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XX 110 23 a 25/06/2012 * Corrupção desvia meio bilhão de reais no Norte de Minas - p. 03 * Ibama examina animais - p.21 * Acesso e visibilidade difíceis dão direito a dinheiro de volta - p.14

23 a 25 de junho de 2012

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XX 110 23 a 25/06/2012

* Corrupção desvia meio bilhão de reais no Norte de Minas - p. 03

* Ibama examina animais - p.21

* Acesso e visibilidade difíceis dão direito a dinheiro de volta - p.14

HOJE EM DIA - P. 21- 25.06.2012

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HOJE EM DIA - P. 05- 23.06.2012

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O TEMPO - P. 09- 25.06.2012

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O TEMPO - P. 10- 25.06.2012

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DIÁRIO DO COMÉRCIO - P. 08 - 23.06.2012

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Gui-lherme Paranaiba O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Iba-ma) entrou na polêmica so-bre a venda de animais no Mercado Central de Belo Horizonte. Motivados por uma requisição do Ministé-rio Público (MP) estadual, dez técnicos e analistas am-bientais do Ibama percorre-ram 16 lojas na manhã de ontem para verificar arma-zenamento, comida e água e também para colher amos-tras de fezes para exames. A ação vai gerar um relatório que deve estar pronto em três semanas atestando se cachorros, pássaros, coe-lhos, entre outros, estão em boas condições de saúde.

A venda de animais no Mercado Central é um assunto que gera divergên-cias entre lojistas e ambien-talistas. Pela segunda vez, tramita na Câmara dos Ve-readores um projeto de lei que pretende regulamentar a venda de animais na ci-dade e, ao mesmo tempo, proibir o comércio de ani-mais domésticos no mer-cado. Um primeiro projeto foi vetado no ano passado. Agora, um segundo texto, da vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PcdoB), foi mo-tivado por questões como “incompatibilidade entre animais e alimentos, falta de luz solar, pouca venti-lação, entre outros itens”.

De acordo com o bi-ólogo e analista ambiental do Ibama Júnio Augusto da Silva, a ação do órgão

foi dividida em duas par-tes. “Primeiro tratamos do manejo, se estão sendo bem alimentados, sem têm água suficiente, medimos os recintos onde eles fi-cam e estamos avaliando se estão ocorrendo maus--tratos”, afirma o biólogo. Em um segundo momento os fiscais conferiram tam-bém a documentação dos comerciantes para garantir que todos têm registro junto ao Ibama. Ainda segundo o analista, o trabalho vai gerar um relatório com tudo que foi verificado. “Só depois disso é que será possível ver se de fato existe algu-ma condição precária, com base na análise de tudo que foi levantado”, acrescen-ta o funcionário do Ibama.

O R I E N T A Ç Õ E S Os fiscais usaram câ-

meras, planilhas de anota-ções e frascos para colher excrementos e também deram dicas aos criado-res, como a quantidade de água e comida, entre outras orientações. Cachorros, co-elhos, periquitos, canários, codornas e várias outras espécies foram vistoriadas. Ricardo Clímaco é funcio-nário há 10 anos de uma loja que vende pássaros, e não vê problemas na presença dos biólogos e veterinários do instituto federal. “Isso é muito bom para espantar os boatos e provar que os animais são bem tratados. O Mercado Central é um lu-gar de turistas e a fiscaliza-ção garante que o local seja mantido dentro dos padrões para não desagradar os vi-

sitantes”, afirma Ricardo. O presidente do centro

de compras, Macoud Pa-trocínio, concorda com a fiscalização, mas acha que outros locais da cidade tam-bém deveriam receber ações do Ibama. “Na verdade, não tem jeito de sermos surpre-endidos, já que fazemos tudo da forma correta. O merca-do é uma referência, mas não é só aqui que os animais são vendidos”, completa.

Enquanto os fiscais per-corriam as lojas e colhiam as fezes de vários animais, principalmente aves exó-ticas, a administradora de empresas Karla Boldito, de 46 anos, olhava com aten-ção as gaiolas com as calop-sitas. A intenção dela é dar uma ave a sua filha de 10 anos. “Tenho dois amigos que já compraram animais aqui e me indicaram. Não vejo nenhum problema. Mi-nha filha quer muito ter uma calopsita e devo levar daqui mesmo”, garante. Já o estu-dante Filipe Barone, de 23, chegou a comprar um ca-chorro do mercado por não concordar com essa situa-ção. “Não acho certo colo-car um animal enclausurado dentro de uma gaiola. Isso é contra os princípios da natu-reza. Em 2002 comprei uma cadela da raça dachshund porque gostei muito e achei que ela deveria ser mais bem tratada”, contesta Barone.

Problema é mistura com boxes de comida

No início do mês am-bientalistas e vereadores discutiram o Projeto de Lei 2.178/2012, da vereadora

Maria Lúcia Scarpelli, em audiência pública. Veteriná-rios argumentaram que ani-mais vivos não podem ser vendidos no mesmo local em que há oferta de alimentos porque os bichos expelem micro-organismos que cau-sam doenças. O texto aguar-da parecer da Comissão de Legislação e Justiça da Câ-mara e ainda vai passar pe-las comissões de Meio Am-biente e Direitos Humanos e de Defesa do Consumidor.

O presidente do Merca-do Central, Macoud Patro-cínio, afirmou que todos os cuidados são tomados para que o comércio de animais não gere nenhum prejuízo à população. Segundo ele, proibir seria muito ruim para várias pessoas. “Tem muita gente que realiza o sonho de ter um animal de estimação depois que recorre ao mer-cado. Se isso acabar, o sonho de muitas pessoas será frus-trado”, rebate Patrocínio.

O ambientalista Franklin de Oliveira, que preside a organização não governamental Núcleo Fau-na de Defesa Animal, acre-dita que não há condições ambientais para comércio de animais no mercado. “Não tem luz do sol e ventilação”, afirma ele. Se as lojas ficas-sem na entrada da Rua dos Goitacazes essa questão po-deria ser resolvida, segundo ele. “Também é necessário atender as normas médicas veterinárias, como um res-ponsável em cada loja para monitorar os animais e ga-rantir um desenvolvimento saudável”, explica Franklin.

ESTADO DE MINAS – ON LINE – 23.06.2012MERCADO CENTRAL

Ibama examina animaisA pedido do Ministério Público, técnicos do instituto analisam condições de saúde

dos animais à venda no tradicional centro de compras. Projeto tenta proibir o comércio

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Na mesma semana em que os servidores de seis Ministé-rios entraram em greve, rei-vindicando reajuste salarial, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou que editará nos próximos dias um enun-ciado administrativo regula-mentando o desconto dos ven-cimentos dos serventuários judiciais que não comparece-rem ao trabalho por motivo de protesto. O enunciado esteve para ser aprovado na sessão da última terça-feira, mas a discussão foi suspensa por conta de uma divergência com relação à redação do texto.

Do ponto de vista técnico--jurídico, o enunciado do CNJ tem validade apenas no âm-bito do Poder Judiciário. Em termos políticos, no entanto, ele sinaliza a disposição da cúpula da instituição de evi-tar a paralisação de atividades essenciais num ano eleitoral. Em alguns setores, como no caso do Ministério da Saúde, a adesão à greve foi de 100%, segundo a Confederação Na-cional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal. No caso do Ministério da Educa-ção, a suspensão do trabalho pode comprometer o crono-grama do Sistema de Seleção Unificada das universidades federais, cujos professores já se encontram com os braços cruzados há mais de um mês.

A greve do funcionalismo atingiu até o Ministério das Relações Exteriores, levan-do à paralisação do trabalho mais de 70 postos consulares. Foi a primeira vez que os ofi-ciais e assistentes de chance-

laria cruzaram os braços des-de a criação do Itamaraty. Os oficiais, que recebem R$ 6,3 mil por mês, querem ganhar R$ 12,9 mil - o equivalente aos vencimentos de um di-plomata em início de carreira.

Para evitar abusos no âm-bito do Judiciário e garantir o funcionamento do Estado de Direito, pois o acesso aos tribunais é um direito funda-mental assegurado pela Cons-tituição, o CNJ decidiu que as diferentes instâncias e braços especializados da Justiça de-verão descontar do salário ou exigir compensação dos dias parados, sem que sejam discu-tidos os motivos pelos quais os serventuários judiciais se declaram em greve. Segundo o texto originariamente pro-posto pelo relator, conselhei-ro Gilberto Valente Martins, a paralisação das atividades judiciais, por motivo de gre-ve, "implica a suspensão da relação jurídica de trabalho e, consequentemente, possi-bilidade de desconto de re-muneração correspondente".

Contudo, apesar de a re-dação contar com o voto favo-rável da maioria dos demais integrantes do CNJ, o conse-lheiro Jorge Hélio alegou que o texto proposto não permitia aos dirigentes dos tribunais distinguir a greve "justa" da greve política. "Privilegiar a suspensão jurídica do vínculo de trabalho em moldes euro-peus, que não são os moldes entre nós adotados, muito menos praticados, em detri-mento do exercício do direito de greve, fere um direito ga-

rantido constitucionalmen-te", disse ele. Segundo ele, o desconto automático dos dias parados penaliza "não apenas o servidor, mas a sua família".

Depois de longo debate, coordenado pelo ministro Jo-aquim Barbosa, do STF, os conselheiros decidiram que a redação do enunciado será refeita, mas continuará pre-vendo expressamente des-conto salarial ou reposição dos dias não trabalhados, in-dependentemente de a greve ser considerada "justa" ou "ilegal". E também acerta-ram que a nova redação será submetida à votação na pró-xima sessão plenária do CNJ.

O direito de greve foi con-cedido ao funcionalismo pú-blico pela Constituição de 88, que condicionou seu exercício à aprovação de uma lei regu-lamentar. Mas até hoje não foi votada uma lei, por causa da pressão dos sindicatos dos servidores públicos, o que tem permitido abusos. No ano pas-sado, por exemplo, os serven-tuários do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8.ª Re-gião (Pará e Amapá) ficaram 46 dias em greve. A Corte de-terminou o desconto dos dias não trabalhados, mas os ser-ventuários recorreram ao CNJ. O órgão não apenas endossou a punição aplicada aos grevis-tas pelo presidente do TRT, sob a justificativa de que eles não podiam converter a popu-lação em refém de reivindica-ções descabidas, como tam-bém se comprometeu a baixar o enunciado que será votado na próxima sessão plenária.

O ESTADO DE SP – ON LINE – 23.06.2012

As greves na Justiça

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promoveu, quarta-feira passada, uma au-diência pública para discutir uma questão legal e eticamente insólita. Trata-se da pretensão dos procuradores da Fazen-da Nacional de atuar como assessores de juízes e desem-bargadores federais no julga-mento de processos tributários.

A prática é permitida por leis federais somente nos tri-bunais superiores, mas foi questionada pela seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sob a alegação de quebra de igualdade entre as partes. Atualmente, 10 procuradores da Fazenda, 13 procuradores federais e 17 advogados pú-blicos estão afastados de suas funções, ocupando cargos de confiança no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribu-nal Federal (STF), segundo o Sindicato Nacional dos Procu-radores da Fazenda Nacional e a Advocacia-Geral da União.

O que levou a OAB-RJ a pedir providências ao CNJ foi a indicação, em outubro de 2011, da procuradora Pa-trícia Lessa, ex-coordenadora do Projeto de Grandes Deve-dores da Procuradoria-Geral da Fazenda, para trabalhar no gabinete de um desembarga-dor do Tribunal Regional Fe-deral (TRF) da 2.ª Região. Um mês depois de contar com a assessoria dessa profissional, o magistrado negou um pedi-do de liminar impetrado pelos advogados da Vale para sus-pender uma cobrança de R$ 30 bilhões referente ao reco-

lhimento de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido sobre os lucros de suas coligadas no exterior.

Na defesa que apresentou ao CNJ, a procuradora Patrícia Lessa alegou que vem exercen-do "única e exclusivamente" a função de assessora judicial e que "não tem interesse eco-nômico, político e ideológico em favorecer uma das partes".

Os representantes da OAB--RJ duvidam dessa isenção. "Procuradores são formados pelo Fisco", diz o advogado Guilherme Peres. "O assessor tem poder de influência sobre a formação da convicção do magistrado", afirmou o repre-sentante da OAB-RJ Ronaldo Eduardo Cramer, na audiência pública promovida pelo CNJ.

Caberá ao plenário do ór-gão determinar a exoneração ou a manutenção da procura-dora Patrícia Lessa em cargo comissionado no TRF da 2.ª Região. Mas a decisão, como diz o relator, conselheiro José Lúcio Munhoz, deverá ser es-tendida a todos os tribunais do País. Em entrevista ao jor-nal Valor, ele afirmou que, se entender que há quebra de igualdade entre as partes liti-gantes, o CNJ baixará resolu-ção proibindo expressamente que procuradores da Fazenda, procuradores federais e advo-gados públicos atuem como assessores de juízes, de de-sembargadores e de ministros.

Apesar de ser evidente que essa assessoria compromete a imagem de isenção e indepen-dência da Justiça, a magistratu-ra surpreendentemente defen-

de essa prática, alegando que os procuradores da Fazenda conhecem princípios gerais de direito público e têm experiên-cia em direito tributário. "Por mais que eu tenha assessoria, quem assina meus votos sou eu", diz o presidente da Asso-ciação dos Magistrados Brasi-leiros, desembargador Henri-que Nelson Calandra. "Como ministro, eu dou o tom. Digo o julgamento que quero e peço uma pesquisa nesse sentido", afirma o ministro Luiz Fux, do STF. "Servidores competentes são sempre bem-vindos. Bar-rar-lhes o trânsito de um setor para o outro só traz prejuízo ao setor público, além de criar reserva de mercado para pes-soas despreparadas", assevera o ministro Joaquim Barbosa, que também integra o STF.

O que eles não consideram, contudo, é que o trânsito não é de "um setor para outro setor", mas de um Poder independente e autônomo para outro. E, ao invocar a tese da competência profissional, o que eles tam-bém esquecem é de que nada impede o Poder Judiciário de fazer concurso público de provas e títulos para escolher o corpo técnico da instituição e indicar os mais preparados para trabalhar com juízes, de-sembargadores e ministros.

Resta esperar que, ao jul-gar a reclamação da OAB-RJ, os conselheiros do CNJ lem-brem que tribunais que não sejam considerados impar-ciais pela sociedade, mesmo que seus juízes sejam pessoas íntegras, carecem de respeito.

O ESTADO DE SP – ON LINE – 25.06.2012

Os 'assessores' da magistratura

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