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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
2 verso
Ministrio da Educao
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
PROPOSTA PRELIMINAR
SEGUNDA VERSO
abril | 2016
MINISTRIO DA EDUCAO
Ministro de Estado da Educao:
Aloizio Mercadante
Secretaria Executiva:
Luiz Cludio Costa
Secretaria de Educao Bsica:
Manuel Palacios da Cunha e Melo
Diretoria de Currculos e Educao Integral:
Italo Modesto Dutra
Coordenao-Geral de Ensino Mdio:
Ricardo Magalhes Dias Cardozo
Coordenao-Geral de Ensino Fundamental:
lsio Jos Cor
Coordenao-Geral de Educao Infantil:
Rita de Cssia Freitas Coelho
Coordenao-Geral de Educao Integral:
Leandro da Costa Fialho
CONSED
Presidente / Secretrio de Estado de Educao de Santa Catarina:
Eduardo Deschamps
Secretaria Executiva:
Nilce Rosa da Costa
Vice-Presidente / Secretrio de Estado da Educao da Bahia:
Osvaldo Barreto Filho
Vice-Presidente / Secretrio de Estado de Educao do Amazonas:
Rossieli Soares da Silva
Vice-Presidente / Secretria de Estado de Educao do Mato Grosso do Sul:
Maria Cecilia Amendola da Motta
Vice-Presidente / Secretrio de Estado da Educao do Rio de Janeiro:
Antonio Jos Vieira de Paiva Neto
Vice-Presidente / Secretria de Estado da Educao do Paran:
Ana Seres Trento Comin
UNDIME NACIONAL
Presidncia:
Alessio Costa Lima Dirigente Municipal de Educao de Tabuleiro do Norte/ CE
Vice-Presidncia:
Secretaria de Articulao:
Adenilde Stein Silva Dirigente Municipal de Educao de Marechal Floriano/ ES
Secretaria de Coordenao Tcnica:
Jorcirley de Oliveira Dirigente Municipal de Educao de Araguana/ TO
Secretaria de Comunicao:
Rodolfo Joaquim Pinto da Luz Dirigente Municipal de Educao de Florianpolis/ SC
Secretaria de Finanas:
Maria Edineide de Almeida Batista Dirigente Municipal de Educao de Lagoa de Pedras/ RN
Secretaria de Assuntos Jurdicos:
Horcio Francisco dos Reis FilhoDirigente Municipal de Educao de Goiana/ PE
Presidncia Regio Centro-Oeste:
Virgnia Maria Pereira de Melo (em exerccio) Dirigente Municipal de Educao de Anpolis/ GO
Presidncia Regio Nordeste:
Gelcivnia Mota Silva Dirigente Municipal de Educao de Serrinha/ BA
Presidncia Regio Norte:
Edelson Penaforth Pinto Dirigente Municipal de Educao de Tonantins/ AM
Presidncia Regio Sudeste:
Priscilla Maria Bonini RibeiroDirigente Municipal de Educao de Guaruj/ SP
Presidncia Regio Sul
Celso Augusto de Souza de Oliveira (em exerccio)Dirigente Municipal de Educao de Telmaco Borba/ PR
EQUIPE DE ASSESSORES E ESPECIALISTAS
COORDENAO
Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello UFJF Isabel Cristina Alves da Silva Frade UFMG
COMIT DE ASSESSORES
Alex Branco Fraga UFRGS Begma Tavares Barbosa UFJF Edenia Maria Ribeiro do Amaral UFRPE Edgar de Brito Lyra Netto PUC/RIO Gilberto Icle UFRGS Luiz Carlos Menezes USP Marcelo Cmara dos Santos UFPE Marcelo Tadeu Baumann Burgos PUC/RIO Margarete Schlater UFRGS Maria Carmen Silveira Barbosa UFRGS Maria Eunice Ribeiro Marcondes USP Maria Zlia Versiani Machado UFMG Rosane Moreira Silva Meirelles UERJ Zilma de Moraes Ramos de Oliveira USP
COMISSO DE ESPECIALISTAS
EDUCAO INFANTIL
Silvia Helena Vieira Cruz UFC Paulo Srgio Fochi UNISINOS
ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO
REA DE LINGUAGENS
LNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)
Maria de Nazar Pereira Rodrigues AC/ConsedIracilda da Silva Almeida AL/Undime Dbora Baroudi Nascimento SP/Undime Denise Maria de Carvalho Lopes UFRN
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS)
Wirley Jatniel Pi1nheiro de Oliveira AP/Consed
Leila Soares de Souza Perussolo RR/Undime Eliana Merlin Deganutti de Barros UENP
ENSINO MDIO
Vilma Lenir Calixto PR/ConsedPaulo Andr Alves Figueiredo PA/ConsedMicheline Madureira Lage IFG Adair Bonini UFSC
LNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
ENSINO FUNDAMENTAL
Ivo Maral Vieira Junior DF/ConsedJoseni Terezinha Frainer Pasqualini SC/ConsedParmenio Camura Cit UFRR Massilia Maria Lira Dias UFC
ENSINO MDIO
Monica Lemos de Matos RJ/ConsedAndra Walder Zanatti MS/ConsedRicardo Luiz Teixeira de Almeida UFFMaria del Carmen Ftima Gonzles Daher UFF
ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)
Ana Paula Gomes MA/ConsedLeila Cristina Mattei Cirino PR/ConsedMarcos Villela Pereira PUC/RS Carla Andrea Silva Lima UFU
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS)
Henrique Lima Assis GO/ConsedGerson da Silva Rodrigues SP/Undime
ENSINO MDIO
Carlos Eduardo Povinha SP/ConsedClaudia Cavalcante Cedraz Carib de Oliveira BA/ConsedAndreia Veber UEM
EDUCAO FSICA
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)
Vagno Ferreira de Sousa PA/Undime Elias Carvalho Pereira Junior ES/ConsedMarcos Garcia Neira USP Admir Soares de Almeida Junior PUC/MG
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS)
Luciana Pegoraro Penteado Gndara TO/Consed
Alarcio Guimares MS/Undime Suraya Cristina Darido UNESP Santiago Pich UFSC
ENSINO MDIO
Joo Manoel de Faro Neto SE/ConsedMarclio Souza Jnior UPE Vitor Powaczruk RS/ConsedFernando Jaime Gonzlez UNIJUI
REA DE MATEMTICA
MATEMTICA
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)
Amarildo Ferreira RO/ConsedPaulo Meireles Barguil CE/ConsedSandra Arlinda Carioca MG/Undime Monica Cerbella Freire Mandarino UNIRIO Maria Tereza Carneiro Soares UFPR
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS)
Eriberto Barroso Faanha Filho AM/ConsedVania Fonseca Maia RJ/Undime Abrao Juvencio de Araujo UFPE Rony Claudio de Oliveira Freitas IFES
ENSINO MDIO
Reinaldo de Luna Freire PB/ConsedAntonio Cardoso do Amaral PI/ConsedMaria Isabel Ramalho Ortigo UERJ Ruy Cesar Pietropaolo Universidade Anhanguera
REA DE CINCIAS DA NATUREZA
CINCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)
Joelma Bezerra da Silva Valente RR/ConsedGiselly Rodrigues das Neves Silva Gomes MT/Consed
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS)
Maria Oneide de Oliveira Enes Costa RO/ConsedYassuko Hosoume IF/USP Mauricio Compiani FE/UNICAMP
BIOLOGIA
ENSINO MDIO
Minancy Gomes de Oliveira PE/ConsedGleyson Souza dos Santos SE/ConsedClaudia de Alencar Serra e Sepulveda UEFS Danusa Munford UFMG Marcelo Tadeu Motokane USP
FSICA
ENSINO MDIO
Andre Luiz Ribeiro Vianna BA/ConsedSuzana Maria de Castro Lins PE/ConsedMilton Antonio Auth FACIPI/UFU Eduardo Adolfo Terrazzan UFSMS Andr Ferrer Pinto Martins UFRN
QUMICA
ENSINO MDIO
Maurcio Brito da Silva AM/ConsedMaria Rosrio dos Santos PI/ConsedRicardo Gauche UnB Agustina Rosa Echeverra UFG Eduardo Fleury Mortimer FaE/UFMG
REA DE CINCIAS HUMANAS
HISTRIA
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)
Tatiana Garglio Clark Xavier MG/ConsedMaria da Guia de Oliveira Medeiros RN/Undime Margarida Maria Dias de Oliveira UFRN
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS)
Marinelma Costa Meireles MA/ConsedLeila Soares de Souza Perussolo RR/Consed/SMERilma Suely de Souza Melo PB/UndimeGiovani Jose da Silva UFAP
ENSINO MDIO
Reginaldo Gomes da Silva AP/ConsedAntnio Daniel Marinho Ribeiro AL/ConsedLeandro Mendes Rocha UFG
GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)
Genildo Alves da Silva AC/ConsedMarcia Garcia Leal Pires DF/ConsedGisele Girardi UFESnia Franco de Novaes ESEBA/UFU
ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS)
Paulo Gerson de Lima RN/ConsedCleudemarcos Lopes Feitoza CE/UndimeClaudia Luisa Zeferino Pires UFRGSJussara Fraga Portugal UNEB
ENSINO MDIO
Maycon Silva de Oliveira TO/ConsedSamuel Silva Chaves MT/ConsedEdilza Laray de Jesus UEAFlaviana Gasparotti Nunes UFGD
ENSINO RELIGIOSO
ENSINO FUNDAMENTAL
Adecir Pozzer SC/ConsedSimone Riske Koch SC/ConsedLeonel Piovezana UNOCHAPECOFrancisco Sales Bastos Palheta UFAM
FILOSOFIA
ENSINO MDIO
Emerson Costa SP/ConsedJos Ailto Vargas da Rosa ES/Undime/SEDUCrico Andrade Marques de Oliveira UFPE
SOCIOLOGIA
ENSINO MDIO
Fabiano Farias de Souza RJ/ConsedMarcos Antonio Silva MG/ConsedIleizi Luciana Fiorelli Silva UELHayde Glria Cruz Caruso UnB
PROFESSORES QUE COLABORARAM COMO REVISORES DOS DOCUMENTOS DA BNCCRosngela Veiga Jlio Ferreira Colgio de Aplicao Joo XXIII / UFJFVnia Fernandes Colgio de Aplicao Joo XXIII / UFJFSimone da Silva Ribeiro Colgio de Aplicao Joo XXIII / UFJFLuciene Ferreira da Silva Guedes Colgio de Aplicao Joo XXIII / UFJFMrcio Fagundes Alves Instituto Metodista GranberyOrlando Ednei Ferretti Universidade Federal de Santa CatarinaGabriela Pellegrino Soares Universidade de So Paulo
ASSESSORIA DE COMUNICAO SOCIAL AO PORTAL DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULARHenrique PolidoroPaula HabibDaniela Mendes
EQUIPE DE ARQUITETURA DA INFORMAO DO PORTAL DA BNCCEdna Rezende Silveira de Alcntara (UFJF Coordenadora)Slvio Lucas Pereira FilhoDouglas CarvalhoRafael Soares Vieira
EQUIPE DE SISTEMATIZAO DAS CONTRIBUIES AO PORTAL DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
PESQUISADORES
Thrse Hofmann Gatti Rodrigues da Costa (UnB Coordenadora)Adriana Almeida Sales de Melo (UnB)Alan Ricardo da Silva (UnB)Claudete de Fatima Ruas (UnB)Edgar de Brito Lyra Netto (PUC-Rio)Edna Rezende Silveira de Alcntara (UFJF)Gilberto Daisson Santos (UnB)Gilberto Lacerda Santos (UnB)Janana de Aquino Ferraz UnB)Jos Angelo Belloni (UnB)Loureine Rapso Oliveira Garcez (UnB)Luiz Honorato da Silva Jnior (UnB)Marcelo Tadeu Baumann Burgos (PUC-Rio)Ricardo Barros Sampaio (UnB)Rudi Henri van Els (UnB)Valdir Adilson Steinke (UnB)
AUXILIARES DE PESQUISA
ACRE
Maria Gomes CordeiroPatrcia Maria de Souza Rgio
ALAGOAS
Ana Maria do Nascimento SilvaEdluza Maria Soares de OliveiraLuiz Carlos Santos de Oliveira
AMAP
Fbio do Socorro Dias BritoJonas Loureiro Dias
AMAZONAS
Willas Dias da Costa Soraya de Oliveira Lima Regina Clia Moraes Vieira
BAHIA
Ana Cristina Silva de Oliveira PereiraAlexsandro Rocha de SouzaHelaine Pereira de SouzaAnny Carneiro Santos
CEAR
Gilmar Dantas da SilvaMaria de Jesus Arajo RibeiroNilson de Souza Cardoso
DISTRITO FEDERAL
Norma Lcia de QueirozDenise de Oliveira Alves
ESPRITO SANTO
Jomaira Ramos de Freitas MarianoJoo Paulo Derocy CpaElias Carvalho Pereira Junior
GOIS
Ivone Garcia BarbosaLuciana Barbosa Candido CarnielloRegina Efigenia de Jesus Silva Rodrigues
MARANHO
Helyne Costa de JesusOzana Guterres de AbreuElaine Arajo GheysensMaria Gorethi dos Santos Camelo
MATO GROSSO
Taciana Balth JordoRosemai Maria VictorioOtair Rodrigues Rondon Filho
MATO GROSSO DO SUL
Alfredo Souza de OliveiraAdriano da Fonseca Melo
MINAS GERAIS
Eliane Nogueira de Azevedo Elaine Maria de Camargos Srgio Augusto Domingues Sulamita Maria Comini Csar
PAR
Sandra Helena Atade de LimaSilvia Sueli Santos da Silva
PARABA
Francio Xavier Santos CostaIara de Oliveira Barros ArajoTnia Dantas Gama
PARAN
Andreliza Cristina de SouzaEdinia Aparecida Chaves de OliveiraFabiane Freire FranaTania Conceio Iglesias
PERNAMBUCO
Leocdia Maria da Hora NetaMarxwell Jos Albuquerque Alves da SilvaMaria de Ftima de Andrade BezerraClaudinne Briano Canuto
PIAU
Antonio de Sousa SilvaRaimundo Araujo Costa SobrinhoRizalva dos Santos Cardoso Rablo
RIO DE JANEIRO
Leonardo Elydio da SilveiraSabrina Machado CamposGiselle Maria Sarti Leal Muniz AlvesMarcus Vinicius Silva de Oliveira
RIO GRANDE DO NORTE
Dbora Maria do NascimentoMargarete Ferreira do Vale de SousaMaria Lcia Pessoa Sampaio
RIO GRANDE DO SUL
Rossana Padilha NegreiraRudson Adriano Rossato da LuzMaria Jose Fernandes dos Reis FinkIsabel Letcia Pedroso de Medeiros
RONDNIA
Mariza SalviJanette de Ftima Reis
RORAIMA
Adriana Carla Oliveira de Morais ValeCatarina Janira Padilha
SANTA CATARINA
Mrcia Ins Bernadt Wurzius Suzy de Castro Alves Rosa Cristina Cavalcanti de Albuquerque Pires
SO PAULO
Fabiana Granado Garcia SampaioLuana Serra Elias TavaresLuiz Miguel Martins GarciaMara Suzany Romano Bergamo
SERGIPE
Gabriela Zelice de Queiroz da Cruz Francileide Souza Alves
TOCANTINS
Maria Rita de Cssia Labanca Robson Vila Nova Lopes
COORDENADORES INSTITUCIONAIS DAS COMISSES ESTADUAIS PARA A DISCUSSO DA BNCC
COORDENADORES INDICADOS PELAS PRESIDNCIAS ESTADUAIS DA UNDIME
MARIA IZAUNRIA NUNES DA SILVA UNDIME/AC
JOSEFA DA CONCEIO UNDIME/AL
SILLETI LCIA SARUBI DE LYRA UNDIME/AM
SIMONE DO SOCORRO FREITAS DO NASCIMENTO UNDIME/AP
ROSILENE VILA NOVA CAVALCANTE UNDIME/BA
REGIVALDO FREIRES DA SILVA UNDIME/CE
JOMAIRA RAMOS DE FREITAS MARIANO UNDIME/ES
LUCIANA BARBOSA CANDIDO CARNIELLO UNDIME/GO
MARIA GORETHI DOS SANTOS CAMELO UNDIME/MA
MARIA VIRGNIA MORAIS GARCIA UNDIME/MG
MARILDA FERNANDES DE OLIVEIRA COELHO UNDIME/MS
LENIR DE FATIMA ALVES FERREIRA VRONSKI UNDIME/MT
NAIR CRISTINE DA SILVA MASCARENHAS UNDIME/PA
ROSILDA MARIA SILVA UNDIME/PB
ADERITO HILTON DO NASCIMENTO UNDIME/PE
ANTONIO DE SOUSA UNDIME/PI
ALESSANDRO CRISTIAN VON LINSINGEN UNDIME/PR
ANDREA MACHADO PEREIRA DE CARVALHO UNDIME/RJ
ANDREA CARLA PEREIRA CAMPOS CUNHA UNDIME/RN
MARIA EDINEIDE DE ALMEIDA BATISTA UNDIME/RN
MARIZA SALVI UNDIME/RO
KENNEDY LEITE DA SILVA UNDIME/RR
MARCIA ADRIANA DE CARVALHO UNDIME/RS
MARENI DE FTIMA ROSA DA SILVA UNDIME/SC
PAULO ROBERTO CADUDA SANTOS UNDIME/SE
MARIDALVA OLIVEIRA AMORIM BERTACINI UNDIME/SP
CRISTIANE TEREZINHA VIDOTTI UNDIME/TO
COORDENADORES INDICADOS PELAS SECRETARIAS ESTADUAIS DE EDUCAO
RUBIA DE ABREU CAVALCANTE CONSED/AC
LAURA CRISTIANE DE SOUZA CONSED/AL
VERA LUCIA LIMA DA SILVA CONSED/AM
AILTON ASDRUBAL CARDOSO GUEDES CONSED/AP
VALDIRENE OLIVEIRA SOUZA CONSED/BA
BETANIA MARIA GOMES RAQUEL CONSED/CE
RITA DE CACIA V. M. DE SOUSA CONSED/DF
JOO PAULO DEROCY CPA CONSED/ES
WISLEY JOO PEREIRA CONSED/GO
SILVANA MARIA MACHADO BASTOS CONSED/MA
AUGUSTA APARECIDA NEVES DE MENDONA CONSED/MG
HELIO QUEIROZ DAHER CONSED/MS
OTAIR RODRIGUES RONDON FILHO CONSED/MT
MARIA BEATRIZ MANDELERT PADOVANI CONSED/PA
APARECIDA DE FTIMA UCHOA RANGEL CONSED/PB
ANA COELHO VIEIRA SELVA CONSED/PE
CARLOS ALBERTO PEREIRA DA SILVA CONSED/PI
ROSANGELA BEZERRA DE MELO CONSED/PR
FABIANO FARIAS DE SOUZA CONSED/RJ
ALESSANDRO AUGUSTO DE AZEVDO CONSED/RN
JOEL DOMINGOS PEREIRA CONSED/RO
MARCIA HELENA MAIA DE LIMA CONSED/RR
MARIA JOS FERNANDES DOS REIS FINK CONSED/RS
JULIA SIQUEIRA DA ROCHA CONSED/SC
GABRIELA ZELICE DE QUEIROZ DA CRUZ CONSED/SE
GHISLEINE TRIGO SILVEIRA CONSED/SP
DIVINO MARIOSAN RODRIGUES DE SIQUEIRA CONSED/TO
AGRADECIMENTOS
O Ministrio da Educao agradece a interlocuo estabelecida com as Associaes Profissionais e Cientficas
abaixo listadas pelas contribuies crticas na discusso pblica para a construo da Base Nacional Comum
Curricular.
INSTITUIO Presidente
ABE ASSOCIAO BRASILEIRA DE ESTATSTICA Vera Lucia Damasceno Tomazella
ABFHIB Associao Brasileira de Filosofia e Histria da Biologia Aldo Mellender de Arajo
ABH Associao Brasileira de Hispanistas Diana Araujo Pereira
ABRACE Associao Brasileira de Pesquisa e Ps-graduao em Artes Cnicas
Narciso Laranjeira Telles da Silva
ABRALIC Associao Brasileira de Literatura Comparada Joo Cezar de Castro Rocha
ABRALIN Associao Brasileira de Lingustica Mariangela Rios de Oliveira
ABRAPEC Associao Brasileira de Pesquisa em Educao em Cincias
Sandra Escovedo Selles
AGB NACIONAL Associao dos Gegrafos Brasileiros Mrcio Cataia
ALAB Associao de Lingustica Aplicada do Brasil Paula Tatianne Carrra Szundy
ANDA Associao Nacional de Pesquisadores em Dana Lenira Peral Rengel
ANPAP Associao Nacional de Pesquisadores em Artes Plsticas
Nara Cristina Santos
ANPED Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Educao
Andra Barbosa Gouveia
ANPEGE Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Geografia
Dirce Maria Antunes Suertegaray
ANPOCS Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Cincias Sociais
Jos Ricardo Ramalho
ANPOF Associao Nacional de Ps-Graduao em Filosofia Marcelo Carvalho
ANPOLL Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Letras e Lingustica
Fabio Akcelrud Duro
ANPUH Associao Nacional de Histria Maria Helena Rolim Capelato
Braz-TESOL Valria Frana
CBCE Colgio Brasileiro de Cincias do Esporte Simone Rechia
CEALE Centro de alfabetizao, leitura e escrita Isabel Cristina Alves da Silva Frade
CENPEC Centro de Estudos e Pesquisas em Educao, Cultura e Ao Comunitria
Maria Alice Setubal
CONEF - Comit Nacional de Educao Financeira Banco Central do Brasil
FAEB Federao de Arte/Educadores do Brasil Ana Luiza Ruschel Nunes
IMPA Instituto Nacional de Matemtica Pura e Aplicada Diretor Geral: Marcelo Viana
SBEM Sociedade Brasileira de Educao Matemtica Alessandro Jacques Ribeiro
SBEnBIO Associao Brasileira de Ensino de Biologia Ana Cla Braga Moreira Ayres
SBC Sociedade Brasileira de Computao Lisandro Zambenedetti Granville
SBF Sociedade Brasileira de Fsica Ricardo Magnus Osrio Galvo
SBM Sociedade Brasileira de Matemtica Hilrio Alencar
SBMAC Sociedade Brasileira de Matemtica Aplicada e Computacional
Antnio Jos da Silva Neto
SBPC Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia Helena B. Nader
SBQ Sociedade Brasileira de Qumica Adriano D. Andricopulo
O Ministrio da Educao agradece aos pesquisadores abaixo listados pela contribuio discusso pblica
na forma de pareceres crticos sobre a primeira verso preliminar da BNCC
reasComponentes
CurricularesNome do Especialista Indicado Instituio
LIN
Lngua
Portuguesa
Gilvan Mller de Oliveira Universidade Federal de Santa CatarinaEdleise Mendes Oliveira Santos Universidade Federal da BahiaTerezinha da Conceio Costa-Hbes Universidade Estadual do Oeste do
Paran
Ana Maria de Mattos Guimares Universidade do Vale do Rio dos SinosMaria Cristina Rigoni Costa Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro
Marcos Arajo Bagno Universidade de BrasliaSirio Possenti Universidade Estadual de CampinasDelaine Cafiero Bicalho Universidade Federal de Minas Gerais
Lngua
Estrangeira
Alexandre do Nascimento Almeida Universidade Federal de Cincias da Sade de Porto Alegre
Silvana de Gaspari Universidade Federal de Santa Catarina
Rosa Maria de Oliveira Graa Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Clara Zeni Camargo Dornelles Universidade Federal do PampaIns Kayon de Miller Pontifcia Universidade Catlica do Rio de
Janeiro
Marcia Paraquett Fernandes Universidade Federal da BahiaWerner Heidermann Universidade Federal de Santa CatarinaClaudia Estevam Costa Colgio Pedro II
Arte
Aldo Victorio Filho Universidade do Estado do Rio de JaneiroMirian Celeste Ferreira Dias Martins Universidade Presbiteriana MackenzieAlexandre Jos Molina Universidade Federal de UberlndiaCassia Navas Alves de Castro Universidade Estadual de CampinasLuciana Marta Del-Bem Universidade Federal do Rio Grande do
Sul
Mnica Torres Bonatto Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Carminda Mendes Andr Universidade Estadual Paulista
Educao
Fsica
Jos Angelo Gariglio Universidade Federal de Minas GeraisLvia Tenorio Brasileiro Universidade de PernambucoMarta Gen Soares Universidade do Estado do ParRicardo Rezer Universidade Comunitria da Regio de
Chapec
Valter Bracht Universidade Federal do Esprito SantoVnia de Ftima Matias de Souza Universidade Estadual de MaringAnegleyce Teodoro Rodrigues Universidade Federal de GoisRodolfo Rozengardt Universidad Nacional de La Pampa /
Universidad Nacional de Avaellaneda
MAT Matemtica
Maria Alice Gravina Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Paulo Cezar Pinto Carvalho Instituto Nacional de Matemtica Pura e Aplicada / Fundao Getlio Vargas
Alcilea Augusto Universidade Federal do Rio de JaneiroAirton Carrio Universidade Federal de Minas GeraisCrmen Lcia Brancaglion Passos Universidade Federal de So CarlosAdair Mendes Nacarato Universidade So FranciscoCristiano Alberto Muniz Universidade de BrasliaIole de Freitas Druck Universidade de So Paulo
CN
QumicaLuiz Henrique Ferreira Universidade Federal de So CarlosFlvia Maria Teixeira dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do
Sul
Fsica
Maurcio Pietrocola Pinto de Oliveira Universidade de So PauloCibelle Celestino Silva Universidade de So PauloRosilia Oliveira de Almeida Universidade Federal da BahiaHelenice Aparecida Bastos Rocha Universidade do Estado do Rio de JaneiroRenilson Rosa Ribeiro Universidade Federal de Mato GrossoLuis Fernando Cerri Universidade Estadual de Ponta GrossaMarieta de Moraes Ferreira Universidade Federal do Rio de JaneiroMarcelo de Souza Magalhes Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro
Martha Campos Abreu Universidade Federal FluminenseSandra Regina Ferreira de Oliveira Universidade Estadual de LondrinaPedro Paulo Abreu Funari Universidade Estadual de CampinasFlavia Eloisa Caimi Universidade de Passo Fundo
CH
Geografia
Douglas Santos Universidade Federal da Grande Dourados / Universidade Pedaggica de Moambique
Jos Eustquio de Sene Universidade de So PauloMarcos Antnio Campos couto Universidade estadual do Rio de JaneiroMaria Elena Ramos Simielli USP - Universidade de So PauloVania Rubia Farias Vlach Universidade Federal de UberlndiaDirce Maria Antunes Suertegaray Universidade Federal do Rio Grande do
Sul
Amlia Regina Batista Nogueira Universidade Federal do AmazonasNestor Andr Kaercher Universidade Federal do Rio Grande do
Sul
Elcio Cecchetti FURB / UFSC
Filosofia
Eduardo Salles de Oliveira Barra Universidade Federal do ParanPatrcia Del Nero Velasco Universidade Federal do ABCElisete Medianeira Tomazetti Universidade Federal de Santa MariaFilipe Ceppas de Carvalho e Faria Universidade Federal do Rio de JaneiroCarlos Benedito de Campos Martins Universidade de BrasliaDiogo Tourino de Sousa Universidade Federal de Santa MariaHelena Maria Bomeny Garchet Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Educao Infantil
Educao Infantil
Eloisa Acires Candal Rocha Universidade Federal de Santa CatarinaVnia Carvalho de Arajo Universidade Federal do Esprito SantoTizuko Morchida Kishinoto Universidade de So PauloSonia Kramer Pontifcia Universidade Catlica do Rio de
Janeiro
Temas da Diversidade
Direitos Humanos
Dbora Diniz Universidade de BrasliaAnis Instituto de Biotica
Educao Inclusiva
Maria Teresa Egler Montoan Universidade Estadual de Campinas
Educao Ambiental
Marcos Sorrentino Universidade de So PauloLuis Donisete Benzi Grupioni Universidade de So Paulo e Secretrio-
Executivo do Instituto de Pesquisa e Formao em Educao Indgena
Antonio Hilario Aguilera Urquiza Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Wilma de Nazar Baa Coelho Universidade Federal do Par
Educao IntegralClarice Salete Traversini Universidade Federal do Rio Grande do
Sul
Luiz Alexandre Oxley da Rocha Universidade Federal do Esprito Santo
Sumrio
SOBRE A CONSTRUO DE UMA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR PARA O BRASIL ..................................27
PRINCPIOS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO .......36
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR ................................................................................................................47
A ETAPA DA EDUCAO INFANTIL ........................................................................................................................... 56
AS REAS DO CONHECIMENTO E SEUS COMPONENTES CURRICULARES NA BASE NACIONAL COMUM
CURRICULAR ............................................................................................................................................................. 88
A REA DE LINGUAGENS ......................................................................................................................................................................89
LNGUA PORTUGUESA ............................................................................................................................................................................................................90
EDUCAO FSICA ................................................................................................................................................................................................................. 101
A ESTRUTURA DO COMPONENTE NA EDUCAO BSICA ..................................................................................................................................................104
ARTE ....................................................................................................................................................................................................................................... 115
LNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ....................................................................................................................................................................................... 122
A REA DE MATEMTICA .................................................................................................................................................................... 135
A REA DE CINCIAS DA NATUREZA .................................................................................................................................................. 140
CINCIAS ...............................................................................................................................................................................................................................145
FSICA ..................................................................................................................................................................................................................................... 147
QUMICA ................................................................................................................................................................................................................................ 150
BIOLOGIA ...............................................................................................................................................................................................................................153
A REA DE CINCIAS HUMANAS .........................................................................................................................................................157
HISTRIA ............................................................................................................................................................................................................................... 159
GEOGRAFIA ........................................................................................................................................................................................................................... 162
SOCIOLOGIA.......................................................................................................................................................................................................................... 169
FILOSOFIA ...............................................................................................................................................................................................................................171
A REA DE ENSINO RELIGIOSO ...........................................................................................................................................................173
A ETAPA DO ENSINO FUNDAMENTAL .................................................................................................................... 180EIXOS DE FORMAO DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................................................................................................................. 181
OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................................................................... 186OS/AS ESTUDANTES E SUA RELAO COM O CONHECIMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL .........................................................187
AS REAS DE CONHECIMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................... 190
A REA DE LINGUAGENS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...................................................................................... 190
A LNGUA PORTUGUESA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ....................................................................................................................... 192
OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE LNGUA PORTUGUESA PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............. 195
A ARTE NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...................................................................................................................................................242
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE ARTE PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...............................................243
A EDUCAO FSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL .............................................................................................................................248
OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE EDUCAO FSICA PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ..................249
A REA DE MATEMTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................................................... 260
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DO COMPONENTE MATEMTICA PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAO AOS EIXOS DE FORMAO ...........................................................................................................................................................................................................................262
OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE MATEMTICA PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................263
A REA DAS CINCIAS DA NATUREZA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................. 290
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DO COMPONENTE CINCIAS DA NATUREZA PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAO AOS EIXOS DE FORMAO ..........................................................................................................................................................................................................292
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE CINCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...............................................293
A REA DAS CINCIAS HUMANAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................304
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DA REA DAS CINCIAS HUMANAS PARA OS ANOS INCIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAO AOS EIXOS DE FORMAO .....................................................................................................................................................................................................................305
A HISTRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................................................................................................306
OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA HISTRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL .........................................307
A GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL .........................................................................................................................................318
OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ......................................319
O ENSINO RELIGIOSO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...........................................................................................324
OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...................................................................................................... 329OS/AS ESTUDANTES E SUA RELAO COM O CONHECIMENTO NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL...........................................................330
A REA DE LINGUAGENS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................................332
A LNGUA PORTUGUESA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................................................................................ 337
A LNGUA ESTRANGEIRA MODERNA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ....................................................................................................... 378
A EDUCAO FSICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ..............................................................................................................................392
A ARTE NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL .....................................................................................................................................................408
REA DE MATEMTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS ................................................................................................... 418
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DA REA DE MATEMTICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................419
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE MATEMTICA _ ANOS FINAIS ...............................................................................................421
GRANDEZAS E MEDIDAS.......................................................................................................................................................................................................430
REA DAS CINCIAS DA NATUREZA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL .......................................................................454
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DA REA DE CINCIAS DA NATUREZA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL .........................................456
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE CINCIAS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.................................................. 457
REA DAS CINCIAS HUMANAS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL .............................................................................468
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DA REA DE CINCIAS HUMANAS PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAO AOS EIXOS DE FORMAO ..........................................................................................................................................................................................................................470
A GEOGRAFIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ..........................................................................................................................................470
A HISTRIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL .............................................................................................................................................. 478
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE HISTRIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................. 479
REA DE ENSINO RELIGIOSO NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS ..........................................................................................................................496
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DA REA DE ENSINO RELIGIOSO PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAO AOS EIXOS DE FORMA ..................................................................................................................................................................................................................................496
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO COMPONENTE CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...................... 497
A ETAPA DO ENSINO MDIO................................................................................................................................... 507OS/AS ESTUDANTES E SUA RELAO COM O CONHECIMENTO NO ENSINO MDIO .......................................................................................................508
FINALIDADES, DIMENSES E EIXOS DE FORMAO DO ENSINO MDIO ......................................................................................................................... 509
PROGRESSES E CAMINHOS DE FORMAO INTEGRADA NO ENSINO MDIO .................................................................................................................514
AS POSSIBILIDADES DE INTEGRAO DO ENSINO MDIO EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA .................................................................... 515
AS REAS DE CONHECIMENTO E OS COMPONENTES CURRICULARES DO ENSINO MDIO ............................................................ 520
A REA DE LINGUAGENS NO ENSINO MDIO ................................................................................................................................... 520
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DA REA DE LINGUAGENS PARA O ENSINO MDIO EM RELAO AOS EIXOS DE FORMAO .............................522
O COMPONENTE LNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MDIO ...........................................................................................................................................524
O COMPONENTE LNGUA ESTRANGEIRA NO ENSINO MDIO ............................................................................................................................................534
O COMPONENTE ARTE NO ENSINO MDIO.........................................................................................................................................................................536
O COMPONENTE EDUCAO FSICA NO ENSINO MDIO ..................................................................................................................................................544
UNIDADES CURRICULARES DA REA DE LINGUAGENS PARA O ENSINO MDIO ..............................................................................................................548
UNIDADES CURRICULARES DE LNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO MDIO ...............................................................................................................548
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DE LNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA O ENSINO MDIO .....................................................................................558
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DE ARTE PARA O ENSINO MDIO ....................................................................................................................................562
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DE EDUCAO FSICA PARA O ENSINO MDIO .............................................................................................................568
A REA DE MATEMTICA NO ENSINO MDIO ....................................................................................................................................579
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DA REA DE MATEMTICA PARA O ENSINO MDIO EM RELAO AOS EIXOS DE FORMAO .............................580
O COMPONENTE MATEMTICA NO ENSINO MDIO ............................................................................................................................................................581
AS UNIDADES CURRICULARES DA MATEMTICA .................................................................................................................................................................581
ESTATSTICA E PROBABILIDADE NO ENSINO MDIO ..........................................................................................................................................................588
A REA DAS CINCIAS DA NATUREZA NO ENSINO MDIO ............................................................................................................... 602
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DA REA DE CINCIAS DA NATUREZA PARA O ENSINO MDIO EM RELAO AOS EIXOS DE FORMAO ...........604
O COMPONENTE FSICA NO ENSINO MDIO ..................................................................................................................................................................... 606
O COMPONENTE QUMICA NO ENSINO MDIO ................................................................................................................................................................... 611
O COMPONENTE BIOLOGIA NO ENSINO MDIO ..................................................................................................................................................................617
UNIDADES CURRICULARES DA REA DE CINCIAS DA NATUREZA PARA O ENSINO MDIO ............................................................................................624
UNIDADES CURRICULARES DA FSICA DO ENSINO MDIO ................................................................................................................................................624
UNIDADES CURRICULARES DA QUMICA DO ENSINO MDIO ............................................................................................................................................634
UNIDADES CURRICULARES DA BIOLOGIA............................................................................................................................................................................643
A REA DAS CINCIAS HUMANAS NO ENSINO MDIO ......................................................................................................................652
OBJETIVOS GERAIS DE FORMAO DA REA DE CINCIAS HUMANAS PARA O ENSINO MDIO EM RELAO AOS EIXOS DE FORMAO .................654
A HISTRIA NO ENSINO MDIO ...........................................................................................................................................................................................655
A GEOGRAFIA NO ENSINO MDIO .......................................................................................................................................................................................656
A SOCIOLOGIA NO ENSINO MDIO ......................................................................................................................................................................................658
A FILOSOFIA NO ENSINO MDIO .........................................................................................................................................................................................659
AS UNIDADES CURRICULARES DA REA DE CINCIAS HUMANAS NO ENSINO MDIO ....................................................................................................662
AS UNIDADES CURRICULARES DE GEOGRAFIA NO ENSINO MDIO ..................................................................................................................................662
AS UNIDADES CURRICULARES DE HISTRIA PARA O ENSINO MDIO ...............................................................................................................................666
AS UNIDADES CURRICULARES DA FILOSOFIA PARA O ENSINO MDIO .............................................................................................................................672
AS UNIDADES CURRICULARES DA SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MDIO ..........................................................................................................................675
SOBRE A CONSTRUO DE UMA BASE NACIONAL CO-MUM CURRICULAR PARA O BRASIL
O presente documento, fruto de amplo processo de debate e negocia-
o com diferentes atores do campo educacional e com a sociedade
brasileira em geral, apresenta os Direitos e Objetivos de Aprendiza-
gem e Desenvolvimento que devem orientar a elaborao de currcu-
los para as diferentes etapas de escolarizao. Apresenta-se, aqui, a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educao Bsica.
A Base Nacional Comum Curricular uma exigncia colocada para
o sistema educacional brasileiro a partir da Lei de Diretrizes e Bases
da Educao Nacional (Brasil, 1996; 2013), Diretrizes Curriculares Na-
cionais Gerais da Educao Bsica (Brasil, 2009) e Plano Nacional
de Educao (Brasil, 2014), e deve se constituir como um avano na
construo da qualidade da educao.
Para o Ministrio da Educao, o que deve nortear um projeto de na-
o a formao humana integral e uma educao de qualidade so-
cial. Em consonncia com seu papel de coordenar a poltica nacional
de Educao Bsica, o MEC desencadeou um amplo processo de dis-
cusso da Base Nacional Comum Curricular da Educao Bsica.
A BNCC, cuja finalidade orientar os sistemas na elaborao de suas
propostas curriculares, tem como fundamento o direito aprendiza-
gem e ao desenvolvimento, em conformidade ao que preceituam o
Plano Nacional de Educao (PNE) e a Conferncia Nacional de Edu-
cao (CONAE).
A concepo de educao como direito abarca as intencionalidades
do processo educacional, em direo garantia de acesso, pelos es-
tudantes e pelas estudantes, s condies para seu exerccio de cida-
1
25
dania. Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento1, apresenta-
dos pelos componentes curriculares que integram a BNCC, referem-se
a essas intencionalidades educacionais.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Edu-
cao Bsica (DCNEB) e a prpria Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cao Nacional (LDB), entende-se a Base Nacional Comum Curricular
como
os conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente,
expressos nas polticas pblicas e que so gerados nas institui-
es produtoras do conhecimento cientfico e tecnolgico; no
mundo do trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas ati-
vidades desportivas e corporais; na produo artstica; nas for-
mas diversas de exerccio da cidadania; nos movimentos sociais
(Parecer CNE/CEB n 07/2010, p. 31).
Dado seu carter de construo participativa, espera-se que a BNCC
seja balizadora do direito dos/as estudantes da Educao Bsica,
numa perspectiva inclusiva, de aprender e de se desenvolver.Uma
base comum curricular, documento de carter normativo, referncia
para que as escolas e os sistemas de ensino elaborem seus currculos,
constituindo-se instrumento de gesto pedaggica das redes. Para tal,
precisa estar articulada a um conjunto de outras polticas e aes, em
mbito federal, estadual e municipal, que permitam a efetivao dos
princpios, metas e objetivos em torno dos quais se organiza.
A Base Nacional Comum integra a Poltica Nacional de Educao B-
sica conforme a figura a seguir.
1 De acordo com o Glossrio de Terminologia Curricular da UNESCO, objetivos de aprendizagem refe-rem-se especificao da aprendizagem a ser alcanada ao trmino de um programa ou de uma atividade educacional (Adaptado de: UNESCO-UIS,2012). Tambm possvel especificar objetivos de aprendizagem para uma lio, um tema, um ano ou todo um curso (UNESCO, 2016).
26
As quatro polticas que decorrem da BNCC Poltica Nacional de For-
mao de Professores, Poltica Nacional de Materiais e Tecnologias
Educacionais, Poltica Nacional de Avaliao da Educao Bsica e
Poltica Nacional de Infraestrutura Escolar - articulam-se para garantir
as condies que geram a qualidade na educao bsica, ou seja, o
direito de aprender e de se desenvolver dos/das estudantes da edu-
cao bsica, acolhidos em sua diversidade e em uma perspectiva
inclusiva. Desse modo, a existncia de uma base comum para os cur-
rculos demandar aes articuladas das polticas dela decorrentes,
sem as quais ela no cumprir seu papel de contribuir para a melhoria
da qualidade da Educao Bsica brasileira e para a construo de
um Sistema Nacional de Educao.
A educao, compreendida como direito humano, individual e cole-
tivo, habilita para o exerccio de outros direitos, e capacita ao pleno
exerccio da cidadania. A educao , pois, processo e prtica que se
concretizam nas relaes sociais que transcendem o espao e o tem-
po escolares, tendo em vista os diferentes sujeitos que a demandam
(Parecer CNE/CEB n 07/2010, p. 16).
27
O PAPEL DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA CONQUISTA DOS DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
Os movimentos sociais tm importante papel na definio dos direitos
de aprendizagem e desenvolvimento que fundamentam a elaborao
da BNCC. O Parecer CNE/CEB n 11/2010, elaborado pela Cmara de
Educao Bsica (CEB) do Conselho Nacional de Educao, explicitou
a importncia dos movimentos sociais para o respeito e considerao
s diferenas entre os sujeitos que fazem parte da sociedade, asse-
gurando lugar sua expresso. Na BNCC o respeito e considerao
a que alude o parecer se explicita na oferta de condies para que
todos os brasileiros e todas as brasileiras tenham acesso a conheci-
mentos e a condies de aprendizagem e desenvolvimento que lhes
assegurem o pleno exerccio da cidadania.
Nesse sentido, para que a incluso social se efetive fundamental a
incorporao, aos documentos curriculares, de narrativas dos grupos
historicamente excludos, de modo que se contemple, nas polticas p-
blicas educacionais, a diversidade humana, social, cultural, econmi-
ca da sociedade brasileira, tendo em vista a superao de discrimi-
naes.
A Conferncia Nacional de Educao exerce relevante papel nesse
processo, na medida em que se constitui como espao social de dis-
cusso da educao brasileira, articulando agentes institucionais, da
sociedade civil e dos governos, em prol da efetivao da educao
como direito social, com qualidade, para todos.
A BNCC E A CONSTRUO DE UM SISTEMA NACIONAL DE EDUCAO
No contexto da estrutura federativa brasileira, na qual convivem siste-
mas educacionais autnomos, fazem-se necessrias a regulamenta-
o e a institucionalizao de um regime de colaborao que efetive
o projeto de educao nacional via Sistema Nacional de Educao
(SNE). O Plano Nacional de Educao (PNE) determina que o poder
pblico, contados dois anos a partir da publicao da Lei n 13.005,
de 25 de junho de 2014, dever instituir, em lei especfica, o SNE, en-
tendido como um conjunto unificado que articula todas as dimenses
28
da educao, no intuito de promover a equidade, com qualidade, para
toda a populao do pas.
A BNCC, ao propor uma referncia nacional para a formulao de cur-
rculos, constitui-se como unidade na diversidade, reorientando o tra-
balho das instituies educacionais e sistemas de ensino em direo
a uma maior articulao. Trata-se, portanto, de referencial importante
do Sistema Nacional de Educao (SNE), responsvel pela articulao
entre os sistemas de ensino - da Unio, dos estados, do Distrito Fede-
ral e dos municpios - visando a superar a fragmentao das polticas
pblicas, fortalecer o regime de colaborao e efetivar as metas e as
estratgias do PNE.
O PROCESSO DE CONSTRUO DA BNCC
A elaborao de uma base comum para os currculos nacionais, na
perspectiva de um pacto interfederativo, teve incio com a constituio
de um Comit de Assessores e Especialistas2, com ampla represen-
tatividade, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios. Compu-
seram este Comit professores universitrios, atuantes na pesquisa e
no ensino das diferentes reas de conhecimento da Educao Bsica,
docentes da Educao Bsica e tcnicos das secretarias de educa-
o, esses dois ltimos indicados pelo Conselho Nacional de Secre-
trios de Educao (CONSED) e pela Unio de Dirigentes Municipais
de Educao (UNDIME). Coube ao Comit a redao dos documentos
preliminares da BNCC, disponibilizados consulta pblica pela Secre-
taria de Educao Bsica do Ministrio da Educao (SEB/MEC) entre
setembro de 2015 e maro de 2016. Esses documentos estiveram dis-
ponveis no Portal da Base, espao criado na web para tornar pblica
a proposta da BNCC e, ao mesmo tempo, acolher contribuies para
sua crtica e reformulao pela sociedade. Essas contribuies foram
recebidas, mediante cadastramento dos participantes da consulta, a
partir de trs categorias: indivduos (estudante da Educao Bsica
ou Ensino Superior; professor da Educao Bsica ou Ensino Superior;
2 Os integrantes deste Comit que participaram da elaborao do presente documento esto citados em anexo.
29
pai ou responsvel por estudante da Educao Bsica; outro), orga-
nizaes (sociedades cientficas, associaes e demais organizaes
interessadas) e redes (escolas, redes de ensino). Cadastraram-se, no
Portal, 305.569 indivduos, 4.298 organizaes e 45.049 escolas, em
todo o territrio nacional.
Com o intuito de mobilizar os estados, o Distrito Federal e os munic-
pios, para a discusso dos documentos preliminares da BNCC, a Di-
retoria de Currculos e Educao Integral da Secretaria de Educao
Bsica (DICEI-SEB) promoveu e participou de reunies, seminrios e
fruns realizados em escolas, universidades, sindicatos, dentre outros
espaos. Entre julho de 2015 e maro de 2016, para apresentar a Base,
mobilizar as redes, promover debates, responder a questionamentos
e buscar elementos para aprimorar o processo de consulta pblica,
tcnicos do MEC e membros do Comit de Assessores e Especialistas
estiveram em, aproximadamente, 700 reunies, seminrios, debates,
fruns e outros eventos promovidos, nas cinco regies do pas, por
Secretarias Estaduais e Municipais de Educao, Universidades Pbli-
cas e Privadas, representaes de fruns de educao, organizaes
cientficas e acadmicas, sindicatos e diferentes atores envolvidos
com a Educao Bsica.
A grande maioria dos eventos, ocorridos em capitais e cidades do in-
terior, reuniu professores, profissionais da educao, estudantes da
Educao Bsica, em especial do Ensino Mdio, e pais.
Alm da consulta atravs do Portal da Base Nacional Comum Curricu-
lar, o debate pblico em torno dos documentos preliminares envolveu,
ainda, a solicitao de relatrios analticos e pareceres de leitores cr-
ticos a associaes cientficas e a professores pesquisadores das uni-
versidades, externos ao Comit de Assessores e Especialistas3.
Os resultados da consulta pblica foram analisados por equipes de
pesquisadores da Universidade Federal de Braslia e da Pontifcia Uni-
versidade Catlica do Rio de Janeiro e consolidados em relatrios en-
viados ao Comit que, com base nesses dados e, ainda, nos relatrios
analticos e pareceres de leitura crtica, elaboraram a segunda verso
do documento.
3 A lista de leitores crticos que emitiram pareceres sobre os documentos preliminares da BNCC, assim como das Associaes Cientficas que participaram de reunies para a discusso dos referidos documentos se encontra em anexo.
30
BNCC, PLANEJAMENTO, GESTO PEDAGGICA E CURRCULO
Ao deixar claros os conhecimentos essenciais, a que todos os estudan-
tes brasileiros tm o direito de acesso e de apropriao durante sua
trajetria na Educao Bsica, desde o ingresso na Creche at o final
do Ensino Mdio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) constitui-
-se parte importante do Sistema Nacional de Educao. Configura-se
como parmetro fundamental para a realizao do planejamento cur-
ricular, em todas as etapas e modalidades de ensino, a ser consolida-
do no Projeto Poltico Pedaggico (PPPs) das Unidades Educacionais
(UEs), de acordo com o inciso I, do artigo 12, da Lei 9.394 (LDB).
No processo de implementao da BNCC, como norma que deve sub-
sidiar a elaborao de currculos, e em consonncia com as Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais para a Educao Bsica, recomenda-se
estimular a reflexo crtica e propositiva, que deve subsidiar a formu-
lao, execuo e avaliao do projeto poltico-pedaggico da escola
de Educao Bsica face a essa norma.
fundamental que cada unidade escolar se organize para a formula-
o do PPP, considerando: o Plano Nacional de Educao (PNE), bem
como os demais Planos Estaduais e Municipais; as Diretrizes Curricu-
lares Nacionais para a Educao Bsica; a BNCC e os documentos
orientadores das polticas educacionais, produzidos pelas secretarias
ou departamentos de educao; as avaliaes nacionais; as avalia-
es regionais realizadas pelos rgos dirigentes da educao e pe-
las UEs em relao aos processos e resultados de trabalho do ano an-
terior. Vale destacar, nesse caso, a necessidade de que os educadores
conversem entre si no incio do ano letivo sobre o desenvolvimento e
a aprendizagem dos alunos.
No mbito das escolas, os PPPs devero expressar as estratgias di-
dticas e metodolgicas, assim como as mediaes pedaggicas que
permitem mobilizar essas estratgias, a partir das caractersticas do/
das estudantes e do que propem os documentos curriculares .
Tais mediaes devem proporcionar o estabelecimento de relaes
entre os conhecimentos, a serem desenvolvidos no mbito do currcu-
lo (base comum e parte diversificada) e as caractersticas e necessida-
des cognitivas dos educandos.
31
O processo de implementao da BNCC deve subsidiar as UEs para
realizarem essas mediaes, a partir de polticas orientadas pelas se-
cretarias e rgos das instncias educacionais, que podem e devem
prever o planejamento e acompanhamento da poltica pedaggica, de
maneira articulada com as iniciativas de formao dos profissionais.
Com efeito, os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimen-
to sero tanto mais efetivos quanto estiverem indissociavelmente re-
lacionados s experincias culturais dos sujeitos, que no devem ser
tratados indistintamente, ou considerados apenas em funo das ca-
ractersticas gerais de sua faixa etria e condio social. Em outras
palavras: no h concretizao de objetivos de aprendizagem sem a
considerao dos reais sujeitos de aprendizagem.
Como afirma o Parecer CNE/CEB 7/2010:
Por essa razo o processo de planejamento deve ter carter es-
tratgico e se desenvolver de forma sistemtica em etapas ar-
ticuladas nas UES. As dinmicas a serem estabelecidas devem
favorecer a investigao sobre o processo de desenvolvimento
dos alunos, a anlise e a elaborao por parte dos educadores,
sobre as mediaes pedaggicas necessrias para que, de fato,
a aprendizagem se realize. (BRASIL, 2010)
Trata-se de superar as orientaes que, ao longo da histria, tm trans-
ferido para os alunos toda a responsabilidade por suas dificuldades.
Para que sejam garantidos os direitos de aprendizagem e desenvol-
vimento, o trabalho educativo no pode estar restrito s prticas de
cada professor, mas deve ser parte de um planejamento mais amplo,
de toda a UE. A complexidade do processo educativo requer mais que
a soma de aes individuais dos educadores. Requer investigao,
anlise, elaborao, formulao e a tomada de decises coletivas,
isto , o envolvimento de todos os educadores (de todas as etapas e
modalidades) em aes coletivas. Promover o trabalho coletivo pode
ser uma tarefa complexa, face s diferentes jornadas dos educado-
res, s distncias fsicas a percorrer em pequenos, mdios e grandes
municpios, em regies ribeirinhas, urbanas e no campo. No entanto,
o desafio das secretarias ou instituies responsveis pela educao,
em cada municpio e estado, buscar criar espaos e momentos de
reflexo e de elaborao, a partir das prticas dos educadores. Tanto
32
no plano das prticas individuais, como coletivas, necessrio que os
educadores se vejam e sejam vistos como intelectuais que constroem
o pensamento crtico sobre os diferentes campos da cultura e da tec-
nologia.
Para tanto preciso que o trabalho coletivo tenha continuidade e sis-
tematicidade, o que requer planejamento, organizao e rigor, visando
a favorecer o debate democrtico e criativo. Os processos de imple-
mentao da BNCC devem provocar, ainda, a reflexo sobre as condi-
es de realizao da avaliao interna escola. As vrias dimenses
da avaliao e sua natureza contnua e cumulativa, tal qual previsto
na LDB, so indissociveis do planejamento e do desenvolvimento do
trabalho pedaggico.
33
PRINCPIOS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
Em conformidade com o PNE (2014-2024), Base Nacional Comum
Curricular cabe definir direitos e objetivos de aprendizagem e desen-
volvimento que orientaro a elaborao dos currculos nacionais. Na
BNCC, as concepes de direito de aprendizagem e desenvolvimento
so, portanto, balizadoras da proposio dos objetivos de aprendiza-
gem para cada componente curricular.
Aprendizagem e desenvolvimento so processos contnuos que se re-
ferem a mudanas que se do ao longo da vida, integrando aspectos
fsicos, emocionais, afetivos, sociais e cognitivos. Ao tratar do direito
de aprender e de se desenvolver, busca-se colocar em perspectiva as
oportunidades de desenvolvimento do/a estudante e os meios para
garantir-lhe a formao comum, imprescindvel ao exerccio da cida-
dania. Nesse sentido, no mbito da BNCC so definidos alguns direitos
fundamentais aprendizagem e ao desenvolvimento com os quais o
trabalho que se realiza em todas as etapas da Educao Bsica deve
se comprometer. Esses direitos se explicitam em relao aos princpios
ticos, polticos e estticos, nos quais se fundamentam as Diretrizes
Curriculares Nacionais, e que devem orientar uma educao bsica
que vise formao humana integral, a construo de uma sociedade
mais justa, na qual todas as formas de discriminao, preconceito e
excluso sejam combatidas. So eles:
2
34
Direitos aprendizagem e ao desenvolvimento que se afirmam em relao a princpios
ticos
As crianas, adolescentes, jovens e adultos, sujeitos da Educao Bsica, tm direito:
ao respeito e ao acolhimento na sua diversidade, sem preconceitos de origem, etnia, gnero, orientao sexual, idade, convico religiosa e quaisquer outras formas de
discriminao, bem como terem valorizados seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual de-
vem se comprometer.
apropriao de conhecimentos referentes rea socioambiental que afetam a vida e a dignidade humanas em mbito local, regional e global, de modo que pos-
sam assumir posicionamento tico em relao ao cuidado de si mesmos, dos outros
e do planeta.
Direitos aprendizagem e ao desenvolvimento que se afirmam em relao a princ-pios polticos
As crianas, adolescentes, jovens e adultos, sujeitos da Educao Bsica, tm direito:
s oportunidades de se constiturem como indivduos bem informados, capazes de exercitar o dilogo, analisar posies divergentes, respeitar decises comuns para
a soluo de conflitos, fazer valer suas reivindicaes, a fim de se inserirem plena-
mente nos processos decisrios que ocorrem nas diferentes esferas da vida pblica.
apropriao de conhecimentos historicamente constitudos que lhes permitam re-alizar leitura crtica do mundo natural e social, por meio da investigao, reflexo,
interpretao, elaborao de hipteses e argumentao, com base em evidncias,
colaborando para a construo de uma sociedade solidria, na qual a liberdade, a
autonomia e a responsabilidade sejam exercidas.
apropriao de conhecimentos e experincias que possibilitem o entendimento da centralidade do trabalho, no mbito das relaes sociais e econmicas, permitindo
fazer escolhas autnomas, alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e
social.
35
Direitos aprendizagem e ao desenvolvimento que se afirmam em relao a princpios estticos
As crianas, adolescentes, jovens e adultos, sujeitos da Educao Bsica, tm direito
participao em prticas e fruies de bens culturais diversificados, valorizando-os e reconhecendo-se como parte da cultura universal e local;
ao desenvolvimento do potencial criativo para formular perguntas, resolver proble-mas, partilhar ideias e sentimentos, bem como expressar-se em contextos diversos
daqueles de sua vivncia imediata, a partir de mltiplas linguagens: cientficas, tec-
nolgicas, corporais, verbais, gestuais, grficas e artsticas.
Em conformidade com os princpios ticos, polticos e estticos an-
teriormente referidos e para que os direitos de aprendizagem e de-
senvolvimento, decorrentes desses princpios sejam garantidos, so
definidos os objetivos gerais de formao para cada etapa de escola-
rizao e os objetivos de aprendizagem relacionados a cada um dos
componentes curriculares. Em cada uma das etapas da Educao B-
sica, esses princpios e direitos so retomados, considerando as pecu-
liaridades dos sujeitos e da prpria etapa de escolarizao.
A BNCC E AS MODALIDADES DA EDUCAO BSICA
A BNCC contempla, nas diferentes reas conhecimentos, temticas re-
ferentes interculturalidade, sustentabilidade socioambiental, assim
como s causas histricas, polticas, econmicas e sociais das diferen-
tes formas de discriminao e excluso, contribuindo para a identifica-
o e a superao das desigualdades socialmente construdas.
Para alm do tratamento dado, na BNCC, s temticas afins s dife-
rentes modalidades da Educao Bsica, a existncia de uma base
comum para os currculos demandar, posteriormente sua aprova-
o, a produo de documentos que tratem de como essa base se
coloca em relao s especificidades das modalidades da educao
bsica, vez que essas modalidades tm diretrizes prprias, que as re-
gulamentam.
36
Assim, a legislao brasileira e as diretrizes institudas pelo Conselho
Nacional de Educao para as etapas e modalidades da Educao
Bsica preveem as seguintes orientaes, no que tange s modalida-
des:
A Educao de Jovens e Adultos (EJA), assegurada a todos os que
no tiveram acesso Educao Bsica na idade adequada, incluindo
aqueles em situao de privao de liberdade nos estabelecimentos
penais, contempla as determinaes curriculares previstas no Art. 26
da Lei n 9.394/1996 LDB, prevendo outras estratgias no desenvol-
vimento de experincias escolares e no escolares necessrias para
tratar as informaes e construir conhecimentos.
A Educao Especial na Perspectiva Inclusiva contempla a iden-
tificao e a eliminao das barreiras, principalmente as de acesso
aos conhecimentos, deslocando o foco da condio de deficincia de
estudantes para a organizao e a promoo da acessibilidade aos
ambientes escolares (arquitetnica) e comunicao (oral, escrita, si-
nalizada, digital), em todos os nveis, etapas e modalidades, visando
a autonomia e a independncia dos educandos. A educao especial
integra a educao regular, devendo ser prevista no Projeto Poltico
Pedaggico para a garantia da oferta do atendimento educacional
especializado (AEE) aos educandos com deficincia, com transtornos
globais do desenvolvimento, com altas habilidades/superdotao, por
meio do ensino do uso de equipamentos, recursos de tecnologia e ma-
teriais pedaggicos acessveis, da oferta de traduo e interpretao
da Libras, entre outros.
A Educao do Campo fundamenta suas aes de acordo com a LDB,
mas contempla adequaes necessrias s peculiaridades da vida no
campo e de cada regio, definindo componentes curriculares e meto-
dologias apropriadas s necessidades e interesses dos educandos,
incluindo a adequao do calendrio escolar s fases do ciclo agrco-
la, s condies climticas e s caractersticas do trabalho do campo,
retratando as lutas e a resistncia dos povos do campo pelo acesso e
a permanncia na terra.
A Educao Escolar Indgena compreende o direito a uma educao
diferenciada para os povos indgenas, assegurado pela Constituio
Federal de 1988 e outros documentos nacionais e internacionais, ob-
37
servados os princpios legais que orientam a Educao Bsica brasi-
leira. A educao escolar indgena, organizada em territrios etnoedu-
cacionais, oferecida em instituies prprias e pautada nos princpios
da igualdade social, da diferena, da especificidade, do bilinguismo e
da interculturalidade, permite uma pedagogia prpria em respeito
especificidade tnico-cultural de cada povo ou comunidade. A BNCC,
para garantir a educao escolar com qualidade social e pertinncia
pedaggica, cultural, lingustica, ambiental e territorial, respeitando as
lgicas, saberes e perspectivas dos povos indgenas, deve possibilitar
currculos flexveis e construdos a partir dos valores e interesses etno-
polticos das comunidades indgenas em relao aos seus projetos de
sociedade e de escola, ancorados em materiais didticos especficos,
escritos na lngua portuguesa e nas lnguas indgenas.
A Educao Escolar Quilombola, desenvolvida em unidades educa-
cionais situadas dentro ou fora do territrio quilombola, observados
os princpios legais que orientam a Educao Bsica brasileira, requer
uma concepo e uma prtica pedaggica que reconhea e valorize
a especificidade tnico-cultural de cada comunidade, bem como a for-
mao especfica do quadro docente. A estruturao e o funcionamen-
to das escolas quilombolas, reconhecida e valorizada sua diversidade
cultural, pressupe um cur r culo cons trudo com a comunidade esco-
lar, ba seado nos sa beres, co nhe ci mentos e res peito s suas ma trizes
cul tu rais, assegurando uma edu cao que permite melhor compreen-
der a re a li dade a partir da his tria de luta e re sis tncia desses povos,
bem como dos seus va lores ci vi li za t rios.
A Educao para as Relaes tnico-Raciais, prevista no art. 26A da
Lei n 9.394/1996 (LDB), objetiva a ampliao de conhecimentos acer-
ca da educao para as relaes tnico-raciais e, consequentemente,
para a eliminao do racismo e do etnocentrismo no ambiente escolar
e na sociedade brasileira. O estudo de Histria e Cultura Afro-Brasilei-
ra e Indgena (Leis n 10.639/2003 e n 11.645/2008) ministrado no
mbito de todo o currculo escolar, em especial nas reas de educa-
o artstica e de literatura e histria brasileiras, em todas as etapas
da Educao Bsica, compreendendo a histria e a cultura que carac-
terizam a formao da populao brasileira.
A Educao Ambiental uma dimenso da educao escolar, uma
atividade intencional da prtica social que deve imprimir ao desenvol-
38
vimento individual um carter social em sua relao com a natureza e
com os outros seres humanos. Objetiva a construo de conhecimen-
tos, o desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores, o cuidado
com a comunidade de vida, a justia e a equidade socioambiental e
a proteo do meio ambiente natural e construdo. Para potencializar
essa atividade, com a finalidade de torn-la plena de prtica social e
de tica ambiental, a educao construda com responsabilidade
cidad, na reciprocidade das relaes dos seres humanos entre si e
com a natureza. As prticas pedaggicas de educao ambiental de-
vem adotar uma abordagem crtica, que considere a interface entre a
natureza, a sociocultura, a produo, o trabalho e o consumo, supe-
rando a viso naturalista.
A Educao em Direitos Humanos, fundamentada nas diretrizes do
Conselho Nacional de Educao e outros documentos nacionais e in-
ternacionais, integra o direito educao e diz respeito a uma pers-
pectiva a ser incorporada na prtica educativa. Os Direitos Humanos,
como um conjunto de direitos civis, polticos, sociais, econmicos, cul-
turais e ambientais, sejam eles individuais, coletivos, transindividuais
ou difusos, referem-se necessidade de igualdade e de defesa da
dignidade humana, tendo como princpios: o reconhecimento e valo-
rizao das diferenas e das diversidades; a laicidade do Estado; a
democracia na educao; a transversalidade, vivncia e globalidade;
e a sustentabilidade socioambiental. Na perspectiva da educao em
direitos humanos, a BNCC deve contemplar a apreenso de conhe-
cimentos historicamente construdos sobre direitos humanos e a sua
relao com os contextos internacional, nacional e com o contexto lo-
cal; a afirmao de valores, atitudes e prticas sociais que expressem
a cultura dos direitos humanos em todos os espaos da sociedade; a
formao de uma conscincia cidad, que se faa presente nos nveis
cognitivo, social, cultural e poltico; o desenvolvimento de processos
metodolgicos participativos e de construo coletiva; o fortalecimen-
to de prticas individuais e sociais que gerem aes e instrumentos
em favor da promoo, da proteo e da defesa dos direitos humanos,
bem como da reparao das diferentes formas de violao de direitos.
39
A EDUCAO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA E A BASE NACIONAL COMUM CURRI-CULAR
O direito das pessoas com deficincia educao efetiva-se median-
te a adoo de medidas necessrias para sua plena participao em
igualdade de condies com as demais pessoas, na comunidade em
que vivem, promovendo oportunidades de desenvolvimento pessoal,
social e profissional, sem restringir sua participao em determinados
ambientes e atividades com base na condio de deficincia.
Para efetivar esse direito sem discriminao e com base na igualdade
de oportunidades, assegura-se um sistema educacional inclusivo em
todos os nveis, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida.
Na perspectiva inclusiva, a concepo curricular contempla o reco-
nhecimento e valorizao da diversidade humana. Neste sentido, so
identificadas e eliminadas as barreiras, deslocando o foco da condi-
o de deficincia para a organizao do ambiente. Ao promover a
acessibilidade, os estabelecimentos de ensino superam o modelo de
deficincia como sinnimo de invalidez, passando a investir em medi-
das de apoio necessrias conquista da autonomia e da independn-
cia pelas pessoas com deficincia, por meio do seu desenvolvimento
integral.
Assim, os sistemas de ensino devem assegurar em todos os nveis, eta-
pas e modalidades, a organizao e oferta de medidas de apoio espe-
cficas para a promoo das condies de acessibilidade necessrias
plena participao e autonomia dos estudantes com deficincia, em
ambientes que maximizem seu desenvolvimento integral, com vistas a
atender a meta de incluso plena.
A acessibilidade arquitetnica em todos os ambientes deve ser asse-
gurada a fim de que os estudantes e demais membros da comunidade
escolar e sociedade em geral tenham garantido o direito de ir e vir
com segurana e autonomia.
A acessibilidade comunicao e informao deve contemplar a co-
municao oral, escrita e sinalizada. Sua efetividade d-se mediante
a disponibilizao de equipamentos e recursos de tecnologia assistiva
tais como materiais pedaggicos acessveis, traduo e interpretao
40
da Libras, software e hardware com funcionalidades que atendam tais
requisitos de comunicao alternativa, entre outros recursos e servi-
os, previstos no PPP da escola.
Considerando que a educao especial transversal a cada etapa,
modalidade e segmento da educao bsica, de carter complemen-
tar, deve integrar o currculo como rea de conhecimento responsvel
pela organizao e oferta de servios e recursos de acessibilidade.
Dentre os servios inerentes educao especial, destinados ga-
rantia do acesso ao currculo, vinculados atuao de profissional
especfico, destacam-se:
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AEE
O Atendimento Educacional Especializado AEE um servio da Edu-
cao Especial, que organiza atividades, recursos pedaggicos e de
acessibilidade, de forma complementar ou suplementar escolariza-
o dos estudantes com deficincia, transtornos globais do desenvol-
vimento e altas habilidades/superdotao, matriculados nas classes
comuns do ensino regular.
Consideram-se Atividades do Atendimento Educacional Especializado
AEE:
Estudo de caso
Caracteriza-se pelo estudo prvio das condies individuais do estu-
dante, bem como das condies ambientais, sociais e pedaggicas
que envolvem o processo de ensino e aprendizagem, com a finalidade
de subsidiar a elaborao do plano de AEE.
Plano de AEE
Consiste no planejamento das aes a serem desenvolvidas para
atender s especificidades educacionais do estudante, a fim de pro-
mover condies de pleno acesso, participao e aprendizagem em
igualdade de oportunidades.
Ensino do Sistema Braille
Consiste na definio e utilizao de mtodos e estratgias para que o
estudante se aproprie desse sistema ttil de leitura e escrita.
41
Ensino do uso do Soroban
O ensino do uso do soroban, calculadora mecnico manual, consiste
na utilizao de estratgias que possibilitem ao estudante o desen-
volvimento de habilidades mentais e do raciocnio lgico matemtico.
Estratgias para autonomia no ambiente escolar
Consiste no desenvolvimento de atividades, realizadas ou no com
o apoio de recursos de tecnologia assistiva, visando fruio, pelos
estudantes, de todos os bens sociais, culturais, recreativos, esporti-
vos entre outros servios e espaos disponveis no ambiente escolar,
com autonomia, independncia e segurana.
Orientao e mobilidade
Consiste no ensino de tcnicas e desenvolvimento de atividades para
a orientao e mobilidade, proporcionando o conhecimento dos dife-
rentes espaos e ambientes a fim de promover o ir e vir com segurana
e autonomia. Tais atividades devem considerar as condies fsicas,
intelectuais e sensoriais de cada estudante.
Ensino do uso de recursos de tecnologia assistiva
Consiste na identificao das funcionalidades dos diversos recursos
de tecnologia assistiva, aplicveis s atividades pedaggicas, assim
como ao ensino de sua usabilidade.
So exemplos de recursos de tecnologia assistiva de uso pedaggico:
leitores de tela e sintetizadores de voz, ponteiras de cabea, tecla-
dos alternativos, acionadores, softwares de comunicao alternativa,
scanner com voz, sistema de frequncia modulada, lupas manuais ou
digitais, plano inclinado, cadernos de pauta ampliada, caneta de escri-
ta grossa, dentre outros.
Ensino do uso da comunicao alternativa e aumentativa CAA
Consiste na realizao de atividades que ampliem os canais de co-
municao com o objetivo de atender s necessidades comunicativas
de fala, leitura ou escrita dos estudantes. Alguns exemplos de CAA
so cartes de comunicao, pranchas de comunicao com smbo-
los, pranchas alfabticas e de palavras, vocalizadores ou o prprio
computador, quando utilizado como ferramenta de voz e comunicao
alternativa.
42
Estratgias para o desenvolvimento de processos cognitivos
Consistem na promoo de atividades que ampliem as estruturas cog-
nitivas facilitadoras da aprendizagem nos mais diversos campos do
conhecimento para desenvolvimento da autonomia e independncia
do estudante frente s diferentes situaes no contexto escolar. A
ampliao dessas estratgias para o desenvolvimento dos processos
cognitivos possibilita maior interao entre os estudantes, o que pro-
move a construo coletiva de novos saberes na sala de aula comum.
Estratgias para enriquecimento curricular
Consiste na organizao de prticas pedaggicas exploratrias suple-
mentares ao currculo comum, que objetivam o aprofundamento e ex-
panso nas diversas reas do conhecimento. Tais estratgias podem
ser efetivadas por meio do desenvolvimento de habilidades, da articu-
lao dos servios realizados na escola, na comunidade, nas institui-
es de educao superior, da prtica da pesquisa e desenvolvimen-
to de produtos; da proposio e do desenvolvimento de projetos no
mbito da escola, com temticas diversificadas, como artes, esporte,
cincias e outras.
Profissional de apoio
O conceito de adaptao razovel compreendido como modifica-
es e ajustes necessrios e adequados que no acarretem nus des-
proporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de
assegurar que as pessoas com deficincia possam gozar ou exercer,
em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, todos os di-
reitos humanos e liberdades fundamentais.
O servio do profissional de apoio, como uma medida a ser adotada
pelos sistemas de ensino no contexto escolar, deve ser disponibiliza-
do sempre que identificada a necessidade individual do estudante, vi-
sando aos cuidados pessoais de alimentao, higiene e locomoo.
A oferta desse servio educacionaljustifica-se quando a necessidade
especfica do estudante no for atendida no contexto geral dos cui-
dados disponibilizados aos demais estudantes. Ele no substitutivo
escolarizao ou ao atendimento educacional especializado, mas
articula-se s atividades da sala de aula comum e demais atividades
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escolares, devendo ser periodicamente avaliado pela escola, junta-
mente com a famlia, quanto sua efetividade e necessidade de con-
tinuidade.
Tradutor/intrprete da lngua brasileira de sinais/lngua portuguesa
Esse servio deve ser assegurado sempre que houver matrcula de es-
tudante usurio da LIBRAS, de acordo com a regulamentao prpria.
Este servio alia-se a meios tecnolgicos, utilizados na traduo e in-
terpretao da Libras/Lngua Portuguesa, tais como, textos em formato
digital acessvel bilngue, avatares tridimensionais, dentre outros.
Guia intrprete
Esse servio caracteriza-se pela disponibilizao de profissional habi-
litado para a traduo e interpretao ttil da LIBRAS ou para o uso da
dactilologia, como tambm para mediao de comunicao alternati-
va, como tadoma. O tadoma consiste em um sistema de comunicao,
que reproduz a fala por meio do posicionamento da mo do usurio do
tadoma no queixo e nas faces do seu interlocutor.
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A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) referncia para a formu-
lao e implementao de currculos para a educao bsica por es-
tados, Distrito Federal e municpios, e para a formulao dos Projetos
Pedaggicos das escolas. Avana em relao a documentos norma-
tivos anteriores ao definir direitos e objetivos de aprendizagem e de-
senvolvimento os quais todas as crianas, adolescentes e jovens bra-
sileiros devem ter acesso ao longo de seu processo de escolarizao.
A BNCC se fundamenta em princpios ticos, polticos e estticos para
estabelecer os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento, que
devem ser o mote de toda a escolarizao bsica. Em cada etapa de
escolarizao Educao Infantil, Ensino Fundamental e Ensino M-
dio esses Direitos subsidiam a definio dos objetivos de aprendiza-
gem e desenvolvimento dos componentes curriculares.
A ORGANIZAO DAS ETAPAS DE ESCOLARIZAO NA BNCC
Na organizao da Base consideram-se as subdivises etrias no in-
terior de uma mesma etapa de escolarizao. Assim, na EDUCAO
INFANTIL os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento so apre-
sentados em relao a trs faixas etrias:
bebs (0 a 18 meses),
crianas bem pequenas (19 meses a 3 anos e 11 meses),
crianas pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses).
Na BNCC a Educao Infantil apresenta Direitos de Aprendizagem
e Desenvolvimento para a etapa, referidos s cinco principais aes
que orientam os processos de aprendizagem e desenvolvimento, da-
das as caractersticas dos bebs e crianas e as orientaes das Dire-
trizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil: conviver, brin-
car, participar, explorar, expressar, conhecer-se.
3
45
Com base nesses direitos, so definidos os eixos dos currculos para a
educao infantil, os cinco campos de experincias:
O eu, o outro e o ns;
Corpo, gestos e movimentos;
Traos, sons, cores e imagens;
Escuta, fala, linguagem e pensamento;
Espaos, tempos, quantidades, relaes e transformaes.
Esses campos de experincias, que guardam relaes com as reas
de conhecimento que organizam as etapas posteriores de escolariza-
o, do origem aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
para cada uma das trs fases da educao infantil: objetivos de apren-
dizagem e desenvolvimento para os bebs; objetivos de aprendiza-
gem e desenvolvimento para as crianas bem pequenas; objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento para as crianas pequenas.
Os campos de experincias da Educao Infantil se traduzem, no En-
sino Fundamental e Mdio, em reas de conhecimento. Essa diferen-
ciao se deve sistematizao dos conhecimentos, que se amplia
medida que avana o processo de escolarizao, pela incluso de
componentes curriculares diversos no currculo da Educao Bsica.
No Ensino Fundamental h duas fases -
anos iniciais (1 ao 5 ano de escolarizao) e
anos finais (6 ao 9 ano de escolarizao).
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Inicialmente apresenta-se uma caracterizao da etapa e dos obje-
tivos estabelecidos para ela pelas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental de nove anos. Referidos a esses objetivos,
so definidos, na BNCC, quatro eixos de formao, que articulam o
currculo ao longo de toda a etapa. So eles:
Letramentos e capacidade de aprender;
Leitura do mundo natural e social;
tica e pensamento crtico;
Solidariedade e sociabilidade.
Para cada fase do Ensino Fundamental so caracterizados os/as es-
tudantes, suas relaes com os conhecimentos e, em funo dessas
caractersticas, o papel das reas de conhecimento e de seus respec-
tivos componentes no processo de escolarizao. A articulao entre
as reas se faz pela definio de objetivos gerais de formao, referi-
dos aos quatro eixos de formao anteriormente