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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 171 / ANO 6 / SÉRIE 3 QUARTA-FEIRA, 23.MAI.12 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico EDIÇÃO ESPECIAL: ENTERRO DA GATA ‘12

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E D I Ç Ã O E S P E C I A L : E N T E R R O D A G A T A ‘1 2 Jo r n a l O f ic ia l d a A A U M D IR E C T O R : V a s c o L e ã o D IS T R IB U IÇ Ã O G R A T U IT A 1 7 1 / A N O 6 / S É R IE 3 Q U A R T A -F E IR A , 2 3 .M A I .1 2 a c a d e m ic o .r u m .p t fa c e b o o k .c o m / jo r n a l. a c a d e m ic o t w it t e r. c o m / jo r n a la c a d e m ic o

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Atropelamento de alunasNão era este o final de noite es-perado. Duas estudantes, certa-mente divertidas, acabavam de chegar do recinto. Até aqui, tudo normal. O que aconteceu de se-guida é que merece ser lamen-tado. Um carro desgovernado atropela as duas colegas e deixa--as num estado muito crítico. Bê-bedo ou não, a alta velocidade ou devagar, não interessa. Duas es-tudantes estão mal e o seu futuro pode ficar hipotecado. Isso sim é para recordar, infelizmente.

Reitor ausente do cortejoEstar ausente do cortejo é, por si só, um ato de lamentar por parte do reitor. Como tal aconteceu fi-cará para análise dos que sabem o que se passou no Nogueira da Silva. Agora virem jornais, em jeito de encomenda, justificar a ausência de António Cunha, su-blinhando uma hipotética visita ao estrangeiro durante aqueles dias é que me parece demasia-do escusado. A não ser que o mesmo seja omnipresente, mas dúvido.

Enterro da Gata ‘12Terminou aquela que será a se-mana memorável para grande parte dos estudantes minhotos.Muitas foram as horas de diver-são, muitas foram as conversas com amigos, muitos foram, tam-bém, os delírios partilhados. O Enterro da Gata marca um ano e a edição deste ano não fugiu à regra. Os pormenores cabe ao tempo julgá-los e colocá-los na balança para decidir se foi, ou não, o melhor de sempre! Mas o esforço esteve lá, certamente.

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Quarta-feira, 23 Maio 2012 / N171 / Ano 7 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, ana Pinheiro, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cátia Silva, Daniel mota, Daniela Mendes, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Joana Neves, José Miguel Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Maura Teixeira, Miguel Araújo, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

PÁGINA 03 // 23.MAI.12// ACADÉMICO

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ESPECIAL ENTERRO DA GATAreitoria de porta traçada ao arranque do enterro da gata

e sentido estas festividades, acrescentando que “como já tem sido hábito, este será o melhor Enterro de sempre”.A emoção foi notória em todos os rostos presentes: os caloiros que traçavam as capas pela primeira vez; os do segundo ano a um ano do final do curso e os fina-listas, que vêm com orgulho a sua missão terminar e, ao mesmo tempo, sentem a melancolia das memórias

fabiana oliveira

[email protected]

“A Gata morreu” e, como manda a tradição, a noite de 11 de maio ficou marca-da pelo Velório da Gata e as Serenatas, que deram início à semana mais esperada de sempre pelos estudantes da Universidade do Minho (UM), as monumentais fes-tas do Enterro da Gata. Como acontece todos os anos, centenas de trajados esperaram pela chegada do caixão da gata à Estação de Comboios de Braga, trazi-do de “parte incerta” pelos Gorkas e a Opum Dei. O corpo da “bichana” foi ve-lado pelas ruas da cidade, desde a estação até ao Largo do Paço, num percurso assi-nalado pela animação e vi-vacidade características dos grupos condutores. Contu-do, ao contrário do sucedido nos dois anos anteriores, “a principal diferença é falta de comparência dos mem-bros da reitoria”, numa tra-dição que “é uma das mais antigas tradições que man-tém a diferença entre esta e as restantes academias do país”, comentou Benâncio,

da Opum Dei.A chegada à reitoria foi aplaudida por todos os presentes, que esperavam ansiosamente por este mo-mento, e que no ponto de vista do membro da Opum Dei “são cada vez mais aqueles que comparecem e sentem que esta é uma noi-te especial”. Hélder Castro, Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) abriu uma “tradição com mais de 100 anos”, incentivando os estudantes da academia a enterrar o insucesso escolar, primeiramente, com respei-to e, de seguida, com diver-timento. Apesar das portas da reitoria se encontrarem fechadas, o Presidente da AAUM destacou a presen-ça do reitor entre a multi-dão, como convidado, já que considera que “este deve ser um ato apenas de estudan-tes”. Como representante de todos os alunos da UM, e conhecedor da importância deste momento nas vidas daqueles que iniciam e dos que vêm o seu percurso che-gar ao fim, Hélder Castro assegurou que a AAUM pre-parou com o devido respeito

passadas. No meio da mul-tidão, Inês Rocha, estudan-te do 3º ano de Ciências da Comunicação, demonstrou que o valor das serenatas está também nos restantes acontecimentos, como é o caso da Imposição de Insíg-nias ou da semana de Enter-ro, acrescentando ainda que “o reitor devia aparecer, por-que assim só se geram bo-atos. Aliás, esta não é uma atividade praxista, e sim

uma tradição minhota”.Abençoado pelo calor, e não pela habitual chuva, foi as-sim dado o arranque a mais uma monumental semana do Enterro da Gata.Catarina Navio, ex-aluna da Universidade do Minho, aferiu que, apesar de não se registar nada de diferente dos anos anteriores, foi im-portante a crítica feita à ac-tual situação política e eco-nómica do país.

Velório mistura humor, boa disposição e rituais fúnebres satíricos

WAPA

PÁGINA 04 // 23.MAI..12 // ACADÉMICO

“como o macaco gosta de bananas, eu gosto de braga”

as novas gerações são muito inteligentes a ouvir música, aliás são muito inteligentes em tudo. Estive há pouco tempo tam-bém em Faro, onde fui ex-tremamente bem recebido por cerca de 15 mil “miu-dagem”, todos a cantar as músicas comigo do princí-pio ao fim, aos saltos. Estive também numa latada em Coimbra num espetáculo extraordinário, quase ines-quecível. E agora estou aqui

riTa MaGalHÃeS

[email protected]

José Cid, cabeça de cartaz do primeiro dia do enterro da Gata’12, subiu ao palco já passavam das 2h da manhã. bem-disposto e conversador, falou com o aCaDÉMiCo sobre a sua primeira vez no palco do Gatódromo e a im-portância de um público mais jovem nos seus espetáculos. no final do espetáculo, can-tou para ao plateia “como o macaco gosta de bananas eu gosto de braga” e fechou o concerto com a música “adios, adieu, auf wiedersehen, goo-dbye”.

Como definiria a sua músi-ca?A música que eu faço não passa muito por baladas, mas sim por um estilo mais pop-rock, basicamente é um concerto com muita di-nâmica. Quer dizer, eu nem quero fazer um concerto, porque os acho demasiado aborrecidos, mas quero fa-zer uma festa, quero que o público se divirta, até porque o pessoal do norte é todo muito alegre. É tam-bém muito importante re-ferir que por trás de mim, há uma grande banda, uma super banda mesmo que me ajuda a fazer boa música.

Qual é a sensação de ser ca-beça de cartaz deste dia?Ai eu sou figura de cartaz? (risos). A sensação não é nenhuma em especial, por-que eu já cantei em gran-de sítios como o New York Symphony Hall ou o Bu-dokan no Japão…. O que me interessa a mim e à minha banda é que as novas gera-ções percebam que eu tenho

canções que as canto bem, que estou ali para eles, que não estou para dar “secas”. É muito importante para mim aos setenta anos ter um pú-blico transversal e que saiba que eu me entrego comple-tamente em palco.

Como é que se sente a atuar para um público tão jovem?Sinto-me sempre muito bem, porque as novas gera-ções participam muito nos meus espetáculos, porque

em Braga! Estou muito con-tente por estar cá, por ser, fi-nalmente, a minha primei-ra nesta cidade.

Requer uma preparação di-ferente o fato de tocar para jovens?Claro que sim, apesar de que a minha música sempre foi um pouco à frente da sua época e agora acaba por fi-car atual. Eu não sei se hoje vou fazer rock progressivo ou rock sinfónico, só na al-

tura é que eu sei que tipo de música é que o público me vai “pedir”. Como devem saber, eu tenho um álbum chamado “Dez mil anos en-tre Vénus e Marte” que foi nomeado pela Q e pela Bill-board para os cem melhores álbuns do Mundo em nú-mero cinquenta e sete, por isso toco um pouco de tudo dependendo da plateia que tenho à minha frente. Uma coisa é certa, eu tenho sempre uma forma diferen-te de interpretar a música, em relação ao disco. E quem assistir ao meu espetáculo vai ter que concordar comi-go: mesmo que não gostem, vão puder confirmar que não há mentiras em palco, nem loops, nem vozes do-bradas, nem coisas grava-das. O que se está a passar em palco, é o que o público está a ouvir, não há nada para enganar as pessoas como agora há muitas ban-das a fazer. O som pode não sair completamente perfei-to, mas é a verdade que está ali e isso é muito importan-te para nós.

Ao pintar o quadro, sugeri-do pela Associação Acadé-mica da Universidade do Minho, também se associa a uma causa. Podemos es-perar, mais vezes, este lado solidário de José Cid?Claro que sim. Eu faço o possível para ser solidário. Entre outubro e abril faço sempre muitos concertos solidários, que, por sinal, cansam tanto ou mais que um concerto grande, por-que eu vou com um piano de baixo do braço para não trazer gastos acrescidos às organizações. Vou fazendo aquilo que posso e aquilo que me vão sugerindo tam-bém.

ESPECIAL ENTERRO DA GATA

AAUM

CAMPUSPÁGINA 05 // 23.MAI.12 // ACADÉMICO

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xutos & pontapés retornam a braga com zé pedro aos comandos da guitarrafiliPa barroS

[email protected]

Mais uma vez, o gatódromo estava repleto de pessoas para mais um concerto de Xutos e Pontapés nas mo-numentais festas do Enterro da Gata. Este ano, contraria-mente ao que tem mandado a tradição, a banda não ac-tuou no último dia das fes-tividades académicas, mas sim no segundo dia. Toda-via, não foi, por isso, menos aplaudida pelo público, que contava com elementos de todas as idades, entre estu-dantes, pais e filhos.Novamente com Zé Pedro à guitarra, o grupo optou por dar mais enfoque aos temas

mais recentes. Ainda assim, não descoraram alguns dos grandes e antigos êxitos que tornaram os Xutos e Ponta-pés uma referência para a música no panorama nacio-nal.Estes novos trabalhos da banda demonstram uma marcada preocupação desta relativamente a realidades sociais no nosso país, como é o caso da corrupção, da de-preciação de valores educa-cionais, e da crise em geral. Esta vertente mais interven-tiva e contrária à submissão social tem cativado os jo-vens estudantes, aos quais Zé Pedro pediu que não se deixassem acomodar com a actual situação do país, fazendo ainda uma breve referência ao movimento “Primavera Global”. Ainda,

este fez questão de agrade-cer aos fãs da banda pelo apoio incondicional pela sua recuperação. No ano ante-rior, Zé Pedro viu-se impos-sibilitado de subir ao palco com os colegas de mais de trinta anos de carreira, por problemas de saúde, tendo sido substituído por Tó Zé, ex-guitarrista do RAMP.Antes do fim, o guitarrista não pôde deixar de dedicar o concerto a um amigo desa-parecido do Clube Fábrica, Bino Gomes. Parafraseando Zé Pedro, “Braga sempre nos apoiou imenso e ele acreditou em nós quando andávamos há anos a cantar ‘Contentores’ sem que nin-guém nos desse uma opor-tunidade”.

riTa PeTiZ

[email protected]

Quem são os Neurónios Abariados afinal? Estivemos à conversa com eles depois do concerto que se realizou no sábado, 12 de Maio, no Enterro da Gata e tentamos descobrir um pouco mais sobre esta banda Minhota que completa este ano uma década de carreira. Este grupo é composto por seis elementos, todos eles antigos estudantes da Uni-versidade do Minho, e de-

ram os seus primeiros pas-sos na Azeituna. Em 2002 resolveram criar uma banda e tinham como grande obje-tivo tocar no Enterro da Gata (o que veio a acontecer em 2003). Quando compararm o concerto de hoje para o de 2003 disseram sem hesitar que antigamente o “pessoal era mais “abariado” e curtia mais (...) hoje em dia não se libertam tanto”, no entanto, consideram que o Minho é sempre muito festivo e que o espírito da banda perma-nece igual e deixam votos para voltarem a tocar no En-terro da Gata daqui a mais

dez anos.São uma banda que apoiam a 100% a música portu-guesa e têm como grande referência musical António Variações, ao que em 2006 partiram para o projeto de fazer um Tributo a esse mesmo Senhor da música portuguesa, culminando num álbum de covers e ori-ginais, o “Abariações”. Por último, despediram--se com uma mensagem para todos os estudantes da Universidade do Minho para que estes “curtam os melhores anos da vossa vida porque isto não volta atrás e

são abariados, mas com neurónios

Adr

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ESPECIAL ENTERRO DA GATA

os rapazes que se juntem à Azeituna e as raparigas que nos peçam serenatas que

nós cantaremos com muito gosto. Nós Amavo-mos!”.

CAMPUSPÁGINA 06 // 23.MAI..12 // ACADÉMICO

the hives em entrevistaMariana flor

marianacostaf [email protected]

Os The Hives subiram, no domingo, ao palco do Enter-ro da Gata. Antes do concer-to, o ACADÉMICO entre-vistou a banda sueca, que nos falou sobre o que era esperado do concerto e so-bre o novo álbum. Howlin’ Pelle Almqvist, vocalista da banda, mostrou ainda que sabia algumas palavras em português.

O que esperam do concerto?Esperamos que os miúdos fiquem malucos, como eles sempre ficam. Eles parecem gostar de fazer isso quando

nós tocamos.

Quais são as principais dife-renças entre o novo álbum, Lex Hives , e o anterior?Existem grandes diferenças. O álbum anterior (the black and white album) tentava ser moderno, e penso que este tenta ser mais primiti-vo. O álbum anterior tinha uma performance de banda rock, era trabalhado por sin-tetizadores e computadores. Este utiliza mais saxofones, chocalhos e palmas.

Sabem dizer algo na nossa língua?Sim. “Obrigado”, “some ál-cool”, é com isso que tens que ter cuidado lá fora.

alexanDre vale

[email protected]

The Hives dispensam apre-sentações. O grande senti-do de espetáculo da banda de rock sueca e a postura irreverentemente diverti-da do vocalista “Howlin” Pelle Almqvist conquistou públicos por todo o globo (tendo a banda marcado presença em Paredes de Coura, em 2009). Quando confirmados no Enterro da Gata, deu-se a euforia geral

e não demorou a se tornar o concerto mais esperado da edição deste ano. Passa-va pouco da uma da manhã quando a banda de garage rock entrou no palco. As expetativas do público esta-vam altas, muito altas. E fo-ram todas cumpridas. Logo na primeira música, o público saltava frenetica-mente e a gritar como se não houvesse amanhã, ao som de rock acelerado, fe-roz e eletrizante. Deu para dançar, ir para a mosh e

para fazer crowdsurfing. A banda interagia bastante com a audiência, sobretudo através do seu carismático vocalista. Os momentos al-tos deram-se nos maiores sucessos da banda, “Walk, Idiot, Walk”, “Hate to Say I Tould You So” e “Tick Tick Boom”. A última música, cantada já no encore, envol-veu Pelle Almqvist a pedir à malta presente para se sen-tar a seu pedido, para depois saltar efusivamente.Carlos Silva, um dos mem-

bros do público gostou imenso do concerto, desta-cando “a energia em palco” e “a interação com o público por parte do vocalista” como pontos positivos. “Espero que a Associação organize mais concertos deste nível”, concluiu. Já Vera Miguel, estudante de Direito, la-mentou “o pouco tempo que durou” e que este “poderia ter sido mais longo”.No final do espetáculo, en-toavam-se ainda os refrões das músicas, havia pessoas

que tinham as sapatilhas estragadas de tanto saltar e malta que ainda aguarda-va à beira do palco, com o fim de conseguirem alguns objetos da banda, desde pa-lhetas a baquetas. A banda sueca elevou a fasquia para os concertos do Enterro e de certeza que vai deixar saudades aos estudantes universitários que pude-ram assistir. Pode-se dizer que The Hives não deram só um concerto. Deixaram uma marca.

crónica do concerto

Adr

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ESPECIAL ENTERRO DA GATA

filiPa SouSa SanToS

[email protected]

Na noite de domingo, os We Trust foram a primei-ra banda a pisar o palco do Gatódromo. O grupo nacio-nal teve a responsabilidade acrescida de abrir para um grande nome internacio-nal, os suecos The Hives. Mas, nem por isso ficaram aquém das expetativas.

Apesar do recinto estar ain-da um pouco vazio, os We Trust fizeram o público pre-sente saltar ao som da sua música. O ponto alto do con-certo foi quando tocaram o single que os lançou para as luzes da ribalta: “Better not stop”. A banda portuguesa tocou alguns temas do seu álbum de estreia “These New Countries” e animou os estudantes.“Entre o público e a banda era evidente uma grande

empatia. Por acaso, não ti-nha noção das suas capa-cidades, mas fiquei até um pouco surpreendida com a sua performance”, afirmou uma das espetadoras, An-dreia Mandim. O vocalista do grupo portu-guês revelou em entrevista dada no fim do concerto que estava ansioso por tocar em Braga: “pois é uma cidade com uma ligação à música alternativa”. André Tentu-gal fez ainda um balanço

positivo da sua atuação, demonstrando vontade em regressar à capital minhota mais vezes.‘’As bandas portuguesas não levam pessoas aos fes-tivais. As associações aca-démicas têm tido um papel importante em divulgar a música portuguesa”, sa-lientou André Tentugal. No entanto, o vocalista acredi-ta que “estamos na melhor fase de sempre da música portuguesa”.

Como já foi referido, os We Trust deram o primeiro concerto da noite preceden-do os cabeças de cartaz, The Hives. A este respeito, o ho-mem que dá voz a We Trust confessou ser uma tarefa “um bocado ingrata, pois trata-se de uma banda mui-to forte ao vivo e com muitos anos de experiência”. Ainda assim, André Tentugal con-siderou ter tido sorte e ser “um privilégio abrir para os The Hives”.

we trust abrem caminho para the hives

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PÁGINA 07 // 23.MAI..12 // ACADÉMICO

INQUÉRITO

Para a Polícia de Segurança Pública esta edição do En-terro da Gata “foi calma e não teve incidentes que se possam considerar graves”, assegura o Sub-Comissário. O número de agentes no espaço era “sensivelmente o mesmo do ano passado”, salienta, dependendo dos dias da semana. Aos fins--de-semana, com maior afluência de pessoas de fora da universidade, aumentam também os números da se-gurança.

“O balanço é positivo e a AAUM está satisfeita com a afluência do público”, diz André Pinheiro. O respon-sável pelo evento considera que esta edição “correspon-deu às espectativas”, tendo o tempo ajudado e nem na úl-tima noite, com a ameaça de chuva, a afluência desani-mou a organização. André Pinheiro diz que “as pesso-as ficaram satisfeitas com o cartaz”, apesar de terem ou-vido “algumas críticas”. Os artistas mostraram o que valiam e alguns “surpreen-deram, afirma. Em termos de segurança, o responsável pelo evento diz que este foi um ano “calmo”, sem inci-dentes de maior, graças a equipas de segurança “em-penhadas”.

Este não é o primeiro ano que o estudante da Escola Sá de Miranda vem ao Enterro da Gata. Na sua opinião “o cartaz podia estar um bo-cado melhor”. Tiago Alves afirma ainda vir ao enterro por causa dos amigos e que o ambiente depende dos dias. Quanto à segurança o jovem salienta que esta tem funcionado bem. O jovem de 18 anos costuma beber nas “barracas dos curso” e pondera ingressar na UM num futuro próximo.

Esta foi a quarta vez que Maria João esteve no Enter-ro da Gata. A estudante de Enfermagem lamenta as es-colhas para o cartaz. “Com tanto dinheiro em jogo podiam ter escolhido me-lhor”, afirma. Apesar disto a aluna do segundo ano diz que está a gostar do evento e do ambiente. Habituada a beber nas barracas, Maria João considera que os “segu-ranças” se limitam a “meter medo às pessoas”, não cum-prindo a sua função. A estu-dante da UM diz já ter assis-tido a algumas situações de violência. “Um amigo meu foi assaltado”, conta.

ANDRÉ PINHEIRO//

VP RECREATIVO DA AAUM

JUlIANA lEITE/

BIOlOGIA APlICADA

TIAGO AlVES//

ENSINO SECUNDÁRIO

ana iSabel loPeS

[email protected]

HElENA AlVES//

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

que balanço fazes do enterro da gata?

Sendo a primeira vez que esteve no Enterro da Gata, Helena Alves considera que a semana foi “muito positi-va” e que “são os amigos e a convivência” que a fazem deslocar-se até ao gatódro-mo. Quanto aos concertos considera que o melhor foi o dos The Hives. “Apesar de não ter sido o dia que mais me diverti, esse foi o melhor concerto”, diz a aluna de Ci-ências da Comunicação. Em termos estéticos, o cartaz estava “um pouco mais fra-co que nos outros anos” diz Helena Alves, referindo que estava “muito confuso” e que “a AAUM devia investir num cartaz com uma leitu-ra mais fácil”.

“Teve um bom cartaz mas muito pouca gente”, diz esta aluna do Ensino Secundário quando questionada sobre a sua impressão acerca do En-terro da Gata.Ana Patrícia esteve dois dias no Enterro da Gata, para ver Xutos e Pontapés e os Booka Shade.Dos concertos que assistiu diz que os melhores foram “os Xutos, com certeza”. Agradada com o ambiente, entrar na UM é uma opção para esta jovem de 18 anos.

“Gostei muito do Enterro”, salienta a estudante de Bio-logia Aplicada. Juliana afir-ma ter vindo ao Enterro “so-bretudo pelos amigos e pela convivência” uma vez que o cartaz não a agradou. Ape-sar de tudo, o dia que mais agradou a esta jovem foi o Domingo, com o concerto dos We Trust e dos The Hi-ves. Voltar no próximo ano está nos planos da aluna da UM

ANA PATRÍCIA OlIVEIRA//

ENSINO SECUNDÁRIO

MARIA JOÃO/

ENFERMAGEM

Na barraca de gestão as coisas estão “mais fracas que em anos anteriores”, diz Ágata Costa de Gestão, afirmando sentir a crise no negócio. “Apesar de o am-biente ser o dos outros anos, as pessoas têm menos di-nheiro e por isso consomem menos”, diz a responsável pela barraca de curso. Das poucas vezes que não está a trabalhar, ágata assistiu aos concertos que ficaram aquém das espectativas, ten-do sido “fraquinhos”.

ÁGATA COSTA//

GESTÃO

JOÃO PINHEIRO//

SUB-COMISSÁRIO PSP

PÁGINA 08 // 23.MAI.12 // ACADÉMICO

neuZa alPuiM

[email protected]

Segunda-feira, 14 de Maio, a sonoridade no Gatódromo oscilou entre o rock, a pop e o soul com Mónica Fer-raz. A artista, em digressão desde Março, estreou-se no placo do Enterro da Gata na apresentação do seu recen-te álbum. “Golden Days” e “Go Go Go”, os dois singles que atingiram máxima ro-tação em duas das maiores

rádios nacionais, levaram o público estudantil ao rubro. Este foi um concerto que “superou todas as minhas expectativas”, confessou a artista, acrescentando que o público de Braga é “incrível, muito bom”.“Start Stop” foi o nome es-colhido para o seu primeiro projecto a solo, onde Mónica se apresenta num registo completamente diferente, permitindo que o público conheça o seu “lado mais selvagem”, um lado nunca

explorado enquanto voca-lista dos Mesa. O seu objec-tivo, há muito desejado, foi superado: “as pessoas es-tão a começar a ver o outro lado da Mónica que eu não conseguia explorar com os Mesa, mas aqui, felizmen-te, consigo mostrar aquilo que eu sou”, tendo mais li-berdade para mostrar o seu próprio eu. O álbum, todo ele escrito e composto por Mónica Ferraz, é cantado apenas em inglês. A escolha das letras em inglês foi in-

tencional, “foi para não con-fundir”, uma vez que a can-tora inicialmente fazia parte do grupo Mesa, pretendia libertar a associação do seu nome ao grupo do qual fez parte durante dez anos, “as-sim distanciamos comple-tamente os dois projectos”. Os elementos da banda por detrás de Mónica Ferraz são, na sua opinião, mui-to importantes, “são meus amigos há muitos anos e é uma festa sempre quando estamos juntos a tocar”. No

mónica ferraz mostra o seu “lado mais selvagem”futuro, a ex-vocalista dos Mesa, pretende continuar com o seu projecto a solo e em jeito de brincadeira confessou “Start, mas nada de Stop”. Divertida, a canto-ra, deixou um conselho aos estudantes da Universidade do Minho: “sigam para todo o lado”.Considerada uma das me-lhores vozes nacionais, Mó-nica Ferraz, prepara-se ago-ra para cantar no Concerto Mais Pequeno do Mundo, no próximo dia 19.

ESPECIAL ENTERRO DA GATA

neuZa alPuiM

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Boss AC, cabeça de cartaz do Enterro da Gata, subiu ao palco na noite de segun-da para mais um concerto no “Gatódromo”, na Ala-meda do Estádio Municipal de Braga. No final da atua-ção, o artista confessou ao ACADÉMICO que atuar no contexto do Enterro da Gata tinha sido “uma maravilha”. “AC para os amigos” é o nome do mais recente al-gum do rapper português. Um álbum que conta com a participação de Rui Veloso, Gabriel o Pensador, Raúl Reyes, Deborah Gonçalves e o grupo de gospel Shout. “Chamei ao álbum “AC para os amigos” porque logo aí dá uma certa proximidade com as pessoas”, acrescenta. Deste trabalho faz parte o sucesso “Sexta-feira (Em-prego Bom Já)”. Lançado numa “data engraçada que não acontece todos os dias: 11/11/2011, às 11:11” refere AC, desmentindo qualquer tipo de superstição. AC diz-nos que a música Sexta-feira “fala de um mo-mento difícil do país, mas de uma forma bem disposta, de uma forma positiva. E eu acho que a alegria que está no ar acaba por ser qualquer coisa de esperança”. O ACADÉMICO quis saber

se AC sentia que este tema o aproximou mais “daque-les que passaram tantos anos a estudar para acabar desempregados”. O artista respondeu e disse-nos que “obviamente que eu não ex-cluo ninguém, mas acredito que as pessoas que se en-contram nessa situação se identificaquem. Se calhar muito do sucesso da música tem haver certamente com essa identificação”. Acres-centa que “acredito que a identificação é uma das pri-meiras razões do sucesso da música”. Questionado acerca do ba-lanço que faz dos anos de carreira, diz-nos que “o ba-lanço tem sido obviamente positivo tem sido ascenden-te”. Mas alerta-nos para o facto de ainda ser cedo para responder a essa questão, “porque estar a fazer balan-ços agora parece que estou a arrumar as botas e não é obviamente o caso.” Boss Ac é, também, reco-nhecido pelas letras das suas músicas, ou pela po-lémica que geram. Porém, confessa-nos que o que pre-tende, acima de tudo, é dar a sua visão das coisas com consciência plena que não é dono da verdade, “não faço música para ser polémi-co, de forma alguma. Mas, digo as minhas verdades e às vezes há verdades que in-

comodam”. Diz-nos, ainda, que já se sentiu censurado, mas não crê que “seja uma censura assumida”. Garan-tiu-nos que “inclusive com o Sexta-feira já tive alguns dissabores”. AC considera-se um “gajo normal”, explicando-nos que a sua “única diferença para outra qualquer profis-são é que eu tenho um lado mediático. Estou na televi-são e faço concertos para milhares de pessoas. Mas, de resto acho que todos nós temos o nosso papel na so-ciedade.”

“Por ser uma pessoa nor-mal sinto a crise como outra pessoa qualquer” declara o ícone do hip hop portu-guês. “Em crise, ou não, nós temos duas hipótese: ou baixamos os braços e resignamo-nos ou subimos as mangas e vamos à luta. E eu não tenho a mínima dú-vida que a minha atitude é exactamente essa: a de ir à luta” responde-nos quando questionado sobre se é pos-sível viver a vida neste teor de crise. Neste contexto, aconselha “tenho a certeza que se todos tivermos uma

ac para os amigos no palco do gatódromoatitude proativa (e quando digo todos, digo todos os portugueses) vamos dar re-almente a volta à crise”. “Às vezes o Ângelo César tem raiva do Boss AC. Por-que, o Boss AC é bem maior que o Ângelo César e às vezes o Ângelo César gosta de estar quietinho no seu lugar, mas o Boss AC não deixa” confidencia o Ângelo (verdadeiro nome do artis-ta). AC conclui declarando que “é um orgulho, é uma honra poder ser reconhecido pelo meu trabalho”!

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PÁGINA 09 // 23.MAI.12 //ACADÉMICO

CaTarina Hilário

[email protected]

Armandinho, cabeça de cartaz, e um dos concertos mais esperados do Enterro da Gata deste ano, encheu o recinto do ‘Gatódromo’ e deu música durante mais de 1h30. Os estudantes mi-nhotos cantaram e dança-ram ao som de “Semente”, “Eu juro” e “Desenho de Deus”, os maiores sucessos do artista. Um concerto ani-mado, onde não faltou ale-gria e muita proximidade com o público.Antes do espetáculo, falou ao ACADÉMICO e confes-sou “estar aqui na capital dos jovens, na capital da ju-ventude, em Braga, é como se eu estivesse na capital da minha faixa etária”. O surf e o desporto estão muito presentes na sua vida, daí advêm a sua boa onda e, consequentemente, a sua onda jovem, que foram ca-pazes de contagiar toda a academia. “Dentro daquelas quatro linhas (o palco) eu me transformo”, diz, o seu objetivo é divertir o público

e fazer a pessoas ficarem felizes. Na semana passada esteve também na Casa da Música, no Porto, e quando questionado sobre o tipo de preparação que faz para os seus concertos, Armandi-nho responde: “eu nunca te-nho nada preparado, porque eu acho que tudo funciona junto com público (…), o público faz parte do espetá-culo”. Não segue nenhum tipo de guião e acaba por deixar-se levar. Durante o concerto, convidou todos os presentes para não faltarem hoje à noite.Conhecido principalmente pelas suas baladas, o artis-ta diz que todas elas fazem parte de algum momento da sua vida - “Todas as mú-sicas são autorais, (…) as músicas do Armandinho são as músicas da minha vida e dos meus amigos” -, conta. Falou-nos ainda da sua experiência como músi-co e como é que o facto de ter feito parte de uma banda o ajudou a comandar o seu colectivo.Um concerto memorável, caracterizado pela mensa-

gem deixada pelo artista, uma mensagem de muito

armandinho chamou os estudantes para a festaamor, paz e felicidade.

ESPECIAL ENTERRO DA GATA

Joana neveS

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Com o gatódromo ainda a meio gás, mas cheios de vontade de mostrar o seu soul, os HMB subiram esta terça-feira ao palco do Enter-ro da Gata 2012. Nem o fac-to de o álbum de estreia da banda ser recente foi factor

inibidor para os estudantes minhotos, que vibraram ao som de músicas como “Talvez” ou do single mais conhecido “Dia D”. “ O ba-lanço é muito positivo, o pú-blico aderiu apesar de não conhecer a maioria das mú-sicas, fomos super bem re-cebidos, valeu muito a pena, estamos super satisfeitos, o

pessoal do norte está lá”, de-sabafa Joel Silva.Juntos desde 2007, só agora sentiram estar prontos para mostrar ao público os temas que têm vindo a compor. “O Héber é um músico de lon-ga data do circuito evangéli-co e gospel, mas tinha uma série de reportório que não cabia naquele âmbito, por-tanto resolveu formar uma banda (…) O motivo para só agora sair é que só ago-ra as canções estão prontas. Agora estamos prontos”, es-clarece Frederico Martinho. Lançado em Março do cor-rente ano, o CD homónimo tem recebido óptimas críti-cas, fazendo já parte do top 20 de vendas nacionais.Após uma fase de indeci-são na escolha do nome,

e da invenção à pressa da sigla HMB (Héber Mar-ques Band), os artistas consideram que a designa-ção até acabou por pegar, tendo-lhes valido algumas alcunhas peculiares como “Homens Muito Bonitos” ou “Homens Musicalmen-te Benditos”. “Já não vai a lado nenhum HMB. Vai ser como GNR ou UHF, ficou, vai para a história”, afirma Frederico. Agora que têm visto a sua notoriedade cres-cer, e percorrido o país para apresentar o seu reportório, a banda preparou uma sur-presa para os fãs que quei-ram aparecer nos concertos “kitados”. Os acessórios com que os HMB têm subido ao palco estarão brevemente disponíveis a partir da sua

cantando (com) soul, em língua portuguesapágina oficial do facebook.Os artistas consideram que a sua estreia no Enterro da Gata fez de terça-feira um “dia D”. “Estamos num festival em Braga, com mi-lhares de pessoas que, se calhar, nunca tiveram opor-tunidade de nos ouvir e nós, ainda mais, tivemos a opor-tunidade de mostrar a nossa música a essas pessoas.Os HMB mostraram-se igualmente sensibilizados com a iniciativa “Pintar um Mundo Melhor”, promovida pela Associação Académica da Universidade do Minho. “Nós temos muito esse sen-timento de poder ajudar e, sabendo que vai servir para ajudar outras pessoas, esta-mos mais do que disponí-veis”, esclarece Joel Xavier.

Adr

ian

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outo

Adriana Couto

PÁGINA 11 // 23.MAI.12 //ACADÉMICO

Carla Serra

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Este ano o cortejo teve como tema a “Gata Borralheira”. A escolha do vencedor teve como um dos critérios fun-damentais a mensagem transmitida relacionada com a Política Educativa Na-cional.A organização do cortejo apenas permite um carro por curso e a sua ordem fora previamente fixada. Neste dia de muito calor, às 14h iniciou-se este imenso des-

file de alunos a vangloriar o seu curso. Coube ao carro da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) iniciar este trajeto que se iniciou perto do ce-mitério de braga, terminan-do no centro da cidade de Braga. Com a participação de mais de cinquenta carros coloridos e enfeitados, era notório a grande imagina-ção e empenho dos alunos em demonstrar a grandeza do seu curso. Cada carro pa-rou perante a tribuna onde se encontravam os júris do cortejo e enalteceu o seu

curso com o cântico que o representa. Caloiros e finalistas festeja-ram a olhos vistos dos seus familiares que se encontra-vam ao logo do trajeto. De acordo com alguns caloiros presentes este foi o seu pri-meiro cortejo e prometem repetir todos os anos pois o gosto pelo curso e o facto de pretenderem arrecadar o primeiro lugar e com ele um prémio monetário de 300 euros. Por outro lado os finalistas aproveitaram ao máximo este último marco importante das suas carrei-

ras académicas. Relembram os momentos que festeja-ram durante o seu percurso académico que deixaram saudades mas sentem-se preparados para o que a vida lhes espera.Pais presentes demonstram o orgulho pelos seus filhos que terminam mais uma etapa da sua vida e conse-quentemente “terão de en-frentar a dura e por vezes desanimadora procura de emprego”. Porém este tema è “temporariamente esque-cido” e absorve-se a energia e os festejos do momento.

medicina vence o cortejo académicoCoube ao cantor Emanuel anunciar, ao final da sua atuação no Enterro da Gata, o vencedor do Cortejo Aca-démico 2012. Após algum suspense os vencedores foram revelados. Em ter-ceiro lugar ficou o curso de Gestão, o segundo lugar foi atribuído ao curso de Enfer-magem e o grande vencedor da noite foi o curso de Me-dicina. Apesar de não se sagrarem todos vencedores, isso não impediu os estudantes mi-nhotos de festejarem a noite inteira.

ESPECIAL ENTERRO DA GATA

REPORTAGEMPÁGINA 11 // 23.MAI.12 // ACADÉMICO

Maura Teixeira

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Numa noite onde a música portuguesa foi rainha, mi-lhares de pessoas encheram o Gatódromo, na Alameda do Estádio Municipal de Braga, para ver actuar Ema-nuel. O cantor de sucessos como “Pimba Pimba”, “Ra-paziada, vamos dançar” e “O ritmo do amor” animou a noite de quarta-feira. “O balanço que faço do con-

certo é o melhor possível! É disto que eu gosto, e eu faço música para divertir. E todos os que estiveram aqui divertiram-se imenso. Fo-ram um verdadeiro espec-táculo. Portanto, saio daqui muito feliz”, confessou o cantor ao ACADÉMICO no final do concerto. Numa entrevista pautada pela boa disposição, o ‘Rei do Pimba’ conta que foi também um pouco a pensar nos estudantes que decidiu compor músicas com um estilo diferente da habitual

música popular: “Com es-tes novos ritmos consegui abranger um estado emocio-nal com o qual os jovens se identificam.” Caracterizado por ser um homem humil-de e ao mesmo tempo mui-to alegre, Emanuel compõe todas as suas canções com o objectivo de divertir e “fazer o corpo mexer para o prazer de dançar”. O cantor referiu ainda que há muita gente que menos-preza o seu trabalho por ser uma onda mais ‘pimba’, mas também salienta que

sente que há cada vez mais pessoas que o valoriza. “Eu sou muito minucioso nas músicas, ao contrário do que se pensa. Ao longo dos meus 30 anos de carreira aprendi que a música que tem qualidade é aquela que usa as notas certas para co-municar emoções. E para conseguir passa-las através da música é necessário ter talento.”Relativamente à iniciativa ‘Pintar um mundo melhor’, o cantor mostrou o seu lado mais solidário e referiu que,

gatódromo dançou ao ‘ritmo do amor’apesar de nunca ter pintado um quadro, ia dar o seu me-lhor pois esta era uma acção de grande valor. Quando questionado sobre os seus projectos para o fu-turo, Emanuel referiu que “O meu objectivo é continu-ar a trabalhar. Eu sou músi-co, esta é a minha vida. Va-mos continuar nesta onda enquanto as pessoas se di-vertirem com isso. É para isso que eu trabalho. Eu sou um operário que faz a músi-ca que me agrada e agrada aos outros.”

ESPECIAL ENTERRO DA GATA

CáTia Silva

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O grupo Kalhambeke subiu, pela primeira vez, ao palco do enterro da gata, na noite que sucedeu o tão afamado cortejo. A banda de Paredes de Coura viu o público cres-cer à medida que tocavam.Eles que apenas tocam co-vers, puseram o público minhoto a saltar com a mú-

sica “O Pai da Criança” dos Chave D’Ouro e “Balada Boa” do Gusttavo Lima. Em entrevista ao ACADÉMICO confessaram já ter tido ori-ginais. A opção de tocarem apenas covers adveio da ade-são das pessoas às músicas conhecidas, que eles pró-prios notaram.“É a melhor coisa do mundo tocar com e para os estudan-tes”, disse Nuno Pacheco, vocalista da banda.Envergando as insígnias que mostram o final de

mais um ciclo, os estudan-tes cantaram, saltaram e dançaram. A banda mos-trou-se agradada com o pú-blico minhoto, e agradecida por estes se terem deslocado ao recinto mais cedo para os ouvir. Note-se que este foi o grupo que antecedeu a actu-ação do Emanuel. Andreia Moreiras, aluna da Universidade do Minho, confessou ser a primeira vez que vê a banda. “Gostei bastante da actuação deles. São muito divertidos, e num

dia como o de hoje, em que estamos todos cansados do cortejo, é bom ter bandas assim”.Eles que também foram convidados a pintar a tela do projecto “Pintar um mundo melhor”, que será posterior-mente leiloada, disseram: “Devemos aproveitar estes momentos para chamar a atenção das pessoas para outras causas. É bom estar-mos aqui a divertir-nos, mas temos que ter noção que há outras pessoas a passar ne-

kalhambeke actuaram pela primeira vez no enterrocessidades.”Questionados sobre os pro-jectos para o futuro, disse-ram que actuam, principal-mente, nos bailes de verão em julho, agosto e setembro. Na restante “época baixa” fa-zem várias deslocações.No ar deixaram a vontade de poder voltar um dia e de sentir novamente o carinho das pessoas. Na sua opinião, eventos como o enterro da gata “criam condições” para bandas como a deles “pode-rem crescer mais”.

Daniel MoTa

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O maior artista de reggae music do momento em Por-tugal actuou pela primeira vez na Capital Europeia da Juventude e consequente-mente no Enterro na pas-sada quinta-feira, noite em que o “gatódromo” voltou a encher. Repleto de movi-mento e proximidade com o público o jovem artista por-tuguês cantou algumas das suas faixas principais, Bla-me it on me, Missing You, entre outras.

Em declarações ao ACADÉ-MICO, após o concerto, Ri-chie confessou, “não estava nada a espera, não tenho muita experiência nesta zona por ser diferente do que estamos habituados a tocar mas foi brutal, melhor que muitos sítios!”O jovem português falou da actuação em Outubro passado com o artista Ita-liano e um grande nome do reggae, Alborosie como um “grande marco na car-reira”. Após questionado de qual a principal mensagem que transmite nas suas músicas, Richie esclarece

que “independentemente de onde vens, das hipóteses que tens, da sorte ou do azar que tens, somos todos pes-soas e é importante nos di-vertirmos e falar das coisas por isso é que agora escolhi fazer um single mais inter-ventivo do que fazer uma música sobre amor”.“Stevie Wonder, Bob Mar-ley, Gentleman” entre ou-tros são grandes inspirações do jovem cantor portugês com enorme potencial que admite “aproveitar mais do que uma pessoa que está aqui (a actuar) há 10 anos e espero que a sensação de

novidade nunca passe”. Em final de entrevista, deixa uma mensagem aos estudantes que considera importante, “trabalhem, es-tudem e venham para aqui e esqueçam-e dessas coisas

wonder, marley e gentleman nos sonhos de campbellporque é deprimente aper-ceberes-te que passaste toda a tua juventude a pensar no que é que vai acontecer ama-nhã, está tudo a correr mal no mundo todo eu sei, mas divirtam-se, divirtam-se!”

ESPECIAL ENTERRO DA GATA

ana PinHeiro

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Foi na noite de quinta- fei-ra, 17 de Maio, que o reggae chegou e animou o Enterro da Gata, começando com a banda Souls of Fire.O grupo estava animado e com ótimas expectati-vas, contando que “temos ótimas expectativas para o concerto, costumam ser bons os concertos aqui”, “é a segunda vez que vimos cá. Já participamos na Queima do Porto e Coimbra, mas Braga é realmente especial”.Num ambiente descon-traído e de “boa onda”, os Souls of Fire consideram

esta passagem pela semana académica bracarense um momento especial, sendo Braga a Capital Europeia da Juventude. “Os jovens têm muita energia, por isso que-remos contribuir com essa mesma energia e com uma entrega total. Os concertos em ambiente académico são “mais enérgicos e existe um reflexo maior por parte das pessoas que estão a ouvir”.Já em relação à iniciativa “Pintar uma tela por um mundo melhor” a banda considera-a positiva: “é sem-pre bom haver iniciativas que juntam e que unem as pessoas e os conceitos universais”. Concluem di-zendo, “façam isso uma tradição e que dure muitos

souls of fire trazem o reggae ao enterro da gataanos!”Os “Souls of Fire” forma-ram-se a partir de um grupo de amigos e já contam com dez anos de história. “Aci-ma de tudo gostamos muito uns dos outros e formamos realmente uma família”.A banda acredita que agora se está a conseguir afirmar com estilo musical mais maduro e espera ter um ótimo feedback do público nesta nova versão dos Souls of Fire.Depois do primeiro álbum – “Comunicar” – lançado em 2006, veio o segundo “Subentender”– em 2009. O ano de 2012 marca não apenas os 10 anos da banda como também a saída do 3º disco – “Pontas Soltas”.

JoSÉ MaTeuS PinHeiro

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E eis que chegou o último dia das Monumentais Festas do Enterro da Gata’12. Após 7 dias de muita folia e diver-são, com eventos épicos que ficaram para sempre na me-mória dos estudantes como o Cortejo Académico no centro de Bracara Augusta, coube à sensação musical do ano Aurea e a Booka Shade, popular Dj de fama inter-nacional, encerrar o evento da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM).Já passava pouco das 23:00 quando Aurea subiu ao pal-co do Enterro, pondo todos os presentes em êxtase com melodias sonantes como Busy (For me) ou o mais do que badalado “Okay Al-right”. É importante relem-

brar que o seu albúm de es-treia, Aurea, superou todas as expectativas, chegando até mesmo a destronar o cd da mítica banda Pearl Jam no Top de Vendas NacionaisNatural de Santiago do Ca-cém, a vencedora do Globo de Ouro na Categoria de Melhor Intérprete Individu-al confessou-nos que desde sempre se encontra “envol-vida no espírito académi-co”, uma vez que aquando da sua entrada no curso de teatro na Universidade de Évora que “vivia com mui-ta intensidade todas estas actividades, e actuar pela primeira vez em Braga traz muitas dessas memórias de volta”, releva a jovem canto-ra. Por outro lado, a jovem artista também realçou a necessidade de os jovens hoje em dia lutarem pelos seus sonhos, mesmo quan-do o nosso país “atravessa uma fase tão complicada”.

Quando confrontada com a iniciativa “Pintar por um Mundo Melhor”, Aurea fi-

cou entusiasmada com o facto de as receitas rever-terem para Instituições de

aurea cativa plateia bracarense no encerramento do enterro

Solidariedade, resumindo toda essa euforia com um “Altamente”.

ESPECIAL ENTERRO DA GATA

aDriana CouTo

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Os alemães Booka Shade vieram a Braga encerrar o último dia do Enterro da Gata transformando a área junto ao palco numa gigante pista de dança.Walter Merziger e Arno Kammermeier formado no início dos anos 90 os Booka Shade com os quais lançaram quatro álbuns de originais. Actualmente a ac-tuarem em formato DJ SET,

Booka Shade, em entrevis-ta à Visions Mag, explicam que “É algo totalmente novo e excitante para nós. Tem que se fazer esse tipo de coi-sas de tempos em tempos para se manter a ouvir mú-sica com uma nova e fresca perspectiva.”Os autores de “In White Rooms” ou de “Night Falls” trouxeram a Braga o melhor da música electrónica trans-formando a zona envolvente do palco principal, numa verdadeira pista de dança. Presente no espectáculo, es-tava o DJ português Miguel

booka shade encerram semana de festa em braga

Rendeiro que na sua página pessoal de Facebook escre-veu que “Braga apostou na qualidade”. Já João Goulão, fã de Booka Shade, concor-dou com Miguel Rendeiro e congratulou a AAUM di-zendo que “Felizmente ain-da há associações estudantis que acreditam e apostam!”Um último dia de Enterro da Gata que encerrou com qualidade e toda a animação que se pede numa festa aca-démica, não desiludindo os presentes nem os próprios Booka Shade recebidos com casa cheia.

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Adriana Couto

REPORTAGEMPÁGINA 13 // 23.MAI.12 // ACADÉMICO

PÁGINA 15 // 23.MAI.12 // ACADÉMICO

filiPa barroS

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No Enterro da Gata, segu-rança é, sem dúvida, um ele-mento que se juntou à festa dos estudantes Minhotos. Logo à entrada dos autocar-ros que levam os estudantes até à zona exterior do está-dio AXA, um elemento do grupo de segurança GIRPE revista os estudantes, proi-bindo desde logo o transpor-te de álcool. Já na entrada do recinto, depois de verificadas as pulseiras de acesso, todas as pessoas são novamente revistadas, criando-se uma fila para as mulheres e outra para os homens. De entre os objectos proibidos, lê-se num cartaz à direita, estão guarda-chuvas, bebidas, co-mida ou perfumes. Quando questionados, os agentes policiais e os elementos do grupo de segurança GIRPE,

garantem que não foram encontradas armas brancas. Quanto aos estupefacientes, a polícia afirma que é muito difícil efectuar esse controlo mas tudo se tem feito nesse sentido.Por todo o espaço onde de-correm as actividades, en-contramos facilmente gru-pos de agentes em pontos estratégicos ou outros que se vão movimentando pelo recinto, sempre alerta e prontos a intervir. Também dentro das tendas de maior dimensão, como a tenda do Bar Académico, es-tão destacados elementos do GIRPE, bem como na zona onde decorrem os concer-tos. Aqui, quando a afluên-cia de público é maior, como aconteceu na segunda-feira quando subiu ao palco Boss AC, os elementos chegam mesmo a misturar-se na multidão para prevenir mais de perto comporta-

mentos ilícitos. Ao longe, em cima do muro que delimita o lado esquer-do do gatódromo, podemos ver um elemento do grupo de segurança que faz assim um controlo estratégico da-quela zona do recinto. Ao todo, o número de agen-tes da PSP destacados para o local ronda os 25, confor-

me o dia, e o número de elementos do GIRPE pode mesmo chegar aos 75. A coordenação entre as duas entidades é feita entre os co-missários e tem funcionado em pleno. Os estudantes sentem-se seguros no recinto e encon-tram nas forças policias e de segurança não uma figura

recinto do enterro da gata é um espaço seguro

de intimidação mas, pelo contrário, um elemento de apoio para qualquer eventu-alidade.No entender de um agente policial, o facto de não se terem verificado incidentes é prova de que a vigilância surte efeito e, o balanço feito pelas duas forças, é franca-mente positivo.

ESPECIAL ENTERRO DA GATA

ana ClariSSe abreu

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A Azeituna – Tuna de Ci-ências da Universidade do Minho realizou na passada noite de Sábado, dia 12 de Maio, no âmbito do Enterro da Gata, uma atividade cujo objetivo “era servir finos Su-per Bock gratuitamente, a troco de uma pintura azul na cara, ou nas mãos”, se-gundo um dos membros da

organização. Deste modo, a tuna pretendeu atingir um “novo record do Guiness para a Universidade do Mi-nho”, tentando atingir “um máximo de 2000 finos”. A meio da noite, podia-se observar uma grande fila de estudantes junto da bar-raquinha da tuna, pelo que o total de finos servidos era de 796, constituindo um “número razoável”, mas, fi-cando a esperança de chegar ao número pretendido.

azeituna pronta para entrar no guiness depois da beer race

De acordo com o que foi hoje publicado na página do Facebook desta tuna, o record previsto foi atingido, ainda que com apenas 1422 finos.Filipe Silva, aluno de LTSI, foi um dos muitos estudan-tes que acedeu a esta inicia-tiva, considerando-a “diver-tida e original”. Desejou que a tuna conseguisse alcançar o seu objetivo, e que esta ati-vidade “se repita por mais noites no Enterro”.

AAUM

A Universidade do Minho recebe a 30 de maio a Job Party 2012. A iniciativa promovida pela Fórum Es-tudante está a percorrer 20 instituições nacionais de en-sino superior.Trata-se de uma ação de formação de 1 dia onde são abordadas as temáticas da inserção profissional e a integração no mercado de trabalho dos jovens diplo-mados. Os temas a abordar passam pela criação de dife-rentes situações orientadas para ajudar os candidatos a melhorar as suas competên-cias de comunicação e o seu desempenho perante uma

entidade recrutadora.

O workshop é completa-mente gratuito para os estu-dantes que nele participem.

O evento insere-se na Mis-são 1º Emprego da Fórum Estudante e inclui a distri-buição gratuita do Guia do 1º Emprego.

Participa!

Data: 30 de maio de 2012Local: Anfiteatro A5 - Com-plexo Pedagógico I em GualtarHorário: 9h00 - 18h00Participação gratuita

Job Party 2012na Universidade do Minho

imóvel durante seis meses, assim como, isentos do pa-gamento das taxas referen-tes à licença de construção, nas operações urbanísticas de reabilitação urbana.A análise dos projetos a con-curso terá em conta crité-rios que visam beneficiar a originalidade, criatividade e inovação; a viabilidade técni-ca e económica assim como o perfil dos promotores e o potencial de mercado.O júri é composto pelo Hugo Pires (Vereador da C.M. Braga e Presidente do Conselho de Administra-

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM

noticia...> 20 JUNHOWorkshop“liderança”

> 29 MAIO 12Workshop“Cartas de apresentação / Motiva-ção” - Guimarães

>

Estudos da Linguagem Explicador/a Braga

Graduado(a) capaz de dar ex-plicações no âmbito da uni-dade curricular Estudos da Lin-guagem.

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O Encaixa-te é mais um pro-jeto da Capital Europeia da Juventude – Braga 2012 em parceria com o Liftoff – Ga-binete do Empreendedor da AAUM.Este programa pretende transformar as lojas do centro do centro histórico de Braga num laboratório criativo, com a criação de uma bolsa de arrendamen-to, para instalar empresas criadas por jovens, que apresentem negócios ino-vadores, da área comercial, mas também, de serviços e indústrias criativas.Candidata-te ao programa até 8 de Junho.O concurso dirige-se a jo-vens naturais de Braga com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos.

Os vencedores ficam isentos de pagar o arrendamento do

ção da FBA); José Mendes (Vice-Reitor da Universida-de do Minho); Hélder Cas-tro (Presidente da AAUM); Rui Marques (Associação Comercial de Braga); João Carvalho (responsável da re-abilitação do Liberdade Stre-et Fashion).

O Liftoff encontra-se dispo-nível para apoiar todos os interessados na elaboração das candidaturas.

A divulgação dos vencedo-res será feita até ao dia 9 de julho.

> 15 a 30 de JUNHO 12“liftoff Working Ideas”

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ENCAIXA-TE

PÁGINA 17 // 23.MAI.12 // ACADÉMICO

RUM BOXTOP RUM - 20 / 201218 MAIO

1 BlACK KEYS, THE lonely boy

2 AlABAMA SHAKES - Hold on

3 RODRIGO lEÃOO fio da vida

4 A JIGSAWThe strangest friend

5 DJANGO DJANGO - Hail bop

6 WHO MADE WHOInside world

7 A NAIFA - Gosto da cidade

8 RAPARIGA ElÉCTRICATens de sair

9 QUEENS OF THE STONE AGEOutlaw blues

10 WE TRUST - Again

11 DEUS - Constant now

12 JACK WHITE Sixteen saltines

13 JORGE CRUZ - Entre iguais

14 WRAYGUNNDon’t you wanna dance

15 DRUMS, THE - Money

16 SUPERNADAArte quis ser vida

17 TOM WAITSBack in the crowd

18 BlASTED MECHANISM Bringing light

19 KIllS, THE - Baby says

20 KOOKS, THEJunk of the heart (happy)

POST-IT

21 maiol > 25 maio

TORA TORA BIG BANDOdd Dogg

SCHOOl OF SEVEN BEllS Kiss Them For Me

SPAIN – Because Your love

SÉrGio xavier

[email protected]

A ideia surgiu nos idos de 1987 nas cabeças de Berto Borges (dos Rrongwrong) e de Adolfo Luxúria Canibal (dos Mão Morta) : criar um disco que servisse de memó-ria futura sobre o momento criativo que a cidade de Bra-ga atravessava na altura. Um plano que foi bem aco-lhido e apoiado pela autar-quia local e o disco acabou por ser gravado em Lisboa devido à inexistência de um estúdio de gravação profissional em Braga. O facto é ilustrativo: à falta de estruturas opunha-se a

criatividade e a vontade em fazer coisas. Com incursões premiadas pelo mítico Rock Rendez-Vous, os já referidos Rrongwrong e Mão Morta eram a face mais vísivel da pulsão criativa que assolava a cidade, mas outros nomes desta era merecem ser des-tacados, caso dos Baile de Baden-Baden, Bateau Lavoir ou Rua do Gin.E assim surgiu, em 1989, o primeiro volume da colec-tânea “À Sombra de Deus”, que teve continuidade e ca-pítulos posteriores nas déca-das seguintes. A iniciativa, pioneira e replicada noutras cidades, ganhou uma nova dimensão ao actualizar os protagonistas e actores se-

CD RUMÀ sombra de deus

cundários da história da música moderna portugue-sa que se vem fazendo em Braga. 1994 e 2004 viram nascer novos volumes d’ “À Sombra de Deus”, novos re-gistos que ajudam a recons-truir a narrativa musical da cidade. Neste quarto volume e com o aumento de bandas e de projectos envolvidos, surge naturalmente uma maior diversidade sonora. Onde antes imperavam as influências da cena urba-no-depressiva britânica e dos cenários industriais berlinenses, surgem agora propostas díspares como The Astroboy, Mundo Cão, Peixe:Avião, Long Way To

Alasca, Ermo, Cavalheiro, At Freddy’s House, Smix Smox Smux, Egg Box, Tat-sumaki ou Nyx. O espec-

tro sonoro e estético é bem mais alargado e faz jus ao momento feliz que a música em Braga vive.

DR

AGENDA CULTURALBRAGA

MÚSICA24 de MaioChrystel Wautier + Rope (Richard okkerse Proessive ensemble)Theatro Cirso

25 e 26 de MaioXXII Fitu Bracara AvgvstaTheatro Circo

RECRIAÇÃO HISTÓRICA23 a 27 de Maio

Braga RomanaCentro Histórico

GUIMARÃES

MÚSICA25 de Maio a 17 de Junho“Câmara escura” – Projecto BuhCCVF

25 de MaioPedro Carneiro – Coiotes e VagabundosCCVF

26 de MaioAlexandre Desplat em ConcertoCCVF

FAMALICÃOMÚSICAQuadrilátero Cultural26 de MaioNorberto loboCafé concerto

26 de MaioTesouros da ópera Barroca e ClássicaCasa das Artes

LEITURA EM DIAAlma Rebelde de Carla M. Soares - Porto Editora. Um primeiro romance que enriquece a moderna literatura portuguesa; muito bem elaborado e escrito.

Eu Sou Deus de Pedro Chagas Freitas - Chiado Editora. Um conjunto de textos provocatórios, para abanar o conformismo.

Os Cavalos de Santiago de Rui Vieira - Trinta por uma linha.

O imaginário cultural e colectivo ao dispor dos mais pequenos leitoras; uma das grandes estórias dos últimos tempos, delicada e genial.

Os sítios sem resposta de

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

Joel Neto - Porto Editora. A vida urbana, o futebol e os amores errantes; uma surpresa.

O Homem Corvo de David Soares - Quebra Nozes. O Fantástico, para os mais novos, na escrita de um dos mais importantes escritores portugueses actuais.

PÁGINA 18 // 23.MAI.12 // ACADÉMICO

CURSOS AO RAIO-X

lÉnia reGo

[email protected]

Qual é o plano de estudos deste curso?É um plano de estudos que se divide ao longo de quatro anos e tem matérias que cobrem os vários ramos do Direito, para além de terem outras componentes como é o caso da História do Di-reito, da Filosofia Crítica e também algumas matérias de outras áreas científicas, como Economia Política ou Finanças. É um plano de estudos estabilizado, que segue um padrão existente nas universidades portu-guesas.

E há alguma componente prática?Não. Habitualmente os cur-sos de Direito não têm um período de estágio, porque

não são entendidos como cursos profissionalizantes. É uma formação jurídica de base, que habilita os alunos a seguirem as profissões forenses. A prática profis-sional está sempre prevista para um momento poste-rior, ou seja, já depois de o profissional estar inscrito na Ordem. Podem fazer estágios, mas só depois do início da profissão.

Considera que é uma com-ponente que faz falta ao cur-so?Julgo que nos próximos anos poderemos tirar um maior partido de algumas estruturas que temos na escola, como a sala de audi-ências, onde já tem sido pos-sível fazer algumas audiên-cias simuladas, no contexto da disciplina de Processo Civil. Creio que essa é uma experiência que deve ser

desenvolvida e muito pro-vavelmente poderá resultar em algumas modificações, aquando de uma futura res-truturação da licenciatura.Mas será muito difícil pen-sar que este curso poderá alguma vez ter essa com-ponente mais profissiona-lizante, de contato com a realidade prática, devido às especificidades das profis-sões jurídicas.

Quais são as saídas profis-sionais?Há a advocacia, as profis-sões relacionadas com a ma-gistratura como os juizes e procuradores e depois po-dem optar pelas conserva-tórias de registo, notariado e gabinetes ou departamentos jurídicos das empresas.Nos últimos anos, os nos-sos alunos têm conseguido emprego no estrangeiro em organismos da União Euro-

peia e até mesmo como ju-ristas.E a nível de índice de empre-gabilidade?No estudo que foi feito aqui na Universidade, o curso de Direito aparece a meio da ta-bela, mas eu considero que está por fazer um verdadei-ro estudo. Digo isto porque estes estudos normalmente trabalham com dados do Instituto Nacional de Esta-tística e dos Centros de Em-prego. Acontece que temos a situação do falso emprego, ou seja, as pessoas apare-cem como trabalhadores li-berais, mas depois não têm

clientes suficientes que lhes permitam a subsistência.

Direito continua a ser uma opção viável?Continua a ser uma opção viável. Normalmente os ad-vogados têm muito que fa-zer em duas situações: em alturas em que a Economia está bem e se criam mui-tas empresas, mas também quando há crise e há mais pessoas despedidas, mais conflitos.Continuamos a ter muita procura na UMinho, tanto de alunos nacionais, como estrangeiros.

CLARA CALHEIROS

“Direito continua a ser uma opção viável”DIRETORA DO CURSO DE DIREITO

reDaÇÃo

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A decisão sobre o aumento em 30 euros do valor das propinas para o próxima ano ficou adiada para um novo Conselho Geral (CG), marcado para Julho. Esta foi a principal novidade sa-ída da reunião do Conselho Geral que foi inconclusiva relativamente a esta ques-tão, revelou Hélder Castro, o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho. “Esta reprovação desta sugestão ficou adiada para o próximo Conselho Geral em Julho. Não esta-vam reunidas informações suficientes que justificas-sem este aumento, então

foi opção dos conselheiros adiar esta sugestão. Por par-te dos estudantes não há aumento nem agora nem em Julho. O voto contra este aumento de propinas será igual hoje, como daqui a dois meses quando se reali-zar o próximo Conselho Ge-ral”, afirmou Hélder Castro, um dos representantes dos estudantes do CG.Entrentanto, hoje, os alunos são convocados para uma nova Reunião Geral de Alu-nos a fim de falarem sobre estas questões. Hélder Cas-tro diz que os estudantes vão manter a sua posição sobre esta matéria. Apesar destas questões, outros pon-tos vão estar em cima da mesa para serem discutidos

adiada decisão sobre aumento de propinas

pelos alunos. “O que está em causa não são apenas as propinas. São vários os pontos que é preciso tocar. O Ensino Superior carece de alguma alteração e de algum investimento não só financeiro mas também ideológico”, defendeu ainda o Castro, em declarações ao ACADÉMICO. Apesar das questões, o presidente da AAUM sabe que a posi-ção quanto ao aumento das propinas será a mesmo que aquela que foi assumida na reunião desta semana.A decisão sobre o aumentos das propinas em 30 euros no próximo ano lectivo fica assim adiada para Julho, para uma nova reunião do Conselho Geral.

maio em guimarães 2012

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