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3.18. CIPEIRO O empregado eleito, como representante dos empregados, para a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA tem estabilidade provisória e não pode sofrer despedida arbitrária. É arbtrária a despedida que não se funda em motivo: a.Disciplinar, b.Técnico, c.Econômico ou d.Financeiro (art. 165). Ocorrendo a despedida arbitrária, o empregador passa a ter o ônus de provar a existência da justa causa, sob pena de ser condenado a reintegrar o cipeiro despedido. AULA 5 – ESPÉCIES DE CONTRATO

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3.18. CIPEIRO O  empregado  eleito,  como  representante  dos  empregados,  para  a Comissão  Interna  de Prevenção de Acidentes  –  CIPA  tem estabilidade provisória e não pode sofrer despedida arbitrária.

É arbtrária a despedida que não se funda em motivo:a. Disciplinar, b. Técnico, c. Econômico ou d. Financeiro (art. 165).

Ocorrendo a despedida arbitrária, o empregador passa a ter o ônus de provar a existência da justa causa, sob pena de ser condenado a reintegrar o cipeiro despedido.

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A estabilidade do  cipeiro  vigora desde o  registro de  sua  candidatura  até um ano após o final de seu mandato (art. 10, II, "a", do ADCT). 

Obs.: O suplente da CIPA goza da mesma garantia de emprego (Súmula 339 do TST; Súmula 676 do STF).Súmula nº 339 do TST - CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996)II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003)

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CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO“Art. 165. Os titulares da representação dos empregados nas CIPA(s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal aquela que fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.“

OBS.:  EM  CASO  DE  EXTINÇÃO  DO  ESTABELECIMENTO  CESSA  A ESTABILIDADE

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3.19. PRESO O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho, embora se apliquem as precauções relativas à segurança e à higiene  do  trabalho  e  o  preso  tenha  direito  aos  benefícios previdenciários.

Se  não  está  sujeito  à  CLT  o  preso  não  tem  direito  a  férias,  13º  salário, aviso  prévio,  depósitos  no  FGTS  etc.  A remuneração é calculada mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 do salário mínimo. As tarefas executadas como prestação de serviços à comunidade não serão remuneradas.

Para  o  preso  provisório  e  para  aquele  que  cumpre  pena  em  regime fechado  somente  é  permitido  o  trabalho  interno,  no  estabelecimento prisional.

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Por  exceção,  o  preso  em  regime  fechado  poderá  trabalhar externamente  em  serviços  e  obras  públicas,  até  o  limite  de 10% do total dos trabalhadores na obra. 

O  trabalho  externo  pode  ser  autorizado  para  os  presos  em regime semi-aberto e aberto. A jornada mínima é de seis horas e  a  máxima  de  oito  horas,  com  descanso  nos  domingos  e feriados.

Obs.: a cada três dias de trabalho. Arts. 66, III, alínea "c", 126 a 130 da Lei de Execuções Penais (LEP - Lei nº 7.210/84)

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A  remição  da  pena  é  um  instituto  pelo  qual  dá-se  como  cumprida  parte  da pena  por  meio  do  trabalho  ou  do  estudo  do  condenado.  Assim,  pelo desempenho da atividade laborativa ou do estudo, o condenado resgata parte da  reprimenda  que  lhe  foi  imposta,  diminuindo  seu  tempo  de  duração.  "  A contagem de tempo referida será feita à razão de: I - 1 (um) dia de pena a cada 12  (doze)  horas  de  frequência  escolar  -  atividade  de  ensino  fundamental, médio,  inclusive  profissionalizante,  ou  superior,  ou  ainda  de  requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho". Em suma, a remição constitui direito do preso de  reduzir o  tempo de duração da pena privativa de  liberdade, por meio do trabalho prisional ou do estudo.

Obs.: remissão = a perdãoRemição = pagamento

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ESTAGIÁRIO Estagiário não é empregado. 

O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza.A  legislação  aplicável  é  a  Lei  11.788/2008,  veio  em  substituição  da  lei 6494/77.Conceito  de  estágio  -  é  o  ato  educativo  escolar  supervisionado, desenvolvido  no  ambiente  de  trabalho  que  visa  a  preparação  par  ao trabalho produtivo do educando.

Estágio  NÃO  cria  vinculo  empregatício.  Falta  o  requisito  LEGAL  para  a configuração do vínculo empregatício. A  lei afasta a existência do vínculo empregatício. 

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Três requisitos CUMULATIVOS para que não tenha vínculo:

a. Matricula e frequência regular;b. Termo  de  compromisso  entre  o  educando,  a  parte 

concedente e a  instituição do ensino, portanto,  também é uma  relação  triangular,  do  que  dá  para  concluir  a responsabilidade da  instituição de ensino – Estagiário não tem anotação em CTPS;

c. Compatibilidade  entre  as  atividades  desenvolvidas  nos estágios  e  as  obrigações  assumidas  no  termo  de compromisso. 

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Os Ensinos abrangidos são:• Ensino superior • Ensino médio profissionalizante e regular.• Educação especial (portadores de necessidades especiais);• Anos finais do ensino fundamental, na modalidade da educação 

profissional de jovens e adultos.

Idade mínima para ser estagiário é 16 anos.Duração do contrato de estágio tem como prazo máximo 2 anos, salvo portadores de deficiência,  esta  inclusão dos portadores de deficiência trata-se de ações afirmativas.

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Duração do trabalho DO ESTAGIÁRIODois limites:

1º limite: 4 horas diárias e 20 horas semanais – isto para:• a educação especial e • anos finais do ensino fundamental

2º limite: 6 horas diárias e 30 horas semanais• Ensino superior• Ensino médio profissionalizante e regular Obs.: a lei não fala em intervalo

Obs.: no período de avaliações a duração do trabalho deverá ser reduzida em pelo menos por metade.Obs.: a lei prevê a duração do trabalho em até 40 horas semanais, desde que o curso tenha aulas teóricas e práticas e, naquele momento, não estejam previstas aulas presenciais.

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• 3.21. REGIME DE TEMPO PARCIAL

A  MP  2.164-41,  de  29.8.2001,  estabelece  um  estatuto  próprio  para  empregados  com jornada  de  trabalho  não  excedente  de  25  horas  semanais,  com  salário  proporcional  à jornada.Obs.:  §  4º  do  artigo    59  diz  que:  “Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.”

Obs.: a Lei complementar 150/2015 – que artigo 3ºArt. 3o  Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda 25 (vinte e cinco) horas semanais. § 1o  O salário a ser pago ao empregado sob regime de tempo parcial será proporcional a sua jornada, em relação ao empregado que cumpre, nas mesmas funções, tempo integral. 

§ 2o  A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo parcial poderá ser acrescida  de  horas  suplementares,  em  número  não  excedente  a  1  (uma)  hora  diária, mediante acordo escrito entre empregador e empregado,  aplicando-se-lhe,  ainda,  o disposto nos §§ 2o e 3o do art. 2o, com o limite máximo de 6 (seis) horas diárias. 

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3.22. SERVIDOR PÚBLICO E EMPREGADO PÚBLICO Denominam-se  servidores  públicos  ou  funcionários  públicos  os ocupantes de cargos na Administração Pública, direta, autárquica e  fundacional,  em  regime  estatutário,  federal,  estadual  ou municipal.

Empregados públicos são os que trabalham para órgãos públicos, em  caráter  não eventual,  sujeitos  ao  regime da CLT  e  legislação trabalhista correlata, naquilo que a lei não dispuser em contrário. 

Os empregados públicos federais, não gozam de estabilidade, é o caso  dos  empregados  do  Banco  do  Brasil  –  Sociedade  de Economia Mista, da Caixa Econômica Federal – Empresa Pública. 

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Sobre  este  assunto  a  súmula  390  do  E.  Superior  Tribunal  do  Trabalho,  assim dispõe: 

ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 229 e 265 da SBDI-1 e da Orientação Jurisprudencial nº 22 da SBDI-2) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I  -  O  servidor  público  celetista  da  administração  direta,  autárquica  ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.  (ex-OJs nºs 265 da SBDI-1 -  inserida em 27.09.2002 - e 22 da SBDI-2 -  inserida em 20.09.2000)II  - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJ nº 229 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)

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A sua contratação depende de concurso público de provas ou de provas e títulos,  conforme o caso. Só podem ser despedidos em quatro hipóteses, descritas no art. 32 da Lei 9.962, de 22.2.2000:I — prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da CLT; II — acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; III  —  necessidade  de  redução  de  quadro  de  pessoal,  por  excesso  de despesa, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 169 da CF; IV — insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem  pelo  menos  um  recurso  hierárquico  dotado  de  efeito suspensivo,  que  será  apreciado  em  trinta  dias,  e  o  prévio  conhecimento dos padrões mínimos exigidos para continuidade da  relação de emprego, obrigatoriamente  estabelecidos  de  acordo  com  as  peculiaridades  das atividades exercidas."

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Órgãos com autonomia de gestão, de que trata o § 82 do art. 37 da  CF,  como  as  fundações,  não  estão  sujeitos  às  quatro limitações acima. 

Obs.:As  causas  envolvendo  servidores  públicos,  em  virtude  do vínculo  estatutário,  competem  à  Justiça  comum,  federal  ou estadual. 

Cargos  em  comissão  não  podem  ser  providos  pelo  regime  de emprego público. 

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CONTRATO DE TRABALHO 1. CONCEITO O  contrato  de  trabalho é  conceituado pelo  artigo  442 da Consolidação das  Leis  do Trabalho  como  sendo  “o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”, “podendo ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado” (art. 443, CLT). A  doutrina critica  esta  definição,  pois  o  contrato  não  corresponde  à  relação  de  emprego, mas sim, a uma relação jurídica, a qual já fora abordada anteriormente.

ACORDO – CONVERGÊNCIA DE VONTADESTÁCITO OU EXPRESSSO – TÁCITO – QUE NÃO SE EXPRIME POR PALAVRASEXPRESSO – DECLARADO.VERBAL OU POR ESCRITO = NÃO PRECISÃO DE PAPEL – NÃO SOLENEPOR PRAZO DETERMINADO OU INDETERMINADO. = COMO REGRA INDETERMINADO.

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Como  já exposto na  lição anterior, a relação  jurídica se dá entre, pelo menos, duas pessoas.É  o  vínculo  que  as  une,  existindo  nesta  relação  um  objeto,  ou  seja,  um interesse. Na relação jurídica trabalhista, este objeto é justamente o trabalho.

Mas para que haja a relação, faz-se necessário delimitar os moldes pessoais e individuais  do  trabalho,  lembrando-se  que  não  poderão  infringir  as determinações  legais  regentes.  Deste  modo,  surge,  então,  o  contrato  de trabalho. Art.  444.  As  relações  contratuais  de  trabalho  podem  ser  objeto  de  livre estipulação  das  partes  interessadas  em  tudo  quanto  não  contravenha  às disposições  de  proteção  ao  trabalho,  aos  contratos  coletivos  que  lhes  sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.

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Alice Monteiro de barros define o contrato de trabalho como  O acordo expresso  (escrito ou verbal) ou  tácito firmado entre uma pessoa física (empregado) e outra pessoa física, jurídica ou entidade (empregador),  por  meio  do  qual  o  primeiro  se  compromete  a executar,  pessoalmente,  em favor do segundo  um  serviço  de natureza não-eventual, mediante salário e subordinação jurídica.

O contrato de trabalho é, portanto, um negócio jurídico bilateral em que  “os  interesses  contrapostos”  se  acham  presentes  com  mais intensidade do que em outros contratos, dependendo da categoria profissional  e  econômica  a  que  pertençam  os  co-contratantes.  O conflito  contratual  acaba  por  se  tornar  a  projeção  de  um  conflito social.

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Nesse passo, “se a relação de emprego é o vínculo obrigacional que  liga, a outrem, alguém  que  realiza  um  trabalho  com  subordinação  jurídica,  em  troca  de  salário, temos  de  reconhecer  que  essa  relação  só  se  torna  real  depois  da  celebração  do contrato”.Importante  destacar  as  ressalvas  trazidas  pelas  Leis  8949/1994  e  11.644  2008,  as quais  acrescentaram,  respectivamente,  o  Parágrafo  único  do  artigo  442  e  o  artigo 442-A, ambos à CLT. Art.  442  -  Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. (Incluído pela Lei nº 8.949, de 9.12.1994)Art.  442-A.  Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. (Redação dada pela Lei nº 11.644, de 2008).

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A  primeira  alteração  (art.  442,  Parágrafo  único), esclarece  que  não  há  relação  trabalhista  entre cooperativa  e  seus  associados,  afinal  de  contas,  em razão  do  surgimento  histórico  desta  modalidade  de sociedade  simples,  aquela  só  existe  em  razão  de facilitar  a  negociação  de  seus  associados  com terceiros.Já  o  artigo  442-A  é  uma  forma  de  incentivar  a contratação  de  trabalhadores,  sem  exigir  experiência excessiva.

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• ELEMENTOS Em razão do que já fora abordado é possível resumir os elementos caracterizadores do contrato de trabalho da seguinte maneira: S  - Subordinação Jurídica (receber ordens, dependência hierárquica).H - Habitualidade (não-eventualidade, não necessariamente diária);O - Onerosidade (salário);P - Pessoalidade – é aquela única pessoa;P - Pessoa física – não pode ser pessoa jurídica; 

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3. REQUISITOS Em  razão  do  contrato  de  trabalho  expressar  um  negócio jurídico oriundo de uma relação jurídica, este deve obedecer os  mesmos  requisitos  inerentes  às  demais  modalidades  de negócio jurídico.Segundo Miguel Reale “negócio jurídico é o ato jurídico pelo qual  uma  ou  mais  pessoas,  em  virtude  de  declaração  de vontade,  instauram  uma  relação  jurídica,  cujos  efeitos, quanto a elas e às demais, se subordina à vontade declarada, nos limites consentidos pela lei”.

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Para que um Negócio Jurídico seja perfeito,  são necessárias a presença de requisitos: de existência; de validade; de eficácia.

REQUISITOS  DE  EXISTÊNCIA:  Compreendem-se  pela  conjugação  de  02 pressupostos: elementos essenciais (sujeito de direito; declaração de vontade com intenção de produzir certos efeitos; objeto fisicamente possível de existir) e juridicidade (descrição lei fato jurídico);

REQUISITOS  DE  VALIDADE  (Art.  104  do  Código  Civil):  Agente  Capaz;  objeto lícito e determinável; forma legal e não existir defeito no negócio jurídico/erro de formação (arts. 138 a 165, CC – erro; dolo; coação; estado de perigo; lesão ou fraude contra credores); REQUISITO DE EFICÁCIA: Será eficaz quando os efeitos pretendidos pelo sujeito se realizarem espontaneamente ou com a intervenção do Poder Judiciário.

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4. CARACTERÍSTICAS É o contrato de trabalho:a. Consensual: porque se aperfeiçoa com o consentimento das partes;b. Bilateral: porque envolve duas pessoas;c. Sinalagmático: devido à reciprocidade das obrigações das partes – gera obrigações 

recíprocas- equilíbrio formal entre as partes.d. Oneroso: porque a prestação de serviços, tem, como contraprestação, o salário; obs.: 

a onerosidade só descaracteriza o contrato de trabalho no trabalho voluntário.e. Comutativo: de vez que as obrigações assumidas são bem definidas e certas, ou seja, 

o empregado e o empregador sabem suas obrigações.f. Sucessivo ou de execução continuada: em que a prestação é de trato sucessivo e 

sem interrupção;g. Principal: por não depender de outro contrato;h. Pessoal (intuitu personae) em sua realização: porque só uma pessoa física pode 

realizar o trabalho ajustado, este requisito é em relação ao empregado. A obrigação de prestar o serviços é infungível. 

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Ainda o contrato de trabalho poder ser considerado complexo, isto porque dele podem decorrer outros contratos como de comodato, de locação de mantado, e, todos estes contratos seguem a sorte do principal, o que significa dizer que se o principal é extinto, os demais também são.

CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE TABALHO:a. Quanto a manifestação de vontade – tácito ou expresso;b. Quanto ao número de sujeitos – por trata-se de um ajuste bilateral, 

decorre da vontade de duas partes;c. Quanto a duração – por prazo determinado ou indeterminado – 

lembrando que a regra é o contrato por prazo indeterminado e somente excepcionalmente o contrato é celebrado por prazo determinado.

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MODALIDADES DE CONTRATAÇÃO A regra é que o contrato seja por prazo indeterminado, contudo a lei prevê uma forma especial de contratação que é o contrato por prazo determinado.

Nos  termos do §  1°,  do  artigo 443, considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.O segundo parágrafo do alusivo artigo prevê as hipóteses de permissão do contrato por prazo determinado: § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;b) de atividades empresariais de caráter transitório;c) de contrato de experiência.

Art.  443  -  O  contrato  individual  de  trabalho  poderá  ser  acordado  tácita  ou  expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.

Em regra, o contrato temporário está limitado a prazo máximo de 02 anos, admitindo-se uma prorrogação, desde que respeitado o limite de dois anos. Já o contrato de experiência é de 90 dias. 

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Vejamos as três situações elencadas no artigo:5.1. SERVIÇO CUJA NATUREZA OU TRANSITORIEDADE JUSTIFIQUE A PREDETERMINAÇÃO DO PRAZO: Entende-se  por  atividade  laboral  transitória  a  execução  de  um  serviço  de  breve  duração, contrastando,  portanto,  com  as  atividades  normais  da  empresa.  Todavia,  a  atividade  pode coincidir  com  aquela  que  a  empresa  permanentemente  desenvolva,  não  necessitando, obrigatoriamente,  ser  diversa. Nesse  caso,  basta que haja uma  razão momentânea,  transitória, que  justifique  a  necessidade  de  o  empregador  ter maior  número  de  empregados.    Como bem assevera Alice Monteiro de Barros: 

“A transitoriedade aqui não significa a eventualidade, pois o trabalho eventual não é objeto do contrato de emprego. A transitoriedade de um curso de especialização em um estabelecimento de ensino justifica a contratação a termo de um professor, assim como justifica a contratação de um técnico para montar uma fábrica”.

Outro clássico exemplo de contratação por prazo determinado para a modalidade ora analisada, ocorrerá quando uma fábrica de peças que tivesse produção normal de X unidades e, num dado momento,  excepcionalmente,  recebesse  um  grande  pedido  que  fugisse  à  sua  rotina  e  à  sua capacidade  normal  de  produção,  pois  precisaria  produzir  3X.  Neste  caso,  a  empresa  poderia contratar empregados por prazo determinado para atender a essa necessidade transitória.

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5.2. ATIVIDADE EMPRESARIAL DE CARÁTER PROVISÓRIO Outra hipótese para a contratação por prazo determinado ocorre quando a própria atividade normal da empresa ter caráter transitório. Portanto, aqui, a transitoriedade será da própria atividade, cuja existência limitar-se-á no  tempo, pelos próprios fins a que  se destina. Não se  trata, nesse  caso, de  transitoriedade  relativa ao empregado ou ao  serviço, mas sim da atividade empresarial.

Como  exemplos,  é  possível  apresentar  as  seguintes  situações:  uma empresa constituída somente para a venda de chocolate na Páscoa de um determinado  ano;  ou  para  a  venda  de  fogos  juninos,  desconstituindo-se após o mês de junho.

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5.3. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA A última hipótese prevista pelo artigo supratranscrito é o contrato de  experiência,  o  qual  é  destinado  a  permitir  que  o  empregador verifique a aptidão do empregado, durante o prazo máximo de 90 (noventa) dias, devendo decidir após o prazo sobre a possibilidade e conveniência de contratá-lo por prazo indeterminado.

Sobre  o  contrato  de  experiência,  urge  salientar  que  inexiste previsão  legal  contemplando  a  duração mínima,  porém,  caso  seja contratado entre as partes um prazo  inferior a 90 dias, o contrato poderá  ser  prorrogado  por  uma  vez,  contudo,  a  soma  dos  dois períodos  não  poderá  ultrapassar  90  dias,  senão  converte-se  em contrato por prazo indeterminado (art. 451, CLT).

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5.4. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS CONTRATOS TEMPORÁRIOS

São características gerais do contrato temporário:Prazo máximo de 02 anos (art. 445, CLT) – Experiência 90 dias (art. 445, PU);Permitida uma única prorrogação (art. 451, CLT);Intervalo mínimo de 06 meses entre um contrato e outro (art. 452, CLT);

Deve-se haver forma escrita e registro em CTPS (art. 456, CLT).Art.  445  - O  contrato  de  trabalho  por  prazo  determinado  não  poderá  ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.

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Art.  451  -  O  contrato  de  trabalho  por  prazo  determinado  que,  tácita  ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.

Art. 452 - Considera-se por prazo  indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu  da  execução  de  serviços  especializados  ou  da  realização  de  certos acontecimentos.

Art.  456.  A  prova  do  contrato  individual  do  trabalho  será  feita  pelas  anotações constantes da carteira profissional ou por instrumento escrito e suprida por todos os meios permitidos em direito.Parágrafo único. A falta de prova ou inexistindo cláusula expressa e tal respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a sua condição pessoal.

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QUESTÃO:Assinale a alternativa CORRETA: para fins de admissão, o empregador pode exigir do candidato ao emprego a comprovação de experiência prévia, no mesmo tipo de atividade, pelo tempo máximo de:a. 3 (três) meses;b. 6 (seis)meses;c. 12 (doze) meses;d. 18 (dezoito) meses;e. 24 (vinte) quatro meses; 

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