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2.º Encontro Anual da Agenda 21 - MMN Estimativa da produção local potencial de hortícolas em Montemor-o-Novo 21 de Novembro de 2014 Teresa Pinto-Correia – Cecília Fonseca

2.º Encontro Anual da Agenda 21 - MMN Estimativa da produção local potencial de hortícolas em Montemor- o-Novo 21 de Novembro de 2014 Teresa Pinto-Correia

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2.º Encontro Anual da Agenda 21 - MMN

Estimativa da produção local potencial de

hortícolas em Montemor-o-Novo

21 de Novembro de 2014

Teresa Pinto-Correia – Cecília Fonseca

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Âmbito do estudoPontos de partida:

> Quem alimenta o concelho?

> Se se fechasse o concelho, qual o grau de autonomia alimentar?

> Invisibilidade da produção hortícola de pequena escala nas estatísticas oficiais.

Objetivo do estudo: Contribuir para um maior conhecimento e visibilidade da

produção alimentar no concelho de Montemor-o-Novo.

> Estudo exploratório

> Autonomia; autossuficiência; segurança; soberania alimentar.

Estimativa da produção local, potencial, de hortícolas e frutícolas, em pequena escala.

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Metodologia

Área abrangida:União de freguesias de Nossa Senhora do Bispo, de Nossa Senhora da Vila e SilveirasUnião de freguesias de Cortiçadas de Lavre e Lavre

Universo:2 freguesias = 238 explorações (INE – RGA 2009)Unidades até 5 hectaresAmostra = 108 unidades (nível de confiança de 95%; intervalo de confiança de 7%)

Método:Aplicação de inquérito (um mês entre Março – Maio 2014)Áreas (cultivadas) inquiridas: 12 m2 - 30 000 m2

“Horta em horta”

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Metodologia

Inquérito:

1 - Cabaz (quantidades semeadas/cultivadas e colhidas ao longo do ano):

produtos hortícolas - abóbora (e mogango), alface, alho, batata, cebola, cenouras, couve, fava, feijão, grão;

produtos frutícolas - figos, laranjas, melão e uvas; ovos. Outros.2 - Dimensão da área cultivada.3 - Destino dos produtos colhidos (consumo próprio e da

família; venda; doação a vizinhos e conhecidos).4 - Disponibilidade para comercializar (mais) os produtos (ex.:

restaurantes).

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Metodologia

Limites:

Inquéritos realizados apenas de manhã.

Acesso ao universo de inquirição: - entrar (fisicamente) na dimensão da vida privada da população- resistência (receio da fiscalização)- dificuldade na quantificação dos alimentos cultivados / colhidos.

Tratamento dos dados - uniformização das unidades de contagem.

Estudo comparado produção e consumo.

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Tratamento dos dados1. Conversão de valores de referência (inquéritos, bibliografia, pesagem) em kg. Ex.: 1 kg de alho semeado => 10 kg..

2. Estabelecimento da área potencial de hortas ou explorações similares em MMN, contabilizando apenas as fracções < 5 ha, através de informação geográfica auxiliar (cartografia de ocupação do solo e cadastro de propriedade. 6 cenários:

1. COS’90 (c CX1) = 488.80 ha 2. COS’90 (c CX1) intersect COS’07 (c 2.4) = 202.78 ha 3. C < 1 ha = 568.56 ha 4. C < 1 ha minus COS’07 (c 1 e 5) = 483.93 ha 5. C < 0.5 ha = 167.14 ha6. C < 1 ha intersect COS’90 (c CX1) = 91.87 ha

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Tratamento dos dadosEstimativas de produção cada em toneladas/ano (excepto os ovos), para as áreas estimadas de espaços potenciais de horta (≠ produtividade).

Abóbora 1154,71 Feijão verde 428,35

Alface 738,6 Figo 106,01

Alho 375,8 Grão 6,59

Batata 2829,62 Laranja 1120,04

Cebola 2224,57 Melão 134,61

Cenoura 78,58 Pepino 353,11

Courgette 141,96 Pimento 254,66

Couve 2303,44 Tomate 2082,07

Fava 223,44 Uva 2101,6

Feijão seco 64,29 14 285 ovos

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Tratamento dos dados

Destino da produção:Consumo próprio ou da família: 111Dá / troca com vizinhos e conhecidos: 22Vende: 16 (11 - mercado municipal; 4 – particulares; 1 - loja em Lisboa).

Vender (mais):Não querem vender em absoluto, ou vender mais caso já o façam: 73Sim: 11NR/NA: 32.

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Impressões gerais

Importante para a economia doméstica - complemento “da casa” (economica e espacialmente) e autonomia alimentar.

Relevante para as relações de reciprocidade entre vizinhos. “Hortelões” - cultura /saber; identidade e reprodução social. - prática de guardar e trocar sementes, técnicas. - quantidades e variedade. Depende: solo, disponibilidade de água e optimização do

espaço, cultivam terrenos dos vizinhos (e dão), idade, saúde, escolhas alimentares deles e da família, ou o que o vizinho tem.

“Fazer” em vez de produzir - ligação com a terra, mundo da vida, dos afetos.

Visão pessimista - jovens não se interessam.

> Restabelecer confiança e valorização (cultural e económica).

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Muito obrigada.