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1 Curitiba: 316 anos de modernidade e tradição ano 13 edição 65 janeiro a março/09 Curitiba: 316 anos de modernidade e tradição 9912204391/2008 - DR/PR CRO - Conselho Regional de Odontologia do Paraná 1.º Seminário de Integração CRO Vigilância Sanitária Página 22. Encontro com Coordenadores de Macrorregionais, Delegados e Representantes Distritais Página 17. Antônio Nardi, um Cirurgião-Dentista na presidência do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Páginas 12 e 13.

316 anos - CRO-PR Conselho Regional de Odontologia do Paraná · (Curitiba, Londrina, Guarapuava, Ponta Grossa e Maringá), Auditor (Londrina, Cascavel, Ponta Grossa, Umuarama

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Curitiba:

316 anosde modernidade e tradição

ano 13

edição 65

janeiro a março/09

Curitiba:

316 anosde modernidade e tradição

9912204391/2008 - DR/PR

CRO - Conselho Regional

de Odontologia do Paraná

1.º Seminário de Integração CROVigilância Sanitária

Página 22.

Encontro com Coordenadores deMacrorregionais, Delegadose Representantes Distritais

Página 17.

Antônio Nardi, um Cirurgião-Dentista napresidência do Conselho Nacional deSecretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Páginas 12 e 13.

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A Revista CRO Paraná deste ano inaugura a edição65, a primeira de 2009, com um formato moderno ecores mais vibrantes para destacar o conteúdo de cadamatéria. Tudo para oferecer uma leitura mais agradávelpara nosso público.

O tipo de papel foi mudado para dar maior visibilida-de às páginas, pois o papel couché possui um revestimentoque, realçado pela luminosidade das cores, proporcionaum ar moderno e mais leve. O que não acontecia antes,pois, com o tipo de papel utilizado, as cores ficavam apaga-das e muitas matérias passavam despercebi-das pelo leitor. Alémdisso, como nemtodas as gráficas tra-balham com aqueletipo de papel, tínha-mos grande dificulda-de com a impressão darevista.

Na nova Revista doCRO Paraná, por sua vez, as cores estão por toda parte. Umarevista mais colorida proporciona bem-estar para o leitor.Divididas por assuntos, as cores revitalizam o texto e atraemos olhares para o que interessa: informação de qualidade.

E com este formato moderno, a qualidade das informaçõescontinua a mesma. Seriedade e compromisso com a Odontolo-gia são elementos constituintes de nossa Revista, indispensávelpara o Cirurgião-Dentista paranaense que precisa estar bem in-formado.

Desfrute da nova Revista do CRO Paraná e tenha uma boaleitura!

CRO Paraná, uma nova revista em 2009

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der às delegacias regionais, em questõesde foro administrativo e processos éticos,dentre uma série de outras ações.

Já tivemos, inclusive, uma reunião emCuritiba para discutirmos as áreas deabrangências das Macrorregionais eDistritais, no dia 16 de fevereiro (há ma-téria sobre este assunto na página 17).Estamos, aos poucos, melhorando nossainfraestrutura para dar condições de tra-balho a todos os coordenadores, delega-dos e representantes distritais.

Ninguém melhor que o representanteda sua região para saber as necessidadesda população e dos profissionais da loca-lidade. E com a dedicação e o compro-metimento de cada um, conseguiremosatingir nossos objetivos, como por exem-plo, dar celeridade aos processos admi-nistrativos do CRO/PR e conquistarmosmaior valorização profissional.

A descentralização agora já é uma rea-lidade. Estaremos atentos e vigilantes,para bem representar os 14 mil inscritosque temos, para que possamos atendê-loscada vez melhor.

Venha participar do “seu Conselho”.Você é importante.

Obrigado e um forte abraço.

Palavra do Presidente

Ermensson Luiz Jorge

Presidente do CRO/PR

Ninguém melhor que o

representante da sua região

para saber as necessidades da

população e dos profissionais

da localidade.

Nesta primeira edição da Revista em2009 gostaria de comentar um tema degrande importância para o CRO/PR. Tra-ta-se da nossa política de descentralização,posta em prática para acelerar uma sériede trâmites administrativos, em benefíciode todos aqueles que estão inscritos noConselho.

Administradores públicos, políticos elideranças de organizações de classe,como a nossa, buscam a descentralizaçãocom a finalidade de dar mais transparên-cia e agilidade aosprocessos internosde suas instituições.A rapidez, em deter-minadas decisões, écrucial, pois a demo-ra pode provocarprejuízos à comuni-dade ou aos profissi-onais inscritos. Enós, como represen-tantes da classe, devemos estar atentos.

No ano passado tomamos uma sériede decisões, em conjunto com nossa di-retoria, para que, além das Distritais, lo-calizadas em Curitiba – nos bairros da BoaVista, Boqueirão, Cajuru, Centro, CidadeIndustrial, Pinheirinho, Portão e Santa Fe-licidade, estruturássemos também asMacrorregionais, que abrangeriam maisdelegacias regionais, nos diversos pontosdo estado.

Hoje o CRO/PR possui, além da sedeem Curitiba, 11 delegacias regionais,

em Cascavel, Foz do Iguaçu, Francis-co Beltrão, Guarapuava, Londrina,Maringá, Paranaguá, Pato Branco,

Ponta Grossa, Santo Antônio da Plati-na e Umuarama. O resultado das dis-

cussões possibilitou a criação de 5Macrorregionais: Curitiba, Londri-

na, Maringá, Ponta Grossa eCascavel. Elas, juntas, irão aten-

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EXPEDIENTE:A Revista CRO é uma publicação com distribuição gratuita e dirigida, com tiragem de 12.000 exemplares, editada pelo ConselhoRegional de Odontologia do Paraná, com sede na Rua da Paz, 260 - Alto da XV - Curitiba - PR - CEP 80060-160 | E-mail:[email protected] | Site: www.cropr.org.br | Jornalista Responsável: Helio Marques | Registro profissional: 2524/10/82. Osartigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da publicação. Para sugerir matérias e enviar correspondências,entre em contato com Renata Cristina Missias, secretária da Revista - [email protected] | Diagramação e ProjetoGráfico: Nota 10 Publicações - Tel.: (41) 3233-7533 | Impressão: Multgraphic. | Comissão Editorial da Revista: Dra. Jussara MaraSalgado Ribeiro - Presidente da Revista, Dr. Antonio Ferelle – Coordenador da Revista, Dr. Henrique Arns de Oliveira - Secretárioda Revista, Membros: Dr. Guilherme Romano Salgado e Dra. Jussara Mendes Dias Massarelli. | Projur - Procuradoria Jurídica doCRO/PR: Dr. Homero Flesch - OAB PR 27050-A, Dr. Fábio Ciuffi - OAB PR 7724, Dra. Amani Khalil Muhd - OAB PR 40827 e Dra.Adriana Andréia Ferraz - OAB DF 13620. Fotos da capa e da página 6: Nani Góis/SMCS.

Sumário

Palavra do Presidente

Prestando Contas

Conselho Regional de Odontologiarealiza Concurso Público

Academia Paranaense de Odontologia divulga vagas para Membro Titular

Curitiba: 316 anos de modernidade e tradição

Dicas de exercícios posturais para Cirurgiões-Dentistas

DTM, você tem?

Cirurgiões-Dentistas precisam de informações sobrevacinação contra Hepatite B

Antônio Carlos Figueiredo Nardi

Reflexões e considerações sobre tipos deresponsabilidade em Odontologia

Grupo brasileiro de professores de Ortodontiae Odontopediatria realiza encontro em Curitiba

Encontro com Coordenadores de Macrorregionais,Delegados e Representantes Distritais

Festa comemora 30 anos de profissão

Parabéns aos formandos do Curso Técnico em HigieneDental de Jacarezinho

Sancionada lei para profissões de Técnicoem Higiene Bucal e Auxiliar em Saúde Bucal

Participe do Prêmio Paraná Sorridente

Atos oficiais

Nota de falecimento

Agenda

Sexo feminino predomina nas inscrições do CRO/PR

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CAPA

SAÚDE

ENTREVISTA

DIREITO X ODONTOLOGIA

EVENTO

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PRESTANDO CONTAS

Dr. Edson Milani de Holanda

Conselheiro Tesoureiro

Relatório de despesas e receitas - CRO/PR

Receita

682.461,69

684.269,57

308.952,88

1.675.684,14

Despesa

171.223,98

194.972,98

96.447,04

462.644,00

558.561,38

154.214,67

Mês

Janeiro

Fevereiro

Março*

Total

Média Mensal das Receitas

Média Mensal das Despesas

*Março/2009 lançado até o dia 15

O Conselho Regional de Odontologia do Paraná (CRO/PR) realizou, no dia 18 de janeiro deste ano, concur-so público para preenchimento de vagas para Assessor Jurídico (Curitiba), Assistente de Departamento Contábil(Curitiba), Assistente de Departamento (Curitiba), Auxiliar de Departamento (Curitiba), Auxiliar Administrativo(Curitiba, Londrina, Guarapuava, Ponta Grossa e Maringá), Auditor (Londrina, Cascavel, Ponta Grossa, Umuaramae Pato Branco). E para formação de reserva de vagas para o cargo de Auditor (Foz do Iguaçu e Maringá) eAuxiliar Administrativo (Cascavel, Foz do Iguaçu, Santo Antonio da Platina e Umuarama). A organização eaplicação da prova ficaram a cargo da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, por meio daComissão de Concursos da FAE – Centro Universitário Franciscano do Paraná.

Conselho Regional de Odontologia realiza concurso público

A Academia Paranaense de Odontologia, por meiodo acadêmico Orildo Luiz Sheffer, Membro da Co-missão de Admissão, comunica aos Cirurgiões-Den-tistas com interesse em fazer parte da Academia quehá cinco vagas a serem preenchidas de acordo comas especificações estatutárias em seu Art. 13.

São condições para concorrer à vaga de Mem-bro Titular, o preenchimento das exigências abai-xo, sendo obrigatórias as três primeiras e, no míni-mo, mais uma das demais:- Ser formado em Odontologia há mais de 15 anos;- Ser brasileiro;

Academia Paranaense de Odontologia divulga vagas para Membro Titular- Ser apresentado por três membros fundadores, titu-lares ou eméritos;- Possuir atividades científicas, profissionais ou cul-turais comprovadas por títulos e trabalhos;- Apresentar trabalho inédito de caráter científico oucultural;- Ser reconhecido como de grande saber ehumanitarismo.

Os interessados devem enviar currículo e docu-mentos até o dia 30 de junho para a AcademiaParanaense de Odontologia – Rua Dias da RochaFilho, n.º 625, CEP 80040-050, Curitiba – Paraná.

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CAPACuritiba:

316 anosde modernidade e tradição

Em uma região de floresta exuberante,onde reinavam as araucárias e os nativostupi-guaranis, no Planalto Curitibano, cres-ceu e prosperou a capital paranaense, queteve sua primeira eleição de autoridadespúblicas somente em 29 de março de1693, promovidas pelo capitão-povoadorMatheus Leme. A data, passou então, a serescolhida como o aniversário de Kur ytyba, traduzido como pinheiral em tupi-guarani.

De casas subterrâneas encontradas emsítios arqueológicos pelos arredores, atépovos indígenas que disputavam o territó-rio com grupos europeus, muito tempo se

passou para se chegar à categoria de vila:a Vila de Curitiba, em 1701, já com 1.400habitantes.

De lá para cá muita coisa mudou, masCuritiba ainda preserva muito da sua his-tória. Prova disso é a grande quantidadede área verde que faz da capital para-naense ser respeitada e invejada por mui-tos brasileiros que não desfrutam do mes-mo privilégio. Por ser uma capital queabriga cerca de 1.828.092 habitantes,Curitiba proporciona uma qualidade devida que a difere das demais capitais bra-sileiras.

Sua fama de ser a cidade mais europeia

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do Brasil tem um porquê, além do clima ser mais frio e apresentarum inverno rigoroso em relação ao resto do país. A partir da déca-da de 70, quando o arquiteto Jaime Lerner foi nomeado prefeito deCuritiba, a capital sofreu grandes transformações influenciadas pelaarquitetura europeia. Em 1972, a Rua XV de Novembro, por exem-plo, foi transformada em área para pedestres em apenas 72 horas.Foi a primeira via pública exclusiva para pedestres conhecida tam-bém como Rua das Flores.

Além deste símbolo do crescimento da cidade, a arquitetura mo-derna se misturou com a rústica. Vários casarões, museus e prédioshistóricos mantêm Curitiba a mesma cidade de antes. Sua conservaçãoainda valoriza os sinais do passado e mantém sua marca arquitetônica.

E como a população cresceu exorbitantemente, o transporte públicoprecisou passar por grandes mudanças e tor-nou-se exemplo de eficácia e modelo paradiversas capitais de todo o mundo. O sistemabiarticulado com estações-tubo permitia umrápido embarque por um custo mínimo, secomparado ao de um metrô.

A capital paranaense também é conheci-da como a Capital da Cultura, em virtude de grandes nomes da arte se desenvolveremnesta terra, como Paulo Leminski. Atualmente o Festival de Teatro de Curitibaé um dos eventos mais conhecidos culturalmente, pois atraiartistas de todo o país para seus espetáculos.

Em meio a tantas mudan-ças, Curitiba também foi pi-oneira na reciclagem delixo. Na década de 80, o go-verno do estado investiu emcampanhas ambientais,como de separar o lixo quenão era lixo, tendo seus efei-tos surtidos até os dias de hoje.A Capital Ecológica se tornoureferência na reciclagem comcerca de 20% de todo o lixo pro-duzido - aproximadamente 450toneladas por dia – sendoreciclado.

Como Capital Ecológica, as áre-as verdes deram espaço paraCuritiba se destacar no turismo, possuindo aproximadamente 51,5 m2 de área verde

por habitante - considerado três vezes superior à área míni-ma recomendada pela ONU - sendo um dos índices maisaltos do Brasil. São diversas praças arborizadas em meio àsvias públicas, além de parques, bosques e pontos turísticosque proporcionam maior qualidade de vida para os resi-dentes e movimentam a economia local, como por exem-plo, o Jardim Botânico, um dos ícones da capital.

Hoje, após tantas mudanças, Curitiba acaba de comple-tar 316 anos de modernidade aliada às suas tradições. Amodernidade observada hoje ainda preserva muito de seurico passado, que luta em permanecer vivo no dia-a-dia doscuritibanos e, ainda, na memória dos que Curitiba deixa-ram. Parabéns Curitiba!

São diversas praças arborizadas em

meio às vias públicas, além de parques,

bosques e pontos turísticos

Foto: Cesar Brustolin/SMCS

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foto: Orlando Kissner/SMCS

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Dicas de exercícios posturaispara Cirurgiões-Dentistas

Na edição passada falamos sobre o re-lacionamento entre a postura errada e ador na coluna. Sabe-se que a postura sen-tada de forma errada, com um padrãoflexor, provocando uma cifose na coluna,leva a um encurtamento da cadeia mus-cular flexora (a que está na frente do cor-po) e um enfraquecimento da cadeia mus-cular extensora (os músculos que estão naparte posterior do corpo). Este desequilí-brio muscular resulta em contraturas mus-culares, tensões na nuca, dores de cabeçaque podem ate irradiar para os braços emãos, queixas muito frequente entre osCirurgiões-Dentistas.

Geralmente o Cirurgião-Dentista estásentado sobre um mocho com a coluna

em um padrão de flexão mais rotação. Acabeça geralmente se encontra em pro-trusão aumentando a tensão dos múscu-los na região da coluna cervical. Do pon-to de vista mecânico, esta é a pior posturapara os discos vertebrais e músculos. Adica mais importante é sentar o mais cor-reto possível e evitar as rotações de colu-na durante o seu trabalho.

A seguir, alguns exercícios que devemser intercalados entre um paciente e ou-tro para aliviar as tensões musculares, prin-cipalmente da região cervical.

Sugiro que antes de ingerir algum anal-gésico você experimente primeiro estesexercícios, eles com certeza trarão alívio.

Bom trabalho !

Exercícios para a coluna cervical e ombros

Sentado ou em pé, imagine que a sua cabeça vaidesenhar uma meia lua com o queixo pelo ar. Bemlentamente, repita este movimento 3 vezes para cadalado.

Sentado ou em pé, imagine a sua coluna cervicalsendo alongada, como se alguém puxasse a sua

cabeça para cima. Então, force seus ombros parabaixo e encaixe o queixo como se estivesse fazendo

um “queixo duplo”. Repita 10 vezes. Este exercício éexcelente para dor de cabeça e cervicalgia.

Experimente!

SAÚDE

Maritza Klein Steffenhagen

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Faça este exercício principalmente após longos períodossentado ou se você sentir dor ao se levantar da cadeira.Fique de pé, com as pernas ligeiramente afastadas eesticadas. Coloque as mãos sobre a região lombar.Incline-se para trás, realizando a extensão da coluna,como se fosse olhar para o teto. Inspire no repouso eexpire (solte o ar) durante o movimento para trás. Se a dordiminuir ou mudar de localização, indo em direção aocentro da coluna, isto é um bom sinal e você deve repetiro exercício de 5 a 10 vezes, 3 vezes ao dia.

Exercícios retirados do livro“Manual da Coluna – Mais de

100 exercícios para você viversem dor”

Maritza Klein Steffenhagen - CREFITO-8 6.781-FFisioterapeuta formada pela PUCPR, com diploma reconhecidopelo governo Alemão.Autora do livro “Manual da Coluna - mais de 100 exercícios paravocê viver sem dor”.Especialista em Fisioterapia Desportiva, Acupuntura e Traumato Ortopedia.Site: www.maritza.com.br

Rode os ombros para frente 5 vezes e 10 vezes para trás.Sempre termine na rotação para trás, para sair do padrãoflexor em que você se encontra o dia todo.

Ponha a mão direita sobre a cabeça e incline-a para o lado direito mais oumenos 40 graus. Agora puxe o ombro e a mão esquerda em direção ao solo.

Para intensificar mais ainda o exercício, abra bem os dedos da mão e empurre oquinto dedo (mindinho) com mais força em direção ao solo. Manter por 20segundos ou por duas respirações. Repetir 2 vezes seguidas para cada lado.

Exercício para a coluna lombar

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ATUALIDADESSAÚDE DTM, você tem?

Um dos maiores problemas para quemdesenvolve a DTM (disfunções temporo-mandibulares), doença que atinge as arti-culações e músculos da boca, é o diag-nóstico demorado. Por ter sintomas bemsubjetivos, as pessoas procuram diversasespecialidades médicas até chegarem aoCirurgião-Dentista. E essa demora pode vira acarretar mais problemas.

De acordo com o Cirurgião-DentistaAntônio Sérgio Guimarães, coordenadordo Ambulatório de Disfunção Tempo-romandibular e Dor Orofacial do Institu-to da Cabeça, órgão ligado ao Hospital SãoPaulo/Unifesp/EPM, estima-se que, no

Brasil, cerca de sete milhões de ca-sos surjam no Brasil a cada ano.

Doutor em Ciências da Saúde,Guimarães explica que a DTM,

além de trazer dor, na maioriadas vezes contínua e de lon-

ga duração, diminui aqualidade de vida e, emcasos mais graves, res-tringe o convívio soci-al. “Quanto mais a pes-soa demora para ter odiagnóstico correto so-bre a doença, mais elasofre, sem nem mesmosaber o porquê disso.O pior é que a situa-ção só se agrava, visto

Embora pouco conhecida, estima-se que surjam setemilhões de novos casos por ano no Brasil. O diagnóstico

demorado ainda é um problema no país

que muitos problemas surgem e aumen-tam com movimentos errados diários queas pessoas continuam repetindo sem sa-ber dos perigos que esses maus hábitosacarretam”, explica o Cirurgião-Dentista.

Mascar chicletes, roer unhas, mordergelo, entre outros, são os movimentos er-rados sobre os quais alerta Guimarães.Além disso, o bruxismo - ranger dos den-tes à noite e a pressão (apertá-los) duranteo dia - também é considerado um dos prin-cipais fatores que podem causar DTM.

Entre as formas de tratamento estão osexercícios, o relaxamento muscular, ocontrole da ansiedade e da depressão, as-sim como compressas. Em tempo: ansie-dade e depressão colaboram em muitopara o desenvolvimento da DTM.

Para fazer o auto-teste, saber mais so-bre a doença ou participar de grupo deapoio, acesse www.institutodacabeca.com.br

Quanto mais a pessoa

demora para ter o

diagnóstico correto sobre a

doença, mais ela sofre, sem nem

mesmo saber o porquê disso.

Alguns sintomas:• Dor facial• Dor no pescoço, ombro e/ou costas• Dor nas articulações ou face, ao abrirou fechar a boca (bocejar ou mastigar)• Dores de cabeça que são confundi-das com migraneas (enxaquecas)• Sensação de inchaço ao lado da bocae/ou da face• Abertura limitada ou inabilidade paraabrir a boca• Desvio da mandíbula para um lado• Travamento ao abrir ou fechar a boca• Estalidos ou outros sons articulares,dor de ouvido• Zumbido nos ouvidos ou sensação deouvido cheio.

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SAÚDE Cirurgiões-Dentistas precisamde informações sobre vacinação

contra Hepatite B

De acordo com estudos internacionais,Cirurgiões-Dentistas são os profissionaismais sujeitos à infecção pela hepatite B —

cujo vírus é 57 vezes mais potente que ovírus da Aids. Um estudo da Uni-

versidade Estadual de MontesClaros e da Universidade Fe-deral de Minas Gerais investi-

gou se esses profissionais têm se vacina-do contra a doença e as principais alega-ções para a não vacinação. O resultadocausa espanto: mais de 25% dos Cirurgi-ões-Dentistas não completaram o esque-ma de suas vacinações – composto por trêsdoses – ou pior, nunca tomaram nenhu-ma dose da vacina contra hepatite B.

O estudo, publicado na Revista de Saú-de Pública (Vol.37 n.º 3) abordou 299Cirurgiões-Dentistas mineiros, por meio dequestionários. Os resultados da pesquisamostram que Cirurgiões-Dentistas commais de quarenta anos tendem a se vaci-nar menos. Da mesma forma, segundo oestudo, profissionais envolvidos em pro-cedimentos que entrem em contato dire-to com sangue, como os cirurgiões, são osque mais se preocupam com a coberturavacinal: 89% tomaram as três doses davacina.

“A falta de informação, possivelmenterelacionada à menor reciclagem profissi-onal, parece ser um dos principais fatoreslimitantes da vacinação”, dizem os pesqui-sadores, com base nos próprios resultadosda pesquisa: Cirurgiões-Dentistas que nãofizeram cursos de reciclagem nos últimosdois anos se vacinam menos. Outras ra-zões apontadas pelos Cirurgiões-Dentistaspara a não vacinação foram falta de opor-tunidade e tempo, esquecimento, nãoacharem necessária a vacinação, medo eaté o custo da vacina — que, entretanto, énormalmente oferecida de forma gratuitaaos profissionais de saúde, segundo os

pesquisadores.Por outro lado, o percentual de não

vacinados foi maior entre homens (70%),profissionais com maior tempo de forma-dos (72%) e Cirurgiões-Dentistas que aten-dem exclusivamente em consultório par-ticular. Da mesma forma, segundo o estu-do, Cirurgiões-Dentistas que não usam lu-vas em seus procedimentos também sevacinam menos contra a hepatite B.

Para os pesquisadores, “os resultadosdeste inquérito indicam que a prevalênciade vacinação completa entre os Cirurgi-ões-Dentistas de Montes Claros está aquémdaquela esperada, especialmente entre asespecialidades não cirúrgicas”.

O estudo lembra também o alto núme-ro de acidentes com instrumentos pérfuro-cortantes que ocorre com Cirurgiões-Den-tistas, reforçando a importância da vacinanesse grupo de profissionais. Segundo apesquisa, nos acidentes pérfuro-cortantes,o risco de transmissão do vírus da hepatiteB varia de 6% a 30%, sendo que pequenaquantidade de sangue contaminado é sufi-ciente para a transmissão do vírus.

A pesquisa ainda adverte que “o riscodo Cirurgião-Dentista ou do paciente ad-quirir a infecção durante o atendimentoodontológico não é alto, mas a transmis-são pode ocorrer do paciente para o Cirur-gião-Dentista, do Cirurgião-Dentista para opaciente e de um paciente para outro”.

O estudo conclui que, embora a vaci-nação contra hepatite B esteja crescendoentre Cirurgiões-Dentistas recém-formadose profissionais que se reciclem mais, a faltade informação parece ser um dos princi-pais fatores limitantes da vacinação. Paraos pesquisadores, os resultados da pesqui-sa apontam para a necessidade de iniciati-vas que informem os profissionais da im-portância de prevenir a doença através davacina.

Profissionais são os mais sujeitos a contrair o vírus dahepatite B, que é 57 vezes mais potente que o HIV

Fonte: Notisa.

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ENTREVISTA

Revista do CRO - Qual o maior desafio hojecomo presidente do Conasems?

Antônio Carlos Figueiredo Nardi - O Cona-sems tem hoje sete teses estratégicas, as quaissão extremamente atuais e necessitam do em-penho de todos os gestores municipais de saú-de do Brasil para que possamos concretizá-las,

são elas: financiamento; gestãodo trabalho e educação na saú-de; formas de alocação de re-cursos; descentralização emunicipalização; modelo deatenção à saúde; gestão par-ticipativa em saúde e amazô-nica legal. Alem disso, aposta-mos na radicalização do Pactopela Saúde no Brasil, junto coma implementação de uma polí-tica de fixação de profissionaisnos municípios, assim comoencontrar saídas para o proces-so de judicialização da saúde e

o fortalecimento da atenção básica.Revista - E nos municípios, quais os maiores

problemas a serem resolvidos?Nardi - Além dos desafios apontados acima,

os municípios necessitam de investir eminfraestrutura, lutar pelo fim do subfinancia-mento da saúde, com a aprovação da EC 29 e agarantia de um financiamento sustentável paraa saúde. Outro desafio é a fixação de profissio-nais, assegurando vínculos de trabalho comdireitos sociais e previdenciários, bem como a

implementação de PCCS que possibilite que otrabalhador possa ter perspectiva de promoçãona carreira. Precisamos investir na educaçãopermanente dos profissionais de saúde, en-focando o trabalho em equipe e a multi-disciplinaridade no cuidado em saúde. Preci-samos definir o desenho de rede de atenção àsaúde nas regiões, com as responsabilidadesde cada município, estado e união para ga-rantir um atendimento integral desde atençãobásica, promoção da saúde, média e alta com-plexidade, exames e cirurgias eletivas. Temosclareza que só daremos conta desses grandesdesafios se trabalharmos na lógica da solidari-edade e cooperação entre as três esferas degoverno.

Revista - Hoje as secretarias de saúde dosmunicípios têm estrutura suficiente?

Nardi - Desde a implementação do SUS,muito se evoluiu, porém ainda temos muito aavançar, sobretudo, nas questões regionais, coma elaboração de PPI atualizadas, avançar naregionalização da saúde com a implantação deredes integradas e hierarquizadas na saúde, or-denadas pela atenção primária.

Revista - Como vai a saúde do brasileiro?Nardi - Não tenho dúvida que o SUS é a

maior conquista social do povo brasileiro. Aoavaliarmos o quantitativo de procedimentosrealizados pelo SUS, constatamos que se elenão existisse, os indicadores de saúde dos mu-nicípios brasileiros seriam muito piores. Por estarem construção, temos que considerar que pre-

O doutor Antônio Carlos Figueiredo Nardi, Secretário Municipal

da Saúde de Maringá, é o atual presidente do Conselho Nacional

de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), órgão que atua

junto ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) com o

objetivo de promover melhorias no setor da saúde pública.

Cirurgião-Dentista em Maringá, Nardi ocupa diversos outros

cargos em entidades de classe.

Confira a entrevista concedida à Revista do CRO:

Não tenho

dúvida que o

SUS é a maior

conquista social

do povo

brasileiro.

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É Cirurgião-Dentista, Secretário de Saúde de Maringá e Presidente do Conasems

cisamos investir no seu aperfeiçoamento e nofortalecimento de algumas ações estratégicaspara melhorar ainda mais as condições de saú-de.

Revista - Os problemas de saúde são decor-rentes da falta de saneamento básico ou háalgum outro motivo também?

Nardi - O saneamento básico é um dos pro-blemas de saúde, mas não é o único. Ao resga-tarmos o conceito ampliado de saúde, veremosque saúde não é só ausência de doenças, poisenvolve uma série de questões relacionadas aosaspectos sociais, econômicos e culturais. Atu-almente, temos um grupo de trabalho, coorde-nado pela Fiocruz, que tem discutido osdeterminantes sociais na saúde. Acredito quetemos que aprofundar este tema para o desen-volvimento de ações intersetoriais que possibi-litem a melhoria dos indicadores sociais quetenha impacto na qualidade de vida da popu-lação brasileira.

Revista - Muitas autoridades compareceramà sua posse. Isso é um sinal da importância destecargo?

Nardi - O Conasems é uma das três instânci-as de gestão do SUS e por isto tem alta relevân-cia nas ações e políticas de saúde desenvolvi-das no Brasil. Tem um histórico de lutas e como papel de defender os interesses dos 5.564municípios brasileiros. Participa de comissõesnos mais diversos fóruns e é parceiro de insti-tuições como Abrasco, Cebes, Fiocruz, ANS,Opas, CNS, MS, tripartite, Conass, Hemobras.Acredito que o número significativo de autori-dades na nossa posse deve-se ao fato de que oConasems sempre pautou a sua agenda na cons-trução coletiva entre os atores do SUS. Temosclareza que só avançaremos se trabalharmosunidos em prol da consolidação do SUS.

Revista - Qual o trabalho do Conasems?Nardi - O Conasems tem atuado, desde a

sua criação, na defesa intransigente do SUS,com a autonomia das esferas de governo. É umator político do SUS que tem conseguido apon-tar diretrizes para a consolidação do sistema desaúde público, universal e equânime. Sua mis-são é lutar pela melhoria da qualidade dos ser-

viços de saúde.Revista - O senhor é o primeiro Cirurgião-

Dentista a assumir esse cargo?Nardi - Não, já esteve à frente da entidade

como presidente do Conasems, o Dr. José EriMedeiros, do Rio Grande do Sul.

Revista - De que forma a sua experiênciaprofissional pode auxiliar na melhoria da saú-de do brasileiro?

Nardi - Tenho procurado atuar com com-promisso ético e dedicação ao SUS. Minha his-tória sempre foi pautada no compromisso como usuário em todos os espaços que atuei comoodontólogo clínico nas ações integradas de saú-de, como gestor de município de pequeno,médio e grande porte, onde tive a oportunida-de de conhecer as dificuldades de cada umdeles.

Revista -De que ma-neira que aclasse odon-tológica po-de contribu-ir para a saú-de do brasi-leiro?

Nardi -Atuando demaneira sé-ria, compro-metida e competente, procurando diagnosticaros problemas de saúde bucal da população,planejar e desenvolver ações preventivas e deintervenção que visem a melhorar os indicado-res CPO de todos os municípios brasileiros.

Revista - Como está a regulamentação daEmenda 29?

Nardi - Tivemos uma audiência no dia 11de março, com diversas autoridades do Con-gresso Nacional e obtivemos o compromissodo presidente da Câmara, Michel Temer, de quea EC 29 será uma das prioridades de pauta.Comprometeram-se a dialogar com todas as li-deranças partidárias para não haver a obstru-ção da pauta. É importante salientar que 95%dos municípios do Brasil já cumprem a EC 29.

O Conasems tem

atuado, desde a sua

criação, na defesa

intransigente do SUS,

com a autonomia das

esferas de governo.

Antônio Carlos Figueiredo Nardi

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Reflexões e consideraçõessobre tipos de responsabilidade

em Odontologia

Conceituações genéricas

No entender de JAIMOVICH, emboratrabalhem em campos aparentemente tãodistindos - juristas e profissionais da saú-de - os efeitos de suas ações podem serconsiderados muito semelhates, pois tan-to na ponta das canetas dos juízes edesembargadores, como através das de-cisões e atuações clínico-terapêuticas deodontológos e/ou médicos, está contidatoda uma incalculável potencialidade deinterferir no destino do seres humanos so-bre os quais atuam.

Sob este viés de interpretação, o de-nominado Direito Médico e da Saúde trata- com maior especificidade - dos assun-tos relacionados à responsabilidade civil,penal e ética dos profissionais da saúdehumana, incluindo, além dos Códigos deÉtica de seus respectivos Conselhos, dosCódigos Civil e Penal brasileiros, tambéma sua submissão - a partir da Lei 8.078/90 - aos preceitos do Código de Defesado Consumidor.

Quando tratamos, juridicamente, dasmúltiplas facetas dos casos concretos deconflitos - incluindo os de conotação éti-ca - pertinentes à área de atribuição deresponsabilidade aos profissionais da áreade saúde, aí se encontra incluída, por ób-vio, a Odontologia, no âmbito de suasinúmeras especialidades.

O denominado Direito Médico (ex-presso e conhecido desta forma, mas en-globando, lato sensu, toda a área de pro-fissionais da saúde humana) atua em suaabrangência - por inerência e ilação como assunto - no campo dos denominadosdireitos e deveres, tanto de profissionaisquanto de pacientes, nas infindáveis e di-versas situações conflituosas que possamser geradas tanto por atos como fatos de-correntes do exercício clínico-terapêu-tico cotidiano.

O propósito deste artigo é apresentaraos leitores da Revista CRO Paraná, con-siderações e reflexões sobre as questõesque possam ter potencialidade de trans-formar um ato/fato clínico em um ato/fato jurídico.

Isto considerado, há que se analisar eponderar - pelos inúmeros tipos de envol-vimentos que costumam se apresentar(nos quais cada caso concreto tem suaspeculiaridades e particularidades) - pri-meiramente, qual seja a conotação cor-reta de responsabilidade na atuação pro-fissional cotidiana. Isto se faz necessáriopelo fato de que existem interpretaçõesdivergentes dentro da própria doutrina (aliteratura) e a jurisprudência jurídica, estaemanada da decisão dos tribunais.

Então vejamos. Primeiramente temoso significado de responsabilidade enquan-to gênero como sendo a “obrigação deum indivíduo de responder por seusatos”.

No entender de UDELSMANN, pode-mos classificá-la juridicamente, de acor-do com suas espécies, em:

- responsabilidade civil que é a neces-sidade de reparar ou de compensar al-guém por um eventual erro cometido eque tenha gerado dano; a reparação serásempre, na esfera civil, de naturezapecuniária.

O assunto responsabilidade civil, queadvém sempre de uma obrigação con-tratual de fazer, é tema complexo em seusdesdobramentos. Ela pode ser, em prin-cípio, pautada pela teoria subjetiva (combase na culpa) ou pela teoria objetiva (in-dependente da presença do elemento cul-pa, sempre com base no elemento risco,pré-existente).

- responsabilidade ética (a regulaçãodos direitos e deveres profissionais pelos

Gerson I. Köhler

DIREITOX

ODONTOLOGIA

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códigos de ética) ou também chamada deético-profissional; é aquela que, uma vezinfringida, tem a aplicação das penalida-des pertinentes cabíveis de aplicação pe-los próprios Conselhos.

- responsabilidade penal é aquela ori-ginada pela ação ou omissão - por partedo profissional da área de saúde - de umfato típico antijurídico (codificado no Có-digo Penal), que apresente nexo de causa-lidade e consequente dano penal a alguém.

A responsabilidade civil dosprofissionais de saúdeNeste artigo trataremos mais especifi-

camente da responsabilidade civil infor-mando inicialmente, para uma melhorcompreensão do assunto, que “qualquerato que gere efeitos jurídicos traz em seubojo a chamada natureza obrigacionallato sensu (em sentido amplo), resultan-do, portanto, em eventual responsa-bilização tanto da parte descumpridoraquanto da infratora”.

No entendimento de BARROS JÚ-NIOR, os fundamentos da responsabilida-de civil repousam, no Direito brasileiro,no Código Civil, basicamente em seus ar-tigos 186, 187, 927 e 943, 949 e 951.

Isto posto, a responsabilidade civil éregida pelo Código Civil, codificação atu-alizada (Lei 10.406, de 10.01.2002), comvigência a partir de 2003.

Para adentrar ao assunto em questãovamos nos referir, dentro deste código, aalguns de seus artigos, especialmente aosde número 186, 927 e 951.

O artigo 186 do Código Civil em vi-gência pertine à titulação dos atos ilícitos(civis) e determina que “aquele que, poração ou omissão voluntária, negligênciaou imprudência, violar direito e causardano a outrem, ainda que exclusivamen-te moral, comete ato ilícito”.

Note-se que a expressão “ainda queexclusivamente moral” não constava doartigo similar do Código Civil anterior (de

1916), revogado pela vigência do atual(a partir de 2003). Neste particular, res-salte-se que as questões envolvendo danomoral têm preocupado a justiça e os ju-ristas brasileiros, haja vista que, de 1990para cá houve uma multiplicação de cer-ca de 500 vezes nas ações movidas pordanos morais. Este fato, de acordo comartigo publicado recentemente pela Re-vista Visão Jurídica (A Indústria do DanoMoral), coincidiu com a criação do Có-digo de Defesa do Consumidor, instituidopela Lei 8.078, de 11 de setembro de1990.

Já no artigo 927 informa o Código Ci-vil - em seu caput (a parte inicial) - que“aquele que, por ato ilícito, causar danoa outrem, fica obrigado a repará-lo”.

A expressão “ato ilícito” nos remete,por óbvio e de imediato, em termos deCódigo Civil, ao acima referido artigo186, estabelecendo uma relação deinerência entre ambos.

Já o artigo 951 do Código Civil (nocapítulo que trata “das indenizações”) éuma norma aplicável - como punição -nos casos de “indenização devida poraquele que, no exercício de atividadeprofissional, por negligência, imprudên-cia ou imperícia, causar a morte do paci-ente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesãoou inabilitá-lo para o trabalho”.

A norma contida neste artigo 951 éentendida como expressa, isto é, para serutilizada já na liquidação de sentença pré-via, motivada pelo julgador com base nosartigos 186 e 927.

Por hoje ficamos por aqui. Esgotamosnosso espaço. Gradativamente, porém,iremos proporcionando a todos os leito-res, de forma sequenciada e entendívelde forma leiga, as questões pertinentes aodia-a-dia clínico, que sempre trazem con-sigo, a potencialidade latente para, even-tualmente, se transformar em um ato/fatojurídico e ser passível de litígio perante ajustiça.

Gerson I. KöhlerPós-graduado em Ortodontia e Ortopedia Fácil – UFPRMestre em Ciências – Eng. Biomédica – UTFPRÁrbitro – Câmara de Mediação e Arbitragem – ARBITAC – ACPEmail: [email protected]

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Nos dias 13, 14 e 15 de novembro de2008 foi realizado em Curitiba, no HotelFour Points Sheraton, o 39.º Encontro doGrupo Brasileiro de Professores de Orto-dontia e Odontopediatria (Grupo).

O Grupo tem por missão congregarprofessores de Ortodontia e Odontope-diatria para trabalhar pela sistematiza-ção do ensino e da pesquisa nas duas

especialidades odontológicas. A cadaano, é promovido um encontro, que tempor objetivo geral promover o aprimo-ramento e a integração do ensino dessasduas disciplinas e delas com disciplinasafins.

Na área científica da Ortodontia des-tacou-se o Curso internacional com Lysle

E. Johnston Jr., professor da Universida-de de Michigan (Ann Arbor), que é umadas mentes mais brilhantes da Ortodontiamundial.

Um dos pontos alto do evento foi o

Grupo brasileiro de professoresde Ortodontia e Odontopediatria

realiza encontro em Curitiba

simpósio sobre Estratégias de Tratamen-to da Classe II, onde grandes nomes daOrtodontia nacional discutiram diferen-tes formas de abordar o problema. Par-ticiparam como simposiastas OmarGabriel, Julio Wilson Vigorito, JoséFernando Castanha Henriques e José Nel-son Mucha.

Os temas das conferências de Odon-topediatria abordados foram: Bruxismona criança, Beatriz Duarte Gavião; A in-serção do bebê na saúde da família, LéoKriger; Reimplante de dentes decíduos,Farli Aparecida Carrilho Bôer e A buscapor evidências científicas para novastecnologias introduzidas na Odontolo-gia, Luciana Monti Lima.

No encerramento do evento, os pro-fissionais da Ortodontia e da Odonto-pediatria participaram de um simpósio.O grande destaque foi a participação doprofessor Arnaldo Caldas, Presidente doComitê Assessor de Odontologia noCNPq, que apresentou palestra sobre“Formação docente e prática clínica: evi-dências científicas e ou vivências”.

Em 2008 o Grupo comemorou 40anos da sua fundação. Poucas entidadesna Odontologia Brasileira atingiram essamaturidade. Na assembleia final, ficoudefinido que o próximo encontro serárealizado em Piracicaba.

Na assembleia foi eleita a próxima di-retoria do Grupo, que ficou assim com-posta: Presidente: Alexandre Moro; Vice-presidente: Silvio Issáo Myaki; 1.ª Secre-tária: Gisele Maria Correr Nolasco; 2.ºSecretário: Ulysses Coelho; 1.º Tesourei-ro: Ricardo Moresca; 2.º Tesoureiro:Roberto Shimizu; Diretora Científica:Estela Maris Losso; Conselho Fiscal:Lourdes Santos-Pinto, Eros Petrelli,Carlos Mundstock.

Os anais do 39.º Encontro do GrupoBrasileiro de Professores de Ortodontiae Odontopediatria estão disponíveis napágina do Grupo: www.grupo.odo.br.

Em 2008 o Grupo comemorou

40 anos da sua fundação

Da esquerda para adireita: ProfessoresOrlando Ayrton deToledo, CarlosMundstock,Alexandre Moro,Lourdes SantosPinto, LucianoCarvalho e LuizWalter.

EVENTO

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No dia 16 de fevereiro foi realizado emCuritiba o Encontro com Coordenadores de

Macrorregionais, De-legados e Represen-tantes Distritais nasede do Conselho Re-gional de Odon-tologia. O encontroteve objetivo de defi-nir a área deabrangência de Ma-crorregionais e Dele-gacias Regionais. Amissão dos Coorde-nadores, Delegados e

Representantes Distritais é destacar o Có-digo de Ética Odontológica, a Consolida-

ção das Normas paraProcedimentos nosConselhos de Odon-tologia (CNPCO) e asLeis que regem aOdontologia.

Confira ao lado arelação dos que esti-veram presentes noencontro:

Encontro com Coordenadoresde Macrorregionais, Delegados

e Representantes Distritais

EVENTO

Festa comemora 30 anos de profissão

Da direita para a esquerda: Sonia R. D’Aguila Pelayo, Euterpe M. F. Barczysczyn,Wilson S. Kaneshima, Oswaldo Martins Junior, Maristher Claro Gutierrez,Professor Tanaka, Rosana B. Franco, Neusa M.ª Pinceli Chaves, Angela Maria deOliveira Carvalho Magrin, Wanda Feitoza Silva, Silvia R. Binhame, SamiraLebbos Favoreto, Vera Lucia Bussadori, Luiz Américo R. Ferraz, Edson Milani deHolanda, Jorge Yonamine, Renato C. do Lago Albuquerque.

No dia 15 de novembro de 2008, aturma de Odontologia da UniversidadeEstadual de Londrina, formada em no-vembro de 1978, completou 30 anos deprofissão. A data foi comemorada emuma chácara em Londrina com um chur-rasco. Participaram do encontro profis-sionais de Curitiba, Cascavel, CornélioProcópio, Cuiabá, Londrina, Pérola,Reserva e Rolândia. Ressalta-se aindaque a turma teve 29 formandos e quedestes, um já faleceu e foi homenagea-do pelos colegas.

A festa reuniu não só os Cirurgiões-Dentistas bem como seus familiares edois professores homenageados pela tur-ma na ocasião da formatura: ProfessorTanaka e Professor Kaneo Okano, quederam o prazer de suas presenças.

Durante o eventoforam discutidasvárias questões.

CONSELHEIROS

Ermensson Luiz Jorge

Edson Milani de Holanda

Roberto Eluard da Veiga Cavali

Antonio Ferelle

Aguinaldo Coelho de Farias

Claudenir Rossato

Abrilino de Souza Ramos

Carlos Alberto Herrero de Moraes

Gilce S. C. Alves da Costa

César José Campagnoli

MACRORREGIONAIS

Cascavel

Curitiba

Londrina

Maringá

NOME

Silmara Santana Serafini

Paulo César A. de A. e Almeida

Lázara Regina de Rezende

Edson Betazzi

DISTRITAIS

Boa Vista

Boqueirão

Cajuru

CIC

Curitiba

Pinheirinho

Portão

Santa Felicidade

NOME

Luiz Humberto Zanetti

Luiz Carlos do Carmo

Wagner Silva Moreira

Dalvo José Merci

Wilson Massad Buffara

Joel Santos Junior

Écio Soares

Patrícia Beckert Cabreira

REGIONAIS

Apucarana

Campo Mourão

Francisco Beltrão

Londrina

Maringá

Paranaguá

Ponta Grossa

Região Metropolitana

São José dos Pinhais

Toledo

NOME

Paulo Yutaka Yoshii

Graziela Titton Calderari

Rodrigo Manfroi

Norma Nabut Fujita

Marcelo Augusto Amaral

Marco Antonio Sato

Marcos Taques Margraf

Fabíola Bacilla K.  de Souza

Fabio Roberto Micrute

Adelmo José Clasen

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Parabéns aos formandos doCurso Técnico em Higiene

Dental de JacarezinhoNo dia 25 de outubro de 2008, no audi-

tório da Faculdade de Direito de Jacare-zinho, foi realizada a cerimônia de forma-tura do Curso Técnico em Higiene Dentaldo “Centro Formador de Recursos HumanosCaetano Munhoz da Rocha”, em parceria

com a 19.ª Regional deSaúde de Jacarezinho.

A cerimônia contoucom as presenças dadiretora da 19.ª Regio-nal de Saúde, Dra.Cleide Cesco, do entãocoordenador de SaúdeBucal do Município deJacarezinho, Dr. EldyR. G. Paula, da coorde-

nadora pedagógica do CFRH, Dra. Iara Lú-cia Leonardi, da coordenadora técnica doCurso THD em Jacarezinho, Dra. Ana PaulaChér e da delegada do CRO de Santo Antô-

nio da Platina, Dra. Helaine Silva Cintra e aDra. Jussara Mendes Dias Massarelli, querepresentou o Presidente do CRO/PR,Ermensson Luiz Jorge.

O curso THD do CFRH “CaetanoMunhoz da Rocha” teve início em marçode 2007, tendo duração de 18 meses, comas aulas ministradas pelos Cirurgiões-Den-tistas: Dra. Ana Paula Chér, Dr. Eldy R. G.de Paula, Dr. Felipe Sckzepanski, Dr. JoãoPaulo Toscani, Dra. Lílian Claro, Dr. PauloPavoni Jr., Dr. Marco Antonio Brochado, Dr.Leandro Luís Trevisan.

O Curso contou com a participação dealunos e alunas dos municípios em que a19.ª Regional de Saúde abrange.

A todos os alunos e alunas, parabéns poressa difícil etapa vencida e a quem chama-mos hoje de Técnicas em Saúde Bucal deacordo com a nova lei 889/24 de dezem-bro de 2008.

EVENTO

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O presidente da República Luiz InácioLula da Silva sancionou a Lei n.º 11.889, de24 de dezembro de 2008, que regulamentaas profissões de Técnico em Saúde Bucal(TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB), apósaprovação pelo Senado em 3 de dezembrodo ano passado.

Após quinze anos de luta no congresso,o Técnico em Higiene Dental (THD) e Au-xiliar de Consultório Dentário (ACD) – queagora ganham nova nomenclatura – estãoobrigados a se registrar no Conselho Fede-ral de Odontologia e a se inscrever no Con-selho Regional de Odontologia, em cujajurisdição exerçam suas atividades.

De acordo com as atribuições definidas,o TSB, sempre sob a supervisão do cirur-gião-dentista, poderá participar do treina-mento e capacitação de Auxiliar em SaúdeBucal e de agentes multiplicadores das açõesde promoção de saúde; participar das açõeseducativas atuando na promoção da saúdee na prevenção das doenças bucais; ensinartécnicas de higiene bucal e realizar a pre-

venção das doenças bucais por meio da apli-cação tópica do flúor, conforme orientaçãodo Cirurgião-Dentista; proceder à limpezae à antissepsia do campo operatório, antes eapós atos cirúrgicos, inclusive em ambien-tes hospitalares. Poderá também instru-mentar o CD em ambientes clínicos e hos-p i t a l a r e s .

Já o ASB terá o papel de organizar e exe-cutar atividades de higiene bucal, processarfilme radiográfico, preparar o paciente parao atendimento, auxiliar e instrumentar osprofissionais nas intervenções clínicas, inclu-sive em ambientes hospitalares, manipularmateriais de uso odontológico, selecionarmoldeiras, preparar modelos em gesso, re-gistrar dados e participar da análise das in-formações relacionadas ao controle admi-nistrativo em saúde bucal, executar limpe-za, assepsia, desinfecção e esterilização doinstrumental, equipamentos odontológicose do ambiente de trabalho, realizar o aco-lhimento do paciente nos serviços de saúdebucal.

Sancionada lei para profissõesde Técnico em Higiene Bucal e

Auxiliar em Saúde Bucal

A partir deste ano, o Conselho Regional de Odon-tologia do Paraná, juntamente com o Ministério daSaúde/Coordenação Nacional de Saúde Bucal e a SESA/SPP – DEAB - Divisão Estadual de Saúde Bucal, premi-ará os melhores exemplos de Gestão em Saúde Bucalna esfera Municipal, com o “Prêmio Paraná Sorriden-te”. No Paraná, através da Portaria n.º 24/2009 - CRO/PR, criou-se uma comissão específica para regulamen-tar e criar critérios para avaliar o modelo odontológicomunicipal colocado à disposição da população, ten-do como base os dados obtidos em 2008.

De acordo com as características locais, os municí-pios do Paraná foram distribuídos em 3 categorias,observando-se cada população:

I) Até 20.000 habitantes; II) Acima de 20.000 até100.000 habitantes; III) Acima de 100.000 habitan-tes.

A avaliação dos municípios seguirá os seguintes cri-térios propostos:

1- Adição de flúor na água de abastecimento pú-blico e heterocontrole; 2- Número de habitantes xnúmero de Cirurgiões-Dentistas na atenção básica (Ci-

Participe do Prêmio Paraná Sorridente

LEGISLAÇÃO

rurgiões-Dentistas da equipe Saúde da Família e Uni-dades Básicas de Saúde) e cobertura populacionalalcançada; 3- Apresentação de melhor desempenhona promoção da saúde bucal em todos os ciclos devida; 4- Proposta de distribuição dos “Kits de HigieneBucal /Ministério da Saúde” à população alvo; 5- Re-ferência ao serviço de especialidade odontológica(CEO, LRPD, universidades e outras instituições deensino); 6- Realização de exames epidemiológicos dedoenças bucais em 2008; 7- Desenvolvimento de pro-gramas de capacitação e educação permanente aosprofissionais de saúde bucal da rede pública; 8- Reali-zação de concurso público para contratação de pro-fissionais de saúde bucal; 9- Apresentação de umapolítica de cargos e salários aos profissionais de saúdebucal.

Para participar, envie ao CRO/PR uma via do proje-to e uma cópia em CD até as 18 horas do dia 29 demaio. A avaliação e a seleção dos municípios serão re-alizadas entre os dias 19 e 26 de junho.

A divulgação será feita na primeira quinzena de ju-lho. Mais informações em www.cropr.org.br

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ATOS OFICIAIS

EDITAL DE CENSURA PÚBLICACD – YOUSSEF ISSA – CRO-PR 5318

CLINICA DENTÁRIA SAN LTDA – CLM 1280 (ODONTOSAN/ LONDRINA)Em decorrência da decisão proferida pelo Conselho de Ética do Conselho Regional de Odontologia do Estado do Paraná (CRO/

PR), nos autos do Processo Ético nº. 05/08, contido no teor do acórdão lavrado transitado em julgado, sem interposição derecurso, faz saber que foi aplicada ao CD Youssef Issa – CRO-PR 5318 a pena de Censura Pública em Públicação Oficial, aclínica Dentária San Ltda – CLM 1280 (Odontosan/Londrina) a pena de Censura Pública em Publicação Oficial, cumulada compena pecuniária equivalente à dez anuidades, por infração aos artigos: Artigos 5º – Inciso XI, Art. 9º - Inciso III, Artigo 33,Artigo 34 – Inciso I, todos do Código de Ética Odontológica (Res. 42/03 e 71/06) . A presente publicação decorre dos termosdo Artigo 40, inciso III e Art. 45 Capítulo XVI do Código de Ética Odontológica – Resolução 42/03 e 71/06..

Curitiba (PR), 12 de fevereiro de 2009.Ermensson Luiz Jorge, CD

Presidente CRO/PR

12/02/2009

EDITAL DE CENSURA PÚBLICATPD – ANDREZZA MARIA FRIGERI CARMASSI – CRO-PR 935

Em decorrência da decisão proferida pelo Conselho de Ética do Conselho Regional de Odontologia do Estado do Paraná (CRO/PR), nos autos do Processo Ético nº. 68/06 , contido no teor do acórdão lavrado transitado em julgado, sem interposição derecurso, faz saber que foi aplicada a TPD Andrezza Maria Frigeri Carmassi, a pena de “CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃOOFICIAL”, cumulada com pena pecuniária equivalente a dez anuidades por infração aos artigos: Artigos 5º –Inciso XI; Artigo 9º– Inciso III; Artigo 24 – Inciso X; Artigo 33; Artigo 34 – Inciso II, todos do Código de Ética Odontológica (Res. 42/03 e 71/06)e Art. 1º alínea “g” e Art. 87 da Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia. A presentepublicação decorre dos termos do Artigo 40, inciso III e Art. 45 Capítulo XVI do Código de Ética Odontológica – Resolução 42/03e 71/06..

Curitiba (PR), 12 de fevereiro de 2009.Ermensson Luiz Jorge, CD

Presidente CRO/PR

12/02/2009

EDITAL DE CENSURA PÚBLICACD – CAMILA ESTEVES – CRO-PR 16460

Em decorrência da decisão proferida pelo Conselho de Ética do Conselho Regional de Odontologia do Estado do Paraná (CRO/PR), nos autos do Processo Ético nº. 80/07, contido no teor do acórdão lavrado transitado em julgado, sem interposição derecurso, faz saber que foi aplicada a CD Camila Esteves – CRO/PR 16460 a pena de Censura Pública em Públicação Oficial,por infração aos artigos: Artigos 5º – Inciso XI, Art. 9º - Inciso III, Artigo 24 – Inciso III, Artigo 34 - Inciso I, III, VII todos doCódigo de Ética Odontológica (Res. 42/03 e 71/06) . A presente publicação decorre dos termos do Artigo 40, inciso III e Art. 45Capítulo XVI do Código de Ética Odontológica – Resolução 42/03 e 71/06..

Curitiba (PR), 17 de fevereiro de 2009.Ermensson Luiz Jorge, CD

Presidente CRO/PR

17/02/2009

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EDITAL DE CENSURA PÚBLICACD – ANDRE MAURO FEDESZEN LAPUCH – CRO-PR 7765

APD – MARCOS BERNAL DE MORAIS – CRO-PR 395CLINICA DENTÁRIA ANDRE MAURO FEDEZEN LAPUCH – CLM 1119 - / (CLINICA DENTÁRIA ODONTOSAN )

Em decorrência da decisão proferida pelo Conselho de Ética do Conselho Regional de Odontologia do Estado do Paraná (CRO/PR), nos autos do Processo Ético nº. 11/07 , contido no teor do acórdão lavrado transitado em julgado, sem interposição derecurso, faz saber que foi aplicada ao CD André Mauro Fedeszen Lapuch – CRO-PR 7765, a pena de “CENSURA PÚBLICA EMPUBLICAÇÃO OFICIAL”, cumulada com pena pecuniária equivalente a trinta anuidades; ao APD Marcos Bernal de Morais – CRO-PR 395 a pena de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, cumulada com pena pecuniária cumula de dez anuidade; aClinica André Mauro F. Lapuch (Odontosan – Palotina) a pena de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, cumulada compena pecuniária de vinte e cinco anuidades, por infração aos artigos: Artigos 5º – Inciso XV, Artigo 42 – Inciso II, todos doCódigo de Ética Odontológica (Res. 42/03 e 71/06) . A presente publicação decorre dos termos do Artigo 40, inciso III e Art. 45Capítulo XVI do Código de Ética Odontológica – Resolução 42/03 e 71/06..

Curitiba (PR), 12 de fevereiro de 2009.Ermensson Luiz Jorge, CD

Presidente CRO/PR

12/02/2009

ATOS OFICIAIS

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O CRO Paraná comunica o falecimento de Key Imaguire, ocorrido no dia24 de dezembro de 2008. Imaguire nasceu em Santos, SP, em 14 de outubro de1918. Era filho de Yaiti Imaguire, que chegou ao Brasil com a primeira imigra-ção japonesa, em 1908, e de Matsue (Sonoda) Imaguire, ambos originários daregião de Kagoshima.

Primeiro nissei formado em Odontologia pela UFPR em 1939.Exerceu a profissão por mais de 60 anos, em consultórios à Praça Garibaldi

– primeiro era a casa ao lado da Fundação Cultural de Curitiba e depois na RuaKellers, ao lado da Sociedade Garibaldi. Fez um dos primeiros casamentosinterétnicos, com Maria Diva Simas Imaguire em 1943.

Como Cirurgião-Dentista, é lembrado até hoje pelo consultório sempre lotado;pela perfeição dos serviços executados: raramente recorria a Protético, prefe-rindo executar a totalidade dos tratamentos em equipamentos que começaramno aparelho a pedal, passaram pelo convencional e chegaram ao “air rotor”,especialmente importado e provavelmente o primeiro da cidade, em 1959.

Esportista, foi recordista em Salto com Vara em 1942; praticante de Tiro aoAlvo na STAC, marumbinista da primeira geração. Era chamado pelos compa-nheiros “O Dono da Serra da Prata”.

Apaixonado pela natureza brasileira, dedicou décadas de sua vida ao reflo-restamento do sítio em Rio Branco do Sul, recompondo áreas devastadas pelouso indevido.

Imaguire tinha 90 anos de idade e deixou viúva, dois filhos, três netos e umbisneto.

AVISOO CRO-PR solicita aos familiares que, em caso de falecimento de entes inscritos

no Conselho, entrem em contato para o cancelamento da inscrição.

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1.º Seminário deIntegração

CRO - Vigilância SanitáriaNo dia 8 de maio, Curitiba será sede

do 1.º Seminário de Integração das Açõesdo CRO e da Vigilância Sanitária. O en-contro contará com a participação de Ci-rurgiões-Dentistas que atuam nas Vigi-lâncias Sanitárias e demais convidados.

No seminário serão colhidos temas aserem apresentados no 1.º Forum Esta-dual de Integração das Ações do CRO eVigilância Sanitária a ser realizado emParanavaí no dia 26/05/2009.

Prêmio Sinog de OdontologiaO Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de

Grupo (Sinog) lançou a 8.ª edição do Prêmio Sinog deOdontologia destinado a Cirurgiões-Dentistas e estudantesde Odontologia. São duas temáticas diferentes sendo que,para a categoria Cirurgiões-Dentistas o tema proposto é “Odesafio do Cirurgião-Dentista em oferecer aos seus pacien-tes o acesso a tratamentos cada vez mais especializados equalificados e que incorporem as novas tecnologias daOdontologia moderna frente ao poder aquisitivo da população brasileira”, e para osestudantes de Odontologia, “Mercado de trabalho na Odontologia: Perspectivas e pro-posições para o desenvolvimento de ações que objetivem seu crescimento sustentável,sua qualificação e a valorização do Cirurgião-Dentista brasileiro”.

As inscrições, com a entrega dos trabalhos, de ambas as categorias, poderão serfeitas até o dia 30 de abril. O regulamento completo do Prêmio Sinog de Odontologiaestá disponível no endereço www.sinog.com.br/premio. A premiação será realizadadurante o jantar oficial de abertura da feira Hospitalar/OdontoBrasil, no dia 3 junho,no Hotel Unique, em São Paulo. Mais informações poderão ser obtidas pelo [email protected] ou pelo telefone (11) 3289-7299.

AGENDA

X Ciopar - CongressoInternacional de

Odontologia do ParanáData: 27, 28 e 29 de agosto de 2009Local: Estação Embratel ConventionCenter, Shopping Estação, Curitiba-PRInformações: www.ciopar.com.br

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Sexo femininopredomina nas inscrições

do CRO/PR

GERAL

Foi-se o tempo em que as mulhe-res tinham como características ex-clusivas a maternidade e o lar. A re-lação que havia entre afazeres do-mésticos e as mulheres não é maisobservada atualmente. Nos últimosanos muitas profissões apresentam apredominância de mulheres, comoa profissão de Cirurgião-Dentista, an-tes vista como uma profissão ondepredominavam os homens. Um gran-de exemplo é o número de inscri-ções de Cirurgiões-Dentistas do sexofeminino no CRO/PR. Um relatóriodo Conselho aponta que no geral são14.175 inscrições, sendo 45,8%(6.504) de homens e 54,2% (7.671)de mulheres.

Este número é diretamente pro-porcional ao número de mulheresque a profissão abriga. No gráfico 1é possível observar o número detransferências concedidas aos Cirur-giões-Dentistas.

Para as inscrições ativas, as mu-lheres predominam praticamente emtodas as idades, com exceção à faixaetária acima de 51 anos (gráfico 2).Para o total de 91 inscrições encer-radas nos últimos anos, 64 são de mu-lheres e 27 homens. Sendo possívelobservar um predomínio do sexo fe-minino em todas as faixas etárias (grá-fico 3).Com este relatório é possívelobservar, portanto, que o perfil daprofissão de Cirurgião-Dentista nãoé mais predominado por homens eque a Odontologia atrai cada vezmais o sexo feminino para a área desaúde.

Gráfico 2 – Inscrições ativas de Cirurgiões-Dentistas.

Fonte: Dados CRO/PR

Gráfico 3 – Inscrições encerradas de Cirurgiões-Dentistas.

Fonte: Dados CRO/PR

Gráfico 1 – Transferências concedidas aos Cirurgiões-Dentistas.

Fonte: Dados CRO/PR

Para as inscrições ativas,

as mulheres predominam

praticamente em

todas as idades

Arte dos gráficos: Dra. Jucienne Salgado Ribeiro.

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REGIONAL DE CASCAVELRua Souza Naves, 3983 – 5.º andar - sala 510 - Edifício LinceFone: (45)3038-5454 - CEP.: 85807-690Horário: Segunda a sexta feira - das 09h às 12h e das 13h às 18h

REGIONAL DE FOZ DO IGUAÇURua Almirante Barroso, 1293 - sala 304 - Condomínio Pedro BassoFone: (45) 3027-3131 - CEP.: 85851-010Horário: Segunda a sexta feira das 09h às 12h e das 13h às 18h

REGIONAL DE FRANCISCO BELTRÃOAv. Julio Assis Cavalheiro, 494 - 6.º andar - sala 61 - Edifício Trade CenterFone: (46) 3524-0047 - CEP.: 85601-000Horário: Segunda a sexta-feira das 09h às 12h e das 13h às 18h

REGIONAL DE GUARAPUAVARua Senador Pinheiro Machado, 2073 – 4.º andar - sala 401 - Edifício SamuaraFone: (42) 3035-3232 - CEP.: 85010-100Horário: Segunda a sexta-feira das 08h às 12h e das 13h às 17h

REGIONAL DE LONDRINARua Pará, 1531 - sala 103 - Edifício Pará Office TowerFone: (43) 3026-7272 - CEP.: 86010-400Horário: Segunda a sexta-feira das 08h às 12h e das 13h às 17h

REGIONAL DE MARINGÁRua Santos Dumont, 2166 - sala 705Fone: (44) 3031-8999 - CEP.: 87050-100Horário: Segunda a sexta-feira das 08h às 12h e das 13h às 17h

REGIONAL DE PARANAGUÁRua Artur de Abreu, 29 – 8.º andar - sala 7Edifício Condomínio Palácio do CaféFone: (41) 3038-6200 - CEP.: 83.203-210Horário: Segunda, terça, quinta e sexta das 09h às 12h e das 13h às 17h45

REGIONAL DE PATO BRANCORua Tapajós, 305 - sala 105 - Edifício Comercial ItáliaFone: (46) 3225-4280 - CEP.: 85501-030Horário: Segunda a sexta-feira das 12h às 18h

REGIONAL DE PONTA GROSSARua Coronel Dulcídio, 2075Fone: (42) 3027-2828 - CEP.: 84010-280Horário: Segunda a sexta-feira das 09h às 12h e das 13h às 18h

REGIONAL DE SANTO ANTONIO DA PLATINARua Rui Barbosa, 567 – 10.º andar -sala 1002 - Cond. Emp. Palácio do ComércioFone: (43) 3534-2352 - CEP.: 86430-000Horário: Segunda a sexta-feira das 08h às 12h e das 13h às 17h

REGIONAL DE UMUARAMARua Des.Munhoz de Melo, 3800 - sala 801Fone: (44) 3623-4119 - CEP.: 87501-180Horário: Segunda a sexta-feira das 09h às 12h e das 13h às 18h

SEDE CURITIBARua da Paz, 260 - Alto da XVFone: (41) 3025-9500 - CEP.: 80060-160Central de Benefícios: 0800-600-9500Horário: Segunda a sexta-feira das 09h às 17h45Sábados. das 09h às 12h45 (secretaria e financeiro)Website: www.cropr.org.br

Delegacias Regionais do CRO/PR

Sede terá horário alterado em abril e maioConforme Reunião Plenária, realizada no dia 20 de mar-ço, o CRO/PR informa que às sextas-feiras, dos meses deabril e maio, o expediente externo do Conselho seráencerrado às 16 horas devido a treinamento interno dosfuncionários.