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Um guia em construção
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Samba do CaféPara fazer um bom café, meu bem
Como se faz, lá no Brasil
Precisa pôr tudo a ferver, meu bem
Como se põe, lá no Brasil
Uma frutinha vermelha
Que as moças colhem no pé
E quando é bem torradinho
Fica pretinho e cheiroso
Como ele é, lá no Brasil
Como ele é, lá no Brasil
Para fazer um bom café, meu bem
Como se faz, lá no Brasil
Precisa ter um bom café, também
Como se tem, lá no Brasil
Tem de ser forte, como o bem
Que a gente tem pelo Brasil
Tem de ser doce, como o amor
Que a gente tem pelo Brasil
Você, seu moço estrangeiro
Só põe açúcar se quer
Mas sendo um bom brasileiro
O seu café vai ser doce
Como se fosse um carinho
O seu café vai ser doce
Como se fosse um beijinho
De uma mulher
Que faz um bom café
Lá no Brasil! Lá no Brasil!
Composição: Vinicius de Moraes
Baden Powell
Cafés e abelhas preenchem intervalo deaulas na UEPG
A turma discutiu sobre a formatura quando terminada a aula. Muitas pessoas fa-lavam ao mesmo tempo sobre um sonho comum. São muitas opiniões e visões de mundo distintas que se direcionam para o mesmo objetivo. Momentos depois, o as-sunto foi resolvido e outros prorrogados para uma próxima reunião. Após alguns mi-nutos, a partir das escadas, os estudantes chegam ao pátio. Bancos. Vozes. Esse é um espaço convidativo para conversas. Como é intervalo entre as aulas, o período é de descontração.
Alguns degraus a mais e se encontra a ca-feteria. O cheiro de café preenche o ambi-ente. Num dia ensolarado, curiosamente as mesas estão vazias. Alguns jovens con-versam animadamente em bancos próxi-mos da cafeteria. Entretanto, o ambiente é povoado por outros seres: as abelhas. Ani-mais enlouquecidos pelo cheiro do açúcar. Elas perseguem qualquer passante que es-teja em posse de um pedaço de bolo de chocolate ou um copo de café.
Os três alunos sentaram no in-terior do estabelecimento, mas as abelhas não cessaram suas investidas. No mínimo, dez delas atacavam os copos de café. Os estudantes resistiram e transferiram os al-vos para as mesas que estão no exterior da cafeteria. As abelhas continuaram. Uma das atacantes realizou uma ação definitiva: o suicídio. Depois de rodear o copo de ca-fé por diversas vezes, ela não teve dúvidas e mergulhou no líquido. Enfim, os alunos foram derrotados. Eles retiraram bolsas, pão-de-queijo e copos de café sobreviven-tes das mesas. Os espectadores do acon-tecimento demonstravam surpresa, como se uma luta contra abelhas fosse um ação exagerada.
O copo de café com as abelhas suicidas foi a única evidência que permaneceu no local sobre a batalha que aconteceu na ca-feteria. Os estudantes subiram as escadas em direção ao pátio novamente. Contudo, o intervalo entre as aulas foi esgotado. Os estudantes estavam atrasados para o pró-ximo horário.
Giovana Montes