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B O L E T I M 24/09/2014 Corinthians terá corrida de rua contra o racismo 1 POR ERICH BETING Em meio a crescen- te debate sobre o racismo no futebol, o Corinthians dará um passo importante em busca da conscien- tização do torcedor sobre o tema. No próximo dia 20 de novembro, o clube promoverá a Timão Run, prova de corrida de rua voltada para o torcedor alvinegro. A prova, que faz parte do Circuito Time Run Caixa, idealizado e organizado pelas agências Brooklyn, 2MZ Sports e Máquina do Esporte, terá como mote o combate à discriminação racial. A data escolhida para a prova foi o feriado da Consciência Negra. “O Timão vai fazer a parte dele no combate ao racismo, que infelizmente voltou a ocu- par as capas de jornais. Vamos encher nosso estádio num dia tão simbólico com gente de to- das as origens, cores e credos”, disse Alexandre Ferreira, geren- te de marketing do Corinthians. A expectativa é de que a prova leve 5 mil corintianos para percorrer as ruas no en- torno da Arena Corinthians, num percurso que passa pelo novo estádio do clube. Para reforçar que preto e branco são uma cor só, as camisas da prova Timão Run terão ambas as tonalidades. O evento abre as inscrições na tarde desta quinta-feira, por meio do site oficial (www.circui- totimerun.com.br/corinthians). A Timão Run é a terceira das cinco etapas do Circuito Time Run Caixa. No dia 31 de agosto aconteceu a Vitória Run, em Sal- vador. E no dia 19 de outubro será a vez da Sport Run, no Re- cife. As provas têm como atrati- vo um percurso em equipes de 8 pessoas, em que cada partici- pante corre apenas 1km. A ideia é promover a prática de ativida- de física a pessoas que nunca participaram de corrida de rua. 103 NÚMERO DO DIA US$ 7,2 bi em impostos foi o quanto a Copa do Mundo gerou ao Brasil, segundo a Fifa OFERECIMENTO

24/09/2014 em impostos foi o quanto a Copa do …...de direitos de imagem. Ronal-dinho então rescindiu contrato e foi para o Atlético-MG. Em Minas, começou mal. Teve o contrato

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B O L E T I M

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Corinthians terá corrida de rua contra o racismo

1

por ErICH BETING

Em meio a crescen-te debate sobre o racismo no futebol, o Corinthians dará um passo importante em busca da conscien-tização do torcedor sobre o tema. No próximo dia 20 de novembro, o clube promoverá a Timão Run, prova de corrida de rua voltada para o torcedor alvinegro.

A prova, que faz parte do Circuito Time Run Caixa, idealizado e organizado pelas agências Brooklyn, 2MZ Sports e Máquina do Esporte, terá como mote o combate à discriminação racial. A data escolhida para a prova foi o feriado da Consciência Negra.

“O Timão vai fazer a parte dele no combate ao racismo, que infelizmente voltou a ocu-par as capas de jornais. Vamos encher nosso estádio num dia tão simbólico com gente de to-

das as origens, cores e credos”, disse Alexandre Ferreira, geren-te de marketing do Corinthians.

A expectativa é de que a prova leve 5 mil corintianos para percorrer as ruas no en-torno da Arena Corinthians, num percurso que passa pelo novo estádio do clube.

Para reforçar que preto e branco são uma cor só, as camisas da prova Timão Run terão ambas as tonalidades. O evento abre as inscrições na tarde desta quinta-feira, por

meio do site oficial (www.circui-totimerun.com.br/corinthians).

A Timão Run é a terceira das cinco etapas do Circuito Time Run Caixa. No dia 31 de agosto aconteceu a Vitória Run, em Sal-vador. E no dia 19 de outubro será a vez da Sport Run, no Re-cife. As provas têm como atrati-vo um percurso em equipes de 8 pessoas, em que cada partici-pante corre apenas 1km. A ideia é promover a prática de ativida-de física a pessoas que nunca participaram de corrida de rua.

103 N ú M E r O d O d I a

US$ 7,2 biem impostos foi o quanto a Copa do Mundo gerou ao

Brasil, segundo a Fifa

O f E r E c I M E N T O

2

por DUDA LopES

Ronaldinho Gaúcho colocou o Querétaro, sexto colocado no Campeonato Mexicano, no mapa da bola. Mas, até agora, não reverteu isso em dinheiro. Desde que o brasileiro acer-tou transferência para o país, o clube procura explorar ao má-ximo a imagem do jogador.

A camisa 49, usada por ele, é o principal chamariz para os torcedores. O site do Querétaro estampa várias fotos do cra-que. Mas, até agora, nenhum novo patrocínio apareceu.

“No futebol, conseguir patroci-nadores é complicado. Se ven-demos um espaço por 5 pesos, e o América também cobra 5 pesos, os patrocinadores dizem: eles têm o Ronaldinho, mas o América é uma equipe nacio-

nal”, lamenta Sergio López Vital, diretor comercial do Querétaro.

“Cada patrocinador manda a sua proposta e vamos estudar todas. Mas até agora não recebe-mos nenhuma”, diz o executivo.

O descaso das empresas mexi-canas com o Querétaro só reflete o contínuo declínio da marca Ronaldinho Gaúcho. O auge do brasileiro aconteceu no período em que defendeu o Barcelona, de 2003 a 2008. Naquela épo-ca, a Nike lançou, em 2006, a linha R10, inspirada no craque. No mesmo ano, ele destronou Beckham como jogador mais bem remunerado do futebol.

Sem a mesma performance em campo após a Copa de 2006, Ronaldinho foi perdendo o poder de convencer o consumidor e, também, os patrocinadores.

Isso ficou evidente quando foi contratado pelo Flamengo, em janeiro de 2011. A ideia era que ele se pagasse com patrocínios. Não apenas Ronaldinho não atraiu empresas como, na única ação comercial, com a Duracell, o jogador se recusou a fazer a ação combinada com o clube.

O desgaste aumentou quando o clube atrasou o pagamento de direitos de imagem. Ronal-dinho então rescindiu contrato e foi para o Atlético-MG. Em Minas, começou mal. Teve o contrato pessoal de patrocínio com a Coca-Cola, que rendia R$ 1,5 milhão ao ano, rompido ao aparecer numa das primeiras entrevistas coletivas ao lado de uma lata da concorrente Pepsi.

O Querétaro ainda espera que Ronaldinho ajude o clube.

é o menor

No México, Ronaldinho comprova desvalorização

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da rEdaçÃO

Duda Lopes é gerente de novos negócios da Máquina do Esporte

Faz dois anos que o Flamengo fe-chou com a Adidas, e o mercado de material esportivo ainda não se ajei-tou completamente. O acordo entre a empresa alemã e o clube mais po-pular do Brasil foi um momento de ruptura nesse segmento, que anda-va com contas pouco atualizadas.

Quando o Flamengo quase dobrou o que ganhava em material esporti-vo, ele puxou todo o mercado para cima. O Corinthians renovou por dez anos com a Nike, com valores próximos ao do time carioca, e o São

Paulo fechou um contrato recorde com a brasileira Penalty.

O mercado inflacionou, e as mar-cas menores ficaram encostadas em um segundo escalão. Hoje, Nike, Adidas e Puma mantêm 13 clubes da Séria A, contra sete em 2012.

Nesse contexto, entra a Umbro com o Vasco. O time carioca manti-nha acordo com a Penalty, que tem perdido seus grandes clubes. Os valores do novo acordo estão no pa-drão atual, longe do que era fechado com a empresa brasileira.

Aos poucos, todos os clubes gran-des estarão alinhados à nova reali-dade. E o movimento parece mais rápido do que aconteceu com os pa-trocinadores. O Corinthians elevou os valores em 2009, com Ronaldo, e todos seguiram o crescimento.

Manter o patamar e ampliar a gama de patrocinadores permanece como desafio nesse caso. Enquanto os clubes conseguem fornecedores fortes, eles ainda sofrem para en-contrar outros patrocinadores dis-postas a entrar nesse novo mercado.

Mercado de material esportivo ainda se adapta à nova realidade

por DUDA LopES

Nas duas próximas partidas pela Série B, o Vasco entrará em campo com um novo unifor-me. Sem mais camisas da Penalty, o clube usará modelos sem marca. O plano é não atrapalhar as vendas da Umbro, sua nova parceira.

O clube já poderia atuar com a nova fornecedo-ra, mas teria que fazer isso antes da distribuição das novas camisas aos pontos de venda. Ou seja, o torcedor não poderia encontrá-la à venda.

Por isso, o clube preferiu jogar sem marca al-guma, como explicou o gerente de marketing do Vasco, Bernardo Pontes, à Máquina do Esporte. “Não queríamos perder a compra por impulso, o desejo do torcedor pela nova camisa”, justificou.

No planejamento vascaíno, o novo uniforme só

será exibido ao público no dia 2 de outubro, em um evento na sede do clube. No dia seguinte, o time entra em campo contra o Bragantino já com a nova vestimenta, que estará disponível para a compra pelo público.

O custo de produção do material para os dois jogos sem que tenha uma marca na camisa será bancado pela própria Umbro.

Até o lançamento, o clube usa as redes sociais para divulgar o uniforme que será revelado em uma semana. Na terça-feira, o Vasco começou a soltar fotos com pequenos detalhes da camisa.

Vasco joga sem fornecedor para valorizar Umbro

por ADALBErTo LEISTEr fILHo

O complexo do Maracanã en-controu um novo meio de movi-mentar o estádio e gerar receita. A nova iniciativa dos administra-dores do estádio é a programa-ção de piqueniques no local.

O “Piquenique Show de Bola” pretende reunir família e amigos na grama sintética dos setores Norte e Sul, com vista privile-giada ao estádio que abrigou a final da última Copa do Mundo.

“Dentro do conceito de multiu-so, procuramos oferecer diversas atividades no estádio. Já temos mais de 40 eventos, entre sociais e corporativos, fechados até o final do ano”, afirma Viviane Campano, gerente de eventos do Maracanã.

Uma das atividades é o pique-

nique, cujo cardápio conta com cesta de frutas, sanduíches, salga-dinhos, sucos, mate e o tradicional biscoito Globo, muito popular nas praias do Rio. De sobremesa, brownies, cupcakes, salada de frutas e doces variados. O estádio também oferece estacionamento.

Mais de cem eventos já foram rea-lizados no estádio desde o início da operação em 2013. A maioria deles, do ramo corporativo. Há mais sete eventos em negociação para usar as dependências do Maracanãzi-nho. O ginásio já sediou jogos de basquete e vôlei, além da gravação de DVD do grupo Sorriso Maroto. No dia 25 de outubro, o Maracanã-zinho será sede do UFC 179, com a presença do campeão do peso pena José Aldo no card principal.

Maracanã cria piquenique no gramado para ampliar

leque de eventos

feiras devem ocorrer só em 2016

Além dos eventos menores, o Maracanã negocia para abri-gar feiras. Segundo a conces-sionária do estádio, duas nego-ciações estão em andamentos: para 2016 e outra para 2018.

“Precisamos sempre estudar o calendário esportivo para ver se o evento não é incom-patível com o futebol. Esses eventos (feiras) são muito grandes. Por isso, exige uma negociação antecipada”, afir-ma Viviane Campano, gerente de eventos do Maracanã..

Ao todo, o Complexo do Maracanã dispõe de 26 ins-talações para eventos sociais, além dos esportivos. O espa-ço para feiras conta com uma área de 12 mil metros quadra-dos, mas nunca foi utilizada para esse fim até o momento.