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MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014 [email protected] Pódio E5 Uruguai bate Itália e Suárez pode ser suspenso da Copa Pódio E10 Linhas especiais de ônibus começam a circular mais cedo PARA FECHAR COM CHAVE DE OUR O RICARDO OLIVEIRA Jogo entre Suíça e Honduras marca o adeus dos amazonense s à Copa do Mundo. Após a Fifa elogiar Manaus e se dizer arrependida de não ter marcado mais jogos na capital do Amazonas, a sensação do torcedor é um mix de orgulho e tristeza. As seleções treinar am ontem no palco do es petáculo de logo mais. Pódio E 8

Pódio - 25 de junho de 2014

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 25 de junho de 2014

MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014 [email protected]

Pódio E5

Uruguai bate Itália e Suárez pode ser suspenso da Copa

Pódio E10

Linhas especiais de ônibus começam a circular mais cedo

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

RICA

RDO

OLI

VEIR

A

Jogo entre Suíça e Honduras marca o adeus dos amazonenses à Copa do Mundo. Após a Fifa

elogiar Manaus e se dizer arrependida de não ter marcado mais jogos na capital do Amazonas, a sensação do torcedor é um mix de orgulho e tristeza. As seleções treinaram ontem no palco

do espetáculo de logo mais. Pódio E8

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E2 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

CHARGE

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

Moacir Barbosa nasceu em Cam-pinas (SP) e começou sua carreira de jogador na equipe amadora da empresa farmacêutica onde traba-lhava. Viveu seu auge pelo Vasco, com o “Expresso da Vitória”, onde ganhou títulos seguidos.

Em 1949, Barbosa assumiu a titularidade na seleção brasileira que disputou o Campeonato Sul-Americano (atual Copa América).

Naquele torneio Barbosa se garantiu como o dono da camisa 1 da seleção de 1950. Naquele Mundial o Brasil era favorto, be-nefi ciado pelo fato de a Itália não

estar com os craques do Torino (mortos no desastre de Superga

em 1949), e pela ausência da “in-vejosa” Argentina. A seleção fez uma Copa impecável, com gole-adas e partidas memoráveis que encantaram a torcida.

Mas, no dia em que Barbosa e todo o elenco do Brasil pode-riam entrar para a história, tudo deu errado. Aos 34 minutos da segunda etapa, Ghiggia defniu o jogo a favor do Uruguai. O Brasil, favorito, com o melhor ataque da competição e jogando em casa, fi cava como vice.

Estava sacramentado o Mara-canazo, como fi cou conhecida a

maior derrota da história do fute-bol brasileiro. Barbosa foi vítima d euma injustiça que o perseguiu por toda sua vida. Depois da Copa, Barbosa teve que conviver com os fantasmas daquela decisão.

Pelo Vasco, o goleiro ainda foi campeão estadual em 1950, 1952 e 1958, e passou por outros clubes.Aos 42 anos, encerrou a carreira. O episódio rendeu profunda tristeza e amargura ao goleiro, que viveu uma vida pobre e simples até 2000, quando faleceu aos 79 anos, vítima de um ataque cardíaco. Era o fi m de um dos maiores goleiros do futebol brasileiro e o mais injustiçado per-sonagem do nosso esporte.

Barbosa,o injustiçado

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

Brasil Camarões

Croácia México

Brasil Croácia

12/6/2014 - 16h Arena Corinthians

México Camarões

13/6/2014 - 12h Arena das Dunas

Brasil México

17/6/2014 - 15h Arena Castelão

Camarões Croácia

18/6/2014 - 18h Arena da Amazônia

Camarões Brasil

23/6/2014 - 17h Estádio Mané Garrincha

Croácia

23/6/2014 - 17h Arena Pernanbuco

Austrália Chile

Espanha Holanda

Espanha Holanda

13/6/2014 - 15h Fonte Nova

Chile Austrália

13/6/2014 - 18h Arena Pantanal

Colômbia Costa do Marfi m

Grécia Japão

Colômbia Grécia

14/6/2014 - 12h Mineirão

14/6/2014 - 21h Arena Pernambuco

Costa Rica Inglaterra

Itália Uruguai

Uruguai C. Rica

14/6/2014 - 15h Castelão

Inglaterra Itália

14/6/2014 - 18h Arena da Amazônia

Equador França

Honduras Suíça

Suíça Equador

15/6/2014 - 12h Estádio Mané Garrincha

França Honduras

15/6/2014 - 15h Arena Beira Rio

Argentina Bósnia-Herzegovina

Irã Nigéria

Argentina Bósnia

15/6/2014 - 18h Maracanã

Irã Nigéria

16/6/2014 - 15h Arena da Baixada

Alemanha Estados Unidos

Gana Portugal

Alemanha Portugal

16/6/2014 - 12h Fonte Nova

Gana EUA

16/6/2014 - 18h Arena das Dunas

Argélia Bélgica

Coreia do Sul Rússia

Bélgica Argélia

17/6/2014 - 12h Mineirão

Rússia C. do Sul

17/6/2014 - 18h Arena Pantanal

Austrália Holanda

Espanha Chile

Austrália Espanha

Holanda Chile

C. Marfi m Japão

Colômbia

19/6/2014 - 12h Estádio Mané Garrincha

C. Marfi m

Japão

19/6/2014 - 18h Arena das Dunas

Grécia

Japão

26/6/2014 - 15h Arena Pantanal

Colômbia

Grécia

24/6/2014 - 17h Arena Castelão

C. Marfi m

18/6/2014 - 12h Arena Beira Rio

18/6/2014 - 15h Maracanã

23/6/2014 - 12h Arena da Baixada

23/6/2014 - 12h Arena Corinthians

Uruguai

19/6/2014 - 15h Arena Corinthians

Itália

20/6/2014 - 12h Arena Pernambuco

Itália

24/6/2014 - 12h Arenas das Dunas

Inglaterra

C. Rica

24/6/2014 - 12h Mineirão

C. Rica

Bélgica

22/6/2014 - 12h Maracanã

C. do Sul

22/6/2014 - 15h Arena Beira Rio

C. do Sul

26/6/2014 - 17h Arena Corinthians

Rússia

Argélia

26/6/2014 - 17h Arena da Baixada

Argélia

Alemanha

21/6/2014 - 15h Arena Castelão

Gana

EUA

22/6/2014 - 18h Arena da Amazônia

Portugal

EUA

26/6/2014 - 12h Arena Pernambuco

Alemanha

Portugal

26/6/2014 - 12h Estádio Mané Garrincha

Gana

Argentina

21/6/2014 - 12h Mineirão

Irã

Nigéria

21/6/2014 - 18h Arena Pantanal

Bósnia

Nigéria

25/6/2014 - 12h Arena Beira Rio

Argentina

Bósnia

25/6/2014 - 12h Arena Fonte Nova

Irã

Suíça

20/6/2014 - 15h Arena Fonte Nova

França

Honduras

20/6/2014 - 18h Arena da Baixada

Equador

Honduras

25/6/2014 - 15h Arena da Amazônia

Suíça

Equador

25/6/2014 - 17h Maracanã

França

México

3 1

1 0

0 0

0 4

1 4

1 3

1 5

3 1

2 3

0 2

0 3

2 0

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2 1

2 1

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1 4

2 1

1 3

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2 1

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0 1

0 0

2 1

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1 2

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0 0

1 0

1 0

4 0

1 2

2 2

2 2

2 1

1 1

1 0

2 4

Uruguai

Inglaterra

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

4GOLS

NEYMAR BRASIL

NEYMARRASIL

Paulo Vinícius Coelho

Felipão vai se debruçar nos números e nos vídeos para defi nir o time que enfrentará o Chile, no sábado (28).

Tudo indica que haverá uma mudan-ça apenas: Fernandinho no lugar de Paulinho. Os números avalizam essa tendência. Na partida contra Cama-rões, Paulinho acertou oito passes, seis deles curtos, no campo de defesa.

Bola recebida de Thiago Silva ou de David Luiz, bola recuada para um dos dois. Era assim o caminho da bola no seu pé. Fernandinho distribuiu 20 passes corretos, 13 deles no campo de ataque.

Paulinho perdeu três bolas, duas

delas no campo de defesa. Ofereceu chance de contra-ataque à seleção de Camarões.

Há mais ofertas no futebol do volante do Manchester City. Ele se infi ltra como Paulinho, mas atualmente rouba mais vezes a bola do que o ex-corintiano.

Paulinho tem índice de acerto de passes semelhante ao da Copa das Con-federações. No ano passado, acertava 80%. Só Thiago Silva e Luiz Gustavo tinham porcentagem melhor de acerto. Contra Camarões, Paulinho passou oito vezes e só errou uma.

A diferença é quantas vezes se apre-senta, quantas vezes os colegas conse-

guem acioná-lo para fazer a saída de bola. Paulinho recebeu a bola 13 vezes, acertou oito passes, seis deles curtos, perdeu uma bola, errou um passe e perdeu três bolas.

Fernandinho foi acionado 15 vezes e acertou 20 passes, número que se explica porque desarmou cinco vezes e todas as recuperações se tornaram passes corretos.

Só Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Oscar desarmaram mais do que Fernandinho, mas atuaram os 90 minutos.

Paulinho se apresenta menos e pode ser por falta de confi ança. Na comissão

técnica da seleção brasileira, existe a certeza de que o fi nal de temporada ruim tirou do volante campeão mundial pelo Corinthians a certeza de que pode fazer o que fazia.

Felipão ofereceu três chances ao jogador. O limite é deixar de queimar o volante e começar a ameaçar a equipe.

O técnico já afi rmou que o jogo contra o Chile, pelas oitavas de fi nal da Copa, não permite tantos erros.

Fernandinho é uma parte dessa his-tória e é quase certo que será titular. Não basta. O ataque precisa oferecer companhia a Neymar

COLUNISTA DO JORNAL “FOLHA DE SÃO PAULO”

Há mais ofertas no futebol de Fernandinho, que se infi ltra como Paulinho, mas rouba mais vezes a bola do que o ex-corintiano

Só Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Oscar desar-maram mais do que Fernandi-nho, mas atua-ram os 90 mi-nutos

Bélgica

Rússia

Números avalizam troca de Paulinho por Fernandinho

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E3MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

A Copa dos grandes lances do ‘rei’ do futebolO Mundial do México, primeiro transmitido com televisão em cores, pontencializou o brilho do futebol arte de Pelé

A Copa do Mundo de 1970 foi marcado por lances plásticos e ge-niais, protagonizados,

principalmente, pela seleção brasileira de craques com a maestria de Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho e Gérson. Desde os primeiros jogos até a fi nal, o escrete canarinho encantou o mundo e arreba-nhou a torcida dos anfi triões mexicanos, extasiados com o futebol ofensivo apresentado pelo time comandado por Má-rio Jorge Lobo Zagallo.

O México recebia o Mundial pela primeira vez e a maior preocupação dos atletas era quanto ao calor intenso, já que os jogos teriam de se adequar à televisão europeia, o que re-sultava em partidas marcadas para horários escaldantes. As novidades foram as duas subs-tituições por equipe e cartões vermelhos e amarelos para melhor visualização das ad-vertências dadas pelos árbitros aos jogadores.

Outro destaque do torneio foi o atacante alemão Gerd Müller, artilheiro com impres-sionantes dez gols. Ele marcou um na virada sobre o Marrocos, fez três contra a Bulgária e repetiu a conta diante do Peru. Nas quartas de fi nal, marcou, na prorrogação, o gol que eli-minou a Inglaterra. O jogo foi um dos muitos que entraram para a mitologia alemã de nun-ca se entregar em campo. Os germânicos perdiam por 2 x 0 a pouco mais de vinte minutos do fi m do jogo. Franz Beckenbauer e Uwe Seeler, no entanto, em-pataram e levaram a partida para a prorrogação. A ironia foi que, antes de Müller decretar a vitória alemã, o árbitro anulou um gol do inglês Geoff Hurst, justamente o autor de um po-

lêmico gol contra a Alemanha Ocidental na decisão da Copa de 1966. E os alemães tinham Müller, que marcou e garantiu a primeira vitória dos alemães sobre a Inglaterra em uma partida ofi cial.

Outro jogo que entrou para a história foi a semifi nal entre Itália e Alemanha. A partida terminou empatada em 1 a 1, após Karl-Heinz Schnellinger marcar no último minuto do tempo regulamentar e levar os alemães a disputarem mais uma prorrogação. No tempo extra, o maior número de gols marcados na prorrogação em toda a história das Copas: fo-ram cinco, dois deles de Gerd

Müller. Os italianos, no entanto, marcaram três, e se garantiram na fi nal. Para os alemães fi cou eternizada a imagem do ca-pitão Franz Beckenbauer, que deslocou o ombro e mesmo assim continuou jogando com uma atadura.

Genialidade em campoMesmo tendo sofrido com a

violência dos adversários em 1966, Pelé chegou a ser ques-tionado por causa do fi asco da seleção brasileira na Ingla-terra. Por isso, o rei cogitou não jogar a Copa de 1970. Mas acabou cedendo e virou o

alicerce de um time que, para muitos, ainda hoje seria difícil de ser batido.

A vitória por 4 a 1 sobre a Itália na fi nal deu ao Brasil o direito de levar a Taça Jules Rimet para casa em defi nitivo. Para delírio dos mexicanos e assombro de espectadores do mundo inteiro, que viram a reluzente camisa amarela se transformar em íco-ne eterno da magia do futebol, Pelé compilou uma verdadeira antologia de jogadas incríveis em sua perfeita despedida das competições internacionais.

São inúmeros os exemplos de genialidade dados pelo camisa 10: a cabeçada perfeita, no canto direito do gol da Inglaterra, que selou a glória eterna do goleiro Gordon Banks, naquela que é considerada a maior defesa de todos os tempos; o chute dado de trás da linha do meio-de-campo diante da Tchecoslováquia, para desespero do arqueiro adversá-rio, que viu a bola sair por pouco; o magistral drible sem tocar na bola sobre o goleiro uruguaio Mazurkiewicz, na jogada que só não terminou em gol para se tornar ainda mais mítica; e os quatro tentos marcados por Ed-son Arantes do Nascimento, um deles na fi nal contra a Itália.

Mas seria injusto atribuir so-mente a Pelé o encanto criado em campos mexicanos. O time formado por Félix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Gérson e Clodoaldo; Pelé, Jairzi-nho, Tostão e Rivelino fi cou para sempre na memória de qualquer amante de futebol. O último gol marcado pelo Brasil na Copa de 1970, o quarto diante da Itália na decisão, mostra bem a beleza daquela seleção. O lance teve a participação de sete jogadores e culminou em um passe milimétri-co de Pelé para o capitão Carlos Alberto Torres mandar às redes.

CAMPANHANa Copa de 1970, a se-leção brasileira dispu-tou seis jogos e venceu em todos. Marcou 19 gols e Jairzinho foi o artilheiro com sete tentos e o único naque-le mundial a ir às redes em todas as partidas

FOTO

S: R

EPRO

DU

ÇÃO

A famosa foto do ‘rei’ Pelé comemorando gol nos braços do parceiro de seleção Jairzinho

Pelé arranca e deixa para trás a defesa adversária

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Page 4: Pódio - 25 de junho de 2014

E4 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Após folga, jogadores têm novo horário para treinarMesmo sem saírem da Granja Comary, os atletas da seleção brasileira receberam a visita dos familiares, ontem

Sem poder deixar a con-centração na Granja Comary, em Teresópo-lis (RJ), os atletas da

seleção brasileira curtiram a folga um dia após a vitória por 4 a 1 sobre Camarões recebendo os familiares no local.

A movimentação no centro de treinamentos foi intensa, com parentes chegando para visitar os jogadores a todo o momento. Poucos deles, contudo, pararam para falar com os jornalistas. Entre as exceções, está seu Severino, pai do meia Willian, que ainda cobrou uma vaga no time titular para o fi lho.

“Ele não está tendo muitas oportunidades e tem capaci-

dade para ser titular. Mas isso é o Felipão quem decide”, disse o pai do atleta do Chelsea na entrada da Granja Comary.

Luiz Felipe Scolari, ao lado de Murtosa, foi o único da de-legação a aparecer no campo do centro de treinamento. O técnico fez sua tradicional ca-minhada ao redor do gramado durante a manhã e logo voltou à parte interna do local.

Treinamento adaptadoA comissão técnica da seleção

brasileira confi rmou que trei-nará hoje (25), às 13h, mesmo horário da partida de sábado (28) contra o Chile, pelas oitavas de fi nal da Copa do Mundo.

Será o primeiro jogo do Bra-sil no horário das 13h, que já foi criticado por sindicato dos jogadores do Brasil e também internacional devido ao calor de algumas cidades brasileiras e o risco de desidratação dos atletas. O Brasil até agora fez três jogos, dois com início às 15h e outro às 16h.

A previsão de temperatura para Belo Horizonte (MG) no sábado é de mínima de 14º C e máxima de 27º C, mas com sol e sem previsão de nuvens. A partida será no estádio do Mineirão.

A comissão técnica quer, mais do que se adaptar à tempera-tura, já que Teresópolis é mais

fria do que Belo Horizonte, é acostumar os jogadores com a mudança no horário das re-feições e de despertar.

Para jogar às 13h, é feita uma refeição antes da partida, e não as duas tradicionais (café da manhã e almoço). O despertar de hoje acontece às 9h30, uma hora mais tarde do que normal-mente é aconselhado pela co-missão técnica na programação entregue aos atletas.

Ontem os jogadores des-cansaram e receberam fa-miliares na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).

Histórico favorece BrasilO Chile vai encontrar a

seleção brasileira pela quar-ta vez em um mata-mata de Copa do Mundo, mas a expectativa dos chilenos é que dessa vez a história em campo seja diferente.

O Brasil levou a melhor na semifi nal em 1962 e nas oita-vas de fi nal em 1998 e 2010. Então, o que faz os chilenos pensarem diferente agora?

Os torcedores e jornalistas do país apostam que o técnico argentino Jorge Sampaoli tem em mãos a melhor geração do país - superior a que foi tercei-ra colocada em 1962 e a dos atacantes Marcelo Salas e Ivan Zamorano, nos anos 1990.

A atual geração começou a

jogar junto a partir do Mundial sub-20 de 2007, no Canadá, quando fi cou em terceiro lugar. Aquele time tinha já tinha Alexis Sánchez, Arturo Vidal, Carmona, Isla e Medel, todos presentes na atual Copa do Mundo.

Troca rápida de passes, pressão no campo de defesa do rival e velocidade são as armas desse Chile. É a mes-ma fi losofi a da época em que Sampaoli comandou a Univer-sidad de Chile, em 2011.

Naquele time, o argenti-no já contava com o lateral esquerdo Mena e os meios-campistas Marcelo Díaz, Charles Aránguiz e Vargas - todos hoje na seleção.

Lateral esquerdo Marcelo foi um dos jogadores que receberam a visita de seus familiares na Granja Comary. Jogadores Dante e Maicon aproveitaram para visitar a academia e suar a camisa

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Luiz Felipe Scolari tanto falou que temia um encon-tro com o Chile nas oitavas de final da Copa do Mundo que terá esse confronto. A equipe dirigida por Jorge

Sampaoli – que avan-çou na segun-

da colocação do Grupo B, eliminando a

atual campeã do Mundo Espanha – ganhou novos elogios do técnico da seleção brasileira após a confirmação do embate.

“Se pudesse, escolheria outra seleção. É mais di-fícil por se tratar de uma

seleção sul-americana. Ca-timba, qualidade, organiza-ção... Tudo isso o Chile tem”, afirmou o gaúcho.

“Vou analisar o time deles e fazer as adaptações ne-cessárias para que a gente chegue bem ao jogo”, de-clarou o gaúcho.

Felipão recordou que o adversário do próximo sá-bado enfrentou o Brasil em duas ocasiões recentes. Um amistoso em abril do ano passado, em Belo Horizonte (MG), terminou com empate por 1 a 1. Ainda em 2013, em novembro, a seleção le-vou a melhor por 2 a 1 em

Toronto, no Canadá.“Joguei duas vezes con-

tra o Chile. Vi as dificulda-des da nossa equipe e as qualidades deles. Algumas pessoas não viam dessa forma, achavam que o Chi-le seria descartado logo, e não foi assim. Agora, tenho que pensar na minha equi-pe, ver se tem condições de melhorar para conseguir essa vitória no mata-mata”, comentou Scolari.

Para o gaúcho – que também já manifestou sua admiração por Augusto Pi-nochet, ditador chileno por 17 anos –, será necessário

um cuidado maior no Mi-neirão. Oferecer oportuni-dades, como aconteceu nas vitórias sobre Croácia e Ca-marões e no empate com o México, poderá ser fatal e custar a vida no torneio.

“Na primeira fase, a gente poderia ter um tropeço. Na fase seguinte, a do mata-mata, não dá para tropeçar, conceder como a gente con-cedeu uma ou outra oportu-nidade viva ao adversário. Tem que ter uma estratégia pensada porque, muitas ve-zes, é jogo de um gol. Não pode cometer tantos erros”, avisou o técnico do Brasil.

Felipão encara rival indesejado nas oitavas

FERN

AND

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ANTA

S/G

AZET

A PR

ESS Treinador da sele-

ção já havia alerta-do sobre o perigo de encarar os chile-nos no mata-mata

E04 - PÓDIO.indd 4 24/6/2014 23:14:47

Page 5: Pódio - 25 de junho de 2014

E5MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Uruguai derrota Itália e está nas oitavas de fi nalCom direito a mordida de Suárez em Chiellini, uruguaios aproveitaram vantagem numérica em campo e venceram italianos por 1 a 0

Costa Rica fica com a liderançaA Inglaterra se despediu

da Copa do Mundo sem ven-cer nenhuma partida. Ontem (24), os ingleses enfrenta-ram a Costa Rica no Minei-rão, em Belo Horizonte (MG) e mesmo tendo feito um jogo razoável não passaram de um empate sem gols encerrando a participação no Mundial de forma deprimente.

Antes do jogo, a torcida inglesa tentava se mostrar animada, mesmo com a se-leção já entrando em campo sem chances de classifi cação, mas a empolgação dos costa-riquenhos era insuperável.

Classificada para às oita-vas de final, a Costa Rica enfrentará a Costa do Mar-fim, que ficou com a segunda colocação do grupo C. Já a Inglaterra já começa a pen-sar na renovação da seleção para a Eurocopa de 2016.

Jogo mornoA Costa Rica iniciou a parti-

da com maior volume de jogo,

e logo no começo o atacante Campbell teve boa oportuni-dade, mas errou o alvo. Com bom toque de bola, a seleção da América Central mostrou que não venceu os dois pri-meiros jogos por acaso.

Após os dez primeiros mi-nutos, a Inglaterra melhorou na partida. Aos 12, o avante Sturridge tentou arremate da entrada da área, mas a bola saiu pela linha de fundo.

Na volta para a etapa fi-nal, a Inglaterra se mostrou muito mais agressiva. Acua-do no campo de defesa, os costarriquenhos demoraram a se encontrar no jogo, per-mitindo aos ingleses ter as rédeas do jogo.

Gerrard começou o jogo no banco, mas aos 27 minutos foi acionado por Hodgson.

Os ingleses tentaram até o fim, mas o gol não saiu, e nos minutos finais ainda foram obrigados a escutar os gritos de olé dos torcedores costarriquenhos.

GRUPO D

O atacante da Costa Rica, Joel Campbell, dribla o meia inglês Frank Lampard (à direita)

WASHINGTON ALVES/STR/GAZETA PRESS

FICHA TÉCNICACOSTA RICAINGLATERRA

Local:

Árbitro:

Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Djamel Haimoudi (ALG)

Costa Rica: Navas; Duarte, Gonzalez e Miller; Gamboa, Borges (Barrantes), Ruiz, Tejeda e Diaz; Brenes (Bolaños) e Campebel (Urena). Técnico: Jorge Luís Pinto

Inglaterra: Foster; Jones, Cahill, Smalling e Shaw; Lam-pard, Wilshere (Gerrard), Milner (Rooney), Barkley e Lallana (Sterling); Sturridge. Técnico: Roy Hodgson

Cartões: (Costa Rica) Gonza-lez (Inglaterra) Lallana (A)

00

O torcedor do Uruguai está acostumado a sofrer, e a história de sua seleção na Copa do

Mundo não poderia ser diferente. Ontem (24), na Arena das Dunas, em Natal (RN), a Celeste Olímpica precisava da vitória para evitar a eliminação na primeira fase e conseguiu o resultado heroi-co apenas no fi nal do segundo tempo, com um gol de cabeça de Godín. O jogo ainda contou com mais um ato “canibal” de Suárez. O atacante mordeu o ombro de Chiellini e pode pegar até 24 jogos de suspensão pelo

cômite disciplinar da FIfa. A derrota também teve consequ-ências devastadoras na Itália. O treinador Cesare Prandelli e o presidente da Federação Italiana de Futebol, Giancarlo Abete, pediram demissão dos respectivos cargos.

Com a vantagem de jogar pelo empate por causa do saldo de gols, a Itália, mesmo com um homem a menos desde o início do segundo tempo, tentou segurar o resultado, mas foi castigada aos 35 minutos do segundo tempo. Depois de salvar sua equipe com ótimas defesas, Buff on não foi

capaz de evitar o gol de cabeça de Godín. Nas oitavas de fi nal, o Uruguai volta ao estádio do Maracanã, onde levantou o bi-campeonato mundial em 1950, para enfrentar a Colômbia.

NervosismoA tensão envolvendo o jogo

que decretaria a eliminação precoce do terceiro campeão mundial nesta Copa do Mundo não demorou a se refl etir den-tro de campo. Já nos primeiros lances, Uruguai e Itália se es-queceram de jogar bola e pro-porcionaram ríspidas jogadas

na Arena das Dunas. Com sete minutos, cinco faltas já haviam sido marcadas na partida.

O Uruguai entrou em campo de forma defensiva. Preocu-pada com Mario Balotelli, a Celeste Olímpica colocou cinco jogadores em sua linha de de-fesa quando era atacada. Desta forma, restava à Azzurra apenas uma opção para levar perigo: os chutes de fora da área – que ainda assim não foram bem utilizados pelos italianos.

A história do jogo começou a mudar aos 13 minutos do segundo tempo. Marchisio, que

havia falhado na marcação, per-deu a cabeça, fez falta dura sobre Arévalo Rios no campo de ataque da Itália e recebeu o cartão vermelho direto.

A Celeste Olímpica se lançou ao ataque para evitar a eliminação, e, após muito sofrimento, foi buscar a classifi cação com Godín. O zagueiro, que já havia marcado gols decisivos para o Atlético de Madri nesta temporada, se aven-turou ao ataque em cobrança de escanteio aos 35 minutos do segundo tempo, subiu mais alto do que a marcação e colocou o Uruguai nas oitavas.

FICHA TÉCNICAITÁLIAURUGUAI

Local:

Árbitro:

Estádio Arena das Dunas, em Natal (RN)

Marco Rodriguez (MÉX)

Itália: Buff on, Barzagli, Bonucci e Chiellini; De Sciglio, Verratti (Thiago Motta), Marchisio, Pirlo e Darmian; Balotelli (Parolo) e Immobile (Cassano). Técnico: Cesare Prandelli

Uruguai: Muslera, Cáceres, Giménez, Godín e Álvaro Pereira (Stuani); Gonzáles, Arévalo Ríos, Cristian Rodríguez (Ramírez) e Lodeiro (Maxi Pereira); Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez

Gols: Uruguai: Godín, aos 35 minutos do segundo tempo

Cartões: Balotelli, De Sciglio (Itália), Muslera e Arévalo Rios (Uruguai) (A); Marchisio (Itália) (V)

01

NUNO GUIMARÃES/STR/GAZETA PRESS

Zagueiro Godin (número 3) cabeceia para fazer o gol que classifi cou o Uruguai para a segunda fase de mata-mata da Copa

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Page 6: Pódio - 25 de junho de 2014

E6 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

James Rodríguez brilha e Colômbia goleia Japão O meia da seleção colombiana entrou no intervalo do jogo, incendiou a partida, organizou o time e ainda fez um golaço

Classifi cada antecipada-mente às oitavas de fi nal da Copa do Mundo, a Colômbia fechou sua

participação na primeira fase com uma uma goleada de 4 a 1 sobre o Japão e 100% de aproveitamento.

Com um time alternativo, os colombianos não tiveram pudor de atuar no contra-ataque, sain-do na frente em pênalti cobrado por Cuadrado, mas levaram o em-pate no último lance do primeiro tempo, em cabeceio de Okazaki. James Rodríguez entrou no in-tervalo, deu duas assistências para Jackson Martínez e fechou o placar com um golaço.

Com uma formação cheia de reservas, a Colômbia não teve vergonha de adotar um posicio-namento defensivo e apostar nos contragolpes.

Os sul-americanos foram mais efetivos em sua primeira jogada e Ramos foi derrubado na área por Konno. Cuadrado bateu o pênalti com força e abriu o placar aos 16 minutos. E poderia ter ampliado aos 24, quando lançou Jackson Martínez, que foi derrubado, mas o juiz preferiu não apontar outro penal.

Precisando da vitória para so-breviver, o Japão se manteve no

ataque na maior parte do primeiro tempo, levando perigo em chute de Kagawa e quase levando o segundo gol em contra-ataque armado por Arias e Ramos – Ja-ckson Martínez perdeu pratica-mente sem goleiro.

A seleção asiática foi pre-miada pela insistência Aos 45, Kagawa avançou pela esquerda, puxou para o pé direito e cruzou para Okazaki, que se virou para empatar de cabeça.

A classifi cada Colômbia voltou do intervalo com James Rodrí-guez e Carbonero nas vagas de Quintero e Cuadrado. Aos nove minutos, Martínez bateu cruzado de pé esquerdo e fez 2 a 1.

Aos 36, a Colômbia encai-xou a jogada que buscava, com belo passe para Jackson Martínez cortar a marcação e bater de pé esquerdo. O gol fez Pekerman homenagear o experientíssimo goleiro Mon-dragón, de 43 anos, que esteve nas Copas do Mundo de 1994 e 1998. Mondragon se tornou o jogador mais velho a participar de uma Copa do Mundo.

A festa colombiana foi fechada da melhor maneira. Aos 44, James Rodríguez entortou a marcação e marcou um golaço de cavadinha, merecido por sua atuação.

Jackson Martinez marca seu segundo gol no jogo

FICHA TÉCNICAJAPÃO 1COLÔMBIA 4

Local:

Árbitro:

Arena Pantanal, Cuiabá (MT)

Pedro Proença (POR)

Japão: Kawashima; Uchida, Yoshida, Konno e Nagatomo; Aoyama (Yamaguchi) e Hasebe; Okazaki (Kakitani), Honda e Kagawa (Kiyotake); Okubo. Técnico: Alberto Zaccheroni

Colômbia: Ospina (Mondra-gón); Arias, Valdés, Balanta e Armero; Mejía, Guarín, Cua-drado (Carbonero) e Quintero (James Rodríguez); Jackson Martínez e Adrián Ramos. Técnico: José Pekerman

Gols: Japão: Okazaki, aos 45 minutos do primeiro tempoColômbia: Cuadrado, aos 16 minutos do primeiro tempo; Jackson Martínez, aos dez e aos 36 minutos do segundo tempo; James Rodríguez, aos 44 minu-tos do segundo tempo

Tostão

Sangue latino Ao longo dos anos, os trei-

nadores das pequenas e/ou in-feriores equipes aprenderam a jogar defensivamente contra as mais fortes e/ou superiores. A Costa Rica defendeu bem e contra-atacou bem. Mesmo grandes seleções, como a Ho-landa, usam, na Copa, a es-tratégia de marcar mais atrás para contra-atacar.

A modesta seleção iraniana segurou o poderoso ataque da Argentina. Os três atacantes, embolados pelo meio, facilita-ram a marcação. A Argentina

atacava pelos lados, mas os laterais são fracos no apoio. Di Maria deveria ter jogado mais aberto, pela esquerda. Com a entrada de Lavezzi, na ponta direita, a equipe melhorou. Ro-bben, Neymar, Messi, Benzema e outros atacantes têm brilha-do. Robben, que passou toda a carreira jogando pela direita ou pela esquerda, encontrou, na Copa, seu melhor lugar, li-vre no ataque, para aproveitar, no contragolpe, sua habilidade, sua velocidade, sua força física e suas ótimas finalizações. A

estratégia da Holanda é feita para ele.

Benzema, além de artilheiro, sai da área, briga e dá excelen-tes passes. A França confirmou as qualidades dos amistosos realizados antes do Mundial. Junto com a Holanda, assumiu o lugar da Espanha, entre os favoritos, ao lado de Brasil, Argentina e Alemanha. Correm por fora, com chances, Chile, México, Uruguai e Colômbia. É a força da América, do sangue latino.

Neymar costuma brilhar

contra grandes equipes, mas, quando encontra facilidades, como contra Camarões, apro-veita para dar show, com seu imenso repertório técnico, re-cheado de enfeites e de efei-tos especiais. Já Messi é mais contido. Atua do mesmo jeito em qualquer partida. Messi não tem a volúpia de querer ser craque em todos os lances, como Neymar. Messi é mais racional, estratégico. Espera o momento certo, às vezes, único, de fazer um golaço. Já fez dois

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Benzema, além de artilheiro, sai da área, briga e dá excelen-tes passes. A França confi rmou as quali-dades dos amistosos realizados antes do Mundial

CLASSIFICADA

Grécia vence com gol de pênaltiA Grécia e o centroavante Sa-

maras fi zeram história ontem (24), na Arena Castelão, em Fortaleza. Com um gol de pênal-ti marcado pelo centroavante no último lance da partida, os gregos venceram a Costa do Marfi m por 2 a 1 e conquis-taram a classifi cação para as oitavas de fi nal da Copa do Mundo pela primeira vez.

Os gregos saíram na frente com Samaris, aos 42 minutos do primeiro tempo, e tiveram ao menos três chances claras para marcar o segundo gol antes de Bony, aos 27 minutos da segun-da etapa, empatar o jogo. Quan-do o cronômetro passava dos 46 minutos, Samaras recebeu passe na área e foi derrubado por Sio ao tentar fi nalizar.

O resultado deixou os gregos com quatro pontos, na segunda posição do Grupo C. Eliminados,

os marfi nenses terminaram em terceiro, com três pontos.

Nas oitavas, a Grécia enfren-tará a Costa Rica, que terminou na liderança do Grupo D. A par-tida será disputada no próximo domingo, às 16h (de Manaus), na Arena Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, re-gião metropolitana do Recife.

O jogoPrecisando da vitória, a Grécia

sofreu duas baixas por lesão ain-da na metade inicial do primeiro tempo. O meio-campista Kone e o goleiro Karnezis foram subs-tituídos, respectivamente, por Samaris e Glykos.

Aos 42 minutos, um erro da Costa do Marfi m na saída de bola ocasionou a abertura do placar. Tioté atrasou mal a bola para Bamba, Samaris roubou a bola na intermediária, tabelou com

Samaras e saiu frente a frente com Barry. O meio-campista grego só teve o trabalhou de tocar para o fundo das redes na saída do goleiro marfi nense.

Os marfi nenses empataram a partida aos 29 minutos. Kalou deu passe milimétrico para Ger-vinho, que, já dentro da área, só rolou para Bony, que empurrou a bola para o fundo das redes.

A Grécia acertou a trave novamente aos 34 minutos, mas sem tanto perigo. O cru-zamento de Torosidis desviou em Serey Die e bateu na parte de fora do poste esquerdo de-fendido por Barry.

Quando os marfi nenses já co-memoravam a classifi cação, aos 46 minutos, Samaras recebeu na área e, antes de fi nalizar, foi derrubado por Sio. Na cobrança, Samaras colocou a bola no lado esquerdo de Barry.Samaras faz de pênalti, o gol que colocou, pela primeira vez, a Grécia nas oitavas de fi nal da Copa

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E7MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

FICHA TÉCNICANIGÉRIA ARGENTINA

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)12h (de Manaus)

Nicola Rizzoli (Itália)

NIGÉRIA: Vincent Enyeama, Efe Ambrose, Joseph Yobo, Kenneth Omeruo e Juwon Oshaniwa; Ogenyi Onazi, John Obi Mikel, Peter Odemwingie, Michel Baba-tunde e Ahmed Musa; Emmanuel Emenike Técnico: Stephen Keshi

ARGENTINA: Sergio Romero, Pablo Zabaleta, Federico Fernán-dez, Ezequiel Garay e Marcus Rojo; Fernando Gago, Javier Mascherano, Ángel Di María e Lionel Messi; Sergio Agüero e Gonzalo Higuaín. Técnico: Alejandro Sabella

Já classifi cada, seleção de Messi enfrenta nigerianos no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Africanos precisam vencer para garantir vaga

Argentina tenta manter 100% contra Nigéria

Apesar de contesta-da por ainda não ter apresentado um fute-bol convincente, a Ar-

gentina está classifi cada para as oitavas de fi nal. Agora, busca os 100% de aproveitamento na última rodada do Grupo F. Hoje

(25), o time enfrenta a Nigéria às 12h (de Manaus), no

Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Para confi rmar a primeira

colocação da chave, os argentinos pre-

cisam de um simples empate, r e s u l -

tado que

também garan-tirá os nigerianos

nas oitavas. Isso porque os africanos têm quatro pon-tos e só podem ser superados pelo Irã, que tem um ponto e no mesmo horário encara a eliminada Bósnia.

Alejandro Sabella, técnico da Argentina, sabe a importância que tem para a sua equipe uma boa atuação contra os nigerianos. Ele entende, porém, que o mais importante é atingir o objetivo traçado.

“Tínhamos como primeira meta a classifi cação para as oitavas de fi nal e isso foi conse-guido já no segundo jogo. Agora queremos a primeira posição e precisamos ir bem neste jogo, contra uma Nigéria que tem va-lores e que vai nos criar muitas difi culdades”, disse.

O meia Di Maria fez coro com o comandante argentino e é um dos que não concor-dam com as críticas.

“Analisam apenas o resultado contra o Irã (vitória magra por

1 a 0), mas não olham que nosso adversário

colocou os onze jo-gadores em seu próprio campo,

fechando espaços e encurtando as áreas livres.”, falou.

Sabella não quis antecipar se pretende fazer alguma mo-difi cação no time. Ele fechou os treinos antes da partida para esconder qualquer pla-no. Porém a base que vem atuando será mantida.

Pelo lado da Nigéria, o técni-co Stephen Keshi também não deverá promover alterações, pois gostou do comportamen-to de sua equipe no duelo diante dos bósnios, quando os africanos ganharam por 1 a 0. Sobre o jogo diante dos argentinos, mesmo com sua equipe se classifi cando com o empate, ele promete a busca por um triunfo.

“Nós não podemos nos fe-char na defesa e convidar a Ar-gentina para jogar em nosso campo, pois se isso acontecer vamos estar dando um passo para perdermos o jogo. Não dá para fi car acuado diante da Argentina, pois é um ad-versário com muita qualidade técnica e com atletas capazes de desequilibrar o confronto. Temos que jogar de igual para igual e alugar o meio-de-cam-po deles”, analisou.

Equador pode ser a nova vítima da seleção francesa

Dona de um poderoso ataque, que já marcou oito gols em dois jogos, a França, classifi cada para as oitavas de fi nal e com 100% de aproveitamento, tenta fazer mais uma vítima hoje (25), quando encara o Equador às 16h (de Manaus), no Maraca-nã, no Rio de Janeiro (RJ), pela última rodada do Grupo E. Com seis pontos conquistados, três a mais que Suíça e Equador, que disputam a segunda posição, os franceses, por conta do saldo de gols, difi cilmente perderão a primeira posição, mas buscam um novo triunfo para entarem com moral nas oitavas.

Se a França joga em clima de tranquilidade, o Equador tenta uma classifi cação que atual-mente soa como milagre. Com saldo zerado, o time precisa vencer e torcer para que a Suíça, que tem saldo negativo de dois gols, não consiga ganhar de Honduras, no mesmo horário, tirando a diferença.

“Nós estamos melhorando a cada partida, evoluindo no nosso futebol e isso me deixa confi ante de que podemos sur-preender a França e conquistar uma classifi cação histórica. Sei que se a gente ganhar e a Suíça ganhar vamos brigar no saldo de gols, mas se chegarmos a esse ponto é porque vamos ter conse-guido vencer a França e estarei bem feliz”, disse Reinaldo Rueda, técnico do Equador.

A seleção francesa chega bem modifi cada para este confronto. A dupla de zaga titular, Raphael Varane e Mamadou Sakho, será preservada. O primeiro teve uma indisposição estomacal e o segundo apresenta um quadro

de distensão muscular na per-na direita. Assim, o setor será composto por Eliaquim Hans Mangala e Laurent Koscielny. Outro preservado será o lateral esquerdo Patrice Evra, suspenso por acúmulo de cartões amare-los. Lucas Digne assume o posto. O volante Yohan Cabaye cumpre suspensão por acúmulo de car-tões amarelos e fi ca de fora, sendo substituído excelente Paul Pogba.

100%Iranianos sonham com vaga na despedida da Bósnia

Apontado como azarão do Grupo F da Copa do Mundo de 2014, o Irã ainda alimen-ta chances de classifi cação para as oitavas de fi nal. Para conseguir este feito o time entra em campo para enfrentar a Bósnia nesta quarta-feira, às 12h (de Ma-naus), na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), pela últi-ma rodada da primeira fase. Com um ponto conquistado, os iranianos, que tentam se recuperar da derrota de 1 a 0 para a Argentina, pre-cisam vencer e torcer por uma derrota da Nigéria. Já os bósnios, já eliminados, apenas cumprem tabela.

Carlos Queiroz, portu-guês que dirige a Nigéria, tem trabalhado o aspecto psicológico dos jogadores no sentido de mostrar a eles que é perfeitamen-te possível sonhar com a classifi cação. O treinador quer ver seus atletas es-quecendo o que acontece no jogo da Nigéria.

“Nós precisamos nos con-centrar no nosso resulta-do. Dependemos de uma derrota da Nigéria para a Argentina, que não é ne-nhum absurdo. Mas de nada vai adiantar esse resultado ajudar se não fi zermos a nossa parte. Precisamos nos concentrar apenas na Bósnia, pois este jogo vai ser muito complicado, pois nosso adversário é um fran-co-atirador”, analisou.

Pelo lado da Bósnia, o técnico Safet Susic fala em uma despedida honrosa.

“A Bósnia disputou a sua primeira Copa do Mundo

e isso foi muito impor-tante para a história do país. Queríamos ter ido um pouco mais longe, mas já que não foi possível, te-mos que deixar uma boa impressão ganhando pelo menos uma partida. O jogo contra o Irã é a nossa última oportunidade e temos queaproveitar”, disse.

POSSIBILIDADE

FICHA TÉCNICA

BÓSNIAIRÃ

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)

12h (de Manaus)Carlos Velasco Carballo (Espa-nha)

BÓSNIA: Asmir Begovic, Mensur Mujdza, Toni Sunjic, Emir Spahic e Senad Lulic; Haris Medunjanin, Muhamed Besic, Izet Hajrovic, Miralem Pjanic (Tino-Sven Susice Zvjezdan Misimovic; Edin Dzeko. Técnico: Safet Susic

IRÃ: Alireza Haghighi, Pe-jman Montazeri, Jalal Hos-seini, Amirhossein Sadeghi e Mehrdad Pooladi; Andranik Timotian, Javad Nekounam, Masoud Shojaei, Ehsan Haji Safi e Ashkan Dejagah; Reza Ghoochannejhad. Técnico: Carlos Queiroz

FICHA TÉCNICAEQUADOR FRANÇA

Local:

Horário:

Árbitro:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)16h (de Manaus)

Árbitro: Nouman-diez Doue (Costa do Marfi m)

EQUADOR: Alexander Do-mínguez, Juan Carlos Paredes, Jorge Guagua, Frickson Erazo e Walter Ayoví; Antonio Valencia, Oswaldo Minda, Christian Noboa e Jeff erson Montero; Felipe Cai-cedo e Enner Valencia. Técnico: Reinaldo Rueda

FRANÇA: Hugo Lloris, Matthieu Debuchy, Eliaquim Hans Mangala, Laurent Koscielny e Lucas Digne; Moussa Sissoko, Paul Pogba, Blaise Matuidi, Mathieu Valbuena e Olivier Giroud; Karim Benzema. Técnico: Didier Deschamps

Argentinos esperam que, mais uma vez,

Lionel Messi decida a partida para eles

Pogba terá novamen-te a chance de come-çar uma partida como titular nesta Copa

EDU ANDRADE/GAZETAPRESS

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MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Já classifi cada, seleção de Messi enfrenta nigerianos no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre Porto Alegre (RS). Africanos precisam vencer para garantir vaga

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Apesar de contesta-da por ainda não ter Ada por ainda não ter Aapresentado um fute-Aapresentado um fute-Abol convincente, a Ar-

gentina está classifi cada para as oitavas de fi nal. Agora, busca os 100% de aproveitamento na última rodada do Grupo F. Hoje

(25), o time enfrenta a Nigéria (25), o time enfrenta a Nigéria às 12h (de Manaus), no

Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Para confi rmar a primeira

colocação da chave, os argentinos pre-

cisam de um simples empate, r e s u l -

tado que

também garan-tirá os nigerianos

nas oitavas. Isso porque os africanos têm quatro pon-tos e só podem ser superados pelo Irã, que tem um ponto e no mesmo horário encara a eliminada Bósnia.

Alejandro Sabella, técnico da Argentina, sabe a importância que tem para a sua equipe uma boa atuação contra os nigerianos. Ele entende, porém, que o mais importante é atingir o objetivo traçado.

“Tínhamos como primeira meta a classifi cação para as oitavas de fi nal e isso foi conse-guido já no segundo jogo. Agora queremos a primeira posição e precisamos ir bem neste jogo, contra uma Nigéria que tem va-lores e que vai nos criar muitas difi culdades”, disse.

O meia Di Maria fez coro com o comandante argentino e é um dos que não concor-dam com as críticas.

“Analisam apenas o resultado contra o Irã (vitória magra por

1 a 0), mas não olham que nosso adversário

colocou os onze jo-gadores em seu próprio campo,

Argentinos esperam que, mais uma vez,

Lionel Messi decida a partida para eles

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E8 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Honduras e SuíçaDuelo entre centro-americanos e europeus será o último jogo da Copa do Mundo 2014 realizado na sede de Manaus

fazem despedida da arenaA última rodada do

Grupo E da Copa do Mundo de 2014 re-serva um duelo entre

duas seleções que buscam a classifi cação para as oitavas de fi nal de maneira diferente. Enquanto que Honduras quer um verdadeiro milagre, a Su-íça pretende apenas reagir após a humilhante goleada de 5 a 2 para a França. As duas equipes se enfrentam hoje, às 16h (de Manaus), na Arena Amazônia Vivaldo Lima. O duelo, que marcará o adeus histórico dos ama-zonenses à Copa do Mundo, terá o encontro do técnico Ottmar Hitzfeld com o ca-lor manauense, tão criticado pelo comandante suíço.

Com três pontos conquis-tados nesta Copa, a Suíça divide a segunda posição do grupo com o Equador, que no mesmo horário enfrenta a França. Para conseguir se classifi car, os suíços, com saldo negativo de dois gols, precisam ganhar e torcer por tropeço dos equatorianos, que tem saldo zerado. Já Honduras, na lanterna, sem ter pontuado, e com saldo de menos quatro gols, a classi-

fi cação é quase impossível, já que precisa aplicar uma goleada por quatro gols de diferença, além de torcer por uma derrota do Equador.

“Sabemos que a nossa si-tuação é muito delicada, que as nossas chances de classifi -cação são mínimas, mas esta é a oportunidade que temos.

Se ainda temos essa partida por fazer é porque precisamos batalhar enquanto a matemá-tica permitir. Vamos tentar jogar com alegria contra a Suíça, pensando em marcar um gol de cada vez”, disse Luis Fernando Suárez, técnico de Honduras, que viu sua equipe perder de 3 a 0 para a França e de 2 a 1 para o Equador.

Os suíços têm pensamento parecido em relação à neces-sidade de ganhar e garantem que já esqueceram a goleada sofrida para a França.

“Nós temos que ganhar o nosso jogo e esse é o primeiro passo se quisermos a classifi -cação para as oitavas de fi nal. O que vai acontecer no jogo do Equador não é problema nosso. O meu objetivo é que meu grupo de jogadores faça uma grande partida e some três pontos. Se formos elimi-nados ganhando dois jogos é porque pelo menos fi zemos um grande trabalho. Sincera-mente não acho que isso vai acontecer. Acho que vamos ganhar e nos classifi car”, afi r-mou Ottmar Hitzfeld, técnico da Suíça, que tem trabalhado o aspecto mental dos joga-dores desde a goleada para os franceses. Ele se encontra com o temido calor que tanto criticou após saber que sua equipe jogaria em Manaus.

Na seleção de Honduras, o experiente Wilson Palacios, que costuma ditar o ritmo do meio-de-campo, reapare-ce na vaga de Boniek García. Assim, o time se torna um pouco mais ofensivo.

SUÍÇAA seleção europeia não deve ter surpresas. Ott-mar Hitzfeld, avesso a mudanças ditadas ape-nas por conta de um resultado, descartou modifi cações drásticas e deverá manter a base que enfrentou a França

Jogadores da seleção de Honduras fi zeram o reconhecimento do gramado da Arena ontem (24)

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FICHA TÉCNICAHONDURASSUÍÇA

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena Amazônia, em Manaus (AM)

16h (de Manaus)

Nestor Pitana (Argentina)

Honduras: Noel Valladares, Brayan Beckeles, Víctor Bernár-dez, Maynor Figueroa e Emilio Izaguirre; Wilson Palacios, Luis Garrido, Jorge Claros e Roger Espinoza; Jerry Bengtson e Carlo Costly. Técnico: Luis Fernando Suárez

Suíça: Diego Benaglio, Stephen Lichtsteiner, Johan Djourou, Steve Von Bergen e Ricardo Rodríguez; Valon Behrami, Gökhan Inler, Xherdan Shaqiri, Granit Xhaka e Admir Mehmedi; Haris Seferovic. Técnico: Ottmar Hitzfeld

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Page 9: Pódio - 25 de junho de 2014

E9MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Em todo lugar há torcida pela seleção brasileiraLago do Puraquequara se “vestiu” de verde e amarelo para torcer pela vitória da seleção no jogo contra Camarões, na segunda

Enquanto a maioria das pessoas se reunia em pontos de encontro já tradicionais, como

praças ou em ruas enfeitadas por toda a cidade para torcer pela seleção brasileira, um pequeno grupo de apaixona-dos pela seleção, comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari, decidiu tomar outro rumo. Es-ses torcedores canarinhos bus-caram fugir da bagunça que toma conta da parte central da capital amazonense e foram assistir à vitória do Brasil sobre Camarões na traquilidade dos fl utuantes que fi cam localiza-dos no bairro Puraquequara, Zona Leste.

Um exemplo disso é o em-presário Adalberto Silva, 53, que decidiu torcer pela classi-fi cação do Brasil próximo ao Rio Amazonas, fugindo das confusões que acontecem na cidade e aproveitando a linda paisagem do local. “Nos dois primeiros jogos da seleção brasileira fui assistir na praça de alimentação do Eldorado e na tradicional rua Santa Isabel. Em ambos, encontrei muita agitação e não achei conforto para ver as partidas. Já para esse duelo contra Camarões resolvi assistir no fl utuante porque aqui é calmo e pode-mos curtir a natureza que nos

cerca”, disse confi ante de que a seleção brasileira também sairá vitoriosa do confronto contra o Chile, no próximo sábado (28).

Festa no meio do rioSendo paixão nacional, o

futebol encanta e alegra os brasileiros há várias gerações. Em período de Copa do Mundo então essa paixão aumenta e a torcida enlouquece, torcendo para que a seleção brasileira faça bonito dentro de campo

e traga mais um título para o país. Esse clima de festa que tomou conta de Manaus, a partir da chegada dos turistas que vieram assistir aos jogos na Arena da Amazônia, chegou também à população que vive no meio do rio Amazonas.

Em todos os fl utuantes no Puraquequara, no dia do jogo do Brasil, era possível encon-trar torcedores animados ves-

tindo o manto amarelo para empurrar o time canarinho. O pescador Francisco Sampaio mostrava toda sua alegria durante a partida contra Ca-marões. Maravilhado com a realização do Mundial no país, o vascaíno fez a festa em sua residência e convidou amigos e vizinhos para acompanhar o jogo no local.

“Moro no fl utuante e convidei meus amigos para assistirem o jogo aqui. Fizemos um churras-co e vamos torcer por mais uma vitória. Comprei uma televisão maior para poder aproveitar cada partida da Copa. O clima na cidade está muito legal e chegou até aqui. Enfeitamos tudo para torcer pelo sucesso do Brasil”, explicou Chico.

Puraquequara enfeitadoAlém dos fl utuantes e bar-

cos que embelezam a orla do Puraquequara, as casa e ruas também foram enfeitadas e a população local acredita que o Brasil vai conquistar o hexa nes-se Mundial. “Todos estão ani-mados e confi antes no sucesso da seleção. Até porque, ao meu ponto de vista, o Brasil joga o melhor futebol do mundo e só não ganhamos essa Copa por falta de sorte. Neymar é o melhor jogador do mundo e temos a melhor dupla de zaga do torneio”, disse o eletricista Ivan Galvão, 43, que nasceu e foi criado no bairro.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

TRANQUILOO lago do Puraquequa-ra foi escolhido por muitos torcedores, em sua maioria, porque, ao mesmo tempo que é tranquilo, o local também mantém acesa a confi ança na vitória da seleção

Tranquilidade é um dos atrativos que mais agradam a quem foi assistir a partida em fl utuantes

No Puraquequara, por todo lado, é possível encontrar enfeites e torcida pelo time de Felipão

Torcedora comemora um dos gols que garantiram a seleção nas oitavas de fi nal da Copa do Mundo

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E10 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014E10 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 201410

Linhas especiais começam a circular mais cedo hojeA interdição do quadrilátero no entorno da Arena da Amazônia também terá início mais cedo, será feita a partir de 10h

A prefeitura irá anteci-par o início da opera-ção das linhas espe-ciais para o jogo de

hoje entre Honduras e Suíça, marcado para às 16h, na Are-na da Amazônia. Os ônibus começarão a sair dos pontos de embarque ao meio-dia. A saída dos coletivos será feita dos mesmos locais dos jogos anteriores. Será mantida a mudança feita no domingo, 22, no embarque após o jogo para o ponto inicial do itine-rário de três linhas especiais. As rotas 1-Povos da Amazô-nia/ Distrito/arena, 2–Sefaz/ Aleixo/ arena e 3–Eduardo Ri-

beiro/arena ao chegarem ao estádio, farão desembarque na avenida Constantino Nery, mas no retorno o embarque será no sentido bairro/Centro da Djalma Batista, a partir do semáforo localizado em frente ao conjunto Eldorado.

As linhas começam a funcio-nar às 13h e fazem uma pausa às 16h. A partir das 17h30 os ônibus fi carão posicionados nos locais onde foi feito o de-sembarque, nas proximidades da arena, para aguardar os torcedores que irão retornar aos pontos iniciais após o jogo. A tarifa é a mesma praticada nas demais linhas: R$ 2,75.

Dez micro-ônibus adap-tados estarão disponíveis para levar torcedores com mobilidade reduzida até a avenida Constantino Nery. Poderão utilizar o serviço: idosos, obesos e pesso-as com defi ciência, sendo permitido um acompa-nhante para cada pessoa. Os micro-ônibus também começam a operar às 12h

e terão dois pontos de embarque, um na esquina das avenidas Djalma Ba-tista com Pedro Teixeira e outro no estacionamento da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na avenida Mário Ypiranga. No jogo entre Estados Unidos e Portugal, 500 pessoas foram benefi ciadas com o transporte especial.

Acessibilidade

Micro-ônibus que faz acesso ao estádio começa às 12h

Como a interdição das vias que fazem parte do períme-tro de segurança no entorno da Arena da Amazônia come-çará mais cedo, às 10h as li-nhas de ônibus que atendem essa área terão o itinerário alterado a partir do mesmo horário. Ao meio-dia, todo o entorno do estádio estará fechado para o tráfego de veículos. Na avenida Djalma Batista será permitida a ape-nas a circulação de ônibus do transporte coletivo.

Linhas de ônibus da Zona Norte que passam pelas ave-nidas Torquato Tapajós e Constantino Nery serão des-viadas para a Djalma Batista.

As linhas das zonas Oeste e Centro-Oeste que normal-mente atendem a avenida Pedro Teixeira e a Lóris Cor-dovil serão desviadas para as avenidas Dom Pedro, Darcy Vargas e Teomário Pinto.

No caso das linhas 219, 222, 225 e 227 que circu-lam pelo trecho interditado da Lóris Cordovil, entre as avenidas Constantino Nery e Senador Álvaro Maia, o ponto de embarque e desem-barque será na avenida B do bairro Alvorada 1. Os usu-ários dessas linhas poderão se dirigir para esse ponto ou utilizar linhas que passarão na Djalma Batista.

Operações de desvios

Os usuários devem fi car atentos às alterações nas linhas

Agentes do SMTU estão orientando nos pontos de embarque

LINHAS ESPECIAISRota 1- Povos da Amazônia/ Distrito/arena

Embarque: Centro Cultural Povos da Amazônia (bola da Suframa)

Desembarque: avenida Constantino Nery (oposto ao edifício Empire Center)

Embarque retorno: avenida Djalma Batista (a partir do conjunto Eldorado)

Rota 2 – Sefaz/ Aleixo/ arenaEmbarque: Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) – avenida

André Araújo, AleixoDesembarque: avenida Constantino Nery (oposto ao

edifício Empire Center)Embarque retorno: avenida Djalma Batista (a partir do

conjunto Eldorado)

Rota 3 – Eduardo Ribeiro/ arenaEmbarque: largo São Sebastião – avenida Eduardo Ribeiro,

CentroDesembarque: avenida Constantino Nery

(oposto ao edifício Empire Center)Embarque retorno: avenida Djalma Batista (a partir

do conjunto Eldorado)

Rota 4 – Ponta Negra/ arenaEmbarque: calçadão do complexo turístico Ponta Negra

(oposto ao condomínio residencial Aruba) com parada no aeroporto

Desembarque: avenida Djalma Batista (oposto a Universidade do Estado do Amazonas)

Embarque retorno: mesmo local do desembarque

Rota 7 – T3/ Cidade Nova/ arenaEmbarque: terminal de Integração Cidade Nova (T3)

– avenida Noel Nutels, Cidade Nova 1Desembarque: avenida Djalma Batista (oposto a Universidade

do Estado do Amazonas-UEA)Embarque retorno: mesmo local do desembarque

Rota 8 – T5/ V8/ arenaEmbarque: terminal de Integração São José (T5)

– avenida Autaz Mirim, São JoséDesembarque: avenida Darcy Vargas (oposto ao

Amazonas Shopping Center)Embarque retorno: mesmo local do desembarque

KARLA VIEIRA/SEMCOM

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E11MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Voluntários engrandecem Copa do Mundo em ManausCarisma e educação são alguns dos pontos que mais chamam a atenção e agradam aos torcedores que têm ido à arena

O último jogo que Manaus sediará no mundial acontece hoje, às 16h, entre

Honduras e Suíça, mas, para a equipe de 400 voluntários que trabalharam na Arena da Amazônia durante as últimas três disputas para que tudo ocorresse dentro do planeja-do, a saudade do evento já está sendo sentida há alguns dias. Distribuídos por setores de organização, os voluntários são, em maioria, jovens aman-tes de futebol em busca de adquirir experiências com os torcedores estrangeiros.

Sem remuneração, a cap-tação de voluntários para trabalhar com a Fifa durante o evento começou por volta de seis meses antes do início do mundial. A capital ama-zonense foi apontada pelo Jornal Estadão como uma das cidades-sede onde mais pessoas se inscreveram no menor tempo. A inscrição foi feita pela internet. Cerca de 400 voluntários operam na arena, distribuídos entre as agências de marcas, as comitivas das seleções, o atendimento à imprensa e ao torcedor.

A estudante amazonen-se de comunicação e ad-ministração esportiva nos EUA, Eduarda Pavão, está de férias da universidade e aproveitou para voltar a Manaus e rever familiares, mas, aqui, ela disse que o grande saldo do recesso escolar será a experiência adquirida no mundial. “Eu quero trabalhar com jorna-lismo esportivo, então todo o contato que estou tendo com a Copa me deixa ainda mais apaixonada”, disse Pavão, de 19 anos, que colabora no setor de operação de mídia e imprensa.

Segundo a estudante, um dos pontos altos do perío-do de colaboração com a Fifa foi ter ficado próxima ao artilheiro da seleção de Portugal, Cristiano Ronaldo, após o empate de 2 x 2 contra a seleção dos EUA, no último domingo (22). Já com saudade do mundial, Eduarda diz que a capital amazonense merecia sediar mais jogos. “O pessoal está falando tão bem de nós. Não é justo que uma cidade tão bem avaliada não tenha par-tidas de finais”, disse ela.

Antes do início dos jogos, os voluntários passaram por uma maratona de en-trevistas e testes. Os exa-mes testavam o potencial de dinamismo e de comuni-cação dos colaboradores que agora atuam com centenas de torcedores do mundo in-teiro. Com direito a almoço e transporte, os voluntá-rios iniciam os traba-lhos até seis horas antes dos jogos e só deixam o ser-viço após o fim da partida.

O funcioná-rio público Joel Benício aproveitou os feriados nos dias de jogos para guiar os tor-cedores nos arredores da arena. Com inglês e espanhol básico, ele afi rmou que entre dez torcedores que procu-raram por informações, oito eram estrangeiros. “Só estava ali para fazer parte do momento. Nos engajamos muito para trazer bons resultados a cidade no mundial. Fica-mos felizes com a reper-cussão”, contou Benício, que soube da inscrição de voluntários pelos jornais.

Em clima de despedi-da, os funcionários tem-porários do mundial já planejam uma confra-ternização para festejar o sucesso da operação na Arena da Amazônia. Um primeiro evento deve ser realizado ainda hoje, após a partida, entre representantes da Fifa, que devem agradecer o empenho dos colabo-radores amazonenses. Mas os voluntários que-rem mais e planejam ainda um novo encontro para a próxima sema-na, dessa vez em clima mais descontraído.

O sentimento de sau-dade, segundo a advo-gada Anne Arruda, será revertido com “muitas camadas” de aprendiza-do adquirido. “Quem viu o sucesso de Manaus nos jogos e trabalhou para que isso acontecesse, sabe que não são só elo-gios, são conquistas da auto estima de um povo inteiro”, afirmou a advo-gada que pediu licença do escritório onde atua para se dedicar ao vo-luntariado da arena. Ela atua na fiscalização das marcas patrocinadoras do mundial.

Clima de saudade e aprendizado

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Hospitalidade e bom humor são destaques entre os voluntários

Voluntários disponibi-lizam orientações no entorno do estádio

RAPHAEL LOBATOEquipe EM TEMPO

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E12 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Espaço Gourmet é opção

Centenas de pessoas já passaram pela Fan FestEm 12 dias, mais de 260 pessoas já passaram pelo anfi teatro da Ponta Negra, que hoje promete receber bom público

Em apenas 12 dias de Copa do Mundo, a Fifa Fan Fest Manaus já re-cebeu um público de

mais de 260 mil pessoas. O evento, que tem capacidade para 35 mil pessoas por dia, é gratuito. Nesta segunda-feira, 23, dia em que a seleção bra-sileira derrotou a de Camarões por 4 a 1, garantindo sua vaga para a próxima fase, o número de pessoas foi recorde, de 52 mil ao longo do dia. Destas, 34 mil acompanharam o jogo ao vivo no anfi teatro.

O diretor-presidente da Fun-dação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manaus-cult), Bernardo Monteiro de Paula disse que a Fifa Fan Fest Manaus é uma das mais concorridas do Brasil. “A Fan Fest é realmente um suces-so e estou muito feliz pelos resultados. O espaço oferece inúmeras atividades e isso ga-nhou a admiração do público. Todo o evento foi pensando de forma conjunta com diversos órgãos para proporcionar con-forto e segurança a quem nos visita”, declarou.

O sucesso de operação do evento envolve uma equipe diária de mais de 1,5 mil pes-soas de 24 órgãos das esferas federal, estadual e municipal. Para garantir a segurança do público, foi montando um es-quema com a Polícia Militar e Guarda Metropolitana. No pe-rímetro interno, mais de 200 stewards (seguranças particu-lares) garantem a tranquilidade de todo o espaço.

“As entradas principais pos-suem catracas que controlam a entrada e saída do público. Há ainda o controle de acesso de itens que podem causar algum tipo de acidente. Por isso, a revista é feita por profi ssionais treinados”, informou .

Segundo a organização do evento, os patrocinadores tam-bém oferecem atividades gra-tuitas que divertem o público. “A experiência de outros festivais nacionais também foi inserida em nosso espaço. Temos uma praça de alimentação que ofe-rece diversas opções, tirolesa para quem quer mais emoção, brindes, brincadeiras e concur-sos. É uma festa intensa que vai

até o fi m da Copa”, acrescentou o coordenador da Fan Fest, Aristóteles Almeida Neto.

EstruturaDentro da estrutura ofere-

cida para acesso a Fan Fest e dentro da festa estão: trânsito, mobilidade, segurança, saúde e atenção aos menores. “Tudo vem funcionando da melhor forma. Sem contar a limpeza que, junto com as cooperativas de reciclagem, está dando um show. É um sucesso conjunto e posso afi rmar que isso só traz boas experiências a Manaus. Tenho certeza que a Copa com-provou que temos capacidade para recebermos bem gran-des eventos, a população e visitantes”, fi nalizou Monteiro de Paula.

A Fifa Fan Fest é um even-to que visa promover a união dos fãs de todo o mundo nos jogos da Copa do Mundo A edição da festa em Manaus é realizada em um espaço de 36 mil metros quadrados e ocorre todos os dias de 11h às 20h, contando com shows regionais e nacionais, além de outras atrações culturais. O público pode conferir todos os jogos do Mundial em um telão de 56 metros quadrados, além de mais dois de 24 quaadrados espalhados pelo perímetro.

Pausa na programaçãoNesta sexta-feira, 27, não ha-

verá Fan Fest devido à pausa que ocorre nas transmissões dos jogos da Copa. O even-to retorna normalmente no sábado, 28, com o jogo entre Brasil x Chile. Após a decisão das oitavas de fi nal, o evento fechará no-vamente nos dias 2 e 3 de julho, voltando normalmente na próxima sexta-feira, dia 4. Nos dias 6 e 7 de julho também não haverá Fan Fest. Com a decisão das quartas de fi nal, os portões abrem normalmen-te no dia 8 de julho. Nos dias 10 e 11 de julho também não haverá programação. O evento voltará somente no dia 12 de julho, com a decisão do jogo dos 3° e 4° lugares do campe-onato e no dia 13 de julho com a decisão da Copa do Mundo no Brasil.

Espaço Gourmet é opção

do Mundial em um telão de 56 metros quadrados, além de mais dois de 24 quaadrados espalhados pelo perímetro.

Pausa na programaçãoNesta sexta-feira, 27, não ha-

verá Fan Fest devido à pausa que ocorre nas transmissões dos jogos da Copa. O even-to retorna normalmente no sábado, 28, com o jogo entre Brasil x Chile. Após a decisão das oitavas de fi nal, o evento fechará no-vamente nos dias 2 e 3 de julho, voltando normalmente na próxima sexta-feira, dia 4. Nos dias 6 e 7 de julho também não haverá Fan Fest. Com a decisão das quartas de fi nal, os portões abrem normalmen-te no dia 8 de julho. Nos dias 10 e 11 de julho também não haverá programação. O evento voltará somente no dia 12 de julho, com a decisão do jogo dos 3° e 4° lugares do campe-onato e no dia 13 de julho com a decisão da Copa do Mundo

Espaço Gourmet está localizado próximo ao anfi teatro, oferece comidas rápidas e abre diariamente

Em dias de jogos do Brasil público lota anfi teatro da Ponta Negra Atrações nacionais sempre levam grande público à Fifa Fan Fest

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Entretenimento e se-gurança são apontados como pontos fortes do evento

E12 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Entretenimento e se-gurança são apontados como pontos fortes do evento

Quem está aproveitando a programação da Fifa Fan Fest pode repor as energias com as opções oferecidas no Espaço Gourmet, loca-lizado próximo ao anfite-atro. Churrasco e massas,

como a p i zza

em cone, estão entre as opções do cardápio.

O espaço é convidati-vo, amplo e arejado e o atendimento também foi elogiado por clientes que passaram pelo local. “É muito bom. Fomos atendi-dos com atenção, sem de-

mora”, disse o profes-sor universitário Manuel Ricardo. Para a assisten-te administrati-va Érica Torres o que mais chamou a atenção foi a es-trutura montada.

“O local não possui climatização e, apesar do

calor de sempre, está bem arejado. A comida também é ótima”, concluiu.

Um dos responsáveis pelo Espaço Gourmet, Antônio Vieira atribuiu o sucesso do restaurante ao atendimento rápido e aos preços acessí-veis praticados. “Quem vem para a Ponta Negra não quer perder tempo. Então, procura-mos atender no menor tempo possível, oferecendo preços que não pesem no bolso do cliente”, declarou.

A qualidade dos alimentos é atestada por fi scais do Depar-tamento de Vigilância Sanitá-ria (DVisa), da Secretaria Mu-nicipal de Saúde (Semsa).

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E13MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Alerta sobre garrafas e espetosA Prefeitura de Manaus

está orientando torcedores brasileiros e estrangeiros a evitar o consumo de bebi-das em garrafas de vidro nos locais onde estão ocorrendo concentrações de público em função dos jogos da Copa. Um desses espaços é o largo São Sebastião, no Centro, onde equipes do Departamento de Vigilância Sanitária (Dvisa) e da Secretaria Municipal de Feiras, Mercados, Produção e Abastecimento (Sempab) es-tão reforçando a fi scalização ao comércio.

Segundo o diretor de Vigi-lância Sanitária de Manaus, Marcos Fabris, as equipes de fi scalização da DVisa já têm ido ao largo diariamen-te, onde, em média, de oito a dez estabelecimentos são vistoriados. “Desde ontem, a fi scalização ganhou ainda o apoio da Polícia Militar”, disse. O diretor lembrou que

apesar de não existir regula-mentação formal que proíba a comercialização, há uma preocupação muito grande em manter a segurança dos visitantes e do público.

Outro risco apontado é em relação aos espetos utilizados na comercialização de chur-rascos. “Agentes da Sempab estão atuando na retirada dos vendedores ambulantes que descumprem as normas e

impedindo que eles atuem na-quele local”, explicou Fabris.

O secretário da Sempab, Fábio Pacheco, explicou sobre o trabalho na área. Segundo ele, a orientação é para que os ambulantes estejam dis-tantes pelo menos um quilô-metro da área que concentra o público.

“Ambulantes que são encon-trados no perímetro proibido e que não possuem a auto-rização da prefeitura, estão tendo a mercadoria apreen-dida. Esse é o trabalho da Sempab. Agora, as pessoas também precisam colaborar e evitar consumir bebidas em garrafas de vidro. Assim, con-seguiremos evitar acidentes”, disse Pacheco, acrescentando que a fi scalização na área vai aumentar. Na última sema-na, a equipe de fi scalização da Sempab apreendeu duas churrasqueiras só no largo São Sebastião.

PERIGO

DISTÂNCIASegundo o secre-tário da Sempab, Fábio Pacheco, a orientação é para que os ambulantes estejam distantes pelo menos um qui-lômetro da área que concentra o público

Um dos riscos apontados é em relação aos espetos utilizados na comercialização de churrascos

Manaus em segurançaPlano Operacional de Segurança Pública, desenvolvido pelo governo do Estado, entrará em uma nova fase após operação no último jogo na Arena da Amazônia, que acontece nesta quarta-feira, entre Honduras e Suíça

O Plano Operacional In-tegrado de Seguran-ça Pública para a Copa do Mundo em Manaus

encerra sua primeira fase com a operação a ser realizada para o jogo entre Suíça e Honduras, na Arena da Amazônia, hoje, às 16h. De acordo com a Se-cretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), a se-gunda fase, que não terá mais a necessidade de aparato na arena, inclui a continuidade das operações nos demais pontos de interesse, como aeroportos, portos e eventos públicos de exibição de jogos.

Executada por cerca de 30 órgãos federais, estaduais e municipais, o Plano Operacio-nal é coordenado a partir do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICC-R), em ligação com o CICC Nacional, em Brasília (DF). Segundo o secretário de Segurança Pública e coordenador regional do Pla-no Operacional, Paulo Roberto

Vital, o sistema está preparado para repetir o sucesso da segu-rança nas três provas anterio-res, quando Manaus recebeu delegações do porte de Itália, Inglaterra, Portugal e Estados Unidos. “É com satisfação que vamos para o último jogo na Arena da Amazônia, conscien-tes de que estamos aplicando um modelo de excelência na garantia da segurança dos tu-ristas e da população. Nossa capital só respira alegria e muita festa nesta Copa do Mundo”, afi rmou Vital.

OperaçãoPelo menos 5 mil servidores

dos órgãos presentes no CICC-R, como Forças Armadas, polí-cias Federal, Rodoviária, Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Ma-naustrans, Detran e Gabinete de Gestão Integrada (GGI) já estão em operação desde segunda-feira, 23, quando desembarca-ram em Manaus as delegações de Suíça e Honduras.

“Naturalmente que o maior efetivo é de policiais militares, que fazem o policiamento os-tensivo e preventivo nas ruas. Todos estão vendo a grande quantidade de turistas estran-geiros e nacionais que fazem festa dia e noite nos nossos principais pontos de concen-tração, como Ponta Negra e o entorno do Teatro Amazonas. Por isso, não relaxamos com o plano de segurança”, afi rmou o secretário.

Só no perímetro de segurança do estádio serão empregados 1,5 mil policiais militares, em acréscimo ao efetivo já em-pregado na segurança diária pela Polícia Militar. Em todas as vias de acesso à arena estarão montados pontos de verifi cação de veículos e pessoas. “A PM é a responsável pela triagem de todo público e profi ssionais credenciados para acessar a arena. Em parceria com o Ma-naustrans, essa operação tem sido um sucesso”, disse Vital.

A Polícia Civil estará com plantão reforçado nas de-legacias dos Distritos In-tegrados de Polícia (DIP) próximos ao estádio, como o 10º, o 12º e as delegacias de Grandes Eventos e Mó-vel, esta última no Fifa Fan Fest da Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus.

Para o secretário-adjunto de Grandes Eventos da SSP-AM e coordenador do CICC-R, Dan Câmara, é quase im-possível que uma ocorrência em qualquer ponto da cidade deixe de ser registrada pela operação. “Estamos presen-tes em todos os pontos da cidade. O Plano Integrado de Operação foi concebido para prover segurança com excelência, com qualidade.

Ainda que o jogo entre Suíça e Honduras não seja – dos quatro – o que atraía mais a atenção do torcedor, nossa segurança vai estar presen-te da mesma forma que nos anteriores”, disse Dan.

O coordenador do CICC disse que, até o momento, nenhuma ocorrência impor-tante aconteceu nas áreas de interesse do evento. São 14 pontos escolhidos, como os aeroportos internacio-nal Eduardo Gomes e o de Ponta Pelada, o porto de Manaus, os hotéis das de-legações, os centros ofi ciais de treinamento, a estação rodoviária e outros. “Para se ter uma ideia da situação da segurança, em Manaus, principalmente para quem

não está aqui acompanhan-do de perto, a maioria das ocorrências é furto de celu-lar e perda de documentos”, afi rmou Dan Câmara.

Duzentas e sessenta e cinco câmeras, mais uma de alto potencial de capta-ção de imagens acoplada a um helicóptero, estão à disposição do CICC-R para ajudar no monitoramento da cidade. Todas são acompa-nhadas vinte e quatro horas no Ciops e no próprio centro de comando, auxiliando a operação pontual das forças de segurança. Só no entorno da Arena da Amazônia, 30 câmeras de alta resolução de imagens acompanham toda a movimentação do público e veículos.

Plantão reforçado nas delegacias

Só no perímetro de segurança do estádio serão empregados 1,5 mil policiais militares

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E14 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Russos acompanham organização do Brasil

País sediará o Mundial de 2018 e grupo de organizadores tem se reunido com autoridades brasileiras para trocar informações

Uma delegação do Comitê Organiza-dor Local (COL) da Copa do Mundo da

Rússia 2018 está no Brasil acompanhando a organiza-ção do Mundial realizado no país. A ideia é recebe-rem informações e verem de perto todos os processos que envolvem sediar o maior evento esportivo do mundo, que transcorre nas 12 subse-des brasileiras e tem a final marcada para 13 de julho,

no Rio de Janeiro.A delegação russa tem se

reunido com frequência com membros do COL da Copa no Brasil e recentemente se encontraram com auto-ridades do Rio de Janeiro: o governador Luiz Fernando Pezão, o secretário estadual de segurança José Mariano Beltrame, o secretário es-tadual de turismo Claudio Magnavita, entre outros.

“A Copa no Brasil é, em essência, nossa principal e

única oportunidade de ob-servar em tempo real como o torneio é realizado”, disse o presidente do COL e mi-nistro dos esportes russo, Vitaly Mutko. “Por isso, de-senvolvemos um programa de cooperação e observa-ção que vai utilizar prati-camente todas as pessoas envolvidas na preparação da Copa do Mundo de 2018. Assim eles podem ver o que vamos enfrentar daqui a quatro anos”.

IntercâmbioSegundo o diretor executivo

do COL da Copa da Rússia, Alexey Sorokin, de 30 a 40 russos estão envolvidos dire-tamente no programa de ob-servação do Mundial de 2014. Ao todo, a delegação tem cerca de cem pessoas. Eles visitaram o Maracanã, onde a Rússia perdeu para a Bélgica por 1 x 0 no domingo (22). “Pudemos acompanhar que a organização da Copa no Brasil tem sido muito bem feita. Com certeza

temos muito a nos benefi ciar desse intercâmbio”.

O país também resolveu ins-talar no Rio de Janeiro, desde o início da competição, a Casa da Rússia, espécie de quar-tel general das organizações governamentais, empresas e mídia do país. Com áreas de hospitalidade, salas de reuni-ões, restaurantes, bares e área de imprensa exclusiva para os credenciados numa área de 1.120 metros quadrados, o lo-cal serve para promover o país

em localização privilegiada: de frente para a Baía de Guana-bara e o Pão de Açúcar, ao lado do aeroporto Santos Dumont e a 15 minutos do Maracanã.

“O Brasil é um país de di-mensão continental e é uma boa oportunidade para a de-legação russa observar a ci-dade e o Estado. Estamos à disposição para auxiliar, ajudar no que for preciso e também aprender”, disse o governador fl uminense em encontro com a delegação russa.

Pai e fi lho do Chile dirigem 12 mil km para ver jogos

CLIMA DE COPA

A aventura começou cinco dias antes da estreia do Chile na Copa do Mundo, na Arena Pantanal, em Cuiabá. Por meio das redes sociais, torcedores chilenos combinaram uma me-gacaravana de 800 veículos até o Brasil. Não há número certo, mas viajaram em tor-no de 3,5 mil pessoas. Felix Canelo e o fi lho, de mesmo nome, resolveram participar do comboio. Os dois escala-ram mais dois amigos para ajudar na aventura e deixaram Valparaiso de carro, rumo ao Brasil. “A gente dirigia de 10 a 12 horas por dia. Parava para revezar na direção a cada três ou quatro horas. Mas não podia beber durante o caminho. Só à noite, tomava uma cerveja”, contou Canelo pai.

Para sair do Chile, o grupo enfrentou o primeiro contra-tempo. A polícia rodoviária do país fechou a estrada por causa das más condições, após uma nevasca forte. O obstáculo de-terminaria o atraso da carava-na, que se dividiu. Um grupo esperou o tempo melhorar. Outro, integrado pela família Canelo, seguiu um caminho alternativo, 1,2 mil quilômetros mais longo. “O grupo todo se reencontrou já na Argentina”,

contou Canelo fi lho.

DescansoNas duas primeiras noites,

os integrantes da caravana descansaram em hotéis. Mas como a aventura não fi caria completa sem um pouquinho de hospedagem alternativa, a partir daí, os chilenos acampa-ram. Na Argentina, ainda fo-ram achacados pelos policiais. “Cobraram de US$ 200 a US$ 500 para passar cada carro”, criticou Canelo pai. No Brasil, não tiveram problema. Só com a língua. Um dos chilenos levou um livro de expressões em por-tuguês para se comunicar por aqui. Desistiu logo ao cruzar a fronteira. “Qual é o caminho até Dourados (no Mato Gros-so do Sul)”, esforçou-se para falar. “São 7h30”, respondeu o brasileiro, para gozação geral do grupo.

Na cidade sul-mato-gros-sense, mais uma noite de cam-ping, até seguir rumo a Cuiabá. Ao chegar à capital do Mato Grosso, o grupo havia percor-rido uma distância de quase 5 mil quilômetros. “A viagem valeu a pena”, festejou Canelo pai, por conta da boa vitória na estreia, contra a Austrália (3 x 1), na Arena Pantanal.

Felix Canelo (à direita) percorrerá quase 12 mil quilômetros de carro para completar a aventura pelo país do futebol

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De Cuiabá, o grupo seguiu cerca de 2 mil quilômetros de carro até Itaboraí (RJ), onde fi cou em um camping. No jogo no Maracanã, só Canelo fi lho conseguiu ingresso. O pai fi -cou de fora, mas a vitória sobre a Espanha (2 x 0) serviu de consolo. De lá, os chilenos viajaram até São Paulo. Os 471 quilômetros de distância

pareciam piada perto do que já haviam passado. Deixaram o veículo próximo à Estação Artur Alvim, mas não consegui-ram ingresso para o jogo no Itaquerão. Decidiram, então, participar da Fan Fest, no Vale do Anhangabaú. No fi m das contas, até deram sorte, diante da derrota para a Holanda.

Os outros dois integrantes

do grupo fi caram em Itaquera. Como irão se encontrar, já que ninguém está com celular? “O primeiro que chegar deixa um bilhete no carro dizendo para onde foi”, diverte-se Canelo pai. Apesar da boa campa-nha do Chile na primeira fase do Mundial, compromissos profi ssionais fariam o grupo retornar a São Paulo na noite

de segunda-feira (23). “Será mais fácil a volta. A gente vai por Córdoba (na Argentina)”, explicou Canelo pai, pronto para encarar mais 3,6 mil qui-lômetros de estrada. No fi nal, os 11.877 quilômetros que os quatro percorrerão represen-ta mais do que a distância entre São Paulo e Amsterdã, na Holanda.

Cansaço? Que nada! Diversão garantida

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Russos acompanham Russos acompanham

E14 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

A ideia é ver de perto todos os processos que envolvem sediar o maior evento esportivo do mundo

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E15MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

Novos voos devem conter eventual alta de preços de passagens aéreas durante a Copa

Anac pode autorizar mais voos A Agência Nacional de

Aviação Civil (Anac) pode autorizar novos voos para conter eventual alta de pre-ços de passagens aéreas durante a Copa do Mun-do, de acordo com o dire-tor-presidente da agência, Marcelo Guaranys. Ele re-comendou que torcedores se antecipem para garantir passagens áreas mais bara-tas para as partidas finais do Mundial.

Segundo Guaranys, a auto-rização de voos é o mecanis-mo de que a Anac dispõe para evitar a disparada de preços, que são livres no Brasil e variam de acordo com a de-manda. “Cada vez que temos preços mais altos temos a possibilidade de ofertar no-

vos voos”, disse. Ele explicou que a autorização é dada ra-pidamente às companhias, condicionada à capacidade dos aeroportos.

Até agora, o diretor-presi-dente da Anac garante que houve redução de preços de passagens por causa do au-

mento da oferta de voos na Copa. “Temos monitorado as vendas e verificamos que os preços foram mais baixos que ao longo do ano”. Porém, segundo ele, com a concen-tração dos próximos jogos em oito das 12 subsedes, são maiores as chances de as passagens subirem. “No dia da final, por exemplo, é provável que os preços este-jam mais altos”, destacou.

Guaranys também dis-se que o monitoramento dos aeroportos ficará mais tranquilo com a chegada do Mundial às oitavas de final e a redução das sub-sedes. A partir de sábado (28) não haverá mais jogos em Curitiba, Manaus, Natale Cuiabá.

Whatsapp pela saúde na CopaMédicos das 12 subsedes

da Copa do Mundo – inclusive os que atuam diretamente nos estádios – utilizam um grupo criado no Whatsapp (aplicativo de mensagens para celular) com o intuito de compartilhar informa-ções e experiências durante o Mundial.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da So-ciedade Brasileira de Aten-dimento Integrado ao Trau-matizado, Gustavo Fraga, explicou que a maioria dos profi ssionais são cirurgiões, intensivistas, anestesistas e pediatras da rede pública e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“A partir de Santa Maria (incêndio na boate Kiss), a gente viu que os recursos que temos hoje são importantes para mobilizar equipes em diferentes locais. A estra-tégia acaba levando a um

aprendizado para todos os profi ssionais que participam dessa rede”, explicou.

Fraga destacou que, ao fi nal de cada jogo, os profi ssionais compartilham, por exemplo,

o número de atendimentos realizados e a quantidade de pacientes que precisaram ser removidos para um hospital. A maioria dos casos registra-dos, segundo ele, apresenta dor de cabeça associada à

pressão alta, intoxicação, diarreia e consumo de álcool em excesso.

Apesar da baixa demanda por atendimento de pesso-as envolvidas em pequenos conflitos, o grupo permane-ce alerta para acompanhar o jogo de hoje entre Argen-tina e Nigéria, em Porto Alegre (RS). O motivo: o grande número de torce-dores argentinos no país e a rivalidade entre o país vizinho e o Brasil.

“Nosso grupo está mon-tado e continua até o final da Copa. A ideia é mantê-lo ativo mesmo depois disso, para casos de atendimento em desastres ou aciden-tes com múltiplas vítimas”, disse. “Afinal, a Copa vai passar, mas os problemas na saúde vão continuar. E os legados na área da saúde vão ser pequenos em rela-ção aos demais”, concluiu.

EXPERIÊNCIAS

Médicos utilizam o grupo criado no Whatsapp para trocar informações e experiências

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Os irmãos ingleses Alan e Stephen Evans não pen-saram duas vezes

quando a seleção da Ingla-terra conquistou a vaga para a Copa do Mundo no Brasil: iriam matar a vontade de conhecer o país e ainda por cima assistir ao vivo o seu primeiro Mundial.

Os dois saíram de Birmin-gham para seguir o English Team em terras brasileiras. Os planos não saíram exa-tamente como o previsto porque a seleção de Wayne Rooney e companhia perdeu os dois primeiros jogos e acabou eliminada ainda na

primeira fase. Mas, mesmo desapontados com o desem-penho da equipe, os irmãos Evans estão achando a via-gem “fantástica”.

“Nós esperávamos mais do time, porque temos bons jogadores como Rooney e Sturridge, mas estamos ado-rando o Brasil. Estivemos em Manaus, Recife, Rio e Belo Horizonte. Vimos o jogo entre Brasil e Camarões na Fan Fest no Rio de Janeiro e foi uma das experiências mais incríveis que já tive”, disse Stephen, acrescentan-do que, com o adeus da In-glaterra, agora vão se juntar aos brasileiros na torcida,

principalmente se for contra a Argentina, brincam, devido ao famoso gol de mão de Maradona na Copa de 1986 contra os ingleses.

Os irmãos também se im-pressionaram com Manaus, onde a Inglaterra enfrentou a Itália. “É uma cidade muito diferente de qualquer outra que já conhecemos. A fl ores-ta e os arredores de Manaus são sensacionais. Ficamos muito felizes com a recepção e o calor humano dos brasi-leiros. Vai ser inesquecível”, emendou Alan.

Embora a seleção ingle-sa vá embora mais cedo, os dois vão continuar no

Brasil. “Ainda vamos co-nhecer Brasília e São Paulo. Para nós, a organização da Copa está ótima, os está-dios são muito bons e não tivemos nenhum problema com aeroportos, hotéis ou transporte”, disse Alan.

“Tivemos algumas difi cul-dades com a língua, não encontramos muitos brasi-leiros que falam inglês, mas todos sempre tentam ajudar de alguma maneira”, com-pletou Stephen, enquanto curtia uma autêntica cerveja brasileira na esplanada do Mineirão antes do jogo entre Inglaterra e Costa Rica, na terça-feira (24).

Alan (E) e Stephen Evans na esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte: primeira e inesquecível Copa do Mundo

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ESTRATÉGIA

PASSAGENSDiretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Marcelo Guaranys recomendou que torcedores se an-tecipem para garantir passagens áreas mais baratas para as parti-das finais do Mundial

Mesmo decepcionados com a seleção da Inglaterra, irmãos de Birmingham fazem viagem “fantástica” pelo Brasil e elogiam Manaus

Ingleses não querem mais deixar o Brasil

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Page 16: Pódio - 25 de junho de 2014

E16 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2014

ESPECIAL COPA 2014EDIÇÃO Michele GouvêaTricia Cabral

REPORTAGENS Raphael LobatoThiago Fernando

REVISÃO Dernando MonteiroGracicleide Drummond

DIAGRAMAÇÃOLeonardo Cruz, Marcelo Robert, Marcones Freire e Pablo Filard

Na tarde de hoje, a bola rola na Arena da Amazônia Vivaldo Lima para o último

jogo da Copa do Mundo 2014 em Manaus. Os astros dessa partida histórica serão os joga-dores das seleções de Honduras e Suíça. O jogo começa às 16h (de Manaus). A expectativa é que o estádio esteja lotado, como aconteceu em todos os outros jogos que foram dispu-tados na cidade.

O jogo defi ne qual seleção se classifi cará para a segunda fase do Mundial. Os torce-dores de ambos os países já estão na capital do Amazonas e prometem muita alegria no estádio. Nas ruas da cidade, a festa também será grande. Um grupo de torcedores apro-veitará esse jogo da mesma maneira que aproveitaram os outros que ocorreram na cidade: apenas pela TV. São as pessoas que não consegui-ram comprar ingressos para as partidas que aconteceram na Arena da Amazônia.

O auxiliar administrativo Cás-sio Lima, 19, faz parte desse grupo. O jovem não conseguiu adquirir os ingressos quando as vendas foram abertas pela

primeira vez. Acreditando que ainda conseguiria uma entrada, Cássio entrou outras vezes no site da Fifa para tentar, mas no-vamente não teve sorte. “Tentei comprar, mas não fui sorteado. As vésperas dos jogos na cidade fui atrás também, porém não consegui comprar. O jeito foi assistir com a família e amigos no largo. O clima está bem le-gal por aqui. Podemos observar que Manaus está crescendo a

cada dia. Futuramente pode-rei conhecer a arena”, disse Cássio que gostaria de ter ido ao jogo de Portugal contra os Estados Unidos.

TentativasO estudante Luciano Perei-

ra, 16, também não conse-guiu entradas para os jogos que aconteceram na capital

do Amazonas. Segundo ele, o jeito foi aproveitar o clima que tomou conta da cidade e curtir nos pontos ofi ciais de torcida. “Faltou interesse no começo das vendas. Só fui atrás às vésperas da Copa do Mundo. Quando fui já era tarde, os ingressos mais em conta já estavam esgotados. Gostaria de ter ido ver o jogo entre Itália e Inglaterra. Sou fã do Balotelli por causa do futebol-arte que ele mostra em campo. Tentarei ver os jogos do próximo Mun-dial que acontecerá na Rússia”, disse o estudante.

Para os manauenses que fi caram sem ingressos, uma solução foi reunir os amigos e familiares para assistir os jogos da Copa do Mundo. O economis-ta André Reis, 32, tirou férias do trabalho justamente no período do Mundial para não perder ne-nhum jogo. Ele tentou adquirir entradas a partir da segunda fase do sorteio, ainda no ano passado, mas em nenhuma das tentativas obteve êxito. “Tentei comprar para minha família, mas não fui contemplado. Ainda corri atrás antes dos jogos, mas os ingressos restantes estavam nas mãos dos cambistas e o valor pedido era muito alto. Preferi então fazer churrasco e ver em casa com a família”, lamentou André.

Embaixador vai à arena ver o jogoO prefeito Arthur Virgílio

Neto recebeu, ontem, no Pa-lácio Rio Branco, véspera do jogo entre Honduras e Suí-ça, o embaixador hondurenho Jaime Güell Bográn, que veio a Manaus para assistir ao jogo da seleção do seu país. Ele afi rmou que mais de 4 mil hondurenhos também de-vem prestigiar a partida, que ocorrerá às 16h, na Arena da Amazônia Vivaldo Lima.

O embaixador não poupou elogios à cidade e afi rmou que muitos hondurenhos estão pla-nejando voltar para visitar Ma-naus mais vezes. Jaime Güell comentou que há dois meses recebeu, em Brasília, a visita do prefeito Arthur Virgílio Neto e que, atendendo ao convite feito por ele, veio, pessoal-

mente, prestigiar a partida de Honduras em Manaus.

“Venho assistir ao jogo da minha seleção e espero sair daqui com uma vitória por 3 a 0. Espero também contar com a torcida dos manauen-ses. Temos, hoje, na cidade cerca de 4 mil hondurenhos

e estou seguro de que eles devam voltar, porque Manaus é muito linda”, afi rmou ele.

O prefeito disse que é uma honra receber o embaixador e se mostrou otimista em saber que os hondurenhos podem compor uma parte dos turistas que devem ser fi delizados em Manaus após a copa.

“Bográn é um diplomata muito honrado e uma fi gura humana muito rica. Fico muito feliz em tê-lo em Manaus e, ao mesmo tempo, em vê-lo disposto a conhecer a nossa cidade. Ele está muito seguro de que muitos hondurenhos, que vieram assistir à parti-da na nossa arena, vão vol-tar para a nossa cidade que ‘desabrocha’ para o turismo internacional”, disse.

HONDURAS

Embaixador hondurenho Jaime Brográn elogiou Manaus para o prefeito Arthur Virgílio

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CONVITEJaime Güell comentou que há dois meses recebeu, em Brasília, a visita do prefeito Arthur Virgílio e que, atendendo a convite, veio, pessoalmente, prestigiar a partida de Honduras em Manaus

Blatter encerra Fifa 11 em Manaus A cerimônia de encerra-

mento do programa Fifa 11 pela Saúde contará com a presença do presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blat-ter, e do idealizador do pro-grama, o médico suíço Jiri Dvorak. A cerimônia acon-tece amanhã, na Arena da Amazônia, às 9h.

O evento terá a presença do prefeito Arthur Virgílio Neto, do secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, e do secretário municipal de Educação, Hum-berto Michiles, além dos 400 estudantes das 11 escolas municipais selecionadas para participação no programa.

No Brasil, o Fifa 11 pela Saúde é resultado de uma

parceria da Fifa com a Confe-deração Brasileira de Futebol (CBF) e os ministérios do Es-porte, da Educação e da Saú-de, implantado em todas as 12 cidades que são sedes da Copa do Mundo de 2014.

A ideia é propor a atividade física e promover hábitos

saudáveis entre as crianças e adolescentes, a fi m de prevenir ou minimizar fa-tores de risco de doenças. O programa é destinado a alunos de escolas públicas da educação básica, na fai-xa-etária de 12 e 13 anos, sendo meninos e meninas.

O encerramento do pro-grama ocorre um dia depois da última partida no está-dio de Manaus entre Suíça e Honduras. “É fantástico unir esporte, educação e saúde. As três coisas se completam e nós não poderíamos estar fora. Será a complementa-ção de um ciclo importante, depois de um longo trabalho durante esta Copa do Mundo”, afi rmou Homero de Miranda Leão Neto.

SAÚDE

Presidente da Fifa, Joseph Blatter participa de encerramento do programa Fifa 11 pela Saúde

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PARCERIAO Fifa 11 pela Saúde é resultado de uma parceria da Fifa com a CBF e os ministé-rios do Esporte, da Educação e da Saúde, implantado nas 12 cidades que são sedes da Copa do Mundo

Agora é tarde...“Desligados”, muitos torcedores manauenses ficam sem ingressos para os jogos da Copa do Mundo

ALTERNATIVAO estudante Luciano Pe-reira também não con-seguiu entradas para os jogos que aconteceram em Manaus. Segundo ele, o jeito foi aproveitar o clima que tomou conta da cidade e curtir nos pontos ofi ciais

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

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ta André Reis, 32, tirou férias do trabalho justamente no período do Mundial para não perder ne-

HONDURAS

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