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28. Série Gênesis - Problemas familiares (Gn 30.1~24)

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Série Gênesis – Passos tortos pelo Caminho reto

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Série Gênesis – Passos tortos pelo Caminho reto – Mensagem 28

Paulo Sung Ho Won – www.sunghojd.blogspot.com

Série Gênesis – Passos tortos pelo Caminho reto – Mensagem 281

Problemas familiares. (Texto: Gn 29:31~30:24)

1. Introdução. Quem não tem problemas familiares? Todos temos. Eu tenho, você tem, poderíamos conjugar essa situação em todas as pessoas e em todos os tempos verbais. Nem os maiores heróis da bíblia tiveram descanso nesse aspecto. Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi, etc... todos tiveram problemas dentro de suas famílias. Quando olhamos para as famílias ao nosso redor, podemos perceber que nós não somos os únicos a termos problemas. O trecho de hoje, que é uma descrição quase que exaustiva de quase todos os filhos que Jacó teve, é reflexo de como, até mesmo dentro de uma família abençoada por Deus, conflitos existem e fazem parte da vida de todos. No caso da família de Jacó, a questão central eram os filhos e o conflito entre duas mulheres. Para uma das mulheres de Jacó, Lia, os filhos eram o instrumento para se conquistar o amor do seu marido. Para a outra, Raquel, os filhos eram o fim, ou seja, a razão última de felicidade, logo a ausência de filhos significava infelicidade do casamento. No meio estava um marido, Jacó, incapaz de trazer equilíbrio ao seu lar. Na base de tudo isso, a tentativa de resolver tudo sem Deus. Qual é a fonte da maioria dos problemas dentro de uma família? Falta de Deus! 2. Exposição do texto. (Gn 29:31~30:24)

31 Quando o SENHOR viu que Lia era desprezada2, concedeu-lhe filhos; Raquel, porém, era estéril. 32 Lia engravidou, deu à luz um filho, e deu-lhe o nome de Rúben3, pois dizia: “O SENHOR viu a minha infelicidade. Agora, certamente o meu marido me amará”.

33 Lia engravidou de novo e, quando deu à luz outro filho, disse: “Porque o

SENHOR ouviu que sou desprezada, deu-me também este”. Pelo que o chamou Simeão4. 34 De novo engravidou e, quando deu à luz mais um filho, disse: “Agora,

finalmente, meu marido se apegará a mim, porque já lhe dei três filhos”. Por isso deu-lhe o nome de Levi5.

35 Engravidou ainda outra vez e, quando deu à luz mais outro filho, disse: “Desta vez louvarei o SENHOR”. Assim deu-lhe o nome de Judá6. Então parou de ter filhos.

1 Quando Raquel viu que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã. Por isso disse a Jacó: “Dê-me filhos ou morrerei!”

2 Jacó ficou irritado e disse: “Por acaso estou no lugar de Deus, que a impediu de

ter filhos?” 1 Pregado no MEP dia 03 de outubro de 2010, 39°. aniversário da igreja Dae Han. 2 Cf. NET Bible, um recurso de linguagem para realssar a diferença de entre a afeição de Raquel com o relacionamento sentimental com Lia, uma é dito que Jacó amava mais Raquel do que Lia. 3 !beWar> que dizer "veja, um filho". 4 !A[m.vi quer deriva da raiz [mv que significa "ouvir", ou seja, o Senhor ouviu acerca do desprezo que Lia estava sofrendo e teve misericórida dela. 5 ywIle possui um som semelhante a hw"l' que significa "juntar". 6 hd"Why> significa "ele será louvado"

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3 Então ela respondeu: “Aqui está Bila, minha serva. Deite-se com ela, para que tenha filhos em meu lugar7 e por meio dela eu também possa formar família”.

4 Por isso ela deu a Jacó sua serva Bila por mulher. Ele deitou-se com ela, 5 Bila engravidou e deu-lhe um filho. 6 Então Raquel disse: “Deus me fez justiça, ouviu o meu clamor e deu-me um filho”. Por isso deu-lhe o nome de Dã8.

7 Bila, serva de Raquel, engravidou novamente e deu a Jacó o segundo filho. 8 Então disse Raquel: “Tive grande luta com minha irmã e venci”. Pelo que o chamou Naftali9.

9 Quando Lia viu que tinha parado de ter filhos, tomou sua serva Zilpa e a deu a Jacó por mulher. 10 Zilpa, serva de Lia, deu a Jacó um filho. 11 Então disse Lia: “Que grande sorte!”10 Por isso o chamou Gade11.

12 Zilpa, serva de Lia, deu a Jacó mais um filho. 13 Então Lia exclamou: “Como sou feliz! As mulheres dirão que sou feliz”. Por isso lhe deu o nome de Aser12.

14 Durante a colheita do trigo, Rúben saiu ao campo, encontrou algumas

mandrágoras13 e as trouxe a Lia, sua mãe. Então Raquel disse a Lia: “Dê-me algumas mandrágoras do seu filho”.

15 Mas ela respondeu: “Não lhe foi suficiente tomar de mim o marido? Vai tomar também as mandrágoras que o meu filho trouxe?” Então disse Raquel: “Jacó se deitará com você esta noite, em troca das mandrágoras trazidas pelo seu filho”.

16 Quando Jacó chegou do campo naquela tarde, Lia saiu ao seu encontro e lhe disse: “Hoje você me possuirá, pois eu comprei esse direito com as mandrágoras do meu filho”. E naquela noite ele se deitou14 com ela.

17 Deus ouviu Lia, e ela engravidou e deu a Jacó o quinto filho. 18 Disse Lia: “Deus me recompensou por ter dado a minha serva ao meu marido”. Por isso deu-lhe o nome de Issacar15.

19 Lia engravidou de novo e deu a Jacó o sexto filho. 20 Disse Lia: “Deus presenteou-me com uma dádiva preciosa. Agora meu marido me tratará melhor16; afinal já lhe dei seis filhos”. Por isso deu-lhe o nome de Zebulom17.

21 Algum tempo depois, ela deu à luz uma menina a quem chamou Diná18. 22 Então Deus lembrou-se de Raquel. Deus ouviu o seu clamor e a tornou fértil.

23 Ela engravidou, e deu à luz um filho e disse: “Deus tirou de mim a minha humilhação”. 24 Deu-lhe o nome de José19 e disse: “Que o SENHOR me acrescente ainda outro filho”.

Como vimos anteriormente, Lia foi vítima de seu tio Labão. Como o texto não nos diz, não podemos saber se ela concordava ou não em casar-se com Jacó daquela maneira.

7 30.3 Hebraico: nos meus joelhos. 8 !d" significa "julgou", "vingou", cuja raiz vem de !yDi. 9 yliT'p.n: deve significar algo do tipo "minha luta" 10 30.11 Ou “Uma tropa está vindo!” 11 dG" significa "boa sorte" 12 rv,a' aparentemente significa "feliz" 13 30.14 Isto é, plantas tidas por afrodisíacas e capazes de favorecer a fertilidade feminina. 14 bk;v' que significa "dormir com", um eufemismo para a prática sexual em si, cf. NET Bible. 15 rk'vV'y> aparentemente significa "homem de recompensa" ou "há recompensa" 16 30.20 Ou me honrará 17 !Wlbuz> aparentemente significa "honra" 18 hn"yDI que significa "aquela que foi julgada", única filha de Jacó. 19 @sewoy signiifca "que ele acrescente". No hebraico, o nome tem a sonoridade próxima de @s;a' que significa "retirar", no sentido de retirar a vergonha de ser estéril.

1. Lia: usando os filho para ter amor do marido.

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Porém, o grande problema para Lia era que Jacó não a amava (pelo menos não como Raquel), ou seja, era "desprezada" no sentido de ser deixada em segundo plano. Ora, ninguém quer ficar em segundo plano, ainda mais quando vocês está casado. É lógico que você vai querer que seu marido te dê toda a atenção do mundo. "Quando o SENHOR viu que Lia era desprezada, concedeu-lhe filhos; Raquel, porém,

era estéril." (vr. 31). Deus, vendo a situação de Lia, concedeu-lhe filhos para compensar, de alguma maneira a falta do amor de Jacó. Se por um lado Lia não tinha o carinho e a prioridade de Jacó, por outro lado, ela tinha a condição mais importante da família, que era a possibilidade de ser mãe, numa época em que ter descendentes era considerado uma das maiores bênção dentro de uma família. A grande vantagem de Lia era poder ter filhos. Cada filho que nascia era uma tentativa desesperada de ter o amor de seu marido: "Lia engravidou, deu à luz um filho, e deu-lhe o nome de Rúben, pois dizia: “O SENHOR

viu a minha infelicidade. Agora, certamente o meu marido me amará”. Lia engravidou

de novo e, quando deu à luz outro filho, disse: “Porque o SENHOR ouviu que sou

desprezada, deu-me também este”. Pelo que o chamou Simeão. De novo engravidou e,

quando deu à luz mais um filho, disse: “Agora, finalmente, meu marido se apegará a

mim, porque já lhe dei três filhos”. Por isso deu-lhe o nome de Levi. Engravidou ainda

outra vez e, quando deu à luz mais outro filho, disse: “Desta vez louvarei o SENHOR”.

Assim deu-lhe o nome de Judá. Então parou de ter filhos." (vss. 32~35). Rúben, Simeão, Levi, Judá. Quatro filhos e quatro tentativas de conquistar o amor de Jacó. Quando um marido não amava a sua esposa, ou quando ele não dá à esposa a devida atenção e importância, não somente o casamento acaba se transformando em uma ruína, como também os filhos acabam sofrendo toda a conseqüência disso. Mas Deus estava vendo toda aquela situação que não lhe agradou nenhum pouco.

"Quando Raquel viu que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã. Por isso disse

a Jacó: “Dê-me filhos ou morrerei!”. Jacó ficou irritado e disse: “Por acaso estou no

lugar de Deus, que a impediu de ter filhos?”" (vss. 1,2). Raquel era a preferida de Jacó. Pelo jeito, Jacó sempre deixou isso muito claro (afinal, foram 14 anos para tê-la em seus braços!). Até para mostrar que seu casamento com Lia era algo totalmente absurdo em sua opinião, Jacó queria mais era ficar com Raquel. Porém, Raquel não podia ter filhos. Enquanto que ela tinha o amor de Jacó, não tinha a condição de ter tantos filhos como a sua irmã Lia tinha. Essa situação deixou Raquel desesperada. A bíblia nos diz que esse desespero tinha causa: a inveja. Para Raquel o amor de Jacó não era suficiente. Ela queria filhos. A esterilidade, no Antigo Testamento, era considerado quase uma maldição divina. Imagine Raquel todos os dias tentando engravidar e se frustrando com a sua esterilidade. "Dê-me filhos, se não

vou morrer!", era como se a culpa da esterilidade estivesse com Jacó. Mas Jacó sabia que tem não estava permitindo que Raquel engravidasse era Deus.

2. Raquel: a inveja

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Vendo que não poderia ter filhos, Raquel tomou uma atitude que Sara havia tomado no passado: já que eu não posso, então vou ter um filho através da barriga de outra mulher: "Então ela respondeu: “Aqui está Bila, minha serva. Deite-se com ela, para que tenha

filhos em meu lugar e por meio dela eu também possa formar família”. Por isso ela deu

a Jacó sua serva Bila por mulher. Ele deitou-se com ela, Bila engravidou e deu-lhe um

filho. Então Raquel disse: “Deus me fez justiça, ouviu o meu clamor e deu-me um filho”.

Por isso deu-lhe o nome de Dã. Bila, serva de Raquel, engravidou novamente e deu a

Jacó o segundo filho. Então disse Raquel: “Tive grande luta com minha irmã e venci”.

Pelo que o chamou Naftali" (vss. 4~8) Dã foi o nome do primeiro filho que nasceu da união entre Jacó com a serva de Raquel Bila. Para Raquel, aquele menino era o seu filho adotivo, tanto é que ela considera que aquele filho era uma resposta da justiça divina. Mas olhe com atenção ao segundo filho de Bila. O nome dele foi Naftali, que significa literalmente "minha luta", ou seja, esse filho era um troféu vencedor da luta que ela estava travando com sua irmã Lia. Lia, vendo que sua irmã fizera, também não ficou quieta. Como em toda a família, participou essa grande guerra de egos: "Quando Lia viu que tinha parado de ter filhos,

tomou sua serva Zilpa e a deu a Jacó por mulher. Zilpa, serva de Lia, deu a Jacó um

filho. Então disse Lia: “Que grande sorte!” Por isso o chamou Gade. Zilpa, serva de

Lia, deu a Jacó mais um filho. Então Lia exclamou: “Como sou feliz! As mulheres dirão

que sou feliz”. Por isso lhe deu o nome de Aser" (vss. 9~13). A impressão que temos é que Lia queria compensar a falta de amor de Jacó com a quantidade de filhos, enquanto que Raquel queria justamente ter filhos, mesmo que fosse por outros meios. Duas irmãs, que por causa de um homem entraram em conflito. Porem, aquele que devia estar no meio, sendo um ponto de equilíbrio, não estava fazendo a sua parte: Jacó mesmo foi um dos maiores responsáveis por todo esse conflito dentro de sua própria família.

"Durante a colheita do trigo, Rúben saiu ao campo, encontrou algumas mandrágoras e

as trouxe a Lia, sua mãe. Então Raquel disse a Lia: “Dê-me algumas mandrágoras do

seu filho”. Mas ela respondeu: “Não lhe foi suficiente tomar de mim o marido? Vai

tomar também as mandrágoras que o meu filho trouxe?” Então disse Raquel: “Jacó se

deitará com você esta noite, em troca das mandrágoras trazidas pelo seu filho”. Quando Jacó chegou do campo naquela tarde, Lia saiu ao seu encontro e lhe disse:

“Hoje você me possuirá, pois eu comprei esse direito com as mandrágoras do meu

filho”. E naquela noite ele se deitou com ela. Deus ouviu Lia, e ela engravidou e deu a

Jacó o quinto filho. Disse Lia: “Deus me recompensou por ter dado a minha serva ao

meu marido”. Por isso deu-lhe o nome de Issacar". (vss. 14~18). Como não podia deixar de ser, o conflito veio a tona, e as duas irmãs se colocaram em pé de guerra; e tudo por causa de quê? Mandrágoras. A mandrágora (Mandragora

officinarum L.) é uma planta da família das Solanaceae. São-lhe atribuídas propriedades medicinais: afrodisíaca, alucinógena, analgésica e narcótica. O uso da raiz da planta é

3. Bila e Zilpa: guerra de egos.

4. Mandrágoras: batalha dos egos.

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muito antigo, encontrando-se citado nos textos bíblicos em Gênesis 30:14 e Cantares 7:13. Segundo lendas medievais, as raízes da mandrágora deveriam ser colhidas em noite de lua cheia, puxadas para fora da terra por uma corda presa a um cão preto; se outro animal ou pessoa fizesse esta tarefa, a raiz "gritaria" tão alto que o mataria. Seus frutos, semelhantes a uma pequena maça, exalam um odor forte e fétidoOutra lenda refere que a mandrágora tinha como semente o Sêmen de um homem enforcado."20 Particularmente no contexto do Antigo Testamento, era tido como um afrodisíaco. Vendo que Ruben havia pelo alguma dessas mandrágoras durante a colheita, Raquel foi até Lia para pedi-las. Mas Lia responde colocando no jogo a razão de toda a sua mágoa: "não basta você ter o amor de Jacó e a gora quer ter até a mandrágora do meu filho?". Ouvindo isso, Raquel propõe um acordo: em troca das mandrágoras, ela poderia se deitar com Jacó naquela noite! Quando lemos isso, com as nossas cabeças no séc. XXI, podemos achar muito estranho o que está acontecendo. Mas note que para Raquel, aquelas mandrágoras poderiam ter um efeito de fazer com que ela tivesse filhos. A confiança de Raquel não estava em Deus. Estava sim em superstições. Quando não entendemos a vontade de Deus nas nossas vidas, passamos a querer forçar situações. Isso, dentro de um contexto de família pode ser desastroso. O fato é que Lia aceita a oferta e se deita com Jacó. Resultado: mais um filho, Issacar, cujo nome significava "recompensa". Ao invés da mandrágora ter efeito em Raquel, Lia ficou grávida novamente. Isso está escrito assim para que saibamos que não havia nenhum poder milagroso na mandrágora: Deus está no controle de todas as coisas!

"Lia engravidou de novo e deu a Jacó o sexto filho. Disse Lia: “Deus presenteou-me

com uma dádiva preciosa. Agora meu marido me tratará melhor; afinal já lhe dei seis

filhos”. Por isso deu-lhe o nome de Zebulom. Algum tempo depois, ela deu à luz uma

menina a quem chamou Diná. Então Deus lembrou-se de Raquel. Deus ouviu o seu

clamor e a tornou fértil. Ela engravidou, e deu à luz um filho e disse: “Deus tirou de

mim a minha humilhação”. Deu-lhe o nome de José e disse: “Que o SENHOR me

acrescente ainda outro filho”." (vss. 19~29) Raquel ainda teve que assistir de camarote o nascimento de mais dois filhos: Zebulom e a única filha de Jacó, a Diná. Aí sim, é o que o texto diz que: "Deus lembrou-se de Raquel" concedendo-lhe um filho. A preocupação de Raquel, vendo sua irmã ter 10 filhos, era saber com que método ela poderia ter também. A atenção dela não estava em Deus, mas sim, entre outras coisas, na superstição da época. E em fim, Deus permitiu que ela tivesse um filho: José. Mas repare no significado desse nome: "Que o SENHOR me acrescente ainda outro filho". Raquel era uma mulher incansável na luta interior em ter filhos. Ela nos mostra o quanto o homem é um ser insaciável! Ela nem teve tempo em contemplar o grande milagre que acontecera com ela, uma vez que ela era estéril: ela já queria outro filho para fazer frente à sua irmã. Raquel estava cegada pela inveja.

20 http://pt.wikipedia.org/wiki/Mandrágora acessado em 03 de outubro de 2010.

3. José: o fim de um problema, mas o fruto de um outro maior.

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Jacó se apaixonara por uma mulher não muito virtuosa, como nos fala Pv 31. E justamente essa falta de prudência, tanto para Lia, como também para Raquel, serão responsáveis por mais problemas no futuro. Isso veremos nas próximas mensagens! Conclusão:

Algumas lições podemos tirar desse texto com respeito à tumultuada vida familiar de Jacó:

1. Ame a todos e não dê preferência a um em detrimento de outro. Isso sempre trará descontentamento por parte daquele que são deixados em segundo plano.

2. Não use métodos errados para conquistar o amor de uma pessoa. Nem filhos, nem supertição: seja verdadeiro no seu amor.

3. Não tenha inveja do sucesso de algum familiar: alegre-se com ele. Ver o sucesso de outros é algo muito difícil de se fazer com alegria no coração. Você vai querer ter aquele sucesso e se você não tomar cuidado, você poderá ficar com inveja daquele sucesso. Coloque seu coração nas mãos de Deus. Aprenda a se alegrar com a alegria do seu irmão.

4. Coloque Deus acima de todos os seus relacionamentos familiares. Sem isso, família nenhuma poderá ser "feliz".

5. Deus é soberano, apesar dos conflitos familiares: Levi, Judá, José: os três filhos mais destacados de Jacó, que nasceram dentro de um contexto complicado de conflito familiar, foram instrumento, mais adiante no futuro, para a glória de Deus. Não fique desanimado com a situação da sua família hoje. Deus pode reverter tudo isso. Ele pode forjar o seu caráter através de tudo isso, para que no fim, você seja usado para a glória de Deus!

Toda família tem problemas, porque o homem tem problemas. Toda família terá conflitos, porque o homem é cheio de pecado. O que nos faz vencer todos esses problemas, brigas, conflitos, é o amor de Deus e Sua graça. Nos próximos capítulos veremos como esses problemas familiares que nasceram junto com os filhos de Jacó, produzirão, nas palavras de Piper, "pecados espetaculares".