Upload
mpso-iscte
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
1/26
Perspectiva Ecolgica: a relao pessoa-meio
M. Manuela de Amorim Calheiros
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
2/26
PERSPECTIVA TERICA
Perspectivas ecolgicas e transaccionais definem os vrios sistemas de interaco
(pais, criana, famlia, meio e cultura) em que as prticas parentais se desenvolvem e o
desenvolvimento da criana acontece (e.g., Belsky, 1980; Cicchetti & Lynch, 1993;Cicchetti & Rizley, 1981).
O modelo de Bronfenbrenner (1979, 1989) da ecologia do desenvolvimento humano representa a
ideia de que as relaes dos indivduos so multidimensionais, e que estes esto embebidos no
sistema familiar e num sistema mais complexo de redes sociais e societais, culturais e influncias
histricas.
Pressupe a insero dos indivduos numa variedade de sistemas sociais, como a famlia, os
sistemas de suporte social informal e formal, a famlia alargada, redes comunitrias informais
como amigos e vizinhos, locais de trabalho dos pais, e instituies de interveno social,
educacional e mdicas (Bronfenbrenner, 1989; Repetti, 1994; Tinsley & Parke, 1984).
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
3/26
Sub-Sistemas
Microsistema - compreende as relaes entre a pessoa em desenvolvimento e o meio no
quadro imediato que contm a pessoa. Por exemplo, para compreender o comportamento da
criana e dos pais, a famlia o microssistema mais importante (Belsky et al. 1984); ele envolve
as interaces entre os pais e a criana e os irmos em casa.Mesossistema - As interrelaes entre os subsistemas mais importantes da pessoa em
desenvolvimento, numa fase particular da sua vida. Dois microssistemas das crianas (famlia e
escola) podem estar interrelacionados. Por exemplo, o que ocorre na escola pode afectar o que
ocorre na famlia e vice versa.
Exossistema - engloba estruturas sociais especficas, formais e informais, que no contm a
pessoa em desenvolvimento, mas que circundam o meio imediato em que a pessoa est, e desta
forma, delimitam, influenciam, ou mesmo determinam o que l se passa.
Muitas vezes o que acontece num microssistema (e.g., numa interaco entre a criana e os pais
no contexto familiar) pode ser influenciado por acontecimentos que ocorrem em sistemas dosquais as crianas no fazem parte activa, mas em que ocorrem acontecimentos importantes que
podem afectar a sua relao.
Macrossistema - refere-se s consistncias, na forma e contedo que existem em determinada
cultura como um todo e nos valores culturais e crenas subjacentes aos restantes sistemas.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
4/26
Modelo bioecolgico de Bronfenbrenner & Morris (1997)
Distino entre os conceitos de meio e de processo, ocupando este ltimo no s
uma posio central, mas tambm adquirindo um significado especfico em funo de
cada contexto, como se pode verificar nas duas proposies do modelo:
1 proposio
O desenvolvimento humano d-se atravs de processos de interaco recproca
progressivamente mais complexos, entre o organismo biopsicolgico activo e as
pessoas, objectos e smbolos do seu meio externo imediato.
A interaco tem que ocorrer numa base regular e por perodos de tempo.
Estas formas duradouras de interaco no meio imediato so referidas como
processos proximais.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
5/26
Modelo bioecolgico de Bronfenbrenner & Morris (1997)
2 proposio
A forma, contedo e direco destes processos proximais variam em funo conjunta:
Das caractersticas da pessoa (que o autor distingue em trs aspectos fundamentais: as
disposies, os recursos bioecolgicos e a exigncia);
Do meio (imediato e remoto) no qual os processos se do;
Da natureza dos resultados do desenvolvimento;
Da continuidade e mudana que ocorre no tempo do decurso de vida e do perodo
histrico em que a pessoa vive.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
6/26
Modelo bioecolgico de Bronfenbrenner & Morris (1997)
Quatro componentes principais atravs dos quais operam os processos da ecologia do
desenvolvimento e as relaes dinmicas e interactivas entre eles:
interaco entre o organismo e o meio (processos proximais);
caractersticas da pessoa em desenvolvimento;
contextos imediatos e mais distais do meio;
tempo no qual os processos proximais tm lugar.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
7/26
Consideraes ecolgico-transaccionais sobre o impacto das mudanas nodesenvolvimento
Perspectivas do curso de vida (Elder, 1997; Hetherington & Baltes, 1988; Parke, 1988)
1. A importncia de se estudarem as mudanas de desenvolvimento ao longo da vida
cada vez mais reconhecida.
2.Transies relacionadas com a idade (e.g., entrada para o infantrio, para a escola)desempenham um papel importante na forma como os indivduos respondem s
exigncias das suas diferentes etapas, (Maccoby & Martin, 1983); transies
focalizadas nos adultos subentendem mudana que precisam de ser directamente
entendidas.
3. Algumas destas mudanas so programadas e planeadas, (idade em que se entra na
escola), enquanto outras (divrcio dos pais), no so programadas e constituem
transies no normativas.
4. Tais transies, tm implicaes importantes para o indivduo (ex: exigncias
requeridas nas tarefas desempenhadas nas diversas reas de vida, social, escolar e
afectiva e as implicaes disso ao nvel do auto-conceito) (Parke & Burial, 1997).Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
8/26
Consideraes ecolgico-transaccionais sobre o impacto das mudanas nodesenvolvimento
5. Estas mudanas no devem ser restritas ao nvel individual. As famlias mudam asua estrutura (e.g., atravs do nascimento de um filho, ou com o desaparecimento de um
membro da famlia por morte, separao ou divrcio), as suas regras, papis e
estratgias.
6. A influncia mtua de diferentes conjuntos de relaes (como a marital, relao com
os avs da criana, etc.) variam em funo da natureza da trajectria de
desenvolvimento nessas reas de vida: na criana ser um irmo, um par e um
estudante; nos pais ser cnjuge, trabalhador e filho na idade adulta.
7. As redes de relaes esto embebidas numa comunidade, sociedade e cultura
particular (recursos para colocao da criana durante o trabalho dos pais) e os
programas comunitrios de apoio s crianas e ao lazer, exercem impacto na qualidadedas relaes pais-filhos.
8. As redes sociais esto includas num sistema social que muda (Garbarino, 1992;
Hernandez, 1993) e que pode ser culturalmente muito diversificado, estando a
variao nas famlias e nas suas estratgias de socializao dependentes em grande
arte da sua cultura e de ru os tnicos e sociais na r ria cultura. Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
9/26
Consideraes ecolgico-transaccionais sobre o impacto das mudanas nodesenvolvimento
9. Impacto das mudanas geracionais nas famlias, dado que as trajectrias individuaise familiares de desenvolvimento esto envolvidas quer nas condies sociais e valores,
quer no tempo histrico em que existem (Magnusson & Stattin, 1997).
10. O percurso de vida de uma pessoa marcado por inmeros acontecimentos eocorrncias, os quais variam em intensidade, durao e no significado que tm para o
indivduo. Uns envolvem grandes alteraes de vida, enquanto outros podem ter um
impacto relativamente reduzido. Estes acontecimentos servem como estmulo para odesenvolvimento, quer facilitando o crescimento e a adaptao quer contribuindo para a
disfuno e para processos de m adaptao social e fsica (Compas, 1987).
11. A Psicologia do Desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Elder, 1997), tomacomo temas centrais a descrio dos acontecimentos atravs do ciclo de vida, as
explicaes dos mecanismos atravs dos quais os acontecimentos exercem os seus
efeitos no indivduo e as diferenas individuais do impacto dos acontecimentos,
particularmente na distino entre as consequncias adaptativas e de mau ajustamento.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
10/26
Exemplo: Modelo dos determinantes parentais
Histria
Desenvolvimento
Personalidade Funo parental Caractersticas
da criana
Desenvolvimentoda criana
Relaesconjugais
Trabalho
Redessociais
Fonte: Belsky, 1984Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
11/26
Determinantes da Parentalidade: factores de risco e
compensatriosNvel ontognico Micro-sistema Exo Macro-sistema
Factores de Risco
Histria de abuso,baixa auto-estima,baixo QI, poucascompetnciasinterpessoais, baixo
desenvolvimentoparental.
Problemasconjugais, decomportamento,sade,monoparentais,
pobreza.
Desemprego,baixo suportesocial
Aceitao cultural dapunio fsica,criana comopropriedade,depresso
econmica,violncia.
Factores Compensatrios
Histria positiva derelao com os pais,competnciascognitivas,interpessoais.
Sade, suporteconjugal,seguranaeconmica.
Suportesocial, poucosacontecimentos de stress,experincias
positivas naescola
Valores de partilha,responsabilidadecomunitria, novalorizao daviolncia,
prosperidadeeconmica.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
12/26
Sub-sistema familiar e prticas maternas
Duas alternativas para explicar o impacto das relaes familiares e maritais nodesenvolvimento da criana.
1. O funcionamento familiar com uma influncia indirecta no ajustamento dacriana, que opera atravs dos efeitos na qualidade da parentalidade
(Fauber & Long, 1991; Patterson, 1982; Rutter, 1994). As rupturas e
mudanas na famlia, a discrdia marital e familiar e a violncia domstica
tm sido implicadas como factores potenciais que interferem negativamente
nos processos de parentalidade, e que conduzem a mudanas afectivas na
qualidade das relaes pais-filhos, na falta de disponibilidade emocional, e
na adopo de estilos parentais menos capazes (Belsky, 1984;Easterbrooks & Emde, 1988).
2. Cummings & Davies, 1994 e Grych & Fincham, 1990) focam os efeitos
directos da observao de conflito na famlia pelas crianas, mais do que os
efeitos indirectos atravs das prticas parentais. Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
13/26
O funcionamento familiar como uma influncia indirecta no ajustamento dacriana
Duas hipteses tm sido oferecidas para explicar estes efeitos: a hiptese deextravasamento (spillover) e a hiptese compensatria.
Na perspectiva do extravasamento, o comportamento num sub-sistematransfere-se para outro sub-sistema (e. g., do sub-sistema marital para o sub-sistema pais filhos) (e.g., Easterbrooks & Emde, 1988).
Na hiptese compensatria as relaes positivas pais-filhos podem sermantidas, mesmo face a um conflito marital, e podem servir como um factor deproteco (buffer) para a criana.
Contudo, a hiptese de extravasamento, que a partir das teorias dos sistemas
(e.g., Feldman, Wentzel, Weinberger, & Munson, 1990) posiciona asinteraces familiares e as interaces pais-filhos como interdependentes aquela que a meta-anlise desenvolvida por Erel e Burman, (1995) confirmamais claramente.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
14/26
A hiptese de extravasamento
Muitos estudos referem que a qualidade marital est positivamente relacionadacom respostas adequadas por ambos os pais (Cox, Owen, Lewis, &
Henderson, 1989) e com atitudes positivas dos pais em relao aos filhos (Cox
et al., 1989).
Muitos estudos tm mostrado uma ligao entre stress e conflito familiar e
problemas na relao pais-filhos (Fauber & Long, 1991; Harrist & Ainslie,
1998), incluindo:
O afecto negativo das mes com os filhos (Kerig, Cowan, & Cowan, 1993),
pouco carinho (Vandewater & Lansford, 1998);
O aumento da rejeio e hostilidade (Harold & Conger, 1997) e menos
envolvimento e sensibilidade parental (Owen & Cox, 1997);
Menor ateno s necessidades dos filhos (Goldberg & Easterbrooks, 1984);
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
15/26
A hiptese de extravasamento
Utilizam menos disciplina efectiva (Jouriles & Farris, 1992; Stoneman, Brody,& Burke, 1989);
Utilizam mais controlo e maior arbitrariedade (Belsky, Youngblade, Rovine, &
Volling, 1991; O`Brien & Bahadur, 1998);
So menos eficazes na resoluo dos problemas familiares (Capaldi,
Forgatch, & Crosby, 1994).
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
16/26
Factores ecolgicos do funcionamento parental
ESTUDO
OBJECTIVOS:
Identificar as relaes entre variveis de ordem pessoal, familiar e
social e as prticas maternas
Estudar os processos subjacentes e o significado dessas relaes
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
17/26
Factores de Exo-sistema: impacto no comportamento parentale bem-estar psicolgico dos pais
A qualidade das relaes entre membros da famlia vulnervel s influnciasdo meio, tais como:A pobreza;As perdas econmicas repentinas;Acontecimentos de vida que implicam stress.
Straus, Gelles e Steinmetz (1980) mostra que a violncia domstica aparecerelacionada com o estatuto profissional e o nvel socioeconmico.
Shipman e colaboradores (Shipman et al., 1999) confirmam a ideia de que aviolncia familiar ocorre num contexto mais geral de disfuno familiar. Osresultados referem que um nmero elevado de factores de stress, emcombinao com a desvantagem socio-econmica, distingue famlias violentas
das no violentas, quer entre cnjuges, quer de pais para filhos.
Gillham e colaboradores (Gillham et al., 1998) referem a importncia dodesemprego e da monoparentalidade, como variveis de interesse na relaocom diferentes categorias de mau trato e negligncia, sendo que odesemprego explica dois teros da varincia total dos ndices das duascate orias de rticas.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
18/26
Relaes familiares e parentalidade: os recursos emocionais adequados eas relaes parentais consistentes e carinhosas
Feldman e colaboradores (1990) relatam ser sobretudo para as mes que
estas relaes assumem importncia na gesto familiar.
A satisfao das mes est positivamente correlacionada com o
funcionamento familiar, com a ligao entre os elementos da famlia, com o
envolvimento nas tarefas, com os nveis de envolvimento com as crianas e
com baixos nveis de hostilidade na famlia.
Thomson e colaboradores (Thomson et al., 1992) referem que os problemas
apresentados pelas crianas de famlias reconstitudas, quando comparados
com os de crianas do primeiro casamento, se devem a factores de
comunicao familiar, e no tanto estrutura e composio familiar, sobretudo
se estas inclurem as mes biolgicas.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
19/26
Percepo sobre o ambiente familiar: a agresso e conflito na famlia
1. McCloskey e colaboradores (1995) indicam que as famlias violentas do
menos apoio s crianas do que as famlias no violentas, e que quando o
suporte ocorre compensa nas crianas o efeito negativo da violncia.
2. Graham-Bermann e Levendosky (1998) referem que, tanto o abuso fsico
como o psicolgico afecta de forma negativa o funcionamento psicolgico das
mulheres que, por sua vez, est negativamente relacionado com o
comportamento parental e com o funcionamento da criana.
Em contraste, dois estudos no encontraram efeitos da violncia domstica
nos comportamentos parentais:
1. Holden e Ritchie (1991) no encontraram diferenas entre as mulheres
batidas e no batidas.
2. Sullivan e Bradbury (1997) afirmam que a violncia domstica no est
relacionada com o stressparental ao avaliaram as estratgias de disciplina ou
disponibilidade emocional e psicolgica destas com as crianas.Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
20/26
Percepo sobre o ambiente familiar: a agresso e conflito na famlia
1. Fauber e colaboradores (Fauber et al, 1990), depois de avaliarem famliasintactas e famlias divorciadas, referem que o conflito maior nas famlias
divorciadas.
O conflito contribui para explicar o controlo psicolgico e a rejeio/separao
e no a negligncia.
Embora o conflito explique igualmente o controlo psicolgico nos dois grupos,
o conflito explica mais a rejeio nos divorciados do que nos intactos.
2. Kitzmann (2000) indica um nmero significativo de pais que mostram um
estilo de parentalidade democrtica, depois de situaes positivas e que,
aps passarem para a situao de conflito, mudam para interaces no
democrticas, de pouco suporte e pouco envolvimento com os filhos.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
21/26
Sub-sistema da famlia e prticas maternas
Modelo 1Contexto exossistmico, estrutura familiar e prticas maternas: o papel
mediador das relaes familiares
Estrutura familiar Violncia
familiar
Exossistema
Relaes
familiares
Prticas
Maternas
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
22/26
Resultados do modelo de mediao das relaes familiares namaternidade
-.29
Estrutura familiar
Acontecimentos
vida negativos
Nvel
socioeconmico
Violncia familiar
R2=.25***
Conflito familiarR2=.22***
Coeso familiar
R2=.26***
Disfuno
materna (N)R2=.53**
.20
.30
.40
-.28 -.52
.26
-.23
.41
-.22
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
23/26
Factores psicolgicos e intra-individuais na parentalidade
Ateno dada aos factores psicolgicos e intra-individuais nos modelos clnicose mdicos da parentalidade.
Menos ateno, contudo, foi dada aos factores psicolgicos que influenciam aqualidade afectiva e comportamental dos pais nos modelos ecolgicos esocioculturais (Conger et al., 1984).
Zussman (1980) refere que, embora as prticas parentais covariem comvariveis demogrficas, estes resultados dizem pouco sobre os processossubjacentes s relaes.
Muita investigao que coloca as relaes maritais e familiares comopreditoras da parentalidade no controla a possibilidade de que ofuncionamento psicolgico dos pais possa, em parte, explicar esta relao.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
24/26
Factores psicolgicos e intra-individuais na parentalidade
A relao directa entre o funcionamento familiar e a parentalidade podediminuir, ou mesmo desaparecer, quando se tomam estes factores emconsiderao.
Algumas dimenses relacionadas com o stress, tais como a depresso e abaixa auto-estima, tm sido repetidamente correlacionadas negativamente coma satisfao familiar (Belsky, 1984; Olweus, 1980; Patterson, 1982).
Estas caractersticas pessoais dos pais podem simultaneamente influenciar
outras relaes familiares e relaes noutros contextos.
Assim, as relaes entre satisfao familiar e conjugal e estes resultadospodem ser, em parte, explicados pelo funcionamento emocional e social dos
pais.
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
25/26
Modelo 3Relaes familiares e prticas maternas: papel mediador das competnciasmaternas
Coeso
Violncia domsticaCompetncias afectivas,
domsticas e educativas das
mes
Prticas
Maternas
Conflito
Sub-sistema da famlia e prticas maternas
Calheiros M.
7/30/2019 (3) Pers_Ecologica_aula (comunit9.pdf
26/26
Resultados do modelo de mediao das competncias na
maternidade
.25
.33Violncia
Conflito
Coeso
Competncia afectiva
R2=.33***
Competncia domstica
R2=.20***
Competncia educativa
R2=.27***
Disfuno
materna (N)
R2=.39**
Disfuno
materna (M)
R2=.20*
-.38
.42
.29
.46
-.23
-.27
-.40
Calheiros M.