3 de Junho_E_A Procissão Assombrada

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  • 8/14/2019 3 de Junho_E_A Procisso Assombrada

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    3 de Junho

    - Lamento imenso, Miguel. disse-me o meu meio-irmo, no funeral dosmeus avs. J descobriram de ondesurgiu o fogo?

    - Ainda no. Respondi,cabisbaixo.

    3 de Junho de 1996. Estava nomeu quarto quando a minha me

    recebeu um telefonema dos bombeiros.No sabia do que se tratava, masquando a minha me gritou, soube logo.Um misterioso incndio abateu-se sobrea casa dos meus avs maternos,mortalmente. Tentei sair de casa acorrer, mas a minha me agarrou-me emanteve-me calmo at eu me deixardormir.

    Ao sair do funeral, olhei mais uma vez para os caixes ondeeles se encontravam.

    - Miguel, vens connosco? Perguntou-me a minha me numavoz serena mas triste.

    - No, eu prefiro ir sozinho.

    Ocorreu-me a ideia de visitar a casa dos meus avs ou o querestava dela. Fui andando calmamente, sem ligar muito ao que me

    rodeava. Quando estava perto da casa, olhei em frente e vi que acasa encontrava-se intacta. Nem parecia que tinha sido devoradapelas chamas. Entrei pela porta, que se encontrava aberta, e vi que acasa tambm estava num perfeito estado. Lembrei-me de ver amisteriosa cave, onde nunca me deixaram entrar. Desci as escadas evi-me numa minscula e poeirenta cave, onde o nico mvel era umba. Abri-o e l dentro estava um lbum de recortes. Abri-ocuidadosamente, porque j a lombada j estava bastante gasta.Dentro dele estavam recortes de notcias de jornal.

    Homicdio brutal em Vales Mortos Data 3 de Junho de 1950

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    Decapitao em Vales Mortos Data 3 de Junho de 1951

    Exploso em Vales Mortos Data 3 de Junho de 1952

    Homem preso em

    armadilhas de lobos em ValesMortos- Data 3 de Junho de1953

    E assim por diante. Todasaquelas notcias aconteciamsempre no mesmo dia: 3 de Junho. Comecei a acharestranho o facto de eu nuncater ouvido falar nestes

    assassinatos. No final do livroestavam umas anotaes feitasna caligrafia impecvel domeu av. No conseguia perceber uma letra. Sa dacave e de repente, a antigateleviso acende-se. No ecr,apenas aparecia escrito,repetidamente, ainda no

    chegou a tua hora. Sa acorrer para a minha casa.

    No dia seguinte, acordei no meu quarto. Mas no parecia oquarto com as paredes brancas a que estava habituado. As paredesestavam cobertas de letras vermelho-sangue que gritavam AINDANO CHEGOU A TUA HORA. Fiquei petrificado a olhar. Abanei acabea e fechei os olhos e o quarto voltou ao normal. Desci asescadas para ir para a sala.

    - Me? gritei. Pai?

    Ningum respondeu. Abri o frigorfico para tirar o leite. Bebidirectamente do pacote, mas este sabia-me estranho. Cuspi para olava-loias e o leite estava vermelho. Vermelho-sangue. Despejei opacote e todo o leite estava cor de sangue.

    - Mas que raio se passa?

    Fui ter ao quarto dos meus pais, que estavam a dormir.

    - Me, pai, passa-se alguma coisa de estranho!

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    Nenhum dos dois me respondeu. Voltei a chamar por eles.Destapei-os e no havia corpo. Apenas duas cabeas. Gritei eencostei-me parede. Comearam a cair pingas cor-de-sangue dotecto. Olhei para cima e estava escrito Sabes demais. Corri para a

    rua e no vi ningum. Desatei a chorar. Liguei para o meu meio-irmo. S ele me podia ajudar neste momento.

    - Andr, ajuda-me por favor, os meus pais foram mortos! Porfavor! Tens de me ajudar! Chorei.

    - Eu passo j por a! Acalma-te!

    Andr chegou depressa edeparou-se comigo a chorar. portade casa, apareceu algum.

    - Ol, Andr. Queres entrar?Miguel, j te dissemos para sares darelva.

    Olhei para trs.

    - NO! Vocs esto mortos! Euvi-os! So fantasmas, so fantasmas! gritei.

    - Miguel, Miguel, acalma-te! Disseram os meus pais e Andr.

    Corri para dentro de casa eagarrei numa das espingardas da caado meu pai. No estava autorizado amexer-lhes, mas neste momento eracrucial faz-lo. Os meus pais morrerame algum lhes tomou a forma. Tm de ser mortos. Fui para a rua de

    espingarda em punho.

    - Vocs no podem estar vivos! Vocs morreram! Dei um tirona minha me. O meu pai e o Andr gritaram. Andr dirigiu-se para ocorpo inanimado da minha me. Apontei a espingarda cabea domeu pai e disparei. Apontei para Andr.

    - Miguel, acalma-te por favor! Eu no conto a ningum, juro!Pra com isso! Suplicou-me ele. Sem pensar duas vezes, disparei.

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    * Um ano depois *

    Os mdicos entraram no meu quarto para me fazerem o exame

    dirio.- Ento, Miguel, como ests hoje?

    - Estou a gostar da clnica. Estou a gostar muito dela.

    - Tens uma encomenda, Miguel. Queres que ta d?

    - Sim, quero.

    Entregaram-me a encomenda e

    deixaram-me a ss. No tinha remetente.Trazia um bilhete. Dizia: Data 3 de Junhode 1997.. Abri a encomenda. Trazia umapistola. Uma linda pistola. Agarrado a ela, umpapel que dizia: Chegou a tua hora. Pegueina pistola e apontei-a minha cabea. Premio gatilho.

    Carolina Valente

    Catarina Cuia

    Jessica Felcio

    Mariana Dias

    Imagens retiradas de:

    http://www.turntablebluelight.com/2005/11/michael_cowell.html

    http://www.pbase.com/jazno/image/76017431

    http://www.headinjurytheater.com/artsmashtequila2.htm

    http://www.turntablebluelight.com/2005/11/michael_cowell.htmlhttp://www.pbase.com/jazno/image/76017431http://www.headinjurytheater.com/artsmashtequila2.htmhttp://www.turntablebluelight.com/2005/11/michael_cowell.htmlhttp://www.pbase.com/jazno/image/76017431http://www.headinjurytheater.com/artsmashtequila2.htm
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    A Procisso Assombrada

    Numa noite de lua cheia, deu Terra um lobisomem. Oshabitantes pensaram que ele no iria fazer nada de mal. Masenganaram-se! No dia seguinte, apareceram duas pessoas semcabea. Em pnico, a multido fugiu at igreja, apenas paratestemunharem a procisso mais estranha que algum j alguma vez

    vira: uma procisso de fantasmas, vampiros e freiras cheias desangue.

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    - Ai!!! Gritaram os habitantes da aldeia o que isto? A nossaterra est assombrada e ningum deu sinal disto???!!

    Respondeu uma senhora j de idade:

    - Eu j tinha ouvido rudos estranhos, mas no liguei muito aoassunto, pensei que fossem coisas a cair. Algo normal

    Depois de muita discusso, decidiram que seria melhoraveriguar o que se estava a passar.

    - Agora, o que temos que fazer o mais rapidamente possvel espantar estas personagens que nos provocam medo, terror, pnico,e m imagem nossa terra falava assim o chefe do grupo.

    - Mas como?? Perguntou uma idosa completamente revoltadae aterrorizada.

    Entretanto,a procissocontinuavalentamente adirigir-se multido, saindotodas estas

    figuras sinistras pela porta daigreja. Os cesuivavam, os gatos pretos corriam por todos oslados, crianasgritavam.

    Nessa mesma noite, e a certa altura, comeou a chover e a

    fazer uma enorme trovoada. Ningum sabia o que fazer. Tinhammedo dela, dos vampiros e das freiras. Era um ambiente terrvel. Slhes apetecia correrem para as suas casas e fecharem-se a setechaves. No entanto, aquilo que estavam a ver, era mais forte do queeles. Era to inesperado e fascinante, que merecia ser visto. Pareciaque tinham os ps colados ao cho. O que mais se iria passar na suaterra, que sempre fora to pacata?

    Um dos vampiros correu atrs de uma rapariga e esta, como

    bvio, refugiou-se em casa. Em pnico, correu at ao seu quarto queficava no primeiro andar, e a deixou-se ficar, at que o vampiro a

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    deixasse em paz. A jovem sentia a sua presena e a dos seus amigospor todo o lado. Esvoaavam como as corujas negras.

    Mas um caador que por ali passava, apercebendo-se do perigoda jovem, matou-os a todos. Com a ajuda de colegas, conseguiram

    livrar-se tambm das freiras e dos fantasmas. Sentiu-se, de novo,uma alegria no ar.

    E teriam ficado todos felizes, se uma bruxa que por ali andavano tivesse lanado um feitio: o feitio de arranca-cabeas.

    Aquela cidade passou a chamar-se os sem-cabea e tornou-se um extraordinrio foco turstico!

    Maria Rebocho

    Imagens retiradas de:

    http://www.elfwood.com/~king/Undead_on_the_move_.2914567.html

    http://dark.pozadia.org/wallpaper/Army-of-Undead/

    http://www.elfwood.com/~king/Undead_on_the_move_.2914567.htmlhttp://dark.pozadia.org/wallpaper/Army-of-Undead/http://www.elfwood.com/~king/Undead_on_the_move_.2914567.htmlhttp://dark.pozadia.org/wallpaper/Army-of-Undead/