3 Os Teatros Gregos e Roma

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    OS TEATROS GREGOS

    Os teatros eram construdos em lugares abertos (encosta) e eram compostos

    de trs partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra,

    para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Os parodoseram os corredores por onde entravam os atores. Um exemplo tpico o Teatro

    de Epidauro, construdo, no sc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus

    divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinao perfeita.

    Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por

    sua acstica perfeita.

    O teatro grego era acessvel a toda a populao, e era de grande importncia

    na educao dos Jovens. O teatro se dividia basicamente em tragdia e

    comdia. A estrutura dramtica, abordava temas profundos da natureza

    humana, e so tidos como grandes inspiraes para a arte teatral da

    atualidade.

    Roma Antiga os mestres construtores

    Pode-se dizer que a arquitetura romanaderiva da arquitetura grega, embora

    se diferenciando nas suas caractersticas prprias. Assim os autoresagruparam ambos os estilos designando-os por arquitetura clssica. Alguns

    tipos de edifcios caractersticos deste estilo propagaram-se por toda a Europa,

    como:

    Aquedutos, baslicas, estradas romana, construes com cpulas (os domus),

    arcos de triunfo, templos, fontes, colunas votivas, teatros, anfiteatros, circos,

    hipdromos, odeons, fruns e pontes.

    Os monumentos romanos se caracterizam muito pela solidez; aprenderam com

    os etruscos o emprego do arco, assim como a abbada ou teto curvo, que os

    gregos e egpcios no conheceram.

    Pode-se dizer que os romanos foram os primeiros construtores que usaram o

    concreto.

    Este era extrado de uma rocha vulcnica, chamado de pozzolana, misturado

    com calcrio, barro, e muitas vezes cascalhos de pedra ou mesmos antigosladrilhos em pequenos pedaos.

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    Foi este material que permitiu a edificao de grandes estruturas como as

    cpulas e as pontes. As cpulas foram usadas inicialmente em templos, e

    mais tarde em palcios.

    Templo Panteon de Roma Uma habitao para os deuses, possui umgrande cpula aberta no centro, com a altura e dimetro iguais = 43m (Figura

    1).

    FIGURA 1 - Esquema para a construo da cpula do Panteo de Roma.Fonte: STOKSTAD, Marilyn. Art History. V 1. New York: Abrams, 1999, p. 265.

    O concreto romano no era reforado como o equivalente moderno e, portanto,

    no podia suportar carga direta. Sua inveno, porm, revolucionou a forma e

    as possibilidades da arquitetura.

    Junto a utilizao da pozzolana o romano intensificou o uso dos tijolos criando

    assim novas formas de aplicao que, auxiliavam tanto nas estruturas como

    tambm no revestimento, muito usado como acabamentos internos e externos

    dos edifcios.

    Intensificou tambm o uso dos arcos e das abbadas inovando com a

    aplicao das abbadas cruzadas. Estas davam mais estabilidade e beleza aoedifcio. Lembrando que medida que as construes feitas com arcos se

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    tornaram mais altas, foi necessrio o uso de contra fortes que eram paredes

    mais grossas que ficavam nas pontas dos arcos (Figura 2).

    FIGIRA 2 Arcos e contrafortes romanosFonte: STOKSTAD, Marilyn. Art History. V 1. New York: Abrams, 1999, p. 226.

    Dentro da viso construtiva o romano, como falado anteriormente, se apropriou

    tambm da maneira de construir dos gregos, assim usou as ordens

    arquitetnicas, drica, jnica e corntia, e acrescentou mais duas novas ordens:

    compsita (ou composta) e a toscana. A compsita mais ornamentada e a

    toscana a mais simples de todas.

    O Frum romano era o corao da cidade, cada Imperador construiu o seu, e

    assim edifcios administrativos, religiosos, tribunais, mercados, etc., foram

    construdos. Com o passar do tempo no havia mais espao para novas

    construes e assim o centro de Roma se tornou um aglomerado de edifcios

    refletindo o prprio caos que havia se tornado o Imprio Romano.

    Os templos romanos foram o resultado de uma combinao de elementos

    gregos e etruscos: planta retangular, teto de duas guas, vestbulo profundo

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    com colunas livres e uma escada na fachada dando acesso ao pdio ou

    base. Reforando, os romanos conservaram as tradicionais ordens gregas

    (drica, jnica e corntia), mas inventaram outras duas: a toscana, uma espcie

    de ordem drica sem estrias no fuste, e a compsita, com um capitel criado a

    partir da mistura de elementos jnicos e corntios.

    A estrutura do teatro romano bem semelhante a dos gregos, mas com

    inovaes. Ao invs de se construir uma estrutura cravada em uma colina,

    erguia-se um edifcio em forma de semicrculo ou leque, sustentado por arcos,

    principalmente perto ou inseridos nos espaos urbanos.

    O Coliseu, ou Anfiteatro Flaviano, deve seu nome expresso latina

    Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio), devido esttua colossal de Nero,

    que ficava perto a edificao. Localizado no centro de Roma, uma exceo

    entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitetnico. Originalmente

    capaz de comportar perto de 50 000 pessoas, com 48 metros de altura. Era

    usado para variados espetculos. Foi construdo a leste do Frum Romano e

    demorou entre oito a dez anos a ser construdo. Usados para grandes

    espetculos.

    construdo em mrmore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcria com

    grandes poros). A sua planta elptica mede dois eixos que se estendem

    aproximadamente de 190 metros por 155 metros. A fachada compe-se de

    arcadas decoradas com colunas dricas, jnicas e corntias, de acordo com o

    pavimento em que se encontravam. Esta subdiviso deve-se ao fato de ser

    uma construo essencialmente vertical, criando assim uma diversificao do

    espao.

    A arena (87,5 m por 55 m) possua um piso de madeira, normalmente coberto

    de areia para absorver o sangue dos combates (certa vez foi colocada gua na

    representao de uma batalha naval), sob o qual existia um nvel subterrneo

    com celas e jaulas que tinham acessos diretos para a arena. Alguns detalhes

    dessa construo, como a cobertura removvel que poupava os espectadores

    do sol, so bastante interessantes, e mostram o refinamento atingido pelos

    construtores romanos.

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    Os assentos eram em mrmore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-

    se em trs partes, correspondentes s diferentes classes sociais: o podium,

    para as classes altas; as maeniana, sector destinado classe mdia; e os

    portici, ou prticos, construdos em madeira, para a plebe e as mulheres. O

    pulvinar, a tribuna imperial, encontrava-se situada no podium e era balizada

    pelos assentos reservados aos senadores e magistrados.

    Rampas no interior do edifcio facilitavam o acesso s vrias zonas de onde

    podiam visualizar o espetculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma

    srie de arqueiros posicionados numa passagem de madeira, para o caso de

    algum acidente. Por cima dos muros ainda so visveis as msulas, que

    sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do solos espectadores e, nos subterrneos, ficavam as jaulas dos animais, bem

    como todas as celas e galerias necessrias aos servios do anfiteatro.

    Aquedutos Romanos - nos aquedutos mais antigos o escoamento era

    geralmente com superfcie livre, apresentando sempre uma inclinao mnima

    para que a gua pudesse correr, e eram edificados em com pedras e alvenaria.

    Atravessavam vales importantes e eram feitos sobre estruturas em arco.

    Foi com a civilizao romana que os aquedutos tiveram grande

    desenvolvimento. A cidade de Roma, no sculo I era abastecida por onze

    aquedutos, o maior deles com 90Km de extenso.

    O Aqueduto de Segvia foi construdo durante os sculos I e II, no reinado

    dos imperadores romanos Vespasiano e Trajano. O aqueduto que resta tem 29

    metros de altura e 728 de comprimento total. 167 arcos (79 simples e 88

    dobrados). Foram empregados cerca de 35.000 blocos de pedra.

    Odeons pequenos teatros destinados a apresentao de msica,

    apresentavam inclinao, como nos teatros, feitos em pedra, tijolos e alvenaria.

    O circo romano um recinto alargado, e a maior das instalaes destinadas a

    divertir o povo, com remates circulares nos extremos. A arena, muito alongada,

    era dividida em dois pela spina formando duas ruas por onde corriam as bigas

    e quadrigas. Era destinada a corridas, espetculos e representaes que

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    comemoravam os acontecimentos do Imprio. Nos circos faziam-se batalhas,

    corridas de cavalos e outras diverses. Nesta spinacostumava haver colunas e

    esttuas bem como obeliscos comemorativos.

    As Termas espaos destinados para banhos, mas que mais pareciam clubes,

    pois tambm tinhas salas de leitura, massagens, espao para conversas,

    sauna, etc.

    As Termas de Caracalla podiam acolher mais de 1.500 pessoas num edifcio

    que media 337 por 328 metros, sendo somente a parte central de 220 por 114

    metros.

    Sua construo baseada na estrutura de arcos e abbadas mescladas a

    aplicao de colunas. O material usado: tijolos, pedras, alvenaria, tudo isso

    com o mais fino acabamento com mrmores e granitos.

    A casa romana:

    O Atrium(trio ou Ptio) era a entrada principal da casa romana. Era em torno

    do Atrium, que se desenvolvia os outros cmodos da casa. O Atriumfornecia

    a luz necessria s divises que o circundavam; sendo estas:

    Triclinium; utilizado para as refeies.

    Tablinum; escritrio do dono da casa, utilizado como sala de reunio com

    pessoas que no fossem da famlia.

    Cubiculum; quartos de dormir, e, apenas nas casas mais ricas.

    Balneum; verdadeiros termas romanos em escala menor.

    Muitas casas romanas ainda tinham um segundo Peristylium, o jardim. As

    casas romanas possuam duas utilizaes distintas ao longo do ano. O inverno

    era vivido no Atrium, com o sol a penetrar pelo Compluvium, e o Vero era

    aproveitado sombra fresca da galeria do Peristylium.

    O Atr iumera construdo com todo o esplendor e magnificncia que a riqueza

    do dono permitia. As caractersticas mais evidentes do Atr ium eram o

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    Compluv ium (abertura no telhado para iluminar o interior das casas, bem

    como, possibilitava a entrada das guas das chuvas), e o Impluv ium(tanque

    escavado no cho destina a receber as guas pluviais que escorriam do

    compluvium).

    A decorao do Atriumnas casas da Roma antiga impressionava pela riqueza

    de mosaicos e afrescos.