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FGTS DO PERÍODO DE 1999 A 2013 PODE SER REVISADO PARA REAJUSTE Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) exarada em março do ano passado, considerou a utilização da TR (Taxa Referencial) inapropriada para corrigir perdas inflacionárias de papéis emitidos pelo governo. Com base neste entendimento é possível requerer judicialmente a revisão dos saldos do FGTS de trabalhadores registrados, inclusive aposentados, no período compreendido entre 1999 a 2013. Segundo a decisão, durante o período em que serviu de índice de correção, a TR não acompanhou os demais índices de correção e sempre esteve abaixo dos índices da inflação. Com isso, o poder de compra dos trabalhadores não foi recuperado e estes acabaram recebendo uma quantia menor do que deveriam. A partir de agora, o índice de correção monetária do FGTS será o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o qual comparado com a TR proporciona significativo aumento de valores a serem recebidos pelos trabalhadores. Para ajuizamento da ação, é necessário obter os extratos do FGTS de 1999 a 2013, junto à Caixa Econômica Federal, RG, CPF, comprovante de residência. Vale notar que aposentados e contribuintes que tenham sacado o Fundo de Garantia também têm direito à revisão. Confira nesta edição: o Possibilidade de exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS o Prefeitura de São Paulo abre novo Parcelamento Incentivado de Débitos Tributários o Alíquota do ITBI no Município de São Paulo sofre aumento. o Jurisprudência Boletim Informativo Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1912, cj. 6E – Jardim Paulistano São Paulo – SP 01451907 +55 11 30712179 Ano V nº 1

2boletim informativo anguloVF · FGTS%DO%PERÍODODE%1999%A%2013%PODE%SER%REVISADOPARA%REAJUSTE% 1 Uma$ decisão$ do$ Supremo$ Tribunal$ Federal$ (STF)$ exarada$ em$ março$ do$ ano$

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FGTS  DO  PERÍODO  DE  1999  A  2013  PODE  SER  REVISADO  PARA  REAJUSTE  

1

Uma   decisão   do   Supremo  

Tribunal   Federal   (STF)   exarada  

em   março   do   ano   passado,  

considerou   a   utilização   da   TR  

(Taxa   Referencial)   inapropriada  

para   corrigir   perdas  

inflacionárias   de   papéis  

emitidos   pelo   governo.   Com  

base   neste   entendimento   é  

possível   requerer   judicialmente  

a  revisão  dos  saldos  do  FGTS  de  

trabalhadores   registrados,  

inclusive   aposentados,   no  

período   compreendido   entre  

1999  a  2013.  

2

Segundo   a   decisão,   durante   o  

período  em  que  serviu  de  índice  

de   correção,   a   TR   não  

acompanhou   os   demais   índices  

de   correção   e   sempre   esteve  

abaixo   dos   índices   da   inflação.  

Com   isso,   o   poder   de   compra  

dos   trabalhadores   não   foi  

recuperado   e   estes   acabaram  

recebendo   uma   quantia   menor  

do  que  deveriam.    

A   partir   de   agora,   o   índice   de  

correção   monetária   do   FGTS  

será  o  Índice  Nacional  de  Preços  

ao   Consumidor   (INPC),   o   qual  

3

comparado   com   a   TR  

proporciona   significativo  

aumento   de   valores   a   serem  

recebidos  pelos  trabalhadores.  

 Para   ajuizamento   da   ação,   é  

necessário  obter  os  extratos  do  

FGTS   de   1999   a   2013,   junto   à  

Caixa   Econômica   Federal,   RG,  

CPF,   comprovante   de  

residência.      

Vale   notar   que   aposentados   e  

contribuintes   que   já   tenham  

sacado   o   Fundo   de   Garantia  

também  têm  direito  à  revisão.    

Confira  nesta  edição:    

o Possibilidade  de  exclusão  do  ICMS  da  base  de  cálculo  do  PIS  e  da  COFINS  

o Prefeitura  de  São  Paulo  abre  novo  Parcelamento  Incentivado  de  Débitos  Tributários  

o Alíquota  do  ITBI  no  Município  de  São  Paulo  sofre  aumento.  o Jurisprudência  

Boletim  Informativo  

Avenida  Brigadeiro  Faria  Lima,  1912,  cj.  6E  –  Jardim  Paulistano  

 São  Paulo  –  SP    01451-­‐907  +55  11  3071-­‐2179  

Ano  V  nº  1  

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       IMÓVEL  ALIENADO  FIDUCIARIAMENTE  NÃO  PODE  SER  PENHORADO  

   

Os   magistrados   da   8ª   Turma   do   TRT   da   2ª  Região   deram   provimento   ao   Agravo   de  Instrumento  de  um  reclamante,  determinando  o   processamento   de   um   agravo   de   petição  que  havia  sido  trancado.  Na  análise  do  recurso  principal,   negaram   provimento   e  mantiveram  a  decisão  de  1ª  instância  de  não  penhorar  um  imóvel   com   registro   de   alienação   fiduciária  (transferência  da  posse  de  um  bem  móvel  ou  imóvel   do   devedor   ao   credor   para   garantir   o  cumprimento  de  uma  obrigação).  

 A   8ª   Turma   não   acolheu   os   argumentos.   O  acórdão,   redigido  pela  desembargadora   Silvia  Almeida  Prado,  menciona  o  §  2º  do  art.  1.361  do   Código   Civil,   que   “com   a   constituição   da  propriedade   fiduciária,   dá-­‐se   o  desdobramento   da   posse,   tornando-­‐se   o  devedor   possuidor   direto   da   coisa”.   Para   os  magistrados,   “Claro   está,   portanto,   que,   no  caso   concreto,   o   sócio   executado   é   apenas  possuidor   direto   do   bem.   (...)   A   propriedade  do   imóvel   é   do   credor   (Banco   Santander),   o  que   o   torna   impenhorável”.     (Ac.   nº  20141015300)  

 

RECUPERAÇÃO  JUDICIAL  NÃO  SUSPENDE  EXECUÇÃO  CONTRA  AVALISTAS  

   

A   Recuperação   Judicial   do   devedor   principal  não   impede  o  prosseguimento  das   execuções  nem  tampouco  induz  a  suspensão  ou  extinção  de  ações  ajuizadas  contra  terceiros  devedores  solidários   ou   coobrigados   em   geral,   por  garantia  cambial,  real  ou  fidejussória,  pois  não  se   lhes  aplicam  a  suspensão  prevista  nos  arts.  6°,   caput,  e  52,   inciso   III,  ou  a  novação  a  que  se   refere   o   art.   59,   caput,   por   força   do   que  dispõe   o   art.   49,   §   1°,   todos   da     Lei   n.  11.101/2005.  (3001).  (REsp  1333349)/STJ).  

1

O   plenário   do   STF   concluiu   o  

julgamento  do  RExt  240.785,  e  

entendeu,  por  maioria   (7  x  2),  

que   o   ICMS   não   deve   ser  

incluído  na  base  de  cálculo  da  

Cofins.   A   decisão,   porém,  

beneficiará   apenas   e   tão  

somente   a   empresa   Auto  

Americano  S/A  Distribuidor  de  

Peças,   que   pleiteou   o  

benefício,   uma   vez   que   o  

recurso  não  possui  efeito  erga  

omnes.  

 

Na   Corte   desde   1998,   o   RExt  

teve   seu   julgamento  

sobrestado   em   2008,   quando  

já   contava   com   6   x   1  

favoráveis   ao   contribuinte,  

por   ocasião   de   liminar  

deferida   na   ADC   18,   proposta  

pela   AGU.   A   liminar   teve   sua  

2

validade   estendida   por  

algumas   vezes,   mas   desde  

setembro  de  2010  já  não  mais  

produzia   efeitos.   Com   o   voto  

do  Ministro   Gilmar  Mendes   e  

do  Ministro   Celso   de  Mello,   o  

Recurso   Extraordinário   teve   7  

x   2   pelo   seu   provimento   em  

favor  dos  contribuintes.    

 

A   ministra   Rosa   da   Rosa  

invocou   o   art.   134,   §2º,   do  

Regimento   Interno   da   Corte,  

segundo   o   qual   "não  

participarão   do   julgamento  os  

ministros   que   não   tenham  

assistido   ao   relatório   ou   aos  

debates,   salvo   quando   se  

derem  por  esclarecidos",  e  não  

participou  do  julgamento.

ICMS  –  EXCLUSÃO  DA  BASE  DE  CÁLCULO  DO  PIS  E  DA  COFINS  

ANGULO  SOCIEDADE  DE  ADVOGADOS    

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ANGULO  SOCIEDADE  DE  ADVOGADOS    

CONTRIBUINTE  DO  MUNICÍPIO  DE  SÃO  PAULO  TEM  OPORTUNIDADE  DE  QUITAR  DÉBITOS  COM  DESCONTO  

 O  novo  Programa  de  Parcelamento   Incentivado  de  2014   (PPI  –  2014),  para  

débitos   tributários   e   não   tributários   perante   o   Município   de   São   Paulo,  

instituído   pela   Lei   16.097/2014,   é   uma   excelente   oportunidade   para   os  

contribuintes   quitarem   ou   parcelarem   débitos   de   tributos   efetivamente  

devidos   à   municipalidade,   cujos   fatos   geradores   ocorreram   até   dia   31   de  

dezembro  de  2013.  O  desconto  dos   juros  pode  chegar  a  85%  e  da  multa  a  

75%,   no   caso   de   pagamento   em   parcela   única   e   60%   dos   juros   e   50%   da  

multa,   na   hipótese   de   pagamento   parcelado.   A   atualização   dos   débitos  

parcelados   será   feita   pela   SELIC.   Para   os   débitos   inscritos   em   Dívida   Ativa  

incidirão   também   em   custas,   despesas   processuais   e   honorários  

advocatícios.   O   prazo   para   adesão   será   o   último   dia   útil   do   terceiro   mês  

subsequente  à  publicação  do  regulamento  à  Lei  n°  16.097/2014,  ou  seja,  em  

30/04/2015.  Este  programa  não   se  aplica   às  multas  de   trânsito,  obrigações  

de   natureza   contratual   e   indenizações   devidas   ao   Município   por   dano   ao  

patrimônio  público.    

Este boletim é editado mensalmente e é remetido apenas a clientes e amigos cadastrados. Caso não haja interesse em receber os próximo boletins ou caso queira enviar comentários, sugestões e críticas, envie e-mail para: [email protected]

Avenida  Brigadeiro  Faria  Lima,  1912,  cj  6E  –  Jardim  Paulistano  –  São  Paulo  –  SP  –  3071-­‐2179

AUMENTO  DA  ALÍQUOTA  DO  ITBI  

Na  contra  mão  do  benefício   concedido,   conforme  a   Lei  nº  16.098,  de  29  de  dezembro  de  2014,  a  partir  

deste  ano,  a  alíquota  do  ITBI  (Imposto  de  Transmissão  de  Bens  Imóveis  Inter-­‐Vivos)  passará  de  2%  para  3%,  

que  será  aplicada  sobre  as  transações  realizadas  a  partir  de  abril  de  2015.  O  ITBI  é  um  imposto  cobrado  na  

transmissão   a   qualquer   título,   por   ato   oneroso,   de   bens   imóveis   por   natureza   ou   acessão   física,   e   de  

direitos  reais  sobre  imóveis,  exceto  os  de  garantia,  bem  como  a  cessão  de  direitos  à  sua  aquisição.