Upload
tereza-pereira
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/21/2019 233-906-1-PB
1/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 4
MDIACOMO
DROGA
LaudatioaHarryPross,emseuaniversriode80anos
porNorvalBaitelloJunior1
Resumo:
Otema
da
ritualizao
da
mdia
edos
processos
comunicativos
tem
no
pensamento
de
Harry
Prossumpapeldedestaque.Em seu livro (organizadojuntamentecomC.D.Rath),RitualederMedienkommunikation (Rituais da comunicao damdia), de 1983, em inmeros artigos parajornais, revistaseperidicos,emcaptulosde livros,oautorabordaaquestodo ritualismodemaneira inusitadanosestudosdascinciasdacomunicaoe/ou teoriasdamdia.Adivisodotrabalhoeasincronizaodasfunessociaissoformulaesdotempodeumasociedade.Eosrituais, instituies culturais (e portanto sociais por excelncia), situamse alm dos "ritmoscosmolgicos da natureza e dos ritmos biolgicos do organismo humano". A necessidade deritualizao dos produtos da mdia encontra ressonncia nos ritmos biolgicos e nos ritmoscosmolgicos,masproduzefeitossociaisepolticosdignosdeateno.
PalavrasChave:
Mdia;
Vertical;
Processos
Comunicativos
Abstract:
Thethemeoftheritualizationofthemedia inthecommunicationprocessplaysanactiverole inthe thoughts of Harry Pross. In his book (organized together with C. D. Rath), Rituale derMedienkommunikation (Rituals in media communications), 1983, In numerous articles fornewspapers,magazinesandperiodicals,inchaptersofbooks,theauthorapproachesthe issueofritualization inunknown form inscientificcommunicationstudiesand/or theoriesof themedia.The division ofwork and the synchronization of social functions are the formulasof a time insociety. And the rituals, cultural institutions (social in the most) are placed beyond the
"cosmological
rhythms
of
nature
and
of
the
biological
rhythms
of
the
human
organism".
The
necessityofaritualizationintheproductsofthemediaisfoundintheresonanceofthebiologicalandcosmologicalrhythms,whichproducesocialandpoliticaleffectsthatareworthnoticing.
1NorvalBaitelloJuniorprofessordoProgramadeEstudosPsGraduadosemComunicaoeSemiticada
PUC/SP.FundadordoCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdiaelderdogrupodepesquisa
juntoaoCNPq.
7/21/2019 233-906-1-PB
2/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 5
Keywords:
Media;
Vertical;
Communicative
Process
""Senhor...senorestammaishumanos,queaomenosrestemrobsAomenosasombra
dohomem!"
KarelCapel,R.U.R.(Rossum'sUniversalRobots),1920
"Ensinar 19681983"
ComestettulosumrioenadapompososedesenrolaopenltimocaptulodasMemrias
deum'Intrangeiro'(MemoireneinesInlnders),docientistapoltico,escritor,jornalistae
comuniclogoalemoHarryPross,aindahojevivoeativo.Vivoemsuaaldeiademaisde
1200anosemenosdemilhabitantes,ativo comoescritorecomentaristapolticoede
mdiaem todaaAlemanha,ustriaeSua,emjornais,emissorasde rdioecanaisde
televiso.Sobreessemestreeseupensamento,muitopoucoconhecidosaqui,seusabere
seuhumor,suaacidezpolticaesuadourahumana,poucoseescreveu.Eatmesmonos
pasesdefalaalemaindanofoidadoodestaquequemerecesuaobra,uminstrumental
valiosoparaacompreensoda interfacehoje tocomplexaesempremuito importante
entreacomunicaoeapoltica.
Adataassinaladadeinciodesuaatividadedocente,1968,constituiumconenoapenas
na Frana. Berlim e sua 'universidade vermelha'(no dizer do pensamento conservador
acuado pelas rebelies de 68) foi palco de uma profunda revoluo, no apenas nos
7/21/2019 233-906-1-PB
3/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 6
hbitosecostumes,
mas
tambm
no
sistema
educacional.
O
movimento
alemo
de
68,
geograficamentemuitoprximodofrancs,tersidotalvezaquelequemaisduradourase
mais profundas contribuies deixou para a formao de um modelo efetivo de
resistnciacivilaumasociedadeconservadoracadavezmaisdominadapelospreceitos
uniformizadoresdoconsumo,dapropagandaedamdia,preceitosessesqueabririamas
portasparaachamada'globalizao',poucasdcadas(oupoucosanos)depois.Foinessa
dataenessecenrioqueojornalistaeradialistade45anosassumiaactedradePoltica
daComunicao
elogo
aps
adireo
do
Instituto
de
Comunicao
da
Universidade
Livre
deBerlim2.Nosemumaexperinciaprecedente,comoprofessordeSociologia,Cincia
Poltica e Comunicao na Escola Superior da Forma (Hochschule fr Gestaltung) a
sucessora,nopsguerra,darenomadaBauhaus sediadaentonacidadedeUlm,nosul
alemo3.
HarryPross tinhasidoalunodeAlfredWeber, irmodeMaxWeber,emHeidelberg,no
imediatopsguerra4.Maso trabalhocomojornalistanasdcadasseguintesmarcariao
pensamento do cientista poltico, fazendoo voltarse para a reflexo terica sobre os
2ComoRedatorChefedaimportanteRadioBremende63a68,HarryProssfezescolanoradialismoalemo,
enfatizandoafacecriticaepedaggicadoveculo.
3AHochschulefrGestaltung,Ulm.(EscolaSuperiordaForma)reuniu,aexemplodesuapredecessora,a
Bauhaus,osmaioresnomesdasartesaplicadasedas cincias,noapenasdaAlemanha,masde todaa
Europa,desde
oimediato
ps
guerra
(1953)
at
seu
fechamento
na
dcada
de
70:
de
Max
Bill
(fundador
e
primeiroreitor)aMaxBense (Filosofia),deAbrahamMoles(Esttica)aThomasoMaldonado(Semntica),
deHorstRittel(Matemtica)aGertKallow(TeoriadaInformao).
4 Alfred Weber, irmo de Max Weber, foi professor naUniversidade de Praga e, a partir de 1909, na
UniversidadedeHeidelberg.Socilogoeeconomista,eradefensordeumaSociologiauniversaldacultura.
7/21/2019 233-906-1-PB
4/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 7
meandrosda
poltica
da
comunicao
(e
da
comunicao
da
poltica),
seus
processos,
progressoseretrocessos,seusefeitos,suasistemticaesuasimbologiaespecfica.Assim
ojovempolitlogodecidededicarumavidaadesvendarosmistriosqueconferemaos
smbolosopoderdedeterminarvidasedestinos.Comhumoriniciasuasmemrias:"Uma
pessoa nunca pode ser cuidadosa o suficiente na escolha do dia de seu nascimento.
Porquenopresteiadevidaateno,omeucaiunodia2desetembrode1923,umadata
besta,conformesever logoadiante.Meuspais(...)tiveramquedepositarsobreamesa
dagrfica,
para
um
anuncio
comum,
alguns
milhes
de
marcos,
pois
um
dlar
americano,
jnaquelapocaamedidadetodasascoisas,custava9,7milhesdemarcos,logodepois
33milhes,algunsdiasdepois66enodia17desetembroj200milhes(...).Aindahoje,
70anosmais tarde,omedoda inflaoumdospoucoselosentre todosos 'irmose
irms'alemes.(...)Smbolosvivemmaisqueoshomens"(Pross,1993:1315).
Smbolosdapoltica,polticadossmbolos.
Depoisdos
livros
Die
Zerstrung
der
deutschen
Politik
(A
destruio
da
poltica
alem)
de
1959, Vor und nachHitler zur deutschen Sozialpathologie (Antes e depois de Hitler
sobre apatologia social alem)de 1962, LiteraturundPolitik (Literatura ePoltica),de
1963, Jugend, Eros und Politik (Juventude, Eros e poltica) de 1964, Dialetik der
Restauration (Dialtica da restaurao) de 1965, Moral de Massenmedien (Moral dos
meiosdecomunicaodemassa)de1967,Publizistik(Comunicaojornalstica)de1970,
DiemeistenNachrichtensindfalsch.FreineneueKommunikationspolitik.(Amaiorparte
dasnotcias
falsa.
Por
uma
nova
poltica
da
comunicao)
de
1971,
Shne
der
Kassandra
(FilhosdeCassandra)de1971,Medienforschung(Investigaodamdia)de1972,saiem
1974,empequenoformatodelivrodebolso,seuPolitischeSymbolik.TheorieundPraxis
de ffentlichen Kommunikation (Simbologia poltica. Teoria e prtica da comunicao
7/21/2019 233-906-1-PB
5/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 8
pblica).Em
seu
prlogo
para
aedio
espanhola,
de
1980,
diz
oautor
que
a"difuso
massivadesmbolosvisuaispelatelevisoconsideradahmuitoumaquestopoltica.O
queno est to claro a temticaque seentende comessa expresso. (...)Atque
ponto a poltica algo 'puramente' simblico? Tentei colocar em relevo algumas das
formas [simblicas] fundamentais,quenocessamdese repetir, residindooseupoder
precisamentenarepetioenarepetibilidade"(Pross1980:11).
Emumacrticasteoriassemiticasesuadefiniodesigno(esmbolo)como"algoque
representa alguma coisapara algum",Prossbusca fundamentosontogenticosparao
desenvolvimento das noes relacionais primeiras, para o nascimento, enraizamento e
amadurecimentodosvnculossociais,umavezque,conformedizemseuPublizistik,"O
homem nasce pela comunicao. Ele o resultado de foras comunicantes. Ligao,
mediao, compreenso, transao tornam a vida individual possvel. O fim da
comunicaochamasemorte"(Pross,1970:22).E,umavezquesuaconstituiosociale
no h sociedades sem comunicao, o dilogo entre "autodeterminao e
heterodeterminao" ser o fator constitutivo central do universo do homem; sua
existncia social e sua natureza comunicativa sero sempre a resultantes destes dois
vetoresdedistintasintensidadesededireodiversa.
Assim,nabuscadeumaarqueologiaontogenticadacomunicao,oautorpropeuma
investigao das experincias prpredicativas, processos nos quais se vai constituir o
fundamentodasociabilidadeeportantodacomunicaohumana.Dentreasexperincias
prpredicativas
fundantes
encontram
se
avivncia
da
horizontal
eaaquisio
da
vertical.
A partir delas constituemse as formas de apropriao vinculadora do espao. As
codificaes do espao e a criao de suas categorias abstratas fundamentais para os
processos comunicativos nascem de experincias prpredicativas simples tais quais a
7/21/2019 233-906-1-PB
6/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 9
diferenciaoentre
dentro
efora,
alto
ebaixo,
prximo
edistante
5
.A
partir
da
experinciavinculadoradoespaoesuaapropriao simblicapormeiodasoperaes
sinalizadoras"podesedizerque[osujeito]elemesmonoestcorporalmenteondeest
osmbolo,masrelacionaosmbolocomsuapresenaeassimestarsimbolicamenteonde
noest.(...)Podesedizer(...)queosujeitoquesinalizanoestrealmente londese
levanta a estaca sinalizadora: a prxis social se funda no reconhecimento dessa
representaoeondequerqueelanosejareconhecidacomoreal, irrompeaviolncia
fsica."(Pross,1974:47).
Assim, a heterodeterminao pode ocorrer por meio de smbolos consensuais e
contratados socialmente na comunicao horizontal ou por meio de smbolos que
circunscrevemevinculamespaoseconstroemverticaisdistribuidorasdesmbolos.
Verticalismoeeconomiadossinais
Pormeio
de
marcadores
edemarcadores
espaciais
materiais
ou
simblicos
ohomem
vai construindo verticais que necessitam bases horizontais cada vezmaiores para sua
sustentao.Oespaodealcancedeumaverticalconstituiumcampo,areuniodevrios
campos constitui uma rede. Os vnculos entre as verticais e as horizontais so de
"subordinaoesupraordenao",enquantoqueasrelaesentreashorizontaissode
"coordenao". H assim uma tipologia simples de sistemas comunicativos: a
comunicaohorizontaleacomunicaovertical,cadaumadelasresponsvelpor tipos
5 Notese que esta codificao binria primordial como provvel trao mais arcaico da ordenao e
codificaodosfatosobservadoscomotextosdecultura vemsendohodiernamenteconfirmadaporoutros
investigadoresdacomunicaohumana.MencioneseaquiotchecoIvanBystrina,contemporneodeHarry
ProssnaUniversidadedeBerlim,V.V.Ivanov,AndrLeroiGourhanemuitosoutros.Acrescentemseainda
asnotveisconsideraeseobservaesdoetlogohumanoBorisCyrulnikemsuaobraensorcellementdu
monde.
7/21/2019 233-906-1-PB
7/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 10
especficosde
relaes,
das
relaes
de
hierarquia
epoder
s
relaes
de
solidariedade
e
camaradagem. Pross dedica grande parte de seu livro Zwnge (Coeres), de 1981 s
mazelasdaquiloquedenomina "verticalismona comunicao", a criao e a crescente
concentraodosmeiosdecomunicaonasmosdepoucosoupoucosgrupos,gerando
umtipodeviolnciasimblicaqueBourdieuePasseronem1970japontavamnosistema
educacional.
A dinmica do verticalismo na comunicao lanamo de umamoeda extremamente
valiosa:otempodevidadosreceptores."Opoderdoshomenssobreoshomensprincipia
com a usurpao do tempo de vida", afirma Pross (cf. Baitello 1993:115). Assim se
constitui, (analogamente ao conceito desenvolvido anos depois pelo filsofo Hans
Blumenberg, 1986, em Lebenszeit undWeltzeit Tempo da vida, tempo domundo) o
tempodevida,umbemfinito,norenovvel,amatriaprimaparaopoderdamdiaem
todaequalquerde suasmanifestaes.Quandodezpessoasempregam seu tempode
vida para ouvir a um professor, estaro multiplicando por dez o valor do tempo de
emisso do mestre, criando uma desproporcionalidade e, com isso, uma vertical. O
fenmenoseamplificaecomplexificaquando100milhesdepessoasentregam4horas
deseudiade24aumveculodecomunicaocomoateleviso.Comodesenvolvimento
de aparatos cada vezmaispoderososdebuscados receptores, com verticais cada vez
mais eficazes em sua prpria manuteno, os sistemas de comunicao passam a
transferir cada vezmais seus prprios custos para os receptores. E, para a criao de
relaesdedependncia,sorarefeitososcontedoseoteorinformacionaltransmitido
pelosemissores,surgindodaum"dficitemocional"(H.Pross).Assim,pelospreceitosda
"economia dos sinais" (Signalkonomie), ampliase em progresso geomtrica o poder
dos emissores enquanto se achata o repertrio dos receptores. "O desenvolvimento
7/21/2019 233-906-1-PB
8/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 11
tcnicodos
meios
segue
oprincpio,
ao
longo
dos
milnios,
de
reduo
do
esforo
do
sinal
paraoemissor."(Pross1981:97).
Mdiaeritualismocomodrogas
O temada ritualizaodamdiaedosprocessoscomunicativos temnopensamentode
HarryProssumpapeldedestaque.Emseulivro(organizadojuntamentecomC.D.Rath),
Rituale der Medienkommunikation (Rituais da comunicao da mdia), de 1983, em
inmerosartigos
para
jornais,
revistas
eperidicos,
em
captulos
de
livros,
oautor
aborda
aquestodo ritualismodemaneira inusitadanosestudosdascinciasdacomunicao
e/ou teorias damdia.A diviso do trabalho e a sincronizao das funes sociais so
formulaesdo tempodeuma sociedade.Eos rituais, instituiesculturais (eportanto
sociaisporexcelncia),situamsealmdos"ritmoscosmolgicosdanaturezaedosritmos
biolgicosdoorganismohumano".Anecessidadederitualizaodosprodutosdamdia
encontraressonncianosritmosbiolgicosenosritmoscosmolgicos,masproduzefeitos
sociaisepolticos
dignos
de
ateno.
"Arepetiodamesmacoisaemseqnciasritualizadastrazconfianaparaasincertezas
do tempo de vida subjetivo.(...)mas nada mais capaz de anular responsabilidades
individuaisdoquearepetiomontonadosmesmosritos."(Pross,inVoigt1989:55).No
mesmoartigo "Amdia: ritualismo comodroga"acrescentaPross: "Umaticadamdia
tem que submeter o ritualismo e o sensacionalismo em igualmedida racionalidade:
analisaras
imagens
sensacionalistas
eoritual
como
fatores
de
poder.
(...)
Ritualismo
comodroga umfatorpolticodeprimeiragrandeza."(Pross,inVoigt1989:68).
Tal clareza ao apresentar com simplicidade processos complexos e tal lucidez de
ordenao dos elementos fundamentais da comunicao humana fazem de Pross uma
7/21/2019 233-906-1-PB
9/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 12
refernciaobrigatria
para
uma
rea
que
hoje
pretende
desenhar
seu
perfil
esuas
fronteiras. Ojornalista alemo, contudo,jamais deixou de considerarse um escritor,
(trans)portador de um legado de grande valor histrico e cultural, associando e
relacionandoos fenmenosmediticoscontemporneoscomos textosmaisarcaicosda
cultura,comasnarrativasmticasecomosrelatosliterrios.Seupensamentonostraz
tona a materialidade complexa da comunicao humana e a necessidade de uma
abordagem igualmente complexa e transdisciplinar para que se possa dar conta de
entenderofascinante
universo
dos
vnculos
eseus
sistemas.
Aocompletar80anos,emsetembrode2003,HarryProssprosseguesualabutadiriade
escrever,escrevereescrever.Opensadordamdia tema conscinciadequeosmeios
secundrios, dentre eles principalmente a escrita, so os formatadores principais da
civilizaodatcnicaedasociedadedainformao.Constituemessesmeiososubstrato
cultural de todo o aparato que se desenvolve aps as revolues industriais e
rapidamente ocupa os espaos das relaes primrias e secundrias, acelerando os
compassos e encurtando os tempos. Como um trabalho incansvel de escavar as
arqueologiasdotempopresentecomadensidadeeprecisoqueas longasdcadasea
experincialhetrouxeram.Hdezanos,aoorganizarodcimoeltimo"Internationales
KornhausSeminar"declarouque"talvezestejamosdiantedaprincipalmatriaprimada
comunicao,o tempo".Assim lidacomo tempo,comomatriaprimaaserdesenhada
pela atividade humana, indispensvel ferramenta sincronizadora dos vnculos sociais.
7/21/2019 233-906-1-PB
10/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 13
BAITELLO,N.
(1997)
O
animal
que
parou
os
relgios.
S.P.:
Annablume.
BETH,H.(1983)FederLese.PublizistikzwischenDistanzundEngagement.Berlin:Ahrens
BLUMENBERG,H.(1986)LebenszeitundWeltzeit.Frankfurt:Suhrkamp.
KLENK,D.(1998).GegenwartsverlustinderKommunikationsgesellschaft.Mnster:Lit.
PROSS,Harry(1959)DieZerstrungderdeutschenPolitik.Frankf.:Fischer.
_____________(1962).VorundnachHitlerzurdeutschenSozialpathologie.Olten:Walter
_____________(1963)LiteraturundPolitik.Olten:Walter.
_____________(1965).DialektikderRestauration.Olten:Walter.
____________ (1970). Publizistik. Thesen zu einen Grundcolloquium. Neuwied/Berlin:
HermannLuchterhand.
____________(1971).ShnederKassandra.Stuttgart/Berlin/Kln/Mainz:Kohlhammer.
____________(1972).Medienforschung.Darmstadt:CarlHabel.
____________ (1974). Politische Symbolik. Theorie und Praxis der ffentlichen
Kommunikation.Sttutgart/Berlin/Kln/Mainz:Kohlhammer.
_____________(1980)Estructurasimblicadelpoder.Barcelona:G.Gili
____________ (1981). Zwnge. Essay ber symbolische Gewalt. Berlin: Karin Kramer.
Dsseldorf/Zrich:Artemis&Winkler
7/21/2019 233-906-1-PB
11/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 14
_____________(1983)La
violencia
de
los
smbolos
sociales.
Barcelona:
Anthropos
____________(Org.)(1985).Kitsch.SozialeundpolitischeAspekteeinerGeschmacksfrage.
Mnchen:ListForum.
____________ (1992). Protestgesellschaft. Von der Wirksamkeit des Widerspruchs.
Mnchen:Artemis&Winkler.
____________
(1993).
Memoiren
eines
Inlnders.
Mnchen:
Artemis
&
Winkler.
____________(1996).DerMenschimMediennetz.OrientierunginderVielfalt.Mnchen:
Artemis&Winkler.
_____________(1997).SociedadedoProtesto.S.Paulo:Annablume
____________ (2000). Zeitungsreport: deutsche Presse im 20. Jahrhundert. Weimar:
Verlag
Hermann
Bhlaus
Nachfolger.
____________ & BETH, Hanno (1987). Introduccin a la ciencia de la comunicacin.
Barcelona:EditorialAnthropos.
____________& RATH, ClausDieter (1983). Rituale der Medienkommunikation. Gnge
denMedienalltag.Berlin/Marburg:Guttandin&Hoppe.
____________&ROMANO,Vicente (2000).Atrapadosem la redmeditica.Orientacin
emladiversidad.Hondarribia:ArgitaletxeHIRU.
ROMANO,V.(1998)Eltiempoyelespacioenlacomunicacin.Hondarribia:Argitaletxe.
VOIGT,Rdiger(1989)SymbolederPolitik,PolitikderSymbole.Opladen:Leske.
7/21/2019 233-906-1-PB
12/12
SoPaulo,outubro/2003n.04
CISCCentroInterdisciplinardeSemiticadaCulturaedaMdia Ghrebh
RevistadeComunicao,CulturaeTeoriadaMdiaissn16799100
Ghrebh n.04 15
WEISCHER,C.
(org)
(1993)
Dialoge.
Zehn
Jahre
Kornhaus
Seminar.
Mnchen:
Lagrev.