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CONCEPÇÃO DE ROBÔ MANIPULADOR FABRICADO POR MANUFATURA ADITIVA PARA RETIRADA DE PEÇAS DE IMPRESSORA 3D Kevin Jesus Ramos Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro Mecânico. Orientador: Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL MARÇO DE 2019

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CONCEPÇÃO DE ROBÔ MANIPULADOR FABRICADO POR MANUFATURA

ADITIVA PARA RETIRADA DE PEÇAS DE IMPRESSORA 3D

Kevin Jesus Ramos

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de

Engenharia Mecânica da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte

dos requisitos necessários à obtenção do título de

Engenheiro Mecânico.

Orientador: Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

MARÇO DE 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Departamento de Engenharia Mecânica

DEM/POLI/UFRJ

CONCEPÇÃO DE ROBÔ MANIPULADOR FABRICADO POR MANUFATURA ADITIVA PARA RETIRADA DE PEÇAS DE

IMPRESSORA 3D

Kevin Jesus Ramos

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL

DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A

OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO MECÂNICO.

Aprovado por:

Prof. Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto; Dr. Ing.

Prof. Fábio da Costa Figueiredo; D. Sc.

Prof. Vitor Ferreira Romano; Dott. Ric.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

MARÇO DE 2019

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Ramos, Kevin Jesus

Concepção de Robô Manipulador Fabricado por

Manufatura Aditiva para Retirada de Peças de Impressora 3D

/ Kevin Jesus Ramos. – Rio de Janeiro: UFRJ / Escola

Politécnica, 2019.

XIII, 61 p.: il. 29,7 cm

Orientador: Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto

Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica /

Curso de Engenharia Mecânica, 2019.

Referências Bibliográficas: p. 60-62

1. Robô Manipulador 2. Manufatura Aditiva 3. Robô Articulado

4. Impressora 3D. I. Pinto, Fernando Augusto de Noronha

Castro II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

Politécnica, Curso de Engenharia Mecânica. III. Robô

Manipulador

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“O que não provoca minha morte faz com

que eu fique mais forte (Was mich nicht

umbringt, macht mich stärker).”

Friedrich Nietzsche

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente aos meus pais, que sempre me incentivaram

a estudar desde quando eu era pequeno e não mediram esforços para que eu tivesse

sempre uma educação da melhor qualidade. Sempre procurei seguir seus ensinamentos

e experiências de vida para que eu me tornasse um homem de caráter, com grandes

ambições, trabalhando arduamente para conquistar meus objetivos e poder dar orgulho

e retribuir toda a dedicação e investimento feitos em mim.

Aos meus irmãos, que estiveram comigo nessa árdua jornada e viram toda a

dedicação que era necessária diariamente e minhas oscilações de humor por conta dessa

dedicação, e mesmo assim sempre estiveram do meu lado, nunca me abandonaram.

Às minhas avós, que cuidaram de mim desde que eu era pequeno e foram

essenciais para os momentos nos quais meus pais estavam ocupados e precisavam de

alguém para me orientar.

Aos amigos que a UFRJ me deu e que levarei para o resto da vida, sempre dando

boas risadas durante os intervalos das aulas e trazendo um pouco de conforto à rotina

desgastante de faculdade.

Aos amigos e colegas de profissão da TechnipFMC, que me ensinam na prática

do dia a dia o que é ser engenheiro.

Ao professor Fernando Castro Pinto, que pacientemente me orientou desde as

dúvidas mais banais até as mais complexas durante o projeto.

E finalmente ao meu avô José Alberico Fernandes da Cruz, o homem mais forte

que conheci na vida.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.

CONCEPÇÃO DE ROBÔ MANIPULADOR FABRICADO POR

MANUFATURA ADITIVA PARA RETIRADA DE PEÇAS DE

IMPRESSORA 3D

Kevin Jesus Ramos

Março/2019 Orientador: Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto

Curso: Engenharia Mecânica

O presente trabalho consiste na concepção de um robô manipulador fabricado por manufatura aditiva. O objetivo do braço é a retirada de peças fabricadas em impressoras 3D, para que as mesmas possam iniciar uma nova impressão, sem que haja a necessidade de interação humana com a máquina para a retirada da peça. Como consequência, se teria um processo mais automatizado da produção de peças em impressão 3D. Além disso, o projeto apresenta a concepção estrutural do braço robótico por manufatura aditiva, para que o mesmo possua baixo custo e facilidade de fabricação. A partir da modelagem da estrutura via software CAD e fabricação via impressão 3D, se tem toda a parte estrutural do braço. O estudo também visa verificar a viabilidade da operação de retirada da peça da impressora 3D, através de cálculos estáticos e dinâmicos.

Palavras-chave: Robô manipulador, Manufatura Aditiva, Robô articulado, Impressora 3D.

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a parcial fulfillment of

the requirement for the degree of Mechanical Engineer.

CONCEPTION OF ROBOT MANIPULATOR MANUFACTURED

BY ADDITIVE MANUFACTURING FOR REMOVAL OF

3D PRINTER PARTS

Kevin Jesus Ramos

Março/2019

Advisor: Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto Course: Mechanical Engineering

The present work consists on the conception of a robot manipulator manufactured by additive manufacturing. The objective of the arm is to remove parts made from 3D printers, so they can start a new impression without the necessity of human interaction with the machine to remove the part. Consequently, the process turns more automated on producing parts in 3D printing. In addition, the project presents the conception of the structural fabrication of the robotic arm by additive manufacturing, with the objective of being cheaper and easy to fabricate. From the modeling of the structure by CAD software and manufacturing by 3D printing able the fabrication of the entire structural part of the arm. The study also aims to verify the viability of the operation of removing the 3D object through static and dynamic calculations.

Keywords: Robot manipulator, Additive Manufacturing, Articulated robot, 3D Printer.

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SUMÁRIO

1 Introdução .............................................................................................................. 1

1.1 Motivação .............................................................................................................. 2

1.2 Objetivo ................................................................................................................. 5

1.3 Organização do Trabalho ...................................................................................... 6

1.4 História da robótica ................................................................................................ 6

1.5 História da manufatura aditiva ............................................................................... 8

2 Classificação de robôs ......................................................................................... 11

2.1 Robôs de coordenadas cartesianas ..................................................................... 11

2.2 Robôs de coordenadas cilíndricas ....................................................................... 12

2.3 Robô de coordenadas esféricas .......................................................................... 13

2.4 Robô SCARA ....................................................................................................... 14

2.5 Robô articulado ou antropomórfico ...................................................................... 14

2.6 Robôs paralelos ................................................................................................... 15

2.7 Escolha do tipo de robô manipulador ................................................................... 15

2.8 Componentes do robô manipulador ..................................................................... 15

3 Tipos de Manufatura Aditiva ................................................................................ 19

3.1 Estereolitografia ................................................................................................... 19

3.2 Sinterização Seletiva a Laser ............................................................................... 20

3.3 Fabricação por Filamento Fundido (FDM) ............................................................ 21

3.4 Processamento de luz direta (DLP) ..................................................................... 23

3.5 Multijet ................................................................................................................. 23

3.6 Escolha do tipo de manufatura aditiva ................................................................. 24

3.7 Material Utilizado ................................................................................................. 25

3.7.1 ABS ..................................................................................................................... 25

3.7.2 PLA ...................................................................................................................... 25

3.7.3 Tabela comparativa ............................................................................................. 26

3.7.4 Material escolhido ................................................................................................ 26

4 Concepção do robô manipulador ......................................................................... 27

4.1 Especificações de projeto .................................................................................... 27

4.2 Volume de trabalho .............................................................................................. 27

4.3 Cinemática ........................................................................................................... 31

4.3.1 Convenção de Denavit-Hartenberg ...................................................................... 31

4.4 Estática ................................................................................................................ 37

4.5 Protótipo .............................................................................................................. 42

4.5.1 Base .................................................................................................................... 43

4.5.2 Braço (elo 2) ........................................................................................................ 44

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4.5.3 Antebraço (elo 3) ................................................................................................. 44

4.5.4 Garra robótica (elo 4) ........................................................................................... 44

4.5.5 Buchas do eixo e do servo motor ......................................................................... 45

4.5.6 Sistema de transmissão ....................................................................................... 46

4.5.7 Montagem ............................................................................................................ 47

5 Dimensionamento e escolha de peças................................................................. 48

5.1 Eixos .................................................................................................................... 48

5.2 Atuadores ............................................................................................................ 49

5.3 Rolamentos ......................................................................................................... 50

5.4 Anéis de retenção ................................................................................................ 51

5.5 Parafusos, porcas e arruelas ............................................................................... 51

5.6 Simulações dos esforços ..................................................................................... 54

6 Conclusão ............................................................................................................ 58

6.1 Trabalhos Futuros ................................................................................................ 58

7. Referências Bibliográficas.................................................................................... 60

Anexo I – Códigos de Simulação utilizados no Robotic Toolbox ..................................... 63

Anexo II – Variáveis utilizadas no cálculo estático .......................................................... 65

Anexo III – Desenhos de montagem e fabricação .......................................................... 66

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Projeção de crescimento da manufatura aditiva ao longo dos anos [1] ........... 2

Figura 2 Crescimento do interesse por impressão 3D baseado em pesquisas no

Google .......................................................................................................................... 3

Figura 3 Adidas FutureCracft 4D [2] .............................................................................. 3

Figura 4 Robô manipulador da ABB (Figura retirada do site http://mercadolivre.com.br)

..................................................................................................................................... 4

Figura 5 Robô manipulador da Fanuc (Figura retirada do site

http://mercadolivre.com.br) ........................................................................................... 4

Figura 6 Ultimaker 2 [3] ................................................................................................. 5

Figura 7 Cena da peça Rossumovi Universzální Roboti, com 3 robôs em cena [4] ....... 6

Figura 8 Pato mecânico de Jacques de Vaucanson [5] ................................................. 7

Figura 9 Robô manipulador na fábrica da GM [6] .......................................................... 8

Figura 10 Charles Hull, criador da estereolitografia [7] .................................................. 9

Figura 11 Scott Crump, fundador da Stratasys [8] ........................................................ 9

Figura 12 Uma forma de classificação de robôs [9] .................................................... 11

Figura 13 Figura 2.2 Estrutura de robô cartesiano [9] ................................................. 12

Figura 14 Volume de trabalho gerado por robô cartesiano [10] ................................... 12

Figura 15 Estrutura de robô cilíndrico [9] .................................................................... 12

Figura 16 Volume de trabalho gerado por robô cilíndrico [10] ..................................... 13

Figura 17 Estrutura de robô esférico [9] ...................................................................... 13

Figura 18 Volume de trabalho gerado por robô esférico [10] ....................................... 13

Figura 19 Estrutura de robô SCARA [9] ...................................................................... 14

Figura 20 Estrutura de robô articulado [9] ................................................................... 14

Figura 21 Robô delta (3 graus de liberdade) [9] .......................................................... 15

Figura 22 Exemplo de robô manipulador [11] ............................................................. 16

Figura 23 Juntas prismática e de revolução [12] ......................................................... 17

Figura 24 Parte interior de robô manipulador, com sistema de transmissão detalhado

[12] ............................................................................................................................. 17

Figura 25 Exemplo de garra robótica [13] ................................................................... 18

Figura 26 Atuador pneumático [14] ............................................................................. 18

Figura 27 Servo motor (atuador elétrico) [15] .............................................................. 18

Figura 28 Processo de Estereolitografia [16] .............................................................. 19

Figura 29 Exemplo de estereolitografia [17] ................................................................ 20

Figura 30 Processo de manufatura por SLS [18] ........................................................ 21

Figura 31 Impressoras Ultimaker 3 produzindo peças [18] ......................................... 23

Figura 32 Impressão 3D DLP [19] ............................................................................... 23

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Figura 33 Impressora Multijet da HP [20] .................................................................... 24

Figura 34 Modelo 3d Finder Flashforge (retirado do site Submarino.com.br) .............. 24

Figura 35 Representação do volume de trabalho de um robô [23] .............................. 28

Figura 36 Impressora Stella 2 [24] .............................................................................. 28

Figura 37 Representação da mesa de impressão (Autoria própria) ............................ 29

Figura 38 Representação esquemática do alcance do robô (Autoria própria) ............. 29

Figura 39 Estimativa de volume de trabalho (Autoria própria) ..................................... 30

Figura 40 Área da mesa coberta pelo robô manipulador (Autoria própria) .................. 30

Figura 41 Estimativa de volume de trabalho (Autoria própria) ..................................... 31

Figura 42 Representação dos Parâmetros D-H [27] ................................................... 32

Figura 43 Representação do robô manipulador (Autoria própria) ................................ 33

Figura 44 Estimativa da medida entre as juntas (Autoria própria) ............................... 34

Figura 45 Posição 1 do robô manipulador (Autoria própria) ........................................ 36

Figura 46 Posição 2 do robô manipulador (Autoria própria) ........................................ 36

Figura 47 Posição 3 do robô manipulador (Autoria própria) ........................................ 36

Figura 48 Pontos de atuação das forças e reações (Autoria Própria) ......................... 37

Figura 49 Esforços atuantes no elo 4 (Autoria Própria) ............................................... 38

Figura 50 Esforços atuantes no elo 3 (Autoria Própria) ............................................... 39

Figura 51 Esforços atuantes no elo 2 (Autoria Prória) ................................................. 40

Figura 52 Representação dos elos 2 e 3 para cálculo de massa (Autoria própria) ...... 40

Figura 53 Representação do elo 4 para cálculo de massa (Autoria Própria) ............... 41

Figura 54 Configuração do braço robótico para cálculos (Autoria Própria) .................. 41

Figura 55 Parte 1 da Base do robô manipulador (Autoria Própria) .............................. 43

Figura 56 Parte 2 da base do robô manipulador (Autoria Própria) .............................. 43

Figura 57 Braço do robô manipulador (Autoria Própria) .............................................. 44

Figura 58 Antebraço do robô manipulador (Autoria Própria) ....................................... 44

Figura 59 Punho da Garra robótica (Autoria Própria) .................................................. 45

Figura 60 Garra robótica em vista isométrica (Autoria Própria) ................................... 45

Figura 61 Parte inferior da garra robótica (Autoria Própria) ......................................... 45

Figura 62 Bucha do eixo ............................................................................................. 46

Figura 63 Bucha do servo motor ................................................................................. 46

Figura 64 Montagem do robô manipulador renderizado (Autoria Própria) ................... 47

Figura 65 Representação do eixo 1 ............................................................................ 48

Figura 66 Momento fletor do eixo 1 (Autoria Própria) .................................................. 49

Figura 67 Servo motor Tower Pro MG959 [31]............................................................ 50

Figura 68 Rolamento SFK 61800 [34] ......................................................................... 51

Figura 69 Anel de retenção Anel Ret escolhido [35] ................................................... 51

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Figura 70 Parafusos M2 e M3 Cabeça Panela Phillips [36] ......................................... 52

Figura 71 Parafuso M3 sextavado interno [36] ............................................................ 53

Figura 72 Porca sextavada Ciser [36] ......................................................................... 54

Figura 73 Arruela lisa [36] ........................................................................................... 54

Figura 74 Força atuando na garra robótica (Autoria Própria) ...................................... 55

Figura 75 Esforços atuando na garra robótica e no elo 4 (Autoria Própria) ................. 56

Figura 76 Esforços atuando no elo 3 (Autoria Própria) ................................................ 56

Figura 77 Esforços atuando no elo 2 (Autoria Própria) ................................................ 57

Figura 78 Esforços atuando na base (Autoria Própria) ................................................ 57

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Comparação entre ABS e PLA [21, 22] ........................................................ 26

Tabela 2 Parâmetros D-H ........................................................................................... 34

Tabela 3 Forças atuantes nas juntas do robô ............................................................. 42

Tabela 4 Torques atuantes nas juntas do robô ........................................................... 42

Tabela 5 Especificações do servo motor TowerPro MG959 [31] ................................. 50

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1

1 Introdução

Segundo a definição da Associação de Indústrias da Robótica (RIA), tem-se

que: ''Um robô industrial é um manipulador reprogramável, multifuncional, projetado

para mover materiais, peças, ferramentas ou dispositivos especiais em movimentos

variáveis programados para a realização de uma variedade de tarefas.''

Já segundo a definição da ISO (International Organization for Standardization),

tem-se que: ''Um robô industrial é uma máquina para manipulação, com vários graus de

liberdade, controlada automaticamente, reprogramável, multifuncional, que pode ter

base fixa ou móvel para utilização em aplicações de automação industrial.''

A robótica industrial veio como uma consequência da globalização e do

aumento da competitividade entre as empresas, uma vez que foi se tornando cada vez

mais necessário o aumento da produtividade, com o objetivo de se manter vivo no

mercado. Com a robótica industrial, se tornou possível o aumento da produtividade por

conta da eficiência dos robôs em realizar tarefas repetitivas com precisão e agilidade

muito maiores que um ser humano, além do fato de que robôs não recebem salários e

outros encargos trabalhistas, diminuindo o custo de longo prazo, porém com o aumento

do custo de curto prazo, já que o investimento inicial é alto.

Já a manufatura aditiva, conhecida popularmente por ''Impressão 3D'' é uma

técnica de manufatura que vem sendo empregada cada vez mais com o avanço

tecnológico da chamada "Indústria 4.0", que é a revolução industrial mais recente. A

manufatura aditiva se utiliza de arquivos CAD (computer-aided design) para fabricar o

produto, a partir do material utilizado na máquina.

O presente trabalho buscará unir esses dois setores, tanto da manufatura aditiva

quanto da robótica, através da concepção de um robô manipulador fabricado por

manufatura aditiva. Esse robô tem como objetivo final retirar peças da mesa de

impressão, visando a automação do processo de impressão 3D, já que o robô fará o

trabalho de um humano, retirando a peça para que se possa iniciar nova impressão.

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2

1.1 Motivação

A manufatura aditiva vem cada vez mais sendo utilizada na indústria como um

todo. Por ser um processo que praticamente elimina restrições geométricas, permite a

fabricação de peças com alto grau de complexidade e permite completa customização

do produto, este tipo de processo está se tornando extremamente popular no

mercado, como podemos conferir no estudo mostrado na figura 1 realizado pela BCG

(Boston Consulting Club).

Figura 1 Projeção de crescimento da manufatura aditiva ao longo dos anos [1]

Até 2035 1,5% do mercado total de manufatura será composto por manufatura

aditiva, ou seja, movimentará aproximadamente US$ 350 bilhões. Percebe-se também

pelo gráfico que a manufatura por polímeros e outros movimentará uma fatia bem mais

considerável que a manufatura por metal.

Já a figura 2 em que se apresenta um gráfico baseado em pesquisas feitas

pelas pessoas no Google pode-se conferir que o interesse por impressão 3D (3D

printing) teve uma escalada em torno do final de 2010 e começo de 2011 apresentando

uma estabilização em 2014, porém se mantendo com grande interesse da população

em geral.

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3

Figura 2 Crescimento do interesse por impressão 3D baseado em pesquisas no Google

Grandes empresas desde já têm investido massivamente neste mercado. A

General Eletric (GE) comprou em 2016, pela quantia exorbitante de US$ 1,4 bilhão,

duas empresas fabricantes de máquinas de impressão 3D, a Arcam AB e a SLM

Solutions Group, com o objetivo de trazer inovações para a área de aviação da empresa.

A Adidas espera fabricar até o fim de 2018 100 mil unidades do FutureCraft

4D, o primeiro tênis feito em impressão 3D em larga escala. Porém não será um modelo

fabricado totalmente em impressão 3D, por conta de limitações tecnológicas como

costura e acabamento.

Figura 3 Adidas FutureCracft 4D [2]

Com o progresso tecnológico e mercadológico cada vez maior da manufatura

aditiva, surgem necessidades nesse mercado, assim como em qualquer mercado

competitivo. A partir da necessidade, criam-se projetos que atendam essa necessidade.

E uma dessas necessidades é justamente a retirada da peça que acabou de

ser impressa pela impressora 3D, para que possa ser iniciada uma nova impressão. E

é nessa parte que entra a robótica industrial, um seguimento bastante tradicional da

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indústria, que se aliará às novas tecnologias com o objetivo de aumento na

produtividade, redução de custos, melhora na qualidade das peças, aumento na

segurança por conta do controle feito por máquinas e não por seres humanos.

Fazendo uma pesquisa de mercado para avaliar as opções de robôs

manipuladores, encontram-se opções que possuem preços bastante elevados:

Figura 4 Robô manipulador da ABB (Figura retirada do site http://mercadolivre.com.br)

Figura 5 Robô manipulador da Fanuc (Figura retirada do site http://mercadolivre.com.br)

E ainda é necessário levar em consideração que estas opções de robôs

manipuladores são projetadas para trabalho pesado, em grandes linhas de produção.

Para o caso da retirada de uma peça feita em impressora 3D seria necessário uma

opção de robô manipulador mais compacta, sem a necessidade de levantar grandes

cargas, já que as opções mais comuns de impressoras 3D imprimem peças compactas,

que não possuem massa elevada.

A figura 6 apresenta o exemplo da Ultimaker 2, que é uma impressora 3D FDM

(processo será detalhado mais a frente) utilizada para trabalhos profissionais, porém

com um preço acessível levando outros processos por manufatura aditiva. O volume de

impressão desta impressora é de 223 x 223 x 305cm, e levando em conta a baixa

densidade do material utilizado pela impressora (ABS e PLA), conclui-se que não há a

necessidade de um robô manipulador tão robusto para retirada de peças.

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Figura 6 Ultimaker 2 [3]

1.2 Objetivo

O objetivo do presente trabalho é oferecer a concepção de um robô manipulador

com o objetivo de retirada da peça impressa pela impressora 3D. O robô manipulador

será concebido em sua maior parte com material feito em impressora 3D. Só será

utilizado outro tipo de material quando não for possível utilizar material impresso, ou

caso seja verificado que é mais simples se utilizar um material que não seja feito por

impressão 3D. Serão realizados cálculos de esforços mecânicos e dinâmicos,

modelagem do robô e simulações para verificar se a parte mecânica do robô

manipulador sustenta os esforços de retirada da peça impressa.

A finalidade de se utilizar peças fabricadas por manufatura aditiva está no fato

de que se tem ganhos econômicos, já que o material utilizado para fabricação (filamento

em ABS ou PLA) não possui custo elevado, ao contrário de outros processos

tradicionais, como fundição, forjamento, conformação e laminação, que necessitam de

matéria-prima como o metal para serem fabricados, logo possuem custo mais elevado.

Além disso, o fato de poder se fabricar o braço robótico no próprio local onde será usado

facilita questões como custos de logística, não se ter a necessidade de depender de

uma empresa para a fabricação do braço, o espaço necessário é bastante reduzido pois

as máquinas de impressão 3D apresentam tamanhos compactos quando comparadas

aos grandes maquinários dos processos citados. E também se tem o fato da facilidade

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de fabricação de peças sobressalentes, se uma peça quebrar e necessitar ser reposta

pode-se fazer essa reposição rapidamente, através da fabricação na impressora.

1.3 Organização do Trabalho

No capítulo 1 é feita toda a introdução do trabalho, motivação e objetivo, além

de breve contextualização sobre a história da robótica e também a história manufatura

aditiva.

No capítulo 2 serão apresentados os diversos tipos de robôs existentes e suas

classificações, além do tipo escolhido para atender o projeto.

No capítulo 3 serão apresentados os tipos de manufatura aditiva e o tipo de

processo de fabricação escolhido para o trabalho atual.

No capítulo 4 será desenvolvida a concepção do robô manipulador.

No capítulo 5 será feito o dimensionamento, além da escolha das peças não

impressas usadas no robô e as simulações para validação do estudo.

No capítulo 6 serão dadas propostas de trabalhos futuros, para melhorias no

projeto atual e a conclusão do projeto.

1.4 História da robótica

O termo “robótica” tem como origem da palavra robô. Pode-se concluir a partir

disso que a robótica é a ciência que estuda o desenvolvimento e aplicação de robôs. O

termo robô foi usado inicialmente pelo dramaturgo checo Karen Capek, a partir da peça

teatral Rossumovi Universzální Roboti (Os Robôs Universais de Russum (R.U.R)) se

referindo a um autômato (robô) que se rebela contra o ser humano.

Figura 7 Cena da peça Rossumovi Universzální Roboti, com 3 robôs em cena [4]

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A palavra que designou essas criaturas foi sugerida pelo seu irmão Josef, a partir

da palavra russa rabot, que significa de servo, servidão, trabalho forçado.

Em 1738, Jacques de Vaucanson fabricou um “tocador de flauta” automatizado.

Um cilindro com relevo que ao girar movimentava uma série de cames que controlavam

pistões de diferentes comprimentos, gerando diferentes tons de flauta. Jacques também

desenvolveu uma máquina de entretenimento cujo tratava-se de um mecanismo que

simulava a digestão e os movimentos de um pato mecânico. A potência mecânica era

gerada por mecanismos que utilizavam molas.

Figura 8 Pato mecânico de Jacques de Vaucanson [5]

Já a partir da publicação de 1950 Isaac Asimov, o livro “Eu, robô”, se tornou

popular o conceito de robô com aparência de pessoas. No seu livro, ele apresentou as

três Leis da Robótica, as quais definem as regras básicas para que robôs e seres

humanos convivam de forma pacífica.

1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por ócio, permitir que um ser

humano sofra algum mal.

2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres

humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.

3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não

entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.

Depois de algum tempo, Asimov criou uma quarta lei (conhecida como lei zero),

que diz: “Um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que ela

sofra algum mal”.

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O primeiro robô industrial foi o robô Unimate, desenvolvido em 1961 por George

Devol. A série de robôs Unimate 1900 foi a primeira série de braços robóticos para

automação de fábricas de veículos.

A partir disso, a General Motors (GM) se tornou a fábrica mais automatizada do

mundo, se utilizando de robôs manipuladores. Os mesmos eram capazes de construir

110 carros por hora, mais que o dobro que qualquer outra fábrica que não possuía a

tecnologia de robôs manipuladores. Depois desse exemplo, outras empresas como a

BMW, Volvo, Mercedes Benz e Fiat também instalaram o Unimate em sua linha de

produção.

Figura 9 Robô manipulador na fábrica da GM [6]

1.5 História da manufatura aditiva

As primeiras tentativas de impressão 3D começaram com Hideo Kodama, do

Instituto de Pesquisas de Nagoya no Japão, em 1981, quando este tentava desenvolver

uma técnica de prototipagem rápida. Ele inventou dois métodos de fabricação de

modelos de plástico tridimensional com polímero termofixo foto-endurecedor, onde a

exposição de UV é controlada por um padrão de máscara ou transmissor de fibra de

varredura.

Já em 1984 Charles Hull, da 3D Systems Corporation, registrou sua própria

patente para estereolitografia, na qual camadas eram adicionadas através da cura de

fotopolímeros com lasers de luz ultravioleta. Hull definiu este processo como um

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“sistema para geração de objetos tridimensionais através da criação de padrão

transversal do objeto a ser formado”. A contribuição de Hull foi o formato de arquivo STL

(Stereolithography), o fatiamento digital e estratégias de preenchimento comuns a

muitos processos atualmente.

Figura 10 Charles Hull, criador da estereolitografia [7]

A tecnologia mais utilizada atualmente por impressoras 3D atualmente foi

inventada em 1988, o modelo FDM (fused deposition modeling), uma aplicação especial

de extrusão de plástico, que foi desenvolvido em 1988 por S. Scott Crump e

comercializado por sua companhia Stratasys, que passou a comercializar sua primeira

máquina FDM em 1992. Atualmente a Stratasys é uma das maiores empresas no setor

de manufatura aditiva.

Figura 11 Scott Crump, fundador da Stratasys [8]

Em 1993 o termo impressão 3D originalmente se referia a um processo de leito

em pó usando cabeças de impressão a jato de tinta padrão e personalizadas,

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desenvolvido pelo MIT e comercializado pela Soligen Technologies, Extrude Hone

Corporation e Z Corporation.

Em 1995 o Instituto Fraunhofer desenvolveu o processo seletivo de fusão à laser.

Em 2009 as patentes do processo FDM expiraram, causando uma verdadeira

corrida pelas empresas para explorarem esse mercado. Os preços das impressoras

despencaram de $10,000 dólares para modelos com preços menores que $1000 dólares

e uma nova safra de fabricantes de impressoras 3D com interface amigável ao

consumidor, como por exemplo MakerBot e Ultimaker permitiram a popularização da

impressão 3D.

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2 Classificação de robôs

Robôs podem ser classificados utilizando-se diversos critérios, entre eles:

autonomia do sistema de controle, mobilidade da base, estrutura cinemática, forma de

acionamento, graus de liberdade, geometria do espaço de trabalho, entre outros.

Figura 12 Uma forma de classificação de robôs [9]

Para este presente trabalho será restringido o foco para os robôs fixos (alguns

autores se referem a este tipo de robôs como robôs industriais, ou ainda robôs

manipuladores) uma vez que são os tipos comumente utilizados na automação industrial

e a partir da descrição de todos esses tipos será escolhido o melhor para o objetivo do

trabalho (retirada da peça da impressora 3D).

2.1 Robôs de coordenadas cartesianas

Esse robô apresenta três juntas prismáticas (PPP), resultando em um movimento

composto por três translações, no qual os eixos de movimento são coincidentes com

um sistema de coordenadas cartesiano (daí o nome robô de coordenadas cartesianas).

O volume de trabalho gerado é retangular.

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Figura 13 Figura 2.2 Estrutura de robô cartesiano [9]

Figura 14 Volume de trabalho gerado por robô cartesiano [10]

2.2 Robôs de coordenadas cilíndricas

Os eixos de movimentos deste tipo de robô funcionam através do sistema de

coordenadas de referência cilíndrica.

É formado por duas juntas prismáticas e uma de rotação, compondo movimentos

de duas translações e uma rotação. O volume de trabalho gerado é cilíndrico.

Figura 15 Estrutura de robô cilíndrico [9]

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Figura 16 Volume de trabalho gerado por robô cilíndrico [10]

2.3 Robô de coordenadas esféricas

Os eixos de movimento deste tipo de robô formam um sistema de coordenadas

de referência polar, com uma junta prismática e duas de rotação (PRR), compondo

movimentos de uma translação e duas rotações.

O volume de trabalho gerado é uma esfera.

Figura 17 Estrutura de robô esférico [9]

Figura 18 Volume de trabalho gerado por robô esférico [10]

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2.4 Robô SCARA

Este robô apresenta duas juntas de rotação em paralelo para se ter movimento

num plano e uma junta perpendicular a este plano (PRR), compondo um movimento de

uma translação e duas rotações

O uso comum do SCARA é normalmente em tarefas de montagem de

componentes de pequenas dimensões, como placas de circuitos eletrônicos.

O volume de trabalho gerado é aproximadamente cilíndrico.

Figura 19 Estrutura de robô SCARA [9]

2.5 Robô articulado ou antropomórfico

Este tipo de robô apresenta pelo menos três juntas de rotação (RRR). O eixo de

movimento da junta de rotação da base é ortogonal às outras duas juntas de rotação

que são simétricas entre si.

Nesta configuração o robô apresenta maior mobilidade, já que possui

movimentos mais complexos do que os outros tipos.

O volume de trabalho depende dos graus de liberdade do robô.

Figura 20 Estrutura de robô articulado [9]

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2.6 Robôs paralelos

Podem apresentar diferentes formas e geometrias de trabalho de acordo com os

graus de liberdade (3 a 6).

Figura 21 Robô delta (3 graus de liberdade) [9]

2.7 Escolha do tipo de robô manipulador

Analisando todos os tipos de robôs manipuladores em série (os robôs

manipuladores em paralelo foram descartados por conta da forma na qual são utilizados,

eles necessitam de espaço livre na parte superior para a manipulação dos objetos, e

muitas impressoras não possuem esse espaço livre na parte superior), podemos

concluir que é interessante a utilização do robô articulado, pois ele permite movimentos

complexos em várias direções, o que é bem interessante para este trabalho devido à

variedade de tipos de impressoras 3D, cada uma com sua geometria. Um robô

articulado pode ser bem versátil para o uso em diversos tipos de impressora, então será

o modelo escolhido para prosseguimento do trabalho.

2.8 Componentes do robô manipulador

Para se entender mais sobre robôs manipuladores, é fundamental o

conhecimento em todos os componentes de sua estrutura.

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Figura 22 Exemplo de robô manipulador [11]

1 – Manipulador mecânico: é a parte mecânica e estrutural do robô. Fazem parte

os elementos estruturais rígidos (corpos ou elos) conectados entre si através de juntas,

onde se chama o primeiro corpo de base e o último de extremidade terminal, onde será

acoplado um componente efetuador (garra ou qualquer outro tipo de ferramenta). Como

o escopo de trabalho se restringirá à parte mecânica do robô manipulador, será

detalhada apenas nessa parte do robô.

1.1 – Elos: Os elos representam a estrutura sólida do manipulador, que se ligam

por meio das juntas. Os elos podem ter diversas formas e tamanhos dependendo da

aplicação. Eles são unidos por juntas, que permitem o movimento relativo entre eles. No

geral são fabricados em aço ou alumínio, pela necessidade de resistência mecânica à

flexão e torção.

1.2 – Juntas: As juntas são responsáveis pela ligação entre os elos, permitindo

o movimento relativo entre os mesmos em um único grau de liberdade. Geralmente são

utilizados dois tipos de juntas para compor um par cinemático formado por dois elos

adjacentes: junta de rotação ou junta prismática (junta de translação). O número de

juntas é equivalente ao número de graus de liberdade.

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Figura 23 Juntas prismática e de revolução [12]

As juntas são responsáveis por determinar o movimento do manipulador, se é

rotacional ou de translação.

1.3 – Transmissão: Elementos responsáveis por transmitir a potência mecânica

gerada pelos atuadores aos elos, em forma de movimento. São componentes

mecânicos comuns como engrenagens, engrenagens harmônicas, correias dentadas e

correntes, guias dentadas, parafusos de acionamento, cames, entre outros.

Figura 24 Parte interior de robô manipulador, com sistema de transmissão detalhado [12]

1.4 – Efetuadores: Os efetuadores são fixados na extremidade do último elo do

robô manipulador. No caso de garras é o responsável direto pelo manuseio da peça a

ser manipulada, ou seja, fazer a movimentação do objeto a partir de uma posição inicial

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até uma posição final. Mas existe também o caso de se fixar diversos tipos de

ferramentas, para outros tipos de trabalho, como: pontas de solda, maçaricos, bicos

para pintura, mandris, ferramentas de corte etc.

Figura 25 Exemplo de garra robótica [13]

1.5 – Atuadores: São responsáveis por converter a energia elétrica, pneumática

ou hidráulica em energia mecânica. Podem trabalhar em conjunto com o sistema de

transmissão para movimentação dos elos, caso haja a necessidade de sistema de

transmissão no projeto.

Figura 26 Atuador pneumático [14]

Figura 27 Servo motor (atuador elétrico) [15]

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3 Tipos de Manufatura Aditiva

Existem diversos tipos de manufatura aditiva, como vista na contextualização

histórica. Neste capítulo serão explicitadas as principais técnicas utilizadas atualmente,

e qual tipo foi escolhido para a concepção do braço robótico.

3.1 Estereolitografia

A estereoliografia, também conhecida como SLA ou SL, é um dos métodos mais

detalhados de manufatura aditiva que existe atualmente. Este método utiliza um

recipiente com fotopolímeros líquidos de resina para estereolitografia (uma substância

que se solidifica em exposição a um raio laser ultravioleta). O modelo 3D é construído

camada por camada, sobre uma plataforma móvel. O laser se projeta no recipiente,

solidificando as partes necessárias para se chegar na criação do protótipo de SLA.

Figura 28 Processo de Estereolitografia [16]

Quando se completa uma camada a plataforma móvel é rebaixada a uma

distância que corresponde à espessura de uma camada de material a ser utilizado

(geralmente entre 0,05 mm e 0,15 mm). Isso faz com que a superfície do líquido fique

exposta, permitindo que o laser comece novamente a traçar uma nova camada, que

será colocada em cima da anterior. Quando o processo se encerra, o item 3D impresso

é limpo em uma solução química para se remover o excesso de resina. E finalmente o

objeto é colocado em um forno de ultravioleta, para ganhar rigidez.

Entre as vantagens da estereolitografia estão:

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Processo rápido, que leva curtos períodos de tempo e possibilita a

criação de produtos funcionais dentro de um dia. O tempo de

fabricação depende da complexidade e do tamanho da peça a ser

produzida, podem variar de algumas horas a mais de um dia.

Durabilidade dos objetos criados.

Possui ótimo acabamento superficial, sendo usado para projetos

artísticos, decorações, prototipagem de joias e outros diversos

trabalhos de design.

Entre as desvantagens estão:

É um processo caro. Os fotopolímeros líquidos necessários custam

entre 70 e 220 euros. Já as impressoras podem custar mais de

100.000 euros.

Figura 29 Exemplo de estereolitografia [17]

3.2 Sinterização Seletiva a Laser

A Sinterização Seletiva a Laser, também conhecida como SLS (Selective Laser

Sintering), utiliza um laser de CO2 de alta potência para fundir pequenas partículas de

material em pó para criar as peças em 3D. O laser funde o material em pó através de

varredura das seções cruzadas X e Y na superfície de uma camada de pó. O modelo é

criado uma camada por vez utilizando os dados enviados pelo arquivo CAD.

Entre as vantagens da Sinterização Seletiva a Laser estão:

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Possui a capacidade de produção de peças 3D complexas e bem

detalhadas.

Velocidade do processo, quando comparado com outras técnicas de

impressão 3D.

O modelo é fabricado em apenas uma única etapa de processo.

Peças com alta resistência mecânica.

Não é necessário material de suporte para impressão.

Entre as desvantagens estão:

O equipamento é grande, impedindo o uso em ambientes menores.

Processo de custo alto, por conta dos equipamentos e consumíveis

terem elevado custo.

O pó é uma matéria-prima que pode ser perigosa caso seja inalada.

É um processo que necessita de pós-processamento, aumentando o

espaço necessário de trabalho e custos adicionais.

Figura 30 Processo de manufatura por SLS [18]

3.3 Fabricação por Filamento Fundido (FDM)

O processo de Fabricação por Filamento Fundido (FFF ou FDM) é o processo

de impressão 3D mais comumente utilizado, por conta de ser um processo de fácil

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aprendizado e também por possuir máquinas e consumíveis mais baratos (plástico

fundido).

É um processo que usa um fio de plástico como matéria-prima. Esse fio plástico

também é conhecido como filamento. Esses filamentos possuem diâmetro de 1,75 mm

ou 2,85 mm. Neste tipo de processo o filamento é derretido por um bico de extrusão e

depositado sobre uma base através de camadas, uma sobre a outra, até que se chegue

ao item desejado. A altura das camadas pode variar de 0.05 mm até 0.4 mm,

dependendo das configurações da impressora. Quanto menor a altura das camadas,

melhor o acabamento das peças, porém em contrapartida se tem o aumento do tempo

de impressão.

Entre as vantagens estão:

Equipamento simples de operar e realizar manutenção.

Equipamento possui diversos modelos com versões mais acessíveis

que outros processos por manufatura aditiva.

Equipamento compacto, sendo o ideal para escritório.

O processo acontece em uma única estação, sendo desnecessário a

necessidade de equipamentos adicionais.

É um processo que dispõe de uma ampla variedade de materiais.

Entre as desvantagens estão:

As linhas das camadas da impressão são visíveis (para acabamentos

que exigem melhor estética esse processo não é o ideal).

A peça a ser produzida pode precisar da retirada de material de

suporte, que é necessário para esse tipo de fabricação.

Se a adesão entre camadas não for ideal, a peça terá propriedades

mecânicas anisotrópicas).

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Figura 31 Impressoras Ultimaker 3 produzindo peças [18]

3.4 Processamento de luz direta (DLP)

Processo semelhante ao processo SLA, pois também utiliza resina com

fotopolímeros. A diferença é que ao invés de usar um laser UV, é usada outra fonte de

luz, que pode ser uma tela LCD ou projetor que projeta a camada inteira de uma única

vez.

Esse tipo de processo possui as mesmas vantagens e desvantagens do

processo SLA.

Figura 32 Impressão 3D DLP [19]

3.5 Multijet

Tecnologia mais recente nesse mercado de manufatura aditiva, é um processo no

qual a cabeça de impressão se move sobre uma superfície plana. É depositava uma

resina plástica e ao mesmo tempo se emite uma luz ultravioleta com objetivo de

endurecer essa resina. Também pode-se depositar material solúvel com o plástico com

objetivo de remover mais facilmente os suportes.

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Entre as vantagens estão:

Peças precisas.

Peças duráveis.

Peças com ótimo acabamento.

Capacidade de produção de geometrias complexas.

Entre as desvantagens estão:

Processo mais caro que todos os outros vistos até agora

Figura 33 Impressora Multijet da HP [20]

3.6 Escolha do tipo de manufatura aditiva

O tipo de manufatura escolhido para a fabricação do braço será o FDM (Fused

deposition modeling), por conta de ser um modelo acessível, de baixo custo, bastante

popular no mercado e que possui um método de operação bem simples, o que tornaria

possível qualquer pessoa fabricar seu próprio braço robótico. Existem modelos de

impressora 3D FDM com custo abaixo de R$ 3.000,00, como o modelo 3d Finder

Flashforge (Figura 34).

Figura 34 Modelo 3d Finder Flashforge (retirado do site Submarino.com.br)

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25

3.7 Material Utilizado

O material utilizado pelo método de impressão FDM é o de termoplásticos, que

são materiais que ficam maleáveis quando são superaquecidos. Esse processo pode

ser repetido inúmeras vezes sem afetar a integridade do material. Normalmente se

encontram enrolados em bobinas.

Existem diversos tipos de termoplásticos utilizados nessa tecnologia, porém o

foco será dado nos dois tipos mais comuns para impressão 3D por FDM: ABS

(Acrilonitrila butadieno estireno) e PLA (Poliácido Láctico).

3.7.1 ABS

O termoplástico ABS é um material derivado do petróleo amplamente usado na

indústria. E um dos usos inclui impressão 3D. É composto da combinação de

acrilonitrila, butadieno e estireno. Por ser derivado do petróleo, libera gases durante a

extrusão, então deve ser utilizado em ambiente arejado.

Possui aspecto fosco, rigidez, é resistente a impactos, possui leve flexibilidade

quando comparado ao PLA, permitindo pequenas deformações ou flexão da peça,

podendo ser útil para peças que necessitam de encaixes na montagem. Além disso, são

resistentes a temperaturas altas.

Possui como desvantagem um coeficiente de contração muito alto, fazendo com

que se torne desvantajoso a impressão de peças grandes, já que se deformarão devido

a esse coeficiente de contração.

3.7.2 PLA

O PLA é um termoplástico do tipo poliéster. É produzido a partir de fontes

renováveis como amido de milho, raízes de mandioca e cana, sendo uma opção mais

ecológica. É degradado em 24 meses se enterrado ou 48 meses em água.

Apresenta aspecto brilhante e é disponível em diversas cores opacas e

translúcidas. Apresenta elevada rigidez e resistência.

Diferentemente do ABS, apresenta baixa contração, o que faz com que produza

peças mais precisas dimensionalmente e mais reais nos detalhes, cantos mais

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26

acentuados e melhor acabamento superficial. Pode ser impresso em mesa não

aquecida, o que é bem interessante já que nem todas as impressoras possuem

aquecimento na mesa.

Como desvantagem possui baixa resistência ao atrito e a temperaturas elevadas,

ou seja, se desgasta facilmente quando submetido a essas condições. O material pode

ser lixado e usinado, porém devido ao calor gerado nessas situações deve-se ter

cuidado para não deformar a peça.

3.7.3 Tabela comparativa

Na tabela 1 pode-se obter um comparativo entre as propriedades dos materiais

ABS e PLA:

Tabela comparativa Propriedades ABS PLA

Resistência à tração no limite 39 MPa 49,5 MPa Resistência à tração na ruptura 33,9MPa 45,6 MPa Alongamento no limite 3,50% 3,3% Alongamento na ruptura 5% 5,2% Massa específica 1,1 g/cm3 1,24 g/cm3

Tabela 1 Comparação entre ABS e PLA [21, 22]

3.7.4 Material escolhido

O material escolhido é o PLA, por conta de possuir maior facilidade de

fabricação, uma vez que não exige aquecimento na mesa. Além disso, possui menor

contração se comparado ao ABS, ou seja, é menos suscetível a falhas durante a

fabricação, como empenamentos e descolamento da mesa. Além disso, por ser

derivado de fontes renováveis, não é tóxico, o que faz com que possa ser fabricado em

ambientes não arejados (fechados). O maior problema com relação ao PLA é o fato de

possuir temperatura de transição vítrea baixa (60º C), o que exige trabalho em

temperaturas baixas, para não danificação do material.

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27

4 Concepção do robô manipulador

O presente tabalho focará na parte de concepção do projeto. Uma vez que foi

verificada a necessidade de um robô manipulador para retirada de peças de impressora

3D, será realizado todo o trabalho inicial de concepção do robô, o desenvolvimento

inicial da ideia, com cálculos estáticos e dinâmicos, além do modelo protótipo inicial.

4.1 Especificações de projeto

O robô manipulador deverá atender às seguintes especificações de projeto:

Alcance do braço: será definido a partir do comprimento da mesa da

impressora (volume de trabalho). O alcance do braço deve cobrir pelo

menos 80% da área da mesa

Material utilizado: material impresso sempre que possível (PLA)

Graus de liberdade: quatro

Modelo: manipulador articulado

Curso da garra robótica: 50 mm

Peso da peça a ser retirada: máximo de 0,2 kg (massa aproximada de

uma peça com dimensões 50 x 50 x 50 utilizando material PLA).

Fator de segurança F.S. = 3

Tipo de impressora atendido: modelos abertos (sem fechamento lateral)

4.2 Volume de trabalho

O volume de trabalho do manipulador é definido pela região na qual o mesmo

pode posicionar o efetuador final (para o presente trabalho será a garra robótica). Na

figura 35 encontra-se uma representação do volume de trabalho do robô, onde R

representa o robô em posição completamente estendida e r representa o robô com a

garra robótica sem estar completamente estendida.

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Figura 35 Representação do volume de trabalho de um robô [23]

Para o presente trabalho, o volume de trabalho do robô manipulador será

baseado no alcance necessário para o braço do robô chegar até a peça impressa na

mesa de impressão, segurar a peça com a garra, retirar a peça da mesa e levar até um

espaço fora da impressora. O primeiro passo é tomar como exemplo um modelo de

impressora para que as dimensões da mesa sejam utilizadas de base para o projeto. O

modelo selecionado foi a Stella 2, uma vez que é um modelo de impressora reconhecido

no mercado por ser bastante acessível e fabricar peças com boa qualidade (Figura 36).

Além disso, é um modelo de impressora aberto, o que facilita o trabalho do robô

manipulador, pois o mesmo não terá restrições de movimentação no espaço de retirada

da peça.

Figura 36 Impressora Stella 2 [24]

As dimensões da mesa da impressora Stella 2 [25] são de 220 mm x 320 mm. A

partir do teorema de Pitágoras:

d = c + 𝑙

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Onde: d = diagonal da mesa, c = comprimento da mesa e l = largura da mesa,

chega-se em d = 388,3 mm ou aproximadamente 390 mm de diagonal da mesa.

Figura 37 Representação da mesa de impressão (Autoria própria)

Encontra-se a área da mesa A = 220 x 320 = 70.400 mm².

Foi escolhido um comprimento inicial de 300 mm para o braço robótico (Figura

38).

Figura 38 Representação esquemática do alcance do robô (Autoria própria)

Através do alcance encontra-se uma representação do volume de trabalho do

robô manipulador (Figura 39).

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Figura 39 Estimativa de volume de trabalho (Autoria própria)

Utilizando-se o comando Area do software AutoCAD, encontra-se a área da

mesa coberta pelo robô manipulador com o comprimento de 300 mm (Figura 40).

Figura 40 Área da mesa coberta pelo robô manipulador (Autoria própria)

Chega-se em A = 59.232 mm² de área coberta pelo robô manipulador. Em

termos percentuais, A% = Área da mesa coberta pelo robô manipulador/Área total da

mesa = 59.232/70.400 = 84,1%. Logo, o comprimento de 300 mm atende ao objetivo

inicial de cobrir 80% de área da mesa.

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31

Figura 41 Estimativa de volume de trabalho (Autoria própria)

4.3 Cinemática

A cadeia cinemática de um robô manipulador é composta de uma sequência de

elos conectados por juntas, como visto na seção 2.8 do presente trabalho. A cadeia

começa na base do robô e termina no efetuador final.

A cinemática do manipulador robótico é a descrição do movimento com relação

a um sistema de referência fixo independentemente das forças inerciais e externas

atuantes, ou seja, é a relação analítica entre as variáveis de junta e posição e orientação

do efetuador.

Os três principais tipos de análises cinemáticas são: direta, inversa e diferencial.

A cinemática direta tem como objetivo encontrar a localização do efetuador final

com relação a um sistema de coordenadas de referência.

Na cinemática inversa, as posições de cada uma das juntas são determinadas

em função da posição e orientação que se deseja para o efetuador final.

Na cinemática diferencial se relacionam as velocidades lineares e velocidades

angulares do efetuador final com relação às velocidades lineares e angulares das juntas.

Na seção a seguir será explicitada a Convenção de Denavit-Hartenberg, um

método de cinemática direta.

4.3.1 Convenção de Denavit-Hartenberg

A Convenção de Denavit-Hartenberg (D-H) é um dos métodos mais utilizados

pelo meio científico na área da robótica, para resolução cinemática de robôs

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32

manipuladores. Esse tipo de método tem como objetivo utilizar um conjunto de regras

para se definir a posição relativa e orientação entre dois elos consecutivos [26].

Denavit e Hartenberg criaram em 1955 este método sistemático representado

por uma matriz de transformação homogênea 4 x 4, capaz de descrever as relações de

translação e rotação entre elos adjacentes [10].

Nesse método, cada elo é associado a um sistema de coordenadas local, fixo

relativamente ao elo. Com isto, através de transformações sequenciais, os

deslocamentos locais dos elos adjacentes da cadeia cinemática expressos por

coordenadas locais podem ser transformados em termos de coordenadas da base,

compondo, portanto, o sistema de referência inercial [10].

Através de uma sequência de operações , chega-se na matriz de transformação

homogênea para uma junta de rotação (θ variável). Pode-se definir os parâmetros de

Denavit-Hartenberg a partir dessa matriz, uma vez que todas as juntas do robô do

presente trabalho são de rotação. Analisando a figura 42, se constata que o caminho

que o referencial i-1 percorre até chegar no referencial i é representado por sucessivas

operações de rotação e translação.

Figura 42 Representação dos Parâmetros D-H [27]

A sequência de operações segue a seguinte ordem:

1. Rot (𝛉𝒊, 𝒛): Rotação de θ no eixo z , para que haja o deslocamento angular

de x em relação a x .

2. Trans (0, 0,𝐝𝒊): Translação de d ao longo de z , para deslocar o eixo x

com relação a x .

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33

3. Trans (𝐚𝒊, 𝟎, 𝟎): Translação de a ao longo de x , para deslocar linearmente

as origens dos sistemas de referência i − 1 e 𝑖, e também os eixos x e x .

4. Rot (𝐚𝒊, 𝒙𝒊): Rotação de α ao longo do eixo x , para que os dois sistemas de

referência coincidam.

Após essa sequência de operações, chega-se na seguinte matriz:

𝑇

cos θ −cos α ∗ 𝑠𝑒𝑛 θ 𝑠𝑒𝑛 α ∗ 𝑠𝑒𝑛 θ a ∗ cos θ

𝑠𝑒𝑛 θ cos α ∗ cos θ −𝑠𝑒𝑛 α ∗ cos θ a ∗ sen θ

00

𝑠𝑒𝑛 0

cos α 𝑑 0 1

Onde:

ai – Distância de zi-1 até zi medido ao longo de xi

αi – Ângulo entre zi-1 e zi ao longo de xi

di – Distância entre xi-1 e xi, medida ao longo de zi-1

θ - Ângulo entre xi-1 e xi, medido em zi-1

Na figura 43 está representado o robô manipulador, com quatro graus de

liberdade, em que todas as juntas são de rotação.

Figura 43 Representação do robô manipulador (Autoria própria)

A figura 44 mostra as medidas entre as juntas estimadas a partir do alcance do

robô.

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Figura 44 Estimativa da medida entre as juntas (Autoria própria)

Na tabela 2 estão definidos os parâmetros D-H para o presente projeto. Os

parâmetros de θimin e θimax estão inicialmente definidos a partir da geometria do robô.

ai [mm] αi di [mm] θi (º) θimin (º) θimax (º) Elo 1 0 π/2 50 θ1 (Variável) 0 180 Elo 2 125 0 0 θ2 (Variável) -30 90 Elo 3 125 0 0 θ3 (Variável) -80 90 Elo 4 50 0 0 Θ4 (Variável) 0 180

Tabela 2 Parâmetros D-H

As matrizes de transformação para cada elo do robô manipulador são as

seguintes:

𝑇 =

cos θ 0 𝑠𝑒𝑛 θ 0

𝑠𝑒𝑛 θ 0 −cos θ 0

00

10

0 0,05 0 1

𝑇 =

cos θ −𝑠𝑒𝑛 θ 0 0,125 ∗ cos θ

𝑠𝑒𝑛 θ cos θ 0 0,125 ∗ sen θ00

00

1 0 0 1

𝑇 =

cos θ −𝑠𝑒𝑛 θ 0 0,125 cos θ

𝑠𝑒𝑛 θ cos θ 0 0,125 𝑠𝑒𝑛 θ 00

00

1 0 0 1

𝑇 =

cos θ −𝑠𝑒𝑛 θ 0 0𝑠𝑒𝑛 θ cos θ 0 0

00

00

1 0,050 0 1

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35

A partir das matrizes de transformação homogênea de cada junta, chega-se na

matriz de transformação homogênea composta:

𝑇 = 𝑇 𝑇 𝑇 𝑇

𝑇 =

cos θ 0 𝑠𝑒𝑛 θ 0

𝑠𝑒𝑛 θ 0 −cos θ 0

00

10

0 0,05 0 1

cos θ −𝑠𝑒𝑛 θ 0 0,125 ∗ cos θ

𝑠𝑒𝑛 θ cos θ 0 0,125 ∗ sen θ00

00

1 0 0 1

cos θ −𝑠𝑒𝑛 θ 0 0,125 cos θ

𝑠𝑒𝑛 θ cos θ 0 0,125 𝑠𝑒𝑛 θ 00

00

1 0 0 1

cos θ −𝑠𝑒𝑛 θ 0 0𝑠𝑒𝑛 θ cos θ 0 0

00

00

1 0,050 0 1

= 𝑋 𝑌 𝑍 𝑃0 0 0 1

Onde 𝑋 , 𝑌 e 𝑍 são versores da matriz de rotação 𝑇 e 𝑃 é o vetor posição

da origem do SCR 4 em 0 [10].

Através do cálculo dos versores chega-se em:

𝑋 =

−𝐶4[C1S2S3 − C1C2C3] − 𝑆4[𝐶1𝐶2𝑆3 + 𝐶1𝐶3𝑆2]

−𝐶4[𝑆1𝑆2𝑆3 − 𝐶2𝐶3𝑆1] − 𝑆4[𝐶2𝑆1𝑆3 + 𝐶3𝑆1𝑆2]

𝐶4[𝐶2𝑆3 + 𝐶3𝑆2] + 𝑆4[𝐶2𝐶3 − 𝑆2𝑆3]

𝑌 =

𝑆4[𝐶1𝑆2𝑆3 − 𝐶1𝐶2𝐶3] − 𝐶4[𝐶1𝐶2𝑆3 + 𝐶1𝐶3𝑆2]

𝑆4[𝑆1𝑆2𝑆3 − 𝐶2𝐶3𝑆1] − 𝐶4[𝐶2𝑆1𝑆3 + 𝐶3𝑆1𝑆2]

𝐶4[𝐶2𝐶3 − 𝑆2𝑆3] − 𝑆4[𝐶2𝑆3 + 𝐶3𝑆2]

𝑍 = 𝑆1

−𝐶10

𝑃 =

0,05𝑆1 + 0,125[𝐶1𝐶2] − 0,125[𝐶1𝑆2𝑆3] + 0,125[𝐶1𝐶2𝐶3]

0,125[𝐶2𝑆1] − 0,05𝐶1 − 0,125[𝑆1𝑆2𝑆3] + 0,125[𝐶2𝐶3𝑆1]

0,125𝑆2 + 0,125[𝐶2𝑆3] + 0,125[𝐶3𝑆2] + 0,05

A partir dos parâmetros de Denavit-Hartenberg, pode-se modelar utilizando o

software Matlab uma simulação da movimentação do robô manipulador, através da

ferramenta Robotic Toolbox. As posições selecionadas foram na posição com o elo 2

completamente estendido na vertical e os elos 3 e 4 completamente estendidos na

horizontal, que será vista futuramente como posição de cálculos estáticos (Figura 45);

na posição teórica de captura na mesa de impressão com os elos 2, 3 e 4

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completamente estendidos (Figura 46) e na posição de retirada da peça da mesa

novamente os elos 2,3 e 4 completamente estendidos (Figura 47). No anexo I se

encontram os códigos utilizados para cada posição.

Figura 45 Posição 1 do robô manipulador (Autoria própria)

Figura 46 Posição 2 do robô manipulador (Autoria própria)

Figura 47 Posição 3 do robô manipulador (Autoria própria)

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Também foi desenvolvido um código que permite verificar a movimentação do

robô manipulador, através da modificação dos parâmetros de rotação do mesmo. Se

definem os pontos finais de posição do robô. O código se encontra em anexo.

4.4 Estática

ROMANO [10] define que a análise estática para um manipulador é obtida

através da análise de cada elo isolado, onde os elos adjacentes contribuem com forças

e torques e que considerando todas as forças e torques que agem em um elo i, pode-

se chegar às expressões da força 𝑓 e do torque 𝑛.

Para começar a análise, serão definidos os pontos de atuação das forças. Os

pontos estão definidos na figura 48. O ponto 4 é o ponto onde atuará o peso da peça a

ser retirada da mesa de impressão. Os pontos 3, 2, 1 e 0 são os pontos onde ocorrem

as reações, ou seja, nas juntas. Também constam os pontos onde se encontram os

esforços causados pelo centro de massa de cada elo. Para a análise inicial serão

levados em consideração apenas as reações nas juntas que possuem grau de liberdade

no plano XY, ou seja, a junta 0 não será levada em consideração.

Figura 48 Pontos de atuação das forças e reações (Autoria Própria)

Deve-se analisar as cargas atuantes em cada elo do robô manipulador, para se

encontrar as reações nas juntas. A força 𝑓 será definida como a força atuante na garra

do robô.

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Verificação dos esforços nos elos:

Elo 4:

Equação de balanço de forças:

𝐹 = 0

𝑓 = 𝑓 𝑠𝑒𝑛 Ø

𝑓 − 𝑚3𝑔 − 𝑓 𝑐𝑜𝑠 Ø = 0

𝑓 = (𝑓3𝑥) + (𝑓3𝑦)

Equação de balanço de momentos:

𝑀 = 0

𝑛 = 𝑟∗^𝑚 𝑔 + 𝑃 ^ 𝑓

. Figura 49 Esforços atuantes no elo 4 (Autoria Própria)

Elo 3:

Equação de balanço de forças:

𝐹 = 0

𝑓 = 𝑓

𝐹 = 0

𝑓 − 𝑚2𝑔 − 𝑓 = 0

𝑓 = (𝑓 )2

+ (𝑓 )2

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Equação de balanço de momentos:

𝑀 = 0

𝑛 = 𝑟∗^𝑚 𝑔 + 𝑛3 + 𝑃 ^ 𝑓3

Figura 50 Esforços atuantes no elo 3 (Autoria Própria)

Elo 2:

Equação de balanço de forças:

𝐹 = 0

𝑓 = 𝑓

𝐹 = 0

𝑓 − 𝑚1𝑔 − 𝑓 = 0

𝑓 = (𝑓 )2

+ (𝑓 )2

Equação de balanço de momentos:

𝑀 = 0

𝑛 = 𝑟∗^𝑚 𝑔 + 𝑛2 + 𝑃 ^ 𝑓2

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Figura 51 Esforços atuantes no elo 2 (Autoria Prória)

Nota-se que para efeitos de cálculo estático, deve-se estimar o valor inicial da

massa de cada elo (𝑚 , 𝑚 𝑒 𝑚 ). Além disso, deve-se também estimar o comprimento

inicial de cada elo, baseado no comprimento total definido no item 4.2 (300 mm).

Os elos 2 e 3 terão comprimento inicial de 125 mm cada, e a garra robótica terá

o comprimento de 50 mm, como foi definido na figura 44.

Utilizando-se o software Solid Works, pode-se encontrar a estimativa de massa

para cada elo. Além do comprimento, foi escolhido um valor inicial de dimensões da

área transversal para cada elo de 50 mm x 50 mm.

Figura 52 Representação dos elos 2 e 3 para cálculo de massa (Autoria própria)

Selecionando o material PLA, e utilizando o commando Mass properties, o

programa retorna o valor da massa. Encontra-se m = 0,32 kg para os elos 2 e 3.

Faz-se o mesmo para o cálculo da massa do pulso + garra robótica. A área

transversal escolhida foi a mesma utilizada para os elos 2 e 3.

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Figura 53 Representação do elo 4 para cálculo de massa (Autoria Própria)

A massa encontrada foi m = 0,13 kg.

Outro fator a ser levado em consideração nos cálculos é o fator de segurança.

Sabe que a carga máxima a ser levantada é de 0,2 kg (aproximadamente 2 N). Uma

vez que tem-se F.S. = 3, e sabe-se que:

𝐹. 𝑆. =𝐹

𝐹

Chega-se em 𝐹 = 6 N. Para efeitos de cálculo será utilizado 𝐹 = 𝑓 = 6 N.

A carga será considerada sendo aplicada com θ = 0º, já que a carga da peça estará

perpendicular à direção do pulso da garra robótica.

Para efeitos de cálculo, também é necessário definir uma posição inicial para

o robô manipulador, para se substituir os vetores de posição nos cálculos. A posição

escolhida foi a posição com os elos 4, 3 e 2 completamente estendidos, por ser a

posição mais crítica de projeto, já que todas as cargas estarão realizando momento

na junta 1.

Figura 54 Configuração do braço robótico para cálculos (Autoria Própria)

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Utilizando as posições definidas na Figura 54 e as massas definidas a partir

do Solid Works, encontram-se os valores das reações nas juntas. Os valores das

variáveis utilizadas para os cálculos se encontram no anexo II.

Tabela 3 Forças atuantes nas juntas do robô

Tabela 4 Torques atuantes nas juntas do robô

Para se encontrar o torque T necessário no elo 0, considerando o caso crítico

(Figura 54) deve-se utilizar a seguinte formula:

𝑇 = 𝐼α

Onde I = Momento de Inércia do braço completamente esticado e α = aceleração

angular do atuador. Será arbitrado 30º/s² = π/6 rad/s² para a aceleração angular e o

momento de inércia foi encontrado utilizando-se o software Solid Works, através do

comando Mass Properties. Chega-se em I = 318,75 kg/mm² aproximadamente.

Resolvendo a equação com os valores encontrados, encontra-se T = 166,8 N.mm.

Conclui-se que o torque necessário na base é bem inferior aos torques necessários nas

outras juntas.

4.5 Protótipo

Com base no alcance definido em 4.2 e em outros modelos já existentes ([28] e

[29]), além das cargas encontradas em 4.4, desenvolve-se o modelo conceitual. O braço

robótico foi modelado utilizando-se o software Solid Works 2018, software utilizado para

criação de projetos tridimensionais, especialmente projetos mecânicos.

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A estrutura pode ser rígida ou flexível. Como o método de impressão escolhido

foi por FDM e os materiais mais comuns nesse método são ABS e PLA (ambos rígidos),

a estrutura será rígida. Como foi visto na seção 3.7.4, o material escolhido é o PLA.

Nos próximos tópicos serão apresentados todos os itens produzidos por

manufatura aditiva no projeto.

4.5.1 Base

A primeira parte da base apresenta o espaço para a entrada de um servomotor,

construção para rolamentos e passagem de eixo. Essa parte serve de apoio para o resto

do braço.

Figura 55 Parte 1 da Base do robô manipulador (Autoria Própria)

A segunda parte da base é responsável por apoiar o servomotor que fornecerá

o torque necessário para o movimento do elo 2, além dos espaços para os rolamentos

e furos para passagem do eixo.

Figura 56 Parte 2 da base do robô manipulador (Autoria Própria)

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4.5.2 Braço (elo 2)

O braço apresenta furos para passagem dos eixos, espaço para servo motor,

batente e furos para parafusos de fixação, além do espaço para os rolamentos.

Figura 57 Braço do robô manipulador (Autoria Própria)

4.5.3 Antebraço (elo 3)

O antebraço do robô manipulador apresenta os mesmos itens do braço (furos

para passagem dos eixos, batentes, espaço para rolamentos e espaço para servo

motor).

Figura 58 Antebraço do robô manipulador (Autoria Própria)

4.5.4 Garra robótica (elo 4)

O punho da garra apresenta furos para suportar a garra, espaço para entrada de

eixo e furos para parafusos de fixação.

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Figura 59 Punho da Garra robótica (Autoria Própria)

A garra robótica apresenta espaço para entrada de servo motor e o movimento

é realizado através de engrenagens. Todos os parafusos, porcas e arruelas estão

instalados, além do servo motor.

Figura 60 Garra robótica em vista isométrica (Autoria Própria)

Figura 61 Parte inferior da garra robótica (Autoria Própria)

4.5.5 Buchas do eixo e do servo motor

São as buchas responsáveis por acoplar o servo motor ao eixo, e estão

representadas nas figuras 62 e 63.

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46

Figura 62 Bucha do eixo

Figura 63 Bucha do servo motor

4.5.6 Sistema de transmissão

O sistema de transmissão utilizado para a movimentação dos elos 2, 3 e 4 com

o torque fornecido pelos atuadores é por meio de eixos acoplados aos servos motores,

através das buchas. Parafusos de fixação passam através dos elos e são encaixados

nos eixos, permitindo assim a movimentação dos elos. O apoio dos eixos é feito através

de rolamentos e anéis de retenção impedem a movimentação axial.

A movimentação da base (elo 1) utiliza o mesmo sistema de eixos acoplado ao

servo motor através das buchas, porém a transmissão de torque é feita através uma

chaveta feita no eixo e um rasgo na base, com os dois itens encaixados.

Já para a movimentação da garra robótica é utilizada uma bucha acoplada ao

servo motor, e essa bucha possui uma engrenagem. A partir do movimento da bucha, a

engrenagem gira e transmite o movimento para a segunda engrenagem, permitindo o

movimento sincronizado da garra robótica.

No anexo II encontra-se em vista explodida os sistemas de transmissão para os

elos e para a garra.

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47

4.5.7 Montagem

Na figura 64 encontra-se o protótipo, com todos os componentes montados em

conjunto, com parafusos, porcas, arruelas, rolamentos, anéis de retenção, eixos e servo

motores, além dos elos fabricados por manufatura aditiva. Foi utilizada a ferramenta de

renderização do software Solid Works para a geração da imagem. No anexo 2

encontram-se em maiores detalhes os desenhos do protótipo, além das medidas do

mesmo.

Figura 64 Montagem do robô manipulador renderizado (Autoria Própria)

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48

5 Dimensionamento e escolha de peças

Neste capítulo serão detalhadas todas as peças utilizadas na concepção do robô

manipulador. Além disso, serão feitas simulações para a verificação de como os

esforços atuam nos elos.

5.1 Eixos

Pode-se encontrar um D mínimo para se utilizar no projeto, através do critério

das máximas tensões cisalhantes (M.T.C). Serão realizados os cálculos para o eixo

onde atua a maior carga, ou seja, o eixo da junta 1.

A partir da formula de M.T.C. [30]:

𝑑 = {32 ∗ 𝐶𝑆

𝜋 ∗ 𝑆∗ (𝑀 + 𝑇 ) / } /

Onde CS = 3 (definido na concepção do projeto), Sy = 350 MPa (aço SAE 1020,

material utilizado para o eixo), M será definido pelo diagrama de momento fletor e T =

2957,5 N.mm (tabela 4).

Figura 65 Representação do eixo 1

O eixo possui comprimento de 90 mm. Traça-se o diagrama de momento fletor

para se encontrar o maior momento M atuante no eixo. O momento fletor para a seção

1 será:

𝑀(𝑥) = 6,85𝑥

Já para a segunda seção será:

𝑀(𝑥) = −6,85𝑥 + 0,6165

Traça-se o gráfico de momento fletor a partir das equações das duas seções:

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Figura 66 Momento fletor do eixo 1 (Autoria Própria)

Encontra-se o maior momento em x = 45 mm, sendo que M = 308,25 N*mm. A

partir de todos os valores definidos, chega-se em d = 6,4 mm.

Para efeitos de modelagem, foi utilizado o diâmetro base de 10 mm para todos

os eixos, pensando na montagem de todos os itens, como rolamentos e aneis de

retenção, uma vez que diâmetros menores possuem maior dificuldade geométrica de

montagem. Também foi pensado em possíveis aumentos de carga para projetos futuros.

Porém verifica-se que qualquer diâmetro acima de 6,4 mm suporta as cargas atuantes

para o projeto atual.

5.2 Atuadores

O atuador escolhido foi o servo motor, uma vez que é um componente leve, de

fácil utilização e que fornece o torque necessário para o projeto. O servo motor foi

escolhido com base nos torques encontrados na tabela 4. Foi utilizado o caso mais

crítico para a escolha do motor. O servo motor escolhido é o TowerPro MG959, que se

encontra na Figura 67. A tabela 5 mostra as especificações do servomotor.

0

-34,25

-68,5

-102,75

-137

-171,25-205,5

-239,75

-274

-308,25

-274

-239,75

-205,5

-171,25

-137

-102,75

-68,5

-34,25

0

-350

-300

-250

-200

-150

-100

-50

00 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90

N*m

m

mm

Diagrama de Momento Fletor do eixo 1

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50

Figura 67 Servo motor Tower Pro MG959 [31]

Servo motor Tower Pro MG995 Voltagem

(V) Velocidade

(s/60º) Torque fornecido

(kgf.cm) Torque fornecido

(N.mm) Dimensões

(mm) Peso (g)

6,0 0,13 32 3138 40,2x20,1x38,7 67.0 Tabela 5 Especificações do servo motor TowerPro MG959 [31]

5.3 Rolamentos

Conforme define a NSK [32] rolamentos são elementos mecânicos responsáveis

pela transferência de movimento, ou seja, guiar e suportar componentes que giram em

relação um ao outro. Além disso, são responsáveis por transferência de forças.

Pela definição da SKF [33], os rolamentos rígidos de esferas suportam cargas

radiais e axiais altas, exigem pouca manutenção e são o tipo mais comumente

utilizados. Então para a concepção do robô foi escolhido o rolamento rígido de esferas.

Os rolamentos selecionados para o presente projeto foram escolhidos com base

no diâmetro do eixo (10 mm), a partir do catálogo da SKF. Escolheu-se o menor

rolamento possível a partir do diâmetro do eixo, para efeitos de compactação do robô

manipulador.

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51

Figura 68 Rolamento SFK 61800 [34]

5.4 Anéis de retenção

O anel de retenção é responsável por impedir o deslocamento axial do eixo,

quando instalado na parede do mesmo através de um rebaixo. O anel foi escolhido com

base no diâmetro do eixo (10 mm). O anel foi escolhido através do catálogo da empresa

Anel Ret.

Figura 69 Anel de retenção Anel Ret escolhido [35]

5.5 Parafusos, porcas e arruelas

Parafusos são elementos de união entre dois ou mais componentes mecânicos.

Uma vez que os esforços mecânicos atuantes são relativamente baixos, a escolha do

tipo de parafuso foi com base na geometria da peça onde seria instalada. Foram

utilizados parafusos M2 e M3 de fenda cruzada para união dos elementos mecânicos e

parafusos M3 do tipo sextavado interno para travar o movimento dos eixos quando

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necessário, permitindo a movimentação do elo. Para isso foi utilizado o catálogo da

empresa Ciser, que fornece uma boa variedade de parafusos.

Figura 70 Parafusos M2 e M3 Cabeça Panela Phillips [36]

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Figura 71 Parafuso M3 sextavado interno [36]

As porcas servem para garantir a fixação dos parafusos nos elementos aos quais

os mesmos estão unindo. As porcas utilizadas foram do tipo sextavada de diâmetros

nominal 2 mm e 3 mm. Também foi usada a empresa Ciser como referência.

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Figura 72 Porca sextavada Ciser [36]

Arruelas são discos com um furo no meio dos mesmos. A principal função das

arruelas é suportar as cargas dos parafusos. Para o projeto foram utilizadas arruelas

lisas de diâmetro nominal 2 mm e 3 mm, também da Ciser.

Figura 73 Arruela lisa [36]

5.6 Simulações dos esforços

Foram realizados estudos de simulação dos esforços atuando nos principais

components do robô manipulador, com o objetivo de verificar se o mesmo terá

resistência para levantar a carga da peça para retirá-la da mesa, validando todo o estudo

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realizado nos itens anteriores. Foi utilizado o recurso Simulation do software Solid

Works. O critério utilizado para a simulação foi o mesmo utilizado no cálculo estático, ou

seja, as cargas atuantes serão as mesmas encontradas no item 4.4, na tabela 3.

O primeiro item de verificação foi a garra robótica, considerando a carga de 6N

atuando na mesma e levando em consideração a fixação no elo 4.

Chegou-se a uma tensão máxima de von Mises de aproximadamente 40 MPa.

Temos pela lei de Hooke [30]:

𝜎 = εE

Onde 𝜎 é a tensão atuante no sistema, ε é a deformação e E é o modulo de

elasticidade. Sabendo que E = 2,69 GPa [37], chega-se em ε = 0,0149 ou 1,5% de

deformação.

Figura 74 Força atuando na garra robótica (Autoria Própria)

Também foi realizado o estudo do conjunto garra robótica e elo ao qual a mesma

está acoplada, com a carga de 6N e a reação de 7,3N. A tensão máxima encontrada foi

de aproximadamente 41 MPa e ε = 0,01524 ou 1,5% .

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Figura 75 Esforços atuando na garra robótica e no elo 4 (Autoria Própria)

Em seguida foi realizado um estudo dos esforços atuando no elo 3, com as

cargas de 7,3 N e 10,5 N. Chegou-se numa tensão máxima de von Mises de

aproximadamente 0,3 MPa e ε = 0,000111 ou 0,01%.

Figura 76 Esforços atuando no elo 3 (Autoria Própria)

Agora realiza-se um estudo dos esforços atuando no elo 2, com as cargas de

10,5N e 13,7N. Chegou-se na tensão máxima de von Mises de 0,1 MPa,

aproximadamente e ε = 0,000037174 ou 0,0037%.

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Figura 77 Esforços atuando no elo 2 (Autoria Própria)

Finalmente, foi realizado o estudo da carga atuando na base do manipulador,

com 13,7 N de força atuando na mesma. Verifica-se que a tensão máxima de von Mises

é de 0,57 MPa e ε = 0,000211895 ou 0,02%.

Figura 78 Esforços atuando na base (Autoria Própria)

Utilizando a tabela que se encontra no item 3.7.3 para o material PLA, verifica-

se que todas as deformações estão abaixo do alongamento no limite de escoamento

(3,3%), o que torna o projeto viável do ponto de vista estrutural, já que as deformações

sofridas são elásticas, fazendo com que o material se recupere completamente após a

aplicação da carga.

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6 Conclusão

No presente trabalho procurou-se desenvolver a concepção, cálculos,

dimensionamento, modelagem e simulações dos esforços de um protótipo de robô

manipulador com o objetivo de retirada de peças de mesa de impressão 3D. Para isso,

foi necessário desenvolver desde estudos iniciais de volume de trabalho do robô para

se encontrar o alcance necessário para retirada das peças, até a modelagem do robô.

Além disso, foram calculadas as cargas atuantes no robô, para se verificar se o mesmo

teria resistência para suportar os esforços causados pela retirada da peça. E também

foi calculado o momento atuante em cada junta, para se encontrar o atuador (para o

presente trabalho, o servomotor) que atendesse realizando o torque necessário em cada

junta.

O uso de softwares foi fundamental para o desenvolvimento do presente

trabalho. Ferramentas como AutoCAD, Solid Works e Matlab se mostraram de

verdadeira valia para o desenvolvimento do projeto. O AutoCAD foi fundamental na

representação esquemática da concepção inicial do robô. Já o Solid Works foi

extremamente importante no desenvolvimento do protótipo e nas simulações dos

esforços através da ferramenta de elementos finitos. O Matlab foi importante na

modelagem da movimentação do robô manipulador, para se verificar o espaço em que

o robô se locomove.

O desenvolvimento da concepção de um robô manipulador é um processo

complexo, onde existem muitas variáveis para o sucesso da etapa final do projeto, que

é a fabricação e construção do robô. Um bom desenvolvimento do projeto permite que

a etapa final de fabricação seja bem sucedida.

6.1 Trabalhos Futuros

Como proposta para trabalhos futuros tem-se de desenvolver o detalhamento e

fabricação do projeto, para que o mesmo não seja apenas uma concepção e se torne

uma ferramenta real. Além disso, pode-se desenvolver todo o projeto de controle e

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automação do robô manipulador. Para isso, pode-se utilizar controle por arduino, que

enviarão sinais para os servo motores e posicionarão o robô onde se queira, até mesmo

remotamente utilizando software próprio do sistema. Também é interessante

desenvolver uma parte de testes após a fabricação, para a verificação do funcionamento

do protótipo em um processo real.

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7. Referências Bibliográficas

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https://www.bcg.com/en-br/publications/2017/lean-manufacturing-industry-4.0-

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[2]https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/adidas-produzira-tenis-com-impressora-

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[3]https://www.3dhubs.com/3d-printers/ultimaker-2; Acesso em 14/10/2018

[4]http://www.umich.edu/~engb415/literature/pontee/RUR/RURsmry.html.; Acesso em

12/10/2018

[5]https://www.atlasobscura.com/places/canard-digerateur-de-vaucanson-vaucansons-

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[6]https://my.ilstu.edu/~kldevin/Introduction_to_robotics2/Introduction_to_robotics6.html

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[7]https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2014/04/descubra-como-

surgiu-impressora-3d.html; Acesso em 12/10/2018

[8]https://www.scmp.com/business/companies/article/1287969/3d-printing-firm-

stratasys-plans-expand-its-operations-china; Acesso em 12/10/2018

[9]RIASCOS, L. A. M. (2010), Fundamentos de Robótica: manipuladores e robôs

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[10]ROMANO, V. F. (2011) Apostila de Robótica. UFRJ – Departamento de

Engenharia Mecânica

[11]http://automacaoerobotica.blogspot.com/2012/07/11-robos-manipuladores-

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[12]PAZOS, F. (2002) Automação de Sistemas e Robótica, Ed. Axcel Books

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[13]https://www.pontodaeletronica.com.br/Produto-PRODUTOS-Arduino--Raspberry-

GARRA-MECANICA-ROBOTICA-DE-METAL-PARA-SERVO-MG995-SG5010-versao-

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[14]http://www.meloautomacao.com.br/atuador-pneumatico; Acesso em 12/10/2018

[15]https://potentiallabs.com/cart/servo-motor-5kg-india; Acesso em 06/02/2019

[16]http://pt.3dilla.com/impressora-3d/estereolitografia/; Acesso em 12/10/2018

[17]http://blog.fazedores.com/estereolitografia-outra-forma-de-imprimir-em-3d/; Acesso

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[18]http://blog.wishbox.net.br/2018/07/24/fff-sla-e-sls-comparando-tecnologias/; Acesso

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[19]https://www.techtudo.com.br/listas/noticia/2016/02/entenda-como-funcionam-os-

diferentes-tipos-de-impressoras-3d.html; Acesso em 12/10/2018

[20]https://www.tecmundo.com.br/produto/134097-nova-impressora-3d-hp-objetos-

metal-escala-industrial.htm; Acesso em 12/10/2018

[21]ULTIMAKER, Ficha Técnica – Ultimaker ABS. 2017. 3p.

[22]ULTIMAKER, Ficha Técnica – Ultimaker PLA. 2017. 3p.

[23]VALDIERO, Antonio Carlos. Projeto mecânico de robôs industriais. Ijuí: Editora

UNIJUÍ, 1998.

[24]https://boaimpressao3d.com.br/shop/impressora3d/impressora-3d-stella-

/#description; Acesso em 06/02/2019

[25]https://boaimpressao3d.com.br/shop/acessorios/mesa-de-impressao-para-stella-2/;

Acesso em 06/02/2019

[26]ROCHA, C., TONETTO, C. e DIAS, A. A comparison between the

denavithartenberg and the screw-based methods used in kinematic modeling of robot

manipulators. Robotics and Computer-Integrated Manufacturing, 2011.

[27]DEMASI, Djalma. Modelagem dinâmica e de controle de um mecanismo de três

graus de Liberdade para aplicação em um robô hexapode. 2012. 126 p. Dissertação

de Mestrado – CEFET/RJ.

Page 75: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

62

[28]Robotic arm with 7 servos. Disponível em: http://www.thingiverse.com/thing:2433

Acesso em 20/11/2018.

[29]Servo Robot ARM. Disponível em: https://grabcad.com/library/servo-robot-arm

Acesso em 20/11/2018.

[30]BUDYNAS, R. G.; NISBETT, J. K. Elementos de máquinas de Shigley: projeto de

engenharia mecânica. Oitava edição. Porto Alegre: AMGH, 2011.

[31]http://www.towerpro.com.tw/product/mg959-black/; Acesso em 21/02/2019

[32]http://www.nsk.com.br/o-que-e-um-rolamento-152.htm; Acesso em 16/02/2019

[33]https://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/ball-bearings/deep-

groove-ball-bearings/index.html; Acesso em 16/02/2019

[34]https://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/ball-bearings/deep-

groove-ball-bearings/deep-groove-ball-bearings/index.html?designation=61800

[35]www.anelret.com.br/produtos_fixacao/pdf/p2_aneis_retencao_eixos_501.pdf;

Acesso em 16/02/2019

[36]http://www.ciser.com.br/htcms/media/pdf/destaques/br/catalogo-geral-de-

produtos.pdf; Acesso em 16/02/2019

[37]http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-

70762018000400457; Acesso em 19/03/2019

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63

Anexo I – Códigos de Simulação utilizados no Robotic Toolbox

Posição 1:

startup_rvc

L(0)= Link ([0,0.05,0,pi/2])

L(1)= Link([0,0,0.125,0])

L(2)= Link([0,0,0.125,0])

L(3)= Link([0,0,0.05,0])

P1 =[0,pi/2,pi/2,0]

Robo=SerialLink(L)

Robo.plot(P1)

Posição 2:

startup_rvc

L(0)= Link ([0,0.05,0,pi/2])

L(1)= Link([0,0,0.125,0])

L(2)= Link([0,0,0.125,0])

L(3)= Link([0,0,0.05,0])

P2 =[0,0,0,0]

Robo=SerialLink(L)

Robo.plot(P1)

Posição 3:

startup_rvc

L(0)= Link ([0,0.05,0,pi/2])

L(1)= Link([0,0,0.125,0])

L(2)= Link([0,0,0.125,0])

L(3)= Link([0,0,0.05,0])

P3=[pi/2,0,0,0]

Robo=SerialLink(L)

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64

Robo.plot(P3)

Movimentação do robô:

startup_rvc P1=[0 pi/2 pi/2 0];

P2=[pi/2 pi 0 0];

P3=[pi pi 0 0];

L0=Link([0,0.05,0,pi/2]);

L1=Link([0,0,0.125,0]);

L2=Link([0,0,0.125,0]);

L3=Link([0,0,0.05,0]);

Robo=SerialLink([L0 L1 L2 L3]);

t=0:.03:1;

mov1=jtraj(P1,P2,t);

mov2=jtraj(P2,P3,t);

Robo.plot(mov1)

Robo.plot(mov2)

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65

Anexo II – Variáveis utilizadas no cálculo estático

Tabela A – Variáveis utilizadas no cálculo estatico

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66

Anexo III – Desenhos de montagem e fabricação

Page 80: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

125

150

375

341,3

± 1º Robô Manipulador± 0,1mmTolerâncias Angulares: Descrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoDesenho de Conjunto

Data:

Material: N/A Elaborador:

Título:

Folha: 1/25

Projeto:

Universidade Federal do

1:2

1º Diedro

Professor:

Rio de Janeiro

Escala:

: mmUnidade

Tolerâncias Lineares:

Page 81: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoDesenho de Conjunto em Corte

Data:

Material: N/A Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:2

1º Diedro

Professor:

Folha: 2/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

A

A

CORTE A-A

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Robô Manipulador

1

1

4

1

2

2

4

4

4

1

PLA

PLA

Aço Inoxidável

Aço SAE 1020

Aço Mola

-

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

-

Bucha para servo motor

Bucha para eixo

Porca Sextavada M2

Eixo Ø10 x 46,2

Anel de Retenção Anel Ret 501.010

Rolamento SKF 61800

Parafuso Phillips M2 x 6

Parafuso Phillips M3 x 16

Arruela Lisa M3

Servo Motor Tower Pro MG959

11

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1PLAApoio da base1

Descrição do Item MaterialNº do Item Qtd.

± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoBase Parte 2

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 1:2

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: N/A1º Diedro

Folha: 3/25

EscalaTolerâncias Lineares:

9

2

4

3

510

11

6

78

1

Page 83: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

Robô Manipulador

1

1

4

1

2

2

4

4

4

1

Aço Inoxidável

PLA

Aço Inoxidável

Aço SAE 1020

Aço Mola

-

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

-

Bucha para servo motor

Bucha para eixo

Porca Sextavada M2

Eixo Ø10 x 90

Anel de Retenção Anel Ret 501.010

Rolamento SKF 61800

Parafuso Phillips M2 x 6

Parafuso Phillips M3 x 13

Arruela Lisa M3

Servo Motor Tower Pro MG959

11

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1PLAEstrutura da Base1

Descrição do Item MaterialNº do Item Qtd.

12 Parafuso Allen M3 x 20

PLA

2

13 Parafuso Allen M3 x 10

Aço Inoxidável

14 Porca Sextavada M3 Aço Inoxidável

1

4

± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoBase parte 2

Data:

Material: N/A Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:1

1º Diedro

Professor:

Folha: 4/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

1

4

3

2

145

11

109

6

7

12

13

8

Page 84: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

Robô Manipulador

4

Aço Inoxidável

Porca Sextavada M313

2

PLA

Parafuso Allen M3 x 2012

Qtd.Nº do Item MaterialDescrição do Item

1 Estrutura do Elo 1 PLA 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Servo Motor Tower Pro MG959

Arruela Lisa M3

Parafuso Phillips M3 x 13

Parafuso Phillips M2 x 6

Rolamento SKF 61800

Anel de Retenção Anel Ret 501.010

Eixo Ø10 x 90

Porca Sextavada M2

Bucha para eixo

Bucha para servo motor

-

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

-

Aço Mola

Aço SAE 1020

Aço Inoxidável

PLA

Aço Inoxidável

1

4

4

4

2

2

1

4

1

1

± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoElo 1

Data:

Material: N/A Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:1

1º Diedro

Professor:

Folha: 5/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

8

1

4

3

2

135

1110

97

6

12

Page 85: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

Robô Manipulador

1

1

4

1

2

2

4

4

4

1

Aço Inoxidável

PLA

Aço Inoxidável

Aço SAE 1020

Aço Mola

-

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

-

Bucha para servo motor

Bucha para eixo

Porca Sextavada M2

Eixo Ø10 x 90

Anel de Retenção Anel Ret 501.010

Rolamento SKF 61800

Parafuso Phillips M2 x 6

Parafuso Phillips M3 x 13

Arruela Lisa M3

Servo Motor Tower Pro MG959

11

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1PLAEstrutura do Elo 21

Descrição do Item MaterialNº do Item Qtd.

12 Parafuso Allen M3 x 20

PLA

2

13 Porca Sextavada M3

Aço Inoxidável

4

± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoElo 2

Data:

Material: N/A Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:1

1º Diedro

Professor:

Folha: 6/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

12

1

4

3

2

135

11

109

7

8

6

Page 86: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

5

1

23

4

6

Robô Manipulador

-

4

4

-

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

Garra Robótica

Arruela Lisa M2

Parafuso Phillips M2 x 10

4

3

2

1PLAEstrutura do Elo 31

Descrição do Item MaterialNº do Item Qtd.

4Aço InoxidávelArruela Lisa M35

4Aço InoxidávelParafuso Phillips M3 x 106

± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoElo 3 e Garra Robótica

Data:

Material: N/A Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:1

1º Diedro

Professor:

Folha: 7/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

Page 87: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

Robô Manipulador

1

1

1

1

1

4

7

8

8

PLA

PLA

PLA

PLA

PLA

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

Aço Inoxidável

Peça 6 da Garra

Peça 5 da Garra

Peça 4 da Garra

Peça 3 da Garra

Peça 2 da Garra

Peça 1 da Garra

Porca Sextavada M3

Parafuso Phillips M3 x 16

Arruela Lisa M31

9

8

7

6

5

4

3

2

Descrição do Item MaterialNº do Item Qtd.

PLA

± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoGarra Robótica

Data:

Material: N/A Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:1

1º Diedro

Professor:

Folha: 8/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

7

3

2

6

9

8

5

4

1

Page 88: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

7,9

Robô Manipulador± 1ºDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoApoio da Base

Data:

Material: PLA Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Lineares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:2

1º Diedro

Professor:

Folha: 9/25

Escala

: mmTítulo:

± 0,1mm Unidade

Tolerâncias Angulares:

110

10

A

ACORTE A-A

5

21,

9 3

4,4

21,

6

5

7

2

15

DETALHE BESCALA 1 : 1

28

5

30

82

110

49,

8

10

14,

7

22

20

17

7,7

4 FUROS M3

4 FUROS M4

B 1

25

125

R10

Page 89: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

31,6

9

150

R10

R1

5

5

75

5

5

M3 5

4 FUROS M3A

40

10

100

R5

80

50

45

10

42

3,9

25

14

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoEstrutura da Base

Data:

Material: PLA Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:1

1º Diedro

Professor:

Folha: 10/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

DETALHE AESCALA 2 : 1

20

17

22

2,5

22,

5

55

2,5

5

2,5

BB

CORTE B-BESCALA 1 : 2

5

7,1

R5

50

Page 90: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

30

35

170

R25

R26

,9

50

14

4 FUROS M3

22

20

17

10

3,4

10 1

31,1

5

5

14

71

43

R1

50

5

5

40

2,5

9,5

5

12,

5

6

FURO M3

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoEstrutura do Elo 1

Data:

Material: PLA Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:1

1º Diedro

Professor:

Folha: 11/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

Page 91: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

26,

9

42

30,5

4 FUROS M3

25

220

170

R15

R26,9

30

10

10

R10

70

30,5

22

20 17

10

49,8

4,4

5

25

50

50

75

A

A

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoEstrutura do Elo 2

Data:

Material: PLA Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 1:1

1º Diedro

Professor:

Folha: 12/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

CORTE A-A

16 FURO M3

R3

140

R3

50

5

5

70

35

5

R1

5 2,5

R5

25,5

32

15 5

5

R1

Page 92: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoElo 3

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 1:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: PLA1º Diedro

Folha: 13/25

EscalaTolerâncias Lineares:

10

15

20

R3

22,5

60

15

FURO M3

10 4

0

45

18

4 FUROS M3 15

Page 93: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

3

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoParte 1 da Garra

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 2:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: PLA1º Diedro

Folha: 14/25

EscalaTolerâncias Lineares:

4

3,5

37,5

31,5

2 FUROS M3 6

6

Page 94: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

23/02/2019

Fernando Castro Pinto

Kevin Jesus Ramos

Projeto de GraduaçãoParte 2 da Garra

Data:

Material: PLA Elaborador:

Projeto:

Tolerâncias Angulares:

Rio de JaneiroUniversidade Federal do

: 2:1

1º Diedro

Professor:

Folha: 15/25

Escala

: mmTítulo:

Unidade

Tolerâncias Lineares:

A

50° 21

20

8,5

22

20

150°

4,1

23

10

14,4

60°

6,4 4 FUROS M3

25,

3

210°

230°

5

49,

8

DETALHE A

14,

3

10

10 14 5,5

7,7

3,8

8

8

6

6

8 2 FUROS M3

FURO M3

4,6

11,

5

5

R2

5

2

R1

25

51,6

4 FUROS M3

21

73

10

18 3,5

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4

22

5,5

59,5

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoParte 3 da Garra

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 2:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: PLA1º Diedro

Folha: 16/25

EscalaTolerâncias Lineares:

A

3

R10

R5

R5

2 FUROS M3

22

200°

R6 12,5

R5

DETALHE AESCALA 4 : 1

R0,5

0,5 1

8

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4

DETALHE AESCALA 4 : 1

R0,5

8

0,5

1

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoParte 4 da Garra

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 2:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: PLA1º Diedro

Folha: 17/25

EscalaTolerâncias Lineares:

A 3

22

22 200°

R10 R5

R5

10

2 FUROS M3

12,5

R6

59,5

5,5

Page 97: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

30

,6

34

26

,6

30

2

2 FUROS M3

R12,9

R1 10

6

17,5

R0,6

AA

CORTE A-A 2,5

51,7

3

1,5

Robô Manipulador± 1º± 0,1mm

15º

Projeto de GraduaçãoParte 5 da Garra

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

15

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 2:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: PLA1º Diedro

Folha: 18/25

Tolerâncias Angulares: Descrição:Tolerâncias Lineares:

Especificação da Engrenagem

MóduloÂngulo de PressãoNúmero de DentesDiâmetro ExternoDiâmetro Primitivo

Diâmetro BaseDiâmetro Interno 26,6 mm

29,6 mm30,6 mm34 mm

Escala

1,7 mm

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34

30

,6

26

,6

30

DETALHE BESCALA 20 : 1

0,1

0,1

0,2

0,3 X 43,1°

80°

0,2

Robô Manipulador± 1º± 0,1mm

Módulo

Projeto de GraduaçãoParte 6 da Garra

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Ângulo de Pressão

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 2:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: PLA1º Diedro

Folha: 19/25

Tolerâncias Angulares: Descrição:Tolerâncias Lineares:

1,7 mm15º14

34 mm30,6 mm29,6 mm26,6 mmDiâmetro Interno

Diâmetro BaseDiâmetro PrimitivoDiâmetro ExternoNúmero de Dentes

Escala

Especificação da Engrenagem

B

2,9

7

15,3 10

R1

2 FUROS M3

R4,3

AA

CORTE A-A

5

3

13,

1

1,5

51,5

Page 99: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoEixo 1

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 2:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: Aço SAE 10201º Diedro

Folha: 20/25

EscalaTolerâncias Lineares:

4,1

46,2

8,5

1

,5

1,5

8

,5

9,3

1 10

1

9,3

1,5

7,1

5 5 28,6

7,1

FURO M3 5

Page 100: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

9,3

90

1

6

10

6,5

7,1

42,5

9,3

5

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoEixo 2

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 1:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: Aço SAE 10201º Diedro

Folha: 21/25

EscalaTolerâncias Lineares:

6,5 1 5

1

5 1,5

6,5

Page 101: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

6 5,6

7,1

5

6,4

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoEixo 3

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 1:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: Aço SAE 10201º Diedro

Folha: 22/25

EscalaTolerâncias Lineares:

1

74

1,5

34,5

10

1 5

1

9,3

1

9,3

5

Page 102: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

1

85

39,5 10

1 5 1

9,3

1,5

1

9,3

5

6,9

7,1

5 6,1 6

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoEixo 4

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 1:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: Aço SAE 10201º Diedro

Folha: 23/25

EscalaTolerâncias Lineares:

Page 103: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

4 FUROS M2

B

9

20

3

6,1

A

A

DETALHE B ESCALA 20 : 1

80°

0,2

0,1 0,2

0,1

0,3 X 43,1°

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoBucha para Servo Motor

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 5:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: PLA1º Diedro

Folha: 24/25

EscalaTolerâncias Lineares:

CORTE A-A

4 2

2,4

Page 104: &21&(3d2 '( 52%Ð 0$1,38/$'25 )$%5,&$'2 325 0$18)$785$ …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10026954.pdf · y $*5$'(&,0(1726 *rvwduld gh djudghfhu sulphludphqwh drv phxv

4 FUROS M2

11

20

7,1

R5

A

ACORTE A-A

5

8,5

2

Robô Manipulador± 1º± 0,1mmDescrição:

Projeto de GraduaçãoBucha para Eixo

Data: 23/02/2019

Elaborador: Kevin Jesus Ramos

Título: Projeto:

Tolerâncias Angulares:

JaneiroUniversidade Federal do Rio de

: mmUnidade

: 5:1

Professor: Fernando Castro Pinto

Material: PLA1º Diedro

Folha: 25/25

EscalaTolerâncias Lineares: