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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D A M O I T A 1 Aos vinte e quatro dias no mês de Novembro do ano 2006, pelas vinte e uma horas e trinta minutos, no Salão Nobre do Edifício Sede do Município, realizou-se uma Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal, a fim de ser deliberada a seguinte Ordem do Dia: 1 – Desafectação do Domínio Público Municipal de uma parcela de terreno, sita na Rua D. Jerónimo Noronha – Alhos Vedros. - Cedência de Parcela de Terreno à SFRUA – Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhos Vedrense “A Velhinha”; 2 – Cedência em Direito de Superfície de um lote de terreno à Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras; 3 – Regulamento Interno dos Serviços Municipais; 4 – Quadro de Pessoal do Município; 5 – Imposto Municipal sobre Imóveis; 6 – Projecto de Acordo quanto à “Urbanização do Vale da Amoreira”; 7 – Projecto Municipal de Planeamento e Controlo de Actividades (PMPCA); 8 – Aprovação do Programa de Concurso e Caderno de Encargos para a Concessão do Bar da Piscina Municipal de Alhos Vedros. Verificação de ausências: Vicente José Rosado Merendas e Andrea da Conceição Martins Plácido. ACTA N.º 5.06 24.11.06 IX Mandato

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Aos vinte e quatro dias no mês de Novembro do ano 2006, pelas vinte e uma horas e trinta minutos, no Salão Nobre do Edifício Sede do Município, realizou-se uma Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal, a fim de ser deliberada a seguinte Ordem do Dia: 1 – Desafectação do Domínio Público Municipal de uma parcela de terreno, sita na Rua D. Jerónimo Noronha – Alhos Vedros. - Cedência de Parcela de Terreno à SFRUA – Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhos Vedrense “A Velhinha”; 2 – Cedência em Direito de Superfície de um lote de terreno à Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras; 3 – Regulamento Interno dos Serviços Municipais; 4 – Quadro de Pessoal do Município; 5 – Imposto Municipal sobre Imóveis; 6 – Projecto de Acordo quanto à “Urbanização do Vale da Amoreira”; 7 – Projecto Municipal de Planeamento e Controlo de Actividades (PMPCA); 8 – Aprovação do Programa de Concurso e Caderno de Encargos para a Concessão do Bar da Piscina Municipal de Alhos Vedros. Verificação de ausências: Vicente José Rosado Merendas e Andrea da Conceição Martins Plácido.

ACTA N.º 5.06

24.11.06 IX Mandato

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Substituições verificadas e presentes ao plenário da Assembleia Municipal: Luís Miguel Miranda Latas fez-se substituir nesta sessão por Edgar Manuel de Almeida Cantante. Margarida Leonor Nunes Batista fez-se substituir temporariamente, na actual sessão, por Virgílio Manuel Figueiredo Gonçalves. Luís Miguel Marreiros Lopes Pereira fez-se substituir temporariamente, na actual sessão, por Hélder Luís Branco Fernandes. Maria Teresa Lésico de Jesus fez-se substituir temporariamente, na actual sessão, por Rui Monteiro de Afonseca Cunha. Heloísa Augusta Baião de Brito Apolónia fez-se substituir temporariamente, na actual sessão, por Leonel Borges Pais Esteves. António Fernando Miranda Monteiro fez-se substituir temporariamente, na actual sessão, por António Manuel Fernandes da Costa. Sérgio Francisco Lopes Santos fez-se substituir temporariamente, na actual sessão, por Fabrício António de Sousa Pereira. Presidente da Junta de Freguesia da Moita fez-se substituir pelo substituto legal, João Manuel Vasques Miguel. Presidente da Junta de Freguesia do Vale da Amoreira fez-se substituir pela substituta legal, Magda Isabel Marques Moreira. Foi verificada a identidade dos elementos substitutos. Estiveram presentes os seguintes Membros do Executivo Camarário: Sr. Presidente João Lobo, Srs. Vereadores Miguel Canudo, Carlos Santos, Joaquim Raminhos, Victor Cabral e Luís Nascimento. Presidente da Mesa - Informa que o Sr. Luís Miguel Miranda Latas pediu a suspensão de mandato por oito meses, por se encontrar a frequentar o mestrado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Nas futuras Assembleias será substituído pelo Sr. António Manuel Fernando da Costa membro seguinte na lista do PS. Informa ainda que foi distribuído a cada Partido Politico o relatório da actividade da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Moita no ano 2005. Como a Comissão não tivesse ainda enviado o relatório, e também por solicitação do deputado Chora, oficiamos a Comissão que prontamente nos enviou. Deu conhecimento que esteve presente numa reunião alargada da CPCJ, reunião essa a pedido do Sr. Presidente da Câmara. Por lapso não foi incluída na acta n.º 1.06 de 24 de Fevereiro de 2006, conforme despacho do Presidente de 16.01.06, a informação dada pelo Presidente da Assembleia Municipal ao plenário, dos cidadãos indicados pelas Juntas de Freguesia para o Conselho Municipal de Segurança dos Cidadãos do Concelho da Moita, conforme decisão da Assembleia Municipal de 30 de Dezembro de 2005 e, para os devidos efeitos se transcreve:

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Freguesia da Moita Bertolina Alves de Almeida Durão Rua Bernardo de Santareno, n.º 25 – 2.º Esq.º 2860-384 Moita Manuel Esteves Lopes Rua 25 de Abril, n.º 3 Bairro Novo-Pinhal da Areia 2860-498 Moita Pedro Jaime Figueiredo Pires Carvalho Rua de S. Sebastião, n.º 87 – 2.º Esq.º 2860-487 Moita Freguesia de Alhos Vedros Henrique José Vilhana Ribeiro Rua Luís de Ataíde,n.º 46 R/C Bairro Gouveia 2860 Alhos Vedros José Carlos Coelho Alho Mendes Rua da Cortiça, Lote 2 – 2.º - Direito 2860-052 Alhos Vedros Edivaldo Isaías Carvalho Évora Monteiro Rua Gil Eanes, n.º 24 – 2.º - Frente Urbanização Vila Verde 2860-080 Alhos Vedros Freguesia da Baixa da Banheira Guilhermino Lopes Garcia Rua de Cabo Verde, n.º11 – 2.º Esq.º 2835 Baixa da Banheira Mário Correia Mendes Rua Aquilino Ribeiro, n.º 23 – R/C – Esq.º 2835 Baixa da Banheira Pedro Jorge de Matos Gonçalves Rua Rep. Democ. de S. Tomé e Príncipe, - n.º 79 – 3.º Esq.º 2835 Baixa da Banheira.

Freguesia do Vale da Amoreira António Figueiredo Correia dos Santos Praceta José Escada, n.º 7 – 2.º - Direito 2835 Vale da Amoreira Rui Sérgio Martinho Sobral Praceta dos Goivos, Bloco 5 – 2.º - Direito 2835 Vale da Amoreira Hermínia da Conceição dos Santos Domingues Frade Rua Mário Sacramento, Lote 62 – 3.º - Direito 2835 Vale da Amoreira Freguesia de Sarilhos Pequenos Dário Manuel Fernandes Coelho Rua 1.º de Maio, n.º 17 – 1.º - Esquerdo 2860-650 Sarilhos Pequenos José Luís Mateus Casimiro Rua 1.º de Maio, n.º 22 – 1.º - Esquerdo 2860-650 Sarilhos Pequenos Rute Isabel de Jesus Mosca Bairro 25 de Abril, n.º 4 2860-646 Sarilhos Pequenos Freguesia do Gaio - Rosário Alberto Jorge da Costa Faria Rua dos Marítimos, Lote 11 – A 2860 Gaio - Rosário Fernando Manuel Diogo Casimiro Rua D. Nuno Álvares Pereira, n.º 22 2860 Gaio – Rosário Manuel José Rasquinho Cardeira Largo do Operário, n.º 19 2860 Gaio – Rosário

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PERIODO DA ORDEM DO DIA 1 – Desafectação do Domínio Público Municipal de uma parcela de terreno, sita na Rua D. Jerónimo Noronha – Alhos Vedros. - Cedência de Parcela de Terreno à SFRUA – Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhos Vedrense “A Velhinha”. Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a Câmara deliberou em reunião realizada em 09.10.06, aprovar por unanimidade com submissão à Assembleia Municipal: “A Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhos Vedrense (SFRUA), vulgarmente conhecida por “A Velhinha”, é a colectividade mais antiga do Municipio da Moita, já que a sua fundação data ao ano de 1869, tendo os seus fundadores e responsáveis desde então, implantado e desenvolvido actividades de cariz intelectual, cultural e desportivo, merecendo este trabalho o reconhecimento por parte das entidades oficiais. O Edifício Sede da Colectividade, situa-se na Praça da República, com a Rua D. Jerónimo Noronha – Alhos Vedros, o qual ao longo dos anos tem sido remodelado, no sentido de se garantirem condições dignas para os praticantes das diversas modalidades diariamente exercidas naquelas instalações.

Atendendo que na parede Norte do indicado imóvel que confronta com a Rua D.

Jerónimo Noronha, existe uma reentrância com a área de 6,60m2, integrada no domínio público municipal, requerendo os responsáveis da “A Velhinha”, à Câmara Municipal à cedência daquele espaço para ampliação da dita construção, pelo que proponho:

1.

- Que em conformidade com o estabelecido na alª. b), do nº. 4, do artº. 53º,

da Lei nº. 169/99, de 18 de Setembro, a Câmara Municipal delibere desafectar do domínio público municipal a parcela de terreno, devidamente identificada na planta anexa, com a área de 6,60m2, que passa a confrontar do Norte com, Rua D: Jerónimo Noronha, do Sul, Nascente e Poente com Edifício da Sede da Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhos Vedrense (SFRUA), com o valor atribuído de €2.640,00.

2.

- Mais proponho, que após a sua autonomização em termos matriciais e

registrais, da parcela de terreno em causa, e ao abrigo do disposto na alª. b), do nº. 4, do artº. 64º, da Lei acima citada e dada a exiguidade da área, a mesma seja cedida à Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhos Vedrense, em propriedade plena, destinada ao alinhamento e ampliação do Edifício da Sede da SFRUA.

3.

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- Que a presente proposta seja submetida à Assembleia Municipal.”

Sr. Presidente da Câmara – Apresentou a proposta dizendo que se trata de uma situação excepcional, normalmente na transferência para Colectividades e Associações faz-se sempre uma cedência em direito de superfície, aqui como se trata de um cantinho e quem conhece a “Velhinha” identifica bem o sitio que existe no portão lateral onde se entra para o salão, trata-se de um cantinho para juntar á propriedade que é da “Velhinha”não tinha nexo que estes 6,60m2, serem em direito de superfície para juntar á propriedade que era da SFRUA. Vinha a Direcção da SFRUA mostrado esse interesse porque em termos de construção que era fechar aquele canto nesse sentido em termos urbanísticos não víamos qualquer oposição e neste caso excepcionalmente em função da condição que existe a transferência do valor da parcela transferida também é em direito pleno portanto os 6,60m2 é a desafectação do domínio público para o domínio privado municipal e a transferência em direito pleno para a “Velhinha”. Apresentada a proposta foi a mesma posta á discussão intervieram: Manuel Madeira – Diz que o grupo de deputados municipais da CDU na Assembleia Municipal vai votar positivamente a cedência da parcela de terreno á SFRUA a “Velhinha” por ser uma mais valia para o seu património e um incentivo ao desenvolvimento da sua actividade que tanto tem enriquecido a vida das nossas gentes. A proposta em discussão cuja aprovação não oferece dúvidas inscreve-se na filosofia de apoio ao movimento associativo levada a efeito pelo executivo camarário de maioria CDU é de mais recordar que esse apoio não é somente financeiro mas também logístico, e neste caso, como em tantos outros patrimonial o que felizmente para todos constitui para o movimento associativo uma colaboração do município da Moita que está para além do valor pecuniário e normalmente nunca é contabilizada, muito menos é referida pela oposição que despoderadamente ainda há pouco tempo se queixava da suposta diminuição de ajuda ao movimento associativo. Pena é que e aí com razão não dirijam esses protestos ao governo central cuja politica cultural tem sido de cortes sucessivos com claros prejuízos para o nosso desenvolvimento e a este respeito para terminar eu recordava o profundo corte de verbas que o governo do Partido Socialista decretou relativamente ao Centro Cultural de Belém na ordem dos 7% e que vai inviabilizar a programação cultural do referido Centro, nomeadamente na possibilidade de pôr em pratica o que era tradicional festival da música. Edgar Cantante – Diz que todos nós sabemos da importância que a “Velhinha” tem no Concelho de qualquer forma queria chamar a atenção para de acordo com o documento que vem aqui referido isto foi vendido a 200€ m2, isto não é apoio ao movimento associativo isto vai contribuir certamente para a “Velhinha” desenvolver outras actividades, mas á aqui uma referência que foi a venda de um lote no Bairro Gouveia que a base de licitação foi 150€, isto é uma questão de principio o que estou a contestar, se para a venda do lote se vendeu cerca de 150€ m2 á “Velhinha” vai-se vender a 200€ m2, portanto não é assim tanto o apoio ao movimento associativo. António Chora – Dizer em nome do Bloco de Esquerda que vai votar favoravelmente esta desafectação do domínio público, mas que mantêm as críticas quanto ao apoio que a Câmara Municipal da Moita faz ás Associações e ás Colectividades do nosso Concelho e

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podíamos referir uma série de coisas que nos vamos abster de referir pela dimensão do terreno que aqui já foi referido. Não havendo mais intervenções foi a proposta colocada á votação sendo aprovada por unanimidade. 2 – Cedência em Direito de Superfície de um lote de terreno à Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a Câmara deliberou em reunião realizada em 09.10.06, aprovar por unanimidade com submissão à Assembleia Municipal: “Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras é uma I.P.S.S., fundada em Abril de 2002, com o objectivo de proteger os direitos das pessoas afectadas por doenças raras. A Raríssimas pretende desenvolver um trabalho integrado e abrangente no que respeita à pessoa com deficiência mental ou doença rara e à sua família.

A Associação dirigiu-se à Câmara Municipal dando a conhecer a sua intenção de construir a “Casa dos Marcos” que nas palavras da própria Associação: “é uma casa onde os utentes podem ter uma ocupação do tempo acompanhada com condições que não têm na sua casa, na sua escola ou no seu bairro. É também uma casa onde os pais que não têm condições para ter os seus filhos, ou os que morreram, os pudessem deixar na certeza de que são bem tratados e que podem evoluir com um ensino e com actividades que para eles foram promovidas e desenhadas, até ao fim das suas vidas.” Atendendo que a Câmara Municipal sempre considerou muito relevante o trabalho desenvolvido pelas diversas instituições na área da inclusão das pessoas com deficiência, procurando garantir-lhes, na medida do possível apoios para que possam dar continuidade aos seus projectos, actividades e obras. Tendo ainda em conta que a Raríssimas pretende construir no Concelho um equipamento único a nível nacional. Considerando, finalmente, que a Câmara Municipal está em condições de contribuir para que a instituição concretize o seu desiderato, proponho: - A cedência em direito de superfície do lote 3 do Loteamento Municipal 1/2001, com área de 6.590,00m2, sito na Mãe de Água, à Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, conforme planta e minuta de Protocolo de cedência em anexo.” Sr. Presidente da Câmara – Diz que ao longo dos sucessivos anos tem sido política desta Câmara apoiar as diferentes identidades nomeadamente através da cedência em direito de superfície nos vários âmbitos. Aqui trata-se de uma identidade que tem o projecto que é único pelo que é do nosso conhecimento, no país e na Europa. É um projecto dedicado às pessoas com deficiências mentais e doenças raras e nesse sentido nós fomos envolvidos neste projecto desta forma, manifestando interesse e a disponibilidade da Câmara Municipal da Moita para ter no seu território, esta actividade e esta instituição como esta “Casa dos Marcos”. O que propomos é a cedência da parcela de terreno de cerca de 1.600m2 e em qualquer

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cedência, de acordo com o CIMI, é necessário fazer uma avaliação á parcela de terreno, nós procurávamos sempre para que as Colectividades de Cultura e Recreio não tivessem depois um “ónus” alto com o pagamento da Contribuição Autárquica na altura, sempre valorizando por baixo, com a introdução de novas regras viemos a ser alertados para a valorização o mais próximo e mais exacta das parcelas não podendo assim fugir a um valor ainda mais baixo para que o imposto a pagar pelas Associações fosse inferior, pena é que não sejam isentas. Em função da última hasta pública conhecida na zona envolvente o preço por metro quadrado de construção é utilizado para valorização da parcela de terreno, é aquilo que no processo está junto, em que há a classificação do terreno o valor patrimonial também à data e neste caso a parcela de terreno considerada é de 329. 500 €. No caso anterior como havia uma definição de identificabilidade utilizamos o valor por metro quadrado de construção a que tinha resultado da ultima hasta pública na zona do Bairro Gouveia. Pedro Garcia – Diz que como não foi explicado no ponto anterior gostaria de saber quanto é que a “Velhinha” despendeu com aquela cedência de terreno, porque julgo que foi grátis. Presidente da Mesa – Esclarece que o ponto já foi passado mas acha que na pergunta foi dada a resposta. Não havendo mais intervenções foi a proposta posta á votação sendo aprovada por unanimidade. 3 – Regulamento Interno dos Serviços Municipais Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a Câmara deliberou em reunião realizada em 02.11.06 aprovar por maioria com duas abstenções, com submissão à Assembleia Municipal: “Decorridos sete anos sobre a entrada em vigor do actual Regulamento Interno dos Serviços Municipais, foi efectuada uma avaliação com vista a adequar este documento, tendo em conta a dinâmica introduzida no Poder Local, as consequentes alterações legislativas e o natural desenvolvimento do Município. Desta forma procedeu-se à actualização e reformulação do sistema organizacional dos Serviços Municipais e respectivo organograma, tendo em conta os seguintes princípios: - Aproximação entre a direcção politica e a direcção técnico-administrativa; - Articulação entre os diversos serviços, fomentando a gestão interdepartamental; - Enquadramento de objectivos em sintonia com as atribuições e competências determinadas por lei; - Redimensionamento de alguns serviços em resultado das necessidades, actualmente sem Expressão ou relevância orgânica; - Adequação dos recursos às novas exigências funcionais e organizacionais;

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- Melhoria da funcionalidade e da eficácia na prossecução dos objectivos estratégicos do Município. Nestes termos, ao abrigo da alínea n) do n.º 2 do art.º 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro de 2002, proponho a aprovação da proposta de reorganização da estrutura orgânica municipal – Regulamento Interno dos Serviços Municipais e respectivo organograma. Mais se propõe que a presente proposta seja submetida a deliberação da Assembleia Municipal.” Presidente da Câmara – Como o documento em causa refere as alterações ao regulamento vai procurar fazer uma referência em relação aquilo que é estrutural. Há sete anos a Câmara da Moita tinha feito uma reestruturação dos seus serviços e entretanto no ano passado fez-se uma avaliação, ao longo dos tempos com o ajustamento e a prática do funcionamento desses serviços iniciou-se um processo interno de aferição da funcionalidade para iniciar alguns ajustamentos. A proposta que aqui vem é uma proposta que ajusta, situa na actual estrutura, lima algumas arestas em termos de funcionalidade e em termos estruturais cria ao nível de departamentos apenas o departamento de Recursos Humanos, entendemos que o número de trabalhadores e com a actividade que tem vindo crescendo, quer ao nível da Medicina no Trabalho, quer ao nível de Segurança e Higiene no Trabalho, quer ao nível da formação entendemos que em termos funcionais a Divisão de Recursos Humanos era importante que se afastasse do departamento de Administração e Finanças e que ao mesmo tempo criasse autonomia. O departamento de Administração e Finanças hoje tem três divisões, Administração Geral, Divisão de Administração Financeira e a Divisão de Recursos Humanos. A Divisão de Recursos Humanos deixa de o ser e passa a Departamento dos Recursos Humanos que é estruturado com duas novas Divisões. Ainda em termos de departamento é alterado o departamento de Acção Sócio Cultural que passará a departamento de assuntos Sociais e Cultura uma vez que era sentido por nós que era importante separar da Divisão de Educação e Acção Social e Saúde o peso da área social, ao nível da Habitação cada vez mais o trabalho desenvolvido era na componente social no acompanhamento de edificação, uma vez que o PER está encerrado e o trabalho que existe é acima de tudo com maior assento no acompanhamento social. Foi então mudado o nome deste departamento para Departamento de Assuntos Sociais e Cultura. Ainda ao nível de departamentos no Departamento de Gestão Urbanística, que tem uma fiscalização técnica especifica e que estava dependente da Divisão de Gestão Urbanística passou para o Departamento. Existe o Gabinete de Gestão Geográfica que tem a ver com a cartografia e monitorização extinguiu-se esse gabinete e ficou absorvido no Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística. O DASU recebe ainda o sector de Equipamento Eléctrico ou Mecânico que estava no Departamento de Obras Municipais e Equipamento Mecânico, este sector é afecto ás centrais elevatórias. Existiam dois gabinetes um de projectos estruturantes que é o gabinete que tem a validade junto ao terminus do terceiro quadro comunitário de apoio que é o gabinete que tem acompanhado as operações de revitalização urbana do Vale da Amoreira e todas as questões que se prendem com o terceiro quadro comunitário de apoio e havia também o gabinete de Estudos Planeamento o Controle, juntam-se esses dois

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gabinetes para garantir a continuidade o Gabinete do Controlo de Actividades que é um projecto municipal. Depois é criado por imposição da legislação e do POCAL o Gabinete de Auditoria e Controlo Interno. Depois dentro dos Departamentos poderá haver alguns ajustes mas estruturalmente é isto. Posto o Regulamento á discussão intervieram. Serafim e Sousa – Analisou o documento e diz que num regulamento interno cada um faz como lhe aprouver desde que tenha as possibilidades que actualmente a Câmara Municipal da Moita tem, explana aqui um organograma vertido num regulamento interno e aparece com esta composição. Vamos votar a favor mas é só uma questão de curiosidade porque me parece que não é de grande importância estarmos a dizer que o gabinete de apoio ao Sr. Presidente poderia estar na estrutura do Sr. Presidente pois não faz muito sentido estar fora. Os Departamentos podem ser estes como poderiam ser parecidos com estes. Haver uma Secção de Recursos Humanos até estranhava não haver á mais tempo. Há Chefes de Divisões que nunca mais acabam como vai haver Chefes de Departamentos mas isso está na estrutura que cada um tem legitimidade para aprovar. Uma questão de curiosidade o que é isto do Gabinete do Partido Médico ou Veterinário? Sr. Presidente da Câmara – Diz que o Dr. Marino Vicente explicaria isto melhor mas a legislação existe e não foi mudada á dezenas de anos chama-se mesmo Partido Médico ou Veterinário, já vem na estrutura desde que existe estrutura. Em termos da estrutura que nós temos e fazendo as contas, cria-se uma Direcção de Departamento e duas Divisões, os serviços já existem na prática e não se criam secções automaticamente. Com esta estruturação acabamos com as repartições que eram para extinguir assim que fosse feito uma alteração à estrutura. No quadro de pessoal vamos reduzir Chefes de Secção. Posta a proposta á votação foi a mesma aprovada por maioria com 23 votos a favor sendo 17 da CDU, 1 do PS, 2 do PSD, 3 do BE e 8 abstenções do PS. 4 – Quadro de Pessoal do Município. Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a Câmara deliberou em reunião realizada em 02.11.2006 aprovar por maioria com dois votos contra e duas abstenções, com submissão à Assembleia Municipal:

“O Quadro de Pessoal para 2007, que se apresenta à aprovação, reflecte a preocupação com uma efectiva gestão dos recursos humanos do Município, que, assente na qualificação, desenvolvimento e aperfeiçoamento profissional dos funcionários, permita responder ao aumento das atribuições e competências municipais, garantindo a qualidade na prestação de serviço público. A proposta preconiza uma clara orientação política que enquadra os recursos humanos como um instrumento privilegiado na efectiva gestão por objectivos, no estrito cumprimento das atribuições e competências, alicerçada numa adequada gestão previsional de efectivos.

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Assim, em termos globais e comparativamente com o Quadro de Pessoal em vigor, a presente proposta prevê, pelo quinto ano consecutivo, uma redução efectiva no número de lugares (dos actuais 996 para 985 lugares).

Quanto aos valores parciais, verifica-se a criação de 46 lugares e a extinção de 57 vagas, sendo atendidos como critérios indicadores os seguintes:

- Prever os lugares para o pessoal dirigente, em conformidade com o novo

Regulamento Interno dos Serviços Municipais;

- Aumento controlado de lugares na carreira técnica superior, com a diminuição nas carreiras técnica e técnico-profissional;

- Manutenção de lugares nas áreas administrativas, com uma ajustada diminuição

nas chefias de enquadramento; - Redução significativa dos lugares no grupo de pessoal operário, numa melhor

aproximação dos recursos disponíveis às exigências funcionais; - Reorganização no grupo de pessoal auxiliar com a global diminuição de lugares.

Prevendo-se o excepcional aumento de 12 lugares na categoria de auxiliar de acção educativa, para assegurar o cumprimento das atribuições e competências do Município, em matéria de pessoal não docente.

Nestes termos propõe-se a aprovação da presente e posterior remessa à Assembleia Municipal.”

Sr. Presidente da Câmara – Informa que o Quadro de Pessoal que hoje vigora foi publicado em 26 de Janeiro de 2005 na Câmara Municipal da Moita e por decisão da Assembleia Municipal em Dezembro de 2004. Como há dois anos não se mexiam no Quadro de Pessoal e achamos que era importante fazer alterações por várias razões. Uma das quais até na sequência da reestruturação era importante fazer acertos, para ver os lugares de pessoal dirigente em conformidade com o novo regulamento, depois com o envolvimento que temos em áreas sociais e sócio culturais cada vez mais os quadros técnicos e os quadros técnicos superiores de uma forma controlada têm portanto evoluído. A diminuição nas áreas administrativas com a manutenção de lugares mas com uma ajustada diminuição das chefias de enquadramento estas chefias referem-se ao fim dos chefes de repartição e da redução dos chefes de secção. Existe aqui um aumento num grupo na categoria de auxiliares de acção educativa uma vez que a lei anterior em determinada altura previa que fossem colocados na rede pré-escolar os técnicos de acção educativa isso iria criar uma diferenciação, porque depois teríamos auxiliares de acção educativa e técnicos de acção educativa que fazendo a mesma função tinham categorias e recebiam de forma diferente. Foram extinguidos os seis lugares de acção educativa e criamos doze de auxiliar de acção educativa, porque com a ampliação da rede pré-escolar precisamos de ter mais vagas neste quadro. Diminuímos nove lugares de assistente de acção educativa e criamos doze lugares de auxiliares de acção educativa. A perspectiva deste quadro é no sentido de funcionar dois anos ou até final do mandato. Na carreira de técnico superior aparece no final somente técnico superior bem como na

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carreira de técnico ou profissional aparece somente técnico ou profissional, isto é uma chamada folga porque se porventura no decorrer da vigência deste quadro de pessoal, se nós pretendêssemos admitir um técnico superior ou um técnico ou profissional que não fizesse parte da lista destes que aqui estão, teríamos que fazer uma alteração ao quadro, assim temos uma vaga genérica técnica ou profissional que poderá colmatar se acontecer algo nesse sentido. Este é o quadro de pessoal mas que não tem uma relação directa com o número de funcionários que existe. Este quadro de pessoal tem que ter normalmente uma capacidade porventura para receber alguém que tenha subido na sua carreira. Para informação temos actualmente no nosso quadro de pessoal incluindo contratados 827 funcionários. Serafim e Sousa – Diz que ouviu o esclarecimento prestado, mas vê a criação de 46 lugares, uma extinção de 57 vagas o que dá um saldo negativo de 11 lugares, compensados depois com esta informação que de 996 passar-se-á para 985. Em termos de esclarecimento pode crer dizer muito mas também pode querer dizer muito pouco, era fundamental que aqui se dissesse se em termos percentuais se há aumentos de encargos ou se há diminuição de encargos, ficávamos todos esclarecidos. Percebe que há diminuição de lugares mas, isto redunde num aumento percentual da despesa ou numa diminuição da despesa? O quadro que se tinha dá uma despesa mensal ou anual de despesas, o quadro que é proposto dá uma despesa mensal e anual de tanto, assim ficamos todos informados e a Câmara concerteza que tem cabimento para aguentar esta nova proposta. Assim estamos a votar no escuro e eu gostava de saber o que estou a fazer. António Chora – Diz que na sequência da intervenção do deputado Serafim, começa a olhar e salta á vista o aumento controlado dos lugares de carreira técnico ou superior e uma redução significativa dos lugares do grupo de pessoal operário, na sua área profissional diz-se mais chefes e menos índios, parece que é o que estamos aqui a verificar uma abertura ao chefes, daí o que muitas pessoas o que pensam sobre o funcionalismo público e a actuação dos Órgãos Autárquicos. Gostaria de saber se existe algum quadro de pessoal estabelecido pelo Poder Central de acordo com as dimensões do município, ou o número de habitantes. Edgar Cantante – Acho que deveria haver uma demonstração dos encargos financeiros com esta alteração para se poder fazer uma avaliação mais correcta, queria perguntar ao Sr. Presidente se realmente há alguma lei de base que preveja este quadro de pessoal ou se a Câmara tem poder para o fazer. Não fazia ideia que a Câmara tivesse um numero tão elevado de funcionários, não é pôr em causa o que foi feito neste anos mas interroga-se, ouviu dizer que uma Câmara aqui à cerca de dois ou três anos tinha cerca de quatrocentas pessoas no quadro, ou seja menos de metade desta proposta. Virgílio Gonçalves – Diz que gostaria de pedir um esclarecimento que deriva de uma duvida, foi referido à pouco que no cargo de apoio educativo seriam extintos dois lugares e seriam criados doze de auxiliar de educação educativa, referiu também que a tarefa seria relativamente similar mas com a estrutura de carreira diferente. Na sua ideia subtrai doze menos seis o que fica com um quadro de seis lugares para auxiliares de

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acção educativa, visto que saiem seis das assistentes. Com a rede pré-escolar a aumentar pensa o contrário do que aqui tem sido dito, e pergunta quais as escolas do 1.º Ciclo que vão beneficiar com este acrescente. Manuel Madeira – Diz que há relativamente pouco tempo leu o que pareceram umas declarações demagógicas de um Sr. Vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal da Moita, declarações do Sr. Vitor Cabral onde anunciava que a Câmara Municipal da Moita gastava em pessoal 80% do seu Orçamento, ora a concepção que eu tenho de Orçamento engloba duas áreas, a área de despesas correntes e a área de despesas de capital, queria que o Sr. Presidente da Câmara me pudesse informar se é assim como o Sr. Vítor Cabral declarou á comunicação social local sobre estes 80% do Orçamento. Ana Sofia – Acho que neste momento não se está a discutir o Orçamento da Câmara o que se está a discutir é a alteração ao Quadro de Pessoal, embora isto tenha, porque tem sempre, implicações nos Orçamentos é o Quadro de Pessoal que está em causa, esta proposta está muito relacionada com a proposta anterior, porque a proposta anterior é aquilo que com toda a legitimidade quem está a fazer a gestão propõe, porventura outras pessoas que estão a fazer a gestão fariam de maneira diferente, mas elas estão intimamente ligadas, nesta proposta de Quadro de Pessoal que objectivamente propõe uma redução do número de pessoal com a distribuição que foi explicada e que há um quadro que o expressa, salta á vista claramente uma alteração que é a mais visível, que é a que existe neste momento, estamos a falar dos técnicos superiores. Neste momento a Câmara com 79 vagas preenchidas e 98 que existe para o quadro de 2006, 79 estão preenchidas e 19 para preencher. Aquilo que se propõe para o quadro de 2007 é a manutenção desta situação e a criação de mais 18 lugares que totaliza depois um número de só técnicos superiores na Câmara da Moita de 113. O que questiono é que uma Câmara com a dimensão da Câmara da Moita, com a área geográfica da Moita para um total de 985 efectivos em diferentes funções tem aqui uma percentagem de 113 técnicos superiores de mais 13 técnicos e mais 74 técnico profissionais, e não estou a falar do pessoal da chefia do administrativo que se mantêm relativamente a 2006. Em termos de sustentabilidade o que isto objectivamente representará no futuro a curto ou médio prazo é uma alteração significativa da massa salarial no município da Moita. Embora haja redução de efectivos o que estamos aqui a falar é da massa salarial e como todos sabemos quer em termos nacionais, quer em termos internacionais, quer em termos da Europa as coisas não estão fáceis. No ano passado o Governo Alemão decidiu que não pagava o 14.º mês aos funcionários públicos, quem faz e tem um olhar critico e de responsabilidade em termos de gestão, porque é do futuro que se trata, esteja quem estiver venha quem vier é um bocado difícil tomar decisões com menos responsabilidade e dizer quem vier que feche a porta, do que fazer a construção com bases e com alguns critérios de sustentabilidade. Se nos forem apresentados números em termos de alterações de massas salariais e forem feitas simulações face á realidade de hoje e à realidade de 2007, isto não significa que os 113 propostos tenham todos que ser admitidos em 2007 e concordo que tenha que haver uma determinada margem para a promoção efectiva dos funcionários que estão, acho que existem aqui alterações profundas em termos de gestão com consequências. Faço desta minha intervenção declaração de voto, que justifica a abstenção anterior do Partido Socialista, porque estas duas propostas estão intimamente ligadas e então votarei contra.

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Sr. Presidente de Câmara – Quem representa a Câmara na Assembleia é o Presidente da Câmara, eu entendo que nenhum Vereador deve usar da palavra para responder a questões ou a situações que venham dos membros da Assembleia, temos dado muitas vezes a palavra aos Vereadores quando de facto á um contributo para esclarecimento, neste caso eu entendo que não darei a palavra ao Sr. Vereador Victor Cabral. Não podemos fazer um exercício directo da relação do Quadro de Pessoal com massa salarial, falando em chefias e dirigentes, nós criamos 3 lugares e passamos a ter 30 lugares de dirigentes, hoje não os temos ocupados porque o Departamento de Higiene e Serviços Urbanos não tem Director de Departamento, a Divisão de Cultura não tem Chefe de Divisão, a Divisão de Bibliotecas não tem Chefe de Divisão não era correcto estar a lançar neste Quadro de Pessoal pois não define directamente o aumento de massa salarial, pode implicar que gradualmente, e por isso é que é referido que é controlada. A Câmara Municipal tem vindo a aumentar o seu grau de tecnicidade e quando se fala de mais acção e de mais competências ao nível da Educação e da Acção Social, ela é feita com técnicos superiores. O facto de termos técnicos superiores não estamos a aumentar as chefias, se formos ver em termos de pessoal crescemos três lugares de pessoal dirigente, mas diminuímos chefes de Divisão e de Repartição em número de quatro. É lógico que quando nós falamos na possibilidade de termos 18 técnicos superiores não é para os preencher totalmente, a diferença entre ter 18 técnicos superiores em termos de eventuais custos é totalmente diferente da diferença de ter 18 técnico profissionais. Depois há regras inclusivamente para desenvolvimento da estrutura. Não se cria uma estrutura com uma direcção de departamento sem divisões, há regras não diz é que tem de ter três ou quatro divisões, também há regras em termos da preparação dos quadro de pessoal. A questão que se colocava em determinada altura, era de que poderíamos ter mais tarde na nossa actividade pessoas ao lado umas das outras, umas como técnicas de Acção Educativa e outras como auxiliares de Acção Educativa a desenvolver a mesma actividade e com estruturas de carreiras diferentes, isso foi ajustado, a lei foi alterada e o que nós criamos aqui é que temos 15 lugares de auxiliares de Acção Educativa, extinguimos 9 de Assistentes de Acção Educativa e criamos mais 12 de auxiliares Acção Educativa ficamos com 27, que são destinados somente ao pré-escolar, o 1.º Ciclo não é da nossa competência, o pré escolar actualmente é a contratação por verba da transferência que vem da administração central. Temos um quadro que é composto por técnicos superiores e a proposta é que o quadro tenha 113 técnicos superiores, que são 11,47% mas importa esclarecer que 30 dirigentes são técnicos superiores que estão neste conjunto dos 113. Sobre o Plano de Actividades e Orçamento no final é que poderemos ver qual é a relação do custo do pessoal perante a despesa total. Em 2006 os encargos com pessoal globais rondavam os 30% do total do Orçamento e rondavam os 60% das despesas correntes, não quer dizer que isso aconteça no Orçamento de 2007, se tivermos menos investimento o diferencial de percentagem aumenta. Vereador Victor Cabral – Solicita ao Sr. Presidente da Câmara a possibilidade de intervir nesta questão, o seu nome foi falado nesta Assembleia, em defesa da honra e também em relação á proposta pretende intervir. Presidente da Mesa – Diz que gostaria que essa questão ficasse por aqui, estou a lembrar-me que no mandato anterior houve também problemas deste tipo. A lei diz que

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quem tem a palavra é o Presidente da Câmara, o Presidente depois define quem é que vai usar da palavra. Sou obrigado a dizer qualquer coisa sobre isto, pessoalmente sou contra o parlamentarismo de Assembleias Municipais, porque tratam-se aqui de coisas locais. Todos os membros da Assembleia Municipal serão livres de falarem do que entenderem, mas solicito que qualquer membro da Assembleia Municipal evite as parábolas que a meu ver, não ajudam as questões locais. O Sr. Presidente da Câmara decidiu que não dava a palavra ao Vereador portanto está decidido. Eu como Presidente da Assembleia tenho que dirigir segundo a lei. Sr. Presidente da Câmara – Diz que entende que a intervenção do Sr. Vereador não vinha beneficiar, ao contrário vinha perturbar o ambiente da Assembleia, darei a palavra aos Srs. Vereadores quando entender que o facto contribui para o esclarecimento dos assuntos. Maria Isabel Catarino – Lamenta que se tenham proferido certas palavras e se digam certas coisas, não somos da mesma cor politica mas não devemos ser mal educados, foram ditas palavras que põem em causa a integridade moral do Sr. Vereador Vítor Cabral e que não lhe seja dado hipótese de dizer alguma coisa sobre isso. Serafim e Sousa – Compreendo a preocupação do Sr. Presidente da Assembleia em sanar estes conflitos, mas quando ouço chamar ao Vereador aqui presente, mentiroso, demagógico e mais algumas coisas. Para sabermos se isto é verdade pedíamos ao Sr. Presidente se os 80% de encargos de pessoal sobre o Orçamento são verdadeiros ou não. Quando se lida com Orçamentos sabemos o que é que temos de prever. Agora vê-se aqui é uma falta de educação que não pode ser admissível, vejo um Vereador ser enxovalhado o que não é correcto, o Vereador é do seu Executivo Sr. Presidente e quando ele é insultado o senhor também o é, não ficaria mal dar-lhe a oportunidade de falar. António Costa – Diz que percebe a posição dos Srs. Presidentes da Câmara e Assembleia no sentido de não criar grandes situações, até porque a pessoa em causa já criou outras situações que depois se estenderam um pouco porque as pessoas não podem ficar caladas, no entanto aconselhava o Sr. Presidente da Assembleia a avisar a pessoa para o tipo de intervenções que faz, para depois não estarmos aqui todos embaraçados a não dizer o que queríamos dizer para não criar grandes situações e por respeito aos dois Presidentes que aqui estão, mas o Vereador Vítor Cabral merece intervir para defesa da sua honra. Presidente da Mesa – Diz que é unicamente Presidente da Assembleia quando ela reúne e quando trata do expediente corrente da Assembleia, ou quando a representa. Ana Sofia – Sobre o Quadro de Pessoal mantém o raciocínio que fez, só queria que se aquilo que disse estar correcto fosse feita uma alteração ao quadro de pessoal que apresentaram em proposta, porque o Sr. Presidente disse que quando se tratava do pessoal dirigente os 30 lugares que aparecem no Quadro de 2007 saíam dos 113 e então a soma em baixo não estaria correcta, seriam 955 e a redução não seria de 896 para 985, mas de 996 para 955. Agradecia que me esclarecesse se por acaso foi o Sr. Presidente que se enganou ou se as contas e os números que aqui estão não estão correctos. Sobre o Sr. Vereador Vítor Cabral é um membro da comunidade da Moita, reconhecido, com trabalho feito na comunidade á muitos anos e em várias áreas, que

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independentemente do partido que representa enquanto Vereador merece ser tratado com respeito e dignidade não só pelo lugar que ocupa como qualquer dos membros, mas pela própria representação que tem na comunidade. É incomodativo que a pessoa seja interpelada de uma determinada forma e que não lhe seja dada a oportunidade de esclarecer. Manuel Madeira – Gostava de esclarecer que não houve da sua parte, nem hoje nem em qualquer outro momento a intenção de ofender quem quer que fosse. Pediu um esclarecimento ao Sr. Presidente suportado em notícias vindas no Jornal da Moita, mais concretamente no artigo de opinião o título era “futuro adiado” e onde era referido que 80% do Orçamento da Câmara Municipal da Moita eram gastos com pessoal, do conhecimento que tem não corresponde á verdade, não é real, a isto chamem-lhe o que quiserem, mas volto a repetir não foi minha intenção ofender ninguém. Maria Helena Luís – Diz que não poderia deixar de intervir, estamos todos aqui por direito próprios porque fomos eleitos, de qualquer maneira acha lamentável e faço minhas as palavras do meu colega Serafim, para quê passar ao ataque pessoal e deixar a política de lado. Apesar de representar uma cor politica, não basta só a defesa do Vereador porque eu julgo que ele também não precisa de defesa. Ficou também marcada anteriormente com a ofensa ao deputado Chora, se nós deixamos a questão política e a questão do bem comum e social que nos traz aqui e passamos para a afronta para pessoal não estamos de facto aqui a fazer nada. Compreendo a situação do Sr. Presidente da Câmara ele tem esse poder e portanto quem pode manda. O Sr. Presidente da Assembleia coordena os trabalhos, julgo que os tem coordenado e o tem feito correctamente, mas também julgo que quando qualquer de nós ultrapasse a questão do bem comum, a questão política que nos trás aqui e passa para o ataque pessoal, deverá cortar a palavra. António Chora – Pensa que se os Vereadores estão presentes e se são ofendidos devem ter a possibilidade de se defender, ou então terá que haver contenção da parte da Assembleia e dirigirem-se apenas ao Sr. Presidente, mas se é para defesa da honra o Sr. Vereador tem todo o direito em se defender. José Manuel Santos - Gostaria de mostrar a minha satisfação pela intervenção do deputado Serafim. Em relação á situação que se criou quero manifestar em nome dos deputados da CDU a minha preocupação pelo que aqui se passou. Sugiro ainda que o deputado Chorar faça uma reflexão sobre as suas intervenções, porque quando as faz ataca sempre a bancada da CDU. Serafim e Sousa – Parece que a conclusão a que todos chegamos é que somos todos democratas e como somos todos democratas a questão do Sr. Vereador falar ou não falar parece que todas as bancadas estão sem grandes oposições julgo que ele se deveria defender no que foi atacado e terminava aqui a questão. Edgar Cantante – Queria apenas dizer o seguinte, tem sido eleito noutros Órgãos e estava com receio de não estar á altura para participar numa Assembleia Municipal, porque julgava que o debate aqui seria de um nível mais elevado, mais exigente, que as pessoas tinham outra formação outra civilização, fiquei surpreendido porque estive oito

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anos eleito numa Assembleia de Freguesia com todas as forças partidárias que estão aqui e nunca assisti a coisas que tenho assistido aqui. Este tipo de atitudes não está há altura daquilo que a população do Concelho da Moita precisa. Aquilo que a população espera é que os eleitos se interessem pelos problemas os resolvam e que façam este Concelho ir para a frente, não é estarmos aqui mais de uma hora a discutir. Ainda sobre o Quadro de Pessoal, pedia o seguinte esclarecimento ao Sr. Presidente. Surpreende-me na questão dos arquitectos o quadro de 2006 ter 17 e o de 2007 ter 21, os técnicos de psicologia eram 2 passaram a ser 5, gostava de saber o porquê desta alteração substancial. Pedro Garcia – Pensa que nesta Assembleia nunca se negou a ninguém a defesa da honra quando é pedido para intervir, o Sr. Vereador não pode é falar nos assuntos da Ordem do Dia, e isso ele tem por hábito em querer fazê-lo, para isso tem as reuniões de Câmara onde o pode fazer. António Chora – Diz que jamais as suas intervenções têm em vista atacar qualquer organização presente, tento criticar as atitudes ou o trabalho desenvolvido pelo Executivo e sempre numa perspectiva de contribuir para a sua melhoria. Lamento imenso que a palavra “acólito” tenha sido interpretada como ofensiva para alguns companheiros deputados. Sr. Presidente da Câmara – Dizer á deputada Ana Sofia que nós quando falamos do Quadro de Pessoal falamos de lugares, não de pessoas, não há nada a abater em lado nenhum, há os 30 lugares abertos de dirigentes e para serem dirigentes têm que ser técnicos superiores, portanto quando estão no lugar de dirigentes são técnicos superiores do Quadro têm a vaga ocupada e ocupam o lugar na mesma. Sobre o Sr. Vereador Vítor Cabral pediu a palavra para falar sobre assuntos da Assembleia, se for para defesa do direito de honra por mim pode fazê-lo. Sr. Vereador Victor Cabral – Diz que aqui desempenhamos cargos políticos não cargos pessoais por isso envolver as duas coisas é contraproducente, temos visto casos que se têm arrastado, porque politicamente vão contra determinados interesses. Para aqueles que me conhecem, das ideias que tenho e da fibra que tenho. Estamos no início de mandato se intervenções feitas aqui são feitas ou encomendadas ou são preparadas para desanimar nem pensem nisso porque eu não sou de desanimar. Não desanimei em 1975, 1976, 1980 nos anos piores contra a democracia que se viveu neste pais por isso não vou desanimar. Relativamente á questão dos números o Relatório e Contas de 2006 será aprovado em Março de 2007 depois aí veremos os números deste ano, porque os relatórios são aprovados, passado um ano da sua vigência é aprovado o Orçamento é executado e depois vem o Relatório e Contas, claro que esse Relatório e Contas além de ser votado na Câmara e na Assembleia Municipal é vistoriado pelo Tribunal de Contas, neste momento recebi uma convocatória do Tribunal de Contas para intervir no Relatório e Contas de 2004. Não havendo mais intervenções foi a proposta posta á votação sendo aprovada por maioria com 17 votos a favor da CDU, 9 votos contra do PS e 5 abstenções sendo 2 do PSD e 3 do BE.

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5 – Imposto Municipal sobre Imóveis Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a Câmara deliberou em reunião realizada em 02.11.2006 aprovar por maioria com quatro abstenções, com submissão à Assembleia Municipal. “A aplicação do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 287/03, de 12.11, definiu novos métodos de cálculo e actualização dos valores patrimoniais dos prédios rústicos e urbanos. Assim, os prédios transmitidos antes da entrada em vigor do citado diploma vêem os respectivos valores patrimoniais ser corrigidos com base em factores de correcção monetária resultantes da evolução do índice de preços no consumidor desde 1970 (Portaria n.º 1337/2003, de 15.12). Relativamente aos prédios novos, os valores patrimoniais são avaliados com base nas regras expressas no CIMI.

Nestes termos, propõe-se ao abrigo do n.º 4 do art.º 112.º do Decreto-Lei n.º 287/03, de 12.11: 1 – Que a taxa de imposto municipal sobre imóveis para os prédios urbanos cujos valores patrimoniais tributários sejam actualizados por via da correcção monetária ponderada seja fixada em 0,7% (alínea b) do n.º 1 do art.º 112.º do CIMI); 2 – Que a taxa de imposto municipal sobre imóveis para os prédios urbanos novos e transmitidos no domínio da vigência do CIMI, seja fixada em 0,5% (alínea c) do n.º 1 do art.º 112.º do CIMI). Mais se propõe, que a presente proposta seja submetida a aprovação da Assembleia Municipal nos termos da alínea f) do n.º 2 do art.º 53º da Lei n.º 169/66, de 18.09.” Posta a proposta á discussão intervieram: Sr. Presidente da Câmara – Diz que o que se perspectivou na proposta foi a manutenção das taxas em vigor, de qualquer maneira conjugamos e colocamos junto para conhecimento aquilo que tem sido a evolução da Contribuição Autárquica e IMI, consideramos que aquilo que é recebido é o somatório, o previsto para 2006 não vai ser concretizado porque iremos ficar aquém em termos da receita prevista porque o valor indicado a 23.10.2006 era um valor com menos 6,4%mas quando já estava liquidado 92% do Código do IMI. Iremos recentir na receita, mas mantemos a proposta de 0,7%. Não havendo pedidos de intervenções foram a mesma posta á votação tendo sido aprovada por maioria com 20 votos a favor sendo 17 da CDU, 3 do BE e 11 abstenções sendo 9 do PS e 2 do PSD.

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6 – Projecto de Acordo quanto à “Urbanização do Vale da Amoreira” Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a Câmara deliberou em reunião realizada em 15.11.2006 aprovar por maioria com quatro abstenções, com submissão á Assembleia Municipal, a qual irá ficar apensa à acta de arquivo. “Pelos fundamentos constantes do parecer do Dr. Marino Vicente, sob a epígrafe “Urbanização do Vale do Amoreira – Síntese de Litígio e Projecto de Acordo”, a culminar um longo e particularmente complexo processo negocial, que acompanhei de perto desde que exerço as actuais funções electivas, proponho que a Câmara Municipal delibere aprovar o mesmo Projecto de Acordo, para ulterior submissão à Assembleia Municipal.” Sr. Presidente da Câmara – Falou sobre o conhecimento que tem do processo durante os anos em que está na Câmara e disse tratar-se agora da resolução do problema, e na perspectiva do Assessor Jurídico o processo será ganho mas ainda com muito trabalho e alguma demora provavelmente de anos, não se trate de vitória, nem de derrota, mas de se resolver um problema da melhor forma ou seja da forma que é possível. Quanto ao Mercado, esclarece que os lotes vendidos pela Câmara a 20.000 euros foram na Vila Rosa, não no Vale da Amoreira, dando como exemplo provavelmente na Vila Verde, hoje, seriam muito mais baratos do que na Vila Rosa e um pouco mais caros que no Vale da Amoreira e de toda a maneira isto são cálculos efectuados por um perito. Mais acrescentou que a situação demora da Câmara em relação ao mercado, o Engº Vitor Duarte sempre disse que quando se resolvesse tudo se resolveria o mercado, andou também a fugir, ao assunto, dizendo que o mercado é diferente, a Câmara deveria ter tomado uma posição mais forte em relação a isso. Sr. Presidente da Câmara - Solicita ao Presidente da Mesa para o Assessor Jurídico da Câmara, intervir neste ponto. Dr. Marino Vicente:

“A questão não é simples de sintetizar. Temos que remontar aos anos 70, 72 e 73. O Vale da Amoreira como o conhecemos hoje, tirando, talvez o Bairro Paixão e o núcleo antigo, é no essencial este loteamento que internamente se chama “Urbanização do Vale da Amoreira”. Era de um tal conde José Pedro Saldanha, que em 1972 requereu à Câmara uma licença de loteamento daquele prédio, que tinha novecentos mil metros quadrados, e fazia parte de um determinado artigo, o artigo 1º da Secção H em termos matriciais, que tinha novecentos e setenta e sete mil e duzentos metros quadrados. Este processo foi extremamente complexo, porquê? Em 1972 havia um regime muito incipiente de loteamentos, era um diploma de 1967. O regulamento de loteamento tinha uma disciplina mais que incipiente. O alvará de loteamento não foi cumprido minimamente. Deu lugar a um outro alvará e à medida que se justapõe outro alvará começa a haver discrepâncias de áreas. A sobreposição de loteamentos é extremamente complicada, e é tanto mais complicada como se verá adiante. Foi loteado não só um prédio, que é o 5015 que está em nome de Vitor Manuel Correia Duarte, que eu chamei aqui o grande protagonista, mas também um prédio que foi dele destacado, o 8144, que é da Felizardo & Correia, de que esse Vitor Manuel Correia Duarte era sócio gerente, e um prédio comprado pela Felizardo & Correia, que é o descrito sob o nº6139, que nunca

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fez parte formalmente do loteamento, mas que integra aquela área sob pena de não haver os tais novecentos e setenta e dois mil e duzentos metros quadrados. E porque é que nós dizemos que integra a área? Porque justaposto a planta cadastral à escala 1:2000 do prédio do art. 1º da Secção H da Baixa da Banheira, que continua a ser da Baixa da Banheira com os alvarás de loteamento, com as plantas de síntese, elas de facto coincidem em área. Medido em termos de cartografia digital, com rigor, até mais do que isso, novecentos e setenta e oito mil e qualquer coisa metros quadrados. O alvará, o 112/73, já passado em 73, também estava incumprido no essencial: falta de infra-estruturas, falta de arruamentos, falta de espaços verdes até nem se fala. Após o 25 de Abril surgem promoções imobiliárias de tipo diferente, os contratos de desenvolvimento de habitação, que eram promoções de particulares, de empresas particulares, com custos controlados, com benefícios fiscais e outro tipo de ajudas do próprio Estado através do então Fundo de Fomento de Habitação. Vitor Manuel Correia Duarte e a Felizardo & Correia venderam a empresas que estavam a promover CDH’s, no quadro do loteamento existente, lotes para mil seiscentos e tal fogos, empresas que na altura eram grandes, a PROCONSTROI, A ABRANTINA, M.N.TIAGO, que sobreviveram no 25 de Abril e continuaram, na maior parte, a fortificar. Perante este quadro, loteamento incumprido e com a caducidade como a medida a tomar necessariamente, com mil seiscentos e tal fogos em construção de CDH’s que iriam pressupostamente dar resposta a um tipo de procura, que na altura era grande. Estão ocupados, são de má qualidade, mas estão ocupados. Não conseguindo a Câmara Municipal negociar com os promotores do loteamento, Vitor Duarte, sócio gerente da Felizardo & Correia, uma célebre reunião, em que eu já estava presente, no Fundo Fomento de Habitação, entre a Câmara Municipal, esse Vitor Duarte, a Felizardo & Correia e essas empresas com a Direcção do Fundo de Fomento e chegou-se a um entendimento que era basicamente este: a Firma Felizardo & Correia e Vitor Manuel Correia Duarte cediam ao Município toda a zona Sul do Vale da Amoreira que, em termos de nomenclatura do alvará que veio a ser passado, eram as células N, O, P e Q, com a área de duzentos e quarenta e um mil quinhentos e cinco metros quadrados, e o Município dava em troca, dava em pagamento, lotes para construção de 20% dos fogos passíveis de edificação no loteamento, no mínimo de 270. Esse acordo foi feito e a Câmara Municipal promoveu um plano de pormenor. Veio a verificar-se que a capacidade edificativa então prevista era de 1303 fogos, 20% são duzentos e sessenta e qualquer coisa, pelo que o mínimo era de 270 fogos. Este acordo demorou muito a ser efectivado, eram bases de acordo. Foi efectivado em 1978 e deu lugar ao alvará 2/78, que nas suas prescrições tinha essa obrigação de cedência ao Município da Zona Sul do Vale da Amoreira contra o pagamento de lotes para 20% de fogos edificáveis, no mínimo de 270. O alvará foi passado, mas à posteriori viu-se que tinha vários lapsos que na altura não foram e deveriam ter sido vistos, mas enfim, já passou muito tempo. O alvará foi passado por nove anos, ou seja, a Firma Felizardo & Correia titular do alvará tinha um prazo de nove anos para construir as infra-estruturas do loteamento 2/78, tirando os da Zona Sul que seria cedida e o Município tinha os mesmos nove anos para infra-estruturar os tais duzentos e quarenta e um mil e tal metros quadrados, que era terreno para 1303 fogos, em concretização daquilo que estava previsto no acordo de 77 e do que estava previsto no alvará. No entanto as cedências não podiam ser contrapartidas pela permissão do loteamento, tinham que ser efectivadas por escritura pública. Houve várias reuniões inconclusivas, até que se chegou a um acordo formalizado por escritura de 18 de Novembro de 1982, em que a Firma Felizardo & Correia cedia uma parte de um prédio que saiu deste 5015, que era o 8144, cerca de 145 mil metros quadrados, e Vitor Duarte e a então mulher cediam o restante que vinha do

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prédio 5015, o que dava, no conjunto, 241 mil e tal metros quadrados e o Município ficava com a obrigação de infra-estruturar terreno para lhe dar em pagamento lotes para 270 fogos. O que acontece é que o Vitor Duarte e mulher cederam duas parcelas de terreno que somadas eram cerca de 91 mil metros quadrados, mas quando o Município em 85 as vai registar é-lhe recusado o registo por insuficiência de área. A área existia no prédio, existia e continua a existir. Formalmente o Conservador entendeu que não havia área para registar e recusou. Não havia área para registar por uma situação que é “um golpe de baú” do Vitor Manuel Correia Duarte. Qual foi o “golpe de baú”? O terreno era de um terceiro, um tal conde José Pedro Saldanha e Vitor Duarte surgiu inicialmente como procurador dele, desse José Saldanha. Ele é que punha e dispunha no loteamento. Nunca inscreveu em seu favor esse direito, mas comprou-o em 73. Faz uma escritura e leva a registo como se o prédio tivesse não a área que tinha, tinham sido só desanexados nove mil e tal metros quadrados, mas trezentos e quarenta mil metros quadrados. Quer dizer, comprou bem mais barato o prédio que ele continuou a fatiar em termos de loteamento, quinhentos e tal mil metros, que estavam na descrição do prédio, mas não estavam nas contas que o tal conde Saldanha fez com Vitor Duarte na escritura. A situação tinha que ser desbloqueada e eis que o Engº Vitor Duarte disse que havia um engano no registo, que o prédio tem mais área. Foi feito um levantamento na Conservatória do Registo Predial e foi verificado que antes da tal restrição, que é o averbamento de restrição nº 25 de 1974, o prédio tinha de facto uma área que entretanto com os destaques já feitos ainda era de duzentos e tal mil metros quadrados. O Município conseguiu registar em 91 o terreno na base de declarações complementares do cedente e do Município em como aquele pré-existia ao tal averbamento de restrição. Na altura esse Engº Vitor Duarte e mulher requereram à Câmara, dizendo que tinha havido um engano, que fizesse novo pedido de registo e que se propunham ceder gratuitamente ao Município tudo o que sobrava, o remanescente desse prédio, que eram segundo eles de cento e vinte e quatro mil para o domínio público. Eram de facto terrenos já afectos ao domínio público, na prática já integravam os arruamentos, a área de zonas verdes e de utilização colectiva. O Município por razões das prioridades que teve, e de incapacidade financeira não começou logo a infra-estruturar estes terrenos para dar à Firma Felizardo & Correia os tais 270 fogos. Começa a fazê-lo só em 1986, com um empréstimo que já está completamente amortizado e saldado, na ordem dos 400 mil contos. Investiu e acabou de pagar no semestre passado à Caixa Geral de Depósitos. Em 2000 convoca o Engº Vitor Duarte e a Firma Felizardo & Correia para fazer a escritura de dação em pagamento dos tais lotes para 270 fogos. Como é aqui dito, recusam fazer a escritura, dizendo que o Município incumpriu a sua obrigação de entregar os lotes infra-estruturas, que tinham direito a resolver o negócio, que tinham inclusivamente resolvido, que os terrenos tinham regressado à sua esfera jurídica. A Câmara Municipal antes de os notificar promoveu o loteamento do prédio, em 2 de Fevereiro de 2000, depois promoveu a outra parte. Uma parte que era da zona O permitia criar o número de lotes, salvo erro 78, que dava para pagar os lotes de terreno para 270 fogos e rentabilizar o dinheiro que tinha investido com a venda do remanescente que ainda é significativa. Há pouco reportei-me ao plano de pormenor, mas o plano de pormenor nunca veio a ser aprovado e publicado. O Município desistiu daquele desenho urbano que era um bocado denso, um bocado compacto, com 68 fogos por hectare, quando o PDM de 83 e depois o de 92 vêm impor como tecto para as zonas H3 os 65 fogos/hectare. Promove dois loteamentos nessa base, com capacidade edificativa para 1313 fogos e 29 unidades de ocupação comercial, 1342 fogos, números redondos na medida em que as unidades comerciais, normalmente se reconduzem a fogos em termos de valorização, porque

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atingem no mercado valores próximos. Entretanto a Câmara Municipal, em 2002, tenta vender os lotes de terreno em hasta pública, lotes de terreno com que ficaria depois de dar os lotes para os tais 270 fogos. A primeira hasta pública teve que ser interrompida e, na segunda, os lotes foram arrematados, partes dos lotes por Vitor Manuel Correia Duarte, que depois não os pagou, ficando a hasta pública sem efeito. E qual era a resposta de mercado? Os outros empresários cortavam-se porque havia uma situação de litígio. O quadro é este. Eis senão quando Vitor Manuel Correia Duarte e a Felizardo & Correia intentaram uma acção no Tribunal Administrativo, promovendo a anulação das deliberações de loteamento, particularmente da Zona O, processo esse que teve recurso até ao Supremo Tribunal Administrativo. Baixou, tendo sido decidido que a questão da propriedade, contra o meu entendimento, neste caso, tinha que ser julgado pelos tribunais civis. Promoveram também um recurso de anulação do despacho do Sr. Presidente da Câmara para alienação em hasta pública desses lotes. Também seguiu os seus termos, e ficou sustado para decisão do Tribunal Judicial e, enfim, a acção no Tribunal Judicial. Como sabem, nos Tribunais Judiciais isto tem um valor, são valores altos. Basta ser mais que três mil e um contos e um escudo para que haja recurso para a Relação, haja recurso para o Supremo. Estamos a falar em tribunais judiciais e eventualmente em recurso para o Tribunal Constitucional, por causa dos direitos de propriedade. Depois de estar terminado o folhetim dos tribunais civis, entra-se no folhetim dos tribunais administrativos, o certo é que só daqui a uns bons anos é que o Município conseguiria rentabilizar se ganhasse a causa. Mas há outra questão ainda que intercede com esta: é que estão integrados, na prática, em arruamentos, em zonas verdes e de utilização colectiva áreas que segundo o medido pela cartografia digital implicam cerca de duzentos e vinte e oito mil e tal metros quadrados, medido em termos de cadastro e com as desanexações feitas, são mais duzentos e vinte e sete mil metros quadrados. Estes terrenos estão de facto afectos ao domínio público, mas só posteriormente ao loteamento que é de 1978 é que a lei, primeiro o Decreto-Lei 448/91, de 29 de Novembro, e agora o 555/99, o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, as cedências pelo próprio alvará, não é preciso escritura pública. Na altura não era assim, eram obrigações do alvará, mas tinham que ser formalizadas. A transmissão de propriedade tinha que ser formalizada por escritura e não foi. Contrariamente ao que acontece com o domínio privado e como os particulares, não se pode invocar o uso usucapião ao fim de 20 anos. Para que um terreno passe a ser do domínio público tem que estar no uso directo e imediato público desde tempos imemoriais ou então ter sido adquiridos ou legitimamente apropriado por uma pessoa de direito público. Que é isto desde tempos imemoriais? Em termos da doutrina é a situação cujo início os vivos não sabem por conhecimento directo nem por conhecimento que lhe advém da informação dos seus antecessores. Não resolvemos a questão das áreas que estão lá metidas no meio e que, fazendo as contas do prédio 5015, não são cento e vinte e dois mil novecentos e tal como está nos relatórios periciais, foi os números que lhes demos, mas são cento e vinte e três mil e qualquer coisa. Para não haver mais problemas com aquele prédio 5015 que está na documentação, é uma coisa incrível de desanexações. Umas que dizem que preexistiam do tal averbamento de restrição, outros sem essa menção. O Engº Vitor Duarte e mulher cederiam o próprio prédio 5015 para o domínio público, acabando as questões dos destaques, as desanexações, para que não surjam mais problemas no futuro com aquele prédio. A Firma Felizardo & Correia cederia ao Município o prédio 1639, que, com 5015, fazem o Vale da Amoreira. As negociações que houve também em 96, não chegaram a lado nenhum. Agora perduram há mais de um ano e parece que poderão chegar a bom termo, se a Câmara e a Assembleia, efectivamente, aprovarem o projecto.

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Qual é o projecto? Bem, como é sabido pelos Srs. Vereadores, o Sr. Presidente mandou fazer duas avaliações, uma interna que foi do Director de Departamento do Planeamento e Gestão Urbanística, Arqº Carlos Matos, e outro de um perito externo, porque para efeitos de expropriações há uma lista oficial acreditada junto do Tribunal da Relação de Lisboa. Os peritos fizeram a avaliação desses terrenos e das obrigações em que o Município se constituiu, que nos permite situar agora o acordo que foi alcançado entre advogados e ainda não vinculando o Município. Segundo as negociações de 1977, o acordo de 1977, em condições perfeitamente inrreptíveis, o Município recebia um terreno para, na altura, 1303 fogos, agora viu-se que são 1342 fogos, e dava em pagamento lotes que correspondiam a um quinto do valor da capacidade edificativa. Quer o Relatório do Arqº Carlos Matos, quer o Relatório do perito oficial são claros a relação do mercado em terreno não infra-estruturado e em terreno infra-estruturado é de 1 para 3. Se conseguíssemos concretizar aquela negociação de 1977, pagava-se o terreno a preços mais que favoráveis, bastante desproporcionados. O acordo que se conseguiu entre advogados é de lotes para 316 fogos, em vez de 270. Ora bem, o que é que significa, o terreno cedido ao Município por Vitor Duarte e Felizardo & Correia, 241.505 m2. Segundo o perito oficial, valeria vinte e um milhões e quarenta e seis mil quinhentos e noventa euros, o que dava um valor de 87,15 o metro quadrado. Segundo o Arqº Matos, vinte e um milhões e noventa mil euros, o que dava um valor por metro quadrado de 87,32, de terreno para infra-estruturar para construção. O valor médio de terreno não infra estruturado, na relação um para três, dá à volta de 29,05 euros metro quadrado segundo o perito oficial. Segundo o perito interno, 29,10 euros metro quadrado. Se essa negociação for concluída, íamos pagar um terreno que valeria, segundo essas perícias, 21 milhões e qualquer coisa, iríamos pagar, segundo o relatório do perito oficial, quatro milhões, quatrocentos e quarenta e cinco mil duzentos e oitenta e sete dezasseis, segundo o relatório interno quatro milhões setecentos e quarenta mil euros. Ou seja, dar-se-ia lotes para 316 fogos quando a capacidade edificativa é de mil, trezentos e quarenta e dois, mil trezentos e treze fogos e vinte e nove unidades comerciais, o que dá qualquer coisa como um para quatro. Significava também pagar o valor desses terrenos a 18,45 segundo um relatório, e, segundo o outro a cerca de 17, quando o valor de mercado será 29,05 ou 29,10 euros. A relação de um para quatro que me parece bastante favorável, já não os irrepetíveis um para cinco. Aliás fica menos de um para quatro. Significa agora 23,55%, menos de 1 para 4 considerando os 1342 fogos e a cedência de lotes para 316. O Município, se fizesse como estava pactuado em 77, pagaria valores que iam entre os 15,76 euros metro quadrado ou 16,77, conforme relatórios de avaliação e passará a pagá-los por valores que vão entre os 18, 45 e os 19,63, ou seja, muito mais aquém dos tais 29,53. Isto no que toca à contrapartida que o Município se obrigou a dar e não deu ainda da escritura de 82. Relativamente aos 123.540 metros quadrados que os Relatórios da Avaliação falam em cento e vinte e dois mil novecentos e qualquer coisa, o Município daria valores que se medem em função do seguinte: segundo o perito oficial, o valor médio do fogo para aferir o valor do lote de terreno é de 14.099,01, que eu arredondei para 14,100, segundo o relatório do Arqº Matos, 15.000 euros/fogo. Estes 15.000/fogo que aqui aparecem foi um número de referência que tinha como negocial e que foi confirmado pelos relatórios e não valia a pena estar a fazer ajustamentos. Em contrapartida os 123.540, diga-se prédio 5015, o Município entregaria um lote para 36 fogos, o que significava pagar o terreno a 4,11 o metro quadrado, quando a avaliação que é feita nos relatórios periciais, um a 9,68, outro a 9,70 metro quadrado, portanto menos de metade. Relativamente ao prédio que é o 1639 que não tem área averbada, mas sem ele não há o tal artigo 1º da Secção H, tinha

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77.200. Para aferir o seu valor basta dizer que a Felizardo & Correia comprou ao tal Conde Saldanha em 22 de Junho de 1976 por 7 mil contos. 7 mil contos em 1976, só empregando os coeficientes de desvalorização da moeda para o IRC e o IRS, a portaria 429/2006 de 03/05, dariam hoje um valor de setecentos e trinta e nove mil oitocentos e sessenta e seis oitenta e seis euros, ou seja, cento e quarenta e oito mil trezentos e vinte e nove contos, quando o Município o iria comprar por um lote para 24 fogos, o que dava trezentos e trinta e oito mil trezentos e setenta e sete ou trezentos e sessenta mil euros, conforme se utilize os 14,100 fogo ou os quinze fogo. Com isto o que é que se conseguia? Conseguia-se acabar com o litígio, promover em hastas públicas, e neste momento estão infra-estruturados um número significativo de lotes, permitia que o Município alienasse em hasta pública e amortizasse o investimento que fez e até o rentabilizasse, continuasse a infra-estruturar e pudesse alienar ou promover outro tipo de acções sobre o terreno em termos de habitação. Ficariam disponíveis terrenos para quase mil fogos, portanto ficar-se-ia com uma situação folgada. Acabava-se o litígio, o mercado começaria a responder. Aliás viveu-se um período que, como bem sabem, foi de forte recessão no imobiliário. Neste momento estamos com uma certa animação, admite-se que o ano 2007 já seja um bocadinho melhor. Acabava-se com este complexo processo. O alvará 2/78 foi passado à Felizardo & Correia quando parte do terreno não era da Felizardo & Correia, sem referir um prédio que fazia parte de um loteamento que é o 1639. São coisas que hoje com o apoio técnico que há não passariam. Ainda por cima nunca se sabe espacialmente onde é que ficam as coisas. Repare-se que o Município não recebeu oito mil e tal metros quadrados para os infra-estruturar em favor da Firma Felizardo e Correia. Claro que não é isso que se pretendia, mas a questão já foi comigo eu respondo por isso. O que é que a Felizardo & Correia queria e o Engº Vitor Duarte? Ficar na mão com um bocadinho de terreno para pressionar se o Município não cumprisse. Então os oito mil e sessenta metros que excepcionaram da cedência o que eram? Eram a soma milimétrica dos lotes segundo o plano de pormenor. Nem ficava espaços para ruas, nem para nada, era a justaposição dos prédios. Eu acabei por aconselhar a Câmara, na altura, a deixar lá a parcela, que não está nem delimitada, nem se sabe se confronta com quem, aliás nem tem confrontação alguma. Foi uma imposição da Firma Felizardo & Correia ficar com um terreno que não dava nem para 270 fogos é evidente, só se fosse acamados, ou justapostos. Era tudo muito bonito em 77 quando se viram apertados e nomeadamente apertados por causa das empresas CDH’s, mas passado esse tempo já foi muito difícil a concretização da escritura e daí que só quem conheça o percurso destes anos é que poderá ter uma noção exacta das dificuldades negociais. As reuniões multiplicaram-se, nem sei quantas dezenas ou centenas de horas em reuniões já há, não falando nas últimas que já são entre advogados, com proposta e contra-propostas, mas das outras, as negociações que houve até à concretização do alvará 2/78, até à escritura, depois as dificuldade de registo, são centenas de horas. Não há praticamente actas assinadas pelo Engº Vitor Duarte. As únicas actas assinadas são aquelas que foram juntas a esta síntese, à documentação. É um processo extremamente complexo. O Município não sai daqui a prazo útil, estou a falar de anos, sem um acordo extra-judicial. A situação do Mercado é aquela que eu resumi naquilo que chamo síntese do processo e projecto de acordo. O Município, em 1988 tinha como objectivo programático construir o Mercado da Zona Sul da Baixa da Banheira. Não tinha capacidade e elaborou umas normas regulamentares, chamaram-se Normas Especiais e foram aprovadas pela Assembleia Municipal. O Município alienaria um lote de terreno com 2.650 metros quadrados, em hasta pública, ficando o adquirente com a obrigação de construir o edifício do mercado e de prometer vender ao Município a fracção ampla do

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Mercado tradicional, com obrigação, segundo normas apertadas de construir e de vender ao Município por determinado preço uma fracção ampla e os talhos, que eram quatro e passaram a ser cinco, porque um foi subdividido. Essas normas especiais permitiam que fossem introduzidas certas alterações que influiriam no valor de venda das fracções ao Município, porque poderiam diminuir a área útil da parte municipal. Também previam área para estacionamento e, da parte municipal, zonas para circulação. O que aconteceu? O particular, o Engº Vitor Duarte ou Parra & Mendonça, faz alterações que vão para além das normas especiais. Reduzem um bocado a área de mercado, aumentam, essencialmente em prejuízo das zonas de circulação, a área das fracções/lojas do próprio promotor e inclusivamente aumentam a área de estacionamento. Qual toupeiras, ultrapassaram a área de implantação. A Câmara Municipal acabou por aprovar o projecto e em 1993 é registada a propriedade horizontal e entregue ao Município as fracções. Entregues materialmente, o Município tomou conta das fracções e começou a flui-las como fracções do Mercado municipal. A escritura, de acordo com as normas, tinha de facto critérios muito firmes, muito inflexíveis de preço mas tinha também uma coisa: o Município era obrigado a pagar o mercado no prazo de sessenta dias a contar da sua disponibilidade, que eu considero ter sido em 4/93 quando foi registada a propriedade horizontal, até 1 de Maio de 93. A partir daí o Município constitui-se em mora, não pagou. Havia um determinado valor, um valor base que segundo as Normas Especiais era de 49.866.000$00, ver pag. 5, ponto 9, 140.798, 53 euros. Ora bem, o Município não o fez em 93, continuou a somar o tempo. Nas negociações, em 96, o Engº Vitor Duarte disse isto logo se faz, entramos depois em contas, não há problema. Na altura houve o período da acalmia negocial e depois em 96 houve outro período negocial, portanto era uma questão que se resolvia e que não havia problema. O Município acabou por nunca pagar. Quando os notificou para a escritura, portanto também não vieram. O Município está em mora, em mora significa pagar juros de mora. A taxa de juros até 29 de Setembro de 95 foi de 15%, depois, desde 30/09/95 até 16/04/99 de 10% e passou a ser de 7% até Abril de 2003 e de 4% a partir de 1 de Maio de 2003. São portarias que regulamentam a taxa supletiva de juros de mora legais. Isto significa que o valor em dívida em 93, somado aos juros de mora, monta a 300.760 euros. Por outro lado a Firma Parra & Mendonça, estamos agora a falar em reuniões de advogados em que eu participei, reclamava o pagamento da contribuição autárquica desde de 93 até agora, mas só apresentaram dados até 2002, que somavam vinte e três mil trezentos e tal, o que dava, até 2005 à volta de trinta e três ou trinta e quatro mil euros. Exigiam também o pagamento de 3.600 contos, números redondos, das bancas do mercado que teriam executado. No entanto só apresentaram um orçamento, não apresentaram prova. Eu pedi informações e não as obtive. Negociado isto, acordou-se na compra do mercado contra um lote para 20 fogos, exactamente no Vale da Amoreira. Isso significa, segundo o relatório do perito oficial, pagar pelo mercado 281.980 euros e, considerando o valor/fogo de 15.000 euros do Arqº Carlos Matos o valor seria 300.000 euros. O Arqº Carlos Matos avaliou as fracções do mercado por 318.714, portanto em termos objectivos e de mercado imobiliário. A avaliação patrimonial até é superior. Digamos que o Município não sai prejudicado, paga o valor aquém da dívida, considerando os juros. Se eu disse à bocado que era um excelente negócio, agora, neste, é evidente que há mora do Município e isso vai-se repercutir no preço e mesmo assim é abaixo do valor do mercado imobiliário.”

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Sr. Presidente – Perguntou se haveria questões para colocar ao Dr. Marino Vicente, antes de este abandonar a reunião. Serafim e Sousa – Fica contente e a Assembleia até se deve congratular por finalmente ao fim de 30 anos chegar a esta situação, é uma situação de acordo os acordos quanto mais se fizerem melhor, isto não ia a lado nenhum nos próximos anos. É bom que o Município tenha tomado esta iniciativa e pode ser um ponto de rendimento. António Costa – Diz que nos últimos 6 anos nas discussões do Orçamento tem vindo a falar neste assunto, a prova é de que aquilo que falava tinha uma certa razão de ser, este acordo é excelente a Câmara sai bem deste acordo, são 966 fogos os custos não têm quase significado para esta receita, a Felizardo & Correia leva mais de 360.000 mil contos, isso não invalida que seja um bom acordo mas á leitura política que tem de ser feita, o Sr. Presidente teve o bom senso de propor um acordo, fico muito satisfeito com isso agora a Câmara já poderá pôr no Orçamento com toda a legitimidade essa receita. Ana Sofia – Diz que este processo é extremamente complexo, e embora a exposição bastante clara do Dr. Marino Vicente, há coisas que não consegue perceber. Este processo é bastante complexo dá a sensação que desde o início muito mal gerido, no inicio se eu bem percebo há cedência de todo NOPQ do Vale da Amoreira e depois há alguns esquecimentos sucessivos das tais áreas que fisicamente não existiam nomeadamente os tais 91.000 m2. A sensação que tem da leitura e da própria exposição é de existir sempre um prejuízo para a Câmara e que este acordo é um mal menor. Não percebo como é que ao longo dos anos e o Sr. Presidente Câmara foi Vereador com o Pelouro do Urbanismo deve de estar por dentro de processo há muito tempo, como é que ao longo dos anos isto vai acontecendo e chega até aos anos 90 sem resolução. Maria Helena Luís - Diz que no meio jurídico se costuma dizer que mais vale um mau acordo que uma boa demanda e de facto por aquilo que aqui foi explicitado, quer pelo Dr. Marino quer pelo Dr. Serafim de facto o que se estava aqui a prever era uma demanda judicial prolongada, julgo que nenhum membro da Assembleia a quem os documentos tenham chegado com os dias que tenham chegado tem um cabal conhecimento da situação, só que o Dr. Marino de alguma forma clara, mas é uma questão jurídica muito complicada por aquilo que foi exposto, de qualquer maneira julgo que este é o acordo possível, embora com alguma perca para o Município em termos financeiros a Câmara merece um voto de confiança, tanto mais que o assunto ainda está dependente do Tribunal de Contas. António Chora - Diz que é um leigo nas questões de direito gostaria de fazer uma pergunta á actual gestão da Câmara, se houve desleixo ou má gestão de património municipal durante estes anos em que se deixou caducar ao que parece derterminadas licenças de loteamentos ou não? Diamantino Patarata – Para votar em consciência gostaria de saber se este acordo é ou não um acordo favorável ao município?

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O Sr. Presidente da Câmara dá a palavra ao Dr. Marino Vicente que esclarece que se é ou não favorável a Câmara responderá, fez o melhor possível para conseguir que o acordo fosse favorável, mas o copo meio cheio ou meio vazio depende da percepção de cada um. Relativamente á única pergunta que foi colocada penso que haverá aí alguma confusão, as parcelas de terreno foram registadas em favor do município. Limitemo-nos agora á questão, há dois tipos de terrenos há os terrenos de domínio privado municipal, que corresponde ás células NOPQ e essas foram registadas, houve foi a impossibilidade de registo por falta de área em termos formais em 1987 que só foi superada em 1991, depois há outra coisa que são as parcelas de terreno inestesiais, aqueles que são zonas verdes, arruamentos que não foram contabilizadas na escritura de cedência mas que existem, e porque é que existem? O prédio tem 977.200 m2 segundo o cadastro, o cadastro como sabem é uma planta e é mensurada com 1/2000, mas segundo o rigor da cartografia de gestão á 978.000 m2, desses falta ceder cento e tal metros quadrados que estão lá, porque é que o município não deu por isso? A cartografia foi implementada aqui no SGI a partir do ano de 2000 os serviços na altura não tinham capacidade para recensear isso, comecei a colaborar com o município em 1977 mesmo em 1980 o nível de tecnicidade também era muito baixa, hoje em dia é inadmissível que um processo destes não fosse detectado mais cedo, todas estas lacunas que ao longo do tempo ocorreram, só a partir de 1984 é que começa a haver um maior rigor, em 1991 começa o alvará que titula todas as cedências para o domínio público. As cedências por equipamento são para o domínio público, questões como conceder a terceiros a promoção por receita, na altura não era nem hoje ainda não é só quando se quer alienar, para transmitir é que é obrigatório. Sr. Presidente da Câmara – Após um prolongado processo conseguiu-se este acordo e não temos duvida que hoje é um acordo favorável á Câmara Municipal da Moita. Conseguimos este acordo, a seguir o processo vai para visto no Tribunal de Contas, depois só poderá entrar em vigor quando o Tribunal de Contas der o seu visto favorável. Se houve desleixo, má gestão do património a única coisa que a Câmara podia ter melhorado foi a quando da execução das infra estruturas só que a Câmara tinha que contrair empréstimo para fazer as infra estruturas, aí é que se pode dizer que a Câmara o poderia ter feito mais cedo se tivesse dinheiro. Depois de termos o visto do Tribunal de Contas temos condições para vender o nosso património, mas quando colocávamos este valor e não colocávamos o valor dos 900 e tal fogos, o que nós aprovávamos era no inicio do mandato em termos da Câmara e depois com autorização da Assembleia, para poder alienar aqueles fogos, mas anualmente o valor que púnhamos não era o valor de todos os fogos, trata-se de um Orçamento é uma expectativa de realização. Colocado á votação a rectificação do Projecto de Acordo quanto à Urbanização do Vale da Amoreira foi o mesmo aprovado por maioria com 18 votos a favor, sendo 17 da CDU e 1 do PS e 13 abstenções, sendo 8 do PS, 2 do PSD e 3 do BE. 7 – Projecto Municipal de Planeamento e Controlo de Actividades (PMPCA) Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a Câmara deliberou em reunião realizada em 02.11.2006 aprovar por maioria com duas abstenções, com submissão à Assembleia Municipal:

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“No actual contexto, a acção municipal é confrontada com novos desafios que extravasam os domínios tradicionais da sua intervenção, exigindo por isso metodologias inovadoras e mudanças nos procedimentos de natureza técnica e organizacional que se consubstanciem numa forma de gestão mais moderna, com ênfase colocado nos resultados, privilegiando relações de tipo horizontal e actuando de forma transversal a toda a organização. O Município do Moita tem em curso um conjunto de projectos, de âmbito municipal ou resultantes de parcerias estratégicas entre a autarquia e outros agentes locais ou institucionais, que envolvem um conjunto de investimentos multisectoriais de carácter infraestrutural e incorpóreo, nomeadamente: - A Operação de Revitalização Urbana da Vila da Baixa da Banheira; - O Programa de Valorização da Zona Ribeirinha, na qual se integra a Requalificação da

Envolvente à Caldeira da Moita (Polis Moita); - O Programa de Alfabetização Informática; - O Projecto Setúbal – Península Digital; - A Operação de Qualificação e Reinserção Urbana do Vale da Amoreira, no âmbito da

iniciativa Bairros Críticos; Que pela sua natureza são transversais aos serviços municipais, exigindo por isso um acompanhamento específico que não é eficientemente assegurado pela estrutura vertical permanente. Acresce ainda que com a entrada em vigor do novo Quadro de Referência Estratégica Nacional (2007-2013) urge definir um programa de investimentos municipais a candidatar aos fundos comunitários. A Câmara Municipal da Moita reconhece a importância dos projectos financiados para o desenvolvimento do Concelho, bem como para o contexto organizacional em que desenvolve a sua actividade, e que a sua realização justifica a implementação de um conjunto articulado de acções específicas de carácter interdisciplinar e transversais à orgânica dos serviços. Assim, propõe-se que: 1º - Seja criado o Projecto Municipal de Planeamento e Controlo de Actividades, nos

termos da alínea c) do art. 3º do Decreto-Lei nº116/84, de 6 de Abril; 2º - Este projecto municipal comporte um Gabinete, designado por Gabinete

Planeamento e Controlo de Actividades (GPCA), a que especialmente incumbirá a coordenação e a monitorização das actividades necessárias à realização dos investimentos desta natureza, a promoção da interligação dos serviços municipais intervenientes, bem como a procura de fontes de financiamento alternativos ao orçamento municipal que os sustentem, sejam fundos comunitários ou nacionais, públicos e privados;

3º - O Gabinete seja composto por uma equipa pluridisciplinar que deve integrar os

elementos das especialidades necessárias à implementação do projecto municipal,

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sob a coordenação de um Director de Projecto Municipal, equiparado a Director de

Departamento 4º - As competências deste Gabinete sejam as constantes do Artigo 25º do Regulamento

Interno dos Serviços Municipais; 5º - O projecto se extinga com o encerramento do Quadro de Referência Estratégica

Nacional (QREN). 6º - De acordo com a Lei remeter à Assembleia Municipal.” Posta a proposta á discussão intervieram: Sr. Presidente da Câmara – Diz que com a criação da estrutura deixou de existir o gabinete de projectos estruturantes deixou de existir o gabinete de estudos de planeamento e coordenação, passou a existir o projecto de PMPCA, no fundo temos que continuar com o trabalho de acompanhamento daquilo que são as acções em desenvolvimento, é necessário criar ao mesmo nível daquilo que estava no gabinete de projectos estruturantes, este gabinete será coordenado pela Dr.ª Custódia Gésaro e a intenção da Câmara é continuar a nomeá -la como directora deste projecto municipal. Não havendo mais intervenções foi a proposta colocada á votação tendo sido aprovada por maioria com 21 votos a favor sendo 17 da CDU, 1 do PSD, 3 do BE e 9 abstenções do PS. 8 – Aprovação do Programa de Concurso e Caderno de Encargos para a Concessão do Bar da Piscina Municipal de Alhos Vedros Foi presente a proposta infra transcrita, a qual a Câmara deliberou em reunião realizada em 15.11.06 aprovar por unanimidade, com submissão à Assembleia Municipal. “No quadro da sua politica de gestão e rentabilização dos equipamentos desportivos municipais e no âmbito da concessão do bar existente na Piscina Municipal de Alhos Vedros, serve a presente para propor: 1 – Aprovação do Programa de Concurso 2 – Aprovação do Caderno de Encargos Mais se propõe a posterior remessa à Assembleia Municipal.” Posta a proposta à discussão intervieram Sr. Presidente da Câmara – Diz que se trata de um novo programa de concurso para Caderno de Encargos para o Bar da Piscina Municipal de Alhos Vedros, já houve anteriormente concurso e o processo não correu bem, o bar está desocupado, este concurso em relação ao anterior em face da dificuldade que existe e da necessidade que aquele bar funcione entendemos proceder a algumas alterações àquilo que tinha sido a

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anterior decisão. Era a concessão de 6.800 para 3.000 € reduzindo a concessão aumentando a renda de 200 para 250 mil euros, ou seja no impacto inicial pondo ao longo do tempo essa actualização mas, da possibilidade da autonomização do bar com acesso posterior com exploração do terraço e explanada. Se houver essa autonomia a renda duplica. Não havendo mais pedidos de intervenção, foi a mesma posta à votação tendo sido aprovada por unanimidade. De seguida foi lida a Acta em Minuta a qual, não havendo objecções, foi submetida à votação tendo sido aprovada por unanimidade, para efeitos de aplicação imediata. Não havendo mais nada a tratar, foi encerrada a Sessão eram 01.20 horas do dia 25 de Novembro de 2006.

O Presidente,

1.ª Secretária,

2.ª Secretária