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No Exórdio, Padre António Vieira apresenta o __________________ , ―Vós sois o sal da Terra‖, e explica as razões pelas quais a terra es (_____________________________), ou na terra (_________________ porque os pregadores não pregam a verdadeira d______________ fazem outra ou porque se pregam a si e não a _____________. Se a cu não querem receber a doutrina, ou antes imitam os pregadores e não apetites e não os de Cristo. Ao apresentar o conceito pre sermão, mas apesar de tudo desvia-se do tema e preocupa-se apenas c partindo do princípio de que a culpa é dos ouvintes. Consegue isto, _________________________ , aproveitando assim o exemplo deste. San da sua pregação e os homens até o quiseram matar, em vez de desisti Padre António Viera, sem obter resultados, a terra continua peixes, seguido o exemplo de Sto António. Na primeira parte, o orad dos peixes e em seguida repreendê-los. O capitulo II contempla os louvores aos peixes de carácter gera para mostrar que os homens são muito piores que os peixes. Como sua - Bons o_____________________ / obedientes - Primeira criação de D____________ - Melhores do que os homens - Livres, puros, estão l___________ dos homens Estas qualidades são por antítese os defeitos dos homens. O capítulo III é igualmente de louvor aos peixes, mas agora de utiliza quatro peixes para mostras a relação entre o homem e o divi os homens não pensam em tais coisas. _______________________: Tem umas e_______________________ os demónios e simboliza o poder purificador da palavra de Deus. _____________________: Peixe que quando se agarra e um n______ para o conduzir sozinho. Simboliza o poder da palavra do pregad ____________________ : Produz descargas _____________________ pecador. Simboliza o poder da palavra de Deus, de fazer tremer quanto encontram.

26 Janeiro Funcionamento da língua

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No Exrdio, Padre Antnio Vieira apresenta o _______________________________________, Vs sois o sal da Terra, e explica as razes pelas quais a terra est to corrupta. Ou a culpa est no sal (_____________________________), ou na terra (_____________________). Se a culpa est no sal, porque os pregadores no pregam a verdadeira d______________________, ou porque dizem uma coisa e fazem outra ou porque se pregam a si e no a _____________. Se a culpa est na terra, porque os ouvintes no querem receber a doutrina, ou antes imitam os pregadores e no o que eles dizem, ou porque servem os seus apetites e no os de Cristo. Ao apresentar o conceito predicvel, Padre Antnio Vieira, introduz o tema do sermo, mas apesar de tudo desvia-se do tema e preocupa-se apenas com a razo pela qual a terra est corrupta, partindo do princpio de que a culpa dos ouvintes. Consegue isto, uma vez que o sermo proferido no dia de _________________________ , aproveitando assim o exemplo deste. Santo Antnio no obtinha resultados da sua pregao e os homens at o quiseram matar, em vez de desistir resolveu pregar aos peixes. Assim se viu Padre Antnio Viera, sem obter resultados, a terra continuava corrupta, resolvendo igualmente pregar aos peixes, seguido o exemplo de Sto Antnio. Na primeira parte, o orador vai louvar as _____________________ dos peixes e em seguida repreend-los. O capitulo II contempla os louvores aos peixes de carcter geral, recorrendo-se ao exemplo de Jonas para mostrar que os homens so muito piores que os peixes. Como suas qualidades temos: - Bons o_____________________ / obedientes - Primeira criao de D____________ - Melhores do que os homens - Livres, puros, esto l___________ dos homens Estas qualidades so por anttese os defeitos dos homens. O captulo III igualmente de louvor aos peixes, mas agora de carcter particular. Padre Antnio Vieira utiliza quatro peixes para mostras a relao entre o homem e o divino, como os peixes se do a estes cuidados e os homens no pensam em tais coisas. _______________________: Tem umas e_______________________ e um corao que expulsam os demnios e simboliza o poder purificador da palavra de Deus. _____________________: Peixe que quando se agarra e um n_______________ tem fora suficiente para o conduzir sozinho. Simboliza o poder da palavra do pregador guia das almas. ____________________ : Produz descargas _____________________ que faz tremer o brao do pecador. Simboliza o poder da palavra de Deus, de fazer tremer os pecadores que pescam na terra tudo quanto encontram.

____________________ : Tem dois pares de olhos, uns para cima e outros para baixo. Simboliza o dever dos cristos em tirar os olhos da v__________________ terrena, olhando para o cu sem esquecer o inferno.

Todos estes louvores que Padre Antnio Vieira faz aos peixes so antteses aos defeitos dos homens, assim simbolizando os seus vcios. Seguidamente parte-se para as repreenses aos peixes, primeiramente de carcter geral (Cap. IV) e depois de carcter particular (Cap. V). No carcter geral, Padre Antnio Vieira acusa os peixes de se _________________ uns aos outros, recorrendo a um exemplo dos homens para explicar o que eles faziam. Assim, os homens praticam a______________________social, ou seja explorao uns dos outros. O orador faz uma comparao entre a antropofagia ritual dos Tapuias (___________ brasileiros) e a antropofagia social dos homens, considerando esta ultima mais grave que a anterior, porque muitas vezes procuram tanto a explorao que nem os m_________________ escapam. O mais grave de tudo que so os grandes que comem os ________________ , ou seja so precisos muitos pequenos para alimentar um grande. Acusa-os igualmente de cegueira, vaidade e de terem a maldade. Estas repreenses so feitas com o objectivo de mudar as atitudes os homens, ou pelo menos faz-los pensar, mesmo que no haja uma mudana rpida. Aqui, h tambm um exemplo prtico de Sto Antnio que nunca praticou antropofagia social e que trocou a riqueza pela

s____________________. De carcter particular, Padre Antnio Vieira usa quatro exemplos de peixes que se referem a tipos comportamentais. O _______________________que simboliza os arrogantes; o ________________________, que simboliza os oportunistas; o ______________________, que simboliza os ambiciosos; e o pior de todos, o ____________________, que simboliza o traidor e o hipcrita. Este ltimo, tem uma aparncia de s___________________e manso e um ar inofensivo, mas na essncia traioeiro e maldoso, hipcrita e faz-se de amigo dos outros e no fim abraa-os. Neste captulo so usados os exemplos de So Pedro, Sto Ambrsio, So Baslio e o Gigante Golias. Por fim, a despedida, no capitulo VI, onde o orador retoma os pregadores de que falava no conceito predicvel, servindo-se dele prprio como exemplo alegando que no estava a cumprir a sua funo. C Este sermo teve como ouvintes os _____________________________ e tem grande coeso e coerncia textual graas utilizao de recursos estilsticos, articuladores do discurso e argumentos de autoridade e analgicos para validar e confirmar os testemunhos narrados. Todo o sermo alegrico, uma vez que so utilizados os peixes como figuras concretas para a crtica aos homens.

1) Declaro-vos marido e mulher ______________________________________________________ 2) Me, posso ir ao cinema? __________________________________________ 5) O filme foi fantstico! ______________________________________________________ 6) Vamos comear a aula?- perguntou a prof. ________________________________________ 8) Prometo no esquecer de dar notcias. _______________________________________________ 9) No vou trabalhar hoje. ____________________________________________ 12) Talvez v hoje ao cinema. ___________________________________________ 13) Os meus psames. ________________________________ 14) Quanto custa? __________________________________________________________

COESO INTERFRSICA1. A capa do livro chama a ateno, porque a fotografia muito colorida. VALOR DE ____________________ 2. O texto foi escrito para que as pessoas tenham noo do seu assunto. VALOR DE ___________________________ 3. Os livros que li ontem so giros. 4. Estou cansado, portanto vou descansar um pouco. VALOR DE _____________________________ 5. Se quiser obter muitas informaes, posso procurar dados na Internet. VALOR DE __________________________ 6. Vou estudar ou vou ver TV? VALOR DE _______________________________ 7. Os livros infantis tm ilustraes to bonitas que d gosto l-los. VALOR DE ________________________ 8. O alemo, que uma lngua germnica, tem palavras gigantescas. 9. Embora goste bastante de ler, no leio muito. VALOR DE ________________________________ 10. Adoro cozinhar e fazer jardinagem. VALOR DE __________________________ 11. Juro-te que no fcil aprender alemo. 12. Este livro foi um xito assim que o publicaram. VALOR DE ________________________________ 13. Gosto de ler, mas no gosto de escrever. VALOR DE _________________________________

1. Ns vendemos-lhe o apartamento. ___________________________________________________________________________ 2. Pedro, devolve o livro do Joo. _____________________________________________________________________________ 3. A Joana e o Pedro parecem tristes. ____________________________________________________________________________ 4. O teste foi feito por mim. _____________________________________________________________________________ 5. Considero Cames um grande escritor. ____________________________________________________________________________ 6. Choveu bastante. ___________________________________________ 7. Vende-se apartamentos. ____________________________________

1. 2. 3.

"(...) traou a traio s escuras, mas executou-a muito s claras." __________________________________ "Ah moradores do Maranho..." ______________________________________ "Certo que se a este peixe o vestiram de burel e o ataram com uma corda, parecia um retrato martimo de Santo Antnio."

________________________________________

4.

"(...) que tambm nelas h falsidades, enganos, fingimentos, embustes, ciladas e muito maiores e mais perniciosas traies."

________________________________________________

5. 6.

"Oh maravilhas do altssimo! Oh poderes do que criou o mar e a terra!" _____________________________________ "(...) um monstro to dissimulado, to fingido, to astuto, to enganoso e to conhecidamente traidor!"

__________________________________________________

7.

"Se est nos limos, faz-se verde; se est na areia, faz-se branco; se est no lodo, faz-se pardo _______________________________________________

8.

"(...) onde permite Deus que estejam vivendo em cegueira tantos milhares de gentes h tantos sculos?!"

________________

9.

"E debaixo desta aparncia to modesta, ou desta hipocrisia to santa ___________________________________

10. "Mas ah sim, que me no lembrava! Eu no prego a vs, prego aos peixes." __________________________________ 11. "(...) pois s guias, que so os linces do ar (...) e aos linces que so as guias da terra (...)" _______________________ 12. (...)um monstro to dissimulado, to fingido, t astuto, to enganoso e to conhecidamente

traidor!"__________________________________________________

As frases transcritas esquerda apresentam incorrees, no so coesas. 1.1 L-as, com ateno, e estabelece, com as afirmaes direita, as correspondncias que explicam o erro gramatical que lhes retira a coeso.

A. Os jovens gostam de ler livros nas frias de aventuras. B. Os Lusadas o nome da epopeia que escreveu Cames. C. Se ele escrevesse outras epopeias tambm a leramos. D. Quem escreveu Os Lusadas Lus de Cames. E. A obra de Lus de Cames e a de Fernando Pessoa existe na biblioteca. F. A Mensagem de Fernando Pessoa um livro que eu gosto. G. Fernando Pessoa respondeu para Mrio de S-Carneiro numa breve carta. H. A Mensagem uma obra-prima, mas um grande livro. I. Ele sempre utilizou. J. Devido aos seus problemas, a Ana esteve sempre sobre observao.

1. A conjuno adversativa utilizada estabelece uma relao no adequada entre as duas frases. 2. O sujeito deve preceder o verbo. 3. O verbo gostar rege a preposio de. 4. O verbo da frase no rege a preposio utilizada. 5. Os elementos da frase no esto correctamente ordenados. 6. O tempo verbal utilizado no deve ser o presente. 7. Uso incorrecto da preposio. 8. Falta o complemento directo, uma vez que o verbo transitivo. 9. No h concordncia entre o pronome e o nome. 10. No h concordncia entre o sujeito e o predicado.

1. Dvamos festas. ________________________________________________ 2. Ele entregaria o livro ao Pedro. ___________________________________________ 3. melhor fazer a sua vontade. _________________________________________________________ 4. Ela oferecer uma prenda professora. ____________________________________________________ 5. Devolvero os impressps ao dono. ________________________________________________ 6. Pe a mesa. ______________________________________________________________ 7. Traz o livro. ________________________________________________________ 8. Traz os livros aos alunos. _____________________________________________________________ 9. Dariam muitas casas ao Joo. _________________________________________________________

INDICATIVO

Presente Simples/

P. Perfeito Simples P. Perfeito Composto

P. Imperfeito

Pret.+ que Perf. S. Pret.+ que Perf. C.

Futuro Simples Futuro Composto

_______________

_______________ _______________

____________

______________ ______________

___________ ___________

CONJUNTIVO

Presente Simples P. Perfeito Composto

P. Imperf. Simples P. + que Perfeito Composto

Futuro Simples Futuro Composto

_______________ _______________Presente Simples Presente Composto

_______________ _______________

____________ ____________

CONDICIONAL IMPERATIVO GERNDIO

_______________ _______________ Tu __________ Vs _________

___________________

_______________________

INFINITIVO

P. PASSADO

___________________

1. colher/colher _____________________________ 2. nada/nada _________________________________ 3. trs/traz __________________________________ 4. altrusta/egosta____________________________

1. 2. 3.

rpido/clere ________________________ profisso/mdico _____________________ corpo/p____________________________

1. Eles compram apartamentos para vender. _________________________________________________ 2. O diretor vendia empresas concorrncia. ________________________________________________ 3. Os alunos entregaram o teste ao professor. ________________________________________________ 4. O Joo devolvera o livro atempadamente. _________________________________________________ 5. Elas encontraro o Pedro em breve. _____________________________________________________ 6. Ns pintaramos os apartamentos se tivesses pedido. _________________________________________ 7. Eles tm lido muitos livros. ___________________________________________________________ 8. Eu j tinha visto esse filme. __________________________________________________________ 9. Tu ters alterado o projeto. _________________________________________________________

1. Ela encontrou-me no parque ontem noite, quando estava a passear. ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 2. Oh, o autocarro nmero cinco arrancou rapidamente dali. ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________

3. Este livro amarelo muito interessante. O meu livro no. ____________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ 4. Alguns alunos no gostam de ningum, porque so egostas. ___________________________________________________________________________________________

SUBCLASSES DOS VERBOS1. Adoro os dias quentes de vero. 2. Ela adormeceu. 3. A Mariana ficou deslumbrada com aquela paisagem. 4. O Antnio nunca me faz a vontade. 5. Entreguei-lhe o livro ontem. 6. A Maria estudante.

Leia, atentamente, o texto a seguir transcrito.Nesta poca de pr-eleies, tornou-se normal, no nosso pas, que os principais figures dos partidos polticos, designadamente dos partidos com maiores aspiraes eleitorais, venham a pblico defender as suas bandeiras e a zurzir os seus adversrios, utilizando uma linguagem e uma desonestidade intelectual no permitidas s outras reas de interveno. tolerado, por todos, incluindo os directamente visados, ser-se indelicado e soez, propalar mentiras, usar 10 mtricas erradas, inventar e distorcer factos, fazer promessas inverosmeis, caluniar, difamar Vale tudo, neste submundo da politiquice, desde que o objectivo seja ganhar algum voto. , por isso, que os polticos esto socialmente desconsiderados quase todos e desacreditados muitos e que a poltica uma rea no 15 atractiva para o cidado comum. A imagem negativa da poltica e da envolvncia das campanhas e pr-campanhas eleitorais, com toda a panplia de truques e ardis baixos dirigidos aos eleitores incautos, to bvia que se tornou inquestionvel. por tudo isto que acho de muito, muito mau gosto, a utilizao de cartazes com a imagem de inocentes crianas a colocarem questes polticas aos pais e aos avs. Penso que isto ultrapassa todos os limites admissveis, a explorao vergonhosa dos sentimentos familiares, de ternura filial, da confiana natural que os filhos tm dos seus pais uma tentativa inqualificante que devemos repudiar vivamente de colagem da politiquice e da mesquinhez aos mais puros sentimentos. ainda um aproveitamento intolervel das imagens da pureza e da inocncia por aqueles que transformaram a poltica em imundice. Tenham vergonha! Se no se querem dar ao respeito, respeitem, pelo menos, as crianas, os filhos e os sentimentos que elas e eles representam. No vo por esse caminho. Por amor de Deus, no emporcalhem tudo

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Joaquim Manuel Santos, Dirio de Notcias, Maro 20021. Para cada um dos quatro itens que se seguem, escreva a letra correspondente alternativa correcta, de acordo com o sentido do texto. 1.1. Na opinio do autor politiquice significa: a) b) a poltica o submundo c) d) desvirtuamento do objectivo essencial da poltica os polticos de uma forma geral.

1.2. Escolha o sinnimo mais adequado ao vocbulo incautos presente no texto: a) b) desprevenidos. preocupados. c) d) esclarecidos. crticos.

1.3. A desacreditao dos polticos deve-se: a) b) ambio desmedida dos profissionais da poltica. linguagem obscena utilizada pelos polticos. c) d) mentira. ao desinteresse dos cidados.

1.4. A forma verbal seja encontra-se: a) b) no Pretrito Imperfeito do Indicativo. No Presente do Conjuntivo. c) d) No Pretrito Imperfeito do Conjuntivo. No Presente do Indicativo.

2. Neste item, faa corresponder a cada um dos quatro elementos da coluna A um elemento da coluna B, de modo a obter afirmaes verdadeiras. B A a) o enunciador faz uso do adjectivo qualificativo. b) o enunciador expressa uma ideia de uma aco a realizar. 1) Com a expresso () neste submundo da politiquice () (l.8) 2) Ao dizer Propalar mentiras, usar mtricas erradas, inventar e distorcer (l. 6-7) 3) Ao afirmar uma tentativa inqualificante (l. 16), 4) Com a referncia Tenham vergonha! (l.19), c) o enunciador traduz uma ideia depreciativa. d) o enunciador traduz uma ideia em tom irnico. e) o enunciador acrescenta uma informao adicional. f) o enunciador deixa transparecer uma ideia de repdio. g) o enunciador introduz uma enumerao em que todos os elementos tm estatuto semelhante.

Leia, atentamente, o texto a seguir transcrito.5 Caiaps voltaram floresta para homenagear mortos do acidente da Gol Os ndios caiaps que auxiliaram o resgate das vtimas do maior acidente areo da histria do pas no receberam honras pelo seu trabalho no meio da floresta amaznica. Apesar da falta de reconhecimento, ainda homenagearam os 154 mortos da coliso, em 29 de Setembro, entre o jacto Legacy e o Boeing 737-800 da Gol. A 18 de Novembro, as lideranas caiaps voltaram ao local da queda do avio da Gol para uma cerimnia espiritual aos 10 mortos. Com isso, encerraram um ciclo que mudou a viso daquele grupo indgena sobre a vida e a ajuda ao prximo. Nossa vida mudou muito depois disso. Agora queremos ajudar mais as pessoas, no importa se negro, branco ou ndio. Depois de ver o que vimos, pensamos que o ser humano tem que ajudar um ao outro, afirmou Megaron Txucarrame, lder capai, que coordenou a aco de resgate. O Boeing da Gol caiu na terra indgena caiap Capoto-Jarin, uma rea vizinha da poro norte do Parque indgena do 15 Xingu, no Mato Grosso. No dia seguinte ao acidente, os caiaps comearam, por iniciativa prpria, uma misso de resgate. Ao todo, 17 caiaps, cinco jurunas e um caiabi passaram 17 dias na mata, sem comer ou dormir convenientemente. Tiveram apoio de outras sete pessoas, entre servidores da Funai (Fundao Nacional do ndio) e um major do Corpo de Bombeiros. Ficamos muito tristes pensando nos parentes das pessoas. A Aeronutica tinha equipamentos, mas no conseguia chegar. Ns conseguimos chegar, disse Megaron. O lder indgena disse que o regresso ao local do acidente repetiu um ritual capai para alegrar os espritos dos mortos. Quando morre um capai, o morto homenageado com danas e msicas para que o esprito fique contente. O esprito do pessoal que caiu l ficou perdido porque morreu de repente. Voltmos para fazer uma homenagem, como se fossem nossos parentes, para o esprito ir embora contente.

http:// www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=2291801. Para cada um dos quatro itens que se seguem, escreva a letra correspondente alternativa correcta. 1.1. Nossa vida mudou muito depois disso. A palavra sublinhada refere-se: a) b) cerimnia espiritual dos mortos. ao resgate das vtimas do maior acidente areo da histria do Brasil. c) d) falta de reconhecimento pelo trabalho de resgate dos ndios capais. homenagem prestada aos mortos da coliso.

1.2. A homenagem aos mortos um ritual ancestral que visa: a) b) cumprir uma obrigao. Libertar o esprito dos que morrem. c) d) Tranquilizar o esprito dos que ficam vivos. Manter na terra o esprito dos que morrem.

1.3. O sujeito da forma verbal Tiveram : a) b) nulo subentendido (ndios capais). nulo expletivo (ndios capais). c) d) sujeito simples (ndios capais). sujeito composto (ndios capais).

1.4. Na expresso Tiveram apoio de outras sete pessoas sete um: a) b) determinante numeral. nome. c) d) adjectivo numeral. quantificador numeral.

2. Neste item, faa corresponder a cada um dos quatro elementos da coluna A um elemento da coluna B. B A a) o enunciador expressa uma ideia de simultaneidade. b) o enunciador expressa uma ideia de uma aco a realizar. 1) Com a expresso o resgate das vtimas do maior acidente areo da histria do pas (l.1) 2) Com a expresso no importa se negro, branco ou ndio (l.6) 3) Com as expresses No dia seguinte ao acidente (l. 10) e passaram 17 dias na mata (l. 11) 4) Com a expresso para o esprito ir embora contente (l.19), c) o enunciador introduz aspectos espirituais acessrios relativamente ao tpico que se encontra a tratar. d) o enunciador traduz uma ideia do fluir do tempo. e) o enunciador apresenta um a ideia de superlativao do acontecimento. f) o enunciador introduz uma ideia de referncia espiritual. g) o enunciador introduz uma enumerao em que todos os elementos tm estatuto semelhante.

Leia, atentamente, o texto a seguir transcrito.A alimentao do homem um dado cultural que tem uma importncia pelo menos igual quele pura e simplesmente alimentar. Reservando uma ateno particular relao que encontramos, entre dado cultural e dado alimentar/natural, o presente artigo levar em considerao o facto de que estamos a falar de um alimento muito particular: trata-se do homem que se torna, dentro de uma estrutura altamente ritualizada, alimento para outro homem que, por sua vez, vive na perspectiva, altamente significativa para a sua cultura, de se tornar, um dia, ele mesmo alimento para os outros. 10 Pelo facto de reconhecer a importncia do dado cultural no que diz respeito alimentao do homem, a Antropologia apresenta-se como perspectiva de anlise imprescindvel. Por outro lado, ela constituir o esboo de um estudo crtico sobre a sua prpria caracterstica de compreenso/digesto de alteridade cultural. Alm do mais, a colocao da antropofagia ritual (sagrada) no centro de nosso trabalho impe-nos o ponto de vista de uma metodologia de estudo histrico-religiosa. A utilidade dessa perspectiva de estudos est toda contida na adjectivao ritual, que acompanha esta forma especfica de antropofagia. Trata-se, consequentemente, de esclarecer esses termos/conceitos (aos quais a escola histrico-religiosa tem dedicado tanta ateno), muitas vezes assumidos de forma acrtica, oferecendo uma significativa contribuio e problematizao aos estudos histricos e antropolgicos contemporneos.

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Adone Agnolin1. Para cada um dos quatro itens que se seguem, escreva a letra correspondente alternativa correcta, de acordo com o sentido do texto. 1.1. A antropofagia caracteriza-se por ser: a) b) o saciar da fome em rituais especficos. Um ritual em que um homem serve de alimento a outro. c) d) O colmatar de um acato herico. Uma questo antropolgica sem qualquer tipo de ritualizao.

1.2. A expresso alteridade cultural significa: a) b) unidade. imprescindibilidade. c) d) diversidade. peculiar.

1.3. Na orao uma dado cultural que, o vocbulo sublinhado : a) b) uma conjuno subordinativa consecutiva. uma conjuno subordinatica completiva. c) d) um pronome relativo. uma conjuno subordinativa concessiva.

1.4. O adjectivo presente na expresso de um alimento muito particular encontra-se no: a) b) superlativo relativo de superioridade. superlativo absoluto sinttico. c) d) Normal superlativo absoluto analtico.

2. Neste item, faa corresponder a cada um dos quatro elementos da coluna A um elemento da coluna B, de modo a obter afirmaes verdadeiras

B A a) o enunciador expressa uma ideia de extrema necessidade. b) o enunciador expressa uma ideia de oposio. 1) Com a expresso a Antropologia apresenta-se como perspectiva de anlise imprescindvel (l. 8), 2) Com a expresso o presente artigo levar em considerao o facto (l. 3), 3) Com a expresso Por outro lado, ela constituir (l. 8), 4) Com a expresso Alm do mais (l.9), c) o enunciador mostra o ultrapassar de um obstculo. d) o enunciador traduz uma ideia irnica. e) o enunciador expressa uma ideia de incluso. f) o enunciador introduz uma ideia de comparao. g) o enunciador acrescenta uma informao adicional.

TESTESL, atentamente, o texto que se segue:

Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes? Nunca pior auditrio. Ao menos tm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e no falam. Uma s cousa pudera desconsolar ao pregador, que serem gente os peixes que se no h-de converter. Mas esta dor to ordinria, que j pelo costume quase se no sente. Por esta causa no falarei hoje em Cu nem Inferno; e assim ser menos triste este sermo, do que os meus parecem aos homens, pelos encaminhar sempre lembrana destes dois fins.

Vos estis sal terrae. Haveis de saber, irmos peixes, que o sal, filho do mar como vs, tem duas propriedades, asquais em vs mesmos se experimentam: conservar o so e preserv-lo, para que se no corrompa. Estas mesmas propriedades tinham as pregaes do vosso pregador Santo Antnio, como tambm as devem ter as de todos os pregadores. Uma louvar o bem, outra repreender o mal: louvar o bem para o conservar e repreender o mal para preservar dele. Nem cuideis que isto pertence s aos homens, porque tambm nos peixes tem seu lugar. Assim diz o grande Doutor da Igreja S. Baslio: (...) No s h que notar, diz o Santo, e que repreender nos peixes, seno tambm que imitar e louvar. Quando Cristo comparou a sua Igreja rede de pescar (...), diz que os pescadores recolheram os peixes bons e lanaram fora os maus. E onde h bons e maus, h que louvar e que repreender. Suposto isto, para que procedamos com clareza, dividirei, peixes, o vosso sermo em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as vossas virtudes, no segundo repreender-vos-ei os vossos vcios. E desta maneira satisfaremos s obrigaes do sal, que melhor vos est ouvi-las vivos, que experiment-las depois de mortos. Comeando pois, pelos vossos louvores, irmos peixes, bem vos pudera eu dizer que entre todas as criaturas viventes e sensitivas, vs fostes as primeiras que Deus criou. A vs criou primeiro que as aves do ar, a vs primeiro que aos animais da terra e a vs primeiro que ao mesmo homem.(...) Vindo pois, irmos, s vossas virtudes, que so as que s podem dar o verdadeiro louvor, a primeira que se me oferece aos olhos hoje, aquela obedincia com que, chamados, acudistes todos pela honra de vosso Criador e Senhor, e aquela ordem, quietao e ateno com que ouvistes a palavra de Deus da boca de seu servo Antnio. Oh grande louvor verdadeiramente para os peixes e grande afronta e confuso para os homens! Os homens perseguindo a Antnio, querendo-o lanar da terra e ainda do mundo, se pudessem, porque lhe repreendia seus vcios, porque lhe no queria falar vontade e condescender com seus erros, e no mesmo tempo os peixes em inumervel concurso acudindo sua voz, atentos e suspensos s suas palavras, escutando com silncio e com sinais de admirao e assenso (como se tiveram entendimento) o que no entendiam. Quem olhasse neste passo para o mar e para a terra, e visse na terra os homens to furiosos e obstinados e no mar os peixes to quietos e to devotos, que havia de dizer? Poderia cuidar que os peixes irracionais se tinham convertido em homens, e os homens no em peixes, mas em feras. Aos homens deu Deus uso de razo, e no aos peixes; mas neste caso os homens tinham a razo sem o uso, e os peixes o uso sem a razo. Muito louvor mereceis, peixes, por este respeito e devoo que tivestes aos pregadores da palavra de Deus, e tanto mais quanto no foi s esta a vez em que assim o fizestes. Ia Jonas, pregador do mesmo Deus, embarcado em um navio, quando se levantou aquela grande tempestade; e como o trataram os homens, como o trataram os peixes? Os homens lanaram-no ao mar a ser comido dos peixes, e o peixe que o comeu, levou-o s praias de Nnive, para que l pregasse e salvasse aqueles homens. possvel que os peixes ajudam

salvao dos homens, e os homens lanam ao mar os ministros da salvao? Vede, peixes, e no vos venha vanglria, quanto melhor sois que os homens. Os homens tiveram entranhas para deitar Jonas ao mar, e o peixe recolheu nas entranhas a Jonas, para o levar vivo terra. Mas porque nestas duas aces teve maior parte a omnipotncia que a natureza (como tambm em todas as milagrosas que obram os homens) passo s virtudes naturais e prprias vossas. Falando dos peixes, Aristteles diz que s eles, entre todos os animais, se no domam nem domesticam.(...) Os autores comummente condenam esta condio dos peixes, e a deitam pouca docilidade ou demasiada bruteza; mas eu sou de mui diferente opinio. No condeno, antes louvo muito aos peixes este seu retiro, e me parece que, se no fora natureza, era grande prudncia. Peixes! Quanto mais longe dos homens, tanto melhor; trato e familiaridade com eles, Deus vos livre! Se os animais da terra e do ar querem ser seus familiares, faam-no muito embora, que com suas penses o fazem. (...) No tempo de No sucedeu o dilvio que cobriu e alagou o mundo, e de todos os animais quais livraram melhor? (...) Todos (os peixes) escaparam, antes no s escaparam todos, mas ficaram muito mais largos que dantes, porque a terra e o mar tudo era mar. Pois se morreram naquele universal castigo todos os animais da terra e todas as aves, porque no morreram tambm os peixes? Sabeis porqu? Diz Santo Ambrsio: porque os outros animais, como mais domsticos ou mais vizinhos, tinham mais comunicao com os homens, os peixes viviam longe e retirados deles. Facilmente pudera Deus fazer que as guas fossem venenosas e matassem todos os peixes, assim como afogaram todos os outros animais. Bem o experimentais na fora daquelas ervas com que, infeccionados os poos e lagos, a mesma gua vos mata; mas como o dilvio era um castigo universal que Deus dava aos homens por seus pecados, e ao mundo pelos pecados dos homens, foi altssima providncia da divina justia que nele houvesse esta diversidade ou distino, para que o mesmo mundo visse que da companhia dos homens lhe viera todo o mal e que por isso os animais que viviam mais perto deles, foram tambm castigados e os que andavam longe ficaram livres. (...)

I Compreenso do Texto Aps uma leitura cuidada do texto, responde, de forma clara e completa, s questes que se seguem: 1. Situa o excerto transcrito na estrutura interna e externa do Sermo de Santo Antnio aos Peixes. 2. Menciona o paralelismo que o orador estabelece entre as propriedades do sal e o acto de pregar de Santo Antnio. 3. Aponta as razes subjacentes ironia do pregador no primeiro pargrafo. 4. O pregador afirma que, numa primeira fase, louvar os peixes e, numa segunda fase, repreender os seus vcios. 4.1. Apresenta o motivo que est na origem desta diviso. 5. Explicita a alegoria presente no excerto. 6. Indica as virtudes genricas dos peixes. 7. O sermo tinha como objectivos: ensinar (docere), agradar (delectare) e comover, persuadir (movere). 7.1. Selecciona duas das figuras de estilo que evidenciem os objectivos apontados. 7.2. Refere a importncia dos exemplos bblicos.

II Funcionamento da Lngua 1. Observa a seguinte frase: Durante a sua misso no Brasil, Antnio Vieira constatou que (1) a terra estava de tal forma corrupta que (2) era necessria uma doutrina eficaz que (3) limpasse a maldade dos coraes humanos. 1.1. Divide e classifica as oraes presentes nesta frase. 1.2. Indica a classe e subclasse dos vocbulos sublinhados. 2. Refere a funo sintctica desempenhada por cada um dos elementos sublinhados nas seguintes frases: a) Haveis de saber, irmos peixes, que o sal (...); b) (...) que experiment-las depois de mortos.; c) (...) vs fostes as primeiras criaturas que Deus criou (...) 3. Faz corresponder os elementos da coluna A aos da coluna B, de forma a obteres informaes verdadeiras.

COLUNA A 1. A palavra Mas, na frase Mas esta dor to ordinria (...) (linha 3) 2. Entre as palavras destacadas nas frases que se seguem: Enfim que havemos de pregar hoje aos peixes? (linha 1) e J acabaste de pregar a base do mvel? 3. Na expresso (...) que experiment-las depois de mortos. (linha 16) 4. Na passagem (...) no primeiro louvar-vos-ei as vossas atitudes, no segundo repreender-vos-ei os vossos vcios. (linha 14 e 15)

COLUNA B a) existe uma relao de homonmia. b) existe uma anfora com co-referente expresso. c) uma conjuno coordenativa copulativa. d) esto, sobretudo, presentes as referncias decticas pessoal e espacial. e) uma conjuno coordenativa adversativa. f) existe uma relao de homografia. g) esto, sobretudo, presentes as referncias decticas

temporal e pessoal. h) existe uma referncia anafrica sem co-referente expresso.

L, atentamente, o texto que se segue:Mas j que estamos nas covas do mar, antes que saiamos delas, temos l o irmo polvo, contra o qual tm suas queixas, e grandes, no menos que S. Baslio e Santo Ambrsio. O polvo com aquele seu capelo na cabea, parece um monge; com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela; com aquele no ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansido. E debaixo desta aparncia to modesta, ou desta hipocrisia to santa, testemunham constantemente os dois grandes Doutores da Igreja latina e grega, que o dito polvo o maior traidor do mar. Consiste esta traio do polvo primeiramente em se vestir ou pintar das mesmas cores de todas aquelas cores a que est pegado. As cores, que no camaleo so gala, no polvo so malcia; as figuras, que em Proteu so fbula, no polvo so verdade e artifcio. Se est nos limos, faz-se verde; se est na areia, faz-se branco; se est no lodo, faz-se pardo; e se est em alguma pedra, como mais ordinariamente costuma estar, faz-se da cor da mesma pedra. E daqui que sucede?

Sucede que o outro peixe, inocente da traio, vai passando desacautelado, e o salteador, que est de emboscada dentro do seu prprio engano, lana-lhe os braos de repente, e f- lo prisioneiro. Fizera mais Judas? No fizera mais, porque no fez tanto. Judas abraou a Cristo, mas outros o prenderam; o polvo o que abraa e mais o que prende. Judas com os braos fez o sinal, e o polvo dos prprios braos faz as cordas. Judas verdade que foi traidor, mas com lanternas diante; traou a traio s escuras, mas executou-a muito s claras. O polvo, escurecendo-se a si, tira a vista aos outros, e a primeira traio e roubo que faz, luz, para que no distinga as cores. V, peixe aleivoso e vil, qual a tua maldade, pois Judas em tua comparao j menos traidor! Oh que excesso to afrontoso e to indigno de um elemento to puro, to claro e to cristalino como o da gua, espelho natural no s da terra, seno do mesmo cu! L disse o Profeta por encarecimento, que nas nuvens do ar at a gua escura: Tenebrosa aqua in nubibus aeris. E disse nomeadamente nas nuvens do ar, para atribuir a escuridade ao outro elemento, e no gua; a qual em seu prprio elemento sempre clara, difana e transparente, em que nada se pode ocultar, encobrir nem dissimular. E que neste mesmo elemento se crie, se conserve e se exercite com tanto dano do bem pblico um monstro to dissimulado, to fingido, to astuto, to enganoso e to conhecidamente traidor! Vejo, peixes, que pelo conhecimento que tendes das terras em que batem os vossas mares, me estais respondendo e convindo, que tambm nelas h falsidades, enganos, fingimentos, embustes, ciladas e muito maiores e mais perniciosas traies. E sobre o mesmo sujeito que defendeis, tambm podereis aplicar aos semelhantes outra propriedade muito prpria; mas pois vs a calais, eu tambm a calo. Com grande confuso, porm, vos confesso tudo, e muito mais do que dizeis, pois no o posso negar. Mas ponde os olhos em Antnio, vosso pregador, e vereis nele o mais puro exemplar da candura, da sinceridade e da verdade, onde nunca houve dolo, fingimento ou engano. E sabei tambm que para haver tudo isto em cada um de ns, bastava antigamente ser portugus, no era necessrio ser santo.

Ignorante, desconhecedor; 2. Perverso; 3. O Profeta David. Salmo 17,12.

Grupo I Compreenso do Texto Aps uma leitura cuidada do texto, responde, de forma clara e completa, s questes que se seguem: 1. Situa o excerto transcrito na estrutura interna e externa do Sermo de Santo Antnio aos Peixes. 2. E debaixo desta aparncia to modesta, ou desta hipocrisia to santa (...) (linha 4) 2.1. Caracteriza o polvo, tendo em conta a sua aparncia e a sua essncia. 2.2. Indica as consequncias que decorrem dessas caractersticas do polvo. 2.3. Que alegoria comporta o polvo? 3. A determinada altura, Antnio Vieira compara o polvo com uma personagem bblica: Judas. 3.1. Comenta a escolha do caso de Judas como o ltimo dos argumentos. 4. Como todo o sermo barroco, este riqussimo ao nvel da utilizao de diferentes recursos estilsticos. 4.1. Indica e interpreta trs dos mais expressivos recursos utilizados neste excerto do sermo.

Grupo II Conhecimento global da obra e funcionamento da lngua A. Responde, assinalando unicamente o nmero da questo e a alnea que lhe corresponde, para ela ser correcta.1- O Sermo de Santo Antnio aos peixes constitui uma stira social, visto que o seu principal objectivo : a. ridicularizar os peixes; b. ridicularizar os homens; c. ridicularizar sempre os homens e, por vezes, os peixes; d. criticar sempre o comportamento dos homens.

2- O Sermo de Santo Antnio aos peixes foi uma das formas encontradas pelo seu autor para: a. chamar a ateno para a situao dos colonos, denunciada pelo Padre Antnio Vieira em vrias situaes e documentos; b. chamar a ateno dos portugueses para a situao de hipocrisia em que vivia a Igreja; c. chamar a ateno e criticar os ndios Tapuia pelo seu canibalismo; d. chamar a ateno dos portugueses para a situao dos ndios, denunciada pelo Padre Antnio Vieira em vrias situaes e documentos.

3- Todo o Sermo de Santo Antnio aos peixes uma alegoria porque: a. os peixes so o contrrio dos homens; b. os peixes revelam comportamentos dignificantes; c. os peixes so metforas dos homens; d. os peixes so comparados, por semelhana, aos homens.

4- A arte barroca a. a arte da seduo, do discreto e do deslumbramento da viso. b. a arte seduo do apelo aos sentidos e do deslumbramento ornamental. c. a arte da discrio, da conteno dos sentidos e das cores. d. a arte dos jesutas. 5 O Padre Antnio Vieira era a. um padre jesuta que pertencia Companhia de Jesus. b. um padre franciscano que pregou aos peixes. c. um padre jesuta que pertencia ao Tribunal do Santo Ofcio. d. um padre franciscano que defendeu a honra dos ndios.

6- No Sermo de Santo Antnio aos Peixes, Vieira utiliza a rmora para a. mostrar que ela era um peixe que vivia do oportunismo. b. simbolizar o poder que a palavra do pregador tem de ser guia das almas. c. simbolizar o poder da palavra de Deus tem de fazer tremer os pecadores. d. simbolizar o poder purificador da palavra de Deus.

B Faz corresponder o nmero da coluna A alnea da coluna B.COLUNA A 1. Na frase: Mas ponde os olhos em Antnio, vosso pregador (...) (linha 28) 2. Entre as palavras sublinhadas nas frases que se seguem: (...) para haver tudo isto em cada um de ns (...) (linha 30) e No gosto do sabor desta noz 3. Na expresso (...) f-lo prisioneiro (...) (linha 11) b) existe uma forma verbal pronominal no presente do indicativo. c) uma conjuno coordenativa copulativa. d) um advrbio de lugar. e) uma conjuno coordenativa adversativa. f) existe uma relao de homofonia. 4. Na passagem (...) temos l o irmo polvo (...) (linha 1) g) um advrbio de tempo. h) existe uma forma verbal perifrstica no presente do indicativo. COLUNA B a) existe uma relao de homonmia.

L, atentamente, o texto que se segue:

Antes, porm, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi tambm agora as vossas repreenses. Servir-vos-o de confuso, j que no seja de emenda. A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vs, que vos comeis uns aos outros. Grande escndalo este, mas a circunstncia o faz ainda maior. No s vos comeis uns aos outros, seno que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrrio, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, no bastam cem pequenos, nem mil, para um s grande. Olhai como estranha isto Santo Agostinho: Homines pravis, praeversisque cupiditatibus facti sunt, sicut piscis

invicem se devorantes: Os homens com suas ms e perversas cobias, vm a ser como os peixes que se comem uns aosoutros. To alheia cousa , no s da razo, mas da mesma natureza, que, sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidados da mesma ptria, e todos finalmente irmos, vivais de vos comer! Santo Agostinho, que pregava aos homens, para encarecer a fealdade deste escndalo, mostrou-lho nos peixes; e eu, que prego aos peixes, para que vejais quo feio e abominvel , quero que o vejais nos homens. Olhai, peixes, l do mar para a terra. No, no: no isso o que vos digo. Vs virais os olhos para os matos e para o serto? Para c, para c; para a cidade que haveis de olhar. Cuidais que s os Tapuias se comem uns aos outros? Muito maior aougue o de c, muito mais se comem os brancos. Vedes vs todo aquele bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer s praas e cruzar as ruas; vedes aquele subir e descer as caladas, vedes aquele entrar e sair sem quietao nem sossego? Pois tudo aquilo andarem buscando os homens como ho-de comer, e como se ho-de comer. Morreu algum deles, vereis logo tantos sobre o miservel a despeda-lo e com-lo. Comem-no os herdeiros, comem-no os testamenteiros, comemno os legatrios, comem-no os acredores; comem-no os oficiais dos rfos, e os dos defuntos e ausentes; come-o o mdico, que o curou ou ajudou a morrer; come-o o sangrador que lhe tirou o sangue; come-o a mesma mulher, que de m vontade lhe d para mortalha o lenol mais velho da casa; come-o o que lhe abre a cova, o que lhe tange os sinos, e os que, cantando, o levam a enterrar; enfim, ainda o pobre defunto o no comeu a terra, e j o tem comido toda a terra.

J se os homens se comeram somente depois de mortos, parece que era menos horror e menos matria de sentimento. Mas para que conheais a que chega a vossa crueldade, considerai, peixes, que tambm os homens se comem vivos assim como vs. Vivo estava Job, quando dizia: Quare persequimini me, et carnibus meis saturamini? (Job, 19): Porque me perseguis to desumanamente, vs, que me estais comendo vivo e fartando-vos da minha carne? Quereis ver um Job destes? Vede um homem desses que andam perseguidos de pleitos ou acusados de crimes, e olhai quantos o esto comendo. Come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivo, come-o o solicitador, come-o o advogado, come-o o inquiridor, come-o a testemunha, come-o o julgador, e ainda no est sentenciado, j est comido. So piores os homens que os corvos. O triste que foi forca, no o comem os corvos seno depois de executado e morto; e o que anda em juzo, ainda no est executado nem sentenciado, e j est comido.

I Compreenso do Texto

Aps uma leitura cuidada do texto, responde, de forma clara e completa, s questes que se seguem: 1. Situa o excerto transcrito na estrutura interna e externa do Sermo de Santo Antnio aos Peixes. 2. Mostra o objectivo que o Padre Antnio Vieira tinha ao pregar esta passagem do sermo. 3. Explica o sentido da crtica geral dirigida aos peixes. 4. Nesta passagem, a identificao dos peixes com os homens torna-se ainda mais evidente do que no resto do texto. 4.1. Mostra como visvel essa evidncia. 5. Ao apontar o exemplo dos homens, o orador refere dois tipos de antropofagia (ou canibalismo): a ritual e a social. 5.1. Qual delas considerada mais grave? Porqu? 5.2. De que forma est aqui tambm presente a posio do Padre Antnio Vieira sobre os ndios? 6. A alegoria presente neste excerto aplicvel ao homem, independentemente da localizao espciotemporal? Justifica a tua opinio. 7. O verbo comer aparece repetidas vezes no desenvolvimento do texto que te encontras a analisar. 7.1. Refere-te polissemia deste verbo, tendo em conta o(s) contexto(s) em que aparece inserido. 8. Como todo o sermo barroco, este riqussimo ao nvel da utilizao de diferentes recursos estilsticos. 8.1. Indica e interpreta quatro dos mais expressivos recursos utilizados neste excerto do sermo.

II Funcionamento da Lngua 1. Observa a seguinte frase: Santo Agostinho, que pregava aos homens, para encarecer a fealdade escndalo, mostrou-lho nos peixes. 1.1. Divide e classifica as oraes presentes nesta frase.

1.2. Classifica, morfologicamente, os vocbulos sublinhados. 2. Refere a funo sintctica desempenhada por cada um dos elementos sublinhados nas seguintes frases: a) Olhai, peixes, l do mar para a terra; b) Comem-no os herdeiros (...). 3. Faz corresponder os elementos da coluna A aos da coluna B, de forma a obteres informaes verdadeiras.COLUNA A 1. Na passagem Antes, porm, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores (...) (linha 1) 2. A palavra mas, na frase, Grande escndalo este, mas a circunstncia o faz ainda maior (..) (linha 3) 3. Na passagem (...) vereis logo tantos sobre o miservel a despeda-lo e com-lo. (linha 18) 4. Entre as palavras a seguir destacadas: Como no gosto de peixe, no como o prato do dia do restaurante. COLUNA B a) uma conjuno coordenativa copulativa. b) existe uma relao de homografia. c) est presente uma anfora com co-referncia. d) existe uma relao de homonmia. e) est presente, sobretudo, uma referncia dectica pessoal. f) uma conjuno coordenativa adversativa. g) est presente, sobretudo, uma referncia dectica temporal. h) est presente uma anfora sem co-referncia.

III Actividade de Expresso Escrita - Tendo em conta o estudo que fizeste do Sermo de Santo Antnio aos Peixes do Padre Antnio Vieira, comenta a seguinte afirmao de Mrio Gonalves Viana:

Este sermo (...) uma autntica stira e, em cada peixe que constitui um smbolo procura Vieira louvar algumas virtudes humanas e principalmente flagelar, sem d nem piedade, os vcios e os desmandos dos colonos portugueses, em aluses transparentes mas subtilssimas.

1. O Bruno disse irm: - No posso brincar contigo porque tenho que fazer os trabalhos de casa para amanh. Queres ver televiso? ____________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 2. O pai pediu ao filho: - Fica no teu quarto, faz os trabalhos de casa e arruma a tua secretria que est toda desorganizada. ____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3. A me ordenou ao filho: - No comas todos os chocolates, deixa alguns para a tua irm. ____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 4. O meu irmo contou-me o seguinte: - Ontem, a Ana chegou tarde e nem sequer me falou ! ____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 5. Ela perguntou ao primo: - Queres ficar a jantar connosco ? ____________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 6. Na 2 feira, ao chegar a casa da Sofia, o Pedro disse-lhe: No posso ficar c muito tempo. O meu pai vem buscar-me s 5 horas, porque tenho de passar pela biblioteca antes que ela feche. Podemos terminar o trabalho amanh? Na 5 feira, na escola, a Joana perguntou Sofia se ela e o Pedro tinham terminado o trabalho. A Sofia respondeu-lhe:

No, porque, ao chegar a minha casa, o Pedro disse que no ___________________ ficar __________________ muito tempo. O ___________________ pai ____________________ ____________________s 5 horas, porque ____________________ ___________________ de passar pela biblioteca antes que ela ____________________. E perguntou ______________ __________________________ terminar o trabalho ________________________.