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Estudo 1 - Gnesis

A criao de Deus comprovada Texto bblico - Gnesis 1 a 50 Texto ureo - Gnesis 1.1

"No princpio criou Deus os cus e a terra."

Introduo O livro de Gnesis, ou Livro dos Princpios, pois intitulado no hebraico por sua primeira palavra bereshth, que quer dizer exatamente isto (comeo, princpio), a primeira parte do Tora, o Livro da Lei para o hebreu, que compe o Pentateuco, para ns cristos. Na verso da Septuaginta que ele tomou o nome pelo qual conhecido universalmente, em funo da traduo para o grego da palavra bereshth que tomou a forma de gnesis. Sua autoria, segundo a quase unanimidade dos estudiosos e comentaristas, remonta a Moiss que deve t-lo escrito na pennsula do Sinai, quando por ali acampava com a famlia de Jetro e cuidava dos rebanhos do seu sogro, ocasio em que recebeu de Deus a inspirao para tal. voz unnime tambm que alguns dos seus textos no s do Gnesis mas de todo o Pentateuco, foram tambm compilados e organizados pela ordem sacerdotal, posteriormente a Moiss, j ao tempo do reino de Salomo e mesmo aps o exlio babilnico, quando Babilnia, com Zorobabel e Esdras. I. Dados histricos e preliminares No se pode situar o tempo em que foi escrito. Como se refere a fatos que aconteceram desde a Criao at 430 anos antes de Moiss, supe-se que a histria ali registrada de Ado e Jos, foi toda transmitida com poucos recursos escritos e muito mais pela tradio oral de que os hebreus vo se tornar portadores para sempre. II. Esboo bsico do livro Sua diviso A maioria dos comentaristas concordam em dividir o livro de pelo menos trs formas diferenciadas: 2.1 Esboo histrico: a) Era Primitiva Da criao formao das raas Caps. 1 a 12; b) Era Patriarcal Da formao de uma famlia em especial que daria origem ao povo escolhido para revelar ao mundo a sua vontade Caps 13 a 50. 2.2 Esboo temtico: a) Livro do princpio Caps. 1 a 11; b) Livro da f Caps. 12 a 25; c) Livro da luta Caps. 26 a 35; d) Livro da direo Caps. 36 a 50

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2.3 Esboo do contedo: a) A histria da criao Caps. 1 a 3; b) A histria dos patriarcas Caps 4 a 11; c) A histria de Abrao O pai da f Caps 12-25; d) A histria de Isaque Caps 26 e 27; e) A histria de Jac Caps 28 a 38; f) A histria de Jos Caps 39 a 50. III. A viso global do texto O texto do livro de Gnesis em toda sua extenso e profundidade pode ser visto globalmente como de fundo teolgico, histrico e literrio: 3.1 Teolgico Porque para muitos estudiosos ele sem dvida, o bero e o comeo de toda a teologia que a raa humana veio absorver e conhecer com o passar do tempo. Ele no se preocupa em provar a existncia de Deus, simplesmente apresenta-o como Onipotente, Onisciente e Onipresente, o que por si s responde a todas as perguntas teolgicas; 3.2 Histrico Porque o livro de Gnesis a nica fonte registrada de Antigidade garantida que responde s perguntas bsicas da racionalidade humana: o que, quando, onde, como e porque. Ele como a ponta do iceberg a ns revelada do muito que o Senhor no revelou em sua Criao. Alm do mais, apresenta-nos uma dimenso histrica racionalmente aceita de cerca de 6.000 a 7.000 anos do ser humano, como ser supremo da Criao fazendo os seus registros na Histria, aps sua sada do Paraso. Dentro da sinalizao bblica e de alguns outros registros histricos, podemos depreender que os tempos da disperso das raas depois de Babel situa-nos em aproximadamente, 2.000 a.C. no tempo dos patriarcas. Abrao vai surgir em aproximadamente, 2.000 a.C. enquanto Moiss cerca de 500 anos depois. Mais 500 anos e chegamos a Davi, 1.000 anos antes de Cristo, precisamente. 3.3 - Literrio Sem dvida, todos os comentaristas so unnimes. A obra de Gnesis uma das maiores obras literrias da humanidade, mesmo considerando-se o tempo em que foi escrita. As histrias, as narrativas, as contextualizaes culturais que nos permite, demonstram e evidenciam sua importncia para humanidade e que s a mo do Senhor atuando na Histria poderia permitir e preservar o seu registro. IV. Os pontos principais em destaque Claramente, distinguem-se no livro os seguintes pontos principais: 4.1 A criao Impressiona-se a consistncia dos dados relatados no Gnesis sobre a criao do mundo com muitas das descobertas modernas sobre as nossas origens. Os prprios cientistas ateus no conseguem contestar tais semelhanas e similaridades entre aquilo que a Bblia conta, no sendo um livro de cincia, e aquilo que a Cincia tenta explicar; 4.2 O chamado Ressalte-se no livro a marca permanente de um chamado especial do Criador para sua criatura por excelncia. Desde o princpio percebe-se a clara inteno do Criador em distinguir um ser especial para ser o porta-voz de sua palavra e direo para o mundo; 4.3 O surgimento da f Com Abrao, evidencia-se o aspecto que vai fazer toda a diferena entre o ser humano pensante e todos os demais seres viventes. O surgimento da f vai ser o instrumento balizador de toda a trajetria humana da em diante. O poder da espiritualidade vai se tornar fator identificador do homem; 4.4 A percepo de Deus Com Jos, quando reage incurso sexual da mulher de Potifar ns tempos a primeira indicao para o futuro da humanidade na presena do Senhor Deus no interior do homem. Quando ele exclama, a ss com ela, como poderei eu pecar contra meu Deus cometendo o pecado carnal, pela primeira vez, a vida humana demonstra o poder da comunho divina.

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4.5 O Senhor da Histria Em tudo que o Gnesis nos narra, desde os tempos incontveis da Criao, pois nesta poca o relgio de Deus no funcionava em nossas 24 horas, passando pela sada do Paraso, quando o tempo passou a contar para Ado, e chegando ida da famlia de Jac para o Egito, o que vemos a mo de Deus conduzindo o seu plano, a sua revelao em andamento, a caminhada em busca de seu plano maior em concretizao. V. Sua contextualizao Uma das grandes crticas que se faz literatura bblica, principalmente a relativa ao Antigo Testamento a sua difcil contextualizao. Ou seja, essa palavra de crtica baseia-se no fato de que os eventos e situaes registrados nos livros bblicos do AT esto de tal forma distanciados cultural, regional, mental e intelectualmente de nossos dias atuais que dificilmente se pode fazer uma efetiva contextualizao de seus textos. Na realidade, no bem assim, pois, por exemplo basta situar-se um pouco naquilo que a Histria profana nos acrescenta para verificar que; 5.1 Para muitos cientistas modernos existe muito prxima compatibilizao entre os tempos da criao (dias que seriam muito maiores que o nosso de 24 horas) e as eras que a Cincia nos apresenta da Pr-Histria e Antigidade mais remota, com suas Eras Terciria ou Quaternria e seus perodos mesozico, cenozico, jurssico, e mesmo com a teoria do big bang que alguns apontam como o fiat lux bblico; 5.2 H registros histricos comprovados cientificamente, que conferem em termos de pocas de ocorrncia com fatos que envolvem moes no Mar Vermelho, eclipses solares, dilvio sobre a terra. Recentemente fala-se da descoberta de uma possvel arca soterrada sob as neves nas montanhas da Turquia, os montes Ararat da poca de No; 5.3 A distribuio dos filhos de No, conforme registrado em Gnesis 10 bastante indicadora da ocupao das raas e populaes que se desenvolveram naquelas faixas de terra a partir de ento e que deram origem s civilizaes antigas no Extremo Oriente (Sumria com Sem), no Oriente (Cana com Can) e na Europa (as ilhas alm do Mediterrneo com Jaf). A verdade que temos que ler Gnesis sabendo que ele no um livro de Cincia, mas sim o livro que conta a revelao de Deus sua criatura. Dentro dessa premissa muito dele se torna perfeitamente contextualizado e compreensvel ao raciocnio humano de nosso sculo. Concluso Cinco personagens bblicos do livro de Gnesis devem funcionar como perfis a serem seguidos por ns hoje: 1. O perfil de Abel O homem que adorou a Deus O primeiro que espontaneamente diante da graa de Deus achou por bem louvar ao Senhor; 2. O perfil de Enoque O homem que andava com Deus O primeiro que de maneira ntegra e integral se entregou a andar com Deus que ele para si o tomou; 3. O perfil de No O homem que confiou em Deus O primeiro que mesmo arrostando o ridculo, confiou em Deus, fazendo uma arca no deserto; 4. O perfil de Abrao O homem que creu em Deus O primeiro que deu lugar f e diante do nada creu na promessa; 5. O perfil de Jos O homem que sentiu Deus O primeiro que percebeu em seu ntimo que Deus estava nele e por isso no pecou. Leituras dirias: Segunda Tera Quarta Quinta Sexta Sbado Domingo Gn 1 a 7 Gn 8 a 14 Gn 15 a 21 Gn 22 a 28 Gn 29 a 35 Gn 36 a 42 Gn 43 a 50