28
1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO: a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TE- LEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE QUALQUER ESPÉCIE; b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova le- vando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal; f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado, APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qual- quer outro MATERIAL DE CONSULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será submetido à revista por meio de DETECTOR DE METAL. 2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões, nu- meradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) as questões de número 1 a 5 são relativas à área de Língua Estrangeira; c) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Matemática e suas Tecnologias. 3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergên- cia, comunique-a imediatamente ao aplicador. 4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o CARTÃO-RESPOSTA, o qual será o único documento vá- lido para a correção da prova. 5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO- -RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 6. Para cada uma das questões objetivas, são apresenta- das 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a respos- ta, preenchendo todo o espaço compreendido no cír- culo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamen- te, seu CARTÃO-RESPOSTA devidamente assinado, de- vendo ainda assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala. 10. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. VP4 – 2ª ETAPA

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1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO:a) utilizar ou portar, durante a realização da prova,

MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TE-LEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE QUALQUER ESPÉCIE;

b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova le-vando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;

c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas;

d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;

e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal;f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado,

APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qual-quer outro MATERIAL DE CONSULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será submetido à revista por meio de DETECTOR DE METAL.

2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões, nu-meradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira:a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área

de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;b) as questões de número 1 a 5 são relativas à área de

Língua Estrangeira;c) as questões de número 46 a 90 são relativas à área

de Matemática e suas Tecnologias.

3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergên-cia, comunique-a imediatamente ao aplicador.

4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o CARTÃO-RESPOSTA, o qual será o único documento vá-lido para a correção da prova.

5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO--RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.

6. Para cada uma das questões objetivas, são apresenta-das 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a respos-ta, preenchendo todo o espaço compreendido no cír-culo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.

8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO--RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.

9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamen-te, seu CARTÃO-RESPOSTA devidamente assinado, de-vendo ainda assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala.

10. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.

VP4 – 2ª ETAPA

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LC - 2º dia | Página 2

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Texto I

Entenda a nova Lei Seca e os limites de tolerância

Milton Corrêa da Costa A Resolução 432, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), tornou mais rigorosa ainda a chamada Lei Seca e a configuração da infração de trânsito, com relação ao teste do etilômetro (bafômetro). Há infração se a medição a alcançar quantidade igual ou superior a 0,05 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, a metade da quantidade anterior, que era de 0,1 mg/L, descontado o erro máximo admissível do aparelho (0,04 mg/L). Portanto, a margem de tolerância é o erro máximo admissível. Para o crime previsto no Artigo 306 do CTB, a infringência se dá quando a medição realizada no bafômetro for igual ou superior a 0,34 mg/L, também descontado o erro máximo admissível de 0,04 mg/L. No entanto, para caracterização da infração, através de exame de sangue, qualquer concentração de sangue registrada tipifica a infração. Ou seja, no exame de sangue a tolerância é zero para a infração administrativa. Já para a configuração do crime, através do exame de sangue, a dosagem alcoólica encontrada terá que ser igual ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L), mantendo-se como anteriormente. O cerco, portanto, está apertando para os que insistem em beber e dirigir. É bom lembrar que a perigosa mistura álcool e direção tem sido causa de inúmeras tragédias no trânsito brasileiro. No trânsito, quanto mais se aprende, mais se vive.

http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=59054

Texto ll

LEI SECA?TÔ NESSA!

Texto lll Art. 1o Esta Lei altera dispositivos da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, com a finalidade de estabelecer alcoolemia 0 (zero) e de impor penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob a influência do álcool, e da Lei no 9.294, de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4o do art. 220 da Constituição Federal, para obrigar os estabelecimentos comerciais em que se vendem ou oferecem bebidas alcoólicas a estampar, no recinto, aviso de que constitui crime dirigir sob a influência de álcool.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11705.htm

Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO, em norma culta da Língua Portuguesa, sobre o tema:

A nova Lei Seca e seus benefícios para a sociedade brasileira.

Apresente experiência ou proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos que defendam seu ponto de vista.

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LC - 2º dia | Página 3

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 1 a 45Questões de 1 a 5 (opção inglês)

QUESTÃO 1

01020304050607080910

TXTSPK IS A STIMULATING FORCE IN LANGUAGE

EVOLUTION

Is our language in jeopardy? It’s a rare day that passes without a jeremiad from some eminent figure warning that digital messaging is leading to the demise of “proper English”. But those who focus on the shortcomings of texts or tweets overlook their advantages. Digital technologies have enabled a massive increase in writing, much of it for public consumption – which, lest we forget, used to be the domain of professionals, from medieval scribes to Victorian novelists to science journalists.

Disponível em: http://www.newscientist.com. Acesso em: 07 mai. 2013.

Uma nova linguagem, oriunda do mundo virtual, invade o mundo real e é usada nas mais diversas situações, chegando até mesmo ao ambiente escolar. De acordo com o texto acima, que trata do impacto dessa nova linguagem, o termo “jeremiad” remete

A às dificuldades impostas pelas mensagens digitais para quem não domina a linguagem da tecnologia.

B aos benefícios que as mensagens digitais trouxeram para a evolução da língua inglesa escrita e falada.

C às lamentações de quem acredita que as mensagens digitais estão provocando a morte do “inglês adequado”.

D aos prejuízos provocados pelas mensagens digitais so-bre o processo de aquisição da linguagem escrita.

E às limitações estabelecidas pelas mensagens digitais no processo de formação de novos escritores.

QUESTÃO 2

Disponível em: http://m.columbiatribune.com/. Acesso em: 07 mai. 2013.

Duas explosões quase simultâneas estremeceram o centro de Boston, metrópole da Costa Leste dos Estados Unidos, no momento em que centenas de pessoas assistiam à chegada de 27 mil corredores inscritos na tradicional maratona que leva o nome da cidade. Na citação contida na imagem anterior, Donald Rumsfeld

A defende a tese de que o terrorismo deve ser combatido com velocidade e precisão, sob pena de permitir que a impunidade estimule novos ataques.

B sustenta o argumento de que combater o terrorismo usando a violência gera um ciclo infindável de dor e sofri-mento para a população civil do país.

C reconhece que os Estados Unidos jamais estarão com-pletamente livres da sombra do terrorismo, representado por ataques domésticos ou externos.

D ressalta o fato de que o combate ao terrorismo nos Esta-dos Unidos é um processo lento e complicado, não exis-tindo soluções pré-fabricadas.

E postula que o combate ao terrorismo será possível ape-nas quando os Estados Unidos repensarem as diretrizes de sua política externa.

QUESTÃO 3

Disponível em: http://economictimes.indiatimes.com. Acesso em: 07 mai. 2013.

Uma carta endereçada ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com uma substância suspeita foi recebida no setor de triagem do correio da Casa Branca no dia 16 de abril. Testes preliminares mostraram que a referida carta continha um veneno letal chamado ricina. Com base no texto acima, a substância em questão

A não apresenta nenhuma propriedade terapêutica, tendo sido utilizada, ao longo do tempo, apenas como arma química.

B é apontada como responsável pela morte de um dissidente búlgaro chamado Georgi Markov assassinado em 1978.

C produz um número de vítimas fatais bem maior do que ou-tros dois agentes biológicos, a Toxina Botulínica e o Antraz.

D pode facilmente matar um ser humano adulto quando é misturado com alguns grãos do tradicional sal de cozinha.

E exige uma quantidade significativamente menor do que ou-tras armas químicas para produzir a chamada dose letal.

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LC - 2º dia | Página 4

QUESTÃO 4

Disponível em: www.adpunch.org. Acesso em: 07 mai. 2013.

A Anistia Internacional é um movimento mundial que conta com mais de três milhões de apoiadores, membros e ativistas que realizam campanhas para que os direitos humanos reconhecidos internacionalmente sejam respeitados e protegidos. Com base na imagem acima, a Anistia Internacional pretende

A denunciar os casos de abuso sexual praticados sistemati-camente contra crianças por membros da própria família.

B incentivar o leitor a refletir sobre a dimensão da violência doméstica nas perspectiva dos contos de fada infantis.

C exigir que as autoridades tomem medidas concretas para evitar que casos de violência contra a mulher se repitam.

D criticar os estereótipos sobre a mulher criados pelas histó-rias infantis na tentativa de conter a violência doméstica.

E incentivar o leitor a denunciar casos de violência contra a mulher por se tratarem de violações dos direitos humanos.

QUESTÃO 5

FREEDOM(By Paul McCartney)

This is my right, a right given by GodTo live a free life, to live in freedom

We talkin’ about freedomTalkin’ bout freedom

I will fight, for the rightTo live in freedom

Anyone, who wants to take it awayWill have to answer, cause this is my rightDisponível em: http://lyrics.songfacts.com. Acesso em: 07 mai. 2013..

Pelo quarto ano consecutivo o ex-Beatle Paul McCartney inclui o Brasil no itinerário de suas apresentações. Com base na letra acima de sua autoria, Paul

A acredita que a liberdade é um direito inalienável concedi-do a ele por Deus.

B argumenta que o exercício pleno da liberdade é a única forma de garantir a paz.

C condena quem abre mão de sua liberdade pelo receio de perder a própria vida.

D alega que a liberdade pertence somente às pessoas que decidem lutar por ela.

E ressalta que a igualdade social é um pré-requisito para assegurar a liberdade.

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 1 a 45Questões de 1 a 5 (opção espanhol)

Comida chatarra, un problema que sigue atacando a las escuelas de EE.UU.

Pese a los esfuerzos del gobierno estadounidense, se siguen vendiendo alimentos cargados de grasa y colesterol

Chicago (AP). La comida chatarra sigue abundando en las escuelas primarias de Estados Unidos a pesar de los amplios esfuerzos para frenar la obesidad infantil, de acuerdo con un nuevo estudio.

Entre 2006 y 2010, prácticamente la mitad de las escuelas públicas y privadas encuestadas vendieron bocadillos salados o dulces en máquinas expendedoras o en otros lugares, con un cambio menor durante esos cuatro años, revela el estudio.

El hallazgo fue sorprendente si se tienen en cuenta las fuertes campañas locales a favor de mejorar la dieta de los niños, dijo la investigadora Lindsey Turner, psicóloga de salud de la Universidad de Illinois, en Chicago, y principal autora del estudio.

RESULTADOS PREOCUPANTESLos resultados son preocupantes, dijo Turner, porque muestran que muchas escuelas no han hecho caso a los mensajes de los defensores de la salud, como el Instituto de Medicina, que en un reporte de 2007 exhortó a limitar la disponibilidad de esos alimentos en las escuelas fuera de las horas de comida y agregó que estos alimentos no debían ser azucarados, salados ni grasosos. Datos recientes indican que casi 20% de los niños en las escuelas primarias de Estados Unidos son obesos.

(ElComercio,pe/Gastronomía/Adaptado)

QUESTÃO 1

Segundo o texto, as comidas chatarras são A alimentos que têm alguma gordura. B alimentos mistos e industrializados. C alimentos cheios de gorduras. D todos os alimentos. E alimentos balanceados.

QUESTÃO 2Partindo do contexto, pode-se dizer que uma comida grasosa é aquela rica em

A caloria. B sais. C tempero. D gordura. E vitamina.

Texto I

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LC - 2º dia | Página 5

QUESTÃO 3

É possível inferir que o autor da charge busca A zombar das pessoas que não sabem votar. B indicar que não há político verdadeiro. C censurar a falta de objetivos dos políticos. D valorizar os políticos que costumam ser corretos. E mostrar que certos políticos enganam o povo.

QUESTÃO 4

De acordo como conteúdo apresentado na vinheta, ela A censura o abandono de animais domésticos na época de

férias. B trata as diferencias entre humanos e animais. C aborda a simples convivência de humanos e animais nas

férias de verão. D faz referência à bestialidade inerente a todo ser humano. E condena os benefícios da convivência entre os cães e os

humanos.

Texto IIPrograma Portadores de Tradición transmite identidad regional a estudiantes El Consejo Nacional de la Cultura y las Artes puso en marcha un programa piloto orientado a resguardar tradiciones significativas de nuestro patrimonio inmaterial.

Educar sobre las tradiciones y costumbres arraigadas en territorio nacional es el propósito de Programa Portadores de Tradición, iniciativa que impulsa el Consejo de la Cultura y las Artes, implementándose en 11 regiones a lo largo del país. Cultores de distintas artes representativas de Chile trabajan con niños desde quinto año básico y jóvenes de enseñanza media. El programa tiene como fin sensibilizar a los estudiantes en torno al patrimonio cultural inmaterial y las tradiciones presentes en los poblados. Por ello, se desarrolan planes independientes de formación y apropiación de las costumbres, dependiendo de las escuelas donde se imparten las clases. En su mayoría están ubicadas en zonas cercanas al lugar donde se cultiva la costumbre. El director regional del Consejo de la Cultura, Juan Eduardo King, destacó la importancia del Programa Portadores de Tradición porque hace un aporte crítico en la preservación de nuestro patrimonio cultural inmaterial de nuestra región y sus comunas. “Es alentadora la respuesta de los jóvenes ante esta propuesta, representa la esperanza de que tradiciones tan bellas como el canto popular o el de las Bordadoras de Ninhue no se pierdan en medio del proceso globalizador que deben enfrentar las ciudades y comunas de nuestro país. Lo que está en juego es la transmisión de nuestro patrimonio, la diversidad cultural y la identidad regional y nacional”, enfatizó. El Programa Portadores de Tradición pertenece a la Sección de Patrimonio Cultural del Departamento de Ciudadanía y Cultura del Consejo Nacional de la Cultura y las Artes, el cual busca la promoción de la transmisión y valorización del patrimonio cultural local y regional mediante la inserción de cultores en el sistema educacional formal.

Disponible en:<http://www.cultura.gob.cl/patrimonio/programa-portadores-de-tradicion-transmite-tradiciones-e-identidad-regional-a-esdutiantes>.[Adaptado] Acceso en: 12 ago. 2012.

QUESTÃO 5De acordo com o texto anterior, podemos dizer que ele

A relata a quase utilidade do Programa Portadores de Tradición. B apresenta o programa desenvolvido pelo Conselho Na-

cional de Cultura e Artes da Espanha. C denuncia uma experiência malsucedida do governo para

propagar as culturas regionais. D busca valorizar a decisão do Consejo de la Cultura em

apoiar uma cultura única para o povo do país. E noticia a criação do Programa Portadores de Tradición,

que tem por objetivo sensibilizar os estudantes chilenos sobre suas tradições culturais.

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LC - 2º dia | Página 6

QUESTÃO 6

Literatura e outras forma de expressão Distanciados dos problemas sociais, alguns (1) dedicaram-se a tematizar em seus poemas a própria arte. Por exemplo, descrevem com precisão obras de arte, como vasos, peças de escultura, lápides tumulares, bordados etc. Com esse procedimento, restringiram ainda mais o princípio da (2) que se transformou em “arte sobre a (3)”.

Preenchem corretamente as lacunas acima as informações contidas em

A parnasianos (1) – “sondagem do eu” (2) – obra (3) B simbolistas (1) – “arte pela arte” (2) – obra (3) C parnasianos (1) – “arte pela arte” (2) – arte (3) D realistas (1) – “análise social” (2) – vida (3) E simbolistas (1) – “sondagem do eu” (2) – arte (3)

QUESTÃO 7A expressão eutanásia tem sido usada com frequência nos meios de comunicação, em reportagens e análises sobre episódios recentes que geraram fortes polêmicas. O termo foi cunhado no século XVII por Francis Bacon (1561-1626), autor da obra Novum Organum, que o formou com dois elementos da língua grega: eu, que significa bom, e thanatos, morte. Criou-se, assim, uma designação para o ato de proporcionar ao enfermo a sua morte, em casos considerados irreversíveis.

Leia as citações a seguir, relacionadas ao problema:I. “A ninguém darei, para agradar, remédio mortal nem con-

selho que induza à perdição”. (Hipócrates)II. “A Medicina deve se ocupar dos cidadãos que são bem

constituídos de corpo e alma, deixando morrer aqueles cujo corpo é mal constituído”. (Platão)

Sobre elas, pode-se afirmar que A tanto uma como a outra justificam a eutanásia. B a primeira é mais convincente, por defender a eutanásia. C a segunda é mais convincente, por ser contrária à eutanásia.

D ambas propõem a mesma solução para um mesmo pro-blema.

E ambas refletem atitudes diferentes diante de um mesmo problema.

QUESTÃO 8

O fim do marketing

A empresa vende ao consumidor — com a web não é mais assim.

Com a internet se tornando onipresente, os quatro P’s do marketing — produto, praça, preço e promoção — não funcionam mais. O paradigma era simples e unidirecional: as empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos; fixamos preços; definimos os locais onde vendê--los; e fazemos anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma todas essas atividades.(...)

Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram “mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder. As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo. Os consumidores com frequência têm acesso a informações sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião pública” online.

(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo, Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)

Ao fazer uso do recurso expressivo conhecido como metonímia (a parte pelo todo) na passagem “consumidores sem rosto e sem poder”, o autor sugere que

A nas compras via internet, o consumidor é sempre anônimo. B no sistema de marketing tradicional, pensa-se nos consumi-

dores como massa e não como indivíduos personalizados. C a identidade e a opinião do consumidor não interessam a

nenhum comerciante, mas apenas às vendas. D o anonimato é o princípio fundamental de todo tipo de

comércio. E o poder do consumidor é proporcional ao dinheiro que possui.

QUESTÃO 9

V – O samba À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um maciço de construções, ao qual às vezes recortam no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas fustigadas pelo vento. (...) É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes com alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como praça d’armas. Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os pretos o samba com um frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se imagina esse desesperado saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-se. Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das raparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido, que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão e começou de rabanar como um peixe em seco. (...)

ALENCAR, José de. Til.

(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se.

Para adequar a linguagem ao assunto, o autor lança mão também de um léxico popular, como atestam todas as palavras listadas em

A saracoteio, brasido, rabanar, senzalas. B esperneiam, senzalas, pincham, delírio. C saracoteio, rabanar, cangote, pincham. D fazenda, rabanar, cinzas, esperneiam. E delírio, cambalhotas, cangote, fazenda.

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LC - 2º dia | Página 7

• Quadro comparativo para as questões 10 e 11.

REALISMO ROMANTISMOObjetivismo SubjetivismoDescrição e adjetivação objetivas, voltadas a captar o real como ele é

Descrição e adjetivação idealizantes, voltadas a elevar o objeto descrito

Linguagem culta e direta Linguagem culta, em estilo metafórico e poétio

Mulher não ideal izada, mostrada com defeitos e qualidades

Mulher idealizada, anjo de pureza e perfeição

Amor e outros sentimentos subordinados aos interesses sociais

Amor sublime e puro, acima de qualquer interesse

Casamento como instituição falida; contrato de interesses e conveniências

Casamento como objetivo maior de relacionamento amoroso

Herói problemático, cheio de fraquezas, manias e incertezas

Herói íntegro, de caráter irrepreensível

Narrativa lenta, acompa- nhando o tempo psicológico

Narrativa de ação e de aventura

Personagens trabalhadas psicologicamente

Personagens planas, de pensamentos e ações previsíveis

Universalismo Individualismo, culto do eu

QUESTÃO 10Estabelecendo relações entre esses dois momentos literários distintos, podemos perceber que

A tanto o Romantismo quanto o Realismo voltam-se para as classes populares.

B no Realismo, o tempo psicológico é uma exceção que se associa à quebra da linearidade da narrativa.

C as personagens planas do Romantismo são sondadas em seus conflitos interiores na perspectiva do “culto ao eu”.

D ocorrem visões distintas acerca do casamento, principal formador do núcleo familiar burguês.

E o herói íntegro do Realismo contrasta com a problemática da incerteza do herói romântico.

QUESTÃO 11Analisando o quadro comparativo, assinale o item que contém os casais que se enquadram no conceito de herói x mulher, respectivamente, do Romantismo e do Realismo.

A Bentinho x Capitu e Nassib x Gabriela B Peri x Ceci e Brás Cubas x Virgília C Riobaldo x Diadorim e Martim x Iracema D Martim x Iracema e Fernando x Aurélia E João Romão x Bertoleza e Bentinho x Capitu

QUESTÃO 12Texto I

O texto na era digital Para além do internetês, a internet está mudando a maneira como

lemos e escrevemos

Com cada vez mais usuários – o acesso à rede no Brasil aumentou 35% entre 2008 e 2009 – a internet está criando novos hábitos de comunicação entre as pessoas, que acabam se adaptando às facilidades da nova tecnologia. (...) O que já havia sido deflagrado nos anos 90 pela comunicação via e-mail, mensageiros eletrônicos e pela cultura escrita dos blogs, as redes sociais elevaram à enésima potência ao garantir interatividade e visibilidade às pessoas em torno de interesses em comum. (...) Para além dos modismos que nascem e morrem na grande rede mundial de computadores, o advento do microblog Twitter extrapolou essa esfera para cair na boca de grandes homens de letras, muitas vezes avessos a novidades tecnológicas, como o escritor José Saramago, que chegou a declarar: “Os tais 140 caracteres refletem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido”. (...) Embora não se possa afirmar, categoricamente, que a internet favoreceu o desenvolvimento de uma “cultura letrada”, com ênfase em informações profundas e relevantes, ela reforçou o peso da palavra escrita no cotidiano das pessoas. Mais do que gírias e jargões, como o famigerado “internetês”, as transformações pelas quais passam a escrita e a leitura estão por ser dimensionadas.

Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/64/artigo249031-1.asp

Texto II

Os textos I e II abordam a questão da linguagem nos meios digitais. A partir de suas leituras, infere-se que

A em ambos os textos, há evidências de que a navegação na internet limita a disseminação do saber.

B o texto I defende que as inovações tecnológicas produzi-ram uma torrente de informações tão grande que torna-ram a escrita banal e empobrecedora.

C tanto o texto I quanto o texto II revelam que o acesso à rede está interferindo na capacidade de leitura de crian-ças e adolescentes.

D o texto II apresenta marcas específicas da linguagem do Twitter que limitam a compreensão da tira em leitores que não são usuários do microblog.

E o texto I demonstra que o internetês produziu impactos na comunicação escrita, enquanto que o texto II nega esse fato.

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Texto para as questões 13 e 14.

A revista TPM nº 40 (p. 58) convidou a atriz Alinne Moraes para servir de guia aos jornalistas paulistanos “nas areias escaldantes das praias cariocas”. Como diz o texto, Alinne, “pra virar uma carioca autêntica, só falta deixar de chamar padaria de padoca”. Vejamos um dos passeios que a atriz recomenda a quem vai ao Rio de Janeiro: Mesmo sendo longe da minha casa, sempre que posso vou ao Cine Odeon, no Centro, para uma sessão de cinema. Lá, tudo é especial: a pipoca parece mais caseira, o cinema tem cara de cinema, as poltronas são fofinhas, tudo com aquele glamour que só as coisas antigas têm. Se você estiver com fome antes ou depois da sessão, aproveite que lá dentro tem uma filial do “Ateliê Culinário”, um dos meus restaurantes prediletos. Peça uma das quiches com salada. Se estiver frio, vá de chocolate quente. Coisas simples que lá são super bem feitas. Por que o Odeon é meu cinema preferido? Sabe quando a gente sente saudades do que você não viveu? É meio isso: lá eu tenho essa sensação. Gosto de coisas que me remetem ao passado. Sou um pouco assim com tudo.

QUESTÃO 13A linguagem é uma espécie de carteira de identidade, dando informações a respeito do falante. Levando isso em conta, assinale a alternativa correta.

A No trecho “pra virar uma carioca autêntica, só falta deixar de chamar padaria de padoca”, a revista não deixa implí-cito que a linguagem é um fator de identidade regional.

B O termo “glamour” aparece destacado no texto por ser uma palavra desconhecida da maioria das pessoas.

C A linguagem empregada no texto tem marcas de informa-lidade típicas da oralidade, como se nota na passagem “é meio isso”.

D O trecho “Por que o Odeon é meu cinema preferido?” não permite dizer que o texto apresenta características do diá-logo, isto é, da conversa.

E Ao sugerir que um carioca autêntico não diz “padoca”, a re-vista manifesta preconceito linguístico contra os paulistas.

QUESTÃO 14Como ocorre com qualquer texto, esse foi escrito com determinados objetivos: toda comunicação tem uma determinada função, a linguagem nunca é usada à toa. Tomando por base o que você leu, podemos concluir que

A ocorre no texto apenas a função referencial da lingua-gem: o enunciador dá informações sobre o Rio de Janeiro de forma objetiva, usando uma linguagem informal.

B há no texto apenas a função apelativa, como se percebe nos trechos “aproveite”, “peça”: a atriz quer convencer o leitor a visitar o Rio, usando uma linguagem informal para criar um efeito de aproximação com o público, como nos trechos “fofinha” e “super bem feitas”.

C a única função da linguagem presente no texto é a emo-tiva, como se nota por meio da relação emocional entre a atriz e o espaço descrito: o efeito de subjetividade está presente no uso de uma linguagem despojada, mais pró-xima do leitor, e de termos como “saudades”, “preferido”, “tenho essa sensação”.

D no texto, estão presentes as funções referencial, apelati-va e emotiva. A linguagem utilizada é predominantemente informal, de acordo com os trechos “fofinha” e “super bem feitas”. A construção “que me remetem ao passado”, con-tudo, apresenta maior formalidade.

E há no texto três funções: a referencial, a emotiva e a ape-lativa. Como se trata de um texto jornalístico, apenas a função referencial deveria ter sido explorada, para criar uma impressão de objetividade no relato. A linguagem, também, deveria ser mais formal.

QUESTÃO 15Vaso chinês

Estranho mimo, aquele vaso! Vi-oCasualmente, uma vez, de um perfumadoContador sobre o mármor luzidio,Entre um leque e o começo de um bordado.

Fino artista chinês, enamorado,Nele pusera o coração doentioEm rubras flores de um sutil lavrado,Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura –Quem o sabe? – de um velho mandarimTambém lá estava a singular figura:

Que arte, em pintá-la! A gente vendo-aSentia um não sei quê com aquele chimDe olhos cortados, à feição de amêndoa.

(OLIVEIRA, Alberto de. Poesia. Rio de Janeiro: Agir, 1959. p. 24.)

Pela leitura do poema acima e levando-se em conta o momento histórico-estético em que foi escrito, pode-se afirmar

A que se trata de um soneto metrificado de um contempo-râneo de Álvares de Azevedo.

B que se vê a influência dos naturalistas franceses pela se-leção do tema e pelo rigor formal.

C que se constitui de uma obra simbolista pela notória fuga de temática associada ao mundo exterior.

D que a visão de mundo parnasiano-simbolista está asso-ciada ao real concreto como se vê no título do poema.

E que o rigor formal e o esteticismo são as marcas registra-das da escola na qual o soneto se insere.

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QUESTÃO 16

Ata Acredito que o mau tempo haja concorrido para que os sabadoyleanos* hoje não estivessem na casa de José Mindlin, em São Paulo, gozando das delícias do cuscuz paulista aqui amavelmente prometido. Depois do almoço, visita aos livros dialogantes, na expressão de Drummond, não sabemos se no rigoroso sistema de vigilância de Plínio Doyle, mas de qualquer forma com as gentilezas das reuniões cariocas. Para o amigo de São Paulo as saudações afetuosas dos ausentespresentes, que neste instante todos nos voltamos para o seu palácio, aquele que se iria desvestir dos ares aristocráticos para receber camaradescamente os descamisados da Rua Barão de Jaguaribe. Guarde, amigo Mindlin, para breve o cuscuz da tradição bandeirante, que hoje nos conformamos com os biscoitos à la Plínio Doyle.

Rio, 20-11-1976.

Signatários: Carlos Drummond de Andrade, Gilberto de Mendonça Teles, Plínio Doyle e outros.

Cartas da biblioteca Guita e José Mindlin. Adaptado.

* “sabadoyleanos”: frequentadores do sabadoyle, nome dado ao encontro de intelectuais, especialmente escritores, realizado habitualmente aos sábados, na casa do bibliófilo Plínio Doyle, situada no Rio de Janeiro.

As expressões “ares aristocráticos” e “descamisados” relacionam-se, respectivamente,

A aos “sabadoyleanos” e a Plínio Doyle. B a José Mindlin e a seus amigos cariocas. C a “gentilezas” e a “camaradescamente”. D aos signatários do documento e aos amigos de São Paulo. E a “reuniões cariocas” e a “tradição bandeirante”.

QUESTÃO 17

O segundo exemplo é de conhecimento de muitos: uma peça publicitária que, para enaltecer as qualidades de um carro, compara dois atores, um considerado um grande ator e o outro, um ator grande. Nesse comercial, é um brasileiro que se presta a ocupar o lugar de ator grande (com atuação considerada muito ruim em sua profissão). Foi dessa maneira que ele saiu do ostracismo e voltou a ser “famoso”. Muitos jovens enalteceram a coragem do moço, sua beleza e o dinheiro que ele ganhou para fazer parte dessa campanha. (...)

(SAYÃO, Rosely. Folha de São Paulo, 13/09/2011)

No excerto acima, ao fazer um jogo de palavras com “ator grande” e “grande ator”, a autora produz diferentes efeitos de sentido. A alteração da ordem das palavras só não produz mudanças de sentido em

A pobre homem. B estrela esportista. C poesia simples. D novo modelo. E homem algum.

QUESTÃO 18

O que as câmeras ainda não mostram

Os bisbilhoteiros virtuais se refestelaram na semana passada, quando chegou ao Brasil o Google Street View, serviço que coloca na tela do computador fotos em 360 graus das ruas de, por enquanto, 51 municípios brasileiros. Em sua maioria, as primeiras pesquisas feitas por brasileiros se concentraram na busca do próprio endereço, da sede do trabalho, da casa da namorada. Passada essa primeira onda de voyeurismo, comum em todos os países que já contam com o serviço, começam a aparecer outras utilidades. Num futuro não muito distante, o internauta brasileiro vai poder planejar suas férias, adquirir um imóvel ou visitar um museu por meio da ferramenta. Muitos varejistas se animaram com a possibilidade de ter seus estabelecimentos fotografados pelas poderosas câmeras do produto. Seria a chance de, num primeiro momento, o cliente fazer um passeio virtual para depois fechar uma compra real e feita de forma presencial. Bem mais acessível aos lojistas, pelo menos por enquanto, é a oferta de espaços publicitários nas ruas flagradas pelo Google. A empresa aposta tanto nisso que patenteou um sistema que automaticamente apaga as mensagens publicitárias estampadas em outdoors e cartazes. No lugar delas seriam colocados anúncios pagos. “As empresas americanas ainda não adotaram essa estratégia. Não tem nada de anúncio ali”, diz Pedro Sorrentino, professor da São Paulo Digital School e autor do vídeo “Obama Digital”. Em muitas áreas, o Street View ainda é uma ferramenta em busca de uma utilidade.

(IstoÉ, edição 2135, 08/10/2010)

Com base na leitura do texto acima, podemos depreender que o principal objetivo de seu autor é:

A noticiar objetiva e imparcialmente um fato: a implantação de um serviço da web, inédito no Brasil.

B analisar, do ponto de vista de diferentes grupos, o impac-to produzido pela implantação do Google View no Brasil e no mundo.

C persuadir os internautas a usarem a ferramenta e os em-presários a explorarem o potencial comercial do produto.

D expor, tecnicamente, o conteúdo de uma ferramenta da Internet e revelar um julgamento a respeito dela.

E tratar de fatos do cotidiano (a implantação de um novo serviço da web) de forma bem-humorada.

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QUESTÃO 19Caçadas a Pedrinho

Talvez seja até um bom sinal, em país acostumado a dizer que “tudo termina em pizza”, a circunstância de que tanta coisa, agora, alcance o Supremo Tribunal Federal. Constitui evidente exagero, todavia, que a polêmica sobre o livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, necessite da intervenção do STF para ser dirimida. Parece faltar equilíbrio em muitas dessas manifes-tações. Em primeiro lugar, não se trata propriamente de “censura” ao clássico infantil. Caçadas de Pedrinho continua a circular livremente. Para alguns setores do movimento negro, o recurso a notas explicativas não é suficiente. Com parcela de razão, argumentam que nem sempre os professores da rede pública estão preparados para desenvolver esclarecimentos satisfatórios sobre o assunto. A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória que tantas vezes acompanha o espírito politicamente correto. Julga-se eliminar o racismo recalcando, e não dissecando, suas manifestações. Há algo de ridículo nessa insistência, e não há conciliação possível quando uma das partes está mais interessada em manter a discussão para além do que seu âmbito, restrito e pontual, permite.

(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/66111-cacadas-a-pedrinho.shtml. Adaptado)

Na passagem “A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória...”, a palavra em destaque deve ser compreendida como equivalente a

A tentação. B ansiedade. C abnegação. D indecisão. E morosidade.

QUESTÃO 20As ideias científico-filosóficas

Ao lado da fermentação político-social, verifica-se na Europa, na segunda metade do século XIX, uma verdadeira onda de cientificismo e materialismo, que alguns chegam a identificar como uma continuidade ou uma segunda etapa do Iluminismo do século XVIII. Entre as mais importantes correntes da época, destacam-se as seguintes.• Positivismo: criado por Augusto Comte, parte do princípio

de que o único conhecimento válido é o conhecimento positivo, isto é, oriundo das ciências. É uma filosofia empírica, que se baseia na observação do mundo físico e, por isso, rejeita a metafísica. Acredita na capacidade do homem de amar e ser solidário socialmente.

• Determinismo: criado por Hippolyte Taine, parte do princípio de que o comportamento humano é determinado por três aspectos básicos: o meio, a raça e o momento histórico.

• Darwinismo: dando continuidade, sob outro enfoque, à teoria

do evolucionismo, de Lamarck, Charles Darwin, em sua obra Origem das espécies (1859), apresenta a teoria da seleção natural, segundo a qual a natureza ou o meio selecionam, entre os seres vivos, as variações que estão mais aptas a sobreviver e perpetuar-se. Assim, os mais fortes sobrevivem e procriam, enquanto os mais fracos são eliminados.

As ideias apresentadas fomentaram A o Parnasianismo e o Naturalismo pela visão objetiva

acerca do fazer estético. B o Realismo e o Naturalismo pela concepção materialista

do binômio homem x sociedade. C o Naturalismo e o Simbolismo pela ideia de crítica às ins-

tituições burguesas. D o Realismo e o Naturalismo pela combinação de procedi-

mentos que retiram a verossimilhança dos enredos. E o Parnasianismo e o Simbolismo pela visão simplista do

homem em relação a si mesmo e ao passado mitológico.

QUESTÃO 21“Canção da Camisa”, da Idade Média

Sempre teceremos panos de sedaE nem por isso vestiremos melhor,Seremos sempre pobres e nuasE teremos sempre fome e sede;Nunca seremos capazes de ganhar tantoQue possamos ter melhor comida.Sem mudança teremos pãoDe manhã, pouco, à noite menos;Pois da obra de nossas mãosNenhuma de nós terá para se manterMais que quatro dinheiros de libra,E com isso não poderemosTer bastante carne e panos;Pois quem ganha por semanaVinte soldos não está livre de sofrer…E estamos em grande miséria,Mas, com os nossos salários, /enriqueceAquele para quem trabalhamos…

Essa canção do século XII revela A que o benefício produzido pelo trabalho era socialmente

distribuído. B a inconsciência das camadas inferiores urbanas. C que apenas as mulheres eram exploradas pelo trabalho. D a consciência de que o trabalho se tornara uma opressão. E a inexistência de exploração no trabalho urbano.

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QUESTÃO 22

Texto I O livro de língua portuguesa Por uma Vida Melhor, adotado pelo Ministério da Educação (MEC), contém alguns erros gramaticais. “Nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe” são dois exemplos de erros. Na avaliação dos autores do livro, o uso da língua popular, ainda que contendo erros, é válido. Os escritores também ressaltam que, caso deixem a norma culta, os alunos podem sofrer “preconceito linguístico”. A autora, Heloisa Ramos, justifica o conteúdo da obra. “O importante é chamar a atenção para o fato de que a ideia de correto e incorreto no uso da língua deve ser substituída pela ideia de uso da língua adequado e inadequado, dependendo da situação comunicativa.”

(www.opiniaoenoticia.com.br. Adaptado.)

Texto II

Uma frase retirada da obra Por uma vida melhor, cuja responsabilidade pedagógica é da Ação Educativa, vem gerando enorme repercussão na mídia. O trecho que gerou tantas polêmicas faz parte do capítulo “Escrever é diferente de falar”. No tópico denominado “concordância entre palavras”, os autores discutem a existência de variedades do português falado que admitem que substantivo e adjetivo não sejam flexionados para concordar com um artigo no plural. Na mesma página, os autores completam a explanação: “na norma culta, o verbo concorda, ao mesmo tempo, em número (singular – plural) e em pessoa (1ª – 2ª – 3ª) com o ser envolvido na ação que ele indica”. Afirmam também: “a norma culta existe tanto na linguagem escrita como na oral, ou seja, quando escrevemos um bilhete a um amigo, podemos ser informais, porém, quando escrevemos um requerimento, por exemplo, devemos ser formais, utilizando a norma culta”. Pode-se constatar, portanto, que os autores não estão se furtando a ensinar a norma culta, apenas indicam que existem outras variedades diferentes dessa.

Fonte: http://www.fae.ufmg.br/pagina.php?page=esclarecimentos em 22/4/13.

A partir das leituras dos dois textos, podemos inferir que A os dois textos apresentam preocupação com a prática do

preconceito linguístico sobre pessoas que se expressam fora dos padrões cultos da língua portuguesa.

B os dois textos defendem ser possível expressar ideias fi-losóficas tanto em linguagem popular quanto seguindo os padrões da norma culta.

C de acordo com o texto I, não existem critérios que pos-sam definir graus de superioridade ou inferioridade entre linguagem popular e norma culta.

D o texto 2 sugere que a norma culta é instrumento de do-minação das elites burguesas sobre as classes popula-res, portanto deve ser banida do ensino.

E de acordo com o texto II, o aluno deve reconhecer que a língua portuguesa é bastante plural e seu uso varia de acordo com os interlocutores e com o contexto em que se dá a comunicação.

QUESTÃO 23Considerando que, na passagem a seguir, os sons das palavras se correlacionam ao sentido que estas traduzem no contexto, avalie as seguintes afirmações, quanto ao segmento destacado.

“SENTIA AINDA ZUMBIR O VENTO NOS OUVIDOS, QUANDO, EM DESAPODERADA CARREIRA, o castanho perseguia, através dos campos em flor, as novilhas lisas ou os fuscos barbatões, que espirravam dos magotes;”

A Os fonemas nasais em alternância sugerem o barulho dos cascos do cavalo no pasto.

B A insistência nos fonemas sibilantes conjugada à nasali-dade das vogais não evoca o barulho do vento.

C O ritmo da corrida do cavalo é sugerido em “desapode-rada” por sons oclusivos e alternância de vogais abertas/fechadas.

D A palavra “sentia” é fonologicamente motivada, uma vez que seu significado se correlaciona à pronúncia de seus fonemas.

E Não há ocorrência de nenhum recurso sinestésico no texto.

QUESTÃO 24

O herói problemático e a modernidade

É a partir do Realismo que começa a ter maior presença na literatura a figura do herói problemático. Diferentemente do herói romanesco – aquele dotado de ousadia, integridade e coerência em grau muito maior que a média das pessoas –, o herói problemático é o ser humano na sua pequenez, com fraquezas, manias e incertezas, em um mundo no qual se sente sem lugar. Na modernidade, é o tipo de herói que passou a predominar na literatura, no cinema e no teatro. Filmes como Desejo e reparação (2007), de Joe Wrigh, Medos privados em lugares públicos (2006), de Alain Resnais, O cheiro do ralo (2007), de Heitor Dhalia, Meu nome não é Johnny (2008), de Mauro Lima, e Tropa de elite (2007), de José Padilha, apresentam heróis problemáticos. Em Tropa de elite, o Capitão Nascimento, integrante do Bope, é uma espécie de herói na luta contra o crime e da corrupção na própria polícia, mas sente-se em conflito e infeliz com a profissão.Acerca desse herói problemático, podemos concluir que

A representa uma busca de aproximação entre arte e reali-dade à medida que a idealização lhe confere força.

B tipifica o ideal burguês que até hoje se faz notar em dife-rentes formas de arte.

C caracteriza a aproximação entre a prosa e a poesia que cada vez mais unifica-se na representação do real cotidiano.

D configura a conjugação entre a arte e a vida cujas frontei-ras estão cada vez mais tênues.

E Desmistifica o ideal modernista de verossimilhança pela incompatibilidade entre o personagem e a vida.

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QUESTÃO 25

Texto I

(...) No lampejo de seus grandes olhos pardos brilhavam irradiações da inteligência. (...) O princípio vital da mulher abandonava seu foco natural, o coração, para concentrar-se no cérebro, onde residem as faculdades especulativas do homem. (...) Era realmente para causar pasmo aos estranhos e susto a um tutor, a perspicácia com que essa moça de dezoito anos apreciava as questões mais complicadas; o perfeito conhecimento que mostrava dos negócios, a facilidade com que fazia, muitas vezes de memória, qualquer operação aritmética por muito difícil e intrincada que fosse.Não havia porém em Aurélia nem sombra do ridículo pedantismo de certas moças, que tendo colhido em leituras superficiais algumas noções vagas, se metem a tagarelar de tudo.

(ALENCAR, José de. Senhora. SP: Editora Ática, 1980.)

Texto II Aquela pobre flor de cortiço, escapando à estupidez do meio em que desabotoou, tinha de ser fatalmente vítima da própria inteligência. À míngua de educação, seu espírito trabalhou à revelia, e atraiçoou-a, obrigando-a a tirar da substância caprichosa da sua fantasia de moça ignorante e viva a explicação de tudo que lhe não ensinaram a ver e sentir. (...) Pombinha, só com três meses de cama franca, fizera-se tão perita no ofício como a outra; a sua infeliz inteligência nascida e criada no modesto lodo da estalagem, medrou admiravelmente na lama forte dos vícios de largo fôlego; fez maravilhas na arte; parecia adivinhar todos os segredos daquela vida; seus lábios não tocavam em ninguém sem tirar sangue; sabia beber, gota a gota, pela boca do homem mais avarento, todo dinheiro que a vítima pudesse dar de si.

(AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. SP: Editora Ática, 1997.)

Os textos I e II, apesar de pertencerem a movimentos literários diferentes, assemelham-se ao pôr em destaque

A a miséria em que a jovem se encontra. B a juventude da personagem. C a ambição da jovem. D o caráter caprichoso e audacioso da moça. E a sagacidade da personagem descrita.

QUESTÃO 26

( , 01/04/1990)Jornal do Brasil

O que motivou o apito do juiz foi A a grafia do verbo na construção do discurso do locutor e

do interlocutor. B o uso, de acordo com a norma culta, do pronome “o “ ao

invés do pronome “lhe”. C a opção pelo pronome pessoal oblíquo “o” em vez de “a”. D a obrigatoriedade da mesóclise nessa construção linguística. E a transgressão às regras de acentuação relacionadas ao

pronome.

QUESTÃO 27

Do chuchu ao xixi A concessionária Orla Rio subiu em 50%, de R$ 1 para R$ 1,50, o uso do banheiro público e de 60 para 65 anos o privilégio da gratuidade. A idade foi elevada com base em lei estadual de 2002, um ano antes de o Estatuto do Idoso (2003) favorecer pessoas “com idade igual ou superior a 60 anos”. Se o mal está feito, os economistas devem agora se preocupar com o choque do preço do uso do banheiro público na meta da inflação. Em 1977, rimos quando a ditadura culpou o chuchu. Não seria o caso de rir, na democracia, do impacto do xixi no custo de vida?

(CartaCapital, 27.06.2012.)

A relação de sentido entre “ditadura” e “democracia”, estabelecida no último parágrafo do texto, também ocorre na seguinte passagem, extraída do jornal Folha de S. Paulo, de 11.09.2012.

A Alguns fatos empolgavam o país até outro dia. A volta do crescimento econômico, a descoberta do pré-sal, o des-vencilhamento dos credores estrangeiros e a criação dos Brics animaram o espírito nacional.

B Levantamento feito por esta Folha em todos os Estados do país mostrou que a Lei da Ficha Limpa barrou, até agora, 317 candidatos entre os 15.551 que disputam as prefeituras brasileiras.

C “O dinheiro perdeu sua qualidade narrativa, tal como acon-teceu com a pintura antes. O dinheiro agora fala sozinho.”

D A evasão nas graduações em engenharia, assinalam os professores, é alta demais. Só um quinto a um quarto dos ingressantes termina por formar-se – segundo os auto-res, porque lhes faltam noções básicas de matemática, que deveriam adquirir no ensino médio.

E “Até nas flores se encontra a diferença da sorte: umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte.” Esse poema se aprendia nas escolas do passado. Hoje, a diferença da sorte atinge até mesmo os partidos políticos, que podem ser resumidos em situação e oposição.

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QUESTÃO 28 As mulheres são metidas num trabalho inteiramente maquinal, no qual só se lhes pede rapidez. Quando digo maquinal, nem imagine que seja possível sonhar com outra coisa enquanto se trabalha, e muito menos refletir. Não. O trágico dessa situação é que o trabalho é maquinal demais para fornecer assunto ao pensamento e, além disso, impede qualquer outro pensamento. Pensar é ir menos depressa; ora, há normas de rapidez estabelecidas por burocratas sem piedade e que é preciso cumprir, para não ser despedido. (…)

II — O mistério da fabricação

É claro, o operário ignora o uso de cada peça: 1) a maneira como se ajusta às outras; 2) a sucessão das operações por que passa; 3) o uso final do conjunto.

Mas tem mais: a relação de causas e efeitos no interior do próprio trabalho não é apreendida.

Não há nada de menos instrutivo que uma máquina (…).(Trechos de Simone Weil, A condição operária e outros estudos sobre a opressão.

Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1979. p. 68 e 96.)

Esses excertos descrevem as condições de trabalho em uma fábrica no início do século XX. Indique o elemento que faz parte do processo de trabalho fabril, conforme descrito pela autora:

A Sem o pensamento criativo não há desenvolvimento da indústria.

B O desconhecimento da técnica pelos trabalhadores é um obstáculo para a produção fabril.

C A crescente ignorância do trabalhador dificulta a meca-nização.

D A maior produtividade resulta no desenvolvimento de no-vas técnicas.

E A crescente mecanização aumenta a ignorância do tra-balhador.

QUESTÃO 29As variedades linguísticas brasileiras são diversas à medida da extensão territorial do País. Considere o texto seguinte, que apresenta uma dessas variedades.

— Vancê já sabe, nha Lainha, que eu ‘tou na mente de lhe pedir; alguém já lhe havéra de ter contado. Ela avermelhou toda: — É: eu sube mesmo. — Agora vancê me diga, p’r o seu mesmo dizer, si d’aqui por diante eu fico no direito de falar p’r’o seu véio no negócio, e também si já não é tempo de ir comprando a roupinha, a louça, a trastaria dûa casa. — Isso ‘ta no seu querer. — Mas vancê casa antão comigo de tuda a sua vontade, não tem nem um no pensamento? — Não tenho, nho Vicente. Eu não incubro a ideia

de casar c’o Réimundo, e ele também queria casar comigo. Agora, dêsque ele faltou c’a promessa, eu não tenho prisão por ninguém.

(SILVEIRA, Valdomiro. Constância. In: Os caboclos: conto. Rio de Janeiro; Brasília: Civilização Brasileira; INL, 1975. Adaptado.)

Como pudemos notar, há, no texto, a tentativa de representação da língua cabocla. Assinale a alternativa em que estão apresentadas três palavras típicas dessa variedade linguística, seguidas de sua grafia correta, conforme a norma culta, nos parênteses.

A vancê (cê), si (si), dêsque (desde que). B véio (velho), dûa (de uma), c’o (com o). C nha (mocinha), louça (loiça), nem um (nem um). D ‘tou (esto), antão (então), ninguém (ninguém). E sube (subi), trastaria (trasteria), incubro (incubro).

Texto para as questões 30 e 31. Meses depois fui para o seminário de S. José. Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na manhã, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, uma ou outra vez, para compensar este escrúpulo de exatidão que me aflige.

(ASSIS, Machado de. Dom Casmuro)

QUESTÃO 30Considerando-se o contexto desse romance de Machado de Assis, pode-se afirmar corretamente que, no trecho acima, ao comentar o próprio estilo, o narrador procura

A afiançar a credibilidade do ponto de vista que lhe interes-sa sustentar.

B provocar o leitor, ao declará-lo incapaz de compreender o enredo do livro.

C demonstrar que os assuntos do livro são mero pretexto para a prática da metalinguagem.

D revelar sua adesão aos padrões literários estabelecidos pelo Romantismo.

E conferir autoridade à narrativa, ao basear sua argumenta-ção na História Sagrada.

QUESTÃO 31O “escrúpulo de exatidão” que, no trecho, o narrador contrapõe à exageração ocorre também na frase:

A No momento em que nos contaram a anedota, quase es-touramos de tanto rir.

B Dia a dia, mês a mês, ano a ano, até o fim dos tempos, não tirarei os olhos de ti.

C Como se sabe, o capitão os alertou milhares de vezes sobre os perigos do lugar.

D Conforme se vê nos registros, faltou às aulas trinta e nove vezes durante o curso.

E Com toda a certeza, os belíssimos presentes lhe custa-ram os olhos da cara.

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Texto para as questões 32 e 33.GOLS DE COCURUTO

O melhor momento do futebol para um tático é o minuto de silêncio. É quando os times ficam perfilados, cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que lhes foi designado no esquema – e parados. Então o tático pode olhar o campo como se fosse um quadro negro e pensar no futebol como alguma coisa lógica e diagramável. Mas aí começa o jogo e tudo desanda. Os jogadores se movimentam e o futebol passa a ser regido pelo imponderável, esse inimigo mortal de qualquer estrategista. O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas cruelmente traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo. Tático exemplar, planejava todo o jogo numa mesa de botão. Da entrada em campo até a troca de camisetas, incluindo o minuto de silêncio. Foi um técnico de sucesso mas nunca conseguiu uma reputação no campo à altura de sua reputação no vestiário. Falava um jogo e o time jogava outro. O problema do Tim, diziam todos, era que seus botões eram mais inteligentes do que seus jogadores.

(L. F. Veríssimo. O Estado de São Paulo, 23/08/93)

QUESTÃO 32A tese que o autor defende é a de que, em futebol,

A o planejamento tático está sujeito à interferência do acaso. B a lógica rege as jogadas. C a inteligência dos jogadores é que decide o jogo. D os momentos iniciais decidem como será o jogo. E a dinâmica do jogo depende do planejamento que o téc-

nico faz.

QUESTÃO 33No texto, a comparação do campo com um quadro negro aponta

A o pessimismo do tático em relação ao futuro do jogo. B um recurso utilizado no vestiário. C a visão de jogo como movimento contínuo. D o recurso didático preferido pelo técnico Tim. E um meio de pensar o jogo como algo previsível.

QUESTÃO 34

A morte do lápis e da caneta

Boa notícia para as crianças americanas. Vai ficando optativo, nos Estados Unidos, escrever em letra de mão. Um dos últimos a se renderem aos novos tempos é o Estado de Indiana, que aposentou os cadernos de caligrafia agora em julho. O argumento é que ninguém precisa mais disso: as crianças fazem tudo no computador e basta ensinar-lhes um pouco de digitação. Depois do fim do papel, o fim do lápis e da caneta! Tem lógica, mas acho demais. Sou o primeiro a reclamar das inutilidades impostas aos alunos durante toda a vida escolar, mas o fim da escrita cursiva me deixa horrorizado. A máquina de calcular não eliminou a necessidade de se aprender, ao menos, a tabuada; não aceito que o teclado termine com a letra de mão. A questão vai além do seu

aspecto meramente prático. A letra de uma pessoa é como o seu rosto. Como todo mundo, gosto de ver como é a cara de um escritor, de um político, de qualquer personalidade com quem estou travando contato – e logo os e-mails virão com o retrato do remetente, como já acontece no Facebook.

(COELHO, Marcelo. Folha de São Paulo, 20/07/2011)

Nesse artigo, o autor se propõe a contradizer a tese de que escrita cursiva

A represente um traço de identidade dos indivíduos. B seja obsoleta num mundo imerso na cultura digital. C constitua importante ferramenta pedagógica que estimula

o raciocínio. D ainda apresente alguma utilidade no mundo moderno,

imerso na tecnologia. E continue a ser ensinada nas escolas porque os cadernos

foram substituídos pelo computador.

QUESTÃO 35Ah, Scarlett, mulher sinestesia, seu nome tem o som da cor dos seus lábios: Scarlett, scarlet, escarlate.

(Álvaro Pereira Júnior, em referência à atriz Scarlett Johansson. Folha de São Paulo, 17/09/2011)

O que melhor explica o aposto “mulher sinestesia” atribuído à atriz é o(a)

A jogo de palavras com apelo sonoro ao final do período. B enumeração ascendente que intensifica a ideia relaciona-

da à cor vermelha. C junção de planos sensoriais diferentes numa só impressão. D modo exagerado e dramático como o autor se refere à

beleza da atriz. E personificação dos lábios da mulher, atribuindo-lhe vida

própria.

QUESTÃO 36Há anos, quando se anunciou que haveria um “Rock in Rio 2”, jovens começaram a circular pela cidade usando camisetas com o símbolo do “Rock in Rio 1” e uma frase dizendo: “I was”. Ou seja: “Eu era”. Perguntei-me: por que “Eu era”? No começo, escapou-me a relação entre a imagem e a inscrição. Claro que, depois de árduo exercício intelectual, deduzi que a camiseta queria dizer “Eu fui” ou “Eu estava lá” (no “Rock in Rio 1”), caso em que o correto em inglês seria “I went” ou “I was there”. (...) E viva o verbo tó bé.

(CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo, 03/09/2011)

A afirmativa que melhor resume a ideia central do autor no artigo é

A o uso abusivo de estrangeirismos deve ser combatido porque favorece a decadência da língua portuguesa.

B os empréstimos linguísticos representam um fenômeno legítimo e enriquecedor da dinâmica do português.

C a incorporação de neologismos e anglicismos torna o uso da língua criativo e versátil.

D os anglicismos estão longe de ser inofensivos, pois po-dem prejudicar o nosso próprio idioma.

E estrangeirismos, usados como manifestações de status, po-dem representar uma armadilha para quem não os domina.

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QUESTÃO 37Leia os versos de Cecília Meireles, extraídos do poema Epigrama nº 8.

Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente onda.Sabendo bem que eras nuvem, depus a minha vida em ti.Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino frágil,fiquei sem poder chorar, quando caí.

O eu lírico reconhece que a pessoa em quem depôs sua vida representava

A uma relação incerta, por isso os desenganos vividos se-riam inevitáveis.

B um sentimento intenso, por isso tinha certeza de que não sofreria.

C um caso de amor passageiro, por isso se sentia enganado. D uma angústia inevitável, por isso seria melhor aquele amor. E uma opção equivocada, por isso sempre teve medo de amar.

QUESTÃO 38Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da

Silva Moraes, poeta e cidadão

A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas.Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva.De repente não tinha pai.No escuro de minha casa em Los Angeles procurei recompor [tua lembrançaDepois de tanta ausência. Fragmentos da infânciaBoiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu meninoCorrendo ao teu encontro. Na ilha noturnaTinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarinetaDe Augusto geralmente procrastinava a tarde.Era belo esperar-te, cidadão. O bondinhoRangia nos trilhos a muitas praias de distância...Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curvaSe acendia de luzes semoventes*, ah, corríamosCorríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antesMas ser marraio** em teus braços, sentir por últimoOs doces espinhos da tua barba.Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e [paciênciaTeu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçuraDe quem se deixou ser. Teus ombros possantesSe curvavam como ao peso da enorme poesiaQue não realizaste. O barbante cortava teus dedosPesados de mil embrulhos: carne, pão, utensíliosPara o cotidiano (e frequentemente o binóculoQue vivias comprando e com que te deixavas horas inteirasMirando o mar). Dize-me, meu paiQue viste tantos anos através do teu óculo de alcanceQue nunca revelaste a ninguém?Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o atleta

[exausto no último lance da maratona.

Te grimpávamos. Eras penca de filho. JamaisUma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casahumildeA um gesto do mar. A noite se fechavaSobre o grupo familial como uma grande porta espessa.Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando

[o marCom mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feiosBuscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveisIlhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportarE trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantesDo teu amor. Sim, foste descobridor, e entre elesDos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandanteComandar, batido de ventos, perdido na fosforênciaDe vastos e noturnos oceanosSem jamais.Deste-nos pobreza e amor. A mim me desteA suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de amarEm silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amorEm silêncio. Foste um no lado esquerdo. MasTeu amor inventou. Financiaste uma lanchaMovida a água: foi reta para o fundo. Partiste um diaPara um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se —Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas

[águas-marinhas.(MORAES, Vinicius de. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974,

p. 180-181.)

(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si próprio.”(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a quem primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.”(***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma ciên-cia, experiente, versado, mestre.”

(Dicionário Eletrônico Houaiss)

“Quando a curva / Se acendia de luzes semoventes [...]”

Esta imagem significa, nos versos em que surge, A o mar ao longe refletia as luzes da cidade. B o bonde se aproximava todo iluminado. C a lua despontava no horizonte, trêmula e brilhante. D as luzes dos postes se acendiam, ao anoitecer. E a curvatura do céu todo estrelado aparecia à noite.

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QUESTÃO 39

A última romântica Cigarros, isqueiros, copos com drinques coloridos, garrafas vazias – de vodca, do licor de coco Malibu... Às flores, velas, retratos e mensagens de praxe os fãs acrescentaram em frente à casa de Amy Winehouse esses objetos que dão prazer, podem viciar e fazem mal à saúde. Para além da homenagem, era uma forma de participar do universo de excessos da cantora. Como suas antecessoras, Amy leva ao extremo o éthos romântico – do artista que vive em conflito permanente e se rebela contra o curso prosaico e besta do mundo. Na sua figura atormentada e em constante desajuste, o autoflagelo quase sempre se confunde com o ódio às coisas que funcionam. Numa cultura inteiramente colonizada pelo dinheiro e que convida à idolatria, fazer sucesso parecia uma espécie de vexame e de vileza, o supremo fiasco existencial, contra o qual era preciso se resguardar. Nisso Amy evoca os gênios do romantismo tardio – Lautréamont, Rimbaud e outros poetas do inferno humano, que tinham plena consciência da vergonha de dar certo.

(SILVA, Fernando de Barros e. Folha de São Paulo, 26/07/2011)

A relação entre o título e as ideias expostas nesse artigo evidenciam que o autor

A pretende mobilizar os jovens de maneira que eles pas-sem a incorporar hábitos saudáveis em seu cotidiano.

B considera que a cantora Amy Winehouse encarnava uma personagem exótica apenas para conquistar a fama.

C propõe que a morte de Amy Winehouse deva servir de aler-ta às celebridades que adotam estilo de vida destrutivo.

D tenciona estimular a criação de campanhas que comba-tam o tabagismo, o alcoolismo e o uso de entorpecentes.

E constata que as atitudes autodestrutivas não são exclusi-vas de artistas do mundo contemporâneo.

QUESTÃO 40 Ora, aí está justamente e epígrafe do livro, se eu lhe quisesse pôr alguma, e não me ocorresse outra. Não é somente um meio de completar as pessoas da narração com as ideias que deixarem, mas ainda um par de lunetas para que o leitor do livro penetre o que for menos claro ou totalmente escuro. Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da minha história colaborando nela, ajudando o autor, por uma lei de solidariedade, espécie de troca de serviços, entre o enxadrista e os seus trebelhos(*). Se aceitas a comparação, distinguirás o rei e a dama, o bispo e o cavalo, sem que o cavalo possa fazer de torre, nem a torre de peão. Há ainda a diferença da cor, branca e preta, mas esta não tira o poder da marcha de cada peça, e afinal umas e outras podem ganhar a partida, e assim vai o mundo. (ASSIS, Machado de, Esaú e Jacó)

(*) Trebelhos: peças do jogo de xadrez.

A intervenção direta do narrador no texto cumpre a função de A distanciar o leitor da articulação da história, evitando iden-

tificação emocional com as personagens. B despertar a atenção do leitor para a estrutura da obra,

convidando-o a participar da organização da narrativa. C levar o leitor a refletir sobre as narrativas tradicionais cuja

sequência lógico-temporal é complexa. D sintetizar a sequência dos episódios, para explicar a tra-

ma da narração. E confundir o leitor, provocando incompreensão da sequên-

cia narrativa.

QUESTÃO 41

Fonte: http://tinyurl.com/ltv2lny

Analisando os efeitos de sentido decorrentes da associação entre a imagem e a frase “Amor eterno a partir de R$ 1,00”, podemos reconhecer que a finalidade de seu criador é

A criticar as pessoas da terceira idade que se envolvem amorosamente com outras bem mais jovens.

B discutir a respeito da futilidade dos cerimoniais de casa-mento e do valor exorbitante de que se necessita para financiá-los.

C destacar um paralelismo explícito entre o desnível de be-leza e idade dos parceiros e dos valores do bilhete e do prêmio.

D associar o preconceito que norteia as opiniões sobre al-guns relacionamentos amorosos ao preço ínfimo do bi-lhete de loteria e à possibilidade de se ganhar um grande prêmio financeiro.

E desconstruir a ideia de que os relacionamentos amorosos possam esconder outros interesses de ordem material.

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QUESTÃO 42

Filosofia de Epitáfios

Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos. (ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas)

O processo de transposição de uma palavra de uma classe gramatical para outra é conhecido pelo nome de derivação imprópria. É correto afirmar que, no texto, esse processo ocorre no emprego do vocábulo

A epitáfios. B mortos. C tristeza. D podridão. E inconsolável.

• Leia uma reportagem de Antônio Gois publicada em 03.02.2012 pelo jornal Folha de S. Paulo.

Laptop de aluno de escola pública tem problemas

Estudo feito pela UFRJ para o governo federal mostra que o programa UCA (Um Computador por Aluno), implementado em 2010 em seis municípios, esbarrou em problemas de coordenação, capacitação de professores e adequação de infraestrutura. O programa piloto do MEC forneceu 150 mil laptops de baixo custo a professores e alunos de cerca de 300 escolas públicas. Às cidades foram prometidas infraestrutura para acesso à internet e capacitação de gestores e professores. Uma das conclusões do estudo foi que a infraestrutura de rede foi inadequada. Em cinco cidades, os avaliadores identificaram que os sinais de internet eram fracos e instáveis tanto nas escolas quanto nas casas e locais públicos. A pesquisa mostra que os professores se mostravam entusiasmados no início, mas, um ano depois, 70% relataram não ter contado com apoio para resolver problemas técnicos e 42% disseram usar raramente ou nunca os laptops em tarefas pedagógicas. Em algumas cidades, os equipamentos que davam defeito ficaram guardados por falta de técnicos que soubessem consertá-los. Além disso, um quinto dos docentes ainda não havia recebido capacitação, e as escolas não tinham incorporado o programa em seus projetos pedagógicos. Um dos pontos positivos foi que os alunos passaram a ter mais domínio de informática. O programa foi mais eficiente quando as escolas permitiram levar o laptop para casa. Foram avaliadas Barra dos Coqueiros (SE), Santa Cecília do Pavão (PR), São João da Ponta (PA), Terenos (MS) e Tiradentes (MG). Os autores do estudo não deram entrevista.

QUESTÃO 43“Os autores do estudo não deram entrevista.”

Considerando que é praxe no jornalismo entrevistar o autor ou os autores de livros ou artigos comentados, o jornalista, ao fechar a notícia com a frase mencionada, busca deixar claro que

A os autores foram muito antipáticos ao não conceder en-trevista.

B a análise feita não tem credibilidade, já que os autores não falam a respeito.

C a notícia apresentada resulta exclusivamente da leitura do estudo pelo jornalista.

D não havia necessidade de os autores se manifestarem a respeito de seu trabalho.

E os autores da pesquisa não foram realmente convidados a dar entrevista.

QUESTÃO 44

No rush, carro está tão veloz quanto galinha Velocidade média no pico da tarde em SP passou de 18 km/h para 15 km/h em um ano, segundo relatório da CET concluído em fevereiro. No pico da manhã, velocidade também caiu; principal explicação é a expansão da frota – em 2009, SP ganhou mais de 335 mil veículos.

(Folha de São Paulo, 05/03/2010)

A respeito do efeito de sentido do título “No rush, carro está tão veloz quanto galinha”, é possível inferir que ele

A cria, por meio da polissemia da palavra “rush”, o pressu-posto de que a lentidão do tráfego paulistano é algo pre-meditado.

B apresenta uma variante coloquial de linguagem, incompatí-vel com a seriedade exigida por esse gênero textual.

C recorre ao grau superlativo analítico com o intuito de produzir um efeito de realce a um grave problema da capital paulista.

D emprega o grau comparativo de igualdade como recurso irônico, já que, em geral, o adjetivo “veloz” não se aplica a “galinha”.

E utiliza a comparação para criticar o aumento da frota pau-listana, principal agente poluidor da cidade.

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QUESTÃO 45 – Primo Argemiro! E, com imenso trabalho, ele gira no assento, conseguindo pôr-se de-banda, meio assim. Primo Argemiro pode mais: transporta uma perna e se escancha no cocho. – Que é, Primo Ribeiro? – Lhe pedir uma coisa... Você faz? – Vai dizendo, Primo. – Pois então, olha: quando for a minha hora você não deixe me levarem p’ra o arraial... Quero ir mais é p’ra o cemitério do povoado... Está desdeixado, mas ainda é chão de Deus... Você chama o padre, bem em-antes... E aquelas coisinhas que estão numa capanga bordada, enroladas em papel-de-venda e tudo passado com cadarço, no fundo da canastra... se rato não roeu... você enterra junto comigo... Agora eu não quero mexer lá... Depois tem tempo... Você promete?... – Deus me livre e guarde, Primo Ribeiro... O senhor ainda vai durar mais do que eu. – Eu só quero saber é se você promete... – Pois então, se tiver de ser desse jeito de que Deus não há-de querer, eu prometo. – Deus lhe ajude, Primo Argemiro. E Primo Ribeiro desvira o corpo e curva ainda mais a cara. Quem sabe se ele não vai morrer mesmo? Primo Argemiro tem medo do silêncio. – Primo Ribeiro, o senhor gosta d’aqui?... – Que pergunta! Tanto faz... É bom p’ra se acabar mais ligeiro... O doutor deu prazo de um ano... Você lembra? – Lembro! Doutor apessoado, engraçado... Vivia atrás dos mosquitos, conhecia as raças lá deles, de olhos fechados, só pela toada da cantiga... Disse que não era das frutas e nem da água... Que era o mosquito que punha um bichinho amaldiçoado no sangue da gente... Ninguém não acreditou... Nem o arraial. Eu estive lá com ele... – Primo Argemiro o que adianta... – ... E então ele ficou bravo, pois não foi? Comeu goiaba, comeu melancia da beira do rio, bebeu água do Pará e não teve nada... – Primo Argemiro... –... Depois dormiu sem cortinado, com janela aberta... Apanhou a intermitente; mas o povo ficou acreditando... – Escuta! Primo Argemiro... Você está falando de-carreira, só para não me deixar falar! – Mas, então, não fala em morte Primo Ribeiro!... Eu, por nada que não queria ver o senhor se ir primeiro do que eu... – P’ra ver!... Esta carcaça bem que está aguentando... Mas, agora, já estou vendo o meu descanso, que está chega-não-chega, na horinha de chegar... – Não fala isso Primo!... Olha aqui: não foi pena ele ter ido s’embora? Eu tinha fé em que acabava com a doença...

– Melhor ter ido mesmo... Tudo tem de chegar e de ir s’embora outra vez... Agora é a minha cova que está me chamando... Aí é que eu quero ver! Nenhumas ruindades deste mundo não têm poder de segurar a gente p’ra sempre, Primo Argemiro... – Escuta Primo Ribeiro: se alembra de quando o doutor deu a despedida p’ra o povo do povoado? Foi de manhã cedo, assim como agora... O pessoal estava todo sentado nas portas das casas, batendo queixo. Ele ajuntou a gente... Estava muito triste... Falou: – ‘Não adianta tomar remédio, porque o mosquito torna a picar... Todos têm de se, mudar daqui... Mas andem depressa pelo amor de Deus!’ –... – Foi no tempo da eleição de seu Major Vilhena... Tiroteio com três mortes... – Foi seis meses em-antes-de ela ir s’embora... De branco a mais branco, olhando espantado para o outro, Primo Argemiro se perturbou. Agora está vermelho, muito. Desde que ela se foi, não falaram mais no seu nome. Nem uma vez. Era como se não tivesse existido. E, agora...

(João Guimarães Rosa, “Sarapalha”,do livro SAGARANA.)

“Você está falando de-carreira, só para não me deixar falar!”

Qual o sentido da expressão “de-carreira “ no contexto? A repetindo as coisas. B de muita coisa ao mesmo tempo. C sem parar. D com muita pressa. E devagar demais.

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 46 a 90

QUESTÃO 46A água que você não vê.Você consome sem perceber. Assim como a água corresponde a até 70% da nossa massa, ela também compõe muito daquilo que comemos, vestimos e usamos, ainda que indiretamente. Veja o quanto de água potável é necessário para produzir alguns itens do seu cotidiano.

Fonte: Sabesp

Sabendo que em um restaurante é servido um lanche com 2 pães, com 50 g cada um, 1 xícara de café, 80 g de leite, 50 g de queijo, 40 g de manteiga, 150 g de carne bovina e 1 ovo, então, de acordo com a tabela, o total de litros de água necessários para produzir todos os produtos servidos é

A 6 246 B 6 526 C 6 886 D 7 246 E 8 246

QUESTÃO 47Uma pessoa foi realizar um curso de aperfeiçoamento. O curso foi ministrado em x dias, nos períodos da manhã e da tarde desses dias. Durante o curso, foram aplicadas 9 avaliações, que ocorreram em dias distintos, cada uma no período da tarde ou no período da manhã, nunca havendo mais de uma avaliação no mesmo dia.Houve 7 manhãs e 4 tardes sem avaliação.O número x é divisor natural de

A 45 B 36 C 20 D 18 E 19

QUESTÃO 48Um fluxo bem organizado de veículos e a diminuição de congestionamentos têm sido um objetivo de várias cidades. Por esse motivo, a companhia de trânsito de uma determinada cidade está planejando a implantação de rotatórias, no cruzamento de algumas ruas, com o intuito de aumentar a segurança. Para isso, estudou, durante um certo período de tempo, o fluxo de veículos na região em torno do cruzamento das ruas Cravo e Rosa, que são de mão única. Na figura, os trechos designados por X, Y, Z e T representam a região de estudo em torno desse cruzamento, sendo que as setas indicam o sentido de tráfego.

Considere que, no período de tempo do estudo,– pelo trecho X da rua Rosa transitaram 250 veículos;– pelo trecho Y da rua Rosa transitaram 220 veículos;– pelo trecho Z da rua Cravo transitaram N veículos, sendo

N um número natural; e– pelo trecho T da rua Cravo transitaram 210 veículos.No período de tempo do estudo na região descrita, os técnicos observaram que os únicos veículos que transitaram são os citados no texto e que destes, só 15 ficaram estacionados no local.Assim sendo, no período de tempo do estudo, o número de veículos que transitou pelo trecho Z da rua Cravo foi

A 175 B 180 C 185 D 190 E 195

QUESTÃO 49Na figura ao lado, todos os quadrados menores têm áreas iguais e representam os quarteirões de um bairro composto por 16 quarteirões.

A parte hachurada (sombreada) corresponde aos únicos quarteirões que possuem empresas de engenharia, bancos, cartórios e shoppings. A área desse bairro que contém o setor comercial é

A 20% B 25% C 30% D 40% E 50%

QUESTÃO 50Para acomodar a crescente quantidade de veículos, estuda-se mudar as placas, atualmente com três letras e quatro algarismos numéricos, para quatro letras e três algarismos numéricos, como está ilustrado abaixo.

ABCD 123

Considere o alfabeto com 26 letras e os algarismos de 0 a 9. O aumento obtido com essa modificação, em relação ao número máximo de placas em vigor, seria

A inferior ao dobro. B superior ao dobro e inferior ao triplo. C superior ao triplo e inferior ao quádruplo. D mais que o quádruplo. E igual ao dobro.

ABC 1234

ECONOMIZAR BENS DE CONSUMO E EVITAR O DESPERDÍCIO TAMBÉM É POUPAR ÁGUA

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QUESTÃO 51Um disco de raio 1 gira ao longo de uma reta coordenada na direção positiva, como representado na figura abaixo.

P

1

P

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Considerando-se que o ponto P está inicialmente na origem, a coordenada de P, após 10 voltas completas, estará entre

A 60 e 62. B 62 e 64. C 64 e 66. D 66 e 68. E 68 e 70.

QUESTÃO 52Um instrumento musical é formado por seis cordas paralelas de comprimentos diferentes, as quais estão fixadas em duas hastes retas, sendo que uma delas está perpendicular às cordas. O comprimento da maior corda é de 50 cm, e o da menor é de 30 cm. Sabendo que a haste não perpendicular às cordas possui 25 cm de comprimento da primeira à última corda, se todas as cordas são equidistantes, a distância entre duas cordas seguidas, em centímetros, é

A 1 B 1,5 C 2 D 2,5 E 3

QUESTÃO 53O gráfico a seguir apresenta dados referentes aos funcionários de uma empresa.

70

60

50

40

30

20

10

0

homens

mulheres

Têm cursotécnico

Analisando o gráfico, pode-se afirmar que A 40% dos homens cursaram uma escola técnica. B 57% das mulheres não cursaram uma escola técnica. C 75% do total dos funcionários cursaram uma escola técnica. D 43% das mulheres cursaram uma escola técnica. E 50% do total de funcionários são homens.

QUESTÃO 54Na maquete de uma casa, a réplica de uma caixa-d’água de 1 000 litros tem 1 mililitro de capacidade. Se a garagem da maquete tem 3 centímetros de largura por 7 centímetros de comprimento, então a área real da garagem da casa é de

A 21 m2

B 22 m2

C 25 m2

D 27 m2

E 29 m2

QUESTÃO 55Em certo ano, ao analisar os dados dos candidatos ao Concurso Vestibular para o Curso de Graduação em Administração, nas modalidades Administração de Empresas e Administração Pública, concluiu-se que* 80% do número total de candidatos optaram pela modali-

dade Administração de Empresas.* 70% do número total de candidatos eram do sexo masculino.* 50% do número de candidatos à modalidade Administra-

ção Pública eram do sexo masculino.* 500 mulheres optaram pela modalidade Administração

Pública.

Marque a opção que corresponde ao número de candidatos do sexo masculino à modalidade Administração de Empresas.

A 2 400 B 2 700 C 3 000 D 3 300 E 3 600

QUESTÃO 56Um dos reservatórios d’água de um condomínio empresarial apresentou um vazamento a uma taxa constante, às 12 h do dia 1º de outubro. Às 12 h dos dias 11 e 19 do mesmo mês, os volumes d’água no reservatório eram, respectivamente, 315 mil litros e 279 mil litros. Dentre as alternativas seguintes, qual delas indica o dia em que o reservatório esvaziou totalmente?

A 5 de dezembro do mesmo ano. B 10 de dezembro do mesmo ano. C 20 de dezembro do mesmo ano. D 5 de janeiro do ano seguinte. E 10 de janeiro do ano seguinte.

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QUESTÃO 57Em uma das primeiras tentativas de determinar a medida do raio da Terra, os matemáticos da Antiguidade observavam, do alto de uma torre ou montanha, de altura conhecida, o ângulo sob o qual se avistava o horizonte, tangente à Terra, considerada esférica, conforme mostra a figura. Segundo esse raciocínio, o raio terrestre, em função do ângulo α, é dado por

=− α

sen( h)R

1 sen

B α=

− αh sen

R1 sen

=α −

h senR

sen 1

D − α=

α1 sen

Rh sen

E+ α

1 senR

h sen

QUESTÃO 58Uma empresa fez uma pesquisa para saber a opinião de seus clientes sobre o setor de atendimento ao cliente. Parte desses dados estão apresentados na tabela a seguir.

Avaliação Entrevistados Porcentagem(%)Excelente 30

Ótimo 20Muito Bom 40

Bom 20Ruim 10

Analisando os dados, pode-se deduzir que o total de clientes entrevistados é de

A 300 B 250 C 200 D 150 E 100

QUESTÃO 59Alexandrino foi encarregado de calcular o valor da expressão E = 3000 . 1072 – 3000 . 1052 sem a utilização de uma calculadora. Seu amigo Marcos Paulo recomendou a utilização de técnicas de fatoração, além do conhecimento dos produtos notáveis. Ao seguir o conselho do amigo, Alexandrino obteve:

A 127200 B 12720000 C 1272000 D 12720 E 1272

QUESTÃO 60Hoje em dia, não basta ser verde!

Eram exatamente 19h59min do dia 20 de março de 2001 e toda a equipe do Instituto Sea Shepherd Brasil, uma ONG nacional, criada por brasileiros, para agir em prol dos ambientes marinhos do Brasil, estava mobilizada para ajudar a combater um dos maiores desastres das companhias de petróleo no mundo – o afundamento da plataforma P36.Na medida em que nenhum derramamento de óleo no mar é ecologicamente insignificante, analise a situação de uma mancha de óleo sobre a superfície da água em forma de um círculo de raio r (em m) e área S (em m2).Considerando que a área é uma função do raio dada por A(r) = π r2, e que o raio r aumenta em função do tempo t (em min), de acordo com a relação r(t) = 5 + 5t, qual é a área (em m2) da mancha de óleo no instante t = 2 min?Considere o valor de π = 3,14.

A 38,10 B 47,10 C 70,65 D 94,2 E 706,50

QUESTÃO 61Uma bicicleta tem uma roda de 30 centímetros de raio e outra de 40 centímetros de raio. Sabendo-se que a roda menor dá 136 voltas para certo percurso, determine quantas voltas dará a roda maior para fazer o mesmo percurso.

A 102 B 108 C 126 D 120 E 112

QUESTÃO 62Uma videolocadora classifica seus 1 000 DVDs em lançamentos e catálogo (não lançamentos). Em um final de semana, foram locados 260 DVDs, correspondendo a quatro quintos do total de lançamentos e um quinto do total de catálogo. Portanto, o número de DVDs de catálogo locados foi

A 80 B 100 C 130 D 160 E 180

h

R0

Terra

α

Linha doHorizonte

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QUESTÃO 63Em um recipiente, inicialmente vazio, foram despejados 3 litros de uma mistura de suco de açaí com xarope de guaraná, na qual metade era de suco de açaí. Em seguida, foram despejados mais 2 litros de outra mistura de suco de açaí com xarope de guaraná, na qual a quarta parte era de xarope de guaraná. Na mistura resultante nesse recipiente, a razão da quantidade de xarope de guaraná pela quantidade de suco de açaí é igual a

A2

.3

B3

.4

C2

.5

D3

.5

E4

.5

QUESTÃO 64A figura a seguir representa a evolução dos milhares de unidades vendidas de um produto em função do tempo, em meses, desde seu lançamento.

O trecho correspondente ao intervalo [0, t1] pode ser repre-sentado pela expressão y = 0,05x2 e o trecho correspondente ao intervalo ]t1, t2] por y = –0,05x2 + 4x – 40.

O valor de t1 é A 5 B 10 C 15 D 20 E 25

QUESTÃO 65Dezoito litros de um produto foram dispostos em três garrafões. O maior deles tem o dobro da capacidade de um dos outros dois e a diferença entre os volumes dos dois menores é de dois litros. O volume do garrafão menor pode ser de

A 1 litro. B 3 litros. C 5 litros. D 7 litros. E 9 litros.

QUESTÃO 66Certo dia, Adilson, Bento e Celso, funcionários de uma mesma empresa, receberam um lote de documentos para arquivar e dividiram o total de documentos entre eles, na razão inversa de suas respectivas idades: 24, 30 e 36 anos. Se, ao completarem tal tarefa, foi observado que a soma dos documentos arquivados por Adilson e Celso excedia a quantidade arquivada por Bento em 26 unidades, então o total de documentos do lote era um número

A primo. B quadrado perfeito. C múltiplo de 4. D divisível por 6. E maior do que 60.

QUESTÃO 67Um modelo matemático simplificado para o formato de um vaso sanguíneo é o de um tubo cilíndrico circular reto. Nesse modelo, devido ao atrito com as paredes do vaso, a velocidade v do sangue em um ponto P no tubo depende da distância r do ponto P ao eixo do tubo. O médico francês Jean-Louis-Marie Poiseuille (1797-1869) propôs a seguinte lei que descreve a velocidade v em função de r:

v = v(r) = k(R2 – r2),

onde R é o raio do tubo cilíndrico e k é um parâmetro que depende da diferença de pressão nos extremos do tubo, do comprimento do tubo e da viscosidade do sangue.Considerando que k é constante e positivo, assinale a alternativa que contém uma representação possível para o gráfico da função v = v(r).

A

B

C

D

E

t1 t2

V

20

y

x

v

r

v

r

v

r

v

r

v

r

R

EIXO

r P

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MT - 2º dia | Página 23

QUESTÃO 68Sejam os números 7, 8, 3, 5, 9 e 5 seis números de uma lista de nove (9) números inteiros. O maior valor possível para a mediana dos nove números da lista é

A 5 B 6 C 7 D 8 E 9

QUESTÃO 69De uma região metropolitana de Fortaleza, um grupo de torcedores organizou uma caravana para assistir ao jogo Ceará X Fortaleza, prevendo que a despesa de R$ 1 056,00 fosse dividida igualmente entre eles. Entretanto, no dia do jogo, devido a desistência de 4 torcedores, os outros pagaram, cada um, R$ 2,00 a mais que o previsto. O número de torcedores que iriam assistir ao jogo era

A 88 B 66 C 48 D 33 E 24

QUESTÃO 70Anualmente, somos obrigados a pagar o IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores), conhecido também como o imposto do carro. Observe abaixo as alíquotas do IPVA em SP e as duas condições de pagamentos (à vista e parcelado).

ALÍQUOTAS (PERCENTUAIS) DO IPVA EM SP – ANO 2012Veículos a gasolina, bicombustível e picape cabine dupla

4% do valor do veículo.

Veículos a álcool e a gás 3% do valor do veículoUtilitários (cabine simples), ônibus, micro-ônibus, tratores e motociletas

2% do valor do veículo

Caminhões 1,5% do valor do veículo 1 Para pagamento à vista, desconto de 3% sobre o IPVA2 Para pagamento parcelado, valor do imposto / 3 = valor

de cada parcela.

Se o senhor Júnior possui um veículo bicombustível no estado de São Paulo e o valor desse veículo, em 2012, era de R$ 32 000,00, então o valor do IPVA, pago à vista, pelo senhor Júnior, no ano de 2012, foi de

A R$ 921,60 B R$ 931,20 C R$ 1 241,60 D R$ 2 880,00 E R$ 3 840,00

QUESTÃO 71UM SALTO NA CONEXÃO

O Google já começou a investir na infraestrutura para fornecer aos moradores de Kansas City a maior velocidade de internet para usuários domésticos nos Estados Unidos.

Velocidade média da conexão(em megabits por segundo)

Exame, 19 de setembro de 2012. Adaptado.

Se, em Kansas City, o tempo para baixar um DVD é de 12 segundos, então, no Japão, o tempo necessário, em segundos, para baixar o mesmo DVD é de:

A 0,72 B 72 C 50 D 500 E 5 000

KANSAS

JAPÃO

FRANÇA

BRASIL

COREIADO SUL

ESTADOSUNIDOS

1000

60

46

17

10

2

A conexão do Google Fiberpermite baixar 125 MB dedados em 1 segundo. Leva-se

segundos

segundos

segundos

minutos

2 6

12 4

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QUESTÃO 72Após um tremor de terra, dois muros paralelos em uma rua de uma cidade ficaram ligeiramente abalados. Os moradores se reuniram e decidiram escorar os muros utilizando duas barras metálicas, como mostra a figura adiante. Sabendo que os muros têm alturas de 9 m e 3 m, respectivamente, a que altura do nível do chão as duas barras se interceptam? Despreze a espessura das barras.

A 1,50 m B 1,75 m C 2,00 m D 2,25 m E 2,50 m

QUESTÃO 73Um clube resolve fazer uma semana de cinema. Para isso, os organizadores escolhem sete (7) filmes, que serão exibidos por um dia. Porém, ao elaborar a programação, eles decidem que três desses filmes, que são de ficção científica, devem ser exibidos em dias consecutivos. Nesse caso, o número de maneiras diferentes de se fazer a programação dessa semana é

A 144 B 576 C 720 D 840 E 1 040

QUESTÃO 74Os aeroportos brasileiros serão os primeiros locais que muitos dos 600 mil turistas estrangeiros, estimados para a Copa do Mundo FIFA 2014, conhecerão no Brasil. Em grande parte dos aeroportos, estão sendo realizadas obras para melhor receber os visitantes e atender a uma forte demanda decorrente da expansão da classe média brasileira.

Fonte: Disponível em <http://www.copa2014.gov.br>.Acesso em: 7 jun. 2012. (adaptado)

O gráfico mostra a capacidade (C), a demanda (D) de passageiros/ano em 2010 e a expectativa/projeção para 2014 do Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre, RS), segundo dados da Infraero – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeronáutica.

De acordo com os dados fornecidos no gráfico, o número de passageiros/ano, quando a demanda (D) for igual à capacidade (C) do terminal, será, aproximadamente, igual a

A sete milhões, sessenta mil e seiscentos. B sete milhões, oitenta e cinco mil e setecentos. C sete milhões, cento e vinte e cinco mil. D sete milhões, cento e oitenta mil e setecentos. E sete milhões, cento e oitenta e seis mil.

QUESTÃO 75Uma empresa estima um aumento de 15% na quantidade vendida de um produto em 2012, em relação a 2011. Se, no mesmo período, o preço por unidade vendida crescer 10%, o aumento em porcentagem da receita de 2012, em relação a 2011, será:

A 25% B 25,5% C 26% D 26,5% E 27%

QUESTÃO 76Um negociante de motos importadas sabe que o custo de importação e de venda de x motos por ano é C(x) = 56 000 + 3 500x – 0,01x2. Sua experiência diz que ele pode vender x = 40 000 – 10p motos, a p reais cada moto.

Sabendo-se que o lucro L(x) = R(x) – C(x), então:

A L(x) = − 299x

100– 3 496x – 56 000

B L(x) = − 29x

100+ 500x – 56 000

C L(x) = − 299x

100– 3 500x – 56 000

D L(x) = 2

x

100+ 500x – 55 900

E L(x) = − 29x

100– 3 496x – 56 000

QUESTÃO 77Para ser ingerido, um medicamento precisa ser diluído da seguinte maneira: 20 mL de medicamento diluídos em 300 mL de água. Se um hospital prepara 2,4 litros dessa solução (medicamento + água), pode-se concluir que a quantidade, em mL, de medicamento utilizada foi

A 150 B 165 C 180 D 195 E 215

9 m

3 m

8,0

7,2

6,7

4,0

C

D

2010 2014 Ano

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QUESTÃO 78Um hacker sabe que a senha de acesso a um arquivo secreto é um número natural de cinco algarismos distintos e não nulos. Com o objetivo de acessar esse arquivo, o hacker programou o computador para testar, como senha, todos os números naturais nessas condições. O computador vai testar esses números um a um, demorando 5s em cada tentativa. O tempo máximo para que o arquivo seja aberto é

A 7h B 11h15min36s C 12h26min D 12h30min E 21h

QUESTÃO 79Um certo tipo de código usa apenas dois símbolos, o número zero (0) e o número (1), e, considerando esses símbolos como letras, podem-se formar palavras. Por exemplo: 0, 01, 00, 001, 110 são algumas palavras de uma, duas e três letras desse código. O número máximo de palavras, com cinco letras ou menos, que podem ser formadas com esse código é

A 120 B 62 C 78 D 20 E 10

QUESTÃO 80Um teleférico transporta turistas entre os picos A e B de dois morros. A altitude do pico A é de 500 m, a altitude do pico B é de 800 m e a distância entre as retas verticais que passam por A e B é de 900 m. Na figura, T representa o teleférico em um momento de sua ascensão e x e y representam, respectivamente, os deslocamentos horizontal e vertical do teleférico, em metros, até este momento.

A

B

xy

T

500 m

900 m

800 m

Qual é o deslocamento horizontal do teleférico quando o seu deslocamento vertical for igual a 20 m?

A 45 m B 50 m C 55 m D 60 m E 65 m

QUESTÃO 81A figura representa uma fileira de n livros idênticos em uma estante de 2 m e 20 centímetros de comprimento.

60ºB C

A D

1 2 3 ... n

2,2 m

É dado que AB = DC = 20 cm e AD = BC = 6 cm. Nas condições dadas, n é igual a

A 32 B 33 C 34 D 35 E 36

QUESTÃO 82Uma prova continha cinco questões, cada uma valendo 2 pontos. Em sua correção, foram atribuídas a cada questão apenas as notas “0” ou “2”, caso a resposta estivesse, respectivamente, errada ou certa. A soma dos pontos obtidos em cada questão forneceu a nota da prova de cada aluno. Ao final da correção, produziu-se a seguinte tabela, contendo a porcentagem de acertos em cada questão.

Questão 1 2 3 4 5% de acerto 30% 10% 60% 80% 40%

Logo, a média das notas da prova foi A 3,8 B 4,0 C 4,2 D 4,4 E 4,6

QUESTÃO 83Duas cidades, X e Y, são interligadas pela rodovia R101, que é retilínea e apresenta 300 km de extensão. A 160 km de X, à beira da R101, fica a cidade Z, por onde passa a rodovia R102, também retilínea e perpendicular à R101. Está sendo construída uma nova rodovia retilínea, a R103, que ligará X à capital do estado. A nova rodovia interceptará a R102 no ponto P, distante 120 km da cidade Z.

O governo está planejando, após a conclusão da obra, construir uma estrada ligando a cidade Y até a R103. A menor extensão, em quilômetros, que esta ligação poderá ter é

A 250 B 240 C 225 D 200 E 180

Y

Z

X

P

R102

R103

R101

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QUESTÃO 84Uma fábrica de calçados, localizada em Nova Serrana, emprega 16 operários, os quais produzem 120 pares de calçados em 8 horas de trabalho diárias. A fim de ampliar essa produção para 300 pares por dia, a empresa mudou a jornada de trabalho para 10 horas diárias. Nesse novo contexto, o número de operários será igual a

A 16 B 24 C 32 D 50 E 48

QUESTÃO 85A análise do biotipo de cada um dos atletas que integraram a delegação brasileira na última olimpíada permitiu que se calculasse, certo dia, a média de pesos das 122 mulheres participantes: 62 kg. Supondo-se que uma dessas atletas fosse excluída do grupo, a média de pesos das 121 restantes passaria a ser 61,9 kg. Nessas condições, o peso, em quilogramas, da atleta excluída seria

A 75,5 B 75,2 C 74,6 D 74,1 E 73,8

QUESTÃO 86Uma escada de 13,0 m de comprimento encontra-se com a extremidade superior apoiada na parede vertical de um edifício e a parte inferior apoiada no piso horizontal desse mesmo edifício, a uma distância de 5,0 m da parede.Se o topo da escada deslizar 1,0 m para baixo, o valor que mais se aproxima de quanto a parte inferior escorregará é

A 1,0 m B 1,5 m C 2,0 m D 2,4 m E 2,6 m

QUESTÃO 87Sérgio está fazendo um regime alimentar. Numa conversa com seu amigo Olavo, este lhe perguntou: “Com quantos quilogramas você está agora?”. Como os dois são professores de matemática, Sérgio lhe respondeu com o desafio: “A minha massa atual é um número que, diminuído de sete vezes a sua raiz quadrada dá como resultado o número 44”. Assinale a alternativa que apresenta a massa atual do Prof. Sérgio, em quilogramas.

A 100 B 110 C 115 D 121 E 125

QUESTÃO 88Dois nadadadores, posicionados em lados opostos de uma piscina retangular e em raias adjacentes, começam a nadar em um mesmo instante, com velocidades constantes. Sabe-se que, nas duas primeiras vezes em que ambos estiveram lado a lado, eles nadaram em sentidos opostos: na primeira vez, a 15 m de uma borda e, na segunda vez, a 12 m da outra borda. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que o comprimento dessa piscina é

A 21 m B 27 m C 33 m D 54 m E 57 m

QUESTÃO 89Sob um terreno em forma de pentágono regular ABCDE construiu-se uma grande cisterna cilíndrica de tal forma que BC e ED sejam tangentes à circunferência superior do cilindro em B e E, respectivamente.

Qual a medida do menor arco BE na circunferência? A 72º B 108º C 120º D 135º E 144º

QUESTÃO 90Em uma exposição, foi montada uma fileira de 8 aquários, entre os quais serão distribuídos 4 exemplares de peixes de espécies diferentes e quatro exemplares de cavalos-marinhos de espécies diferentes, tal que cada aquário fique com um único animal. De quantas maneiras diferentes podem ser distribuídos os animais se dois aquários consecutivos quaisquer não podem conter cavalos-marinhos?

A 2 880 B 2 600 C 2 480 D 2 296 E 2 048

A

BC

DE

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Anotações

Marc.: 05-06-13 – Revs.: LE/VM

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