3 DE MAIO 2017 GUIAdo Peregrino ESTE SUPLEMENTO É DA ...protecaocivilfatima.pt/wp-content/uploads/2017/05/CManha... · ao santuário erguido a pedido de Nossa Senhora do Rosário

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3 DE MAIO 2017

GUIAPeregrinodo

CARLOS GABRIELO VIDENTE DE FÁTIMA

PROBLEMAS E DIFICULDADES DA VIDA....PARA MUITOS, E UMA LUTA CONSTANTE, PARA OUTROS

É A CERTEZA QUE TUDO LHES É POSSIVEL.

É assim que centenas de pessoas têm vindo a ver as suas

vidas ser completamente transformadas, SIM, esta

é a palavra. É admirável olhar para uma missão

onde tantas vidas são diariamente libertadas. Não só

das opressões da vida, mas assim como de todo o Mal

interposto por terceiros. Esta é uma luta que o

mesmo trava, com provas dadas, na vida de quem

o procura. Problemas com tribunais e na

obtenção dos seus direitos. Situações de saúde,

desequilíbrios de personalidade e espirituais.

Maus olhados, maldições, cobrantos, trabalhos

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de familiares. Os vícios, são caminhos de

destruição que se iniciam sem volta.

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100 ANOS DE DEVOÇÃO

No ano em que se assinala o centenário das aparições de Fátima, data celebrada com a visita do Papa Francisco ao santuário erguido a pedido de Nossa Senhora do Rosário de Fátima aos três pastorinhos: “Quero dizer-te

que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Nossa Senhora do Rosário”, quisemos juntar-nos a esta comemoração com este Guia do Peregrino que lhe oferecemos.

Um presente para todos os peregrinos que este ano se deslocam a Fátima numa mostra de fé e devoção incomparáveis a Nossa Senhora do Rosário de Fátima e que visa tornar mais fácil o caminho a percorrer.

Com informação sobre a visita do Santo Papa, a história das aparições, acontecimento marcante na Igreja Católica que todos os anos leva a Fátima milhões de peregrinos, e do santuário, e conselhos para a peregrinação – como se preparar, percursos, onde comer e dormir, equipamento, assistência, etc. –, além de dicas sobre o que fazer em Fátima e no regresso a casa, esperamos que este guia não só lhe seja útil como um fi el companheiro ao longo de todo o caminho.

Coordenação Editorial: Cofi na Conteúdos | DEPARTAMENTO COMERCIAL: Diretor Comercial: Paulo Sousa Diretor Adjunto de Vendas: João Santana Comerciais: Ana Neves, Céu Cruz, Dinis Santos, Duarte Areosa, Ilda Silva, Luís Miguel Ferreira, Mário Mendes e Sofi a Ladeira | DEPARTAMENTO GRÁFICO: Chefe de Produção: Paulo Guerreiro Subchefe de Produção: Nelo Martins Arte / Paginação / Edição de Imagem: Ana Rodrigues Endereço: Rua Luciana Stegagno Picchio, 3 - 1549-023 Lisboa Telefones: Telef.: 21 049 40 76 Fax: 21 049 31 51 E-mail: comercial@cofi na.pt

EDITORIAL

FICHA TÉCNICA

GUIA Peregrinodo

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GUIA DO PEREGRINO 2017

ÍNDICE6 Uma senhora mais brilhante

do que o sol Fé, devoção e também curiosidade movem

milhões de pessoas que se deslocam anualmente a Fátima. Recordamos o que inspira esta veneração a Nossa Senhora de Fátima um pouco por todo o mundo

12 Centenário das aparições em Fátima Programa da visita do Papa Francisco

14 Preparação espiritual Cumprir uma promessa, aprofundar a relação com

Deus ou com Nossa Senhora, apelar à intervenção divina. Independentemente do que o leva a Fátima, convém lembrar que acima de tudo esta é uma viagem espiritual que deve preparar como tal

16 Passo a passo rumo a FátimaAntes de embarcar nesta viagem, convém preparar o corpo para o esforço que lhe será exigido ao longo do percurso

20 O que levar Conta, peso e medida são as palavras de ordem na escolha do equipamento, que se bem que não deve pecar por excesso, sob pena de sofrer desnecessariamente ou ter de se desapegar de alguns itens, também não deve descurar o essencial

22 SOS primeiros socorrosExposição solar, esforço excessivo e insetos são alguns dos responsáveis pelos percalços mais comuns. Saiba como agir para poder prosseguir o seu caminho tranquilamente

24 Credencial Visando autenticar os progressos dos peregrinos

ao longo dos vários percursos que os levam a Fátima, existe uma credencial de que podem fazer-se acompanhar, para que a mesma possa ser carimbada, confi rmando desta forma a passagem pelo caminho

26 Caminhos de Fátima De Lisboa, Porto ou Castelo Branco, conheça os

caminhos que levam à cidade “altar do mundo”

32 Apoios aos peregrinos Saiba onde encontrar alguns dos postos de

assistência ao serviço dos peregrinos a pé ao longo dos caminhos

36 Onde dormir e comer no caminhoSugestões de locais onde parar para desfrutar de uma refeição ou passar a noite

40 Testemunhos de peregrinos

41 Cheguei. E agora? Refrescar-se, trocar de roupa e descansar um

pouco é o ideal para recuperar forças e participar das celebrações de espírito aberto

42 Acolhimento ao peregrino no santuário

Tal como acontece ao longo dos caminhos, o Santuário de Fátima dispõe de um Posto de Acolhimento aos Peregrinos a Pé, que vai funcionar em horário alargado a partir de 9 de maio

43 Santuário de Fátima Erguido a pedido de Nossa Senhora do Rosário, o

Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima tem no acolhimento aos peregrinos que ali se deslocam a sua principal missão

46 De volta a casa Concluídas as celebrações, é chegada a altura de

planear o regresso a casa e recuperar do esforço exigido para chegar ao santuário

48 Fátima, altar do mundo No ano em que comemora o centenário das

aparições, a cidade de Fátima, no centro do país, convida à descoberta do riquíssimo património religioso, cultural e natural da região

50 Contactos úteis

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Fé, devoção e também curiosidade movem milhões de pessoas que se deslocam anualmente a Fátima. No centenário da primeira aparição, assinalado pela visita do Papa Francisco, recordamos o que inspira esta veneração a Nossa Senhora de Fátima um pouco por todo o mundo

UMA SENHORA MAIS BRILHANTE DO QUE O SOL

Precedidas no ano anterior por três aparições de um anjo – revelaria Lúcia anos mais tarde –, convidando-os à penitência e à oração, foram cinco as aparições de Nossa Senhora do Rosário de Fátima aos três pastorinhos, entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917. A 15 de junho de 1921, Lúcia, desta vez sozinha – Jacinta e Francisco tinham falecido entretanto – é visitada mais uma vez por Nossa Senhora na Cova da Iria.Desde a primeira aparição, há 100 anos, a 13 de maio, são cada vez mais as pessoas oriundas de todo o mundo que todos os anos, umas movidas por fé, outras por

curiosidade, se deslocam a Fátima, com maior afl uência nos meses de maio e outubro.

Sou do céuEstava-se em 1917, no dia 13 de maio, quando os três pastorinhos, como fi cariam conhecidos Lúcia, de 10 anos, Francisco, de 9, e Jacinta, de 7, amedrontados por um clarão que julgaram ser um relâmpago, decidiram regressar a casa, após reunirem o rebanho que haviam levado para pastar na Cova da Iria. Mais abaixo, seriam novamente surpreendidos por outro clarão, e foi nessa altura que viram sobre

Fátima - Importância do centenário

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uma azinheira – local onde foi erguida a Capelinha das Aparições – “uma senhora mais brilhante do que o Sol”, com um terço nas mãos, que disse aos jovens pastores para não terem medo d’Ela e lhes pediu para rezarem muito – um “terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fi m da guerra” – convidando--os a regressarem àquele mesmo local nos cinco meses seguintes, sempre no dia 13 e àquela hora.Nos dias seguintes, quebrando o pacto de manter a aparição em segredo, Jacinta contou o que tinha visto à mãe, que não deu grande importância ao assunto, e depois ao pai, que acreditou desde o início no relato das crianças. O mesmo não aconteceu com a mãe de Lúcia, que acusou a fi lha de fraude ou mesmo blasfémia, apesar de não ter conseguido que ela se retratasse mesmo depois de recorrer a ameaças. (Primeira aparição)

“Quero que (…) rezeis o terço e que aprendam a ler”No mês seguinte, no dia 13 de junho, as três crianças voltam como prometido à Cova da Iria, surpreendendo-se à chegada com a presença de algumas dezenas de pessoas. Rezaram o terço e foi então que viram novamente o clarão de luz e a Nossa Senhora, que voltou a pedir às crianças que regressassem nos dias 13 dos meses seguintes e que aprendessem a ler e a escrever, prometendo revelar-lhes posteriormente o que mais queria delas. Revelou ainda que Jacinta e Francisco Lhe fariam brevemente companhia no céu, mas que Lúcia fi caria mais tempo na Terra porque “Jesus quer servir-Se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”, explicou-lhe a Senhora.Nesta altura, e dada a presença de testemu-nhas, as opiniões dividem-se entre aqueles que acreditam e os demais que não. Infe-lizmente, para as mães das três crianças, a situação não dava mostras de acalmar, agravando-se quando o padre da paróquia sugeriu que o sucedido pudesse ter origem demoníaca. (Segunda aparição)

“Continuem a rezar o terço todos os dias (…) para obter a paz do mundo e o fi m da guerra” Perturbada pelas palavras do padre, pondo a hipótese do demónio por trás das aparições, Lúcia pondera não voltar a comparecer na Cova da Iria. Chegado o dia 13 de julho, perdeu, no entanto, o medo e juntamente com os primos voltou ao local


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das aparições anteriores para esperar a Senhora, que lhes mostrou uma visão do Inferno, apelando depois que rezassem em nome da conversão da Rússia, para evitar que esta nação espalhasse os “seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”. Terá sido também durante esta aparição que terá sido profetizado o atentado ao Papa João Paulo II.

A visão do Inferno, o pedido de conversão da Rússia e a profecia do atentado foram os três segredos que a Nossa Senhora pediu às crianças para guardarem, o que se tornou bastante penoso, dadas as tentativas infrutíferas da família, vizinhos, testemunhas das aparições e membros do clero, por exemplo, para tentar extraí-los. (Terceira aparição)

Um século mais tarde

Cem anos após a primeira aparição de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, comummente conhecida como Nossa Senhora de Fátima, é esperada a comparência de cerca de um milhão de pessoas, muitas delas depois de longas e árduas caminhadas, movidas por fé, devoção, pelo desejo de se aproximarem mais de Deus ou da comunhão com os outros, promessas por cumprir, a que se junta este ano a presença do Papa Francisco, bastante acarinhado pelos fi éis. Privilegiando o cariz espiritual e de refl exão da fé, a comemoração deste centenário vai revestir-se também de uma forte componente cultural de forma a chegar a públicos diferentes. Concertos, performances, colóquios, congressos, cursos de verão e exposições são algumas das iniciativas com que poderá contar como complemento ao programa religioso.


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“Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores”A situação atingiu tais proporções que o administrador do concelho de Vila Nova de Ourém “sequestrou” os pastorinhos no dia 13 de agosto para impedir a sua comparên-cia no local das aparições, esperando com isso conseguir expor a Igreja por fraude. Dias mais tarde, a 19 deste mês, a Senho-ra apareceu não na Cova da Iria, mas em Valinhos, tendo pedido a Lúcia que, com o dinheiro que o povo deixava na Cova da Iria, mandasse fazer “dois andores: um leva-lo tu com a Jacinta e outras duas meninas, vestidas de branco; o outro leva-o o Fran-cisco com três meninos. O dinheiro dos an-dores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão de mandar fazer”. (Quarta aparição)

“Em outubro farei o milagre para que todos acreditem”Chegado o dia 13 de setembro, as crianças

voltam a dirigir-se à Cova da Iria, onde já aguardam 20 a 30 mil pessoas na esperan-ça de pelo menos ouvirem a voz de Lúcia. Mais uma vez, a Senhora pede-lhe para continuarem a rezar diariamente o terço a Nossa Senhora do Rosário para que a guer-ra acabasse depressa. Revela ainda que em outubro fará um milagre para que todos acreditem. (Quinta aparição)

“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário”Como garantido, a Senhora regressa, no dia 13 de outubro, revelando às crianças ser a Senhora do Rosário e pedindo-lhes que fosse construída naquele local uma capela em Sua honra. Antes de partir, fez o milagre prometido anteriormente: depois de um dia encoberto, o Sol, que se podia fi tar dire-tamente sem ferir e semelhante a um disco de prata, parecia dançar girando sobre si mesmo, precipitando-se depois em direção à Terra. (Sexta aparição).


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12 de maio16h35Encontro privado com o Presidente da República na Base Aérea de Monte Real

16h55Visita à capela da Base Aérea de Monte Real

17h15Deslocação em helicóptero para o Estádio de Fátima

17h35Chegada ao Estádio de Fátima e deslocação para o santuário em viatura aberta

18h15Visita à Capelinha das Aparições e oração

21h30Bênção das Velas na Capelinha das Aparições e saudação aos fi éis

Recitação do Santo Rosário

13 de maio9h10Encontro com o primeiro-ministro no Santuário de Fátima

9h40Visita à Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

10hSanta Missa no recinto do santuárioCerimónia de canonização de Francisco e Jacinta

12h30Almoço com os bispos de Portugal na Casa N.ª Sr.ª do Carmo

14h45Cerimónia de despedida na Base Aérea de Monte Real

15hPartida de avião da Base Aérea de Monte Real para Roma

19h05Chegada do Santo Papa ao aeroporto de Roma/Ciampino

Centenário das Aparições em FátimaPrograma da Visita do Papa Francisco

Agenda

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Confi ssõesO Sacramento da Reconciliação está disponível nas sete línguas ofi ciais do santuário: português, espanhol, italiano, francês, inglês, alemão e polaco.Para a visita do Papa Francisco, nos dias 12 e 13 de maio, está previsto o seguinte horário especial:

Dia 12: 7h30-00h

Dia 13: 6h-8h e 14h-19h30

Fonte: Página Ofi cial do Santuário de Fátima

Hino*Deus em mim

Somos apenas um traço cinzentoEstes passos levados pelo ventoOu haverá quem sabe uma razãoMais além deste muro um clarão

Deus em mimDeus em mim

Com Maria, onde quer que vásSê peregrino da esperança e da pazCom Maria, tu sabes que estásNo caminho da esperança e da paz

Sei que Maria nos abre caminhosa certeza de não estarmos sozinhosQuando pesava a noite sem fi mseu olhar acendeu Deus em mim


Com Maria, onde quer que vásSê peregrino da esperança e da pazCom Maria, tu sabes que estásNo caminho da esperança e da paz


Haverá nos céus um segredoUm amor que nos cure do medo?A Sua luz te acompanha e sustémMesmo se não vês o seu brilho vem

*Com letra do Pe. José Tolentino Mendonça, música de João Gil e interpretado pelo grupo Vocal Emotion, é o hino próprio da visita do Papa Francisco e visa “ser um traço unifi cador nos apelos à presença dos peregrinos em Fátima”.

Oração Jubilar da Consagração

Salve, Mãe do Senhor,Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!Bendita entre todas as mulheres,És a imagem da Igreja vestida da luz pascal,És a honra do nosso povo,És o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,Ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,As verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protetor.No teu Imaculado Coração,Sê o refúgio dos pecadoresE o caminho que conduz até Deus.

Unido(a) aos meus irmãos,Na Fé, na Esperança e no Amor,A ti me entrego.Unido(a) aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro, ó Virgem do Rosário de Fátima.E, enfi m, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,

Darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.

Ámen

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Agenda

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Apesar do esforço físico, que se sente nas pernas e refl ete a fadiga um pouco por todo o corpo, percorrer o caminho que leva a Fátima a pé é acima de tudo uma experiência espiritual que exige uma pre-paração prévia para tirar dela o máximo sentido – este é aliás o aspeto que distin-gue esta de qualquer outra caminhada ou passeio.A profundidade da viagem empreendida a Fátima e a forma como esta é experiencia-da dependem muito da disposição interior e da preparação prévia de cada peregrino. É importante familiarizar-se com os even-tos que ocorreram neste lugar sagrado há precisamente 100 anos e que estão precisamente na origem de todas as ca-minhadas que desde então se iniciaram e na devoção crescente a Nossa Senhora de Fátima, bem como aos três pastorinhos, Francisco, Lúcia e Jacinta.Oração e refl exão são as palavras de ordem

neste caminho que cada peregrino escolhe percorrer, independentemente do motivo por trás deste empreendimento, um marco importante na jornada da vida de cada um.Antes de partir para esta viagem, relembre os acontecimentos que tiveram lugar em Fátima, deixe-se inspirar por eles e pelo Evangelho, confesse-se se necessário e en-contre na oração a força de que precisará para chegar ao fi m desta caminhada a que se propôs.

O que me leva até FátimaOs motivos que levam cada pessoa a rumar a Fátima em peregrinação são distintos: cumprir uma promessa, encontrar sentido para a vida, honrar a Nossa Senhora, refl e-tir, partilhar de uma experiência repetida por milhões de pessoas, aprofundar a sua fé, penitência pelos seus pecados, apoiar um amigo ou familiar… Independente-mente da razão, convém ter em mente que

Cumprir uma promessa, aprofundar a relação com Deus, apelar à intervenção divina, independentemente do motivo por trás da ida a Fátima, trata-se de uma viagem espiritual que deve ser preparada como tal

PREPARAÇÃO ESPIRITUAL

Preparação Espiritual

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uma peregrinação é um caminho feito na companhia de Deus. Tirar um tempo an-tes para refl etir sobre o que o leva a fazer o percurso escolhido é por isso um passo que não deve ser saltado, para retirar desta experiência o máximo proveito.Pode aproveitar, por exemplo, as caminha-das para preparar o corpo para o esforço físico requerido, para refl etir sobre a pere-grinação a Fátima e aquilo que pretende alcançar com a mesma, as respostas que procura…O sucesso e o signifi cado da sua peregrina-ção a Fátima dependem, em última análise, apenas de si. Aproveite por isso para tornar cada dia uma oportunidade para encon-trar Deus, para O honrar na alegria, no so-frimento, na ajuda a outros peregrinos, na partilha de experiências com aqueles que consigo percorrem o mesmo caminho.Mantenha em mente que apesar de não poder controlar o que acontece – e alguns imprevistos fazem sempre parte de uma iniciativa deste tipo, seja uma bolha a uma reviravolta no tempo –, depende de si a forma como reage a cada circunstância. Procure manter a calma e não se deixe ir abaixo. Há sempre uma mão amiga dispos-ta a ajudar.

Um dia de cada vezExperiência de partilha, uma peregrinação é também uma vivência muito individual,

que pode ser aproveitada para reavaliar e aprofundar a relação com Deus e/ou com Nossa Senhora de Fátima. Uma das formas de o fazer poderá passar por defi nir previamente um propósito para cada dia da caminhada: meditação, leitura do Evangelho ou de um salmo da Bíblia, oração, reavaliação dos objetivos de vida, voto de silêncio – neste caso, e porque se vai cruzar com muitos outros peregrinos pelo caminho, uma boa ideia é escrever numa folha de papel ou num cartão que é peregrino e que fez um voto de silêncio.

Para refl etir e mais tarde recordarFazer um diário da peregrinação é uma ideia a que deve dar vida ainda antes de começar a sua caminhada. Comece por listar as suas questões e objetivos, registe o que pretende retirar desta experiência, os pensamentos que forem surgindo. Depois, no fi nal de cada jornada, tire uns minutos para preencher as folhas com pensamentos que surgirem, com o relato do que aconteceu durante o dia, deixe espaço para algumas fotografi as, se as tiver tirado, ou acompanhe com desenhos e notas várias. Além de uma forma de se focar, será um registo importante para se recordar mais tarde desta experiência e revivê-la sempre que quiser.

Preparação Espiritual

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Preparar-se fi sicamente para uma peregri-nação de dezenas ou centenas de quiló-metros deve começar algum tempo antes, para dar ao corpo tempo para se adaptar às exigências de um empreendimento deste tipo.Motivação é, no entanto, a palavra-chave. Mais do que a condição física, em muitos casos até. Mas para que tudo corra pelo melhor, antecipar e preparar-se para o es-forço requerido é essencial.

Defi na um plano… e mantenha-se fi el ao mesmo. Estabele-ça um horário e cumpra-o. Comece de for-ma gradual, especialmente se não praticar qualquer atividade física de forma regular, com alguns quilómetros ao fi nal do dia,

por exemplo, ou logo a seguir a acordar – lembre-se de defi nir o despertador para pelo menos meia hora antes, no início. A hora de almoço é também uma boa altura.Escolha, de preferência, um local agradá-vel, como um jardim, um passeio marítimo, um parque e dê duas ou três voltas, por exemplo, dependendo da distância. Uma boa forma de saber quanto está a andar é descarregar uma aplicação gratuita para o seu telemóvel: há muitas à escolha; basta escrever apps ou aplicações para corrida ou caminhada no Google para surgirem vários nomes, como Endomondo, Nike +, Charity Miles (que tem a vantagem adicio-nal de converter os quilómetros que per-corre em dinheiro para uma instituição de solidariedade), MapmyRun, etc.

Antes de embarcar nesta viagem, convém preparar o corpo para o esforço que lhe será exigido ao longo do percurso. Não espere mais e venha daí dar os primeiros passos

PASSO A PASSO RUMO A FÁTIMA

Preparação Física

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Depois vá aumentando o tempo e a dis-tância, de forma progressiva, tal como o nível de inclinação, porque vai encontrar algumas subidas e descidas até ao santu-ário. Com companhia é sempre mais fácil, mas sozinho também se consegue – sem-pre que pensar deixar o treino para o dia seguinte, visualize a sua chegada a Fátima. Convém também habituar-se a caminhar com algum peso nas costas, por isso, as-sim que se sentir mais confi ante, comece a fazer os seus quilómetros diários com mo-chila às costas, que deve ter sempre uma garrafa de água para beber regularmente.As mochilas representam um esforço acres-cido considerável, por isso, preste bem atenção na hora de as preparar, evitando que excedam 8-10 kg de peso ou 10% no máximo do peso do seu corpo.

Quase láO ideal é chegar à distância que pretende percorrer por dia de peregrinação e even-tualmente ultrapassá-la. Se não conseguir porque o início da caminhada está próxi-mo, estará sempre mais bem preparado do que antes pelo que o esforço será sempre menor. E não tem de fazer tudo de uma só tirada: pode ser fazer uma pausa para descansar e aproveitar para conviver com outros peregrinos.Se não tiver oportunidade de treinar pre-viamente, deverá começar por etapas de curta distância e só depois aumentar a sua extensão para permitir que o corpo se adapte sem se ressentir muito.Certifi que-se de que alonga os músculos das pernas, costas e ombros no início e fi nal do treino e use o calçado que escolher usar para o caminho para Fátima – idealmente botas próprias de caminhada, com reforço no tornozelo para máximo apoio, mas ténis também se revelam uma boa escolha. Im-portante mesmo é não estrear sapatos ou botas no percurso.Algumas pessoas preferem calçar dois pares de meias para aumentar o amortecimento ou para evitar perder calor nos dias mais frios. Se optar por fazê-lo, use meias de espessuras diferentes: o mais fi no em contacto com o pé e nunca de algodão

e o mais grosso por fora, em contacto com o sapato. Experimente também as meias antes de as colocar na mochila para ter a certeza de que os modelos escolhidos se adaptam bem aos sapatos e de que não os sente apertados, o que implica pura tortura.

Mime os seus pésSão os primeiros a acusar o esforço, por isso até iniciar a jornada que o levará até Fátima, dê-lhes a máxima atenção possível – eles merecem.Nas duas semanas prévias à partida, mergulhe-os diariamente em água salgada morna, cerca de 15 minutos. Seque-os bem e aplique depois um creme hidratante. Mantenha as unhas cortadas, mas não exagere. Corte-as em linha reta, mantendo uma forma quadrada – cantos redondos e bordas irregulares propiciam o surgimento de unhas encravadas. Evite também cortar as cutículas para minimizar o risco de infeção.Se habitualmente anda de saltos altos, esta é uma boa altura para deixar de o fazer. As suas pernas e pés agradecem. De regresso a casa, poderá retomar o seu uso, mas até lá, procure evitá-lo.

Sucesso garantidoCumprir os objetivos defi nidos e chegar a Fátima no tempo pretendido e em boas condições depende também muito de uma boa alimentação e hidratação. Para evitar percalços, certifi que-se de que transporta sempre consigo dois litros de água por dia, que deverá reabastecer se necessário, bem como algumas peças de fruta, frutos secos e barras energéticas.

Os bastões ou os sticks de caminhada

são um bom investimento.Além de ajudarem

nas descidas e subidas, reduzem o risco de tendinites.

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MochilaAntes de mais, deve começar por esco-

lher uma mochila adequada – há mo-delos para homem, senhora e criança –,

com alças confortáveis e suporte adequa-do, e capacidade entre os 35 e os 60 litros. Se não tem e não pensa precisar de uma num futuro próximo, só compre se não tiver quem lhe empreste – um pedido no Facebook é uma forma efi caz de a solicitar, senão peça a amigos que já tenham feito esta outra peregrinação ou que costumem acampar, por exemplo. Convém ter igual-mente uma capa impermeável para a mo-chila – evita precisar do conforto de umas meias secas e não as ter porque choveu ou entornou água.

Roupa Essencial q.b. é o mote a reter. Meias não podem faltar em quantidade sufi ciente para os vários dias e alguns pares extras a contar com imprevistos. Lembre-se de duplicar o número se optar por usar dois pares de cada vez e evite materiais 100% algodão;Roupa interior (uma boa opção são as cuecas descartáveis, bastante práticas) de acordo com as mudas necessárias e com o mínimo de costuras possíveis

Conta, peso e medida são as palavras de ordem na escolha do equipamento a levar e se bem que não deve pecar por excesso, sob pena de sofrer desnecessariamente ou ter de se desapegar de alguns itens, também não deve descurar o essencial

O QUE LEVAR

O que levar - Material e Equipamento

21


– para as senhoras, os sutiãs ou tops de desporto com bom apoio são uma boa escolha;Um par extra de calções ou calças – se tiver, prefi ra as de caminhada/trekkingcom fechos que possibilitem transformá-las em calções, adaptáveis às diferentes temperaturas durante o dia. Mais uma vez, se não tiver roupa técnica de cami-nhada, pode optar por leggings de des-porto. Evite as calças de ganga, práticas no dia a dia, mas pouco adequadas a ca-minhadas longas;Duas ou três T-shirts de secagem rápida (uma pode ser de manga comprida), um polar para quando arrefecer, um poncho para a chuva – se as previsões apontarem para dias ventosos, um corta-vento leve poderá revelar-se útil – e colete refl etor para sua segurança nos troços de estra-da;Botas ou ténis para a caminhada; chine-los para o fi nal do dia e duches.

BásicosChapéu e protetor solar não devem faltar nem repelente de mosquitos; Vaselina para os pés ou creme antifric-ção/antibolhas (que adquire em farmá-cias e lojas de desporto);Vai precisar igualmente de estojo de

primeiros socorros (consulte página 22 para saber o que incluir);Saco-cama e esteira de espuma para des-cansar confortavelmente;Toalha microfi bras – leve e efi caz – bem como artigos de higiene (gel duche e ca-belo é o mais prático); Papel higiénico, sempre;Copo, prato e talheres de plástico reutili-záveis e detergente;Sacos de plástico para lixo e roupa suja;Bastão de caminhada e lanterna frontal para iluminar o percurso à noite;Detergente/sabão para roupa e corda (para estender roupa, usar como cinto ou atacador, etc.);Canivete multiusos (ou simples em alter-nativa);Telemóvel e carregador (solar se tiver).

EssenciaisÁgua;Frutos secos, barras energéticas, fruta, excelentes snacks entre refeições;BI ou cartão de cidadão;Dinheiro e cartão multibanco;

Credencial do peregrino; Caderno de notas/diário; Caneta;Chapéu ou equivalente (lenço, bu , etc.);

Guia.

O que levar - Material e Equipamento

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Antes de iniciar a sua caminhada rumo a Fátima, lembre-se de que percorrer vários quilómetros por dia, dezenas por vezes, sob sol, que pode ser escaldante, frio e chuva eventualmente, tem algumas reper-cussões no corpo, que se ressentirá, natu-ralmente, mesmo para os “atletas” mais experientes. Até as mudanças na alimen-tação, aliadas ao esforço adicional, podem comprometer o bem-estar, obrigando por vezes a alguns ajustes no plano inicialmen-te traçado.Felizmente, na maioria das vezes, trata-se de situações pontuais e facilmente resol-vidas recorrendo ao estojo de primeiros socorros de que deve fazer-se acompanhar e que deve ser verifi cado antes da partida para confi rmar que inclui o essencial (ver caixa). Em casos de maior gravidade, não hesite em procurar ajuda médica ou dirigir-se a qualquer um dos postos de assistência instalados para o efeito em vários pontos do percurso.

Exposição solar e desidrataçãoMesmo com tempo encoberto, o sol não dá tréguas, por isso aplique protetor solar

nas zonas da pele expostas sempre que necessário. Proteja igualmente os olhos com óculos escuros. Ideal é evitar também os períodos de maior intensidade solar, aproveitando os mesmos para descansar um pouco. No caso de escaldão, tente refrescar com água a zona afetada, com um duche ou mergulho rápido, ou uma compressa embebida em água fria. Pro-cure depois manter a área bem hidratada, aplicando creme ou loção, e se necessário tome Ibuprofeno ou aspirina para aliviar o desconforto e a infl amação.Beber água antes, durante e depois de cada etapa diária é outro hábito que não deve descurar para não desidratar. Se sen-tir fadiga e dor de cabeça, pare e procure um local à sombra para descansar e beber água ou uma bebida isotónica. Se sentir tonturas e/ou o mal-estar se agravar, pro-cure assistência médica.

BolhasFruto de atrito repetido, as bolhas têm grande probabilidade de surgirem ao longo da caminhada, tornando-a assaz desconfortável. A aplicação de um penso

Exposição solar, esforço excessivo e insetos são alguns dos responsáveis pelos percalços mais comuns numa iniciativa deste género. Saiba como agir para poder prosseguir o seu caminho tranquilamente

SOSPRIMEIROS SOCORROS

Dicas: Primeiros Socorros

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hidrocoloide, próprio para este efeito, evi-ta a evolução da bolha e reduz a dor. Evite retirá-lo logo, devendo esperar até que co-mece a descolar. Se rebentar naturalmente, lave a zona afetada com água e sabão e proteja-a com um penso para bolhas. Em casos graves, impeditivos de prosseguir, procure um posto de assistência médica.Rebentar a bolha não é recomendado, mas para muitas pessoas é o que melhor funcio-na. Lembre-se de desinfetar bem a agulha antes de a usar.

Tendinites e lesões muscularesO esforço repetitivo e a sobrecarga podem dar por vezes origem a tendinites ou lesões musculares várias que se fazem anunciar por dor localizada e limitação de movimen-to, que pode ser acompanhada de inchaço, edema, vermelhidão. Procure parar – insistir em continuar apenas agravará o problema – e assim que possível eleve o membro afeta-do, aplique gelo (sessões de 15-20 minutos, de cada vez), nunca diretamente sobre a pele (mas sobre pano ou toalha). Tomar um analgésico e anti-infl amatório ajuda a aliviar a dor. Considere repousar um dia e se agra-var procure assistência médica.

Picadas de insetosÉ normal ser alvo de picadas de alguns inse-tos, como mosquitos, melgas e até mesmo pulgas ou formigas. Se for o caso, encontra algum alívio com compressas frias ou cre-me/gel anti-histamínico. Se o desconforto for grande, um anti-histamínico por via oral ajuda.No caso de picada de vespa ou abelha, ve-rifi que se deixou ferrão e retire-o com cui-dado, raspando delicadamente a pele com um cartão multibanco, por exemplo, ou com a unha, ou use uma pinça. Não aperte para não espalhar mais o veneno. Lave de-pois com água e sabão de forma semelhan-te à das outras picadas.No caso de reação alérgica grave, com sin-tomas como pulso acelerado, difi culdade em respirar, inchaço na garganta, náuseas, palidez ou cianose (cor azulada da pele), procure assistência médica.

Cuide bem dos seus pés – eles merecem Durante caminhadas longas os seus pés podem revelar-se os seus piores inimigos. Para que isto não aconteça e encontre neles uns bons aliados, é essencial não os des-curar, mesmo antes de o percurso se iniciar.

• Deixe o trabalho da pedicura para depois do regresso a casa; fazê-lo próximo da data de partida vai deixar a pele mais suave, logo mais propensa a formar bolhas.

• Não estreie sapatos. Se forem novos, certifi que-se de que os “quebra” antes, usando-os pelo menos 15 a 30 minutos, durante alguns dias seguidos.

• Nas farmácias, parafarmácias e lojas de desporto encontra alguns cremes antifricção – a vaselina é também muito usada –, que podem ajudar a prevenir bolhas. Experimente-os antes para ver como se dá e decidir se pretende aplicá-los.

• Durante a caminhada, lave bem os pés todos os dias e seque-os bem, deixando-os arejar o mais possível.

• Evite andar com os pés molhados. Seque-os assim que possível e troque de meias. Mesmo que não chova, se transpirar muito dos pés, vale a pena levar meias extras. E, se puder, aposte em meias antibolha; se não for possível, evite meias 100% algodão – preferindo tecidos respiráveis com poliéster, elastano ou poliamida na sua composição.

• Leve calçado próprio para caminhada se tiver proteção para o tornozelo, ajuda a minimizar o risco de entorse.

*Se for com outra pessoa, basta um estojo, desde que possua o material em quantidade sufi ciente.

Dicas: Primeiros Socorros

• Medicação normal, se tomar regularmente

• Ligaduras de crepe • Pensos rápidos• Pensos antibolhas• Adesivo• Agulha• Linha• Compressas• Solução/spray

antissético• Analgésicos

• Repelente• Anti-histamínicos• Protetor solar• Gel analgésico/

anti-infl amatório• Tesoura• Pinça

Estojo de primeiros socorros

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Emitida pela Associação dos Caminhos de Fátima, a credencial é, como refere esta en-tidade, “um documento fundamental em qualquer peregrinação. Tem como função principal atestar que o seu portador é um peregrino em rota”, adiantando que “para ser válida, tem de ser autenticada pela As-sociação dos Caminhos de Fátima”, após preenchimento dos dados do respetivo portador.

Sobre os carimbosOs carimbos podem ser obtidos ao longo dos diferentes caminhos em instituições como igrejas, câmaras municipais, juntas de freguesia, postos de turismo, albergues de peregrinos, bombeiros e outras asso-ciações e entidades públicas. No destino, o Santuário de Fátima também carimba a credencial, não emitindo, no entanto, qualquer outro documento relativo a peregrinação. Desde que o transtorno não seja grande, quantos mais carimbos

obtiver, distribuídos por diferentes locali-dades, mais composto fi cará o roteiro fi nal – uma mais-valia quando mais tarde voltar a abri-la para recordar.

Como obterPara obter esta credencial, é necessá-rio requerê-la junto da Associação dos Caminhos de Fátima através do telefone 918 839 391 ou do formulário online que encontra em www.caminho.com.pt. Pode solicitá-la ainda por correio: a mora-da é Associação dos Caminhos de Fátima, Urb. Terras de Pancas, R. do Bairro Novo, n.º 39, 2580-383 Porto da Luz – Portugal.Tem um custo de 2,5€ e portes que variam entre 0,80€ (Portugal) e 2,50€ (resto do mundo).

Nota: Se não conseguir ou não quiser ob-ter esta credencial, mas pretender o registo dos pontos por onde vai passar, pode usar um caderno de viagens ou de notas.

Visando autenticar os progressos dos peregrinos ao longo dos vários percursos que os levam a Fátima, existe uma credencial de que podem fazer-se acompanhar, para que a mesma possa ser carimbada, confi rmando desta forma a passagem pelo caminho

CREDENCIAL

Credencial do Peregrino

1. VIRGEM do

PILAR

2. VIRGEM de

FÁTIMA

10. N.ª Sra. do PERPÉTUO SOCORRO

7. VIRGEM dos DESAMPARADOS

4. IMACULADA CONCEIÇÃO

3. VIRGEM do

ROCIO

6. VIRGEM da

MILAGROSA

11. VIRGEM da MACARENA

5. VIRGEM MENINA

8. VIRGEM do

CARMO

9. N.ª Sra. de LOURDES

12. VIRGEM de GUADALUPE

A coleção

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Com partida sinalizada por um marco a poucos metros a sul da chamada Pala do Siza, parte integrante do Pavilhão de Por-tugal, situado no Parque das Nações, em Lisboa, o Caminho do Tejo faz-se ao longo de 141 quilómetros no decorrer dos quais encontra muitos locais onde pode descan-sar, comer, passar e recorrer a assistência em caso de necessidade.À semelhança do que acontece em todos os caminhos para Fátima, o marco tem as-sinalado o logótipo dos Caminhos de Fáti-ma e uma seta azul, a primeira das muitas que ao longo de todo o percurso sinalizam a direção para o santuário (em vez de se-tas, poderá também encontrar o sinal X a azul, que indica “Não Caminho”, pelo que não deverá seguir por aí). Caso deixe de ver setas, volte para trás, para o ponto no qual viu a última seta e procure com atenção a indicação do caminho a seguir.Até chegar a Fátima, encontrará também outros marcos mais pequenos com indi-cações semelhantes – as setas amarelas referem-se ao Caminho de Santiago, dado o percurso coincidir, uma vez que o Cami-nho do Tejo é também um dos caminhos para Santiago de Compostela.Depois do Parque das Nações, os pere-grinos seguem ao longo da margem do Tejo, passando por Vila Franca, Azambuja e Valada até chegarem a Santarém, de onde

deverão rumar na direção norte até ao li-mite com o concelho de Alcanena. No con-celho de Santarém, este caminho segue pelas Ómnias e Calçada da Junqueira em direção à Portela das Padeiras, seguindo daí até Azoia de Baixo por caminhos rurais e depois para Advagar, Santos e Arneiro das Milhariças. Segue-se Olhos de Água, no concelho de Alcanena, e, por fi m, o San-tuário de Fátima.

A partir da cidade de Lisboa, o caminho para Fátima tem início no Parque das Nações, perto da pala do Pavilhão de Portugal, num percurso que se estende ao longo de 141 quilómetros

CAMINHO DO TEJO

Caminhos de Fátima - LISBOA

Km Etapas

25 Lisboa-Vila Franca de Xira

17,5 Vila Franca de Xira-Azambuja

13,5 Azambuja-Cartaxo

13 Cartaxo-Santarém

19,7 Santarém-Pernes

17,3 Pernes-Minde

15 Minde-Fátima

Fonte: Rota do Peregrino

27


LisboaParque das Nações

Fátima

Caminho do Tejo

Lisboa

Vila Franca de Xira

Arranhó

Merceana

Albergue do Porto da Luz

Alenquer

Vila Nova da Rainha

Azambuja

Valada

Porto de Muge

Santarém

Advagar

Olhos de Água

Santuário de Fátima

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

Merceana - Alenquer

Vila Franca de Xira - Azambuja

Arranhó - Azambuja

Alenquer - Vila Nova da Rainha

Lisboa - Vila Franca de Xira

(Alternativa) Vila Nova da Rainha - Azambuja

Azambuja - Porto de Muge

Porto de Muje - Santarém

Santarém - Olhos de Água

Olhos de Água - Fátima

Fonte: Google Maps

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Simultaneamente caminho para Fátima e para Santiago – basta seguir do Porto para norte passando por Barcelos, Ponte de Lima e Valença, entrando depois já em território espanhol em direção a Tui, Pontevedra e, fi nalmente a Santiago de Compostela, o Caminho do Norte é um dos percursos com maior circulação de peregrinos.O troço que aqui apresentamos parte da Invicta em direção a Mozelos, com passagem posterior, entre outras, por Albergaria-a-Velha, Mealhada, Coimbra, Pombal, Olivais e, depois Fátima. Este troço do Caminho do Norte estende-se por cerca de 190 quilómetros ao longo dos quais encontra bastantes locais de apoio e sítios para descansar, comer (muito bem, aliás, se quiser), dormir e obter assistência se precisar. No regresso, pode fazer uma paragem nas termas da Curia ou do Luso, por exemplo, para recuperar.Por servir peregrinos para Fátima e para Santiago vai encontrar marcos com o logótipo dos Caminhos de Fátima e setas azuis que sinalizam a direção para o santuário (em vez de setas, poderá também encontrar o sinal X a azul, que indica “Não Caminho”, pelo que não deverá seguir por aí), bem como o logótipo do Caminhos de Santiago e setas amarelas indicativas a seguir para chegar à cidade do Noroeste de Espanha, onde se encontra o túmulo de Santiago Maior. Caso deixe de ver setas, volte para trás, para o ponto onde viu a

última marca e procure com atenção a indicação do percurso a seguir.Este caminho é feito em grande parte ao longo de estradas nacionais, que, no entanto, não apresentam muitos perigos, o que não invalida que não se cumpram as regras de segurança básica, como caminhar em fi la indiana nas bermas e usar colete refl etor.

Ponto de passagem também para Santiago de Compostela, o Caminho do Norte é um dos percursos com maior circulação de peregrinos

CAMINHO DO NORTE

Caminhos de Fátima - PORTO a FÁTIMA

Km Etapas

18 Porto-Mozelos

20 Mozelos-Oliveira de Azeméis

18 Oliveira de Azeméis--Albergaria-a-Velha

15 Albergaria-a-Velha-Águeda

22 Águeda-Mealhada

21 Mealhada-Coimbra

13 Coimbra-Condeixa-a-Nova

26 Condeixa-a-Nova-Pombal

14 Pombal-Barracão

13,5 Barracão-Olivais

10,5 Olivais-Fátima


29


Caminho do Norte

Porto

Lourosa

Pinheiro da Bemposta

Albergaria-a-Velha

Águeda

Mealhada

Coimbra

Cernache

Rabaçal

Ansião

Caxarias

Santuário de Fátima

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Lourosa - Porto

Pinheiro da Bemposta - Lourosa

Águeda - Pinheiro da Bemposta

Mealhada - Águeda

Coimbra - Mealhada

Rabaçal - Coimbra

Ansião - Rabaçal

Ansião - Caxarias

Caxarias - Fátima

Porto

Fátima

Fonte: Google Maps

30


Composto por pouco menos de 150 qui-lómetros feitos por uma vasta variedade de paisagens, entre as quais se destaca a vila de Sarzedas, integrada na rede das Aldeias do Xisto, ou Ferreira do Zêzere, onde pode aproveitar para dar um mergu-lho para se refrescar, caso o tempo a isso convide, entre outros pontos de bastante interesse. Esta rota destaca-se ainda pelos terrenos variados e alguns desníveis bas-tante acentuados até ao fi nal, entre Tomar e o Santuário de Fátima, etapa esta que podendo ser feita num dia por caminhan-tes mais experientes, se recomenda que seja percorrida antes em dois dias pelas pessoas com menos aptidão física. É tam-bém por esta razão que a Associação de Amigos dos Caminhos de Fátima não reco-menda que este troço do trajeto seja feito de bicicleta.Apesar de ser possível encontrar durante o caminho locais para descansar, comer e pernoitar, os locais de apoio não são muitos, daí o elevado grau de difi culdade atribuído a esta rota em particular. Este caminho tem início próximo da Câmara Municipal da cidade de Castelo Branco. Não se esqueça de seguir sempre as setas azuis – não siga nunca pelos sinais com X a azul. Sempre que deixar de ver setas, volte para trás, para o local onde avistou a última e reinicie o percurso. Até

chegar ao santuário, deparar-se-á com bastantes setas azuis, que bastará seguir para chegar ao seu destino com toda a tranquilidade e segurança.Devido à variabilidade de terrenos e caminhos, evite caminhar de noite, mas se o fi zer, não se esqueça de uma iluminação, com lanternas com boa intensidade luminosa, de peito ou frontal para usar na testa, as mais práticas.

A cidade de Castelo Branco é o ponto de partida da chamada Rota Laranja, que ruma para oeste até chegar a Fátima, cerca de 147 quilómetros depois

ROTA LARANJA

Caminhos de Fátima - CASTELO BRANCO a FÁTIMA

Km Etapas

18,7 Castelo Branco-Sarzedas

29,3 Sarzedas-Proença-a-Nova

19 Proença-a-Nova-Sertã

18 Sertã-Vila de Rei

17 Vila de Rei-Ferreira do Zêzere

12 Ferreira do Zêzere-Venda Nova/Tomar

22 Venda Nova/Tomar-Ourém

11 Ourém-Fátima


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Castelo Branco

Sarzedas

Proença-a-Nova

Sertã

Vila de Rei

Ferreira do Zêzere

Venda Nova/Tomar

Ourém

Fátima

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Rota LaranjaCastelo Branco - Sarzedas

Sarzedas - Proença-a-Nova

Proença a Nova - Sertã

Sertã - Vila de Rei

Vila de Rei - Ferreira do Zêzere

Ferreira do Zêzere - Venda Nova/Tomar

Venda Nova/Tomar - Ourém

Ourém - Fátima

CasteloBranco

Fátima

Fonte: Google Maps

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Ao longo do percurso para Fátima, são vá-rios os postos de apoio aos peregrinos, que disponibilizam serviços médicos e de en-fermagem, distribuição de água e reforço alimentar, banhos, apoio psicológico e/ou espiritual, resultado da iniciativa de inúme-ras entidades e voluntários que nesta data unem esforços para proporcionar aos pere-grinos a pé a assistência necessária.

DISTRITO DE BRAGAMarinhas: CVP Marinhas, EN 13, a 2 km da entrada norte de Esposende, 24h – Primeiros socorros e dormidas. Esposende: CVP Esposende, R. dos Bombei-ros, 3A – Serviços médicos e de enfermagemBarcelos: CBV Barcelos, Av. Dr. Sidónio Pais 67Viatodos: CBV Viatodos, R. dos Bombeiros Voluntários

DISTRITO DO PORTOPóvoa do Varzim: CVP EN 13, Pç. Marquês Pombal, próximo mercado municipal, 8h30-19h – Serviços de enfermagem, apoio psicoló-gico, refeições ligeiras | CVP Póvoa de Varzim R. Arq. Ventura TerraVila do Conde: CBV Vila do Conde, Rua D. Sancho IGondomar/Valongo: CVP, R. Padre Domin-gos Baião, Baguim do Monte, Gondomar, EN321 – Primeiros socorros, distribuição de águas, chá e bolachasMaia: CVP EN 14, no mercado do Castelo da Maia 24h – Primeiros socorrosPorto: CBV Porto, R. de Rodrigues SampaioAvintes: CBV Avintes, R. 5 de Outubro

DISTRITO DE AVEIROFeira: CBV Feira, R. Eng. Duarte Pacheco Albergaria-a-Velha: CBV Albergaria, Arrua-mento H Zona IndustrialCastelo de Paiva: CVP + MMF Cruz das Eiras Fermedo – Primeiros socorros, serviços de

enfermagem, massagensEspinho: CVP Apoio móvel – Serviços de en-fermagem, apoio psicológico, alimentação e águaOliveira de Azeméis: Escola Sup. Enferma-gem CVP Oliveira de Azeméis, R. Cruz Verme-lha, 8h30-20h (semana) e 9h-13h (sábado) – Serviços de enfermagem e banhosAveiro: EN 1 na Curia, 24h - Serviços de enfer-magem, apoio psicológico

DISTRITO DE COIMBRAMealhada: CVP Junto ao Cineteatro – Primei-ros socorrosCarapinheira: CVP Carapinheira, R. das Esco-las n.º 2, 8h-00h – Primeiros socorros, banhos, dormidas e cozinha para confeção de refei-çõesFigueira da Foz: CVP EN 109, Cova-Gala, Av. 12 de julho, Praça do Rio - Primeiros socorros, serviços de enfermagem e zonas de repousoPampilhosa: CBV Pampilhosa, R. Lagar 48

DISTRITO DE LEIRIALitoral Oeste Norte: 1) Posto na EN 8, Alfeize-rão, local das 3 Torres; 2) Apoio móvel na EN 8, desde o Bombarral, Óbidos, Caldas da Rainha e Alcobaça – Primeiros socorros

DISTRITO DA GUARDACôa: 1) Torre de Moncorvo, cruzamento da Junqueira, EN 102; 2) Reta entre o cruzamen-to das Foz do Sabor-Torre de Moncorvo-Po-cinho, EN 102 e IP 2 3) Pocinho; 4) Vila Nova de Foz Côa; 5) EN 102, cruzamento de Lon-groiva (Vale Talhadas); 6) EN 102, cruzamen-to da Barreira (Méda) – Primeiros socorros, apoio psicológico, distribuição de águas e alimentos energéticosTrancoso: EN 102 no lugar Chafariz do Ven-to – Serviços de enfermagem, apoio psicoló-gico e reforço alimentarCelorico da Beira: Gare – apoio psicológico,

Saiba onde encontrar alguns dos postos de assistência ao serviço dos peregrinos a pé ao longo dos caminhos

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serviços de enfermagem e reforço alimentarPovoação da Carrapichana: EN 17 – Serviços de enfermagem, apoio psicológico e reforço alimentarEN 17: Apoio móvel Celorico da Beira/Pinhan-ços, 8h-20h – Serviços de enfermagem, Apoio psicológico e reforço alimentarEN 103: Apoio móvel Celorico da Beira/Tranco-so, 8h-20h – Serviços de enfermagem, Apoio psicológico e reforço alimentar

DISTRITO DE SEIASeia: Posto fi xo em Pinhanços, em frente ao restaurante Mira Neve, a partir das 8h – Primei-ros socorros

DISTRITO DE VISEUSilgueiros: CVP Posto na EN 2, Vila Pouca de Aguiar, parque da Junta de Freguesia S. Joani-nhoEN 2 Tondela e EN 234 Sta. Comba Dão e EN 234 entre Sta. Comba Dão e Motá-gua: CVP Apoio móvel – Cuidados médicos, serviços de enfermagem, Apoio psicológico e distribuição de águasCarregal do Sal: CBV Carregal do Sal, Av. Bombeiros Voluntários

DISTRITO DE CASTELO BRANCOSobreira Formosa: Posto CVP – Primeiros so-corros e massagensProença-a-Nova: Posto CVP – Primeiros so-corros e massagensCernache do Bom Jardim: Posto CVP – Pri-meiros socorros e massagens

DISTRITO DE ABRANTESAbrantes: 1) CVP Abrantes, R. D. Afonso Hen-riques n.º 8, 24h; 2) Pousada da Juventude; 3) Quartel do Regimento de Apoio Militar de Emergência – Primeiros socorros, apoio psico-lógico e dormidasEN 118 e EN 2 até cerca de 15 km da saída de Abrantes: Apoio móvel – Primeiros socor-ros, apoio psicológico e dormidas

DISTRITO DE SANTARÉMRio Maior: CVP Centro da cidade, junto do quartel de bombeiros – Primeiros socorrosFerreira do Zêzere: CBV Ferreira do Zêzere,

R. Alfredo KeillTomar: CBM Tomar, Rua de Santa IriaMira de Aire: CBV Mira de Aire, Rua Bombeiros VoluntáriosCartaxo: CBM Cartaxo, Rua Serpa Pinto (EN 3)

DISTRITO DE LISBOACabo Ruivo: CBV Cabo Ruivo, R. Montepuez 1Sacavém: CBV Sacavém, R. Cidade de GoaVila F. Xira: CBV Vila F. Xira, António Lúcio Batista 2Aveiras de Cima: CVP EN 3, km 17,2, junto ao cruzamento de Casais da Lagoa e Virtudes, 7h-22h – Primeiros socorrosLourinhã: CVP Apoio móvel (Lourinhã/Mo-ledo/Óbidos/Caldas da Rainha/Alfeizerão até Fátima) – Primeiros socorrosTorres Vedras: CVP Jardim do Choupal – Pri-meiros socorrosEN 8 Torres Vedras-Bombarral: CVP Apoio móvel - Primeiros socorros

LEGENDACVP Cruz Vermelha PortuguesaCBV Corporação Bombeiros VoluntáriosCBM Corporação Bombeiros MunicipaisMMF Movimento Mensagem de FátimaFonte: Cruz Vermelha Portuguesa; Autoridade Nacional Proteção Civil – Operação Fátima 2017

Apoios aos Peregrinos

Acolhimento do Peregrino na BatalhaPonto de passagem dos caminhos do Tejo, da Nazaré e do Mar, o Município da Bata-lha criou este ano um Programa de Aco-lhimento dos Peregrinos, disponibilizando equipamentos municipais, como o Centro Escolar da Batalha, o Pavilhão Multiusos e os balneários da zona desportiva, entre outros, que permitem aos peregrinos descansar, tomar duche ou passar a noite se assim o desejarem.

Ourém reforça apoio a peregrinosSituado no Posto de Turismo de Fátima, o Gabinete de Apoio ao Peregrino, pode ser também contactado através do 249 070 303 ou do email [email protected].

FÁTIMANo Coração do CentroCentro de Portugal, a maior e mais diversa região turística de Portugal.

Venha ao Centro. Venha com tempo.E quando partir, leve vontade de voltar.

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GUIA DO PEREGRINO 2017 Onde dormir no caminho

CAMINHO DO TEJO: LISBOA-FÁTIMA

LISBOAPousada de Juventude Parque das NaçõesR. de Moscavide, Lt. 47 – 101Tel.: 218 920 890Be My Guest – HostelR. Morais Soares, 118-122Tel.: 218 131 997

ALPRIATEAlbergue de Peregrinos de Alpriate8€ | 12 lugares - Largo de Alpriate, 13Tel.: 915 595 213

VERDELHA DE BAIXOA Faia*Estrada da Alfarrobeira, 1Tel.: 931 612 110/219 596 197Dormidas Leal*Estrada da Alfarrobeira, 6Tel.: 219 585 902A Lanterna*Estrada da Alfarrobeira, 17Tel.: 965 204 469/219 576 488Alfa 10* Estrada da Alfarrobeira, 10Tel.: 219 580 475*Antes da estação C.F. de Alverca, 2 km fora do caminho, mas sinalizado.

VILA FRANCA DE XIRACasa de Hóspedes RibatejanaR. da Praia 2-A (junto à estação C.F.)Tel.: 263 272 991/925 912 679Pensão-restaurante FloraR. Noel Perdigão, 12Tel.: 263 271 272/967 941 010Hospedaria MaioralTravessa do Terreirinho, 2Tel.: 263 274 370

AZAMBUJAAbrigo do PeregrinoPraça do Município, 10Tel.: 967 100 810/925 082 993

VALADACasas de ValadaR. de Sto. António, 27Tel.: 919 268 039

PORTO DE MUGEQuinta da MarchantaTel.: 243 749 279/965 895 960

Casa do RioR. Morgado, 2 - Tel.: 918 216 875

SANTARÉMAlbergue Sta. Casa da MisericórdiaLargo Cândido dos Reis, 17 - Tel.: 243 305 260Santarém HostelR. Eng.º António Antunes Júnior 26 (à esquerda dos antigos Bombeiros)Tel.: 965 832 702Acolhimento e preço especial para peregrinosN1 – Hostel Apartments and SuitesAv. dos Combatentes, 80 - Tel.: 243 350 140

AZINHAGACasa da AzzanchaR. dos Altos Montijos 68Tel.: 249 957 253/919 187 773

ATALAIACasa do Patriarca(turismo de habitação)R. Patriarca D. José, 134Tel.: 249 710 581/962 818 115/964 637 152

TOMARBombeiros MunicipaisR. de Stª Iria - Tel.: 249 329 140Hostel 2300 ThomarR. Serpa Pinto 43 - Tel.: 965 515 100

CAMINHO DO NORTE: PORTO-FÁTIMA

PORTOAlbergue de Peregrinos do PortoR. do Barão de Forrester, 954Tel.: 912 591 321Albergue do Peregrino Nossa Senhora do Rosário de VilarR. Arcediago Van Zeller, 50Tel.: 226 056 000/910 274 982Pousada de Juventude do PortoR. Paulo da Gama, 551Tel.: 226 163 059/925 664 983Bombeiros VoluntáriosR. Rodrigues Sampaio, 145Tel.: 222 055 845Refúgio de Peregrinos ViaPortuscaleR. Vasco Santana, 264 – Sra. da HoraTel.: 960 227 134

GRIJÓAlbergue S. Salvador de GrijóR. Cardoso Pinto, 274 (Padrão Velho)Tel.: 968 702 769

ONDE DORMIR

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LOUROSABombeiros VoluntáriosAv. Principal, 4030Tel.: 227 443 189

S. JOÃO DA MADEIRASanta Casa da MisericórdiaR. Manuel Luís Leite Júnior, 777Tel.: 256 837 240/1/2/3/4/5

OLIVEIRA DE AZEMÉISBombeiros VoluntáriosR. dos Bombeiros VoluntáriosTel.: 256 682 122

ALBERGARIA-A-NOVAHostel AlbergariaIC 2, Km 252,3, 66Tel. 912 461 118/918 787 120/912 800 004

ALBERGARIA-A-VELHAAlbergue Rainha D. TeresaAv. Bernardino Máximo de Albuquerque, 141 de março a 30 de novembroTel. 234 529 754

ÁGUEDAAlbergue Sto. AntónioEN 1 - Tel.: 234 602 871

MEALHADAAlbergue da MealhadaAv. da Restauração, 30 – SernadeloTel. 914 437 715

COIMBRAAlbergue Rainha Santa IsabelIgreja Rainha Santa Isabel, Mosteiro Santa Clara-a--NovaContactar na sacristia da igreja até às 18:30 hTel.: 239 441 674 (sacristia da igreja, até 18h30)/ 934 596 564/916 008 988/966 321 235 (após 18h30)Pousada de Juventude de CoimbraR. Dr. Henriques Seco, 14Tel.: 239 829 228Serenata Hostel CoimbraLargo da Sé Velha, 21/23Tel.: 239 853 130

CERNACHEAlbergue de CernacheR. Álvaro Anes, 37 - Tel. 968 034 708/917 619 080/963 085 335/963 408 666

FÁTIMAAcampamento do CentenárioRua Padre António Martins Pereira, SN Estádio João Paulo II - Tel.: 214 343 118

ROTA LARANJA: CASTELO BRANCO-FÁTIMA

CASTELO BRANCOPousada de Juventude de Castelo BrancoRua Dr. Francisco José PalmeiroTel.: 272 344 025 / 961 718 272

PROENÇA-A-NOVAHotel AmorasR. Comendador Assis Roda, 25Tel.: 274 670 210Parque de Campismo de Aldeia Ruiva Aldeia RuivaTel.: 932 740 007/939 623 269 Residencial O FrancêsRua Vila Melhorada, 101Tel.: 274 671 189/963 564 934

SERTÃVila Maior (casa de campo)Rua Dr. Santos Valente, 20Tel.: 274 603 052/925 162 252Hotel LarVerde R. Proença-a-NovaTel.: 274 603 584

CERNACHE DO BONJARDIMResidencial D. NunoR. Pinheiros, 96 Tel.: 274 809 373

FÁTIMAHotel Casa das Irmãs DominicanasRua Francisco Marto 50, Cova da Iria Tel.: 249 533 317

Onde dormir no caminho

Tome notaHá muitos estabelecimentos e alojamen-tos locais que fazem preços especiais para peregrinos. Informe-se. Alguns albergues não têm preço fi xo, aceitando donativos. Para se alojar nas Pousadas de Juventude, não precisa de ter Cartão de Alberguista; informe durante a reserva que é peregri-no e depois mostre a credencial. Algumas corporações de bombeiros oferecem alo-jamento, que muitas vezes é apenas um lugar no chão com possibilidade de to-mar duche e acesso a WC. Convém pedir autorização prévia, com um ou dois dias de antecedência. Mantenha em mente que não é obrigação dos bombeiros alo-jarem-no, por isso esteja preparado para ver o seu pedido recusado.

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GUIA DO PEREGRINO 2017 Onde comer no caminho

CAMINHO DO TEJO: LISBOA-FÁTIMA

LISBOACentro Comercial Vasco da Gama (vários)Avenida Dom João II, 40

VILA FRANCA DE XIRAO Comboio | R. Serpa Pinto, 126/128Tel.: 263 272 308O Retiro | R. Luís de Camões, 14Tel.: 263 274 453

AZAMBUJANatércia Restaurante O PicadeiroR. D. Sancho I, 19 | Tel.: 263 418 071Churrasqueira A Mo | R. do Moinho Grande, 24, Pontével | Tel.: 243 799 555

VALADACasa das Enguias | R. 1.º de Maio | Tel.: 243 749 230

CARTAXOO Batalhoz | R. Batalhoz, 3 C | Tel.: 243 704 224Tasca do Lapa | R. de Santana, 4 | Tel.: 910 932 309

SANTARÉMTaberna & Mercearia SebastiãoTravessa do Froes, 13-15 | Tel.: 243 302 444Restaurante A Grelha | R. Ateneu Comercial de Santarém | Tel.: 243 333 348

AZINHAGAO Peso | R. 5 de Outubro | Tel.: 243 459 238

MINDEA Ladeira | R. da Ladeira | Tel.: 249 849 386Cantinho dos Charutos | R. dos Charutos, 47, Covão do Coelho | Tel.: 249 849 238

CAMINHO DO NORTE: PORTO-FÁTIMA

PORTOSuribachi (vegetariano)R. do Bonfi m, 134-140 | Tel.: 225 106 700Casa Aleixo | R. da Estação, 216 | Tel.: 225 370 462Adega de São Nicolau R. São Nicolau, 1 | Tel.: 222 008 232Book | R. de Aviz, 10 | Tel.: 223 398 500

S. JOÃO DA MADEIRAFábrica dos SentidosR. Oliveira Júnior, 501 | Tel.: 256 413 193

ALBERGARIA-A-VELHAVista Alegre | Zona Industrial | Tel.: 234 523 569

Restaurante BrandãoR. Cova da Raposa, 30, Angeja | Tel.: 234 913 352

ÁGUEDABoutique Pão de BarrôLargo Dr. António Breda, 1 | Tel.: 234 622 866O João | R. Soberania do Povo, 30 | Tel.: 234 602 249

MEALHADATípico da Bairrada | EN 1 | Tel.: 231 202 206O Castiço | EN 1 | Tel.: 231 202 941

COIMBRAA Batina | R. da Eira Vila Franca | Tel.: 239 722 056Dona ElviraEstrada da Beira, Alto de São JoãoTel.: 239 701 460

POMBALDom Lagar | EN 1, Pelariga | Tel.: 236 219 196O Manjar do Marquês | EN 1 | Tel.: 236 200 960

FÁTIMASanta Rita | R. de Santa Isabel | Tel.: 249 098 041Centenário | R. de St.º António, 33 | Tel.: 919 099 395

ROTA LARANJA: CASTELO BRANCO-FÁTIMA

CASTELO BRANCORetiro do CaçadorR. Ruivo Godinho, 15 | Tel.: 272 343050Dona FerreirinhaQuinta das Violetas | Tel.: 272 086 621

PROENÇA-A-NOVATäscá | R. das Caldeiras, N.º 1 | Tel.: 910 918 557A RotundaR. Vila Melhorada, 135 | Tel.: 968 576 017

SERTÃRestaurante Ponte VelhaAlameda da CarvalhaTel.: 274 600 160Mercearia do LargoR. Doutor Romão de Mascarenhas, 11Tel.: 274 608 030

CERNACHE DO BONJARDIM Churrasqueira Grelha 3R. Libânio Vaz SerraTel.: 274 808 312Restaurante Café PinaR. dos Pinheiros, 131Tel.: 916 160 792

ONDE COMER

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GUIA DO PEREGRINO 2017 Testemunhos de outros peregrinos

“Cresci com uma avó devota de Nossa Senhora de Fátima e sempre achei que tinha de ir a Fátima em peregrinação… Sem qualquer promessa por cum-prir, aceitei o convite de umas amigas e participei numa pere-

grinação solidária. Sem qualquer preparação, com roupa desportiva e umas sapatilhas quase novas, fui uma peregrina, num grupo de cerca de 400! Os primeiros cinco quilómetros foram curiosos, pensei que era uma loucura e que não precisava de fazer nada daquilo! Acabei a caminhar com um grupo de seis pessoas que não conhecia. (…) Foi motivador saber que, ao longo do percurso, existiam pontos de abastecimento onde se podia beber café e comer qualquer coisa… Não vou esquecer a sensação de maior nostalgia, maior alegria, à medida que me aproximava do santuário… Fiquei verdadeiramente surpreendida com to-dos os sentimentos… Não esperava que fosse tão avassalador!”

Cristina B. Alves

“É uma experiência que todos nós devería-mos fazer um dia... A caminhada a Fátima é uma experiência única, onde ultrapassas os teus limites.”

Helena M. Nogueira

“Fui a Fátima com 15 anos, in-serida num grupo de alunos da minha escola secundária, em Santarém. Não fui movida pela minha fé – na verdade, sou ag-nóstica e já me sentia como tal na altura –, mas pela fé alheia,

decidida a cumprir uma promessa que não era minha, mas que encarei como se fosse. Tinha sido diagnosticado ao meu avô um cancro no pâncreas e ele tinha prometido que, se a ope-ração para remoção do tumor corresse bem, ia

a Fátima a pé. Ele já não tinha condições físicas para o fazer e eu decidi ir por ele, em nome dele, com fé nele, mais até do que em Fátima. Por isso chegar a Fátima e tê-lo lá à minha es-pera, junto dos meus pais e da minha avó, foi uma emoção muito forte para mim. Partimos de Santarém ao fi nal da tarde e chegámos a Fátima no dia seguinte depois do almoço, sen-sivelmente. Foi duro fi sicamente – não tinha nenhuma preparação física especial para o fa-zer, nem nenhuma das pessoas que ia comigo –, mas foi uma experiência memorável a nível humano. A sensação de chegar, para mim, foi sobretudo de alívio: alívio porque aquelas retas antes de chegar a Fátima que pareciam intermináveis – e foi, sem dúvida, a parte mais penosa do caminho, não pelo percurso em si, mas por já ir exausta, com bolhas nos pés e dores em todo o lado – tinham fi nalmente chegado ao fi m. Alívio por sentir que tinha conseguido fazer algo pelo meu avô.

Ana Rita Lúcio

“A decisão de ir a pé até Fátima deveu-se a uma promessa que tinha feito após saber que tinha cancro (melanoma maligno). Juntei-me ao Caminhando com Maria, um grupo muito bem organizado que faz a sua ca-

minhada de fé em outubro, de 7 a 11. O mo-mento da chegada ao santuário é inexplicável, único. Tive uma sensação de paz e união. O que mais me marcou foi o espírito de ajuda e união. Naqueles dias não existe competição, não existe confl ito, não existem diferenças. Somos todos iguais! Lembro-me de um tru-que que o padre que nos acompanhava nos deu: calçar as meias ao contrário, assim as costuras não nos aleijam nem criam bolhas. Recomendo que caso alguém queira ter essa experiência o faça com um grupo organizado.”

Cristina Alfaro, 44 anos

O que contam os peregrinos do seu caminho até Fátima

NA PRIMEIRA PESSOA

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Refrescar-se, trocar de roupa e descansar um pouco é o ideal para recuperar forças e participar das celebrações de espírito aberto

CHEGUEI. E AGORA?

Chegar a Fátima é naturalmente o ponto alto da viagem e um marco indelével inde-pendentemente do número de vezes que se repetiu a experiência. A visão do santu-ário e de todos os peregrinos e visitantes que também ali acudiram pode revelar-se absolutamente avassalador, especialmen-te porque o esforço, não só físico como mental, exigido até então pode mexer e muito com as emoções de cada pessoa, sendo impossível prever a reação.Emoções à parte, é previsível que, por esta altura e após o primeiro impacto da che-gada, e dado o esforço exaustivo ao longo das várias etapas da caminhada, o corpo se possa ressentir. Exceto em situações extremas – e neste caso deve procurar de imediato os serviços de apoio ao peregrino a pé –, evite longas paragens; será muito mais difícil mover-se depois.

Descanso merecidoSe não houver celebrações a decorrer, nas quais queira participar, aquando da sua chegada, procure instalar-se o mais breve-mente possível no alojamento que deverá ter previamente reservado, caso tenha sido essa a opção tomada.

Um bom duche será sempre bem-vindo, assim como um pouco de repouso e uma mudança de roupa. Aproveite para dar aos seus pés a atenção e os mimos merecidos depois de tantos quilómetros a andar. Ve-rifi que a existência de bolhas e dê-lhes os cuidados necessários. Em caso de inchaço, deite-se com os pés elevados e mantenha-se assim cerca de 30 minutos, se possível. Não vai sentir-se como novo, mas quase! Procure igualmente comer qualquer coisa.

Tempo de celebrarNa posse do programa ofi cial das celebra-ções do centenário e da visita do Santo Pa-dre ao nosso país, é tempo de regressar ao santuário e partilhar com todas as pessoas presentes esta experiência memorável.Aí chegado, guarde silêncio sempre que exigido, respeitando os demais peregrinos, em particular aqueles que se encontram em oração.Mantenha sempre em mente que o santu-ário é um local sagrado e trate-o como tal, cumprindo as regras básicas de higiene e limpeza – deite o lixo apenas nos conten-tores específi cos para esse efeito e coma apenas nos locais apropriados.

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Todos os anos, aquando das peregrinações comemorativas – 13 de maio e 13 de outu-bro –, são milhares os peregrinos que acor-rem ao Santuário de Fátima, número que se prevê aumentar substancialmente por altura do centenário da primeira aparição de Nossa Senhora do Rosário de Fátima aos pastorinhos.Prevendo esta situação foi reforçado o apoio aos peregrinos a pé, que este ano podem contar não só com mais postos de assistência ao longo dos vários percursos, mas também de voluntários, tendo ainda sido contemplada assistência espiritual nos vários postos de atendimento.

Posto de Acolhimento aos Peregrinos a Pé no Santuário de Fátima A partir de 9 de maio, o Posto de Acolhi-mento aos Peregrinos a Pé no Santuário de Fátima vai funcionar em horário alargado, a partir das 15h.Os peregrinos que aqui se dirigirem serão atendidos por ordem de chegada, poden-do usufruir gratuitamente de dormida – em salões ou tendas militares, em colchões

no chão, sendo fornecidos igualmente almofada, lençol e cobertor – e alimenta-ção – através de senhas distribuídas que dão direito a sopa ao almoço e jantar e café com leite ao pequeno-almoço.

Refeição do PeregrinoPara os peregrinos que o desejem, o Santu-ário de Fátima disponibiliza um serviço de refeições – a Refeição do Peregrino – ser-vidas no Albergue do Peregrino, com um custo individual de 6€.

As marcações – individuais ou em grupo – podem ser feitas até à véspera, através do Serviço de Alojamentos do Santuário, pelo telefone (+351) 249 539 606 ou email [email protected] a disponibilidade, poderá solici-tar a marcação de refeições no próprio dia, até às 11h, no Albergue do Peregrino.

Horário: o serviço funciona das 12h às 14h, aos sábados e domingos (exceto Sá-bado Santo e Domingo de Páscoa), e dias 12 e 13 dos meses de maio a outubro.

Tal como acontece ao longo dos caminhos, o Santuário de Fátima dispõe de um Posto de Acolhimento aos Peregrinos a Pé, que vai funcionar em horário alargado a partir de 9 de maio

ACOLHIMENTOAO PEREGRINO NO SANTUÁRIO

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Erguido a pedido de Nossa Senhora do Rosário, primeiro na aparição de 13 de agosto de 1917, o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima tem no acolhimento aos peregrinos que ali se deslocam a sua principal missão

SANTUÁRIO DE FÁTIMA

A Capelinha das Orações foi o primeiro edifício erigido no local em honra de Nos-sa Senhora e na sequência do pedido que fez aos pastorinhos: “Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário.” Erguida em 1919 na Cova da Iria, local das aparições de 1917, tornar-se-ia o “coração” do santuário. Construída com características típicas de uma ermida popular, sofreu até hoje pou-cas alterações, das quais se destacam o al-pendre, inaugurado em 1982, na visita de João Paulo II ao santuário, e o teto, forrado em 1988, a madeira de pinho, oriunda do Norte da Sibéria. O número crescente de peregrinos que ali afl uíam regularmente levaria depois à edifi cação do santuário, composto atual-mente por vários espaços distintos, entre os quais se destacam os lugares das apari-ções, os de culto e oração e os de memória e cultura.

Lugares das apariçõesA par da Capelinha das Orações, a Loca do Cabeço, o Poço do Arneiro e

Valinhos são os locais onde tiveram lugar as diferentes aparições que fi zeram de Fátima um dos mais importantes destinos de peregrinação católica em todo o mundo.A Loca do Cabeço foi palco da primeira e terceira aparições do anjo aos videntes; já a segunda teve lugar junto ao poço do quintal da casa de Lúcia e foi aqui também que Jacinta teve a visão do Santo Padre a rezar. A quarta aparição de Nossa Senhora ocorreu em Valinhos, no dia 19 de agosto de 1917. Destaque para as imagens que assinalam os diferentes locais.

Lugares de culto e oraçãoA Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, cujo projeto foi inicialmente con-cebido pelo arquiteto Gerardus Samuel van Krieken e continuado por João Antu-nes, encontra-se construída no local onde, a 13 de maio de 1917, os pastorinhos, que na altura estavam a brincar, foram surpre-endidos por um relâmpago, tendo reunido o rebanho para regressar a casa, temendo que chovesse. A primeira pedra foi benzida

Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

Capelinha das Orações

Sobre o Santuário

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11 anos mais tarde, a 13 de maio de 1928.Composta por um total de 200 colunas e meias colunas e 14 altares, a Coluna-ta integra uma via-sacra com magnífi cos painéis em cerâmica provenientes da Fábrica Viúva Lamego, destacando-se ainda as 17 fi guras de santos por cima da mesma, que variam entre os 3,2 e os 2,3 metros de altura.

Ampla esplanada, delimitada a norte e a sul por arvoredo, e a nascente e poente pela Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fá-tima e Basílica da Santíssima Trindade, res-petivamente, o Recinto de Oração, como o nome indica, é um local que convida ao retiro e à oração. Aqui, pode ainda ver a Azinheira Grande, árvore com mais de 100 anos, classifi cada de interesse público, pela Direção-geral dos Recursos Florestais de Portugal, devido à sua ligação às apa-rições, embora não tenha sido sobre esta que Nossa Senhora apareceu. Destaque ainda para o Monumento ao Sagrado Coração de Jesus; para o Presépio, de forma triangular, em chapa de inox perfu-rada com cinco metros de altura alusivo à Santíssima Trindade; para o Muro de Ber-lim, um bloco do muro que dividiu aque-la cidade alemã durante 30 anos; e para o monumento-memorial em homenagem ao trabalho historiográfi co das aparições e difusão da sua mensagem do cónego Dr. Manuel Nunes Formigão e ao padre Prof. Dr. Luís Fischer. Outro dos lugares de oração do santuário é a Basílica da Santíssima Trindade, cons-truída quando a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima se revelou peque-na para acolher os peregrinos – de forma

circular, tem 125 metros de diâmetro e 8.633 lugares. No complexo desta basílica, pode encontrar a Capela do Santíssimo Sacramento onde está exposto o Santíssi-mo Sacramento para adoração.À disposição dos peregrinos estão igual-mente as Capelas da Reconciliação(Capela do Sagrado Coração de Jesus e a Capela do Imaculado Coração de Maria), destinadas exclusivamente à celebração do sacramento da penitência; a Capela da Morte de Jesus, com 600 lugares senta-dos, e palco de algumas das celebrações do programa ofi cial do Santuário de Fátima; e a Capela da Ressurreição de Jesus, com 16 confessionários.Entre os locais icónicos do santuário, conta-se ainda a via-sacra no Caminho dos Pasto-rinhos, com 15 estações, e Calvário Húnga-ro, cuja capela é dedicada a Santo Estêvão, uma oferta de católicos da Hungria.

Lugares de memória e culturaCriado em 1955, o Museu do Santuário de Fátima, reúne um espólio histórico, artístico e etnográfi co para preservação da memória das aparições e dos seus prota-gonistas. Parte do seu espólio encontra-se reunido na exposição permanente Fáti-ma Luz e Paz.

A dois quilómetros do santuário, junto à casa natal de Lúcia, oferecida pela mes-ma ao santuário em 1981, está situada a Casa-Museu de Aljustrel, que permite uma visão da vida quotidiana no tempo das aparições e, a cerca de 200 metros da mesma, pode visitar a casa onde nasce-ram Francisco e Jacinta.

Azinheira Grande

Basílica da Santíssima Trindade

Sobre o Santuário

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GUIA DO PEREGRINO 2017 Voltar a Casa

Concluídas as celebrações, é chegada a altura de planear o regresso a casa e recuperar do esforço exigido para chegar ao santuário

DE VOLTA A CASA

Antes de iniciar a caminhada rumo a Fátima, certifi que-se de que tem o regresso assegurado. Se optar pelos transportes públicos, compre o bilhete com a máxima antecedência possível. O autocarro é a opção mais simples uma vez que o terminal rodoviário se encontra a cerca de 100 metros da Basílica da Santíssima Trindade. A Rede Expressos tem autocarros a partir de Fátima para vários destinos com bastante frequência, sendo previsto que na data da visita do Papa ao nosso país haja um reforço das ligações.O comboio é outra opção, mas não há estações em Fátima; a mais conhecida é Chão de Maçãs e fi ca a 25 quilómetros; a outra é Caxarias, até onde pode ir de táxi ou de autocarro desde o santuário. Se optar pelo comboio, pode em alternativa apanhar um táxi ou autocarro para a estação de Leiria.Pode igualmente pedir a um familiar ou amigo que se desloque até Fátima de carro para o levar de regresso a casa – atenção, no entanto, ao tráfego, que se prevê intenso nessa data.

Prolongar a estadiaOutra possibilidade, mesmo não con-seguindo alojamento em Fátima de 12 para 13, dada a procura intensa, é tentar

alojamento na noite de 13 para 14 e se-guintes, se assim o desejar. Isto se preten-der aliar o útil ao agradável, aproveitando para descansar um pouco após o encer-ramento das celebrações e fazer depois algum turismo pela região.

Tempo de recuperarIndependentemente da opção que tomar, há algo que não deve esquecer: até chegar à cidade “altar do mundo”, o seu corpo foi sujeito a um desgaste extremo e a um esforço físico intenso, algo a que deve dar atenção antes de retomar a rotina do dia a dia. E, não, isto não signifi ca prostrar-se no sofá ou na cama, embora descansar com os pés elevados seja aconselhável – no caso de os pés ou tornozelos incharem, aplique gelo várias vezes ao dia, entre 15 e 20 minutos de cada vez. É também normal que os pés não regressem no seu melhor estado – trate das feridas e bolhas e depois de sararem, se quiser, procure um serviço de pedicura.Procure manter uma atividade física de intensidade moderada nos dias seguintes; pode parecer que não, mas torna mais fácil a recuperação, todavia se sentir dor em alguma articulação, difi culdade de movimentos, vermelhidão ou inchaço, procure aconselhamento médico.

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A cerca de 130 quilómetros de Lisboa, 195 do Porto e 90 de Coimbra, aquela a que por vezes chamam altar do mundo tem na sua origem o romance de um dos guerreiros da reconquista cristã e de uma princesa moura, Fátima, à qual a cidade foi buscar o nome.Seriam, no entanto, as aparições aos pas-torinhos que dariam fama a esta cidade conhecida em todo o mundo, sobretudo entre a população católica.

Cidade de féDestino de peregrinação por excelên-cia, Fátima é mundialmente reconhecida como local de culto, aqui acorrem milha-res de peregrinos anualmente, um núme-ro que tem vindo a crescer e que está na

origem das várias obras de transformação no santuário desde a construção da Cape-linha das Aparições, um pedido de Nossa Senhora do Rosário – “uma senhora mais brilhante do que o Sol” – aos pastorinhos, cuja primeira missa se celebrou em 1921.

O santuário cresceu e hoje é um centro de oração que atrai não só crentes como curiosos de vários países, sobretudo nos dias 13 dos meses de maio e outubro, da-tas em que os peregrinos, muitos deles a pé desde casa, percorrendo dezenas de quilómetros, enchem as ruas e o santuário, para beber do ambiente espiritual e cum-prir as promessas feitas a Nossa Senhora de Fátima, cuja imagem é adorada um pouco por todo o mundo.

No ano em que comemora o centenário das aparições, a cidade de Fátima, no centro do país, convida à descoberta do riquíssimo património religioso, cultural e natural da região

FÁTIMA, ALTAR DO MUNDO

Conheça a cidade de Fátima

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Da moderna Basílica da Santíssima Trinda-de com capacidade para acolher cerca de 9.000 pessoas à mais modesta Capelinha das Aparições, não faltam lugares de culto a explorar no Santuário de Fátima (veja pá-ginas 43 e 44). Deixe-se seduzir pelos dife-rentes estilos arquitetónicos e pelas obras de arte que ali pode admirar. A cerca de dois quilómetros, no povoado de Aljustrel, encontra as casas dos três pastorinhos, aos quais Nossa Senhora apareceu em diversas ocasiões.

Todo um património a descobrirSaindo de Fátima, as cidades de Tomar e Leiria, bastante perto, têm para lhe ofere-cer um vasto património, não só religioso, que vale a pena explorar. Antiga sede da Ordem dos Templários, Tomar tem como cartão de visita o monu-mental Convento de Cristo, uma das mais importantes obras do Renascimento no nosso país, de visita obrigatória. Não deixe de visitar a antiga sinagoga, classifi cada como Monumento Nacional, construída entre 1430 e 1460 e testemunho importan-te da presença judaica em Portugal.Aproveite se estiver bom tempo para um passeio na Mata Nacional dos Sete Montes, no centro da cidade, o principal parque da localidade e de onde pode aceder ao cas-telo.A Festa dos Tabuleiros é uma das principais atrações da cidade de Tomar. Com origem no culto do Espírito Santo, realiza-se de quatro em quatro anos, no início do mês de julho, valendo a pena ser anotada na agenda.Em Leiria, não deixe de visitar o castelo, de onde se obtém uma vista única da cidade – e do estádio de futebol, ali tão perto. Apro-veite igualmente para conhecer a Sé e não parta sem um passeio pelas margens do rio Lis. Interessante é também a rota histórica e literária, inspirada nas referências a Leiria na obra O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queiroz.

Riqueza naturalPara os amantes da natureza, a região que circunda Fátima tem muito por explorar,

como a Reserva Natural do Paul do Boqui-lobo, com a mais importante colónia de garças do território nacional que aqui con-vivem com outras espécies de aves raras.Famosas pela fauna e fl ora são também as serras de Aires e Candeeiros, com tri-lhos que levam a lugares surpreendentes. A oferta da região não se esgota por aqui e, para quem gosta de caminhar, há muito para explorar no Pinhal de Leiria, Sardoal e Agroal. De passagem obrigatória são tam-bém as grutas de Mira D’Aire e o Monu-mento Natural das Pegadas de Dinossauro de Ourém/Torres.

Bem-estar absolutoNão é preciso sair de Fátima para desper-tar os sentidos numa experiência única e envolvente de relaxamento e bem-estar. A apenas 900 metros do santuário, o Dom Gonçalo Hotel & Spa põe à sua disposição instalações fantásticas que incluem um spa com piscina interior.Deixando a cidade, tem igualmente boas alternativas nesta área, caso das Termas de Monte Real, indicadas para descansar, relaxar ou usufruir do poder terapêutico das suas águas, indicadas para afeções do aparelho digestivo, respiratório e músculo-esquelético.Se chegou a Fátima pelo Caminho do Nor-te, pode aproveitar o regresso para recupe-rar nas Termas da Curia ou do Luso. O corpo agradece…

Conheça a cidade de Fátima

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Associação dos Caminhos de FátimaTelefone: 913 131 300Padre Rui Louro – guia espiritual: 938 634 180

Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)www.protecaocivilfatima.pt

Cruz Vermelha PortuguesaSede Nacional: 213 913 900Mapa de postos de assistência aos peregrinos: www.cruzvermelha.pt

Farmácias PortuguesasTelefone: 707 273 273www.farmaciasportuguesas.pt

Gabinete de Apoio ao Peregrino da Câmara Municipal de OurémTelefone: 249 070 303

Guarda Nacional RepublicanaTelefone: 112 – Número Nacional de Emergênciawww.gnr.pt

INEM - Instituto Nacional de Emergência MédicaTelefone: 112 – Número Nacional de Emergênciawww.inem.ptJunta de Freguesia de Fátima Telefone: 249 531 612 | 913 987 485www.jf-fatima.pt

Polícia de Segurança Pública Telefone: 112 – Número Nacional de Emergênciawww.psp.ptComando Distrital de Santarém da Polícia de Segurança Pública Telefone: 243 322 022 | 962 089 952 | 962 091 175

Posto de Turismo de FátimaTelefone: 249 531 139

Rodoviária do Lis (transportes especiais no dia 13 de maio)Telefone: 707 200 334 | www.rodoviariadolis.pt

Santuário de FátimaTelefone: 249 539 600

Contactos vários

Tem smartphone? Estas apps são para si

Disponíveis gratuitamente na Internet, conheça algumas das apps para rezar, jogar, assistir a transmissões online ou conhecer Fátima:

• Click to Pray – App ofi cial da Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração), que convida a rezar pelas suas intenções, pelos desafi os da humanidade, com orações para os 365 dias do ano;

• Jogo dos Pastorinhos – Jogo para crianças que leva os três pastorinhos ou a criança num percurso pela Cova da Iria;

• JiTT.travel – Uma forma simples de explorar os caminhos da fé;

• Aparição de Nossa Senhora de Fátima – Liga-se à página ofi cial do santuário, permitindo aos utilizadores “rezar o terço semanal e assistir à transmissão online” a partir da Capelinha das Aparições.

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3 DE MAIO 2017 GUIAdo Peregrino ESTE SUPLEMENTO É DA ...protecaocivilfatima.pt/wp-content/uploads/2017/05/CManha... · ao santuário erguido a pedido de Nossa Senhora do Rosário