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Regulamento do Plano Director Municipal de Leiria CAPTULO I Disposies gerais

Artigo 1. Objecto, mbito e vigncia 1O presente Regulamento parte integrante do Plano Director Municipal, adiante designado por Plano, e tem como objecto estabelecer os princpios, orientaes e regras a que dever obedecer a ocupao, uso e transformao do solo na totalidade do territrio do municpio de Leiria, aps a aprovao, registo e publicao do Plano no Dirio da Repblica, nos termos do Decreto-Lei n. 69/90, de 2 de Maro, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 211/92, de 8 de Outubro. 2O Plano deve ser revisto antes de decorrido o prazo de 10 anos a contar da data da sua entrada em vigor, nos termos da lei vigente.

Artigo 2. Composio O Plano composto pelo Regulamento e pelos seguintes elementos grficos e anexos: 1Cartograma da planta de condicionantes, salvaguardas e restries ao uso dos solos, na escala de 1:25 000, subdividida nas seguintes plantas sectoriais: 1.1Reserva Ecolgica Nacional (IA, IB e IC); 1.2Reserva Agrcola Nacional e permetro de rega do vale do Lis (2A, 2B e 2C); 1.3Servides administrativas e restries de utilidade pblica (3A, 3B e 3C). 2Cartograma da planta de ordenamento, na escala de 1:25 000 (4A, 4B e 4C). 2.1Cartograma de zonamento sntese, na escala de 1:10 000, da cidade de Leiria. 3Anexo I: Imveis a classificar. 4Anexo II: Estacionamento e garagens. 5Anexo III: Cauo.

Artigo 3. Definies

Para efeitos de aplicao do presente Regulamento, so adoptadas as seguintes definies: a) Leito do curso de guaterreno coberto pelas guas, quando no influenciadas por cheias extraordinrias, inundaes ou tempestades. O leito limitado pela linha que corresponder estrema dos terrenos que as guas cobrem em condies normais da poca das chuvas sem transbordar para o solo natural que habitualmente se encontra enxuto; b) Margemfaixa de terreno contgua ou sobranceira linha que limita o leito das guas. A margem das guas navegveis ou flutuveis tem a largura de 30 m. A margem das guas no navegveis nem flutuveis; nomeadamente torrentes, barrancos e crregos de caudal descontnuo, tem a largura de 10 m; c) Zona adjacente margem-rea contgua margem de um curso de gua, que se estende at linha alcanada pela maior cheia com probabilidade de ocorrncia no perodo de um sculo (cheia dos 100 anos); d) Zona da estradaabrange a faixa de rodagem, as bermas e, quando existam, as valetas, passeios, banquetas ou taludes, as pontes e viadutos incorporados na estrada e os terrenos adquiridos para futuro alargamento da faixa de rodagem, bem como parques de estacionamento e miradouros; e) Plataforma da estradaabrange a faixa de rodagem e as bermas; f) Terreno, ou prdio urbanizvela totalidade da propriedade fundiria legalmente constituda, formada por uma ou mais unidades cadastrais, que, para ser utilizada para fins urbanos, dever ser objecto de operao de loteamento e ou aprovao de obras de urbanizao, ou estar integrado em plano de pormenor; g) Loteamentooperao de diviso em lotes de qualquer rea de um ou vrios terrenos destinados, imediata ou subsequentemente, urbanizao e construo; h) Lote urbano, tambm designado por loteterreno constitudo atravs de alvar de loteamento, ou o terreno legalmente constitudo correspondente a uma unidade cadastral formatada para uso urbano, confinante com espao de utilizao publica, em qualquer caso destinado a uma s edificao do uso residencial, industrial, comercial e turstico, incluindo eventualmente anexos exteriores destinados a estacionamento ou abarcamento da prpria edificao. Poder o lote englobar vrios mdulos edificados, no caso de servios pblicos ou equipamentos colectivos; i) Prdio rsticotoda ou todas as unidades cadastrais no includas na definio de lote urbano; j) rea bruta de construo, tambm designada por Ab o somatrio de todas as reas de pavimentos a construir acima e abaixo da cota de soleira. Para efeitos apenas de utilizao dos indicadores urbansticos, so excludos da rea bruta de construo as seguintes superfcies: rea em cave ou sto destinada a arrumos; rea destinada a estacionamentos que seja prevista abaixo da cota de soleira; sto sem p-direito regulamentar para fins habitacionais ou comerciais; terraos; alpendres; varandas, e ainda 10 m2, por piso, quando destinados exclusivamente a instalaes tcnicas do prdio, aos compartimentos de servios comuns e espaos de circulao horizontal e vertical. Esta rea medida pelo extradorso das paredes exteriores; l) Alinhamentoslinha(s) e plano(s) que determina(m) a implantao das edificaes; m) Nmero total de pisos de um edifcionmero de pavimentos do alado de maior altura do edifcio. Para efeitos de aplicao dos valores de nmero mximo de pisos (np) estipulado no artigo 47. do Regulamento, no so contabilizados os pisos, desde que em nmero no superior a trs, que, relativamente ao alado oposto, onde se localiza a entrada principal, estejam totalmente enterrados ou no sejam visveis. Em vias e encostas de inclinao superior a 5 %, admite-se uma tolerncia de visibilidade de 1 m na diferena entre a cota do plano inferior da laje de cobertura do piso enterrado e a cota de soleira do arruamento que serve a entrada principal;

n) Edifcioconstruo que integra, no mnimo, uma unidade de utilizao; o) Valor modalvalor a que corresponde o maior nmero de observaes; p) Obras de urbanizaoobras que abrangem a preparao do terreno por meio de terraplanagens, a execuo de arruamentos, das redes de abastecimento de gua, de energia elctrica e de gs, de telecomunicaes, de saneamento, de iluminao pblica e os arranjos dos espaos exteriores; q) Espao-canal espao que corresponde a corredores e reas de passagem de infra-estruturas, existentes ou previstas, que tm efeito de canal de proteco ou barreira fsica em relao aos usos marginantes, no sentido de garantir a boa execuo, manuteno e funcionamento dessas infra-estruturas; r) Alturas: r1) Altura da fachada (Hf)a dimenso vertical da construo, contada a partir do ponto de cota mdia do terreno marginal (cotas de projecto) at linha de beirado ou platibanda; r2) Altura total (Ht)a altura acima do ponto de cota mdia do terreno marginal, ate ao ponto mais alto da construo, medida no plano vertical mais desfavorvel; s) Superfcies de solo: s1) Superfcie global (Sg)refere-se superfcie total do territrio considerado delimitado pelo seu permetro. Esta superfcie deve ser entendida a nvel da totalidade do permetro urbano do aglomerado. Incide nomeadamente, sobre reas sujeitas a planos de urbanizao, para aglomerados urbanos de dimenso considervel, estendendo-se a indicadores aplicveis totalidade do territrio do municpio; s2) Superfcie bruta (Sb)refere-se superfcie total do territrio ou espao que dispe de unidades funcionais especficas, sujeita a uma interveno. Esta superfcie igual ao somatrio das reas de solos afectos as diversas categorias de uso urbano. Incide, nomeadamente, sobre planos de pormenor ou planos de urbanizao de aglomerados com nmero de fogos no superior a 2000; s3) Superfcie lquida (Sl) a diferena entre a rea da superfcie bruta e as reas de equipamento urbano prevista em plano municipal de ordenamento do territrio (PNIOT). Incide, nomeadamente, sobre loteamentos urbanos. Para efeitos de aplicao dos indicadores urbansticos, detero ser adicionadas superfcie liquida do(s) terreno(s) sujeito(s) a loteamento as reas de equipamento previstas em PMOT que incidam sobre esses terrenos e sejam cedidas gratuitamente; s4) Superfcie, ou rea do lote (Slote)refere-se soma da rea de implantao dos edifcios com a rea dos respectivos logradouros, no caso de estes serem privados, no incluindo, portanto, qualquer rea do espao pblico adjacente. Quando o logradouro das envolventes das habitaes pblico, a rea do lote e coincidente com a rea de implantao; s5) Superfcie total de implantao (Si)projeco horizontal da edificao. delimitada pelo permetro do piso mais saliente daquela. Retirando superfcie total de implantao a superfcie das varandas e das platibandas salientes, resulta a rea de ocupao: t) Densidade habitacional (D) o quociente entre o nmero de unidades de alojamento e uma dada superfcie de solo. A densidade habitacional pode, assim, ser global (Dg), bruta (Db) ou liquida (Dl), consoante se refira, respectivamente, superfcie global, bruta ou liquida; u) ndice de utilizao do terreno, ou indica de utilizao (i) 0 quociente entre a rea bruta de construo para fins urbansticos e a rea de terreno que serve de base operao. O ndice de utilizao pode, assim, ser global (ig), bruto (ib), lquido (il) ou do lote (ilote), consoante se refira, respectivamente, superfcie global, bruta, lquida ou do lote;

v) Percentagem de ocupao do terreno, ou percentagem de ocupao (p) o quociente entre a superfcie de implantao das construes e uma dada superfcie de solo. A percentagem de ocupao pode, assim, ser global (g), bruta (pb), lquida (pl) ou de lote (plote), consoante se refira, respectivamente, superfcie global, bruta, lquida ou de lote; x) Coeficiente volumtrico (v) o quociente entre o volume de construo definido como o volume, exterior dos edifcios, com a excluso das chamins e ornamentas, mas incluindo a cobertura e corpos balanados, tais como varandas, e uma dada superfcie. O coeficiente volumtrico Podes assim, ser global (vg), bruto (vb), lquido vl).ou de Cote (vlote), consoante se refira, respectivamente, superfcie global, bruta, liquida ou de lote. Dever ser progressivamente introduzido em planos de urbanizao e planos de pormenor elaborados aps do PDM. CAPTULO II Do ordenamento SECO I Classificao do uso do solo

Artigo 4. Classes de uso do solo 1Para efeitos do presente Regulamento, so consideradas as seguintes classes de uso do solo, em funo do seu uso dominante, conforme delimitao constante da planta de ordenamento: a) Espaos urbanosso as reas dotadas de infra-estruturas urbansticas e destinadas predominantemente a edificao b) Espaos urbanizveisso aqueles em que se admite a edificao de novas reas urbanas, aps a realizao das respectivas infra-estruturas urbansticas; c) Espaos de equipamentoquando ocupados integralmente por um equipamento ou um conjunto de equipamentos pblicos; d) Espaos verdes de proteco, recreio e lazerso reas verdes afectas ao recreio e lazer da populao e que fazem parte da estrutura verde fundamental do municpio, onde predominam as matas e os conjuntos arbreos, cujas funes so as de proteco do meio fsico e de enquadramento paisagstico; e) Espaos industriaisso espaos destinados a actividades transformadoras e respectivos servios de apoio, possuindo ainda normalmente sistemas prprios de infra-estruturas; f) Espaos para indstrias extractivasso espaos destinados a extraco de materiais inertes, incluindo as reas destinadas a controlar o impacte sobre os espaos envolventes; g) Espaos agrcolasso os que abrangem as reas onde a actividade dominante a agricultura, e ainda os espaos que, pelas suas potencialidades, possam ser explorados agricolamente; h) Espaos florestaisso espaos onde predomina a produo florestal, ou onde esta desejavelmente se dever realizar;

i) Espaos culturais e naturaisso os espaos nos quais se privilegiam a proteco dos recursos culturais ou naturais e a salvaguarda dos valores paisagsticos. So espaos de elevado valor natural e sensibilidade ecolgica, ou que enquadram edifcios ou conjuntos classificados, que devem ser mantidos com as suas actuais caractersticas, e podem enquadrar equipamentos especficos, desde que no ponham em causa aquele uso dominante; j) Espaos-canais e de infra-estruturasso os espaos destinados construo das infra-estruturas urbanas de interesse geral, bem como as de hierarquia superior, neles se contendo ainda as respectivas faixas de proteco. 2A planta de ordenamento define espaos, unidades e categorias correspondentes s diversas classes de uso.

Artigo 5. Unidades operativas de planeamento e gesto Na elaborao de planos de urbanizao e planos de pormenor, os espaos urbanos subdividem-se nas seguintes unidades operativas de planeamento e gesto: a) reas consolidadasso aquelas onde existam infra-estruturas primrias e secundrios, estando definidos os alinhamentos dos planos marginais por edifcios que, na sua maioria, se considerem de manter; b) reas a consolidarso aquelas onde j existe uma grande ocupao de solo, com ou sem infraestruturas, e em que indispensvel a construo de novas infra-estruturas bsicas ou a remodelao das existentes e se admite a reconstruo dos edifcios existentes. 2As unidades operativas de planeamento e gesto podem integrar diversas categorias de uso do solo.

Artigo 6. Categorias de uso do solo Os espaos urbanos ou urbanizveis subdividem-se, quanto ao seu uso dominante, nas seguintes categorias: a) Ncleo histrico da cidade de Leiriao ncleo histrico da cidade de Leiria, cuja rea delimitada na planta de ordenamento e de zonamento sntese, corresponde a uma zona de alto valor histrico, cultural e ambiental, integrando edificaes de especial interesse arquitectnico e urbanstico, pelo que devero ser conservadas, recuperadas e valorizadas as caractersticas gerais das malhas urbanas e as caractersticas arquitectnicas dos edifcios de maior interesse patrimonial; b) reas habitacionais ou residenciaisquando se destinam dominantemente ao uso residencial, incluindo os respectivos equipamentos colectivos de apoio local. Estes espaos subdividem-se ainda, em funo da intensidade do uso admitida, em reas de alta, mdia ou baixa densidade. Nestes espaos ainda admitida a localizao de empreendimentos tursticos, cuja concretizao est sujeita a normas especficas; c) reas industriaisquando se destinam a actividades industriais transformadoras, de armazenagem e oficinas e respectivos servios de apoio; d) reas de equipamentoquando se destinam a equipamentos colectivos;

e) Zonas verdesdestinadas construo de espaos verdes urbanos para recreio e lazer da populao e proteco e enquadramento paisagstico f) reas de tercirioquando se destinam dominantemente construo de reas concentradas de comrcio e servios. SECO II Servides administrativas e outras restries de utilidade pblica ao uso dos solos

Artigo 7. Objectivo e identificao 1As servides administrativas e outras restries de utilidade pblica ao uso dos solos, delimitadas na planta actualizada de condicionantes, regem-se pelo disposto na presente seco e demais legislao aplicvel. Tm como objectivos: a) A preservao do ambiente e do equilbrio ecolgico; b) A preservao da estrutura da produo agrcola e do coberto vegetal; c) A preservao dos cursos de gua e das linhas de drenagem natural; d) A defesa e proteco do patrimnio cultural e ambiental; e) O funcionamento e ampliao das infra-estruturas e equipamentos; f) A execuo das infra-estruturas programadas ou em projecto. 2As servides administrativas e outras restries de utilidade pblica ao uso dos solos identificadas nos domnios do patrimnio natural, cultural e infra-estruturas bsicas so, designadamente, as seguintes: 2.1Leitos e margens e zonas adjacentes dos cursos e planos de gua; 2.2Permetro de rega do vale do Lis; 2.3REN; 2.4Baldios, matas nacionais e outras reas sujeitas ao regime florestal; 2.5PAN; 2.6Monumentos nacionais, imveis de interesse pblico e valores concelhios; 2.7Edifcios pblicos ou de utilizao pblica com zonas de proteco definidas; 2.8Emissrio/colector; 2.9Fossa sptica pblica de uso colectivo; 2.10Estao de tratamento de guas residuais (ETAR);

2.11Adutora/adutora-distribuidora; 2.12Captao de gua e nascentes minero-medicinais; 2.13Reservatrio; 2.14Infra-estruturas elctricas existentes; 2 15Infra-estruturas elctricas a instalar; 2 16Instalaes de recolha e tratamento de lixo e depsitos de sucata; 2 17Rede rodoviria nacional; 2 18Rede rodoviria municipal principal colectora; 2.19Rede rodoviria secundria distribuidora; 2.20Linha ferroviria do oeste; 2.21Base Area n. 5/Aerdromo de Monte Real e Aerdromo de Gandara dos Olivais; 2.22Gasoduto; 2.23Marcos geodsicos; 2.24Sector de comunicaes; 2.25Nlinas, pedreiras e outras reas de explorao de inertes; 2.26Produtos explosivos; 2.27Exploraes pecurias. SUBSECO I Patrimnio natural

Artigo 8. Leitos, margens e zonas adjacentes dos cursos e planos de gua 1As aces que envolvam a utilizao do domnio pblico hdrico esto sujeitas a licenciamento prvio, nos termos da legislao em vigor. 2Nos leitos normais e leitos de cheia, nas margens e numa faixa de 30 m da linha de margem dos cursos de guas navegveis ou flutuveis e ainda numa faixa de 10 m para cada lado da margem dos restantes cursos de gua, interdito: a) Implantar edifcios ou realizar obras susceptveis de constituir obstruo livre passagem das guas;

b) Destruir o revestimento vegetal ou alterar o relevo natural, sem prejuzo das operaes de limpeza promovidas pelas entidades competentes; c) Instalar vazadouros, lixeiras, parques de sucata ou quaisquer outros depsitos de materiais. 3No caso da lagoa de Ervedeira, aplica-se o disposto neste artigo, sendo a faixa de proteco mnima referida no n. 2 de 200 m.

Artigo 9. Permetro de rega do vale do Lis 1A rea abrangida pelo permetro de rega do vale do Lis encontra-se demarcada na planta de ordenamento e de condicionantes e rege-se pelos regimes especficos, consagrados na legislao em vigor. 2Na unidade correspondente ao permetro de rega do vale do Lis proibido: a) Lanar guas residuais, industriais ou de uso domestico, poluentes e no devidamente tratadas; b) Captar ou desviar guas de forma que prejudique o nvel normal das guas no rio, sem prejuzo das operaes promovidas pelas entidades competentes ou devidamente autorizadas; c) Destruir o revestimento vegetal ou alterar o relevo natural, com excepo da prtica de culturas tradicionalmente integradas em exploraes agrcolas e obras de nivelamento de adaptao ao regadio; d) Instalar vazadouros, lixeiras, parques de sucata ou quaisquer outros depsitos de materiais; e) Implantar edifcios ou realizar obras susceptveis de constituir obstculos a livre passagem das guas e a manuteno e conservao das respectivas infra-estruturas. 3 ainda interdito edificar, construir ou reconstruir quaisquer edificaes ou equipamentos. 4Exceptuam-se da interdio referida no nmero anterior, sujeita a parecer favorvel das entidades com tutela, nos termos da legislao em vigor: a) A realizao de obras que, pela sua natureza, visem defender ou valorizar o patrimnio j constitudo; b) A instalao de equipamentos ou estruturas necessrias economia da explorao Agrcola de solos da RAN ou a elas ligadas directamente, tais como servides, caminhos ou estradas rurais, captaes de gua devidamente regulamentadas, estabelecimento de diques parciais ou sebes destinadas correco de leitos temporrios ou encaminhamento de guas; c) A extraco de excedentes de eroso visando a proteco dos solos.

Artigo 10. Reserva Ecolgica Nacional 1 constituda, no municpio de Leiria, pelas reas demarcadas na planta actualizada de condicionantes e como tal identificadas.

2O disposto no nmero anterior no aplicvel: a) rea classificada ao abrigo do Decreto-Lei n. 19/93, de 23 de Janeiro, e respectiva legislao complementar; b) operao relativa a florestao e explorao florestal, quando decorrentes de projectos aprovados ou autorizados pelo Instituto Florestal. 3 permitida a reparao, reconstruo e alterao de edificaes existentes e admite-se uma ampliao ou um anexo que no exceda 50 m2.

Artigo 11. Baldios, matas nacionais e outras reas sujeitas a regime florestal 1So terrenos baldios, sob administrao das juntas de freguesia, os seguintes: a) Parcela de terreno na Mata dos Pinheiros (Decreto-Lei n. 408/74, de 31 de Agosto); b) Parcelas de terreno na Mata do Bailadouro (Decretos-Leis n.s 15/80, de 20 de Maro, 21/80, de 20 de Junho, e 4/81, de 7 de Janeiro); c) Parcela de terreno na Charneca dos Marrazes (Decreto-Lei n. 79/80, de 9 de Setembro); d) Parcela de terreno na Mata do Azabucho (Decreto-Lei n. 4/81, de 7 de Janeiro) e) Parcela de terreno na Mata dos Parceiros (Decreto-Lei n. 85/82, de 6 de Julho). 2Na Mata Nacional do Pedrgo, Mata Nacional do Urso e permetro florestal da Charneca do Nicho, ficam proibidas todas as aces no destinadas proteco e valorizao das matas para o recreio e o lazer das populaes sem a realizao de estudos dendomtricos e de ordenamento florestal. 3Esto igualmente sujeitas a regime florestal as seguintes reas: a) Leitos, taludes dos cursos de gua e barrancos causados pela eroso nas bacias secundrios de (Decreto n. 26 789, de 13 de Julho de 1936): Ribeira dos Milagres; Ribeira do Pinto; Ribeira da Caranguejeira; Ribeira do Ribeirinho; b) Leitos, taludes dos cursos de gua e barrancos causados pela eroso dos seguintes ribeiros, e bem assim uma faixa de terreno com a largura de 10 m para fora da aresta dos mesmos barrancos nos terrenos submetidos a cultura florestal e de 2 m de largura nos terrenos submetidos a cultura agrcola (Decreto n. 35 453, de 16 de Janeiro de 1946): Ribeira da Azenha;

Ribeira da Cabaceira; Ribeira do Titerreiro; Ribeira das Barrocas do Forno; Ribeira do Vale do Forno; Ribeira do Passadourinho; Ribeira do Vale da M; c) Leitos, taludes dos cursos de gua e barrancos causados pela eroso dos seguintes ribeiros, seus afluentes e subafluentes, e bem assim uma faixa de terreno com a largura de 10 m para fora da aresta dos mesmos barrancos nos terrenos submetidos a cultura florestal e de 2 m de largura nos terrenos submetidos a cultura agrcola (Decreto n. 39 652, de 15 de Maio de 1954): Ribeira da gua Formosa; Ribeira da Mata Velha; Ribeira do Porto da M; Ribeira da Bajonca Ribeira da Barroca da Fonte; Ribeira da Margarida; Ribeira das Barreirinhas; Ribeira da Juna; Ribeira da Amieira; Ribeira de So Bento e Carneira; Ribeira da Ceisseira; Ribeira da Moita do Moinho; Ribeira do Vale da Cabrita; Ribeira do Vale da Feiteira; d) Faixas de largura varivel fora das arestas dos barrancos. que fazem parte da ribeira das Figueiras e seus afluentes (despacho de 19 de Agosto de 1934, publicado no Dirio da Repblica. 2. srie, n. 204, de 31 de Agosto de 1934); e) Leitos e taludes dos cursos de gua, e bem assim uma faixa de terreno com a largura de 10 m para fora da aresta dos mesmos barrancos nos terrenos entregues a cultura florestal e de 2 m de largura nos terrenos entregues a cultura Agrcola (despacho de 26 de Abril de 1946, publicado no Dirio da Repblica 2. srie, n. 98, de 29 de Abril de 1946): Ribeiro dos Mrtires;

Ribeiro do Vale Verdeiro; Ribeiro do Vale de gua; Ribeiro do Vale do Covo; Ribeiro da Lagoa; Ribeiro do Vale da Ranha; f) Leitos, taludes e barrancos dos seguintes cursos de gua, e bem assim uma faixa de terreno com a largura de 10 m para fora da aresta dos mesmos barrancos nos terrenos entregues a cultura florestal e de 2 m de largura nos terrenos entregues a cultura agrcola (despacho de 26 de Abril de 1946, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 102, de 4 de Maio de 1946): Ribeiro do Vale de Andru; Ribeiro do Vale Pinheiro; Ribeiro do Monte Agudo; Ribeiro do Bidual; Ribeiro da Barroca; Ribeiro do Vale da Amieira; Ribeiro do Vale das Sobreiras.

Artigo 12. Reserva Agrcola Nacional 1 constituda, no municpio de Leiria, pelas reas demarcadas na planta de condicionantes e como tal identificadas em conformidade com as reas definidas na Carta da Reserva Agrcola Nacional, publicada no Dirio da Repblica, 1.a srie, n. 40, de 17 de Fevereiro de 1993, em anexo Portaria n. 192/93, e resolues posteriores da Comisso Regional da Reserva Agrcola da Beira Litoral. 2Os solos da RAN devem ser exclusivamente afectos agricultura, sendo proibidas todas as aces que diminuam ou destruam as suas potencialidades agrcolas, designadamente as seguintes: a) A construo de obras hidrulicas, de vias de comunicao e acessos e de edifcios, a execuo de aterros e escavaes e a implantao de muros, postes e vedaes com carcter permanente susceptveis de intervir perniciosamente na explorao agrcola dos terrenos da RAN, considerados em conjunto, ou se dificultarem aces de emparcelamento; b) O lanamento ou depsito de resduos radioactivos, resduos slidos urbanos, resduos industriais ou outros produtos que contenham substncias ou microrganismos que possam alterar as caractersticas do solo; c) O despejo de volumes excessivos de lamas, designadamente resultantes da utilizao indiscriminada de processos de tratamento de efluentes;

d) As aces que provoquem eroso e degradao do solo, desprendimento de terras, inundaes, excesso de salinidade e outros efeitos perniciosos; e) A utilizao indevida de tcnicas ou produtos fertilizantes e fitofarmacuticos; f) Modificaes nos perfis pedolgicos. 3Exceptuam-se da interdio referida no nmero anterior, mas esto sujeitas a prvio parecer favorvel da Comisso Regional da Reserva Agrcola as utilizaes no agrcolas de solos integrados na RAN, quando no estejam em causa reas abrangidas pela REN e se trate de: a) Obras com finalidade exclusivamente agrcola, quando integradas e utilizadas em exploraes agrcolas viveis, desde que no existam alternativas de localizao em solos no includos na RAN ou, quando os haja, a sua implantao nestes inviabilize tcnica e economicamente a construo; b) Habitaes para fixao, em regime de residncia habitual, dos agricultores em exploraes agrcolas viveis, desde que no existam alternativas vlidas de localizao em solos no includos na RAN; c) Vias de comunicao, seus acessos e outros empreendimentos ou construes de interesse pblico, desde que no haja alternativa tcnica economicamente aceitvel para o seu traado ou localizao; d) Habitaes para utilizao exclusiva dos seus proprietrias e respectivos agregados familiares, quando se encontrem em situao de extrema necessidade, sem alternativa vivel para a obteno de habitao condigna e da no resultem inconvenientes para os interesses tutelados pelos Decretos-Leis n.s 196/89, de 14 de Junho, e 274/92, de 12 de Dezembro; e) Obras indispensveis de defesa do patrimnio cultural, designadamente de natureza arqueolgica; f) Explorao de minas, pedreiras, barreiras e saibreiras, ficando os responsveis obrigados a executar o plano de recuperao dos solos que seja aprovado; g) Operaes relativas florestao e explorao florestal, quando decorrentes de projectos aprovados e autorizados pelo Instituto Florestal; h) Instalaes para agro-turismo e turismo rural, quando se enquadrem e justifiquem como complemento de actividades exercidas numa explorao agrcola; Campos de golfe declarados de interesse para o turismo pela Direco-Geral de Turismo, desde que no impliquem alteraes irreversveis da topografia do solo e no se inviabilize a sua eventual utilizao agrcola. 4Todas as utilizaes no estritamente agrcolas de solos integrados na RAN que, de acordo com a lei geral, no dependam de licena, concesso, aprovao ou autorizao de entidades pblicas carecem de autorizao da Comisso Regional da Reserva Agrcola. SUBSECO II Patrimnio cultural

Artigo 13. Monumentos nacionais, imveis de interesse pblico e valores concelhios 1Todos os imveis classificados dispem genericamente de uma zona de proteco de 50 m, contados a partir dos limites exteriores dos imveis, sem prejuzo de disporem de uma zona especial de proteco.

2O licenciamento de quaisquer obras de alterao ou conservao em imveis classificados, ou em fase de instruo do processo de classificao, dever ser precedido da aprovao do respectivo projecto pelo Instituto Portugus do Patrimnio Arquitectnico e Arqueolgico (IPPAR). 3Nas zonas de proteco no permitido executar quaisquer obras de demolio, instalao, construo ou reconstruo em edifcios ou terrenos sem o parecer favorvel do IPPAR. Igual autorizao necessria para a criao ou transformao de zonas verdes ou para qualquer movimento de terras. 4Os pedidos de licenas de obras em edifcios classificados, ou em fase de instruo do processo de classificao, e respectiva rea de proteco tm de ser elaborados e subscritos por arquitectos, nos termos da legislao. 5Imveis classificados e suas zonas de proteco (ZP): a) Monumentos nacionais: Castelo e Igreja de S. Pedro, em Leiria (Decreto de 16 de Junho de 1910, Dirio do Governo, n. 136, de 23 de Junho de 1910); Zona especial de proteco publicada no Dirio do Governo, n. 134, de 8 de Junho de 1967; b) Imveis de interesse pblico: Capela de Nossa Senhora da Encarnao (Decreto n. 28/82, de 26 de Fevereiro, Dirio da Repblica, n. 47, de 26 de Fevereiro de 1982); Convento de Santo Agostinho e antigo seminrio em Leiria (Decreto n. 28/82, de 26 de Fevereiro, Dirio da Repblica, n. 47, de 26 de Fevereiro de 1982); Convento Santo Antnio dos Capuchos, em Leiria (Decreto n. 28/82, de 26 de Fevereiro, Dirio da Repblica, n. 47, de 26 de Fevereiro de 1982); Zona especial de proteco publicada no Dirio da Repblica, 1. srie-B, n. 121, de 25 de Maio de 1994; Igreja e Convento de S. Francisco (runas), em Leiria (Decreto n. 29/84, de 25 de Junho, Dirio da Repblica, n. 145, de 26 de Maio de 1984) Colgio de Correia Mateus, em Leiria (Decreto n. 28/82, de 26 de Fevereiro, Dirio da Repblica, n. 47, de 26 de Fevereiro de 1982); Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Luz, em Maceira (Decreto n. 29/84, de 25 de Junho, Dirio da Repblica, n. 145, de 26 de Maio de 1984); Pelourinho de Monte Real (Decreto n. 23 122, Dirio do Governo, n. 231, de 11 de Outubro de 1933); Igreja de Santa Eufmia, em Santa Eufmia, Dirio da Repblica, 2. srie, n. 368/68, de 14 de Novembro de 1968); Edifcio do antigo mercado [desp. sec. of. IPPC n. 4223, de 17 de Maro de 1983 (a aguardar publicao)]; Moinho do Alto da Pedra, lugar do Alto do Celeiro da Pedra, freguesia de Carvide [desp. sec. of. IPPC n. 8601, de 11 de Junho de 1986 (a aguardar publicao)]; c) Valores concelhios:

Casa da Cmara de Monte Real (Decreto n. 29/84, de 25 de Junho, Dirio da Repblica, n. 145, de 26 de Maio de 1984). 6Imveis a classificar.O Plano prope que sejam classificados, ou reclassificados, um conjunto de imveis, para alm daqueles que se encontrem eventualmente em processo de classificao por parte do IPPAR, e que se descriminam no anexo I.

Artigo 14. Edifcios pblicos ou de utilizao pblica 1Todos os edifcios pblicos podero dispor de uma zona de proteco, definida caso a caso, sempre que a entidade que tiver a seu cargo a construo e gesto desses edifcios o solicitar. 2Nas zonas de proteco de edifcios pblicos, o licenciamento de quaisquer obras de construo, reconstruo ou ampliao de edifcios particulares ficar sujeito a prvia aprovao das entidades com jurisdio sobre a zona. 3Nas zonas de proteco de edifcios pblicos, os projectos de novas edificaes devero ser elaborados e subscritos por arquitectos, nos termos da legislao. 4Edifcios pblicos com zonas de proteco: Caixa Geral de Depsitos e CCT, em Leiria (Dirio do Governo, 2. srie, de 1 de Maro de 1944, nos termos do disposto na portaria de 14 de Fevereiro de 1944); Tribunal Judicial, em Leiria (Decreto do Governo n. 30/64, nos termos do disposto no Dirio do Governo, n. 84 998, de 11 de Outubro de 1945); Estabelecimento Prisional Regional de Leiria (Dirio do Governo, 2. srie, de 26 de Agosto de 1968, nos termos do disposto no Decreto do Governo n. 31 190, de 25 de Maro de 1941, e no Decreto-Lei n. 265/71, de 18 de Junho); Estabelecimento Prisional de Leiria (Dirio do Governo, 2. srie, de 26 de Agosto de 1968, nos termos do disposto no Decreto do Governo n. 31 190, de 25 de Maro de 1941, e no Decreto-Lei n. 265/71, de 18 de Junho); Escola Secundria de Domingues Sequeira, em Leiria (Dirio do Governo, 2. srie, n. 279, de 11 de Outubro de 1945); Escola Secundria de Francisco Rodrigues Lobo (Dirio do Governo, 2. srie, n. 25, de 30 de Janeiro de 1963). 5Edificaes e instalaes de utilizao pblica: a) Escolas; Escola C+S da Caranguejeira Escola C+S de Carreira; Colgio da Cruz de Areia;

Colgio de Nossa Senhora de Ftima; Escola C+S do Dr. Correia Mateus; Escola Secundria de Francisco Rodrigues Lobo (tem zona de proteco); Escola Secundria de Domingos Sequeira (tem zona de proteco) Escola C+S de D. Dinis; Escola C+S de Maceira; Escola C+S de Marrazes; Escola Secundria de Afonso Lopes Vieira; Nova escola de enfermagem (actualmente em construo); Instituto Superior de Lnguas Aplicadas; Escola Superior de Educao de Leiria; b) Equipamentos de sade: Hospital Distrital de Leiria (D. Manuel de Aguiar); Novo hospital distrital de Leiria (actualmente em construo); Centro de Sade do Prof. Dr. Arnaldo Sampaio; Centro de Sade do Dr. Gorjo Henriques; Casa de Sade de Leiria; Centro de Sade Mental de Leiria; Administrao Regional de Leiria; c) Segurana pblica: Comando Distrital da Polcia de Segurana Pblica de Leiria; Esquadra da PSP de Monte Real; Esquadra da Guarda Nacional Republicana de Leiria; Policia Judiciria de Leiria; d) Defesa nacional e administrao judicial: Carreira de Tiro de Leiria (servido militar definida pelo Decreto n. 48 264, de 6 de Maro de 1968); RAL (Quartel da Cruz de Areia), em Leiria (servido militar definida pelo Decreto n. 47 491, de 10 de Janeiro de 1967);

Estabelecimento Prisional de Leiria, antiga Priso-Escola de Leiria (servido definida pelo Decreto n. 31 190, de 25 de Maro de 1941, e peio Decreto-Lei n. 265/71, de 18 de Junho) Estabelecimento Prisional Regional de Leiria, antiga Cadeia Comarc de Leiria (zona de proteco publicada no Dirio de Governo, 2. srie, n. 30, de 26 de Agosto de 1968, nos termos do disposto no Decreto-Lei n. 31 190, de 25 de Maro de 1941, e no Decreto-Lei n. 265/71, de 18 de Junho); e) Outros: Tribunal do Trabalho e Tribunal de Instruo Criminal; Cmara Municipal de Leiria; Bombeiros Municipais de Leiria; Bombeiros Voluntrios de Marrazes; Bombeiros Voluntrios de Maceira; Centro Regional de Segurana Social; Governo Civil de Leiria Complexo Desportivo de Leiria. 6Dispem ainda de zona de proteco non aedificandi os restantes equipamentos escorares. Esta zona de proteco non aedificandi tem um mnimo de 12 m ou uma vez e meia a altura do edifcio; diz respeito aos afastamentos mnimos que qualquer construo deve manter relativamente aos recintos onde se inserem os edifcios e instruda automaticamente com a aprovao da sua localizao. SUBSECO III Infra estruturas bsicas

Artigo 15. Emissrio/colector sob gesto pblica 1 interdita a execuo de edificaes numa faixa de 5 m de largura medida para cada um dos lados dos emissrios/colectores sob gesto pblica salvo em casos devidamente justificados. 2 interdita, fora das zonas residenciais, a plantao de rvores numa faixa de 10 m medida para cada um dos lados dos emissrios/colectores. Nas zonas residenciais a faixa de respeito dever ser analisado caso a caso, mediante projecto de arranjos exteriores, no devendo ser inferior a 1,5 m.

Artigo 16. Fossa sptica pblica de uso colectivo

interdita a execuo de construes num raio de 50 m de qualquer fossa sptica pblica de uso colectivo, salvo em casos devidamente justificados. A faixa de respeito assim obtida dever ser constituda por terrenos de propriedade pblica ou que venham posse da Administrao Pblica.

Artigo 17. Estao de tratamento de guas residuais (ETAR) 1 interdita a execuo de edificaes na rea correspondente a um crculo de 200 m centrado nas ETAR existentes ou a construir no perodo urbano da cidade de Leiria. 2 interdita a execuo de edificaes na rea correspondente a um circulo de 150 m centrado nas ETAR existentes ou a construir fora do permetro urbano da cidade de Leiria. 3As faixas de respeito obtidas nos termos deste artigo podero constituir direito de indemnizao dos respectivos proprietrias nos termos do Cdigo das Expropriaes, se dai resultar diminuio do seu rendimento.

Artigo 18. Adutora/adutora-ditribuidora sob gesto pblica 1 interdita a execuo de edificaes numa faixa de 5 m de largura medida para cada um dos lados das adutoras/adutoras- distribuidoras sob gesto publica, salvo em casos devidamente justificados. A faixa de respeito assim obtida dever ser constituda por terrenos de propriedade pblica ou que venham posse da Administrao Pblica. 2 interdita, fora das zonas residenciais, a plantao de rvores numa faixa de 10 m medida para cada um dos lados das adutoras/adutoras-distribuidoras sob gesto pblica. Nas zonas residenciais a faixa de respeito dever ser analisada caso a caso, mediante projecto de arranjos exteriores, no devendo, contudo, ser inferior a 1.5 m.

Artigo 19. Captao de gua e nascentes minero-medicinais 1O estabelecimento de faixas de proteco ter de ser antecedido de estudos hidrogeolgicos com vista respectiva definio. 2 interdita a execuo de edificaes numa faixa de respeito de 50 m definida a partir dos limites exteriores da estao de tratamento de guas de So Romo (ETA de Leiria). Esta faixa estendida nunca para menos de 400 m contada para montante de qualquer captao em linha de gua, sendo a sua largura mnima de 50 m. 3Para os furos de captao, enquanto no forem executados estudos hidrogeolgicos, ser adoptado o estabelecimento de faixas de proteco de acordo com o estipulado na norma portuguesa n. 836. 4E interdita a construo de rgos complementares de fossas spticas e ou outros focos de contaminao bacteriana ou outra numa faixa de 200 m de largura a volta dos furos de captao de gua, A faixa de

respeito assim obtida dever ser constituda por terrenos de propriedade publica ou que venham posse da Administrao Pblica. 5Interdito o despejo de lixo ou a descarga de entulho nas faixas referidas nos n.s 2 e 3. 6As reas de proteco das nascentes minero-medicinais s quais se aplicam as disposies constantes neste artigo so as definidas na planta de condicionantes. A rea de servido da nascente das Termas de Monte Real definio por uma figura com 50 m de largura e 400 m de comprimento a contar da nascente e para montante. 7A rea de proteco das restantes nascentes minero-medicinais (Quinta de So Venancio, Fonte Quente, Casal dos Claros, gua Formosa, Assenha-Souto da Carpalhosa) definida por uma figura de 50 m de largura de 200 m de comprimento contada a partir da nascente e para montante desta.

Artigo 20. Reservatrios de gua 1 interdita a execuo de edificaes numa faixa de 5 m de largura definida a partir dos limites exteriores do terreno afecto a reservatrios e a plantao de rvores numa faixa de 15 m definida do mesmo modo. A faixa de respeito assim obtida dever ser constituda por terrenos de propriedade publica ou que venham posse da Administrao Pblica. 2 interdito o despejo de lixo ou a descarga de entulho na faixa definida no nmero anterior.

Artigo 21. Infra-estruturas elctricas existentes 1Os loteamentos habitacionais e industriais devero prever corredores para as linhas de alta tenso existentes. 2Na construo dos edifcios, vias de comunicao e outras infra-estruturas, devero ser observadas as distancias de segurana previstas no Decreto Regulamentar n. 1/92, de 18 de Fevereiro.

Artigo 22. Infra-estruturas elctricas a instalar 1Os novos loteamentos habitacionais e industriais, ou a ampliao dos existentes, devero prever corredores para as linhas de alta tenso existentes ou que venham a ser construdas para a alimentao dos postos de transformao previstos no respectivo projecto de infra-estruturas elctricas. 2A edificao e a construo de vias de comunicao sob linhas elctricas de alta tenso devero obedecer ao estipulado nos artigos 29., 91. e 92. do Decreto Regulamentar n. 1/92, de 18 de Fevereiro. 3Sempre que a entidade distribuidora de energia elctrica necessite de estabelecer linhas areas de alta tenso para alimentao de aglomerados urbanos ou industriais, nomeadamente os previstos no presente

PDM, esta negociar com a Cmara Municipal formas de garantir a devida proteco, com estabelecimento do respectivo corredor de acesso. 4Aps a definio das potncias a utilizar em cada uma das zonas industriais previstas, a entidade distribuidora de energia elctrica analisar a necessidade ou no de construo de uma subestao de alta tenso/mdia tenso (AT/MT), negociando com a entidade promotora do loteamento e ou Cmara Municipal a cedncia de terreno para a instalao da mesma. 5Na cidade de Leiria e nos aglomerados urbanos de grande dimenso, as infra-estruturas elctricas a montar devero, em principio, ser subterrneas.

Artigo 23. Instalaes de recolha e tratamento de lixos e depsitos de sucata 1 interdita a execuo de edificaes a menos de 200 m dos limites das instalaes municipais de recolha e tratamento de lixos. 2A instalao de depsitos de sucata para alm das localizaes definidas na planta de ordenamento dever obedecer ao disposto nos artigos 2. e 3. do Decreto-Lei n. 117/94, de 3 de Maio. 3Todas estas instalaes devem ser objecto de tratamento paisagstico das suas margens, nomeadamente das suas vedaes. 4A localizao de actividades de recolha e tratamento de lixos e depositas de sucata nas reas especificas dever ser objecto de estudo de integrao paisagstica.

Artigo 24. Rede rodoviria nacional 1A rede rodoviria nacional constituda, no concelho de Leiria, pelo itinerrio principal IPI pelos itinerrios complementares ICI, IC2 e IC9 e pelas outras estradas da rede complementar (OE) e por todas as estradas que, no constando do plano rodovirio em vigor, tenham sido classificadas como estradas nacionais em anteriores planos rodovirias. 2 interdita a edificao: a) Quanto aos IP, IC e OE: al) Numa faixa de 200 m para cada lado do eixo da estrada, bem como o terreno situado num circulo de 1,300 m de dimetro centrado em cada n de ligao. A servido manter-se- at publicao, nos termos do Cdigo das Expropriaes, do acto declarativo de utilidade pblica dos terrenos e da respectiva planta parcelar, a menos do disposto no artigo 4. do DecretoLei n. 13/94, de 15 de Janeiro; a2) Aps a publicao da planta parcelar, para o caso dos novos IP, IC e OE, bem como para os j existentes: Para os IP50 m para cada lado do eixo da estrada e nunca menos de 20 m da zona da estrada;

Para os IC35 m para cada lado do eixo da estrada e nunca menos de 15 m da zona da estrada; Para os OE20 m para cada lado do eixo da estrada e nunca menos de 5 m da zona da estrada; a3) No caso dos ramos dos ns de ligao, ramais de acesso, cruzamentos e entroncamentos das estradas nacionais entre si ou com estradas no nacionais, a distancia a considerar na determinao dos terrenos onde no possvel construir ser a distncia correspondente categoria da estrada nacional onde nasce o ramo ou ramal; a4) A marcao da distancia a que se refere o nmero anterior prolongar-se-, com valor constante, at ao perfil transversal do ponto de tangncia do ramo ou ramal com a via secundria, no se considerando, em consequncia, zona de transio entre as faixas de servido non referentes a cada uma das estradas ligadas pelo ramo ou ramal; b) Quanto s estradas que, no constando do plano rodovirio nacional em vigor, tenham sido classificadas como estradas nacionais em anteriores planos rodovirias: bl) Quanto a edifcios a menos de 15 m, 12 m e 10 m do limite da plataforma da estrada, consoante esta for, respectivamente, de 1., de 2. ou de 3. classes, ou dentro de zona de visibilidade; b2) Quanto a instalaes de carcter industrial, nomeadamente fbricas, garagens, armazns, restaurantes hotis ou congneres, e, bem assim, igrejas, recintos de espectculos, matadouros e quartis de bombeiros, a menos de 50 m do limite de plataforma da estrada, ou dentro das zonas de visibilidade 3Mediante prvio parecer favorvel da Junta Autnoma de Estradas (JAE), podero ser autorizadas excepes ao disposto no nmero anterior, mas apenas para as estradas que, no constando do plano rodovirio nacional em vigor, tenham sido classificadas como estradas nacionais em anteriores planos rodovirias, nos casos seguintes: a) Edificaes a efectuar dentro das reas residenciais em espaos urbanos ou urbanizveis, desde que previstos em planos municipais de ordenamento do territrio plenamente eficazes; b) Estabelecimento de sebes vivas, desde que sejam mantidas aparadas com altura mxima de 0,90 m a distncia no interior a 0,50 m da zona da estrada e a construo ou estabelecimento, a titulo precrio, de vedaes de fcil remoo, em rede ou fio de arame liso, as quais podero ser implantadas no limite da zona da estrada e dispondo de soco de alvenaria ou beto com altura no superior a 0,30 m acima do terreno natural, sempre que no resulte qualquer inconveniente para a estrada e com altura no superior a 1,40 m acima do terreno natural; c) Obras de ampliao ou modificao de edifcios j existentes com o objectivo de os dotar com anexos, tais como instalaes sanitrias e garagens (no caso de no constiturem perigo ou reduo de segurana e eficcia da estrada). As obras s podem ser autorizadas quando no prejudiquem a visibilidade da estrada, quando no se trate de obras de reconstruo geral, quando no impliquem o aumento de extenso, ao longo da estrada, dos edifcios existentes, salvo se o aumento, a autorizar por uma s2) vez, no exceder 6 m, e quando os proprietrios se obriguem a no exigir indemnizao, no caso de futura expropriao, pelo aumento de valor que dessas obras resultar para a parte do prdio ou vedao porventura abrangidas. 4Ficam condicionadas, mas apenas para as estradas que, no constando do plano rodovirio nacional em vigor, tenham sido classificadas como estradas nacionais em anteriores planos rodovirias, observao de distncias mnimas; a) As vedaes de alvenaria, beto ou materiais semelhantes e muros que sirvam de suporte ou revestimento de terrenos sobranceiros nas zonas de visibilidade ou a menos de 6,0 m, 5,0 m e 4,0 m do limite da

plataforma da estrada, consoante esta for, respectivamente de 1. e de 2. ou 3. classes, e nunca a menos de 1 m da zona de estrada, quando se trate de taludes de aterro, e de 2 m, no caso de taludes de trincheira. A altura das vedaes no poder exceder 0,90 m do terreno natural, podendo ser encimada por rede ou grade de ferro com mais de 0,50 m de altura em terreno de nvel ou inferiores plataforma da estrada. Est sujeito a aprovao e licenciamento da JAE o estabelecimento de vedaes de carcter no removvel, desde os limites fixados neste ponto at mais 5 m para dentro da propriedade a que respeitam; b) As construes simples, especialmente de interesse agrcola, tais como tanques, eiras, pergulas, ramadas ou parreiras, bardos e outros congneres, nas zonas de visibilidade ou a menos das distncias do limite da plataforma da estrada indicadas na alnea anterior; c) Os depsitos de materiais para venda, nomeadamente estncias e depsitos de madeira50 m ou 30 m do limite da plataforma da estrada, consoante se trate, respectivamente de estradas internacionais ou no ou dentro da zona de visibilidade; d) As feiras e os mercados200 m do limite da zona da estrada; e) Exposio ou depsito de artigos, objectos e produtos regionais ou agrcolas para venda100 m do limite da zona da estrada; f) Depsitos de lixo ou lanamento de guas em valas ou outras condutas100 m do limite da zona da estrada. 5Ligaes e acessos. a) proibido o estabelecimento de acessos directos aos IP e IC por parte de propriedades pblicas ou privadas e de vias municipais no classificadas. b) No so igualmente permitidos os acessos directos de propriedades pblicas ou privadas e de vias municipais no classificadas aos novos traados das OE, para alm dos estritamente necessrios e previstos nos respectivos projectos de execuo. c) Nas estradas que, no constando do plano rodovirio nacional em vigor, tenham sido classificadas como estradas nacionais em anteriores planos rodovirias, podero ser autorizadas ligaes quando satisfaam as seguintes condies: c1) No podero situar-se nas curvas sem visibilidade; c2) No podero ser autorizadas a distancias inferiores a 100 m dos cruzamentos ou dos trainis rectos que antecedem as lombas; c3) As curvas de concordncia entre os eixos das estradas nacionais, entre si ou com estradas municipais, caminhos pblicos ou particulares, devero respeitar as normas referidas no n. 2 do artigo 7. do DecretoLei n. 13/71, de 23 de Janeiro. d) Os acessos s estradas nacionais devem ser pavimentados e mantidos em bom estado de conservao a partir da faixa de rodagem com calada, pavimento betuminoso ou outro equivalente. e) Os acessos a fbricas e a oficinas s podero ser autorizados desde que as instalaes reunam cumulativamente as seguintes condies: el) Possuam uma zona de espera, de modo que a entrada e sada de veculos se faa sem prejuzo para o trnsito;

e2) As portas e portes de acesso s instalaes se situem na retaguarda do edifcio em relao a estrada; e3) Possuam outros acessos alm da estrada nacional; e4) Disponham de parques de estacionamento prprios. f) Os acessos a garagens e matadouros s podero ser autorizados desde que as instalaes obedeam aos requisitos estabelecidos nas subalineas el), e2) e e4) da alnea anterior. g) Os acessos a hotis, restaurantes e congneres, igrejas, recintos de espectculos e depsitos de artigos regionais para venda s podero ser autorizados desde que satisfaam os condicionalismos estabelecidos nas subalineas e1) e e4) da alnea e). h) Os acessos a quartis de bombeiros s devem ser permitidos com observncia do preceituado na subalinea el) da alnea e).

Artigo 25. Rede rodoviria municipal principal colectora 1A rede rodoviria municipal principal colectora constituda pelas actualmente designadas EN 109 (dentro da zona urbana), EN 109-9 EN 109-10, EN 113, EN 242, EN 349, EN 349-1 EN 349-2 EN 350, EN 356, EN 356-1, EN 356-2, EN 357 (Olivais-Caranguejeira) e ENI (aos quilmetros 122,100 a 124 e 418), quando vierem a ser recebidas pela Cmara Municipal de Letria, da qual fazem ainda parte as novas vias propostas pelo Plano, respectivamente, via Pedrogo-Coimbro, Monte Redondo, via Monte RedondoBidoeira-Barraco, via Barraco-Membra, variante norte de Letria, variante norte da Maceira e via BarosaAmor-Monte Real-Coimbro. 2 proibido a) Estabelecer, a menos 50 m da zona das estradas municipais, fornos, forjas, fbricas ou outras instalaes que possam causar danos, estorvo ou perigo quer a essas vias quer ao trnsito; b) Estabelecer qualquer nova feira ou mercado em local que, no todo ou em parte, esteja a menos de 30 m da zona das estradas municipais; c) Efectuar qualquer construo nos terrenos margem das vias municipais: c1) Dentro das zonas de servido non aedificandi limitadas de cada lado da estrada por uma linha que diste do seu eixo 8 m; c2) Dentro das zonas de visibilidade do interior das concordncias das ligaes ou cruzamentos ou outras comunicaes rodovirias, conforme so definidas nas alneas a) e b) do artigo 58. da Lei n. 2110, de 19 de Agosto de 1961. 3Podero ser admitidas as seguintes excepes ao disposto no nmero anterior: a) Dentro das zonas non aedificandi; al) permitida a construo de vedaes; a2) So permitidas as construes a efectuar dentro dos espaos urbanos e urbanizveis, definidos em plano municipal de ordenamento do territrio plenamente eficaz;

b) So permitidas as construes simples, especialmente de interesse agrcola, como tanques, poos, minas, eiras, espigueiros, ramadas, alpendres, prgulas, terraos e outras obras congeneres, que podero ser autorizadas, no devendo, porm, os alinhamentos a fixar aproximar-se mais do eixo da via do que as vedaes cujos alinhamentos so estabelecidos no presente Regulamento; c) As construes junto das estradas com condies especiais de traado em encostas de declive superior a 25%; d) Obras de ampliao ou de alterao ou conservao em edifcios e vedaes existentes, situados, no todo ou em parte, nas faixas de proteco, desde que no haja inconveniente para a visibilidade, no se trata de obras de reconstruo geral no se trata de obras que determinem o aumento de extenso, ao longo da estrada, dos edifcios e vedaes existentes, salvo quando esse aumento, a autorizar por uma s vez, no exceder 5 m, e se obriguem os proprietrias a no exigir qualquer indemnizao, no caso de futura expropriao pelo Estado ou pela Cmara Municipal, pelo aumento de valor que dessas obras resultar para a parte do prdio ou vedao abrangidas nas faixas referidas. 4Ficam ainda condicionados construo de estacionamento necessrio e de acessos tecnicamente convenientes a implantao de: a) Fornos, forjas, fabricas e outras instalaes que possam perturbar o funcionamento das vias; b) Feiras ou mercados; c) Instalaes de carcter industrial nomeadamente fbricas, garagens, armazns, restaurantes, hotis e congneres, e ainda igrejas, recintos de espectculos, matadouros e quartis de bombeiros. 5Vedaes.a) Podero autorizar-se vedaes de terrenos abertos, confinantes com as vias municipais, por meio de sebes vivas, muros e grades, a aprovar pela Cmara Municipal, se as vedaes que no sejam vazadas no ultrapassarem 1,20 m acima do nvel da berma, salvo nos casos seguintes: al) Quando os muros sirvam de suporte ou revestimento de terrenos sobranceiros a via, em que a altura do muro pode ir at 0,50 m acima do nvel de tais terrenos a2) Quando se trate da vedao de terrenos de jardim ou logradouros, que poder ter maior altura do que a fixada nesta alnea sem, contudo, exceder, em regra, 2 m acima da berma; a3) Quando se trate de edifcios de interesse arquitectnico ou de grandes instalaes industriais ou agrcolas, bem como de construes hospitalares, de assistncia, militares ou prisionais e de refeitrios, campos de jogos ou outros congneres, casos em que os muros podero atingir 2,50 m; a4) Quando se trate de cemitrios, onde os muros podero exceder a altura fixada nesta alnea, de acordo com as disposies regulamentares especialmente aplicveis. b) Quando a vedao for constituda por sebe viva e se torne aconselhvel para embelezamento das vias, a altura poder ser superior a 1,20 m, desde que no cause prejuzos de qualquer natureza: bl) Os muros de vedao e os taludes de trincheira podero ser encimados por guardas vazadas at s alturas indispensveis para defesa dos produtos das propriedades. A superfcie mnima de vazamento ser de 50 % da superfcie da guarda; b2) No ser permitido o emprego de arame farpado em vedaes a altura inferior a 2 m acima do nvel da berma nem a colocao de fragmentos de vidro nos coroamentos dos muros de vedao; 6A largura mnima da plataforma da estrada de 11 m, no se incluindo nesta largura qualquer espao de estacionamento.

7Serventias.a) A execuo das serventias das propriedades confinantes com as vias municipais ser sempre a ttulo precrio. b) Em todas as serventias, o leito dever ser pavimentado com calada, se outro tipo de pavimentao no for julgado prefervel, a partir da faixa de rodagem.

Artigo 26. Rede rodoviria municipal secundria distribuidora 1A rede rodoviria municipal distribuidora constituda pela totalidade das estradas e caminhos municipais classificados e no classificados, os quais podem ser urbanos ou de ligao rural. 2 proibido: a) Estabelecer, a menos de 50 m e 30 m da zona respectivamente das estradas e caminhos municipais, classificados ou no, fornos, forjas, fbricas ou outras instalaes que possam causar dano, estorvo ou perigo quer a essas vias quer ao trnsito; b) Estabelecer qualquer nova feira ou mercado local que, no todo ou em parte, esteja a menos de 30 m e 20 m da zona respectivamente das estradas e caminhos municipais, classificados ou no; c) Efectuar qualquer construo nos terrenos a margem das vias municipais: c1) Dentro das zonas de servido non aedificandi, limitadas de cada lado da estrada por uma linha que diste do seu eixo 8 m e 6 m, respectivamente para as estradas e caminhos municipais, classificados ou no; c2) Dentro das zonas de visibilidade do interior das concordncias das ligaes ou cruzamentos ou outras comunicaes rodovirias, conforme so definidas nas alneas a) e b) do artigo 58. da Lei n. 2110, de 19 de Agosto de 1961. 3Podero ser admitidas excepes ao disposto no nmero anterior de acordo com as disposies do n. 3 do artigo 25., que tem aqui plena aplicao. 4Ficam ainda condicionados construo de estacionamento necessrio e de acessos tecnicamente convenientes a implantao de: a) Do-se por reproduzidas todas as disposies do n. 4 do artigo 25., que tem aqui plena aplicao. 5Vedaes.a) Dar-se-o por reproduzidas as disposies constantes das alneas a) e b) do n. 5 do artigo 25., que tem aqui plena aplicao. 6A largura mnima da plataforma da estrada de 9 m e 6 m respectivamente para as estradas e caminhos municipais, classificados ou no, no se incluindo nesta largura qualquer espao destinado a estacionamento. Nos espaos e zonas industriais a largura mnima passa para 7,5 m. Quando houver parqueamento longitudinal s vias que servem directamente os espaos e zonas industriais, aquele dever dispor de uma faixa com a largura mnima de 4,5 m. 7Serventias.a) Do-se por reproduzidas todas as disposies do n. 7 do artigo 25., que tm aqui plena aplicao.

Artigo 27. Rede ferroviria 1A rede ferroviria constituda pelo troo da linha do oeste que atravessa o municpio de Leiria. 2So definidas faixas de proteco non aedificandi para a rede de infra-estruturas ferrovirias existente ou prevista. 3Sem prejuzo de faixas de dimenso superior legalmente definidas, aquelas faixas situam-se para um e outro lado da linha, cada uma com 10 m de largura, medidos na horizontal, a partir: a) Da aresta superior do talude de escavao ou da aresta inferior do talude de aterro; b) De uma linha traada a quatro metros da aresta exterior do carril mais prximo, na ausncia dos pontos de referencia indicados na alnea anterior. 4Sem prejuzo de faixas de dimenso superior legalmente definidas, interdita a construo de edifcios destinados a instalaes industriais a distancia inferior a 40 m, medida conforme descrito no nmero anterior.

Artigo 28. Base Area n. 5/Aerdromo de Monte Real e Aerdromo de Gandara dos Olivais 1A execuo de edificaes na zona de proteco Base Area n. 5/Aerdromo de Monte Real fica sujeito a condicionamentos, em conformidade com o Decreto n. 41 793, de 8 de Agosto de 1958. 2Qualquer pedido de viabilidade de construo dentro da zona de proteco da Base Area n. 5 dever ser sujeito a parecer da Fora Area Portuguesa, nos termos do artigo 15. do Decreto-Lei n. 41 793, de 8 de Agosto de 1958. 3A execuo de edificaes na servido ao Aerdromo de Gandara est genericamente sujeita Lei n. 2078, de 11 de Junho de 1955, ao Decreto-Lei n. 181/70, de 28 de Abril, e ao anexo XIV Conveno da Aviao Civil Internacional.

Artigo 29. Gasoduto 1 estabelecido um espao-canal de proteco em relao ao traado proposto para o gasoduto (projecto do gs natural em alta presso), enquanto o mesmo no estiver definido ou no for definida outra servido de passagem ou proteco especfica. 2O espao-canal de proteco ter 100 m de largura total, centrado no alinhamento previsto para o gasoduto, at elaborao do projecto. 3O espao-canal de proteco ter uma largura total de 10 m centrado no alinhamento definido para o gasoduto, na fase da sua execuo e aps a construo do gasoduto.

4 interdita a plantao de rvores ou arbustos, numa faixa de 5 m para cada lado do eixo longitudinal do gasoduto.

Artigo 30. Marcos geodsicos 1 estabelecida uma zona de proteco com o raio mnimo de 15 m em redor dos marcos geodsicos de triangulao cadastral. (Decreto-Lei n. 143/82, de 26 de Abril). 2Dentro da zona de proteco definida no podero ser realizadas plantaes, construes de outras obras ou trabalhos que impeam a visibilidade nas direces constantes das minutas de triangulao. Os projectos de obras ou planos de arborizao no podero ser licenciados sem prvia autorizao do Instituto Geogrfico Cadastral.

Artigo 31. Sector de comunicaes Ficam sujeitas a servido radioelctrico as reas envolventes dos centros radioelctricos e as faixas que unem dois centros, nos termos da legislao aplicvel.

Artigo 32. Minas pedreiras e outras reas de explorao de inertes 1 interdita a edificao (que no seja de apoio actividade ou que no obedea a plano de reconverso/restruturao especifico a definir para a rea) nos terrenos correspondentes s exploraes eventuais das camadas superficiais do subsolo, sejam ou no a cu aberto, e condicionada na rea destinada a controlar o impacte sobre os espaos envolventes (zona de proteco), de acordo com a legislao aplicvel. 2Sem embargo de outra legislao aplicvel e na ausncia de zonas de proteco aprovadas, define-se cautelarmente uma rea de proteco de 50 m e uma rea non aedificandi de 30 m a partir do limite das reas de explorao existentes e devidamente licenciadas. 3Quando a explorao ultrapasse 5 ha e a produo anual for superior a 150 000 t, os processos devero ser instrudos com estudo de impacte ambiental, conforme o expresso no n. 6 do artigo 18. do Decreto-Lei n. 89/90 e no Decreto Regulamentar n. 38/90, de 27 de Novembro. 4Sero objecto de licenciamento, nos termos legais, todas as exploraes mineiras (inertes ou outros, realizadas a cu aberto ou no subsolo) que se encontrem em actividade ou venham a constituir-se, sendo obrigatria a apresentao de planos de lavra e de recuperao paisagstica das reas afectadas pelas exploraes. 5Os proprietrios de reas degradadas por cortes, escavaes, aterros ou depsitos, abandonados ou em laborao e ainda no licenciados data de entrada em vigor deste Regulamento, ficam obrigados a submeter aprovao da Cmara Municipal de Leiria, no prazo de um ano a contar da recepo da

notificao para o efeito, projecto de recuperao paisagstica das reas afectadas incluindo medidas de segurana das mesmas. 6A rea delimitada pela poligonal definida na alnea a) do n. 1. da Portaria n. 448/90, de 16 de Junho, e legislao subsequente, considerada rea de reserva para efeitos de explorao de argilas que apresentem qualidades refractrias de grande interesse para a indstria cermica nacional. 7A rea delimitada pela poligonal definida no artigo 1. do Decreto Regulamentar n. 15/93, de 13 de Maio, localizada na zona da Maceira, ressalvados os direitos adquiridos, fica cativa para efeitos de explorao de margas e calcrios margosos, que constituem matrias-primas indispensveis laborao das indstrias a localizadas (nomeadamente as cimenteiras). 8A zona de areias finas e brancas de Barosa, definida nas plantas de condicionantes e ordenamento, considerada rea de reserva para efeitos de explorao.

Artigo 33. Produtos explosivos De acordo com o Decreto-Lei n. 376/84, de 30 de Novembro (Regulamento sobre o Licenciamento dos Estabelecimentos de Fabrico e de Armazenagem de Produtos Explosivos), e o Decreto-Lei n. 142/79, de 23 de Maio (tabela TV, distncias a edifcios habitacionais), esto definidas zonas de segurana para as seguintes instalaes: a) Paiol permanente de MaceiraProdutos e Aglomerantes para a Construo Civil, L.da, definida no oficio n. 57/0, de 6 de Janeiro de 1982, da Comisso de Explosivos do Estado Maior-General das Foras Armadas; b) Oficina Pirotcnica de Caranguejeiraviva de Jos Pereira da Costa e Filhos, L.da, definida no oficio n. 1320/0 de 4 de Maio de 1986, da Inspeco de Explosivos do Ministrio da Administrao Interna.

Artigo 34. Exploraes pecurias As exploraes pecurias estaro sujeitas s normas tcnicas constantes da publicao Suinicultura e Ambiente. Normas tcnicas. Verso Provisria, da Direco-Geral da Qualidade do Ambiente (DGQA), estando o seu licenciamento sujeito ao Regulamento para Licenciamento de Exploraes de Suinicultura. CAPTULO III Estrutura de ordenamento e planeamento

Artigo 35. Identificao Para efeitos do disposto no presente capitulo, considera-se o territrio municipal dividido em duas reas:

a) Cidade de Leiria; b) rea exterior cidade. SECO I Cidade de Leiria SUBSECO I Disposies gerais

Artigo 36. Definio 1A cidade de Leiria, identificada na planta de ordenamento, e a rea geogrfica para a qual dever ser dirigido preferencialmente o crescimento urbano e onde dever verificar-se a existncia das infra-estruturas urbanas (gua, esgotos, electricidade, gs, telefone, recolha de lixos e espaos livres tratados), acolhendo uma maior dinmica de interveno municipal, privada, cooperativa e mista. 2Nesta rea, caracterizada por uma concentrao de funes urbanas, distinguem-se as vrias unidades operativas de planeamento e gesto definidas no artigo 5., de acordo com as categorias de uso definidas no artigo 6.: a) Ncleo histrico da cidade; b) reas consolidadas; c) reas habitacionais ou residenciais; d) reas industriais; e) reas de equipamento; f) Zonas verdes; g) reas

Artigo 37. Interdies Para a rea definida no artigo anterior interdita: a) A instalao de indstrias das classes A e B fora das reas industriais e de todas as actividades que a Cmara Municipal, ouvidas as juntas de freguesia, Direco Regional de Ambiente e Recursos Naturais e Direco Regional de Sade, considere que tenham efeitos incompatveis com a habitao ou sejam susceptveis de pr em perigo a segurana e sade pblicas;

b) A instalao de parques de sucata, de depsitos de entulho de qualquer tipo, de lixeiras, de nitreiras, de instalaes agro-pecurias, bem como de depsitos de explosivos e de produtos inflamveis por grosso, devendo, quando existentes, ser eliminados desta rea. SUBSECO II Ncleo histrico da cidade de Leiria

Artigo 38. Demolies 1A demolio para substituio de edifcios existentes s dever ser autorizada depois de licenciada a nova construo para o local ou nos seguintes casos: a) Em caso de runa iminente, comprovada por vistoria municipal; b) Edifcios industriais ou armazns abandonados ou obsoletos. 2Constitui excepo as condies expressas no nmero anterior a situao dos edifcios existentes que ponham em risco a segurana de pessoas e bens. 3Caso a construo venha a ruir por incria do proprietrio, caber Cmara Municipal decidir da sua reconstruo integral, de acordo com o valor histrico, qualidade formal e caractersticas do traado preexistente.

Artigo 39. Reconstrues A construo de novos edifcios nos casos referidos no artigo anterior, excepto nos previstos na alnea b) do n. 1, fica sujeita aos seguintes condicionamentos: a) Alinhamentosdevero ser mantidos os alinhamentos que definam as ruas e as praas, salvo se existir qualquer plano ou projecto municipal aprovado que, em situaes particulares, defina novos alinhamentos; b) Altura da fachada principalno devero ultrapassar as do edifcio demolido, excepto quando se verifique a situao prevista no artigo 41. Os edifcios de um piso podero ter aumento da altura da fachada principal, de acordo com o estipulado no artigo 41. Nestas situaes podero, nos termos do artigo 63. do Regulamento Geral das Edificaes Urbanas (RGEU), admitir-se as excepes ali previstas; c) Como regra geral de apreciao, a Cmara Municipal dever ter em conta a adopo nas reconstrues, por parte do projectista, da manuteno do traado anteriormente existente e ou a integrao de forma harmoniosa no conjunto edificado, respeitando a morfologia e volumetria da zona envolvente quanto a acabamentos, volumes salientes, percentagem de vos por metro quadrado de fachada e silhueta.

Artigo 40. Alteraes a ampliaes

1So admitidas as seguintes alteraes e ampliaes dos edifcios existentes, desde que, simultaneamente, sejam efectuadas obras de recuperao e restauro de todo o edifcio, sejam garantidas a sua estabilidade e as condies de segurana de todos os seus elementos e ainda no seja afectada a estabilidade dos edifcios confinantes: a) Reabilitao profunda do edifcio, eventualmente com demolio interior, mas com a conservao da fachada e de elementos estruturais arquitectnicos ou decorativos cujo valor seja reconhecido pela Cmara Municipal; b) A demolio das fachadas posteriores poder ser admitida, mediante vistoria prvia e deliberao municipal, nos seguintes casos: bl) No alinhamento com o plano de tardoz; b2) Degradao acentuada demonstrada por elementos fotogrficos; b3) Desvirtuamento da traa original. 2 permitida a ampliao ou a alterao dos edifcios existentes quando destinados a dot-los de condies mnimas de habitabilidade, sem obrigatoriedade de executar obras de recuperao e restauro do interior de todo o edifcio. 3Quando houver lugar a obras de recuperao e restauro de todo o edifcio, possvel proceder a aumentos de crcea e de profundidade das empenas, desde que sejam respeitadas as condies estipuladas no artigo 41. 4No ncleo histrico permitido o uso habitacional e de funes complementares compatveis, como sejam equipamentos colectivos, actividades comerciais e de servios, turismo, hotelaria e similares. 5Nos planos de pormenor (que devero identificar os edifcios e conjuntos de maior interesse e delimitar em pormenor adequado a rea do ncleo histrico de Leiria), nas urbanizaes e nas edificaes, remodelaes, ampliaes, restauras e demolies a realizar nesta rea, devero seguir-se as seguintes orientaes: a) Dever manter-se, tanto quanto possvel, a topografia natural do terreno; b) Nos planos de pormenor, e exceptuando as obras de reconstituio/reposio, sero mantidos os alinhamentos, as volumetrias e a forma que define a silhueta dos edifcios (com particular ateno s guas de cobertura), bem como as densidades habitacionais de ocupao do solo j existentes; c) No permitida a demolio ou alterao de qualquer elemento ou pormenor notvel; d) Nos restauras devero ser recuperados escrupulosamente os pormenores notveis deteriorados; e) Devero ser evidenciados os conjuntos edificados, as inter-relaes e integraes urbanas (edifcio, rua, praa, pontos de vista, mobilirio urbano e envolvncias) e as dissonncias. 6Constituem elementos obrigatrios dos projectos de remodelao, ampliao, reparao e restauro: a) Levantamento desenhado rigoroso do existente nas escalas de 1:50 ou 1:100; b) Documentao fotogrfico pormenorizada de exteriores e interiores. 7O licenciamento de projectos obedecer s seguintes disposies:

a) Nenhuma demolio, ainda que parcial, ser licenciada pelo municpio sem prvia aprovao de um projecto de substituio, elaborado no respeito pelas regras de rigorosa integrao arquitectnica e paisagstica; b) As reparaes ou adaptaes de edifcios devero manter a tipologia geral, os materiais e os elementos arquitectnicos que os caracterizam; c) No permitida a colocao de portas metlicas ou de tipo industrial d) A caixilharia ser em madeira envernizada ou pintada, ou ainda em materiais termolacados, consoante a zona, e procurando a harmonia e a autenticidade/identidade prprias da zona; e) As portas e janelas devero respeitar as caractersticas das existentes na zona no que se refere ao pormenor, incluindo puxadores e ferragens; f) As coberturas devero manter a telha original na cor natural. Por principio devero ser em telha do tipo romana, ou canudo, podendo, em casos pontuais e desde que os edifcios no sejam classificados, aceitarse a telha cermica vermelha do tipo lusa; g) proibida a reduo das superfcies dos ptios, jardins e outros espaos livres ao nvel trreo de que resulte aumento da densidade de ocupao do solo superior ao permitido localmente; h) As garagens particulares sero autorizadas desde que a sua implantao seja esteticamente admissvel e o acesso automvel no interfira de forma sensvel com arruamentos de pees existentes ou a criar. 8As demolies, reconstrues, alteraes e ampliaes devem depender de parecer favorvel do IPPAR.

Artigo 41. Construes em lotes ou parcelas sem qualquer edificao 1As construes novas devero integrar-se no tecido urbano construdo, mantendo as caractersticas de alinhamento, crcea, volumetria e ocupao do lote tradicionais no ncleo histrico. 2Na construo de um novo edifcio, poder ser autorizado o nivelamento da crcea pelo valor modal das alturas das fachadas da frente edificada do lado do arruamento onde se integra o novo edifcio, no troo de rua compreendido entre duas transversais ou no troo vizinho que apresente caractersticas tipolgicas homogneas e diferenciados relativamente ao conjunto do arruamento. 3A profundidade mxima admissvel para as empenas ser de 15 m, quando no existam edifcios confinantes. Quando existam edifcios confinantes, a profundidade das empenas poder ser igual desses edifcios, desde que fiquem asseguradas as boas condies de exposio, insolao e ventilao dos espaos habitveis. 4Nas praas e largos, a altura mxima da fachada no poder ultrapassar o valor modal da altura dos edifcios que compem a praa. 5Nos gavetos, a altura mxima da fachada admitida na rua principal pode ser prolongada para a rua adjacente segundo a menor das seguintes distancias: a profundidade do edifcio, ou uma vez e meia a largura da rua adjacente, devendo garantir a transio para o valor modal da altura das fachadas dessa rua. A distancia referida anteriormente ser determinada a partir do prolongamento do alinhamento dos edifcios da rua principal.

Artigo 42. Usos 1Qualquer alterao ao uso original do edifcio no dever ser incompatvel com a conservao do carcter e estrutura urbana e ambiental do ncleo histrico. devendo garantir-se acesso independente para cada um dos usos previstos. 2So interditos usos causadores de poluio atmosfrica, visual e sonora ou que provoquem perturbaes na circulao automvel. 3Nos edifcios a manter ou naqueles em que se admite reabilitao profunda, permitida, excepcionalmente, a sua total utilizao para comrcio e servios, desde que: a) O lote no permita a construo de um novo Edifcio ou a reconverso da construo existente de molde a assegurar as condies mnimas; de habitabilidade; b) Seja possvel garantir o adequado acesso de veculos de mercadorias para a realizao das cargas e descargas que os usos propostos venham a originar sem que dai decorram perturbaes ao trfego automvel, mas nunca no caso de arruamentos urbanos com largura inferior a 3 m e que se encontrem, ou venham a ser, vedados ao trnsito; c) A rea bruta de construo seja inferior a 250 m2. 4A utilizao parcial de um novo edifcio, ou daqueles em que se admite reabilitao profunda, para actividades de comercio e servios, para alm do uso residencial, s admissvel nos 1. e 2. pisos e desde que seja possvel garantir acessos independentes no piso trreo para o uso residencial e para outros usos. 5Nos edifcios preexistentes no sujeitos a reabilitao profunda, a alterao do uso habitacional para comrcio e servios s possvel no piso trreo e desde que se garanta entrada independente da do uso residencial. A mudana de uso ficar ainda condicionada possibilidade de integrao arquitectnica da entrada independente, caso esta no exista. 6Em instalaes industriais e armazns abandonados ou obsoletos admitida a mudana para qualquer uso compatvel com a actividade residencial, desde que a manuteno e valorizao de eventuais valores ambientais e de arqueologia industrial seja salvaguardada.

Artigo 43. Demolio de edifcios industriais e armazns No caso de demolio de edifcios industriais e armazns abandonados ou obsoletos, a construo de novos edifcios quando no precedida de plano de pormenor, fica sujeita aos condicionamentos previstos nos artigos 41. e 44.

Artigo 44. Parcelas no infra-estruturadas ou passveis de loteamento

As parcelas cujo novo aproveitamento implique a criao das infra-estruturas urbanas ou tenham rea superior a 0,3 ha ficam sujeitas s regras estabelecidas no n. 3 do artigo 47. do presente capitulo no que respeita s reas urbanizveis de mdia densidade. SUBSECO III Outras reas da cidade de Leiria

Artigo 45. reas consolidadas 1A construo de novos edifcios em lotes j constitudos fica sujeita aos seguintes condicionamentos: a) A altura da fachada ser dada pelo valor mdio das alturas das fachadas da frente edificada do lado do arruamento onde se integra o novo edifcio, no troo de rua compreendido entre duas transversais ou no troo vizinho que apresente caractersticas tipolgicas homogneas, ainda que diferenciados relativamente ao conjunto do arruamento; b) excepo de edifcios isolados, a altura total da fachada do novo edifcio no poder, em qualquer caso, exceder as seguintes alturas e nmero de pisos: bl) reas de alta densidade25,0 m e oito pisos; b2) reas de mdia densidade15,0 m e cinco pisos; b3) reas de baixa densidade9,5 m e trs pisos; c) Nas reas de alta densidade, quando o edifcio confinante tiver nove pisos ou mais sem prejuzo do cumprimento do artigo 59. do RGEU poder autorizar-se uma altura de fachada correspondente do 9. piso do edifcio confinante d) Nos edifcios com trs ou mais pisos acima do solo, a altura contada a partir da cota media do terreno marginal at face inferior da laje do 2. piso acima da cota de soleira no pode ser superior a 4 m. Nos restantes pisos, a altura mnima a fixada no RGEU ou em legislao especifica. Nos casos de ruas com inclinao igual ou superior a 10 %, admite-se a eventual construo de pisos intermdios, desde que o pdireito livre nessa zona no seja inferior aos mnimos regulamentares; e) A profundidade mxima das empenas ser de 15 m, quando no existam edifcios confinantes. Caso existam edifcios confinantes, a profundidade mxima poder ser igual desses edifcios, desde que fiquem asseguradas as boas condies de exposio, insolao e ventilao das reas teis, excepto quando se trate de hotis ou outros equipamentos de interesse pblico, em que ser definida casuisticamente. Neste ltimo caso, quando se trate de edifcios integrados em construo em banda contnua, a profundidade de empena no poder exceder 17 m; f) As caves no contguas com o rs-do-cho do edifcio destinar-se-o a estacionamento, a instalaes tcnicas e a arrecadaes dos alojamentos do prprio edifcio; g) Nas reas sujeitas a inundaes, os projectos que prevejam a construo de caves devero apresentar solues tcnicas que minimizem os efeitos provocados pelas cheias;

h) No so admitidos pisos recuados acima da altura da fachada definida nos termos das alneas a) e b) deste artigo, excepto no caso em que um dos edifcios confinantes tenha uma altura superior a que resulta da aplicao das referidas alneas. 2 admitida a ampliao dos edifcios existentes, sendo a altura das fachadas a que resulte da aplicao das alneas a), b) e c) do nmero anterior. 3Parcelas no infra-estruturadas ou passveis de loteamento cujo novo aproveitamento implique a criao de infra-estruturas urbanas ou que tenham rea superior a 0,3 ha ficam sujeitas s regras estabelecidas no artigo 47. deste captulo, de acordo com a planta de ordenamento anexa a este Regulamento.

Artigo 46. reas a consolidar 1Nas reas a consolidar sero aplicadas as disposies previstas no artigo 47. 2Os ndices de utilizao a aplicar em parcelas a urbanizar e ou edificar pela primeira vez so os ndices ilote e il, consoante se verificarem, respectivamente, as seguintes situaes: a) Nos lotes j constitudos onde a ocupao no implique a alterao do cadastro existente ou, alterando-o, no obrigue criao de infra-estruturas bsicas; b) Nas parcelas ou conjunto de parcelas onde a ocupao implique a alterao de cadastro e a criao de infra-estruturas urbanas bsicas

Artigo 47. reas urbanizveisndices urbansticos 1Os ndices urbansticos a observar nos espaos destinados predominantemente ao uso habitacional so os que constam do quadro seguinte, em funo da respectiva densidade proposta para a rea:

Nota.O valor de referncia para a dimenso mdia por fogo e de 120 m2. 2Os parmetros e indicas urbansticos definidos no nmero anterior aplicam-se exclusivamente s partes utilizveis das superfcies de interveno envolvidas nas respectivas operaes urbansticas, isto , deduzindo da totalidade da superfcie de interveno aquela que e afectada pelos condicionamentos fsicos, paisagsticos e servides legais e administrativas inibidoras de edificao expressos nas plantas anexas ao Regulamento.

3As partes de terrenos abrangidas por condicionamentos fsicos, paisagsticos e servides legais e administrativas inibidoras de edificao sero contabilizadas (considerados como terreno doador), para efeitos de calculo das potencialidades construtivas transmissveis para a parte utilizvel do terreno sobrante (considerado como terreno receptor), apenas no caso de serem cedidas para a Cmara Municipal e de acordo com a seguinte tabela de converso: a) Terreno que inclui apenas RAN e servides legais e administrativas inibidoras de edificao: a1) Se a percentagem de RAN e servides legais e administrativas inibidoras de edificao em relao rea total do terreno for superior a 50 %, o ndice de utilizao aplicvel rea doadora ser o correspondente a 20 % do que se aplicar ao restante terreno; a2) Se a percentagem de RAN e servides legais e administrativas inibidoras de edificao em relao rea total do terreno estiver compreendida entre 20 % o e 50%, o ndice de utilizao aplicvel rea doadora ser o correspondente a 30 % do que se aplicar ao restante terreno; a3) Se a percentagem de RAN e servides legais e administrativas inibidoras de edificao em relao rea total do terreno for inferior a 20 %, o ndice de utilizao aplicvel rea doadora ser o correspondente a 40 % do que se aplicar ao restante terreno; b) Terreno que inclui apenas REN: bl) Se a percentagem de REN em relao rea total do terreno for superior a 50%, o ndice de utilizao aplicvel rea em REN ser o correspondente a 10 % do que se aplicar ao restante terreno; b2) Se a percentagem de REN em relao rea total do terreno estiver compreendida entre 20 % e 5010, o ndice de utilizao aplicvel rea em REN ser o correspondente a 2070 do que se aplicar ao restante terreno; b3) Se a percentagem de REN em relao rea total do terreno for inferior a 20 %, o ndice de utilizao aplicvel rea em REN ser o correspondente a 30 % do que se aplicar ao restante terreno; c) Terreno que inclui REN e RAN: cl) Se a percentagem conjunta de REN e RAN em relao rea total do terreno for superior a 50 %, o ndice de utilizao aplicvel rea em RAN e REN ser o correspondente a 20 % do que se aplicar ao restante terreno; c2) Se a percentagem conjunta de REN e RAN em relao rea total do terreno estiver compreendida entre 20 % e 50 %, o ndice de utilizao aplicvel rea em RAN e REN ser o correspondente a 25 % do que se aplicar ao restante terreno; c3) Se a percentagem conjunta de REN e RAN em relao rea total do terreno for inferior a 20 %, o ndice de utilizao aplicvel rea em RAN e REN ser o correspondente a 35 % do que se aplicar ao restante terreno. 4A rea de construo calculada a partir da tabela de converso correspondente ao terreno doador s pode ser adicionada at ao mximo de 40 % em relao rea de construo calculada exclusivamente com base na superfcie do terreno receptor

Artigo 48 reas urbanizveisPlanos de pormenor

Desde que no se altere a edificabilidade bruta de uma parcela ou conjunto de parcelas, definida em conformidade com os indicas contidos no artigo anterior, a altura da fachada e o nmero de pisos podem ser alterados mediante a elaborao de um plano de pormenor que justifique outras solues urbansticas, de acordo com o artigo 93 deste Regulamento.

Artigo 49. reas industriais 1So reas industriais as destinadas implantao de edifcios e estabelecimentos industriais, incluindose nesta designao as reas destinadas instalao de laboratrios de pesquisa e anlise, armazns, depsitos, silos, oficinas, edifcios de natureza recreativa e social ao servio dos trabalhadores da indstria, escritrios e salas de exposio ligadas actividade de produo, e ainda a edificao de habitao para encarregados e pessoal de vigilncia e manuteno dos complexos industriais. 2Deve existir um afastamento mnimo entre as zonas residenciais e de equipamentos e as zonas industriais de 50 m, a menos que venham a instalar-se indstrias da classe A ou B, situao que obrigar a um afastamento mnimo de 100 m. 3Deve ser prevista em torno das zonas industriais uma cortina arbrea de proteco em que seja dada prioridade manuteno da vegetao original e climace e tenha espessura e altura tais que o impacte visual sobre as zonas residenciais e de equipamentos seja minimizado. 4Para as reas industriais so estabelecidos os seguintes condicionantes, sem prejuzo do j estabelecido no artigo 37.: a) ndice de utilizao mximo lquido0,5; b) Crcea mxima9 m, excepto instalaes tcnicas devidamente justificadas No caso de lotes no decorrentes de alvar de loteamento, a altura mxima de qualquer corpo do edifcio no poder ultrapassar um plano a 45, definido a partir de qualquer dos lados do lote, com o mximo de 9 m; c) Percentagem mxima de solo impermeabilizado80 %; d) O tratamento dos efluentes industriais dever ser realizado em instalao ou estao prpria, antes de lanados na rede pblica ou nas linhas de drenagem natural O efluente tratado deve satisfazer as condies fixadas no Decreto-Lei n 74/90, de 7 de Maro Dever ainda ser dado cumprimento ao Decreto-Lei n. 352/90, de 9 de Novembro (em especial os artigos 22. e 24 ), em termos de efluentes gasosos; e) A rea destinada a habitao para os encarregados e pessoal afecto vigilncia no dever ser superior ao menor dos seguintes valores: 10 % da rea de construo 140 m2; f) Os espaos livres no impermeabilizados, em especial a faixa de proteco entre os edifcios e os limites do lote sero tratados como espaos verdes arborizados, sem prejuzo de se assegurar a possibilidade de acesso circulao de veculos de emergncia e implantao de ETAR, quando necessrio. 5Todos os estabelecimentos industriais a instalar ficam sujeitos s regras disciplinares do exerccio da actividade industrial, tal como se encontram definidas no Decreto-Lei n 109/91 e Decreto Regulamentar n 10/91, ambos de 15 de Maro, com a redaco dada pelo Decreto-Lei n. 282/93 e pelo Decreto Regulamentar n. 25/93, ambos, de 17 de Agosto, com o objectivo da preveno dos riscos e inconvenientes resultantes da laborao dos estabelecimentos industriais, tendo em vista salvaguardar a sade pblica e dos

trabalhadores, a segurana de pessoas e bens, a higiene e segurana dos locais de trabalho, o correcto ordenamento do territrio e a qualidade do ambiente, e precedidos de plano de pormenor, onde devero ser estabelecidas regras de formato, de condies fsicas de dotao de infra-estruturas e condies de qualidade ambiental. 6Os estabelecimentos industriais devem ser providos de sistemas antipoluentes, por forma a dar cumprimento, nomeadamente aos Decretos-Leis n.s 74/90, de 7 de Maro (lei da qualidade da gua), 352/90, de 9 de Novembro (lei do ar), e legislao complementar, 251/87, de 24 de Junho (lei geral sobre o rudo), 292/89, de 2 de Setembro, e legislao complementar, e 488/85, de 21 de Novembro, s portarias n.s 374/87, de 4 de Maro, e 768/88, de 30 de Novembro (resduos), e aos Decretos-Leis n.s 224/87, de 3 de Junho, e 280-A/87, de 17 de Julho (riscos de acidentes graves).

Artigo 50. (Modificado) Indstria em zonas residencial 1Nas reas residenciais permitida a localizao de estabelecimentos industriais apenas das classes C e D, desde que cumpram o disposto nos n.s 5 e 6 do artigo anterior e sejam acompanhados por estudos de integrao urbana (tanto as novas instalaes como a ampliao das existentes). 2Os novos estabelecimentos industriais da classe C e as ampliaes de existentes (em rea, maquinaria e nmero de trabalhadores) em que no haja mudana de classe s podem localizar-se devidamente isolados de prdios de habitao e desde que cumpram as seguintes condicionantes: a) Afastamentos aos limites do loteos definidos a partir de qualquer dos alados do prprio estabelecimento por um plano a 45, com o mnimo de 8 m b) Percentagem mxima de ocupao do solo70 %; c) Garantir, na faixa entre edificaes e o limite do lote, uma cortina verde de isolamento e proteco aos prdios vizinhos em, pelo menos, 50 % da sua largura; d) Garantir que o estabelecimento existente e eventual ampliao no ultrapasse, cumulativamente, o ndice de utilizao do solo de itote = 1,5, a percentagem de ocupao do solo de 80 % e uma altura mxima de 6 m, excluindo instalaes tcnicas inerentes ao funcionamento e devidamente justificadas; e) Laborem em perodo diurno, a menos que as condies de isolamento e o nvel de rudo ou vibrao permitam laborao nocturna. 3Os estabelecimentos industriais actuais da classe D e suas eventuais ampliaes podem localizar-se em prdios com outros usos, desde que as condies de isolamento o tornem compatvel com o uso do prdio em que se encontrem e que dai no decorra alterao da respectiva classe. 4Os estabelecimentos industriais cuja actividade carea de alterao de classe (de D para C ou de C para B), bem como os que j existam data da entrada em vigor do Decreto Regulamentar n. 10/91, de 15 de Maro, e que pretendam legalizar-se ou ampliar-se, s o podero fazer nas seguintes condies: a) Cumprir o disposto nas alneas c) e d) do n. 2; b) Obter parecer favorvel das entidades com tutela no ordenamento e ambiente. 5 -Em istalaes industriais e armazns abandonados ou obsoletos admitida a mudana para qualquer uso compatvel com a actividade residencial, no quadro dos parmetros aplicveis envolvente.

Artigo 51. Zonas verdes 1Zonas verdes so reas ou conjuntos de reas com dimenso suficiente para constiturem uma categoria de uso no sistema urbano, caracterizadas pela elevada expresso do seu coberto vegetal e que contribuem de forma significativa como elementos de recreio e lazer, de proteco e de composio paisagstica para a qualidade do ambiente. 2A distino das zonas verdes ser realizada progressivamente em sede de planos de urbanizao e de planos de pormenor, devendo subdividir-se de acordo com as suas caractersticas especficas, em: a) Zonas verdes de uso pblico, que so reas de estrutura verde urbana especialmente vocacionadas para o recreio e lazer da populao e que podem ser usufrudas por toda a populao; b) Zonas verdes de proteco, de uso pblico ou privado, que so reas da estrutura verde urbana atravs das quais se pretende proteger a estabilidade biofsica, nomeadamente as encostas declivosas, os solos agrcolas e as linhas de gua, e as infra-estruturas, nomeadamente rodovirias. Nestas zonas poder aceitar-se a instalao de edificaes de dois pisos, no mximo, em propriedade de rea no inferior a 2500 m2, devendo sempre ser respeitada a topografia do local e garantir uma taxa de impermeabilizao inferior a 10%. 3Para estas zonas, desde que exteriores RAN e a REN, enquanto no dispuseram de planos de pormenor ou outros estudos especficos, observar-se- um regime transitrio, que antecedera a sua utilizao para o uso pblico e que consiste em no permitir: a) A execuo de quaisquer novas edificaes; b) A destruio de solo vivo e do coberto vegetal; c) Alteraes topografia do terreno; d) O derrube de quaisquer rvores; e) A descarga de entulho e lixos de qualquer tipo. 4Os estudos a elaborar para as zonas verdes podero incluir equipamentos desportivos, comerciais e tursticos de interesse publico, desde