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    Memorizao e Dicas de EstudosAutor: Herbert Moroni Gois

    A proposta deste curso ajud-lo a fazer melhor proveito da sua memria.

    Para que voc tenha um melhor aproveitamento da sua memria em primeiro lugar

    necessrio o seu interesse, no comeo desse curso vamos avaliar a sua motivao para

    melhorar sua memria.

    Assim que voc tiver a firme convico de que possvel ter uma memria melhor e mais

    confivel e tiver interesse e motivao real para melhorar sua memria vamos apresentar-

    lhe quais nutrientes seu crebro precisa para trabalhar corretamente. Isso porque como um

    organismos do seu corpo qualquer, sem os nutrientes adequados voc no consegue ter o

    melhor rendimento do seu crebro. Voc deve saber quais alimentos o ajudaro em perodos

    de estudo intenso como preparao para vestibular e concursos. Se seu crebro no tiver aenergia para trabalhar vai ser impossvel fazer melhor uso do mesmo, por isso considero

    isso de vital importncia logo no comeo. O mesmo vale para o condicionamento fsico e

    voc tambm vai conhecer algumas doenas que podem lhe impedir de usar seu crebro

    corretamente.

    NDICE

    Lio 01 de 54 - Vale a Pena Gastar tempo com este assunto?

    Lio 02 de 54 - O Crebro

    Lio 03 de 54 - Particularidades de Algumas Memrias

    Lio 04 de 54 - Como Desenvolver o Seu Poder de Concentrao

    Lio 05 de 54 - Reflexo Condicionado

    Lio 06 de 54 - O Processo Normal de Memorizao

    Lio 07 de 54 - O Processo Normal de Memorizao - Parte 2

    Lio 01 de 54 - Vale a Pena Gastar tempo com esteassunto?

    Para responder est pergunta, vou contar a histria de um vigoroso lenhador que em um

    dia conseguiu derrubar 70 rvores, ao passo que o recorde era de 72 rvores. No dia

    seguinte, querendo entrar para a histria, acordou um pouco mais cedo, trabalhou duro e

    ao final do dia tinha derrubado 68 rvores. No dia imediato, acordou ainda mais cedo,

    esforou-se ainda mais, almoou correndo e cortou apenas 60 rvores. Assim desgostoso e

    desolado, sentou-se beira do refeitrio. Um velho lenhador, j sem vigor fisico mas

    experiente, ficou com pena do jovem e, chegando ao seu lado, perguntou: - Meu filho,

    quanto tempo voc separou para afiar o machado?

    http://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/01.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/01.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/02.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/02.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/03.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/03.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/04.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/04.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/05.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/05.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/06.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/06.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/07.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/07.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/07.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/06.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/05.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/04.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/03.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/02.asphttp://juliobattisti.com.br/artigos/livromemorizacao/capitulo1/01.asp
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    Para completar tente responder as perguntas abaixo:

    Falta tempo para estudar? Falta concentrao?

    Voc j estudou alguma coisa durante muito tempo e ao final pareceu que no

    aprendeu nem fixou nada ou quase nada?

    Voc j fez uma prova e no dia seguinte no se recordava de mais nada damatria?

    Voc gostaria de ter mais tempo para descansar e se divertir?

    Combinando equilibradamente as tcnicas com a sua memria, voc ter ao seu dispor um

    utenslio extraordinrio, na sua vida profissional ou escolar. Poder acumular

    conhecimentos e utilizar em seu benefcio a superioridade que voc ir adquirir graas ao

    seu treino e formao da sua memria.

    Qualquer que seja a sua idade, poder sempre dizer que dispe de uma memria mais

    flexvel e fiel e estar sempre aumentando seu valor pessoal.

    Lembre-se: quanto mais utilizar sua memria, mais fiel ela lhe ser.

    Todos se apercebem da importncia da memria, quer na vida corrente quer na vida

    profissional. Na maioria das profisses a memria um utenslio precioso. Os que se

    beneficiam de uma memria melhor que a mdia, dispem portanto de um trunfo

    importante. Todavia, se existem memrias excepcionalmente boas, h efetivamente

    poucas que sejam verdadeiramente ms.

    Com efeito, todos ns temos memria. E se declaramos espontneamente que temos

    uma m memria, simplesmente porque no a utilizamos convenientemente. Todos ns

    retemos um certo nmero de idias, de fatos, de dados. Felizmente, alis, caso contrario, a

    vida seria impossvel.

    Qual ento o motivo por que ns retemos o nome de certas pessoas e no de

    outras pessoas? qual ento o motivo por que ns fixamos determinados encontros,

    enquanto que necessitamos de anotao na agenda para outros casos? e, em geral, porque que registramos na memria certos dados e esquecemos outros?

    A resposta simples: quando ns retemos bem qualquer coisa, porque ns

    praticamos, conscientemente ou inconscientemente, um processo de memorizao eficaz.

    Quando no fixamos qualquer coisa porque o processo de memorizao no foi seguido

    corretamente.

    Para tirarmos partido da nossa memria no intil conhecer alguns prncipios

    essenciais do funcionamento do crebro bem como a sua estrutura. Vamos pois a um

    pouco de teoria.

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    Durante muito tempo imaginou-se que a memria era comparvel a um ficheiro

    enorme, no qual se armazenavam os conhecimentos, informaes, dados, etc.. Ao apoiar

    esta concepo notava-se que, em algumas doenas mentais, se perde a lembrana de um

    certo nmero de noes, como se algumas das fichas do ficheiro tivessem sido destrudas.

    Do mesmo modo, verificamos que a recordao enfraquece frequentemente com o

    tempo, tinha-se a impresso de que as coisas se passavam como se a tinta utilizada para o

    registro das fichas se desvanecesse, pouco a pouco, at se tornar invisvel.

    De fato, sabe-se, hoje, que as lembranas ficam gravadas na memria praticamente

    por toda a vida. As fichas ficam l: no so destruidas. O que nos falta a capacidade para

    as reencontrar ou ler. As fichas encontram-se, portanto, na memria, mas j no somos

    capazes de as ler. J reparou que algumas pessoas mais idosas conseguem lembrar de

    fatos que aconteeram com elas na infancia que quando em fase adulta no lembravam?

    Isso prova que as informaes estavam l.

    Tudo isto apenas uma imagem, evidentemente.

    O crebro humano possui cerca de 10 bilhes de neurnios, que so as clulas nervosas

    do nosso organismo que apresentam maior complexidade e estrutura funcional.

    O contato que ocorre entre dois neurnios chamado de Sinapse.

    Dentritos so ramificaes dos neurnios, semelhantes a galhos, que podem receber e

    transmitir informaes atravs dos quais os neurnios se conectam, formando a sinapse.

    Para que as informaes se movimentes existem os axnios, que servem como cabos

    eltricos. Estes cabos so cobertos por uma substncia chamada de mielina, que serve

    para isolar a informao a fim de tornar mais eficiente sua transmisso.

    A regra que cada neurnio possui um axnio e vrios dentritos. O axnio se liga ao

    dentrito de um outro neurnio. Da mesma forma, os vrios dentritos do neurnio

    conectam-se com axnios de outros neurnios. O conjunto forma uma extraordinria rede

    (a rede neural), capaz de armazenar, transmitir e associar informaes e conhecimento.

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    O importante que, para a procura da lembrana, o funcionamento do crebro

    essencial. Sabemos que o crebro que permite classific-las e reencontr-las. o que

    explica o grande psiclogo Bergson, nesta frase: O crebro condiciona o exerccio da

    memria, mas no a encerra. Se fizemos esta incurso no domnio psicolgico terico foi

    simplesmente para o ajudar a penetrar bem na idia seguinte:

    Se o crebro condiciona o exerccio da memria, isso tem por consequncia que a

    memria uma funo do crebro e que, como todas as funes cerebrais, susceptvel

    de se treinar, de se desenvolver. O crebro no contm a memria, conforme diz

    Bergson, no existem bons recipientes e maus recipientes. a maneira pela qual a

    memria exercitada, treinada, que varia de individuo para individuo.

    O crebro funciona como qualquer rgo do nosso corpo e, para funcionar

    corretamente, bom assegurar-lhe uma certa higiene que estudaremos proximamente.

    necessrio tambm mant-lo em atividade se no desejamos deix-lo enferruja-se. Esse

    , precisamente, o objetivo deste Curso.

    VOC PODE MELHORAR

    CONSIDERALVELMENTE A SUA MEMRIA

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    O que acabamos de ver resulta que se conhecermos bem o processo de memorizao

    podemos aplic-lo aos dados que quisermos fixar.

    Assim como a ginstica do corpo desenvolve e fortifica os msculos, tambm os

    exerccios deste curso desenvolvero e fortificaro a sua memria.

    Mas para desenvolver um msculo importante aplicar determinados princpios que

    faro com que o seu esforo tenha um resultado mximo com um mnimo de energia.

    Na memria as coisas passam-se do mesmo modo. No oprimindo a memria, fazendo-a

    funcionar de qualquer maneira, que se chega a um bom resultado.

    Neste curso voc vai descobrir pouco e pouco, as tcnicas que lhe permitiro obterresultados extraordinrios sem fadiga intil. Voc aprender a fazer funcionar a sua

    memria docemente, e ficar maravilhado, verificando que ela se torna cada vez mais

    segura, cada vez mais fiel.

    Aplique as tcnicas que lhe iremos ensinar e ficar com uma excelente memria. o

    que resumimos pela frmula seguinte:

    BOAS TCNICAS = BOA MEMRIA

    E eis terminada esta primeira lio. No se deixe arrastar pela idia de empreender oestudo da segunda lio. Faa o Exerccio-Teste n 1 e fixe, desta primeira lio, os

    prncipios seguintes:

    Todos possuem memria. A memria uma funo do crebro. O crebro funciona como os outros rgos. Boas tcnicas de funcionamento = Boa memria.

    EXERCCIO TESTE N 1

    Eis um quadro com objetos. Observe-o atentamente durante 2 minutos. Depois,

    esconda-o e inscreva seguidamente os objetos que lembrar em no mximo 1 minuto.

    Conte os nomes de que se lembrou.

    Anote o resultado.

    Conserve esta folha a fim de comparar o seu resultado de hoje com aquele que

    conseguir dentro de algum tempo com um exerccio semelhante.

    De qualquer modo segue o que deve se concluir deste teste:

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    Se tiver fixado menos de 10 nomes a sua memria claramente insuficiente. Se

    reteve 10 a 15, voc encontra-se numa mdia boa. Se tiver fixado de 16 a 18, muito

    bom. Se reteve 19 ou 20, excepcional. Bravo!

    Lio 02 de 54 - O Crebro

    Como assegurar ao crebro condies de funcionamento favorveis?

    Saibamos j que o nosso crebro recebe sangue como os msculos dos nossos braos ou

    das nossas pernas. E recebe uma quantidade considervel: 2000 a 2200 litros de sangue

    passam no nosso crebro em 24 horas. Isso representa cerca de 400 vezes o volume totaldo nosso sangue.

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    Esta circulao sangunea no crebro ativada, por exemplo, sob efeito de uma emoo ou

    de uma atividade cerebral intensa. Inversamente, ela sofre um retardamento durante o

    sono. Medidas de laboratrio, extremamente precisas, mostraram que a emoo forte ou o

    trabalho cerebral intenso fazem elevar a temperatura do crebro a 0,1. Inversamentedurante o sono a temperatura desce de 0,1 a 0,3. Esta variao pe em evidncia o

    papel da irrigao sangunea no funcionamento do crebro.

    O sangue como se sabe necessita de oxignio. Para facilitar o seu trabalho intelectual e

    principalmente para que a sua memria funcione bem, necessrio assegurar ao sangue

    uma oxigenao suficiente. Como? Por um lado, prevendo pelo menos um dia por semana

    de ar livre. Por outro, interrompendo as suas sesses de trabalho intelectual para efeito de

    uma pausa-oxignio. Se voc estudante, por exemplo, de hora em hora abra a sua

    janela e respire profundamente durante um ou dois minutos. Tambm no estude numa

    sala em que a atmosfera esteja cheia de fumo, viciada. Desconfie dos aparelhos de

    aquecimento que comem o seu oxignio (fogareiros, radiadores de gs, de butano, de

    petrleo). Consequentemente a primeira regra a observar, para que a sua memria seja

    melhor, a seguinte:

    ASSEGURE-SE DE QUE EST DANDO AO SEU SANGUE UMA OXIGENAO

    SUFICIENTE

    A segunda regra a seguir a de dormir suficientemente. Isto parece evidente, mas muita

    gente que se queixa de uma memria deficiente no imagina que dormindo poucoprejudica o funcionamento normal do seu crebro, consequentemente da sua memria.

    Depois de uma boa noite de sono o crebro e a memria estaro prontos a cumprir melhor

    as tarefas. Segundo os indivduos, necessrio verificar-se um mnimo de 7 a 8 horas de

    sono para o adulto e 9 horas para o estudante de 16 a 22 anos.

    Portanto, segunda regra de higiene da memria:

    DURMA O TEMPO SUFICIENTE

    Dissemos que todos podem melhorar a memria aplicando tcnicas corretas dememorizao. No entanto, no podem ser obtidos bons resultados a menos que os rgos

    fisiolgicos que concorrem para o funcionamento da memria se encontrem e permaneam

    em bom estado. Esses rgos so os centros nervosos e o crebro. Tudo o que prejudicar

    os centros nervosos e o crebro prejudica, automaticamente, a memria.

    O tabaco ser prejudicial memria? A resposta varivel, de acordo com os indivduos.

    evidente que o grande fumante que saiba servir-se da sua memria ter aparentemente

    uma memria melhor que um no fumante que no a tenha treinado corretamente.

    Porm, se pretender fazer comparaes entre indivduos que possuam caractersticas

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    comuns, verifica-se uma influncia nefasta do tabaco sobre a memria.

    Um inqurito estatstico entre os alunos sados da Politcnica (Escola Politcnica Francesa)

    revelou que a quantidade de fumantes aumentava proporcionalmente s ordens de

    classificao. Quer dizer, havia menos fumantes dentro dos 20 primeiros que nos 20seguintes, etc.. Sem que tal fato constitua uma prova formal, parece que o tabaco ser um

    obstculo ao pleno rendimento da memria.

    Todavia, o fumante tem, por vezes, a impresso de que o seu cigarro o ajuda a concentrar-

    se e a raciocinar. Isso pode ser verdadeiro durante alguns instantes, mas em longo prazo

    tudo leva a crer que o tabaco prejudica a memria, especialmente depois dos 40 anos onde

    os grandes fumantes so mais numerosos que os no fumantes entre os que se queixam

    de falta de memria.

    Terceira regra:

    EVITE FUMAR

    Finalmente, desconfie do lcool.

    Se voc deseja manter a sua memria em bom funcionamento, evite o lcool.

    Indiscutivelmente que a absoro de lcool regularmente conduz a um enfraquecimento da

    memria.

    Mas o que igualmente se torna necessrio saber que mesmo sob uma ligeira influncia de

    lcool, ocasional, a fixao das lembranas fica fortemente diminuda. Quanto mais lcool

    se absorve, menos as lembranas se registram e fixam.

    fato bem conhecido que quando uma pessoa est bria ter seguidamente grande

    dificuldade em recordar tudo o que se passou durante a embriagues. Uma simples refeio

    bem regada diminui as faculdades de fixao da lembrana durante as horas que se

    seguem.

    necessrio evitar qualquer absoro de lcool mesmo sob forma ligeira (vinho, cerveja)

    especialmente quando temos que estudar ou quando temos de freqentar cursos, assistir

    uma conferncia, etc.

    Quarta regra:

    EVITE O LCOOL

    A atividade cerebral, tal como os exerccios musculares, acompanhada de mudanas e

    transformaes qumicas. Bem entendido que as substncias que satisfazem s

    necessidades dos msculos no so as mesmas que satisfazem s do crebro.

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    Numerosas experincias estabeleceram que as clulas nervosas e cerebrais tm

    necessidade de clcio. Um empobrecimento excessivo em clcio provoca perturbaes

    nervosas que vo do simples nervosismo insnia e s cimbras. esse o motivo por que

    alguns sedativos tm como base o clcio.

    Por outro lado, constatou-se que a atividade psquica se fazia acompanhar de uma perda

    de cido fosfrico e de sais de clcio, nas urinas. necessrio, pois, evidentemente,

    compensar estas perdas de fsforo e de clcio, de preferncia atravs da alimentao: o

    queijo (especialmente as pastas no fermentadas, flamengo, chester) os ovos, o grmen

    de trigo, as amndoas, nozes e avels, trazem ao organismo um bom equilibro fsforo-

    clcio.

    Um outro elemento, importante para o bom funcionamento da memria, o magnsio. ,

    infelizmente, um elemento que se encontra em quantidades limitadas nos nossos

    alimentos. Encontra-se, no entanto, no po integral, no grmen de trigo, no chocolate, nos

    legumes verdes e em algumas guas minerais.

    Uma outra substncia que constitue alimento notvel do crebro o cido glutmico.

    Algumas vezes chamado o cido da inteligncia. No estado natural encontra-se no fgado,

    no leite e na levedura de cerveja. Finalmente, as vitaminas do grupo B favorecem e

    facilitam o trabalho intelectual. Podem ser encontradas no iorgurte, na levedura de cerveja,

    nas avels, nas amndoas e no grmen de trigo.

    Que aplicaes prticas iremos tirar de tudo isso?

    Por um lado, saberemos que, em caso de trabalho intelectual intenso, temos vantagem em

    consumir aqueles alimentos em propores mais importantes: na sua maioria so de

    consumo corrente, portanto fceis de encontrar; outros, como grmen de trigo e a

    levedura de cerveja, encontram-se principalmente nos estabelecimentos da especialidade

    (produtos dietticos) ou nas farmcias.

    Durante os perodos de esforo intelectual intenso, procuraremos ter uma alimentao rica

    em protenas (ovos, carne, fgado*, peixe), muito digestiva (carnes grelhadas, legumes

    cozidos), evitando os excessos de gorduras, de farinceos, de acares. Comeremos poucode cada vez e, portanto, se necessrio for, mais frequentemente (um iogurte ou um pedao

    de queijo, s 11 horas e s 16 - 17 horas, por exemplo). Com efeito, o estmago

    sobrecarregado amortece as funes cerebrais.

    (*) A este propsito no julgue que o fgado de vitela, muito caro, o nico que tem

    qualidades: tambm o fgado de porco ou o de bezerro so de uma grande riqueza e

    protenas, vitaminas, cido glutmico, etc..

    Alm da alimentao natural, pode completar-se este regime mediante a absoro de

    algumas especialidades farmacuticas, base de fsforo, de cido glutmico e de

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    vitaminas B 12.

    No aconselhamos a utilizao de alguns excitantes intelectuais que do uma chicotada

    temporria, sempre seguida de prostrao. Tambm desaconselhamos os calmantes, com

    exceo de alguns, inofensivos (gnero clasdine, atarax, phrnergan), que podemser utilizados para evitar a ansiedade perante um exame ou durante os dias que o

    precedem.

    CONFIE NA SUA MEMRIA

    Quanto mais duvidamos da nossa memria, menos confiana temos nela.

    Consequentemente menos dela nos desejamos servir. Menos dela nos servimos, menos ela

    funciona bem. Ento, menos nela nos fiamos. E um crculo vicioso.

    Mas voc pode inverter a marcha:

    Confie na sua memria e ela ter oportunidade de funcionar mais frequentemente. Ela

    melhorar.

    Vamos estudar os mtodos que lhe permitiro multiplicar por 2, 3, 5 ou 10 as

    possibilidades da sua memria. Faa uma nova partida e tenha confiana. Quanto mais

    aplicar tais tcnicas, mais far funcionar os mecanismos que lhe permitiro registrar aquilo

    que pretender recordar.

    No tente impor imediatamente um esforo considervel sua memria, mas, a partir de

    amanh mesmo, solicite sua memria um pouco mais, dia a dia.

    Portanto, se pretende melhorar a sua memria: Tenha confiana nela e faa-a funcionar.

    Os exerccios 4 e 5 de hoje tm por objetivo ajuda-lo a ter confiana na sua memria.

    Em resumo, fize as quatro regras da higiene do seu crebro:

    1 D oxignio ao seu sangue.

    2 Durma o tempo suficiente.

    3 Evite fumar.

    4 Evite o lcool.

    5 Confie na sua memria.

    Passe agora ao Exerccio-Teste n 2.

    EXERCCIO - TESTE N 2

    Eis aqui o mesmo exerccio que o exerccio-teste n 1, mas com uma lista de 20 nomes.

    Leia esta lista e estude-a durante um minuto e meio. Tente seguidamente recapitula-la

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    ordenadamente. Se tal lhe no for possvel, ento enumere as palavras de que se lembrar.

    caarola cadeira tambor veleiro

    Sabo banana tapete carta

    automvel rio rolha canhosandlia alfinete saco caneta

    Quadro vaso corda medalha

    Se fixou de 18 a 20, excelente; de 15 a 17, est ainda bem; de 10 a 14 est na mdia;

    abaixo de 10, fica demonstrado que no sabe servir-se da sua memria. De qualquer

    modo, tranqilize-se, porque ns lhe ensinaremos dentro de algum tempo um mtodo

    extraordinrio para reter tal lista, e na devida ordem; o mtodo das associaes de

    imagens.

    Anote o resultado.

    Poder compara-lo com o que conseguir depois de ter progredido no curso.

    EXERCCIO - TESTE N 3

    Eis um exerccio muito simples. Consiste em reencontrar o seu emprego de tempo, durante

    o dia anterior, detalhando de forma contnua, de modo a obter um quadro completo de

    tudo o que fez, viu, ouviu. Se tiver uma falha de memria, faa outra coisa e recomece a

    procurar dentro de um quarto de hora ou meia-hora.

    EXERCCIO - TESTE N 4

    Voc vai contar com a sua memria para pensar fazer amanh noite uma determinada

    coisa. Por exemplo, destacar um livro da sua estante e coloca-lo sobre a sua escrivaninha.

    Imagine-se, pois, amanh, regressando a casa. No momento em que abrir a porta,

    necessrio que pense em destacar o livro. No anote isso em parte alguma, nem faa um

    n em seu leno. Simplesmente, hoje, pense no seu regresso de amanh noite e pea

    sua memria que o ajude na referida tarefa. V ver ou observar o livro em questo, a fim

    de saber bem de que livro se trata. Pense nesta ao que no deve esquecer; pense nela,hoje, duas ou trs vezes, e confie na sua memria.

    EXERCCIO - TESTE N 5

    Aprenda de cor estes versos de Boileau:

    Segundo a nossa idia mais ou menos obscura

    A expresso segue-a, ou menos clara ou mais pura.

    O que concebemos bem, enuncia-se claramente.

    E as palavras, para dizer, chegam facilmente.

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    Lio 03 de 54 - Particularidades de Algumas Memrias

    Vamos retomar agora estudo da fisiologia do crebro. Pedimos desculpas queles que

    possam julgar tediosas estas lies, mas elas merecem ser estudadas com cuidado, porque

    vo lhe permitir compreender bem os mecanismos da memria e tirar melhor partido das

    aplicaes que lhes ensinaremos mais tarde.

    Vamos dizer algumas palavras sobre a amnsia, a asteniae a ciclotimia.

    No se trata de estudar as diferentes doenas do crebro e da memria, porque nosso

    interesse nestes tutoriais no tratar ou cuidar de doentes mas lhe permitir obter o

    mximo das suas faculdades mentais.

    Todos j ouvimos falar de casos de amnsia, em que o doente tem um comportamento

    perfeitamente normal em todas as circunstncias, mas perdeu totalmente a lembrana do

    seu passado. Ele j no sabe quem ou foi, onde nasceu, onde viveu, etc.. O fato de que o

    amnsico reencontra, por vezes, sob a influncia de um choque fsico ou emocional, todas

    as recordaes, prova bem que as lembranas no haviam sido destrudas. Conforme

    dissemos anteriormente, verifica-se assim falta de capacidade para ler esses registros.

    H uma outra doena da memria que no se pode ignorar, pois todos ns estamos

    sujeitos a ela um ou outro dia: a astenia.

    Astenia muito simplesmente uma fadiga excessiva do crebro que lhe provoca um

    funcionamento deficiente. Ou, para explicar a idia atravs da imagem, a astenia aproximadamente para o crebro o que uma rotura para um msculo.

    A astenia bastante freqente no caso de sobrecarga intelectual, especialmente nos

    estudantes que se preparam para um exame. A astenia traduz-se por uma sensao geral

    de grande fadiga, por palpitaes, podendo o doente chegar a desmaiar ou a desfalecer.

    Num menor grau, ela provoca nevralgias, enxaquecas, nuseas, etc.. Num caso de astenia,

    o doente no pode tirar do crebro, e especialmente da memria, um rendimento superior

    a um quarto do que ele obtm normalmente. Com mais fadiga, ele consegue muito menos

    resultados.

    Seguindo os princpios de higiene expostos neste curso e aplicando os mtodos de trabalho

    e de memorizao que aqui sero ensinados voc evitar a astenia, aprender mais se

    fatigando menos e fornecer ao seu crebro as condies de funcionamento que lhe

    permitiro no desfalecer.

    Embora no se trate de uma verdadeira doena do crebro (pelo menos enquanto se

    encontra no seu estado benigno) necessrio dizer algo acerca da ciclotimia, porque

    muita gente ciclitmica.

    A ciclotimia traduz-se por uma sucesso de estados de euforia e de estados de depresso

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    ou por uma sucesso de periodos de grande atividade cerebral e de periodos de grande

    indolncia. Quando se encontra no periodo ascendente, o ciclotmico capaz de fazer

    grandes esforos, age mais facilmente, no sente fadiga, concentra-se facilmente, retm

    tudo e trabalha de maneira eficaz, sem que isso lhe custe. Depois, sobrevm uma fase

    descendente, em que o esforo se torna penoso, em que marca passo na ao, em que otrabalho cerebral lhe custa, a concentrao -lhe dificil e o estado da sua memria

    penaliza-o.

    Segundo os indivduos, as diferenas entre perodos ascendentes e periodos descendentes

    so mais ou menos acentuadas. Do mesmo modo, a durao do ciclo varivel: uma

    quinzena para alguns, um ms para outros, ou, at, trs meses, seis meses.

    Se voc tem a impresso de que um ciclotmico, tem interesse em conhecer a ordem degrandeza do seu ciclo. suficiente, para tal, anotar numa agenda os seus periodos deefervescncia e os periodos de depresso. possvel, pela vontade e sabendo analizar-se,

    deslocar os ciclos, principalmente encurtando os perodos de depresso. Isso permite evitarque se encontre no momento de um acontecimento importante (nova situao profissional,exame, etc) numa fase de depresso. Para isso, necessrio estimular fisicamente oorganismo atravs de exerccios fsicos ou de desporto, fazer breves leituras aptas amodificar as idias ou a entusiasmar, modificar a impulso fisica e mental.

    Lio 04 de 54 - Como Desenvolver o Seu Poder deConcentrao

    Antes de terminar o estudo da fisiologia do crebro, vamos aprender sobre um assunto que

    muito importante, a concentrao.

    Saber concentrar-se indispensvel ao desenvolvimento da sua memria.

    A ateno e a observao no so suficientes se voc no se concentrar corretamente

    sobre suas aes.

    Concentrao manter a ateno sobre um assunto determinado sem se distrair com

    outros pensamentos. , alis, uma faculdade extremamente preciosa, para o exerccio de

    todas as nossas atividades mentais.

    Podemos classificar a concentrao que usaremos para memorizar em dois tipos, ainda que

    naturalmente se trate da mesma faculdade, so eles:

    1 - Concentrao Imediata: necessria para observar com cuidado um documento, uma

    paisagem, um acontecimento, um espetculo, um monumento, um quadro.

    2 - Concentrao Prolongada: necessria para estudar, aprender, reter, redigir, calcular,

    pensar, refletir.

    A concentrao imediata exige ser praticada vontade, instantaneamente e em todas ascircunstancias. Ela requer tambm a aptido para mudar de assunto rapidamente. Por

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    exemplo, se lhe apresentam 4 ou 5 pessoas, sucessivamente, voc concentra-se sobre os

    seus nomes e sobre as suas feies durante breves momentos, depois ficar atento ao que

    as pessoas disserem ou mostrarem, etc..

    A concentrao prolongada usada para o estudo ou a reflexo necessita de um outrotreino. Voltaremos ao assunto pormenorizadamente, nas lies reservadas a este estudo.

    De momento, vamos desenvolver a nossa concentrao imediata custa ou com a ajuda

    de alguns exerccios.

    Estes exerccios podem melhorar o seu poder de concentrao at um grau extraordinrio,

    mas necessrio faz-los com muita ateno.

    Mostrarei outros exerccios de concentrao no decorrer de todo o curso e ser sugerido

    que voc execute alguns vrias vezes.

    Estes exerccios podem lhe parecer difceis. No se preocupe. Faa-os, simplesmente, o

    melhor possvel. Faa um exerccio por dia durante essa semana.

    EXERCCIO N 6 (Concentrao)

    Pegue um objeto (chave, objeto de adorno): observe-o com ateno durante 30 segundos,

    depois feche os olhos e tente represent-lo mentalmente, de maneira clara e precisa. Se

    alguns detalhes no estiverem perfeitamente claros, ntidos, observe de novo o objeto

    tomado e torne a fechar os olhos, etc.. at que possa representa-lo mentalmente, com

    nitidez.

    EXERCICIO N 7 (Concentrao)

    Eis um exerccio conhecido pelo nome de prateleiras cerebrais. Voc escolhe 3 assuntos

    diferentes para reflexo: por exemplo, um projeto que tem; um assunto cientifico ou

    literrio e uma lembrana pessoal (frias, viagem, etc.). Dedique 3 minutos de reflexo a

    cada um dos trs assuntos. Durante os 3 primeiros minutos pense somente no assunto n

    1, passe depois ao assunto n 2 e no pense em outra coisa; finalmente, passe ao assunto

    n 3. necessrio no se distrair durante cada fase e, sobretudo, no pensar nos dois

    outros assuntos.

    EXERCICIO N 8 (Concentrao)

    Reproduza mentalmente as feies de uma pessoa que v frequentemente: verificar que

    delas s tem uma viso geral, uma impresso genrica, mas que os pormenores lhe

    escapam. Voc completar a observao quando reencontrar a referida pessoa e

    recomear o exerccio, at que obtenha uma representao perfeitamente ntida.

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    EXERCICIO N 9 (Concentrao)

    Tente este interessante exerccio que desenvolver o seu poder de concentrao e atenoauditiva. Escute ou oua o rdio; depois, diminua o volume; depois, mais baixo ainda;regule o seu aparelho o mais baixo possvel at compreender, suficientemente, o que sediz. A fraca intensidade do som obrig-lo- a concentrar-se. No prolongue este exercciopor mais de trs minutos.

    Lio 05 de 54 - Reflexo Condicionado

    O conhecimento deste fenmeno nos ajuda a compreender melhor o motivo de alguns

    exerccios, de certos mtodos, de determinados hbitos que nos auxiliam a dispor de uma

    memria mais eficiente.

    De momento, torna-se necessrio saber que acidentes (choques, traumatismos craneanos),

    suficientementes graves para atingir o crebro causam perturbaes de memria em zonas

    determinadas. Por exemplo, em conseqncia de um acidente uma pessoa pode perder a

    sua memria auditiva (ficando incapacitada de fixar uma ria musical ou uma cano),

    enquanto que a sua memria visual ou a sua memria tctil no se modificam em

    absolutamente nada.

    Pensou-se portanto que algumas zonas do crebro comandavam a memria auditiva,

    outras a memria visual, etc.. Pouco a pouco, pode-se localizar os pontos precisos do

    crebro que correspondem a toda a espcie de atividade: intelectual, motora, etc..

    A prxima figura mostra as principais localizaes cerebrais.

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    PRINCIPAIS LOCALIZAES CEREBRAIS

    1 Movimento dos olhos 11 Dedos

    2 Deliberao 12 Cotovelos

    3 Respirao 13 Ombro

    4 Cordas vocais 14 Pescoo

    5 Centro motor da palavra 15 Tronco

    6 Faringe 16 Anca

    7 Lngua 17 Joelho

    8 Face 18 Compreenso da linguagem falada

    9 Plpebras 19 Movimento da cabea e dos olhos

    10 Polegar 20 Viso

    No tocante a memria, pode-se assim pensar que as conexes se estabelecem na zona

    interessada ou prpria para a fixao das lembranas.

    Por exemplo, a recordao de uma imagem traduzir-se-ia por algumas conexes situadas

    na zona marcada com o n 20 no nosso quadro.

    Mas podem tambm ter lugar ligaes entre diferentes zonas e tal poderia ser a explicao

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    do reflexo condicionado.

    Bom, mais sobre reflexo condicionado no prxima lio.

    EXERCICIO N 10 (Concentrao)

    Escolha um poema, leia-o lenta e atentamente, fixando-se sobre cada palavra importante

    por forma a evocar, de maneira precisa, a imagem correspondente. No se deixe distrair

    por associaes estranhas, sem relao com o poema.

    EXERCICIO N 11 (Concentrao)

    Faa, de novo, o Exercicio n 7 (prateleiras cerebrais) com os mesmos assuntos anteriores.

    EXERCICIO N 12 (Concentrao)

    Faa novamente o Exercicio n 9 com o rdio.

    Lio 06 de 54 - O processo normal de memorizao

    Os trs fatores que antecedem o registro de idias, fatos ou elementos, so:

    1. Impresso

    2. Associao

    3. Representao

    nesta ordem que se torna necessrio p-los em ao.

    Se omitir um destes fatores isso no significa que seja incapaz de reter ou fixar. Mas

    sempre que deseje fixar qualquer coisa, indispensvel seguir o processo normal e

    completo: impresso, associao e repetio.

    o que explica, por exemplo, a fixao do nome de certa pessoa que encontramos numa

    reunio, enquanto no lembramos do nome de uma outra pessoa presente na mesma

    reunio e que conhecemos. Verifica-se que concedemos uma ateno suficiente pessoa

    (impresso), provavelmente estabeleceu no seu esprito(consciente ou inconscientemente)

    certas associaes alusivas, e o seu nome foi mencionado vrias vezes (ou voc mesmo o

    repetiu, para si prprio).

    No segundo caso, no se prestou ateno suficiente (uma impresso deficiente) ou no

    realizou associao alguma ou no ouviu ou repetiu o seu nome.

    As condies de registro diferentes correspondem intensidades de lembrana diferentes.

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    1 - FIXE BEM AS IMPRESSES

    Vamos ver agora como fixamos as lembranas corretamente:

    1. Tenha inteno e preste ateno

    A primeira condio para fixar bem as impresses o querer.

    Para isso, necessrio ter um interesse verdadeiro pela pessoa ou pela noo do que

    pretendemos lembrar. Sentiremos sempre grande dificuldade em fixar a ateno sobre

    uma coisa que no nos interessa. por esta razo que no conseguimos lembrar-nos do

    nome de pessoas que j encontramos em certas ocasies mas que no nos interessaram

    realmente.

    Do mesmo modo, se no temos a previa inteno de vir a lembrar de qualquer coisa,corremos o risco de no prestar ateno suficiente. Isto explica o porqu da grande

    dificuldade em evocar determinadas coisas que vimos anteriormente, mas de que no

    tivemos a inteno de lembrar posteriormente. Exemplo: quantas pessoas havia ontem na

    pastelaria que voc foi? Ou padaria? Aougue? Voc entendeu a pergunta.

    o prprio Freud - o pai da Psicanlise - que nos ensina esta regra:

    A inteno fator essencial para toda a recordao e para todo o esquecimento.

    Lembrarmos das coisas que temos interesse em recordar posteriormente e esqueceremos otemos (ns ou o nosso inconsciente) inteno de esquecer.

    Em termos mais simples, a regra de freud diz para ns, no plano prtico, desta isto:

    Para reter qualquer coisa, necessrio quer-lo conscientemente.

    Para se dispor de uma boa memria indispensvel fixar convenientemente a ateno,

    treinando-se no sentido de no se deixar distrair o esprito. o que ns designamos por

    concentrao.

    por isso que j lhe recomendamos exerccios de concentrao. Este tipo de exerccio,

    ainda que no ponham a memria em ao, contribuem largamente para o bom

    funcionamento desta.

    No esquea, pois, a seguinte regra:

    Para fixar bem as impresses, necessrio saber concentrar-se.

    Se marcar uma pea de metal com uma puno, a marca ser tanto mais profunda quanto

    mais forte tiver sido a pancada. Acontece o mesmo com a memria. Uma imagem ser

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    tanto melhor fixada quanto mais forte e intensa tiver sido a impresso. Se tiver um dia

    visto um avio despedaar-se no solo em chamas jamais esquecer. Se vir uma pessoa a

    afogar-se, sem que lhe possa prestar socorro, jamais o esquecer. o motivo por que se

    torna necessrio tentar associar a imagens fortes as noes de que no queremos

    esquecer-nos.

    Suponhamos, por exemplo, que um dos seus clientes mais importantes lhe pede para

    telefonar no prximo sbado, depois do jantar. Indicar-lhe-emos como ajudar a sua

    memria relativamente a tal telefonema. Mas, para j, necessrio saber que elimina os

    riscos do esquecimento se, mentalmente, associar a chamada telefnica a uma imagem

    forte. Imagine-se, durante um instante, prestes a telefonar ao seu cliente e veja-o em

    vias de assinar o cheque para liquidao de uma encomenda. Inversamente, imagine o seu

    cliente, colrico, prestes a expuls-lo do seu escritrio, censurando-o por ter esquecido o

    telefonema combinado. Tudo isso lhe toma apenas alguns segundos, e, no entanto, estas

    associaes de imagens, to simples, podem melhorar-lhe a memria, sem esforo penoso

    da sua parte.

    Mais adiante lhe explicaremos como que o mtodo das associaes de imagens lhe

    podem prestar servios considerveis em todos os domnios onde a sua memria se

    exerce. A regra que acabamos de expor explica por que interessa, sempre, utilizar imagens

    mentais fortes e at esquisitas, porque o que forte ou esquisito fica mais bem gravado na

    memria.

    Lembre-se, pois desta regra:

    Pra facilitar a recordao ou lembrana, crie imagens fortes

    Vamos aos exerccios:

    EXERCICIO N 13

    Reveja como fez em relao ao Exerccio n 3, o mesmo dia da semana anterior. Se fizer

    este exerccio numa quarta-feira, por exemplo, deve tentar reconstituir, to completamente

    quanto possvel o que fez durante a ltima quarta-feira.

    EXERCICIO N 14

    Ser capaz de escrever as 4 regras de higiene do crebro enunciadas na lio n 2?

    EXERCICIO N 15

    Lembra-se dos 4 versos aprendidos na lio 3? Recite-os.

    Se no conseguir faz-lo perfeitamente, releia-os vrias vezes, recite-os.

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    EXERCICIO N 16

    Faa novamente o exerccio das prateleiras cerebrais, mas, desta vez, mude os seus trs

    assuntos de concentrao.

    EXERCICIO N 17

    Faa novamente o exerccio 4, mas com outra coisa: tire uma roupa do armrio, por

    exemplo, ou, melhor: pense em fazer qualquer coisa determinada: por exemplo, pense em

    telefonar a um amigo, amanh, antes de jantar, ou em ir ao farmacutico aps o seu dia

    de trabalho. Tente aplicar o mtodo preconizado das imagens fortes. Por exemplo,

    imagine-se noite, em casa, torturado pela dor por ter se esquecido de passar pelo

    farmacutico ou, ento, imagine-o a fazer violenta censuras, etc..

    EXERCICIO N 18

    Escolha uma obra difcil, de um autor conhecido pelo seu estilo rido e abstrato (porexemplo, Pascal, Descartes ou Proust, dos quais existem obras nas colees de bolso).Comece-a, lendo no princpio uma dezena de frases. Depois, retome cada frase, nopassando a seguinte sem ter penetrado profundamente no sentido do que l. Se lhe fornecessrio, recorra a um dicionrio. Avance todos os dias uma dezena de frases, relendo aspginas dos dias anteriores. Ao fim de uma semana coloque por escrito aquilo que fixou. um dos melhores exerccio de desenvolvimento da sua capacidade mental.

    Lio 07 de 54 - O processo normal de memorizao -

    Parte 2A OBSERVAO

    B) Observe bem.

    Quando se trata de lembrar de qualquer coisa, a ateno deve tomar uma forma mais

    precisa: a observao. Para que se recorde bem certo quadro de um mestre, no basta

    que se limite a prestar-lhe uma certa ateno. Para comear, preciso fazer uma idia de

    conjunto; depois, torna-se necessrio estudar-lhe os pormenores.

    A partir do momento em que se trate de fixar qualquer coisa que comporta diferentes

    elementos ou diferentes aspectos, tem de se observar. Veremos tambm, ao estudar a

    associao, que esta carece s vezes da observao de outros elementos alm da noo ou

    objeto a fixar.

    Para apreender a melhor observar, treine-se a examinar as coisas sob os seus diferentes

    aspectos e diferentes sentidos: veja o panorama geral e a cor, toque, sinta, prove, escute,

    examine o peso, o volume, a dureza, etc... Quanto maior nmero de sentidos em ao

    mais facilmente se recordar.

    A observao da coisa a fixar essencial. esta primeira observao que vai produzir um

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    registro inicial desta coisa na memria. No poder encontrar posteriomente na sua

    memria o que l no tiver posto.

    As lacunas da nossa memria provm, em grande parte, de um registro defeituoso, isto ,

    de uma impresso deficiente.

    Quando quiser fixar um trecho ou uma poesia, deve observar atentamente a escolha das

    palavras, o ritmo das frases. Deixe que se formem no seu esprito as imagens sugeridas

    pelo autor.

    Para se reterem as palavras, as idias, necessrio dar-lhes imagens. Para se

    conservarem abstraes, necessrio tentar concretiz-las, tentar v-las sob a forma de

    imagens.

    Quando se tratar de reter noes ou fatos mltiplos, pode-se facilitar o seu registro atravs

    de abreviaturas e esquemas. graas a smbolos e esquemas que se podem fixar maisfacilmente as reaes qumicas ou as experincias de fsica ou as frmulas matemticas.

    Mas estes smbolos e abreviatuas podem ajud-lo tambm em domnios diferentes. Procure

    aplicaes na sua profisso.

    Como Observar?

    Observar: todos sabemos o que isso significa e, no entanto, geralmente observamos

    muito mal. Suponhamos que voc devia observar um momento, a Opera (de Paris), por

    exemplo. Se proceder conforme 99 pessoas em cada 100, deixar sem dvida que o seu

    olhar v do comprimento para a largura, da altura para a base, se um pormenor para

    outro, etc... Se, 48 horas depois, lhe for pedida uma descrio preciosa da Opera, ter

    imensa dificuldade em faz-la. Porque? Por que olhou mas no observou.

    Comece por observar as formas gerais: retangulares, triangulares,esfricas, assim como o modo como esto distribudas.

    Examine as dimenses e as propores: comprimento em relao altura,etc...

    Examine a arquitetura: fachada, ngulos, janelas andares, tetos...

    Examine os detalhes: molduras, esculturas, ferragens, motivosdecorativos, etc...

    Procedendo desta maneira, voc faz uma observao verdadeira que deixar na sua

    memria uma impresso duradoura.

    Este mtodo de observao no vlido, unicamente, em relao aos monumentos: aplica-

    se a tudo passagens, quadros, objetos, plantas, feies, etc...

    Passe sempre pelas fases seguintes:

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    Observao da forma geral, do volume;

    Observao e avaliao das dimenses e propores;

    Estrutura geral, aspecto, estilo, cores, etc.;

    Exame da diferentes partes componentes;

    Exame dos pequenos pormenores no interior dessas partes.

    Para ser fixar estas observaes eficientemente muito vantajoso pr-se,

    simultaneamente, a si mesmo, as perguntas e formular as respectivas respostas, como os

    exemplos abaixo:

    Qual a forma do teto? O teto tem uma triangular. A

    A altura mais importante que a largura? No: a altura inferior, em cerca de umquarto.

    Quantas colunas h? H oito colunas na fachada. Que representam batalhas daantiguidades, etc...

    Classificao

    O registro das idias, das noes, dos fatos, facilitado pela classificao. A classificao

    consiste, por um lado, em agrupar o conjunto de dados s emelhantes, por outro, ligar

    esses dados a um grupo mais geral.

    Por exemplo, examine o quadro de objetos que faz parte do exerccio n 1. Voc ficar com

    grande probabilidade de fixar tais objetos se os agrupar em redor da mesma idia:

    volta da idia de refeio, a agrupar, por exemplo:

    Garrafa Copo Cafeteira Taa Faca

    volta da idia de toilette e de roupa, voc agrupar:

    N de borboleta Tesoura Linhas Boto Alfinete de molas Sapatos Escova.

    Ao redor das idias de repouso e leitura:

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    Jornal culos Livro Lmpada eltrica Cachimbo Fsforo Lpis Carta

    A classificao pode ser feita mentalmente, mas se tratar de noes complexas,

    recomendvel fazer-se um quadro sintico.

    O quadro sintico de uso geral. Enquanto que o esquema ou as abreviaturas so somente

    transcries simplificadas de dados que se prestam a esquematizao ou abreviatura, o

    quadro sintico pode empregar-se sempre que se pretenda ter uma viso de conjunto de

    uma questo, mesmo complexa.

    A seguir damos o exemplo de como se estabeleceria o quadro sintico do plano deste curso

    consagrado ao desenvolvimento da memria.

    Se lhe fosse necessrio conhecer este plano de cor, sem dvida que este quadro sintico

    seria a melhor maneira de classificar e observar, para o fixar.

    Nota:O quadro sintico junto no segue rigorosamente a ordem das lies, mas reagrupa

    o seu contedo numa ordem lgica.

    QUADRO SINPTICO DO CURSOS SOBRE A MEMRIA

    Introduo

    Princpios rudimentares

    Princpios Gerais

    Mtodo de aplicao na vida cotidiana

    Mtodo em relao com os sentidos

    Associaes gerais

    Aplicao no estudo das letras e cincias

    Outras aplicaes

    Tabelas e Concatenaes, Aplicaes e outros

    estudos

    Articulaes numricas

    Mtodo geogrfico, matemtico,

    lnguas, etc.

    Ordens gerais de fixaes

    EXERCICIO N 19

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    Continue o exerccio de concentrao n 18

    EXERCICIO N 20

    Eis um exerccio de concentrao bastante fcil, mas, no entanto, excelente: conte, dafrente para trs, partindo de 200 at 2 e saltando os nmeros de 3 em 3 : 200- 197- 194-

    191- 188- etc...

    EXERCICIO N 21

    Este exerccio semelhante ao exerccio n 1. Observe atentamente o seguinte quadro de

    objetos durante um minuto. Depois, tente agrupar e classificar os objetos, conforme

    acabamos de sugerir. No entanto, esta classificao muito mais difcil de realizar que a do

    exerccio n 1, mas voc ver que j conseguira um resultado melhor.

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    EXERCICIO N 22

    Observe a seguinte figura e responda o questionrio que se segue anotando quantas

    respostas acertou.

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    O que faz a pessoa da direita?

    Qual a atitude da pessoa da esquerda?

    Qual a forma do p da mesa?

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    O que esta sobre a chamin?

    Quantas velas tem no candelabro?

    Qual o aspecto e a forma do assoalho?