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133
METODOLOGIA DE AVALIAO DE SISTEMAS ESTRUTURAIS -
UM ESTUDO PARA INTERVENO NO CENTRO
BI"STORICO DE SALVADORl
RESilliD
Prcpeuna netodologia de avaliaode sistemasestruturais can a finali-dade de auxiliarna indicaode so-luesmais adequadaspara cc:nstruode pisos interroediriosdas edifica-es eu estado arruinado, pertenCEn-tes ao Centro Histrioo de Salvador.Baseia-seeu estudos sobre a teoriada ot1mi.zaoestruturale nos prin-cpios gerais de seguranadas estru-turas detenninadospelo Canit Euro--Intemaciooal de Coocreto (CEB).
Todos os bens produzidos pelo homem esto sujeitosao desgaste contnuo e inevitvel devido ao meioambiente e ao seu uso. Apesar de os materiais deconstruo necessitarem de um mnimo de durabili-dade para resistir s foras mecnicas da gravida-de e dos ventos, esses materiais envelhecem eapresentam patologias, que aumentam em variedadee profundidade com o tempo.
A preocupao com os bens do passado sempre estevepresente no homem. Representa uma tentativa deresgaste do seu processo histrico, que leva a umaidentificao com seu passado, revertendo, desta
* Engenheira Civil.RUA, Salvador, v ,2,n, 3,1).133 .157/1989
forma, num maior equilbrio emocional. Segundo Ja-mes Fitch, seria enganoso acreditar que a preocu-pao com o passado existe, apenas, por motivosromnticos e sentimentais. Os empresrios achavam,at recentemente, mais lucrativo demolir e cons-truir outra vez, sem considerar o valor cultural ehistrico do prdio a ser destruIdo, mas o altocusto das novas construes e a perda deste teste-
- - 2munho do passado tem indicado uma nova visao Harry M. Weese, arquiteto que restaurou o Audito-~ium Theat~e, de Sullivan, em Chicago, coloca aquesto da seguinte forma: "Atua.lmente a. ec.onomia.~ uma. ~a.zo ~u6ic.iente pa.~a.ju~ti6ic.a.~ a.p~e~e~va.-o. Se~ que po~~uZmo~ ~ec.u~~o~ pa.~a. ~ec.on~t~ui~no~~o ento~no a. c.a.da. ge~a.o? Com a. duplic.a.o do~c.u~to~ de c.on~t~uo no~ ltimo~ a.no~, no~a.~ ob~a.~e~to 6o~a. do me~c.a.do,to~na.ndo a.~ec.ic.la.gem noum e)(e~c.Zc.io~entimenta.l, ma.~ uma. nec.e~~ida.de,,3.
Os artefatos produzidos pelo homem tm sofrido es-poliaes, no s devido s contigncias tempo-rais, mas tambm ao vandalismo, ao descaso e falta de sensibilidade das comunidades e dos go-vernos. Em todas as cartas internacionais de res-tauro, ressalta-se a necessidade e urgncia em sepreservar os bens culturais, colocando a resoluodo problema corno o objetivo maior de uma planifi-cao urbana. Da, a necessidade de se desenvolvere incentivar no s o tratamento cientIfico e aexperimentao no campo da restaurao, mas tambma organizao didtica atravs de cursos para aformao de profissionais nos diversos campos dacincia.RUA,Salvador,v.2,n.3,p.13)-157,1989
o Brasil, lentamente, atravs de alguns de seusrgos culturais, est amadurecendo a conscinciade que a preservao do patrimnio histrico e ar-tstico um dever de todos. A nova Constituiobrasileira dedica todo o Artigo 216 da Seo II,doCaptulo III, ao patrimnio cultural brasileiro,dispondo sobre sua constituio e proteo.
Em um estudo para consolidao de estuque no Pal-cio Rio Branco, Mrio Oliveira ressalta a necessi-dade e dificuldade da preservao da memria,apre-sentando uma anlise da situao do Brasil, quepossui uma arquitetura relativamente frgilr umclima agressivo com alto teor de umidade e a pre-sena, quase generalizada, da ignorncia do valordo bem cultural, agravado tudo isso pela falta de
4 1 . d - f 1 drecursos Co oca a1n a que e esta a ta e recur-sos que nos obriga a investir na pesquisa, tendode usar a soluo mais adequada dentro das possi-bilidades e os processos mais eficientes e dura-dourosS
Relatrios de rgos competentes, bem corno repor-tagens em jornais, denunciam freq~entemente oavanado estado de deteriorao dos centros hist-ricos brasileiros, principalmente o de Salvadorque, apesar de ser um dos patrimnios mais impor-tantes do gnero, encontra-se na posio de lide-rana no que toca ao abandono e estado de crescen-te decadncia scio-econmica. so mais de trsmil prdios e casares ameaados, prestes a desmo-ronar, entre tantos outros j transformados emrunas.
A urgncia em se garantir a integridade estruturaldestas edificaes, a economia e conseqftente bene-fcio social que se pode obter utilizando o siste-ma mais eficiente justificam a natureza do enfoquedeste estudo. A metodologia aqui apresentada ba-seada nos estudos de sistemas estruturais e nateoria da otimizao estrutural. Pretende avaliarsolues propostas, para no s investigar os me-no~es custos, mas tambm a segurana estrutural ea harmonia dos novos materiais e elementos propos-tos com o referido conjunto.
Foi necessar10, no entanto, devido dimenso doCentro Histrico de Salvador, determinar um quar-teiro considerado tipo, para que, atravs de umestudo das tipologias dos imveis, fosse possivelindicar o sistema estrutural a ser analisado.
Estudou-se o quarteiro n9 10 do Maciel (denomina-do 10 M pelo IPAC), formado pelas ruas IncioAccioli, Gregrio de Matos, Frei Vicente e Fran-cisco Muniz Barreto. A escolha baseou-se naimportncia histrica que os exemplos de arquite-tura civil a existentes representam para a arqui-tetura colonial brasileira, e ~a quantidade de in-formaes sore esta rea que j existe cataloga-da. Ele apresenta um carter polifuncional, encon-trando-se edificaes com uso residencial, comer-cial e de servios. Quanto ocupao, registra-seuma densidade elevada, com 212 pessoas distribu-das em 11 domiclios. O quarteiro parcelado em24 lotes, dos quais 3 com edificas em bom esta-do de conservao, de propriedade do IPAC; 7 comrunas, nos quais existem apenas as fachadas; 11RUA,Salvador,v.2,n.3,p.133-157,1989
com edificaes em estado de arruinamento progres-sivo, porm habitados (Fig. 1) e 3 lotes vazios.
A metodologia proposta composta de trs etapas:Etapa Preliminar, Avaliao do 19 Grau e Avaliaodo 29 Grau.
Foi feito, inicialmente, um levantamento da tipo-logia das edificaes em estudo (entende-se comotipologia os comprimentos dos vos, condies deapoio e nmero de pavimentos), tentando definir,juntamente com o requisito esttico-cultura16, oarranjo estrutural que ser assumido pela nova es-trutura. Este deve tambm atender s recomendaesdas cartas de restauro moderno quanto ao desenhodas linhas, ou seja, simplicidade, e identificaodos materiais de construo novos, mostrando quehouve uma interveno.RUA,Salvador,v.2,n.3,p.133-157,1989
A finalidade desta etapa e identificar, atravesdesta anlise, o esquema estrutural que, juntamen-te com a escolha dos materiais de construo, in-dicaro os sistemas estruturais.
Baseado no estudo da tipologia das edificaes fei-to pela Prefeitura Municipal de Salvador - PMS,su-geriu-se um esquema estrutural com vigas apoiadasnas paredes existentes e placas pr-moldadas for-mando o painel de piso. Neste trabalho abordar-se-- o estudo da soluo estrutural para estes pai-nis, supondo-se que todas as anlises anterioresa este estudo, com~,prospeces, diagnsticos ereforos necessrios, j tenham sido feitas. Destemodo, as paredes existentes e, conseqentemente,suas fundaes devero estar aptas para receberestas novas cargas ocasionadas pelos pisos, naocomprometendo, desta forma, a estabilidade da edi-ficao.
Este levantamento nos indicou, tambm, um vao m-dio para vigas considerando 7m, distanciadas entresi de 1,25m. Esta distncia foi definida em funode sugerir um ritmo similar estrutura antiga,procurando, com isto, uma identificao com a an-terior, evitando que a nova venha intervir, dema-siadamente, no antigo espao. A escolha do concre-to armado como material de construo utilizado funo da disponibilidade no mercado de Salvador edo dom!nio desta tecnologia no contexto regional.Assim sendo, o sistema estrutural que serv1ra deexemplo foi designado por Sistema Estrutural I (Fig.2)
RUA,Salvador,v.2,n.3,p.13~-157,1989
iI,.. "'1.,..,
ro4
I ..,t' -L._ ..JL ~~ I.r-- t
PlACA PA- MOI...DAIl* It-I 62.5 I
't VIGA M
Esta etapa se consubstanciar na determinao dafilosofia do projeto (ou seja, uma declarao so-bre como o projeto falhar se as condies pr-es-tabelecidas forem excedidas), da funo objetivo,do modelo matemtico, das variveis, dos parme-tros e das restries de projeto.
Atendendo a requisitos de segurana e a requisitoseconmicos estabelecidos pelo CEB7 e considerandoo contexto do caso em estudo, onde a escassez derecursos obriga a pensar projetos viveis, quese considera no s a segurana estrutural comofuno objetivo, mas tambm o menor custo.
As dimenses da seo de uma pea estrutural soescolhidas arbitrariamente, baseando-se na experi-ncia em projetos. A funo objetivo ser a deter-minao das dimenses que levam o projeto ao menorcusto.
Para obter este mnimo custo de projeto, isto ,para otimiz-lo, o problema estrutural deve serexpresso em termos matemticos, ou seja, o proble-ma a minirnizao da funo objetivo f (xlxn)de um quadro de variveis xl xn
As variveis de projeto avaliadas nesta etapa saoconseqncias diretas da funo objetivo e dasrestries estabelecidas pela segurana estrutu-ral, dentro do binmio eficincia-economia. Quantoaos parmetros, so fixados de forma a facilitar oequacionamento da funo objetivo.RUA,Salvador,v.2,n.3,p.133-157,1989
Depois de determinadas as equaes e suas limita-es, estas sero resolvidas, passando-se, assim,para a anlise dos resultados obtidos. Com a ajudadesta etapa, tem-se a seo de menor custo e, con-seqentemente, o menor custo para cada sistema es-trutural. Ressalta-se que esta etapa no deve serprivilegiada em relao s outras, pois se consi-ra que o sistema estrutural deve atender bem a to-das as variveis ou critrios eleitos nesta meto-dologia.
2.1. Avaliao do 19 Grau para o Sistema Estrutu-ral I
Descrio do Sistema: placas em concreto pr--moldado, apoiadas em vigas isostticas em concre-to armado no local que, por sua vez, esto apoia-das nas paredes existentes.
a) Parmetros:1. Dimenso da pea: 12Scm x 62Scm2. Carregamento devido a sobrecarga Pl = 200 kgf/m2(valor segundo a NB-S/78)8.3. Ao CA-SOB, ao com resistncia caracterstica trao igual a SOOO kgf/cm2, classificado comoB devido ao seu processo de fabricao, ou seja,deformao plstica a rio de barras de ao dc-tiL
b) Variveis de Projeto:1. Espessura da placa (e)2. Carregamento devido ao peso prprio; peso espe-c!fi co do concreto llIultiplicadope Ia espessura (e),igual a P2.RUA,Salvador,v.2,n.3,p.133~lS7,198~
Carregamento total P = P1 + P23. Resistncia do concreto compresso (fck)Sero utilizados os valores de fck = 150, 200, 250e 300 kgf/cm24. Mdu10 de elasticidade do concreto (Ec)Ser avaliado pela expresso para concretos comidade igualou maior do que 28 dias.
c) Restries do Projeto:1. Valores admiss!veis da flecha:O valor limite ou admissivel para a relao fle-cha/vo foi baseado no que dispe a Norma Brasi-leira (NB-1/78)9. Para evitar efeitos estticosdesagradveis, quando atuarem todas as aoes, aflecha limite f = .3~0 ' sendo L o vo da pla-ca. O clculo das flechas baseou-se num trabalhoelaborado por Laranjeiras que, por sua vez, tem emconta nas expresses utilizadas a influncia des-f - 1 d f' - d . .d 10avorave a 1ssuraao a pea em sua r1g1 ez 2. Valores admisslveis do coeficiente K6, que saofuno da espessura da pea e resistncia do con-creto compresso.3. Limitaes da espessUra em funo da geometriada pea: 2,Oan < e < 5,Oan.Variando a espessura da placa de 2,Ocmcom o incremento de 0,5an, e variando,resistncia de compresso do concreto,aos seguintes resultados:
at 5,Ocm,tambm, a
chegou-se
lxl2K =---6 ~1(g+q}
150 200 250 300 b = 62,5cm12,81 12,81 12,81 12,81 d = (e-I}27,41 27,41 27,41 27,41 K6 limite para ca-46,55 46,55 46,55 46,55 da 1 de fck69,56 69,56 69,56 69,56 va ar ,95,99 95,99 95,99 95,99 considerando CA-125,44 125,44 125,44 125,44 soa157,54 157,54 157,54 157,54
150200250300fck
'.lWB[A 1 - VAUH:S 00 c:mnc:l}NlE 1[6fck
Otgf/an2}e{gn)
2,02,53,03,54,04,55,0
'DIBIA 2 - VAURS 11\RA IE N:1J (Asl)fck
(kgf/an2) 150 200 250 300e{cm)
2,02,5 1,323,0 1,01 0,97 0,953,5 0,83 0,79 0,78 0,764,0 0,69 0,67 0,66 0,664,5 0,60 0,59 0,58 0,585,0 0,54 0,53 0,53 0,53
BIElA 3 _.VA'raE IIll!'IECBA ff) EM emfck
(kgf/em2) 150 200 250
2,02,53,03,54,04,55,0
0,960,540,310,19
1,410,740,380,220,17
1,180,580,300,190,15
51,9938,3930,7225,60 11K lim6
A = K3 M(q+g) 12sI dd = (e-I) 2As2 = 1,18an (ferragemde distribuio)As = Asl + As2
- Lf = 300 (flecha 00-300 missivel)
2,181,000,460,240,170,13
- 125f = 300 = 0,42an
Para o clculo das flechas foram utilizadas asguintes equaes:
Jf = 2,0 (casos correntes),M L2f =---2-_g_t __
g' 48 E Ic eg' = g + Clg, Cl= 0,3Ec = M:'5ulode defonnao do cx:ncreto
I = Onmento de inrcia foi avaliado pela expresso ell'-e rica prcposta pela nonna arrericana ACI 318. leva-se an
cx:nta a fissurao da peaMr = ?ik:IlEntofletor de fissurao da seoM =?ik:IlEntofletor atuante na seo soo o carreganento cx:n-
siderado
11 = ?ik:IlEntode inrcia da seo no fissurada, estdio I12 = M:lrento de inrcia da seo fissurada, estaio IIfct = :Eesistncia a trao do cx:ncretoAs = ma de ao da placaEs = Mdul0de defonnao do ao = 2.100,000 kgf/an
2
Ec = 4730 J fd
As tabelas abaixo consideram os valores de fck an-teriormente determinados e incluem o custo de ma-terial e mo-de-obra; elas representam a mdia dosvalores pesquisados no mercado de Salvador em no-vembro de 1988:
TAJE[A 4 - VAUH:S 00 CtEl'O ]E N;O JW) PIK:AS EH (JlN' 813
Ik(kgf/m2) 150 200
e(an)
2,02,53,03,54,04,5 0,425,0 0,42
Preepcbao=0,14 OlN's/Kg
0,420,420,42
0,420,420,42
0,420,420,42
TABEIA 5 - ~ 00 CtEl'O ]E
Pela Tabela 7, obtm-se a espessura da placa demenor custo:
fck kgf/an2} 150 200 250 300e(an}
2,0 M:mor custo =2,5 1,70 OIN's3,03,54,0 1,70 1,71 1,734,5 1,75 1,77 1,79 1,815,0 1,81 1,84 1,85 1,88
Placa de menor custo com segurana estrutural:1,25m x 0,625m x 0,04m e fck = 200 kgf/cm2Carregamento da placa:Peso prprio 100 kgf/cm2Sobrecarga 200 kgf/cm2Total 300 kgf/cm2
Utilizao do Programa "Simplex" para determinao14da seo tima, baseado no Mtodo Nelder-Mead
P
1I111111 II1 [111 [I I,d ID h
b} Carregamento:Pl = 375 kgf/m (devido reao das placas)P2 = h.h. 2500 kgf/m3 (devido ao peso prprio)
JW.A/~alvdor IV, 2,n,3,p,133-l57, 1989
c) Esforo: Flexo simples - Momento fletor:Ml (devido ao peso prprio da viga)
Ml (b.h.2500) L2 P2 L2=---8 8
Ml 2500 72 b h 15312,50 b h kgf8 m
375.728
M = Ml + M2M (229 700 + 153,125 b h) k9f em
d) Custo: Concreto: fck
fckfckfck
150200250300
kgf/em2kgf/em2
2kgf/cm2kgf/em
Preo do Concreto(Pcoc)
13 ,66 OTN' sim 314,33 OTN's/m314,65 OTN's/m315,32 OTN's/m3
Ao: fyk = 5000 kgf/cm2 (CA-50B) Preo do Ao(Pao)
0,14 OTN' s/kg
Forma: Preo da Forma(pform)
0,86 OTN' sJkg
e) Equaes gerais para o dimensionamento da se-o retangular com armadura simples, segundo a NB-1/7815
yf(Ml + M2) = Mu = z Rccfck1,4(Ml + M2) (d - 0,4x). 0,85 1,4 ' 0,8x.b
fck1,4 M d (1 - 0,4 Kx)' 0,85 T:4l' 0,8. Kx d.b1,4 M = (1 - 0,4 Kx)' 0,68 i~~d2 b Kx
RUA,Salvador,v. 2,n.3,p,l.33-157,1989
)1= 1,4 Mbd2 fcd
p= 0,68 fcd Kfyd x
P fyd = O 68 Kfcd ' x
b = 1,4 Mfcd d2lJ
fck = fcd1,4
(1,4 M) (1 - 0,4 Kx)' 0,68 fcd d2b Kx
_(_1_,_4_M__2) (1 - 0,4 Kx) 0,68 Kxfcd.bd
b 1,4 ~ .'. lJ= 0,68 Kx' (1 - 0,4 Kx)fcd d uK = P fyd 1x fcd' 0,68
f) Equaes que serao utilizadas no programa "Sim-p1ex"
5000K - 1, 15x-~
1,41 P0,68 fyd =~ 1,15
8951 Pfck (kgf/cm2)
1,96 (229700]..Ifckd2
b llfckd2 = 450 212 + 300,12 bhb (~fckd2 - 300,12 h) = 450212
(1 - 0,4 K )x+ 153,125 bh)
h -(1= 1,09
450 212b (]..Ifck~ - 300,12)
g) Estudos dos valores da taxa geomtrica da arma-dura (Pl.RUA,Salvador,v.2,n.3,p.133-157 1989
150 I 200 I0,77% 1,03%
fck0,68 fyk Kx mx
eScE:c + eyd
3,5% O 463,5% + 4,07% = ,
4,07 % para CA-50B
250 I 3001,28% 1,54%
* Valor de f' mn = 0,15% (segundo NB-l/78) 16.* Quadro de valores de pmn ao pmx, com in-
cremento de 0,0010 para cada valor de fck.
i = 0,00101 2 3 4 5 6
O O 1 5 O O O 2 5 O O O 3 5 O O O 4 5 O O O 5 5 O O O 6 5 O O O 7 5 O O O 7 7 O O O 8 5 O O O 9 5 O O O 1 O 3 O 1 O 5 O O 1 1 5 O O 1 2 5 O O 1 2 8 O O 1 3 5 O O 1 4 5 O O 1 5 4 O
--,----r---r-,I I I I''''l-. I IIB I ,I~ 'INO I I1..1
150
Cconc b h 7xl02 OTNJ s m3m3 106cm 3
Cconc b h 7xlO-4 PconcCoonc b h Pconc 0,0007
h OTN's 7980 m 32) Cao pb 1,09 700 kg 3 102cm)
mCao p bh 5,1 106 -6x 10 PaoCao pbh 5,1 Pao
OTN'S 23) Cform = (2bh + 2h 700 b 700) m )+ -2-{ 102cmmCform (2 bh + 1400h + 700b) x 10.4 PIorm
Cform (2 bh + 1400h + 70Qb) 0,0001 PIorm
plex" NX - nmero de variveis independentes (I)STEP - i o passo inicial (0,5)X (I) - i a altura inicial da viga (40,ocm)r - o quadro com os possveis valores de pUtilizando o "Simplex", chegou-se seguinte
tabela de custo total mnimo da seo de viga, paracada valor de Ick.
151
'J2UE[A 8 - cwro TOrAL M!N.IH> DI\ VIGA EM CJIN J S
r fyk = 5000 fyk = 5000 fyk = 5000 fyk = 5000fck = 150 fck = 200 fck = 250 fck = 3001,15 22,10 22,35 22,43 22,720,25 17,12 17,24 17 ,27 17,460,35 14,74 14,79 14,77 14,910,45 13,34 13,32 13,28 13 ,370,55 12,42 12,34 12,28 12,340,65 11,78 11,65 11,56 11,600,75 11,31 11,14 11,02 11,030,77 11,230,85 10,74 10,60 10,600,95 10,44 10,27 10,251,03 10,241,05 10,01 9,971,15 9,80 9~741,25 9,62 9,541,28 9,581,35 9,381,45 9,251,54 9,14
Com os resultados obtidos acima, parte-se paraa Avaliao do 29 Grau, ou seja, a anlise doscritrios facilidade de construo, resistncia aofogo e durabilidade. Estes critrios foram eleitosno s pela determinao do CEB, .mas tambm de-vido s circunstncias do uso destes sistemas es-truturais como soluo de pisos intermedirios emedificaes antigas,
Levou-se em conta a disposio das edificaes (amaioria das casas so geminadas, dificultando areconstruo), a presena de materiais combust-veis em outras edificaes, a necessidade de seRUA,Salvador,v.2,n,3,p.133-157,1989
pensar sempre na economia, escolhendo materiaismais duradouros e fceis de executar. Entende-secornofacilidade de construao a trabalhabilidadedas peas do sistema estrutural. Depende direta-mente da dimenso, forma e do material de constru-o que leva a urnamaior rapidez e facilidade demontagem.
Quanto resistncia ao fogo, uma propriedade domaterial segundo a qual este no destrudo pelofogo e pela gua usada na sua extinao, em caso deincndio. De acordo com esta propriedade, os mate-riais dividem-se em: incornbustveis, fracamentecombustveis e combustveis. Esta propriedade con-duz a outra, que a resistncia ao calor. Esta a capacidade do material de resistir ao pro-longada de altas temperaturas sem se deformar.
No que se refere durabilidade, a capacidade aomaterial de manter suas propriedades fsicas e me-cnicas com o decorrer do tempo e sob a ao deagentes agressivos, quer extrInsecos ou intrnse-cos ao material, sejam eles fSicos, qumicos oumecnicos.
3.1. Avaliao do 29 Grau para o Sistema Estrutu-ral II
portarnento do concreto, sob a ao de altas tempe-raturas, varivel com estas, havendo urna impor-tante diminuio de resistncia a temperaturas su-periores a 3000C17
RUA,Salvador,v.2,n.3,p.133-157,1989
153 temperatura da ordem de 600oC, a reduo da re-sistncia mecnica de cerca de 50%. Sobre arma-dura, o efeito o seguinte: at 3000C h um acrs-cimo deresistnciai acima, porm, desta tempera-tura, a resistncia cai muito, reduzindo-se me-tade em temperaturas da ordem de 500oC.
Segundo ainda o mesmo autor, se a estrutura deconcreto armado tem um cobrimento suficiente deconcreto sobre a armadura, de acordo com a NB-503,a ao de um incndio poder no afet-Ia substan-cialmente, perdendo-se, apenas, o cobrimento que,em geral, cai por ocasio do esfriamento, em vir-tude das variaes dimensionais18 .
b) Durabilidade: apresenta boa durabilidade com odecorrer do tempo. A experincia tem-nos mostradoque edificaes com mais de 50 anos, em estruturade concreto armado, tm mantido suas propriedadesmecnicas, mesmo levando em conta que Salvador pos-sui um ambiente agressivo, devido ao alto teor deumidade e a presena do mar.
c) Facilidade de construo: a dimenso das placase o fato de serem pr-moldadas facilita o trans-porte e a montagem da estrutura. As vigasdem ser moldadas no local, em concreto armado bom-beado, preparado em usina, o que no exige mo-de--obra muito especializada, pois sua tecnologia ede domnio pUblico, bastante utilizada, e de fcilcontrole tecnolgico. As placas podem ser carrega-das manualmente/pois pesam cerca de 78 kg.
Observando os resultados obtidos com ametodologia de avaliao, conclui-se:a) O custo total mnimo decresce com opercentagem de ao.b) Para um mesmo valor do r , o valor do fck in-fluencia pouco no custo total mnimo.c) O sistema estrutural analisado se comporta bemdiante dos requisitos apresentados na Avaliao do29 Grau.d) A placa e a seao dacusto tm as seguintesPlaca: 1,25mx 0,625m
Espessura:0,04rnfck = 200 kgf/an2Ao CA-50 B
viga que apresentampropr iedade s:Viga: fck = 300kgf/an2
CA = 50 B
P = 1,54%Kx = 0,46K6 = 25,60bl = 4,26anhl = 4l,25an
Aps a anlise dos resultados da aplicao da meto-dologia, observou-se que a utilizao desta apre-senta as seguintes vantagens: a) fornece um relat-rio do sistema estrutural, abordando pontos consi-derados importantes, tais cornocusto, resistnciaao fogo, durabilidade, facilidade de oonstruo,etc.;b) sistematiza critrios e variveis que orientamno processo de escolha de sistemas estruturais; c)quantifica variveis de projeto de modo a facilitara escolha entre vrios sistemas estruturai" c..-;':se-
lecionados; d} permite uma anlise comparativa en-tre sistemas estruturais, podendo indicar-se qualo mais adequado entre os avaliados; e} utiliza oprocesso de otimizao estrutural, de modo que aseao das peas estruturais obtida a de menorcusto e flno caso da anlise comparativa entresistemas estruturais, tem-se o menor custo paracada um.
Como este estudo nao pretende esgotar o asstmto,su-gere-se que outras pesquisas sejam orientadas pararelacionar a Teoria da Otimizao e Segurana Es-trutural com o processo de escolha de sistemas es-truturais viveis, para a restaurao de edifica-es antigas,e que se utilize, inclusive, esta me-todologia em outros sistemas estruturais.
Espera-se assim que este trabalho contribua paraincentivar o interesse de engenheiros e arquitetospara melhor desenvolvimento de estudos relativos busca de solues viveis para restaurao de edi-ficaes em estado arruinado, pertencentes a cen-tros antigos,e que a contribuio desses tcnicos comunidade seja mais eficiente, do ponto de vis-ta pragmtico, e mais coerente, do ponto de vistacultural.
1. Costa, Ivana de Oliveira. Metodologia de ava-liao de sistemas estruturais: um estudo parainterveno no Centro Histrico de Salvador.Sal-vador, 1989. (Originalmente apresentada comodissertao ao Mestrado em Arquitetura e Urba-
RUA,Salvador,v.2,n.3,p.l33~l57,1989
nismo da UFBa.)2. Fitch, James M. Preservao do patrimnio ar-
quitetnico. so Paulo: FAUSP, 1981. p.17-19.3. Weese, Harry M. Journ~l of Architectural Educa-
tion, Auburn, Ala., 1976.4. Oliveira, Mrio Mendona de, Um sistema para
consolidao de estuque no Palcio Rio Branco,Salvador, UFBa, 1983. p.12-13.
S. Ibid., p.14.6. Comit Euro International du Beton (CEB). Prin-
cipIes on reliability for structurals Bulletind'Information, Lausane, v.191, p.3, En-tende~se como requisito esttico-cultural queo arranjo estrutural deva procurar ater-se mesma lgica estrutural da edificao antiga,para no haver modificao radical de sua espa-cialidade.
7. Ibid., p.4, As estruturas devem ter um custom[-nimo generalizado e/ou uma manuteno econmica.
8. Associao Brasileira de Normas Tcnicas. ~-gas para o clculo de estruturas de edificaes(NB-S). Rio de Janeiro, 1978.
9. ' Projeto e execuo de obras em con-creto armado: procedimento (NB-l). Rio de Ja-neiro, 1978. p.31.
10. Laranjeiras, A.C.R. Controle de deformaes daslajes de piso. Salvador, 1984. 29p. Notas deaula.
11. Massaro Jnior, Mrio. Manual de concreto arma-do. so Paulo: Weber Produes Grficas, 1979.p.1-8S.
12. Laranjeiras, op.cit., p.14-lS.13. Sistema indexador da poca (dezembro de 19881emRUA,Salvador,v.2,n.3,p.133-lS7,1989
que foram elaboradas as tabelas.14. Breen, J.E. Structural systems (CE397).Austin,
University of Texas, 1971. p.226-287. Notas deaula.
15. Massaro Jnior, op.cit., p.30-37.16. Associao Brasileira de Normas Tcnicas, op.
cit., nota 9, p.4l.17. Petrucci, Eladio G.R. Concreto de Cimento ~-
~. Porto Alegre: Globo, 1979. p.95-l02.18. Ibid., p.284-94.