312 Manual Pr Direitos Professor

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Manual de Direitos do Professor

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ndice

Introduo .............................................................................................................................. 5 1 . Funo social do Profissional da Educao .....................................................................7 2 . Investidura no cargo pblico de profissional do magistrio .........................................9 3 . Estgio probatrio e estabilidade ................................................................................. 10 4 . Plano de Cargos, Carreiras e Salrios ............................................................................ 12 5 . Dos deveres ..................................................................................................................... 15 6 . Das proibies ................................................................................................................. 16 7 . Dos Direitos ..................................................................................................................... 17 7.1 - Direito de Petio ............................................................................................. 17 7.2 - Licenas ............................................................................................................. 17 7.2.1 - Para o exerccio do cargo de Dirigente Sindical .................................... 17 7.2.2 - Para tratamento da prpria sade ......................................................... 18 7.2.3 - Por motivo de doena de pessoa da famlia .......................................... 18 7.2.4 - Licena Prmio ......................................................................................... 18 7.2.5 - Licena sem vencimentos ........................................................................ 19 7.2.6 - Licena para amamentar ......................................................................... 19 7.2.7 - Licena para o exerccio do mandato eletivo ........................................ 19 7.3 - Reduo da jornada de trabalho para me de portador de deficincia ...... 19 7.4 - Frias e Recesso ................................................................................................ 19 7.5 - Acidente de trabalho ....................................................................................... 20 7.6 - Readaptao ..................................................................................................... 20 7. 7 - PAD: Processo Administrativo Disciplinar ...................................................... 21 7.8 - RIT: Regime Integral de Trabalho .................................................................... 21 7.9 - Licena para freqentar cursos ....................................................................... 22 7.10 - Gratificao de Educao Especial ................................................................ 22 7.11 - Gratificao de difcil provimento ................................................................ 23 7.12 - Gratificao de Direo de Escola e gratificao da Descentralizao ....... 23 7.13 - Auxlio Transporte .......................................................................................... 24 7.14 - Salrio Famlia ................................................................................................ 25 7.15 - Auxlio Recluso ............................................................................................. 25 7.16 - Ressarcimento ................................................................................................. 26 7.17 - Remanejamento ............................................................................................. 26

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7.18 - Jornada de Trabalho ...................................................................................... 27 7.19 - Adcional por tempo de servio ..................................................................... 27 7.20 - 13 - Dcimo Terceiro Salrio ......................................................................... 27 7.21 - Hora Atividade ............................................................................................... 27 7.22 - Custeio de doena pelo Municpio LEI 8786/95 ......................................... 28 7.23 - Direito livre organizao sindical ............................................................... 28 7.24 - Cargos comissionados e Funes gratificadas .............................................. 29 Estrutura organizacional dos Cargos comissionados ........................................ 30 Estrutura organizacional e funcional dos rgos de gesto administrativa e financeira .................................................. 30 8 . Eleio para Diretor ........................................................................................................ 31 9 . Sistema de Seguridade ..................................................................................................31 9.1 - ICS: Instituto Curitiba de Sade ....................................................................... 32 9.2 - IPMC: Instituto de Previdncia dos Servidores do Municpio de Curitiba ..... 32 9.2.1 - Sistema previdencirio dos servidores municipais ................................. 33 9.2.2 - Sade do trabalhador ............................................................................. 35 10 . Abandono de emprego, faltas e atrasos ....................................................................36 11 . Assdio Moral ............................................................................................................... 37 12 . Assessoria Jurdica ........................................................................................................ 39 13 . Concluso ...................................................................................................................... 40 Anexos ............................................................................................................................. 41

I - Fontes de Consulta da Legislao ....................................................................... 41 II - Outos sites importantes ...................................................................................... 41 III - Legislao que merece ser consultada .............................................................. 41 Leis ............................................................................................................................. 42 Decretos .................................................................................................................... 42 Portarias .................................................................................................................... 43 Crditos ............................................................................................................................. 44 I - Pesquisa e Redao .............................................................................................. 44 II - Diretoria ............................................................................................................... 44 III - Funcionrios ....................................................................................................... 44 IV - Arte e Diagramao ........................................................................................... 44

Introduo

Se a ns cidados vedado fazer tudo aquilo que a lei probe, Administrao Pblica permitido fazer apenas aquilo que a lei autoriza, portanto, est sujeita ao princpio da legalidade. Pelos mesmos fundamentos que a relao de trabalho dos servidores pblicos regida por regras de direito pblico, previstas na Constituio Federal, Constituio do Estado, na Lei Orgnica do Municpio e toda a legislao esparsa que regula a vida funcional desse setor dos trabalhadores. So os estatutos de servidores pblicos federais, estaduais e municipais, que estabelecem direitos e deveres do funcionalismo em suas diferentes esferas. No caso de Curitiba, o Estatuto dos Servidores Municipais a Lei Municipal 1656/1958, alterado por inmeras outras leis; h o estatuto do Magistrio Municipal, Lei 6761/85, na sua maior parte revogado, e o Plano de Carreiras do Magistrio Municipal, Lei 10.190/ 2001. Diversas matrias so tratadas em leis esparsas, o caso das frias, gratificaes, licenas para cursos, Comunicao de Acidente de Trabalho, dentre outras. So centenas de Decretos regulamentadores de leis ou autnomos que tratam da vida funcional de cada um dos servidores municipais. Em meio a to elevado nmero de leis, decretos, portarias, ordens de servio, instrues normativas e outros, o servidor, em muitas vezes, no tem clareza daquilo que seu direito, quais so suas obrigaes e que procedimento deve adotar em diferentes situaes. Nesse trabalho, que denominamos de Manual de Direitos do Professor, pretendemos deixar claro, no mnimo, o que essencial na vida do servidor. Tentar-se- fazer uma sntese das principais normas e procedimentos, sabendo que, a dinamicidade da mudana das leis pode, em curto espao de tempo, desatualizar alguns aspectos. Alm da forma impressa, esse manual estar no Site do SISMMAC, o que nos permitir a sua atualizao permanente. Este material de apoio aos professores uma produo coletiva e poder ser aperfeioado com a contribuio de cada um dos professores. Construiremos juntos.

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1.Funo social do Profissional da EducaoHistria da humanidade, desde o surgimento das primeiras sociedades organizadas, que compreendem valores ticos, sociais, morais, polticos e cientficos, e que representam o seu prprio desenvolvimento, um papel, em suas mais variadas formas, tem sido fundamental para a concretizao das transformaes sociais que envolvem o trabalho e o indivduo na esfera das relaes: O papel do educador. Esse educador, tendo sido chamado como preceptor na Grcia Antiga, Mestre ou orador na civilizao romana, influenciada pela cultura helnica, ou simplesmente professor na histria contempornea, vem sofrendo transformaes, de acordo com as necessidades sociais de cada poca, sem, no entanto, perder a relevncia de sua funo primordial: a relao ensino-aprendizagem. do termo grego Paedagougos, que designava o escravo responsvel em acompanhar a criana at escola, que se origina a palavra Pedagogia. Esta, certamente, tem se mostrado uma cincia imprescindvel na formao das dimenses poltica, tica e social de cada cidado atravs da escola e do papel do professor. No entanto, hoje, o enfrentamento que temos a fazer , no obstante, a afirmao da importncia da nossa funo social frente as demandas atuais de nossa sociedade. Em especial, no sculo XX, com os avanos tecnolgicos, houve uma grande transformao no que diz respeito ao processo de formao do professor. Enquanto avana a implementao de polticas consistentes no campo da educao, torna-se cada vez mais crtica a necessidade de assegurar uma educao de qualidade, que garanta o acesso ao saber e a cidadania para cada brasileiro, superando os princpios de excluso, em especial aqueles relativos as desigualdades sociais e econmicas que ainda nos marcam. A garantia da qualidade da educao, hoje representada pela legislao educacional em vigor, em especial a Constituio Federal de 1988, e pela LDB (9394/96), uma exigncia nossa, que como educadores, queremos,mas apenas juntos, podemos transformar o painel da sociedade brasileira. Essa garantia de qualidade pressupe vrios fatores, porm o mais importante deles, sem dvida, relativo a competncia dos profissionais do magistrio. Educadores bem formados, atualizados e motivados constituem o elemento bsico para a educao de qualidade que queremos. Apesar de todos os desafios que enfrentamos, como formao precria ou ineficiente, desvalorizao do profissional do magistrio atravs de baixos salrios, temos uma grande certeza: a de termos um papel fundamental no processo de formao de nossos alunos, e por conseqncia, o reflexo dessa formao em toda a sociedade. Por acreditarmos em tudo isso, elaboramos esse documento, para que faa parte do processo de reflexo acerca do papel do profissional do magistrio na rede municipal

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de ensino de Curitiba. Ns, profissionais do magistrio de Curitiba, queremos garantir o que nos diz a LDB, (art. 4, IX), que prope padres mnimos de qualidade do ensino, a serem definidos e implementados mediante a colaborao entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os municpios (art. 74). A funo social do profissional do magistrio, portanto continua sendo precpua para o processo de formao humana, para alm das relaes sociais, na escolarizao formal. Todo o contexto aqui descrito revela tambm a falta de investimento em uma poltica educacional em nosso municpio, que garanta como prioridade uma educao pblica de qualidade, e a valorizao dos profissionais do magistrio que aqui trabalham. Ns, que no compactuamos com a poltica de alienao e precarizao do trabalho destes profissionais, queremos resgatar a funo do professor em sua instncia mxima, a escola. Mas, para alm disso, queremos ter a certeza da importncia de nosso papel como organizadores do processo pedaggico frente s polticas pblicas desse municpio, e portanto, exigir do poder pblico municipal condies adequadas para a realizao de to relevante trabalho para a cidade de Curitiba.

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2.Investidura no cargo pblico de profissional do magistrioOs incisos I e II do artigo 37 da Constituio Federal tratam da investidura em cargo pblico nos seguintes termos: I os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; II a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para o cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao. A legislao especfica e o edital do Concurso Pblico estabelecem as regras internas do concurso. As regras do concurso pblico no podem estabelecer privilgios ou discriminaes. Se um edital trouxer regras que estabeleam privilgios ou discriminaes pode ser objeto de anulao por ser ilegal. Em regra, os editais estabelecem os mesmos requisitos previstos no artigo 5 da Lei Federal 8.112/1990 - Estatuto dos Servidores Pblicos Federais, que so os seguintes: nacionalidade brasileira; gozo dos direitos polticos; quitao com obrigaes eleitorais e militares; nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo; Idade mnima de 18 anos; aptido fsica e mental.

Para o ingresso na carreira de Profissional do Magistrio no Municpio o requisito de escolaridade nvel superior com habilitao para docncia no ensino fundamental. As professoras e professores aprovados no concurso so submetidos aos demais procedimentos e investidos no cargo se aprovados em todos eles.

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3.Estgio probatrio e estabilidade

O caput e o pargrafo 1 da Constituio Federal de 1988 tratam da estabilidade e do estgio probatrio dos servidores pblicos nos termos a seguir destacados. Constituio Federal art. 41: So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para o cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. 1. O servidor pblico s perder o cargo: I em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Os trs anos a que se refere o caput do artigo 41 constituem o estgio probatrio. No Municpio de Curitiba, o estgio probatrio regulado pela Lei Municipal 10.815/ 2003 que modificou as Leis Municipais 8444/94 e 9723/99. A Lei Municipal 10.815/2003 est regulamentada pelo Decreto 793/2004. Durante o estgio probatrio, o servidor submetido a avaliaes peridicas para verificar se est apto ou no a permanecer no cargo pblico para o qual foi aprovado no Concurso Pblico. Nos termos da Lei Municipal, no estgio probatrio so avaliados os seguintes requisitos: Conhecimento do trabalho Ser avaliado se as habilidades e conhecimento tcnico do servidor esto em nvel compatvel para o desempenho satisfatrio do cargo. Pontualidade Cumprimento do horrio estabelecido para o desenvolvimento das atividades. Assiduidade Se comparece regularmente ao trabalho, ou seja, se no tem muitas faltas. Disciplina Se o servidor preocupa-se em agir de acordo com as normas da organizao. Produtividade e Qualidade Se o servidor realiza o que lhe esperado, no prazo, em volume e com qualidade. Relacionamento interpessoal Com os colegas de trabalho e com o pblico a que atende. tica pblica - agir conforme as normas da instituio. Cuidados com materiais, equipamentos e ambiente utiliza adequadamente os equipamentos e ambiente de trabalho. Ter plena capacidade fsica e mental para o exerccio do cargo para que o servidor possa exercer plenamente as atividades que lhe forem atribudas, sem o comprometimento de sua sade. Flexibilidade capacidade de adaptar-se s novas situaes propostas pela instituio e equipe.

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Iniciativa - prope novas alternativas e soluciona problemas que surgem.

A avaliao do estgio probatrio se d no efetivo exerccio do cargo e alguns afastamentos no so considerados como de efetivo exerccio, estes afastamentos esto previstos no pargrafo 3 do artigo 1 da Lei 10.815/2003. 3. Para os efeitos dos pargrafos anteriores, no sero considerados como de efetivo exerccio, os dias em que o servidor afastar-se do trabalho, nas seguintes hipteses: I II III IV V VI VII VIII IX X XI Licena gestante; Licena-paternidade; Licena para freqentar cursos, lanada em ficha funcional formal a poca de sua fruio; Licena para fins de adoo; Licena para tratamento de sade e por motivo de doena em pessoa da famlia; Licena gala; Licena nojo; Candidatura a cargo eletivo, na forma prevista em lei; Exerccio de mandato eletivo que importe em afastamento das funes do cargo; Prestao de servios considerados obrigatrios por lei; Disposio funcional a rgo ou entidade da Unio, do Distrito Federal, dos Estados e de outros Municpios, bem como CIC - Companhia de Desenvolvimento de Curitiba, URBS - Urbanizao de Curitiba S/A, COHAB - Companhia de Habitao Popular de Curitiba e Cmara Municipal de Curitiba. Exerccio de funo gratificada ou cargo comissionado, exceto se a Secretaria Municipal de Recursos Humanos - SMRH atestar expressamente, atravs de procedimento especfico, a compatibilidade do ncleo central das atribuies do cargo efetivo com aquelas peculiares ao cargo comissionado ou funo gratificada exercida.

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O servidor que discordar das notas que recebeu tem direito a fazer ressalvas por escrito. importante que essa ressalva seja feita. Se o servidor for considerado inapto encaminhado para a exonerao. Durante o devido processo administrativo assegurado o direito defesa com advogado. Os sindicalizados podem utilizar-se do departamento jurdico do Sindicato. Aprovado no estgio adquire-se a estabilidade, e, o servidor efetivado no cargo pblico municipal. Um ponto importante a esclarecer quanto ao preenchimento do formulrio de Gesto Profissional, que expedido a todos os servidores para participao do Crescimento Horizontal na Carreira. Cumpre salientar, importante o preenchimento do referido formulrio, ainda que no lhe traga benefcios neste perodo, para que, possa participar do Crescimento Vertical, sem maiores problemas.

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4.Plano de Cargos, Carreiras e SalriosEm 1985, o Magistrio Municipal de Curitiba conquistou seu estatuto prprio, a Lei 6761/85, que teve sua vigncia finalizada em 1991 quando foi criado um Plano de Carreiras para todo o funcionalismo municipal, Lei 7670/91. O Plano de Carreiras do Magistrio que integrava o estatuto prprio do magistrio deixou de existir e transformou-se em um captulo do PCCS geral ( Lei 7670/91). O fim do PCCS prprio trouxe uma srie de prejuzos aos professores municipais e o principal deles foi o fim do enquadramento pela maior habilitao. A partir daquele momento, a categoria iniciou uma luta incansvel pela criao de um novo PCCS, reconquistando um direito que havia sido subtrado. O fim da primeira etapa dessa luta foi a aprovao da Lei Municipal 10.190/01 em junho de 2001. No foi tudo aquilo que o magistrio queria, mas tambm no foi somente aquilo que a prefeitura queria. Os principais aspectos desse plano de carreiras so os institutos de avano na carreira, quais sejam, o crescimento vertical, crescimento horizontal e a mudana da rea de atuao. A carreira do Profissional do Magistrio formada por quatro reas de atuao a seguir descritas: DOCNCIA I, o conjunto de atividades pedaggicas e didticas de atendimento direto aos alunos da educao bsica, compreendendo desde o Pr 4 Srie do ensino fundamental; DOCNCIA II, o conjunto de atividades pedaggicas e didticas de atendimento direto aos alunos da educao bsica, compreendendo desde a 5 8 Srie do Ensino Fundamental ou atividades de atendimento direto a alunos regularmente inscritos em programas municipais voltados ao desenvolvimento fsico na rea de esporte e lazer; SUPORTE TCNICO-PEDAGGICO, o conjunto de atividades exercidas por profissional habilitado nos termos da lei, destinadas coordenao, superviso, orientao, organizao e gesto do processo pedaggico; ASSISTNCIA PEDAGGICA, o conjunto de atividades de apoio docncia e ao suporte tcnico-pedaggico exercido pelo Profissional do Magistrio, exclusivamente para aqueles que sejam portadores de laudo mdico com restrio na sua rea de atuao, a partir da homologao de processo especfico pela Secretaria Municipal de Recursos Humanos.

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Os professores, presentes os requisitos previstos na regulamentao, podem se transpor de uma rea de atuao para outra, participando do procedimento especfico de mudana de rea de atuao. O PCSS estrutura a carreira em nveis, padres e referncias, sendo essas ltimas de A a I conforme tabela a seguir. A tabela apresenta valores vigentes em dezembro de 2004.1

A Lei 10.190/2001 prev duas outras formas de mobilidade na carreira: o crescimento vertical e o crescimento horizontal: Art. 10. O crescimento horizontal consiste na passagem de uma referncia para as seguintes, de acordo com o nmero de vagas ofertadas, dentro do mesmo nvel, observado o disposto no art. 12, numa periodicidade de 02 (dois) anos, nos termos da regulamentao da presente lei. 1. Somente o servidor estvel, pode candidatar-se ao crescimento horizontal. 2. Para inscrever-se ao crescimento horizontal, o servidor ocupante de 02 (duas) matrculas, poder faz-lo simultaneamente, considerando cada matrcula em separado. 3. O servidor poder apresentar a mesma documentao nas 02 (duas) matrculas. Art. 11. A Administrao garantir, mediante insero em tpico especfico da Lei Oramentria, o mnimo de vagas para o crescimento horizontal, considerando sempre 80% (oitenta por cento) do total do quadro de servidores ativos do magistrio. Art. 12. Para participar do processo de crescimento horizontal o Profissional do Magistrio dever apresentar, devidamente preenchido, o formulrio de gesto profissional que o instrumento no qual esto contidos os registros que envolvem atividades inerentes ao cargo, funes gerenciais e desenvolvimento profissional, incluindo-se a a

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Os valores so divulgados mensalmente no jornal do SISMMAC, devidamente atualizados.

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produo acadmica e a titulao, conforme ser estabelecido em decreto regulamentador. Art. 13. O ocupante do cargo de Profissional do Magistrio em efetivo exerccio pode crescer horizontalmente at 03 (trs) referncias: I - 01 (uma) referncia se atingir pontuao mnima no formulrio de gesto profissional; II - 02 (duas) referncias se atingir pontuao mnima no formulrio de gesto profissional e apresentar a titulao de Mestrado, com rea de concentrao da pesquisa e da dissertao em educao; III - 03 (trs) referncias se atingir pontuao mnima no formulrio de gesto profissional e apresentar a titulao de Doutorado, com rea de concentrao da pesquisa e da tese em educao. Art. 14. O crescimento vertical consiste na passagem de um nvel para outro superior, condicionado disponibilidade oramentria e abertura de Procedimento Seletivo Especfico pela Administrao, de acordo com a regulamentao da presente lei. 1. Somente o servidor estvel pode candidatar-se ao crescimento vertical. 2. Para inscrever-se ao crescimento vertical, o servidor ocupante de 02 (duas) matrculas, poder faz-lo simultaneamente, considerando cada matrcula em separado. 3. O servidor poder apresentar a mesma documentao nas 02 (duas) matrculas. Para participar do crescimento horizontal e vertical o servidor dever ter cumprido o estgio probatrio, o que no se exige para a mudana de rea de atuao. O crescimento vertical e a mudana de rea de atuao dependem de prova de conhecimentos, o que no se requer no crescimento horizontal. Para a participao h outros requisitos previstos na Lei e nos decretos regulamentadores. No momento da edio deste Manual o crescimento vertical e o crescimento horizontal so regulamentados pelo Decreto Municipal 563/2004 e a Mudana de rea de atuao pelo Decreto 605/2003. No exerccio do cargo de Profissional do Magistrio outros direitos e deveres esto previstos na Lei Municipal 1656/58, 6761/1985 e outras leis esparsas.

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5.Dos deveres

Os deveres esto previstos no artigo 207 da lei Municipal 1656/58 Estatuto dos Servidores Municipais de Curitiba. Artigo 207- So deveres do funcionrio, alm dos que lhe cabem pelo cargo ou funo: I II III IV comparecer na repartio, s horas de trabalho ordinrio, e s do extraordinrio, quando convocado, executando os servios que lhe competirem; cumprir as ordens superiores exceto quando forem manifestamente ilegais; guardar sigilo sobre os assuntos da repartio que no devem ser divulgados; representar aos chefes imediatamente sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento e que ocorram na repartio em que servir, ou s autoridades superiores, por intermdio dos respectivos chefes, quando estes no tomarem em considerao suas representaes. Se o chefe no encaminhar a representao s autoridades superiores dentro de cinco dias da data em que a tiver recebido para esse fim, o funcionrio poder faz-lo diretamente; tratar com urbanidade (respeito) as partes, atend-las sem preferncias pessoais; freqentar cursos legalmente institudos para aperfeioamento ou especializao; zelar pela economia do Municpio e pela conservao do que for sua guarda ou utilizao; providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento (ficha funcional) individual, a sua declarao de famlia; trazer em dia a sua coleo de leis, regulamentos, regimentos, instrues, e ordens de servio que lhe forem distribudos pela repartio; apresentar-se decentemente trajado em servio ou com uniforme que for determinado para cada caso; apresentar relatrio ou resumos de suas atividades, nas hipteses e prazos previstos em lei, regulamento ou regimento; atender, prontamente, com preferncia sobre qualquer outro servio, s requisies de papis, documentos, informaes ou providncias que lhe forem feitas pelos rgos jurdicos incumbidos da defesa do Municpio em juzo e expedir certides requeridas para defesa de direito. proceder na vida pblica e privada de forma a dignificar sempre a funo pblica.

V VI VII VIII IX X XI XII

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6.Das proibies

Artigo 208 - Ao funcionrio proibido: referir-se depreciativamente, em informaes, parecer ou despacho, s autoridades constitudas e aos atos da administrao, podendo, porm, em trabalho devidamente assinado, apreci-los do ponto de vista doutrinrio, tcnico e da organizao e eficincia do servio pblico; II retirar sem prvia permisso da autoridade competente, qualquer documento ou material existente na repartio; III deixar de representar, sobre ato ilegal, que chegue a seu conhecimento em virtude de suas funes, sob pena de se tornar solidrio ao infrator; IV promover manifestaes de apreo ou de desapreo dentro da repartio ou tornar-se solidrio com elas; V exercer comrcio entre os companheiros de servio; VI aceitar presente de subordinados ou de pessoas sujeitas a sua autoridade. Artigo 209 - ainda proibido ao funcionrio: I II fazer contratos de natureza comercial ou industrial com o Municpio, por si como representante de outrem; requerer ou promover a concesso de privilgios, garantias de juros ou outros favores semelhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilgio de inveno prpria; exercer mesmo fora das horas do trabalho, emprego ou funo de empresa, estabelecimento ou instituies contratuais ou de dependncia com o Municpio; comerciar, ter parte em sociedades comerciais, industriais ou bancrias ou nelas exercer encargo da direo ou gerncia, ressalvado, porm, o direito de ser acionista ou comanditrio. No se aplica o item III deste artigo aos titulares do cargo do magistrio. praticar a usura em qualquer das suas formas; constituir-se procurador de parte ou servir de intermedirio perante qualquer repartio pblica municipal, exceto quando se tratar de interesse de parente at o segundo grau; receber estipndios, donativos ou concesses de firma fornecedora ou entidades fiscalizadas, no pas ou no estrangeiro, mesmo quando estiver em misso referente a compra de material ou fiscalizao de qualquer natureza; valer-se de sua qualidade de funcionrio para melhor desempenhar atividades estranhas s suas funes ou para lograr qualquer proveito, direta ou indiretamente, por si ou por interposta pessoa. coagir ou aliciar subordinados com objetivo de natureza poltico-partidria. I

III

IV

V VI

VII

VIII

IX

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7.Dos Direitos

Os direitos dos Profissionais do magistrio tambm esto previstos no estatuto dos servidores e em diversas leis esparsas. Para lev-los ao conhecimento dos professores o faremos atravs de tpicos, citando a lei que regulamenta cada um.

7.1 - DIREITO DE PETIONa forma dos artigos 96 e seguintes da Lei Municipal 1656/58, bem como artigo 86 da Lei 6761/85 assegurado ao servidor o direito de requerer e representar perante a Administrao Pblica na esfera administrativa e judicial. Prescreve em 5 anos o direito do servidor de requerer pagamento de valores em face da administrao municipal.

7.2 - LICENAS assegurado ao servidor do magistrio do Municpio de Curitiba, o direito s seguintes licenas previstas no Estatuto do Magistrio e no Estatuto do Servidor Pblico Municipal: a) Licena Gala de oito dias por motivo de casamento civil. b) Licena Nojo de 2 (dois) dias por falecimento dos sogros; 8 (oito) dias por falecimento do cnjuge, companheiro (a), filhos, pais e irmos; c) Licena maternidade de 120 (cento e vinte) dias. d) Licena paternidade de 5 (cinco) dias; e) Licena por motivo de adoo em tempo igual ao da me biolgica; Ressalte-se ainda, que o servidor do magistrio tem direito a outras licenas, que esto elencadas nos itens 7.2.1 a 7.2.7 a seguir:

7.2.1 PARA O EXERCCIO DO CARGO DE DIRIGENTE SINDICALA Constituio Federal, a Constituio Estadual e a Lei Orgnica do Municpio de Curitiba asseguram ao servidor pblico o direito a se eleger como dirigente sindical e licenciarse de suas atividades regulares para exercer seu mandato.

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Ainda na forma das constituies, a licena do dirigente sindical no deve implicar na perda de qualquer vantagem da sua carreira. Atualmente, so seis dirigentes sindicais liberados no SISMMAC.

7.2.2 - PARA TRATAMENTO DA PRPRIA SADE concedida pela percia mdica do Municpio, atendendo ao atestado fornecido pelo mdico. De acordo com o Decreto 944/73, servidor pode recorrer da deciso que negou ou reduziu a licena mdica solicitada pelo profissional de sade. O recurso deve ser protocolado no prazo de 48 horas a contar da negativa.

7.2.3 - POR MOTIVO DE DOENA DE PESSOA DA FAMLIADesde que obedecido o previsto no artigo 183 e 184 do Estatuto do Servidor Municipal Lei 1656/58 e artigo 60 da Lei Municipal 6761/85, verbis: Artigo 60. O integrante do Quadro Prprio do Magistrio poder obter licena at o mximo de 2 (dois) anos por motivo de doena de ascendente, descendente e colateral, consangneo at o 2 (segundo) grau civil, do companheiro e do cnjuge, do qual no esteja legalmente separado, desde que comprove: I Ser indispensvel a sua assistncia pessoal incompatvel com o exerccio do cargo, e II Viver sob sua dependncia econmica a pessoa enferma; 1. Nos casos de doenas graves dos filhos menores ou cnjuge, ser dispensada a prova do inciso II. 2. Provar-se- a doena mediante inspeo mdica.

7.2.4 - LICENA PRMIOLicena Prmio de 90 (noventa) dias por qinqnio ou 180 (cento e oitenta) dias por decnio, observado o disposto na lei municipal 8995/95. O servidor no poder ter mais que 5 (cinco) faltas no qinqnio ou 10 (dez) no decnio. O servidor no poder ter licenas para tratamento da prpria sade em tempo superior a 3 (trs) meses no qinqnio e 6 (seis) no decnio. Na forma da regulamentao dever ser organizada escala de tal forma que, o incio da fruio se d dentro do perodo de um ano a partir do protocolo do pedido. O tempo somente poder ser superior a um ano se o nmero de funcionrios for superior a uma sexta parte de funcionrios da unidade organizacional.

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7.2.5 - LICENA SEM VENCIMENTOSNos termos do artigo 68 da Lei 6761/85, aps o efetivo exerccio de 2 (dois) anos, o integrante do Quadro Prprio do Magistrio, poder obter licena sem vencimentos para tratar de interesses particulares pelo prazo de dois anos, desde que esteja, em consonncia com a supremacia do interesse pblico, ou seja, no est a administrao pblica obrigada a conced-la.

7.2.6 - LICENA PARA AMAMENTARLicena para amamentar, consistindo em uma hora diria, durante 3 meses, mediante declarao mdica de que est amamentando.

7.2.7 - LICENA PARA O EXERCCIO DO MANDATO ELETIVOLicena para o exerccio do mandato eletivo com durao igual ao dos mandatos eletivos.

7.3. REDUO DA JORNADA DE TRABALHO PARA ME DE PORTADOR DE DEFICINCIA assegurado Servidora Pblica Municipal que seja genitora, curadora ou responsvel pela criao, educao e proteo de um portador de necessidades especiais, antes, chamado, excepcional, o direito de ser dispensada do cumprimento de parte da jornada de trabalho, sem prejuzo de sua remunerao, respeitada a execuo de metade da carga horria semanal. A Servidora beneficiria desta lei dever manter o portador de necessidades especiais sob sua responsabilidade submetido a tratamento teraputico. Para os efeitos da lei, considera-se portador de necessidades especiais, pessoa de qualquer idade com deficincia fsica ou mental comprovada e considerada dependente scio-educacional. O Servidor Pblico, vivo ou separado judicialmente que tenha sob sua guarda filho, portador de necessidades especiais, tambm poder valer-se dos benefcios desta lei, desde que comprove dependncia.

7.4 - FRIAS E RECESSOOs professores tm direito a 30 dias de frias anuais e mais trinta e cinco dias de recesso na forma do pargrafo 4 do artigo 2 da Lei Municipal 8785/96. 4 - Os professores, orientadores educacionais e supervisores escolares, diretores, vice-diretores e coordenadores administrativos (detentores de cargo de pro-

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fessor) que prestam servios em unidades escolares da Rede Municipal de Ensino sero dispensados, obedecido o calendrio escolar, durante 35 (trinta e cinco) dias considerados como de recesso escolar, dos quais 20 (vinte) dias no perodo de dezembro a fevereiro e 15 (quinze) dias no ms de julho, sendo os perodos de afastamento consignado para todos os efeitos legais como se de efetivo exerccio fosse. As frias dos demais servidores so reguladas pela lei Municipal 8660/95 e nela que est assegurado o direito do servidor a interromper suas frias quando acometido de doena que comprometa mais que 50% de suas frias.

7.5 - ACIDENTE DE TRABALHO o evento danoso sade do funcionrio, tendo como causa mediata ou imediata o exerccio das atribuies inerentes ao cargo ou funo. Equiparam-se ao acidente de trabalho as doenas ocupacionais e todas aquelas relacionadas ao trabalho. Em todas estas hipteses deve ser preenchida a CAT Comunicao de Acidente de Trabalho que deve estar disposio do servidor no local onde trabalha. indispensvel que o servidor sempre preencha a CAT, pois a partir dela que ser reconhecido o nexo causal entre a doena e a atividade. Caracterizado o nexo, repercute at mesmo em eventual aposentadoria por invalidez, hiptese em que ser integral. Em caso de acidente de trabalho, a prefeitura deve custear integralmente o tratamento do servidor. O professor deve exigir que o formulrio da CAT sempre esteja disposio na escola.

7.6 - READAPTAOO instituto da readaptao est previsto na lei Municipal 8453/1994 e o artigo 1 conceitua a readaptao nos seguintes termos: Ser readaptado o servidor que apresentar modificaes no seu estado de sade, devidamente comprovadas pelo rgo Mdico Pericial do Municpio, que inviabilizem, definitivamente, a realizao das tarefas inerentes s funes da carreira a qual integra. Considera-se readaptao, para fins desta lei, o aproveitamento compulsrio do servidor estvel em cargo pertencente carreira mais compatvel com a sua capacidade fsica ou mental. Portanto, nestas hipteses as quais o servidor encontra-se impedido de realizar suas atividades regulares em sua rea de atuao, bem como, adotados todos os procedimentos necessrios recuperao e no obtido xito o servidor readaptado para outra funo condizente com sua condio fsica e emocional. O servidor nunca poder ser readaptado para cargo cuja remunerao seja maior do

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que a recebida naquele de origem. Ao ser readaptado para cargo com remunerao inferior, o servidor faz jus ao recebimento de uma complementao que incorporvel aos proventos de aposentadoria. No Magistrio, a readaptao se concretiza com o denominado laudo definitivo. Os ocupantes de laudo mdico definitivo integram a rea de atuao Assistncia Pedaggica. Maiores detalhes sobre o instituto da readaptao esto na Lei 8453/94.

7. 7 PAD: PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR instaurado para apurar falta funcional e aplicar penalidade aos funcionrios faltosos. Para assegurar o princpio constitucional do contraditrio e ampla defesa, o servidor tem direito a ser acompanhado por advogado que apresentar a defesa. Em regra, o PAD instaurado a partir de relatrio circunstanciado encaminhado pela chefia imediata ou outra forma de denunciado. No PAD, o indiciado tem direito a produzir provas testemunhais, periciais, documentais e outras admitidas em direito. Produzidas as provas requeridas pela defesa e aquelas indicadas pela comisso processante abre-se prazo para o advogado apresentar as alegaes finais. Apresentadas as alegaes, a Comisso Processante faz o relatrio indicando a absolvio ou aplicao da penalidade. Ao prefeito cabe acolher ou no o relatrio da Comisso. A qualquer tempo poder ser requerida a reviso do PAD, de que resultou pena disciplinar, quando se aduzam provas, fatos e circunstncias suscetveis de justificar a inocncia do requerente. O Processo de Reviso est previsto nos artigo 252 e seguintes da Lei Municipal 1656/58.

7.8 RIT: REGIME INTEGRAL DE TRABALHO.Pela Lei 8248/93 foi instituda em Curitiba a Gratificao pelo Regime Integral de Trabalho que consiste em 100% sobre o valor do vencimento padro percebido pelo professor pelo exerccio de mais uma jornada de vinte horas semanais. O pagamento da gratificao do RIT devida em algumas hipteses de afastamentos e que esto previstas no artigo 6 da Lei 8248/93, vejamos: Art. 6 - 0 servidor no far jus a gratificao ora tratada nos afastamentos do efetivo exerccio do seu cargo de carreira, exceto nos casos de : I - frias; II - casamento, at 08

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(oito) dias; III - luto, at 08 (oito) dias, por falecimento do cnjuge, do companheiro ou companheira na forma da lei, descendente, ascendente e irmos; IV - exerccio do cargo de presidente em entidade municipal, de representao de classe, e licena prmio, aps O2 (dois) anos consecutivos de efetiva percepo da gratificao pelo Regime Integral de Trabalho; V - licena para tratamento da prpria sade; VI - licena a gestante, aps 01 (um) ano consecutivo de efetiva percepo da Gratificao pelo Regime Integral de Trabalho. importante ressaltar que, para o servidor receber a gratificao durante o perodo das licenas, no poder haver interrupo. importante tambm destacar que sobre a gratificao incide a contribuio previdenciria e servir como base de clculo dos proventos de aposentadoria. O nosso entendimento que estas horas deveriam ser pagas como horas extraordinrias, portanto, com adicional de 50%.

7.9 - LICENA PARA FREQENTAR CURSOSCom o objetivo de regulamentar o artigo 16 da Lei 7670/91 e artigo 40 da Lei 7671/91 foi editado o Decreto Municipal 1299/93 que dispe sobre a qualificao de Recursos Humanos. Com base nesta legislao que o professor tem direito a licena remunerada ou no para realizar cursos de ps-graduao. Podem licenciar-se 0.5% dos profissionais do magistrio com nus para o Municpio e outros 0.5% sem nus para o Municpio. Deste total, 20% destina-se para cursos de doutorado e mestrado at 2 anos; 55% para cursos de especializao com durao de at um ano; 25% para cursos com durao inferior a um ano. O servidor deve requerer junto ao ncleo de recursos humanos da Secretaria instruindo com descrio do curso, comprovante de que passou no processo seletivo, programa do curso, e demonstrar que h relao entre o curso e proposta curricular do Municpio. Toda a regulamentao est prevista no Decreto 1299/93 e Portaria 01/94 da Secretaria Municipal da Educao.

7.10 - GRATIFICAO DE EDUCAO ESPECIALNa forma do artigo 21 da Lei 10190/2001 devida gratificao para os Profissionais do Magistrio que atuam na educao especial.

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ATIVIDADE PERCENTUAL DA GRATIFICAO Docncia, Suporte Tcnico Pedaggico, funo diretiva em Escolas de Educao Especial 50% (cinqenta por cento) sobre o vencimento bsico inicial da rea de atuao. ATUAO EM CLASSES ESPECIAIS 30% (trinta por cento) sobre o vencimento bsico inicial da rea de atuao. Docncia em salas de recurso 30% (trinta por cento) sobre o vencimento bsico inicial da rea de atuao Os requisitos do processo de classificao para atuar na Educao Especial e o recebimento da Gratificao esto previstos no Decreto 544/2003. Destaque-se que esta gratificao incorporvel aos proventos de aposentadoria proporcionalmente ao tempo de contribuio. A lei 10.817/2003 assegurou a incorporao integral para aqueles que at 15 de dezembro de 1998 tenham cumprido o requisito de 4 anos de exerccio de atividade em Educao Especial. O servidor receber a gratificao durante a licena prmio se contar com cinco anos consecutivos de efetivo exerccio na Educao Especial.

7.11 - GRATIFICAO DE DIFCIL PROVIMENTONa forma do artigo 28 da Lei 10.190/2001, os professores que atuam nas escolas definidas como de difcil provimento fazem jus a uma gratificao de 10% sobre o vencimento bsico inicial de sua carreira. Os decretos municipais 545/2003 e 1000/2003 relacionam as escolas denominadas como de difcil provimento.

7.12 GRATIFICAO DE DIREO DE ESCOLA E GRATIFICAO DA DESCENTRALIZAOO artigo 121, V, c, da Lei 1656/58, estabelece que: Artigo 121- Alm do vencimento ou da remunerao do cargo, o funcionrio s poder perceber as seguintes vantagens: V - gratificao; c) pela elaborao ou execuo de trabalho tcnico ou cientfico. O Decreto n. 777/2001, estabeleceu os critrios a serem observados para a concesso da gratificao de direo de escola e da descentralizao:

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Art. 1. Ser atribuda gratificao aos funcionrios em exerccio nas funes de Direo das Unidades Escolares, Centros de Atendimento e do Centro de Integrao Social Arlete Richa, eleitos na forma das Leis n.s 8.280/93 e 9.717/98 e do Decreto n. 826/99, para efetivar a descentralizao e proporcionar maior autonomia no gerenciamento da Rede Municipal de Educao. Pargrafo nico. O valor da gratificao de que trata este artigo ser calculada sobre o padro 103, referncia A da tabela de vencimentos do Quadro do Magistrio Municipal e ser devida: a) no correspondente a 78,13% (setenta e oito vrgula treze por cento) aos ocupantes de funo gratificada, smbolo FG-4. b) no correspondente a 40,62% (quarenta vrgula sessenta e dois por cento) aos ocupantes de funo gratificada, smbolo FG-3. c) no correspondente a 31,03% (trina e um vrgula zero trs por cento) aos ocupantes de funo gratificada, smbolo FG-2. Funo gratificada um valor pago pelo exerccio de atividades de chefia ou responsabilidade nas unidades administrativas da prefeitura e obedece a uma proporo relacionada complexidade da responsabilidade. A funo pela efetivao da descentralizao devida em razo da Administrao dos valores repassados s escolas pelo Municpio ou FNDE- Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educao.

7.13 - AUXLIO TRANSPORTEA Lei Federal 7418/85 e o Decreto Federal 95247/87 regulamentam a concesso do vale transporte aos trabalhadores. Na forma da Lei nenhum trabalhador pode gastar mais do que 6% de seu salrio com transporte. A Lei Federal no inclui expressamente os servidores municipais na Lei do Vale Transporte e o Municpio regulamentou atravs da Lei Municipal 8704/92 e do Decreto 507/ 96. Resultado de uma importante luta dos servidores municipais h um escalonamento do desconto de acordo com a faixa salarial indo de 1%, 3% ou 6%, de acordo com o vencimento bsico do servidor. Ocorre que o Decreto Municipal 507/96 estabeleceu um teto a partir do qual o servidor no mais faz jus ao Auxlio Transporte. Na forma do Decreto, se o servidor, em determinado ms ultrapassar o teto em um centavo deixa de receber o benefcio.

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Esta forma quebra a isonomia em relao a outros servidores pblicos e at servidores da Cmara Municipal de Curitiba que receberem o benefcio na exata forma da Lei Federal e Decreto Federal. Nas ltimas pautas de reivindicao o Sindicato solicitou aplicao integral da Lei tambm para os servidores municipais que foi negada pela administrao municipal.

7.14 - SALRIO FAMLIANa forma da Lei Federal n 4.266/63 e da Constituio Federal, considerado um direito social, e no sentido de visar melhoria da condio social, direito de todo trabalhador urbano, receber o salrio-famlia pago em razo do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei, como nova redao dada pela Emenda Constitucional n. 20/98. Na forma da legislao previdenciria, a partir de 1 de maio de 2004 os valores da cota do salrio-famlia sero de R$ 20,00 ao segurado com remunerao mensal de at R$ 390,00 e R$ 14,09 quando a remunerao for igual ou inferior a R$ 586,19. O Decreto 3048/99, tambm prev, em seu Art. 5, que: A previdncia social ser organizada sob a forma de regime geral, de carter contributivo e de filiao obrigatria, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial, e atender a: IV - salrio-famlia e auxlio-recluso para os dependentes dos segurados de baixa renda. O Decreto Municipal n. 953/2004, dispe o seguinte: Art.1o. O Regime Prprio de Previdncia dos Servidores do Municpio de Curitiba, integrante do Sistema de Seguridade Social dos Servidores do Municpio de Curitiba, nos termos da Lei no 9.626/99, publicada em 27 de julho de 1999 e Lei no 9.712/99, tem por fim assegurar aos seus beneficirios meios indispensveis de manuteno dos benefcios, por motivo de invalidez, incapacidade, aposentadoria, auxlio-doena, salrio-famlia, salrio-maternidade, auxlio-recluso e penso. Art.52. O salrio-famlia ser devido, mensalmente ao participante, nos termos da legislao federal e na proporo do respectivo nmero de filhos menores ou equiparados, nos termos do Art. 4o, deste regulamento.

7.15 - AUXLIO RECLUSOO auxlio-recluso um benefcio concedido aos dependentes do segurado recolhido priso, que no esteja recebendo qualquer remunerao pelos cofres pblicos estaduais. Est previsto no artigo 27, 2 b da Lei 9626/99. E, da mesma forma que o salriofamlia, teve nova redao dada pela Emenda Constitucional n. 20/98, tambm, sendo previsto, Decreto 3048/99.

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O Decreto Municipal n. 953/2004, dispe o seguinte: Art.1o. O Regime Prprio de Previdncia dos Servidores do Municpio de Curitiba, integrante do Sistema de Seguridade Social dos Servidores do Municpio de Curitiba, nos termos da Lei no 9.626/99, publicada em 27 de julho de 1999 e Lei no 9.712/99, tem por fim assegurar aos seus beneficirios meios indispensveis de manuteno dos benefcios, por motivo de invalidez, incapacidade, aposentadoria, auxlio-doena, salrio-famlia, salrio-maternidade, auxlio-recluso e penso. Art 61. O auxlio-recluso ser devido aos dependentes do participante ativo recolhido priso que no esteja em gozo de outro benefcio previdencirio, desde que a sua ltima remunerao seja inferior ou igual ao valor determinado por portaria do Ministrio da Previdncia e ser equivalente a 2/3 (dois teros) da remunerao habitual do participante. 1o. O pedido de auxlio-recluso deve ser instrudo com certido do efetivo recolhimento do participante priso, firmada pela autoridade competente.

7.16 - RESSARCIMENTONas hipteses em que o servidor tiver que devolver valores para a Fazenda Municipal, o desconto em folha no poder exceder a dcima parte da remunerao do servidor. Est previsto no pargrafo 1 do artigo 211 da Lei Municipal 1656/58.

7.17 - REMANEJAMENTOO remanejamento consiste na transferncia de um local de trabalho ( Escolas, CEMAEs e CMEIs) para outro dentro da Secretaria Municipal de Educao, pois todos os servidores destas Unidades pertencem SME. O procedimento est regulamentado pelas portarias n.s 16/2004 e 17/2004 que tratam tambm dos remanejamentos a bem do servio pblico e ex officio. Frise-se que todos os profissionais do magistrio do Municpio de Curitiba, esto lotados na SME SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO. O remanejamento pode-se dar nas seguintes formas: I a pedido: a) por ordem de classificao em concurso de remanejamento; b) por meio de permuta. II ex officio a) quando ocorrer excedncia do Profissional do Magistrio e/ou integrante de outro quadro profissional lotado na SME, em determinada unidade escolar ou demais unidades da Secretaria Municipal da Educao;

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b) por solicitao do Setor de Sade Ocupacional, do Ncleo de Recursos Humanos SME, quando ocorrerem situaes relacionadas a restries de capacidade laborativa, atendendo s situaes previstas nas referidas portarias.

7.18 - JORNADA DE TRABALHOA jornada de trabalho dos professores municipais 20 horas semanais. Do total desta jornada, 20% (vinte por cento) ser de horas permanncia destinadas a atividades extra-classe. O que ultrapassar a jornada semanal de 20 horas deve ser pago como hora-extra, na forma do inciso XVI do artigo 7 da Constituio Federal de 1988. As horas trabalhadas no RIT no so pagas como extras, mas em valor igual ao das horas ordinrias. Discordamos deste entendimento do Municpio de Curitiba.

7.19 - ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIOO integrante do Quadro Prprio do Magistrio obter gratificao por tempo de servio base de 5% (cinco por cento) cada 5 anos, sendo que este lapso de tempo chamado de qinqnio.

7.20 - 13 - DCIMO TERCEIRO SALRIOO 13 salrio ou gratificao de Natal um direito de todos os trabalhadores, garantido pela Constituio Federal. Ser devida na proporo de 1/12 (um doze avos) por ms trabalhado, ou frao igual ou superior a quinze 15 (quinze) dias, tomando-se por base o valor do vencimento padro e demais vantagens pecunirias, vigentes em dezembro de cada ano.

7.21 - HORA ATIVIDADEA hora atividade corresponde a 20% da jornada de trabalho dos profissionais do magistrio. Este tempo, que corresponde a um dia da semana, destina-se ao trabalho de planejamento e preparo do professor. Esta a finalidade da hora atividade e, qualquer outra destinao a ela dada caracteriza desvio de finalidade e estar sendo trada a luta daqueles que conquistaram este tempo. Tambm no se deve aceitar que eventuais sadas para consultas com profissionais de

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sade devam ser realizadas neste dia. Tambm inaceitvel que estas preciosas horas sejam usadas para compensar o desenvolvimento de outras atividades fora do horrio de trabalho.

7.22 - CUSTEIO DE DOENA PELO MUNICPIO LEI 8786/95De acordo com o estatuto do servidor municipal, em caso de acidente de trabalho, o Municpio dever arcar integralmente com o custeio do tratamento do servidor pblico. Em 1995 foi sancionada a Lei Municipal 8687/95, autorizando o Municpio a custear integralmente o tratamento de algumas doenas de servidores estveis. O artigo 1 da Lei fixa o rol de doenas que tero o tratamento custeado pelo Municpio. 1 - Para o efeito previsto no caput deste artigo so consideradas as seguintes doenas: I - Tumores malignos; II - Mal de Hansen; III - Tuberculose; IV - Molstia da vista, possvel de originar cegueira; V - Demncia; VI - Cardiopatias graves e doenas dos grandes vasos da base; VII - Insuficincia renal crnica com indicao de tratamento dialtico ou transplante renal; VIII - Sndrome da imunodeficincia adquirida - SIDA AIDS; IX - Acidentes vasculares cerebrais. 2 - Sero consideradas para efeito de tratamento as seqelas, as doenas agravantes e as decorrentes das doenas bsicas previstas neste artigo.

7.23 - DIREITO LIVRE ORGANIZAO SINDICALA Constituio Federal, em seu artigo 8 e inciso VI do artigo 37 assegura ao servidor o direito livre associao sindical. O direito livre associao sindical contempla a sindicalizao, participao em assemblias e reunies do sindicato, participar de mobilizaes, votar e ser votado. Qualquer medida que iniba este direito ou dificulte a atuao sindical inconstitucional, pois fere o disposto nos artigos j citados. A partir da liberdade de organizao sindical foi assegurado tambm o direito do Sindicato atuar em juzo como substituto processual, ou seja, o sindicato pode ajuizar aes coletivas em nome de todos os seus sindicalizados. A organizao interna dos sindicatos no deve sofrer qualquer interveno estatal e regulada pelo estatuto aprovado pelos sindicalizados. O direito a ser representante por local de trabalho, participar das reunies de representantes, ir para as assemblias e participar de paralisaes refere-se a atos absolutamente constitucionais e que a Administrao Pblica deve respeitar.

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A organizao sindical pressupe a representao dos trabalhadores nas negociaes coletivas. Atravs da Lei Municipal 8680/1995 ficou institudo o 31 de maro como Data Base dos servidores municipais ocasio em que deveria ser reposta nos vencimentos, no mnimo, a inflao do ano anterior.

7.24 - CARGOS COMISSIONADOS E FUNES GRATIFICADASMuitas so as dvidas a respeito de quanto ganha um Secretrio, Diretor de Departamento e outros. No Municpio de Curitiba h uma correlao entre todos eles e o maior vencimento padro da tabela da Administrao Direta. Este o artigo 57 da Lei 11000/2004, que estabelece as propores. Art. 10. Ficam estabelecidos e guardam as seguintes propores, em relao ao maior vencimento padro em tabela da Administrao direta a remunerao dos cargos comissionados, respectivamente: I - S-1 - 0,57532; II - S-2/C-2 - 0,47944; III - C-3 - 0,30684; IV - CAS-1/C-S - 0,21479; V - C-4 - 0,21095; VI - C-5 - 0,15342; VII - C-6 - 0,11507; VIII - CAS2 - 0,10740; IX - C-7 - 0,08822; X - C-8 - 0,06137. (NR) Art. 58. O caput do artigo 5 da Lei n 9.462, de 23 de dezembro de 1988, com redao dada pela Lei n 9.809, de 11 de janeiro de 2000, e o caput do artigo 11 da Lei n 10.131, de 28 de dezembro de 2000, passam a vigorar, respectivamente, com as seguintes redaes: Art. 5. O servidor que perceber remunerao com base na ltima referncia de progresso do padro de vencimento correspondente ao seu cargo, ter direito a adicionais ao respectivo vencimento, ao qual se incorpora automaticamente, de acordo com o nmero de interstcios de progresso que nele cumprir ou tiver cumprido, at o mximo de trinta e dois adicionais. (NR) Art. 11. Para determinar o valor do vencimento bsico do cargo de provimento em comisso da estrutura administrativa, financeira e de assessoramento formal, para fins de estabelecer o valor das funes gratificadas especiais, e de preservar o valor de proventos de aposentadorias e de penses, calculados com base em vencimentos de cargo de provimento em comisso, ficam estabelecidas as seguintes propores em relao referncia final de vencimento em tabela bsica da Prefeitura Municipal: I CA-1 e CG-1 - 0,57533; II - CA-2 e CG-2 - 0,47945; III - CG-3 - 0,44109; IV - CG-4 - 0,38356; V - CG-5 - 0,30685; VI - CG-6 - 0,23014; VII - CA-3 - 0,30685.

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DOS CARGOS COMISSIONADOSI II III IV V VI VII VIII IX X S-1 S-2 C-3 Secretrio Municipal Superintendente de Secretaria Assessor/diretor de departamento Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso 0,57532 0,47944 0,30684 0,21479 0,21095 0,15342 0,11507 0,10740 0,08822 0,06137

CAS-1/C-S Assessor/diretor de departamento C-4 C-5 C-6 CAS-2 C-7 C-8 Assessor/diretor de departamento Assessor/diretor de departamento Assessor/diretor de departamento Assessor/diretor de departamento Assessor/diretor de departamento Assessor/diretor de departamento

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E FUNCIONAL DOS RGOS DE GESTO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA 2I II III IV V VI VII CA-1 CG-1 CA-2 e CG-2 CG-3 CG-4 CG-5 CG-6 CA-3 Assessorias e diretorias Assessorias e diretorias Assessorias e diretorias Assessorias e diretorias Assessorias e diretorias Assessorias e diretorias Assessorias e diretorias Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso Cargo em Comisso 0,57533 0,47945 0,44109 0,38356 0,30685 0,23014 0,30685

Obs: O maior salrio da prefeitura, em dezembro de 2004 est na ordem de R$ 6.681,51. Os valores dos cargos comissionados podem ser acrescidos at 100% a ttulo de verba de representao.

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De acordo com o artigo Art. 9 da Lei 10131/2000.

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8 - ELEIO PARA DIRETORDe acordo com as Leis 8280/93, 9717/99 e Decreto 802/02, a escolha para Diretores e Vice-Diretores das Unidades Escolares da Rede Municipal de Ensino mediante eleio direta, estando aptas a realizar o processo eleitoral as unidades escolares relacionadas no Anexo II do Decreto 802/02, sendo de responsabilidade da Direo em exerccio, a divulgao desta legislao em locais visveis e de fcil acesso. A eleio do Diretor importar a do Vice-Diretor com ele registrado. Os candidatos eleitos sero designados para o exerccio das funes por ato do Prefeito Municipal, tendo publicado o ato de nomeao no Dirio Oficial do Municpio, bem como, o Secretrio Municipal da Educao dar posse aos eleitos. O mandato do Diretor e do Vice-Diretor de 03 (trs) anos, com incio no primeiro dia til subseqente quele do encerramento do calendrio escolar, no qual se verificou sua eleio, admitida 01 (uma) reeleio consecutiva. A eleio ser convocada no ms de outubro de cada ano eleitoral, mediante ato prprio do Secretrio Municipal da Educao.

9 SISTEMA DE SEGURIDADEAt o ano de 1999 existia apenas o IPMC que se destinava a prestar o servio de assistncia mdica bem como pagar as penses. No ano de 1999 foi aprovada a Lei 9626/99 que dividiu o IPMC em duas entidades diferentes, cada uma com funes e receitas distintas. Formaram-se ento o ICS Instituto Curitiba de Sade e IPMC - Instituto de Previdncia dos Servidores do Municpio de Curitiba. A diviso das duas entidades decorre da EC 20/98 e Lei Federal 9717/98. A Lei 9626/99 instituiu o Sistema de Seguridade Social dos Servidores do Municpio de Curitiba, que compreende o Regime Prprio de Previdncia Social e o Programa de Assistncia Social Mdico Hospitalar e Afim, destinado aos servidores pblicos municipais, ativos e inativos, seus dependentes, e pensionistas. O Sistema formado pelo ICS e IPMC mantidos com recursos provenientes da contribuio dos servidores municipais, parte igual do Municpio, complementada por aportes financeiros feitos pelo Municpio de Curitiba. Na estrutura de cada um dos dois institutos h um Conselho de Administrao e um Conselho Fiscal. Na formao dos conselhos, apenas um representante dos servidores no aposentados integra cada um dos conselhos. O objetivo era assegurar a participao dos servidores na gesto de seus institutos, mas evidentemente h um grande desequilbrio, pois o representante dos servidores, reiteradamente, voto vencido. A forma de inscrio, dependentes, estrutura dos conselhos, patrimnio e demais aspectos esto previstos na Lei 9626/99.

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9.1 ICS: INSTITUTO CURITIBA DE SADEFoi criado pelo artigo 44 da Lei 9626/99, com personalidade jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, servio social autnomo paraestatal, vinculado, como entidade de cooperao governamental, Secretaria Municipal de Recursos Humanos. O ICS tem a seu cargo o Programa de Servios de Assistncia Social Mdico-Hospitalar e Afim, destinado aos servidores pblicos municipais, ativos e inativos, seus dependentes e pensionistas. O ICS est vinculado Secretaria Municipal de Recursos Humanos e as obrigaes so fixadas atravs de Contrato de Gesto. A receita do ICS, atualmente, formada por 3.14% descontados da remunerao do servidor e mais 3.65% da folha de pagamento, valor que repassado pela Prefeitura. Os 3.65% pagos pela Prefeitura o que se pode chamar de contribuio patronal. Os direitos do servidor e seus dependentes, os servios prestados pelo ICS, fator moderador, bem como o funcionamento da entidade esto regulamentados no Estatuto do Instituto e no Plano Mdico Assistencial. Os dois regulamentos esto disposio do servidores na sede do Instituto e no site do sindicato: www.sismmac.org.br

9.2 IPMC: INSTITUTO DE PREVIDNCIA DOS SERVIDORES DO MUNICPIO DE CURITIBAO IPMC - Instituto de Previdncia dos Servidores do Municpio de Curitiba, uma autarquia, portanto tem personalidade jurdica de direito pblico. O IPMC o rgo responsvel pelo pagamento das aposentadorias, penses e demais benefcios previdencirios, tais como, salrio famlia, auxlio recluso, auxlio maternidade. As principais receitas do IPMC so a contribuio dos servidores ativos, dos inativos naquilo que o provento exceder o teto mximo dos benefcios do Regime Geral da Previdncia, e a contribuio patronal paga pelo Municpio de Curitiba na condio de empregador. Alm destas receitas, o Instituto tem como fonte de recursos os alugueres de seus imveis, pois proprietrio do Edifcio Delta Corporate, sede do Arquivo Geral, Edifcio onde funcionava a Secretaria Municipal de Sade na Avenida Sete de Setembro, dentre outros imveis. O Instituto deve periodicamente realizar o que se denomina de Estudo Atuarial para saber como anda a sade financeira do IPMC e se o recolhido assegurar o pagamento das aposentadorias. O IPMC pertence aos servidores municipais assim como todo o seu patrimnio.

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9.2.1 - SISTEMA PREVIDENCIRIO DOS SERVIDORES MUNICIPAISAs regras de aposentadoria dos Profissionais do Magistrio do Municpio de Curitiba so as mesmas previstas na Constituio Federal, j alterada pelas emendas Constitucionais 20 de 15 de dezembro de 1998 e 41 de 31 de dezembro de 2003. A) DA CONTAGEM DO TEMPO A aposentadoria voluntria pela regra permanente segue os limites da tabela a seguir: ATUAO Professora - sala de aula Professor sala de aula Pedagoga Pedagogo Professora fora da sala de aula Professor fora da sala de aula TEMPO DE CONTRIBUIO 25 anos 30 anos 30 anos 35 anos 30 anos 35 anos IDADE 50 anos 55 anos 55 anos 60 anos 55 anos 60 anos

Para aqueles que ingressaram no servio pblico at 15 de dezembro de 1998 h uma regra de transio que permite as aposentadorias de professoras e servidoras a partir de 48 anos de idade, professores e servidores a partir dos 53 anos de idade. A aposentadoria nestas idades est sujeita ao trabalho de um perodo adicional conhecido como pedgio. Veja como funciona a regra de transio tomando como parmetro uma professora que sempre atuou em sala de aula.

Tempo de servio em 15/12/98

Tempo de servio em 15/12/98 acrescido do bnus de 20%

Tempo de servio faltante em 15/12/98 para completar 30 anos

Acrscimo sobre o tempo faltante pedgio de 20% - em meses

Tempo faltante para se aposentar a partir de 15/12/98

Ex.: 20 anos = 288 meses > 360 288= 72 > 72 x 0.20 = 14 > 86 meses > 240 meses

No caso de um professor do sexo masculino, a regra a ser aplicada mesma, modificando o bnus para 17% e tomando como parmetro 35 anos, portanto, 420 meses. Tome-se agora o exemplo de uma pedagoga, que se equipara s demais servidoras, bem como professores e diretores que se encontram fora da sala de aula. Nestes casos no h o Bnus e h o Pedgio.

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Tempo de servio em 15/12/98

Tempo de servio em 15/12/98 acrescido do bnus de 20%

Tempo de servio faltante em 15/12/98 para completar 30 anos

Acrscimo sobre o tempo faltante pedgio de 20% - em meses

Tempo faltante para se aposentar a partir de 15/12/98

Ex.: 20 anos > 240 meses > no h o bnus > 360 - 240 = 120 > 120 x 0.20 = 24 > 144 meses

No caso de um pedagogo do sexo masculino, a regra a ser aplicada mesma, tomandose como parmetro 35 anos, portanto, 420 meses. A partir da Emenda Constitucional 41/2003 continuou existindo a regra de transio para aqueles que ingressaram no servio pblico at 15/12/98, portanto, podendo se aposentar a partir de 48 anos, se mulher, e 53 se homem. Ocorre que foi introduzido um redutor no valor dos proventos para aqueles professores que se aposentarem antes de 50 anos (professora) e 55 anos (professor). Da mesma forma se aplica o redutor a pedagogos e pedagogas, servidores e servidoras que se aposentarem antes de 60 (pedagogo) e 55 ( pedagoga). O redutor a cada ano que antecipar da idade mnima de 3.5% se aposentadoria se der antes de 31/12/2005 e 5% se aps 31/12/ 2005. At 31 de dezembro de 2003 existia a aposentadoria proporcional para todos os demais servidores (inclusive pedagogos, diretores e professores que incorporam outros tempos que no de sala de aula), exceto os professores. A partir da Emenda 41/2003 deixou de existir a aposentadoria proporcional, assegurando-se apenas o direito para aqueles que o adquiriram at 31 de dezembro de 2003. Alm da aposentadoria voluntria pela regra permanente ou de transio, h trs outras modalidades de aposentadoria: Compulsria aos 70 anos, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. Voluntria aos 60 anos de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem, com proventos proporcionais, desde que cumpridos 10 anos no servio pblico e cinco anos no cargo. Por invalidez, com proventos integrais ao tempo de contribuio quando se tratar de doenas profissionais ou molstias graves previstas no pargrafo primeiro do artigo 186 da Lei Federal 8112/90. Por invalidez com proventos proporcionais em todas as outras hipteses. Ainda sobre a contagem de tempo para a aposentaria importante ressaltar que o fato de deixar a sala de aula para exercer cargo de direo ou outro no implica a imediata necessidade de cumprir trinta ou trinta cinco anos de contribuio. Sero exigidos trinta ou trinta e cinco anos de contribuio se o servidor quiser contar o tempo em que estiver em sala de aula. Tome-se um exemplo, se um professor ficar dois anos fora da sala de aula e para ela voltar, ele ter que cumprir estes dois anos alm dos 25 ou 30 anos.

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B) DO VALOR DOS PROVENTOS O sistema previdencirio municipal contributivo, ou seja, o servidor incorpora aos proventos aquelas verbas sobre as quais incidiu a contribuio previdenciria. At 1998, a maior parte das verbas era incorporada integralmente aps um determinado tempo de contribuio. Tome-se como exemplo, a gratificao da educao especial que era incorporada integralmente aps 4 anos de exerccio. A partir da Emenda 20/98 estas incorporaes se tornaram inconstitucionais. Em 28 de outubro de 2003, 5 anos aps a EC 20, foi sancionada a Lei Municipal 10817/ 2003 que regulamentou a incorporao de vantagens aos proventos. Alm do vencimento e qinqnio, na forma da Lei 10817/2003, incorpora-se tudo sobre o que incidiu a contribuio previdenciria, proporcional ao tempo de contribuio, como por exemplo, direo de escola, educao especial, dentre outras funes. Se a professora contribui sobre a gratificao do ensino especial por 5 (cinco) anos ela incorpora o equivalente a 5/25, ou seja, 20% do valor da gratificao. O mesmo se d com o RIT, com funes gratificadas e cargos comissionados, com o exerccio de mandato eletivo, adicional de insalubridade e outros. Aps a Emenda Constitucional 41 de 31 de dezembro de 2003, somente fazem jus aposentadoria integral aqueles servidores que j estavam no servio pblico, cumprirem 20 anos no servio pblico, 10 anos na carreira e 5 anos no cargo.

9.2.2- SADE DO TRABALHADORDe acordo com o inciso XXII do artigo 7 da Constituio Federal, direito do trabalhador a reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e segurana. obrigao do empregador (Administrao Pblica) tomar todas as medidas para preservar a sade fsica e psquica dos profissionais do magistrio. Por outro lado, deve o servidor exigir equipamentos e medidas necessrias preservao de sua sade. Quando fornecidos equipamentos de proteo individual ou outros materiais deve o servidor utiliz-los como medida de proteo. H questes de sade que esto mais presentes entre os professores municipais. Destaquem-se problemas de voz, Sndrome de Burnout, depresso e outros. Para estas doenas ou sndromes mais presentes entre os professores devem ser tomadas medidas preventivas. muito importante tomar as medidas necessrias, pois elas repercutem na vida funcional e at mesmo na aposentadoria e eventuais proventos.

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Como j dito, na hiptese de aposentaria por invalidez ela ser integral quando em razo de molstias do trabalho. Quando suspeitada da existncia de LER/DORT Leses por Esforos Repetitivos e Distrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho deve ser aberta uma CAT Comunicao de Acidente de Trabalho para que se investigue o nexo entre a doena e a atividade profissional desenvolvida.

10.Abandono de emprego, faltas e atrasos

O servidor que faltar ao trabalho, sem trazer qualquer justificativa, est sujeito s penalidades como perda do vencimento ou remunerao do dia que faltar. O atraso pode acarretar na perda de um tero (1/3) do vencimento dirio, bem como a sada antecipada do trabalho, acarreta na mesma penalidade. Ser considerado abandono de emprego a falta do servidor, que, injustificadamente no comparece ao local de trabalho durante 30 (trinta) dias consecutivos, ou 90 (noventa) dias intercalados durante o ano.

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11.Assdio Moral

Assdio moral tambm conhecido como violncia moral ou psicoterrorismo no trabalho. Pode-se dizer que no um fenmeno novo, muito pelo contrrio, ele to antigo quanto o prprio trabalho. A novidade reside na intensificao, gravidade, amplitude e banalizao do fenmeno que hoje destaque tanto no Brasil quanto no plano internacional. Devido ao processo de globalizao da economia, as perspectivas so sombrias para as duas prximas dcadas, por evidentes razes econmicas.3 Segundo entendimento da Dra. Margarida Barreto: o assdio moral est sempre presente em relaes hierrquicas de poder em que h o autoritarismo. Normalmente caracterizado por atos de intimidao e prticas de humilhar, de rebaixar, de intimidar o outro. So prticas que se realizam, se concretizam no local de trabalho. So prticas que individualizam o problema em uma s pessoa, tratam o indivduo ou aquela mulher como incapaz, quando na verdade isso resultante de condies outras de trabalho.4 O setor pblico um dos ambientes de trabalho onde o assdio se apresenta de forma mais visvel e marcante. Muitas reparties pblicas tendem a ser ambientes carregados de situaes perversas, com pessoas e grupos que fazem verdadeiros plantes de assdio moral. Muitas vezes, por falta de preparo de alguns chefes imediatos, mas com freqncia por pura perseguio a um determinado indivduo. Neste ambiente, o assdio moral tende a ser mais freqente em razo de uma peculiaridade: o chefe no dispe sobre o vnculo funcional do servidor. No podendo demiti-lo, passa a humilh-lo e sobrecarreg-lo de tarefas incuas. Outro aspecto de grande influncia o fato de no setor pblico muitas vezes os chefes serem indicados em decorrncia de seus laos de amizade ou de suas relaes polticas, e no por sua qualificao tcnica e preparo para o desempenho da funo. Despreparado para o exerccio da chefia, e muitas vezes sem o conhecimento mnimo necessrio para tanto, mas escorado nas relaes que garantiram a sua indicao, o chefe pode se tornar extremamente arbitrrio, por um lado, buscando compensar suas evidentes limitaes, e por outro, considerando-se intocvel.4 Em geral, a pessoa assediada escolhida porque tem caractersticas pessoais que per-

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Vilja Marques Asse. UM FENMENO CHAMADO PSICOTERRORISMO. (Publicada no Juris Sntese n 48 - JUL/AGO de 2004)4

Barreto, Margarida. Violncia, sade e trabalho. Coleo Sade do Trabalhador, So Paulo, n 6, 200

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turbam os interesses do elemento assediador, com ganncia de poder, dinheiro ou outro atributo ao qual lhe resulta inconveniente o trabalhador ou trabalhadora, por suas habilidades, destreza, conhecimento, desempenho e exemplo, ou simplesmente, quando o chefe tem problemas pessoais com o trabalhador ou trabalhadora, como por exemplo, quando tem um assdio sexual envolvido dentro do assdio moral.5 Portanto, necessrio procurar o colega de trabalho e dar visibilidade social aos atos de terror e violncia moral, denunciando a falsidade da ideologia da eficcia tcnica, falando da crueldade dos atos que aparentemente so neutros. A possibilidade de ter uma testemunha, de no deixar romper os laos de solidariedade, muito importante. preciso tambm, anotar o horrio, o dia, o local, o contexto, o texto da conversa, quem estava presente, quem assistiu mesmo distncia aquela conversa, quem foi o humilhador e, se possvel, enviar uma carta, pelo correio, para o Departamento Pessoal da empresa ou para o Departamento de Recursos Humanos, pedindo explicaes ou contando o prprio fato.6

Algumas hipteses onde h configurao do assdio moral: impedimento do trabalhador se expressar, sem explicar os motivos; a retirada de funes gratificadas ou cargos em comisso, com o trabalhador perdendo vantagens ou postos que j tinha conquistado; imposio de condies e regras de trabalho personalizadas ao trabalhador, caso em que so exigidas, de determinada pessoa, tarefas diferentes das que so cobradas das demais, mais trabalhosas ou mesmo inteis; fragilizao, ridicularizao, inferiorizao, humilhao pblica do trabalhador, podendo os comentrios invadirem, inclusive, o espao profissional.

Sobre o material probatrio, o nus da prova cabe a quem alega o Assdio Moral, ou seja, vtima. Podemos citar, como exemplo de provas a serem utilizadas, bilhetes e mensagens eletrnicas. O mais importante a produo por parte do assediado de todo material que possa ajudar a provar o assdio moral. Com relao legislao especfica sobre assdio moral, no Brasil ainda no existe legislao federal nesse sentido. Mas essa realidade tem que mudar. Para combatermos o Assdio Moral devemos lutar para recuperar a dignidade, a identidade, o respeito ao servidor e sua auto-estima, buscando uma organizao de forma coletiva por meio de seus representantes, o Sindicato. O basta humilhao depende da informao, organizao e mobilizao dos trabalhadores. Depende, antes de mais nada da afetividade e solidariedade entre os colegas de trabalho, no incentivo criatividade, produtividade e cooperao.7

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http://www.wagner.adv.br/estudo.php?id=58, acesso dia 08/11/2004

Vilja Marques Asse. UM FENMENO CHAMADO PSICOTERRORISMO. (Publicada no Juris Sntese n 48 - JUL/AGO de 2004) Op. Cit.

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12.Assessoria Jurdica

O SISMMAC, conta com um departamento de assessoria jurdica, que tem o objetivo de pleitear os direitos da categoria tanto administrativamente quanto judicialmente, porm, em questes que envolvam unicamente as relaes decorrentes do exerccio do Profissional do Magistrio do Municpio com a Administrao Pblica. Cumpre esclarecer, que o departamento de assessoria jurdica no atua em outras reas que no estejam estritamente ligadas ao exerccio da funo pblica, sendo que estas demandas devero ser tratadas atravs de escritrios de advocacia especializados ou at mesmo defensoria pblica.

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13.Concluso

Traduz-se de suma importncia que o servidor da Rede Municipal de Ensino de Curitiba tenha pleno conhecimento de seus direitos e deveres, principalmente para que haja um respeito mtuo, tanto de servidor para com a Administrao Pblica, quanto na situao inversa. Este manual tem unicamente o objetivo de esclarecer e trazer fatos, que, muitas vezes no so levados ao conhecimento do servidor do Magistrio do Municpio de Curitiba, e, pelo fato do desconhecimento, no busca pleitear seus direitos, na constante busca de melhores condies de trabalho para esta categoria profissional, que to proficuamente se dedica ao saber e ao ensinar. Procuramos contrapor alguns desafios para a efetivao dos direitos do Profissional do Magistrio. Neste cenrio, trazemos o pensamento de Paulo Freire8 e Milton Santos9 no sentido de que Em cada sociedade, a educao deve ser concebida para atender, ao mesmo tempo, ao interesse social e ao interesse dos indivduos. da combinao desses interesses que emergem os seus princpios fundamentais, e so estes que devem nortear a elaborao dos contedos do ensino, as prticas pedaggicas e a relao com a comunidade e com o mundo. O interesse social se inspira no papel que a educao deve desempenhar na manuteno da identidade nacional, na idia de sucesso de geraes e de continuidade da nao, na vontade de progresso e na preservao da cultura. O interesse individual se revela pela parte que devida educao na construo da pessoa, em sua insero efetiva e intelectual, na sua promoo pelo trabalho, levando o indivduo a uma realizao plena e um enriquecimento permanente. Juntos, o interesse social e o interesse individual da educao devem tambm constituir a garantia de que a dinmica social no ser excludente. O maior objetivo deste trabalho que ele se constitua em importante instrumento de exerccio da cidadania por parte dos profissionais do Magistrio do Municpio de Curitiba. Que a socializao deste conhecimento histrica e coletivamente produzido se transforme em motivo para constantes lutas em busca da ampliao e efetivao dos direitos individuais e coletivos.

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FREIRE, Paulo. Poltica e Educao: So Paulo: Cortez, 1993 Coleo Questes da Nossa poca.9

SANTOS, Milton. O pas distorcido: Brasil, a globalizao e a cidadania. So Paulo: Publifolha, 2002.

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Anexos

I FONTES DE CONSULTA DA LEGISLAO Site do Sismmac: www.sismmac.org.br Leis federais: www.senado.gov.br e www.planalto.gov.br Leis Estaduais: www.pr.gov.br Leis Municipais: www.cmc.pr.gov.br Decretos Municipais: www.sismmac.com.br Ministrio Pblico estadual: www.mppr.gov.br Ministrio Pblico do Trabalho: www.prt9.gov.br

II OUTROS SITES IMPORTANTES Para consulta processual na justia estadual: www.assejepar.com.br Tribunais do Paran: www.tj.pr.gov.br www.ta.pr.gov.br Tribunais Superiores: www.stf.gov.br www.stj.gov.br www.tst.gov.br www.tse.gov.br CUT: www.cut.org.br Fundao Perseu Abramo: www.fpabramo.org.br Cmara dos Deputados: www.camara.gov.br Senado Federal: www.senado.gov.br Cmara Municipal de Curitiba: www.cmc.pr.gov.br CNTE: www.cnte.org.br Assdio Moral: www.assediomoral.org Dirio Oficial da Unio: www.dou.gov.br Universidade Federal do Paran: www.ufpr.br

III LEGISLAO QUE MERECE SER CONSULTADA Constituio Federal Lei Orgnica do Municpio de Curitiba Constituio do Estado do Paran. Estatuto do Servidor Federal 8112/90 LDB - 9394/96 Lei do FUNDEF - 9424/96 Decreto Federal 3048/1999 - Regulamento do Regime Geral da Previdncia Lei Federal do Vale Transporte - 7418/85 Decreto Federal do Vale Transporte - 95247/87 Lei Municipal do Vale Transporte - 8704/92 Decreto Municipal do Vale Transporte - 507/96

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Lei 8786/95 (Autoriza o Municpio a custear despesas para tratamento de sade). Lei 7303/89 (Reduo da Jornada de Trabalho para Genitora responsvel por Portador de Necessidades Especiais). Decreto 944/73 (Trata do recurso contra ato que no concedeu licena mdica)

LEIS1656/1958 Estatuto do Servidor 6761/1985 Estatuto do Magistrio 10.190/2001 PCCS do Magistrio 10.815/2003 Regula Estgio Probatrio 7670/1991 PCCS instituto para todos os servidores 8995/1995 Licena Prmio 8785/1995 Frias e recesso dos professores 8660/1995 Frias dos servidores municipais 8248/1993 Regime Integral de Trabalho 7671/1991 Estrutura Administrativa da Prefeitura de Curitiba 10.817/2003 Verbas incorporveis aposentadoria 8786/1995 Autoriza o Municpio a Custear despesas com tratamento de sade dos servidores 8453/ 94 Instituto da readaptao Lei 9626/99; 9712/99; 10786/2003; 10628/2003 Legislao sobre IPMC e ICS 11000/2004 Plano de Cargos Carreiras e Salrios dos Servidores Municipais 11001/2004 Plano de Cargos Carreiras e Salrios dos Procuradores 10390/2002 Plano de Cargos Carreiras e Salrios dos Educadores 10630/2002 Plano de Cargos Carreiras e Salrios da Guarda Municipal 8680/1995 Data Base 8280/93 e 9717/99 Eleio de Diretores de Escola 6449/1983 Instituiu o 13 Salrio 6939/1986 Alterou a lei 6449/1983

DECRETOS 10793/2004 Regulamento do Estgio Probatrio 563/2004 Regulamento do Crescimento Horizontal e Vertical 605/2003 Mudana de rea de Atuao 1299/1993 Autoriza Licena para Cursos 544/2003 Gratificao da Educao Especial 545/2003 Difcil Provimento

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1000/2003 Difcil provimento. 826/99 Eleio de Diretores 777/2001 Gratificao de direo de escola 938/93 Acidente de Trabalho 765/97 Regula Sindicncia e Processo Administrativo Disciplinar 763/2001 Transio da Parte Especial para parte permanente. 142/92 Estabelece limite de horas extras 953/2004 Regulamento de Previdncia do IPMC. 862/2004 Suspendeu o desconto previdencirio dos inativos e pensionistas

PORTARIAS 1101/1994 Regulamento das Licenas para Curso 16/2004 Regulamenta o Remanejamento 17/2004 Regulamenta o remanejamento

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Freqentemente so alterados, portanto, nos limitamos aos principais vigentes poca da publicao desta cartilha. Atualizaes podem ser obtidas junto Referncia Legislativa do Municpio11

Freqentemente so alteradas, portanto, nos limitamos aos principais vigentes poca da publicao desta cartilha. Atualizaes podem ser obtidas junto Referncia Legislativa do Municpio.

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Crditos

I . Pesquisa e Redao Cludia Maria Lima Scheidweiler Gisele Hauer Argenton Ludimar Rafanhim

III . Funcionrios Lucilene Aparecida Soares Mary Terezinha Talcoski Doliay Vernica Vanessa de Souza Sandro Dilvan Facolski Sirlei da Silva Cordeiro

II . Diretoria Ana Lorena de Oliveira Bruel Ana Maria Holtman Clia Regina de Assis Gulisz Clarice Pante Claudia Maria Daufenbach Claudia Regina B.S. Moreira Cleusa Souza S. Cavichioli Devanir Maria Santos Cezar Diana Cristina de Abreu Douglas Danilo Dittrich Elecy Maria Luvizon Elenise Regina C. da Silva Elisiane Santana Falkowski Florise Maria Fiorese Glacelise Cordeiro Brites Josiane Mendes da Paixo Lucia Helena Xavier Mrcia Barbosa Soczek Maria Aparecida da Silva Maria Ins R. S. de A Cullar Marilene Zampiri Marta Cristina Daufenbach Marseli Nunes de Castro Silva Nilza Alberto Regina Klingenfus Scheibe Ronaldo Srgio Silveira Filho Teresa Bilobran de Lima

IV . Impresso e Arte Impresso: Editora e Grfica Popular Tiragem: 7.500 exemplares Arte: Raro de Oliveira

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