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1 Câmara Municipal da Figueira da Foz - Plano de Urbanização da Figueira da Foz Proposta de Plano Outubro de 2008 Relatório ÍNDICE 1. Preâmbulo ........................................................................................................... 7 2. Antecedentes ....................................................................................................... 8 3. Princípios gerais da proposta de ordenamento da cidade ........................................ 9 4. Enquadramento legal do plano ............................................................................. 16 4.1. Enquadramento no PDM e no POOC Ovar/Marinha Grande ............................ 16 4.2. Relatório Ambiental ..................................................................................... 17 4.3. Mapa do Ruído ........................................................................................... 17 5. Descrição da Proposta de Zonamento da Cidade .................................................. 18 5.1. Classes e Categorias de Espaços ................................................................ 18 5.2. Unidades de zonamento .............................................................................. 22 5.2.1 UZ 1 ..................................................................................................... 22 5.2.2 UZ 2 ..................................................................................................... 23 5.2.3 UZ 3 ..................................................................................................... 23 5.2.4 UZ4 ...................................................................................................... 24 5.2.5 UZ 5 ..................................................................................................... 24 5.2.6 UZ 6 ..................................................................................................... 25 5.2.7 UZ 7 ..................................................................................................... 25 5.2.8 UZ 8 ..................................................................................................... 26 5.2.9 UZ 9 ..................................................................................................... 26 5.2.10 UZ 10 .................................................................................................... 27 5.2.11 UZ 11 .................................................................................................... 28 5.2.12 UZ 12 .................................................................................................... 28 5.2.13 UZ 13 .................................................................................................... 30

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Câmara Municipal da Figueira da Foz - Plano de Urbanização da Figueira da Foz

Proposta de Plano

Outubro de 2008

Relatório

ÍNDICE

1. Preâmbulo ........................................................................................................... 7

2. Antecedentes ....................................................................................................... 8

3. Princípios gerais da proposta de ordenamento da cidade ........................................ 9

4. Enquadramento legal do plano............................................................................. 16

4.1. Enquadramento no PDM e no POOC Ovar/Marinha Grande ............................ 16

4.2. Relatório Ambiental ..................................................................................... 17

4.3. Mapa do Ruído ........................................................................................... 17

5. Descrição da Proposta de Zonamento da Cidade .................................................. 18

5.1. Classes e Categorias de Espaços ................................................................ 18

5.2. Unidades de zonamento .............................................................................. 22

5.2.1 UZ 1 ..................................................................................................... 22

5.2.2 UZ 2 ..................................................................................................... 23

5.2.3 UZ 3 ..................................................................................................... 23

5.2.4 UZ4 ...................................................................................................... 24

5.2.5 UZ 5 ..................................................................................................... 24

5.2.6 UZ 6 ..................................................................................................... 25

5.2.7 UZ 7 ..................................................................................................... 25

5.2.8 UZ 8 ..................................................................................................... 26

5.2.9 UZ 9 ..................................................................................................... 26

5.2.10 UZ 10 .................................................................................................... 27

5.2.11 UZ 11 .................................................................................................... 28

5.2.12 UZ 12 .................................................................................................... 28

5.2.13 UZ 13 .................................................................................................... 30

2

5.2.14 UZ 14 .................................................................................................... 30

5.2.15 UZ 15 .................................................................................................... 30

5.2.16 UZ 16 .................................................................................................... 31

5.2.17 UZ 17 .................................................................................................... 31

5.2.18 UZ 18 .................................................................................................... 32

5.2.19 UZ 19 .................................................................................................... 33

5.2.20 UZ 20 .................................................................................................... 33

5.2.21 UZ 21 .................................................................................................... 34

5.2.22 UZ 22 .................................................................................................... 36

5.2.23 UZ 23 .................................................................................................... 36

5.2.24 UZ 24 .................................................................................................... 36

5.2.25 UZ 25 .................................................................................................... 37

5.2.26 UZ 26 .................................................................................................... 37

5.2.27 UZ 27 .................................................................................................... 38

5.2.28 UZ 28 .................................................................................................... 38

6. Acções Estratégicas de Qualif icação da Cidade .................................................... 39

6.1. Acção Estratégica 1 – Reutilização dos terrenos do terminal de camionagem .. 41

6.2. Acção Estratégica 2 – Construção do novo interface rodo-ferroviário .............. 41

6.3. Acção Estratégica 3 – Reordenamento dos terrenos da REFER / Estação de

Caminho de Ferro ....................................................................................... 42

6.4. Acção Estratégica 4 – Nova Alameda da Estação .......................................... 42

6.4.1 Alameda da Estação ............................................................................... 42

6.4.2 Ligação ao Parque Urbano ...................................................................... 43

6.5. Acção Estratégica 5 – Novo Parque Urbano .................................................. 43

6.5.1 Estudo Preliminar de Ocupação .............................................................. 43

6.5.2 Estudo de Ocupação das Margens .......................................................... 43

6.5.3 Ligação à Alameda da Estação................................................................ 44

6.5.4 Nó do Galo de Ouro/Tavarede ................................................................. 44

6.6. Acção Estratégica 6 – Ligação do IP3 à Via V3 e ao centro da cidade ............ 44

3

6.6.1 Ligação do IP3 à Via V3 (concluída) ......................................................... 44

6.6.2 Ligação da Via V3 à Rua Heróis do Ultramar (rectificação da antiga estrada

da Várzea) ............................................................................................ 44

6.6.3 Ligação da V3 à Av. Dr. Mário Soares (concluída) ..................................... 44

6.6.4 Reordenamento da circulação em Tavarede – Ligação ao nó de Tavarede .. 45

6.7. Acção Estratégica 7 – Requalificação da Marginal Ribeir inha e Atlântica ......... 45

6.7.1 Arranjo do Quebra-mar e do Forte de Santa Catarina ................................ 45

6.7.2 Área de Recreio Náutico e de Lazer do Molhe Norte ................................. 45

6.7.3 Plano de Pormenor do Areal da Praia ...................................................... 46

6.7.4 Requalif icação da Zona Ribeirinha a Montante do Porto Comercial ............ 46

6.7.5 Reabilitação da Marginal Ribeirinha e Atlântica ......................................... 46

6.7.6 Plano de requalif icação da frente construída ............................................ 47

6.7.7 Reordenamento da circulação e do estacionamento ................................. 49

6.8. Acção Estratégica 8 – Plano de Pormenor do Bairro Novo ............................. 49

6.9. Acção Estratégica 9 – Reordenamento da circulação e do estacionamento na

cidade ....................................................................................................... 49

6.10. Acção estratégica 10 – Reordenamento e Estruturação da Zona Oriental

(Salmanha, Fontela e Vila Verde) .................................................................. 50

6.10.1 Melhoria da acessibilidade ...................................................................... 50

6.10.2 Reordenamento da Zona Oriental ............................................................ 51

6.11. Acção Estratégica 10 – Operação integrada de reestruturação da Cova-Gala .. 51

6.11.1 Reconversão da zona central da Cova Gala .............................................. 51

6.11.2 Reconversão da zona litoral .................................................................... 52

6.11.3 Reconversão da zona industrial ............................................................... 52

6.11.4 Nó do Pólo Empresarial .......................................................................... 52

6.11.5 Zona habitacional ................................................................................... 52

7. Infraestruturas Eléctricas e Telecomunicações ...................................................... 53

7.1. Infraestruturas de Média Tensão .................................................................. 53

7.2. Infraestruturas de Baixa Tensão ................................................................... 54

7.3. Infraestruturas de Iluminação Pública ........................................................... 54

4

7.4. Infraestruturas de Telecomunicações ........................................................... 55

7.4.1 Estimativa de Custos ............................................................................. 56

8. Rede Viária, Circulação e Transportes .................................................................. 57

8.1. Acção Estratégica 1 – Reutilização do Terminal de Camionagem .................... 57

8.2. Acção Estratégica 2 – Novo Interface Rodo Ferroviário .................................. 57

8.3. Acção Estratégica 3 – Reordenamento dos terrenos da REFER/Estação de

Caminho de Ferro ....................................................................................... 57

8.4. Acção Estratégica 4 – Nova Alameda da Estação .......................................... 58

8.5. Acção Estratégica 6 – Ligação do IP 3 à Via V3 e ao centro da cidade ........... 58

8.6. Acção Estratégica 9 – Reordenamento da Circulação e do Estacionamento na

cidade ....................................................................................................... 58

8.7. Acção Estratégica 10 – Reordenamento da Zona Oriental (Salmanha, Fontela e

Vila Verde) e construção de novos acessos .................................................. 58

9. Equipamentos Colectivos .................................................................................... 58

9.1. Na freguesia de S. Julião ............................................................................ 59

9.2. Na freguesia de Buarcos: ............................................................................ 59

9.3. Na freguesia de Tavarede: ........................................................................... 59

9.4. Na freguesia de Vila Verde: ......................................................................... 60

9.5. Na freguesia de S. Pedro: ........................................................................... 60

10. Infraestruturas de Águas e Esgotos ...................................................................... 60

10.1. Introdução ................................................................................................. 60

10.2. Caracterização Genérica do Território .......................................................... 60

10.3. Elementos Consultados ............................................................................... 60

10.4. Análise dos Sistemas de Infraestruturas ....................................................... 61

Anexo 1 – Equipamentos Colectivos Existentes .......................................................... 62

Anexo 2 – Regulamento do Plano Director Municipal ................................................... 71

Anexo 3 – Regulamento do Plano de Pormenor do Vale de Sampaio ............................ 72

Anexo 4 – Regulamento do Plano de Pormenor da Área de Desenvolvimento Turístico I –

Zona UZ 2 ............................................................................................... 73

Anexo 5 – Regulamento do Plano de Pormenor do Galante ......................................... 74

5

Anexo 6 – Regulamento do Plano de Pormenor do Bairro Novo ................................... 75

Anexo 7 – Regulamento do Plano de Pormenor do Matadouro ..................................... 76

6

7

Câmara Municipal da Figueira da Foz – Plano de Urbanização da Figueira da Foz

Proposta de Plano - Relatório

Outubro de 2008

1. Preâmbulo

No seguimento da apresentação da proposta de plano à Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR C) e do seu envio às entidades, foi realizada,

em 28 de Julho de 2008, a conferência de serviços. Nesta foram apresentadas algumas

reservas às propostas do plano e algumas sugestões de alteração. Foi ainda referido que

algumas das propostas deveriam ser melhor fundamentadas em sede de relatório.

Foram realizadas reuniões de concertação com a REFER e o IMTT, entidades que tinham

emitido parecer desfavorável, e alterado o plano de forma a responder às questões por

elas levantadas. Foram introduzidas diversas alterações ao plano em resultado dos

pareceres condicionados e sugestões de algumas entidades.

Em relação a algumas das sugestões de alteração, a Câmara Municipal da Figueira da

Foz entendeu manter as suas opções de ordenamento, apesar das reservas então

formuladas.

A justificação das opções tomadas é apresentada em seguida.

1.Espaço Verde no Hospital – Na realidade a área classificada como espaço verde no

perímetro do Hospital é um terreno vazio, não tratado, pelo que não é efectivamente um

espaço verde e, de forma nenhuma, permite o uso público. Deste modo, a mudança de

uso não configura, de facto, uma redução das áreas verdes do plano. A sua

transformação efectiva em espaço verde teria custos que nem o Hospital nem a autarquia

estão dispostos a suportar e a ser efectivada não o transformaria em espaço de uso

público. A manutenção do referido espaço na categoria de espaço de equipamento

permite que, na eventualidade de vir a ser necessária uma utilização para fins

complementares ao serviço do hospital, mesmo sabendo-se que essa necessidade não

existe no momento actual, não seria necessário promover uma alteração ao PU para a

concretizar.

2. Direcção Regional de Cultura do Centro – Utilização da moda ou da média do número

de pisos do troço de rua onde se promove uma construção à parcela como referência

para o número de pisos a autorizar.

Na maior parte dos casos a utilização da moda, ou seja, o valor do número de pisos que

aparece mais vezes no troço em referência é mais restritivo do que o valor da média. Por

exemplo, num troço de rua onde existam 4 edifícios de 4 pisos e um de 12 o valor da

moda é de 4 e o valor da média é de 5,6 pisos o que levaria a construir um edifício de 6

pisos. Se o lote vazio estiver entre dois edifícios de 4 pisos é muito mais correcto que o

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novo edifício a construir tenha 4 pisos. O mesmo sucede se houver 4 edifícios de 4 pisos

e um de 1 piso. Nesse caso a média será de 3,4 pisos, continuando a ser mais

equilibrado construir um edif ício de 4 pisos.

3. Direcção Regional de Economia do Centro – refere-se às actividades económicas a

instalar na antiga área industrial de Cova-Gala. A opção da autarquia foi a de promover a

transformação da zona para usos que incluem habitação, comércio, serviços e

actividades económicas (o que inclui indústr ias) desde que sejam compatíveis com a

habitação. A opção tomada não contempla a instalação de novas indústrias não

compatíveis com o uso habitacional ou a alteração ou transformação das existentes pelo

que, quanto a nós, não existe incongruência entre o relatório e o Regulamento nem

incompatibilidade entre este e a legislação em vigor.

Quanto aos afastamentos dos edifícios industriais aos limites do lote, considera a

autarquia que as excepções referidas pela DREC não são adequadas e que o

regulamento já contempla as excepções que a autarquia considera correctas.

4. Turismo de Portugal – O plano permite, em 5 das 28 unidades de execução, a

construção um máximo de 18 pisos para os hotéis de 4 e 5 estrelas. A construção de um

hotel de 4 ou 5 estrelas com 18 pisos, pelo avultado investimento que representa e pela

especificidade do sector económico em causa, só é acessível a um muito reduzido grupo

de investidores e, pelas suas características, é um produto dirigido a uma clientela de

alto poder económico. Isto significa que os projectos deste tipo são na grande maioria

dos casos entregues a arquitectos de grande prestígio que garantem projectos de

qualidade. Sendo embora, neste momento, reduzida a probabilidade de haver

promotores interessados numa operação daquela envergadura, não quer a autarquia

fechar a porta a essa oportunidade, na medida em que a construção de um edifício deste

tipo pode ser uma mais valia para a cidade.

2. Antecedentes

O Plano de Urbanização da Figueira da Foz foi elaborado no início da década de 90 e

aprovado pela Assembleia Municipal em Dezembro de 1993, tendo sido publicada a sua

ratificação em Maio de 1995. Face à evolução das condições sociais, económicas e ao

desenvolvimento urbanístico verificado, entendeu a Câmara Municipal proceder à sua

revisão.

Este relatório constitui o culminar desse processo que incluiu a apresentação, em

momentos anteriores, dos seguintes documentos:

Rede Viária, Transportes e Acessibilidades – Junho 2000

Relatório de Caracterização – Setembro 2000

Análise do Funcionamento da Cidade e Propostas de Intervenção – Janeiro de 2001

9

Proposta Preliminar do Plano – Maio 2001

Nota: O Relatório do Plano foi concluído em Junho de 2003. Foram entregues novas

versões em 2005 e 2006. A versão que agora se apresenta é uma actualização da versão

de Março de 2006 que traduz no ponto “3. Descrição da Proposta de Zonamento da

Cidade”, as alterações que neste período foram solicitadas pela Câmara Municipal

relativamente à Planta de Zonamento e ao Regulamento. Em 2008 foram introduzidas

novas alterações na sequência dos pareceres da CCDR C. O Relatório reflecte

obviamente o tempo que decorreu entre o momento da elaboração da primeira versão e

o momento actual.

3. Princípios gerais da proposta de ordenamento da cidade

Os relatórios acima indicados abordaram a evolução da cidade nas suas diversas

vertentes desde a aprovação do Plano de Urbanização até aos dias de hoje.

Na década de 90, confirmaram-se algumas das tendências negativas identificadas na

realização do PDM de 1989 e que se traduziram, para a cidade:

• Na perda de posição da Figueira no sector turístico da Região Centro e na perda da

primazia na oferta de alojamento turístico a favor de Coimbra;

• Na fraca dinâmica demográfica, do Concelho e da cidade – em menor grau desta

última – com a tendência para a estabil ização global da população do concelho e da

cidade abaixo dos 65.000 e dos 35.000 habitantes, respectivamente, e para o seu

acelerado envelhecimento.

Simultaneamente, não se verificaram ou verificaram-se muito recentemente algumas das

alterações de carácter estruturante que poderiam melhorar a integração

territorial/regional da cidade e do Concelho da Figueira:

• Face ao atraso das obras para garantir uma melhor acessibilidade marítima, o porto

comercial ainda não se conseguiu afirmar a nível regional, mantendo-se quase

exclusivamente dependente da exportação de pasta de papel produzida no Concelho;

• Só em 2008 foi concretizada a l igação rodoviária de qualidade, no sentido

transversal, à auto-estrada A1 (IC8) e só em Maio de 2008 foi concluída a ligação

regional a Mira/Aveiro para Norte e a Leiria para sul pela A17. Não foi concretizada a

necessária modernização do transporte ferroviário de passageiros em particular na

ligação Figueira-Coimbra;

• Não se concretizaram ainda as hipóteses de instalação, na Figueira da Foz, de alguns

equipamentos públicos e privados de nível supra-municipal e regional, nomeadamente os

equipamentos turísticos previstos para o Norte do Concelho.

10

Mas, por outro lado, assistiu-se à alteração de algumas tendências e ao aparecimento de

novas condições a ter em conta no futuro desenvolvimento do Concelho e, em particular,

da Cidade da Figueira da Foz.

• Em primeiro lugar, a profunda alteração da estrutura da cidade que abre novas

perspectivas de desenvolvimento e qualificação urbana, potenciando capacidades que a

poderão tornar mais atractiva e competitiva;

• Em segundo lugar, a nova orientação dada ao porto comercial e a sua reestruturação

na margem direita que permite modernizar o seu funcionamento, ao mesmo tempo que

se aventou a possibil idade de disponibilização de amplas áreas na margem esquerda

para outros usos não portuários;

• Em terceiro lugar, verifica-se uma nova dinâmica na área industrial, da logística e dos

serviços, que se traduz nomeadamente na revitalização da indústria vidreira na Fontela,

na consolidação e fortalecimento da indústria do papel, e numa signif icativa dinâmica

empresarial no comércio, na construção e nos serviços às empresas.

Em quarto lugar a grande melhoria das acessibilidades rodoviárias, como sejam a norte,

a A14 que l iga com a A1 e ao IP3 no nó de Coimbra – Norte, a recente abertura da via

rápida IC8, l igando o nó de Pombal ao Louriçal e finalmente a abertura da A17 que deste

último nó liga à A8 em Leiria. Esta últ ima via, pela importância que tem na ligação a dois

importantes centros, a norte e a sul, Aveiro e Leir ia e pela possibilidade de se virem a

criar novos pólos de actividade económica junto dos seus nós de acesso no concelho,

pode vir a induzir uma dinâmica de criação de novas actividades no concelho, que

beneficiará significativamente a cidade.

• Finalmente, no âmbito da "Rede Natura 2000", toda a zona litoral Norte do Concelho

foi integrada como área de especial interesse florístico e faunístico o que, se introduziu,

no curto prazo, perturbações no desenvolvimento de projectos turísticos já anunciados e

em vias de instalação, como um PP já aprovado para a Lagoa da Vela, poderá, a

médio/longo prazos, constituir um trunfo na projecção externa do Concelho na área do

turismo de natureza e na qualidade ambiental do Concelho, com evidentes efeitos na

cidade.

• A classificação do Cabo Mondego como Monumento Natural e um adequado

aproveitamento dessa classif icação constitui também um valor para o concelho e para a

cidade.

Já nos últ imos anos verificaram-se algumas alterações a registar, como a construção e

abertura de algumas unidades comerciais de grande dimensão, com alguma componente

cultural, que dinamizam a cidade e, mais importante, a afirmação do Centro de Artes e

Espectáculos da Figueira da Foz como um pólo cultural a nível nacional, colocando a

11

cidade num lugar de destaque na rede de cidades portuguesas, em termos de eventos

de nível internacional.

Estes e outros aspectos, descritos nos relatórios sectoriais, definem um novo quadro de

desenvolvimento que deverá ser tido em conta para a revisão do PDM e que o foi para a

revisão do PU.

No fundamental, deverão ter-se como referência 4 aspectos:

a) A conclusão das infraestruturas rodoviárias fundamentais – IC1, e IC8 – que

proporcionam novas condições de acessibilidade e integração regional, e impõem uma

nova lógica de ordenamento do território concelhio;

b) A perspectiva de uma nova estrutura económica em que:

(i) o sector agrário perde peso relativo e importância económica e social;

(ii) a indústria, a logística e os serviços mantêm alguma dinâmica de renovação,

diversificação e expansão, com tendência para crescer, particularmente no sector da

logística e actividades afins, apoiada na nova acessibilidade, induzida pela nova rede

viária;

(ii i) e onde se pode perspectivar um novo ciclo de desenvolvimento da cultura, do turismo

e do lazer associado ao desenvolvimento do comércio na cidade;

c) A existência de condições para uma nova fase de desenvolvimento da cidade, na sua

nova dimensão, e em particular para a sua reestruturação interna e requalificação urbana

e ambiental, e, consequentemente, para o reforço do seu papel estruturante do território

concelhio e como motor do seu desenvolvimento económico e social;

Nos estudos preliminares do Plano de Urbanização, constatou-se que a Cidade da

Figueira da Foz se encontrava numa fase de profunda modificação da sua estrutura e do

seu funcionamento resultado, em grande medida, da construção da rede viária definida

no PU, que deu à cidade uma nova matriz radio-concêntr ica e uma nova dimensão

urbana.

De facto, em pouco mais de uma década, a organização da cidade, desde há muito

quase exclusivamente centrada na Marginal e no Centro Tradicional, reconfigurou-se com

a nova rede viária estruturante que fez terrenos, até então periféricos, ganhar uma nova

centralidade e tornarem-se atractivos para novos usos.

É hoje evidente que o arco constituído pela RU/V1 reorganizou todo o sector Norte da

cidade e proporcionou condições para a instalação de novas áreas comerciais,

equipamentos e serviços que criaram uma nova polarização na estrutura urbana.

Ao mesmo tempo, a progressiva conclusão da rede viária estruturante bem como a

eliminação de diversos estrangulamentos, vieram alterar as condições de acessibilidade

12

em todo o espaço urbano e criaram novas condições de uso e de valorização de terrenos

intersticiais fazendo surgir uma forte pressão imobiliária sobre os terrenos até então

expectantes.

De facto, as análises realizadas mostram que as transformações urbanísticas

concretizadas, sobretudo através de projectos de loteamento de pequenas parcelas, não

têm contribuindo para a reestruturação e requalificação do tecido urbano por falta de

uma gestão que garanta a articulação e integração dos projectos e das intervenções de

iniciativa privada em soluções urbanísticas coerentes.

Assim, a revisão do Plano de Urbanização que agora se concretiza teve de equacionar

esta dupla situação no desenvolvimento futuro da cidade: por uma lado, a utilização das

oportunidades de estruturação e qualificação numa nova dimensão urbana; por outro

lado, o enquadramento e orientação da pressão imobil iária casuística que deverá ser

integrada num processo global de desenvolvimento urbano.

Neste sentido, nas propostas já apresentadas no âmbito da revisão, destaca-se um

conjunto de intervenções de carácter estratégico que decorrem desta oportunidade de

reestruturação e requalificação urbana e que põem em evidência a importância de

espaços estruturantes como o Parque das Abadias, o novo Parque Urbano, as novas

entradas na cidade e o reordenamento das marginais ribeirinha e marítima.

Subjacente a estas intervenções, o agora possível reordenamento da circulação, do

estacionamento e dos transportes com base nos novos conceitos de mobilidade urbana.

A Nascente, o sector Salmanha-Vila Verde atravessa, também, uma fase de importantes

alterações que exigem a reavaliação do seu papel na estrutura da cidade.

O reordenamento da zona portuária, na margem direita, e a construção de novos acessos

ferroviár ios e rodoviários consolidam as funções de interface de mercadorias desta zona,

com implicações em toda a área adjacente e nas relações com o conjunto da cidade.

Neste contexto, acentuam-se os conflitos entre as actividades logísticas e de transporte

de mercadorias com as ocupações habitacionais existentes e com as pretensões de

urbanização que têm sido apresentadas à Câmara Municipal.

Simultaneamente, assistiu-se à consolidação e expansão da indústria vidreira em Fontela,

o que contribuiu, de cero modo, para o isolamento da área habitacional de Vila Verde e

para o agravamento de situações de incompatibilidade de usos e de conflitos no uso da

rede viária.

Considera-se, assim, que este é um sector urbano crít ico exigindo decisões quanto à sua

"vocação" preferencial, aos critérios de ordenamento e à intervenção de reestruturação e

integração urbana.

13

Neste sentido, as propostas de revisão do Plano de Urbanização centram-se na definição

e desenho da rede viária estruturante (integrando parte do actual IP-3) e na

reclassificação do uso dos solos, diferenciando claramente as áreas de actividades

associadas ao Porto e à logística urbana das áreas habitacionais. Esta reestruturação

teve em conta a decisão de estabelecer um novo traçado para a auto-estrada A17, a

Nascente da Cidade, o que permite alterar o estatuto da actual EN-109 e ponte da

Figueira da Foz sobre o Mondego fundamentalmente para o tráfego urbano e intra-

concelhio.

A eventual reconversão da área do porto abre novas possibilidades de integração urbana

da Cova-Gala, actualmente isolada do centro da cidade, e a longo prazo cria condições

para dar à Figueira da Foz uma nova dimensão urbana, uma nova relação com o Rio e

com o Mar e um novo papel na rede urbana regional e nacional com a possibilidade de

recuperar o estatuto da cidade turística por excelência.

A requalificação de uma área significativa – cerca de 19 ha – no extremo sul da Cova-

Gala, na qual existiram indústrias incompatíveis com a proximidade do tecido urbano,

parte delas abandonadas e outra parte em processo de decadência, muito próximo da

nova área industrial da Cova-Gala, para uma zona residencial, de comércio e serviços

moderna e qualificada, pode contribuir para criar um novo pólo urbano qualificado,

dinamizador de uma área pouco qualificada, mas com boas potencialidades, pela sua

localização e proximidade à praia.

Por estas razões, pelas oportunidades que se apresentam, e pela avaliação feita à

ocupação do solo, a revisão do Plano de Urbanização é orientada para a reestruturação

interna da cidade e para a qualificação do espaço urbano e não para a sua expansão,

acautelando, designadamente, as pressões que se verificam sobre as encostas da Serra

da Boa Viagem.

Posteriormente à entrega da proposta preliminar foi possível obter resultados

preliminares do Censo 2001 que, em termos gerais, vieram confirmar as ideias já

apontadas sobre a evolução demográfica.

A cidade constituída por cinco freguesias – S. Julião, S. Pedro, Buarcos, Tavarede e Vila

Verde – ficando as duas primeiras totalmente dentro dos l imites do perímetro urbano e as

três restantes parcialmente dentro e parcialmente fora.

No entanto, para efeitos desta avaliação, considerou-se como pertencente à cidade a

população total dessas três últimas freguesias, por um lado pela impossibilidade de

proceder à sua divisão e, por outro, porque os quantitativos populacionais fora dos

limites do perímetro são muito reduzidos.

14

Apresentam-se em seguida os resultados do Censo 2001 para as 5 freguesias que

compõem a cidade bem como os correspondentes em 1991.

Freguesia 1991 2001

População Residente

Famílias Alojamentos População Residente

Famílias Alojamentos

Buarcos 8 007 2 743 6 095 8 051 3 051 8 295

São Julião 12 307 4 451 7 528 10 848 4 315 8 453

São Pedro 2 530 833 1 241 2 705 966 1 442

Tavarede 5 562 1 751 2 392 7 722 2 731 3 750

Vila Verde 3 256 1 104 1 256 3 193 1 156 1 480

Total 31 662 10 882 18 512 32 519 12 219 23 420

O quadro seguinte mostra as variações registadas em termos absolutos e percentuais.

Variação 1991-2001

População Residente. Famílias Alojamentos

Buarcos 44 0,5% 308 11,2% 2 200 36,1%

São Julião -1 459 -11,9% -136 -3,1% 925 12,3%

São Pedro 175 6,9% 133 16,0% 201 16,2%

Tavarede 2 160 38,8% 980 56,0% 1 343 56,1%

Vila Verde -63 -1,9% 52 4,7% 224 17,8%

Total 857 2,7% 1 337 12,3% 4 908 26,5%

Os quadros revelam que a cidade teve um aumento muito reduzido da sua população

(857 habitantes ou seja 2,7%) devido quase exclusivamente à freguesia de Tavarede

(acréscimo de 2.160 habitantes - 38,8%), que corresponde à coroa norte da cidade.

O número de famílias teve um acréscimo significativamente superior (1337 e 12,3%) o

que revela uma diminuição sensível da dimensão média da família, facto que é

generalizado não só a todo o concelho, mas a todo o país. Este acréscimo deve-se

também, na sua maior parte, à freguesia de Tavarede que registou um aumento de 980

famílias (56,0%).

Já o número de alojamentos registou um aumento muito superior – mais 4908

alojamentos, o que corresponde a 26,5%.

15

Este valor é ainda inferior ao indicado pela Câmara Municipal, como resultado da análise

das licenças de uti lização, que aponta para 6960 fogos construídos na década.

Estes dados indiciam um acréscimo do número de residências secundárias, situação que

já era perceptível na década anterior e que mantém a tendência de subida.

A comparação entre o número de alojamentos (23 420) e o número de famílias (12 219)

mostra um excedente de 11 201 alojamentos e corresponde a quase 2 alojamentos por

cada família habitante na Figueira da Foz (1,92).

Da avaliação que foi feita e que deu origem aos relatórios e às observações acima

referidos e da análise dos resultados do Censo 2001, decorrem algumas ideias fortes que

enquadram e fundamentam a proposta de ordenamento da cidade:

a) A manterem-se as tendências de evolução demográfica da última década, a

cidade dispõe ainda, dentro do actual perímetro urbano, de áreas de expansão em

quantidade suficiente para um período alargado, que ultrapassa o período de vigência

da revisão em curso, pelo que não se justif ica a delimitação de novas áreas de

expansão;

b) O Plano de Urbanização definiu uma rede viária principal que está praticamente

completa e que estrutura o desenvolvimento futuro da cidade;

c) Mais do que crescer em quantidade, a cidade precisa de se qualif icar;

d) O crescimento urbano, traduzido em termos de construção, não foi acompanhado

pelo crescimento demográfico, sendo o aumento do número de famílias

significativamente inferior ao do número de fogos;

e) A construção da Via RU/V1 originou a implantação na periferia norte da cidade de

quatro grandes e médias superfícies comerciais que influenciam fortemente o

funcionamento da cidade;

f) As zonas de crescimento mais recente da cidade sofrem de alguma

desarticulação na medida em que o seu crescimento foi casuístico, parcela a parcela,

resultando em vazios no território, espaços por preencher e rede viária por concluir.

Pelas razões apontadas atrás, somos de opinião que o plano não necessita de uma

revisão profunda, mas sim de alguns ajustamentos e de intervenções qualificadas.

As acções estratégicas apresentadas no Relatório "Análise do Funcionamento da Cidade

e Propostas de Intervenção" conjugadas com a proposta de zonamento e as alterações

ao regulamento do plano constituem um todo que consideramos importante para a

valorização e qualificação da cidade nesta fase do seu desenvolvimento.

16

É por isso necessário que a autarquia tenha um papel mais interveniente na produção de

solo urbano, seja através da realização de Planos de Pormenor, seja da delimitação e

concretização de Unidades de Execução, seja da realização de Operações de

Reparcelamento – por imposição administrativa, por cooperação ou compensação – mas

sempre acompanhando de perto o processo e definindo as prioridades de forma a

promover o preenchimento dos vazios ao invés de permitir a criação de mais “vazios” na

malha urbana.

4. Enquadramento legal do plano

4.1. Enquadramento no PDM e no POOC Ovar/Marinha Grande

O plano de urbanização da Figueira da Foz foi elaborado de acordo com o estabelecido

no DL 380/00 de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo DL 316/2007 de

19 de Setembro.

O PU enquadra-se no Plano Director Municipal da Figueira da Foz, propondo ligeiras

alterações neste último documento, designadamente ao nível do regulamento e da

delimitação do perímetro urbano.

O perímetro urbano foi redefinido para o compatibilizar com os limites da área urbana

definidos quer no POOC Ovar Marinha Grande, quer no próprio PDM.

Assim o perímetro foi alargado em zonas onde os limites da área urbana do POOC e do

PDM extravasavam o limite do perímetro definido no PU.

Foi ainda corrigido na frente da praia da Figueira da Foz, para torná-lo compatível com o

limite definido no POOC.

Finalmente, foram ainda introduzidas pequenas alterações que se destinaram a integrar

áreas marginais que podem já ser consideradas áreas urbanas consolidadas.

O perímetro urbano foi ainda reduzido em zonas a norte e nascente do aglomerado de

Vila Verde, onde se considerou inconveniente a ocupação urbana, onde não existiam

quaisquer compromissos ou intenções de ocupação edificada e classificadas no anterior

PU como áreas verdes de protecção e enquadramento.

Algumas destas áreas foram reclassificadas como Zonas de Urbanização Programada

Habitacional de média e baixa densidade. Esta reclassif icação permite que, através do

sistema de perequação e compensações, passem para o domínio público municipal áreas

para o uso público de verde de recreio e lazer o que no PU em vigor só poderia

concretizar-se através da aquisição. As zonas de baixa densidade, dado o muito baixo

grau de ocupação edificada, permitem manter uma significativa percentagem de áreas

verdes, criando uma zona tampão para norte e evitando o seu abandono.

17

No que respeita ao regulamento, o mesmo foi adaptado em questões de pormenor, quer

para o adaptar à nova legislação, quer para resposta a dificuldades da gestão urbanística

corrente na aplicação dos preceitos do plano anterior.

4.2. Relatório Ambiental

O DL 232/2007 de 15 de Junho sujeita a avaliação ambiental os planos de ordenamento

urbano que constituam enquadramento para a futura aprovação de projectos

mencionados nos anexos I e II do DL69/2000 de 3 de Maio e nos que atendendo aos

seus eventuais efeitos num sítio da l ista nacional de sítios devam ser sujeitos a uma

avaliação de incidências ambientais.

Apresenta-se em anexo, o Relatório de Avaliação no qual se justifica tecnicamente a não

necessidade de apresentação do Relatório Ambiental e de submeter a revisão do PU da

Figueira da Foz proposta ao processo de Avaliação Ambiental por verificar-se que,

citamos ”se encontram reunidas as seguintes três condições (Artigo 3.º do Decreto-Lei

n.º 232/2007 de 15 de Junho):

a) não constitui enquadramento para a futura aprovação de projectos mencionados

nos anexos I e II do Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, ou seja,

sujeitos ao processo de AIA;

b) não são expectáveis efeitos sobre qualquer sítio da lista nacional de sít ios, sítio

de interesse comunitário, zona especial de conservação ou zona de protecção

especial;

c) não constitui enquadramento para a futura aprovação de projectos qualificados

como susceptíveis de ter efeitos significativos no ambiente, conforme análise

efectuada; aliás os efeitos expectáveis, embora pouco significativos são positivos.

4.3. Mapa do Ruído

O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei nº 9/2007, estabelece

o regime legal aplicável à prevenção e controlo da poluição sonora, harmonizando o

regime com o Decreto-lei nº146/2006, de 31 de Julho, que transpõe para a ordem

jurídica interna a Directiva nº 2002/49/CE, relativa à avaliação e gestão do ruído

ambiente.

Em conformidade com a legislação então em vigor, a Câmara Municipal da Figueira da

Foz mandou elaborar o mapa de ruído do concelho.

Conforme estabelecia o regime legal em vigor, a avaliação do ruído era feita para 2

períodos de referência – período diurno e período nocturno – enquanto que, em

conformidade com o actual regime devem ser avaliados três períodos de referência –

período diurno, período do entardecer e período nocturno.

18

Por essa razão foi necessário proceder a uma revisão do mapa de ruído já existente, que

se apresenta em anexo.

Em conformidade com a avaliação feita a área de intervenção do Plano de Urbanização

da Figueira da Foz é classificada na sua totalidade como área mista, com a excepção da

zona do Hospital que é considerada zona sensível.

Em anexo apresenta-se o Estudo do Ruído que suporta a classificação e o zonamento

acima referidos.

5. Descrição da Proposta de Zonamento da Cidade

A Lei de Bases do Ordenamento do Território assenta a classificação do solo na distinção

fundamental entre solo urbano e solo rural, sendo o solo urbano aquele para o qual é

reconhecida a vocação para o processo de urbanização e edif icação, nele se

compreendendo os terrenos urbanizados ou cuja urbanização seja programada,

constituindo o seu todo o perímetro urbano.

No caso da Figueira da Foz, dada a proliferação, das zonas já urbanizadas, não faz

qualquer sentido reduzir o perímetro urbano mesmo que se considere que as áreas

urbanizáveis são excedentárias em relação ao previsível crescimento demográfico.

Esta situação implica necessariamente que todo o solo não urbanizado dentro do

perímetro urbano seja considerado de urbanização programada.

Por outro lado, o facto de a calendarização do processo de urbanização ter sido sempre

controlada pelos promotores mais do que pela autarquia, originou o aparecimento de

espaços intersticiais vazios, com más ou inexistentes l igações viárias. A resolução destas

deficiências exige agora, conforme já referido, uma intervenção mais activa da parte da

autarquia, para a correcta integração e estruturação urbana destes espaços.

5.1. Classes e Categorias de Espaços

A estrutura de classif icação do espaço do P.U. foi alterada de forma a adequar-se aos

novos conceitos da Lei de Bases do Ordenamento e do D.L. n.º 380/99 de 20 de

Setembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo D.L. n.º 310/2003 de 10 de

Dezembro.

- Solo Urbanizado

Zona Habitacional

Consolidada

Cultural

Indiscriminada

A Estruturar

19

Zona de Actividades

Industriais

Grandes Superfícies Comerciais Existentes

De Usos Múltiplos

Zona de Equipamentos de Utilização Colectiva

Zona Turística

- Solo de Urbanização Programada

Habitacional

Média Densidade

Baixa Densidade

Equipamentos de Uso Colectivo

Zona Turística

Zona de Actividades

Industrial e de Armazenagem

De Usos Múltiplos

- Solo Afecto à Estrutura Ecológica Urbana

De Recreio e Lazer

Existente

Programado

De Protecção e Enquadramento

- Rede Viária

Existente

Via a Reperfilar

A instalar

Estruturante/Espaço Canal

Via a Construir

Nó a Estudar

- Infra-estrutura Portuária

20

De um modo geral a classificação do espaço manteve e adaptou a estrutura de

classificação existente no anterior Plano de Urbanização. Alargou-se, em termos

conceptuais e espaciais a categoria "Espaços Urbanos Potencialmente Reestruturáveis"

do anterior plano de urbanização, passando a designar-se como "Solo Urbanizado a

Estruturar". São espaços com maior ou menor grau de infra-estruturação e edificação,

que se caracterizam por deficits de estrutura urbana, de interligação viária e de espaços

públicos de qualidade ou espaços vazios residuais no interior do tecido edificado

resultantes do crescimento casuístico da urbanização e da edificação.

Aplica-se também a alguns dos espaços canais para infraestruturas previstas, que

poderão vir a ser reuti lizados quando a servidão que sobre eles impende deixar de existir,

aos espaços intersticiais no interior do Parque Urbano e nas suas margens e a espaços

nos quais se prevê a alteração do uso.

Reforça-se a necessidade de, nestes espaços, exigir a realização de estudos de conjunto

para os novos loteamentos e para as construções cuja concretização possa vir a agravar

as condições de funcionamento urbano da zona.

Foram criadas as categorias de espaço “Solo Afecto à Estrutura Ecológica Urbana” e

"Solo de Urbanização Programada Baixa Densidade" – a primeira resultante de alterações

na legislação de enquadramento e a segunda destinada a enquadrar zonas próximas do

limite do perímetro urbano e, em alguns casos, para resolver situações de

desconformidade entre o PDM e o PU e de conformidade com o POOC Ovar/Marinha

Grande.

O PDM da Figueira da Foz foi publicado em 1994, antes do PU, e representado

graficamente em cartografia já à data muito desactualizada, à escala 1:25.000.

Aquando da publicação do P.U., representado à escala 1:5.000 com cartografia mais

recente, a especificidade do plano bem como uma análise urbana de mais pormenor,

resultaram na introdução de algumas correcções no perímetro urbano, alargando-o, em

alguns casos e reduzindo-o, noutros.

Este facto levou a que na gestão urbanística fossem indistintamente uti lizados os dois

limites, aplicando-se o conceito de área urbana a todos os terrenos que estivessem no

interior do perímetro urbano, quer o delimitado pelo PDM, quer o delimitado pelo PU.

O Solo de Urbanização Programada de Baixa Densidade corresponde a algumas áreas

onde o P.U. reduziu o perímetro urbano relativamente à anterior delimitação consignada

no PDM.

Ao retirar estas áreas do perímetro urbano o P.U considerava não ser justificada a sua

classificação como urbanizáveis.

21

No entanto, não tendo a referida classificação sido alterada no PDM, o resultado foi que

as áreas em apreço se mantivessem como urbanizáveis de expansão II no âmbito do

PDM, resultado inverso ao que era pretendido no P.U.

Pretende-se neste momento repor a situação de forma a adequar a classificação do solo

à categoria que consideramos mais adequada do ponto de vista da nossa análise do

território.

Nos casos em que não existam condicionantes específ icas que justifiquem uma

classificação mais restr itiva (RAN, REN, Espaço Florestal), estes espaços são

classificados como Solo Habitacional de Baixa Densidade tendo parâmetros de ocupação

e construção semelhantes aos dos espaços agrícolas II do PDM.

No conjunto do território da cidade, na generalidade não se propõem alterações sensíveis

aos l imites do perímetro urbano em vigor, mas sim ajustamentos e remates destinados a

integrar zonas já urbanizadas no âmbito do PDM e a compatibilizar os l imites do PU com

os daquele instrumento de nível superior, bem como da área urbana definida no POOC.

Procedeu-se somente a correcções pontuais do perímetro urbano, de forma a

compatibilizar as áreas urbanas definidas pelos 3 instrumentos. Este processo verificou-

se principalmente na UZ 1, e na UZ 20.

A compatibilização da REN definida no POOC com a realidade da ocupação urbana na

área de intervenção daquele plano sectorial é, também, uma questão delicada que não

está, quanto a nós, correctamente resolvida. Esta compatibil ização passa, em definitivo,

por uma alteração do POOC, com a consequente exclusão da REN de algumas áreas

como tal classificadas.

O POOC delimitou como REN, dentro da sua área de intervenção, particularmente na

UZ1 algumas áreas perfeitamente consolidadas, com infraestruturas e edifícios

construídos, quer ao abrigo de planos de pormenor, quer ao abrigo de projectos de

loteamento, quer ainda com construções avulsas nas quais se incluem equipamentos

colectivos, criando uma desconformidade entre as prescrições da REN e a realidade

concreta, a qual poderá vir a criar sérias dificuldades à autarquia ao nível da discussão

pública do plano e da gestão urbanística futura.

Na definição das áreas urbanizadas e de urbanização programada foi acautelada a

salvaguarda das l inhas de água que vêm da serra, os corredores verdes a elas

associados e os terrenos de maior declive nos respectivos vales.

O território da cidade foi dividido em Unidades e Subunidades de Zonamento. Estas

correspondem a espaços que revelam um certo grau de homogeneidade, quer em termos

de caracterização geo-morfológica e paisagística, quer em termos do seu processo de

crescimento (urbanização e edificação), quer ainda em termos dos seus problemas

urbanos.

22

Para as várias Unidades e sub-unidades de zonamento forma definidos parâmetros de

ocupação específ icos que decorrem da avaliação fina que foi feita da sua ocupação

actual, e de um conjunto de características que as definem, designadamente a morfologia

e características físicas do territór io, a sua importância na cidade, as vistas de e para o

mar e a serra etc.

Entendeu-se que definir parâmetros por zonas bem delimitadas, em vez de os definir

para toda a área do plano, tornaria mais fácil quer a compreensão do plano pelo público,

quer a sua gestão pelos serviços municipais, uma vez que para cada operação

urbanística em concreto, o que é necessário é entender os parâmetros da zona onde ela

se insere.

Não se justifica definir Unidades Operativas de Planeamento e Gestão onde se realizem

Planos de Pormenor, dado que nas duas zonas onde se prevêem operações urbanísticas

de maior envergadura, a UZ 18 e a UZ 28, foram elaborados estudos urbanísticos com

um grau de pormenor próximo do de um Plano de Pormenor, o que permite à Câmara,

logo que aprovada a revisão do PU, proceder à delimitação de unidades de execução em

conformidade com o estabelecido no DL 380/99, procedendo de seguida às

correspondentes operações de reparcelamento.

5.2. Unidades de zonamento

5.2.1 UZ 1

Zona desde o cemitério de Buarcos até aos extremos Norte e Poente do perímetro

urbano, a Norte do Plano de Pormenor da Zona Urbano-Turística UZ 2 (UZ 2).

É uma zona muito sensível do ponto de vista ambiental e paisagístico devido às l inhas de

água que a atravessam, vindas da Serra da Boa Viagem e ao forte impacte visual sobre

as vistas para a Serra que podem ter as construções a erigir aqui.

Inclui zonas de forte declive sobre o mar e tem forte pressão para a construção devido à

qualidade das suas vistas e enquadramento paisagístico.

Nesta zona, aproveitando o declive do terreno, foram construídos alguns edifícios com

volumetria exagerada para o lado do mar, com muros de suporte de grandes dimensões

e com impactes visuais fortemente negativos.

Existem ainda algumas parcelas de terreno por ocupar, particularmente em zonas

classificadas como urbanas no POOC e que não o eram no PU de 1994.

Em termos de classificação inclui espaços habitacionais consolidados, espaços a

estruturar, correspondendo aos vazios urbanos no interior da malha viária existente,

espaços de baixa densidade nas zonas mais altas junto ao limite do perímetro urbano e

solo de urbanização programada habitacional.

23

É uma zona de vocação predominantemente habitacional adequada à ocupação com

tipologia unifamiliar isolada, geminada ou em banda, de baixa densidade.

Mantém-se a intenção para os projectos de loteamento ou de construção, de realizar

estudos de conjunto até abranger a rede viária envolvente, com o objectivo de garantir a

integração urbanística, o fecho das l igações viárias e a preservação das vistas de e para

a Serra da Boa Viagem.

Para os novos loteamentos propõe-se um máximo de 2 pisos e índices de construção

bruto máximo diferenciado para as zonas de média e baixa densidade.

Dada a topografia do terreno não se prevê a localização de equipamentos de grande ou

média dimensão, devendo no entanto acautelar-se, na concretização dos processos de

loteamento, a cedência de pequenas áreas que possam vir a ser utilizadas para

equipamentos de apoio à infância ou à 3ª idade.

O perímetro urbano do PU em vigor foi corrigido, nalguns casos para o compatibilizar

com o limite da área urbana definida no POOC, noutros para incluir construções

existentes ou loteamentos aprovados em conformidade com as zonas periurbanas do

PDM e noutros ainda para incluir l inhas de água e respectivos corredores envolventes,

garantindo uma melhor salvaguarda dos mesmos.

5.2.2 UZ 2

Corresponde ao Plano de Pormenor da Área de Desenvolvimento Turístico - UZ2, plano

eficaz, em terrenos da antiga fábrica de cimento CIMPOR.

Tem infraestruturas urbanas e parte dos edifícios já construídos e habitados.

Em termos de urbanização e edificação, deve respeitar o estabelecido no Plano de

Pormenor aprovado.

5.2.3 UZ 3

Zona marginal à nova R.U. do Montalto (designação provisória) até à Escola C+S de

Buarcos. Para além do equipamento referido, a zona é atravessada por uma linha de

água, inclui terrenos de declive acentuado, terrenos urbanos consolidados e áreas

significativas de terrenos urbanizáveis.

Na concretização do processo de urbanização das zonas ainda não ocupadas deve ser

garantida a interligação da rede viária interna dos loteamentos de modo a estruturar o

conjunto da zona e a integrá-la com nó viário da Estrada da Senhora da Encarnação e

com o traçado da nova via circular.

Para os novos loteamentos propõe-se um índice de construção bruto máximo de 0,5 e

edif ícios com um máximo de 4 pisos.

24

5.2.4 UZ4

É a zona correspondente ao Núcleo Histórico de Buarcos, classificado como espaço

cultural e onde devem ser preservadas as características gerais do tecido urbano e as

características arquitectónicas dos edifícios de maior interesse.

Propõe-se a realização de um levantamento do património edificado, que identifique os

edif ícios de interesse, a manter, permitindo assim estabelecer critérios claros de

intervenção para a reabil itação e requalificação do restante tecido edificado, facil itando a

intervenção da iniciativa privada na reabil itação do tecido urbano em geral e restringindo

o eventual apoio das finanças públicas aos edifícios com efectivo valor patrimonial

individualmente ou enquanto parte de um conjunto.

5.2.5 UZ 5

É a zona a norte da actual Av. Dr. Mário Soares até à nova rodovia circular do Montalto.

Divide-se em três sub-unidades.

5.2.5.1 UZ 5A

Parte Norte da UZ até à Estrada da Sra. da Encarnação e à R.U. do Montalto.

É um Espaço Urbano consolidado do P.U. na qual restam ainda alguns espaços livres e

onde deve ser acautelada a l igação com a zona UZ 5b.

Nas operações de loteamento devem respeitar-se os seguintes parâmetros:

- Índice de construção bruto <= 0,6;

- N.º de pisos máximo: 4;

5.2.5.2 UZ 5B

Corresponde à parte Sul da UZ entre a Av. Dr. Mário Soares e a Rua Cap. Guerra.

Tem um estudo de pormenor de 1993 que serviu de orientação para o desenvolvimento

urbano nos últimos anos.

Tem um novo estudo, mais recente, elaborado pelos serviços do município.

Propõe-se um esquema orientador para o zonamento, a rede viária e os alinhamentos

nos novos loteamentos e construções e um índice de construção global máximo para a

zona de 0,6 e uma cércea máxima de 4 pisos.

O município deve realizar um estudo de conjunto que garanta a estruturação urbana, a

coerência da rede viária e a eventual delimitação de uma ou mais unidades de execução

ou operações de reparcelamento que orientem o loteamento e concretizem a

perequação.

25

5.2.5.3 UZ 5C

Corresponde à zona a norte da Av. Dr. Mário Soares. É uma zona com características de

ocupação relativamente heterogénea e com algumas parcelas de dimensão significativa

ainda por ocupar. Devem ser garantidas algumas ligações viárias de fecho de malha,

designadamente com ligações em mão à Av. Dr. Mário Soares.

No SUP Habitacional é autorizado um índice de construção bruto máximo de 0,8 e um

máximo de 10 pisos.

No SUH “A Estruturar” é autorizado um índice de construção bruto máximo de 0,6 e um

máximo de 4 pisos

5.2.6 UZ 6

Corresponde à zona do Alto do Forno, a Sul da Av. Dr. Mário Soares e inclui o Centro de

Saúde de Buarcos e uma zona de reserva para equipamento anexa ao mesmo.

Nestes terrenos de reserva, em grande parte terrenos de acentuado declive, sobre a Av.

Dr. Mário Soares, com pouca aptidão para a ocupação urbana, no caso de não haver

intenções concretas de instalação de equipamento por parte da autarquia, deverão ser

classificados como Verde de Protecção e Enquadramento, integrando a estrutura

Ecológica Urbana.

No restante deve ser mantida a rede viária prevista nos estudos urbanísticos anteriores

desenvolvidos pela autarquia e para os novos loteamentos propõe-se um índice de

construção máximo de 0,6 e nos edifícios um máximo de 4 pisos.

5.2.7 UZ 7

Compreende as instalações do Parque de Campismo e viveiros municipais e a sua

envolvente a Norte da R.U. até ao limite do perímetro urbano.

Consideram-se duas sub-zonas, a Norte e a Sul da Estrada do Alto do Forno/Condados.

5.2.7.1 UZ 7A

É a zona a Norte da Estrada dos Condados, até ao l imite do perímetro urbano.

Existem diversas construções, na maioria edifícios unifamiliares, com frente para a

Estrada dos Condados e algumas penetrações viárias para Norte, verificando-se

carências de estrutura urbana e de ligações viárias.

Propõe-se a elaboração de um estudo simplificado de estruturação urbana, que defina a

estrutura viária completando a malha existente.

Propõe-se um índice de construção bruto máximo de 0,4, tipologia unifamiliar ou

bifamil iar, isolada ou em banda, e um máximo de 2 pisos e uma zona tampão no l imite do

perímetro urbano classif icada como SUP de Baixa Densidade.

26

5.2.7.2 UZ 7B

Zona entre a Estrada dos Condados e a Av. Dr. Mário Soares, l imitada a Nascente pelos

loteamentos da Quinta da Borloteira e da Quinta dos Condados. Inclui o Parque de

Campismo e os Viveiros Municipais.

Nesta zona existe uma grande superfície comercial, junto à Av. Dr. Mário Soares.

Propõe-se que a zona actualmente ocupada pelo Parque de Campismo Municipal e pelos

Viveiros Municipais se mantenha como Equipamento Colectivo, de acordo com o actual

uso, com a expansão do Parque de Campismo para Norte. A sua localização, na

continuidade do Vale das Abadias, e o facto de ser uma zona densamente arborizada

justificam que se mantenha a actual ocupação e o coberto vegetal, sendo integrada na

estrutura ecológica urbana.

Admite-se a reconversão de parte ou da totalidade dos edifícios de apoio do Parque de

Campismo e eventualmente novas construções até ao l imite que permita adequar os

equipamentos do Parque à classificação de quatro estrelas.

Para a zona a nascente do Parque de Campismo propõe-se um índice de construção

bruto máximo de 0,6 e um máximo de 6 pisos.

5.2.8 UZ 8

Zona totalmente ocupada por 2 loteamentos em construção, num dos quais se inclui uma

grande superfície comercial já em actividade.

Propõe-se a classif icação como Solo Urbanizado dado que já dispõe de infraestruturas,

devendo a urbanização e construção obedecer ao especificado nos alvarás de

loteamento aprovados.

A zona a nascente da Estrada Municipal 596 (Estrada dos Condados) é SUH a Estruturar

sujeito a um índice de construção bruto máximo de 0,4 e a um máximo de 2 pisos.

5.2.9 UZ 9

Zona a Norte de Tavarede e a nascente da E.M.596, até ao limite do perímetro urbano.

Inclui a Quinta do Peso e o Plano de Pormenor do Vale de Sampaio. Divide-se em duas

sub-zonas que são:

5.2.9.1 UZ 9A

Corresponde à área de intervenção do Plano de Pormenor do Vale de Sampaio, em vigor.

5.2.9.2 UZ 9B

Zona correspondente à Quinta do Peso e à envolvente do P.P. do Vale de Sampaio.

É uma zona sensível com declives acentuados e atravessada por duas l inhas de água.

27

Deve ser objecto de um estudo urbanístico de conjunto que defina a estrutura viária no

quadro de uma ocupação de média densidade e volumetria que salvaguarde e valorize a

estrutura ecológica.

O referido estudo deverá ter ainda como objectivo melhorar as ligações viár ias da Zona

do Plano de Pormenor do Vale de Sampaio e garantir:

- Que haja uma única inserção na E.M. 596 para toda esta zona, com as condições

adequadas aos fluxos da referida via;

- Que o acesso a eventuais edificações marginais à E.M.596 seja garantido pelo interior

da zona evitando quaisquer saídas e entradas de veículos motorizados naquela via à

excepção do ponto de inserção acima referido.

Propõe-se um índice de construção bruto máximo de 0,5 admitindo-se tipologia

unifamiliar ou plurifamil iar, com um máximo de 4 pisos, com excepção zona edificada da

Quinta do Peso e envolvente que é classificada como Solo de Urbanização Programada

de Baixa Densidade.

5.2.10 UZ 10

Corresponde à área do Pinhal Sotto Mayor e do Vale Galante até ao Alto do Forno. A

zona é atravessada por uma linha de água, a preservar.

Com excepção da Quinta do Viso e do troço final do Vale do Galante, esta zona foi

praticamente toda objecto de projectos de loteamento, alguns já com alvará e

parcialmente executados. Divide-se em várias sub unidades.

5.2.10.1 UZ 10A

É uma zona onde coexistem edifícios unifamiliares e plurifamil iares, sem critério definido

na sua localização, mas simplesmente resultado das estratégias comerciais dos

promotores.

Deve ser objecto de estudos urbanísticos de conjunto de forma a completar a rede viária,

permitindo eliminar situações de impasse e desbloquear parcelas sobrantes, não

incluídas na lógica dos loteamentos e a promover a transição gradual de tipologias e de

cérceas.

Os estudos urbanísticos devem ter como objectivo permitir a delimitação de uma ou mais

unidades de execução de forma a concretizar o necessário reparcelamento.

Propõe-se um índice de construção bruto máximo de 0,7 com um máximo de 6 pisos.

5.2.10.2 UZ 10B

Corresponde ao troço final do Vale do Galante, junto à marginal, na zona confinante com

o loteamento municipal e está sujeita a Plano de Pormenor em vigor.

28

5.2.10.3 UZ 10C

Zona da marginal Atlântica que deverá ser sujeita a Plano de Pormenor com termos de

referência a definir e aprovar pela Câmara Municipal, devendo garantir-se que o índice de

construção bruto não ultrapasse 0,8.

5.2.11 UZ 11

Zona a poente do Vale das Abadias, desde a rotunda Eng.º Coelho Jordão até à Av. Dr.

Joaquim de Carvalho.

Tem diversos equipamentos de interesse concelhio, habitação consolidada e um grande

espaço verde de uso privado, a manter, a Quinta de Santa Catarina.

Propõe-se a relocalização da piscina municipal, dentro da mesma UZ, a sul do estádio

municipal, e a reutil ização da área actualmente ocupada pela piscina para uso

habitacional, com um índice de construção bruto máximo de 2,0 e um máximo de 6

pisos, sendo 4 na frente para a Rua Joaquim Sotto Mayor.

Os terrenos actualmente ocupados pelo campo de treinos podem ser reconvertidos para

habitação, comércio e serviços, com um índice de construção bruto máximo de 1,5 e um

máximo de 6 pisos. Este índice pode ser majorado até 20% desde que a operação

urbanística contemple a cedência de terrenos e/ou imóveis para equipamentos

associativos e outros de interesse municipal.

Na Quinta de Santa Catarina, admite-se a ocupação da frente para a Rua Dr. Joaquim de

Carvalho com moradias unifamiliares, com um máximo de 2 pisos, na continuidade das já

existentes e a ampliação dos edifícios existentes na quinta, até um índice de construção

bruto máximo de 0,4 e não ultrapassando a cércea existente.

5.2.12 UZ 12

Corresponde à área a Nascente do Vale das Abadias, desde o Quartel da Polícia até à

R.U.-V1. Divide-se em duas sub-unidades.

5.2.12.1 UZ 12A

A zona a Norte da Rua Dra. Cristina Torres, até à Av. Dr. Mário Soares, foi objecto de

diversos projectos de loteamento com diferentes graus de concretização e com uma

deficiente articulação entre si.

Esta zona tem vários problemas a resolver, nomeadamente o fecho da malha viária a

nascente da Ribeira das Abadias e o deficiente acesso viário aos edifícios situados a

Poente da Ribeira das Abadias e com frente para a Av. Dr. Mário Soares.

Pela sua localização é uma zona estratégica, cuja urbanização consideramos prioritária.

Neste caso justifica-se a delimitação de uma unidade de execução ou uma operação de

29

reparcelamento no âmbito do D.L. 380/99 tendo "grosso modo" como limites: a Norte, a

Av. Dr. Mário Soares; a Nascente, a Rua José da Silva Ribeiro; a Sul, a Rua Dra. Cristina

Torres; e a Poente, a Av. 1º de Maio, e como objectivos:

• A definição de uma estrutura viária coerente para toda a zona;

• A definição do loteamento e do novo reparcelamento;

• A definição das áreas de cedência para equipamentos e verdes de utilização colectiva

incluindo para a expansão do Parque das Abadias.

A aplicação do sistema de perequação compensatória, previsto na lei, permitirá

concretizar a expansão do Parque das Abadias.

Reduziu-se o espaço destinado ao Parque no cabeço fronteiro à Rotunda Eng.º Coelho

Jordão e é permitida alguma ocupação edif icada de forma a viabilizar um novo acesso

aos edifícios fronteiros à R.U. pela Av. 1º de Maio e a garantir a cedência dos terrenos

mais valiosos para o parque, junto à l inha de água.

Propõe-se para esta zona um índice de construção bruto máximo de 0,7, com uma

cércea máxima de 6 pisos, devendo ser respeitadas as cedências necessárias para a

concretização da expansão do Parque das Abadias.

5.2.12.2 UZ 12B

Zona a Sul da Rua Dra. Cristina Torres já praticamente toda ocupada, com excepção de

umas pequenas parcelas junto às antigas instalações da Polícia e do quartel CICA 3,

reclassificada como Solo Urbanizado.

No âmbito do loteamento previsto nas antigas instalações da polícia, deve ser realizado

um estudo de conjunto com os seguintes objectivos:

• Garantir a l igação do arruamento situado a Sul dos Serviços Municipalizados com a

Rua Cardoso Marta eliminando o impasse no extremo Sul desta última via;

• Avaliar a possibilidade do prolongamento da Rua Mário Azenha para Sul/Nascente

ligando à Rua Cardoso Marta, sem comprometer a concretização do Parque das Abadias

na zona de mata existente, conforme previsto no P.U.

O prolongamento da Rua Mário Azenha, a concretizar-se, deve prever acessos ao Parque

das Abadias garantindo a sua fácil utilização pelos residentes desta zona.

Propõe-se um índice de construção bruto máximo de 0,7.

Dadas as características da zona admite-se um máximo de 8 pisos exclusivamente nos

edif ícios marginais à Rua Dra. Cristina Torres e 6 nos restantes.

30

5.2.13 UZ 13

Corresponde à área situada a Norte do Quartel da E.P.S.T., a poente da Av. Dr. João

Alves e confinando a Nascente com a UZ 18 (Parque Urbano).

Está quase totalmente urbanizada, mantendo só algumas parcelas por ocupar.

Delimitaram-se duas sub-zonas – UZ 13A e UZ 13B, respectivamente a Norte e a Sul da

Rua Amália Rodrigues.

5.2.13.1 UZ 13A

Esta zona foi totalmente ocupada por loteamentos já construídos, com excepção de uma

pequena parcela com um loteamento já aprovado (Alvará 6/99).

Admite-se um máximo de 6 pisos nos edifícios destinados a habitação a custos

controlados, na Quinta do Paço, desde que os pisos semi-enterrados, não uti lizados para

estacionamento, sejam destinados a equipamentos colectivos ou actividades associativas

de interesse colectivo.

5.2.13.2 UZ 13B

Zona quase totalmente ocupada. Devem ser acauteladas as ligações viárias com rede

estruturante, quando da ocupação das parcelas ainda livres.

Para as novas operações urbanísticas admite-se um índice de construção bruto máximo

de 0,6, com um máximo de 6 pisos sem prejuízo do respeito pelas servidões militares na

zona fronteira ao quartel.

5.2.14 UZ 14

Corresponde ao Bairro Novo, que mantém a classificação de SUHC Cultural, e à zona

para norte até à Av. Dr. Joaquim de Carvalho e para nascente até à Av. Dr. Manuel

Gaspar de Lemos.

Esta zona, com excepção dos seus extremos sul nascente, na envolvente do Forte de

Santa Catarina, tem um Plano de Pormenor em vigor.

5.2.15 UZ 15

Corresponde à zona histórica da cidade, classificada como SUHC Cultural, prolongando-

se até à Av. Dr. Manuel Gaspar de Lemos e incluindo a parte sul do Parque das Abadias,

e até à Av. Dr. Joaquim de Carvalho, envolvendo o Centro de Artes e Espectáculos e

zona envolvente.

Está previsto o reperfilamento da Av. Saraiva de Carvalho, com o alargamento da faixa de

rodagem e a construção de uma ciclovia do lado sul.

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5.2.16 UZ 16

É a zona entre a Rua Heróis do Ultramar e a Rua do Hospital, Rua 28 de Infantaria e Av.

Dr. Francisco Lopes Guimarães, desde o terminal rodoviário, até ao antigo quartel da

EPST.

Deve ser construída uma nova via de l igação entre a Rua do Hospital e a Rua Heróis do

Ultramar, no extremo do terreno da Santa Casa da Misericórdia permitindo-se a

edif icação com frente para essa via, em terrenos daquela instituição, com um máximo de

4 pisos.

No seguimento da transferência do terminal rodoviário para junto da estação de Caminho

de Ferro, propõe-se o reaproveitamento dos terrenos do terminal para a construção de

um parque de estacionamento subterrâneo que sirva a zona central da cidade. Nos pisos

à superfície admite-se a construção de um edifício misto para habitação, comércio e

serviços criando um pólo de actividades diversificadas numa zona de grande

centralidade.

Para este terreno é autorizado um índice de construção bruto máximo de 2,5 e um

máximo de 5 pisos.

A área do antigo quartel deve ser objecto de um plano de pormenor conforme termos de

referência a definir pela Câmara Municipal.

5.2.17 UZ 17

Corresponde ao núcleo antigo de Tavarede, à zona entre a estrada de Tavarede e a R.U

e à zona de expansão de Tavarede para norte, em direcção ao cemitério. Foi alargado o

perímetro urbano na zona do cemitério, de forma a incluir uma unidade industr ial

existente, um loteamento já construído, o cemitério e a respectiva ampliação.

No SUH a Estruturar, designadamente ao longo da variante da EN109, as operações

urbanísticas estão sujeitas a um índice de construção bruto máximo de 0,5 com um

máximo de 4 pisos.

Propõe-se a realização de um levantamento urbanístico exaustivo no núcleo antigo de

Tavarede, com vista a poder resolver alguns estrangulamentos viários, a permitir a

substituição de alguns edifícios degradados e sem condições de habitabilidade e a

melhorar a qualidade urbana do aglomerado. Este estudo obterá tanto melhores

resultados quanto maior for a sua integração com a operação de reparcelamento/unidade

de execução para a concretização do Parque Urbano (UZ18).

Admite-se a relocalização da fábrica IERAX e a mudança de uso do terreno que a mesma

actualmente ocupa para habitação, comércio e serviços de acordo com o prescrito no

Regulamento.

32

5.2.18 UZ 18

Corresponde à área de intervenção do Parque Urbano e da sua envolvente até à Alameda

da Estação e do Plano de Pormenor do Matadouro. Divide-se em UZ 18 A e UZ 18 B

sendo esta última a área da estação de caminho de ferro e a sua envolvente próxima.

UZ 18 A – Para esta zona propõe-se a delimitação de uma ou mais unidades de

execução/operações de reparcelamento que, através da aplicação da perequação

permita concretizar a construção do parque urbano e a urbanização integrada da sua

envolvente. É uma zona muito heterogénea que inclui novos loteamentos, um

empreendimento municipal de habitação a custos controlados, a Escola Secundária

Prof.ª Cristina Torres, oficinas e armazéns, zonas de ocupação ilegal com barracas e

restos de pequenos núcleos semi-rurais densamente construídos, com arruamentos

muito estreitos, e com condições de circulação e estacionamento muito deficientes. É

marginada a nascente, em grande parte da sua extensão no sentido Norte-Sul, pela

antiga E.N.109.

O P.P. do Matadouro, publicado há mais de 10 anos, tem um grau de concretização

muito baixo, não obstante corresponder a uma zona de grande centralidade e com

condições paisagísticas muito favoráveis o que pode, eventualmente, dever-se à

inadequação do reparcelamento proposto, em relação à estrutura da propriedade e à

falta de mecanismos legais para efectuar o reparcelamento.

Pela sua localização na confluência de duas das principais entradas da cidade,

proximidade do novo Parque Urbano, do novo terminal de camionagem e da Estação de

Caminho de Ferro, considerou-se que devia também ser incluído na operação de

reparcelamento da UZ 18, que inclui o Parque Urbano e a Alameda da Estação, podendo

fazer parte da mesma unidade de execução ou constituir outra.

Para a UZ 18 A propõe-se, na delimitação e desenho das unidades de execução, um

índice global de construção bruto de referência de 0,3, a ajustar tendo em conta o

desenho de pormenor e o cadastro da propriedade, e a realização de um estudo de

cérceas no qual se respeitem as cérceas existentes nas várias zonas da UZ.

A concretização do reparcelamento exige a realização do levantamento cadastral

actualizado que possibilite a execução da perequação de custos e benefícios das

operações urbanísticas.

A zona a norte da estação classificada no actual plano de urbanização como

equipamento e destinada ao terminal rodoviário, mantém o uso de reserva de

equipamento, podendo quando da definição do reparcelamento da UZ 18 A ser esse uso

convertido para espaço verde.

UZ 18 B – corresponde à área da estação de caminho de ferro e sua envolvente próxima

e à restante área do domínio público ferroviário. Admite-se a reconversão da área sob o

33

domínio ferroviário na zona próxima e para poente da estação, em áreas que já não são

necessárias ao funcionamento do serviço ferroviário, com o objectivo principal de

construir uma plataforma intermodal que articule os modos ferroviário e rodoviário e

qualifique esta zona da cidade. Esta reconversão deve ser concretizada através da

realização de um plano de pormenor para o qual se definem, de forma indicativa, os

respectivos limites, que poderão vir a ser ajustados aquando da deliberação de Câmara

para a sua realização. O Plano de Pormenor definirá os usos e os parâmetros de

ocupação tendo como base um índice de ocupação bruto de 1,0 m2/m2, que poderá ter

uma majoração até 30% para usos que a Câmara Municipal considere de interesse

público.

5.2.19 UZ 19

Corresponde à zona entre a E.N.109 e o IC1 e à zona entre o previsto nó do Galo de

Ouro até ao limite norte do perímetro urbano.

É uma zona complexa, com ocupações diversificadas e com deficit de estrutura urbana.

Os parâmetros urbanísticos para esta zona são:

Índice de construção bruto máximo: 0,6;

Nº de pisos: 4, admitindo-se uma graduação junto do edifício de maior volumetria

actualmente existente, com base num estudo de cérceas que faça a transição dos

volumes e garanta a melhoria da integração urbana.

5.2.20 UZ 20

Corresponde a toda a zona a Poente do IC1, desde o cemitério até ao limite Norte e

Nascente do Perímetro Urbano.

É uma zona relativamente periférica da cidade, onde se localizam uma grande superfície

comercial, alguns armazéns e oficinas, e onde coexistem ocupações edificadas de

características rurais, com ocupações urbanas concretizadas através do loteamento e

construção em parcelas destacadas.

Face à capacidade de edificação existente nas zonas mais centrais da cidade não se

considera esta zona de urbanização prioritária. No entanto deve ser acautelado o

processo de crescimento urbano, exigindo que os projectos de loteamento apresentados

por particulares garantam a coerência e a interligação da rede viária. Não devem ser

permitidas novas l igações à E.N.109 / IC1 no limite Norte do perímetro urbano, enquanto

não for concluída a construção de uma variante à E.N.109 nesta zona.

Para os novos loteamentos propõe-se um índice de construção bruto máximo de 0,5,

tipologia unifamiliar ou plurifamiliar, com um máximo de 4 pisos, com excepção da zona

34

da Chã onde se delimitam, na planta de zonamento, duas bolsas de SUP de Baixa

Densidade.

Nesta zona foi corrigido o perímetro urbano do PU em vigor, tendo em conta que as

desconformidades entre aquele e o perímetro do PDM justificaram algumas opções de

gestão urbanística que se considera não terem sido as mais correctas.

Como já explicado atrás, as zonas onde o perímetro urbano definido no PDM extravasava

o do PU foram classificadas como de baixa densidade, sujeitas a parâmetros de

ocupação que garantem uma ocupação de transição para as zonas rurais envolventes.

5.2.21 UZ 21

Corresponde à zona a Nascente da Ponte da Figueira da Foz até à Fontela.

É uma zona muito carenciada do ponto de vista urbano como resultado do seu processo

de crescimento e de diversas infraestruturas de nível local e regional que a atravessam e

que ao contrário de a servir, a condicionam e a espartilham.

É limitada pelo IP 3, a Norte, pelo Porto da Figueira da Foz, a Sul, sendo ainda

atravessada por dois ramais de caminho de ferro, pela EM 600 e pela ligação desta com

o IP 3. Esta situação de falta de integração urbana agravou-se com a expansão do porto

e com a reconstrução da EM 600 e a consequente elevação da plataforma da estrada.

Não está adequadamente servida de infraestruturas viárias e de saneamento nem de

equipamentos.

Divide-se em quatro sub-zonas – UZ 21A, B, C e D.

5.2.21.1 UZ 21A

Corresponde à zona entre a antiga estrada de Coimbra (EN 111) e o troço de saída da

ponte da Figueira da Foz.

É uma zona de actividades de usos múltiplos, a manter, na qual as operações

urbanísticas devem respeitar os seguintes parâmetros:

Índice de construção bruto máximo: 0,5;

Área máxima de impermeabil ização: 70%;

Cércea máxima: 7 m.

5.2.21.2 UZ 21B

Corresponde à zona envolvente da Ribeira de Carritos.

As infraestruturas rodo e ferroviár ias atrás referidas transformaram esta zona num local

de maus acessos. A sua anterior classif icação em sede de Plano de Urbanização como

35

zona destinada a indústria, a impossibil idade de executar obras de beneficiação nas

habitações existentes e a falta de investimento municipal na recuperação da rede viária e

na construção da rede de esgotos, contribuíram fortemente para a sua degradação.

A zona a norte da l inha de caminho de ferro é classificada como solo de urbanização

programada onde os loteamentos devem ter em conta a integração urbana da totalidade

da zona e garantir a adequada protecção da ribeira, de preferência considerando a

hipótese de construir aí uma zona de recreio e lazer e prever um novo atravessamento da

r ibeira. Propõe-se uma ocupação para habitação, comércio e serviços com um índice de

construção bruto máximo de 0,7 e um máximo de 6 pisos.

A Sul da l inha de caminho de ferro até à EM 600 é classificada como área de usos

múltiplos para armazéns, oficinas e outras actividades em conformidade com o

estabelecido no Regulamento, com um índice de 0,5 e uma cércea de 7m. Deve ser

objecto de um estudo simplificado que garanta os acessos à envolvente.

5.2.21.3 UZ 21C

Corresponde ao núcleo habitacional da Salmanha

É um espaço urbano a estruturar no qual deve ser realizado um estudo de integração

urbanística que estruture os loteamentos e onde devem ser construídas as infraestruturas

urbanas essenciais.

Deve ser mantida a tipologia de ocupação urbana actual de moradias unifamiliares que

poderão ser isoladas, geminadas ou em banda, com um índice de construção bruto

máximo de 0,5 e um máximo de dois pisos, em conformidade com o previsto no

Regulamento.

5.2.21.4 UZ 21d

Corresponde à zona a Nascente do troço de ligação entre a EM 600 e o IP 3, até ao

núcleo habitacional da Fontela.

É uma zona praticamente livre de habitações onde coexistem uma grande unidade

comercial e alguns edifícios industriais.

É fortemente condicionada pela implantação da nova via V4 e respectivas ligações à

restante rede rodoviária.

Os investimentos públicos feitos nas obras de expansão do Porto da Figueira da Foz,

cuja primeira fase está em conclusão, justificam que se mantenha o destino desta zona

para actividades de usos múltiplos – pequena indústria, armazenagem e actividades

logísticas diversas, comércio e serviços – designadamente de apoio à actividade

portuária, dado ser o local mais adequado para esse fim.

36

No seu extremo Nascente, marginando o núcleo da Fontela, propõe-se uma cortina verde

que garanta a separação em relação à zona habitacional.

O Plano prevê ainda a construção de uma passagem desnivelada sobre a linha de

caminho-de-ferro, na continuidade da E.M.600 e fazendo a ligação à nova via V4.

5.2.22 UZ 22

Corresponde à zona do aglomerado de Fontela e envolvente ate à vidreira do Mondego.

Esta zona, bem como a zona de Vila Verde, constitui uma zona de expansão natural da

Figueira da Foz que sofre, embora, de alguns problemas urbanos decorrentes do seu

processo de evolução e crescimento. A origem rural do povoamento e do crescimento de

diversos pequenos núcleos resultou numa rede viária sem condições para a circulação,

com diversos pontos de estrangulamento, sem passeios e sem estacionamento.

A l igação à Figueira da Foz, assente principalmente na E.M.600, não resolve

adequadamente o problema da acessibil idade a esta zona.

A qualidade paisagística deste território com uma pendente suave para Sul e óptima vista

sobre o Mondego confere-lhe, por um lado, grande aptidão para a construção e, por

outro, exige um especial cuidado no ordenamento e na gestão urbanística, dada a

sensibilidade das vistas da margem sul do Mondego e de quem atravessa o Rio.

Propõe-se um novo traçado para a via V4 e ligações transversais entre esta via e a

E.M.600.,bem como corredores verdes de protecção e enquadramento que sirvam de

cortina à instalação industrial e proporcionem uma estrutura verde de ligação entre o rio

Mondego e o coberto vegetal a norte.

Propõe-se um índice de construção bruto máximo de 0,4 e um máximo de 2 pisos.

5.2.23 UZ 23

Corresponde à zona de indústria pesada actualmente ocupada pela Vidreira do Mondego

e à respectiva área de expansão.

As perspectivas de crescimento daquela unidade industrial e o interesse da mesma para

a economia do concelho justif icam o alargamento da área anexa para usos logísticos e

de armazenagem. Em complemento, propõe-se corredores verdes de protecção

separando a indústria das zonas habitacionais confinantes. Na expansão da unidade

existente propõe-se um índice de construção máximo bruto de 0,5, em conformidade

com o estabelecido no Regulamento.

5.2.24 UZ 24

Corresponde à área do aglomerado de Vila Verde e envolvente, desde a Vidreira do

Mondego, até à EM 111-2. Os problemas urbanos desta zona são semelhantes aos

37

apontados para a UZ 23 – Fontela – embora com uma maior intensidade devido à maior

dimensão do aglomerado e a uma topografia mais desfavorável.

Esta situação levou a classif icar a maior parte desta zona como SUH a Estruturar.

Não deve ser repetido o erro da construção em altura, como é o caso de alguns edifícios

existentes, completamente desenquadrados da morfologia e tipologia da zona.

A UZ24 inclui ainda a zona a Nascente da Estrada 111-2, englobando a várzea da

Barroca da Vergieira, até à Fonte da Sra. da Graça e uma pequena mancha de solo a

estruturar no extremo sul/nascente da várzea.

Propõe-se:

- Um conjunto de novas vias que estruturem e completem a rede viária existente e que os

novos loteamentos deverão respeitar;

- A obrigatoriedade de os loteamentos serem integrados em estudos de conjunto que

garantam as ligações viárias e a eliminação dos impasses;

- A aplicação de um índice de construção bruto máximo de 0,4 e de um máximo de 4

pisos;

- A delimitação de algumas zonas de urbanização prioritária a formalizar como operações

de reparcelamento ao abrigo do D.L. 380/99, nas quais deverá ser aplicado o sistema de

perequação para concretização das cedências para equipamentos de util ização colectiva

e espaços verdes previstas na lei.

5.2.25 UZ 25

É todo o espaço a norte de Fontela e Vila Verde, até ao limite do perímetro urbano,

classificado com Solo de Urbanização Programada de Baixa Densidade.

Faz a transição entre a zona urbana mais densa correspondente ao crescimento dos

aglomerados e o espaço rural exterior ao perímetro urbano definido no PDM,

parcialmente incluído no PU em vigor como espaço verde de protecção e

enquadramento.

Nesta faixa propõe-se uma ocupação de baixa densidade, nas condições estabelecidas

no regulamento.

5.2.26 UZ 26

Área sob tutela do Instituto Portuário do Centro na margem sul do Mondego, com

instalações portuárias e industriais e algumas zonas em abandono.

Esta área tem potencialidades para uma intervenção de grande dimensão que dinamize a

criação de um pólo urbano capaz influenciar positivamente toda a margem sul da cidade

e contribuir para a regeneração urbana da Cova Gala. O interesse demonstrado pelo

38

Instituto Portuário do Centro, há alguns anos atrás, em libertar algumas áreas do uso

portuário e reordenar a área sob sua tutela, concretizado através do lançamento de um

concurso de ideias para a requalif icação de uma área de cerca de 120 ha, é um claro

sinal dessas potencialidades.

A ser retomada uma intenção desse tipo, que permita alterar o estatuto portuário desta

zona, ela deve ser concretizada através da revisão parcial do plano de urbanização ou da

realização de um plano de pormenor cujos termos de referência serão definidos pela

Câmara.

5.2.27 UZ 27

Corresponde ao aglomerado da Cova-Gala.

A Cova-Gala, devido à excessiva densificação que caracterizou o seu crescimento,

acompanhada de uma total ausência de disciplina na implantação dos edifícios, tem

actualmente diversos problemas urbanos que se estendem a todo o aglomerado e dos

quais se destacam:

• A falta de espaços públicos e equipamentos;

• A falta de estacionamentos;

• A ocupação desordenada e intensiva do interior dos quarteirões.

Nesse sentido, a intervenção nas zonas ainda não ocupadas deveria ser planeada na

perspectiva de introduzir elementos de correcção para o aglomerado no seu todo e, de

preferência precedida da realização de um Plano de Pormenor.

Nas operações urbanísticas que se venham a realizar entretanto, propõe-se um índice de

construção bruto máximo de 0,60, e um máximo de 4 pisos. Deverá ser avaliada a

possibil idade da reutil ização do equipamento desportivo existente no extremo norte do

aglomerado para outro uso como equipamento colectivo. As áreas de cedência a obter

nas operações urbanísticas a realizar nos SUPH a Norte do aglomerado devem passar

para o domínio privado do município, obtendo-se áreas de reserva para realojamento que

permitam descomprimir a zona mais densa e mais carenciada de equipamentos do

aglomerado da Cova-Gala.

5.2.28 UZ 28

Compreende a zona industrial da Cova-Gala, a Norte do IC1, e anexa ao aglomerado

urbano, num total de 18,8 ha (14 + 4,8).

A zona está ocupada por indústrias não adequadas à proximidade com as zonas

residenciais a norte e a poente, algumas delas tendo cessado a laboração.

39

Admite-se a transformação do uso do solo para habitação, comércio, serviços e

actividades económicas compatíveis com a habitação, que estabeleçam sinergias com a

ALE situada a sul da E.N.109.

Não é permitida a instalação de unidades industriais incompatíveis com o uso

habitacional, devendo os efluentes industr iais das unidades existentes e das novas

unidades a instalar ser obrigatoriamente precedidos de tratamento primário em

condições a definir pela Câmara.

Para as operações urbanísticas a desenvolver na perspectiva da alteração do uso do solo

prevê-se um índice de construção bruto máximo de 0,7 e um máximo de 7 pisos.

Pretende-se que esta operação de reconversão , pela sua qualidade urbana, venha a

influenciar positivamente a margem sul da cidade.

Não deverão ser permitidas novas ligações à E.N.109 e deverá estudar-se a possibil idade

de aproveitar as operações urbanísticas a desenvolver para desnivelar o actual nó de

ligação à E.N. 109, a sul da zona industrial.

Tendo em conta que já foi desenvolvido um estudo urbanístico de pormenor para esta

zona, a concretização da transformação do uso do solo pode ser feita através da

delimitação pela Câmara de uma unidade de execução e pela realização da

correspondente operação de reparcelamento, dispensando a realização de um plano de

pormenor.

6. Acções Estratégicas de Qualificação da Cidade

Conforme referido atrás, o anterior Plano de Urbanização dotou a cidade de áreas de

expansão habitacional, equipamentos colectivos e infraestruturas básicas suficientes para

suprir algumas carências existentes e para o normal crescimento da cidade na década

seguinte à sua realização, tendo em conta a evolução dos indicadores demográficos

registados até ao último recenseamento. A cidade foi ainda dotada, em plano, de uma

rede viária estruturante capaz de responder adequadamente a esse crescimento e de

garantir, em termos físicos, o bom funcionamento do sistema urbano.

A rede viária estruturante da cidade, então definida, tem vindo a ser construída nos

últimos anos e encontra-se praticamente concluída.

A avaliação que foi feita da realização do Plano, em particular a avaliação do crescimento

demográfico verificado, articulada com a avaliação da capacidade construtiva existente

na cidade, permite-nos concluir que a principal necessidade da cidade não é crescer,

alargando os seus l imites e aumentando a sua capacidade construtiva, mas qualificar a

sua estrutura construída, melhorar o seu funcionamento e aumentar a qualidade de vida

dos seus habitantes.

40

Assim, apontamos para a execução de um conjunto de acções estratégicas que

permitiriam à Figueira da Foz dar mais um importante salto qualitativo no sentido da

melhoria da sua qualidade urbana e da sua afirmação competitiva no conjunto das

cidades médias no país e, particularmente, na região centro.

A primeira l istagem de acções estratégicas foi feita em 2001, aquando da apresentação

da primeira proposta preliminar de revisão do PU. Como a conclusão do plano se

prolongou por um período relativamente longo, a situação relativamente a algumas das

acções modificou-se significativamente. Apesar disso, entendemos que elas deveriam ser

apresentadas aqui, tal como foram delineadas, uma vez que o foram como um conjunto

interligado e que a necessidade de desenvolver aquelas que ainda não foram realizadas,

deve ser compreendida no âmbito do sistema global de acções então propostas.

À l ista inicial foram acrescentadas diversas outras acções que foram sendo delineadas

posteriormente e que completam um todo mais coerente e mais adequado à realidade

actual da cidade.

A possibil idade de acesso ao sistema de incentivos previsto nos Programas Operacionais

do Quadro de Referência Estratégico Nacional QREN 2007-2013 abre a oportunidade de

desenvolver articuladamente várias das acções propostas para cuja realização a

autarquia não dispõe de capacidade financeira autónoma.

A l ista das acções estratégicas propostas é apresentada em seguida bem como a

descrição sucinta de cada uma delas:

1. Reutilização dos terrenos do terminal de camionagem;

2. Construção do novo interface rodo-ferroviário;

3. Reordenamento dos terrenos da REFER – Estação de Caminho de Ferro;

4. Nova Alameda da Estação;

5. Novo Parque Urbano;

6. Ligação do IP3 à Via V3 e ao centro da cidade;

7. Requalificação da Marginal Ribeirinha e Atlântica e do areal da Praia;

8. Plano de Pormenor do Bairro Novo;

9. Reordenamento da circulação e do estacionamento na cidade;

10. Reordenamento da zona oriental (Salmanha, Fontela e Vila Verde) e construção de

novos acessos;

11. Operação integrada de reestruturação de Cova-Gala.

41

6.1. Acção Estratégica 1 – Reutilização dos terrenos do terminal de camionagem

A transferência da Central Rodoviária já prevista no anterior PU, mas não concretizada

em definitivo, permite encarar o reaproveitamento do espaço ocupado pelo actual

terminal.

Situado num local com óptima acessibilidade, reforçada com a construção da l igação do

IP3 à Via V3 (entretanto já realizada) e com a ligação desta à Rua dos Heróis do Ultramar,

a curta distância do centro da cidade e de alguns dos mais importantes equipamentos

urbanos - Centro de Artes e Espectáculos, instalações da Universidade Católica (UC) e

da Universidade Internacional - é um espaço que sendo devidamente aproveitado, pode

contribuir decisivamente para a qualificação desta zona da cidade, tornando-se o pólo de

uma nova centralidade.

Propomos que neste espaço seja construído um grande parque de estacionamento

subterrâneo com o aproveitamento dos pisos superiores para habitação, comércio e/ou

serviços.

O parque de estacionamento poderá ser o terminal de um circuito de mini-autocarros que

sirvam nomeadamente o Bairro Novo e o centro da cidade.

Apesar de algumas alterações, designadamente a não concretização das novas

instalações da UC, mantêm-se os pressupostos que estiveram na base da definição da

acção estratégica.

A transferência, a título provisório, do terminal rodoviário para junto da estação de

caminho de ferro já se concretizou, pelo que a reconversão do antigo terminal já pode ser

realizada.

6.2. Acção Estratégica 2 – Construção do novo interface rodo-ferroviário

O antigo terminal rodoviário já foi desafectado estando provisoriamente instalado junto à

estação de caminho de ferro. O P.U. actualmente em vigor previa a localização do novo

terminal rodoviário num terreno adjacente ao troço final do IP3 e fronteiro aos terrenos da

REFER, onde se situa a estação de caminho de ferro. A localização do terminal nesta

zona já era extremamente favorável do ponto de vista da gestão integrada do sistema de

transportes da cidade. A nova localização proposta, muito próxima da anterior, permite

uma melhor articulação com o modo ferroviário tendo, por isso, vantagens de

funcionamento. O facto de o interface se localizar em terrenos de propriedade pública é

igualmente uma vantagem.

Com a colaboração da REFER/INVESFER foi possível desenvolver um estudo de

localização integrado que permite a criação de um interface rodo-ferroviário e potencia o

reordenamento de terrenos sub-util izados da REFER (Acção Estratégica 3) e,

consequentemente, a reutil ização dos terrenos do antigo terminal (Acção Estratégica1).

42

A concretização desta acção permitirá desbloquear um conjunto de terrenos que, por

estarem inscritos no anterior plano como equipamento, estavam sub-util izados ou com

uma utilização incompatível com a sua localização. Com esta intervenção qualif ica-se

uma zona privi legiada, actualmente a principal porta de entrada da cidade.

Esta acção articula-se directamente com a acção estratégica 4."Nova Alameda da

Estação".

6.3. Acção Estratégica 3 – Reordenamento dos terrenos da REFER / Estação de

Caminho de Ferro

A área actualmente ocupada pelos terrenos da REFER, junto à estação de C.F., é

excedentária face às actuais necessidades de operação da estação.

A reutilização dos referidos terrenos permitirá:

- A construção de um novo edifício da estação devidamente articulado com o terminal

rodoviário, constituindo um verdadeiro interface rodo-ferroviário de modo a garantir

um melhor funcionamento e articulação do sistema de transportes;

- O aproveitamento, para fins urbanos (residencial, comércio e serviços) de terrenos

actualmente sub-uti lizados, garantindo a viabil ização financeira da operação;

- O fecho da malha urbana da zona a Poente da estação e a reconversão da

circulação naquela zona.

A proposta desta acção estratégica deu origem à realização de um estudo de loteamento

para os terrenos com uso ferroviário promovido pela INVESFER e de um estudo

urbanístico para toda a zona do Parque Urbano e envolvente, e Alameda da Estação que

abrange a totalidade da UZ 18. Estes dois estudos - estudo urbanístico e projecto de

loteamento - estão concluídos e podem servir de base para a realização de uma unidade

de execução/operação de reparcelamento que concretize a acção proposta.

6.4. Acção Estratégica 4 – Nova Alameda da Estação

Articulada com o fecho da malha viária, particularmente com a ligação do IP3 à via V3,

com a concretização do novo Terminal Rodoviário e com o reordenamento dos terrenos

da REFER, esta intervenção, que pode vir a transformar profundamente toda a zona

oriental da cidade, compõe-se de 2 sub-acções, com alguma autonomia de realização,

mas cuja concretização, pela interligação entre elas e com as outras acções estratégicas,

exige uma profunda coordenação em termos de projecto.

6.4.1 Alameda da Estação

A reconversão do actual troço final do IP3 – entre a nova rotunda e a actual rotunda da

estação –, qualificando esta entrada da cidade, através da construção de uma alameda

43

arborizada e ajardinada, que prolongue a estrutura verde do novo Parque Urbano até à

nova estação e à zona ribeirinha (ver 5.6).

6.4.2 Ligação ao Parque Urbano

Criação de uma ligação pedonal franca, que articule a Alameda da Estação com o Parque

Urbano.

Criação de uma ligação pedonal entre a Alameda e a Av. Dr. Francisco Lopes Guimarães.

6.5. Acção Estratégica 5 – Novo Parque Urbano

Integrado na UZ 18, na qual também está incluído o projecto do nó do Galo de Ouro,

esta acção estratégica deu origem à realização pela autarquia de um Estudo Urbanístico

do Parque Urbano, cujo desenho urbano e parâmetros urbanísticos integram a planta de

zonamento e o regulamento do plano de urbanização. Com este estudo consideram-se

resolvidas em termos de projecto as sub acções 5.5.2., 5.5.3. e 5.5.4. descritas abaixo e

parcialmente a 5.5.1., havendo condições para a sua concretização. Com o levantamento

do cadastro da propriedade ficarão satisfeitas todas as condições para se definir(em) a(s)

operação(ões) de reparcelamento.

A concretização do Parque Urbano exige um projecto de execução específico.

6.5.1 Estudo Preliminar de Ocupação

Este estudo deverá definir as vocações dos vários sub-espaços dentro da área reservada

para o Parque Urbano – as duas circulares que atravessam o Parque delimitam três

grandes zonas no seu interior – avaliar a adequação dos equipamentos propostos e fazer

a sua distribuição espacial, e definir os critérios orientadores do Plano do Parque (tipos

de uti lização, necessidades de estacionamento, etc.).

6.5.2 Estudo de Ocupação das Margens

A forma como o Parque Urbano se relaciona com a cidade, particularmente com o tecido

edif icado nas suas margens, é uma forte condicionante do seu sucesso como elemento

dinamizador e qualif icador da vida da cidade. O Parque das Abadias é um exemplo a

seguir, de uma boa integração de um parque urbano.

Assim, deve ser convenientemente acautelada a qualidade urbana da envolvente do

parque, em termos de usos, volumetrias, tipologias, equipamentos complementares,

acessos viários e pedonais, relações com a rede viár ia principal e local, através de um

estudo de conjunto e não pela ocupação e edif icação casuística, à medida das intenções

e dos exclusivos interesses dos proprietários dos terrenos circundantes.

44

6.5.3 Ligação à Alameda da Estação

A relação do Parque Urbano com a cidade, referida no ponto anterior, é particularmente

importante no que se refere à sua articulação com a nova Alameda da Estação, que se

constituirá como um novo pólo de centralidade na Figueira da Foz.

6.5.4 Nó do Galo de Ouro/Tavarede

O novo nó do Galo de Ouro/Tavarede passará a ser um elemento de charneira

extremamente importante nas relações entre a cidade e o resto do concelho, pelo que a

sua articulação com o Parque deve ser especialmente cuidada, não devendo ser

encarado como um mero projecto rodoviário, mas sim tendo uma especial preocupação

com o seu enquadramento urbanístico, paisagístico e arquitectónico.

As acções aqui descritas concretizam-se conforme estabelecido no estudo urbanístico do

Parque Urbano e Alameda da Estação (ver 5.3) e podem ser realizadas com a aprovação

do PU.

A construção do nó do Galo de Ouro deve ser completada com uma ligação em dois

sentidos à Rua Voz da Justiça em Tavarede que permita resolver ou minimizar os

problemas de circulação no tecido urbano antigo de Tavarede, resultantes da inserção da

estrada do Saltadouro e do acréscimo de circulação nesta via.

6.6. Acção Estratégica 6 – Ligação do IP3 à Via V3 e ao centro da cidade

Esta acção estratégica é constituída por três sub-acções que permitem libertar da actual

entrada da cidade todo o tráfego que se dirige às praias e à zona centro/norte da cidade

e parte do tráfego que se dirige ao centro (ver Reconversão do Terminal Rodoviário AE1):

6.6.1 Ligação do IP3 à Via V3 (concluída)

Esta ligação foi realizada ao nível do terreno e permite também a ligação ao centro da

cidade através de uma rotunda. O Estudo Urbanístico do Parque Urbano e Alameda da

Estação, para a UZ18, propõe uma ligação desnivelada com um viaduto para garantir a

continuidade visual e funcional do Parque Urbano a norte e a sul da entrada da cidade.

6.6.2 Ligação da Via V3 à Rua Heróis do Ultramar (rectificação da antiga estrada da

Várzea)

Trata-se de uma ligação em mão da via V3 à Rua Heróis do Ultramar, pelas traseiras do

Quartel da GNR, que vai melhorar as ligações desta zona ao centro da cidade.

6.6.3 Ligação da V3 à Av. Dr. Mário Soares (concluída)

É um importante elemento no fecho do sistema viário e no reordenamento da circulação

na cidade.

45

Algumas das acções aqui descritas concretizam-se através do estudo urbanístico do

Parque Urbano e Alameda da Estação (ver 5.3).

6.6.4 Reordenamento da circulação em Tavarede – Ligação ao nó de Tavarede

É preocupação antiga da Junta de Freguesia e da população de Tavarede resolver os

problemas de tráfego na zona antiga do aglomerado, particularmente os que decorrem

dos fluxos de entrada e saída pela estrada do Saltadouro. O plano prevê l igações ao nó

de Tavarede, a partir da rua Voz da Justiça para nascente do Largo Igreja. O tráfego será

desviado para nascente, evitando atravessar a zona onde a rede viár ia tem menos

capacidade e l igando ao nó de onde poderá ter conexões fáceis com toda a cidade.

6.7. Acção Estratégica 7 – Requalificação da Marginal Ribeir inha e Atlântica

6.7.1 Arranjo do Quebra-mar e do Forte de Santa Catarina

A proposta para esta área que inclui a Esplanada Silva Guimarães a Torre do Relógio e o

forte de Santa Catarina fundamenta-se no acréscimo significativo de área de fruição

pública consubstanciado no aumento do espaço do jardim. Prevê-se neste projecto a

manutenção do clube de ténis nas instalações que actualmente ocupa, devendo o seu

espaço ser requalificado nomeadamente a partir dos sistemas de continuidade e

qualificação que se prevêem para o Forte de Santa Catarina. No sentido de atribuir ao

forte o imaginário e simbólica do contacto com a água, propõe-se a criação de um plano

de água que encoste ao forte nos locais em que outrora isto se verif icava. Procura-se,

assim, dar elementos mais coerentes de interpretação da história local através de

intervenções de forte carácter simbólico. Propõe-se adicionalmente, a localização, do

lado poente da avenida de Espanha, de uma praça multiusos destinada a actividades de

carácter efémero que a cidade pretenda receber. Na zona jusante da doca de recreio

propõe-se a construção de um edifício sede para o clube náutico. Pretende-se ainda a

construção de três edifícios com usos propiciadores de sociabilidades urbanas tais como

restaurantes, cafés e espaços comerciais, que possibilitarão um contacto mais efectivo

entre a cidade e o rio. No remate desta zona propõe-se uma obra de referência, tanto

arquitectónica como funcional – o Museu Aqua-Marítimo, um reconhecimento da vocação

marítima e ribeirinha desta cidade de água, proporcionando um espaço de identif icação

histórica que está, em muito, na génese da urbe.

6.7.2 Área de Recreio Náutico e de Lazer do Molhe Norte

Com a obra do prolongamento do Molhe Norte e a consequente alteração da

configuração da praia junto a este, irá ser equacionada, em complemento das propostas

do Plano de Pormenor do Areal da Praia e do projecto de intervenção previsto para a

envolvente do Forte de Santa Catarina, a construção de uma Área de Recreio Náutico e

de Lazer que incorpora uma Marina, áreas complementares de serviços e algum

comércio.

46

Este projecto está ser desenvolvido em articulação com a Administração do Porto de

Aveiro, entidade que detém a jurisdição nesta área.

6.7.3 Plano de Pormenor do Areal da Praia

Elaboração do Plano de Pormenor do Areal da Praia de acordo com as orientações

expressas no POOC. Deve articular-se com as propostas do Plano de Pormenor do

Bairro Novo e ter em vista nomeadamente os seguintes objectivos:

- Reduzir a extensão do areal da praia ou tornar mais fácil o seu atravessamento;

- Criar equipamentos e áreas de lazer;

- Ordenar as infraestruturas balneares;

6.7.4 Requalif icação da Zona Ribeir inha a Montante do Porto Comercial

O projecto de requalif icação da marginal deverá ser intimamente articulado com o

projecto em curso, da iniciativa da Autoridade Portuária, para os terrenos da sua tutela,

com a criação da nova marina oceânica

6.7.5 Reabilitação da Marginal Ribeirinha e Atlântica

Genericamente:

- Redefinição da estrutura viária, da circulação automóvel e das áreas de

estacionamento;

- Redefinição do passeio marginal, criação ciclovia e de zonas verdes;

- Criação de equipamentos e áreas de lazer;

Nova Marina

Oceânica

47

- Integração das áreas portuárias;

- Integração do forte e dos equipamentos existentes;

- Continuidade dos percursos pedonais da cidade;

- Integração da marina no espaço público;

- Integração com os espaços públicos e parques urbanos existentes e propostos.

Acções concretas:

Instalação de Transporte em Sítio Próprio – Percurso do “Americano”

A instalação de um espaço canal para circulação do “ Americano “ integra o projecto de

reestruturação do espaço público, proposto no Plano de Pormenor das Praias,

procurando garantir a continuidade urbana de percursos, desde Buarcos até à Estação

da CP, em paralelo com a ciclovia e com a faixa de circulação pedonal. Este novo

sistema de transporte público, que se pretende alternativo e amigo do ambiente,

podendo ser equiparado a um pequeno metro de superfície, retoma a antiga ideia do

“Carro Americano” (ou Electro-mula) que, de 1875 até 1930, efectuou o percurso do

cabo Mondego à Estação.

6.7.6 Plano de requalificação da frente construída

Genericamente:

- Reabilitação de edif ícios existentes;

- Plano de fachadas e cérceas para novos edifícios;

- Potenciar usos relacionados com actividades de lazer.

Acções concretas:

Reabilitação do Mercado Municipal Engenheiro Silva

Instalado num edif ício centenário (1892), foi já alvo de algumas intervenções e

melhoramentos.

Edifício de planta quadrangular, com três frentes l ibertas e fachada principal voltada para

o Jardim Infante D. Henrique, cobrindo uma superfície de 4.800 m2, é composto por rés-

do-chão e primeiro andar.

No rés-do-chão existem estabelecimentos comerciais diversos e um espaço amplo

destinado à venda de produtos frescos.

O primeiro andar do edifício é composto por um conjunto de espaços de acesso

exclusivo pelo interior das lojas do rés-do-chão e tem vindo a ser utilizado como

armazém destas.

48

Apesar dos melhoramentos efectuados ao longo dos anos justifica-se equacionar um

projecto de reabil itação e de reafectação de uso dos espaços comerciais do rés-do-chão

e de reaproveitamento do 1º piso para espaço comercial, articulado com uma melhor

integração do edifício no espaço urbano envolvente – frente ribeirinha e jardim municipal.

Recuperação da frente edificada Esplanada Silva Guimarães

O conjunto edificado da Esplanada Silva Guimarães foi parcialmente intervencionado pelo

município, ao nível da reabilitação de todo o espaço público da esplanada. Dada a

importância deste conjunto, tanto no contexto da frente marginal, como enquanto

elemento simbólico na memória da cidade, pretende-se lançar uma operação integrada

abrangendo todo o quarteirão, com a participação do município na reabil itação dos três

edif ícios de que já é proprietário e dos restantes proprietários de outros edifícios

igualmente com importância simbólica.

Esta operação tem por objectivo a requalificação dos edifícios e a sua reutilização, o

reordenamento dos espaços públicos e o reforço das ligações pedonais entre toda a

frente da Esplanada e o interior do Bairro Novo.

Requalif icação da Rua 5 de Outubro e Envolvente

A Rua 5 de Outubro localiza-se na Freguesia de Buarcos, em frente ao mar e sobre as

muralhas de Buarcos que estão classificadas como Imóvel de Interesse Público.

Com a requalificação desta rua pretende-se valorizar as referidas muralhas e devolver

este arruamento ao uso público (preferencialmente pedonal), tratando-o como um espaço

49

privilegiado de fruição sobre o mar. Deste modo propõe-se condicionar a rua existente a

um só sentido de trânsito para moradores e cargas e descargas e retirar da mesma o

estacionamento de viaturas.

Este espaço público a requalificar, irá articular-se com as pequenas praças interiores da

malha urbana de Buarcos.

6.7.7 Reordenamento da circulação e do estacionamento

Para uma efectiva requalificação da marginal ribeirinha e atlântica é necessário reduzir a

pressão do tráfego de atravessamento e do estacionamento (ver Acção Estratégica 9).

6.8. Acção Estratégica 8 – Plano de Pormenor do Bairro Novo

Concretização das propostas do Plano de Pormenor de Reabilitação do Bairro Novo.

6.9. Acção Estratégica 9 – Reordenamento da circulação e do estacionamento na

cidade

Muitas das acções concretas seguidamente indicadas ou já foram realizadas ou deixam

de fazer sentido face a desenvolvimentos posteriores como é o caso do estudo do

Parque Urbano – UZ 18. Optámos, no entanto, por deixar a descrição inicial pelo facto de

estas acções traduzirem a expressão de um conceito global de circulação para a cidade

que continua a fazer sentido.

Os efeitos de algumas das acções em curso, previstas e propostas e o sucesso de

outras, exigem que o sistema de circulação e estacionamento da cidade seja abordado

na sua globalidade, através de um estudo específico.

O conceito de circulação tem como principais objectivos:

Criar um acesso facilitado a toda a faixa Norte da cidade, de Tavarede a Buarcos, e à

Praia da Figueira, para quem vem do exterior, evitando a passagem pelo centro da

cidade, através da marginal ribeirinha.

Garantir bons acessos às novas zonas de actividades (comércio e serviços) da periferia

Norte da cidade, sem sobrecarregar o centro.

Criar condições para requalificar a marginal ribeirinha e atlântica, aliviando-a da pressão

do tráfego e transformando-a, gradualmente, numa zona mais adequada à fruição das

sua qualidade ambiental e paisagística e à estadia e lazer.

Criar um sistema fácil e eficiente de acessos, estacionamento e circulação no centro da

cidade, criando melhores condições para a utilização da estrutura comercial existente,

melhorando a circulação pedonal e valorizando o espaço público.

São as seguintes as acções a realizar para dar forma ao conceito:

50

Completamento da rede viária principal da cidade, prevista no plano de urbanização –

sistema de vias circulares e ligações radiais;

Desenho da via V3 e da rotunda de l igação com o IP3, de forma a desviar a maior parte

do trânsito de acesso à cidade para Norte, evitando a sua passagem pela marginal;

Reclassificação do IP3 como via urbana a partir da rotunda de ligação com a V3, para

Sul. Esta via deverá ser reperfilada, integrando a via paralela que serve os edifícios a

poente e assumindo o carácter de Alameda. O seu novo desenho deverá assegurar uma

boa ligação pedonal entre o Parque Urbano e o largo/rotunda fronteiro à estação de

caminho de ferro, prolongando, se possível, o corredor verde e, também, uma adequada

articulação com o novo interface de transportes a criar.

Requalif icação de toda a marginal ribeirinha desde a estação de caminho de ferro até ao

Largo do Quebra-Mar, em articulação com a autoridade portuária, aproveitando o enorme

potencial desta zona para o recreio e lazer, numa perspectiva de diversificação das

actividades l igadas ao turismo – nova marina oceânica e expansão da actual.

A concretização das acções estratégicas que envolvem a nova entrada na cidade, o

parque urbano, a alameda da estação, o novo interface e o reordenamento da zona da

estação, tornam mais premente ainda a realização de um estudo de reordenamento da

circulação e do estacionamento nesta zona da cidade.

6.10. Acção estratégica 10 – Reordenamento e Estruturação da Zona Oriental

(Salmanha, Fontela e Vila Verde)

Toda a zona entre o IP3 e o Rio Mondego, a montante da ponte e até ao aglomerado de

Vila Verde, carece de estruturação urbana. A impossibilidade de concretização da via V4

no traçado previsto inicialmente, a necessidade de expansão da Vidreira do Mondego, a

desorganização e a falta de capacidade da rede viária para satisfazer as necessidades da

procura – tráfego de acesso e local –, o crescimento do porto comercial, o aumento dos

respectivos fluxos e as necessidades de apoio logístico, obrigam a repensar toda esta

zona e levar à prática um conjunto de sub-acções que se descrevem de seguida:

6.10.1 Melhoria da acessibilidade

6.10.1.1 Passagem superior sobre a l inha de caminho de ferro na Salmanha

Construção de um viaduto sobre a l inha de caminho de ferro na Salmanha, ligando a

estrada M600 à nova via V4.

6.10.1.2 Novo traçado e desenho da Via V4 e melhoria geral da rede viária.

Construção da via V4 desde a Salmanha até às imediações da Vidreira da Fontela com

um novo traçado e um novo estatuto urbano, abandonando o seu carácter de via rápida

51

para uma via de acesso principal, com características mais urbanas e sem conflito com

as edificações existentes.

Melhorar e alargar a estrada M600.

Melhorar a rede viária local.

6.10.1.3 Novo nó de acesso à A14 e à A17

A transferência do IC1 para Nascente, com um nó de ligação à A14 e à A17, próximo de

Vila Verde, o aumento de circulação de pesados entre a zona industrial Sul do concelho e

o porto da Figueira da Foz e a necessidade de melhoria dos acessos a Vila Verde,

justificam o estudo de um novo nó de ligação à A14 e à A17. Este estudo deve ser

realizado no âmbito do PDM, em acordo com o EP.

6.10.2 Reordenamento da Zona Oriental

Definir novos arruamentos para ligar a M600 à V4 e ao novo nó da A14 e A17,

estabelecer novas relações com a rede viária existente e estruturar a área como uma

malha. Algumas rotundas permitirão "ligar" o tráfego nos 3 pontos-chave: viaduto,

ligação ao IP3 e acessos à Vidreira.

Ordenar a zona destinada a indústr ia ligeira e armazéns, para dar resposta às

necessidades de apoio logístico que o crescimento da actividade portuária vai,

naturalmente, provocar.

Estabelecer corredores verdes de transição e protecção entre a zona industrial e a zona

habitacional, fazendo a ligação transversal até ao rio.

6.11. Acção Estratégica 10 – Operação integrada de reestruturação da Cova-Gala

A intervenção a realizar na Cova-Gala tem como objectivo o seu reordenamento e

requalificação, a criação de espaços verdes e espaços públicos, a organização do

espaço construído e a hierarquização da rede viária.

A intervenção envolve as seguintes acções:

6.11.1 Reconversão da zona central da Cova Gala

- Reconversão da zona designada por "centro tradicional", a zona do aglomerado

antigo mais próxima da costa, onde a densidade é mais elevada e onde se verifica uma

maior indisciplina da ocupação urbana, sem distinção clara entre espaços construídos e

espaço livre – logradouros ou outros. Para a concretização desta acção é necessário um

trabalho de análise de grande pormenor, que avalie com rigor as parcelas ainda l ivres ou

com potencialidade de reuti lização e identif ique os edifícios a reconverter, recuperar ou

eliminar, com vista à formulação de um Programa de Intervenção e de um Regulamento

disciplinador.

52

As operações urbanísticas a realizar nos terrenos ainda disponíveis a norte da Cova Gala

devem ser concretizadas de forma a gerar, através dos mecanismos de perequação, um

excedente de área de construção que permita desdensificar a “área central” e ganhar

espaços livres de desafogo e áreas para pequenos equipamentos colectivos de

proximidade.

6.11.2 Reconversão da zona litoral

- Intervenção na zona litoral para a constituição de uma grande área de lazer, recreio

e turismo, integrando os equipamentos existentes – hospital, centro social, polidesportivo

e parque de campismo – com os equipamentos a criar, numa perspectiva de

complementaridade.

6.11.3 Reconversão da zona industrial

A existência de investidores privados interessados em desenvolver a reconversão da

zona industrial a norte do IC1/EN 109, abre perspectivas para uma intervenção exemplar

para esta área, criando espaços para a instalação de equipamentos colectivos de que a

zona está carenciada, e criando uma dinâmica que influencie positivamente toda a zona,

possibil itando designadamente a construção de uma ligação desnivelada para a Área de

Localização Empresarial (ALE).

Propõe-se uma zona residencial, comercial e de serviços, prosseguindo os seguintes

objectivos:

a) Obtenção de um excedente de lotes ou de fogos através da aplicação de um

sistema de perequação a toda a zona, para permitir o progressivo realojamento das

famílias a desalojar do "centro tradicional" no âmbito do processo de reabilitação daquela

zona.

b) Criação de uma nova zona de comércio e serviços e espaço público qualificado,

com a qual se pretende obter uma nova centralidade. Uma nova zona de actividades

complementares da indústria – artes gráficas, pequenas oficinas e outras – poderá

também vir a gerar sinergias com a Área de Localização Empresarial.

6.11.4 Nó do Pólo Empresarial

Estudo de um novo nó de ligação ao Pólo Empresarial de forma a eliminar as viragens à

esquerda na EN 109.

6.11.5 Zona habitacional

Intervenção na "zona habitacional a estruturar" com os seguintes objectivos:

- Fecho da malha viária;

- Ordenamento da circulação;

53

- Disciplina da ocupação urbana;

- Criação de espaços públicos.

7. Infraestruturas Eléctricas e Telecomunicações

São abrangidas neste ponto as seguintes infraestruturas:

Infraestruturas de Média Tensão;

Infraestruturas de Baixa Tensão;

Infraestruturas de Iluminação Pública.

Infraestruturas de Telecomunicações.

Os projectos e a execução dos trabalhos deverão obedecer às seguintes normas e

regulamentos:

Regras Técnicas de Instalações eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT)

Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de Transformação e

Seccionamento;

Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de Energia Eléctrica;

Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão;

Recomendações do Distribuidor Público de Energia.

7.1. Infraestruturas de Média Tensão

As redes de Média Tensão deverão ser projectadas, tendo em atenção as infraestruturas

existentes e as necessidades dos consumidores existentes e a instalar nas zonas de

expansão.

As redes de Média Tensão serão do tipo subterrâneo. Os cabos serão monopolares do

tipo LXHIOV com 240 mm2 de secção, ou outros a acordar com o Distribuidor Público,

instalados no fundo de valas convenientemente preparadas, a 1,20 m de profundidade

mínima, sinalizados com fita plástica regulamentar.

Nas travessias os condutores deverão ser protegidos mecanicamente por tubos do tipo

PVC PN 6 kg, com 125 mm de diâmetro externo, instalados de forma que a substituição

dos cabos se faça sem necessidade de danificar os pavimentos.

As valas para instalação das travessias terão profundidade tal que permitam a instalação

dos tubos a profundidade recomendada para cada caso, com o mínimo de 1,30m com

enchimento em areia, até à base do pavimento superficial.

54

Os Postos de Seccionamento e Transformação serão do tipo interior, modulares,

constituídos por celas fechadas e equipamento de corte em SF6. Serão equipados com

celas de seccionamento para o anel e celas dotadas de rupto-fusíveis para protecção

dos transformadores.

Os transformadores terão, de um modo geral, a potência unitária de 630 KVA.

Os Quadros Gerais de Baixa Tensão serão de modelo aprovado pela EDP, Tipo CA2.

Será instalado um quadro para cada transformador.

7.2. Infraestruturas de Baixa Tensão

As redes de Baixa Tensão deverão ser projectadas tendo em atenção as necessidades

dos consumidores a alimentar, as intensidades de corrente admissíveis nos cabos e as

quedas de tensão permitidas pelos regulamentos e de acordo com o Distr ibuidor.

As redes de Baixa Tensão serão do tipo subterrâneo. Os cabos serão monopolares ou

tripolares, com alma em cobre ou alumínio, consoante as determinações do Distribuidor

Público e instalados no fundo de valas convenientemente preparadas, a 0,80 m de

profundidade mínima, totalmente envolvidas em areia limpa e sinalizadas com fita

plástica.

Nas travessias os condutores serão protegidos mecanicamente por tubos do tipo PVC

PN 6 kg, com 125 mm de diâmetro externo, instalados de forma que a substituição dos

cabos se faça sem necessidade de danificar os pavimentos.

As valas para instalação das travessias terão profundidade tal que permitam a instalação

dos tubos a profundidade recomendada para cada caso, com o mínimo de 0,80m

devidamente envolvidas em areia.

7.3. Infraestruturas de Iluminação Pública

Designa-se por rede de Iluminação Pública todas as infraestruturas destinadas a i luminar

os espaços públicos e cuja exploração e manutenção será efectuada pelo Distribuidor

Público de Energia.

As canalizações da rede de iluminação pública tem origem nos armários de distribuição

tipo CA2 que serão instalados no interior dos Postos de Seccionamento e Transformação

e, caso sejam imprescindíveis, em armários de distribuição.

A rede de cabos de i luminação será do tipo subterrâneo. Os cabos serão de cobre e

ficarão instalados a 0,80 m de profundidade mínima, no fundo de valas convenientemente

preparadas, com enchimento em areia limpa e sinalizados com fita plástica regulamentar.

Nas travessias de ruas e nos restantes locais assinalados nas peças desenhadas os

cabos da rede de iluminação pública ficarão instalados no interior de tubos de PVC.

55

Para a i luminação pública serão utilizadas luminárias de modelo reconhecido e aceite

pelo Distribuidor Público, instaladas em colunas apropriadas.

A selecção das luminárias e das colunas deve obedecer a factores de ordem estética e

funcional.

Os cálculos luminotécnicos devem ser efectuados de forma que o sistema proporcione

iluminação adequada das vias rodoviárias, com níveis de luminância determinados em

função da classificação das vias e com factores de uniformidade geral e longitudinal

elevados.

O estudo luminotécnico deve ser realizado segundo as recomendações da C.I.E.

(Comissão Internacional de Iluminação), nomeadamente para definição dos níveis de

luminância, tipo de implantação e altura útil das colunas.

Deverá ser privi legiada a util ização de aparelhos de iluminação equipados com lâmpadas

de vapor de sódio de alta pressão, dado o elevado rendimento da lâmpada (lumen/watt >

100) o que permite optimizar a potência instalada. Embora a tonalidade amarelada, este

tipo de i luminação tem um alto índice de contraste, proporcionando contornos bem

definidos das volumetrias visualizadas, fácil adaptação a condições meteorológicas

adversas, duração de vida úti l elevada.

As colunas de i luminação devem alojar os suportes para fixação dos cabos armados, as

placas de bornes e os corta circuitos fusíveis.

As derivações deverão feitas nas colunas, em placas de l igação e através de aperto

mecânico.

Cada coluna deve possuir um ligador de terra ao qual serão ligados, a armadura, a

coluna e a armadura do cabo que a alimenta. Este ligador será por sua vez ligado a um

eléctrodo de terra.

7.4. Infraestruturas de Telecomunicações

Devem ser previstas infraestruturas de condutas e caixas de visita implementadas de

acordo com as necessidades e prescrições dos operadores interessados em estabelecer

redes de telecomunicações no local.

As infraestruturas a projectar destinam-se a suportar uma rede de telecomunicações

principal e uma rede de acesso. A rede de acesso será estendida até ao l imite das várias

áreas a lotear, sendo posteriormente concluída em função dos pontos a servir.

O número de condutas em cada troço de rede principal será variável de acordo com as

necessidades previstas

De um modo geral e sem prejuízo das recomendações dos operadores na elaboração do

projecto deverá observar-se o seguinte:

56

- As tampas das caixas deverão ter dimensões normalizadas de 80 cm × 60 cm e

deverão permitir destapar a maior extensão possível da caixa. As tampas serão

metálicas, de acordo com a norma NP124 Classe D400, para instalação em faixa de

rodagem, ou Classe B125, para instalação em passeio devendo-se prever sempre que

possível a sua implantação na zona do passeio ou fora da faixa de rodagem.

- As condutas de rede principal são tubos corrugados de 125 mm de diâmetro exterior

em polieti leno de alta densidade (PEAD), com dupla parede, sendo o revestimento interior

em Teflon. As condutas podem ser seccionadas com três mono tubos de 40 mm de

diâmetro exterior, em PEAD liso, de cor preta. O seccionamento permite que uma

conduta suporte até três cabos de fibra óptica.

- As condutas da rede de acesso são tubos de 63 mm em PEAD corrugado, com dupla

parede, sendo o revestimento interior em Teflon. Uma vez que a rede de acesso é

instalada com vista à sua futura terminação nos lotes que vierem a ser definidos, deverão

ser instaladas guias nas condutas de acesso, de forma a facil itar a posterior instalação

de cabos de fibra óptica.

- Todas as condutas devem ser tamponadas nos dois extremos, de forma a evitar o

acesso às caixas por roedores.

- As condutas da rede principal serão assentes a uma cota mínima de 100 cm, sendo

dispostas em duas camadas e envolvidas em betão simples. A cota mínima da parte

superior das condutas será de 60 cm, no topo da qual se instala fita de pré-aviso de cor

verde. Segue-se uma base de "tout-venant" (mínimo de 25 cm de espessura) e uma

cobertura superficial de tapete betuminoso com características de desgaste (espessura

mínima de 7 cm).

Para instalação em passeio, as condutas serão assentes a uma cota mínima de 80 cm,

sendo dispostas em duas camadas e envolvidas em areia. A cota mínima da parte

superior das condutas será de 40 cm. Por cima das condutas instala-se fita de pré-aviso

de cor verde, coberta por uma camada de solos escavados com uma espessura mínima

de 35 cm. A cobertura superficial, correspondente à zona de reposição de passeio, terá

uma espessura mínima de 10 cm.

- As condutas de rede de acesso serão assentes a uma profundidade mínima de 60 cm,

no caso de faixas de rodagem, ou de 40 cm, no caso de passeios.

7.4.1 Estimativa de Custos 1

Redes de Média Tensão: 2.410.000 €

1 Valores actualizados pelo IPC de Novembro de 2007

57

Redes de Baixa Tensão: 2.720.000 €

Redes de Iluminação Pública: 2.600.000 €

Infraestruturas de telecomunicações: 1.300.000 €

Total: 9.030.000 €

8. Rede Viária, Circulação e Transportes

As intervenções no âmbito da rede viária, circulação e transportes decorrem das Acções

Estratégicas atrás referidas.

8.1. Acção Estratégica 1 – Reutilização do Terminal de Camionagem

Para esta acção estratégica está prevista a construção de um parque de estacionamento

subterrâneo e de habitação, comércio e serviços à superfície.

Os valores para a construção do parque enterrado (2 pisos) são da ordem dos 11.650 a

12.800 euros por lugar, sendo que se deve considerar cerca de 25 m2 de área por lugar,

valor este que comporta acessos, rampas, zonas de circulação e o respectivo espaço de

estacionamento (valores na ordem dos 460 a 530 euros por m2). Para os restantes pisos

de comércio e serviços, função da área a afectar, pode-se considerar um valor da ordem

dos 815 euros por m2 de área de construção.

Prevê-se a construção de 2 pisos de estacionamento (8.500 m2 - 340 lugares),

correspondendo a 4.200.000 euros e 11.800 m2 de construção acima do solo,

correspondendo a 9.600.000 euros para uma estimativa total de 13.800.000 euros.

8.2. Acção Estratégica 2 – Novo Interface Rodo Ferroviário

Para a dimensão da cidade deve ser prevista uma área de 14.000 m2 para o interface.

Admitindo um custo de construção de 815 euros por m2 de construção, acrescido de 58

euros por m2 de área exterior a tratar (30.000 m2), prevê-se um investimento de

13.140.000 euros

8.3. Acção Estratégica 3 – Reordenamento dos terrenos da REFER/Estação de

Caminho de Ferro

Para esta intervenção cuja definição em termos de infra-estrutura ferroviária e instalações

complementares – novo edif ício da estação articulado com o terminal rodoviário, e

alteração dos feixes de linhas – depende da REFER e da CP, não existem neste momento

dados quantitativos que permitam elaborar ma estimativa de custo.

De qualquer forma, os benefícios económicos decorrentes do aproveitamento de terrenos

actualmente ocupados com infraestruturas ferroviárias para outros fins permitem encarar

a hipótese da operação ser auto-sustentável.

58

8.4. Acção Estratégica 4 – Nova Alameda da Estação

Consiste na reconversão do troço final do IP 3, já desclassif icado e na posse do

município, transformando-o numa alameda que garanta uma ligação urbana de qualidade

– pedonal e viária – entre a Estação e o Novo Parque Urbano.

Prevê-se um custo de 30 a 35 euros/m2 para as zonas ajardinadas e 58 euros/m2 para

as vias, o que corresponde a um investimento aproximado de 580.000 euros.

8.5. Acção Estratégica 6 – Ligação do IP 3 à Via V3 e ao centro da cidade

Estando já concluída a ligação do IP 3 à Via V3, desta acção estratégica falta incluir no

PU a ligação daquela à Rua Heróis do Ultramar, numa extensão de 300 metros e com um

perfil de 20m de largura, o que corresponde a um investimento de 350.000 euros.

8.6. Acção Estratégica 9 – Reordenamento da Circulação e do Estacionamento na

cidade

Estudo a efectuar com um valor orçamentado na ordem dos 116.000 euros, do qual

resultará a estimativa de custo da obra.

8.7. Acção Estratégica 10 – Reordenamento da Zona Oriental (Salmanha, Fontela e

Vila Verde) e construção de novos acessos

Consiste no reordenamento da zona oriental e na melhoria da acessibilidade com:

passagem superior sobre a Linha de Caminho de Ferro na Salmanha – 640 euros/m2

originando um valor global na ordem dos 2.900.000 euros; novo traçado e desenho da

Via V4 – 58 euros/m2 com 2.000 metros de extensão e 20 de largura, resultando em

2.330.000 euros + 4 rotundas a 72.800 euros/rotunda, totalizando 290.000 euros;

melhoria da rede viária – EM 600 – 30 euros/m2 e uma extensão de 2.100 metros

(extensão entre a rotunda de l igação ao IP3 ou passagem superior a construir sobre a via

férrea e o extremo Nascente do aglomerado de Vila Verde), com 10 m de largura,

resultando em 610.000 euros + 3 rotundas a 72.800 euros/rotunda, totalizando 218.00

euros; novo nó de acesso ao IP3 – 465.000 euros; restante rede viária (Salmanha,

Fontela e Vila Verde) – 58 euros/m2 e uma extensão de 2.000 metros (arbitrada),

resultando em1.165.000 euros. O investimento total nesta acção corresponde

aproximadamente a 8 milhões de euros.

9. Equipamentos Colectivos

De um modo geral a cobertura da cidade em termos de equipamentos colectivos é

adequada às necessidades.

O facto de o crescimento populacional ter sido reduzido, relativamente às previsões,

contribui para que as necessidades de novos equipamentos não sejam muito

significativas.

59

No entanto devem ser acauteladas, nos novos loteamentos a realizar, as cedências de

áreas para equipamentos colectivos previstas na legislação, permitindo ao município

passar a dispor de áreas de reserva para novas necessidades que venham a surgir. A

evolução histórica das sociedades mostra que ao longo do tempo as necessidades das

populações se vão alterando, admitindo-se que a prazo relativamente curto venham a

surgir necessidades para além das expressamente incluídas na legislação em vigor.

Por outro lado, a Figueira da Foz, pelo facto de dispor de um elevado número de

alojamentos cuja ocupação se resume a um curto período do ano, não sofre a

correspondente pressão relativamente a determinados equipamentos (nomeadamente,

escolas, creches, apoio a jovens e a idosos).

Não é no entanto de excluir a possibilidade de parte desses alojamentos virem, no futuro,

a ter uma ocupação permanente, aumentando a procura de equipamentos, sem que haja

a possibilidade de as áreas necessárias para os mesmos serem atempadamente

programadas no decorrer do processo de urbanização como seria normal.

Em anexo, no fim deste relatório, apresenta-se quadro com os equipamentos existentes,

por freguesia e por sector.2

As necessidades já detectadas de novos equipamentos ou alteração dos existentes para

a população actual são as seguintes:

9.1. Na freguesia de S. Julião

a) Centro Educativo de S. Julião/Tavarede (Fase de Transição da carta educativa da

Zona Urbana)

b) Centro de acolhimento de crianças e jovens

c) Parque infanti l nas Abadias (em projecto).

9.2. Na freguesia de Buarcos:

a) Ringue de patinagem, ao ar livre;

b) Recinto para a prática de radiomodelismo;

c) Pista de Atletismo de tartan, de 400 metros (deve ser incluída no complexo

desportivo de Buarcos).

9.3. Na freguesia de Tavarede:

a) Jardim-de-infância;

b) Lar para idosos.

2 Fonte: Departamento de Assuntos Sociais da C.M. da Figueira da Foz

60

9.4. Na freguesia de Vila Verde:

a) Encerramento da Escola EB1 da Fontela, com integração dos alunos na EB1 de Vila

Verde;

b) Centro de Dia e Apoio Domiciliário a Idosos;

c) Polidesportivo descoberto.

9.5. Na freguesia de S. Pedro:

a) Edificação de uma Escola Básica Integrada com 1º, 2º e 3º CEB (Fase final da Carta

educativa da Zona Urbana);

b) Piscina;

c) Arranjo da marginal (equipamentos):

Jardim-de-infância, para libertação do espaço ocupado na Escola 1º CEB (incluído na

Escola Básica Integrada);

Centro de Apoio aos jovens.

10. Infraestruturas de Águas e Esgotos

10.1. Introdução

No presente documento são analisadas, de modo genérico, as infraestruturas de águas e

esgotos que servem as zonas citadinas dentro do respectivo perímetro urbano.

O principal objectivo é verificar se toda a mancha urbana está coberta por sistemas, ou

redes existentes, projectadas, ou em obra.

10.2. Caracterização Genérica do Território

O território urbano da Figueira da Foz em estudo abrange as seguintes freguesias:

A norte do rio Mondego – Buarcos, Tavarede, S. Julião da Figueira da Foz e Vila Verde,

que constituem por assim dizer a zona urbana propriamente dita.

A sul do rio Mondego – S. Pedro/Gala, aglomerado urbano que no Plano de Urbanização

de 1995 foi integrado no perímetro urbano da cidade. Esta zona engloba uma grande

infra-estrutura portuária relativamente recente.

Neste território, o actual estudo do P.U. não prevê aumentos significativos de população

nem de áreas de expansão urbanística relativamente aos estudos existentes anteriores

(P.U. de 1995).

10.3. Elementos Consultados

Para além dos estudos urbanísticos do P.U., os elementos que serviram de base para a

análise foram os seguintes:

61

- Planta, à escala 1/25.000, dos Serviços Municipalizados da Figueira da Foz, relativa

ao Abastecimento de Água ao Concelho (1998);

- Plantas à escala 1/25.000, das Águas da Figueira relativas ao Plano Geral de

Saneamento da Figueira da Foz (1999);

- Troca de impressões com técnicos das “Águas da Figueira”.

A empresa “Águas da Figueira” dispõe de um Plano Geral de Águas e um Plano Geral de

Esgotos, que constituem documentos úteis para a programação e gestão da política

ambiental no território, naquelas vertentes.

10.4. Análise dos Sistemas de Infraestruturas

A análise que se efectua é genérica, atendendo-se fundamentalmente às áreas cobertas

ou não pelos sistemas ou pelas redes, não se analisando aspectos técnicos ou de

exploração dos mesmos.

Assim, sobrepondo a mancha urbanística em estudo sobre a cartografia dos sistemas

fornecidos, tendo em atenção as informações sobre os sistemas em funcionamento e ao

facto de não se prever expansão urbanística significativa, conclui-se que, tanto a nível do

Abastecimento de Água como da Drenagem de Águas Residuais, todo o território urbano

em estudo se encontra servido em termos de redes de distribuição.

Para os casos específicos dos pólos industriais dentro da mancha em estudo, como será

o caso da Fontela, onde existe a Vidreira do Mondego, que é um grande consumidor de

água, é recomendado que se verifique se, em termos do presente e eventual expansão

futura, estão garantidos os abastecimentos necessários.

No que se refere ao tratamento de águas detecta-se a necessidade de resolver o

problema existente em S. Pedro/Gala, isto é, ou substituir a actual estação de

tratamento, que não tem condições para continuar a funcionar, ou executar uma nova

adutora pela ponte a partir do sistema da margem norte (na nossa opinião seria a

solução mais correcta pois evitaria a necessidade de mais uma ETA).

No que se refere ao tratamento de esgotos os problemas urbanos estão resolvidos com a

entrada em funcionamento da ETAR da Zona Urbana.

62

Anexo 1 – Equipamentos Colectivos Existentes

Equipamentos Colectivos Freguesia de S. Julião

Sector Equipamento Observações

Educação Pré-escolar Jardim-de-infância Rui Mart ins Oficial

Educação Pré-escolar Jardim-de-infância Conde Ferreira Oficial Em construção

Educação Pré-escolar Assoc. J. I. João de Deus – 1º Jardim-escola Sol idariedade Social

Educação Pré-escolar Assoc. J. I. João de Deus – 2º Jardim-escola Sol idariedade Social

Educação Pré-escolar Fundação Bissaya Barreto – Casa da Criança de

S. Julião

Sol idariedade Social

Educação Pré-escolar Colégio D. João I I Particular 25 alunos

Educação Pré-escolar "A Colmeia" Particular

Educação Pré-escolar Centro de Educação e Protecção Infantil Particular

Educação 1º Ciclo Básico Escola do 1º CEB, Figueira da Foz 1/Abadias Oficial 404 alunos/18 salas

Educação 1º Ciclo Básico Escola do 1º CEB, Figueira da Foz 2/Viso Oficial 175 alunos/9 salas

Educação 1º Ciclo Básico Escola do 1º CEB, Figueira da Foz 3/Bela Vista Oficial 41 alunos / 3 salas

Educação 1º Ciclo Básico Escola do 1º CEB, Figueira da Foz 4/Rui Martins Oficial 77 alunos / 4 salas

Educação 1º Ciclo Básico Assoc. J. I. João de Deus: 1º Jardim-escola Sol idariedade Social

Educação 1º Ciclo Básico Assoc. J. I. João de Deus: 2º Jardim-escola Sol idariedade Social

Educação 1º Ciclo Básico Externato Vasco da Gama Particular 43 alunos

Educação 1º Ciclo Básico Colégio D. João I I Particular 25 alunos

Educação 1º Ciclo Básico Externato Moderno Particular

Educação Básico 2. 3 Escola EB 2.3 Dr. João de Barros Públ ica

Educação Secundário Escola Dr. Bernardino Machado Públ ica

Educação Secundário Escola Dra. Crist ina Torres Públ ica

Educação Universitário Universidade Internacional Privado

Educação Profissional Escola Profissional Figueira da Foz Privado

Educação Profissional Instituto Técnico e Profissional da F. Foz Privado

Educação Profissional Conservatório Maestro David Sousa Privado

63

Sector Equipamento Observações

Saúde Centro de Saúde da Figueira da Foz

Saúde Centro de Diagnóstico Pneumonológico

Solidariedade Social ATL Bela Vista Caritas Diocesana de Coimbra

Sol idariedade Social ATL Dr. João de Barros Caritas Diocesana de Coimbra

Sol idariedade Social ATL Cristina Torres Caritas Diocesana de Coimbra

Sol idariedade Social Lar de Crianças e Jovens Lar de S. Mart inho, de Coimbra

Sol idariedade Social Lar de Idosos, Centro de Dia e Apoio Domicil iár io Stª Casa Miseric., Obra da Figueira

Sol idariedade Social Lar de Crianças e Jovens Stª Casa Miseric., Obra da Figueira

Sol idariedade Social ATL Stª Casa Miseric., Obra da Figueira

Sol idariedade Social Lar de idosos Stª Casa Miseric., Obra da Figueira

Sol idariedade Social Unidade Residencial APPACDM

Sol idariedade Social CERCIFOZ

Sol idariedade Social Creche e Jardim-de-infância Fundação Bissaya Barreto

Sol idariedade Social Creche Assoc. Fernandes Mendes Pinto

Sol idariedade Social ATL e Apoio à Toxicodependência Assoc. Fernandes Mendes Pinto

Sol idariedade Social Serviço de Emergência/Centro Comunitário Cruz Vermelha Portuguesa

Sol idariedade Social Apoio Domicil iário Assoc. Desenvol. da Figueira da Foz

Sol idariedade Social JI Associação JE João de Deus

Sol idariedade Social JI Associação JE João de Deus

Sol idariedade Social Creche Associação JE João de Deus

Sol idariedade Social Creche, JI Ministério da Educação

Sol idariedade Social JI Ministério da Educação

Sol idariedade Social JI Ministério da Educação

Sol idariedade Social Lar de idosos Abadias, Lar de Idosos

Sol idariedade Social JI JI “A Colcheia”

64

Solidariedade Social Creche Geração Chupeta

Sol idariedade Social ATL Ass. Pais e Encarr. Educ. do CE Abadias

Sector Equipamento Observações

Desporto Piscina Piscina Praia

Desporto Pavilhão Coberto Escola EB 2.3 Dr. João de Barros

Desporto Pavilhão Coberto Esc. SEC. Dr. Bernardino Machado

Desporto Campo de Jogos Praia da Figueira da Foz

Desporto Campo de Jogos Abadias

Desporto Campo de Jogos Bairro da Celbi

Desporto Campo de Jogos Bairro do Cruzeiro

Desporto Campo de Jogos Urbanização R. Dr. Nogueira de Carvalho

Desporto Campo de Jogos Urbanização Escola das Abadias

Recreio Circuito Manutenção Abadias

Recreio Parque Radical Abadias

Recreio Parque Infanti l Praia da Figueira da Foz

Recreio Parque Infanti l Bairro do Cruzeiro

Recreio Parque Infanti l Urbaniz. R. Dr. Nogueira de Carvalho

Recreio Parque Infanti l Rua Cardoso Marta

Recreio Parque Infanti l Jardim Municipal

Recreio Parque Infanti l Bairro do Guerra

Recreio Ludoteca do Mar Praia da Figueira

Associações e Colectividades Assembleia Figueirense

Associações e Colectividades Sociedade Filarmónica Figueirense

Associações e Colectividades Sociedade Filarmónica 10 de Agosto

Associações e Colectividades Associação Naval 1º de Maio

Associações e Colectividades Ginásio Club Figueirense

65

Associações e Colectividades Sporting Club Figueirense

Associações e Colectividades Ténis Club da Figueira da Foz

Associações e Colectividades Club Náutico

Associações e Colectividades Moto Club da Figueira da Foz

Equipamentos Colectivos Freguesia de Buarcos

Sector Equipamento Observações

Educação Pré-escolar Jardim-de-infância de Buarcos Oficial Em construção

Educação Pré-escolar Casa de S. Pedro Sol idariedade Social

Educação Pré-escolar Centro Paroquial de Solidariedade

Social de Buarcos

Sol idariedade Social

Educação Pré-escolar JI Associação Goltz de Carvalho Sol idariedade Social

Educação 1º Ciclo Escola do 1º CEB, F. Foz 5/Serrado Públ ica 94 al. / 5 salas

Educação 1º Ciclo Escola do 1º CEB, F. Foz 6/Castelo Públ ica 64 al. / 4 salas

Educação 1º Ciclo Escola do 1º CEB, Vais Públ ica 31 al. / 2 salas

Educação Básico 2.3 Escola EB 2.3 Infante D. Pedro Públ ica

Educação Profissional Forpescas Públ ica

Saúde Centro de Saúde de Buarcos

Solidariedade Social Creche e Jardim-de-infância Instituto de S. Miguel

Sol idariedade Social Creche, Jardim-de-infância e ATL Centro Paroquial de Solid. Social de Buarcos

Sol idariedade Social Lar de Idosos Stª Casa da Misericórdia de Buarcos

Sol idariedade Social ATL, Lar de Idosos, Centro de

Convívio e Apoio Domicil iário

Caritas Diocesana de Coimbra

Sol idariedade Social Creche, JI, ATL, Centro Comunitário e

Apoio Domicil iário

Associação Goltz de Carvalho

Sol idariedade Social ATL e Centro de Dia APPACDM – Figueira da Foz

Sol idariedade Social Creche Associação Fernão Mendes Pinto

66

Solidariedade Social Centro de apoio à vida Associação Viver em Alegria

Sol idariedade Social Jardim de Infância Ministério da Educação

Sol idariedade Social ATL Academia dos Pequenitos

Sol idariedade Social Creche, JI e ATL C. Estudos e Brincadeiras Traquinas e

Trapalhões

Sol idariedade Social Lar de idosos Centro Residencial Colina do Sol

Desporto Piscina Coberta Ginásio Club Figueirense

Desporto Pavilhão Coberto Ginásio Club Figueirense

Desporto Pavilhão Coberto Escola Sec. Dr. Joaquim de Carvalho

Desporto Pavilhão Coberto Grupo Caras Direitas

Desporto Campo de Jogos Praia

Desporto Campo de Jogos Urbanização Monfoz

Desporto Campo de Jogos Estádio Municipal

Desporto Campo de Jogos Campo de Treinos

Desporto Campo de Jogos Carreira de Tiro

Recreio Circuito de Manutenção Serra da Boa Viagem

Recreio Parque Radical Praia

Recreio Parque Infanti l El ísio Ferreira Lourenço

Recreio Parque Infanti l Urbanização Patracol

Recreio Parque Infanti l Vale das Pombas

Recreio Parque Infanti l Foz Vil lage

Recreio Parque Infanti l Vale do Galante

Recreio Parque Infanti l Urb. Antiga Fábrica de Cerâmica

Recreio Parque Infanti l Urb. Quinta do Viso

Associações e Colectividades Grupo Caras Direitas

67

Associações e Colectividades Grupo Desportivo de Buarcos

Associações e Colectividades Sociedade Operária dos Vais

Associações e Colectividades União Futebol de Buarcos

Associações e Colectividades Grupo de Instrução e Sport

Equipamentos Colectivos Freguesia de Tavarede

Sector Equipamento Observações

Educação Pré-escolar Casa de Nª Sra. do Rosário Sol idariedade Social

Educação Pré-escolar JI Grão a Grão...Saltinho, Saltão Sol idariedade Social

Educação 1º Ciclo Básico Escola do 1º CEB, Figueira da Foz

7/Chã

Oficial 17 alunos / 1 sala

Educação 1º Ciclo Básico Escola do 1º CEB, Figueira da Foz

10/Tavarede 1

Oficial 16 alunos / 1 sala

Educação 1º Ciclo Básico Escola do 1º CEB, Figueira da Foz

11/Tavarede 2

Oficial 30 alunos / 2 salas

Educação 1º Ciclo Básico Escola do 1º CEB, Carritos Oficial 13 alunos / 1 sala

Educação 1º Ciclo Básico Casa de Nª Sra. do Rosário Privado

Educação Secundário Escola EB 3+S Dr.ª Crist ina Torres

Educação Secundário Escola Sec c/ 3ºCEB Dr. Joaquim de

Carvalho

Oficial

Educação Universitário Universidade Católica

Solidariedade Social ATL Caritas Diocesana de Coimbra

Sol idariedade Social ATL, Centro de Dia e Apoio Domicil iário Centro Social Paroquial de S. Mart inho de

Tavarede

Sol idariedade Social JI, ATL e Centro Comunitário Casa de Nª Sra. do Rosário

Sol idariedade Social ATL Associação Dr. Joaquim de Carvalho

Sol idariedade Social Lar de idosos Casa de Repouso S. Paulo

Sol idariedade Social Creche e JI Grão a Grão...Saltinho Saltão

68

Desporto Pavilhão Coberto Escola EB 3+S Dr.ª Crist ina Torres

Desporto Campo de Jogos Urbanização da Chã

Desporto Campo de Jogos Urbanização da Quinta do Paço

Recreio Parque Radical Urbanização da Quinta do Paço

Recreio Parque Infanti l Urbanização da Quinta do Paço

Recreio Parque Infanti l Urbanização da Chã

Recreio Parque Infanti l Urbanização Figueira Domus (Vi la Robim)

Recreio Parque Infanti l Quinta da Esperança

Associações e Colectividades Sociedade de Instrução Tavaredense

Associações e Colectividades Grupo Musical de Instrução Tavarede.

Associações e Colectividades Grupo Desportivo e Recreativo de Chã

Associações e Colectividades Clube Desportivo e de Amizade do Saltadouro

Associações e Colectividades Grupo Musical Carr itense

Equipamentos Colectivos Freguesia de Vila Verde

Sector Equipamento Observações

Educação Pré-escolar Jardim-de-infância de Vi la Verde Oficial

Educação Pré-escolar APPACDM Sol idariedade Social

Educação 1º Ciclo Escola do 1º CEB, Figueira da Foz 8/Fontela Oficial A encerrar (1)

Educação 1º Ciclo Escola do 1º CEB, F da Foz 12/Vi la Verde Oficial 65 al. / 4 sala

Educação 1º Ciclo Escola do 1º CEB, Lares Oficial 17 al. / 1 sala

(1) Carta educativa da Figueira da Foz – Zona Urbana

Saúde Extensão de Saúde de Vila Verde

Solidariedade Social Creche e Jardim-de-infância APPACDM

Sol idariedade Social Centro de Dia e Apoio Domici l iário Caritas Diocesana de Coimbra

69

Solidariedade Social ATL Associação Goltz de Carvalho

Sol idariedade Social Centro de dia e apoio domicil iário Centro Paroquial de Santo Aleixo

Sol idariedade Social Lar de infância e juventude Lar de S. Martinho

Sol idariedade Social JI Ministério da Educação

Desporto Pavilhão Coberto Grupo Recreativo Vi laverdense

Desporto Campo de Jogos Feteira de Baixo Em construção

Recreio Parque Infanti l Urbanização Qt. das Recolhidas

Associações e Colectividades Grupo Recreativo Vi laverdense

Associações e Colectividades Grupo Instrução Musical da Fontela

Associações e Colectividades Sociedade de Instrução e Recreio de Lares

Equipamentos Colectivos Freguesia de S. Pedro

Sector Equipamento Observações

Educação Pré-escolar Jardim-de-infância da Cova-Gala Oficial

Educação Pré-escolar Centro Social da Cova-Gala Sol idariedade Social

Educação 1º Ciclo

Básico

Escola do 1º CEB, Figueira da Foz 9

Cova Gala

Oficial 117 alunos / 7

salas

Sector Equipamento Observações

Saúde Hospital Distri tal da Figueira da Foz

Solidariedade Social Creche, Jardim-de-infância e ATL Centro Social da Cova-Gala

Sol idariedade Social Apoio Domicil iário Centro Social da Cova-Gala

Sol idariedade Social Centro de férias e lazer Centro Social da Cova-Gala

Sol idariedade Social ATL Caritas Diocesana de Coimbra

Sol idariedade Social Centro de Dia Caritas Diocesana de Coimbra

70

Solidariedade Social Colónia de Férias Crianças/Jovens Fundação Bissaya Barreto

Sol idariedade Social Ocupação Tempos Livres de Idosos Fundação Bissaya Barreto

Sol idariedade Social Comunidade de Inserção Associação Novo Olhar

Sol idariedade Social Centro de Acolhimento Temporário APPACDM – Figueira da Foz

Sol idariedade Social JI Ministério da Educação

Sol idariedade Social ATL, apoio domicil iário e centro de

dia

Centro Social Paroquial de Lavos

Desporto Campo de Jogos Largo da Praia da Cova

Desporto Campo de Jogos Cabedelo

Desporto Campo de Jogos Bairro do Hospital - Junto à Esc. 1º CEB

Desporto Pol idesportivo descoberto Empreendimento Gala Sidney

Recreio Parque Infanti l Largo da Praia da Cova

Recreio Parque Infanti l Urbanização Figueira Domus (Gala Sidney)

Recreio Parque Infanti l Parque das Merendas

Associações e Colectividades Desport ivo Clube Marítimo da Gala

Associações e Colectividades Clube Mocidade Covense

Associações e Colectividades Grupo Desportivo Cova-Gala

71

Anexo 2 – Regulamento do Plano Director Municipal

72

Anexo 3 – Regulamento do Plano de Pormenor do Vale de Sampaio

73

Anexo 4 – Regulamento do Plano de Pormenor da Área de Desenvolvimento

Turístico I – Zona UZ 2

74

Anexo 5 – Regulamento do Plano de Pormenor do Galante

75

Anexo 6 – Regulamento do Plano de Pormenor do Bairro Novo

76

Anexo 7 – Regulamento do Plano de Pormenor do Matadouro