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JOVENS ADULTOS A F ' T Davi \As vitórias e as derrotas de um homem de Deus

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JOVENSADULTOS

A

F ' TDavi

\As vitórias e as derrotasde um homem de Deus

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D. A. CARSON

E\ NOSSOS MELHORES MOMENTOS, NÓS CRIS

TAOS TEMOS NOSSAS VIDAS PERMEADAS PELA

ESCRITURA. Nos ÚLTIMOS ANOS, LER A BÍBLIATEM SE TORNADO CADA VEZ MAIS UM DESAFIOPOIS, A PREGUIÇA, O PECADO, A FALTA DE DIS-CIPLINA E O ACELERADO RITMO DA VIDA TOR-NAM DIFÍCIL CRIAR O ESPAÇO NECESSÁRIO PARAUMA LEITURA SÉRIA E REFLETIDA DA PALAVRA.ESTE LIVRO SE DESTINA A CRISTÃOS QUE DESE-JAM LER TODA A BÍBLIA, DE MODO A CONSER-"VAR UMA MENTE MOLDADA E INFORMADA PELA

SAGRADA ESCRITURA, PARA ANDAR EM NOVIDA-

DE DE VIDA, POR AMOR A DEUS. ' , -

CÚD.: PA-041594 / 14,5 y. 22,5 CM / 400 i'.ta>.

Em todas as livrarias ou pelos fones31712723 Município do Rio de Janeiro0800 021 73 73 Demais facaliiludes

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BÍBLICASComentário: JOSÉ GONÇALVESConsultor Doutrinário e Teológico:ANTÓNIO GILBERTO

Lições do 4° Trimestre de 2009

ALUNO

Lição lDavi e a sua Vocação 3

Lição 2Davi Enfrenta e Vence o Gigante S

Lição 3Davi na Corte Real - Vivendo com Sabedoria l 3

Lição 4Davi e o Tempo de Deus em sua Vida l 8

Lição SDavi e sua Equipe de Liderados 23* r . _Lição 6Davi Unifica o Reino de Israel 28

Lição 7A Expansão do Reino Davídico , -^ ^ A 33

Lição 8O Pecado de Davi e suas consequências 38

Lição 9A Restauração Espiritual de Davi 43

Lição 10Davi e o Preço da Negligência na Família 47

Lição 11Davi e a Restauração do Culto a Jeová 52

Lição 12Davi e o seu Sucessor 57

Lição 13Davi - Um Homem Segundo o Coração de Deus 61

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BÍBLICASALUNOPublicação Trimestralda Casa Publicadoradas Assembleias de Deus

Presidente da Convenção Geraldas Assembleias de Deus no BrasilJosé Wellington Bezerra da Costa_

Presidente do ConselhoAdministrativoJosé Wellington Çostajúnior_

Diretor ExecutivoRonaldo Rodrigues de Souza

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RedatoresCésar Moisés Carvalho,Miriam Reiche e Telma Bueno

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04 de outubro de 2009

DAVI E A SUA VOCAÇÃO

"Porem, agora, não subsistira o teu reino;já tem buscado o SENHOR para sium homem segundo o seu coração

e já lhe tem ordenado o SENHOR que sejachefe sobre o seu povo, porquanto nãoguardaste o que o SENHOR te ordenou"

(l Sm 13.14).

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Hb 3.1A vocação celestial e os filhos de Deus

Terça - 2 Tm 1.9A vocação cristã é santa

Quarta - Tg 1.17As vocações divinas procedem de Deus

Quinta - 1 Co 7.20-24Diferentes vocações, um chamado

Sexta-Ef 1.18•*:£. ?$iff! A esperança da nossa vocação

Sábado - Fp 3.14A soberana vocação

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Samuel 16.13,10-13

l - Então, disse o SENHOR a Sa-muel: Até quando terás dó de Saul,havendo-o eu rejeitado, para que nãoreine sobre Israel? Enche o teu vasode azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé,0 belemita; porque dentre os seusfilhos me tenho provido de um rei.

3 - E con vida rãs Jessé ao sacrifício; eeu te farei saber o que hás de fazer, eungir-me-ás a quem eu te disser.

1 O -Assim, fez passar Jessé os seussete filhos diante de Samuel; porémSamuel disse a Jessé: O SENHOR nãotem escolhido estes.

11 - Disse mais Samuel a Jessé: Aca-baram-se os jovens? E disse: Aindafalta o menor, e eis que apascenta asovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé:Envia e manda-o chamar, porquantonão nos assentaremos em roda damesa até que ele venha aqui.

12 - Então, mandou em busca delee o trouxe (e era ruivo, e formosode semblante, e de boa presença). Edisse o Senhor: Levanta-te e unge-o,porque este mesmo é.

l 3 - Então, Samuel tomou o vaso doazeite e ungiu-o no meio dos seus ir-mãos; e, desde aquele dia em diante,o Espírito do SENHOR se apoderou deDavi. Então, Samuel se levantou e setornou a Rama.

INTRODUÇÃO

Não há dúvida de que a história deDavi é uma das mais belas e instrutivasda Bíblia. Somente ele é denominadonas Escrituras de o homem segundo ocoração de Deus (l Sm 13.14). O moti-vo dessa consideração deve-se ao fatode que Davi sempre estava disposto acumprir a vontade do Todo-Poderoso(At l 3.22). Para nós, que conhecemosa providência divina, sabemos queDavi surge como um homem escolhidopelo Senhor para cumprimento de seuspropósitos.

I. AS CIRCUNSTÂNCIAS EMQUE DAVI FOI CHAMADO

1. Em meio a uma crise espi-ritual. De certa forma, a vocação ouo chamado de Davi por parte de Deusexternou-se a partir da rejeição de Saulpelo Senhor (l Sm 13.13,14; 15.26-28). É preciso lembrar-se que, antesde ter um rei, o povo de Israel possuíauma liderança teocrática, formada porjuizes escolhidos por Deus, os quaisdefendiam suas causas (]z 2.16-19).Não obstaníe, aVDntaée-de Israel ma-nifestada publicamente naqueles dias(cf. l Sm 8.1-22), foi esquivar-se dosistema político da teocracia para setornar uma monarquia como as nações

"mcVédulas vizinhas (l Sm 8.1-7, 19-22).A vontade do povo não era apenas a deter um rei, mas de se tornar "como asoutras nações" (v. 20). Não era, portan-to, apenas por uma simples mudançade regime que o povo estava ansiando,mas por uma troca de governante.Aquela má escolha deixou o profetaSamuel alarmado e triste (l Sm 8.6).

É nesse contexto que vemos,na história bíblica, surgir Saul {l Sm9.1-27), alguém que preenchia os ré-

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quisitos e as expectativas do povo (lSm 8.4-6). Muito cedo em seu governoSaul demonstra não ser um homem dis-posto a buscar a direção de Deus paradirigir Israel (l Sm 13). Samue! logoobservou ser Saul um rei carnal, fraco,desobediente e sem espiritualidade,

Â, portanto, desqualificado como líderdo povo eleito de Deus (l Sm 13.14;l 5.26-28). O maior problema era queum fracasso iminente do rei significavaa derrocada de toda a nação. E isso,infelizmente, não tardou acontecer.Saul assemelhava-se a uma árvore,cujas raízes foram cortadas, perma-necendo com sua folhagem verde poralgum tempo£fé neste contexto queo Senhor buscou "para si um homem"que lhe agradasse e que se tornariapríncipe sobre o seu povo (l Sm l 3.14).E Davi era esse homem escolhido (l Sm16.12,13).

Hoje, assim como naquela épo-ca, a obra de Deus sofre, em certoslugares, por desobediência de algunsque chegam a "ensinar" somente porobrigação e vontade humana sem,contudo, ter a aprovação de Deus.Entretanto, não é possível alguémpermanecer à frente da obra Deus e irmuito longe se os seus fundamentosespirituais foram derrubados.

^2. A gravidade da crise. Dian-te de uma crise de tal gravidade quese abateu sobre a liderança do povode Deus, Samuel chorava não so-mente a queda de Saul, mas tambémse preocupava com a lacuna geradapor sua rejeição definitiva. Deus,que controla as situações, declaroua Samuel que já havia se provido deum rei (l Sm 16.1).

Em toda a história bíblica, é possí-vel verificar esta forma de Deus tratarcom o seu povo. Durante a peregrina-ção no deserto, vemos como o Senhornão aceitou a desobediência de Moisés,

REFLEXÃO

"Rogo-vos, pois. eu, o presodo Senhor, que andeis comoe digno da vocação com que

fostes chamados.'Ef4.l

impedindo sua entrada na Terra Pro-metida (Nm 20.11,12; Dt 32.51,52).

(Ivlesmo não permitindo que Moisés emsua rebeldia continuasse a governar oseu povo e entrasse em Canaã, o Todo-Poderoso não desamparou a sua TriboNómade, pois já havia provido outrolíder para finalmente introduzi-la naTerra Prometida (Dt l .37,38).

II. A NATUREZADA VOCAÇÃO DE DAVI

1. Um desígnio divino. Noensino revelado na Palavra de Deus,a vocação divina é um fato declaradoe demonstrado entre o povo de Deus.Ele chama a quem quer, quando quer ecapacita como quer e para o que quer.Essa verdade é demonstrada na vidado sucessor de Saul. Quando lemos oSalmo 89.20: "Achei a Davi, meu servo;

\\com o meu santo óleo o ungi", vemosclaramente que Davi foi escolhido porDeus. Ele foi chamado ou "recebeu umavocação" da parte do Senhor.

Em um contexto maior, é impor-tante entender que o Messias prome-tido ao povo de Deus seria um des-cendente da tribo dejudá e, portanto,Davi é parte direta do cumprimento daspromessas divinas a Israel (Is 11.1,2;Jr23.5,6; At 2.29,30; Rm l .3). O primeiroversículo do Novo Testamento (Mt 1.1)enuncia o cumprimento desta profeciamessiânica. No último livro da Bíblia, opróprio Senhorjesus, o Messias prome-tido declara:"[...] Eu sou a Raiz e a Ge-

LIÇÕES BÍBLICAS

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ração de Davi" (Ap 22.1 6). Tais textossão uma evidência do cumprimento daAliança Davídica: "Porém a tua casa e oteu reino serão firmados para semprediante de ti; teu trono será firme parasempre" (2 Sm 7.16).

2. A resposta humana. Um dosprincípios da vocação divina é a sobe-rania de Deus (l Cr 28.4,5). Todavia,isso não significa que o Eterno não leveem conta a responsabilidade humanana realização de seus propósitos (l Cr28.6,7).

Saul subiu ao trono em respostaà pretensão do povo (l Sm 8.4-6),que, após ouvir a "descrição" divinado perfil do rei (l Sm 8.9-18), res-pondeu categoricamente: "Não, mashaverá sobre nós um rei. E nós tam-bém seremos como todas as outrasnações; e o nosso rei nos julgará, esairá adiante de nós, e fará as nos-sas guerras" (vv,19b,20). Assim, deacordo com o discurso do apóstoloPaulo na sinagoga de Antioquia,o Eterno deu Saul em resposta aoinjusto clamor do povo e segundo oque eles idealizaram (At l 3.21). Emseguida, Paulo declara que Deus "le-f\/antou como rei a Davi" (At l 3.22)./Enquanto Davi foi levantado emdecorrência da vontade divina (l Sm13.13; 15.26-28; l 6.1), Saul foi dadopor Deus segundo o desejo de Israelde ter alguém com o perfil desse rei(l Sm 9.14-20; 10.17-27).

Isso mostra que a escolha divinade homens para o seu serviço levatambém em conta a liberdade humanae não a invalida. Saul não estava pre-destinado ao fracasso (l Sm 13.13),tampouco Davi estava destinado aosucesso continuamente (l Rs l 1.38).Contrastando a vida de ambos, obser-vamos que os dois foram ungidos daparte de Deus por Samuel sob iguaiscondições de conduzirem o reino de

Israel. Mas a forma como cada umprocedeu ante a esse chamado foimuito diferente.

III. O PROPÓSITODA VOCAÇÃO DE DAVI

1. Abençoar a nação judaica.Para entendermos o contexto dachamada de Davi, devemos levar emconta o caráter profético da nação he-braica: "Agora, pois, se diligentementeouvirdes a minha voz e guardardes omeu concerto, então, sereis a minhapropriedade peculiar dentre todos ospovos; porque toda a terra é minha" (Êxl 9.5). Apesar de estar atualmente sobprovação divina e temporária por causade sua incredulidade, Israel continuaa ser uma nação profética (Rm 11.15-26).§ Deus escolheu Israel dentre osdemais povos para que, através destanação, tivesse lugar o seu maravilhosoplano de salvação para a humanidadeinteira. Davi estava consciente dissoao exclamar: "E quem há como o teupovo, como Israel, gente única naterra, a quem Deus foi resgatar paraseu povo?" (2 Sm 7.23a). Sob a NovaAliança feita pelo sangue precioso doFilho de Deus (Lc 22.20), o Pai tambémtem um propósito especial com a suaIgreja, chamada de "Israel de Deus" (Gl6.16; l Pé 2.9,10).

2. Abençoar a humanidade.Davi foi uma bênção para o seu povoporque estabeleceu um poderosoreino firmado em Deus e tambémdeixou uma imensa riqueza espi-ritual e cultural, contida nos seusmuitos maravilhosos Salmos (2 Sm23.1,2). Além de rei de Israel, Davifoi também profeta de Deus (At2.29,30; 2 Sm 23.2). Cristo Jesus, olegítimo herdeiro de Davi, abençoa-ria a humanidade com o seu reinadoe domínio em todos os sentidos (Lcl .32). Ele é Rei e brevemente reinará

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em dimensões nunca conhecidasentre os homens Qr 23.5,6).

CONCLUSÃO

Vimos, pois, que a vocação deDavi fez parte da vontade de Deus,que na sua soberania e presciência

escolhe a quem quer para a rea-|lizacão dos seus desígnios. Nadaestá fora do seu controle e nadaacontece sem a sua permissão.Mesmo em meio às crises e revesesda vida, Ele continua sendo Senhorda história.

RESPONDA

l. Qual foi a verdadeira intenção dos israelitas ao pedirem um rei ao Senhor?

2. Qual a causa primária da rejeição de Saul?

os_

3. Qual a natureza da vocação de Davi?

4. Qual é o princípio da vocação divina?

5. De que modo a vocação de Davi foi uma bênção para toda a humanidade?

VOCABULÁRIO

Aliança Davídica: Asegunda aliança incondi-

cional firmada entre Deuse Israel, especificamentecom Davi (l Sm 7.12-16)

Monarquia: Forma degoverno na qual o podersupremo é exercido por

um monarca.Teocracia: Governo centra-do nas leis de Deus e exerci-do por seus representantes.Tribo Nómade: Povo semhabitação fixa, que se des-

loca constantemente de umlugar para outro.

Vocação: Chamamento,escolha.

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Lição 2/ 7 de outubro de 2009

DAVI ENFRENTAE VENCE o GIGANTE

TEXTO ÁUREO

"Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mimcom espada, e com lança, e com escudo;

porém eu vou a ti em nome do SENHOR dosExércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a

quem tens afrontado"(1 Sm 17.45).

VERDADE PRATICA

O desafio de Davi a Colias, o gigantefilisteu, representa a luta espiritualque o crente trava com o mundo, acarne e o Diabo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Co 10.4Armas espirituais poderosas

Terça- Ef 6.17A espada do Espírito

Quarta - Rm 13.12Armas espirituais da íuz

Quinta -Éf 6.13-17A armadura de Deus

Sexta-SI 41.2íj A protecão divina em meio à batalha

Sábado - Rm 8.37Mais que vencedores

.

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Samuel 17.43-49

43 - Disse, pois, o filisteu a Davi:Sou eu algum cão, para tu vires amim com paus? E o filisteu amaldi-çoou a Davi, pelos seus deuses.

44 - Disse mais o filisteu a Davi:Vem a mim, e darei a tua carne àsaves do céu e às bestas do campo.

45 - Davi, porém, disse ao filisteu:Tu vens a mim com espada, e comlança, e com escudo; porém eu voua ti em nome do SENHOR dos Exér-citos, o Deus dos exércitos de Israel,a quem tens afrontado.

46 - Hoje mesmo o SENHOR te en-tregará na minha mão; e ferir-te-ei,e te tirarei a cabeça, e os corposdo arraial dos filisteus darei hojemesmo às aves do céu e às bestasda terra; e toda a terra saberá quehá Deus em Israel.

47 - E saberá toda esta congrega-ção que o SENHOR salva, não comespada, nem com lança; porque doSENHOR é a guerra, e ele vos entre-gará na nossa mão.

48 - E sucedeu que, levantando-seo filisteu e indo encontrar-se comDavi, apressou-se Davi e correuao combate, a encontrar-se com ofilisteu.

49 - E Davi meteu a mão no alforje,e tomou dali uma pedra, e com afunda lha atirou, e feriu o filisteuna testa; e a pedra se lhe cravouna testa, e caiu sobre o seu rostoem terra.

INTRODUÇÃO

Quem lê o capitulo l 7 de l Sa-muel, principalmente os versículos 31a 50, observa que Davi, ao enfrentaro gigante filisteu, estava cônscio deque aquele combate não era somentefísico, mas também espiritual. Todocrente fiel enfrenta essa luta contraos poderes do inferno (Mt 16.18; Ef6.10-18). A vitória de Davi sobre Goliasaponta para a nossa vitória diária navida cristã através do Filho de Davi,Jesus Cristo, que venceu por nós (2 Co2.14; Rm 8.37).

I. OS INIMIGOSDO POVO DE DEUS

1. Inimigos numerosos. Osfilisteus eram um povo aguerrido, quehabitava a planície da costa do MarMediterrâneo, desde Jope até o sul deGaza. Na Bíblia, o país é chamado deFilístia (SI 87.4), que originou os termosPalestina e palestino. Em Génesis 10,a Bíblia registra a origem desse povogentílico (vv.13,14). Em Josué 13.3,está a menção das suas cinco grandescidades: Gaza, Asdode, Asquelom,Cate e Ecrom. Golias, o guerreiro gi-gante que desafiou os israelitas, erade Cate (l Sm 17.4).

O livro de Samuel nos dá a di-mensão da grandeza numérica dessepovo: "E os filisteus se ajuntaram parapelejar contra Israel: trinta mil carros, eseis mil cavaleiros, e povo em multidãocomo a areia que está à borda do mar;e subiram e se acamparam em Micmás,ao oriente de Bete-Áven" (l Sm 13.5).Os inimigos de Israel eram de fato nu-merosos. Na históría^s j bser^ará que

/Õs~fieís~irDeus, às vezes, parecem estaf^em desvantagem pessoal,/material,posicionai, comunicativa, etc -mas

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Palavra do Senhor acerca deles per-manece de pé: "Não temas, ó pequenorebanho, porque a vosso Pai agradoudar-vos o Reino" (Lc l 2.32).

2. Inimigos poderosos. Deacordo com l Samuel 13.20, "todo oIsrael tinha que descer aos filisteuspara amolar cada um a sua relha, ea sua enxada, e o seu machado, e oseu sacho". Os filisteus dominavam atécnica que permitia instrumentalizaro ferro. Já Israel era mais um povoagrícola, pastoril. O livro de Juizes, doqual l Samuel é uma sequência, relatao desvio espiritual de Israel como povode Deus (J z l 7.6; 21.25). Israel colheua má semeadura disso ao ser atormen-tado pelos filisteus (l Sm 4.2,10; 7.3).Parecia impossível Israel vencer o seupotente inimigo, mas nas palavras defé de Davi, temos a devida resposta:^saberá toda esta congregação queo SENHOR salva, não com espada, nemcom lança; porque do SENHOR é a guer-ra, e ele vos entregará na nossa mão" (lSm l 7.47). Somente a provisão divinapode explicar isso!

II. O INIMIGO DE DAVI

1. Amedrontava por seu ta-manho. A Bíblia descreve a estaturade Golias com os seguintes detalhes:"Então, saiu do arraial dos filisteusum homem guerreiro, cujo nome eraGolias, de Cate, que tinha de alturaseis côvados e um palmo" (l Sm l 7.4).Golias impressionava por sua grandeestatura. Pelo nosso sistema atual depesos e medidas, isso corresponde aquase 3 metros de altura. Tal informa-ção não é de causar espanto, pois aarqueologia tem descoberto, no AntigoOriente, esqueletos de gigantes queconfirmam o relato bíblico. Aliás, oregistro bíblico apresenta outras men-ções de homens gigantes (Gn 6.4 ; Dt2.10,20,21; 3.11).

Golias, confiante em sua grandeestatura, desafiou e amedrontou oexército de Israel por quarenta dias(l Sm l 7.1 l ,16). Como o gigante,muitos hoje confiam tão somente emsua "estatura" (em vários sentidos),sem cogitarem que sua derrubada estápróxima.

O contraste era grande: de umlado um homem guerreiro e campeão,que amedrontava por sua experiênciae seu tamanho; do outro, um jovemdo campo, pastor de ovelhas (l Sm16.11), mas que demonstrou corageme responsabilidade no cuidado com orebanho de seu pai (l Sm l 7.34-37). Adiferença física entre os dois era muitogrande, tanto que aos olhos do gigan-te Davi era desprezível: "E, olhando ofilisteu e vendo a Davi, o desprezou"(l Sm l 7.42). O homem de Deus podeser depreciado, ignorado e humilha-do, mas, se ele é temente ao Senhor,santo, fiei, perseverante e humilde deespírito, sabe que o Todo-Poderosolhe dará a vitoria final. Apesar de suazombaria, Golias não sabia que, adespeito de ser novo, aquele moçopossuía as qualidades mencionadasem l Samuel 16.18: talento musical,coragem, prudência no falar, boaaparência e, o mais importante, tinhacomunhão com Deus.

2. Amedrontava por suas ar-mas e discurso persistente. Goliase seu armamento causavam medo aqualquer um. O texto sagrado, ao falardas armas de Golias, registra: "Traziana cabeça um capacete de bronze evestia uma couraça de escamas; e erao peso da couraça de cinco mil siclosde bronze. E trazia grevas de bronzepor cima de seus pés e um escudo debronze entre os seus ombros. E a hasteda sua lança era como eixo de tecelão,e o ferro da sua lança, de seiscentossiclos de ferro; e diante dele ia o es-

10 LIÇÕES BÍBLICAS

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cudeiro" (1 Sm 17.5-7). Imagine Davidesafiando essa fortaleza móvel, comtantas armas, tendo apenas um cajado,uma funda, cinco pedras do ribeiro euma pequena sacola!

Golias procurava amedrontar oacampamento israelita com seus per-sistentes discursos que afrontavam oDeus de Israel. A Escritura registra queo gigante desafiava Israel pela manhãe pela tarde, e isso durou um longoperíodo (l Sm 17.16,23). É evidenteque essa era uma forma de impormedo e manter o exército de Israelsob constante pressão. Essa mesmatática o Diabo repetiu ao tentar Cristopor quarenta dias, e, sendo derrotado,afastou-se até o momento oportuno(Lc 4.1 3). Assim como Davi, nós de-vemos resisti-lo e vencê-lo por Cristo(Tg 4.7).

III. A VITÓRIA DE DAVI

1. Davi venceu porque esta-va sob a direcão e autoridade deDeus. Nos dias do patriarca Abraão,Deus firmou uma aliança com ele (Cn12.1 -3 ; 17 .1-11) . Essa aliança, o Se-nhor a confirmou com os descenden-tes de Abraão: Isaque (Gn 26,3,4) eJacó (Cn 28.1 3,14). Herdeiro dessasalianças de Deus com seu povo, Davisabia que estava sob a proteçãodo Senhor (2 Sm 7.15,16). Assim,a indignação de Davi não consistiameramente no fato de que Goliasestava desafiando os soldados doexército do Povo Escolhido, mas opróprio Deus dos Exércitos de Israel(l Sm l 7.45). O homem segundo o

(coração de Deus estava convicto deque, assim como havia um exército)humano comandado por Saul, exis-tia um exército celestial comandadopelo Senhor!

Na realidade, a vitória de Daviestá diretamente relacionada à auto-

ridade espiritual da qual ele estava in-gvestido. Ele não lutava em seu próprio lnome, mas no nome do Deus de Israel lque estava sendo afrontado (l Sm |l 7.45). A Bíblia declara que "as armas £da nossa milícia não são carnais, mas, ?'sim, poderosas em Deus, para des-truição das fortalezas" (2 Co 10.4).Tal como Davi, o crente é um soldadocristão e jamais deve esquecer quenão está lutando contra o sangue ea carne, mas contra os principados epotestades (Ef 6.1 2), e que, por isso,deve estar sempre revestido de todaa armadura de Deus (Ef 6.1 1).

2. Davi venceu porque tevefé e confiança em Deus. QuandoSaul quis saber como o jovem Davipoderia enfrentar o gigante, ele rela-tou que já havia matado um leão e Jum urso, que tinham atacado o seu ,~rebanho (l Sm l 7.34-37). Se ele pôde w

destruir aqueles animais ferozes, da **mesjna forma poderia derrotar o qi-* """" ~

e filisteu. Quem tem fé e confian- ,ca no Senhor costuma ver as coisas

! por outro ângulo, e foi o que Davidemonstrou ali. Sua confiança emDeus era tão grande e evidente, quelogo convenceu tanto Saul como o

Í comandante do seu exército. Só Deusl faz estas coisas. Não é sem razão que

Davi é um dos componentes da gale-: ria dos heróis da fé (Hb l l .32).

Sempre que a fé está presente,„ as leis da lógica formal são anuladas.vA fé em Deus faz o menor vencer o

maior; uma guerra ser vencida semluta (2 Cr 20.17); a fraqueza virar'?força (Hb l l .34); e a alegria preva-lecer no sofrimento, pois a fé podecrer mesmo contra a esperança (Rm4. l 8); ela contempla como existen-tes coisas que ainda não existem(Hb 11.1). Davi estava tomado poressa fé em Deus, por isso, derrotouo gigante filisteu.

11

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r CONCLUSÃO

A vitória de Davi sobre Goliasé sem dúvida alguma um grandedivisor de águas na história da na-ção hebraica. De um simples e pe-queno pastor desconhecido, Davipassa a ser uma figura-chave na

construção da monarquia de Israel.Tudo^sso graças à sua coragem e féousada na ocasião em que não temeuo enfrentamento com um inimigoaparentemente invencível. Fica paranós a lição de que nenhum giganteé imbatível, quando o combatemosconfiando plenamente no Senhor.

l. De acordo com a lição, o que aponta a vitória de Davi sobre Golias?

4n~ — V- £ -V , -— .

2. Faça um breve resumo a respeito dsJUisteus.

3. Descreva, de modo resumido, o contraste entre Davi e Golias

4. Por quanto tempo Golias afrontou o exército de Israel? Qual era oseu objetivo ao adotar tal estratégia?

5. O que fez com que Davi vencesse Golias?

VOCABULÁRIO

Aguerrido: Corajoso,valente, guerreiro.

Cônscio: Ciente, consciente.

Greva: Parte da armadu-ra que cobria a perna, do

E joelho ao pé.

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Lição 318 de outubro de 2009

DAVI NA CORTE REAL -VIVENDO COM SABEDORIA

TEXTO ÁUREO

"E saía Davi aonde quer que Saul o enviava econduzia-se com prudência; e Saul o pôssobre a geme de guerra, e era aceito aosolhos de todo o povo e até aos olhos dos

servos de Sú'u7"XI Sm 18.5).

I VERDADE PRÁTICA

Deus deu a Davi unção, bem como, prestígio diante de israel, e ele se• conduziu com prudência na presen-

_ . ._ ,_ . ._ s e auxj|jares_

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Pv 14.1 5Davi, um homem prudente

Terça- Pv 18.15Davi, um homem sábio

Quarta - Os 14.9Davi, um homem de discernimento

Quinta - Jó 28.28Davi, um homem temente a Deus

Sexta- Pv 3.13Davi, um homem bem-aventurado

Sábado- Pv 10.19Davi, um homem de lábios moderados

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Samuel 16.18; 18.2-5,13,14

l Samuel 1618 - Então, respondeu um dosjovens e disse: Eis que tenho vistoum filho de Jessé, o belemita, quesabe tocar e é valente, e animoso,e homem de guerra, e sisudo empalavras, e de gentil presença; oSENHOR é com ele.

1 Samuel 182 - E Saul, naquele dia, o tomou enão lhe permitiu que tornasse paracasa de seu pai.

'• 3 - Ejônatas e Davi fizeram aliança;porque Jônatas o amava como à suaprópria alma.

4 - E Jônatas se despojou da capaque, trazia sobre si e a deu a Davi,como também as suas vestes, atéa sua espada, e o seu arco, e o seucinto.

5 - E saía Davi aonde quer que Saul0 enviava e conduzia-se com pru-dência; e Saul o pôs sobre a gentede guerra, e era aceito aos olhosde todo o povo e até aos olhos dosservos de Saul.

1 3 - Pelo que Saul o desviou de si e opôs por chefe de mil; e saía e entravadiante do povo.

14 - E Davi se conduzia com prudên-cia em todos os seus caminhos, e oSENHOR era com ele.

INTRODUÇÃO

Mesmo antes de derrotar Goíias,Davi já era um jovem talentoso e te-mente a Deus (l Sm 16.18). Todavia,após sua vitória esmagadora sobreColias e, consequentemente, sobreo exército filisteu, Davi tornou-se ocentro das atenções, tanto da tropaisraelita como do povo em geral. Essanotoriedade trouxe novos desafiospara o filho de Jessé, porém, o maisimportante foi o seu proceder comsabedoria e discernimento na ad-ministração dos conflitos advindosdessa nova situação. A admiração e orespeito do povo motivaram a invejado rei, que passa a considerar o novoherói nacional seu rival e inimigo. Omesmo ocorre hoje na obra de Deus,gerando situações difíceis, acusaçõesinjustas, ameaças, obstáculos e preju-ízos à Igreja.

I. AS QUALIDADESE VIRTUDES DE DAVI

1. Um homem talentoso. Comojá vimos, Davi, mesmo antes de vencero gigante Goíias, já era possuidor devirtudes, habilidades e qualidades quelhe permitiriam conduzir-se prudente-mente na corte real. Quando os servosde Saul solicitaram um músico paratocar para o rei em suas crises espiri-tuais, um deles demonstrou conhecera pessoa ideal: "Eis que tenho visto umfilho de Jessé, o belemita, que sabetocar e é valente, e animoso, e homemde guerra, e sisudo em palavras, e degentil presença; o SENHOR é com ele"(l Sm 16.18b).

É oportuno lembrar que nessetempo o Espírito do Senhor já haviase retirado de Saul, e um espírito ma-ligno o oprimia (l Sm 16.14,15,23).

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Seus passos seguintes foram tene-brosos, pois consultou uma feiticeira(l Sm 28.7) e cometeu suicídio (l Sm31.4,5).

2. Um homem com muitashabilidades. Algumas virtudes, habili-dades e qualidades de Davi são impres-cindíveis à igreja nos dias atuais:

a) Músico. Davi sabia tocar magis-tralmente. Era exímio músico e poeta,e isso muito contribuía para ser ele umhomem espiritual, metódico, organi-zado e sensível às questões divinas.Basta lermos seus muitos Salmospara constatarmos essa realidade. Éaltamente importante para a Igreja deDeus e para a vida cristã de cada urn averdadeira música evangélica, a "mú-sica de Deus" (l Cr ] 6.41,42); músicainspirada pelo Senhor e bem executada(SI 33.3); música espiritual que ensinae edifica (Cl 3.l 6).

b) Forte. Os livros de l e 2 Samuel;l Crónicas e Salmos registram os fei-tos corajosos, resolutos, decisivos evitoriosos de Davi. Neles vemos umhomem de fé, oração, justo, tementea Deus e perseverante, como no casoregistrado em l Crónicas 14.8-17.

c) Valente. Davi, por confiar in-teiramente no Senhor, era um homemdestemido em seu desempenho comorei de Israel. Ele demonstrou cora-gem, habilidade e eficiência antes deocupar o trono e depois, quando neleassentou-se.

d) Homem de guerra. Infelizmenteas guerras com os seus incontáveissofrimentos e consequências vêm dosprimórdios da humanidade, apartirdomomento em que o pecado nela entrou(Cn 3; Pv 6.14; Tg 4. l ,2). Vemos Caimmatando seu irmão Abel (Gn 4.8) e,a partir daí, a Bíblia registra muitasguerras, basta ler Génesis 14.1-17,bem como grande parte do AntigoTestamento.

e) Sisudo em palavras. O reno-mado comentarista bíblico John Gilldeclarou que Davi era um homem"prudente em seus assuntos; nas suasfalas e conversas; na conduta e com-portamento; e que sabia se conduzir,até mesmo na corte real."

f) Boa aparência. A boa, cuidadae equilibrada aparência e composturade uma pessoa influencia a visão dasdemais a respeito dela. Aliás, a apa-rência é algo tão marcante que, se nãofosse Deus, Samuel ungiria a pessoaerrada (l Sm 16.6,7). Quando Saulascendeu ao trono, sua aparência, in-clusive seus traços físicos, foram logopercebidos e mencionados pelo povo(l Sm 9.2; l 0.23). Convém dizer queo que agradou ao Senhor ao escolherDavi foi o seu interior (l Sm 16.7), enão a sua imagem externa. Vemos aqui .um princípio a que a igreja deve estar tatenta ao avaliar alguém como homem *de Deus, ou não, somente pelo que vêou ouve.

g) O Senhor era com ele. Daviera piedoso, um homem temente aDeus. A piedade aparece na vida dofilho de Jessé como uma virtude quedeve ser imitada (l Tm 4.8; 6.11). OEterno era tudo para Davi (SI l 8.2), eisso fez toda a diferença em sua vida.Sua inteira e voluntária submissão aoSenhor fez dele o maior monarca dahistória bíblica.

II. O TALENTODE DAVI NA CORTE

l. Davi como escudeiro do rei.Antes de chegar a ser o escudeiro dorei Saul, o jovem Davi era um simplescamponês, trabalhando como pastordas ovelhas de seu pai (l Sm l 7.1 5), eitinha a habilidade de tocar instrumen-^tos de cordas (l Sm 16.1 8). Na corte,Davi era praticamente um desconheci-do (l Sm 17.55,56).

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O homem segundo o coração deDeus obteve êxito desde o princípioe em todo lugar, porque foi alguémque sempre cultivou em seu espírito ahumildade de aprender e de começarde baixo. Quem quer chegar aondeDavi chegou, deve saber se portar, agircom humildade e estar sempre prontoa aprender.

2. Como comandante das tro-pas. Até o seu desafio a Golias, Daviera um aprendiz na casa real (l Sm16.21). Todavia, essa situação mudoudrasticamente graças à sua estupendavitória sobre Golias, o filisteu de Cate.De um simples músico e escudeiro-aprendiz, Davi foi promovido a coman-

I dante de tropas (l Sm 18.5).Davi, por ser fiel e amar ao Senhor

e à sua Palavra, soube se conduzir1 como iniciante e também portar-se' numa posição elevada e de autoridade.

Em ambos os casos, Davi estava ins-truído a como se conduzir: quando eradirigido como subordinado e quandodirigia como chefe. Não é difícil exe-cutar tarefas mais difíceis, extensase complexas quando se aprende bema fazer as mais simples, buscandoao Senhor, o divino Mestre, que tudoconhece.

III. O CARISMA DE DAVINO PALÁCIO REAL

1. Nos relacionamentos.Inicialmente Davi foi muito estimadopelo próprio rei (l Sm l 6.22), mas issofoi apenas no começo, depois tudomudou (l Sm 18.7-16). Entretanto,na corte, ele ampliou seus relaciona-mentos, demonstrando empatia comas três principais classes de pessoasno reino:

a) O filho do rei. Sem dúvida, essaestima contagiante para com Davi,que logo fez com que o filho do rei setornasse o seu melhor amigo, foi muito

importante e necessária em sua vida,como se vê em l Samuel 23.16,17.Não devemos esquecer que Jônatasera um potencial herdeiro do trono deSaul, e com certeza Saul pensava assim(l Sm 20.31). Todavia, Jônatas nãoenxergava Davi como um rival, mascomo o seu melhor amigo.

b) Todo o povo. Davi era benquistopelo povo (l Sm l 8.5). Uma caracterís-tica de quem obtém ascensão socialde forma meteórica é esquecer suasorigens e raízes. Porém, Davi não agiuassim. Mesmo convivendo no palácio,ele não perdeu seus referenciais docampo. Ele soube construir novos re-lacionamentos, mas também manteraqueles já existentes.

c) Servos de Saul. Ainda dentro dacorte de Saul, Davi construiu relaciona-mentos com os funcionários do rei (lSm 18.5), e manteve boas amizades atémesmo com os servos de Saul.

2. Para administrar conflitos.Davi se portou com sabedoria na cortequando demonstrou habilidade paraadministrar conflitos: "E as mulheres,tangendo, respondiam umas às outrase diziam: Saul feriu os seus milhares,porém Davi, os seus dez milhares" {lSm 18.7). A Escritura registra aindaque "daquele dia em diante, Saul nãovia a Davi com bons olhos" (l Sm l 8.9- ARA). Isto é, o primeiro rei de Israelpassou a ter inveja de Davi. O espíritomaligno que nele atuava tornou issopior do que se imagina.

A Bíblia mostra que Davi fezo possível para que o seu relacio-namento com Saul fosse mantidoamistosamente, no entanto, a con-dição espiritual e emocional do reinão permitiu isso. Mesmo quandosofreu tentativas de assassinato porparte do rei, Davi não revidou, maspreferiu fugir (l Sm 18.1 1; 19.1).Quando teve oportunidade para

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matar o rei, mais uma vez ele pro-curou reataras relações rompidas enão "tocou" no ungido do Senhor (lSm 26.9-25).

CONCLUSÃO

A passagem do homem segundoo coração de Deus pela corte real,antes de sua ascensão ao trono deIsrael, foi algo marcante em sua vida.

Todos temos algo a aprender com o'até então futuro monarca de Israel.O modo como ele se conduziu econstruiu uma forte rede de relacio-namentos talvez seja uma de suasmaiores proezas. A Escritura registraque isso se deu graças à sua formaprudente de se conduzir no meiode príncipes, do exército e do povoem geral.

RESPONDA

l. Cite três qualidades de Davi.

2. Como Davi se conduziu como escudeiro do rei?

3. Davi, graças ao seu carisma, construiu na corte de Saul bons rela-cionamentos. Cite três exemplos.

4. De acordo com a lição, qual conselho você daria a quem desejachegar aonde Davi cheqfíu?

5. Como Davi procurou resolver as diferenças entre ele e Saul?

VOCABULÁRIO

ARA: Versão Bíblica Almei-da Revista e Atualizada.Carisma: No texto, temo sentido de conjunto de

qualidades positivas nolíder que o destaca dentre

os demais.Empáfia: Tendência parasentir o que sentiria caso

estivesse na situação e cir-cunstância experimentadas

por outra pessoa.Meteórica: Rápida, veloz.

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Lição 425 de outubro de 2009

DAVI E o TEMPO DE DEUSEM SUA VIDA

TEXTO ÁUREO

"E disse aos seus homens: O SENHORme guarde de que eu faça tal coisa ao meusenhor, ao ungido do SENHOR, estendendo

eu a minha mão contra ele; poisé o ungido do SENHOR"(l Sm 24.6).

VERDADE PRATICA

Mesmo estando ungido a mando doSenhor para ser o rei, Davi soube es-perar o tempo de Deus para ocuparo trono de Israel.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-SI 25.3Os que confiam não se confundem

Terça-SI 37.7A Bíblia aconselha esperar em Deus

Quarta-Is 40.31Novas forças para os esperançosos

Quinta - Is 64.4O favor divino para os que esperam

Sexta -Mq 7.7Esperando a salvação que vem de Deus

Sábado - Hb 11.1esperar com fé

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

1 Samuel 24.4-8

4 - Então, os homens de Davi lhedisseram: Eis aqui o dia do qual oSENHOR te diz: Eis que te dou o teuinimigo nas tuas mãos, e far-lhe-áscomo te parecer bem a teus olhos.E levantou-se Davi e, mansamente,cortou a orla do manto de Saul.

5 - Sucedeu, porém, que, depois, ocoração doeu a Davi, por ter cortadoa orla do manto de Saul;

6 - e disse aos seus homens: O SE-NHOR me guarde de que eu faça talcoisa ao meu senhor, ao ungido doSENHOR, estendendo eu a minhamão contra ele; pois é o ungido do

SENHOR.

7 - E, com estas palavras, Daviconteve os seus homens e não lhespermitiu que se levantassem contraSaul; e Saul se levantou da cavernae prosseguiu o seu caminho.

8 - Depois, também Davi se levan-tou, e saiu da caverna, e gritou pordetrás de Saul, dizendo: Rei, meusenhor! E, olhando Saul para trás,Davi se inclinou com o rosto emterra, e se prostrou.

REFLEXÃO

O cronograma de Deus é•pré perfeito, nunca é

^ado, nunca adiantado;o momento de Deus agir

chega sempre e exatamenten"nndo precisamos Dele.

*ohn MacArthurJr

INTRODUÇÃO

Limadas grandes lições na históriade Davi é a sua paciência para esperaro momento certo de ascender ao tronode Israel. Apesar de ter sido ungidopara ser rei sobre Israel quando aindaera bem jovem, Davi esperou muitosanos para vir, de fato, a sê-lo. Nesteseu período de espera, não vemos emnenhum momento Davi maquinandoGolpe de Estado, manobras escusas eprocedimentos vis para destituir Saul eocupar o seu lugar. E em todo o tempode suas provações, Davi era ciente deque Saul havia sido rejeitado por Deus.0 exemplo de Davi deve ser seguidopor todos aqueles que têm aguardadoas promessas de Deus, andam segun-do a sua Palavra e vivem conforme asua vontade.

I. DAVI ESPERA O TEMPO DEDEUS EM MEIO ÀS AMEAÇAS

1. A lança do rei. O capítulo1 8 de l Samuel narra o início da per-seguição que Davi passaria a sofrerpor parte de Saul, movido por inveja ecobiça de origem não somente natural,mas também diabólica (l Sm l 8.6-9).Daquele dia em diante, Saul não viaa Davi com bons olhos (v.9). Quandoesses fatos ocorreram, Davi era ummilitar a serviço do rei (v. 16). Nessaépoca, Davi gozava de grande aceita-ção e popularidade diante de todo opovo. Não era difícil nesse momentovaler-se de sua posição, promover umarebelião contra Saul e ocupar o trono.Contudo, Davi nunca se valeu de suaposição para derrubar Saul. Enquantopôde permanecer no palácio real, mes-mo sendo perseguido, Davi manteve apostura de um servo humilde que reco-nhece tanto a bondade e misericórdia

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REFLEXÃO

pêra f exige confiança noplano de Deus e crença deque Ele está trabalhando

de modo ativo em sua vida.Charles Stanley

divinas, quanto sua justiça e retidãoem todas as coisas. O livro de Salmos,em várias passagens, revela muitosdesses momentos (SI 57). Por ser fiele temente a Deus, Davi fugiu váriasvezes, retirando-se secretamente dapresença de Saul, como está registra-do nos capítulos 19,20,21 e 22 de lSamuel.

2. A espada dos filisteus. Ten-do falhado em matar Davi com suaspróprias mãos, Saul orquestra um novoplano: usar os filisteus - os piores ini-migos de Israel-, para acabar com Daviatravés deles. O estratagema é ardilosoe envolvia uma negociata com as filhasdo próprio rei. Primeiramente Saul ofe-receu sua filha Merabe a Davi, exigindoem troca apenas que ele guerreasse"as guerras do SENHOR" (l Sm 18.1 7).Essa seria uma excelente oportunidadepara Davi ascender socialmente, vindoa tornar-se genro do rei. Todavia, ofilho de Jessé não demonstra ambiçãoe esquiva-se da primeira proposta dorei, alegando que não passava de umsimples camponês (l Sm l 8.1 S). Pos-teriormente Saul oferece Mical a Davi,querendo apenas a vida de algunsfilisteus como dote. Humanamentefalando não seria essa uma excelenteoportunidade para fazer parte da famí-lia real? Quantos caem porque no seudia-a-dia também recebem propostassemelhantes a essa. Esperar o tempode Deus, muitas vezes, significa perder

.aparentemente excelentes oportunida-

des. Posteriormente Davi se casou comMical (l Sm l 8.27,28), mas manteve-sefirme em não tomar decisões movidopor torpes e indignos interesses.

II. OS LOCAIS DE REFÚGIODE DAVI DURANTE A ESPERA

DO TEMPO DE DEUS

1. Na escola profética de Sa-muel. Davi larga o comando militarna corte de Saul e foge para Rama,onde Samuel residia e dirigia umacasa de profetas (l Sm 19.18-20). Écompreensível que Davi, vendo-sepressionado por Saul, procurasseo profeta Samuel, o destacado ho-mem que Deus usou para ungi-lo.Ninguém melhor do que o "homemde Deus" (l Sm 9.6) para entender eaconselhar Davi nesse difícil momen-to de sua vida. Anteriormente, Davijá contara com o ombro amigo deJônatas, mas agora enfrentava umapressão psicológica e espiritual, quedependia de uma ajuda espiritual.Samuel era um excelente conselheiroe, por isso, o texto sagrado declaraque Davi contou a ele "tudo quantoSaul lhe fizera" (l Sm 19.18).

2. Na casa do sacerdote Ai-meleque. O ministério profético es-tava relacionado à inspiração divina,enquanto o ministério sacerdotal, àinstrução. O sacerdote cuidava docaminho de ida para Deus, isto é,representava o povo diante de Deus,enquanto o profeta cuidava do ca-minho de volta, isto é, representavaDeus perante o povo. Davi buscou re-fúgio na escola profética de Samuel e,embora o texto sagrado não nos digaos detalhes desta visita, certamenteela trouxe refrigério à alma aflita deDavi. A unção tem o poder de quebrarojugo (Is 10.27).

Pode acontecer de um crenteestar esperando o tempo de Deus e

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assim mesmo ocorrerem problemas,fraquezas e dificuldades, como foio caso ocorrido quando da visita deDavi ao sacerdote Aimeleque (l Sm21.1-9; 22.6-22).

III. DAVI CONTINUA ESPE-RANDO O TEMPO DE DEUS

1. Entre os filisteus e na ca-verna de Adulão. Naqueles dias deprovações, Davi não se sentia seguroem nenhum lugar de Israel e, porisso, procurou abrigo em territórioinimigo (l Sm 21 .10 -1 5; 27.1-7).Amparar-se ou buscar asilo no terri-tório inimigo não é a melhor alterna-tiva; isso mostra o quanto é possívelperder a lucidez quando se está emperigo. Sua experiência mostra-nosque devemos pensar bem antes detomar qualquer atitude e decisão,principalmente quando estamos sobforte pressão (1 Sm 22.1 -5).

Sendo descoberto pelos filis-teus, o filho de Jessé foge para acaverna de Adulão, local que, pelasdefesas naturais, proporcionava-lheproteção. Naquele lugar os familia-res de Davi sentiram-se seguros emvisitá-lo (l Sm 22.1) . Recebendoapoio da família, Davi evidentemen-te se sentiu fortalecido. Ao longodas Escrituras, constatamos que afamília desfruta de destaque espe-cial nos desígnios de Deus para ahumanidade. Além do seu papel decoesão, inclusive social, a famíliaprovê também apoio emocional eespiritual para seus membros. Todosnós de alguma forma necessitamostambém de nossa "caverna de Adu-lão", isto é, um local de refúgio,inclusive familiar.

2. Nas cidades, desertos,vales e montes. As fugas de Davicobrem um longo período de tempoe durante essa época, como registra

a Escritura, ocorreram muitos fatos.Nesse ponto de seus apertos a cami-nho do trono, Davi declarou:"[...] atéque saiba o que Deus há de fazer demim" (l Sm 22.3).

Os capítulos 24 e 26 de lSamuel mostram duas situaçõesdiferentes, onde Davi prova quenão estava interessado em eliminarSaul. No primeiro momento Davi seencontrava no deserto de En-Cedi,onde Saul, juntamente com três milhomens, montam-lhe o cerco. Apesarde ter tido a oportunidade de matarSaul, quando este se encontrava emuma caverna, Davi não o fez. Pelocontrário, Ele sentiu até seu coraçãodoer quando cortou parte das vestesde Saul (l Srn 24.5). Bastava Davi sairdaquela caverna com a cabeça deSaul, e tudo estaria terminado. Masque consequências isso iria trazer?Davi por certo estava consciente daunção real sobre ele, mas ascenderao trono daquela forma não o agra-dava. Ele preferiu esperar o tempode Deus.

Em outra ocasião, quando nova-mente teve oportunidade de matarSaul, Davi mais urna vez declara: "OSENHOR me guarde de que eu estenda amão contra o ungido do SENHOR" (l Sm26.1 1). Os capítulos finais de 1 Samuelmostram a rota de fuga de Davi queora se encontra nos desertos, ora nosvales e montes, ora entre os inimigos(l Srn 27.1-12). A grande lição para

Quando estamoso plano de Deus e o s

tempo perfeito são digiáa nossa confiança.

Charles Stanley

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nós é que, em todos esses terríveismomentos, o filho de Jessé soubeesperar em Deus (SI 40).

CONCLUSÃO

Davi esperou pacientementeno Senhor, e Ele ouviu a sua voz.Esperar o tempo de Deus é a garantiade não agirmos precipitadamente.É o segredo de quem quer fazer a

vontade do Senhor. A Escritura dizque os nossos pensamentos nãosão os pensamentos de Deus, nemtampouco os nossos caminhos sãoos caminhos dEle (Is 55.8). O tempodo Eterno, evidentemente, não é onosso tempo (SI 90.4). Conhecedo-res desse fato, devemos confiar noSenhor e esperar nEle em todas assituações.

RESPONDA

1. Mencione uma das grandes lições que podemos aprender com avida de Davi.

2. Qual o plano de Saul para tirar a vida de Davi?

3. Cite os locais de refúgio de Davi enquanto esperava o tempo deDeus em sua vida.

4. Que lição podemos aprender com o fato de Davi ter ido para acaverna de Adulão?

5. Em que situação da sua vida, você poderá aplicar o conteúdo da lição?

VOCABULÁRIO

Ascender: Subir, elevar-se.

Estratagema: Ardil, arti-manha.

Esquivar-se: Evitar (pes-soa ou coisa), fugir.

Negociata: Negócio irre-gular.

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Lição 51° de novembro de 2009

DAVI E SUA EQUIPEDE LIDERADOS

TEXTO ÁUREO

"E ajuntou-se a ele todo homem que seachava em aperto, e todo homem

endividado, e todo homem de espírito desgos-toso, e ele se fez chefe deles; e eram com ele

uns quatrocentos homens"(l Sm 22.2).

VERDADE PRATICA

O trabalho em equipe é um princípiobásico da liderança eficaz, inclusivena causa do Senhor. Se quisermos serbem-sucedidos na obra de Deus nãodevemos esquecer esse princípio.

LEITURA DIÁRIA

Segunda- 1 Sm 16.13Davi, um líder cheio do Espírito do Senhor

Terça - Atos 13.22Davi, um líder segundo o coração de Deus

Quarta -l Cr 19.2Davi, um líder amável e benevolente

Quinta- 1 Sm 26.1-25Davi, um líder que sabia respeitar eperdoar

Sexta- l Sm 17.34-37Davi, um líder corajoso e responsável

Sábado-SI 37.7i, um líder que descansava em Deus

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Crónicas 11.10-12,20,22,24,25

I O - f estes foram os chefes dos he-róis que Davi tinha e que o apoiaramfortemente no seu reino, com todo oIsrael, para o fazerem rei, conformea palavra do SENHOR, no tocante aIsrael.

I1 - E estes foram do número dosheróis que Davi tinha: Jasobeão, hac-monita, o principal dos capitães, oqual, brandindo a sua lança contratrezentos, de uma vez os matou.

12 - E, depois dele, Eleazar, filho deDodô, o aoíta; ele estava entre ostrês varões.

20 - E também Abisai, irmão de Joa-be, foi chefe de três, o qual, brandin-do a sua lança contra trezentos, osferiu; e teve nome entre os três.

22 - Também Benaia, filho dejoiada,filho de um valente varão, grande emobras, de Cabzeel; ele feriu dois for-tes leões de Moabe; e também desceue feriu um leão dentro de uma cova,no tempo da neve.

24 - Estas coisas fez Benaia, filhode Joiada, pelo que teve nome entreaqueles três varões.

25 - Eis que dos trinta foi ele o maisilustre; contudo, não chegou aostrês; e Davi o pôs sobre os da suaguarda.

INTRODUÇÃO

Os liderados, à semelhança dosreflexos de um espelho, refletem aqualidade da liderança de seus líde-res ou dirigentes. Equipes sadias,eficientes e fortes são reflexos deuma liderança competente e idónea,assim como um corpo saudável refle-te a harmonia de seus membros.

Não se pode minimizar a im-portância do trabalho em equipè7\s desde os primórdios da históriaj?,

bíblica vemos líderes, juntamentecom seus liderados, realizando ospropósitos de Deus (Êx 18.13-27).Davi demonstra ser um homem degrande capacidade para liderar Isra-el. Sendo povo de Deus, devemosaprender com ele esses princípiospara bem nos conduzirmos na vidae na Igreja de Nosso Senhor JesusCristo.

I. LIDERANÇA BÍBLICAE LIDERANÇA SECULAR

1. Líder, liderança e equipe.Os especialistas no assunto definem0 líder natural como alguém que,devido à sua própria personalidadeempreendedora, dirige um gruposocial, com a participação espontâ-nea dos seus membros. Como bemdeclarou o Pregador em Eclesiastes1 .9: "nada há novo debaixo do sol".E em relação a Davi, esta verdadenão poderia ser mais bem aplicada,pois na liderança de seus homens nodeserto dejudá, os mesmos princí-pios básicos do trabalho em equipeadotados hoje pelos modernos ad-ministradores, já eram praticadosnaqueles tempos pelo segundo reide Israel.

Davi, o líder escolhido por Deus,

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mas rejeitado e perseguido no deser-to, figura a Cristo, o ungido de Deus,que foi rejeitado e perseguido por seusirmãos "segundo a carne" — os judeus.

(t)avi, quando no deserto, humilhado,rejeitado e perseguido, fez com queum grande grupo de seguidores seachegasse a ele. Os primeiros eram emsua maioria estrangeiros em dificulda-des, homens rudes e problemáticos,no entanto, Davi recebeu, acolheu,ensinou e preparou-os. Também sechegaram a Davi muitos de seus ir-mãos de Israel (l Sm 22.1-5 ; 23.13);a princípio, eram 400 homens "emaperto", mas logo o número chegoua600( l Sm 22.2; 25.13).

2. A atualidade da liderançadavídica. É evidente que as circuns-tâncias na qual Davi desenvolveu sualiderança eram muito diferentes danossa. Todavia, o modelo utilizadopor ele em nada fica a desejar se com-parado às modernas tendências emliderança da nossa sociedade globali-zada. Sem dúvida Davi foi um homemque viveu à frente de seu tempo.Devemos ressaltar que os princípiosque regem uma liderança eficaz sãoainda os mesmos, quer tenham sidovividos nos primeiros estágios dacivilização, quer sejam praticadoshoje. Como negar, por exemplo, queDavi tenha sido um homem talentoso,carismático, criativo e com um altopoder de decisão (1 Sm 16.18; 18.14;23.22; 25.13)?

Por outro lado, lembremo-nosdejetro, sogro de Moisés (Êx l 8.21),cujo modelo de trabalho em equipe éseguido ainda hoje tanto por cristãoscomo por não-cristãos. Isto porqueos princípios de liderança são univer-sais e, portanto, podem ser aplicadosa todas as épocas, todos os povos eem todos os lugares. Nesse sentidohá, por conseguinte, muita coisa

REFLEXÃO

Quando minhas necessidadespassam a ser mais importantesque a dos membros da igreja,

estou refletindo mais carnalidadedo que espiritualidade.

Cene Cetz

em comum entre a liderança genui-namente bíblica e o atual modelosecular de liderança eficaz, aiiás,aquele precedeu a este.

II. A LIDERANÇA FUNDAMEN-TADA NO CARÁTER CRISTÃO

1. É uma liderança que agradaa Deus. O modelo bíblico de lideran-ça é aquele centralizado no caráter.Elementos do caráter cristão como otemor de Deus, a coragem, a virtude,o altruísmo, a honestidade, etc., sãopostos em relevo. As técnicas mudam,mas os princípios do caráter não.Uma equipe de trabalho com essesfundamentos será bem-sucedida. Asabedoria é um fator de sucesso naliderança, pois o "temor do SENHOR é oprincípio da sabedoria" (SI 11 l .10).

O sucesso da admirável lide-rança de Davi veio dos princípiosbíblicos observados por ele. Basta,por exemplo, lermos algumas pas-sagens bíblicas para chegarmos aessa conclusão. Como não nos do-brarmos diante do senso de justiçade Davi quando estipulou a lei dapartilha (l Sm 30.24) ? Somente umhomem com uma noção exata devalores aprovados por Deus podiatomar uma atitude assim.

2. Não é uma liderança àparte de Deus. O antecessor deDavi exerceu uma liderança à partede Deus. Em vez de esperar com"paciência no Senhor" (SI 40.1), assimj

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REFLEXÃO

"O Bom Pastor dá et suavida pelas ovelhas".

jo 10.! i b

como Davi, Saul era demasiadamen-te precipitado. Na realidade, a lide-rança de Saul refletia simplesmenteo seu caráter (l Sm 15.1-35), poisele não conseguia enxergar-se comodependente da direção divina.

III. DAVI E SUA EQUIPE

A expressão "Davi e seu homens"aparece por diversas vezes nos livrosde Samuel (l Sm l 8.27; 24.2; 25.13;2 Sm 5.6,21; 15.14; 16.13). Todasestas passagens mostram que talexpressão pode perfeitamente serlida como "Davi e sua equipe". Defato, Davi possuía mais do que umgrupo, ele tinha uma equipe coesa,harmónica, íntegra e submissa.

1. Distinguindo uma equipede um grupo. Há diferença entre ostermos "grupo" e "equipe". Basicamen-te essa diferença se situa na área das| relações interpessoais, no objetivo

comum e na própria essência daquiloque seja um grupo ou uma equipe.Só há uma equipe quando existe umdevido relacionamento entre seusmembros. Isto nos lembra a parábolada "casa dividida", a qual o Mestre sereferiu em Mateus l 2.25.

A equipe de Davi era unânime,irmanada, vinculada, integrada eainda contava com heróis individuais,

l os chamados "valentes de Davi" (2Sm 23.8). De acordo com a Escritura,nessa equipe bem treinada "o menor

Ivalia por cem homens, e o maior, pormil" (l Cr l 2.14-ARA). Era uma equi-pe em ação com um objetivo comum,

dado por Deus, e não um aglomeradode homens sem um alvo específicona vida. Na autêntica liderança, cadamembro da equipe é de alto valor parao seu líder. Em 2 Samuel 23.14-1 7 e lCrónicas 11.16-19, fica evidente queisso era uma realidade na vida de Davi.Nessa ocasião, ele teve sede e desejoubeber da boa água da cisterna de Be-lém, que estava em poder dos inimigosfilisteus. Davi, ao saber que os seus ho-rfnens haviam se arriscado para obtê-la,rejeitou a água e ficou com sede. Isso

/é que é empatia! Ta! atitude só pode' vir de quem não trata os membros de

sua equipe como máquinas, objetos,mas como gente de carne e osso e,portanto, digna de amor, respeito eapreciação. É uma obrigação cristãreconhecer o valor das pessoas e nãotratá-las como objetos descartáveis, aserviço de nossos interesses.

2. A força do exemplo do lí-der. Liderança se faz com exemplo.Por que o povo de Israel se rendia àliderança de Davi? A Escritura regis-tra: "Porém todo o Israel ejudá ama-vam Davi, porquanto saía e entravadiante deles" (l Sm 18.16). Daviliderava pelo seu exemplo vincuiadoao amor e ao altruísmo.

CONCLUSÃO

Sem dúvida Davi foi um líder ta-lentoso, no entanto, muito mais do quetalento, Davi amava a Deus e cuidavado seu caráter. Ele, em suas fraquezas,descuidos e tentações, cometeu peca-dos, como é claramente mostrado nasEscrituras, mas venceu pela sua fé edevoção a Deus. Eie era um servo doSenhor disposto a se retratar, a valori-zar o outro e a liderar pelo seu exem-plo. Pela providência divina e por seusprincípios de liderança fundamentadosno caráter íntegro, Davi formou umaequipe de trabalho vitoriosa.

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RESPONDA

l . De acordo com a lição, defina o líder natural.

f

2. Davi, o rei ungido e perseguido no deserto, pode ser comparado aquem?

3. Cite três características da equipe de Davi.

4. Como Davi via seus liderados?

5. Qual a forma de liderança de Davi?

VOCABULÁRIO

Aglomerado: Junto, amon-toado.

Coeso: Ligado ou unidopor coesão.

Em relevo: Em destaque.

Irmanado: Unido, igualado.

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Lição 608 de novembro de 2009

DAVI UNIFICAo REINO DE ISRAEL

TEXTO ÁUREO

"Assim faca Deus a Abner e outro tanto, que,como o SENHOR jurou a Davi, assim lhe hei

de fazer, transferindo o reino da casa de Saul elevantando o trono de Davi sobre Israel e sobKeJudá, desde Da até Berseba" (2 Sm 3.9,10).

VERDADE PRATICA

A coroação de Davi sobre todo oIsrael, além de cumprir as profeciasque prediziam esse fato, realizouo propósito divino de estruturar eorganizar a nação eleita.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - l Sm 15.23Um reinado rejeitado

Terça-2 Sm 1.25,27A morte dos valentes

Quarta- 2 Sm 2.7Buscando a unidade do reino

Quinta - 2 Sm 5.1,2Um reino unificado

Sexta- 2 Sm 5.12O reinado de Davi é confirmado

Sábado- Mt 12.25O reino dividido está fadado à destruição

28 EIÇÕES BÍBLICAS

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Samuel 16.l,12,13; 2 Samuel 5.2

l Samuel 161 - Então, disse o SENHOR a Sa-muel: Até quando terás dó de Saul,havendo-o eu rejeitado, para quenão reine sobre Israel? Enche o teuvaso de azeite e vem; enviar-te-eia Jessé, o belemita; porque dentreos seus filhos me tenho provido deum rei.

12- Então, mandou em busca delee o trouxe (e era ruivo, e. formosode semblante, e de boa presença). Edisse o SENHOR: Levanta-te e unge-o,porque este mesmo é.

13- Então, Samuel tomou o vaso doazeite e ungiu-o no meio dos seus ir-mãos; e, desde aquele dia em diante,o Espírito do SENHOR se apoderou deDavi. Então, Samuel se levantou e setornou a Rama.

2 Samuel 52 - E também dantes, sendo Saul ain-da rei sobre nós, eras tu o que saíase entravas com Israel; e também oSENHOR te disse: Tu apascentarás omeu povo de Israel e tu serás chefesobre Israel.

REFLEXÃO

Embora Davi fosse famoso,bem-sucedido e muito amado,

soube colocar Deus emprimeiro lugar na sua vida

e serviu ao povo conforme ospropósitos divinos.

Bíblia de Aplicação Pessoal

INTRODUÇÃO

A chegada de Davi ao tronodeu-se em duas etapas: primeiro, elereinou em Hebrom sete anos e meiosobre atribo dejudá; a seguir, reinousobre as doze tribos por 33 anos;totalizando quarenta anos de reinado(2 Sm 5.4,5). A Escritura deixa claroque a profecia que prenunciava aDavi um reinado sobre toda a naçãohebraica, era de conhecimento nãosó do filho de Jessé, mas tambémdos nobres e até mesmo do povomais comum {2 Sm 5.2). Esse fatoé visto na declaração de Abner em2 Samuel 3.9,10 e também nas pa-lavras de Jônatas, filho de Saul (l lSm 23.17), e nas de Abigail em l fSamuel 25.30. O próprio Saul tinha*uma visão disso (l Sm 24.20). Foimuito atribulada a jornada de Davi .até chegar ao palácio real, todavia, feele estava dentro do plano de Deus lpara esse fim.

l. A MONARQUIA AMEAÇADA "

l. O nascimento e a morte de ™um sonho. O primeiro rei de Israel,dado por Deus segundo a vontade po-pular e conforme o modelo prescritopelo povo, que queria algo semelhan-te ao governo das nações incrédulase idólatras a sua volta (l Sm 8 a l 0),certamente não terminou o seu reina-do conforme eles idealizaram. Infeliz-mente, havia no imaginário populara ideia de que somente um rei, quese assemelhasse aos monarcas dasoutras nações daquela época, seriacapaz de levá-los à segurança. Issofica explícito não somente por parteda nação israelita, mas é claramenteexpresso pelos seus líderes auxiliares(l Sm 8.4,5), que não buscaram con-

LIÇÕES BÍBLICAS 29

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REFLEXÃO

"O rei, que julga os pobres con-forme a verdade, firmará o seu

trono para sempre".Pv 29.14

tinuamente ao Senhor neste assuntotão vital: a administração da naçãoeleita por Deus.

Com a decadência espir i tuale posterior morte de Saul, acaboutambém o sonho daqueles queidealizaram seu reinado. Fora davontade de Deus, não há garantiasde que sonho algum se realize. Aliás,realização de promessas e sonhosestá condicionada à obediência aoSenhor. Aquela não pode acontecersem esta (l Cr 22.12,13).

2.0 trágico fim de Saul. Comojá vimos em outra ocasião, a princípioSaul tinha tudo para dar certo, poisascendeu ao trono com um alto índicede popularidade (l Sm 9.2; l 0.22-24).O texto sagrado relata que naquelaocasião crítica e sem saída em queo povo se encontrava, o "Espírito deDeus se apossou de Saul", e o Senhorconcedeu a vitória à Nação Escolhida(l Sm l l .6,1 1). Portanto, o primeirorei de Israel poderia ter tido êxito emseu reinado caso se mantivesse nadireção de Deus. Infelizmente, comas suas constantes desobediências,vemos no final do primeiro livro deSamuel o registro trágico do seu fimpelas mãos dos inimigos do povo deDeus (l Sm 31). Em outras palavras,Saul inaugurou seu reinado vencendoe triunfando e terminou perdendo,envergonhando e finalmente tirandoa própria vida, deixando Israel emuma situação difícil.

O momento agora era de uniãonacional e não de retaliação. Comopoderia Davi se alegrar com a derrotado povo da Aliança Divina se por trásde tal perda estavam os "incircunci-sos" {2 Sm l .20)? Embora Davi tivesseuma personalidade forte, era tambémum homem que se quebrantava comfacilidade (SI 34.18; 51.17). Em seulamento pela morte de Saul e de seufilho, ou seja, de "como caíram osvalentes" (2 Sm l .25,27), Davi deixaaflorar, do mais profundo íntimo desuas emoções, um hino belo e ex-pressivo. As palavras do lamento deDavi revelam muito mais do que umcoração despedaçado; mostram osfragmentos nos quais transformara-se a nação. Somente o Senhor podiaagora reconstruir, alentar, encorajar,unificar e sarar o seu povo. Aqui hámais uma lição de liderança empáticae de como é importante colocar asquestões pessoais de lado em bene-fício do Reino.

II. O REINO ABALADO

1. Do exílio ao trono. Apósa morte de Saul, Davi retornou doexílio, onde esteve peregrinandona obscur idade durante váriosanos. Instalou-se em Hebrom, natribo dejudá (l Cr l l .1-4), que forauma das cidades dos patriarcas, etambém cidade de refúgio Qs 20.7).Sem demora, "Davi consultou aoSENHOR" sobre o que fazer naquelemomento (2 Sm 2.1). Deus o dirigiupara a cidade de Hebrom com seusfamiliares e seus homens, isto é, suaguarda que o apoiou e protegeu nodeserto. No meio de sua tribo, de suaparentela e do seu povo, Davi logofoi aclamado como rei sobre a casadejudá (2 Sm 2.4).

Apesar de ser o homem segun-do o coração de Deus, Davi, assim

30 LIÇÕES BÍBLICAS

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como Saul (1 Sm l 0.27), enfrentou aretaliação de uma parte do seu povo,pois Abner, precipitada e arbitraria-mente, constituiu a Isbosete comorei sobre uma área que compreendiaa maior parte do território de Isra-el. Esse acontecimento antecipa oque oitenta anos depois realmenteocorreria: a divisão do Reino (1 Rs12.1-33).

2. Um reino sem aprovaçãodivina. Deus já havia estabelecido queDavi seria o rei escolhido para governarIsrael (1 Sm 16.1), nenhuma promessadivina havia sobre Isbosete. Mesmoassim o povo o constituiu rei sobreIsrael (2 Sm 2.8-10). De nada valemos cargos e ofícios que porventuravenhamos a ocupar na Casa do Senhorse não formos estabelecidos neles pelavontade divina. Mais importante doque um cargo é a unção que Deus põesobre quem o exerce. Saul, quandoainda rei, caiu no erro de se preocuparmais com a posição do que com a un-ção do alto. Observamos isso quandoele disse "[...] honra-me, porém, agoradiante dos anciãos" (l Sm l 5.30). Deque vale a honra daqui sem a unçãode Deus na vida da pessoa? De quevale o cargo sem a aprovação divina esua comprovação perante o povo? Sãocasos que continuam a acontecer comoode Isbosete (2 Sm 2.8-10).

Contudo, fica para nós a liçãode que aquilo que humanamentequeremos nem sempre é o que oSenhor quer; e o que escolhemossem consultar a Deus, julgando es-tiarmos certos, nem sempre é o queEle escolhe.

III. A MONARQUIARESTAURADA

1. A unção real. Passadossete anos e meio na condição derei parcial, chegou o momento em

REFLEXÃO

Ao unir-se com seus irmãosem Cristo para perseguir umobjetivo comum, você realiza

muito mais do que fariasozinho. Evelyn Christenson

que os próprios anciãos de Israelprocuraram Davi e lembraram-lheda promessa que o Senhor lhe fize-ra: "Então, todas as tribos de Israelvieram a Davi, a Hebrom, e falaram,dizendo: Eis-nos aqui, teus ossos etua carne somos. E também dantes,sendo Saul ainda rei sobre nós, erastu o que saías e entravas com Isra-el; e também o SENHOR te disse: Tuapascentarás o meu povo de Israele tu serás chefe sobre Israel" (2 Sm5.1,2). Por meio desse gesto, osanciãos de Israel demonstraram terconsciência de que a unção real es-tava de fato sobre Davi e, portanto,não havia razão para adiamento dasua ascensão ao trono sobre a naçãointeira (2 Sm 5.3). Com a coroaçãode Davi sobre todo o Israel, o reinofinalmente estava unificado.

2. Restaurando o culto. Umadas diferenças básicas entre Davi eSaul é que este não demonstravamuita preocupação com o culto aoSenhor e com os ministros do culto,enquanto aquele comprova um zeloespecial pela adoração a Deus (Leiaos capítulos 6 e 7 de 2 Samuel). Nãose pode governar, reinar ou fazerqualquer outra coisa com êxito se hánegligência no culto a Deus. QuandoSaul lembrou-se de levantar um altara Deus, já estava todo complicadopor causa de suas transgressões àsordens do Senhor. Não esqueçamosesse fato, pois o Eterno considera

31

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primeiramente, e antes de qualquercoisa, a obediência (l Sm 1 5.22).

CONCLUSÃO

A unificação do reino por partede Davi foi um dos mais importantesacontecimentos da história do povoescolhido. Como o Israel de Deus quehoje somos, devemos saberque sem

unidade nenhum edifício se mantémde pé. É por isso que não devemosmedir esforços na busca da unidadedo corpo de Cristo, que é a Igreja(Ef 4.3). O Novo Testamento revelaclaramente a eterna unificação doreino de Deus através do perfeito eautêntico "Filho de Davi" —o SenhorJesus Cristo (Mt 21.9; Lc 1.32,33).

RESPONDA

l. A chegada de Davi ao trono deu-se em quantas etapas? Faça umresumo de cada uma. „

baa*

2. De acordo com a lição, quais são as condições para que as promes-sas e sonhos tenham êxito.

3. Ao retornar do exílio, após a morte de Saul, qual a cidade escolhidapor Davi para fixar suajesidência?

4. Segundo a lição, o que é mais importante do que um cargo na obrade Deus?

5. Quais as diferenças básicas entre Davi e Saul em relação ao culto?

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VOCABULÁRIO

Êxito: Sucesso, bons resul-tados.

Retaliação: Vingança,desforra, represália.

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Lição 77 5 de novembro de 2009

A EXPANSÃO DO REINODAVÍDICO

TEXTO ÁUREO

"E Davi se ia cada vez mais aumentandoe crescendo, porque o SENHOR, Deus dos

Exércitos, era com ele" (2 Sm 5.10).

•ITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Sm 5.1-3Davi é constituído rei de todo o Israel

Terça - 2 Sm 8.1-8Davi conquista as nações vizinhas

Quarta - 2 Sm 7.10,11A promessa de Deus a respeito dosinimigos

Quinta - 2 Sm 8.1 SUm reino comprometido com ajustica

Sexta-2 Sm 23.8-39Um reino com muitos valentes

Sábado - 2 Sm 5.12Um reino confirmado pelo Senhor

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*» .ALEITURA BÍBLICAEM CLASSE

2 Samuel 5.6-10

6 -E partiu o rei com os seus homenspara Jerusalém, contra osjebuseusque habitavam naquela terra e quefalaram a Davi, dizendo: Não entra-rás aqui, a menos que lances foraos cegos e os coxos; querendo dizer:Não entrará Davi aqui.

7 - Porém Davi tomou a fortaleza deSião; esta é a Cidade de Davi.

8 - Porque Davi disse naquele dia:Qualquer que ferir os jebuseus echegar ao canal, e aos coxos, e aoscegos, que a alma de Davi aborrece,será cabeça e capitão. Por isso, sediz: Nem cego nem coxo entraránesta casa.

9 -Assim, habitou Davi na fortalezae lhe chamou a Cidade de Davi; eDavi foi edificando em redor, desdeMilo até dentro.

10 - E Davi se ia cada vez maisaumentando e crescendo, porqueo SENHOR, Deus dos Exércitos, eracom ele.

INTRODUÇÃO

Mesmo enfrentando inimigosexternos — as nações vizinhas —,e também conflitos internos, fami-liares e governamentais, Davi foipróspero e vitorioso em seu reinado,pelo fato de obedecer à direção deDeus para sua vida. Era também umcrente que buscava ao Senhor, ama-va a sua Palavra, sempre adorava elouvava a Deus. O aprofundamentoda sua vida espiritual no deserto esua dependência do Senhor ali, lhefoi muito proveitoso em seu desem-penho como chefe nacional do povode Deus.

I. A NOVA SEDE DE UMNOVO REINO

1. Jerusalém e sua posiçãoestratégica. Tão logo Davi foiempossado rei sobre todo o Isra-el, tomou a decisão de conquistara cidade de Jerusalém, na épocaconhecida como Jebus Os 18.28).Centralizada em Canaã, Jerusalémera uma cidade fortificada, situadanas montanhas, o que a tornavamilitarmente estratégica. Davi ini-ciara a transformação de Jerusalémnum centro nacional religioso. Essatradição permaneceu forte entre osjudeus, ejerusalém tornou-se o localpredileto para se adorar a Deus (Jo4. 20). Esse fato é visto claramentenos Salmos de Davi (SI 122; 137),nos quais é mostrada a importânciaespiritual que essa cidade ocupavano coração da nação.

Reedificada várias vezes nomesmo local, Jerusalém (não Roma)permanece a Cidade Eterna do mun-do, símbolo da Nova Jerusalém, quese há de estabelecer na consuma-

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cão dos séculos, quando ela será ametrópole mundial. Isso, durante oMilénio, período em que terá muitoesplendor (Is 2.3; Zc 8.22), pois Is-rael estará à frente das nações quesubsistirem ao seu julgamento.

2. Jerusalém e sua impor-tância histórica. Jerusalém já contacom mais de três mil anos de históriae somente esse fato já é suficientepara torná-la relevante. Mencionadano Antigo Testamento como "A Cida-de de Davi" e também no Novo como"Cidade do grande rei", Jerusalém setornou importante tanto para judeuscomo para os cristãos. Para o judaís-mo, Jerusalém é importante porquese tornou a cidade de Davi (2 Sm 5.7),e para os cristãos, por ser a cidade doGrande Rei, Jesus Cristo (Mt 5.35).

Ao longo da história hebraica,Jerusalém aparece em diferentescontextos. Depois do reinado deDavi, seu filho Salomão construiuneste local o Templo e o palácio real.A perspectiva espiritual de Jerusalémé bem documentada nas páginas doNovo Testamento. Por exemplo, emsua carta aos Gaiatas, o apóstoloPaulo faz um interessante contrasteentre a Jerusalém histórica, a qualele chama de terrena, e ajerusalémespiritual, a qual ele chama de lá decima (Cl 4.25,26). No perfeito estadoeterno de "um novo céu e uma novaterra" (Ap 21), Deus fará a nova eresplandecente Jerusalém descerdo céu e pairar nas alturas acima danova terra (vv.l ,2). Que cena mara-vilhosa não será?! Leia Apocalipse21.10,11.

II. UM REINO CRESCENTEDESPERTA INIMIGOS

l. Um período de conquista.Uma vez unificado o reino, Davi dáinício a suas conquistas militares.

REFLEXÃO

Quando vivemos norelacionamento correio

com Deus, Ele podederramar todas as suas

bênçãos sobre nós.

Sua primeira investida, após con-sultar o Senhor e fazer o que estelhe ordenara, é contra os jebuseus,habitantes de Jerusalém {2 Sm 5.6).Após derrotar os jebuseus, a Bíbliadiz que "ouvindo, pois, os filisteusque Davi fora ungido rei sobre Israel,subiram todos para prender a Davi"(2 Sm 5.17). Entretanto, a Escriturainforma-nos que ele "feriu os filisteusdesde Geba até chegar a Gezer" (2Sm 5.25).

Sobre a conquista de Jerusalém,também conhecida como a fortalezade Sião (2 Sm 5.7), o Salmo 2 vainos mostrar esse fato e apresentá-locomo sendo um tipo da conquistadoJvlessias.gueviriaJSI 2.6XJsjo seexplica pelo fato dê qUe ríao somenteDavi se torna um tipo do Messiasvencedor, mas a própria Jerusalémterrestre, um tipo da celestial (Gl4.26).

2. Reconhecimento lá fora. Avitória de Davi sobre os jebuseus eposteriormente sobre os filisteus foiapenas o início de um extenso perío-do de vitórias nessa nova fase do rei-no unido de Israel. O texto sagradodestaca que Davi "ia cada vez maisaumentando e crescendo, porqueo SENHOR, Deus dos Exércitos, eracom ele" (2 Sm 5.10). Essa presença ldivina na vida e no reinado de Davifoi notória até fora de Israel, o que é .?demonstrado pelos presentes trazi- tdos pelos mensageiros enviados por

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. j*U* ' -X-..

Hirão, rei de Tiro (2 Sm 5.1 1). Davireconhecia que no seu reinado todasas bênçãos materiais e espirituaissobre o povo, a terra e o culto divinoprocediam de Deus.

Nessa época do reinado de Davi,a Arca da Aliança ficou em Jerusalémnuma tenda provisória preparada porele, pois o Tabernáculo do Senhor es-tava levantado em Gibeão próximo aJerusalém (l Cr l 6.39; 21.29). Porém,a Arca estava, como já vimos, emJerusalém no monte Sião (2 Cr 5.2; SIl 16.1 9). Havia, portanto, culto dianteda Arca em Jerusalém-Çt^Cr l 5.29), ecfiãnfe" ddTãBéfnaculõ em Gibeão (1Cr 16.39,40). Da tenda provisória queo rei Davi erigiu-lhe no monte Siãoem Jerusalém, a Arca foi transportadapara o Templo de Saíomão tambémem Jerusalém (l Rs 8.1-9). A Arcaaparece em visão no livro de Apoca-lipse 11.19, apenas para lembraraIsrael que o tempo da bênção divinanacional, conforme as promessas doEterno a Israel, é chegado.

III. NOVO REINO, NOVOSALVOS A ALCANÇAR

1. Adoração ao Senhor. Éedif icante observar como Davipriorizava as coisas espirituais eprimava por isso. Ao chegar aotrono, sua grande preocupação foicuidar da Arca e do culto ao Senhor.Em seus Salmos, Davi ressalta issomuitas vezes. Será que um dia tere-mos, em nosso país, governantes elíderes assim?

A Arca representava a presençade Deus entre o seu povo: "E ali

_ virei a ti e falarei contigo de cimal do propiciatório, do meio dos doisv querubins (que estão sobre a arca

do Testemunho), tudo o que eu tel ordenar para os filhos de Israel"

,(Êx 25.22). Quando a Arca foi le-

vada inicialmente para Jerusalém,tanto Davi como os filhos de Israel"aíegravam-se perante o SENHOR,com toda sorte de instrumentos demadeira de faia, com harpas, e comsaltérios, e com tamboris, e compandeiros, e com címbalos" (2 Sm6.5). No transporte da Arca paraJerusalém, os levitas encarregadosdisso descumpriram preceitos da Leide Deus sobre o assunto e houvecastigo divino com a morte de umlevita. Por isso, a Arca permaneceutrês meses em casa de Obede-Edom(2 Sm 6.2-1 1).

2. Um projeto de construção.Davi viveu na Velha Aliança, onde oculto a Deus era prestado no Taber-náculo e, posteriormente, no Templo.Em o Novo Testamento a adoraçãono templo é substituída pelo "temploadoração", ou seja, o salvo em Cristoé o templo do Espírito Santo (Tg 4.5).A nossa adoração a Deus origina-sepelo Espírito Santo no íntimo do nos-so ser "em espírito e em verdade" GO4.23,24). Adoração não é exatamenteo mesmo que louvor. Muitos afirmamlouvar a Deus sem, contudo, adorá-Lo; isso por ignorância, hipocrisia,engano, etc. Nesta era da Igreja, cadacrente é santuário de Deus e, por isso,pode adorá-lo pelo Espírito Santo, queno crente habita, em qualquer lugar(l Co 3.16).

CONCLUSÃO

Davi, apesar dos seus maus ereprováveis procedimentos que aBíblia não omite por ser Ela impar-cial, tinha o propósito de amar aoSenhor, buscá-Lo e consultá-Lo emoração, adorá-Lo e sempre fazer suavontade. Por isso, o seu reinado emIsrael tornou-se forte e estável. Olegado de Davi para a história bíblicae universal e, particularmente, para a

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Igreja atual, é muito importante, pois experiência espiritual. Por conse-nele está materializada a história guinte, Davi é citado em o Novode Israel, bem como uma marcante Testamento por diversas vezes.

RESPONDA

l. A que se deve a prosperidade do reino davídico?

2. Qual era o lugar^predileto dos judeus para adoração ao Senhor?Cite uma referência que comprove esse fato.

3. De acordo com a lição, mencione dois nome^ antigos de Jerusalém

4. Qual a importância de Jerusalém para o judaísmo e para o cristia-nismo?

5. O que representava a Arca da Aliança?

VOCABULRIO

Címbalo: Instrumentomusical formado por dois

pratos.

Faia: Planta que produzuma semente oleaginosa.

Saltérios: Instrumento deforma triangular, formadopor uma caixa acústica demadeira com treze cordas.

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Lição 822 de novembro de 2009

O PECADO DE DAVIE SUAS

TEXTO ÁUREO

"E aconteceu que, tendo decorrido um ano, notempo em que os reis saem para a guerra,

enviou Davi a joabe, e a seus servos com ele, eQ todo o Israel, para que destruíssem os filhosde Amom e cercassem Rabá; porém Davi ficou

em Jerusalém" (2 Sm 11.1).

VERDADE PRATICA

A resposta à tentação para pecarnão é ignorá-la ou ser-lhe indife-rente, mas invocar as promessasbíblicas pela fé em Cristo.

_ -

LEITURA DIÁRIA

Segunda - l Co 10.13A tentação sobrevem a todos

Terça - 1 Pé 5.8É preciso vigiar

Quarta - 2 Tm 2.22Fuja da tentação

Quinta -Tg 1.12-15A tentação vem de maus desejosinteriores

Sexta- 1 Cr 21.1Satanás, o tentador

Sábado - Tg 4.7Resistindo ao tentador

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE2 Samuel 11.2,4,5,14-17

2 -Eaconteceu, à hora da tarde, queDavi se levantou do seu leito, e an-dava passeando no terraço da casareal, e viu do terraço a uma mulherque se estava lavando; e era estamulher mui formosa à vista.

4 - Então, enviou Davi mensageirose a mandou trazer; e, entrando elaa ele, se deitou com ela (e já ela setinha purificado da sua imundície);então, voltou ela para sua casa.

5 - E a mulher concebeu, e enviou,fê-lo saber a Davi, e disse: Pejadaestou.

14 - E sucedeu que, pela manhã,Davi escreveu uma carta a Joabe emandou-lha por mão de Urias.

l 5 - Escreveu na carta, dizendo:Ponde Urias na frente da maior forcada peleja; e retirai-vos de detrás delepara que seja ferido e morra.

16 - Aconteceu, pois, que, tendo Jo-abe observado bem a cidade, pôs aUrias no lugar onde sabia que haviahomens valentes.

l 7 - E, saindo os homens da cidade epelejando com joabe, caíram algunsdo povo, dos servos de Davi: e mor-reu também Urias, o heteu.

INTRODUÇÃO

A vida de Davi como homemcomum pode ser dividida em doismomentos: antes e depois de suatentação e queda. Com certeza, elenão vigiou espiritualmente, comoreiteradas vezes nos adverte as Sa-gradas Escrituras a fazermos. Podeser que Davi não tenha consideradoas consequências que seu ato lhetraria. O adultério com Bate-Seba,o planejamento e a covarde execu-ção de Urias, o esposo, sem dúvidaestão entre os acontecimentos maiscondenáveis e repulsivos já narradosna história bíblica. Deus, o Senhor detoda a justiça, reprovou o ato de Davi(2 Sm l l .27), todavia, em sua infinitamisericórdia, perdoou-lhe quandoeste demonstrou arrependimento(SI 51).

I. DAVI E A TENTAÇÃOANTES DO PECADO

1. A realidade da tentação.Ninguém pode negar que a tentaçãopara praticar o mal, o pecado, é umarealidade bem presente em todos nós(Mc 7.21-23;Tg 1 .refffficTusivfeTurndos nomes do Diabo é "Tentador" (lTs 3.5), até ajesus ele tentou (Mt 4.3).Todos somos tentados de algumaforma. Ninguém está imune àjenta-cão. A tentação_ejn si_nãc^jé^peca5d;pecado é ceder-lhe. Todo cristão" devemanter-se sempre vigilante nestesentido, pois a tentação, uma vezconsumada, sempre produzirá frutosamargos. Davi estava no auge do seureinado quando tragicamente caiuem pecado, vencido pela sua própriapaixão desenfreada. Época de triunfo'e realização é também momento devigilância contra o mal. Davi à essaj

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altura também já era culpado daquebra do mandamento assinaladoem Deuteronômio l 7.1 7.

Não sabemos qual era a proxi-midade que havia entre Bate-Seba e

_ Davi. O fato é que a mulher portava-se

Iindevidamente em local praticamentepúblico e veio a se tornar objeto de co-biça do rei que, desocupado, a avistoubanhando-se, desejou-a, mandou que atrouxessem e adulterou com ela. Comose isso não bastasse, Bate-Seba aindaficou grávida. E é aqui que o desenrolardo restante da tragédia tem início.

2. As fontes da tentação. Al Escritura revela três fontes básicas da* tentação, que são respectivamente of Diabo, o mundo e a carne. O Diabol é um ser espiritual, "o maligno" (Mtf 13.19), que se opõe a Deus e à sua3 criação; o mundo, como sistema e^ filosofia de vida, é inimigo dos valores

cristãos; e a carne no sentido bíblico éa natureza humana, depravada, decaí-da e propensa ao pecado (Rm 7.1 8).

A fim de vencer os desafios das"fontes da tentação" no que diz res-peito ao Tentador, a recomendaçãobíblica é que devemos resisti-lo eassim ele fugirá (Tg 4.7). Quanto aosapelos do mundo, a Palavra nos ins-trui a que não o amemos (1 Jo 2.1 5).Em relação à carne, somos advertidosa não somente "viver", mas também a"andar" em Espírito (Cl 5.25).

II. DAVI E O SEU PECADO

1. O pecado camuflado. De-pois de ter consumado o seu ato

REFLEXÃO

'eta-se a Deus, resista ao, confie em Cristo e nãoi mesmo, e serás puro.

^.obert Daniels

pecaminoso, Davi, de várias maneirase durante um bom tempo, tentouocultá-lo (2 Sm l l .27). As tentativasforam cada vez mais pecaminosas.Isso sempre acontece com quem ten-ta esconder seu pecado (SI 42.7; Nm32.23). Analisemos as etapas em queo pecado de Davi se avolumou, tra-zendo mais danos ao seu relaciona-mento com Deus, à sua consciência,e às pessoas que foram envolvidasnesta trama diabólica:

1) Primeiro Davi ordenou queUrias viesse da guerra para dar-lhenotícias dela, em seguida, ofereceu-lhe um presente e deu-lhe licençapara ir a sua própria casa (2 Sm l 1.6-8). Tudo era mentira, engano, logro.

2) Em segundo lugar, Davi in-sistiu que Urias permanecesse emcasa, noutras palavras reincidiu nomal (v. 10).

3) Em terceira instância, Daviofereceu um banquete a Urias comvinho embriagante (vv. i 2,1 3).

4) Em quarto e último lugar, Davienviou uma carta real ao coman-dante Joabe, através de Urias, ondeestava contida a sentença de mortedo próprio portador (vv.14,15)! Umassassinato covarde de um leal sol-dado, planejado pelo rei da NaçãoEscolhida (vv. 16,l 7).

Por meio de tudo isso (e muitomais), Davi estava tentando escon-der e incubar o seu pecado. Quandoo crente procede dessa forma, ojulgamento divino o aguarda, pois"Deus não se deixa escarnecer; por-que tudo o que o homem semear,isso também ceifará" (Cl 6.7).

2. O pecado descoberto eexposto. Quando Davi achava que,morto o esposo da mulher com quemadulterara, o seu problema estavaresolvido, Deus envia o profeta Natapara confrontá-lo (2 Sm 12.1-25) .

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Nata narra a parábola do camponês,que possuía uma única ovelha, e dofazendeiro, que tinha muitas ove-lhas. O fazendeiro rico toma a únicaovelha do camponês e oferece aosseus visitantes. Ao ouvir tal fato,Davi ficou tão irado e furioso como fazendeiro - uma característica dequem vive com pecado acobertado- que exige a morte de tal homem eainda a restituição quatro vezes maisao camponês (2 Sm l 2.5,6).

Écomum alguém que pecou e nãotratou de forma devida o seu pecadoprojetar um sentimento de "justiça" euma falsa santidade perante os outros.Ele exige dos outros aquilo que elemesmo não fez. Cobra santidade, re-quer compromisso, exige dedicação,no entanto, nega cora a sua práticaa eficácia desses~valores. Nata, comdivina autoridade, declarou que Daviera o tal homem (2 Sm l 2.7), e que orei acabara de promulgar sua própriasentença! Devemos ter cuidado paranão projetarmos nossos pecados nosoutros, pois eles acabarão se voltandocontra nós mesmos.

III. DAVI E AS CONSEQUÊN-CIAS DO PECADO

1. Consequências emocio-nais. Após pecar, Davi ouviu um dosmais duros julgamentos pronunciadospelo profeta Nata (2 Sm 12.10-14). Ojulgamento atingia não somente suavida pessoal, mas também toda a suaexistência, incluindo reino e família.Os resultados do pecado de Davi po-dem ser vistos primeiramente em suavida sentimental e emocional. Quan-tas lágrimas Davi derramou? Não hácomo aferir, entretanto, em Salmos6.6, temos uma noção: "Já estoucansado do meu gemido; toda noitefaço nadar a minha cama; molho omeu leito com as minhas lágrimas".

Por certo Davi chorou quando Tamar/isua filha foi violentada (2 Sm 1 3), equando seus filhos Amnon e Absalãoforam mortos prematuramente (2 Sm13.33; 18.14).

2. Consequências espirituaise físicas. Não há dúvida de que osmaiores efeitos do pecado de Daviestão na esfera espiritual. O pecadoparece doce, inofensivo e natural,no entanto, suas consequências sãoamargas. Paulo, o apóstolo, adverteem sua primeira carta aos coríntios:"Por causa disso [do pecado], há entrevós muitos fracos e doentes e muitosque dormem" (l Co l l .30). Em outraspalavras, aquilo que é espiritual numprimeiro plano, tem consequênciasfísicas num segundo. Os especialistasadvertem que há muitas doenças psi-cossomáticas, isto é, doenças da almaou de origem psicológica que afetamo corpo físico. A Bíblia nos mostraque há também doenças de origemespiritual. A Palavra de Deus adverte:"Confessai as vossas culpas uns aosoutros e orai uns pelos outros, paraque sareis; a oração feita por umjusto pode muito em seus efeitos"(Tg 5.36). Davi pós em prática isso eclamou ao Senhor: "[...] Tem piedadede mim; sara a minha alma, porquepequei contra ti" (SI 41.4).

CONCLUSÃO

Davi estava no lugar errado e nahora errada quando pecou. A Escritu-ra diz que naquele tempo os reis cos-tumavam ir à guerra, mas Davi ficouem casa (2 Sm l l .1,2). Infelizmente,ele não ficou apenas em casa, mas fi-cou também ocioso quando passeavapelo terraço. A essas lições da vida deDavi, cujo registro Deus permitiu ficarna Bíblia, devemos atentar bastantepara que também não venhamos aincidir no mesmo erro.

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RESPONDA

l . Quais são as fontes da tentação?

2. O que aconteceu a Davi quando ele tentou ocultar o seu adultério?

3. Qual é o comportamento típico da pessoa que não vive o queprofessa?

4. Quais são as três classes de consequências do pecado?

e? /yxUA^yi/) J

. 5. Em sua opinião, por que Davi se tornou tão vulnerável ao pecado?

_ T)

VOCABULÁRIO

tf, avaliar.

-^ ^^Avolumar: Aumentar emvolume.

Camuflado: Escondido,oculto.

Rescindir: Recair, praticarl o mesmo erro de novo.

Vulnerável: Diz-se doponto fraco pelo qual al-guém pode ser atacado.

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Lição 929 de novembro de 2009

A RESTAURAÇÃOESPIRITUAL DE D A VI

TEXTO ÁUREO

"Então, disse Davi a Nata: Pequei contra oSENHOR. E disse Nata a Davi: Também o

SENHOR te traspassou o teu pecado;não morrerás" (2 Sm 12.13).

VERDADE PRATICA

O caminho da restauração passa peloarrependimento e confissão do errocometido e abandono da prática.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - jó 22.23Deus restaura o que se arrepende

Terça-SI 19.7A Palavra de Deus restaura a alma

Quarta- Is 57.18Deus restaura os caminhos do pecador

Quinta -Mq 7.18,19Deus perdoa e "esquece"

Sexta- Hb 8.12A misericórdia divina

Sábado-SI 32.1,2O perdão traz a verdadeira alegria

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

Salmos 51.1 4,7 12,17

1 - Tem misericórdia de mim, óDeus, segundo a tua benignidade;apaga as minhas transgressões,segundo a multidão das tuas mise-ricórdias.2 - Lava-me completamente daminha iniquidade e purifica-me domeu pecado.3 - Porque eu conheço as minhastransgressões, e o meu pecado estásempre diante de mim.4 - Contra ti, contra ti somente pe-quei, e fiz o que a teus olhos é mal,para que sejas justificado quandofalares e puro quando julgares.7 - Purifica-me com hissopo, e ficareipuro; lava-me, e ficarei mais alvo doque a neve.8 - Faze~me ouvir júbilo e alegria,para que gozem os ossos que tuquebraste.9 - Esconde a tua face dos meuspecados e apaga todas as minhasiniquidades.10 - Cria em mim, ó Deus, um co-ração puro e renova em mim umespírito reto.11 - Não me lances fora da tuapresença e não retires de mim o teuEspírito Santo.12 - Torna a dar-me a alegria datua salvação e sustém-me com umespírito voluntário.l 7 - Os sacrifícios para Deus são oespírito quebrantado; a um coraçãoquebrantado e contrito não despre-

ó Deus.

INTRODUÇÃO

O relacionamento pecaminoso deDavi com Bate-Seba foi rápido, mas assuas consequências foram duradouras.Até ser confrontado pelo profeta, eleagiu à semelhança dos nossos primei-ros pais, que também tentaram ocultarseus pecados (Cn 3.1-13). Todavia,uma vida de pecados ocultos apenasprolonga o sofrimento de quem oscomete, já que de Deus ninguém con-segue esconder nada. Por certo, Davisó obteve paz espiritual após dizera frase que resume a atitude de umpecador arrependido: "Pequei contrao Senhor" (2 Sm 12.13).

I. A RESTAURAÇÃOE A PALAVRA DE DEUS

1. Davi e a Palavra de Deus.Davi certamente era um homem queamava a Palavra de Deus. Entretanto,podemos afirmar com segurança queno momento de sua queda espiritualele estava longe da lei divina. Poderiaum homem estar agindo de acordocom a Palavra de Deus e ainda assimpossuir a mulher do seu próximo emandar matar seu marido? Por certonão! O mais simples é entendermosque Davi se tornara um burocrata, eum crente com uma vida devocionalpobre, e que, por isso, não perceberasua fragilidade nem tampouco a ciladade Satanás.

Davi foi confrontado pela Palavrade Deus pronunciada pelo profeta Nata(l Sm l 2). Qual outra fonte se atreveriaa confrontar o rei? Somente a Palavrade Deus é poderosa para lançar luz emnossas densas trevas. • .

2. O cristão e a Palavra de 'Deus. Em o Novo Testamento encon-tramos várias atitudes que o cristão

44 I -içõES BÍBLICAS

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deve tomar em relação à Palavra de.-Deus, a fim de que não venha tropeçarf(Rm 10. l 7; l Ts 1.6). O crente necessita :

ouvir a Palavra, recebê-la e tambémnela meditar (SI l .2). A Palavra precisa^ser aceita e acolhida por nossas mentese corações. Quantos tropeçam porquenão recebem aquilo que Deus está a j

/lhes falar? Armar-se com a Palavra"?outra atitude fundamental para não'fracassar (Ef 6.1 7). Contudo, o queadianta armar-se com a Palavra ou estar |cheio dela se não soubermos comousá-la? É preciso manejar bem a Palavra ;

da verdade (2 Tm 2.1 5).

II. A RESTAURAÇÃO E A IN-FLUÊNCIA DE FATORES EXTER-

NOS EM NOSSAS DECISÕES

1. A influência do meio. Embo-ra não sirva de desculpa, não há comonegar que Davi se deixou influenciarpelo meio no qual vivia. Na culturado Antigo Oriente os reis eram quasesemi-deuses, podendo exercer umpoder absoluto e ter praticamentetudo o que queriam. Ser o homem devárias mulheres era algo considerado"normal" naqueles dias. Com Davi nãofoi diferente. Essa influência do meiofez com que ele desejasse e possuísseBate-Seba, sem se dar conta do grandemal que estava praticando.)

Veremos mais adiante que o meionão deve servir de justificativa paranos eximir de nossas responsabilida-des morais, no entanto, não devemossubestimar o poder exercido por ele(Rm 12.2). Tomemos cuidado com omeio no qual vivemos.

2. Nossa responsabilidademoral. Já falamos que Davi estava ncSjlugar errado e na hora errada. Porém,em seu processo de restauração, issonão é levado em conta e nem deveria,já que a Escritura coloca sobre nós todaa responsabilidade pelas decisões que

tomamos. Devemos dar a respostaadequada ao meio onde nos encontra-mos. A restauração de Davi começa poressa conscientização.

É bom sabermos que, como agen-tes morais livres, somos responsáveispor nossas ações ou decisões. Não épossível nenhum processo de restau-ração quando desconsideramos essefato. Por que Davi caiu? Por que Pedronegou a Jesus? Por que Judas o traiu?Em todos os casos, de quem era aculpa? Deus pode ser responsabilizadopelas ações desses homens? Algum de-les foi predestinado a cometer tal ato?Em todos esses casos, quer estivessemmotivados por agentes da tentaçãoexternos, quer não, a Escritura põe aresponsabilidade desses atos sobrecada um deles. A culpa foi de Davi, aculpa foi de Pedro, a culpa foi dejudas.A culpa é nossa. É por isso que, paraser restaurado, Davi exclamou: "Porqueeu conheço as minhas transgressões;e o meu pecado está sempre diante demim"(SI 51.3).

III. A RESTAURAÇÃO E A ATI- jTUDE DIANTE DO PECADO

Ç\. Reconhecendo a misericór-dia de Deus. Possivelmente nenhumobstáculo é maior no processo derestauração do que o sentimento deindignidade que a culpa produz. Sa-tanás é sabedor desse fato e costumaexplorá-lo até as últimas consequên-cias. Quantos cristãos estão encosta-dos porque, após terem fracassado,acham-se eternamente indignos de

ÍJer restaurados e de levantar a cabeça?Quando Davi tropeçou, consciente deseu erro, exclamou do fundo de suaalma: "Tem misericórdia de mim, óDeus, segundo a tua benignidade; apa-ga as minhas transgressões, segundoa multidão das tuas misericórdias" (SI51.1). A restauração só é possível,

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porque Deus é gracioso para conoscoe está pronto a mostrar o seu favorimerecido. De fato, um dos significados!da palavra graça é "favor imerecido".Davi estava consciente de que, para serrestaurado, ele necessitava do favor eda compaixão do Eterno.

2. Reconhecendo a nossapecaminosidade e a santidade deDeus. Nos versículos 2 e 3 do SalmojÊ51, Davi reconhece sua iniquidade etransgressão. Essas duas palavras sãousadas para nomear a malignidade dopecado. A transgressão é maligna, esua consequência imediata é a culpa.Somos portadores de uma naturezapecaminosa, e o reconhecimento dessefato é importantíssimo no processo derestauração (Rm 7.18). Por que culpar ooutro quando na verdade somos a cau-sa do problema? A ordem do processode restauração é sempre essa: arrepen-dimento, conscientizacão, confissão eabandono da prática pecaminosa^

Davi ora e diz: "Esconde a tua facedos meus pecados" (SI 51.9). Nenhumpecado é tratado devidamente senão se leva em conta a santidade do

Senhor. O pecado é cometido primei-ramente contra Deus e sua Palavra.A nossa transgressão deve provocarum sentimento de vergonha diante dadivindade, que é santa. Se o pecadomancha nossa vida e agride a santida-de de Deus, precisamos urgentementeser purificados. Por isso, Davi exclama:"Purifica-me com hissopo, e ficareipuro; lava-me, e ficarei mais alvo doque a neve" (SI 51.7).

CONCLUSÃO

' A Escritura comprova que Davifoi totalmente restaurado diante deDeus, e suas poesias expostas nosSalmos confirmam essa restauração.Não há porque vivermos sob o domí-nio do pecado, uma vez que a Escri-tura assegura-nos de que o sanguede Jesus quebrou esse domínio e tempoder para nos purificar totalmentedele (Rm 6.14; l Jo 1.7,9). Contudo,no processo de restauração, cabe anós demonstrar uma atitude de arre-pendimento, confissão, quebranta-mento e abandono do pecado, assimcomo fez Davi.

RESPONDA

l. Cite algumas atitudes que o cristão deve tomar em relação à Palavra de Deus.

2. De quem é a responsabilidade pelo pecado?

3. Qual é a ordem do processo de restauração?

4. Antes de ser contra nós ou outra pessoa, primeiramente, o pecadoagride a quem?

5. Na situação de Davi, o que você faria?

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Lição 1006 de dezembro de 2009

DAVI E o PREÇO DANEGLIGÊNCIA NA FAMÍLIA

"Que governe bem a sua própria casa,tendo seus filhos em sujeição, com toda

a modéstia"(l Tm 3.4).

TURA DIÁRIA

Segunda - 2 Sm 6.16O injusto desprezo de uma esposa

Terça - 2 Sm 11. l -4; Ex 20.14Adultério, o inimigo do lar

Quarta - 2 Sm 12.11Ojuízo divino sobre a família de Davi

Quinta-2 Sm 15.6Um filho rebelde

Sexta -2 Sm 12.16; 1 Cr 29.19A oração de um pai em favor de seu filho

Sábado- Pv 23.13disciplina dos filhos

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

2 Samuel 13.2,5,10-12,14,15

2 - E angustiou-se Amnom, até ado-ecer, por Tamar, sua irmã, porqueera virgem; e parecia, aos olhos deAmnom, dificultoso fazer-lhe coisaalguma.

5 - E Jonadabe lhe disse: Deita-tena tua cama, e finge-te doente; e,quando teu pai te vier visitar, dize-Ihe: Peço-te que minha irmã Tamarvenha, e me dê de comer pão, eprepare a comida diante dos meusolhos, para que eu a veja e coma dasua mão.

10 - Então, disse Amnom a Tamar:Traze a comida à câmara e comereida tua mão. E tomou Tamar os bolosque fizera e os trouxe a Amnom, seuirmão, à câmara.

11 - E, chegando-lhos, para que co-messe, pegou dela e disse-lhe: Vem,deita-te comigo, irmã minha.

12 - Porém ela lhe disse: Não, irmãomeu, não me forces, porque não sefaz assim em Israel; não faças talloucura.

14 - Porém ele não quis dar ouvidosà sua voz; antes, sendo mais fortedo que ela, a forçou e se deitou comela.

l 5 - Depois, Amnom a aborreceucom grandíssimo aborrecimento,porque maior era o aborrecimentocom que a aborrecia do que o amorcom que a amara. E disse-lhe Am-nom: Levanta-te e vai-te.

INTRODUÇÃO

Admirados diante dos grandesfeitos de Davi como rei de Israel,achamos difícil admitir a sua ne-gligência como pai de família. Àsvezes corremos o risco de cuidardemasiadamente da imagem pes-soal e do progresso profissional, edescuidar da assistência ao lar. Nãohá como eximir Davi de sua omissãona educação de seus filhos. Isso ficamais evidente quando descobrimosque os maiores escândalos sexuaisaconteceram dentro da família real(2 Sm 13.1-19 ; 16.20-23). Não se-ria este o momento de não apenasestudarmos acerca dos erros deDavi, mas de extrairmos lições quenos ajudem na formação de nossosfamiliares?

I. DAVI FRACASSANA FORMAÇÃO CULTURAL

DOS FILHOS

1. Os valores dos filhos domundo. Os hebreus tinham umafacilidade muito grande de assimilaros costumes das culturas vizinhas.De fato, esse foi um problema cró-nico que acompanhou o povo deDeusaolongodesua história. Afim

/íle preveni-los desse mal, ainda noministério mosaico, Deus advertiu-os: "E não andeis nos estatutos dagente que eu lanço de diante davossa face, porque fizeram todas

festas coisas; portanto, fui enfadadodeles" (Lv 20.23). Infelizmente a his-tória irá mostrar que a absorção detais costumes foi a causa principalda derrocada de Israel. No períododos reis, devido ao afrouxamentona observação dos princípios di-vinos, esse perigo se tornou mais

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f

\r (2 Rs 17.19). Muitos

costumes vividos por Davi, como ode possuirvárias mulheres, refletemmais a cultura circundante de seusdias do que a cultura bíblico judai-ca. Lamentavelmente, foram algunsdesses princípios valorativos queDavi deixou de herança para seusdescendentes.

Uma coisa pode ser legal, istoé, amparada por um costume ouaté mesmo por uma lei coercitiva;todavia, essa mesma coisa pode nãoter apoio moral. Nos dias de Davi,era costume um monarca desposarvárias mulheres. Culturalmente nãohavia nenhum problema nisso, masteria essa prática apoio moral naPalavra de Deus, que Davi tão bemconhecia? Davi e outros reis depoisdele parecem ignorar aquilo que émoral para se ajustar àquilo que eraconvencionalmente aceito.

2. Os valores dos filhos dorei. Amnom possuía uma escala devalores invertidos, que se reflete,por exemplo, na ideia que ele tinhasobre a sexualidade humana. Total-mente dominado por uma paixão econcupiscência doentias, vejamosalgumas de suas características:

a) Ele. estava dominado pelaatração física. O texto sagradona versão atualizada declara queAmnom se "enamorou pela formo-sura" de sua meio-irmã Tamar (2Sm 13.1). Mesmo naqueles dias, oculto ao corpo já era bem familiarnas culturas pagãs. Amncm nãoconseguia ver em sua meio-irmãa pureza de uma donzela filha dorei, mas contemplava-a como umobjeto sexual.

b) Ele estava à procura de sexo.É muito fácil confundir sexo comamor e, uma paixão fugaz comum relacionamento. Entretanto, há

REFLEXÃO

Davi deveria ter amado seusfilhos o suficiente para seenvolver em suas vidas e

corrigir seus pecados.Kenneth Cangel

uma diferença assombrosa entreambos. Não devemos esquecerque Amnom era meio-irmão deTamar e, portanto, deveria saberque um relacionamento entre elesera impossível (Lv 20.17). Mesmo

fdiante da sugestão de Tamar, Am-nom violenta-a e satisfaz, à força,o seu desejo de gratificação sexual,sabendo que isso não era permitidoe teria a reprovação de Davi.

c) Ele demonstra ser um homemimpulsivo e não racional. Os impul-sos dominaram Amnom. Atravésda primeira carta aos Coríntios (ca-pítulo 13), ficamos sabendo que oamor é mais um comportamento doque um sentimento. É sentimental,mas também racional. Tivesse Am-nom a noção exata do que significao verdadeiro amor, por certo nãoteria destruído a vida de sua irmãpara satisfazer um desejo pessoal,egoísta e irracional.

( II. DAVI FRACASSA AONÃO IMPOR LIMITES

1. Davi não corrigiu o maucomportamento. Uma primeiraleitura da vida e obra de Davi nos dáa nítida impressão de que ele era umrei extremamente zeloso, mas umpai omisso. Davi parece alimentarum ambicioso projeto expansionis-ta, mas não demonstra esse mesmointeresse na administração de suafamília. Essa omissão fica evidente

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quando ele, mesmo sabendo do atodetestável praticado por seu filhoAmnom contra Tamar, sua filha, nãotoma nenhuma medida para corrigi-lo. O texto sagrado registra que,ao saber do acontecido, Davi ficouirado (2 Sm l 3.21), e isso é perfeita-mente compreensível. Todavia, quemedidas ele tomou depois que ascoisas esfriaram? Nenhuma.

Diante da impunidade, Absalão,irmão de Amnom e de Tamar, tam-bém filho de Davi, passou a odiar a"Amnom, por ter forçado a Tamar,sua irmã" (2 Sm l 3.22). Certamente,Davi percebia esse ódio no rosto deAbsalão e, se tivesse agido com jus-tiça, corrigindo o incestuoso filho, épossível que as coisas não tivessemterminado daquela forma. Dois anosse passaram (2 Sm 13.23), e Davinenhuma providência tomou acercado caso. A sua omissão contribuiupara que o sentimento de vingançade Absalão crescesse e resultasse namorte de Amnon (2 Sm l 3.28,29).

2. Davi não ensinou os valo-res hierárquicos. Um dos fatoresque ajuda estabelecer uma boa con-vivência familiar é o respeito pelospapéis familiares. Algumas atitudesdos filhos de Davi contradizem esseprincípio. Pr imeiramente vemosuma forte ambição pelo poder, cla-ramente demonstrada nas atitudesde Absalão e Adonias, que a todocusto queriam o lugar do pai. Estevia sua autoridade real ameaçada

pelas tentativas de Golpe de Estadoplanejadas por seus dois filhos (2 Sm15.1-18; l Rs 1.5-10).ABíbliaafirmaque Adonias "se exaltou e disse: eureinarei" (1 Rs l .5). A expressão "seexaltou" mantém o sentido na lín-gua original de "levantar-se contraa autoridade constituída". Somentealguém sem nenhum respeito pelahierarquia, que nesse caso é a dopróprio pai, agiria dessa forma. Édifícil imaginar isso acontecendo emuma família onde valores familiares,como o respeito à autoridade pater-na, são praticados.

III. DAVI FRACASSACOMO PAI

1. Um pai ausente. Um bompai acompanha seus filhos de perto,orientando-os inclusive em relação àssuas companhias. Os fatos ocorridoscom Amnom revelam que, por trásdo plano arquitetado para violentarsua meia-irmã, havia um "amigo"chamado Jonadabe, o qual o acon-selhou a cometer tamanho crime (2Sm l 3.2-5). Jonadabe, que demonstraser um mau caráter, atua como umaespécie de "pedagogo" para Amnom.Mas onde estava Davi? Nunca é de-mais dizer que os pais devem seros melhores amigos dos filhos sem,contudo, serem seus cúmplices.

2. Um pai sem afetividade.O relacionamento entre Davi e seusfilhos obedeciaa um formalismo frio.A forma como ele tratou Absalão,após este ter assassinado Amnom, éuma prova disso. Depois de cometero crime, Absalão fugiu para Gesur(2 Sm l 3.38) e, três anos depois dofato ter acontecido, Davi ainda nãolhe perdoara. Graças à intercessãode Joabe, Absalão volta ao palácioreal, mas sem ter o direito de ver aface do pai (2 Sm l 4.28). Após muita

LIÇÕES BÍBLICAS

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insistência, Absalão foi admitido nacasa real. Davi, como gesto de perdãoe admissão do filho, até o beijou, mastal ato foi insuficiente para repararos danos causados pela falta de afe-tívidade do passado (2 Sm 14.33).Completando o círculo de desgraças,Absalão armou um Golpe de Estado eacabou morto (2 Sm 1 8.9-1 5).

CONCLUSÃO

Há por certo outras virtudes deDavi que ainda não contemplamos,todavia, essa análise às avessasvisa nos alertar para os perigos quecercam nossas famílias. Seja comofor, quer de forma positiva, quer deforma negativa, Davi nos ensina.

RESPONDA

l. Cite três atitudes que demonstram que Amnom não se pautavapelos valores bíblicos.

2. O que significa, segundo a língua original, a expressão "se exal-tou"?

3. À luz da história de Amnom, como os pais devem agir em relaçãoàs companhias de nossos filhos?

4. Os pais devem ser amigos dos filhos ou cúmplices?

^ SOW J5. Comparando a forma de Davi educar com a sua, em que vocêsmais se parecem e em que mais divergem?

VOCABULÁRIO

Eximir: Desobrigar-se, 'esquivar-se.

Coercitivo: Repressor. àCircundante: À volta de

algo.

Derrocada: Ruína.

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13 de dezembro de 2009(Dia da Bíblia)

DAVI E A RESTAURAÇÃODO CULTO A JEOVÃ

TEXTO ÁUREO

"Dai ao SENHOR a glória de seu nome;trazei presentes e vinde perante ele; adorai

ao SENHOR na beleza da suasantidade"(l Cr 16.29).

VERDADE PRATICA

ência do verdadeiro culto aé a adoração, portanto, Ele

•rã adoradores que o adorem

LEITURA DIÁRIA

Segunda - l Sm 16.1 7,18Davi, um adorador

Terça- 1 Cr 16.1Um lugar de adoração

Quarta - 1 Cr 16.4Levitas separados para o louvor

Quinta -SI 29.2Adorando a Deus com intensidade

Sexta-SI 33.2Adorando com instrumentos musicais

Sábado - Ap 22.9Adorar somente a Deus

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

l Crónicas 16.7-14

7 - Então, naquele mesmo dia,entregou Davi em primeiro lugar oSalmo seguinte, para louvarem aoSENHOR, pelo ministério de Asafe ede seus irmãos:

8 - Louvai ao SENHOR, invocai oseu nome, fazei conhecidos entre ospovos os seus feitos.

9 - Cantai-lhe, salmodiai-lhe; aten-tamente falai de todas as suasmaravilhas.

10 - Gloriai-vos no seu santo nome;alegre-se o coração dos que buscamo SENHOR.

11 -Buscai o SENHOR e a sua força,buscai a sua face continuamente.

12 - Lembrai-vos das suas maravi-lhas que tem feito, dos seus prodí-gios, e dos juízos da sua boca.

13 - Vós, semente de Israel, seusservos, vós, filhos de Jacó, seuseleitos.

14 -Ele é o SENHOR, nosso Deus; emtoda a terra estão os seus juízos.

rnMFMTARIO

INTRODUÇÃO

É quase impossível lermos oPentateuco sem que não nos impres-sionemos pela estrutura que ganhao culto no judaísmo. Somente umarevelação divina, como a que foidada a Moisés, justificaria a exis-tência de tantos símbolos presentesna adoração hebraica. O culto mo-saico era extremamente ritualista,no entanto, era constituído de umaadoração enriquecedora. No início damonarquia, muitos desses símbolosforam esquecidos ou desprezados.É com Davi que observamos os pri-meiros passos rumo ao retorno daverdadeira adoração ajeová.

^ I. O CULTOE O SEU PROPÓSITO ">

C

l. Adoração. A essência do:ulto está na adoração ao Senhor,

e nunca é demais enfat izarmosessa verdade, pois adoração vaziasignifica culto frio e sem propósito.Adorar vem de uma palavra quesignifica "inclinar-se, prostrar-se emdeferência diante de um superior".No contexto bíblico, portanto, essapalavra signif ica um prostrar-sediante de Deus em reconhecimentoà sua divindade.

Quando Davi se prontificou atrazer a Arca da Aliança (que se en-contrava na casa de Obede-Edom)para Jerusalém, veio adorando aDeus durante todo o caminho per-corrido. O gesto de Davi, ao dançar,demonstra a atitude de um verda-deiro adorador. É o que vemos coma expressão "Davi [...] ia bailando esaltando diante do Senhor" (2 Sm6. l 6). A palavra hebraica karar tra-duzida na versão atualizada como

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ração, na verdade, é umestilo de vida e não apenasum momento musical. Os

que desejam adorar a Deusprecisam viver uma vida digna

o Deus a quem adoram.

"dançar" significa também "girar",e demonstra a atitude jubilosa dosegundo rei de Israel. Não devemosesquecer que essa dança (ou giro)era movida pelo Espírito; não foialgo ensaiado nem tampouco frutode uma explosão carnal.

2. Comunhão. Outro elementoindispensável ao verdadeiro culto aDeus e encontrado no culto davídicoé a comunhão. Sem comunhão com oDeus a quem servimos e com o nossopróximo, não é possível uma adora-ção verdadeira. Ainda quando Daviconduzia a Árcade Deus a Jerusalém,observamos ele tomando uma atitudeque demonstra uma característica im-portante de um verdadeiro adorador.Ao final do percurso, a Escritura afir-ma que Davi "repartiu a todo o povo ea toda a multidão de Israel, desde oshomens até às mulheres, a cada um,um bolo de pão, um bom pedaço decarne, e um frasco de vinho; então,foi-se todo o povo, cada um para suacasa" (2 Sm 6.19).

Ao dar esses presentes, Davidemonstra ao povo a fraternidadeque deve existir entre os adoradoresdo verdadeiro Deus. Na Nova Aliançaessa comunhão é ainda mais fomen-tada, basta olharmos para os crentesno início da Igreja Primitiva (At 2.42).A comunhão é, pois, uma via de mãodupla, só a teremos com o Senhor

se zelarmos pela comunhão com osnossos irmãos (1 Jo 2.9-1 1). Se que-brarmos nosso relacionamento como próximo, não teremos comunhãocom o Senhor (Mt 6.14,1 5).

II. O CULTOE SEUS UTENSÍLIOS

l . O altar do holocausto e doincenso. O altar mais conhecido noVelho Testamento é o do holocausto,isto é, destinado à realização dossacrifícios. Esse altar era o local ondese derramava o sangue de um animalinocente para fazer expiação pelopecado, lembrando com isso o san-gue do Cordeiro de Deus que seriasacrificado por toda a humanidadeOo l .29; Ap l .5). Na Nova Aliança,em vez de sacrificarmos animais,fomos transformados em sacrifíciovivo pelo Cordeiro de Deus, que foisacrificado por nós (Rm 12.1). Poroutro lado, o "altar do incenso" temsua simbologia ligada à oração e in-tercessão (SI 141 .2). Na Nova aliançaa Escritura declara que esse incensoé a oração dos santos (Ap 5.8).

2. A arca. Na arca da Aliançaeram guardadas as tábuas da lei eoutros objetos sagrados, e a sua sim-bologia está associada à presença deDeus (Êx 25.22). Infelizmente, nosdias de Samuel os israelitas haviamtransformado a arca em uma espé-cie de amuleto, e tentavam usá-la

um fetiche (1 Sm 4. 3). De nadaacfianta barulho~sem~poíter, de nadavale um utensílio sagrado se nãohá obediência por parte de quem oconduz (l Sm 4.5,10). Davi queriaque a arca adquirisse nos seus diasa sua verdadeira simbologia.

III. O CULTO E SUA LITURGIA

1. A liturgia na Velha Alian-ça. O culto judaico possuía uma

54 LIÇÕES BÍBLICAS

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liturgia complexa e inflexível. Nosdias de Davi, muitos elementosdessa forma de adorar ainda conti-nuavam. Isso é comprovado em todoo Velho Testamento, especialmentenas dezenas de regras que serviampara regulamentar o culto e quesão mostradas com abundância noPentateuco. O vocábulo liturgia éoriundo de duas palavras gregas,que são respectivamente leiton eergon. A junção destes vocábulossignifica literalmente serviço público.A Septuaginta usa esse vocábulopara traduzir os termos hebraicossharat e 'avodah. Os estudiososobservam que no contexto do VelhoTestamento a liturgia passa a seraplicada a sacerdotes e levitas, quese ocupavam dos ritos sagrados noTabernáculo ou no Templo. Tanto ossacerdotes quanto os levitas traba-lhavam duro para darem conta doritual litúrgico do culto judaico.

2. A liturgia na Nova Aliança.Os escritores do Novo Testamentotomam emprestado esse significa-do e o aplicam à estrutura do cultocristão. Assim, no contexto neo-testamentário, o termo é utilizadopara "cristãos servindo a Cristo, sejapela oração, ou instruindo outros nocaminho da salvação, ou de algumaoutra forma". De fato, é o que pode-mos observar quando lemos o livrode Atos dos Apóstolos: "E, servindoeles ao Senhor" (At 13.2). Nessecontexto a palavra "servindo" é atradução do grego leitourgeo, queno português é "liturgia".

A liturgia da Igreja Primitiva, aocontrário do culto veterotestamentá-rio, é extremamente simples. Incluíaa leitura da Bíblia e sua explanação(At 13.14-16; l Tm 4.13); a oração(At l 6.1 3; l Tm 2.8); a recitação deSalmos, cânticos de hinos e expres-

sões carismáticas do Espírito Santo(l Co 14.26; Ef 5.19; Cl 3.16). Issonão quer dizer que os cristãos pri-mitivos não se preocupassem comos rituais do culto e que fossemdesprovidos de sentido. Devemoslembrar que há um contraste enormeentre o culto da Velha Aliança e o daNova Aliança, o quejustifica tambémessa diferença litúrgica.

Por exemplo, no Antigo Tes-tamento a adoração era com basena letra; no Novo Testamento é noEspírito; No Antigo Pacto o sacerdó-cio é local e cabia à tribo de Levi;no Novo o sacerdócio é universal;no Antigo a unção do Espírito vinhaespecialmente sobre ofícios, isto é,reis, profetas e sacerdotes; no Novoo derramamento do Espírito é sobretoda carne; no Antigo a adoração éreservada ao Templo; no Novo há o"templo da adoração", isto é, cadacrente é um santuário do EspíritoSanto; no Antigo o Espírito estavacom os crentes; no Novo o Espíritoestá ttos crentes. Esses fatos justifi-cam a diferença na forma litúrgica,no entanto, conservam de igualmodo a sua essência.

CONCLUSÃO

Aprendemos, pois como Daviorganizou o culto a Jeová e nosdeixou um legado de zelo e pieda-de. Devemos cultuar a Deus, masnão de qualquer forma. A Escrituraadverte que, tratando-se do cultoao Senhor, ele deve ser realizado eoferecido ao Eterno com decênciae ordem (l Co 14.40). Embora nãoestejamos mais debaixo dos pre-ceitos da Velha Aliança concernen-tes ao culto, os princípios que osfundamentam - reverência, pureza,sinceridade -, devem nortear aindahoje o nosso culto.

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RESPONDA

1. Qual é a essência do culto?

(L(^

2. Um culto sem essa essência significa o quê?

3, Nos dias de Samuel, como a arca estava sendo usada?

4. Explique em que consistia a liturgia no Antigo Testamento.

5. Quais são as duas qualidades exigidas para a realização do culto?

a

VOCABULÁRIO

Deferência: Respeito,reverência.

Fetiche: Objeto animadoou inanimado, feito pelohomem ou produzido pelanatureza, ao qual se atribuipoder sobrenatural e sepresta culto.

Septuaginta: Trata-seda tradução do AntigoTestamento para o grego.É também conhecida portradução dos LXX, por tersido traduzida por cercade setenta rabinos deAlexandria.

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Lição l 220 de dezembro de 2009

DAVI E o SEU SUCESSORTEXTO ÁUREO

'Eis que o filho que te nascer será homem derepouso; porque repouso lhe hei de dar detodos os seus inimigos em redor; portanto,Salomão será o seu nome, e paz e descanso

darei a Israel nos seus dias"(\ 22.9).

VERDADE PRATICA

Formar sucessores é, sem dúvida,uma das maiores virtudes dos gran-des líderes.

LEITURA DIÁRIA

Segunda- 1 Cr 22.9O sucessor escolhido pelo Senhor

Terça- 1 Rs 1.5,9,10Planos enganosos para tomar o reino

Quarta - l Rs 2.1-4Conselhos ao sucessor

Quinta - l Rs 3.12Um sucessor sábio

Sexta- l Rs 1.52,53Lidando com a oposição

Sábado- 1 Rs 10.23A prosperidade do reino

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSEl Crónicas 28.4-8

4 - E o SENHOR, Deus de Israel,escolheu-me de toda a casa de meupai, para que eternamente fosse reisobre Israel; porque a Judá escolheupor príncipe, e a casa de meu pai,na casa de Judá; e entre os filhos demeu pai se agradou de mim para mefazer rei sobre todo o Israel.

5 -E, de todos os meus filhos (porquemuitos filhos me deu o SENHOR),escolheu ele o meu filho Salomãopara se assentar no trono do reinodo SENHOR sobre Israel.

•' 6 - f me disse: Teu filho Salomão,: ele edificará a minha casa e os meus

átrios, porque o escolhi para filho ej eu lhe serei por pai.

7 - E estabelecerei o seu reino parasempre, se perseverar em cumpriros meus mandamentos e os meusjuízos, como até ao dia de hoje.

8 - Agora, pois, perante os olhosde todo o Israel, a congregação doSENHOR, e perante os ouvidos donosso Deus, guardai e buscai todosos mandamentos do SENHOR, vossoDeus, para que possuais esta boaterra e a façais herdar a vossos filhosdepois de vós, para sempre.

EFLEXÃO

também estes sejamprimeiro provados,

depois sirvam, se foremirrepreensíveis.

/ Tm 3. i O

INTRODUÇÃO

Sabemos peia Escritura que ogoverno monárquico de Davi teve umalonga duração, cerca de 40 anos. Mas,como nenhum governo humano tem acapacidade de se perpetuar, chegou otempo do segundo monarca de Israelpassar o cetro para o seu sucessor. Ahistória mostra-nos os últimos atosdaquele que, sem dúvida, foi um dosmaiores governos da história bíblica.Davi é um dos poucos personagensda Bíblia que tem a rara capacidadede nos causar admiração e decepçãoao mesmo tempo. Admiração pelasua piedade e coração quebrantado; edecepção por haver falhado quando to-dos vibrávamos por seus acertos. Sejacomo for, o velho monarca conseguiaainda ouvir a Deus e, por isso, foi capazde preparar um sucessor.

I. UM SUCESSOR INDICADOPOR DAVI, MAS ESCOLHIDO

POR DEUS

1. As insubmissas escolhashumanas. A transmissão do reino aSalomão não aconteceu de forma tãoamistosa e pacífica. Durante seu reina-do, Davi teve que administrar algunsconflitos internos que provaram serextremamente danosos. O mais im-pressionante é que os levantes contraa autoridade real, isto é, as tentativasde golpe de estado, não vieram, porexemplo, dos militares, mas de seuspróprios filhos: Absalão (2 Sm 15.4)e Adonias (1 Rs 1.5). Nenhum deleshavia sido escolhido por Deus para su-ceder Davi. De fato, o que observamossão homens ávidos pelo poder e quedesejavam sentar-se no trono a qual-quer custo. Eram escolhas e projetosmeramente humanos para uma nação

b8 LIÇÕES BÍBLICAS

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quetinha.de Deus, um desígnio divinoa cumprir (S! 135.4).

2. A escolha divina. QuandoDavi ainda fazia seu projeto para aconstrução do Templo, Deus revelouao profeta Nata que um de seus filhos,e não ele, seria o escolhido de Deuspara construir o Santuário (l Cr l 7.11-1 5). A profecia do texto de l Crónicas17.11-15, refere-se primeiramente aSalomão, o herdeiro carnal de Davi, quelevantaria posteriormente o Templo.Contudo, ela também aponta para o fu-turo e prediz o reino eterno do Messias,Jesus Cristo, o filho de Davi. Salomão,portanto, não chegou ao trono por umasimples indicação de Davi, mas poruma escolha divina (l Cr 22.9), pois,mesmo antes de apresentá-lo ao povo,Davi já sabia dessa revelação divina.

II. UM SUCESSOR DE POUCAEXPERIÊNCIA, MAS QUE HER-DOU UM GRANDE LEGADO

1. O legado político institu-cional. Sem dúvida um dos grandeslegados que Davi deixou para seufilho Salomão foi o fortalecimento dasinstituições. Uma nação forte possuiinstituições sólidas. Não devemosesquecer que Israel, até os dias deSamuel, era apenas um aglomeradode tribos. Com Saul, a monarquiafoi instaurada, todavia, por causa deseu governo desobediente a Deus,não foi possível consolidá-la. No finaldo reinado de Davi encontramos asinstituições de Israel bastante consoli-dadas. Observamos nos dias de Davium exército bem montado, capaz devencer grandes batalhas e uma guardareal bem aparelhada (l Cr 18.14-17;27.32-34). Outro fator que deve serlevado em conta é o sistemajudiciáriodaqueles dias. O rei agia como o juizdo povo (l Cr 18.14). Entretanto, elenomeara oficiais e juizes para cuidar

da política externa e dos negócios dacoroa real (l Cr 26.29-32). Davi foihábil na organização até mesmo dasminúcias do reino (l Cr 27.25-31).

2. O legado religioso. O maiorlegado deixado por Davi ao seu filhoSalomão foi o espiritual. Davi foi umhomem que durante sua vida, de-monstrou por diversas vezes que eradependente da orientação divina (l Sm23.2; 30.8; 2 Sm 2.1), e sabia, portanto,que o reinado do filho só teria êxito seSalomão agisse da mesma forma.

A chave para um reinado bem-su-cedido estava no conhecimento e cum-primento das leis imutáveis de Deus,por isso, Davi apela ao filho para quenão se esqueça, durante o seu governo,de ser um homem apegado à Palavrade Deus. Ele já havia discursado antes elembrado toda a congregação de Israelde guardar todos os mandamentos doSenhor (l Cr 28.8). O aviso fora dadoe cabia ao seu filho, juntamente comseus súditos, observar esse importantelegado (l Cr 28.9).

III. UM SUCESSOR JOVEM,MAS DE GRANDE PIEDADE

1. Na vida privada. Como jáconstatamos, ao colocar Salomão notrono de Israel, Davi estava seguindoa orientação de Deus. Todavia, comojá vimos em outras lições, a decisãodivina não anula nossas responsa-bilidades diante do Senhor. Esta éuma verdade bíblica incontestável(Dt 30.1 9). No início do seu reinado,Salomão respondeu bem à vocaçãodivina e proferiu uma das mais belasorações da Bíblia; uma oração queagradou a Deus (v.l 0). Após ser visi-tado pelo Senhor durante um sonho,Salomão ora a Deus e, por meio desuas palavras e intenções, ele revelatraços de seu caráter piedoso (l Rs3.3-1 5). Mas o que havia na oração dc>

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sucessor de Davi que tanto agradouao Senhor?

a) Ele reconheceu os atributosdivinos. Salomão reconheceu a benevo-lência de Deus (v.6), e deu graças ao Se-nhor, pois era consciente de que estavano trono pela bondade do Altíssimo enão por causa de seus méritos.

b) Ele demonstrou humildade. Emsua oração, Salomão reconheceu quenão passava de uma criança e que nãosabia como se conduzir (v.7).

c) Ele demonstrou um grande sen-so de justiça e não foi egoísta. Salomãoorou ao Senhor pedindo um coraçãosábio, a fim de que soubesse discernir

' o bem do mal (v.9). Neste particular, Salomão se distancia das pessoas, comuns, pois não desejou aquilo que

« parece ser o alvo de todos os homens:; longevidade, posses, vingança (v.l 1).* Na oração de Salomão percebemos queí ser próspero e abençoado é algo que, transcende a tudo isso.* 2. Na vida pública. Algo que

marcou o reinado de Salomão foi

Isua forma de administrar. Tal capa-cidade chamou a atenção da rainhade Sabá, que constatou esse fatoao visitar a Israel (1 Rs 10.1-1 3). Achamada rainha do Sul admirou-seda sabedoria de Salomão, da casaque edificara, de seus criados e dossacrifícios oferecidos ao Eterno. Omais importante de tudo é que oêxito do reinado não foi atribuídounicamente a Salomão, mas ao seuDeus, que foi glorificado na boca dealguém que não o servia (v.9).

CONCLUSÃO

Davi cumpriu a sua missão, masantes de morrer foi sábio e preparouum sucessor. Embora estejamos sepa-rados de Davi por um longo espaço detempo, os princípios por ele vividosainda continuam válidos para hoje.A liderança de Davi foi bem-sucedidaporque ele não viveu para si, mas paraDeus e para o próximo. Será que somoslíderes com este perfil? Será que temosbuscado esse tipo de vida?

l . Qual era o real desejo do> dois filhos de Davi que usurparam o trono?

2. Além de Salomão, a quem se refere a profecia de l Crónicas l 7.1 1-1 5?

3. Qual é a chave para um reinado bem-sucedido?

4. Cite os elementos da oração de Salomão que agradaram a Deus.

5. Relacione o que aconteceu a Salomão, por ocasião da visita da rainhade Sabá, com o texto de Mateus 5.1 6, e avalie se estamos agindo comoo sucessor de Davi.

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Lição l 327 de dezembro de 2009

DAVIo

- UM HOMEM SEGUNDOCORAÇÃO DE DEUS

TEXTO ÁUREO

"E, quando este foi retirado, lhes levantoucomo rei a Davi, ao qual também deu testemu-

e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão\ o meu coração, que executará toda

a minha vontade" (At 13.22).

VERDADE PRATICA

Fazer a vontade de Deus é o segredode todo projeto bem-sucedido.

LEITURA DIÁRIA

Segunda- Rt 4.22; l Sm 17.12; Mt1.6; Lc 3.31,32A genealogia de Davi

Terça- l Sm 17.13-15O filho caçula

Quarta- l Sm 16.12,13Davi, o ungido de Deus

Quinta - 1 Sm 17.45Davi, um homem que confiava em Deus

Sexta - 2 Sm 8.1-5Davi, um homem de conquistas

Sábado- l Rs 2.10,11O fim de um reinado próspero

BICÕES BÍBLICAS 61

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LEITURA BÍBLICAEM CLASSE

1 Samuel 13.13,14; 16.11,12;Salmos 89.20

l Samuel 131 3 - Então, disse Samuel a Saul:Agiste nesciamente e não guardaste0 mandamento que o SENHOR, teuDeus, te ordenou; porque, agora, oSENHOR teria confirmado o teu reinosobre Israel para sempre.

14 - Porém, agora, não subsistirá oteu reino; já tem buscado o SENHORpara si um homem segundo o seucoração e já lhe tem ordenado oSENHOR que seja chefe sobre o seupovo, porquanto não guardaste oque o SENHOR te ordenou.

1 Samuel 1611 - Disse mais Samuel a Jessé: Aca-baram-se os jovens? E disse: Aindafalta o menor, e eis que apascenta asovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé:Envia e manda-o chamar, porquantonão nos assentaremos em roda damesa até que ele venha aqui.

12 - Então, mandou em busca delee o trouxe (e era ruivo, e formosode semblante, e de boa presença). Edisse o SENHOR: Levanta-te e unge-o,porque este mesmo é.

Salmos 8920 - Achei a Davi, meu servo; com

o meu santo óleo o ungi.

INTRODUÇÃO

O que tornou Davi um homemsegundo o coração de Deus? O que odistinguiu dos demais monarcas a pon-to de sua vida servir de referenciai paraavaliar todos quantos vieram depoisdele? Constantemente, encontramosexpressões que classificam os reiscomo os que governaram bem porqueandaram no "caminho de Davi" (2 Rs22.2); e os que governaram mal, poisnão fizeram o que era reto aos olhosdo Senhor, "como Davi" (2 Cr 28.1).Acreditamos que há indicações nasEscrituras que nos permitem identificaralguns traços do caráter de Davi, quelevaram-no a ser considerado pelopróprio Deus um homem segundo ocoração dEle.

I. UM HOMEM PRONTOPARA SERVIR (At l 3.36)

1. Davi serviu voluntariamen-te a sua geração. O texto de Atos13.36 na versão atualizada traz aseguinte redação: "Porque, na verda-de, tendo Davi servido à sua própriageração, conforme o desígnio de Deus,adormeceu, foi parajunto de seus paise viu corrupção".

Paulo faz uma importante afir-mação sobre Davi quando diz que eleviveu para servir. Nessa declaração ob-servamos o segundo monarca de Israelsendo um ajudador do povo, e não ocontrário. O povo era o ator principale Davi, o coadjuvante. Talvez isso nossurpreenda pelo fato de estarmos tãoacostumados a contemplar, muitas ve-zes, os líderes sendo servidos e nuncaservindo. Entretanto, a mensagem queresume bem o coração da Bíblia podeser sintetizada na palavra "servir". Ser-vir foi a missão do filho de Deus (Mt

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20.28) e também a de seu ancestralhumano, Davi.

2. Davi serviu a Deus compropósito. Há outro fato sobre Daviregistrado no texto de Atos 13.22que merece a nossa reflexão: "AcheiDavi, filho dejessé, homem segundoo meu coração, que fará toda a minhavontade". Essa Escritura é digna de umaatenção especial porque é o próprioDeus que dá testemunho de Davi. ÉEle quem declara que encontrou Davi eque este fará toda a sua vontade. Esterei serviu a sua geração, no entanto,o seu servir foi segundo a vontade deDeus. Davi viveu para o Eterno e, con-sequentemente, viveu também paraos outros. A vontade de Deus apareceaqui como "o que se tem determinadoe que será feito". Este homem, comseu coração de servo, realizou aquiloque o Senhor esperava. Ele serviu àsua geração e, assim, pagou a dívidamoral e política que tinha com esta.Todos nós, de alguma forma, somosdevedores à geração que pertencemos.Por isso, é importante discernirmos oque o Senhor está pedindo de nós.

II. UM HOMEMPRONTO PARA CRER

1. O menor na casa de Jessése tornou o maior em Israel. Se-gundo os melhores intérpretes, Davideveria ter entre l 5 a 20 anos na épocaem que foi ungido por Samuel como ofuturo sucessor de Saul. Nessa ocasião,ele por certo não sabia da grandeza deque agora desfrutava como rei. Semdúvida isso mostra a grande fé queDavi demonstrou no Senhor e nas suaspromessas. Do ponto de vista humano,o futuro era distante e incerto, já queDeus não lhe antecipara os detalhes dasua unção (l Sm 16.11; 17.14,28).

2. O pequeno pastor que rea-lizou proezas com o poder da fé.

A fé de Davi o transformou em umgrande homem. De fato, é a fé que estápor trás de cada uma das suas ações.Uma das primeiras demonstraçõespúblicas dessa confiança é quando eleenfrenta o gigante filisteu. A cena maisimpressionante do combate é quandoa Bíblia afirma que, "levantando-se ofilisteu e indo encontrar-se com Davi,apressou-se Davi e correu ao comba-te, a encontrar-se com o filisteu" (lSm l 7.48). Apesar de já termos vistoem detalhes esse duelo, vale a penarelembrar que aos olhos naturais issoparecia uma corrida rumo ao suicídio,porém, na perspectiva de fé do jovempastor, era a corrida da vitória.

III. UM HOMEM PRONTOA SE HUMILHAR

1. Quando buscou reconci-liação com o Senhor. Davi era umhomem de diálogo e pronto tanto paraperdoar como para se humilhar. Semdúvida essa era uma de suas maioresvirtudes (SI 34.18). Davi era um homemde temperamento forte, mas tambémde coração quebrantado. Podemos de-monstrar isso com apenas dois fatos.O caso ocorrido com Bate-Seba, esposade Urias (2 Sm 1 l -l 2), e o incidente docenso (l Cr 21).

No primeiro e mais dramáticocaso, observamos Davi reconhecendoo seu erro e obtendo como resposta doprofeta a garantia do perdão de Deus.No Salmo 51, toda a sua interioridadeé derramada diante de Deus. Somenteum homem realmente arrependidoe com um coração quebrantado fazuma oração tão pura e sincera como adescrita naquele texto.

O caso do censo é relatado naBíblia como algo que "pareceu malaos olhos de Deus" (l Cr 21.7). Sendocabeça do povo, o ato de Davi trouxeconsequências terríveis para a nação,

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provocando a morte de milhares depessoas por meio de uma praga en-

I viada por Deus. Tão logo se deu contado mal causado, Davi quebranta-semais uma vez diante do Senhor: "Edisse Davi a Deus: Não sou eu o quedisse que se contasse o povo? E eumesmo sou o que pequei e fiz muitomal; mas estas ovelhas que fizeram?Ah! SENHOR, meu Deus, seja a tua mãocontra mim e contra a casa de meupai e não para castigo de teu povo"(l Cr 21.17).

2. Quando buscou reconci-liação com o próximo. Pelo rnenosem duas situações específicas, Davidemonstra ser um homem disposto aconstruir relacionamentos. Primeira-mente perdoando a Saul quando esteo perseguia para matá-lo, e depoisquando foi procurado no deserto porAbigail, esposa de Nabal, o carmelita(l Sm 25). Quanto a Saul, como jávimos, seu.ódio e fúria em relação aDavi não tinha apenas uma origemhumana, mas também diabólica (l

Sm 18.10-12). No caso de Nabal,sua falta de cordialidade, diplomaciae bom senso, indignaram a Davi,que estava disposto a cometer umachacina (l Sm 25 .13 -17 ) . Mesmoestando preparado para cumprir seuintento, Davi recebe Abigail, mulherde Nabal, que, por meio do diálogo,o convence de não executá-lo (l Sm25.18-35) .

CONCLUSÃO

Davi foi o homem segundo ocoração de Deus, no entanto, comoaprendemos, isso não significa quefosse isento de falhas ou imune aopecado. Ele teve seus acertos, mastambém seus erros. Os aspectos docaráter de Davi revelados nas Escri-turas tornaram-no muito mais queum rei. Eles o transformaram em umlíder-servo, um homem segundo ocoração de Deus, que até hoje ilustraas histórias bíblicas para as crianças,inspira vocações e serve de referencialpara nós, adultos.

RESPONDA

l. Qual a mensagem que resume o "coração da Bíblia"?

2. Quem e o nosso maior exemplo de servo?

3, O que esta por trás de cada ação cie Davi?

4. Ao perceber que Deus feria o povo por causa do censo, qual foi aatitude cie Davi?

5. Se alguém lhe perseguisse, assim como Saul fez com Davi, você estaria disposto a perdoar-lhe?

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DEUS TEM UM

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De Sansão até a Pedro, a B'íblia está repletade pessoas que procuraram servir a Deus,mas frequentemente falharam. Mesmo

^ assim, Deus trabalhou através delas paraseus propósitos e glória, tornando seuspontos fracos sua maiorJ. I. Packer descortina a história de oitopersonagens da Bíblia, mostrando comonossas próprias experiências pessoaispodem se identificar com seus sucessos

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