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Método Clínico Centrado na Pessoa Qual foi o Perfil de Mortalidade da População Brasileira em 2010?

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Método Clínico Centrado na Pessoa

Qual foi o Perfil de

Mortalidade da

População Brasileira em

2010?

Método Clínico Centrado na Pessoa

Qual foi o Perfil de

Mortalidade da

População do Piauí em

2010?

Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino

Método Clínico Centrado na Pessoa

Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino

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assistência simplificada para os pobres, uma espécie de

atenção primitiva, para tratar de doenças (supostamente)

simples, com utilização de poucos recursos e improvisação

de pessoal.

Atenção Primária à Saúde - APS NÃO É

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A Atenção Primária à Saúde (APS) é o nível do sistema que

deve ser responsável pelo desenvolvimento de ações de

promoção, proteção, assistência e recuperação de saúde

para todos os indivíduos, de qualquer faixa etária,

considerando o contexto familiar e a comunidade no qual

estão inseridos. Para tanto, deve apresentar alto grau de

resolutividade para os problemas de saúde mais prevalentes,

apresentados em nível extra-hospitalar.

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A diversidade de situações e os problemas de saúde

apresentados pelas pessoas e suas famílias no nível da APS

são bastante complexos e exigem tecnologia específica, para

que sejam abordados de forma resolutiva.

Atenção Primária à Saúde - APS

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A relação Médico – Paciente é fundamental na atuação

do Médico na Estratégia de Saúde da Família

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O método clínico baseado em modelo biomédico – surgido

no início do século 19 e que alcançou hegemonia durante o

século 20 – trouxe grandes avanços para a ciência médica e

conferiu grande poder ao médico, mas tornou o diagnóstico

da doença preponderante sobre o doente.

Acontece que nem todas as pessoas adoecem da mesma

forma ou se enquadram numa doença bem definida.

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Método Clínico Centrado na Pessoa

“o tratamento de uma doença pode ser totalmente

impessoal, o cuidado do paciente precisa ser totalmente

pessoal“.

Peabody FW. The care of the patient. JAMA 1927; 88 (2):877-882.

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A discordância entre médico e paciente na visão da

doença e do processo de adoecer e nos objetivos a atingir

com o tratamento repercute negativamente nos resultados

obtidos.

Kleinman A, Eisenberg J, Good B. Culture, ilness and care: clinical lessons

from antropologic and cross-cultural research. Ann Inter Med 1978; 88 (2):

251-258.

Método Clínico Centrado na Pessoa

Princípios

1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da

experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer

quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito

do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as

expectativas sobre o que deveria ser feito;

2 – entendimento global da pessoa;

3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a

respeito do problema ou dos problemas e sua condução;

4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.

Stewart et al, 1995

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1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as expectativas sobre o que deveria ser feito;

Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino

Método Clínico Centrado na Pessoa

1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as expectativas sobre o que deveria ser feito;

Método Clínico Centrado na Pessoa

Princípios

1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da

experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer

quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito

do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as

expectativas sobre o que deveria ser feito;

2 – entendimento global da pessoa;

3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a

respeito do problema ou dos problemas e sua condução;

4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.

Stewart et al, 1995

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2 – entendimento global da pessoa;

Método Clínico Centrado na Pessoa

Princípios

1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da

experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer

quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito

do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as

expectativas sobre o que deveria ser feito;

2 – entendimento global da pessoa;

3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a

respeito do problema ou dos problemas e sua condução;

4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.

Stewart et al, 1995

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3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a

respeito do problema ou dos problemas e sua condução;

O terreno comum

Definindo metas e prioridades

– expectativas de ambos

– prós e contras dos planos propostos

– estimular a participação do paciente

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3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a

respeito do problema ou dos problemas e sua condução;

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Método Clínico Centrado na Pessoa

3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a

respeito do problema ou dos problemas e sua condução;

– Um nome para o problema

– Quais as hipóteses do paciente?

– Evitar linguagem inacessível ao paciente

Método Clínico Centrado na Pessoa

Princípios

1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da

experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer

quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito

do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as

expectativas sobre o que deveria ser feito;

2 – entendimento global da pessoa;

3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a

respeito do problema ou dos problemas e sua condução;

4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.

Stewart et al, 1995

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4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;

Desenvolver junto com o paciente um plano prático de

prevenção e promoção para toda a vida.

Monitorar os riscos já identificados de cada paciente e

rastrear aqueles ainda não identificados.

Registrar e arquivar adequadamente.

Estimular a auto-estima e confiança do paciente no

cuidado consigo.

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Desenvolver junto com o paciente um plano prático de prevenção e promoção para toda a vida.

Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino

Método Clínico Centrado na Pessoa

Monitorar os riscos já identificados de cada paciente e rastrear aqueles ainda não identificados.

Método Clínico Centrado na Pessoa

Monitorar os riscos já identificados de cada paciente e rastrear aqueles ainda não identificados.

Método Clínico Centrado na PessoaMonitorar os riscos já identificados de cada paciente e rastrear aqueles ainda não identificados.

Método Clínico Centrado na Pessoa

4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;

Registrar e arquivar adequadamente.

Estimular a auto-estima e confiança do paciente no

cuidado consigo.

Método Clínico Centrado na Pessoa

Princípios

1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da

experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer

quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito

do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as

expectativas sobre o que deveria ser feito;

2 – entendimento global da pessoa;

3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a

respeito do problema ou dos problemas e sua condução;

4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.

Stewart et al, 1995

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5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

Ruídos

Os ruídos são elementos físicos externos aos participantes

da comunicação, por exemplo, sala de recepção

inadequada à Unidade de Saúde, uma enorme quantidade

de pessoas, arquitetura e decoração inapropriadas,

interrupções à consulta (como chamadas telefônicas)

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Interferências

As interferências são internas aos comunicadores, dividindo-se

em três classes:

as interferências cognitivas,

as interferências emocionais e

as interferências socioculturais.

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

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Interferências

As interferências cognitivas dizem respeito à incapacidade do paciente

de se expressar de maneira compreensível, devido, por exemplo, a fortes

crenças mágicas sobre o papel do médico, ou convicções sobre

aspectos de cuidar ou curar. Por parte dos profissionais de saúde,

também há crenças baseadas nos princípios tradicionais, mecanicistas e

cartesianos da ciência, além do aspecto supostamente neutro e

distanciado da figura do médico. Este também tende a ignorar aspectos

psicossociais de seus pacientes, o que também atrapalha a

comunicação.

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

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Interferências

As interferências emocionais se apresentam quando os pacientes

possuem algum transtorno psiquiátrico (depressão, ansiedade etc.), ou

emoções extremas (ressentimento, agressividade). Ou ainda, nos casos

em que o entrevistador é disfuncional e demonstra desresponsabilização,

desinteresse, ou mesmo uma excessiva projeção sobre o paciente (por

exemplo, pressupor que adolescentes grávidas são irresponsáveis e

imorais, generalizar e tratar todas com sermões moralistas, sem nem

sequer escutar as histórias de vida delas).

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

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Interferências

As interferências socioculturais são exacerbadas quando há notável

diferença sociocultural entre o paciente e o profissional. Isso incide nas

crenças de custo-benefício sobre a comunicação pretendida: “Para que

me dar ao trabalho se ele não vai me entender, pois vive em outro

mundo?”. Devido às diferenças, o princípio da reciprocidade – ou seja,

da capacidade que um tem de influenciar o outro –, é colocado em

xeque.

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

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Interferências

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

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Princípios

1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da

experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer

quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito

do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as

expectativas sobre o que deveria ser feito;

2 – entendimento global da pessoa;

3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a

respeito do problema ou dos problemas e sua condução;

4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;

5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;

6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.

Stewart et al, 1995

Método Clínico Centrado na Pessoa

6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.

Não tente fazer tudo para todos os pacientes em todas

as visitas.

Entender os limites da medicina e estabelecer objetivos

e prioridades razoáveis.

Gerenciar os recursos para o paciente pesando as

necessidades dele e as da comunidade.

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