse-lhes: ACAUTELAI-VOS, que ninguém VOS ENGANE; (Mt 24:6) - E OUVIREIS de guerras e de rumores de guerras; OLHAI não vos ASSUSTEIS, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. (Mt 24:26) - Portanto, se VOS DISSEREM: Eis que ele está no deserto, não SAIAIS. Eis que ele está no interior da casa; não ACREDITEIS. Assim está claro que a geração da qual Jesus “estava falando” era a geração dos “seus discípulos” e não uma geração qualquer de um futuro distante. Só a análise de Mateus 24 bastaria para derrubar qualquer esperança quanto ao Segundo Advento de Jesus.

Entretanto, como será demonstrado, várias outras passagens na Bíblia nos mostram que a Segunda Vinda era considerado como um acontecimento realmente iminente; e aconteceria ainda no tempo de vida de alguns dos apóstolos. Mil anos como um dia? Em 2 Pedro 03:03, 09, já nos é relatada uma certa frustração pela demora do cumprimento da promessa do retorno de Jesus, ao qual Pedro tenta justificar argumentando que? Um dia para Deus é como mil anos, e mil anos são como um dia? (algo semelhante é dito em Salmos 90:04). E continua dizendo: "O SENHOR NÃO RETARDA A SUA

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PROMESSA, ainda que alguns a tenham por tardia." Bem, no tempo de Pedro talvez a demora da realização da promessa de Jesus não fosse tão preocupante, mas depois de quase dois mil anos de espera...

Esse tal "um dia como mil e mil anos como um dia" tem sido um dos principais argumentos usados pelos cristãos na sua tentativa de evitar uma grande decepção profética. Contudo, essa alegação nada resolve o problema da demora na realização da promessa de Jesus, pois ele mesmo - e isso é deixado bem claro em várias passagens do Novo Testamento - assegurou que o Juízo Final aconteceria ainda no tempo de vida de alguns dos seus discípulos. Aliás, Pedro, assim como Jesus (ver Marcos 01:15), também usa a palavra "Próximo" em uma passagem anterior quando fala sobre o Juízo Final (1Pedro 04:07). Talvez os apologistas pudessem nos dizer o que afinal significa a palavra "Próximo" quando ela aparece na Bíblia.

Obviamente, podemos tomar isso como apenas um modo de Pedro nos dizer que para Deus o tempo não importa - aqui nenhuma novidade; é-nos sabido que deuses não têm muitas preocupações com o passar do tempo. Mas isto não torna inapropriado que o deus cristão se comunique com a humanidade - logo em se tratando de um assunto tão importante! - usando uma noção de tempo não humana?

Há de se observar que em outras passagens, inclusive no Novo Testamento, é usado o tempo comum aos homens. Como mostrado abaixo: Gênesis 15:13 - "Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos ANOS." Mateus 23:32 - "Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está PRÓXIMO o verão." Uma última passagem sobre isto: Mateus 12:40 - "Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra." Se "três dias" aqui são três dias humanos, como bem mostra a Bíblia, é estranho que a noção de tempo em relação ao retorno de Jesus acabe ganhando um significado místico.

Com isso, fica claro que o argumento do "um dia como mil e mil anos como um dia" não passa - e isso já no tempo de Pedro - de um grande remendo em uma crença que, mesmo indo contra todo o bom senso, nos surpreende pela sua insistência em permanecer nas cabeças de pessoas inteligentes e socialmente bem situadas.

Vamos continuar a nossa investigação sobre as passagens bíblicas que asseguravam um retorno iminente do "Salvador": Marcos 01:15 - "E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está PRÓXIMO. Arrependei-vos, e crede no evangelho." Palavras do próprio Jesus... João 05:25 - "VEM A HORA, E AGORA É em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus". 1Pedro 04:07 - "Mas já está PRÓXIMO O FIM DE TODAS AS COISAS, por tanto sede sóbrios e vigiai em oração" 1Coríntios 07:29, 31.

Outra declaração sugerindo que o juízo final estava próximo. Paulo até mesmo sugeriu que não se fizessem planos para o futuro:? Isto, porém, vos digo irmãos, que o tempo se ABREVIA; pelo que, doravante, os que têm mulher sejam como se não a tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que folgam, como se não folgassem; os que compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não usassem em absoluto, porque a aparência deste mundo passa".

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Romanos 16:20 - "E o Deus de paz esmagará em BREVE Satanás debaixo dos vossos pés." Hebreus 10:37- "Pois ainda em BEM POUCO TEMPO, aquele que há de vir, virá, e NÃO TARDARÁ". Tiago 05:07,08- "Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes; fortalecei os vossos corações, PORQUE A VINDA DO SENHOR ESTÁ PRÓXIMA".

Estas passagens complicam a situação: 1Tessalonicenses 04:14-15. Outra declaração, feita por Paulo, mostrando que ele realmente acreditava que o retorno de Jesus ocorreria dentro do tempo de vida de alguns dos seus companheiros: "Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que NÓS, OS QUE FICARMOS VIVOS PARA A VINDA DO SENHOR, de modo algum precederemos os que já dormem. (...)" 1Coríntios 10:11 - "Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para AVISO NOSSO, para quem já SÃO CHEGADOS OS FINS DOS SÉCULOS." Mateus 26:64 e Marcos 14:62 - Nestas passagens, Jesus diz a Caifás que ele iria ver o Filho do homem sentado à direita do poder vindo sobre as nuvens do céu. Para a defesa da passagem acima é citado Apocalipse 01:07. Porém, não vejo motivos para supor que o autor de apocalipse considerasse?Aqueles que o traspassaram? Como estando todos mortos - já que ele mesmo ainda estava vivo - há algum tempo e que tal evento não aconteceria no tempo de vida dos mesmos. Mateus 10:23 - "Quando, pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque EM VERDADE VOS DIGO QUE NÃO ACABAREIS DE PERCORRER AS CIDADES DE ISRAEL SEM QUE VENHA O FILHO DO HOMEM" Alguns não morrerão?!?! Mateus 16:28? "Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino". Promessa semelhante é feita em Marcos 09:01 e Lucas 09:27. Os apologistas costumam alegar que as três passagens acima, na verdade, não tem relação com o Juízo Final, e sim com a Transfiguração de Jesus presenciada por alguns dos discípulos (ver Mateus 17:01-05; Marcos 09:02-07 e Lucas 09:28-35).

Porém, se isso é verdade, então onde estão os anjos e a recompensa citados no versículo anterior a Mateus 16:28, ou seja, em Mateus 16:27? Veja abaixo a clara relação entre os dois versículos: 27"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. 28 Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino." Os apologistas bíblicos querem nos convencer de que, entre os dois versículos, há um lapso de quase 2000 anos! Além disso, devemos atentar para mais um detalhe: o uso da palavra "vir". Durante a transfiguração Jesus não veio de lugar nenhum, simplesmente interagiu com as aparições.

"Homens da Galiléia, porque ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que vos acaba de ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu". (At 1,11).

E para piorar a situação temos Atos 02:15-17 que diz:

"Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E NOS ÚLTIMOS DIAS acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos." Faz aproximadamente uns 1940 anos que esta afirmação foi feita. Bem, 1940 vezes 365

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(para facilitar, vamos fingir que anos bissextos não existem) é igual 708.100 dias. Uau!!! Esses são os "últimos dias" mais longos que eu conheço. Seria bom que o governo nos desse "últimos dias" como os da Bíblia para pagarmos os nossos impostos.

E piora ainda mais em 1João 02:18: "FILHINHOS, É A ÚLTIMA HORA. Como ouviste dizer, o Anticristo está para chegar, mas já agora há muitos Anticristos, DONDE SABEMOS QUE É A ÚLTIMA HORA".

Aqui não são mais os "últimos dias", e sim a "última hora".

A noção de que o retorno era iminente continua em Apocalipse: 01:01 - "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que BREVEMENTE devem acontecer." Apoc. 01:03-.

"Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está PRÓXIMO." Apoc. 03:11-

"Venho SEM DEMORA". Apoc. 12:12.

"Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, SABENDO QUE JÁ TEM POUCO TEMPO." Apoc. 22:07.

"Eis que CEDO venho". Apoc. 22:12.

"Eis que CEDO venho". Apoc 22:10 .

"E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque PRÓXIMO está o tempo" Apoc. 22:20.

"Aquele que testifica essas coisas diz: CERTAMENTE CEDO VENHO"

Concluindo: Todas essas passagens implicam que a Segunda Vinda de Jesus era considerada como um evento muito próximo, não em um sentido místico, mas em termos humanos. É também interessante observar que a descrição que Jesus deu sobre os falsos profetas bate com ele mesmo. Diante do exposto, nada mais nos resta do que aplicar também a Jesus uma passagem atribuída na própria Bíblia que diz: "E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o SENHOR não falou? Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele." Deuteronômio 18:21, 22. Como afirma Santo Agostinho: “A Bíblia se interpreta com própria Bíblia”.

Notas:

1- Em nome da honestidade intelectual, devo confessar que o tema desse ensaio não é nada original. Há vários textos tratando desse tópico pela internet, mesmo em português, do qual o meu foi baseado. Mas devo dizer que o texto "original" (talvez uma tradução), em português, era

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bem menor e com uma argumentação bem menos trabalhada. A introdução, bem como o uso da metáfora A Pedra No Sapato e o título O Eterno Retorno são exclusividades minha.

2- Claro que, como todos nós sabemos, as palavras podem variar conforme a versão da Bíblia em uso.

3- Genea, em grego coiné. 4- A rigor, Jesus não permaneceu três dias no "seio da terra" como predito, já que ele morreu

conforme a Bíblia numa sexta à tarde e ressuscitou ao amanhecer do domingo. Sendo assim, poderíamos até supor que o "tempo de Deus" é na verdade adiantado em relação ao "tempo dos homens".

5- Embora se suponha que muitas pessoas aceitem algo como verdadeiro simplesmente porque isto as agrada ou porque foram ensinadas desta forma, e não por terem realmente embasado suas crenças sobre boas evidências.

6- Penso que seria mais apropriado considerar que Jesus tenha “ido” ao seu Reino.

Fonte: http://www.xr.pro.br/LIVROS/BIBDIVIN.HTML#ANTIGUIDADEAutor, artigo e estudo acima de: Edson "Sky" Kunde.

A construção de uma teologia nova, que suportaria a fé nova, apenas teve seu início ainda no século I d.C. Mas é uma tarefa que resta inacabada... É claro que lá no primeiro século já se tinha uma fé nova, que convivia (e ainda convive) com a fé "velha" (para usar a expressão utilizada pelos cristãos, como em "Velho" Testamento. Quanto à doutrina, não é difícil perceber que os cristãos ainda enfrentam dificuldades para encontrar consensos. E, em minha opinião, essa dificuldade decorre, em boa medida, do equivoco que foi propor, para uma fé nova, uma doutrina nova que reaproveitou (através de uma releitura) tanto um deus, quanto uma revelação "velhos". Basta ver a lista dos assuntos tratados como este para perceber do que estou falando.

Interessante é que. Se partíssemos de conceitos sobre o que é verdade com base na cultura judaica (e nos livros ditos sagrados), seríamos judeus e não islâmicos, cristãos católicos ou evangélicos...

Afinal é isso que os seguidores do Judaísmo fazem: partem de conceitos sobre o que é verdade com base na cultura do povo que escreveu o "Velho" Testamento. Curioso que a doutrina judaica não tem qualquer problema com o Novo Testamento. Já a doutrina cristã, pelo que se lê, ainda não sabe como conciliar o Novo com o "Velho". Óbvio que os "técnicos" não têm dificuldade nessa conciliação; mas o cristianismo não é feito apenas pelos técnicos.

Primitivamente cabia ao sacerdote fazer a leitura "técnica". Mas, hoje, há dois problemas: primeiro a falta de legitimidade dos sacerdotes (qualquer um pode ser sacerdote); segundo a banalização do sacerdócio (todos somos “sacerdotes” e temos nossas próprias percepções). Tecnicamente, é um conjunto de livros (e, na opinião, até com algumas impossibilidades de conciliação!). Mas e daí? O que importa é o que "A Bíblia diz". Ou melhor, (ou pior), "O que Deus diz": o Livro Sagrado dos Cristãos é a Palavra de Deus! Mesmo que, tecnicamente, seja apenas um conjunto de diferentes percepções do que seria, grosso modo, a vontade de Deus.

Os cristãos optaram por transformar esse conjunto de livros em UM livro, a BIBLIA SAGRADA, o livro sagrado dos cristãos. Hoje, mais do que na época da seleção de tais

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livros, é notório que a percepção teológica varia entre eles. E esse é um limite: os textos dependem das percepções teológicas. E... percepções são subjetivas. Para mim, uma fé nova demanda uma teologia nova, um deus novo e uma revelação nova. Nesse sentido, creio que o "up grade" que os cristãos fizeram na fé judaica, no deus judaico e na bíblia hebraica tem mostrado seus limites.

Os cristãos perderam a oportunidade de produzirem textos explicitamente doutrinários. Mas é compreensível, dadas às circunstâncias, inclusive “a crença na iminente volta do Cristo”. Optaram pelo equívoco de recorrer a narrativas com personagens naturais (o Deus se naturalizou!). Com isso, embora os textos não tenham pretensões históricas nem científicas, é inevitável, para o leitor médio, buscar coerência histórica e científica nos textos "sagrados".

A ressurreição do fantasioso Cristo é teologicamente “justificada”; já a ressurreição do Jesus de Nazaré não é um “fato histórico”, precisa responder a uma lógica histórica. Como não responde, creio que os teólogos cristãos (ou seja, hoje o conjunto dos cristãos) terão que desvincular o Cristo do Jesus. Acho que isso é possível, mas vai demandar tempo e muito contorcionismo interpretativo. Ainda se debatem com o Adão (com o sábado, com o dízimo, com a vestimenta feminina...); imaginem quando forem mexer com Jesus! Uma solução seria o Cristo voltar logo... Acho que os cristãos não terão a mesma sorte que tiveram os judeus cristãos primitivos...

Não convém dissociar a análise dos primeiros capítulos de Gn, dos aspectos teológicos da fé cristã. Quiseram (e querem) os cristãos que esses textos (cada um deles, todos eles e não mais eles) fizessem parte de UM conjunto, A Bíblia Sagrada Cristã. Assim, Adão e a cobra falante, Jesus e besta de sete cabeças, são personagens de uma mesma narrativa! E é sobre essa narrativa, no seu conjunto, que se constrói a teologia cristã.

Por fim, essa dependência que o Cristo tem do Jesus de Nazaré não me parece ser a maior questão do cristianismo (isso será resolvido, como sempre, com os contorcionismos interpretativos".

Lembremos que os evangelistas não eram historiadores, nem biógrafos, mas cristãos, interessados em propagar uma nova fé. Lembremos, ainda, que eles escreveram na segunda metade, para o final do século I, portanto num ambiente de profunda convulsão religiosa por conta da destruição do Templo.

Assim, as narrativas não refletem a época dos fatos, mas descrevem os fatos sob a ótica de um contexto bem diverso. Naquele contexto, não é de se estranhar que os supostos discípulos de Jesus cressem na sua ressurreição: para os judeus cristãos,

O personagem bíblico Jesus logo retornaria para inaugurar o novo reino, desejo compreensível naquela situação. Mas com respeito a isso, Ele claramente não era assim tão sábio como outras pessoas foram e com certeza não poderia ser muito sábio.

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Para mim, uma das grandes questões para o Cristianismo é a demora no “retorno” do Cristo. Uma pedra no sapato do cristianismo.

Hoje, passados quase 2000 anos (sem que o Cristo tenha voltado), surpreende não a só a espera na volta do Cristo (e em um Reino dos Céus reconfigurado), mas a crença na ressurreição do Jesus de Nazaré. A verdade teológica ainda depende dessa, para mim, mentira factual!!! Mas entendo que hoje em dia não é fácil para os teólogos técnicos promover a volta do Cristo!

É realmente curioso que, ainda hoje, muitos cristãos não percebem que os textos bíblicos são construções literárias com propósitos teológicos: ainda acreditam em virgens que engravidam; em mortos que ressuscitam... mas isso é resolvido, como sempre, com as fantasias milagrosas interpretativas!

Textos foram escritos: cobras e jumentas falantes, virgens grávidas e homens ressuscitados que não são fatos históricos! Se o deus cristão depende da historicidade e milagres da ressurreição de Jesus de Nazaré para transmitir sua mensagem então creio que algo muito sério está errado: ou com a interpretação da mensagem ou com a mensagem em si ou... com o deus cristão!   "A finalidade da Segunda vinda será

ressuscitar os mortos e dar a cada um o que merece..." (2Ts 1,8 ). "Jesus Cristo foi instituído por Deus como juiz dos vivos e dos mortos." (At 10,42).

E o que aconteceu??? TODOS MORRERAM, e o “doce” Jesus NUNCA VOLTOU nem voltará! Porque ele é uma lenda INVENTADA pelos espertos sacerdotes daquela geração, que desde aquele tempo viviam nas costas dos outros que lhes serviam de jumento! Essa “função” de carregar sacerdotes nas costas não é invenção nova. Triste é saber que tantos ainda caem nela! É interessante notar que já os primeiros cristãos caíram nesse conto do vigário: I Coríntios 15: 51 “Eis aqui vos digo um mistério: NEM TODOS DORMIREMOS mas todos seremos transformados,” 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (coitados, foram ludibriados pela mentira!).1 Tessalonicenses 4:14–15 — Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que NÓS, OS QUE FICARMOS VIVOS para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. [...] Apocalipse 1:7 — Eis que vem com as nuvens, e TODO O OLHO O VERÁ, ATÉ OS MESMOS QUE O TRASPASSARAM; [...]Só os ávidos por crerem não conseguem enxergar tais contradições! Talvez porque o próprio deus deles tenha aplicado neles próprios a tal da “operação do erro”: II Tessalonisenses 2:11 “E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira;” Amém!

A “segunda vinda” de um Messias (Que não é nem a primeira). Não somente não acredito, como tenho a mais absoluta certeza que ele não foi a algum lugar e jamais virá...Jamais virá porque jamais existiu e veio... Jesus Cristo é tão real

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quanto o Batman ou o Super-Homem! NÃO SE DEIXE ENGANAR, MEU AMIGO! ESSA É MAIS UMA MENTIRA DOS ESPERTOS SACERDOTES.

http://www.anticristo.net.br/messias-inexistente.htm

Os Dogmas Católicos:

http://www.duc-in-altum.com.br/Duc%20in%20altum!5a.htm#Caractertemporal